laura lee guhrke - serie courtland 03 - no leito do desejo

164
7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 1/164

Upload: esterflorea-1

Post on 09-Jan-2016

78 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

livro

TRANSCRIPT

Page 1: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 1/164

Page 2: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 2/164

Disponibilização e Tradução: Denise FerreiraRevisão: Lorylei

Formatação: Bruna

Page 3: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 3/164

Capítulo 1

!ondres' 0122 

3uando se falava em sociedade de lorde e lad" Hammond' havia uma

conclusão sobre o visconde e sua esosa que ninguém odia refutar4 não sesuortavam.-ste fato se mencionava nas conversa*ões de salão com a mesma

certeza indisutável com que se falava da chuva inglesa e o roblemairlandês. 5s rumores tão somente odiam esecular sobre as razões quetinham dividido ao casal seis meses deois de suas bodas' e a reseito deque' oito anos mais tarde' lad" Hammond não tivesse roorcionado a seumarido o herdeiro acostumado. 5 casal vivia vistas totalmente searadas eaté o anfitrião mais ine&eriente sabia que nunca devia convidá,los 6 mesmo )antar.

esar da falta de um herdeiro direto ao vizcondado' a lon)ura maritalde lorde e lad" Hammond não mostrava signos de ir romer se or nenhumadas artes. té em 07 de mar*o de 0122' dia em que uma carta o trocoutudo' ao menos no que reseitava ao visconde.

missiva vinha no e&resso' e chegou 6 residência Hammond de!ondres 6s onze da noite. 5 visconde' entretanto' não estava em casa. 8ostoque estavam em lena temorada social em !ondres' (ohn Hammond' comomuitos outros homens de sua osi*ão' encontrava,se na cidade desfrutandoda Santa trindade dos e&cessos masculinos4 a bebida' o )ogo e as saias.

Seus amigos' lorde 9amon He:itt e sir ;obert (amison'acomanhavam,no felizmente nessas ocasiões. 9eois de várias horas

raticando seu )ogo favorito' chegaram ao <roo=s )usto antes da meia,noite.>ma vez ali' esvaziaram seis garrafas do 5orto enquanto discutiam ondeassar o resto da noite.

?credito' Hammond' que em algum momento da velada devemos ir aobaile do @ettering ?disse sir ;obert?. 9amon e eu rometemos a lad"@ettering nossa assistência' e )á sabe como fica se não aarecermos. Subidaum esc%ndalo terrAvel. o menos' deverAamos fazer ato de resen*a.

?-ntão' verei,me obrigado a lhes dei&ar antes ?relicou (ohn'servindo uma ta*a do 5orto do decantador?. #iola estava convidada aobaile do @ettering e aceitou o convite. ortanto' vi,me obrigado a recha*á,la. (á sabe que minha mulher e eu nunca aarecemos nos mesmos atos.

?Benhum cavalheiro aarece nos mesmos atos que sua r/ria esosa';obert ?e&licou lorde 9amon a seu )ovem comanheiro?. esar de tudo'estaria bem que Hammond falasse claro. -mma ;a:lins estará ali' erovavelmente seria um esc%ndalo.

(ohn quase Cs,se a rir. Sua +ltima querida não ia rovocar maioremo*ão em sua mulher que o simles desdém que lhe tinha mostrado duranteanos. >m triste final ara a adorável )ovem com a que se casou. Mas osmatrimCnios oucas vezes são felizes' e fazia )á temo que tinhaabandonado qualquer est+ida idéia de que o sua fora a e&ce*ão queconfirma a regra.

? senhorita ;a:lins é uma formosa criatura ?acrescentou sir ;obert?. Se udesse conhecê,la' sentiria ter que dei&á,la.

Page 4: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 4/164

(ohn ensou em quão ossessiva era -mma' essa suave osse quenenhuma amante tinha direito a reclamar' e que tinha sido a causa de queterminasse sua rela*ão dois meses antes e de que romesse seucomromisso.

?9uvido,o. 5 final não foi amistoso. ?urou sua ta*a do 5orto?.

credito que s/ agDento um momento 6s mulheres.?Semre diz o mesmoE ?e&clamou 9amon?. Bunca é ara semre.3uando se trata de mulheres' arece turco' Hammond. 9everia ter umharémE

?9e uma em uma é suficiente' 9amonE Meus dois +ltimas amantes mederam razões de sobra ara estar cansado de romances.

amante anterior a -mma' a cantor de /era Maria llen' tinha,oobrigado a bater,se em duelo com seu marido dois anos antes. llen' deoisde anos de descuidar a sua esosa' tinha decidido reentinamente que seusassuntos com outros homens lhe incomodavam. 5s dois cavalheiros tinhamterminado disarando,se sendos tiros no ombro e sua honra tinha ficadosatisfeito. reconcilia*ão dos llen não tinha sido feliz. Finalmente' ele setinha artido a mérica e ela se converteu em amante de lorde 9e:hurst.

-ntretanto' -mma ;a:lins não arecia querer buscar um novo rotetor.Tinha estado lhe escrevendo todas as semanas da casinha de camo que lhetinha agradável no Susse&' umas cartas onde lhe rereendia' insultava,o elhe rogava que voltasse com ela. Suas resostas recha*ando,aeducadamente não a tinham satisfeito e o tinha seguido até !ondres' masele não tinha inten*ão de voltar a vê,la.

9e fato' desde sua rutura com a -mma' (ohn tinha erdido ointeresse' )á não encontrava motiva*ões. Bão gostava de absolutamente ter

uma nova amante' e suas razões eram difAceis de definir. rela*ão de umhomem com seu amante' desde seu onto de vista' devia ser simles' diretae uramente fAsica. Muito freqDentemente terminava sendo e&atamenteassim' e ossivelmente esta fora a razão de seu recha*o. Bão tinhavontades de ver,se metido em outro embrulho' ois odiava as cenasemocionais. Semre as tinha odiado.

(ohn não e&ressou estes sentimentos a seus amigos' e eles' que eramuns cavalheiros' tamouco indagaram. Se o tivessem feito' ele se teria saAdoela tangente com uma engenhosa e&clama*ão ou' simlesmente' teriatrocado de tema.

?Bão' meus amigos ?disse meneando a cabe*a?. s mulheres são

encantadoras' criaturas intrigantes' mas também resultam caras em certosentido. 8retendo assar o ano sem nenhuma amante.?Todo o anoG ?lorde 9amon roferiu um som de incredulidade?. Se

s/ estivermos em mar*o. Tem que ser outra de suas brincadeiras. masmuito 6s mulheres ara estar sem uma amante todo o ano.

(ohn se recostou em sua cadeira e dei&ou a ta*a.?S/ orque um homem não tenha amante' não quer dizer que não goste

das mulheres.Seus comanheiros rorromeram em uma gargalhada ante esse

comentário e o consideraram merecedor de um brinde. 5s três encheram

suas ta*as e decidiram que uns quantos brinde elo amor das mulheres seriaum bom servi*o ao se&o fácil. o cabo de cinco minutos' a garrafa estavavazia.

Page 5: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 5/164

?5lhe' Hammond ?disse lorde 9amon' reentinamente sério'sossegando sua alegria?' não há um homem ante a ortaG

(ohn se levantou e seguiu o olhar de seu amigo. Sem d+vida' ante asoleira e olhando ao interior da habita*ão com e&ressão ansiosa'encontrava,se um de seus serventes. o vê,lo' o criado correu ara ele lhe

mostrando uma carta.?#em do norte' meu senhor' é urgente. 5 senhor 8ershing me enviouem seguida ara buscá,lo.

corresondência que chegava no e&resso semre estava acostumadoa trazer más notAcias' e (ohn ensou or um momento no Hammond 8ar=' suaroriedade no Borthumberland. Mas' quando viu seu nome e dire*ãoescritos na folha de ael dobrada' logo descobriu que a letra não era a deseu mordomo. -ra de $onstance' a mulher de sua rimo' e isso significavaque' quaisquer que fossem as más notAcias que continha a carta' tratava,sede um roblema de famAlia. Sua areensão se agudiz/ enquanto romia olacre e desdobrava aquela +nica folha.

Tão somente continha quatro linhas a tinta se correu com as lágrimas.s notAcias eram ainda mais desastrosas do que' oderia ter imaginado.ssim' enquanto contemlava as alavras' as lendo uma e outra vez' foiincaaz de catar seu significado. sentiu,se aralisado' aturdido' incaaz deaceitar o que lia. Simlesmente' não odia ser.

I8erc"' 5H' Meu deusE 8erc".J5 %nico se abriu asso entre seu atordoamento' mas tratou de

centrar,se no que essas novas significavam' o que tinha que fazer' mas o+nico no que odia ensar era em que tinha estado um ano inteiro sem versua rimo e melhor amigo. gora' )á era muito tarde.

?HammondG voz reocuada de lorde 9amon o searou de seu ensimismamiento e(ohn recuerou o sentido. 9obrou a carta e a guardou em seu bolso. !utandoor manter seu rosto imassAvel' olhou ao homem que eserava ansiosamentea seu lado.

?Traga minha carruagem imediatamente.?Sim' meu senhor.5 servente artiu' e seus amigos continuaram escrutinando,o com

reocua*ão. Benhum lhe erguntou que roblema havia' mas a questãoflutuava no ar. (ohn não os a)udou. garrou seus /culos e aurou o queficava do 5orto' lutando de novo or recuerar a consciência.

IMais tardeJ' disse,se' dei&ando sua dor a um lado. $horaria maistarde. gora tinha que ensar no efeito que essas notAcias teriam sobre suafazenda. Sua fazenda era o rimeiro semre tinha estado or cima de tudo.

?$avalheiros' temo,me que devo dei&á,los. Beg/cios urgentes mechamam. me erdoem.

Sem eserar a que nenhum dos ressente relicasse' (ohn saudou'searou,se da mesa e abandonou a habita*ão. 3uando chegou 6 rua' suacarruagem o estava eserando' e ediu ao condutor que fora rimeiro a suacasa da cidade' no <loomsbur" Square.

Meia hora deois' seu valido' Stehens' )á estava emacotando suas

coisas ara a viagem ao Shroshire' e (ohn se dirigia ao baile do @ettering.#iola tinha que saber as novas.

Page 6: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 6/164

5 encontro ia ser difAcil. Sua esosa semre tinha sido uma mulher derofundas ai&ões' e sua ai&ão mais intensa era o /dio que sentia or ele.-ra um sentimento que ela mostrava claramente em qualquer encontroincomum que tivessem' seu comortamento com ele era tão frAgido como asrofundidades abisales. Sua vida se veria tão afetada elas notAcias que ele

acabava de receber que estava seguro de que o aborreceria.Sabia que sua chegada ao baile do @ettering causaria' sem d+vida'como*ão. 8ois ele e #iola )á não se incomodavam sequer em retender queseu matrimCnio tivesse sentido. -ra uma união vazia' e o tinha sido duranteoito anos. -ntretanto' todo isso estava a onto de trocar' ensou enquantose detinha a entrada do salão de lorde @ettering.

esar da multidão que ovoava o salão iluminado e do fato de que suamulher fora mi+da' (ohn a encontrou facilmente. !evava um vestido debaile' de seda cor rosa intenso' mas não vestia sua cor favorita' como sabia' )á que ainda a esiava alguma vez. 9eois de muitos anos de leitos e vidassearadas' semre era caaz de encontrar a #iola em meio de qualquermultidão.

-ra seu cabelo' é obvio. ;efulgia 6 luz das velas dos candelabros e'como semre' sua cor loira brilhante o fazia ensar na luz do sol.

#iola estava de costas e não odia ver seu rosto' mas isso nãoimortava. -le conhecia cada centAmetro de seu ser a forma de cora*ão deseu rosto' seus grandes olhos cor mel e suas esessas estanas castanhas' aformosa boca com um equeno lunar na comissura' a covinha em suabochecha esquerda quando sorria. -le não sabia or que recordava todoaquilo' ois tinham acontecido muitos' muitos anos desde seu +ltimo sorriso'mas o caso é que o recordava. #iola tinha um sorriso que odia abrir o céu.

Também odia franzir tanto o cenho ara enviar a um homem diretamenteao inferno. (ohn tinha estado em ambos os sAtios mais de uma vez.Todos os convidados estavam dan*ando ou observando o baile' or isso

sua chegada demorou ara notar,se. 3uando isto aconteceu' o baile se fezum tanto ca/tico' ois os bailarinos estavam muito ocuados olhando,o araemrestar aten*ão aos intrincados assos e' deois de uns momentos' am+sica dei&ou de sonar. s conversa*ões se sumiram em um surreendentesilêncio e' então' murm+rios de esecula*ão come*aram a circular elo salão.Todas elas' rea*ões inevitáveis' como bem sabia (ohn' ois fazia anos quelorde e lad" Hammond não aareciam no mesmo evento social.

5bservou como sua mulher se voltava ara ele e conteve o fClego'

imressionado como semre ante a incrAvel beleza de seu rosto e aerfei*ão de sua figura. -mbora quase tinha assado um ano sem vê,la' elaestava e&atamente tal e como ele a recordava. 5bservou a delicada cor desuas bochechas' que se tornou em um branco álido ao vê,lo embora estavahabituada 6s conven*ões sociais' emalideceu ante sua chegada' incaaz dedissimulá,lo.

3uando a olhou' ela não teve mais elei*ão que recuerar a comosturae desemenhar seu ael de viscondessa frente a toda aquela gente.deteve,se ante ele e o saudou com essa educa*ão escruulosa' geada'caracterAstica de seus ouco freqDentes encontros.

?Hammond ?acertou a dizer com uma reverência.-le se inclinou.

Page 7: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 7/164

?!ad" Hammond ?resondeu' tomando a mão enluvada que lhe dirigia.;o*ou seus n/dulos com os lábios através do tecido' deois dei&ou cair suamão e se voltou ara que ela udesse agarrar do bra*o.

-la igarreou mas' deois de um momento' colocou sua mão sobre obra*o. -ra um contato muito básico' mas suficiente. nte a sociedade' tinha

que desemenhar o ael de esosa solAcita' e ambos sabiam' mas emrivado #iola estranha vez era cumridora. -ra um dos rivilégios de ser airmã de um duque.

Seu irmão ermanecia de é' a seu lado' e (ohn odia sentir o olharhostil do duque do Tremore sobre ele' com o cora*ão ardendo como umforno de carvão. 3uando o saudou' o comortamento de seu cunhado foi tãofrio como o de #iola. Bão imortava' Tremore via sua irmã menor como uman)o' mas (ohn estava em osi*ão de saber a verdade. 8odia arecer que#iola tivesse um halo flutuando sobre sua cabe*a' mas sua natureza eramuito humana.

Tremore' em oinião do (ohn' tinha sido mais afortunado na elei*ão desua esosa. -mbora não era a esosa mais bela' a duquesa era uma dasmulheres mais lácidas e discretas de todos seus conhecidos' e seucomortamento era muito menos hostil que o de seu marido.

?Hammond ?disse elevando a mão.?9uquesa ?murmurou ante seus dedos enluvados?. Tem bom asecto

?acrescentou enquanto a observava?. Me agrada saber que seu filhochegou a este mundo são e forte.

?Sim' faz )á dez meses ?Tremore resondeu or ela com os dentesaertados' sublinhando o fato de que' do nascimento do menino' (ohn nãotinha ido' nenhuma s/ vez' a ver seu sobrinho. Bem sequer tinha assistido ao

batismo.(ohn' que era um homem que tinha sentido comum e inteligência' nuncaficava em auros ante seu cunhado' se odia evitá,lo.

?>m menino forte e são é uma bên*ão ara qualquer homem ?disse?'além disso um filho te assegura a descendência. 9uque' é você um homemafortunado.

o Tremore não lhe escaava o fato de que (ohn carecia de herdeiro'e olhou ara outro lado. -ntão notou a mão de #iola aertando seu bra*o eermitiu que o searasse do duque e a duquesa.

?5 que está fazendo aquiG ?erguntou em um sussurro' zangada'enquanto caminhavam do bra*o or um lateral do salão.

?vim or uma razão que não se ode e&licar em sussurros em um salãode baile. Sorri' #iola' ou' se não oder fazê,lo' ao menos sei amável. Todosnos olham.

?Se te incomodar que lhe olhem' ode ir ?sugeriu ela?. -stou segurade que há muitos lugares em !ondres muito mais entretidos ara ti.arecer no baile do @ettering detrás declinar o convite é o c+mulo do maugosto.

8assaram ao lado de uma bonita ruiva' vestida de seda verde álido' queo Miro com olhos imlorantes. -mbora (ohn retendia não havê,la visto'#iola assumiu imediatamente o ior.

?ssim -mma ;a:lins é a razão de que este)a aquiG 9urante semanasse esteve rumoreando que tinha terminado com ela' mas é evidente queestavam equivocados. 9eusE ?gemeu?' como deve desfrutar me humilhando.

Page 8: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 8/164

?#ivo s/ ara isso ?resondeu imediatamente seu desrezo semrerovocava que emregasse suas e&clama*ões mais sarcásticas?. Tambémme dedico a arrancar as asas 6s moscas. -mbora' confesso,o' torturargatinhos abandonados é meu esorte favorito. #erdadeiramente é umgrande esorte.

Susirou zangada e tentou aartar o de seu lado' mas ele não a iadei&ar. $ruzou um bra*o sobre seu eito usando a mão livre ara abra*á,la emantê,la a seu lado. -stava tentando endireitar suas r/rias emo*ões'evitando ensar na carta guardada em seu bolso' tratando de manter a dorafastada. >ma briga com #iola oderia acabar com ele.

?9ei&a de tentar iniciar uma briga e escuta. Tenho neg/cios no nortee reciso ir com a rimeira luz da manhã' neg/cios que discutirei contigoassim que vamos. Tenho que te falar em rivado.

?caso tenho uma entrevista em rivado contigoGBão havia elei*ão.-la tratou de afastá,lo de novo' mas ele a aertou ara si.?K imortante' #iola' muito imortante' e te concerne.-la voltou a cabe*a e o estudou durante um momento' então fez uma

careta de inaetência.?Muito bem' mas terá que eserar. -stou comrometida ara o

seguinte baile' me ermita.aartou,se de novo e' esta vez' ele o ermitiu. Lnclinando,se' (ohn

contemlou como se afastava. 5 gesto de seus ombros lhe fez areciar denovo a intensidade de seu desrezo ara ele. 8ensou na carta que estava emseu bolso e no que significava' e dese)ou que ela não o odiasse antes dequalquer emenda. Se o fazia' sua vida se converteria em um autêntico

inferno.

or que tinha idoG questão seguia viva na mente de #iola enquantodan*ava. sentiu,se desequilibrada' afundada' incCmoda' fazia anos que (ohnnão havia sentido a necessidade de discutir nada com ela. 5 que é o quetinham que falar agora' e or que aquela noite recisamenteG

-nquanto dan*ava com seu casal' asseou o olhar or todo o salão'buscando,o entre a multidão' incaaz de acreditar que estivesse realmenteali. Mas sua resen*a não era fruto de sua imagina*ão. -le havia dito quetinha notAcias imortantes mas' como de costume' ela não odia adivinhar

nada or seu rosto nem seu comortamento. -le ermaneceu 6 arte com umgruo de gente' falando e Sorrindo' como se não houvesse nada que lhereocuasse' embora #iola sabia or sua larga e amarga e&eriência que' seassim fora' ele estaria em qualquer outro sAtio salvo ali. lém disso' haviaalgo tenso e duro em sua voz' que não era r/rio de seu habitual ardescuidado.

artou a aten*ão de seu marido e tratou de concentrar,sesimlesmente em seguir os assos de baile. (á deveria saber que qualquertento de entender ao (ohn ou suas a*ões era in+til. >ma ontada daquelaantiga dor se cravou em seu cora*ão' e isso a surreendeu' ois ensava que

se desvaneceu fazia )á muito temo.#iola lutou ara manter essa geada comostura que lhe tinha servidodurante tanto temo' o escudo rotetor que a tinha rotegido da dor de

Page 9: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 9/164

suas mentiras e seus amantes' mas sua intranqDilidade crescia com cadamomento que assava' até que se converteu em uma tensão insuortável.8odia ouvir o murm+rio das esecula*ões a reseito de sua resen*a ali esentir as olhadas ardilosas dos grandes fofoqueiros de !ondres sobre seumarido' -mma ;a:lins e ela mesma. 3uando o baile acabou' vinte minutos

mais tarde' #iola era uma massa de nervos.!ogo que tinha retornado a seu osto' ao lado de seu irmão nthon" esua mulher' 9ahne' quando seu marido voltou a agarrá,la do bra*o. -m meiodos olhares e os murm+rios atCnitos' #iola e (ohn abandonaram o salão debaile )untos.

-le a levou a biblioteca do @ettering e fechou as ortas detrás de si.Felizmente' não a manteve em susense or mais temo. Bo instante em quese fecharam as ortas' voltou,se ara ela e foi ao grão.

?8erc" morreu' também seu filho#iola roferiu um fundo gemido de surresa.?$omoG 5 que ocorreuG?-scarlatina. Há uma eidemia muito virulenta no Shroshire. recebi

uma carta urgente esta noite.-la assentiu' tratando de assimilar as novas. 8ercival Hammond' o rimo

e melhor amigo de seu marido' estava morto. Sem ensá,lo' aro&imou,sedele e osou a mão sobre seu bra*o.

?Sinto,o tanto ?disse' e o sentia realmente?. Sei que era como umirmão ara ti.

(ohn a aartou como se queimasse e se afastou. -la se voltou e ficou asuas costas' erguntando,se se lhe tinha incomodado que e&ressasse suasimatia. 9everia ter sabido que ele nunca a receberia bem.

?Tenho que ir ao funeral' no Nhitchurch ?disse or cima de seuombro.?K obvio' acaso ?Fez uma ausa' ois a invadiu certo des%nimo e logo

que odia erguntar. Sem d+vida' não eserava que ela o acomanhasse.#iola se obrigou a falar?. vieste ara me edir que te acomanheG

-le se voltou ara olhá,la.?meu deus' nãoE ?relicou com tal veemência que ela recuou' embora

não eserava outra resosta. -le viu sua e&ressão e e&alou um fortesusiro.

?Bão queria dizer isso.?BãoG

?Bão' maldita se)a. ;ealmente' estava ensando em seu bem,estar.Bunca tiveste escarlatina. Se me acomanhar' oderia te contagiar.?5H ?disse' sentindo,se surreendida de reente?' ensei?(á sei o que ensaste ?a cortou ele. fundou a frente nas mãos e'

de reente' areceu cansado?. Bão imorta' or uma vez não discutamos ?disse' e dei&ou cair as mãos a ambos os lados?. Bão esero que venha.

#iola não odia a)udá,lo a sentir,se melhor' mas ainda estava incCmoda'ois sabia que ainda havia mais. Se s/ tivesse retendido lhe comunicar amorte de sua rimo' oderia lhe haver dei&ado uma nota antes de artirara o Shroshire' sobre tudo orque ela logo que conhecia o 8ercival

Hammond. -studou a seu marido or um momento' eserou' mas eleermaneceu em silêncio' como flutuando no esa*o.

Page 10: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 10/164

?K essa a razão de que tenha vindo esta noiteG 8ara me dizer issoessoalmenteG

-le voltou a olhá,la.?Seu filho também morreu' #iola. Lsso o troca tudo' deve te dar

conta.

;ecebeu essas alavras e seu imacto com a for*a de uma bofetada.Sua comostura falhou e o olhou' sentindo,se reentinamente doente eincaaz de ocultá,lo.

?or que teria que trocá,lo tudoG ?erguntou' ercebendo uma notade debilidade em sua voz?. Tem outro rimo. <ertram é um Hammond' e eleserá quem herda o tAtulo e os bens do 8erc".

?<ertie' esse imbecil' esse in+til que logo que sabe atá,la gravata ?disse (ohn' fazendo uma equena ausa em seu discurso' )ustificando suaareensão' que o confundia?. devido a nossa seara*ão' resignei,me adei&ar meus bens aos cuidados do 8erc"' ois sabia que os administrariameticulosamente' como eu' e que seu filho teria feito o mesmo. <ertie é umroblema totalmente diferente. K um vividor e um esban)ador' tão indignode confian*a como meu ai' e antes se esfriaria o inferno que Hammond8ar=' -nderb" ou qualquer de meus outros bens caAsse em suas ávidas mãos.

?Bão oderAamos discuti,lo quando retornarG ?erguntou'deseserada,se' tentando evitar a conversa*ão até que tivesse temo araensar?. Sua rimo está morto. caso não ode chorar sua morteG Temosque discutir os roblemas legais da heran*a )ustamente agoraG

de reente' o rosto do (ohn se tornou imlacável' um semblanteestranho ara um homem cu)o encanto' cu)o comortamento desreocuadoeram bem conhecidos. -ra um olhar que ela reconhecia' que tinha visto

várias vezes durante os rimeiros seis meses de seu matrimCnio' e que nãotinha sido caaz de suortar.?Minha rimeira obriga*ão são meus bens ?disse' negando,se a trocar

de tema?. <ertie seria minha ruAna e esban)aria até o +ltimo soberano demeus cofres' esban)ando nove anos de trabalho. Bão dei&arei que issoaconte*a' #iola.

5 terror lhe imregnou até os ossos' como o frio do inverno' enquantoobservava os olhos castanhos de seu marido' ercebendo como adquiriam adureza do %mbar.

?3uando voltar do Shroshire ?continuou?' nossa seara*ão teráterminado. Será minha mulher' não s/ no sentido legal da alavra' mas

também também no moral e literal.?Sentido moralG ? f+ria e o desesero a alagaram e demorou váriossegundos antes de que udesse falar de novo?. #ocê me fala de sentidomoralG suõe,se que é uma brincadeiraG

?Sei que a ironia é uma de minhas qualidades' mas ho)e não é dia arabrincadeiras. -stas circunst%ncias merecem uma discussão sobre minhasobriga*ões' assim não tem nada de divertido.

?5 que têm que ver suas obriga*ões comigoG ?erguntou' embora )ásabia a resosta. 5H' 9eusE' é obvio que sabia.

?;efiro a sua obriga*ão como esosa e viscondessa.

Houve um estalo em seu cérebro e' ela rimeira vez em sua vida'sentiu que ia derimir se.

Page 11: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 11/164

?Sim ?disse arecia ler sua mente como se fora um livro aberto?.Me dou conta do insuortável que te resulto' mas necessito um filho' #iola.- retendo o ter.

Capítulo 2 

9izia,o a sério. 9eus santo' dizia,o a sério. #iola olhou a seu maridohorrorizada' suas alavras retumbavam em sua cabe*a como o som de umtambor. 3ueria um herdeiro. gora' deois de todos esses anos' ele queriaum herdeiro. deois da humilha*ão e a dor que tinha sofrido' a censurasocial e a cula que tinha recebido ela falta de um filho' deois de todas asmulheres que ele tinha desfrutado' agora eserava retornar a sua vida' asua camaG

?Bão' nem em mil anos ?disse artindo.-le Cs a mão sobre seus ombros' detendo,a.?>m herdeiro é crucial' #iola' e sabe. Sem o 8erc"' necessito um

herdeiro.?(á tem um filho ?lhe recordou?. 5 menor de lad" 9ar:in é teu.

Todo mundo sabe.?(á conhe*o o rumor' mas neste caso' é falso. ?encolheu,se de

ombros e continuou?4 lém disso' se fosse certo' não significaria nada.Becessito um herdeiro legAtimo.

?or que deveria me imortar o que você necessiteG?#ocê goste ou não' é minha mulher' eu sou seu marido' e as

circunst%ncias agora nos obrigam a fazer o que e&ige nossa osi*ão.?Suas circunst%ncias e sua osi*ão não obrigam a nada. -u não sou sua

égua de cria. Bosso matrimCnio é uma farsa e semre o foi. Bão ve)o razãoara trocá,lo agora.?Bão há razãoG 8ertence 6 nobreza' é a irmã de um duque e a esosa

de um visconde. Sabe quais são as regras que dirigem nossas vidas' #iola.Fi&ou seu olhar nele com a mesma determina*ão' e quase odia ouvir o

choque de seus dese)os como o rangido de dois sabres.?8ode que se)a sua mulher em um ael' mas não tenho or que sê,lo

em seu maldito leito. Maldita linhagem' malditas regras e maldito você se)aE?me amaldi*oe quanto queira' mas viveremos )untos quando retornar

do norte. 9ecide se refere estar em nossa vila no $his:ic= ou tetransladar a minha residência da cidade' no <loomsbur" Square. Se escolher

a casa da cidade' notifAcaselo ao 8ershing e fei&e que enviem suas coisasenquanto estou fora.?#ocê e eu sob o mesmo tetoG $éusE?5 mesmo teto' #iola' a mesma mesa. ?Fez uma ausa e lhe dirigiu um

olhar amável' inquisitiva?. 5 mesmo leito.?Se ensar se realmente se crie se ?Se desmoronou' muito

zangada ara dei&ar de balbuciar. idéia de que lhe fizesse o amor deoisde todas as demais mulheres com as que se deitou era tão horrAvel' tãointolerável' que logo que odia falar. ;esirando fundo' lutou ararecuerar,se e o tentou de novo?. Se crie que ermitirei que me toque de

novo' está louco.?#ocê goste ou não' os meninos se fazem fazendo o amor. Bão há nadade mau nisso. 5s casais casados o fazem todo o dia' e a artir de agora

Page 12: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 12/164

também n/s. 9esde aquela maldita éoca em que o fizemos se me erguntaisso' a falta de se&o é a causa de toda esta confusão entre n/s. ?$om isso'fez uma inclina*ão' deu meia volta e se dirigiu ara a orta.

#iola contemlou suas amlas costas enquanto se ia.?9eus' como te odeioE

?5brigado or me informar' querida ?gritou enquanto saAa?. Bão metinha dado conta. ?deteve,se na orta com a mão no omo e se voltouligeiramente ara ela. Seu rosto estava de erfil' sua cabe*a encurvada' umcacho de seu cabelo castanho caAa sobre sua frente. 8or um momento' olhou,a e' ara sua surresa' nenhum sorriso fácil lhe veio a boca. 3uando falou'tamouco emregou nenhuma ênfase irCnica?. Bunca quis te fazer danifico'#iola. -u gostaria que udesse acreditá,lo.

Se não tivesse sido tão canalha' oderia ter fingido uma careta de dorem sua e&ressão e a sinceridade de suas alavras. Mas ele era um canalha'um mentiroso e nunca a tinha amado. 3ualquer signo de ena se esfumouantes de que ela udesse estar segura de que tivesse e&istido alguma vez.

?-m realidade não ode querer dizer isso. Sabe quanto te odeio eeseras que comartilhe seu leitoG

? cama é o lugar mais cCmodo ?disse?. Mas se te ocorre outraidéia' estou o suficientemente interessado. Sei que aconteceu muito temo'mas tal e como o recordo' fazer o amor arriesgadamente era um de nossosassatemos favoritos.

-la roferiu um som de horror' mas antes de que udesse e&ressá,loem alavras' ele )á se artiu.

arrog%ncia masculina. Furiosa' come*ou a assear,se ela biblioteca'seu desrezo ara ele era tão forte naquele momento que logo que odia

acreditar que seus sentimentos or ele tivessem sido alguma vez )ustamente o contrário.3uando osou seu olhar ela rimeira vez no (ohn Hammond' nove anos

atrás' tinha sido como um conto de fadas. -m um salão de baile abarrotado'havia,lhe devolvido o olhar' tinha,lhe sorrido e toda sua vida tinha trocado.

Tinha então vinte e seis anos' e era o homem mais bonito que )amaistinha visto' com os olhos cor conhaque e o coro de um esortista. Tinharecebido seu tAtulo no ano anterior' mas se tivesse sido comerciante em vezde visconde' não lhe tivesse imortado. quela noite' no chão do salão debaile' tinha sucumbido ao amor daquele homem forte' elegante' e seucora*ão de dezessete anos tinha ficado aanhado or aquele sorriso

devastador. esar do /dio que sentia' devia reconhecer que agora ele erainclusive mais atrativo fisicamente do que o tinha sido então. o contrárioque muitos homens entrados na trintena' não tinha come*ado a ficar calvonem gordo (ohn' não. inda ossuAa o coro de um corintio' e a maturidades/ o tinha feito mais forte. Sob seu amlo tra)e de tarde' seu eito e seusombros areciam maiores que nunca' suas largas ernas' ainda maismusculosas. inda tinha esse cabelo castanho' grosso' indomável' que tãosomente come*ava a branquear nas têmoras. inda tinha esses olhos corconhaque' mas agora havia algumas linhas a seu redor' linhas de felicidade

que alguma mulher tinha osto ali.Muitas outras mulheres.

Page 13: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 13/164

#iola se derrubou em uma cadeira' sumida em uma amargura que nãotinha sentido durante anos. esar do zangada que arecia agora' tinha,oamado além da razão. casou,se com ele orque ensava que o sol saAa eficava' todos os dias' )usto sobre ele. 3ue arva tinha sidoE

-le havia dito que a amava' mas era mentira. casou,se com ela' mas não

or amor' mas sim or seu dinheiro. Todo seu amor esban)ado em um homemque não a amava' um homem cu)a mente tinha decidido que necessitava umamulher elas aarências' mas cu)o cora*ão nunca lhe tinha ertencido.

#iola se levantou' todo aquilo ficava no assado' ela tinha aceito muitotemo atrás sua erfAdia e sua r/ria estuidez. -le' em troca' rovido,sede um montão de amantes durante aqueles anos. -la tinha assado o temoconstruindo sua r/ria vida. >ma vida de conten*ão. >ma vida de obras decaridade' bons amigos e serenidade. >ma vida sem ele. Suas obriga*õesmaritais e seu marido odiam ir,se ao inferno' ao que ertenciam.

?IBão tema mais o calor do sol' nem as iras do furioso invernoembora aquela tarefa inominável tenha comleto' e a arte do lar se foi' etambém o vento de suas batalhasJ ?o (ohn falhou a voz reentinamente'fez uma ausa' olhando o volume do Sha=eseare em suas mãos. Tratou decontinuar' mas arecia que sua boca não odia formar as alavras.

5lhou ao longe' ara as distantes ruAnas cinzas do castelo do Beagh.8erc" e ele estavam acostumados a )ogar nessas ruAnas durante as férias doverão' imitando assédios e batalhas. (ohn sentiu uma ena dilaceradora emseu eito ao recordar aqueles dias. 8ensando no Harro: e em $ambridge.Fazendo carreiras de iraguas toda a Semana Santa' e como 8erc" semre

tinha estado a seu lado' seguindo,o em todas as travessuras de sua inf%nciae as aventuras de )uventude' todas as alegrias e todas as enas. -mbora seaai&onaram ela mesma garota' aquilo não romeu sua amizade.

ISua rimo está morto. K que nem sequer ode lhe chorarGJs alavras de #iola retumbavam no silêncio que o rodeava' enetrando

em seu ser. 9orG 3ue in)usto or sua arte e&or essa questão. -stavamorto de dor' mas e&ressá,lo diante da gente era imensável. Suasemo*ões eram rivadas' ocultas deois de um humor que levava toda suavida aerfei*oando. #iola era tão diferente' ela mostrava o que ensavaabertamente. -le não odia entendê,lo' nunca tinha odido.

>m ligeiro igarro o devolveu ao que estava fazendo. (ohn roferiu um

rofundo susiro e olhou ao redor. Todos estavam eserando. $om essadiscilina que ossuAa' encontrou a frase que queria ler no $"mbeline econtinuou4

?I todos os mo*os e mo*as dourados como o ouro' como osdeshollinadores a suas chaminés' voltarão ara /.J

$om o livro fechado em uma mão' agachou,se e agarrou um montão deterra com a outra. Sustentou,a sobre o ata+de na tumba' escutando aovigário recitar do livro de ora*ões.

8/ ao /' 8erc" estava morto. Sustentou a terra sobre a tama' masnão Cde dei&á,la cair sobre a olida suerfAcie. Sua mão come*ou a tremer'

e cravou seu unho na terra amaldi*oando sua sorte. Oirou sobre seus talõese se afastou do corte)o silencioso' resirando rofundamente o frio ar darimavera.

Page 14: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 14/164

3uando chegou 6s ruAnas do castelo do Beagh' rodeou,as até chegar aooutro lado da torre ruAda. inda com a terra no unho' dei&ou o livro doSha=eseare a um lado. mem/ria o guiava' com a mão que tinha livre'agarrou uma edra que me sobressaAa do muro e a tirou.

-stava seguro' ainda estava debai&o daquela edra' o nicho que 8erc" e

ele tinham construAdo. Seu lugar secreto' onde estavam acostumados aocultar coisas4 tabaco de ia e de atar' desenhos obscenos' coisas assim.>ma vez escondeu a camisola de $onstance ali' uma formosa e*a dedelicada musselina com ensamentos bordados em amarelo. Tinha roubado oob)eto do roueiro de sua casa um dia do verão' quando tinham treze anos' eo tinha escondido' ali. 8ara sua surresa' 8erc" lhe tinha dado um muitodireito na mandAbula. 9oze anos mais tarde' (ohn tinha dan*ado em suasbodas.

8Cs o unhado de terra no nicho' amontoando,o. 9e algum modo'arecia correto dei&á,lo ali' em vez de )ogá,lo sobre a concha de madeiraque cobria o coro sem vida do 8erc".

(ohn contemlou o nicho e o equeno montão de terra durante umtemo' e seu eito se foi incendiando' o fogo se fez mais forte e intenso'até que não o Cde suortar. 8Cs a edra outra vez em seu lugar' deu meiavolta e se afastou do muro' resirando fundas baforadas de ar. tombou,seno chão e afundou a cabe*a entre as mãos' sumido na dor e em umareentina e terrAvel solidão.

8erc" semre tinha sido um bom menino' um mo*o sensAvel com um )ulgamento de ferro. Teria sido bom ara o Hammond 8ar=' -nderb" e asoutras roriedades de seu vizcondado. teria se feito cargo delas' asconservando ara a seguinte gera*ão do Hammond. -le sabia que 8erc"

semre teria estado ali' a sua beira' disosto a aceitar a resonsabilidadeque' or causa de seu desastroso matrimCnio' não tinha ficado coberta. seguran*a desse conhecimento lhe tinha ermitido o lu&o de oder

evitar o que realmente suunha aquela resonsabilidade e semre tinhasuosto4 ter um herdeiro. 9ado que não tinha sido caaz de digerir a idéiade for*ar a sua mulher a um ato que se converteu em um ouco tãoreugnante ara ela' (ohn considerou o 8erc" e ao filho de este como a+nica o*ão ara o vizcondado. Bunca lhe tinha assado ela cabe*a que suarimo' seu melhor amigo e uma das oucas essoas no mundo em que odiaconfiar' morreria' e que seu filho também o faria. 3ue' de todos os homensdo mundo' o seguinte visconde seria <ertram.

(ohn se rebelava absolutamente contra esta idéia. Tinha que ter umfilho ou veria como tudo o que tinha gasto em uma década salvando seusbens se ia de novo 6 ruAna. #iola e ele tinham que encontrar a forma deestar )untos e redescobrir a faAsca do dese)o que tinha sido tão e&losivaao come*o. Bão tinha or que durar muito se assim fora' rovavelmente sedestro*ariam mutuamente' mas sim o suficiente ara conceber um filho.

?o 8erc" semre gostou de Sha=eseare. 5brigado. suave voz de $onstance interromeu seus ensamentos' e (ohn

elevou a cabe*a uns centAmetros' contemlando a saia negra' com vCo' davi+va do 8erc"' com a rega debruada de untilla de seda negra. ;ouas de

luto. tensão ardente de seu eito come*ou a remeter' e voltou a cabe*arocurando certa comostura.

Page 15: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 15/164

?!embran*a que na escola estavam acostumada chamá,lo IMochoJ ?murmurou?. Semre estava com a cabe*a metida em um livro e necessitava/culos ara ler.

?- os outros meninos riam dele sem iedade. $ontou,me como trêsdeles agarraram seus /culos e as romeram. 9isse,me que quando você

soube o que tinham feito' correu atrás deles cheio de f+ria. Foi a +nica vezque te viu erder a calma.?8erc" estava )usto detrás de mim' me acredite' e fez o ossAvel ara

enfrentar,se a eles. 9emo,lhes uma boa surra' e quase nos e&ulsam orisso. Temo deois' ainda o chamavam IMochoJ' mas nunca voltaram aromer seus /culos.

$onstance se sentou sobre a erva' a seu lado.?$omo chamavam a ti' (ohnGvoltou,se a olhar 6 mulher que 8erc" e ele conheciam desde sua

inf%ncia' recordando a aquela mo*a da que ambos se aai&onaram aqueleverão' quando tinham treze anos. $onstance tinha sido a rimeira garota aque (ohn tinha bei)ado. Tinha escrito ara ela algumas das iores oesiasque se ossa imaginar. aartou,se rudentemente quando se casou com o8erc" aquele outono' fazia quase dez anos' fingindo' or eles' que não lhedoAa. Mas lhe custou muito álcool' muitas noites sem dormir e muitasmulheres esquecer a $onstance.

$ontemlou os olhos cinzas e o rosto sulcado de lágrimas de seurimeiro amor e Cde ver sua r/ria dor refletida neles. -mbora sabia queara ela era muito ior' ois tinha erdido a seu marido e a seu filho. Tratoude concentrar,se no tema corriqueiro que os ocuava sem desmoronar,se.

?Meu aodo era IMiltonJ.

?Sim' tinha,o esquecido ?disse ela enquanto tirava o alfinete aratirar o chaéu negro de alha' dei&ando,o escorregar elas costas. 5 solreslandecia em seu cabelo castanho avermelhado escuro' como mognoacetinada?. or que MiltonG ?erguntou?. Bão te ega nada.

obrigou,se novamente a recordar os aodos do Harro:. 5 mundanoarecia reconfortá,lo' era cCmodo e seguro.

?Sim que me ega. Muito' de fato. lguma vez te contou 8erc" or queme chamavam assimG

?-mbora are*a estranho' nunca o fez. ?Fez uma ausa e acrescentou?4 K estranho' todas as coisas que não sabe da vida de seu marido. deoisde dez anos de matrimCnio' ensei que sabia tudo o que terei que saber

sobre meu marido' mas estava equivocada. Bos +ltimos dias veio tanta genteme contando hist/rias sobre ele lgumas )á as sabia' é obvio' mas outrasnunca as tinha ouvido antes' tantas hist/rias ?Sua voz se quebrou e aslágrimas alagaram suas estanas escuras e se deslizaram or seu rosto.

?$onnie' não chore ?ordenou em um sussurro aagado?. 8or 9eus' nãochore.

-la voltou o rosto' tratado de recomor,se' sabendo quanto odiava eleas lágrimas. 8or um momento' conseguiu comor um ligeiro sorriso.

?ssim que me vais contar como adquiriu seu glorioso aodo.?-m meu rimeiro dia no Harro:' meti,me em confusões' é obvio' e o

rofessor (ohnson me disse que se seguia fazendo esse tio de coisas'nunca serviria bem ao céu atrás de minha morte. ;esondi que tinha razão'ois eu referia ir ao inferno.

Page 16: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 16/164

?Sim' é tAico em ti dizer esse tio de coisas ?riu ela' aesar de que aena a afligia?' semre foste or livre.

5s dez anos de matrimCnio assaram or sua mente no esa*o de unsquantos ulsados. -m realidade' nunca tinha feito o que tinha querido.

?8ossivelmente fui muito or livre ?admitiu?' foi muito sensata ao

escolher ao 8erc" em vez da mim.?Bada sensata. Foi o filho de um visconde' e tivesse sido uma elei*ãobastante boa ara uma mulher como eu. -u era a filha de um homem deneg/cios. >ma garota que tinha bastante dinheiro mas sem rela*ões. Bão'não. -scolhi ao 8erc" orque me amava deseseradamente.

?-u te amava ?disse com um leve sorriso?' mas não me serve denada.

?<om' ele foi o +nico que me roCs ?disse isso $onstance lhedevolvendo o sorriso entre lágrimas?. lém disso' você nunca me amaste'(ohn' não de verdade.

voltou,se' contemlando,a' incaaz de acreditar o que acabava de ouvir.?9o que está falandoG Se tivesse sabido como fiquei ao chegar a casa

da -uroa' aquele outono' e descobrir que 8erc" te tinha roubado o cora*ão.Suas bodas foi uma agonia ara mim.

-la negou com a cabe*a.?-ra seu orgulho' em realidade nunca me amaste' não da maneira

necessária ara o matrimCnio. Semre flertava comigo e isso eu adorava'lembrava,te de meu aniversário. -screvia,me cartas da universidade todasas semanas' recolhia minhas flores favoritas e me concedia os cumridosadequados. ;oubava,me bei)os detrás da taia e me dizia as coisas maist/rridas. Mas nunca fez a +nica coisa que faz um homem quando está

verdadeiramente aai&onado.?5 queG8iscou' tratando de entender o que queria dizer.?<em ?disse deois de um momento?' escrevi,te umas oesias

esantosas' isso não contaG?SimG ?erguntou ela com assombro?' quandoG?Ba éoca de $ambridge' nunca lhe ensinei isso.? isso refiro. Se me tivesse lido alguma' embora s/ tivesse sido uma

vez' as coisas oderiam ter sido muito distintas' ois eu estava locamenteaai&onada or ti.

Lsso o surreendeu.

?-stava,oG?Sim' mas sabia que você não me queria realmente' e quando foi a-uroa ara seu comrido via)e' se esqueci.

?$om a)uda do 8erc". ?gora odia dizê,lo com claridade' ois )á nãosentia amargura. Tinham assado muitos anos a/s.

?-le me amava' (ohn.?Sei. ?(ohn olhou or cima de seu ombro' ara a edra onde se

ocultava o nicho' e ensou no olhar do 8erc" quando encontrou ali aquelacamisola?. Semre te amou' $onnie. - como te hei dito' foi muito sensata aoescolhê,lo.

-la soltou uma gargalhada.?-le se abriu caminho com a roosi*ão de matrimCnio mais incoerenteque ossa ter ouvido )amais' no 9ia da Lndeendência' frente a lorde e lad"

Page 17: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 17/164

Moncrieffe' a senhorita 9ansons' o vigário e 9eus sabe quantos mais.Frente a toda aquela gente' no )ardim' a)oelhou,se' confessou seu amoreterno na linguagem mais aai&onada que ossa imaginar e disse que se nãome casava com ele e acabava com suas enas' egaria,se um tiro e morreriaor mim.

5lhou,a' d+bio4?Bosso 8erc"G?Sim' nosso sensAvel' rAgido' acalmado e resonsável 8erc". 9ada sua

natureza' nenhuma mulher oderia haver resistido a uma roosta comoaquela. -u tamouco.

(ohn tratou de imaginar ao 8erc" a)oelhado balbuciando declara*õesde amor e amea*as se deseseradas ara suicAdio. Mas não Cde. Bão odiaensar nisso' nem sequer ara ganhar um rêmio como $onstance.

?-le me fez feliz' (ohn' muito feliz.?Me alegro' $onnie ?disse' e realmente o sentia?. 5s dois foram quão

+nicos semre aostaram or mim.?- sua mulher. questão era delicada e foi como se lhe cortassem com uma faca. Bão

queria falar de #iola' e com o $onnie menos que com ninguém' e esse dia'menos que nenhum outro. briu a boca ara fazer alguma considera*ãoirCnica' mas ela rimeira vez em sua vida' não lhe veio nada 6 mente.

$onstance o estudou' e não disse nada durante um temo que areceuuma eternidade. -ntão' osou uma mão sobre seu ombro.

?Se houvesse uma s/ coisa que udesse dese)ar' querido' seria afelicidade em seu matrimCnio. s mulheres' (ohn' os rumores

?caso merece a ena escutá,losG ?disse' cortando,a?. Bão se

reocue elas lAnguas desmedidas das fofoqueiros. Falam sem arar' masnão dizem nada. K esantoso' mas assim é.?-stou reocuada com ti.?Bão é necessário ?se aressou a resonder?' estou contente.?-star contente está muito bem. ?9ei&ou escaar um leve susiro?.

Mas' (ohn' embora o matrimCnio se)a muito difAcil' também ode trazermuitas alegrias. 5 meu assim foi. ?Sua voz se quebrou em um solu*o?. 5H'Meu deusE 5 que vou fazer sem o 8erc"G - meu filho' meu querido filhoE ?tamou,se a cara com as mãos.

-sta vez não Cde evitar chorar. -le não disse nada' não havia nada queudesse dizer' nenhuma anedota divertida que a fizesse rir' nenhum

antAdoto ara a dor. 8ara nenhum dos dois. Fechou os olhos' elevou a cabe*aara que o sol banhasse seu rosto e se dei&ou cair sobre seus bra*os'balan*ando,se com o som dos solu*os' mas ele sentiu que as lágrimas oalagavam com sua r/ria dor' como se cada uma fora um a*oite. Tambémsentiu inve)a dela' de sua habilidade ara chorar' ele nunca odia.

Tinha trinta e cinco anos e a +ltima vez que tinha chorado tinha sidocom sete' no quarto de )ogos do Hammond 8ar=' olhando uma terrina decristal de bolacha com nata que haviam lhe trazido de sobremesa. cabavade escutar a sua babá' que havia lhe trazido as terrAveis notAcias de suairmã @ate. ;ecordava como as lágrimas tinham rodado or seu rosto' e como

as cores da )arra' a nata e a nata se aagavam' misturavam,se. 9esde essedia' odiava a bolacha de nata.

Page 18: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 18/164

5uviu os solu*os do $onnie e também quis chorar. $onve&o no chão'afundou o rosto na fria erva e sentiu o consolo catártico do ranto do bebê.Mas seus olhos estavam secos' seu estCmago era como o couro' queriaarrancar o cora*ão. beliscou,se o quadril' aertou os dentes e ficou im/vel.

ficaram sentados durante comrido temo antes de que' finalmente'

ela elevasse a cabe*a.?5 que assará agora com o Hammond 8ar=G ?erguntou' secando,osolhos com a mão?. <ertram o herdará tudo a sua morte' sabeG

?Bão se osso evitá,lo. ?Tirou o len*o de seu bolso e o tendeu?.;ealmente' se <ertie se converter alguma vez em visconde atrás de minhamorte' tudo terá acabado. ssim esero retornar como fantasma e lhe darca*a.

-la quase Cs,se a rir' aesar de que ainda sentia as lágrimas em seusolhos.

?Há alguma ossibilidade de que sua mulher e você lhes reconciliemG?(á o temos feito ?mentiu?. #iola e eu sabemos qual é nossa

resonsabilidade. 8or 9eus' não se reocue elo Hammond 8ar=' tudo sairábem.

(ohn falou com muita mais seguran*a da que realmente sentia' oissabia que' reseito a #iola' o dever nunca seria mais imortante que o amor.- amor or volta dele era algo que #iola não tinha sentido durante muito'muito temo.

>m mês deois' (ohn descobriu quanta razão tinha sobre as idéias de#iola sobre o amor e o dever. )udou a $onstance a Cr ao dia os assuntosdo 8erc" e como ara então a eidemia de escarlatina tinha remetido e orisco de infec*ão )á não e&istia' Cde retornar a !ondres. Mas' quando

chegou' viu que sua mulher não tinha transladado seus ertences a sua casada cidade. Tamouco estava no -nderb"' a vila do $his:ic=' aos sub+rbios de!ondres' onde tinha vivido a maior arte daqueles anos. 5 servi*o não sabiaonde estava' ois tão somente se levou consigo a sua criada e um lacaio. 9etodos os modos' (ohn tinha uma ligeira idéia de onde odia estar.

3uando bateu na orta da casa do duque do Tremore' em suaresidência do Orosvenor Square' suas suseitas ficaram confirmadas4refugiou,se ali. 8odia ver viola na soleira da orta do Tremore' erguntandose odiam rotegê,la do vergonhoso dever com seu marido.

Tremore foi tão odioso com ele como semre. -ntrou na sala comaqueles ares ducais que reservava ara os serventes recalcitrantes' ara os

mal educados e ara o (ohn. 5 que seu cunhado ainda não tinha entendidoera que nunca lhe tinha intimidado toda essa grandeza.Felizmente' Tremore não tratou de cercar uma conversa*ão educada.

Foi direto ao grão4?Suonho que veio a ver minha irmã.Sem vontades de ser educado )usto naquele momento' enfrentou,se 6

duro olhar do cavalheiro' lhe dirigindo outra igual de desumana.?Bão ?resondeu?' vim a me levar a minha mulher.#iola olhou a seu irmão com horror.?ssim Hammond ode me levar consigo e não há nada que ossa

fazerGnthon" se voltou sem resonder. -m seus olhos cor mel' como os dela'havia um olhar que odia reconhecer' um olhar ela que assavam muitas

Page 19: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 19/164

emo*ões que )á havia sentido antes. ;abia elo Hammond' comai&ão or suasitua*ão e' em rimeiro lugar' culabilidade or ter ermitido seumatrimCnio. Mas #iola também observou algo mais4 a inevitabilidad.

?$omo vou com eleG ?gritou' sentindo que os votos de seu matrimCnioa caturavam como um n/ ao redor do esco*o?. deois de tudo o que

assou' como osso viver com ele como sua mulherG?#ocê é sua mulher ?lhe resondeu seu irmão' e sua voz asurreendeu' como se as alavras a atravessassem. 5lhou o coo deconhaque que tinha na mão?. 8or muito que eu queira que fora de outromodo.

#iola se voltou ara a outra mulher que havia na biblioteca com umolhar imlorante' um olhar que obrigou a sua cunhada a falar.

?Bão há nada que ossa fazer' nthon"G ?erguntou 9ahne a seumarido?. deois de tudo' é duque e tem uma grande influencia.

?Minha influência é in+til nesta situa*ão' querida. Hammond tem 6 leide sua arte' e nem sequer eu osso roteger a #iola disso.

$om a ta*a na mão' nthon" se levantou e cruzou a habita*ão arasentar,se ao lado de sua irmã' no canaé.

?Se amea*asse ao Hammond e imedisse que te levasse consigo'oderia emreender a*ões contra mim e me obrigar a te devolver ordecreto legal. Se dese)as que lute contra ele' farei,o. Mas erderei.

-ra tão tentador lhe sulicar que o tentasse em qualquer caso' aesarda certeza do resultado.

?Seria um autêntico esc%ndalo' nãoG?Sim' e você seria a +nica culado' #iola' não ele. 8ois' com sua

aari*ão no baile do @ettering a outra noite e as notAcias da morte de sua

rimo' o rumor corre or todo !ondres.?5 que diz a genteGSeu irmão não resondeu' mas tamouco era necessário.?Sem d+vida' ao Hammond o alaudem or ter metido finalmente a sua

recalcitrante mulher em cintura ?disse ela' zangada' ante a in)usti*a quesuunha.

nthon" não confirmou nem negou suas conclusões. -m troca'aro&imou,lhe seu coo de conhaque.

?Toma' bebe. 8arece que o necessita.#iola olhou o lAquido ambarino' que era da cor e&ata dos olhos de seu

marido. 9eois de um momento' Cs o coo sobre a mesa' a seu lado.

?Bão necessito conhaque. 5 que reciso é o div/rcio.?Sabe que é imossAvel.?Sei' sei. ?incororou,se' ondo os cotovelos sobre os )oelhos e

entrela*ou as mãos?. 5 que vou fazerG ?sussurrou' sentindo que quaseestava ronunciando uma ora*ão?. 5 que vou fazerG

nthon" roferiu um )uramento e se levantou.?Lrei ao vestAbulo e falarei com ele. 9eus sabe que Hammond )á

aceitou meu dinheiro voluntariamente no assado. 8ossivelmente ossasuborná,lo de novo.

Seu irmão abandonou a biblioteca e sua mulher cruzou a habita*ão ara

ocuar seu lugar no canaé.?5H' 9ahneE ?gemeu #iola contra suas mãos entrela*adas?' comodese)aria voltar atrás e desfazer o assado. 3ue est+ida fuiE

Page 20: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 20/164

9ahne semre a escutava e era uma amiga leal' mas não disse nada.-m troca' assou o bra*o or seus ombros.

?Bunca foste est+ida.?5H' simE nthon" tratou de me acautelar durante anos. 9isse,me que

Hammond era um bale erdida. 9isse que eu era muito )ovem e que referia

que eserasse. Tratou de me dizer' da forma mais delicada' é obvio' qual eraa reuta*ão do Hammond com as mulheres. Seu ai era igual' disse,me' umcanalha e um irresonsável. Mas estava tão aai&onada elo Hammond' tãodeterminada a me casar com ele' que não atendi a razões. Fui umainconsciente e nthon" o consentiu. or que não o escuteiG

5 bra*o do 9ahne a aertou com mais for*a.?3uerida #iola' não te cule elo assado' não te torture com o que

não ode desfazer,se.#iola se voltou e olhou os olhos violetas do 9ahne' aqueles olhos que

tanto tinham escravizado o cora*ão de seu irmão três anos antes. 9e algummodo' ela tinha a)udado a unir ao 9ahne e ao nthon"' e tinha desfrutadovendo como se aai&onavam. Mas havia vezes que inve)ava a sua cunhada.Ter o amor honesto e verdadeiro de um homem bom devia ser algomaravilhoso. -la semre tinha querido o ter. 8ensou que o tinha conseguido'mas o que equivocada tinha estado. obrigou,se a sorrir.

?Seria melhor que fosse ao vestAbulo e te assegurasse de que nthon"não mata ao Hammond ?aconselhou' levantando,se?. (á sabe que nãosentem muita avalia*ão o um elo outro.

9ahne duvidou' como se não queria dei&á,la sozinha' deois disse4?Bão dei&aremos que te leve contra sua vontade' lutaremos da forma

em que ossamos' se assim o dese)ar.

Sua cunhada abandonou a habita*ão e #iola caminhou ara a )anela. -rauma tarde luminosa de abril' amável e ensolarada. o olhar ara a ra*aCde ver a calesa do Hammond' e recordou a rimavera de fazia nove anos.;ememorou as inumeráveis vezes que tinha ermanecido ante essa mesma )anela' nessa mesma esta*ão' fazia )á tanto temo' olhando ara oOrosvenor Square' eserando ver aarecer a carruagem do Hammond'nervosa e imaciente' assustada' eseran*ada e' sim' aai&onada.

9eusE' como doAa recordar aqueles dias' recordar como tremia todo seuser semre que via entrar a carruagem' como logo que odia manter,se emé' eserando' até que ouvia sua voz abai&o' no vestAbulo' como se retorciaseu cora*ão com um razer doce' mas doloroso' s/ com que ele a olhasse.

Ima,meGJIK obvio. doro,te.J9oAa,lhe recordar a inocência com que lhe tinha acreditado. 9oAa,lhe

recordar sua r/ria vulnerabilidade e a devo*ão cega com que lhe tinhacrédulo todo seu cora*ão' sua alma e seu futuro.

oiou a frente contra o vidro da )anela' recordando a dor do cora*ãoquebrado' de saber que suas alavras e seus atos de amor tinham sidofalsos' que nthon" tinha razão e que era seu dinheiro o que (ohn amava.-ra outra mulher a que ele queria. inda recordava como lhe tinha dado ascostas sem sequer tentar comreender seus sentimentos sobre o que tinha

feito' como a tinha abandonado e se lan*ou aos bra*os de outra mulher' eoutra e outra. -nquanto contemlava a carruagem' sentiu sua frustra*ão e

Page 21: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 21/164

uma raiva rofunda que ensou que tinha vencido fazia temo. raiva aconsumia.

-le era um mentiroso.#iola deu as costas 6 ra*a e a aquelas lembran*as. (á não era uma

menina' )á não estava aai&onada or ele e' sem d+vida' )á não era tão

est+ida. Tinha que haver uma forma de sair desse embrulho' e ia encontrara.

Capítulo 3 

(ohn semre tinha sido uma essoa afetuosa' de bom humor e eradifAcil que se zangasse' mas quando o rovocava' quando o obrigava aultraassar seus limites' os resultados odiam ser catastr/ficos. maiorarte do temo lhe era fácil manter o bom humor' ois sabia or sua largae&eriência que uma observa*ão inteligente semre odia acalmar astensões e agDentar as coisas civilizadamente. -ntretanto' havia estranhasocasiões em que lhe custava muito esfor*o comortar,se desse modo' eessas ocasiões tinham que ver habitualmente com a famAlia Tremore.

?recio seu interesse or minhas finan*as' meu querido duque ?disse com )ovialidade deliberada?. valia*ão enormemente sua oferta' massou bastante solvente na atualidade.

5bservou um breve movimento muscular na mandAbula do Tremore e'osto que lhe acabava de recha*ar um suborno' não Cde dei&ar de sentircerta satisfa*ão ante a frustra*ão de seu cunhado.

?Sua falta de interesse ante minha roosta me assombra' Hammond.5 dinheiro lhe fascinava sobradamente nos dias que recederam ao

matrimCnio com minha irmã.?Fascinava,me seu dinheiro' quem oderia me cularG ?dissegesticulando ara o oulento vestAbulo cor turquesa' ouro e branco?. K vocêmuito bom dando rodeios.

?Hammond. ?>ma voz serena irromeu da soleira da orta e ambos oshomens se voltaram ara ver a duquesa entrar na estadia?. 5brigado orvir.

(ohn estava contente ante a chegada de uma essoa com certabondade' mas notou que #iola não estava com ela. -m todas as crises de suavida' #iola semre tinha deslocado a edir a)uda a seu irmão' e este semrea tinha emrestado. (ohn come*ou a solicitar for*as ante a batalha

inevitável que se morava. Tremore era um oonente formidável' combastante mais dinheiro e oder que ele' e sua situa*ão come*ava aconverter,se em um roblema emocional' difAcil' de coragem. #iola sabiacomo odiava esse tio de coisas' mas se ensava que ia retroceder em seuemenho' estava equivocada.

?9uquesa ?disse saudando,a' com uma inclina*ão e um bei)o na mão?.3ue razer voltar a vê,la' embora sua resen*a semre é um razer.

?Senti a morte de sua rimo. 8or favor' aceite minhas condolências.ficou rAgido ante suas alavras' a ferida ainda era muito recente ara

reagir de forma convencional ante a lembran*a. ;esirou fundo e s/

demorou um momento em resonder.?5brigado.

Page 22: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 22/164

S/ tinha visto a duquesa do Tremore um ar de vezes' mas semre lhetinha arecido uma mulher muito sensAvel' muito ercetiva' e ela devia ternotado alguns de seus sentimentos. -ntão' ela levou a conversa*ão aratemas mais corriqueiros e' do onto de vista do (ohn' seu marido lhe seguiua corrente.

sentaram,se nas cadeiras douradas de etit,oint e falaram do temo'dos assuntos do momento e de seu conhecido m+tuo' 9"lan Moore' sobre seumatrimCnio o outono anterior e a r/&ima reresenta*ão de sua novasinfonia no $ovent Oarden. Mas assou uma hora e meia e #iola ainda nãotinha aarecido a aciência do (ohn come*ava a fraque)ar.

-m um momento oortuno' levou a conversa*ão ara sua mulher.?me erdoe ?disse 6 duquesa?' mas a viscondessa e eu devemos

emreender nosso caminho breve. 8ergunto,me se oderia lhe edir a umlacaio que recolhesse suas coisas.

?vou ver se #iola tiver feita sua bagagem ?resondeu' e a diferen*aentre suas alavras e a e&igência do (ohn confirmou suas suseitas. -stavaali ara cercar uma batalha.

duquesa se levantou e os dois homens fizeram o mesmo' inclinando,sea seu asso. 9eois de sua marcha' o duque e ele se foram a lados oostosda habita*ão' como se tivessem um acordo tácito de mantê,lo mais longeossAvel um do outro. Benhum se voltou a sentar e nenhum falou. tensãono ambiente era esessa e esada' como a calma carne de uma tarde deagosto deois de uma tormenta.

3uase tinham transcorrido nove anos desde que ele tinha estado nessahabita*ão. s )anelas ainda estavam coroadas com visillos de seda dourada'como recordava. 5s muros' ainda intados de branco' com as mesmas

molduras douradas e estuques intrincados. Tae*arias azuis e verdescobriam as aredes' e o mesmo taete &minster azul' ouro e rosada cobriao chão. Tremore era um homem tradicional. (ohn sentiu a estranha sensa*ãode que havia tornado atrás no temo.

voltou,se ara as )anelas altas' amlas' que davam ao OrosvenorSquare. 5lhou através do cristal' ara o arque' contemlando ascarruagens que assavam ela rua' que se curvava deois da erva suave e oasseio de olmos carruagens oulentas das famAlias mais imortantes dobairro. Sem d+vida' seus ocuantes retornavam a casa deois de uma tardede neg/cios. Sabia que seria de noite 6s seis em onto.

Sua r/ria calesa' aberta a agradável tarde da rimavera' ermanecia

abai&o' uma carruagem tão lu&uosa como os que assavam or ali' emboranão semre tinha sido assim. +ltima vez que olhou através daquelas )anelas' sua carruagem e suas circunst%ncias eram muito distintas.

gora' de é' muitos anos deois' ainda odia recordar ao homem queera então' um homem que não s/ tinha herdado o tAtulo e a fazenda de seuai' mas também suas enormes dAvidas' um homem afligido elos deveres danobreza e sem nenhum meio ara cumri,los.

antes da morte de seu ai' era como a maioria dos cavalheiros de seuentorno' canalha' est+ido e visceralmente irresonsável. >m homem quegastava cada enique de sua atribui*ão sem ensar de onde vinha' sem saber

que os recursos que seu ai lhe enviava eram todos a crédito.oiou a frente contra o cristal. quela rimavera de fazia nove anos'em !ondres' ainda se estava recuerando do susto de descobrir que ser

Page 23: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 23/164

nobre suortava resonsabilidades' algumas que seu ai tinha ignoradodesvergonzadamente. Terei que agar aos credores' havia coletores que eranecessário rearar ara aliviar o broto de tifo entre seus arrendatários'animais que alimentar' grão que semear e serventes aos que agar todos osmeses que lhes devia. o contemlar então a seus arrendatários e

serventes' soube que o olhavam com cinismo' ois não o consideravam muitomelhor que o senhor anterior.Bunca esqueceria o desesero que o atendeu' desesero de ter a tanta

gente a seu cargo' de que fossem tão deendentes dele' quando não viaforma de lhes roorcionar sustento.

Benhuma forma salvo uma.5 som das egadas que se aro&imavam fez que se searasse da )anela'

e contemlou como #iola aarecia na soleira do vestAbulo. luz do sol que entrava elas )anelas se filtrava através de seu cabelo

solto e seu rosto' cristalizando em sua mente mais lembran*as daquelarimavera de fazia tanto temo.

Tinham assado nove anos' mas lhe areceu que tinha sido no diaanterior a +ltima vez que esteve ali. sensa*ão de ter retrocedido notemo foi mais forte' ois #iola arecia tão loira e encantadora' de é' nasoleira' como então. quela rimavera não lhe tinha imortado que tivesseretendentes fazendo fila a sua orta. 5 temo s/ tinha dei&ado umadiferen*a ercetAvel em seu semblante. 5 rosto da mo*a na soleira semreo tinha iluminado como uma estrela. -ntretanto' o rosto da mulher nunca otinha feito. cula era de ambos' ensou.

-ntrou na habita*ão e se dirigiu a seu irmão4?nthon"' eu gostaria de falar com o Hammond a s/s' se for ossAvel.

?Sem d+vida. ?5 duque saiu sem olhar ao (ohn e #iola fechou a ortaatrás dele. Bão erdeu o temo em reliminares ou em uma conversa*ãoeducada?. Bão vou contigo.

luta' conforme arecia' acabava de come*ar.?-stá bem' ois terei que levar atada a sete edras ?esetou'

agradado.?caso retende me tirar daqui 6 for*aG ?5 desrezo invadiu seu

rosto' coisa que não lhe surreendeu' ois desrezo e /dio eram quão +nicosentia or ele nesses dias?. ;ealmente faria algo tão brutalG

?Sem duvidá,lo um segundo.?$omo gosta aos homens emregar a for*a bruta quando todos os

outros métodos fracassaramE?de vez em quando é necessário ?resondeu.?nthon" nunca dei&ará que me leve contra minha vontade.?8ossivelmente' mas se se oõe' edirei 6 $%mara dos !ordes que te

obrigue a voltar ara casa' e Tremore não terá outra elei*ão que teentregar. Sem d+vida' )á lhe haverá isso dito.

-la não confirmou nem negou esta conclusão.?-u também oderia cursar uma eti*ão de div/rcio.?Bão tem nenhuma razão e' deois do horrAvel esc%ndalo que

arruinaria ara semre sua boa reuta*ão em sociedade e sumiria 6 famAlia

de seu irmão na vergonha' erderia. +nica razão ara o div/rcio de umamulher é a consangDinidade ou a imotência' e nenhuma de ambas tem

Page 24: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 24/164

relev%ncia neste caso. Bão estamos aarentados de nenhuma forma e'quanto ao outro' ninguém oderia acreditá,lo.

?Bão' havida conta de sua reuta*ãoE ?disse com desgosto?. 3uein)usti*a' se eu tivesse tido amantes' oderia alegar adultério ara tedivorciar de mim e' entretanto' seus adultérios são bem conhecidos e eu não

osso emregar esses argumentosE?Sabe tão bem como eu qual é a razão de tudo isto. >m homem temque saber que seu herdeiro é dele. s mulheres não têm essa incerteza.

?-ntão' ossivelmente deveria fazer como você e ter meus amantes. ?-levou o quei&o com ar desafiante' como uma rainha resguardando,se emsua torre?. Te divorciaria de mim se tivesse um amanteG

Lsso nem sequer odia encontrá,lo divertido. Seus olhos se abriram e'dirigindo,se ara ela' disse4

?Bão o tente' #iola.-la elevou uma sobrancelha com eleg%ncia.?8reocuado' HammondG? censura que cairia sobre ti' se tiver um amante sem ter

engendrado rimeiro um herdeiro' resultaria,te insuortável.?(á me critica or não te dar um herdeiro. Talvez merece a ena

alargá,lo um ouco mais.?3ue o inferno se geleE ?gritou ficando de é?. K issoG?$omo uma mulher desrezada ?disse ela terminando o refrão?. o

menos admite arte de sua culabilidade.9eu uns assos ao redor dele e se distanciou' como se )á não udesse

suortar o ter tão erto.?- um homem desrezadoG 5 que diz a isso' #iolaG

-la se deteve em metade do vestAbulo' e ele contemlou seus ombros.-la voltou a cabe*a' seu erfil denotava toda a considerável soberbafeminina que ossuAa. -le odia senti,la or seu quei&o inclinado e adetermina*ão de sua mandAbula. Sabia que não havia forma de que admitissesequer que tinha sido ela quem se distanciou rimeiro' quem tinha dado orimeiro asso' a que havia dito as rimeiras alavras amargas que o tinhamlevado or esse caminho.

-mbora todos estes ensamentos assaram or sua mente' emborasentiu a sensa*ão de uma ira razoável que ressurgia dentro dele' sabia quenada disso imortava agora. Bão recisava ter razão' tão somentenecessitava uma trégua o suficientemente larga ara ter um filho.

ficou detrás e a agarrou elos bra*os. -la se sobressaltou com ocontato' mas ele a aertou contra si ara que não se searasse. través daseda verde musgo de seu vestido' ela se sentiu como uma edra sob seusdedos.

?5 div/rcio não é uma o*ão' #iola ?disse com o maior cavalheirismoque soube?. ssim não serve de nada dese)á,lo. lém disso' não quero queambos assemos or isso' e sei que você tamouco.

?8arece muito seguro do que quero e o que não.?Beste caso' estou seguro. Seu amor or seu irmão é mais forte que

seu azedume ara mim. Bunca os envergonharia dessa maneira' nem a ele

nem a sua mulher nem a seu filho.?Mas oderia edir uma seara*ão legal. deois de tudo' )á estivemossearados durante anos. Bão seria mais que uma formalidade.

Page 25: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 25/164

!he estavam esgotando as idéias. -le odia notar o desesero quequebrava sua voz.

?Bunca consentirei essa seara*ão e' sem meu consentimento' não háossibilidade alguma de que ocorra. 3uase todos os membros da $%mara dos!ordes são homens casados que não têm inten*ão de oferecer a suas

algemas um recedente legal ara que ossam lhes fazer o mesmo.?HomensE ?e&clamou lhe dando as costas?. Têm um controle absolutosobre nossas vidas gra*as 6s leis que v/s fazem' incluindo a que diz que s/os homens odem fazer leis. 3ue fácil é a vida ara v/sE

?Sim ?assentiu?. 5s homens fazem as coisas a nossa maneira.?nthon" ertence 6 $%mara e é muito oderoso' lutará or mim.?Bem sequer o duque do Tremore é o suficientemente caitalista ara

trocar a lei matrimonial. Sem d+vida' iria aos infernos e voltaria se você oedisse' mas ao final se veria obrigado a te devolver. K minha mulher.

-la se searou uns assos.?8oderia fugir' artir a -uroa.?te esconderG ?Lsso lhe surreendeu. Também lhe reocuou. -ra

uma ossibilidade com oucas ersectivas de ê&ito mas Tremore odiamantê,la ali onde queria ir,se' e então teria que ercorrer todo mundoerseguindo,a. Se conseguisse esconder,se com ê&ito o temo suficiente'oderia suerar sua caacidade de engendrar' e nesse caso nunca teria umherdeiro ara sulantar ao <ertram. Besse momento' soube que não odiaermitir uma insinua*ão sequer de sua reocua*ão. $om o imulsiva eteimosa que era sua mulher' se ele mostrava algum signo de reocua*ão orsuas amea*as' estaria na Fran*a ao cabo de uma hora?. Semre teencontraria ?disse com muita mais seguran*a da que em realidade sentia?

e' se me ermite dizê,lo' te esconder é ouco r/rio de ti. Bunca enseique oderia ser covarde' #iola.Lsso lhe tocou a fibra sensAvel e franziu o sobrecenho.?Ter o canal da Mancha entre n/s é uma idéia que encontro bastante

sedutora.?Seria uma vida muito solitária. 8ara fugir de mim teria que te ocultar

em algum lugar remoto' trocar de nome' ocultar sua identidade. Bão teriacomanhia. $onhecendo seu gosto ela sociedade' estar tão isolada' semseus amigos' acabaria contigo e' não voltar a ver o nthon" e ao 9ahnealguma vez maisG Bão o oderia suortar.

Seus ombros fraque)aram um ouco ante aquelas alavras e' quando

resondeu' ele soube que )á não fugiria a -uroa.?-stou rodeada de imossAveis ?sussurrou e' de reente' areceu tãodesamarada e erdida que' se ele não tivesse sido )ulgado tão in)ustamentecomo um bruto e um canalha' e como razão +ltima de sua miserável situa*ãoatual' teria sentido ena or ela.

?-stá fazendo que esta situa*ão se)a muito mais difAcil do necessário?disse.

?Lsso crieG ?resondeu' e a ira surgiu de novo?. ssim eseras quelhe onha isso fácilE Tão somente devo )azer assivamente e cumrir commeu dever ara com meu marido e meu dono' como fazem outras algemasG

-le rorromeu em uma gargalhada.?#ocêG Se eu agora dese)asse que me artisse um raio' teria maisossibilidades de consegui,lo.

Page 26: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 26/164

-steve seguro' or sua e&ressão ultra)ada' de que ela nãocomartilhava sua diversão' assim que o dei&ou estar.

?8rimeiro' osto que nunca foi assiva fazendo o amor' não ossoimaginar or que vais come*ar a sê,lo agora. Segundo' eu gostaria de ensarque não s/ areciará a necessidade de engendrar um herdeiro' mas também

também recorda o razer que suõe.Suas alavras a fizeram avermelhar. 5ito anos não tinham acabado comtudas as lembran*as do leito matrimonial. (ohn referiu considerá,lo comoum bom sinal.

?-sta situa*ão será tão fácil ou difAcil ara ti como escolhe fazê,la.?- se escolho fazê,la difAcilG ?resondeu. -le ficou rAgido e a olhou.

9eois da cor arda esverdeada' suave e musgoso de seus olhos' ele viu algomais' o reslendor inequAvoco do a*o do Tremore. -ra um olhar que conheciamuito bem?. - se me negar a cumrir com meu dever con)ugalG 5 que vaisfazer' HammondG me tombar na cama e me for*arG

9e todas as mulheres do mundo' casou,se com a mais teimosa.?Bão forcei a nenhuma mulher em minha vida ?resondeu?' e deveria

saber o melhor que ninguém. Faz )á muito temo que oderia ter derrubadoa orta que fecha entre n/s.

?or que não o tem feitoG?Maldita se)a' se o tivesse sabido. 8ossivelmente fora esse teu

costume de te )ogar a chorar cada vez que te tocava.?credito que saber que meu marido me tinha mentido e enganado era

uma boa razão ara solu*arE?5u ossivelmente ?rosseguiu como se ela não houvesse dito nada

?' ossivelmente foi orque você come*ou a me lan*ar acusa*ões cada vez

que tentava te bei)ar' ossivelmente orque você come*ou rimeiro a lutarcada vez que te agarrava entre meus bra*os. me erdoe' mas me fazersentir como um canalha or tocar a minha r/ria mulher acabou comqualquer dese)o.

?Bunca me amou. $omo crie que me senti quando o descobriGImeu deus' tenha iedade.Jforam falar de sentimentos outra vezG Sem d+vida' essa batalha a

tinha erdida. Semre a tinha tido. 9ei&ou cair os bra*os e não disse nada.?$omo ensa que me senti quando soube que tinha tido uma amante

antes de nosso matrimCnioG Todo o temo que esteve me corte)ando' cadavez que me bei)ava' tocava,me ou me dizia que me amava ?Sua voz se

quebrou' sumida na raiva. Suas mãos se fecharam em um unho?. (usto atéo dia de nossas bodas' deitava,te com o -lsie Oallant. Lnclusive deois denos casar' você

?Bão deois de nos casar' #iola' deois não. ?(á lhe tinha e&licadotoda a confusão do colar e a liquida*ão do contrato com o -lsie mais de umavez. Bão ia fazer o de novo. ertou os dentes.

?$inco amantes a/s' Hammond' e 9eus sabe quantas outras mulheresque desconhe*o.

Bão ia )ustificar seus romances deois de que o e&ulsasse de seuleito. >m homem )amais tem que )ustificar esse tio de coisas.

?hE' assim estiveste emrestando aten*ão.?K difAcil não fazê,lo quando as revistas de sociedade e as fofoqueirosme contam isso com todo detalhe. Tinha que me sentar )unto a lad" 9ar:in a

Page 27: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 27/164

tomar o chá e arecer educada' sabendo todo o momento que você tinhaestado entre seus len*/is. 3uando lad" 8omero" se converteu em seuamante' tive que agDentar seus sorrisos de triunfo e suas indiretas veladassobre suas artes amorosas nas artidas de cartas.

?#iola

?Tive que ouvir 6s essoas murmurar no teatro sobre quão formosaera (ane Morro: ?disse interromendo,o com voz fria' aertando osunhos?' e ouvir como não imortava sua falta de talento ante suaassombrosa beleza' além de ser uma anfitriã tão encantadora. 5uvi oselogios nos recitais sobre o boa cantor que era Maria llen' e oscomentários indecentes sobre quão bem cantava em seu leito' até que seumarido te egou um tiro. I<em or eleEJ' disse,me. - -mma ;a:lins é amulher desta temorada' a +nica da que ainda não ouvi nada a reseito desua beleza' talento ou artes amorosas.

?Bão estou com a -mma ;a:lins há )á três meses. 5s rumores lhechegam um ouco atrasados com reseito aos acontecimentos.

?Bão te imorta nada a humilha*ão que assei contigo.?Lnclusive eu gostei quando de soube' deois de que você me

recha*asse ?disse' furioso' odiando a forma em que ela o tinha convertidoem um vilão or cumrir com suas necessidades masculinas' que eramnaturais e )ustas' )á que ela as tinha negado?. 8or 9eus' sou um homem'#iolaE 5 que eserava que fizesseG Lr a seu lado e rogarG me converter emum monge durante oito anosG me Cr o cilAcio e me flagelar diariamenteorque fiz o que tinha que fazerG

?5 que tinha que fazerG ?reetiu ela com desdém?. te $asar comigoor dinheiro' suonho.

?SimE ?gritou' fora de si?. Sim' casei,me com uma mulher de fortunae ganhos ara salvar meu atrimCnio da ruAna. $ontraA o que ensava que eraum matrimCnio sensAvel com uma mo*a que eu gostava e dese)ava. 3uandoaquela )ovem me )ogou de seu leito' tratando de me maniular com lágrimase cula' fui a outro lado. -m minha situa*ão' qualquer outro homem teriafeito o mesmo.

?8arva de mim' uma vez ensei que foi melhor que qualquer homem.?Sei que o ensou.5lhou 6 mulher cu)o rosto estava cheio de ressentimento' e aquela

mo*a adorável' tão vulnerável' de é na soleira da orta' voltou a assarcomo uma e&ala*ão or sua mente' uma mo*a cu)os cabelos refulgiam com a

luz do sol' e que tinha toda a adora*ão do mundo em seus olhos' toda araele e o edestal em que ela o tinha osto. odiava,se agora or seu fracasso'orque tinha dei&ado de ser um her/i e se converteu em um homemimerfeito e corrente. Seu ataque de ira se dissiou tão ráido como tinhachegado.

?5 que quer que te diga' #iolaG?Bão quero que me diga nada. Tão somente quero artir. <ertram tem

dois filhos. 8ermite que ele se)a seu herdeiro.?Bão osso e não o farei.?-ntão estamos onde come*amos.

Sim' assim era' e ele estava cansado' farto de discutir uma e outra vez'de acusa*ões' de silêncios como edras e leitos searados que o devolviamao mesmo roblema. (á não mais. 9ecidiu encontrar uma solu*ão.

Page 28: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 28/164

?$ome*amos nossa vida )untos faz nove anos' e as circunst%nciasagora nos obrigam a reiniciar essa vida. 5 +nico onto de discussão é em quecasa o faremos. -nderb" está a seis milhas de !ondres' o qual é oucoconveniente' e minha casa na cidade está equiada ara um solteiro' or issoresulta um tanto esartana' assim

?(á não te conhe*o ?disse ela' meneando a cabe*a e olhando,o comhorror?. 9e fato' nunca te conheci realmente. Bão osso voltar a vivercontigo como sua mulher deois de tudo o que assou entre n/s.

?Bão aconteceu nada entre n/s. credito que isso é o imortante.?- eseras que me cria issoG-le agDentou seu olhar iracundo e interrogante.?Bão o esero' #iola. -&i)o,o. manhã é domingo' assim terá a

bagagem feita e estará lista ara na segunda,feira. #irei a te buscar 6s doisem onto.

-la deu meia volta e se dirigiu ara a orta. (ohn ainda não tinhachegado na metade da sala quando ela disse' sobressaltando,o4

?Bão vê que isto alguma vez funcionaráG caso não o recordaG Bossavida como marido e mulher era um inferno ara ambos.

?SimG ?(ohn se voltou ara olhá,la' e or sua mente assaram todasas vezes que' naqueles anos' tinham vivido )untos. Mas não as dos +ltimosanos' quando assavam uns quantos meses unidos durante a rimavera araguardar as aarências' )á que' naquelas ocasiões' não falavam e aenas seviam.

Bão' o que recordou quando olhou a sua mulher foram os rimeirosdias. naquela éoca' discutiam e brigavam como qualquer casal de recémcasados rovavelmente mais que a maioria' ois ambos tinham um caráter

forte e oiniões contundentes. Mas não recordava que sua vida fora tãoinfernal até que ela o )ogou de sua cama. 8ercorreu com o olhar a figura desua mulher' e as +nicas lembran*as que lhe vieram 6 mente foram osrimeiros' os mais doces.

Seu coro' muito mais mi+do que o dele' ainda não estavae&quisitamente formado' uma figura de ossos delicados e curvas suaves'enche. 5 coro odia estar escondo entre caas de musselina e seda nessemomento' mas ele ainda recordava seu asecto sem todas aquelas rouas.Teriam assado uns oito anos da +ltima vez que a viu nua' mas há coisas queum homem nunca esquece.

;ecordava a forma erfeita de seus eitos e a curva de seus quadris' a

rofundidade de seu umbigo e as covinhas a ambos os lados do nascimentoda coluna. 5 som de sua risada' a visão de seu sorriso e os gritos de razer.;ecordava aqueles lugares em que estava acostumado a bei)á,la' que afaziam derreter,se como a manteiga4 o esco*o' os )oelhos' a marca denascimento no alto de sua co&a. $om aquelas lembran*as' sentiu que seucoro come*ava a arder.

?Bão foi um inferno todo o temo ?murmurou?. Tal e como orecordo' houve alguns momentos deliciosos.

antes de que ela udesse resonder uma alavra' recuerou o sentido edisse4

?na segunda,feira' #iola' 6s dois em onto. Tem temo ara decidironde vamos viver o que fica de temorada. ?briu a orta da sala de estar?. -nderb" ou <loomsbur" Square.

Page 29: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 29/164

?-m nenhum dos dois sAtiosE ?gritou antes de que ele cruzasse a ortae a fechasse detrás de si.

Capítulo 4 

-stava iludido. #iola' furiosa' olhou ara a orta fechada' incaaz deacreditar o que acabava de ouvir. Momentos deliciososG deois dosromances que ele tinha tido' deois da dor que ela tinha suortado' s/ (ohnodia dizer algo assim' com esse olhar de ast+cia nos olhos e esse esbo*o desorriso no rosto.

Momentos deliciosos' sem d+vida. -la ensou em seus amantes eaertou o unho contra a alma da outra mão' chiando os dentes com ira.9eliciosos ara ele' ossivelmente. -le tinha sido o +nico que se divertiu.

Lnclusive durante seu noivado' tinha estado divertindo,se or todaarte. -nquanto ela saboreava seus momentos )untos' em um baile ou umafesta' e contemlava feliz o maravilhoso e e&citante que era estaraai&onada' ele se tinha estado divertindo com o -lsie.

5HE' como lhe tinha doAdo saber o daquela mulher. #iola contemlou osainéis brancos da orta que seu marido acabava de fechar' mas em suamente ainda via as aredes azul álido da sala de estar de lad" $hetne" noBorthumberland. 9e novo' areceu,lhe resirar a doce fragr%ncia decerve)a eseciada que alagava a casa de camo do $hetne" aquele Batal.;ecordou que uma valsa soava no salão de baile' mas não tinha sidosuficiente ara sossegar as vozes charlatanas das filhas de lad" $hetne" eseus amigas.

? que ena que Hammond este)a em !ondres. Bão temos casal esta

noite e ele dan*a tão bem.?Sim' nestes momentos deve estar dan*ando uma valsa até a cama do-lsie Oallant' não me cabe d+vida. deois de tudo' ela é bailarina.

?Bão' não' dei&ou ao Oallant quando se casou com lad" #iola.?Bão de tudo. inda a vê quando via)a a !ondres. 9eu de resente uma

gargantilha de safiras quando esteve na cidade faz uns meses' ou isso ouvi.?Sem d+vida' agamento as )/ias com a atribui*ão que seu cunhado dá

a sua mulher. deois de tudo' Hammond não tem dinheiro r/rio-la não as acreditou' é obvio' e tratou de esquecer suas alavras como

uma fofoca maliciosa' mas a sombra da d+vida se instalou nela.8ossivelmente' se não tivesse ido rocurar nos livros de contas de seu

mordomo' nunca teria encontrado a fatura da gargantilha de safiras ediamantes. Mas a encontrou. Lnclusive esse dia' ainda odia recordar aescritura arrevesada do mordomo no livro de contas e sentir o alito deseu est+ido e crédulo cora*ão. -sse foi o dia em que a mo*a inocente eadorável cresceu e entendeu a dulicidade que odia chegar a manter umhomem.

Ima,meGJIK obvio. doro,te.J sua volta' (ohn tratou de e&licar,lhe tudo. Sim' -lsie tinha sido seu

amante' mas ele tinha terminado a rela*ão antes das bodas. Sim' tinha,lhe

agradável ao -lsie uma gargantilha em setembro' mas s/ como comensa*ãoe ara romer seu comromisso com ela' comromisso que )urou que tinhacontraAdo antes de conhecê,la. Begou ta)antemente haver,se deitado com o

Page 30: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 30/164

-lsie deois do matrimCnio' e tinha )urado que tinha sido um marido fieldesde dia das bodas. -mbora fosse certo' não era suficiente' ois nuncanegou que tinha estado com o -lsie até o dia em que ronunciaram seusvotos de matrimCnio.

Lnclusive nesse momento se irritava ao ensar nessa dulicidade

durante seu noivado' em como lhe dizia uma e outra vez que a amava'adorava,a e a queria' enquanto tinha estado todo o temo com outra mulher.o romer' tinha que comensar ao -lsie de algum )eito. caso os homensnão têm suas rioridadesG

Suas lágrimas e seu cora*ão não tinham encontrado comreensão' tãosomente seu engenho mordaz e sarcástico. orta fechada de seudormit/rio tamouco lhe tinha feito dar,se conta de seus enganos. Bãohouve nenhum reconhecimento de cula' nenhuma alavra de amor' nenhumadescula. -m troca' eserou um mês a que ela se abrandasse e' quando issonão ocorreu' aartou,se sem ensá,lo duas vezes.

#iola aertou os unhos sabia que muitos homens tinham amantes' éobvio' mas até que soube o do -lsie Oallant nunca entendeu que um homemudesse corte)ar a uma mulher e deitar,se com outra ao mesmo temo.Bunca tinha ouvido que uma amante tivesse comromissos' e que deverdinheiro a uma amante fora uma dAvida' como qualquer outra' que além dissotinha que ser aga' sobre tudo se o homem romia seu comromisso quandose casava. té a aari*ão do -lsie nunca tinha tido essa sensa*ão doentia deci+mes ou a dor deseserado de um cora*ão quebrado.

Ora*as ao (ohn' )á conhecia todas essas coisas. Ora*as a si mesmo' )áhavia sentido a dor. Havia,lhe flanco muito temo que sua imagina*ãodei&asse de fabricar imagens dele tocando ao -lsie Oallant' até que essa

imagem foi substituAda or cada uma das mulheres que vieram deois do-lsie. Tinha estado anos )ogando sucessivas caas de gelo e orgulho sobreseu cora*ão' ante cada nova amante que ele tinha tido' até que finalmenteconseguiu chegar a esse onto em que )á não lhe imortava o que ele fazianem com quem ia.

- agora queria voltar. or queG Bão or ela' disso estava segura. Bão'queria reconciliar,se orque necessitava algo que s/ ela odia lhe dar.Becessitava um filho legAtimo e um herdeiro' e ela simlesmente deviaerdoar e esquecer.

estava,se cravando as unhas nas 8almas das mãos com tanta for*a quecome*ou a lhe doer' e #iola se viu obrigada a estender os unhos. sentou,se

na oltrona e' em um esfor*o deliberado e concentrado' tratou de desfazer,se desse ultra)e ardente e asfi&iante que amea*ava destro*ando seudelicado estado de conten*ão' que tanto temo lhe havia flanco encontrar.8ermaneceu ali sentada durante comrido temo' resirandorofundamente' até que o orgulho frio e gelado que a tinha rotegidodurante tanto temo voltou ara seu sAtio. (ohn odia deitar,se com amulher que quisesse' mas essa mulher nunca seria ela. Bunca mais.

na segunda,feira' (ohn retornou ao Orosvenor Square e&atamente 6s

dois em onto. naquela éoca' a raiva de #iola )á não e&istia' e seu cora*ãovoltava a estar a salvo em seu bloco de gelo rotetor.

Page 31: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 31/164

-la estava na salita' sentada ante o escrit/rio do 9ahne' lane)ando obaile de disfarces anual ara os hositais de !ondres. -ra uma das muitasobras de caridade que atrocinava' e uma de seus favoritas. -stava com suasecretaria' a senhorita Tate' escolhendo o menu do )antar que se dariadeois do baile' quando 3uimbl"' o mordomo do nthon"' anunciou a chegada

do (ohn.?!orde Hammond' senhora.#iola elevou o olhar enquanto (ohn entrava na salita' e or sua mente

assou uma lembran*a dessa mesma imagem do (ohn uns anos atrás' tãoatrativo e elegante' enquanto entrava na salita do nthon"' e como aquelavisão estava acostumada fazê,la sentir tão deliciosamente feliz. gora' aoolhá,lo' soube que estava mais atrativo' mais elegante que nunca. Mas estavez' não sentiu nada. letargia era algo maravilhoso.

levantou,se e fez uma inclina*ão breve e suerficial' voltou a sentar,see emrestou aten*ão 6 senhorita Tate' que ermanecia de é' a seu lado.-ra ouco decoroso não atendê,lo' mas não imortava. centrou,se no menu.

?-stes são os ratos que sugeriu o chef do duqueG?Sim' senhora.#iola dei&ou cair a luma sobre o escrit/rio de alosanto com uma

dureza deliberada' e se tomou seu temo ara analisar a lista de ratosantes de falar.

?$onfesso que não tenho claro se servir enguias lad" Sno:den é umade nosso mecenas mais generosas e' simlesmente' não ode as suortar.

?Bão me surreende ?murmurou (ohn' e se sentou em uma cadeirar/&ima?. essa mulher egam mais os carac/is.

seu lado' Tate fez um som afogado' suavizando,o ao olhar a #iola.

!ad" Sno:den caminhava' falava e se movia tão lentamente que odiaenlouquecer a qualquer' mas não havia razão ara que Tate recomensasseao (ohn com suas risadas. #iola )á não encontrava divertido o sarcasmo deseu marido' e tamouco eserava que seus serventes o fizessem. -lamantinha um ar digno' desinteressado' ois tinha decidido que era melhorfazer ver que ele nem sequer estava na habita*ão.

?Hum' acredito que deverAamos tirar as enguias do menu e assubstituir or

?$arac/isG ?sugeriu ele.?Turned/ de lagosta ?disse ao Tate fechando o menu e assando a

outro tema?. gora' quanto 6 lista de convidados' Tate' quero que a

ressente a lad" 9eane ara que dê o visto bom.?#iola' que cruel é ?disse (ohn?' enviar a obre Tate a enfrentar,sea essa odiosa lad" 9eane ela sozinha.

!he dirigiu um olhar gélido.?caso é teu assuntoG?Sim' devo ob)etar contra essa crueldade com os serventes. - o fa*o

or seu bem. K aterrador' quero dizer.?<em' não é or covardia' se for a isso ao que te refere ?resondeu

#iola' embora então recordou que não tinha or que lhe dar e&lica*ões deseus atos. Bão era assunto seu?. Bão lhe darei a satisfa*ão de chamá,la em

essoa. K a mulher de um barão' muito or debai&o de minha fila' e não lhedarei o benelácito social de minha aten*ão essoal' sobre tudo orque nãosuorto a essa mulher.

Page 32: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 32/164

?Ouardará,te rancor e se vingará' ela é assim.#iola o ignorou e dirigiu sua aten*ão a sua secretária4?<em' Tate' quando lhe ressente a lista a lad" 9eane' seguro que lhe

chateia que convidemos a sir -d:ard e lad" Fitzhugh. Se isso ocorrer' odemencionar com tato e o mais educadamente ossAvel que o duque e a duquesa

do Tremore insistem em incluir os Fitzhugh. Lsso deveria bastar ara quecessem tudo esses falat/rios est+idos sobre o status de sir -d:ard e suasamizades de ouca categoria' e a quem se deveria convidar a estas coisas ea quem não. K um baile de caridade' 8or 9eus. lém disso' as filhas doFitzhugh são deliciosas. Faz o mesmo se user ob)e*ões ara convidar 6sfilhas do !a:rence.

?Sim' senhora ?disse Tate susirando. ;esultava evidente que nãodese)ava encarregar,se da tarefa de aresentar a lista de convidados de#iola a formidável e desagradável lad" 9eane.

?Bunca terá que ter medo' Tate ?disse (ohn' e #iola o olhou )ustoara ver como iscava os olhos um olho a sua secretária. Semre flertando?. 8ensa que lad" 9eane leva roua interior de lã e o fará bem. 8or issosemre está tão mal,humorada4 icam,lhe os ololos.

Tate come*ou a rir mas' or reseito' tratou de suavizá,lo tamando,aboca com a mão.

#iola dirigiu ao (ohn um olhar de recrimina*ão e voltou a reler a lista4?!orde e lad" @ettering' é obvio4 semre contribuem com somas

substanciosas aos hositais. condessa do ;athmore' bem Sir Oeorge8lo:right. -stá tudo bem' suonho

?5 queE#iu o (ohn incororar,se da cadeira com um movimento brusco.

?Bão irás convidar realmente a esse asno omosoG ?erguntou'olhando,a com assombro.Bão gostava' e isso era suficiente ara que #iola queria manter seu

nome na lista.?or que nãoG K um homem rico' e oderia fazer uma doa*ão muito

generosa aos hositais.(ohn roferiu um som de desgosto entre dentes e se levantou.?9uvido,o. K tão rato como arrogante. 5lhe sua roua' que demonstra

que nem sequer todo o dinheiro do mundo ode esconder um gosto tãohorrAvel. ?deteve,se diante do escrit/rio e continuou?. 5 vi no <roo=sontem 6 noite. $al*as amarela mostarda e um casaco verde esantoso.

8arecia que tivesse tomado escado odre ara )antar.-la não ia erder o temo em uma discussão sobre o famoso e horrAvelguarda,roua de sir Oeorge. 5lhou a seu marido e aertou os dentes4

?Bão ve)o or que algum convidado de minha lista ara o baile decaridade ia ser teu assunto.

?8orque é minha mulher e' osto que nos estamos reconciliando' é meuassunto.

?Bão nos estamos reconciliandoE?$onvidar a sir Oeorge é buscar,se roblemas ?disse com um furioso

e rofundo desrezo or suas alavras?. ;ecorda aquele assunto do ano

assado' quando ele e 9"lan se encetaram em uma brigaG 8oderia voltar aassar' ou oderia ser eu quem atasse a murros com ele esta vez. Lsso seriaior ara ti' #iola. Sei quanto te causar ena que sir Oeorge me egasse.

Page 33: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 33/164

-la sorriu.?Bão temo nada disso ?disse com uma do*ura doentia?. #ocê não

está na lista de convidados.?Sim o estou. crescenta meu nome' Tate' e tira o do 8lo:right.?-u não te hei convidadoE - se convidar ou não a sir Oeorge não

concerne. decidi inclui,lo orque é um homem rico e o quarto filho de umamarquesa' e os hositais necessitam recursos.?Bada disso faz que se)a menos burro' #iola.-la elevou as mãos em um gesto de desesero e chiou os dentes. caso

queria voltá,la loucaG?Se me dando ordens e interferindo em meus assuntos é como quer te

reconciliar comigo' não funciona.-le a ignorou.?9"lan e eu temos escrito uns versos sobre sir Oeorge ?disse

aoiando os cotovelos em seu escrit/rio?. -stavam acostumados a te gostarde meus versos. 3uer ouvi,losG

?Bão.K obvio' ele também ignorou isto.?Havia um cavalheiro da ilha do ;um que semre tinha sido muito

ráido com sua istola. s fofoqueiros dizem que não queria errar' tãosomente disarava antes de temo ara as divertir.

-la não ia rir. 5s ruiditos afogados do Tate faziam quase imossAvelque ela resistisse' mas aertou os lábios. Teve que aartar o olhar de seusolhos inoortunos or um momento ara oder recomor,se. -ntão' dirigiu,lhe o olhar mais arrogante que Cde.

?8ara' Hammond ?ordenou.

-le resondeu com a inocência de um mo*o de escola' com os olhosardos muito abertos' olhou,a' seu rosto tão erto dele.?3ue are o queG?9e fazer obrigado' estou trabalhando. ?(untou um montão de aéis

virtuosamente e voltou a dirigir sua aten*ão 6 lista de convidados.?#iola. suõe,se que a vida deve ser divertida. ?afastou,se do

escrit/rio e come*ou a rir?. $omo é essa deliciosa frase da novela do (aneustenG #ocê gosta de usten' recorda,oG lgo sobre que vivemos ara darde que falar com os vizinhos' e deois rir deles a sua vez.

Maldito homem. Maldito or lhe recordar o muito que gostava deusten' maldito seu sorriso e seu senso de humor e a facilidade com que

odia divertir,se em qualquer arte. -ssa semre tinha sido uma de suasgrandes debilidades ante ele. $omo estava acostumado a fazê,la rir antecondessas esnobes como lad" 9eane e asnos omosos como 8lo:right' comoa tinha feito feliz em um mundo cheio de fofocas maliciosas' regrasrestritivas e mente fechadas. Ba sufocante atmosfera dos sérios salões erAgidos maneiras' ele semre tinha sido um soro de ar fresco ara ela. 5fazia sentir,se viva e vibrante.

Tão somente alguém que lhe tinha feito sentir,se assim odia agora lhefazer tanto dano. Mas nunca mais. -ntretanto' ele tinha razão sobre sirOeorge. #iola olhou a sua secretária.

?Tira o nome de sir Oeorge da lista' Tate. ?5lhou ao (ohn e o viusorrir?. -m considera*ão ao 9"lan. 5diaria que uma briga interromesse obaile e que 9"lan saAsse ferido. (á ode te retirar.

Page 34: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 34/164

?Sim' senhora. ?Tate agarrou a lista de nomes da mão enluvada de#iola e' como era uma mulher com sentido comum' não erguntou se deviaacrescentar a lorde Hammond 6 lista de convidados. Fez,lhe uma reverênciae outra ao Hammond e se foi' fechando a orta detrás de si.

(ohn falou antes que ela.

?Fez sua bagagemG trou&e a carruagem ara levá,lo. 3ue residênciaescolhesteG-la susirou. foram ter outra briga' e não queria.?Hammond' não tenho feito a bagagem. antes de que diga uma alavra'

me dei&e dizer algo.levantou,se olhando,o or cima do escrit/rio.?mbos sabemos que' se você quiser' ode me levar a for*a. Sabemos

que se eu quiser' oderia fugir a mérica e nunca me encontraria. mbas aso*ões são indese)áveis e o div/rcio não é ossAvel.

?#ocê e eu de acordoG s coisas arece que come*am a arrumar,se.Sua voz ainda era desreocuada e ligeira' mas no fundo ela notou sua

determina*ão. >tilizou o +nico recurso que ficava.?antes de que acesse a retornar a sua casa' eu gostaria de ter algum

temo ara me acostumar 6 idéia ?disse com dignidade.?te acostumar a que idéiaG' a voltar a fazer o amor comigoGgora )á não havia nenhum cuidado em sua voz. 8arecia absolutamente

determinado' zangado. Mas or que ia zangar se' elo amor de 9eus' era elaa arte danificada em este casoE

? viver )untos.?$ansada' #iolaG 8ensa que orque este)a cansada devo ir'

simlesmenteG

ISim' maldito se)a.J 5lhou,o frAamente' distante' tratando de nãosentir nada absolutamente.?Semre o tem feito ?resondeu #iola com um susiro.-le igarreou' e ela soube que seu tiro tinha dado no branco' mas não a

satisfez. Tão somente queria que artisse' que se fora e não voltasse nuncamais.

?A está ela ?disse' quase como ara si mesmo' enquanto a olhava?. deusa desdenhosa' rancorosa' que olhe aos mortais' causar ena' imassAvel.

-mbora assim era e&atamente como queria mostrar,se ante ele' suadescri*ão lhe doeu. mão de #iola aertou a luma.

?- ante mim está o rofessor das ironias ?resondeu.

?me erdoe se' a estas alturas' seu desrezo tira o ior de mim.?5H' sim' tinha esquecido que o enoso estado de nosso matrimCnio étodo minha culaE

?Bão' não é todo tua cula. Mas tamouco minha. ?gora estava sérioe não falava em brincadeira' não havia nenhum esionagem de sarcasmo emsua voz' nenhum tom incisivo nem duro. -m realidade' arecia sincero' odescarado?. -u gostaria que udesse te dar conta. -u )á o tenho feito.

?SimG?Sim.#iu como se aro&imava e osava as mãos sobre a suerfAcie olida de

alosanto do escrit/rio. -la contemlou os dedos fortes e comridos de seumarido' suas mãos grandes. ;ecordou como se sentia quando essas mãos aacariciavam. Também sabia como se sentia quando se imaginava suas mãos

Page 35: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 35/164

sobre o coro de outra mulher. Lnclusive agora' deois de tudo o que eletinha feito' ainda lhe doAa ensá,lo' e or isso o odiava. 9e nenhuma formadevia voltar a feri,la. Sua concha de gelo come*ou a romer,se.

?Bão fui eu a infiel' eu não fui a que mentiu' a não ser a que aconteceuoito largos anos sozinha.

?S/ orque um homem tenha uma amante' não significa que não este)asozinho' #iola.caso se suunha que devia sentir algum tio de ematia or eleG

5lhou suas mãos e o orgulho veio a resgatá,la' como tantas outras vezes.sentou,se e voltou a emrestar aten*ão aos aéis estendidos ante ela.

?-ntão vá te buscar uma nova amante. -serarei a ler nas revistas desociedade quão sozinho está com ela.

?(á estamos outra vez ?susirou. ;odeou o escrit/rio ara colocar,se )usto detrás de sua Lsto cadeira é o que semre ocorre quando você e euestamos na mesma habita*ão durante mais de dez minutos4 come*amos arocurar culados' a nos )ogar a cula' tirando o ior de cada um. Faz cincominutos quase te tenho feito rir' e agora estamos a onto de nos lan*ar aoesco*o do outro. $omo o conseguimosG

-la se mordeu o lábio.-le se aro&imou mais. Seu eito ro*ou seus ombros.?Bão quero que assemos a vida rocurando interminavelmente a

maneira de nos afastar. Tira,me de gonzo.?Tamouco eu gosto de ?disse ela acificamente?' mas tamouco

quero voltar a viver contigo.?(á me dei&aste isso claro nestes anos' me acredite. Bão é necessário

que volte a dizê,lo.

8arecia que algo que dissesse estava mau.?vais ter em conta minha eti*ão ou nãoG ?erguntou como se' emqualquer caso' ara ela fora um ouco totalmente indiferente.

?Tão somente está osondo o inevitável.?8ossivelmente ?voltou a cabe*a e o olhou?' mas ossivelmente não.?Bão vou artir me' #iola. -sta vez não.K obvio que se iria' semre o tinha feito. -ra tão somente questão de

temo que ele a abandonasse. -ntão' o belo rosto ou a bonita figura dealguma mulher chamaria sua aten*ão' aanharia seu dese)o' e ela teria quesentar,se frente a essa mulher em alguma outra festa. >ma vez mais.

-le adivinhou seus ensamentos or seus gestos. 8assou uma mão or

seu cabelo.?3uanto temo edeGI5 resto de nossas vidas.J -la ensou quanto demoraria ara cansar,

se' ir,se e dei&á,la em az.?Três meses.?Bem louco ?retornou ao escrit/rio e a olhou?. Te concederei três

semanas.?Bão o diz a sério.?Três semanas' #iola. - durante essas três semanas' vamos assar

muito temo )untos.

-la sentiu uma sensa*ão de esadamente no estCmago.?Lsso não é ossAvel' ambos temos comromissos.

Page 36: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 36/164

?#eremo,nos obrigados a cancelar alguns. vamos assar muito temo )untos.

Lnvadiu,a o %nico.?Temo ara fazer o queG Bão temos amigos comuns. -&ceto 9"lan e

Orace' é obvio' e s/ orque se negaram a tomar artido. Bão temos

interesses comuns' nada do que falar' nada em comum.?-stávamos acostumados a encontrar um montão de coisas de quefalar e muitas coisas que fazer. ;ecordaG

Havia algo quase tenro é essa +ltima alavra. -la o ignorou.?Bem sequer vamos 6s mesmas festas. Movemo,nos em cArculos

comletamente diferentes.?Lsso vai trocar. Bão assará muito temo antes de que lorde e lad"

Hammond comecem a receber os mesmos convites. (á o verá.?5H' Meu deusE ?disse ela' afligida?. K certo' vive ara me torturar.?Se for haver alguma vez uma trégua entre n/s' come*ará estando

 )untos' vivamos na mesma casa ou não.?Bão quero uma trégua' não quero que este)amos )untos.?Mas sim quer temo ?sublinhou?' quer essas três semanas' você

acordaste os términos. 9e outro modo' requererei 6 $%mara dos !ordesagora mesmo e estará comartilhando a mesma casa e o mesmo leito que eudentro de dois dias.

9izia,o a sério' quando (ohn adotava esse olhar ambarino e duro' nãohavia quem o comovesse. -la sabia or sua amarga e&eriência.

?Muito bem ?disse' caitulando' ois o ressentimento a enchiasabendo que não tinha outra elei*ão.

?Três semanas. Mas te aviso' Hammond' que vou fazer tudo o que

ossa ara te fazer ver que este intento de reconcilia*ão é in+til e que seriamelhor abandoná,lo agora mesmo.?-stou avisado' então. -ste)a rearada na quarta,feira 6s dois em

onto.?onde iremosG?Te vou levar a minha casa' no <loomsbur" Square.-la o olhou com receio e certo tom de alarme.?8ara queG?Bão é necessário que are*a tão assustada' #iola. Bão vou ratar te.

Tão somente quero que ve)a o sAtio. Se a escolher como nossa residêncialondrino quando acabarem as três semanas' você gostará de fazer algumas

mudan*as de antemão?9uvido,o.?8ode te gastar o que queira.?5brigado or sua generosidade' Hammond' ao Cr a atribui*ão do

nthon" a minha disosi*ão?- também meus ganhos ?a interromeu?. fazenda e os ganhos do

vizcondado são muito benéficos.5diava que fora tão razoável. Lsso o fazia ter um est+ido sentimento

de que ela devia sê,lo também' e não queria ser razoável no que a elereseitava.

?recio sua oferta de redecorar a casa ?disse com uma falsidadeabsoluta?' mas' desde meu onto de vista é um e&ercAcio in+til.

Page 37: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 37/164

?Sua falta de vontade ara levar a cabo este ro)eto me imressiona?disse ele?. Bão entendo or que não está entusiasmada.

?-ntusiasmadaG ?-la o olhou e viu um esiono de diversão em seusolhos.

?Sim. você adora redecorar' semre te gostou' e além te

roorcionaria a descula erfeita ara ir 6s comras a minha costa. nteuma oferta deste tio' qualquer esosa estaria saltando de alegria ecobrindo de bei)os de gratidão a seu marido.

?(á você gostaria.?Sim. #ivo ara esse dia. K obvio' quando chegar' rovavelmente me dê

um colaso e fale*a imediatamente. -ntão te causar ena não me havertalher de bei)os muito antes.

IBão me torture' tão somente vete.J Tomou ar rofundamente ee&altou ouco a ouco4

?Bunca saberei que arte de seu sarcasmo me desgosta mais4 que éafiado e tão agudo que ode deseda*ar a qualquer' ou esse sarcasmointeligente e amigável que outros encontram tão encantador.

?Houve uma éoca em que você gostava de ambos. ironia é quenenhum deles e&ressa minha natureza mais rofunda. ?$om esseenigmático comentário' fez uma inclina*ão e se encaminhou ara a orta.

?Sei o que digo' (ohn ?disse atrás dele?. Bão nos estamosreconciliandoE

?s aostas não são muito aduladoras ?assentiu Hammond?. Tereique aostar mais or mim no <roo=s. 5bterei uma soma substanciosa quandoganhar.

-la sentiu um ataque de desesero.

?-stão aostando or nossa reconcilia*ão no <roo=sGdeteve,se e a olhou com surresa.?K obvio' e no NhitePs' e também no <oodles' acredito. ;etornará lad"

Hammond a seu leito con)ugal antes de que acabe a esta*ãoG - o que faráHammond se ela não o fizerG

#iola fez um gesto de mortifica*ão.?9eus nos guarde' a n/s' obres mulheres' dos homens e os clubes.?te anime' #iola ?lhe aconselhou com um sorriso?. K um comleto a

sua firmeza e for*a de vontade que as aostas lhe se)am favoráveis or umamargem substanciosa.

?S/ orque todos os homens acreditam que sou uma fera que não será

caaz de domar ?disse com secura.-le riu' uma fera. oiando um ombro na soleira da orta' cruzou osbra*os.

?Bão vou analisar o que se diz nos clubes. Benhuma mulher deve sabero que os homens falam entre eles. Ficariam tão mal que )amais voltarAamos adesfrutar de do razer de sua comanhia.

?>ma grande erda ara todas as mulheres.?Seria uma grande erda' sim' ois a ra*a humana se e&tinguiria. ?

9eu meia volta e desaareceu ela orta' mas sua voz ficou como um ecoenquanto assava elo corredor or volta da escada?. 3uarta,feira' #iola.

9ois em onto.Semre as arrumava ara dizer a +ltima alavra. >m homem odioso.8assar o temo com ele era a +ltima coisa que ela oderia dese)ar. 9e todos

Page 38: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 38/164

os modos' era melhor que viver com ele' e tinha conseguido uma trégua detrês semanas. K ossAvel que eserar a que artisse fora uma estratégia quefuncionasse' embora' de todos os modos' não ficavam outras o*ões.

Capítulo 5 

9ois dias deois' (ohn come*ou a erguntar,se se a idéia de mostrarsua casa da cidade a #iola tinha sido boa. Tinha alugado a residência de!ondres ara a temorada' dois anos antes' quando ele e #iola dei&aram defingir ante a sociedade que estavam casados. -le foi o rimeiro em dar esseasso final' decidindo que não havia forma de manter uma aarênciaconvencional durante a temorada' quando todos na cidade sabiam quetinham vistas searadas o resto do ano. Mais ainda' tinha sido incaaz detolerar uma rimavera mais de dormit/rios searados. 9oAa muito saber quea orta dela nunca estava aberta ara ele.

gora' enquanto a carruagem os levava a sua casa' o +nico som que seouvia era a ligeira chuva da rimavera que dan*ava sobre o teto de couro.#iola mantinha esse desrezo distante' intocável' que se tinha feito tãocaracterAstico seu com os anos' a deusa desumana que ele tanto odiava.Semre colocava o dedo na chaga e tirava reluzir o asecto mais sarcásticode sua natureza esse desrezo era muito imr/rio da mo*a sorridente eaai&onada ela que ele se casou. quela mo*a lhe tinha dado alguns dosmelhores razeres de sua vida' mas )á não era mais que uma lembran*abrumosa ara ele. 5diava a essa criatura castigadora que tinha ocuado seulugar' sobre tudo orque sabia que' em arte' ele era o culado de ditatransforma*ão.

-studou a sua nova mulher enquanto a carruagem rodava lentamenteor Be: 5&ford Street. -la olhava ela )anela' negando,se inclusive a olhá,lo e' enquanto ele ensava na mudan*a que ela tinha sofrido com o temo' )ánão sentiu raiva' tão somente um estranho vazio. Tinha erdido algo valiosoquando aquela mo*a se desvaneceu oito anos atrás' algo belo e frágil' algoque não oderia voltar a recuerar.

falta de vontade dela ara comreender seu onto de vista sobre oque tinha ido mal era algo que não entendia' se é que alguma vez seincomodou em tentá,lo. Seu encanto e seu sarcasmo tinham funcionado araganhar a temo atrás' mas agora as coisas eram diferentes' ois havia muitodor entre eles' e )á não sabia se oderia voltar a ser o suficientemente

encantador e gracioso ara conquistá,la de novo.Sabia que tinha feito uma boa atua*ão a outra tarde' mas a confian*aabsoluta que tinha reresentado ante ela tão somente era retendida.erguntou,se' enquanto olhava seu erfil suave' sem e&ressão' se oderiaconseguir que o quisesse como uma vez o quis. 9ois dias antes' quase tinhaestado a onto de fazê,la rir' aquilo devia ter sido um equeno esiono damo*a com a que se casou fazia tanto temo' mas agora esse esionagem seesfumou. Tinha,o feito eserar na salita do Tremore durante uma hora emeia antes de bai&ar' e não havia dito uma alavra a/s. >ma trégua' umamulher aai&onada e um filho areciam algo muito longAnquo.

carruagem rodou elo <loomsbur" Square e se deteve ante a orta.5s lacaios abriram a ortinhola e desdobraram a escalerilla. (ohn saiurimeiro e tendeu sua mão a #iola. -la igarreou' sem olhar mais que a sua

Page 39: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 39/164

mão enluvada. 9eois de um momento' Cs sua mão sobre a dele' lheermitindo a)udá,la' e ambos entraram na casa.

$omarada com o -nderb"' sua vila no $his:ic=' esta casa resultavaouco acolhedora. Tão somente tinha uns quantos serventes' ois ele quasenunca arava or ali. Havia algum m/vel' algumas ataeta e quadros' muitos

livros' mas nada mais.-nquanto olhava como ela erambulava ela casa' viu,se obrigado afalar.

?#ê,oG K muito austera' or isso ensei que você gostaria de comraralgumas costure.

Bão resondeu' tirou a agulha do chaéu e o tirou' sacudindo as gotasde chuva que cobriam a alha' e voltou a cravar a agulha na asa.

o vê,la' recordou que #iola semre tinha odiado os chaéus. Lsso eraalgo que semre lhe tinha gostado dela. 3uando uma mulher tem o cabelocomo a luz do sol' escondê,lo sob um boné é uma tragédia.

#iola estudou o chão de edra calcária do vestAbulo' a escada de mognoolida e as aredes cor manteiga e' sem uma alavra' dirigiu,se 6 artetraseira da casa' com o chaéu em uma mão.

Mostrou,lhe as habita*ões da lanta bai&a' deois a levou a cozinha eaos quartos dos serventes. -la não disse nada em todo o temo.

?8oderAamos encontrar uma casa maior ara a seguinte temorada ?lhe disse enquanto a conduzia a salita?. 8ossivelmente esta se)a um oucoequena ara n/s.

-la nem sequer se incomodou em resonder' e seus ensamentosessimistas durante a viagem em carruagem come*aram a agudizarsenaquela habita*ão da lanta bai&a. Suas referências a seguinte temorada

não obtiveram nenhuma resosta or arte dela' e isso lhe inquietou.3uando ele odia acender seu lado feroz' quando brigava com ele'reconhecia com quem estava e tinha estado' sabia que ela sentia algo. -ssesilêncio gélido era o que mais odiava e' embora queria romê,lo' não sabiacomo.

?qui está a salita ?lhe disse enquanto assinalava uma série de ortasabertas no rimeiro andar.

#iola entrou na estadia' mas se deteve tão bruscamente que quasechocam ao entrar.

?8or 9eus' não osso acreditá,lo ?murmurou' eram as rimeirasalavras que dizia na hora e meia que levavam )untos. 9eu vários assos ela

habita*ão e se voltou lentamente' olhando com absoluta surresa.(ohn a olhava' tenso' erguntando,se se )á tinha notado a rimeiracoisa que lhe tinha surreso da habita*ão.

?8ael intado de cor rosa ?murmurou ela' confirmando que' de fato'deu,se conta. 5lhou,o com assombro?. decoraste uma sala com aelintado rosa.

?K burdeos' #iola ?a contradisse?' não rosa.?<urdeos ?reetiu negando com a cabe*a?. 5H' não' Hammond' não.

K rosa' rosa' rosa.nte seu rofundo assombro' ela sorriu. -ra como se o sol tivesse

saAdo de detrás de uma nuvem. Mas ainda mais assombroso ainda' Cs,se arir' uma risada bai&a que surgia do rofundo de sua garganta.

Page 40: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 40/164

?(ohn Hammond' de todos os homens que conhe*o' é o +nico que temum salão rosa. 3uem o ia ensarG

5lhou,a' e sentiu seus és egos ao chão enquanto a ouvia rir. -ra algoque não tinha ouvido em anos' mas ainda lhe resultava muito familiar.Benhuma mulher ria como #iola' tão bai&o e rofundo' com esse timbre tão

er/tico' roveniente de uma mulher que arecia um an)o' essa risada semreo tinha emocionado. - ainda o fazia. Sentiu dese)os de estalar com umafor*a reentina e ineserada.

?Hammond' assa,te algoG ?erguntou,lhe enquanto ele continuavaolhando,a com dese)o' reconhecendo todo seu coro' carnal e quente.

?!embran*a esse som ?murmurou?. Semre adorei sua risada.-la dei&ou de rir. Seu sorriso se velou. 5 rel/gio do avC come*ou a soar

e ela olhou ao longe.?s quatro' )áG ?disse' olhando a orta?. 9everia me ensinar o resto

raidamente. 5 )antar de lad" Fitzhugh é 6s oito e devo voltar ara oOrosvenor Square ara me trocar.

-le se obrigou a aagar a e&cita*ão que tinha surto tãoreentinamente' mas não Cde dei&ar de ouvir em sua mente essa risadabai&a' gutural' enquanto subiam 6 segundo andar. risada er/tica de #iola.$omo odia esquecer esse som e o que nele roduziaG

Bo segundo iso' girou 6 esquerda e a levou a um equeno corredor.?Bossas suAtes estão aqui ?disse abrindo a orta a meio caminho -sta

corredor será a tua' a meu é a de ao lado.#iola igarreou or um momento' deois entrou no dormit/rio. 5lhou a

seu redor' as aredes azul cinzento' as tae*arias azul escura e o mobiliáriode carvalho' mas não e&ressou oinião alguma sobre a habita*ão.

?8inta,a de novo se quer ?disse ele seguindo,a ela estadia atécolocar,se a seu lado?' sei que você não gosta das aredes azuis assimcalou,se' contemlando,a enquanto ela olhava fi&amente ara frente'

observando a s+bita dureza de seu rosto e seu cenho franzido. 5uviu o somda alha e observou como aertava a cinta do chaéu com tanta for*a queesta come*ava a dobrar,se em sua mão enluvada.

o seguir seu olhar ela habita*ão' deu,se conta de que estavaobservando através da orta' ara seu dormit/rio. #oltou a olhá,la enquantoela contemlava a cama' um canaé grande e confortável' com colchão delumas' almofadões grossos e uma colcha de veludo marrom. Bão lhe coubed+vida' seu rosto mostrava dor.

sentiu,se obrigado a dizer algo4?9esde que vivo aqui' nenhuma mulher dormiu nestas habita*ões' #iola.-la deu meia volta sem resonder e se dirigiu ara o armário de

carvalho. 9e costas' abriu,o e come*ou a e&aminar o interior vazio como sefora um roblema de grande imort%ncia.

9ese)ou oder dizer algo que voltasse a fazê,la rir. 9ese)ou que eladissesse algo também' que falasse do mobiliário' que mencionasse oOainsborough que endurava da arede' sim' que dissesse que voltaria aintar a habita*ão' algo. Mas' quando or fim falou' sua ergunta osurreendeu sobremaneira4

?3uais são suas inten*ões' HammondG ?disse sem olhá,lo?. 3uandofinalizarem as três semanas' e se não litigar contra ti na $%mara e

Page 41: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 41/164

decidimos viver )untos' vais imor me seus direitos matrimoniaisimediatamenteG

-le iscou.?5 queG?K uma ergunta muito singela. ?-la o olhou com o quei&o encurvado.

5bservou o taete sob seus és' aertando o chaéu que tinha na mãocontra seu eito. o não resonder' reetiu?4 vais fazer oGImeu deus.J (ohn e&alou um comrido susiro. verdade brutal que

tanto os tinha searado' que fazer o amor com ele seria tão desagradávelara ela agora como o tinha sido a maior arte de seu matrimCnio' era algono que não queria ensar. -mbora o outro dia' quando lhe tinha edido temoara acostumar,se 6 idéia de voltar a viver com ele' tamouco tinha queridoensar nisso. Mas agora' de é no dormit/rio que logo seria de ambos' eenfrentado a essa ergunta' sorte daquela maneira' )á não odia dei&á,loara deois.

-le sabia que assumir uma vida )untos ia ser duro e difAcil' mas ter queagDentar que o olhasse como se realmente lhe tivesse medo' lheerguntando se retendia come*ar a lhe imor seus direitos matrimoniaiscomo demCnios se suõe que deve resonder um homem a uma erguntacomo essaG

(ohn se esfregou a cara' um tanto desconcertado. #iola' tAmida na horade fazer o amorG Bão odia acreditá,lo.

#oltou a ensar nos rimeiros dias de seu matrimCnio e' embora tinhaassado muito temo' a forma tão desinhibida com que ela fazia o amor eraalgo que nunca oderia esquecer' algo que fazia que seu /dio ara ele foramuito mais difAcil de suortar. 5lhando,a agora' sentiu que o des%nimo o

goleava como um murro no estCmago. - se não odia conseguir que elavoltasse a sentir o mesmoG 3ue tio de vida levariamG?<om' #iola ?disse esfor*ando,se or que suas alavras mitigassem

esse medo doentio e reentino que se cravou em suas vAsceras?' é que seesfumou toda a magia que havia entre n/sG

-la franziu o cenho' erle&a ante a ergunta.?5 que quer dizerG?Houve um temo em que quão +nico tinha que fazer era te olhar ou

que você me olhasse' e os dois corrAamos 6 cama mais r/&ima.-la duvidou' olhando ao longe.?Bão

?Saltavam faAscas entre n/s ?continuou?' e fogo' lembran*a queestava acostumado a te gostar de quando te tocava. 9eus sabe que euadorava quando me acariciava. ?-nquanto falava' odia sentir como o dese)osurgia de novo' o dese)o que tinha estado ardendo dentro dele como carvãoaceso' do momento em que voltou a ouvir sua risada?. Houve um temo emque tudo estava bem entre n/s. ;ecordaG

-la se ruborizou' seu quei&o tremia' mas não o olhou sequer.-le continuou' sabendo que tinha que conseguir que recordasse o que

tinha sido sua hist/ria.?3uente' selvagem e bom não osso acreditar que tenha esquecido

como era quando fazAamos o amor. 5 razer' o fogo' o ê&tase?8araE ?gritou' e lhe lan*ou o chaéu.

Page 42: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 42/164

-ste voou até seu eito' chocou e caiu ao chão em uma revoada dealha' seda e lumas. -le o isou' seus ensamentos' alavras e lembran*asardiam em seu interior.

?caso nos vamos limitar a falar de como fazAamos o amor como sefora algo que não te imortaG K que )á não fica nada dessa magia entre n/sG

Bão me diga que o destro*amos tudo.?-u não destrocei nadaE ?gritou?. Foi vocêE(ohn não ia entrar no maldito )ogo de erguntar,se a quem terei que

cular e or que. -la ainda odia desertar dese)o nele tão raidamentecomo se acende um f/sforo' e queria saber se oderia conseguir o mesmonela. Se não odia' não havia eseran*a. Q medida que ele dava um assoara frente' ela retrocedia' até que chocou com o armário aberto.

?9isse o outro dia que nossa vida )untos era um inferno ?continuou'desenterrando lembran*as comrido temo seultadas enquanto falava?.Mas quando Miro atrás' não o ve)o desse modo. !embran*a o divertido queera' lembran*a que semre você gostava de fazer o amor ela manhã' e queestávamos acostumados a tomar o café da manhã na cama. geléia deamoras semre foi seu favorita.

-la se voltou ara fugir' mas lhe cortou o asso antes de que udessefazê,lo. (á tinham fugido os dois suficiente. Hammond a abra*ou'aanhando,a' abandonando,a contra o armário aberto atrás dela. !hearo&imou mais' inalando sua delicada fragr%ncia' que não demorou muitotemo em reconhecer. #ioletas. inda cheirava a violetas.

8ensou naquelas manhãs' fazia tanto temo' quando se levantava comesse erfume e o calor enchendo seus sentidos. 5s olhos fechados'resirando fundo' as imagens do assado cruzaram raudas or sua mente4

sua lua de mel em -sc/cia e três meses naquela casa de camo erdida'fazendo o amor uma e outra vez' com o cabelo solto caindo sobre o rostocomo a luz dourada do sol. 5 outono no Borthumberland e a enorme cama demogno no Hammond 8ar=' os len*/is de nAvea musselina' o aroma de violetase #iola semre ao redor. lu&+ria ercorreu todo seu coro enquantoensava naquelas manhãs' quando bei)ava os restos de geléia de amoras deseus lábios ara tomar o café da manhã. 8ossivelmente ela tivesse razão'sua vida )untos tinha sido um inferno' mas agora seu coro ardia mais que ofogo do inferno e lhe arecia uma maneira adorável de arder.

?!embran*a o malote que foi )ogando &adrez ?continuou com os olhosfechados' dizendo algo que lhe ocorria sobre aqueles rimeiros dias?.

;ecordo que fazAamos carreiras a cavalo' e como te tirava o chaéu e olan*ava ao ar' rendo. - como eu gostava semre que lhe rieras. ?briu osolhos e a olhou?. -mbora are*a um an)o' oses a risada mais lu&uriosa queoderia dese)ar qualquer cortesã.

?Sabe bem.-le ignorou o comentário.?!embran*a que brigávamos como o cão e o gato' ara nos reconciliar

deois. ?Fi&ou o olhar em sua bonita boca rosada' o lábio inferior grosso eaquela equena covinha na comissura?. 5 melhor era a reconcilia*ão.

s lembran*as que ela tinha daqueles rimeiros dias de casados não

areciam tão deliciosos como os seus' ois sua boca se torceu em um gestosério. $ruzou os bra*os' bai&ou o olhar' e logo lhe dirigiu esse olhar dedeusa heladora' desdenhosa' que quereria matá,lo com seu raio luminoso.

Page 43: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 43/164

?Falha,te a mem/ria' Hammond.?Bão acredito. ?aro&imou,se mais a ela e inclinou a cabe*a?. #enha'

#iola ?murmurou ressionando seus lábios sobre seu esco*o?' dei&emo,lo.Botou seu tremor e sorriu contra sua ele um esiono de confian*a o

embargou.

?inda você gosta que fa*a isto' verdadeG?Bão' eu não gosto de ?relicou ela?' eu não gosto de nada de ti. (ánão. ?-stendeu os bra*os e' aoiando as mãos nos quadris dele' aartou,o.

;etrocedeu e contemlou seu rosto. deusa )á não estava ali e' em seulugar' 5H' 9eus' havia uma mulher. Sim' era uma mulher cu)o rosto estavacheio de ira' de dano' de confusão' de %nico deseserado' inclusive de /dio.Mas (ohn também viu algo mais' algo que não tinha visto naqueles oitocomridos e frios anos. >m rastro de dese)o.

?caso não levamos lutando muito temoG ?murmurou' aro&imandosua boca a dela?. Bão odemos cercar uma tréguaG

-la agarrou seu quei&o com a mão' aartando seu rosto' e disse4?3uero que me dê sua alavra' Hammond.?Minha alavraG ?erguntou contra seus dedos enluvados. <ai&ou o

quei&o ara bei)ar sua mão' mas ela o aartou.?antes de que considere a ossibilidade de viver contigo de novo'

quero sua alavra de honra' de cavalheiro' de que nunca imorá seus direitosmatrimoniais ela for*a.

(ohn ficou gelado' aquelas alavras o detiveram de forma mais efetivaque qualquer outra coisa que ela udesse haver dito ou feito. ergueu,se e )ogou a cabe*a ara trás' e&alando um susiro enquanto contemlava o teto. vida oderia ser muito mais simles' ensou' se 9eus o tivesse bento com

uma mulher comlacente' uma mulher carinhosa' que fizesse o que lhe diziae que além gostasse. -m troca' tinha a #iola' que era bela' desumana eimeriosa. #iola' que ainda o odiava deois de oito anos' e que odiaconvertê,lo em uma rocha com um leve sorriso. -m um esfor*o suremo'aagou o fogo que se desertou em seu interior' uma vez mais' e lhedevolveu o olhar.

?Faz temo me disse que era um mentiroso e um marido desconfiado'um canalha. or que ia ser minha alavra digna de confian*aG

?K a +nica vaza que fica e ?fez uma ausa ara agarrar fClego'olhando o esco*o de sua camisa?' esero que sua alavra de honra' decavalheiro' realmente signifique algo ara ti.

?ssim oderá aelar a minha romessa e minha honra em momentoscomo este.#iola não o afirmou nem o negou' mas tamouco imortava. -le nunca

usaria a for*a' e ela sabia infelizmente bem. -la tinha medo' mas não dele.Tinha medo de si mesmo. gora' ele entendeu esse acanhamento que tinhamostrado. mbos eram conscientes dessa fina linha em que um homem euma mulher odem dei&ar de fazer o amor ou odem comletar o ato' e elatinha medo de abrandar,se' medo de que' com o temo' dei&asse que alevasse até essa fina linha' e inclusive a cruzá,la. -la queria um caminho desaAda' um caminho ara seguir odiando,o e convertê,lo em vilão quando

quisesse' inclusive 6 manhã seguinte. -m realidade' temia que udesse haveruma manhã seguinte. -le sorriu.?or que sorriG

Page 44: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 44/164

-le aagou o sorriso de seu rosto.?Bunca te for*arei' #iola. Bunca o tenho feito e nunca o farei. 8osto

que arece que necessita minha alavra de honra como cavalheiro' tem,na.Hammond observou um brilho de satisfa*ão naqueles olhos grandes'

e&ressivos e da cor do mel.

?$rie que ganhaste' nãoG ?erguntou.?Sim.?$rie que minha romessa te dá o controle' nãoG?Sim ?disse ela' com a mandAbula muito tensa.?Tem razão. K assim e' no fundo' não me imorta. Semre desfrutei te

dei&ando mandar. ?inclinou,se' bei)ou seu esco*o uma vez mais eretrocedeu.

?K melhor que retorne ao Orosvenor Square ou ambos chegaremostarde a nossos comromissos.

-le se voltou' dei&ando,a ali' tremendo.?9e acordo' vamos' #iola ?lhe disse or cima do ombro?. 9isse que o

 )antar de lad" Fitzhugh era 6s oito e sabe que semre demora horas em terearar ara uma festa.

?5nde vai esta noiteG ?erguntou seguindo,o fora da habita*ão?. QTêmera <arG

(ohn se deteve e a olhou' Sorrindo de novo.?Tem alguma idéia melhor de como assar a noiteG-la se ergueu e caminhou com o quei&o bem alta' com a dignidade da

irmã de um duque.?8ode ir a todos os bordéis que lhe agradem ?disse olhando,o com

desdenhoso orgulho?. Bão me interessa absolutamente aonde vai ou o que

faz' nem com que mulher o faz.?Lsso me reconforta ?reCs ele' olhando os degraus?. 5diaria tedanificar uma noite de diversão or isso.

(usto detrás dele' ela voltou ara a carga.?Bão se reocue' isso não ocorrerá.9urante a viagem de volta' #iola não disse uma alavra' mas agora' ao

(ohn )á não imortava seu silêncio. -le tamouco disse muito' muitoassombrado elo que ela acabava de lhe dizer fazia um momento.

-stava contente e agradado' comletamente assombrado. Toda afrieza com a que

tinha,o mantido afastado durante tanto temo era ura vergonha. Bo

fundo' no mais rofundo de seu cora*ão dolorido e seu orgulho ferido' aindao dese)ava. -la odia odiá,lo' ainda odia querer esbofeteá,lo ou enviá,lo aoinferno' mas algo tinha trocado entre eles esse dia. #iola se tinhaabrandado' s/ um ouco' s/ or um instante' mas se tinha abrandado.

-ra erturbador' ele e #iola tinham ardido como a isca e o ederneiradurante seu noivado e aqueles rimeiros meses de matrimCnio' amando,se ebrigando com igual abandono. Mas deois de que todo aquilo assou' nuncahaviam tornado a estar )untos' e&ceto aquelas escassas semanas ao final datemorada.

Lnclusive quando se viram obrigados a estar sob o mesmo teto' era

como se estivessem sozinhos' s/ se saudavam educadamente quando secruzavam nos corredores como navios 6 deriva. !he tinha demonstrado de

Page 45: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 45/164

todas as formas ossAveis que nem sequer odia suortar vê,lo' e ele a tinhaacreditado.

converteram,se em estranhos. Lnclusive ele tinha chegado a esse ontoem que )á não lhe imortava saber or que a mo*a que uma vez tinhaadorado se converteu naquela mulher que o desrezava. -stava seguro de

que tão somente um milagre oderia voltar a render esse fogo que uma vezviveram.Mas esse dia' em um s/ instante' tudo tinha trocado. lgo desse antigo

e ardente dese)o tinha retornado' e )á não havia volta atrás.#iola também sabia. Sabia que ele estava tão emenhado em seus

ro/sitos como ela nos seus' e sabia que s/ tinha duas armas com as quelutar' sua romessa e seu orgulho.

9uas armas formidáveis' mas não foram conseguir que ganhasse essabatalha. -le queria ter um filho' e isso significava voltar a obter a essamulher aai&onada que teve uma vez. ai&ão era algo que #iola aindaossuAa em abund%ncia. vontade era outra hist/ria. 8ara ganhar' tinha quemanter viva a faAsca do dese)o' que agora sabia que ainda estava resa emseu interior' mantê,la viva até que ardesse fora de controle.

Bão seria fácil. #iola era tão aai&onada or seu desrezo como em seudese)o' tão teimosa no /dio como o tinha sido no amor. Seduzi,la e&igiriatodo o engenho que udesse ossuir.

Tinha que conseguir que fora divertido. Lsso era o que uma vez tinhamtido e tinham erdido4 a diversão. risada e o dese)o' o incrAvel razer dacomanhia do outro. Tinha que encontrar a forma de que todo aquiloretornasse.

3uando chegaram 6 casa do Tremore' entrou com ela ao vestAbulo'

detiveram,se )usto na orta e a criada agarrou a caa e o chaéu de #iola.?bom dia' Hammond ?disse ela' e se disCs a retirar,se.?#iolaG ?3uando se deteve e o olhou' acrescentou?4 Te verei de novo

na se&ta,feira' vamos sair.?Sair' aondeG-le sorriu.?(á o verá. -ste)a rearada 6s dois em onto.Tratando,se de #iola' não odia ir,se fazer algum tio de ob)e*ão.?or que semre escolhe você aonde vamos nestas saAdasG?8orque sou seu marido e )urou me obedecer. ?-la não o olhou

e&cessivamente imressionada' e ele acrescentou?4 8orque tenho um lano

em mente.?Temo,me o ior.?#amos de icnic.?>m icnicG ?5lhou,o como se se tornou louco.?Semre você gostou dos icnics. -stava acostumado a ser uma de

suas atividades favoritas. - as duas é uma hora erfeita' ois semre temfome or volta das três.

?- eu não tenho nada que dizer em tudo istoG?Bão' mas oderá escolher aonde vamos a r/&ima vez. Sim' vai ver

uma r/&ima vez' e outra' e outra

?5HE' muito bem ?disse frAamente?' quando te coloca algo na cabe*a'não se ode raciocinar contigo.?9isse que )á não tAnhamos nada em comum.

Page 46: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 46/164

-la deu meia volta com um som de e&asera*ão e come*ou a subir aelegante escada de ferro for)ado. -le contemlou como se ia e' quando viuque se tocava com os dedos o esco*o' quis rir' e&ultante. #iola aindarecordava seu bei)o no esco*o. 8or 9eus' acaso não era um milagreG

Capítulo 6

Ba se&ta,feira' #iola rezou ara que chovesse.8osto que (ohn havia dito que iriam de icnic' eserava que iorasse o

temo. -ntretanto' 9eus arecia ser tão indiferente a seus dese)os comoseu r/rio marido. o contrário que o dia que estiveram em sua casa do<loomsbur" Square' esse dia em concreto era delicioso e belo' uma tardeamável e agradável de abril. -ra o dia erfeito ara um icnic.

5 fato de ter que fazer esse tio de saAdas com lhe desagradavarofundamente. 5s icnics tinham sido uma de suas atividades favoritasanos atrás' e havia muitos lembran*as relacionadas com eles' lembran*as dequando sua vida )untos era tão feliz. Bunca havia tornado a ir de icnic mas'quando lhe disse onde lane)ava que fossem' seu recha*o 6 e&cursão semultilicou or dez.

ficou geada' a mão se deteve o agarrar as luvas que lhe tendia adonzela no vestAbulo' e olhou a seu marido' horrorizada.

?5ndeG-le se Cs,se a rir' com uma alegria ine&licável ara #iola' dadas as

circunst%ncias. seu arecer' não havia nada gracioso.?Bão é necessário que me olhe como se te tivesse edido que corresse

nua elas galerias comerciais ?disse.

?Hammond' realmenteE ?disse' admoestando,o' e dirigiu um olhar desoslaio mas enetrante 6 donzela e ao lacaio que ermaneciam de é ante aorta.

?Tão somente vamos ao H"de 8ar= ?relicou' renda,se ainda.?Lsso significa um asseio em calesa )untos. ?-stava álida e não o

dissimulava.?Bão ve)o o que é o que te arece tão desastroso.?#ocê e eu' )untos' em uma calesa abertaG ?$ome*ou a sentir,se mal

?. -m um dia como este' meia cidade estará ali. Todos  nos verão )untos.?-stamos casados' #iola' não necessitamos acomanhante.Hierática' olhou,o enquanto finalmente se embainhava as luvas.

?#ocê é a razão de que se inventassem os acomanhantes. 9e fato'semre foi um deles.-le sorriu ara ouvi,lo' tão agradado or suas alavras que lhe teria

gostado não as haver ronunciado.?8ensei em todo tio de formas engenhosas ara te arrebatar da vista

de seu irmão.?Bão quero ir contigo na calesa.?or que nãoG Teme que a gente me ve)a te bei)ando no esco*oGLsso era e&atamente o que temia. #iola sentiu que come*ava a tremer.?Hammond' dei&a de dizer coisas desse tio ?ordenou dirigindo um

olhar ainda mais enetrante aos serventes?. Bão é decoroso. lém disso'isso não me reocua absolutamente.?BãoG

Page 47: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 47/164

?Bão. 8orque não vou.?or que' #iolaG Bão quer mostrar a suas amizades que nos

reconciliamosG?Bão nos reconciliamosE Bão vou aquerar ao H"de 8ar= contigo' e dar

assim a imressão de que estamos )untos.

?8osto que ainda não vivemos )untos' isso não é um roblema.?Se referia a aquilo de que logo receberemos os mesmos convites' orumor se correrá o suficientemente deressa' ou isso me temo. Bão tenhovontades de animá,lo mais desse modo. Bão vou.

?Se não vir comigo ?fez uma ausa' olhou aos serventes e se inclinouara seu ouvido?' se não vir comigo' tirarei,te fora eu mesmo e te metereina carruagem. 3ualquer vizinho do duque que caminhe ela ra*a me veráfazê,lo e' osto que osso suor que lutará comigo cada asso que dê' veráque nossa reconcilia*ão não vai bem. 8arece,te isso melhorG

?9eu,me sua alavra de que não usaria a for*a bruta ?lhe recordouem um feroz sussurro.

?Bão' dava,te minha alavra de que não usaria a for*a ara te levar acama ?sussurrou ele a sua vez?. 9esde meu onto de vista' qualquer outrolugar não é válido.

?gora )á osso acrescentar o aelativo de bruto a minha lista dedescri*ões sobre ti.

?<om' como te disse' a for*a bruta é +til de vez em quando.#iola não teve d+vida de que levaria a cabo sua amea*a' e recordou que

fazer que eserasse era sua estratégia. deois de um temo' cansaria,se deseu )ogo e se iria.

?-ntão' vamos ?disse' e foi ara a orta. 3uando o lacaio a abriu' saiu

e acrescentou?4 quanto antes vamos' antes terminaremos.?Hei aqui a #iola que eu recordo ?disse ele' seguindo,a ela ortarincial?. #alente' aventureira' lista ara rovar algo.

calesa estava eserando no ortal. )udou,a a subir 6 carruagemconversAvel e se sentou a seu lado' no assento de couro vermelho abai&o' aseus és estava a cesta de icnic em uma bolsa de ele.

9urante seu noivado' estavam acostumados a ir de icnicfreqDentemente' semre com acomanhante' é obvio' mas' tal e como lhetinha recordado antes' semre soube como lhe roubar algum bei)o ráido'aai&onado' alimentando seu ardente dese)o or ele com esses reciososmomentos roubados. Tinha funcionado como um feiti*o' e ele acreditava que

oderia voltar a funcionar.-stava tentando rememorar os dias de seu noivado' com a idéia de queassim conseguiria renovar o afeto de #iola or ele' mas com o lu&oacrescentado de oder tocar a e bei)á,la sem ter que ocultar,se 6 vista detodos. -stavam casados e ele odia ser tudo quão atrevido quisesse' e sabia.

Tal e como ela havia redito' H"de 8ar= estava releto de gente. scarruagens e a gente a cavalo abarrotavam ;otten ;o:' e o tráfico lentofez que o asseio elo arque lhe arecesse com #iola esecialmente eterno.8odia ver como a gente se aro&imava' murmurando' eseculando' semd+vida ao ver lorde e a lad" Hammond )untos e em +blico.

5diava ser o tema de conversa*ão' ois )á tinha sido motivo de todotio de olhares' rumores e murm+rios durante anos. 8or ser a irmã de umduque' estava e&osta a certo tio de escrutAnio' mas eram as amantes do

Page 48: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 48/164

Hammond e seus desmandos o que a tinham convertido em um dos brancosfavoritos da sociedade. -la sabia que muitos a consideravam resonsávelela falta de um herdeiro. Mas deois de anos de uma vida acAfica'reseitável e imecável' de um comortamento decoroso em resosta 6sfofocas' finalmente tinha conseguido converter,se em um assunto

aborrecido ara uma sociedade que )á tinha dei&ado de questioná,la' o quelhe tinha aliviado. gora' gra*as ao absurdo dese)o do (ohn de reconciliar,se' seu nome ia estar de novo rodeado de esc%ndalo.

mbos saudaram suas amizades 6 medida que assavam' ois aeduca*ão e&igia esse tio de reconhecimento' embora (ohn não deteve acarruagem em nenhum momento' ara seu alAvio. té que chegaram 6 artemenos concorrida do arque não ermitiu que o condutor detivera o carro.

5 casal de lacaios que os tinham acomanhado tiraram as coisas doicnic e seguiram ao (ohn enquanto a levava até um lugar de grama sombria'erto de um equeno lago.

?-stá bem aquiG ?erguntou,lhe.-m realidade' não tinham nenhum tio de intimidade' ois ainda havia

muita gente asseando' e qualquer que os conhecesse odia vê,los emurmurar' mas era tão arazAvel como qualquer outro lugar do arque em umdia como aquele. -ra suficiente.

3uando ela assentiu' os dois lacaios estenderam uma manta. -la sesentou com sua saia de seda' de branco marfim' revoando a seu redor.$avou,a um ouco ara fazer sAtio ao (ohn' e este se sentou na mantafrente a ela' enquanto os serventes colocavam os ratos' os talheres e atoalha.

#iola contemlou suas mãos e se tomou seu temo em tirá,los luvas

enquanto se rearava o icnic.?#iolaG-la se viu obrigada a elevar o olhar.?se reocua o que oine a genteG?<om' não era necessário mostrá,lo. ?5lhou a seu redor?. Sem

d+vida' amanhã as aostas nos clubes serão a seu favor' e todos lhealaudirão or conseguir que sua mulher histérica e desobediente cumracom seu dever.

?Se isso for o que vão dizer' não lhe conhecem muito bem' não crieG?caso vou ganhar nossa equena guerraG?Bão' é que você não é uma histérica. ?$ome*ou a rir?. 9esobediente

é outra coisa muito distinta.Maldito fora ele e seu encanto victimista. 8odia dizer algo' fazer o quequisesse' e havia vezes em que conseguia lhe arrancar um sorriso. -la olhouara outro lado e não lhe resondeu.

3uando os serventes colocaram a cesta de icnic e a bolsa de ele aolado do (ohn' este lhes fez um sinal ara que se mantiveram a uma dist%nciareseitosa' o suficientemente longe como ara não ouvir' mas bastanteerto ara resonder com raidez assim que os necessitasse ara algo.

(ohn desatou a bolsa de couro e tirou uma garrafa molhada ela águado gelo icado em que tinha estado colocada.

?$hamanhaG-la elevou uma sobrancelha.?Bão é um ouco forte ara estas horas' HammondG

Page 49: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 49/164

?8ode ?disse ele' assentindo' enquanto tirava uma ta*a da cesta.9esarrolhou a garrafa e verteu um ouco do borbulhante lAquido na ta*aaflautada de cristal.

?3ue mais trou&esteG ?erguntou enquanto lhe aro&imava a ta*a'com muita curiosidade ante o conte+do da cesta ara oder ocultá,la?.

5stras' ossivelmenteG 5u' como )á temos chamanha' trou&este fresabanhadas em chocolate.-le negou com a cabe*a e dei&ou o chamanha a um lado.?Bão' algo muito melhor' algo que você gosta muito mais que todo isso4

bollitosElcan*ou a cesta e tirou uma terrina com bollitos redondos e dourados'

que colocou sobre a manta. 9eois' tirou um equeno bote de geléia.-la adorava os bollitos com geléia' era outra de suas coisas favoritas.

(ohn arecia recordar muitos detalhes' e se deu conta de que essa era suagrande vantagem. Sabia muito dela4 a fome que semre tinha a essa hora dodia' a comida que gostava' quão delicioso era quando lhe bei)ava o esco*o.

?Sem d+vida ?murmurou com um susiro?' a geléia é de amorasGbriu o equeno ote' olhou em seu interior com olhos curiosos e

deois a olhou com um sorriso.?credito que é de amoras ?disse' tratando de arecer surreso ante

tal descobrimento?. Seu favorita' que coincidênciaE?K um truque muito arvo ara me abrandar' ara fazer que eu goste

de novo.I8ara conseguir que volte a me aai&onar or ti.J?$erto ?assentiu enquanto dei&ava a um lado a geléia e se servia mais

chamanha. recostou,se frente a ela' descansando sobre um bra*o' as

ernas fle&ionadas' em uma ose de comleta indiferen*a ao feito de queela o encontrasse absolutamente transarente?' e está funcionando oragoraG

?or agoraG ?olhou,o e tomou um sorvo de chamanha?. $rie que suavit/ria tão somente é questão de temoG 3ue arvo é se ensar que odeganhar com essa facilidade' sobre tudo se emregar táticas tão simlescomo icnics e chamanha.

-le fez uma ausa' lhe dirigindo um olhar de retendidoarreendimento.

?-ntão' não quer nenhum bollitoG-la aertou os lábios' assentiu com a cabe*a' com orgulho' enquanto

olhava os ão,doces sobre a manta.?trou&este nataG?K obvio ?dei&ou a um lado a ta*a e tirou outro ote.-la se rendeu.?me asse um bollito ?disse' dei&ando sua ta*a de chamanha ao lado

de um dos ratos.-le abriu o ão,doce redondo ao longo e lhe ofereceu ambas as artes

 )unto com uma cucharita.?Sei que o suborno vencerá.?o contrário ?relicou ela enquanto estendia uma or*ão de nata

untuosa no bollito?. Bão sou tola. 5s bollitos' a geléia' o chamanha ?deuuma dentada a seu ão,doce?' nada disso funcionará.

Page 50: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 50/164

?#iola' tenha iedade de mim ?disse ele enquanto se rearava umbollito?. 5lhe o que me obriga a fazer ara te conseguir.

Mas ela não odia a)udá,lo' sorriu enquanto olhava como se comia meioastelito de uma s/ dentada' um ão,doce grosso cheio de nata e geléia.

?8obrecillo' arece que este)a sofrendo muitAssimo.

-le assentiu enquanto mastigava.?Sofro' sabe que refiro o êssego 6s amoras. ?lambeu,se um oucode geléia e nata da comissura da boca e a olhou?. Mas as amoras tambémtêm suas vantagens.

-la viu algo em seus olhos' e seu coro' seu cora*ão' reconheceram,no.-sse olhar amável' esectador. ficou tensa enquanto contemlava como eledei&ava a metade de seu ão,doce a um lado e se aro&imava cada vez maisaté que seus quadris a ro*aram.

?Tem a boca cheia de geléia.?-stá mentindo ?o acusou com a boca enche' e se levou os dedos 6

cara' verificando que estava mentindo' enquanto terminava de comer suaarte de bollito?. Bão tenho geléia na cara.

(ohn retrocedeu' de c/coras' agarrou um ouco de geléia com o dedo'voltou,se e lhe tocou a comissura dos lábios.

?gora' sim.-ra um )ogo' seu )ogo' ao que estavam acostumados a )ogar anos atrás.

9urante aqueles icnics' se ninguém olhava' lhe unha geléia na boca edeois a bei)ava. 3uando se casaram' converteu,se em arte de seu ritualmatutino. Tomo o café da manhã na cama' geléia de amoras e fazer o amor.-le o havia dito fazia dois dias' e agora' estava conquistando,a de novo' lhefazendo recordar quais foram seus sentimentos ara ele' lhe recordando

coisas que ela se obrigou a esquecer.ISemre referiste fazer o amor ela manhã.J-le se tornou ara diante' aro&imando sua boca a dela com um olhar

interrogante e' de reente' areceu que seus esfor*os or arecer fria edistante fossem in+teis. Havia algo nas escuras rofundidades de seus olhosque ainda odia fazê,la sentir quente e l%nguida' aquele sorriso tinha certaternura' e ainda odia desertar calor or todo seu coro e fazer que sederretesse como a manteiga em uma tarde ensolarada. -le se aro&imoumais.

-la o odiava' odiava,o.deteve,se com a boca tão somente a uns centAmetros da sua.

?-u não gostaria que assasse toda a tarde com essa geléia vermelhano rosto' enfim' o que diria a gente oderia te bei)ar ara lhe tirar isso -llaluch/ ara recobrar el sentido.

-la lutou ara recuerar o sentido.?3ue oferta tão nobre e cavalheiresca' mas estamos em um sAtio

+blico.?Lsso não imorta se duas essoas estão casadas.?Tamouco te imortava quando não  estávamos casados.-le riu elo bai&o' aro&imando seus lábios um ouco mais' e ela

come*ou a sentir %nico. 8Cs a alma da mão entre ambos' contra o eito

dele' ara detê,lo antes de que udesse bei)á,la.?K que tamouco vou estar a salvo de seus ataques em +blicoG?-m nenhum sAtio estará a salvo de meus ataques.

Page 51: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 51/164

ficou geada ele também. mbos ermaneceram imassAveis' detidosela mão e o recha*o dela. Seu eito era um muro étreo sob sua alma' eela imaginou que odia sentir seu cora*ão ulsando tão deressa como o seu.$om um ouco de imagina*ão' ossivelmente' ois sua camisa de linho brancae seu colete cor café faziam imossAvel saber com certeza se isso era

verdade' embora o dese)o que mostravam seus olhos não induzia a engano.Fazia tanto temo que ele não a olhava assim' tanto temo desde que elatinha dese)ado que o fizesse.

Mas ela )á não o queria. (á não.?Lsto não é aroriado ?disse admoestando,o e tratando de voltar a

ser essa deusa de gelo que sabia que ele tanto odiava?. Hammond'tornaste,te louco.

?#iola' realmente não irás )ogar me em cara minhas maneiras' nãoquando tem a boca cheia de geléia de amoras.

?Sim ?reCs ela' e aartou a mão de seu eito ara levar,lhe aoslábios e limar a geléia untuosa com a que ele a tinha manchado antes deoder levar seu )ogo ainda mais longe.

?S/ o ioraste ?assinalou Hammond com voz grave e um sorriso naboca?. estendeste e agora tem uma grande mancha cor burdeos em todaa cara. ?-levou a mão e riscou uma linha com os dedos em suas bochechas?.(usto aqui.

-la resirou rofundamente. 3uanto temo tinha assado desde que(ohn a havia meio doido dessa maneira' com essa ternura e esse dese)o.Tinham assado oito anos e ainda conseguia que um calafrio ercorresse seucoro' como se o temo não tivesse transcorrido absolutamente.

? gente nos olhe ?lhe sussurrou' deseserada,se.

Seus dedos acariciaram suas bochechas' suas estanas iscavamenquanto olhava sua boca.?Se nos olharem' lhes demos algo digno de que falar.Sua voz soava grave' dura' tal e como se sentia ela mesma. -ra um

canalha' realmente o era.-le ro*ou seus lábios com os seus' e uma sensa*ão leve se dissiou em

seu interior. 8or um breve instante' sentiu como se estivesse caindo aovazio.

Tanto' tanto temo' ela )á tinha esquecido como estava acostumado amanchá,la com geléia de amoras na boca' )usto antes de bei)á,la. Tinhaesquecido como sabiam seus bei)os' como era seu tato. -le estava

conseguindo que recordasse coisas que ela não queria recordar' coisas quelhe tinham roduzido tantos razeres.Tinha arendido algoG Bada disso era real. -le a estava maniulando

ara obter o que queria' como tinha feito durante seu noivado. (ohn lhetinha ensinado a li*ão mais amarga que uma mulher odia arender de umhomem' que seu amor e seu dese)o não eram o mesmo. Mas esta vez não iaser tão est+ida.

$om essa idéia' recuerou o sentido. ;etrocedeu' aartando a mãoenquanto se reclinava sobre a manta' obtendo o esa*o que necessitava.5bservou' frenética' a seu redor e confirmou seus iores resságios.

? gente está falando de n/s.?9izendo coisas horrAveis' é obvio.

Page 52: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 52/164

-le não a aartou' mas sim se recostou' dei&ando cair o eso sobreseus cotovelos e dando a imressão de estar muito mais cCmodo que ela.

?<ei)ar a sua r/ria esosa' esecialmente em +blico' é o c+mulo domau gosto. Meus amigos )amais me erdoariam isso. Tratarei de contermeus imulsos a r/&ima vez que tenha geléia na cara.

?Suonho que' simlesmente' não udeste evitar me manchar.?Mas' #iola' isso não seria divertido.?Sei que a vida semre é diversão ara ti.?meu deus' isso esero. or que não teria que sê,loG8ara ela também tinha sido divertida uma vez' quando estava com ele'

mas sua vida )á não era assim' )á não. $ontida' ocuada' satisfat/ria' comalguns momentos de felicidade e outros de tristeza' não era divertida' nãoera alegre' nem maravilhosa' nem e&citante. Bão como a do (ohn.

>medeceu a onta do guardanao na ta*a de chamanha' e se esfregoucom ela o rosto. 9eois' olhou,o.

?(á estáG' e não me minta.?Sim' mas te esfregaste tão forte que te saiu um sarullido.#iola dobrou o guardanao e a atirou 6 cara. viu,se tentada a olhar

outra vez a seu redor se or acaso odia identificar alguns dos rostos queos estavam olhando. Mas se conteve' logo ouviria os rumores' e todos outrostambém. Q manhã seguinte' todo o cArculo de amizades dele' e o dela'saberiam que Hammond tinha bei)ado a sua mulher em +blico e' sobre tudo'que lad" Hammond não tinha osto muito emenho em detê,lo. - diriam que )á era hora de que dei&asse a seu marido comartilhar seu leito e arendera ser uma boa esosa.

#iola' entretanto' não tinha inten*ão de fazer nenhuma das duas

coisas.Capítulo 7 

Rera do $ovent Oarden voltava a ser oular atrás de vários anosde confusão e' em conseqDência' muitos s/cios tinham renovado suasassinaturas ara os camarotes. $omo 9"lan Moore era um dos comositoresmais famosos da Lnglaterra' e tinha estreado recentemente uma novasinfonia' e como ele mesmo ia dirigir a' o concerto estava cheio até acimaaquela ter*a,feira de noite.

Hammond tinha ali um camarote' mas era #iola quem mais o utilizava.

quela tarde' sentadas )unto a ela' estavam as duas filhas de sir -d:ardFitzhugh e três das irmãs !a:rence. #iola tinha consertado essa cita com aretensão de frustrar o intento do (ohn' osto que lhe tinha enviado umanota na sábado em que dizia que estaria com ela ara o concerto do 9"lan.!he tinha enviado sua resosta' lhe informando de que esse dia tinhaocuado todos os assentos e que ele teria que ir,se a outra arte. 9eois' éobvio' tinha iniciado uma carreira frenética em busca de uma ou duasessoas mais ara mantê,lo afastado.

?Lsto é tão e&citante ?lhe murmurou manda !a:rence' cunhada do9"lan' ante as rimeiras notas da orquestra' enquanto afinavam os

instrumentos?. Minha irmã me contou que 9"lan não dirigiu em anos.?-u também tenho vontades de vê,lo ?confessou #iola?. Tão somenteo vi dirigir uma vez' e foi faz muito temo. -stava na escola' na Fran*a' e

Page 53: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 53/164

meu irmão veio a me visitar. 9"lan estava de gira ela -uroa naquela éocae nthon" me levou a concerto.

manda )ogou uma olhada ao rograma.?Sua sinfonia vem deois do intermédio. $onhece este comositor'

ntoine ;enetG resenta um concerto de violino.

?Bão o ouvi muito ?resondeu enquanto soavam os timbres ara que agente tomasse assento. >ns minutos deois' os meirinhos aagaram osaba)ures' e come*ou a rimeira arte do concerto.

#iola tão somente lhe emrestou uma aten*ão suerficial' ois estavareocuada. -ra muito consciente dos discretos olhares que lhe dirigiamdeois dos mon/culos de /era. Tinham assado quatro dias desde seu icniccom o (ohn' e agora toda a sociedade londrino discutia a surreendentereconcilia*ão de lorde e lad" Hammond.

Bo intermédio' as garotas Fitzhugh e !a:rence foram a or gelo' mas#iola ermaneceu em seu sAtio. 3uando retornaram seus acomanhantes'manda não estava com elas' e sua irmã menor' (ane' comentou4

?5bservei como sua cunhada' a duquesa do Tremore' aresentava,a aum ar de homens muito bonitos. >m deles a olhava muito. ?riu?. Bão odanificaremos tudo interromendo' verdadeG

5s timbres voltaram a soar' anunciando que a segunda arte doconcerto ia dar come*o' mas manda não aareceu. #iola aareceu aocorrimão e olhou a ambos os lados' ara o camarote do nthon"' ensandoque ossivelmente 9ahne tinha convidado a manda a sentar,se com elesdeois do intermédio.

?<uscavam,meG5 som inconfundAvel da voz de seu marido a fez voltar,se' ara

observar com desagrado como (ohn se sentava no sAtio da manda.?5 que fazG?me unir a vocês' é obvio. ?recostou,se na cadeira e se alisou sua

gravata erfeitamente atada' sorrindo,lhe.Havia uma e&ressão comlacente em seu rosto' e lhe teria gostado de

lhe ati*ar com seu leque. -stava mais bonito que nunca' e arecia o homemmais dese)ável da cidade' com seu tra)e de tarde azul escuro' seu colete deseda dourada e sua camisa de linho branco' mas suas boas maneiras e essesorriso que fazia arar o cora*ão não ocultavam o fato de que odia ser ohomem mais irritante do mundo.

?Bão ode te sentar conosco' Hammond.

?K obvio que sim deois de tudo' é meu camarote.-la ignorou esse fato horrivelmente certo.?(á te disse que todos os assentos estavam ocuados. Tem que ir.?Lr GLsso é imossAvel' querida minha. 9"lan também é meu amigo

sabe' e não erderei a oortunidade de vê,lo dirigir or nada no mundo.lém disso' está mais nervoso que um gato isando em ti)olos ao vermelhovivo. -stive com ele no camarim faz um momento. 8ediu,me que te saudasse.

?5 que assou com a mandaG?3uemG? irmã do Orace Moore ?disse' dirigindo o leque em sua dire*ão.

3uão )ovem estava sentada aqui antes de que você usurasse seu assento' asenhorita manda !a:rence.

Page 54: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 54/164

?hE Sim' a senhorita !a:rence ?assinalou ara sua esquerda?' foi,seao camarote do He:itt.

?5 queG ?#iola se voltou levando,as mãos 6 frente' e sentiu dor decabe*a ao recordar como ia ser sua vida até que não conseguisse dissuadir aseu marido dessa absurda idéia da reconcilia*ão. ia ser uma erda de temo

roverbial' e não imortava como arrumasse ela as coisas ara acautelá,lo.8arecia que ele vivesse ara fazer que sua vida fora uma confusão' )á que'ao fim e ao cabo' converteu,se nisso desde que dan*aram )untos naquelesalão e se aai&onaram.

? duquesa do Tremore foi tão amável ara me aresentar 6 senhorita!a:rence durante o intermédio' e eu a aresentei a lorde 9amon. -le aconvidou a sentar,se com sua famAlia nada mais vê,la' e a seu ai' sua tia esuas duas irmãs arece que gostaram da idéia' ois tinham um assento vazio.3ue coincidênciaE

-la elevou a cabe*a mas não o olhou.?>ma coincidência muito assombrosa' sem d+vida' gra*as a ti.?Bada disso. !ad" Holmes tem um resfriado. lém disso' embora eu

se)a um homem tão calculador e odioso' e tenha tanto emenho em obter orazer de sua comanhia' mesmo assim' não osso rovocar resfriados.3uanto ao resto' 9amon olhou 6 senhorita !a:rence' viu seu cabelo loiro eesses olhos cor mel' e o obre mo*o caiu rendido. e&ressão de sua caraera como a de um cordeiro degolado. Bunca o tinha visto assim antes mas'osto que semre tive ai&ão or certa loira de olhos cor mel' não ossocular o de erder a cabe*a or outra igualmente bela.

-la não se incomodou em assinalar que suas referências não tinhamevitado que desfrutasse da comanhia de toda ruiva e castanha que

assasse or seu lado durante aqueles anos.?!orde 9amon é um selvagem e um homem menos discilinado donormal. Se se for de farra contigoE

?-ssa é uma ofensa mais que desrezAvel' garanto,lhe isso' mas lorde9amon também é o filho maior de um marquês. 8ensa em que bommatrimCnio seria ara a filha de um latifundiário do $orn:all como asenhorita !a:rence. >m casal estuendo e sensAvel' diria eu.

? sensibilidade é o mais imortante de um matrimCnio ?arrebitouela' recordando suas alavras sobre or que ele a tinha eleito?. 5 amor' éobvio' não tem nada que ver.

?-u não diria tanto. 9amon arece um homem aai&onado ?disse'

ignorando a referência indireta a si mesmo e a sua elei*ão matrimonial?.lém disso' arece que te tem roosto aresentar 6s irmãs do Orace emsociedade e eu tão somente te estou a)udando. caso ode te quei&arquando acabo de aresentar a uma delas a um futuro marquêsG

?5 outono assado rometi ao 9"lan que introduziria 6s irmãs de suamulher em sociedade' mas elas não necessitam retendentes como lorde9amon. $omo futuro marquês' seria um bom matrimCnio' mas um desastreara sua felicidade. manda é uma mo*a muito doce.

?(usto o que necessita 9amon ara deslumbrá,lo.?SimG ?resondeu brandamente?. Lsso não funcionou em seu caso.

? Mas eu não me casei com uma mo*a doce.?Muito obrigado' se está tentando me conseguir com cumridos comoesse' ode esquecê,lo.

Page 55: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 55/164

5s aba)ures reacenderam se. liviada ela distra*ão' #iola aareceu aocorrimão ara ver como 9"lan Moore subia ao suorte de livro frente 6orquestra' e ocuava seu lugar no odio' inclinava,se ante o +blico e sevoltava ara os m+sicos. Se 9"lan estava nervoso' não o arecia.

(ohn se incororou em sua cadeira e se aro&imou mais a ela' aoiando

os bra*os no corrimão. Seu ombro ro*ou o seu.?Bão me casei com uma mo*a doce ?reetiu em um murm+rio?'orque eu não queria uma mo*a doce' a não ser uma mulher aai&onada.

?5 que você queria era uma mulher rica.?Bão' eu necessitava  uma mulher rica. ?Bão arecia envergonhar,se

de si mesmo or isso +ltimo?. Mas queria uma mulher aai&onada' e isso é oque tive' até que ela esqueceu o que era a ai&ão.

?3ue cruel éE ?esetou ela. Mas suas alavras retumbaram )ustoquando come*ou a m+sica' e isso foi uma bên*ão' ois com as rimeiras notasgraves da abertura' roduzidas or uns cem instrumentos' ninguém Cde asouvir. -la se aro&imou ainda mais a seu marido' mas mantendo o olhar nasala de concertos?. Se esqueci a ai&ão ?lhe disse em um sussurro rouco?'é tua cula.

?Sim' é ossAvel. velada admissão de cula a surreendeu' e voltou a cabe*a ara olhá,

lo. -le estava tão erto que seus lábios quase chegavam a tocá,la' mas elanão arecia querer aartar,se.

?(ohn' esta é a rimeira vez que te ou*o admitir qualquer tio deculabilidade ante o fracasso de nosso matrimCnio.

?<om' é terrivelmente duro ara um homem admitir que estáconfundido em algo. deve,se 6 falta de rática' é obvio' )á que não estamos

acostumados a nos equivocar nunca.-la aertou os lábios.?hE ?murmurou?' quase te fa*o sorrir' verdadeG?Bão ?disse ela' voltando,se?' são imagina*ões tuas.Seus n/dulos ro*aram as bochechas dela' que quase egou um salto

sobre a cadeira. aferrou,se ao leque de marfim esculido com uma mão eaertou o outro sobre o corrimão' tensa e suarenta' muito consciente dequão olhadas os seguiam enquanto ele movia a mão ara seu esco*o. Seusdedos riscaram cArculos sobre sua nuca. Seus lábios ro*aram suas orelhas.

?Bão o fa*a' a gente nos está olhando.Mas (ohn o ignorou.

?Se o esqueceste tudo sobre a ai&ão e é minha cula' então devoretificar meu engano' não crieG?(ohn ?o interromeu ela' esquecendo o que ia dizer enquanto lhe

bei)ava a orelha e seu olegar come*ava a acariciar a linha de seu quei&o.?credito que há muitas formas de recordar lhe continuou isso?' se

me dei&ar.-la fechou os olhos. or que lhe estava fazendo issoG Tinha esquecido o

que era a ai&ão' é certo' mas agora tudo voltava de novo em forma devingan*a. gora ela estava or cima dele' e não queria recordar essa ai&ãoque uma vez havia sentido. Bão queria recordar como era fazer o amor elas

manhãs' nem as carreiras de cavalos' nem como ele conseguia fazê,la sorrire rir s/ estando erto dela. Bão queria sentir esse tio de felicidadefaiscante nunca mais' ois era muito doloroso quando acabava.

Page 56: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 56/164

-la abriu os olhos e voltou a cabe*a deliberadamente em sua dire*ão'mas não o olhou. -m troca' seu olhar rocurou um camarote concreto entrequão muitos formavam arte do segundo iso do $ovent Oarden. Sem d+vida'lad" 8omero" estava ali' e a visão dessa beleza moréia e surreendente erasuficiente ara aagar qualquer ai&ão que (ohn estivesse tentado de

evocar. 3uantas vezes' durante o romance daquela mulher com o (ohn'alguma anfitriã desistada a tinha obrigado a sentar,se frente a nne8omero" a tomar o chá ou )ogar 6s cartas. concha de gelo que recubrAa a#iola' velha amiga de famAlia que a tinha rotegido durante tanto temo'voltou a fechar,se em torno dela naquele momento.

?#ocê sabe muito mais das ai&ões e os razeres do amor que eu'Hammond ?disse?. Tem muita mais e&eriência.

-mbora ela não o estava olhando' sabia que tanto suas alavras como adire*ão de seu olhar tinham dado no branco. 8Cde erceber seu fClegorofundo' quente' erto de sua orelha. mão se searou de sua nuca e elese recostou na cadeira sem dizer uma alavra.

5utra vez a salvo' aralisada' ela também se recostou em sua cadeira'aartando,se do corrimão e rela&ando a ose tensa de seu leque. Seu olharse dirigiu 6 sala e tratou de concentrar,se. Mas' embora ela eserava oê&ito da atua*ão do 9"lan e estava segura de que seria um triunfo' não Cde )ulgá,lo or si mesmo' ois o +nico que odia ouvir era a voz do (ohn lherometendo ai&ão' quando ela mesma sabia que a ai&ão não era suficiente.

3uando terminou a sinfonia com uma floritura de cordas' canas ecAmbalos' e a multidão ficou em é aclamando' #iola também se levantou' es/ então desertou de seu ensimismamiento. laudindo com outros'observou como 9"lan se voltava e se inclinava ante o +blico' e se sentiu tão

feliz or seu amigo que' or um momento' esqueceu seus r/rios roblemas.té que (ohn voltou a recordar,lhe -m meio dos vAtores' voltou ainclinar,se ara ela e lhe disse4

?Bão imorta o que tenha que fazer' conseguirei que volte a recordarcomo era a ai&ão' #iola. ai&ão que uma vez tivemos. Mais ainda' voltareia fazer que a sinta de novo. (uro,lhe isso' verei,te na quinta,feira 6s doisem onto. gora toca a ti decidir onde iremos esta vez.

artiu antes de que ela udesse resonder' e ficou olhando 6 multidãocom o ressentimento de que seu marido o conseguiria. - isso erae&atamente o que mais temia.

na quinta,feira' (ohn se arreendeu de ter ermitido a #iola escolheraonde iriam essa vez. Orunhiu4

?Bão o dirá a sérioG?5H' sim ?resondeu ela Sorrindo triunfal enquanto subiam 6

carruagem?. 3uero assar a tarde no museu do nthon". 5uvi,lhemencionar esta manhã que estaria ali todo o dia. ?Seu sorriso se fez maisamla?. -le mesmo nos ode ensinar isso não seria estuendoG

ia ser um inferno' sentou,se )unto a ela no carro' tratando deencontrar uma saAda.

?#iola' a ti a hist/ria aborrece a morrer.?-stava acostumado a me aborrecer. Mas amliei meu esectro deinteresses.

Page 57: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 57/164

?LncluAdas as antiguidades romanasG?Sim ?relicou ela olhando,o frAamente' comosta e muito agradada

consigo mesma?. 8ode que te surreenda' mas decidi ter uma vida lena esatisfat/ria sem ti' or isso desenvolvi interesses or muitas coisas.

verdade é que odia ser certo' mas ele não acreditou nem or um

segundo que ela tivesse eleito o museu do Tremore orque tivessedesenvolvido certa fascina*ão ela cer%mica brit%nico,romana. Bão' o faziaorque seu irmão ia estar ali' observando todos seus movimentos como umfalcão' imlacável e hostil' lhe fazendo imossAvel cometer nenhuma tolicecom sua mulher. - ela também sabia.

-nquanto se encaminhavam ao museu' estudou seu erfil 6 luz do sol nacarruagem descoberta. -la acabava de frustrar seu dese)o' e isso lhe fezrometer,se a si mesmo que' antes de que se fossem do museu esse dia' aomenos ia conseguir lhe roubar um bei)o. $om seu irmão ululando or ali' iacustar lhe um ouco de engenho tê,la a s/s' mas estava acostumado aengenhar,lhe bem com este tio de coisas durante seu noivado' assimcome*ou a lane)ar.

$omo estava revisto' Tremore estava no museu esse dia' mas estavadirigindo uma visita de uns antiquários venezianos quando chegaram' e aomenos não estaria disonAvel até dentro de duas horas' ossivelmente mais.

gora tocava ao (ohn sorrir.?<em ?murmurou olhando a sua mulher enquanto ermaneciam de é

no enorme vestAbulo do museu?. Tremore não ode nos acomanhar. 3ueenaE

recaveu,se de que ela não estava tão contente.?#irá deois ?disse.

?Bão' não ?reCs' tentando não rir?' deois de tudo )á estamos aquialém disso' desenvolveste tal interesse elas antiguidades que deveriaoder me ensinar o museu sozinha.

gora era ele quem a estava desafiando' e ela sabia. -levou um oucomais o quei&o e disse dignamente4

?8or onde quer que comecemosG?Bão sei.-le olhou ao redor' ao teto alto e abovedado' aos muros e chãos de

travertino e mármore' aos corredores que se bifurcavam em todas dire*ões.-ra um edifAcio magnAfico' tinha que admiti,lo quando Tremore fazia algo' ofazia bem. garrou um lano do )ovem que estava )unto a ele e o desdobrou.

>ma ráida olhada lhe indicou tudo o que recisava saber sobre o desenhodo lugar.?Têm uma asa nova' ve)o.?Sim ?resondeu ela enquanto se desabotoava o la*o do chaéu' que

caiu ara trás sobre seus ombros?. inda não há muitas coisas' tão somenteumas quantas salas com armas e armaduras. S/ estive uma vez nessa artedo edifAcio.

?-&celente lugar ara come*ar' então. ?(ohn blandi/ o lano e disse?4 Sigamos o caminho.

5 museu estava cheio de gente' sobre tudo na nova asa' e assaram a

seguinte hora erambulando entre a multidão que se aglomerava em tornodos escudos de bronze e as esadas de ferro.

Page 58: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 58/164

lhe surreendeu notar que #iola arecia mais interessada nasantiguidades do que tinha ensado.

?3uando te come*ou a gostar da hist/riaG ?erguntou,lhe enquantose aro&imavam de uma vitrine de cristal que mostrava umas adagas comincrusta*ões de )/ias.

?Suonho que me contagiou o entusiasmo do 9ahne e nthon". mbosfalam muito do tema' e isso a)uda a que alguém se entusiasme. lém disso'as )/ias semre me fascinaram.

?Lsso sim o recordo. ?9ecidiu que )á era hora de dar o rimeiro assoe olhou ara a saAda' ao outro lado da sala. ;ecordando o lano' sabia queesse era o caminho que deviam seguir' e se disCs a levar a #iola nessadire*ão.

3uando se detiveram admirar um escudo de estanho de intrincadodesenho' aro&imou,se mais a ela.

?vou ver o que há aA abai&o ?disse assinalando uma orta que dava aocomrido corredor?. #olto agora mesmo.

-la rotestou um ouco.?Mas se não haver nada ali' essa arte do museu nem sequer está

aberta ainda.?Lsso não significa que não ha)a nada que ver' nãoG$om uma iscada' entrou no corredor e ercorreu sua considerável

longitude até o outro e&tremo' assando várias salas cheias de cestas decer%mica roda e mosaicos ao meio comor. $laramente' eram salas detrabalho ara o essoal do museu. Foi até o final do corredor e olhou adireita e esquerda. >ma larga galeria se estreitava em ambas as dire*ões'iluminada or )anelas quadradas situadas no alto dos tetos de seis metros.

Oirou 6 esquerda' assando de comrimento os cestos de cer%mica e nãomuito mais. Bão havia ninguém.5s assos de #iola ressonaram no chão de edra' o que lhe informou

que ela o seguia' tal e como eserava.?(ohn ?o chamou.?-stou aqui ?resondeu ele' e ouviu como se aro&imavam seus

assos. $ontemlou como entrava na galeria e se detinha' olhando a suadireita?. #iola ?disse brandamente' e viu como ela girava em sua dire*ão.foi encontrar se com ela ao final da galeria?. #êem ver isto.

? ver o queG A não há nada.?$omo sabeG #ocê mesma disse que s/ tinha estado na nova asa uma

vez. Tinha vindo antes or aquiG?Bão' mas )á te disse que esta arte do museu ainda não está aberta'assim o diz o lano.

?te esque*a do lano. ?9eu um ar de assos ara trás e fez umafloritura com os bra*os olhando a ambos os lados da outra galeria vazia?.Me arece que há muito que ver ali ?disse' e voltou o olhar ara ela'tratando de arecer o mais inocente ossAvel.

!he dirigiu um olhar adorável de erle&idade. 5lhou o lano e deoisoutra vez a ele.

?5 que ode haver aliG Mais cer%mica' suonho.

?$entenas de artes e algumas outras coisas também. ?9eu um assomais?. caso quer uma listaG #êem e comrova,o você mesma.

Page 59: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 59/164

9obrou a esquina e subiu a um nicho que claramente estava ensadoara albergar uma estátua' embora estava vazio nesse momento. aoiou,secontra o muro de edra' eserando' escutando seus assos. -la estavachegando' como semre' bendita sua alma inocente' ensou Sorrindo.

3uando rodeou a esquina e o viu de é' no nicho' sorrindo,lhe' sua

erle&idade se converteu em surresa.?-nganaste,me.?K obvio. ?Saiu do nicho renda,se' enquanto a rodeava com seus

bra*os ela cintura e a atraAa ara si?. -stava acostumado a fazê,lo'semre encontrava a maneira de estar a s/s. Bão te lembraG

?Sim que me lembro' te afaste de mim e não se)a ridAculo.-la come*ou a aartá,lo' mas ele não a dei&ou' em troca a levou ara o

nicho.?Hammond' o que está fazendoG!evou,a a esse esa*o tão estreito e a encurralou contra a arede.?gora está aanhada' ara sair tem que agar o ob)eto. ;ecorda

quando )ogávamos' nãoGlembrada,se. 5lhou,o da esquina sombria em que a tinha aanhado'

umedeceu,se o lábio como se reentinamente lhe tivesse secado.?Bão vou bei)ar te.-le sorriu enquanto estendia a alma da mão sobre o muro e se

aro&imava mais a ela. $om a mão livre )ogou com as cintas do chaéu.9esfez o la*o e o chaéu de alha caiu ao chão atrás dela.

?Semre caAa na armadilha ?disse' assinalando o botão do esco*o desua blusa?. credito que era orque' em realidade' queria me bei)ar' masnão foi o suficientemente honesta ara admiti,lo.

?Se cair em todas suas armadilhas é orque é um rofessor do engano.moveu,se como se fora a sair do nicho' como se eserasse que ele foraa dei&á,la assar' mas não o fez.

o contrário' aferrou,se ao botão da blusa' tocando sua clavAcula eacariciando o outro lado de seu esco*o com a mão livre.

?s regras são as regras ?disse Sorrindo amlamente enquanto setocava o quei&o com o 8rimeiro olegar tem que me bei)ar.

?-stávamos acostumados a fazer este tio de tolices em nossonoivado' mas )á não somos noivos.

?h' nãoG ?resondeu com certo sarcasmo divertido' dando,se contada e&cita*ão que sentia nesse Lsto momento é muito arecido ao noivado.

9evo esban)ar uma grande quantidade de deliciosa antecia*ão' trabalho eengenho or minha arte. 8ensei que deois de casados )á não teria que tecorte)ar nunca mais' mas me obriga a tomar medidas se deseseradas.

?te obrigar' euG Lsso é ridAculoE ?e&clamou ela mordendo o lábio etratando de assar or cima dele. Mas não ia dei&ar a' assim que ela e&alouum susiro?. me 9ei&e sair' Hammond.

?9ei&arei,te' rometo,o. ?artou o bra*o da arede e curvou a mãoao redor de sua cintura' )ogando ainda com o botão de seu esco*o?. Masrimeiro quero um bei)o.

>ma voz masculina conhecida se ouviu no outro e&tremo da galeria'

interromendo qualquer resosta que ela oderia lhe haver dado.?$avalheiros' a cer%mica brit%nico,romana que recolhemos este anonão está aqui' me sigam.

Page 60: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 60/164

?K nthon" ?sussurrou #iola' dei&ando cair o maa e emurrando ao(ohn freneticamente com ambas as mãos?. Bos encontrará.

(ohn não se moveu.?gora estamos casados' recordaG?me dei&e sair daqui. ?Mas' ao ver que ele não se movia' o desesero

aflorou em sua voz?. #em ara aqui com os venezianos.$om ambas as mãos em sua cintura ara detê,la' (ohn se inclinou araolhar fora do nicho ara o comrido corredor' onde o duque do Tremore sedeteve ara girar 6 direita. >ma fila de anciões cavalheiros o seguia' indoara outra arte da asa nova.

?Bão' não vêm ara aqui ?resondeu (ohn em um sussurro?. #ão arao outro lado.

>ma vez desaarecidos de sua vista e sem que se ouvissem )á seusassos' voltou sua aten*ão a imortante tarefa que tinha entre mãos.

?foram,se ?disse aro&imando,se mais a sua mulher outra vez?' oronde AamosG

-la olhou a seu redor tratando de encontrar uma forma de escaar'mas não havia nenhuma. -stava aanhada elos muros de edra.

?-stou abandonada ?disse elevando o quei&o?' quero ir.(ohn negou com a cabe*a.?3uero meu bei)o.-la roferiu um som de imaciência.?5s homens são como meninos.artou a mão de sua cintura ara acariciar sua bochecha' e a sensa*ão

de sua ele suave contra a alma da mão fez que seu dese)o aumentasseainda mais. $om o dedo olegar acariciou a covinha da comissura de sua

boca' e resirou rofundamente seu aroma a violetas. lenta dor de seudese)o interior come*ou a arder com mais for*a.?Bestes momentos' meus ensamentos não são absolutamente

infantis' me acredite.>m esiono de %nico se refletiu em seu rosto.?Bão vou bei)ar teEHammond' acariciando ainda sua bochecha' deslizou o outro bra*o or

sua cintura.?<em' não me imorta absolutamente ficar aqui.?K que vamos estar aqui todo o diaG?Lsso deende de ti. #amos' não te zangue.

Lnclinou a cabe*a' movendo a mão' até que seus dedos se enredaram emseu cabelo' desfazendo o comle&o recolhido de seu enteado. $aiu umassador ao chão' que soou a seus és ao golear contra o chão' com umdelicado tinido.

ro&imou ainda mais sua boca a dela' observando seus lábios. Suasesessas estanas bai&aram uma fra*ão de segundo. 5H' simE' claro querecordava esse )ogo dele' tão bem como ele. -ra igual a fazia muito temo'quando ele a corte)ava e retrocedia controlando o dese)o' eserando que odela estalasse. ;o*ou com os lábios levemente sua bochecha' )usto nacomissura de sua boca.

?>m bei)o ?imlorou?' s/ um e te dei&arei ir.?Bão' não o fará ?fechou os olhos?' conhe*o,te muito bem arasabê,lo' tão somente tomará mais liberdades.

Page 61: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 61/164

?S/ se não dizer que não. ?<rincou com o botão de seu esco*o'desabotoando o &ale' dei&ando e&osta a ele de sua garganta e os ombrossobre o decote arredondado de seu vestido.

?5 que fazG ?#iola tentou lhe arrebatar o la*o' mas caiu ao chão.?Tomando essas liberdades que diz está duvidando muito.

inclinou,se ara bei)ar a ele nua de sua têmora' inalando esseerfume suave e familiar. -la dei&ou escaar o fClego em um susiro breve esonoro. Seu esco*o' sua arte débil' sua oortunidade. -le e&alou umarisada amável contra sua garganta adorava.

>ns assos retumbaram sobre a edra e as vozes de um homem e umamulher se ouviram ao longe. 5bviamente' havia outro homem ao que lhe tinhaocorrido que o museu oferecia muitas oortunidades ara estar a s/s comsua mulher.

?9eve dei&ar que me arta ?sussurrou #iola?' alguém oderia nosver.

Mas sem desanimar,se or um ouco tão corriqueiro como umas vozeslongAnquas' ele lantou uns bei)os na curva de seu esco*o e de seus ombrosenquanto deslizava sua mão.

?inda têm que ercorrer toda a galeria' assim que os ouviremos comtemo suficiente. lém disso ?Se deteve esquecendo o que ia dizer'enquanto a alma de sua mão se curvava sobre a forma lena e arredondadade seu eito e ela dava um equeno coice. s caas de tecido lhe imediam ocontato direto' mas a lembran*a da deliciosa forma de sua mulher estavaerfeitamente claro em sua cabe*a. e&cita*ão cresceu em seu interiorcomo uma maré.

-la deslizou a mão entre ambos' agarrando,o ela boneca' tentando que

lhe tirasse as mãos de cima. -le se deteve' tenso' eserando com agoniaenquanto a mão de lhe orimia o eito. ;ecordava as regras que tinhamestabelecido temo atrás. Tanto se obtinha seu bei)o como se não' nomomento em que lhe arasse os és' tinha que deter,se' embora nuncaantes.

-la moveu sua mão e a alma flutuou sobre a que ele tinha em seu eitonão a ro*ou' mas quase. cordo tácito' odia continuar.

(ohn sentiu a forma do eito através do tecido' seus dedosacariciavam a ele nua )usto acima' no decote. <ei)ou seu esco*o atéchegar 6 bochecha.

Sua resira*ão cada vez ia mais deressa' mas ela cruzou os bra*os.

?lguém ode nos ver ?disse brandamente' e arecia e&citada' masdesrotegida e zangada ao mesmo temo?. 5H' (ohn' alguém ode nos verE?-ntão' me bei)e raidamente.-la roferiu um som surdo e se aro&imou dele' lhe dando o que queria.

Sua boca ro*ou a dele e se abriu' enviando sinais de razer a todo seu coro.Sua mão se aartou ara acariciar a bochecha e ela notou o tato suave efrio sobre a ele' frente 6 boca quente e doce. -le fechou os olhos'saboreando o razer tanto temo esquecido e' entretanto' tão familiar.-ssa sim que era #iola' recordava seu sabor ao bei)á,la' recordava alenitude de seu lábio inferior enquanto o sugava' recordava a linha erfeita

de seus dentes enquanto os e&lorava com a lAngua.-la dei&ou de bei)á,lo reentinamente' aartando o rosto estavaagitada e roferiu um gemido' ossivelmente de rotesto.

Page 62: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 62/164

-le se recomCs' e atrás de sua leve ob)e*ão' ouviu algo mais' o som deumas egadas que' da galeria' encaminhavam,se ara eles. (ohn soube que )ánão ficava temo' ao menos esse dia.

aartou,se' deu,lhe um breve bei)o no esco*o e a dei&ou livre.inclinou,se ara recolher seu &ale e o chaéu do chão e os tendeu enquanto

as isadas se aro&imavam ainda mais. endireitou,se a gravata e saiu donicho ara )ogar uma olhada' tratando de alacar seus nervos e recuerar aserenidade. >m cavalheiro )á ancião' vestido de negro e com /culos searo&imava dele. 9eois de si' (ohn Cde ouvir o rangido do tecido e a alhaenquanto #iola ficava o chaéu' o &ale' e estirava seu vestido enrugado.

?o fimE ?e&clamou (ohn saindo do nicho?. Bos erdemos semremédio tratando de encontrar a saAda or fim alguém que nos a)ude.

5 ancião se deteve e entreabriu os olhos contemlando a longitude dagaleria' logo erguntou4

?Há alguém com você' cavalheiroG?Minha esosa e eu estávamos rocurando a nova cole*ão de armas'

mas arece que nos erdemos.?9evo lhe dizer que sim' que não é or aqui absolutamente.(ohn fez um gesto de absoluta erle&idade.?h' nãoG ?voltou,se ara #iola?. me 8erdoe' querida' acredito que

consegui que nos e&traviemos ?disse' dando uma ernada não muitoreseitosa.

?Bão agarraram um lano ao chegarG ?erguntou o ancião.?>m lanoG ?(ohn se tocou a frente com os dedos' como se tentasse

recordá,lo?. Bão' acredito que não.?Sou o senhor ddison' diretor assistente de ntiguidades ?lhe

tendeu a mão?. 5s acomanharei a você e a sua esosa ara as salas dearmas.?5brigado' é muito amável or sua arte. ?(ohn olhou ara o nicho

lhe tendendo a mão a #iola' e acrescentou em um sussurro?4 5 botão do&ale.

-la o grameou' olhando,o como se tudo tivesse sido cula dela. -levouo quei&o com cerimCnia' como irmã de um duque que era' alisou,se váriasmechas de seu cabelo que lhe caAam sobre o rosto' tomou a mão dele e saiu 6galeria.

?Mas 9eus me benzaE ?e&clamou o ancião cavalheiro?' se for lad"HammondE

?bom dia' senhor ddison.Tratava de arecer digna' (ohn sabia' mas suas bochechas aindaestavam avermelhadas' sua voz denotava a falta de fClego' e havia certodesalinho em sua indumentária' que ele olhou com certo grau de satisfa*ão.

?8erdida de novo' querida ?disse o senhor ddison.-la comCs esse falso sorriso feminino que s/ convence aos homens )á

maiores' ou aos )ovencitos est+idos.?K a nova asa' senhor' confunde,me.?Semre lhe aconselho que agarre um lano quando vem de visita

museu ?disse' lhe devolvendo um sorriso indulgente. a)ustou,se os /culos

sobre o nariz?. #e)o que ho)e a acomanha seu marido.(ohn assentiu.

Page 63: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 63/164

?!orde Hammond ?disse aresentando,se quando observou que #iolanão o fazia.

?>m razer' senhor. #enham or aqui a ver as armas.Seguiram ao senhor ddison uns quantos assos or detrás enquanto

saAam da galeria.

?8or ouco ?murmurou (ohn no ouvido dela' renda,se brandamente'divertido ante a e&eriência' sobre tudo ela ai&ão lhe gratifiquem quetinha desertado em sua mulher' o que tinha sido o ob)etivo da tarde?. Bãome tinha divertido tanto em anos.

-la se quei&ou.?Bão esere voltar a fazê,lo ?resondeu também em um sussurro?.

o menos comigo' ois não tenho inten*ão de me dei&ar enganar de novo.?BãoG ?erguntou ele olhando,a fi&amente?. 3ue ena' não vou

oder resistir o desafio.

Capítulo 8 

#iola se contemlou no eselho do vestidor da costureira' mas não viunem seu refle&o nem o vestido que retendia levar a baile de caridade. Tudoo que odia ver era o sorriso irCnico de seu marido' um homem realmentecruel' que utilizava todo tio de truques e armadilhas nos que' como bemhavia dito' ela semre caAa. Teria que vigiar melhor seus assos no futuro'ois' embora estava acostumado a cuidar bem de si mesmo' ele era bomenganando,a.

Também era bom em outras coisas. levou,se os dedos 6 boca' sentindoa deliciosa calidez de seu bei)o uma e outra vez' embora recordou que

bei)ava bem orque tinha raticado muito. -ntretanto' essa lembran*averdadeira e dolorosa não lhe a)udou tão somente a fez sentir,se maisincaaz e ferida.

5 que tinha ocorrido no dia anteriorG Fechou os olhos' ensando nessesmomentos roubados no museu' e soube a resosta. Tinha erdido a cabe*a'como se fora aquela mo*a inocente de fazia nove anos.

Tinha assado muito temo desde que (ohn a havia meio doido daquelamaneira' mas o temo não tinha transformado sua resosta. 5s anos nãotinham afian*ado suficientemente seu orgulho ara eliminar a e&cita*ão quelhe roduziam suas mãos e sua boca.

rodeou,se o coro com os bra*os e abriu os olhos. 5lhando sua imagem

no eselho' observou toda a confusão e a lástima que lhe devolvia' e nãoentendeu nem sua mente nem seu r/rio cora*ão. 5 que era o que estavafazendo mauG 5 orgulho a tinha conservado aesar de seu cora*ãoquebrado' tinha,a mantido com a cabe*a bem alta quando tinha tido queenfrentar,se a outras mulheres' tinha,a a)udado a fingir ante ele e o mundoque não lhe imortava o que fizesse' tinha odido encontrar satisfa*ão nasobras de caridade e nas boas amizades. 5nde tinha ficado esse orgulho nodia anteriorG

#oltaria a lhe fazer danifico se ela o ermitia' voltaria a fazê,lo. 5struques de levá,la or corredores vazios e lhe roubar bei)os odiam resultar

ouco dolorosos' mas sabia que odia mentir com o cora*ão' olhando,a aosolhos' sobre as coisas que mais imortavam' e ela semre queria acreditá,lo.Lsso é o que a assustava' quão fácil era acreditá,lo.

Page 64: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 64/164

Ima,meGJIK obvio' adoro,te.J<ateram na orta e interromeu seus ensamentos' 9ahne entrou no

vestidor da costureira com um tra)e da $leoatra.?<emG ?erguntou' alisando as duras mechas de sua eruca negra?.

5 que oinaGIcredito que estou erdendo a cabe*a.J$om um esfor*o' #iola searou de sua mente a visita ao museu de na

tarde anterior. Bão imortava erder a cabe*a enquanto não dei&asse quelhe roubasse o cora*ão. voltou,se ara sua cunhada' aliviada ela distra*ão'e sorriu.

?K que $leoatra levava /culosG9ahne fez uma careta. ;endo' disse,lhe4?Bão vou levar as no baile' queridaE 5 que ensa do vestidoG ?<rincou

com o esco*o amlo e en)o"ado sobre o vestido branco?. Bão é um oucoarvo escolher algo assimG

#iola contemlou a seu melhor amiga' ensando na mulher que era9ahne quando a conheceu' dois anos antes' tAmida' tão ouco segura de simesmo' tão aai&onada elo nthon" e com tanta dificuldade ara ocultá,lo.gora' era muito distinta. 5 amor tão aai&onado de seu marido e asresonsabilidades de seu ael como duquesa do Tremore se levaram grandearte do acanhamento do 9ahne' substituindo,a or certas dose deconfian*a. Mas havia momentos' como esse' em que a )ovem tAmida que #iolatinha conhecido voltava a aarecer de novo.

?Bão é nada arvo ?lhe assegurou #iola?. or que ensa issoG?Semre quis ser como $leoatra ?confessou 9ahne?' mas não

estou segura de se resultar convincente no ael' ois' embora s/ se)a araum baile de disfarces' suõe,se que devemos atuar como nosso ersonagemtoda a noite.

?me arece muito real ?disse #iola renda,se?. - nthon" será seuMarco ntonio. Seria caaz de trazer ara todo o Lmério romano se oedisse.

9ahne esbo*ou um sorriso que recordava um tanto a de um gatinholambendo,se.

? verdade é que isso também eu gostaria. >ma vez me disse queoderia ter todo o oder do mundo sobre ele' orque as mulheres odem termuito oder sobre os homens se o e&ercerem aroiadamente. 9emorei

muito temo em entender o que queria dizer com isso.#iola susirou.?Se o entender' e&lique,me isso -u gostaria de ter arte desse

oder agora mesmo.5 sorriso de sua cunhada se velou e 9ahne a contemlou com certo

gesto de comai&ão.#iola não odia suortá,lo e se voltou de reente.?5 que oina de meu tra)e de marquesa francesaG?credito que está adorável como semre.?5brigado' mas o que me diz do vestidoG' arece autênticoG

9ahne assentiu com a cabe*a4?Se dese)as arecer verdadeiramente autêntica' deveria te emoeiraro cabelo.

Page 65: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 65/164

#iola alisou o veludo azul escuro do forro.?Bão será uma confusãoG?o menos )á não o faziam com a*+car.?K que se tornavam a*+car no cabeloG' mas isso não atraAa aos

insetosG

?Sem d+vida' era um roblema.?3ue horrorE ?e&clamou' mas se isso mantinha ao Hammond longedela' deois de tudo' não seria tão má idéia. -ntretanto' recordou que nãodevia ensar nele alguma vez mais?. 5 forro cai corretamente sobre oarma*ãoG ?erguntou voltando outra vez 6 conversa*ão?. Bão está umouco enrugadoG

?K o cancán' acredito' não o forro. ?9ahne a)ustou um dos aroslaterais?. Se não querer te emoeirar o cabelo' ode ir de rincesa gregade faz dois mil anos e engordurá,lo em vez de lhe emoeirar isso Sue&resi/n de horror rovoc/ la risa de la otra mu)er.

?Ora&aG ?#iola se olhou de novo ao eselho e deois olhou o refle&ode sua cunhada?. or que teria que levar gra&a no cabeloG

Sua e&ressão de horror rovocou a risada da outra mulher.? gra&a estava erfumada e' com o calor' mesclava,se desedindo

uma fragr%ncia.?Sabe umas coisas tão estranhas' 9ahne. 5brigado ela sugestão'

mas ficarei como estou. Bão osso imaginar o que diria lad" 9eane seaarecer no baile com gra&a erfumada na cabe*a. ?#iola alisou o forrosobre o cancán nos quadris?. 8osto que sabe tanto' como osso evitar quecaia / sobre este veludo azul escuroG

?8oderia levar uma luma na eruca. Muita gente o fazia faz oitenta

anos.?Bão' isso s/ me dará calor e fará que me aduela mais a cabe*a.5deio,o.

?hE or isso semre te tira o chaéu' agora o entendo.5uviram abri,la orta e Mirelle' a costureira mais famosa de !ondres'

entrou no vestidor.?Sua e&celência' lad" Hammond ?disse fazendo uma reverência ao

9ahne e logo a #iola?. -sero que gostem de seus vestidos. Há algo quegostaria de trocarG -stou ao seu disor.

?eu gosto de muito o meu ?resondeu 9ahne. costureira deu uns tainhas' encantada.

?Sua e&celência é muito amável ?olhou a #iola?' e você' queridaG?Mirelle' o que se usa ara emoeirar o cabeloG TalcoG?Ho)e em dia se fabrica um / cailar muito fino de asas de inseto'

querida' os advogados e os )uizes o utilizam' como saberá. 8oderia emoeirá,la cabe*a com isso' mas' se ermitir que lhe dê minha oinião' seria umaena cobrir seu cabelo com /. Tem uma cor reciosa e com a seda azulálido e o veludo azul escuro estará muito mais bela' mais encantadora.

queles momentos aai&onados elo museu voltaram a assar or suamente e #iola sentiu que suas bochechas ardiam com a mortificantelembran*a. Bão estava segura de querer estar encantadora' era muito

erigoso.?5brigado' Mirelle.

Page 66: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 66/164

?-stou de acordo com ela ?assinalou 9ahne?. Benhuma mulher forada éoca que fosse se trocaria a cor de um cabelo como o teu.

?-ntão não me orei isso. ?disse,se a si mesmo que o / era umaorcaria' e que o fato de que ao Hammond semre tivesse gostado da cor deseu cabelo não tinha nada que ver. 8ressionou a mão sobre o sutiã de talhe

bai&o' armado e de seda azul álido' bordado?. Bão serei caaz de dan*aruma valsa nenhuma dan*a camestre com isto ao melhor um minué' como sefora o aniversário de minha bisav/. ?dirigiu,se ao Mirelle?4 8oderia alargarum ouco o talheG

?S/ um ouco' ou arruinará a linha do sutiã' como vê.?Faz tudo o que ossa' Mirelle' se não' não vou oder resirar. ?

$onsiderou sua elei*ão uma vez mais e assentiu?. -u gosto de muito o tra)e.5 bordado é adorável.

?Semre a seu servi*o' milad".Mirelle artiu e uma donzela a)udou a #iola a vestir,se de novo com

suas rouas. 9eois' ela e 9ahne dei&aram 6 costureira.?Mirelle tinha razão' não crieG ?disse 9ahne enquanto entravam no

carro do nthon"?. -stava assombrosamente bela com esse tra)e.#iola se recostou no assento da carruagem' ao lado de sua cunhada' e

lhe dirigiu um olhar inocente.?Há muitas mulheres belas no mundo' 9ahne' mas a beleza não é

suficiente ara conseguir um marido fiel. 5 que será entãoG9ahne assou o bra*o or seus ombros e com tom afetuoso disse4?Bão sei' querida' não sei.?Bem eu ?sussurrou ela?. Mas eu gostaria de sabê,lo.

(ohn sabia que ara seduzir 6 r/ria esosa era necessário tomarmedidas se deseseradas. Também sabia que estava obrigado a agDentar umcerto sofrimento.

afastou,se do Orosvenor Square durante uns dias' dizendo,se a simesmo que essa ausência oderia fazer que ela o sentisse falta de' mas averdade era que necessitava temo ara conseguir conter seu r/riodese)o. s lembran*as do museu' do sabor da boca de #iola e a sensa*ãosuave e deliciosa de tê,la em seus bra*os invadiram seu sonho durante astrês noites que se manteve afastado' e dominaram seus ensamentosdurante três dias. Bão obstante' era um sofrimento muito doce.

tarde da segunda,feira decidiu que )á tinha suficiente controle aravoltar a vê,la' mas esta vez duvidou de que fora caaz de lhe roubar unsquantos bei)os em uma esquina sombria. Ho)e' seu destino seria agDentar umtio diferente de tortura. Tentaria levar a #iola de comras.

sugestão de que redecorara a casa do <loomsbur" Square não tinhasido recebida com o entusiasmo que ele eserava mas' se ela come*ava aescolher coisas ara a casa' oderia come*ar a sentir,se arte da mesma' eisso oderia a)udar a sua causa. -le também sabia o muito que gostava de ir6s comras a sua mulher.

3uando essa tarde (ohn foi rocurar a #iola ao Orosvenor Square'

sugeriu uma vez mais a idéia de ir 6s comras 6 cidade' mas de novo nãoencontrou nenhum entusiasmo or sua arte.

Page 67: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 67/164

?Bão quero ir ?disse ela e se sentou no canaé da salita do Tremore?. Bão me encontro bem.

?Há,te dito alguém alguma vez quão mau memoreG 8onha o chaéu'agarra sua bolsa e vamos.

?Hei,te dito que não quero redecorar sua casa.

?Também é tua' comartilhamos nossos bens quando nos casamos'recordaG $om todos meus bens terrestres' eu te benzo' e todo isso.-la se cruzou de bra*os.?Bão tinha nenhum bem terrestre.?Tinha osses' um tAtulo' uns quantos quadros horrorosos de antigos

viscondes' é que isso não contaG?or que não te leva a lad" 8omero" de comrasG adora <ond Street e

adora gastar o dinheiro de seu marido.(ohn a e&aminou e soube que estava lhe )ogando sua rela*ão com a

nne em cara ara que se fora.SuCs que oderia lhe falar da nne' mas come*ar com esse tema era

como abrir um ninho de serentes e' sem d+vida' sairia escaldado. 8odia lhecontar que tão somente foi um amor vazio' ara encher suas necessidadesfAsicas e nada mais' mas duvidava de que isso suusera alguma diferen*aara ela. Falar tão somente ioraria as coisas. Sem d+vida' terminariambrigando e' que bem oderia haver em voltar a abrir essa feridaG Seuromance com a nne tinha tido lugar fazia cinco anos. 5 futuro era quão+nico imortava. lém disso' nenhum homem em seus cabais se atira decabe*a a um ninho de serentes.

?8refere caminhar elo <ond Street ou que agarremos a carruagemG?erguntou brandamente.

-la roferiu um som de imaciência' levantou,se e caminhou ara achaminé.?(á te hei dito que não quero ir de lo)as ?esetou or cima do ombro.?#iola' você adora ir de lo)as e sabe o muito que o odeio eu. 8ensei que

daria saltos de alegria ante a oortunidade de me torturar rovando tudasas almofadas das cadeiras e vendo taetes turcos. 8or não mencionar as )oalherias' onde ode me convencer ara gastar uma soma indecente dedinheiro or uma gargantilha de rubis e diamantes erfeitamente in+til araensinar a seus amigas.

-la se voltou.?Bão necessito nenhuma tua )/ia ?disse frAamente?. -' quanto ao

resto' )á te disse antes que não quero gastar a atribui*ão do nthon" emsua casa' embora você se)a o +nico que tem controle sobre esse dinheiro.-la estava decidida a brigar esse dia' mas ele estava igualmente

decidido a que isso não ocorresse.?Se não querer ir 6s comras' então faremos outra coisa. ?8ensou or

um momento e erguntou?4 3ue tal se chamarmos a todos nossos amigosGLsso sim que seria divertido. 8odemos nos sentar em seus salões e fazermanitas como amantes. 5s casais casados nunca se agarram da mão' sobretudo n/s. 8ara eles seria um esc%ndalo.

?Bão vou chamar a ninguém ara fazer manitas contigo.

?5H' muito bem' se for ser tão ouco rom%nticaE ?Hammond comCsum sorriso sarcástico?. 8odemos retornar ao museu de seu irmão' ouvi quehá uns deliciosos afrescos romanos que trou&eram de alguma arte e que

Page 68: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 68/164

ninguém' salvo os antiquários' ode ver. #ocê é a irmã do Tremore' assimodemos lhes )ogar uma olhada' nãoG

-la se voltou de novo.?Bão acredito.?credito que são bastante er/ticos ?continuou ele' e se deu conta

de que #iola se estava ondo tinta. $ome*ou a rir e ficou frente a ela'bai&ando a cabe*a ara olhá,la diretamente 6 cara?. Mas bom' #iola' )á osviuE' nãoG $onseguiu lhes )ogar uma olhada quando seu irmão não olhavaG

?Bão se)a absurdo. ?Suas bochechas avermelharam ainda mais e elesoube que tinha razão. idéia de #iola asseando elo museu do Tremoreara ver umas inturas er/ticas fez que suas eseran*as fossem aindamaiores.

? curiosidade tira o melhor de ti ?sussurrou ele?. Me tivessegostado de vê,los o dia que estivemos ali. $omo sãoG -stão muitodanificadosG' venha' #iola ?disse imaciente ante seu silêncio?. me 8odedescrever isso deois de tudo' sou seu marido.

-la ermaneceu em silêncio' avermelhando com f+ria' e ele soube queaqueles afrescos deviam ser bastante er/ticos. Bão era estranho queTremore e sua mulher se entretiveram tanto em sua fazenda do Hamshirerocurando essas antiguidades. (ohn olhou o coro de sua esosa e come*oua imaginar,se diversas cenas er/ticas' or isso erdeu qualquer tio deinteresse or levar,se a de lo)as.

?SabeG quanto mais o enso mais eu gosto da idéia de voltar aramuseu do Tremore. 8rovavelmente não ha)a nada nesses afrescos que n/snão tenhamos feito nunca. 9e fato' se a sala em que estão tivesse algum tiode ferrolho' oderAamos rovar algumas

?#aleE ?gritou ela' emurrando,o' como tentando deter suas alavras?' iremos ao <ond Street. 8or 9eusE9eu meia volta e saiu da salita' com a saia de seda amarelo álido e as

regas de encai&e chiando atrás de seus saltos.?Mas eu troquei que idéia ?reCs ele' rendo quero voltar ara museu

contigo e contemlar esses estranhos afrescos.?Bem ensarE ?e&clamou #iola or cima do ombro enquanto

abandonava a habita*ão. #oltou uns minutos deois' com um chaéu de alha'la*o cor +rura e narcisistas amarelos' e um véu bordado em sua mãoenluvada. deteve,se na soleira e disse?4 <em' vamos então ?e desaareceuara a escada sem eserá,lo.

S/ havia duas ma*ãs entre o Orosvenor Square e <ond Street. 8ostoque ela não tinha e&resso nenhuma referência e fazia tão bom dia' sugeriuque caminhassem. -la esteve de acordo mas' quando lhe ofereceu seu bra*o'recusou,o e caminharam ara o <ond Street um )unto ao outro sem tocar,se. 9ois lacaios os seguiam a uma dist%ncia discreta' disostos ara levaracotes se fosse necessário.

3uando giraram ara o <ond Street' #iola se deteve e (ohn esteve aonto de se chocar com ela.

?5 que quer comrarG ?erguntou ela.?Bão tenho nem idéia. K seu territ/rio' não o meu. s +nicas lo)as que

freqDento são a saataria e as livrarias. 5casionalmente vou a minhaalfaiate. ?Fez um gesto grandilocuente ara a rua?. OuAame você.-la olhou a seu redor' ensando um momento.

Page 69: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 69/164

?8ossivelmente <ellPs se)a um bom sAtio ara come*ar.?<ellPsG?Tecidos' ouvi que têm uns novos veludos muito bonitos' e necessita

várias cortinas ara algumas habita*ões. s que tem estão um ouco uAdas.?tocou,se o lábio com um de seus dedos enluvados' ensando?. -mbora

ossivelmente queira intar rimeiro alguma das habita*ões. Teremos quever.>ma lembran*a lhe veio 6 mente e (ohn Cs,se a rir reentinamente.?;ecorda quando come*ou a redecorar Hammond 8ar=G ?erguntou,

lhe enquanto caminhavam?. 8intaram o dormit/rio desse vermelho escuroque logo odiava. eu gostava e queria dei&á,lo assim. Tivemos uma boa brigaor isso.

?- ganhou você ?resondeu ela' detendo,se ante a lo)a de tecidos'eserando a que ele abrisse a orta?. -stava acostumado a fazê,lo então ?acrescentou or cima do ombro' enquanto cruzava a soleira?' zangava,tesemre que te levava a contrária.

-le a seguiu ao interior da lo)a abarrotada.?Bão sei ?murmurou a seu lado?. 8referiria ter uma conversa*ão

agradável contigo vendo coisas' embora claro que o recordo' tão somente mecustava uns quantos bei)os te convencer. Lsso era o divertido.

?9ese)aria que dei&asse de dizer coisas desse tioE#oltou a ficar tinta' fazendo,o rir enquanto a seguia elo comrido

mostrador onde reousavam as ilhas de veludo sem d+vida' as cores demoda da temorada. -le se ergueu ligeiramente atrás dela' olhando ostecidos or cima de seu ombro.

?or que te zanga quando menciono como estava acostumado a te

bei)ar e te convencerG ?erguntou em voz bai&a' ara que as senhoras deao redor não o udessem ouvir.-la o olhou com e&asera*ão.?vais estar me seguindo todo o temo como uma sombraG ?erguntou,

lhe' e se aartou uns assos dele.?#e)o que não vais resonder. ?;odeou o mostrador colocando,se

frente a ela?. Sabe que ho)e crava mais que um ouri*oG?Tenho cinco boas razões ?lhe esetou em um sussurro?. Bão' seis'

se contarmos ao -lsie.-le não resondeu' em troca' elevou uma e*a de veludo verde musgo'

sabendo que lhe gostava dessa cor.

?3ue tal estaG#iola o olhou e inclinou a cabe*a.?-staria bem na biblioteca' com as aredes de cor amarela manteiga e

os livros de couro' ficaria muito atrativa. Bão crieG?-ntão' você gostaG5lhou as malhas estendidas sobre o mostrador.?Bão imorta se eu gosto.?Lmorta,me ' #iola.-la não resondeu' ermaneceu de é com o cora*ão em um unho'

manuseando o veludo entre seus dedos enluvados.

?#ocê gostaG ?reetiu ele.-la se balan*ou de um é a outro' susirou e o olhou.?Sim' eu gosto. 9e acordoG

Page 70: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 70/164

>ma equena concessão. Mas ele a aceitou. Sorriu.?Sabia que você gostaria' or isso a escolhi.?$omo sabia que eu gostariaG?#ocê gosta do verde' recordo,o bastante bem. >m onto ara mim'

não crieG

?Bão recisa estar tão agradado contigo mesmo.!ogo #iola se sumiu no silêncio' quebrado tão somente or algumaergunta ocasional quanto a sua oinião sobre alguns tecidos.

Seguiram elo mostrador e ela continuou falando dessa forma tãoimessoal' como se ele a tivesse contratado ara decorar sua casa. -lequeria um sorriso' uma risada' um bei)o. Maldita se)a' queria agradá,la.

de reente' esionagem uma e*a de tecido de uma cor que ela odiava'o que lhe deu uma idéia e agarrou a e*a de veludo.

?troquei que arecer sobre o verde da biblioteca. 3uero este.#iola levantou o olhar e observou a malha em suas mãos' deois o olhou

a ele.?5 queG(ohn tratou de aarentar seriedade.?Sim' este tecido eu gosto muito mais que a verde.?K laran)a ?disse ela' horrorizada.-le a olhou' retendendo ensar no roblema' e deois voltou a olhá,la

a ela' com toda sua inocência.?-u gosto do laran)a. 5 que tem de mau o laran)aG?5deio,o' é uma cor gritã' horrAvelE?Mas' #iola' eu gosto. e&ressão de #iola se converteu em uma careta.

?Bossa biblioteca não vai ser laran)a de maneira nenhumaE?o fimE ?e&clamou ele' agitando o tecido no ar' ganhando olhadas dasmulheres que o rodeavam e um olhar de recrimina*ão dela?. o fim umavit/ria.

#iola dirigiu um olhar incCmodo a seu redor.?9o que está falandoG-le sorriu e teria amaldi*oado se todas as damas da alta sociedade não

tivessem estado na lo)a.?$hamaste,a Inossa bibliotecaJ.-la elevou o quei&o e olhou a ambos os lados.?Bão.

?Sim' e )á não ode retirá,lo.-la voltou a lhe dirigir o olhar.?Lsso era uma armadilha' Hammond ?se quei&ou' acusando,o?' em

realidade você não gosta desse laran)a' verdadeG?K obvio que não. Mas isso não troca o fato de que ha)a dito Inossa

bibliotecaJ. Sabe o que isso significaG ?9irigiu,lhe um olhar triunfal?.ganhei um onto.

?>m ontoG 9o que está falandoG?Se consigo ontos suficientes' ganho.?8ontos' )á estamos com outro )ueguecitoG

esar de todos seus esfor*os' um equeno sorriso aareceu em suaboca.?ssim' neste )ogo também me toca ser rêmio e cometidorG

Page 71: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 71/164

?8arece que sim. 3uantos ontos crie que necessito ara ganharG-la roferiu um som que bem odia ser uma risada' mas se tamou a

boca com a mão' suavizando,a. 9eois de um segundo ou dois' bai&ou a mão euma vez mais come*ou a olhar os tecidos sobre o mostrador.

?3uantos' #iolaG

?Milhares e milhares.?Bão tantos' me dê um n+mero.?<em. ?deteve,se or um instante e disse?4 9ezoito mil setecentos e

quarenta e dois.?Me está ondo isso muito fácil e isso significa' é obvio' que tenho

outro onto mais.Lsso fez que ela voltasse a elevar o olhar.?or queG?Se realmente me odiar tanto como diz' houvesse,me dito que

necessito ao menos um milhão de ontos. #ê como funciona o )ogoG?K tão indecenteE ?Sustentou uma e*a de tecido de cor bege' com

folhas douradas bordadas nela.?5 que ensa desta ara seu estudo de m+sicaG?- esta outraG ?-le tomou uma amostra verde lavanda e' embora uma

vez mais tentou arecer sério' não o conseguiu.-la sorriu' esta vez de verdade.?!avanda' (ohnG Sem d+vida não ara a sala de m+sica' mas seria uma

cor erfeita ara seu dormit/rio.9ei&ou a amostra e se inclinou sobre o mostrador' aro&imando,se mais

a ela.?Lsso fará que entre neleG ?erguntou em voz bai&a.

-la não duvidou nem um instante4?Bão.?-ntão não imorta ?disse Hammond' e continuou falando?4

8retendia fazer um sacrifAcio' mas seria em vão. -m vista disso' s/ fica umaroosta +til ara um veludo dessa cor.

?3ue roostaG?>m casaco ara sir Oeorge.-sta vez' ela sim riu e dei&ou que seu esArito se liberasse or um

momento.?8obre homem ?comentou?' 9"lan e você realmente a têm tomada

com ele. Têm comosto alguma rima mais sobre sua essoaG

?Bão' mas temos feito uma ara lad" Sarah Monforth' estou segurode que quererá ouvi,la.?Bão' não quero.5lhou a seu redor ara assegurar,se de que ninguém odia ouvi,los e'

novamente' inclinou,se sobre o mostrador. -m um murm+rio aenasercetAvel disse4

?IHouve uma vez uma senhora chamada Sarah' com um cora*ão tãoseco como o Sahara. 9eitar,se com ela devia ser tão frio como o mar' efalar com ela' um ouco arecido 6 malária.J

riu' esquecendo or um momento que se suunha que o odiava.

?K uma das rimas mais feias que ouvi )amais ?disse renda,se ainda.riram )untos.?Sei' mas ao menos ganhei dez ontos.

Page 72: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 72/164

?9ezG' darei,te dois. K tão horrAvel que não merece muito mais.?K obvio que é horrAvel' ensa no tema. lém disso' tentaste alguma

vez que um nome rime com algoG K muito difAcil e' deois de lombrigaobrigado a alargar a conversa*ão no )antar com aquela mulher' mais do quequalquer homem oderia ter suortado' acredito que a malária era uma

forma amável de descrevê,lo. -m qualquer caso' sim era recisa.?8recisa' or queG?3uando estou erto dela' semre tenho essa sensa*ão ofuscada'

quase doentia' como se tivesse que escutar a alguém cu)a mente estáabsolutamente vazia de matéria cinza.

-la voltou a rir enquanto ele a olhava' o brilho dourado de seu cabelo eseu sorriso radiante' contendo a resira*ão. 5ito anos odiam havê,lostrocado aos dois' mas havia uma coisa que seguia sendo a mesma. 3uando#iola ria' era como se saAsse o sol. Sabia que ia necessitar mais rimas.

de reente' sua risada se aagou e sua cara radiante se velou. 5 sol seocultou deois de uma nuvem e foi como se um vento seco tivesse entradona lo)a. -le se voltou ara olhar o que era o que tinha roduzido esseterrAvel olhar de seu rosto.

>ma bela mulher de cabelo castanho com um chaéu cor cere)a estavainclinada sobre o mostrador no centro da sala' olhando as e*as de malha eSorrindo enquanto falava com as mulheres que a rodeavam. -la elevou oolhar e catou a dele. 3uando lhe fez um gesto de reconhecimento' seurosto esbo*ou uma fugaz careta de ternura. (ohn fez uma inclina*ão a modode resosta e ela olhou ara outro lado.

!ad" 9ar:in.Fazia muito temo que não via a baronesa' ensou' quase dois anos ao

menos' ossivelmente mais. Tinha bom asecto' e isso estava bem. 8egg"semre tinha sido uma mulher amável e amável.Hammond observou como assava a seu lado e se voltou bem a temo

ara ver viola saindo ela orta da lo)a. Sentiu uma sensa*ão deafundamento nas vAsceras' temendo que todos os rogressos que tinhaconseguido corte)ando a sua mulher tivessem ficado reduzidos a cinzas.

Capítulo 9 

Maldi*ãoE (ohn cruzou a lo)a de tecidos em busca de sua mulher' masno temo em que demorou ara rodear o mostrador' duas mulheres

carregadas de acotes bloquearam a orta diante dele' cada uma insistindoem que a outra assasse rimeiro. Teve que eserar até que conseguiramdecidir qual era a ordem aroriada de saAda quando conseguiu sair da lo)a'areceu,lhe que tinha assado uma eternidade. lcan*ou o asseio bem atemo ara ver sua mulher dobrar a esquina ara o <roo= Street'caminhando todo o deressa que odia.

?#iola' eseraE$orreu atrás dela' chamando,a or seu nome' indiferente ante os

olhares da gente que assava a seu lado' sem reocuar,se de se eramnobres ou não ao fim e ao cabo' uma dama educada não gritava nem corria.

lcan*ou,a na esquina do 9avies Street.?onde vaiG? casa.

Page 73: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 73/164

9eteve,a agarrando,a do bra*o.?Orosvenor Square não é seu lar.?gora sim ?disse livrando,se de sua mão' e continuou caminhando?'

e o será semre' se me dei&ar.?8odemos falar disso.

?gora quer falar em vez de fugirG ?- sem olhá,lo' acrescentou?4Lsso não era o que estava acostumado a fazer antes. Mas' não. Bão querofalar orque não há nada que dizer. Bão quero verte' não quero assartemo contigo. Bão quero escolher tecidos ara sua biblioteca. 3uero quevá e me dei&e em az. #ocê não gosta de <ertram como herdeiroG K seuroblema' não o meuE

$hegaram ao final da ma*ã e se disuseram a cruzar 9u=e Street' masum carro estava assando e ele teve que agarrá,la ara que não aatroelasse.

?Tome cuidado' #iola' 8or 9eusE-serou até que teve acontecido o carro e tentou cruzar de novo' esta

vez olhando o que estava fazendo. -le a seguiu até o outro lado da rua mas'quando ela se dirigiu 6 ra*a' ele se deteve e contemlou como artia'eserando a ver se' ao menos' voltava a cabe*a e o olhava. Mas não o fez.

erguntou,se se devia segui,la' se deviam falar' mas tal e como elatinha famoso com recisão' não havia nada que dizer. -le viu como cruzava olugar até a casa do Tremore' e deu um murro de frustra*ão ao ar. IMalditase)a' )usto quando come*ávamos a estar bem )untosEJ

-ncontrar,se com o 8egg" 9ar:in era quão ior oderia ter assado.Tamouco a)udava erguntar,se se isso ia ocorrer cada vez que saAssem )untos. 8ois em seu caso' não tinha nenhuma descula.

IK obvio' vai' como semre.JBão esta vez. (ohn cruzou Orosvenor Square e entrou na casa )ustoquando ela estava chegando ao alto da escada de caracol.

?#iola' eseraEBão se deteve.?gora' quem é a que se vaiG ?gritou,lhe.Suas alavras ressonaram na escada' mas não houve resosta.

Lgnorando os curiosos olhares dos serventes do Tremore' (ohn subiu osdegraus de dois em dois' correndo ara alcan*á,la' embora não o conseguiuaté chegar ao corredor do segundo andar. $hegou bem a temo ara que lhefechasse a orta no narizes' mas ele a abriu antes de que ela udesse

ensar sequer em fechá,la com chave.-ra o dormit/rio de #iola. Sua donzela' $eleste Harer' estava nahabita*ão' colocando uns vestidos sobre a cama.

?Harer ?disse silenciosamente?' nos dei&e um momento.?Bão' $eleste ?reCs #iola?' fique onde está.(ohn não relicou' mas a donzela sabia que não era necessário. 5

senhor era o que agava seus honorários. Fez uma breve inclina*ão decortesia a ambos e saiu.

?$omo te atreve a me seguir até minha habita*ão e ordenar a minhadonzela que se váE ?gritou #iola no momento em que se fechou a orta?.

-sta não é sua casa. Fora daqui de uma vez or todas ou direi ao nthon"que te )ogueE?te ocultar deois das saias de seu irmão não vai resolver nada.

Page 74: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 74/164

?ForaE #ete e encontra alguma comanhia feminina or aAE?Lsso é algo que não vou fazer nunca mais. 8or 9eusE' não' não vou

estar em guerra contAnua contigo' nem a ermitir que me )ogue em caracosture que )á não osso trocar. Bão há nada que ossa fazer reseito aoassado' nada que ossa dizer.

?$omo que não ode dizer nadaG or que não tenta algo engenhoso'algo inteligente' algo que me fa*a rir ara que esque*a a situa*ão tãodesagradável que asseiG caso não é o que semre faziaG

Lsso o dei&ou talhado' mas se negava a ermitir que visse o muito quelhe doAa.

?-mbora te are*a estranho' querida minha' não osso ensar em nadaengenhoso' e agora mesmo não está em minha mão te fazer rir. -u gostariade oder fazê,lo' mas não há nada que ossa dizer do 8egg" 9ar:in' nne'-lsie ou qualquer outra mulher com a que tenha estado. vais ter queagDentá,lo.

?Simlesmente esquecer e erdoar' é issoG 3ue conveniente ara ti.?3uer que te fale do 8egg" ara que tenha mais raciocine ara me

desrezarG ?erguntou frustrado ante a futilidade de todos seus Lssoesfor*os é o que querG

-la não resondeu.? algumas das mulheres com as que me deitei nunca as busquei ?

continuou' animado or seu silêncio?. $omo nne 8omero"' ela me utilizou eeu a ela. 8ode arecer s/rdido' mas é assim. 8egg" era diferente 8egg" e euestivemos )untos or uma coisa em comum' a solidão de nossos matrimCniosvazios' sem sentido.

dor sulcou seu rosto' uma dor que também lhe fez mal' mas não se

calou4?8egg" e eu nos consolamos mutuamente' me acredite' ambosnecessitávamos consolo.

?BãoE ?-la se tamou os ouvidos?. Bão quero ouvi,lo.?Tem que escutar' osto que você o quiseste e me tortura com isso.

8egg" e eu fomos amantes durante um ano' ela era uma comanheira doce ecarinhosa' uma mulher adorável. - ambos o desfrutamos e&atamente eloque era e o temo que durou.

?(á é suficientemente duro que tenha que ver seus amantes or todaarte' mas não tenho or que ficar aqui te escutando falar delas.

Tratou de esquivá,lo' mas lhe cortou o asso.

?or que nãoG ;ealmente te imortaG ?8Cde ver a dor em seu rosto esoube que ele era a causa' mas isso tamouco o deteve. Foi mais longe ainda'sentindo,se seguro' cruel e' maldita se)a' culado?. caso as rainhas degelo necessitam a alguém alguma vezG

-la voltou o rosto. 9e erfil' ele Cde ver como lhe tremiam os lábios'aertados em uma linha fina.

?8osso dizer que meu romance com o 8egg" não significou nada' orqueisso é o que os homens semre dizem a suas mulheres' mas seria mentira.

?$omo se mentir fora tão difAcil ara ti?K certo que nada não foi mas não foi amor nem um ouco arecido.

S/ duas essoas s/s que se gostava e necessitavam calor e contato humano.?8egg" 9ar:in estava aai&onada or tiE?Tolices.

Page 75: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 75/164

?Bão são tolices. -la estava louca or ti e todo mundo sabia' todossalvo você.

-la fez um intento de voltar,se' mas ele a agarrou elos ombros.?Bão era amor' #iola' era lu&+ria e alguém com quem conversar deois'

uma maneira de agDentar a solidão' e isso foi tudo.

-la inclinou a cabe*a sem acreditá,lo' mas não o olhou. !he agarrou oquei&o e elevou seu rosto' vendo como brotava uma lágrima' que caiu em suamão e lhe queimou a ele como se fora ácido.

?9eus santoEafastou,se dela e retrocedeu até a )anela' odiando,a elos oito anos de

distanciamento entre ambos' odiando,se a si mesmo ainda mais or lhehaver dado tantas razões ara isso.

?5 que quer de mimG 9iabos' o que é o que querG?Bão quero nada de ti' é você quem quer algo' algo que eu não osso te

dar. 5 amor se foi' (ohn' e não ode fazer que volte algumas costure'simlesmente' não se odem arrumar.

9ito isto' deu meia volta e se dirigiu ara a orta.?3uantas vezes terei que dizê,lo' não osso fazer nada elo assado.?Sim' sim ode.-la se ergueu na soleira e se voltou.?8ode arender' eu o fiz' arendi a não voltar a confiar em ti.9ito isto' foi.-le se recostou na )anela e contemlou seu leito na casa de seu irmão e

o vestido rosa magn/lia álido que estava em cima dele' e sua risada de unsmomentos antes retumbou em sua mente. -le teria decorado todas suascasas com ael rosa s/ ara ver se ela sorria. Mas agora se dava conta de

que isso não serviria de nada.9eu as costas ao leito e olhou ela )anela' lutando contra o dese)o deatravessar o cristal com a cabe*a.

?Maldita se)a ?murmurou recordando as duras alavras que havia ditomomentos antes?' maldita se)a' maldita se)a.

Lsso mesmo tinha ocorrido antes muitas vezes' quando #iola se tornavafria e ele se zangava' quando ela se sentia ferida e ele também' quando elanão odia erdoar e ele o mandava tudo ao inferno. artia e encontrava aoutra mulher que não o )ulgasse' que não o artisse em eda*os e que não oodiasse. 8ossivelmente ela tivesse razão4 algumas costure eram irrearáveis.Bão imortava o que ele dissesse' fizesse ou tentasse fazer' nunca seria

suficiente. 8oderia aceitar os votos do celibato agora mesmo e ingressar emum monastério na Ltália' mas não seria suficiente. -nquanto ele seguisseresirando' nada seria suficiente' ao menos ara #iola.

>m casal que asseava chamou sua aten*ão' e se deu conta de que eramo duque e a duquesa do Tremore. 8asseavam )untos elo atalho ao final doarque oval que havia frente 6 casa o r/rio Tremore emurrava umcochecito de bebê. -stavam tirando de asseio ao equeno Bicholas' e<ec=ham' a babá' trotava uns quantos assos or detrás.

(ohn contemlou como se detinham o lado a grade de ferro for)ado. duquesa tirou o Bicholas do carrinho' e se sentou sustentando ao bebê em

seus )oelhos' agarrando,o ela cintura. Seu marido se sentou ao lado dela'assando um bra*o deois da grade' detrás de sua mulher. -ram como

Page 76: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 76/164

qualquer outra arran)a afortunada' felizmente casada' renda,se e falando'lhe falando com seu bebê durante uma saAda ara arque.

-ram uma famAlia.-ntão aareceu #iola' cruzando o canteiro frente 6 casa ara unir,se a

eles. !evava o chaéu na mão e seu cabelo solto refulgia como o ouro sob o

sol. deteve,se ante a grade' o chaéu caiu 6 grama e tendeu os bra*os araagarrar ao Bicholas do rega*o de sua mãe. -la o aro&imou no ar' elevando,oor cima de sua cabe*a' dando um lento giro enquanto ria' com a cabe*a aratrás. >m ouco tão duro e doloroso como um murro estalou ao (ohn no eito.

Tratou de recomor,se' mas se sentiu aralisado. 8osou as mãos contrao cristal' emoldurando seu rosto' e olhou como sua mulher sustentava umbebê que não era filho dele. Bunca se havia sentido mais desamarado' maisfurioso ou mais necessitado em sua vida. 8ossivelmente deveria dizer,lhe a#iola' ensou. Sem d+vida' sua dor a reconfortaria.

?meu deusE -stá enormeE ?#iola bai&ou ao bebê e o aertou contra sienquanto se sentava ao lado de sua cunhada' na grade?. (á não ossosustentá,lo em alto durante muito temo.

?credito que adora que lhe fa*am isso.9ahne foi agarrar ao bebê mas #iola o afastou' tirando,se o de seu

alcance.?dei&e,me isso um ratito ?rogou?' não ude agarrá,lo em todo o dia.?Mas )á é hora de lhe trocar o fralda.?S/ uns minutos ?e ficou ao bebê contra seu eito' mas este come*ou

a solu*ar em seu rega*o' assim que o Cs de é' agarrando seus manitas

entre as suas. 5s deditos do bebê agarraram fortemente seus dedos' e umgesto de concentra*ão sulcou sua frente enquanto ermanecia de é emseus )oelhos?. (á se tem em é ?disse olhando,o?' qualquer dia destes ovemos caminhando.

?-stá a onto ?disse 9ahne?' fica de é' mas cada vez que dá umassado' cai imediatamente.

?-stava fazendo,o esta manhã. ?nthon" se incororou ara olhar a#iola e ao bebê?. 3uando estava comigo no estudo' deois do café damanhã' ficou de é agarrado 6 esquina da cCmoda turca. $ada vez que caAa'voltava a tentá,lo. >m menino muito teimoso' este meu filho.

?Lsso não é nenhuma surresa ?disse #iola?. -le

5 som das rodas sobre o avimento a interromeu e os três olharam dagrade como a carruagem do (ohn assava frente 6 casa do nthon"' a unsvinte metros de onde estavam sentados.

#iola contemlou ao (ohn saindo ela orta rincial e como subia acalesa aberta' com o cenho franzido' e agradeceu que não olhasse em suadire*ão.

?3ue mau asecto tem Hammond ?murmurou 9ahne enquanto acarruagem estralava?. 5 que lhe assaG

?>ma indigestãoG ?sugeriu nthon"' ois lhe arecia convincente.?nthon"' de verdadeE ?esetou,lhe Lsso 9ahne é o menos amável

que se ode dizer.

Page 77: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 77/164

?Suseito que eu sou a causa ?murmurou #iola dei&ando que Bicholasdescansasse a cabe*a sobre seu ombro enquanto contemlava como se ia acalesa' que girou ela ra*a e desaareceu de sua vista.

erguntou,se se (ohn assaria a tarde rocurando outra mulher araconsolar,se. o melhor' se encontrava una o suficientemente atrativa' ode

que se mantivera longe. -sse ensamento deveria aliviá,la' mas havia algoque o imedia. Tão somente conseguiu que lhe formasse um equeno n/ noestCmago. 8Cs ao bebê mais erguido.

?tivestes uma brigaG ?erguntou 9ahne.#iola voltou a cabe*a ara olhar a sua cunhada.?caso não a temos semreGnthon" a olhou fi&amente e disse4?Se forem falar do Hammond' será melhor que me arta.?Bão vamos falar de nada disso ?assegurou #iola?' meu marido é o

+ltimo do que gosta de falar' fique.nthon" negou com a cabe*a.?;ealmente deveria ir' tenho que me encontrar com o 9e:hurst no

NhitePs ara discutir as revisões que roomos 6 ta de ;eforma. -stareide volta a temo ara lhes escoltar 6 festa do Monforth esta noite.

?-u não vou ?declarou #iola?. Bão osso suortar ao SarahMonforth direi que tenho en&aqueca.

?-u tenho muitas mais raciocine que você ara desrezar a lad" Sarah?disse 9ahne' rendo?. nthon" quase se casa com ela em vez de comigo.

?lgo que ainda me faz tremer quando o enso ?disse #iola.?Benhuma de vocês tem razão alguma ara desrezar a lad" Sarah ?

rotestou nthon"?' deois de tudo' não me casei com ela.

?3uerido irmão' inclusive esse bendito feito não é suficiente arafazer que eu goste. 9ahne' dirá que ambas devemos ficar em casaG8odemos )ogar iquet entre ta*as de madeira.

?- dei&ar a lad" Sarah o camo aberto ara aquerar com meuarrumado maridoG ?erguntou 9ahne com ironia?. Bem ensarE

?Se isso te imorta ?disse nthon" lhe dando um bei)o no cocuruto?'voltarei ara as sete em onto a te recolher. ?- se foi dei&ando 6s duasmulheres sozinhas.

?;ealmente me vais abandonar com lad" Sarah ficando em casaG ?disse 9ahne.

?Sim' tentarei assar uma tarde tranqDila ?resondeu #iola' bei)ando

o cocuruto de seu sobrinho?. Bicholas me fará comanhia' é melhorconversador que lad" Sarah.9ahne riu.?3uando diz esse tio de coisas' quase sinto ena elas mulheres.

-stou tão contente de que não me desreze. ?Mas algo que aconteciadetrás de #iola chamou sua aten*ão' e soltou um chiado de horror?. 5H'#iola' olhe onde está seu chaéuE

-la se voltou e viu que a brisa da rimavera estava fazendo voar seuchaéu ela grama. 9evolveu ao Bicholas a sua mãe e correu atrás dele.Tinha que alcan*á,lo em umas quantas )ardas e' finalmente' Cde agarrá,lo

ela cinta )usto antes de que o vento voltasse a levar,lhe fora de seualcance.sentou,se de novo )unto ao 9ahne quase sem fClego.

Page 78: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 78/164

?K melhor que lhe onha isso ?lhe aconselhou sua cunhada elevando aoBicholas enquanto ela se sentava.

?Bão ?disse colocando o chaéu em seu rega*o e envolvendo as cintasem seu unho?. $om este vento teria que me haver osto alfinete' mas éque me roduz dor de cabe*a.

?5deia os chaéus' semre lhe está tirando isso ?>no de losensamientos está roto. ?9ahne se cambi/ a Bicholas de brazo " seagach/ ara tocar el borde dentado de uno de los ensamientos +rura "amarillo que adornaban su sombrero?. Bo creo que se ueda arreglar.

I!embran*a que semre te tirava o chaéu e o fazia girar no ar'rendo.J

-la o tinha esquecido' e também montar a cavalo elas colinas )unto ao(ohn. Tinha esquecido tantas coisas' a geléia de amoras' a forma em queestava acostumado a bei)á,la no esco*o' como a encurralava elas esquinase os bei)os roubados' como a fazia rir. 5 quente dese)o de seus olhos equanto dano odia chegar a lhe fazer.

?>m dos ensamentos está quebrado. ?9ahne se trocou ao Bicholasde bra*o e se agachou ara tocar o bordo denteado de um dos ensamentos+rura e amarelo que adornavam seu chaéu?. Bão acredito que se ossaarrumar.

#iola contemlou o ramo de ensamentos de seda. #ioletas' a flor deseu r/rio nome tinha,as levado em seu ramo de noiva.

?Há coisas que nunca se odem arrumar ?murmurou.?8ossivelmente ossamos ir amanhã de comras. 8oderAamos ir ao

<ellPS.5s dedos de #iola se curvaram sobre a cinta de seu chaéu.

? lo)a de tecidosG?ouvi que têm uns veludos muito delicados' eu gostaria de vê,los. imagem daquela bela mulher com o chaéu vermelho' rendo,se sobre

os cilindros de veludo' assou como uma e&ala*ão or sua mente.?Bão são tão bons.?-ntão' viu,osG?Hammond e eu estivemos no <ellPs esta tarde. ?Fez uma ausa?.

!ad" 9ar:in estava ali' or isso brigamos' foi seu amante faz quatro anos.?gora )á não tem amantes. ;omeu com a -mma ;a:lins e ouvi que ela

artiu a Fran*a.?Bão imorta' 9ahne' encontrará a outra' semre o faz. - então

terei que vê,la e ouvir como murmura a gente' igual a com todas as demais.?#iola Cde sentir o olhar grave do 9ahne abatendo,se sobre ela esusirou?. Bão deveria me haver doAdo ver lad" 9ar:in no <ellPs' mas assimfoi. Seu olhar' esteve aai&onada or ele' sei. - sei que ela ertence aoassado' mas ainda d/i' 9ahne. 9/i todo o temo' com todas as mulheres' eele esera que comecemos a viver )untos como se nada tivesse assado.

9ahne guardou silêncio durante comrido momento' acariciando ascostas do Bicholas e olhando com ensoaci/n ao céu através de seus /culosde arreios dourada. 8assado um momento' voltou a olhar a #iola e lhe fezuma ergunta absolutamente ineserada.

?caso seria tão terrAvel viver de novo com o HammondG#iola olhou assombrada a sua cunhada.?deois de tudo o que tem feito' como ode me erguntar issoG

Page 79: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 79/164

?Sei tudo sobre lad" 9ar:in' -mma ;a:lins e todas as demaismulheres' mas não seria ossAvel que o dei&asse atrásG' acaso não oderiavoltar a come*ar de novoG' um novo come*oG

Bão queria um novo come*o' não queria ao (ohn' ele não merecia suador.

?Bão se ode voltar a come*ar com um homem que é um mentiroso eum canalha ?disse' tratando de voltar a endurecer seu cora*ão?. deurovas suficientes de que não merece minha confian*a.

? confian*a leva seu temo' algo do que ambos disõem ouco'aarentemente' aesar de ter casados quase nove anos. 8ossivelmente o querecisam é temo ara encontrar um terreno comum e arender a viveramigavelmente.

#iola se recostou no banco' sentindo,se ofendida e ficando 6 defensiva.8artiu o ensamento quebrado e o searou do ramo.

?Hammond e eu não temos nenhum terreno comum e nunca vivemosamigavelmente' inclusive quando ainda tinha aquelas idéias rom%nticas nacabe*a. <rigávamos todo o temo.

I3uando não estávamos fazendo o amor.JFez um n/ com a flor de seda em sua mão enluvada' ensado naqueles

dias tormentosos em que seu marido e ela viviam )untos' as lutasaai&onadas e as reconcilia*ões igualmente aai&onadas. Bão queria voltar abrigar com o Hammond' mas tamouco dese)ava reconciliar,se com ele e' emrealidade' não queria falar dele.

-ntretanto' 9ahne arecia determinada a ter uma conversa*ão sobreesse tema.

?mbos são adultos' mais sábios que então. K que não há maneira de

que arendam a estar )untosG?K que isso é um matrimCnioG ?erguntou olhando a sua cunhada?'simlesmente estar )untosG

5s olhos violetas do 9ahne tinham um olhar grave detrás os /culos.?$ria,o ou não' é assim a maioria do temo. Bão resulta muito

rom%ntico' que digamos' mas é a verdade.-star )unto ao Hammond não s/ soava ouco rom%ntico' mas também

também imossAvel.?#ocê está felizmente casada' não ode entendê,lo.?-ntendo seu orgulho' e tem boas razões ara não confiar nele deois

do que tem feito. Mas os homens também têm orgulho' bastante' além disso'

e suseito que Hammond suera nisso 6 maioria. Sem d+vida' não vai meterse o cora*ão na manga.?-le não tem cora*ão.?-u acredito que sim' mas o oculta bem. 9e fato' (ohn é muito

arecido a mim.?3ue toliceE?K certo' você é muito diferente de mim' #iola' é muito aberta e

confia em qualquer essoa que conhece' até que lhe dão razões ara nãofazê,lo. -ntão ode ser' e erdoa que lhe diga isso' tão gélida como uminverno escocês.

Lsso lhe doeu' soava 6 descri*ão que (ohn fazia dela. ssim contra,atacou4?-stá dizendo que sou rancorosa uma esécie de reina de geloG

Page 80: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 80/164

?9igo que suas ai&ões são muito fortes e duram muito. #ê as coisasem términos muito duros' branco ou negro' bom ou mau' bem ou mau' amigoou inimigo. Bão todos são como você' querida' eu ao menos não' e tenho aimressão de que o visconde tamouco. mbos somos mais moderados quevocê' mais temerados' temos tanto orgulho como você' mas' simlesmente'

e&ressamo,lo de forma distinta' normalmente escondendo o que sentimos.?Bão osso acreditar que te comare com ele' você não é como ele'você nunca mentiria' nem )ogaria com o afeto' nunca seria infiel 6s essoasque lhe amam. Se fizesse algo mal e ferisse outras essoas' reconheceria,oe tentaria arrumá,lo. $onhe*o o Hammond melhor que você e não sei o que éo que está dizendo.

9ahne osou uma mão sobre seu ombro.?mou,o uma vez' e sei quanto. dor lhe ardia no eito e fez uma careta.?credito que isso sabem todos' or isso é muito mais mortificante

ter feito o arvo' ou nãoG5 bebê se estirou em bra*os de sua mãe e 9ahne lhe acariciou as

costas.?9eve ser duro ara um homem ?disse' ensativa? ser desrezado

or uma mulher que uma vez o amou e o adorou' e contemlar como lhe dá ascostas' )oga,o de sua cama. ?encontrou,se com o olhar de #iola or cima dacabe*a do bebê dormido suas bochechas se ruborizaram?. 5 asecto fAsicodas coisas é muito imortante ara um homem' #iola. Lnclusive maisimortante que ara n/s' ensei que )á sabia.

-la não odia acreditar o que estava ouvindo.?-stá,te ondo de arte do HammondG

?Bão me estou ondo de sua arte. S/ tento vê,lo desde seu onto devista.3ue a melhor amiga que tinha no mundo ficasse de arte do Hammond

era muito ara odê,lo agDentar.?-le não tem )ustifica*ão alguma. -ra um canalha cazafortunas'

mentiu,me' corte)ou,me' esteve com uma mulher atrás de outra e asociedade me cula de tudo.

?Bão de tudo. sociedade também o condena a ele. (á ouvi que muitagente considera o Hammond ouco homem or não te arrastar até a cama ete obrigar a lhe dar um herdeiro faz temo. 3ue questionem suamasculinidade deve ser muito duro ara um homem. Hammond atua como se

não lhe imortasse o que outros dizem dele' mas imagino que encobre seussentimentos desse modo.#iola se esfregou o flanco do esco*o com irrita*ão' ensando nesses

momentos aai&onados elo museu.?Bão sei or que alguém oderia questionar sua masculinidade com

todas as mulheres que teve' não necessita mais rovas.?caso é tão difAcil imaginar or que se foi com todas essas mulheresGI8egg" e eu nos consolamos mutuamente' e me acredite' ambos

necessitávamos consolo.J?-stá sendo cruel' 9ahne' cruel ao dizer que é minha culaE

?-u não hei dito nada disso ?resondeu sua cunhada com suaacostumada equanimidade?. Simlesmente' estou eseculando o que é o queum homem como Hammond oderia ter ensado ou sentido nos +ltimos oito

Page 81: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 81/164

anos. Bão o conhe*o bem e ode que este)a comletamente equivocadasobre seu caráter. nthon" diria que' desde seu onto de vista' terei queendurá,lo' )ogá,lo e arti,lo em eda*os or fazer machuco a sua irmã equena. Seu irmão bei)a o chão or onde você isa' sabe.

?nthon" odeia ao Hammond orque )ulga muito bem o caráter das

essoas' melhor que eu' obviamente.?SeriamenteG ?9ahne sorriu?. #ocê é a +nica que' ao ver umamulher insAida' tAmida' com escassas rela*ões e inteligência' ensou queseria muito melhor algema ara seu irmão que lad" Sarah Monforth.nthon" não me via com muito bons olhos' recorda,oG

?Bão me custou muito convencê,lo e' além disso' eu tinha razão quantoa ti.

?Se teve razão comigo' então talvez é melhor )uiz do que crie.ai&onou,te elo Hammond e não osso acreditar que fosse tola. -le deviater algumas qualidades boas e deveu as ver em seu caráter' ou do contrárionunca te teria aai&onado or ele em rimeiro lugar.

?ai&onei,me quando não sabia nada de seu caráter. ?#iola seinclinou com imaciência?. lém disso' isso agora não imorta. (á não estouaai&onada or ele' esse amor se foi e' uma vez se artiu' )á não ode fazerque retorne.

?Sim se ode' eu me aai&onei elo nthon" duas vezes.?9ahne' dei&a,o' eu não quero me aai&onar elo Hammond nunca

mais' não queroE voz alta desertou ao bebê' que se estirou e come*ou a chorar.#iola sentiu o est+ido dese)o de fazer o mesmo.?Toda esta conversa*ão sobre o amor carece de sentido ?disse em

tom mais moderado.?- o que tem que os outros ro/sitos do matrimCnioG ?erguntou9ahne enquanto embalava ao bebê e tratava de voltar a dormi,lo?. 5 quetem que os meninos' #iolaG caso não quer ter filhosG

-ssa ergunta foi como se lhe cravassem uma faca. Fazia )á muitotemo que se resignou a não ter filhos r/rios e tinha chegado a aceitá,lo.

? sociedade me cula orque Hammond não tem um herdeiro' vocêtambémG

?-u não culo a ninguém' querida. Simlesmente te erguntei se querter filhos.

?K obvio que simE ?gritou' surreendendo,se a si mesmo?. Semre os

quis ter' toda minha vida soube o que queria. -stava acostumado a sonharcom isso' um marido maravilhoso ao que amar e que me amasse' e toda umatroa de meninos. 3uando me casei com o (ohn' ensei que esse sonho sefeito realidade. ?Susirou e seus olhos se umedeceram?. Mas isso foiorque era uma menina rom%ntica e est+idaE

?Bão há nada de est+ido em querer um marido e uns filhos aos queamar. (á tem marido e ele também quer ter filhos. #iola' araste,te aensar que oderia ser sua segunda oortunidade ara conseguir que seussonhos se fa*am realidadeG

?$om o HammondG Bão' 9ahne' não. Lnclusive embora alguma vez

ha)a sentido algum tio de afeto renovado or esse homem' o qual éaltamente duvidoso' que diferen*a haveriaG -le não me ama' nunca me amoue nunca o fará' e eu )á não o amo e nunca o farei. Lsso é tudo.

Page 82: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 82/164

? Se você o disser?Sim' digo,o. lém disso' embora o amor não tenha nada que ver'

embora o matrimCnio se)a estar )untos' Hammond e eu estamos condenadoss/ or isso. Bão falemos mais do assunto.

Ora*as a 9eus' 9ahne dei&ou o tema' mas em sua mente' #iola não

odia dei&ar de ensar nisso. Hammond e ela nunca tinham sido caazes deestar )untos' simlesmente. 8ossivelmente fora orque ele ainda o faziasentir essa moleza nos )oelhos quando lhe bei)ava o esco*o ou lhe tocava abochecha' ou orque' quando lhe dava a mão' lhe agarrava o bra*o inteiro.Se ela se ermitia acreditar em seu sorriso e sua risada' e nesse olharamável em seus olhos' voltaria a dececioná,la. Se lhe ermitia entrar emseu leito' correria o risco de voltar a aai&onar,se or ele. Todo isso' tãosomente a levava a uma conclusão4 de novo' a seu cora*ão quebrado.

#iola olhou os ensamentos de seu chaéu. 5s votos de matrimCnio nãosignificavam nada ara ele. Se lhe dava o que queria' (ohn ao final adei&aria' ela sabia que a dese)ava nesses momentos' mas também sabia queamor e dese)o não são a mesma coisa. Hammond tinha dese)ado a muitasmulheres' ela tão somente era uma entre muitas.

9ei&ou a cinta e abriu a mão. 5 eda*o de tecido +rura e amareloflutuou com a brisa da rimavera. 3uando o dese)o de um homem não iaacomanhado de amor' era como o vento' carecia de subst%ncia' eraimossAvel de sustentar ela faria bem recordando,o.

Capítulo 10 

5 som das esadas e os assos dos homens eram os ruAdos que (ohn

ouvia quando entrava no ngleoPS. 3uando come*ou a raticar esgrima'nenhum homem que merecesse tal aelativo odia igualar sua destreza como florete no ngleoPS.

9"lan Moore )á estava ali quando chegou. mbos raticavam )untosquase diariamente' mas fazia temo que não o faziam. (ohn tinha estadomuito reocuado tratando de conquistar a sua mulher ara oder ensarem algo mais.

Tinha assado uma semana inteira desde que viram lad" 9ar:in no<ellPS. /s' tinha tentado falar com #iola várias vezes' mas ela se negou avê,lo. -sse dia' a trégua de três semanas se acabou' mas quando tinha idorecolher a' encontrou,se com que sua bagagem ainda não arecia. >ma vez

mais' ela se negou a vê,lo e seu condenado irmano lhe disse que artisse. menos que queria for*ar as coisas or meios legais' #iola e ele seencontravam em onto morto. Bão sabia bem o que fazer' sentia,se comouma bule fervendo com a tama aberta. deois de artir do OrosvenorSquare aquela tarde' tinha enviado uma nota ao 9"lan ara encontrar,se nongleoPs ara raticar esgrima' ois havia meio doido fundo e' se não sedesafogava um ouco' ia e&lorar.

Seu amigo o contemlou enquanto entrava na sala de esgrima. (ávestido e disosto a come*ar' 9"lan blandi/ o florete no ar.

?;ogou,me que nos vAssemos e ainda or cima chega tarde.

(ohn não lhe disse que era orque estava fora de si' nem orque estavareocuado' frustrado' zangado e' o ior de tudo' deseserado.

Page 83: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 83/164

$ontemlou ao 9"lan enquanto se tirava o casaco' o colete e a gravata eos dava ao mo*o que ermanecia de é ante a orta. 5 servente artiu dasala e (ohn agarrou seu florete favorito do armeiro que endurava daarede.

?K melhor que vigie seus assos esta tarde ?lhe alertou?' não estou

de bom humor' e retendo acabar contigo. ?<landi/ a folha no ar?. smulheres são o demCnio.?8roblemas matrimoniaisG ?erguntou Moore olhando,o com simatia.?Bão imagina nem a metade.5s dois homens se olharam' ficaram em osi*ão' cruzaram as esadas e

come*aram. (ohn atacou rimeiro e os floretes de ambos chocaram' o ecoretumbou or toda a sala.

?5s rumores correm or toda a cidade ?disse Moore' esquivando aaosta?. ouvi que lorde e lad" Hammond ossivelmente este)amreconciliando,se' ou ode que não.

?;econciliando,seG ?(ohn retrocedeu e arremeteu imediatamenteduas vezes mais' for*ando a que seu oonente se retirasse uns quantosassos ante sua esada?. 5 duvido' necessita,se a duas essoas ara iniciaruma reconcilia*ão.

>ma vez mais' Moore conseguiu esquivá,lo' mas ambos estavamigualados e logo foi (ohn o que teve que tornar,se ara trás. o cabo de unsmomentos' lantaram,se no centro da sala.

?Sentados )untos no $ovent Oarden ?come*ou a listar Mooreenquanto giravam em cArculos aontando,se com a arma?' icnics e asseiosem carro ?Cs,se a rir?' bei)ando a sua mulher no H"de 8ar=' HammondG!evando,a aos museus' de lo)as a comrar traos )untos isso soa a

reconcilia*ão.?Foi mas bem uma trégua temorária entre o clamor da batalha. >mconcerto e&celente o do $ovent Oarden ?disse tratando de desviar aconversa*ão?' uma sinfonia brilhante' o melhor que tem escrito em anos.

?5brigado. ?Moore atacou' (ohn o esquivou e os dois floreteschocaram entre si?. ouvi que lad" 9ar:in também foi 6s comras a semanaassada. 9evo ensar que a trégua terminou e a batalha se avivouG

9everia ter sabido que Moore não ia dei&ar acontecer o tema adoravain*ar nas feridas de seus amigos.

?caso meu matrimCnio é teu assuntoG ?inquiriu Hammond enquantoambos come*avam a avan*ar em cArculos' olhando,se fi&amente' eserando a

que o outro fizesse o seguinte movimento.?Bão ?Moore fez uma amea*a de ataque?' acaso não ode domá,la'suavizá,la e conseguir que volte com um bei)o ou dois' néG

(ohn se negava a que o rovocassem.?arentemente não ?resondeu.?Mandou,te ao inferno' nãoG ?Moore sabia o suficiente das mulheres

como ara que não fora necessário resonder' e ele tamouco eseravanenhuma resosta?. 3uando decidiu que recisava ter um filho e tearo&imou com essa idéia' o que ensava que ia acontecerG' acreditava queela veria a necessidade do terG' que o entenderia e cumriria com seu

deverG?te cale.Moore come*ou a rir arecia estar acontecendo,lhe em grande.

Page 84: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 84/164

?5u ossivelmente ensante que sua mulher oderia retornar a seuleito deois de umas quantas semanas de corte)o' simlesmente orque é umamante legendárioG

s brincadeiras do Moore sobre os males de #iola conseguiram tirar o(ohn mais ainda de suas casinhas.

?Bão tenho esosa ?disse atacando rimeiro. Seu oonente ficou emguarda e ambos voltaram a fazer uma ausa' com as esadas ara bai&o' asbonecas cruzadas?. Bão tive esosa durante oito malditos anos e meio.

?BãoG -ntão' quem é essa adorável mulher loira que se faz chamarlad" HammondG ?Moore emurrou com sua boneca' for*ando os floretes emum arco ara o teto' deois esquivou ao (ohn' dando meia volta araintercambiar suas osi*ões' e investiu com sua arma.

nteciando,se ao movimento' (ohn o esquivou a ambos os ladosevitando,o. 9eu uns assos ao redor de seu oonente e' enquanto Moore segirava' Cde tocá,lo. 8lantou a onta de seu florete na arte esquerda doeito de seu amigo.

?Meio doido ?disse dando meia volta e retrocedendo uns assos.?Sabe a que me refiro ?continuou Moore enquanto seguia ao (ohn ao

centro da habita*ão e retomavam o combate?. 8equena' resolvida' olhos cormel' uma bonita boca. credito recordar que te casou com uma mulher maisou menos desse asecto faz uns nove anos.

?9uas essoas que vivem em casas searadas e dormem em camassearadas não são um matrimCnio ?disse atacando e derrubando o floretedo Moore com o seu?' é uma brincadeira ?acrescentou' arremetendo denovo? foi uma brincadeira quase desde o come*o e todo mundo sabe.

5s a*os chocaram enquanto Moore atacava e esquivava as aostas.

3uando deu meia volta' ambos se detiveram uns assos ara trás'resirando fundo' com os fios em equilAbrio.Moore o olhou aos olhos.?>ma brincadeira' HammondG Bão ve)o que este)a te renda. 8arece

que a brincadeira lhe este)am gastando isso a ti.(ohn não resondeu' insinuou com a esquerda e atacou ela direita'

ensando em voltar a tocar a seu cometidor no eito' mas Moore não eratolo. -squivou o movimento e o fio do (ohn se chocou contra a arede. antesde que udesse recuerar,se' seu cometidor salto ara ele e' esta vez foi(ohn o que se encontrou contra as ranchas.

?Meio doido ?disse Moore?' não está concentrado.

?h' simG Fui eu quem te tocou faz uns minutos.5s dois homens retrocederam' cruzaram os floretes e come*aram denovo. Mantiveram silêncio durante vários minutos' tão somente se ouvia osom do choque das esadas' mas assou ouco temo antes de que Moorecome*ará a contra,atacar de novo.

?Tenho uma sugestão que te fazer ?disse enquanto arremetia contraele e errava?' a)udará,te a fazer as azes com sua mulher.

?Tem casado durante' quantoG' uns sete mesesG ?relicou (ohnenquanto se secava o suor da têmora com a mão que tinha livre. gora eraseu turno ara burlar,se e disse' rendo?4 -sera ao menos uns anos e

deois oderá me dar alguns conselhos sobre o matrimCnio.?9igo,o a sério' Hammond ?deu uns assos ara trás e aontou comseu florete ara o teto ara arar o combate?. me -scute' or favor. Sabe

Page 85: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 85/164

que não estou acostumado a interferir nos assuntos de meus amigos' mastenho uma sugestão que te fazer. 8ode que você não goste' masossivelmente te a)ude a que as coisas vão melhor.

(ohn notou que a voz do Moore era sincera e isso desertou suacuriosidade.

?3ue sugestão é essaG?lhe diga a #iola que quer que se)am amigos.Lsso era absurdo' e o demonstrou sorando com ironia.?8ensei que foste falar a sério' #iola e eu amigosG 3ue idéiaE?9igo,o a sério' te fa*a amigo dele.?8obrecillo ?disse com uma risada sarcástica?' onde estiveste os

+ltimos oito anos e meioG #iola me odeia' assim está louco se ensar queoderAamos ser amigos alguma vez. Bos nove anos que faz que nosconhecemos' ela e eu fomos muitas coisas' mas nunca amigos.

?-ntão' com mais razão deveria tentá,lo. lém disso' me funcionou.Orace e eu fomos amigos antes de nos converter em amantes.

?-la era seu amante.?9eois se converteu em meu amiga.?Se isso for assim' foi a teu esar. $onhe*o,te Moore' e teve que ser

idéia do Orace.?Foi' e admito que eu não gostava' mas ao final foi o melhor que Cde

me acontecer.?Foram noivos' #iola e eu )á estamos casados' é algo totalmente

diferente. ?Fez um gesto de imaciência com seu florete?. #enha'voltemos ara combate.

?or que é diferenteG gora sou um homem casado e não ve)o a

diferen*a. Orace e eu seguimos sendo amigos.?Orace e você não brigam como o cão e o gato' ela não te desreza. ?(ohn ficou em guarda e avan*ou com seu florete?. vamos lutar ou a falarG

?#iola oderia voltar a aai&onar,se or ti' disso tem medo' nãoG ?Moore imitou a ostura do (ohn e elevou seu florete ara deter o outro?.5u ossivelmente tenha medo de te aai&onar você dela.

-ssas alavras fizeram que algo saltasse no interior do (ohn.?mor' amor' amor ?gritou dei&ando sair' or fim' todas suas

emo*ões?' essa alavra me adoece a morrer.tacou com f+ria e raidez com seu florete' utilizando toda sua

técnica ara abandonar ao Moore contra a arede. 8ensava quantas vezes

lhe tinha arro)ado #iola seu amor 6 cara' como tinha qualificado suaconfusão com o 8egg" 9ar:in como se fora amor' e se sentiu selvagem eressentido' derrubou toda sua frustra*ão em seu oonente' arremeteucontra ele até que' finalmente' conseguiu chegar a seu onto vulnerável elantar o florete contra o ventre do Moore.

?Meio doido.5 outro homem o olhou' claramente assombrado or sua veemência.?credito que erdi os nervos.(ohn resirou fundo' retrocedeu uns assos e bai&ou o florete. 9eu

meia volta.

?mor' a gente diz essa alavra todo o temo' sobre tudo as mulherese' o que significaG 3uando a maioria emregam a alavra' significa simles e

Page 86: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 86/164

comum lu&+ria ou cegueira idealista' 6s vezes ambas as coisas' isso acaso éamorG

?Se não saber a resosta' eu não osso resonder a essa ergunta orti ?resondeu Moore seguindo,o ao centro da sala?. -u sim a encontrei.

?$omoG ?erguntou (ohn enfrentando,se a ele?' como a

encontrasteG - quandoG' como sabe que era realG $uido disara suasflechas' os an)os cantam e' )á sabeG K issoG?$omo ode falar do amor com esse desdém. Bunca me tinha dado

conta de quão rofundo é seu cinismo' Hammond' você é muito mais cAnicocom o amor do que eu tenha odido sê,lo nunca' se é que isso é ossAvel.

?Bão sou cAnico com o amor' simlesmente sou dereciativo' isso.I-m realidade' não sei o que é o amor.J-ssa realidade o dei&ou gelado contemlou a seu amigo' olhando,o

como se não estivesse ali. -m sua mente' viu sua mulher elevando um bebêno ar e rendo. #oltou a invadi,lo esse sentimento estranho e vazio' o vazioque o tinha estado erseguindo como um fantasma as +ltimas semanas. -ssevazio interior que semre tinha dei&ado de lado e encoberto' mas quesemre tinha estado ali' elo menos desde que ele tinha conhecimento.

?HammondG ?a voz do Moore interromeu seus ensamentos?' o quete assaG

?5 queG ?(ohn iscou' olhando a seu amigo e tentando ensar.?-stá aA arado' me olhando como se estivesse ido' encontra,te mauG?Bão ?resondeu obrigando,se a dizer algo?. 8ossivelmente sim' não

sei ?inclinou a cabe*a tratando de esclarecer sua mente?. 9ei&emo,lo orho)e.

IMas' em realidade' o que é o amorGJ

9ava voltas a essa questão enquanto ambos dei&avam a um lado seusfloretes' agarravam seus casacos e abandonavam a sala de esgrima. bela tarde de maio se converteu em uma noite nublada da rimavera.

-nquanto Moore e ele eseravam suas carruagens no atalho' fora dongleoPs' seu amigo voltou a falar todo esionagem de brincadeira tinhadesaarecido de sua voz.

?Hammond' ensa no que te hei dito. lhe sugira a #iola que odem seramigos.

?$omo te hei dito' ela nunca aceitará. 8rovavelmente rirá de mim.?o menos' lhe fa*a a sugestão. 8oderia lhes a)udar a estar melhor se

udesse convencer a de ser amigos.

(ohn dirigiu a seu amigo um olhar sarcástico' do meio lado.?>m homem e uma mulher que saem da cama odem voltar ara ela' éissoG

Moore riu.?Lsso deende do bom amigo que se)a' nãoGesar de seu humor negro' a conversa*ão sarcástica do Moore era

contagiosa' e (ohn não Cde mais que rir enquanto a calesa de seu amigo sedetinha frente a ngleoPs' com a caota coberta de água de chuva.

?;ealmente é um demCnio' sabeG?K obvio ?relicou Moore enquanto subia a sua carruagem?' ode que

este)a casado' mas ainda tenho uma reuta*ão que manter. ?Sua carruagemarrancou e dei&ou ao (ohn de é' no atalho.

Page 87: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 87/164

9"lan se recostou no assento' Sorrindo ara si de fato' era umdemCnio. Sabia muito bem o que sentia Hammond naqueles momentos' e iaser ior. 5 visconde estava o suficientemente deseserado ara tentarmanter uma amizade com #iola. 8obrecillo' a amizade com uma mulher que

quer levar a seu leito de forma tão se deseserada ode chegar a ser uminferno na terra.Bão obstante' normalmente terá que acontecer o inferno ara chegar

ao céu. o final' Hammond oderia conseguir o filho que tanto dese)ava e'mais imortante ainda' oderia recuerar o amor de sua mulher. 9"lan sabiaque o valor disso era incalculável.

Oostava de Hammond' sentia um grande afeto or #iola' e eserava queaceitasse sua sugestão de cora*ão. 8oderiam encontrar,se felizmentecasados ara variar.

-sse ensamento o fez sorrir' 9"lan Moore desemenhando o ael decelestina' quem o tivesse ensadoG quase não odia eserar a chegar a casaara contar,lhe ao Orace.

idéia de amizade não era o que (ohn tinha em mente enquantoaguardava sua carruagem. 8ensava no amor. 5 que era o amorG 5s oetasescreviam sobre isso' as essoas como Moore faziam m+sica disso' todomundo se aai&onava constantemente' falavam disso ou sofriam or isso'mas o que era em realidadeG

8ensava no Moore. 9e todos os homens deste mundo' teria famoso ao9"lan como o +nico que )amais se casaria e' entretanto' tinha,o feito' casou,

se com seu amante. (ohn não odia averiguar o que tinha Orace ara que ocráula mais famoso da Lnglaterra se aai&onasse or ela dessa maneira.-ra uma mulher bela' sem d+vida' amável e adorável' mas Moore estava loucoor ela' tão louco de amor que sua intensidade chegava a assustar.

carruagem do (ohn entrou na curva' come*ou a tomá,la mas' dereente' deteve,se e' em um imulso' ele saltou do carro e decidiu ir a casaandando. Havia um comrido trecho' mas gostava de caminhar. noite erafria e o contato do ar com sua ele lhe sentava bem. Semre oderiaagarrar um carro de aluguel se come*ava a chover.

Havia vários tios de amor' suunha. 5 ensamento de sua irmã @atelhe trou&e lembran*as de sua inf%ncia' vagas lembran*as de seus abra*os e

suas risadas e o terrAvel vazio que ficou em seu interior quando ela morreu.Tinha amado a sua irmã' e sabia erfeitamente quanto.8ensou no 8erc" e em $onstance' amigos elos que semre se

reocuou' e que semre se reocuaram or ele' amigos cu)o afeto econfian*a estavam fora de toda d+vida. Tinha assado muito temo semensar no 8erc" orque' quando o fazia' doAa,lhe como uma ferida aberta.9oAa,lhe orque tinha querido a sua rimo como a um irmão' também tinhaquerido ao $onnie' com um afeto e um reseito que sentia or muito oucasessoas' mas tinha estado alguma vez aai&onado or elaG 8ensou nasalavras que lhe tinha dirigido no funeral do 8erc"' e sabia que a resosta

era não. 3uando se casou com sua rimo em vez de com ele' esteve sete diasbebendo' vários meses erambulando or aA' e conseguiu terminar com

Page 88: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 88/164

aquilo. Se tivesse sido amor real' amor verdadeiro' teria se recuerado tãofacilmente desse modoG $ertamente não.

-m frente dele' o atalho desembocava em uma amla avenida' e essavisão o tirou de seu ensimismamiento. Fez um alto e se deu conta de que seequivocou de caminho. 9everia ter girado ao este' elo <roo= Street' mas

tinha ido ao oeste' e agora contemlava as imonentes leva de ferro querodeavam o arque do Orosvenor Square.Maldita se)aE' é que ainda não tinha tido suficienteG Se ficava um ouco

de inteligência' devia ir,se imediatamente' ir,se longe' encontrar a umamulher que o acolhesse em seu leito.

Mas' em vez de dar meia volta' (ohn se aventurou ara a ra*a' até quese encontrou ante as ortas do arque. agarrou,se aos barrotes'contemlando' através da grade de ferro for)ado' o lugar onde sua mulhertinha estado )ogando com um bebê fazia )usto uma semana.

8ensou em seus ais' que nunca tinham sentido amor o um elo outro' ea ironia de que seu matrimCnio se truncou não lhe escaava. frieza que suamãe e seu ai se demonstravam o um ao outro era algo que recordava desdesua inf%ncia com claridade meridiana' e aesar de seus esfor*os naquelesnove anos ara não arecer,se com seu ai de nenhuma forma' (ohn tinhaconseguido que seu matrimCnio fora o mesmo simulacro falto de amor que oseu.

$ome*ou a chover' uma ligeira garoa que manchou seu casaco e molhousua camisa. gora' o ar era frio e sabia que era est+ido ficar ali. 9eviaretornar antes de que a garoa se convertesse em um aguaceiro e acabasseemaado.

9eu meia volta' mas em vez de artir' recostou,se na grade de ferro e

olhou 6 sala iluminada da casa dos Tremore. 5 fulgor de uma cabeleiradourada brilhou na )anela. -ra o cabelo de #iola.8ensou na mo*a que era nove anos atrás' a )ovem aberta' vulnerável e

aai&onada que o adorava de uma maneira que ela definia como amor. -le setinha erguntado então e se erguntava agora como odia alguém aai&onar,se em uma s/ noite' deois de dois bailes e um ouco de conversa*ão' semconhecer a outra essoa. Lsso não odia ser amor orque não era real. Bão otinha acreditado então e não acreditava agora.

Sabia desde o come*o que tinha oder sobre ela' mas até esse dia nãoo tinha entendido. $ontra os dese)os de seu irmão' sabendo que era um baleerdida' sabendo que era um irresonsável e conhecendo sua má reuta*ão

de selvagem' ela se tinha casado três meses deois de havê,lo conhecido'quando nenhuma mulher sensata o teria feito nunca. 8orque ela o amava.8ensou no 8erc" a)oelhado no barro' amea*ando com suicidarse se $onnienão se casava com ele' e tudo orque a amava.

(ohn se assou a mão elo cabelo molhado e se secou a chuva do rosto.5 que tinha o amor ara obter que as essoas erdessem o sentido comumG

8ermaneceu de é' no arque' durante comrido temo' sob a garoa e anévoa' contemlando as )anelas da casa do Tremore e sem encontrarresostas a suas interrogantes.

Capítulo 11

Page 89: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 89/164

#iola se deitou logo' nthon" e 9ahne tinham ido ao baile' mas elatinha dor de cabe*a e decidiu ficar em casa. Tomou um banho quente'bebeu,se uma ta*a de chá 6 hortelã e casca de salgueiro' ficou a camisola ese meteu na cama 6s nove em onto. Mas' embora o chá lhe limou a cabe*a'dormir era mais difAcil. costumada 6s horas tardias da temorada' não

odia conciliar o sonho. deois de uma hora de dar voltas' levantou,se ebai&ou a escada em busca do 3uimbl". 9isse,lhe ao mordomo que estaria nabiblioteca' ediu,lhe que lhe levasse uma ta*a de chá' sem mais' e que logose retirasse.

dirigiu,se 6 biblioteca' acomanhada de um servente que acendeu ofogo' ois o ambiente era frio e +mido. >ma vez cumrida sua tarefa' ohomem artiu e #iola agarrou um livro de uma das estanterAas. Se afundouem uma esquina do canaé com a idéia de ler até ficar dormida.

Mas não arecia que o sonho fora a dominá,la. 5 vaor de seu chá nemsequer se condensou' e tão somente ia ela segunda ágina da novela do9umas quando uma voz a interromeu.

?5lá' #iola.Surreendida' olhou ao (ohn' que estava na soleira da orta' soltou o

livro fechado e deu um coice.?5 que faz aquiG?-ntrando em calor e me secando ?disse aoiando um ombro na

soleira' enquanto ela o contemlava' dando,se conta de que arecia umdesastre.

Bão ia em tra)e de tarde' ainda estava vestido de amanhã' iadesenteado e emaado ela garoa. Seu cabelo se frisou na nuca comosemre o fazia quando o temo estava +mido' e sua camisa estava emaada.

Bem sequer ia barbeado' a sombra de barba em seu rosto era algo que faziaanos que não via' elo menos desde aqueles dias em que tinham dormido )untos e ela se levantava todas as manhãs com a ardência de sua barba emseus ombros.

Tinha estado toda a semana evitando,o e agora' )usto no momento emque tinha bai&ado o guarda' aA estava. -la sabia que devia lhe dizer que sefora mas' entretanto' ficou ali' olhando,o' recordando a ardência da barbasobre seu ombro detrás bei)á,la ao desertar.

8ode que ele tivesse ido entrar em calor' mas era ela quem estavacome*ando a acalorar,se' e não tinha nada que ver com o fogo da chaminé.aartou,se uma mecha de cabelo que se escaou de seu recolhido e os dedos

de seus és nus se curvaram com a suavidade lu&uriosa do taete'erfeitamente consciente de seu asecto desarrumado.?3uimbl" teria que me haver anunciado sua chegada.?Bão tome com o 3uimbl"' é um mordomo e&celente tentou me dizer

que não estava em casa' mas soube que não era verdade e' osto que seuirmão não está aqui ara imedi,lo' aartei,o a um lado e subi a escada. Foifeio or minha arte' mas aqui estou.

?$omo soube que estava em casaG?8orque estive no arque as +ltimas duas horas' e te vi na salita' )usto

quando se estava fazendo de noite' antes de que as donzelas corressem as

cortinas.?9uas horasE ?#iola o olhou' assombrada?. Bo arqueG' com estetemoG 8ara queG

Page 90: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 90/164

?caso não o adivinhaG ?5lhou,a fi&amente da orta enquanto searo&imava da biblioteca' detendo,se certa dist%ncia de onde se achava ela?. Tentava me serenar ara oder vir e te dizer Ivamos arrumar oJ.

-le queria arrumá,lo' ela sabia o que isso significava mas' antes de queudesse dizer algo' fez,o ele.

?3uando brigávamos' dizia que não confiava em mim' e tinha toda arazão. -u s/ ?resirou rofundamente' dei&ando sair o ar com lentidão'como tentando ensar em quão r/&imo ia dizer?' tão somente queria verte.

?8ara isso viesteG?Sim ?e sorriu levemente?' sei que é uma tolice deois de ter

acontecido duas horas sob a chuva ensando nisso' mas come*ava a ter frio.5 calor come*ou a estender,se or todo seu coro como o mel quente'

e tratou de recordar que tão somente eram alavras. -le era caaz de dizeralgo e conseguir que arecesse uma verdade divina' como o tinha acreditadoalguma vezE -ntretanto' queria acreditá,lo' realmente queria fazê,lo.

5s segundos assavam lentamente' o rel/gio deu as dez e meia.?#ou ?disse' e deu meia volta?' ve)o que quer ir logo 6 cama.?Bão tem or que ir.5 que estava dizendoE Mas as alavras )á tinham saAdo de sua boca e

não odia voltar atrás' or isso tentou as matizar.?3uero dizer deveria entrar em rimeiro calor. Se não' ode agarrar

frio e isso isso não estaria bem. ?Sua voz se afogou.(ohn se voltou.?3uer que fiqueG-la olhou ao chão' consciente do que fazia.?Sim ?Ique 9eus me a)udeJ' ensou e' ao elevar o olhar' viu,o sorrir

?' mas s/ um momento ?disse' emendando,o de novo.Seu sorriso foi ainda mais amla' que miserávelEsentou,se no canaé.?credito que deverAamos falar de algumas costure.Seu sorriso se desvaneceu e roferiu um susiro' elevando seu olhar ao

teto.?meu deus' me a)ude. 8rimeiro de é sob a chuva' e deois temos

coisas de que falar. ?8roferiu um susiro e se tirou o casaco molhado?.Suonho que não serão coisas fáceis' como a olAtica irlandesa' or e&emlo'ou como acabar com a obreza no Lmério brit%nico' ou quais seriam asconseqDências de bloquear as leis do milho.

$omo odia dirigir a situa*ão' ele semre encontrava uma forma defazê,la sorrir. #iola se sentou no canaé e (ohn' deois de endurar seucasaco no resaldo de uma cadeira' )unto ao fogo' sentou,se a seu lado.

?9o que quer que falemosG ?erguntou.-la meditou um momento.?Bão sei ainda ?disse com uma risada que soava tão nervosa como

realmente se sentia?' cada vez que nos sentamos ou falamos' semre ensoo mesmo' tenho tantas coisas que dizer' mas agora me encontro um oucoerdida.

?-stávamos acostumados a falar de muitas coisas.

?- discutir.?$erto ?disse lhe dirigindo um olhar enetrante?' isso não trocou'suonho que )á te terá dado conta.

Page 91: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 91/164

?Sim' notei,o. ?Fez uma ausa e acrescentou?4 estivemos casadosdurante quase nove anos e' em realidade' não te conhe*o' (ohn. 9e algumaforma' não te entendo' e não acredito que alguma vez o tenha feito. 9urantenosso noivado' nos rimeiros dias de matrimCnio' semre abri a ti. $ontei,temuitas coisas de mim' de minha famAlia e do que eu gostava e ensava. Mas'

quando te erguntava sobre ti' como foi sua inf%ncia ou como se sentia' ou'não sei' algo essoal' semre fazia alguma iada ou trocava de tema.?-G?8ode que se)a meu marido' mas é um estranho ara mim. Sinto,me

como se devesse lhe Cr remedeio' mas não sei como. Se te erguntar algo'contará,me issoG

?Sobre minha inf%nciaG Foi um esadelo e' me acredite' )á te conteisuficiente' não quero ouvir mais e certamente não suorto falar disso. -mqualquer caso' não deverAamos falar de n/sG

?Se te erguntar algo sobre n/s e não dese)a falar disso' trocará detemaG

Manteve silêncio or um momento e logo disse4?Bão' não o farei. 8ergunta o que queira' disara. ?recostou,se no

sofá e voltou a cabe*a ara olhá,la?4 Mas' te reare' ois não osso teassegurar que você goste de minhas resostas' embora serão honestas. K )ustoG

o ter e&atamente o que queria' #iola meditou um momento'erguntando,se até onde oderia chegar com suas erguntas. !he havia ditoque odia erguntar algo' assim ia aroveitar a oortunidade.

?amaste a alguma de suas queridasG alguma delasG maste,mealguma vez' (ohnG

-la )á sabia a resosta' mas nunca lhe tinha ouvido admiti,lo' e agoraqueria ouvi,lo.?3uando me ediu que me casasse contigo' e me disse que me amava'

realmente o sentiaG?-u ?se assou uma mão elos olhos e e&alou um susiro' bai&ou a

mão e a olhou aos olhos?' não.A estava' a verdade nua e brutal. -le não tratou de e&licar suas a*ões

ou as )ustificar. -ra a resosta que ela eserava' uma confirma*ão do quetinha sabido durante oito anos. Mas agora ainda tinha o oder de lhe fazerdanifico. -ntretanto' era melhor uma verdade honesta e dolorosa que umamentira. (á tinha tido suficientes.

?caso ?relicou lhe fazer erguntas era muito mais duro do quetinha ensado. Tomou ar rofundamente e o tentou de novo?' tem algumfilho com alguma das mulheres com as que estivesteG

?Bão.?-stá seguroG?Sim' há formas de evitá,lo há coisas que odem usar os homens' não

semre funcionam' mas ?-le se recostou e se estirou a seu lado' incCmodo?. 9eus' #iola' não me e*a que fale sobre estas coisas contigo' não ossofazê,lo.

?Muita gente diz que o filho equeno do 8egg" 9ar:in é teu' embora

seu marido o tenha reconhecido.(ohn se aro&imou mais a ela.

Page 92: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 92/164

?Bão' #iola' não. 9isse,te que não era meu' )á sei que esse rumoresteve circulando durante anos' mas não é verdade.

?8orque essas essas coisas não semre funcionam.?- orque sei aritmética. 8egg" e eu romemos nossa rela*ão um ano

antes de que nascesse Nilliam e nenhum menino demora doze meses em sair

do ventre' nenhuma mulher me há dito nunca que tem meu filho.-mbora ela sabia que odia estar mentindo' acreditou,. 8referiuacreditá,lo e' com essa elei*ão' sentiu uma rofunda sensa*ão de alAvio.

?8osso te erguntar algoG ?disse ele' e fez uma ausa?. Me amava'or queG

Surreendida não s/ ela ergunta' mas também ela reentinaintensidade de sua voz' olhou,o fi&amente.

?or que te amavaG?Sim' or que' quero dizer' nem sequer me conhecia. Lnclusive ho)e em

dia' como há dito' não nos conhecemos e' entretanto' diz,me que me amava'isso é algo que encontro estranho' #iola. or que te aai&onou or mimG' deum tio como eu.

Franziu o cenho havia algo em seu rosto que lhe recordou a um meninona escola que eserasse uma e&lica*ão de um comle&o roblemamatemático. -serava uma resosta que tivesse sentido. -levou a mão emsinal de a)uda.

?meu deus' não sei' suonho que orque você o fazia tudo muito fácil.-m qualquer lugar que estivesse' o mundo era bom e maravilhoso' e eu erafeliz. 5 céu era mais azul e a erva mais verde. ?-la se recostou e olhouara outro lado?. Soa est+ido' sei' mas assim é como me sentia. Bão sei tedizer or que' mas te amava. ?Susirou rofundamente e o olhou?. Te

amava mais que a minha vida.-le elevou a mão ara acariciar seu rosto' estendendo a alma sobresua bochecha' os dedos enroscados em seu cabelo.

?Bunca quis te fazer danifico' #iola. meu deus' se não crie nada do quete digo' ao menos te acredite isto. 3uando nos casamos' tão somenteeserava estar contente ao fim e ao cabo' isso é o +nico que se odeeserar na vida. Mas não era suficiente ara ti. Sigo contenteG

-la se aartou.?Se alguma vez tivesse estado aai&onado' nunca teria que te fazer

essa ergunta.Surreendida or suas r/rias alavras' estudou,o da outra onta do

canaé' e os escassos metros que havia entre eles lhe areceramquilCmetros.?lguma vez estiveste aai&onadoG-le olhou ara outro lado.?Bão.8ossivelmente fora incaaz de amar a ninguém. -la não o disse' mas

essa conclusão nunca ronunciada ficou flutuando no ar. voltou,se'inclinando,se sobre o canaé' e olhou 6 frente.

?#ocê nunca estiveste aai&onado' nem de mim nem de nenhuma outramulher. -m realidade' tamouco está aai&onado or mim agora' assim me

dê uma boa razão ara que considere a idéia de voltar contigo. 5utra quenão se)a a de estar casados e não ter outra elei*ão orque nossa sociedadese rege segundo certas regras.

Page 93: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 93/164

?<em. ?$ome*ou a aro&imar,se dela' avan*ando ara seu lado docanaé?. 8orque te fa*o rir' orque' quando te bei)o' derrete,te e todoisso. Semre me gostou ?da rodeou com o bra*o' ignorando o coice dela?.8orque' quando te toco' tudo no mundo desaarece e s/ estamos n/s. 8orque'inclusive quando brigamos' a metade de minha mente tenta lembrar,se de

como te tirava a roua. -sta é a resosta mais honesta que osso te dar.#iola não ia cair na armadilha.?K obvio' nunca há sentido essas coisas com nenhuma outra mulher.?Bão é o mesmo.?or que é diferenteG8roferiu um som que bem odia ser uma risada.?8orque nenhuma outra mulher no mundo me faz sentir tão mal ara

querer me atirar de cabe*a ela )anela.?Bão é suficiente.?8orque é minha mulher' e eu sou seu marido. 8orque quero ter um

filho' #iola' e acredito que você também.?;efere a um herdeiro.?Bão' não refiro a isso. ?Mas deveu dar,se conta do ouco

convincente que resultava' dado que essa era a +nica razão que tinha aravoltar com ela' e tratou de emendar a resosta?. 3uero dizer' necessitoum herdeiro' sim mas também quero ter filhos' acaso o matrimCnio não éara issoG

?5 matrimCnio é um ato de amor ?reCs ela' enquanto certa aridez ainvadia ao falar.

?8ara mim e ara a maioria da gente que conhe*o. Mas não todo mundoconsidera o matrimCnio da forma que você o faz' #iola' não semre consiste

em amor' essa é uma das regras que governa nossas vidas.-le tinha razão nisso #iola ensou nas famAlias nobres que conhecia' enthon" e 9ahne eram uma e&ce*ão' ois na maioria dos casais de seusamigos' o matrimCnio não tinha sido or amor' mas sim era or comromissoe ara assegurar a heran*a. 9eois' viviam vistas searadas e se tinhamamantes de elei*ão r/ria. -la contemlou como o futuro assava ante seusolhos' um futuro que ensou que tinha esquivado ao casar,se com o (ohn' ode um matrimCnio sem amor.

-la oderia ter amantes' suCs' ara mitigar a miserável solidão' sequeria' mas não se imaginava que outro homem udesse tocá,la salvo (ohn.-ntretanto' algo lhe fez dizer4

?s regras também são ara n/s' suonho' quer dizer' eu oderia sercomo 8egg" 9ar:in e ter um amante' se quisesse.?Bão' não odeE ?s alavras saAram de sua boca com uma for*a

ineserada' como disaros na habita*ão.?Mas você sim ode de fato' )á as tiveste' é in)usto.?Bão' senhor ?disse' voltando,se com um olhar desafiante?. Meu

herdeiro' #iola' não o de outro homem' isso também forma arte das regras.?- deois o queG #ocê vai or seu caminho e eu elo meuG -ntão

oderá ter todas as amantes que queira' como antes. +nica diferen*a éque eu serei livre ara fazer o mesmo' assim é como funciona' (ohnG Se

voltar contigo' assim é como iráG?-sero que não.?Sem amor' do que outra forma oderia serG

Page 94: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 94/164

?9esde meu onto de vista' isso deende de ti. vais voltar a me )ogarde seu leitoG' orque se assim é' teria que me buscar uma amante' é assimde simles.

?3ue conveniente ara ti' que o futuro de nosso matrimCnio deendaor comleto de mim.

?-&ato.#iola deveria haver rido' mas aquela situa*ão não tinha nada dedivertida.

?Se for uma mulher fiel' você também me será fielG9esafiou,o e o mau humor sulcou seu rosto como uma sombra. -le se

cruzou de bra*os.?Benhum homem resonde a uma ergunta assim.?BãoG' or que nãoG?Se disser que sim' não me acreditaria. Se disser que não' erderia

qualquer oortunidade que tivesse de voltar ara seu leito. Se disser quenão sei' estou acabado or não te dar uma resosta definitiva. Bão imortao que diga' semre estará mau' sei.

?Lsto não é um )ogoE Bão se trata de ganhar ou erder. 5 que euquero ?se engasgou e tratou de emendar suas alavras? não' eu mere*o uma resosta honesta a minha ergunta. Se voltar contigo e sou uma esosafiel que te dá um filho' será você também um marido fielG

?Bão sei.-la bai&ou a cabe*a' olhando,o com incredulidade.?Bão sabeG 3ue tio de resosta é essaG?>ma resosta honesta' )á te disse que essa não era uma ergunta que

udesse resonder bem um homem' ois não imorta o que diga' nunca te

satisfará. 3ue se faria todo o ossAvel or ser um marido fielG 3ue se oconseguiriaG 9e novo' isso deende de ti. 8ode ser uma boa esosa aramimG 8ode ser uma comanheira afetuosa e amanteG 8osso confiar em quenão te sumirá em lágrimas e fechará a orta de seu dormit/rioG 8ossoconfiar em que te converterá em uma rainha de gelo desumana quando ascoisas não vão como você querG

Lsso lhe doeu' mordeu,se o lábio enquanto observava o ressentimentode seu rosto' um ressentimento dirigido a ela quando' em realidade' não omerecia.

?Lsso é muito cruel or sua arte.?#ocê queria a verdade.

?8or 9eusE ?e&clamou' ficando de é' verdadeiramente zangada?'fala,me como se não estivesse sendo razoável. caso não é razoável que umamulher esere que seu marido lhe se)a fielG

-le também se levantou.?- tamouco é razoável que um homem esere que sua mulher fa*a que

a fidelidade valha a enaG5 som de uns n/dulos na orta fechada interromeu qualquer resosta

que ela tivesse odido dar. mbos se voltaram e viram entrar no <ec=ham'levando ao Bicholas nos bra*os' com certo olhar de desgosto no rosto.

?me erdoe' senhora ?se aressou a lhe dizer a babá.

#iola se sentiu um tanto aliviada ela interru*ão. $ome*ava a entendera que se referia quando disse que não gostaria de uma resosta honesta asuas erguntas.

Page 95: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 95/164

?5 que ocorre' <ec=hamG?Sinto muito' senhora' mas estou rocurando o senhor 8oin.?5H' queridaE ?5lhou ao Bicholas?. 8oin se erdeuG?Temo,me que sim ?resondeu <ec=ham' sei que o menino esteve aqui

com sua e&celência ao rincAio da tarde' assim eserava que tivesse

dei&ado ao 8oin or aqui.#iola )ogou uma olhada 6 biblioteca.?Bão o ve)o.?3uem é o senhor 8oinG ?erguntou (ohn entre os solu*os do

menino.?Seu boneco favorito' milord ?e&licou a babá' e voltou a dirigir,se a

#iola?4 Bão sei como ude deitá,lo sem me dar conta de que se erdeu' masdeveu ser assim. dormiu sem ele' estava tão cansado. Mas algo desertou edeveu descobrir que o boneco não estava ali' orque come*ou a chorar comose se tornou louco. Bão acredito que volte a dormir sem ele.

#iola olhou ao bebê' que chorava como se se fora a acabar o mundo.?5 que acontece' Bic="G ?erguntou,lhe carinhosamente enquanto o

agarrava em bra*os. <ei)ou,lhe a carita +mida?' 8oin está )ogandoesconderi)o contigo outra vezG

Mas Bicholas não ia se consolar com uns quantos bei)os. $horou maisforte' e #iola olhou ao <ec=ham com resigna*ão.

?credito que teremos que encontrar o boneco.?Lsso arece' minha senhora#iola ia devolver o bebê 6 babá' mas a voz do (ohn a deteve.?8osso ?disse' tirando as mãos de detrás das costas e olhando ara

outro lado?' bom' não imorta.

#iola o observou' estudando seu erfil' não havia rastro deaborrecimento em sua cara' arecia grave e a desgosto' quaseenvergonhado. Bão recordava que (ohn se envergonhou nunca' e não Cdeconter sua curiosidade.

?5 que foste dizerG5bservou,o enquanto trocava o eso de uma erna a outra' mas ele não

a olhou' embora sim dirigiu um olhar de desconforto 6 babá antes decentrar sua aten*ão no bebê.

?S/ me erguntava se odia agarrá,lo ?sussurrou?' mas logo me davaconta de que areceria um ouco arvo.

?3uer agarrar ao BicholasG ?erguntou #iola assombrada' duvidando

se o tinha entendido bem?. 5s homens nunca querem agarrar aos bebês'esecialmente a aqueles que têm tanta for*a nos ulmões. ?Mas eleassentiu fugazmente e ela comreendeu que assim era.

?Bão é nenhuma tolice ?disse e se aro&imou mais a seu marido?.qui o tem.

5fereceu ao Bicholas' mas ele não o agarrou.?Bão sei como fazê,lo ?disse com certo %nico reentino.-la aro&imou de novo ao Bicholas a seu ombro ara lhe demonstrar

como fazê,lo.?ssim' vêG

-le assentiu e ela voltou a lhe dar o bebê. ro&imando,se mais a seumarido' C,lhe ao menino' que seguia chorando' nos bra*os.

Page 96: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 96/164

-le agarrou ao bebê com certo hesita*ão' indeciso. #iola logo que odiaacreditar,lhe 8rimeiro' desconcerto' deois' incerteza de todos os homensdo mundo' tinha que ser (ohn. 3ue estranha se tornou aquela noite. (ohnrecostou ao Bicholas em seu eito com seu culito descansando sobre obra*o' agarrando a cabecita com uma mão e sustentando,o e&atamente na

mesma osi*ão que ela o tinha feito.Besse momento' or alguma razão ine&licável que s/ conhecem osan)os' Bicholas dei&ou de chorar.

Bo meio do reentino silêncio' #iola contemlou a seu marido. 8areciaque sustentara um milagre em suas mãos' e ela sentiu que a terradesaarecia sob seus és. s discussões' as alavras in)ustas e suase&ectativas se dissolveram' e uma alegria aguda e dolorosa brotou de seueito. Bão odia mover,se e eserava que não fora $uido quem tivessearro)ado aquela flecha a seu cora*ão.

?9eus benza a todos ?murmurou <ec=ham?' tem mão com os bebês'meu senhor.

(ohn se tornou um ouco ara trás ara observar o rosto do bebê emseus bra*os.

?9iabos' agarrei,teE ?disse renda,se' como se se estivesse divertindo.5 bebê o olhou' e um ligeiro gesto de assombro se traslucAa em suas

sobrancelhas' como se não soubesse bem o que fazer em bra*os de umestranho. -ntão' com a carita ainda sulcada de lágrimas' sorriu e disse algoininteligAvel que soou sosechosamente como um gruidito de afeto.

(ohn acariciou com sua frente a do equeno.?Se a gente se inteira disto' não ararão de murmurar no clube.

Melhor será que fique entre n/s' comanheiro.

5 bebê gor)eou como resosta e #iola observou como elevava uma deseus manitas ara tocar a bochecha de seu marido. (ohn voltou a cabe*a esorou na alma do menino' fazendo,o rir (ohn arecia lhe gostar da oBicholas sem fazer nenhum esfor*o. Bem sequer os bebês eram imunes aseu encanto.

gasalhou ao menino e o assentou com mais seguran*a em seu bra*o'arecia muito mais cCmodo agora que uns momentos antes.

?3ue tio mais bonito é quando não choraE Tem os olhos de sua mãe'nenhum cora*ão feminino estará a salvo daqui a vinte anos.

5 bebê se estirou e Cs seu manita sobre o eito do (ohn' afundandoos deditos no esco*o frou&o de linho e a gravata de seda. Fez um som de

desesero e o olhou retorcendo,se.?Bão está interessado em ser o romecorazones do bairro' néG ?disse (ohn?' não osso te cular. s mulheres arecem ara que as vistasdos homens se convertam em um autêntico caos a mais mAnima oortunidade.K melhor que tenha as coisas claras o antes ossAvel.

?Lsso que diz é terrAvel ?rotestou #iola?' Bicholas' não o escute.?Bão o fará ?lhe disse (ohn?' ois os homens nunca têm as coisas

claras' seria como se as agulhas de uma b+ssola não assinalassem o norte4simlesmente é imossAvel.

5 bebê emurrou o eito do (ohn com ambas as mãos.

?8o ?disse?' o' o.?Sim' )á sei ?disse ele como se o entendesse erfeitamente?.5brigado or me recordar o assunto tão imortante que temos entre mãos.

Page 97: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 97/164

$ome*ou a caminhar or toda a salita' com o bebê em bra*os' fazendotodo um n+mero enquanto rocurava o senhor 8oin. -nquanto olhava noianoforte' sob as mesas' entre as cadeiras' continuava falando com seusobrinho com um tom eloqDente e mundano.

?5 ior de tudo' meu amigo' é que as mulheres são o mais imortante

ara n/s nesta vida' e elas sabem. Bão é que todas utilizem este fato contran/s' não se reocue.a)oelhou,se com o bebê em bra*os' olhando sob a mesa de alosanto.?Mas é imortante que um mo*o tenha bom olho. ?Seguiu reto e se

deteve ara olhar a seu sobrinho?. Sei esecialmente cuidadoso com aserguntas comrometidas ?aconselhou ao bebê' que o contemlava comabsoluta fascina*ão?. -las lhe tirarão isso cola*ão em qualquer momento.;ecorda minhas alavras.

#iola roferiu um susiro mas (ohn não lhe emrestou aten*ão.?K obvio' nessas circunst%ncias ?continuou enquanto se dirigia ara

ela?' estamos acostumados a ficar fatal e semre dizemos algo doloroso. ?deteve,se erto de onde ela estava e seus olhares se encontraram?.9eois' semre o lamentamos e nos sentimos como autênticos chacais.

Seguiu com sua busca assando a seu lado sem ronunciar alavra. -la )á tinha sua descula. 9e todas as brigas que tinham mantido nos +ltimosnove anos' (ohn )amais lhe tinha edido desculas or nada. Bem sequer otinha tentado. Tão somente eram alavras' mas alavras que nunca lhe haviadito antes.

Surreendida' voltou,se enquanto ele rodeava o canaé elo outro lado'onde roferiu um grito de triunfo.

?hE qui está. ?garrando ao Bicholas firmemente com um s/ bra*o'

(ohn se a)oelhou sob o canaé. levantou,se com um osito eludo de corarda?. 5 senhor 8oin' suonho.$om um gritito de deleite' Bicholas abra*ou ao boneco com seu bracito.

Se afundou no eito do (ohn com um balbuceio e um susiro lhe gratifiquem'e enterrou seu carita no esco*o de seu tio. Seu outra manita se agitou noar' acariciou as bochechas com barba inciiente do (ohn e' finalmente' fez,se um novelo na seda de seu colete cor berin)ela.

5 cora*ão de #iola se encolheu' e teve que voltar,se orque lhe doAacontemlá,los. 8ensou no que ele queria dela e que não estava disosta a lhedar. Sem vê,los' contemlou os livros amontoados sobre o escrit/rio. >mmenino era imossAvel' tinha que sê,lo. -sse sonho fazia muito temo que )á

se desvaneceu.?<em' bem' isto é divertido ?disse (ohn.-la fez ver que olhava os livros do montão' mas se obrigou a falar.?5 que é tão divertidoG?o menos' há um membro da famAlia Tremore que está de minha

arte.ficou rAgida' tentando erigir seus muros rotetores.?Bão este)a tão seguro disso ?disse' agarrando for*as enquanto se

voltava ara olhá,lo?. lhe Sinto dizer isso mas Bicholas quer a todo mundo.?8ode que assim se)a' mas eu sou esecial' resgatei ao senhor 8oin.

?<ei)ou o cocuruto do bebê?. Sua tia não me quer' Bic=" ?murmurou?'mas eu sei que te escutará. 9ava algo or mim' é um bom amigo.

Page 98: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 98/164

#iola fez um gesto ara que <ec=ham agarrasse ao equeno. babá sedirigiu ao (ohn' que igarreou' resistente' mas #iola não odia suortar maisvê,lo com o menino.

?9eve voltar ara a cama' Hammond' é tarde.?K obvio.

9eu, o menino ao <ec=ham' que artiu com ele ao dormit/rio. Bicholasestava tão cansado ou tão feliz da volta do senhor 8oin que não areceulhe imortar ver,se rivado dos encantos de seu tio. Ba salita não se ouviunem um solu*o do outro lado da orta fechada.

5 silêncio resultava embara*oso e desconcertante.-le deu um asso ara ela.?#iola?K muito tarde ?disse retrocedendo outro asso e rotegendo,se

deois do escrit/rio.?Bão é tão tarde ?e continuou caminhando ara ela com assos lentos

e deliberados' lhe dando suficiente temo ara evitá,lo. Mas' or algumaest+ida razão' ela não o fez.

ficou em frente dela' suas estanas grosas e escuras bai&aram umafra*ão de segundo' e agarrou seus cabelos trancados entre as mãos' oslevou a boca e os bei)ou' cheirando,os intensamente.

?#ioletas.#iola sentiu certa agita*ão interior e se agarrou com for*a ao bordo do

escrit/rio que ficava detrás de si. 8ensou em todos aqueles sonhosrom%nticos e imossAveis de sua inf%ncia e se reetiu a si mesmo que' agora'esses sonhos se desvaneceram.

(ohn lhe colocou a tran*a or cima do ombro e dei&ou que caAsse or

suas costas. 9eois' agarrou seu rosto com ambas as mãos e assou osdedos or seus ma*ãs do rosto' riscando ligeiramente os %ngulos de seunariz' elo arco de suas sobrancelhas. -ntrela*ou os dedos no nascimento deseu cabelo e cobriu suas bochechas com as mãos' acariciando seus lábioscom os olegares. Fez todo isso sem olhá,la aos olhos' mantendo o olhar fi&oem suas mãos e em seus rasgos enquanto ia acariciando. $ada movimento eradeliberado e tentativo.

o ro*ar a covinha que lhe formava nas comissuras dos lábios com osolegares' assou seu outra emano ela cintura de #iola' sobre a delicadamusselina.

?vim aqui or uma razão ?lhe recordou' e então a olhou aos olhos?'

vim a te bei)ar e a arrumar as coisas.?Bão disse nada a reseito de um bei)o.?Meio doido' de novo. ?Oirou o quei&o de #iola e cobriu sua boca com

a sua.5 bei)o do (ohn' tão otente como tinha sido no museu' tão otente

como semre tinha sido' fazendo que fora tão fácil esquecer,se de tudo oque e&istia no mundo. Suas mãos' tão seguras' deslizando,se or seusquadris' aro&imando,a mais ara ele' seus dedos estendendo,se or suasnádegas. Sua boca' obrigando a que a sua se abrisse.

>ma das mãos de #iola se soltou do escrit/rio e acariciou a bochecha

do (ohn sem barbear' tocando a ele ásera como a areia. Seus lábios seabriram. Sua barba inciiente era como seda selvagem e hirsuta entre seus

Page 99: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 99/164

dedos' enquanto ela deslizava a mão or sua nuca e se dei&ava bei)arrofundamente.

Sua lAngua se uniu 6 suas e suas mãos se aferraram a seus quadris'mantendo,a risioneira contra o escrit/rio enquanto ele a saboreava. 5bei)o lhe cravou' queimava,lhe enquanto a barba hirsuta abrasava a ele que

rodeava seus lábios. quelas manhãs com o (ohn' imagens er/ticas que atinham a*oitado durante anos' imagens que finalmente tinha ensado queestavam enterradas' surgiram de reente ara torturá,la. 8or sua menteassaram aquelas imagens de suas mãos acariciando,a sob o sol da manhã' naenorme cama de mogno do Hammond 8ar=' e enviaram imulsos elétricos ortodo seu coro' obrigando,a a aertar,se mais ainda contra ele. ;odeou,lheo esco*o com o bra*o.

-le fez um som oco contra sua boca e interromeu o bei)o' inclinou,se aambos os lados e' com um gole' limou o escrit/rio' enviando a ilha delivros ao chão. -ntão suas mãos acariciaram suas nádegas e a elevou atésentá,la sobre o escrit/rio.

garrou o cinturão atado em sua cintura' desfazendo o n/ de um goleseco e ráido. briu os borde da bata e a aartou seus dedos acariciaramseus eitos através da camisola' esfregando seus mamilos endurecidos. 5razer a invadiu' um razer comrido temo esquecido' um razer que afazia saltar e retorcer,se de e&cita*ão. Sua mão atirou de seus cabelos eela se aertou ainda mais contra ele' guiando sua cabe*a ara seu eito.

-le lambeu seus mamilos' aartando a musselina. $om a outra mãoacariciava o outro eito' aertando o mamilo entre o olegar e o cora*ãoatravés da leve malha. $om cada lamet/n e cada carAcia lhe sobrevinha umasensa*ão aguda' enquanto a degustava' acariciava,a e a sentia através da

camisola.-la dei&ou cair a cabe*a ente suas mãos' tratando de aro&imar,seainda mais. -stava sumida na urgência quente e demandante de suas mãos esua boca. Fazia tanto temo que não sentia as mãos do (ohn sobre ela' tantotemo que não sentia essa ulsi/n selvagem e sensual. 8odia ouvir os sonssuaves e +midos que rovinham de sua garganta' sons de dese)odeseserado e %nsia ardente' então se ouviu si mesmo susirar seu nome.

-le se estirou. Movendo uma mão ela arte suerior de sua camisola'come*ou a desabotoar os botões de érola enquanto que' com a outra'elevava,lhe o ob)eto or cima dos )oelhos.

?meu deus ?sulicou contra sua garganta?' como ude me erder

istoE I8erder,se o que' ossuir a uma mulherGJ-ssa ergunta assou ela mente de #iola e' com ela' voltou ara a fria

realidade' como se lhe tivessem arro)ada água geada. 9eus bendito' o queestava fazendoE

#iola ficou rAgida enquanto a mão do (ohn se dirigia ara suas co&as' efechou firmemente as ernas' terminando aquela loucura antes de que foraainda mais longe.

?Bão' (ohn ?disse' recuerando a comostura?. Bão.-le também se incororou' com as mãos aanhadas entre suas co&as' a

resira*ão rofunda mesclando,se com a dela.?#iola ?estendeu a mão contra sua ele' conseguindo que searasseas co&as uns centAmetros.

Page 100: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 100/164

-la o aartou.?9ei&a que vá.(ohn titubeou e esse momento de reticência a fez reagir.?9ei&e ir' dei&e irESumida no %nico' deseserada,se' goleou seu ombro com a mão'

emurrando,o. moveu,se ara ambos os lados' bai&ando do escrit/rio'bai&ando a rega da bata em um esfor*o or liberasse dele.?te aarte ?murmurou?' devo estar louca' acaso sou masoquistaG?#iola.5 som de sua voz a fez deter,se uns assos de onde ele estava. girou,

se' envolvendo a bata ao redor de seu coro ara tamar o de sua vista.?Bão osso acreditar com que facilidade me erco e quão

freqDentemente ?disse' goleando,a frente com o unho' uma' duas e trêsvezes' erguntando,se que demCnios tinha assado or sua cabe*a?. $omoosso ser tão' tão est+idaG

(ohn a contemlou' com a resira*ão ainda entrecortada' seu rostomostrava certa incredulidade' mas muito diferente da dela. 9eu um assoara sua esosa' tratando de alcan*á,la.

-la o evitou' ficando fora de seu alcance.?Bão osso te cular' isso é o ior' não é que me tenha mentido esta

vez ou qualquer outra coisa. admitiste que nunca me amaste' nem sequerode me rometer que me será fiel e' entretanto' meia hora deois estavadisosta a me entregar a ti. 5nde dei&ei a cabe*a' onde minha auto,estimaG

?uto,estimaG ?assou,se a mão ela cara' asirando o ar embaforadas rofundas?. meu 9eus' sua auto,estima não é o roblema' nemtamouco sua cabe*a' é sua elei*ão.

?5ito anos sem ti' construindo minha r/ria vida ?continuou ela'ignorando,o?' e s/ umas quantas saAdas contigo' um ar de bei)os roubadose me comorto de forma tão total como qualquer de suas cortesãs.

?K minha mulherE Bão há nada de mau em querer fazer o amor com seumarido' e você o dese)ava' maldita se)a' claro que simE or que nãocontinuasteG ?Se mes/ o cabelo com as mãos e se dirigiu a ela ronunciandooutra blasfêmia?. 8or 9eus' #iolaE ?disse or cima do ombro?' 6s vezes medesesera te entender.

?-u gostaria que te artisse.!he deu as costas e cruzou a habita*ão' ondo mais distancia entre

ambos' e alisou sua roua enquanto ela alisava a sua. Benhum dos dois

ronunciou alavra e' deois de uns minutos' dirigiu,se 6 cadeira onde tinhadei&ado seu casaco' ao rincAio da noite. 5 Cs e acrescentou4?s três semanas terminaram' virei or ti manhã ela tarde. K melhor

que ditas esta noite em que casa quer viver se não' Tremore ode eseraruma demanda da $%mara dos !ordes ao dia seguinte.

#iola come*ou a igarrear mas' quando ele se voltou ara olhá,la' nãoCde mais que calar,se. gora' via o deseito em seu rosto' deseito anteseus dese)os' o desafio em suas sobrancelhas arqueadas' turvo orgulho' umaose de determina*ão. -la conhecia esse gesto muito bem' não tinha sentidodiscutir.

?9ou,te minha alavra ?lhe recordou com voz dura e seca' eacrescentou?4 3uero uma comanheira que me dese)e' assim não tem que

Page 101: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 101/164

reocuar,se de e&or seu coro ara que tome. 9eus me libere de tetratar como a uma rameira.

- fazendo uma inclina*ão' artiu. 8ara ele era suficiente lhe dizendoque não se reocuasse. Mas' a reocua*ão não era o roblema' não era areocua*ão o que a fazia retorcer,se de ira e dese)ar agarrar o seguinte

navio a Fran*a.5 roblema era que o homem que tanto dano lhe tinha feito e ao queela deveria odiar odia sustentar a um bebê que chorava em bra*os e fazê,lo rir. K mais' ele ainda odia fazê,la rir' inclusive deois do que lhe tinhafeito. 8odia conseguir que ela tremesse como um udim quando a bei)ava eque ardesse quando a tocava. (á não era uma menina tola' mas ainda queria aaquele homem. 8odia aai&onar,se de novo dele' era assim de fácil' tão fácillhe dizer que sim e lhe dar o que edia' sem obter nada em troca' nemsequer uma romessa de fidelidade.

Bão' não estava reocuada' estava aterrorizada.

Capítulo 12 

té que aareceram os rimeiros raios da fria luz do dia' o dese)o e araiva do (ohn não come*aram a acalmar,se' e seu cérebro não Cde come*ara funcionar de novo e com claridade. 9e fato' tinha bastante em que ensar'ois devia ver qual seria seu r/&imo movimento.

$ontemlou seu rato e removeu cansativamente os rins e o beicon como garfo. Se aquela noite tinha ensado algo' o qual era duvidoso' tãosomente tinha sido como odia ter aroveitado a bendita oortunidade quelhe tinha brindado o mais raidamente ossAvel. 8ossivelmente deveria ter

ido mais devagar' deveria havê,la convencido' enrolado e deravado nodormit/rio' vamos. Mas não o fez e' além disso' tinha iorado as coisasficando autocrático e lhe recordando que )á tinham acontecido as trêssemanas. Se não se ia com ele ho)e mesmo' teria que ir 6 $%mara' osto quenão odia tornar,se atrás. Lnclusive então' quando viviam )untos' tambémtinha que corte)á,la de algum )eito ara levá,la ao leito. 9ei&ou cair o garfono rato com um )uramento de e&asera*ão. Benhum homem devia sertratado assim or sua r/ria esosa. Muitos outros' nessa mesma situa*ão'a teriam miserável até o leito con)ugal e haveriam consumando o ato. Mas oque outros homens tivessem feito não o a)udava em nada. -le não era essetio de essoa' nunca o tinha sido.

9eus santo' queria uma mulher que o dese)asse' uma mulheraai&onada' era muito edirG#iola havia dito que não odia confiar nele. Mas ele não se deu conta de

que a confian*a ia em duas dire*ões' e também a habilidade ara infligirdano. 8oderia lhe haver rometido que nunca voltaria ara a cama denenhuma outra mulher' mas não estava disosto a fazer essa romessa amenos que udesse confiar em que não o recha*aria cada vez que sezangasse. (ohn não ia ser vAtima de nenhuma chantagem se&ual or arte denenhuma mulher' e isso é o que ela tinha feito' embora não se desse conta.$omo odiam suerar aquiloG

8ensou na sugestão do 9"lan Moore' que #iola e ele udessem seramigos. 8arecia uma má idéia' mas Moore estava um ouco louco semre otinha estado.

Page 102: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 102/164

(ohn susirou e se tornou ara trás' olhando os botecitos de geléiasobre a mesa. moras e damasco. Hammond 8ar=.

queles dias tinham ficado relegados ao fundo de sua mente fazia )ámuito temo e ali tinham ermanecido durante anos como outros sonhosbrumosos' médio esquecidos' de sua )uventude. gora retornavam de novo'

devolvendo,o a um temo no que tinha estado contente' inclusive feliz.Também tinha feito feliz a #iola' estava seguro disso. Tinha que haveralguma maneira de voltar ara todo aquilo. Bão odia acreditar que todo seerdeu ara semre.

ISer amigos.J(ohn se deserez/ sobre a cadeira' olhando os botes de geléia.

8ossivelmente Moore estivesse tramando algo. #iola e ele tinham sidoamigos uma vez' isso foi o que foram durante algum temo' aquele verão em-sc/cia e aquele outono no Borthumberland. Também tinham sido amantes'e brigavam e se reconciliavam como amantes' mas riam e se divertiam' enunca se havia sentido tão satisfeito da esosa que tinha eleito como então.Mas' deois' tudo tinha ido a ior.

9ese)ava' 5H' 9eusE' como o dese)ava' que tudo udesse voltar a serigual' e estar nesse mesmo instante tomando o café da manhã com ela nacama' lhe tirando a geléia de amoras do rosto com um bei)o. (usto nessemomento' quando arecia uma ossibilidade tão remota.

?5 correio da manhã' milord.Surreso' elevou o olhar enquanto 8ershing deositava um acote de

corresondência ao lado de seu rato. Bormalmente era o secretário do(ohn quem lhe levava as cartas.

?5nde está Stone ho)eG ?erguntou ao mordomo.

?5 senhor Stone tem saramo. Seguindo o conselho de seu cunhado'que é médico' transladou,se 6 casa de sua irmã no $laham até que )á nãoossa contagiar a outros. 5 senhor Stone me ediu que lhe diga que senteenormemente não oder estar a seu servi*o nos r/&imos dez dias.

?lhe mande uma nota e lhe assegure que refiro um secretário ausenteque um doente. lhe diga que fique no $laham até que este)a lenamenterecuerado.

?Sim' milord. ?5 mordomo se retirou.(ohn )ogou uma olhada 6s cartas' olhando as de assada.>m convite ara lorde e lad" Hammond ara )antar em casa de lad"

Sno:den. -ssa manhã' a condessa do Sno:den era claramente mais otimista

que ele sobre o estado de seu matrimCnio. >ma nota do Tattershallconfirmando que a nova égua que tinha comrado duas semanas antes tinhasido enviada a suas roriedades no Borthumberland. Tinha comradoaquele cavalo ara #iola. -ra um urasangre brioso de quatro anos' quealcan*ava uma velocidade imressionante mas' dado o estado atual dascoisas' não ensava que udesse fazer carreiras a cavalo elas colinas comsua mulher até que a égua estivesse trotando em sua tumba. 8osto que anota não recisava resosta' )ogou,a no fogo que ardia na chaminé econtinuou com o resto da corresondência. >m relat/rio de seuadministrador sobre o estado do Hammond 8ar=. >ma fatura de sua alfaiate

e outra de seu saateiro' ambas elo tra)e que ia levar a baile debeneficência de #iola' dance ara o qual ainda não tinha recebido conviteor arte de sua mulher. 5utra carta da -mma ;a:lins.

Page 103: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 103/164

deteve,se ante o sobre quadrado' dobrado e liso de aeldelicadamente erfumado. o menos' tinha que admirar a ersistênciadaquela dama quantas cartas lhe tinha enviado até esse diaG' uma d+zia aomenos. 3uão rimeiras tinha lido eram' resectivamente' uma aologia deseu osesividad' deois uma rerova*ão or sua fria resosta e' mais tarde'

uma condena*ão or sua falta de aten*ão. 9eois' tinha ignorado o resto'que não se incomodou em ler nem em resonder. Tinha ouvido que ela tinhavendido a casa de camo que lhe tinha agradável e agora vivia na Fran*a.-serava que seguisse ali' assim )ogou a +ltima carta ao fogo sem abri,la.

guardou,se tão somente o relat/rio de seu administrador' que odia lerna carruagem de caminho ao Orosvenor Square' e o convite' sobre a qualerguntaria a #iola antes de resonder' e abandonou a mesa de café damanhã. 9eu instru*ões ao 8ershing ara que dei&asse as faturas na mesa doStone ara que o secretário fizesse os agamentos a sua volta' e logo subiua dar um banho e barbear,se. -nquanto seu lacaio o a)udava com a rotina damanhã' (ohn tratou de rever o seguinte movimento de #iola. Sua mulherodia resultar tão imrevisAvel como o temo' mas se tivesse que aostar ofaria or que ela se negaria a vê,lo e o obrigaria a ir 6 $%mara dos !ordesara fazê,la voltar. -ntretanto' quando chegou ao Orosvenor Square essatarde' encontrou,se com que ela não se negava a vê,lo nem tamoucoaceitava. 8elo contrário' tinha abandonado a cidade.

?onde foiG ?erguntou olhando os belos olhos violeta da duquesa doTremore' que era quem lhe dava as novas.

duquesa demorou um momento em resonder' tomou um sorvo de chá'inclinou a cabe*a em um gesto de considera*ão enquanto o analisava desdedetrás de seus /culos de arreios dourada e disse4

?antes de que me dita a lhe resonder eu gostaria de lhe erguntaralgo' Hammond.?SimG?Se #iola se negar a voltar com você' realmente retende lhe edir 6

$%mara que a obrigue a voltarG(ohn sorriu levemente.?9uquesa' 6s vezes acredito que nem sequer a $%mara dos !ordes

oderia conseguir que minha mulher fizesse algo que não quer fazer ?disse'tentando tirar ferro ao assunto.

duquesa não areceu satisfeita. -m troca' continuou olhando,o comtoda sua lácida equanimidade. -le asirou rofundamente e dei&ou escaar

o ar com lentidão' tratando de ensar como lhe resonder' quando não sabiaqual era a resosta. Finalmente' deu a sua cunhada a resosta mais honestae direta que Cde4

?Bego,me a aceitar a ossibilidade de que ela não volte comigo' nego,me rotundamente.

?- durante quanto temo ensa seguir negando,seG-le aertou a mandAbula e afirmou4?té que consiga que ela também o ve)a assim e descarte essa o*ão.?Lsso é muito temo ?agarrou a colherinha de rata de ao lado da

ta*a e a introduziu no de a*+car.

-le não odia discutir isso com os lábios aertados' assentiu.?Sim.?5 amor não é a base de sua determina*ão ara conseguir a #iola.

Page 104: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 104/164

caso era uma acusa*ão' uma condena*ãoGantes de que udesse decidi,lo' ela bebeu um sorvo de chá e disse4?#iola está no -nderb". reentina caitula*ão da duquesa o surreendeu e' embora não

tentou demonstrá,lo' ela o notou.

?Bão o eserava' nãoG?Bão' duquesa' não o eserava.?o iniciar a busca de sua esosa' o rimeiro sAtio ao que deveria

haver,se dirigido é -nderb" e o servi*o lhe haveria dito que ela estava alideois de tudo' você é quem os agamento.

?K essa a +nica razão de que me tenha contado issoGSeus belos olhos cor lavanda se abriram ainda mais.?5 que outra razão oderia haverG?Há outra' ois inclusive agora corre o risco de atrair a ira de seu

marido tomando chá comigo.?$erto ?mas não arecia reocuada com isso' e eserava que aquela

mulher serena e de boas maneiras tivesse o cora*ão do duque na alma desua mão. Tal era a natureza tão ine&licável de seu amor?. Se voltar afazer mal a #iola' o mais rovável é que Tremore o desafie a duelo. - omatará muito gostosamente' me crie.

?- vocêG ?erguntou ele com verdadeira curiosidade?' comartilhaseu /dio or mimG

?Bão ?disse?. -u não.(ohn roferiu uma risada for*ada.?Bão entendo or que.5 rosto da duquesa mostrou comai&ão enquanto o observava.

?BãoG ?- isso fez que ele se agitasse com desconforto em suacadeira?. Sei quão deseserado está' Hammond. o contrário que meumarido e minha cunhada' eu não tive dinheiro nem médios' e foi o momentomais terrAvel de minha vida. 8oderia ter feito algo' qualquer' me crie' arasair desse terror. Se a fortuna não tivesse osto ao duque do Tremore euma assagem de navio a Lnglaterra em meu caminho' muito rovavelmenteme tivesse visto obrigada a me casar or dinheiro' ?fez uma ausa?' oualgo ior.

?legra,me que isso não acontecesse ?disse' e o sentia de cora*ão.?Tem outro aliado além de mim' sabeG ?e sorriu levemente?' arece

que meu filho lhe arecia' ou isso ouvi.

-le sorriu recordando ao Bicholas e o senhor 8oin.?h' ouviu,oG?Sim' <ec=ham?K um bom menino' duquesa. ?-nquanto ronunciava essas alavras'

(ohn sentiu que a inve)a come*ava a lhe queimar as vAsceras' a mesma inve)aque o tinha consumido enquanto olhava ela )anela daquela mesma habita*ão'contemlando 6 famAlia Tremore assear elo arque. Seu sorriso se velou evoltou a cabe*a ante os olhos comassivos de sua cunhada?. Muito bommenino.

?5brigado ?disse ela levantando,se?. -sero que se)a sincero em seu

dese)o de um matrimCnio e uma famAlia reais' Hammond. Se não' 9eus oa)ude.(ohn também se levantou.

Page 105: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 105/164

?8orque' se não' seu marido desafiará a dueloG?Bão será necessário ?resondeu ?evitarei ao nthon" esse

roblema lhe disarando um atiro eu mesma. 8or sua cega estuidez' nadamais que or isso.

?credito suas alavras ?murmurou (ohn' notando a reentina dureza

de seu rosto.?9igo,o a sério ?e lhe tendeu a mão.?-ntão' vá,se tranqDila' duquesa ?disse inclinando,se ara bei)ar sua

mão?' ois sou sincero' também obstinado' o garanto cAnico' sem d+vida' eum mau marido ossivelmente' mas também sincero.

?Lsso esero' or sua bem e elo de #iola.(ohn artiu' sem saber muito bem or que tinha a duquesa tão boa

oinião dele' mas agradecido or isso. foi a sua casa do <loomsbur" Square'mas não fez a bagagem ara artir ao -nderb".

Bão ia dei&ar nenhum cabo solto. #iola tinha decidido claramente nãocercar uma batalha legal contra ele' mas tamouco estava rearada araceder. noite anterior' na biblioteca do Tremore' tinha,o dei&adoerfeitamente claro. nte isso' sabia que seu melhor movimento seria lhedei&ar a sua mulher um ouco de esa*o ara resirar. Sua ausência' ensouastutamente' faria que seu cora*ão o fora mais afim' ara variar.

(ohn dei&ou acontecer uma semana. 9eois' acomanhado de sua a)udade c%mara e um ar de lacaios' via)ou ao -nderb"' onde chegou uma horaantes de )antar. Sua chegada causou certo revCo' ois o senhor do -nderb"não tinha aarecido elo im/vel durante anos e tamouco tinha enviadonenhuma nota anunciando sua chegada. 8erguntou ao Ha:thorne' o mordomodo -nderb"' onde odia estar #iola.

?credito que lad" Hammond está )ogando a sesta' milord. 3uer que oconduza 6 sala enquanto o comrovoG?8retende que me sente como se fora uma visita e me quente as mãos

em minha r/ria salita' Ha:thorneG ?erguntou brandamente' Sorrindo.5 mordomo avermelhou' reocuado or seu metedura de ata.?Bão' milord ?resondeu raidamente.?<em. ?(ohn não recisava envergonhá,lo mais?. !eve a bagagem a

minha habita*ão e lhe mostre a minha a)uda de c%mara' Stehens' comofuncionam aqui as coisas' no -nderb". 8resente o ao servi*o' lhe mostre alavanderia' dele os horários das comidas e todo isso. Saberá o que tem quefazer' verdadeG

$om um olhar de rofundo alAvio or não ser rereendido or seusenhor' Ha:thorne assentiu.?Sim' milord.(ohn deu meia volta e subiu a amla escada em curva' osando a mão

sobre o corrimão de ferro for)ado. residência rincial de #iola duranteanos e' desde sua seara*ão absoluta dois anos antes' sua +nica residência.-le assava a maior arte do ano no Hammond 8ar=' e não odia lembrar,seda +ltima vez que tinha estado ali ao menos tinham acontecido quatro anos.Mas tinha vivido ali toda sua inf%ncia e' deois de $ambridge' converteu,seem sua casa até a morte de seu ai. Sabia e&atamente onde se encontravam

os dormit/rios.#iola tinha transformado a casa' ou isso lhe areceu enquanto subia aescada. -ra uma casa muito feminina' toda em cor bolo e com flores seu ai

Page 106: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 106/164

se removeu em sua tumba se tivesse chegado a vê,lo' ensou' tratando dereconfortar,se com isso.

deteve,se ante a orta da habita*ão de #iola' abriu,a e entrou semfazer ruAdo. #iu que' efetivamente' estava tornando,a sesta. Fechou a ortaatrás dele.

5 ruAdo fez que ela se estirasse e murmurasse entre sonhos' mas nãose levantou. voltou,se e o olhou' uma mecha de cabelo caAa sobre seu rosto.8arecia selvagem e dourada como uma leoa dormida.

Tossiu e se estirou de novo. !entamente' abriu os olhos.?$CmodaG ?erguntou ele.?#ocêE ?Saltou da cama imediatamente' totalmente acordada.(ohn se recordou a si mesmo que tinha chegado muito longe aquela

noite uma semana antes' assim seria melhor uma aro&ima*ão suave.?La a acurrucarme a seu lado e te bei)ar ara que desertasse' mas te

levantaste muito ráido. ?Meneou a cabe*a com consterna*ão?. >m bomlano arruinado.

Seus olhos se entreabriram' se ela era uma leoa' ele devia ter marcasde suas garras. $omo era de eserar' saltou com o cenho franzido como umafera.

?5 que está fazendo aquiGTentou descular,se4?K minha casa.Lsso não areceu romer o gelo assinalou a orta atrás dele e disse4?#ete de minha habita*ão.-le não oCs resistência. fastando,se da orta fechada' olhou a seu

redor' retendendo estar muito interessado ela decora*ão.

?K este seu dormit/rioG Mas' no que estarei ensandoE Se estáintado de rosa' é obvio que é seu dormit/rio.dirigiu,se 6 orta que levava a sua r/ria habita*ão' mas se deteve e a

contemlou.?Bão terá intado minha quarto de rosaG?5&alá me tivesse ocorridoE(ohn susirou de alAvio' tão somente fingindo ela metade.?9esfruta de sua sesta' querida' verei,te no )antar. vamos manter o

horário da cidade ou do camoG Bão imorta' erguntarei ao Ha:thorne.#ocê gostaria de uma artida de &adrez deois das sobremesas ou refereo iquetG

-la come*ou a alterar,se.?5H' não' não' não vais ficar teEFingiu estar surreso.?3uer que volte ara a cidade e fique no <loomsbur" SquareG

8essoalmente' referiria que ficássemos aqui o que fica de temorada' hámuitos rumores.

-la se tamou a cara com as mãos.?9eus deve me odiar' ara te enviar desta maneiraE-le roferiu um som zombador enquanto abria a orta de sua r/ria

habita*ão.

?Faz que are*a a este do -gito.-la elevou a cabe*a.

Page 107: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 107/164

?3ue magnAfica descri*ãoE ?e&clamou enquanto o seguia e oemurrava através da soleira?. Bem sequer eu a teria eleito melhor. 8orfavor' oderia ir )áG

9ecidido a não tentar sua sorte' ermitiu que ela o emurrasse.?(á vou ?disse' e se voltou ara olhá,la?. 5 que há ara )antarG Bada

muito esantoso' esero.-la sorriu com do*ura.?h' meu rato favorito. orta se fechou ante seus narizes e ele ermaneceu ali' eserando.9eois de uns minutos' ouviu desde seu dormit/rio as alavras que

estava aguardando.?Homem insofrAvelE$om uma risada' tocou a camainha chamando o Stehens e foi trocar

se ara o )antar. 

Capítulo 13

#iola estava segura de que (ohn a seguiria até o -nderb"' assim assouos rimeiros dias nervosa' olhando elos ventanales da vila a cada minuto'eserando ver entrar sua carruagem. Mas' deois de uma semana sem sinaisde sua resen*a' chegou a ensar que ossivelmente se cansou de seusintentos de reconcilia*ão. Mas então' aconteceu algo inimaginável.

-la come*ou a )ogar o de menos.-secialmente de noite' sentada ante o fogo enquanto recordava

aqueles momentos aai&onados ela biblioteca do Orosvenor Square.Lnclusive tinha chegado a sonhar com ele' com seus bei)os e carAcias' um

sucesso grave que' se alguma vez chegava a seu conhecimento' resultariaainda mais mortificante.-ssa noite' no )antar' manteve a cabe*a encurvada' estudando,o com

olhadas ráidas e enviesadas' enquanto ele estava sentado 6 cabeceira dalarga mesa de comilão. -ra estranho o ter naquela casa que ela tinhachegado a considerar como r/ria. Mas não era dela' é obvio. Tal e comolhe tinha recordado antes' era dele' e ele era o amo.

I5 que quer' #iolaGJ-ssa ergunta retumbava em sua cabe*a. >mas semanas atrás sua

resosta teria sido simles e sucinta4 I#ete.J gora' )á não sabia qualoderia ser a resosta. trégua tinha chegado a seu final' mas não era isso

o que a mantinha em silêncio enquanto ele tentava cercar conversa*ão. -rasua r/ria confusão' e sua frustra*ão. -le nem sequer odia lhe fazer umasimles romessa de fidelidade. -stava zangada consigo mesma orque sabiaque' se o fazia dita romessa' estaria disosta a acreditá,lo erovavelmente cairia na mesma armadilha ela segunda vez. lembran*adaquela noite na biblioteca o fazia sentir,se ainda mais confundida quenunca.

Também estava assustada. Bão queria sofrer' não queria acreditá,lo'voltar a encontrar a felicidade a seu lado' tão somente ara voltar a sentar,se ante a mesa de chá )unto a outra de seus amantes a seguinte temorada.

I5 que quer' #iolaGJinda queria o que semre tinha querido4 amor' devo*ão e filhos. (ohns/ estava rearado ara lhe dar uma dessas coisas e não era suficiente.

Page 108: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 108/164

Bão odia entender or que ensava que suas eseran*as de fidelidade nãoeram razoáveis. -ram absolutamente razoáveis' maldita se)a' esecialmentequando ele as e&igia a ela.

de reente' (ohn dei&ou cair o garfo.?Lsto não vai funcionar.

-la elevou a cabe*a de seu bolo de ma*ã.?5 que é o que não vai funcionarG?8assar as comidas falando comigo mesmo.?Bão tenho muitas vontades de falar.?(á o ve)o' o que ocorre' #iolaG5 eda*o de bolo de ma*ã era como um unhado de areia em sua boca'

assim tomou um sorvo de água ara oder tragar.?5ndeG ?Mas ficou em branco' esclareceu,se garganta e olhou a

quão serventes andavam or ali' e deois outra vez ao rato' incaaz deolhá,lo?. Tenho entendido que Stehens fez sua cama.

?K que tem alguma outra idéia de onde osso dormirG ?erguntou elebruscamente.

?(ohnE ?Seus sonhos dos +ltimos dois dias voltaram reentinamentecom veemência e ela avermelhou' fi&ando o olhar no Ha:thorne e nos doislacaios' que ermaneciam de é em um lateral do comilão.

-le a contemlou através da enorme mesa durante uns segundos.?Ha:thorneG5 mordomo deu um asso adiante.?Sim' milordG?!eve,se aos lacaios e nos dei&e um momento. (á o chamarei se voltar

a necessitá,lo.

5 mordomo fez uma reverência e artiu' com os dois lacaios detrás. -laobservou como se foram com certo desesero.?Bão acabamos que )antar. or que os desedeG?8orque quero falar contigo sem os ter como descula ara não fazê,

lo' é obvio.?3uer falar ?aquilo soava absolutamente incrAvel?. #ocêG-le se recostou na cadeira e bebeu um sorvo de vinho.?estive ensando no que disse a outra noite' que não queria um

matrimCnio frio e fingido. 5 tio de matrimCnio que tem quase todo mundo'tendo um filho ou dois' ara deois continuar com nossas vidas or searado.Lsso é o que fizeram meus ais e eu tamouco quero seguir o mesmo

caminho. credito que s/ há uma forma de imedi,lo' e é que devemos seramigos.?5 queG situa*ão ia adquirindo tinturas cada vez mais assombrosos.-le assentiu.?Sim' é evidente que esban)amos oito anos em ro/sitos equivocados'

sem nos conhecer realmente. #ocê não confia em mim' e admito que temboas razões ara isso. Sugiro que a forma de remediá,lo é que se)amosamigos.

?Bunca tinha ouvido nada tão absurdo ?reCs #iola. idéia de ser

amigos lhe soava como se os burros tivessem asas?. #ocê e eu' amigosG 9eonde tiraste essa idéiaG?9o 9"lan.

Page 109: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 109/164

?9"lanG?$ria,o ou não' sim. -le me sugeriu isso' quer a ambos' e está um ouco

cansado de que este)amos todo o dia brigando. adoraria oder nos convidarara )antar aos dois de uma vez' assim esera que fa*amos as azes. 8ensaque' se nos fizermos amigos' tudo funcionará melhor entre n/s.

-la não Cde mais que escutar aquilo com ceticismo.?Bão sabia que 9"lan fora um homem tão otimista ?disse com secura.?gora é ai' tem que ser otimista.?gora que está felizmente casado e é ai' )á não ode continuar com

suas escandalosas escaadas contigo.?Bão imorta' orque eu )á não fa*o esse tio de coisas.?8or favor' não tente me dizer que te deste conta dos enganos que

cometeste e que não irá de festa 6 Têmera <ar nunca mais' orque não teacreditarei.

?-u não hei dito que nunca mais vá fazer o' mas tamouco o tenhofeito ultimamente. Bão quis ir durante bastante temo' aesar de que meediam isso constantemente meus antigos amigos' assei a maior arte deminhas noites livres no clube. -m caso de que não te tenha dado conta' )ánão sou ob)eto das fofocas esta temorada.

Lsso era certo' mas ela não odia mais que erguntar,se quanto temoduraria.

?K estranho ?continuou?' mas desde que 9"lan se casou' temo,nosfeito Antimos amigos. Tão somente fomos conhecidos que freqDentavam osbordéis ou comartilhávamos a mesma mesa de )ogo' mas este ano édiferente. 5casionalmente' dei,me alguma farra louca com lorde 9amon esir ;obert' admito,o' mas sobre tudo é ao 9"lan a quem mais ve)o.

?- o que fazem 9"lan e você se não visitarem bordéis nem antros de )ogoG ?erguntou ela com verdadeira curiosidade.?Sobre tudo' raticamos esgrima. -stamos acostumados a nos ver no

ngleoPs quase todos os dias.?Lnve)o,te ?resondeu #iola enquanto comia seu +ltimo eda*o de

bolo de ma*ã com nata?. 9esde menina semre quis arender a raticaresgrima' mas nunca me dei&aram.

?or que nãoG? cademia de madame 9ubreil em 8aris era a mais restigiosa da

-uroa' )á sabe e as mulheres fazendo esorteG ?disse ondo cara dissoesanto é imensável.

-le sorriu.?- o que fezG?!evar livros em cima da cabe*a quando rovavelmente deverAamos

havê,los lido. (á vê' era muito mais imortante arender a arte feminina decaminhar com gra*a que arender grego' hist/ria ou matemática. Fiz,medouta em caminhar' em iano' aquarela' costura

?Mas não em esgrima.?Bão' 8or 9eus.-le a contemlou e uma sombra de incredulidade cruzou seu rosto.

Lnclusive de onde ela estava sentada odia ver as linhas de seu sorriso nos

olhos.?3uer arenderG-la franziu o cenho' erle&a.

Page 110: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 110/164

?render esgrima' quer dizerG?Sim. ?levantou,se e dei&ou a um lado a cadeira' dirigiu,se ara ela e

disse?4 (á acabaste sua sobremesa' vamos.?#amosG ?reetiu ela' voltando,se ara olhá,lo?. ondeG? receber uma li*ão de esgrima ?e come*ou a aartar sua cadeira da

mesa?' há dito que queria arender.?3uando era meninaE Lsso foi faz muito temo' (ohn.?$omreendo que aos vinte e seis anos tão somente este)a rearada

ara ir 6 tumba. Mas acredito que ainda fica temo ara dar umas quantasli*ões de esgrima. ?garrou,a dos bra*os e a Cs de é?. 5lha o destamaneira4 acaso não me odeiaG

?Sim.?<om' então esta é a oortunidade erfeita ara me vencer com uma

esada.Tão somente demorou dois segundos em fazer,se 6 idéia.? que eseramosG?Sabia que te convenceria. ?ssentiu com a cabe*a' bei)ou,a no

esco*o e se aartou imediatamente antes de que ela udesse sequer lhedar um soco?. -stá ainda minha velha equie de esgrima no aartamento decoberturaG ?erguntou enquanto se disunha a sair ela orta.

?Bão sei ?resondeu ela' seguindo,o fora do comilão ara a escada. KaA onde o guardavaG

?Sim' quando era menino.Foram ao aartamento de cobertura e viram que seus floretes de

inf%ncia ainda estavam ali' dentro de uma cai&a de madeira.(ohn os tirou' agarrou um e deu o outro a ela. $olocou,a no meio do

grande esa*o vazio do aartamento de cobertura e ele se situou em frente.?Faz o que eu fa*a ?lhe disse' e elevou a mão esquerda' ondo,aligeiramente detrás dele. -la fez o mesmo. !ogo a aontou com a esada coma mão direita e #iola o imitou?. <em ?disse?' agora' me olhe.

Hammond deu um asso ara trás com um s/ é' dobrando o )oelho eimulsionando a esada em sua mão. 5 florete a tocou )usto sob as costelas.

#iola tratou de fazer quão mesmo ele' mas encontrou alguns roblemas.?Bão osso ?se quei&ou? a saia me imede isso.-le sorriu.?<om' se realmente o roblema for a saia?BãoE ?e&clamou ela antes de que udesse acabar a frase.

?Se quiser' lhe ode tirar isso ?SolAa haber tra)es aquA cuando eranio ?di)o mientras lo abrAa?' ara las fiestas de disfraces' obras deteatro " cosas asA.

?BãoE' aarta essa idéia de sua cabe*a.?-ssa idéia nunca  desaarecerá de minha cabe*a. ?voltou,se?. Mas

se for ser tão udica com estas coisas' teremos que ensar em outrasolu*ão.

-le bai&ou o florete e cruzou a habita*ão até um velho ba+.?-stava acostumado a haver tra)es aqui quando era menino ?disse

enquanto o abria?' ara as festas de disfarces' e*as de teatro e coisas

assim.;ebuscando entre um montão de vestidos antigos' tirou um ar decal*as.

Page 111: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 111/164

?São meus ?e&licou?' de quando tinha uns quatorze anos' valerão,lhe.

Tirou também uma velha camisa de linho branco do ba+' e lhearo&imou os dois ob)etos. -la as agarrou entre os bra*os e eserou' masele não se voltou.

?(ohn' se quiser que se)amos amigos' tem que ser bom.?8osso ser muito bom contigo ?disse' e&ressando todo um mundo designificados com essas alavras e a forma em que as disse.

?Bão referia a isso' te volte de costas.-le e&alou um fundo susiro e obedeceu.?Serei um homem de honra ?disse or cima do ombro' enquanto ela

desatava o la*o de sua blusa?. -mbora se)a muito in)usto. Bem sequerosso )ogar uma miradita 6s anáguas de minha r/ria esosa.

?(á tiveste muitos confusões de saias ?reCs ela enquantodesabotoava os botões de seu sutiã?. Bão recisa ver as minhas.

tirou,se o vestido e a roua interior' e se desfez de suas saatilhasara ficá,los cal*as e a camisa.

?<em ?disse abotoando,a camisa?' )á ode te voltar.$ontemlou,a vestida com suas rouas de mo*o e dei&ou escaar um

som de admira*ão.?Sintam,lhe melhor que a mim ?disse' e caminhou até o centro da

habita*ão.#iola se arrega*ou a camisa e lhe deu a volta 6s regas das cal*as logo

deslizou os és nas saatilhas e tomou o florete.mbos ficaram de frente' com os fios aontando,se' como tinham feito

momentos antes' e esta vez ela sim Cde dar um asso ara frente' dobrar o

 )oelho e blandir o fio tal e como lhe tinha mostrado.? isto o denomina ataque ?lhe disse?' faz,o outra vez' s/ or estavez ode me aontar no t/ra&.

-la aertou os lábios' inclinou a cabe*a um instante' considerando asitua*ão' e bai&ou o olhar.

?-m algum sAtio menos imortante ?ediu.#iola deu um asso ara frente' blandi/ o florete ara seu estCmago

mas ele elevou o seu ara rebater o movimento.?Lsto ?lhe disse?' é um contra,ataque.-la se endireitou e assentiu.?<em ?ele a olhou de frente' com a esada aontando,a?' odeia,me'

não é assimG?Sim.?-ntão' hei aqui sua oortunidade ara e&ressá,lo. ?<landi/ o

florete?4 me taque' me dê uma estocada.-la o olhou' seus olhos desafiantes' e elevou a esada' aontando,o.

Lmitou seu e&emlo e blandi/ a arma de novo' mas seu lance foi frou&o e(ohn o esquivou simlesmente movendo,se ara os lados.

?8atético ?disse?' não está ondo emenho.?Bão quero te ferir acidentalmente.-le roferiu uma gargalhada.

?8rometo,te que não o fará. #enha' tentemo,lo de novo. )udará,te seensar em todas as razões elas que me odeia. deois de tudo' or que meodeia' #iolaG

Page 112: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 112/164

?or queG $omo te atreve sequer a me erguntar issoG Há tantasrazões' que não oderia as enumerar todas.

?me diga' demonstre,me isso ?-res un blanco mu" aetecible.-la fez outro ataque' esta vez mais duro.?Melhor ?disse ele' rebatendo seu movimento com aenas um giro de

quadril?. Manten em guarda' or que me odeiaG?Mentiu,me antes de que nos casássemos' or isso te odeio. ?Tocou,ocom o florete' mas ele a esquivou de novo.

?Muito bem ?disse?' oderia ter certa habilidade com a esada.?K um branco muito aetecAvel.?Sabia que o seria ?disse rovocando,a ara continuar?. Bão ares

agora' quero que tire todo seu ressentimento de uma vez or todas.?9isso se trataG ?erguntou' atacando de novo e voltando a errar?.

$rie que com isto resolveremos tudoG?Bão ?disse atacando com seu fio' mas lentamente' lhe dando muito

temo ara defender,se elevando o florete' tal e como lhe tinha ensinado?.Mas é um come*o.

mbos retrocederam.?ssim que te disse que te amava antes de que nos casássemos e era

mentira' or isso me odeiaG?Bão s/ or isso' também está -lsie.?5H' sim' -lsieE ?assentiu' com tanta calma que ela dese)ou lhe

arro)ar a esada 6 cabe*a. -m troca' atacou com o florete em sua dire*ão'retrocedendo quando ele atacava e sem eserar a que o fizesse de novo.Suas esadas chocaram.

?3uando me inteirei daquilo' fiquei destro*ada. Bão odia suortar

dormir contigo nunca mais. ssim que foi' odeio,te or me abandonarE?-serei um mês' dormindo sozinho' me voltando louco orque vocêestava na habita*ão do lado e não me dei&ava me deitar contigo. #ocê não teabrandaria' tão somente chorava sem arar.

?-serou um mês ara ir' que generoso or sua arte' eserar todo ummês. ?$om estas alavras' ela sentiu como se uma corrente se desatou emseu interior. $om a esada que lhe tinha dado' deu rédea solta ao que sentia'lhe dando estocadas com seu florete e suas alavras?. Foi dizer nada. Tãosomente fez sua bagagem e te artiu. Bem um adeus' nenhuma notaE -uestava tão aai&onada or ti' te teria erdoado o do -lsie' mas nunca medeu a oortunidadeE Bunca tentou te Cr em meu lugar. 9estro*ou meu

cora*ão e não te imortou.-la retrocedeu.?9ois meses deois' dei&ou,te ver or aqui' queria aarentar. 9e

todos os arrogantes' resun*osos ?#iola se calou e atacou de novo. Seusfloretes chocaram uma' duas e três vezes. -la retrocedeu' ofegando.

?Bão me referia e&atamente a isso ?disse ele tornando o cabelo aratrás?' não me sentia orgulhoso' me acredite' esecialmente quando me deuum bofetão me dizendo que me fora ao inferno.

?Mas não foi ali. ?-la atacou' ele contra,atacou?. Foi com o (aneMorro:. Tão somente osso suor que' em realidade' não te encontrava tão

mal.

Page 113: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 113/164

?Se isso for o que crie' estava equivocada. ?-le ficou 6 ofensiva'blandiendo sua esada ara ela' mas lentamente' lhe dando temo aradefender do movimento.

?h' simG ?disse ela' atacando com seu florete' quase dese)ando lhehaver dado?. Teve uma forma tão delicada de me mostrar o muito que te

imortava nosso matrimCnio.?(ane não significou nada ara mim ?se defendeu (ohn?' nem euara ela.

?ssim que me destro*ou uma segunda vez or alguém que nãosignificava nada ara ti. 3ue bonitoE Suonho que a utilizou ara meesquecer.

?-m realidade' assim é.-la riu com incredulidade.?- Maria llenG 5utro bálsamo ara seu orgulho masculino feridoG?Se quer dizer o dessa maneira. ?Lnsirou rofundamente e bai&ou

seu florete?. 8rovavelmente não me acreditará' mas também quis mereconciliar contigo então' em <righton.

-la o olhou assombrada.?<rightonG 9o que está falandoG?Faz dois anos' quando te ersegui até <righton' recordaG 5 que fezG

#iu,me' dirigiu,me um olhar que tivesse congelado o sangue de qualquerhomem e me disse que me voltasse com minhas rameiras. 9eois' deu,te avolta e te artiu. bandonou a cidade antes de que tivesse odido fecharmeu ba+' e correu )unto a seu irmão.

?Minha marcha de <righton não imediu que fosses rocurar a Maria'não é assimG

?Bão e sim' bati,me em duelo or ela. 3uer saber or queG Benhumacausa muito nobre' admito,o' mas lhe contarei isso. -u era o +ltimo da largalista de amantes da Maria' quando seu marido decidiu que )á não queria queo enganassem mais. 9esafiou,me' e ambos nos disaramos um tiro no ombroor honra. >ma estuidez' garanto,lhe isso' mas certa.

?- deois o que ocorreu' (ohnG ?gritou ela?. Fui ao Hammond 8ar='sem que soubesse' embora s/ 9eus sabe or queE 3uando cheguei ali' vocêestava na cama. Ierdeu muito sangueJ' disse,me o doutor. 8erguntei,te seestava bem' e o que resondeuG 9isse4 Ime erdoe or te contradizer'querida' mas vou viver. 8ossivelmente ossa tentá,lo com um ouco dearsênico.J ?-la tentou tocá,lo' mas errou?. Tinha tanto medo de que

morrera' e você me disse essas alavras.?deois do da Maria' o que queria que dissesseG ?erguntou ele?.lgo como Ime erdoe' são coisas assadas' esquece,o. Se ficar' farei asazes contigoJ. K isso o que deveria haver ditoG K que houvesse valido dealgo o que eu dissesseG

?Bão me imortam as alavrasE K o que faz o que realmente imortaElguma vez te araste a ensar na vida que levei' (ohnG #endo todas suasmulheres e sabendo que referia estar com qualquer delas antes quecomigoG

?Lsso não é certo. Tivesse referido estar com minha esosa' a

mulher que teria que ser a mãe de meus filhos' a mulher que devia estar emminha cama e' entretanto' não estava ali. 3uem dei&ou mais claro que a água

Page 114: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 114/164

que me odiava' que alguma vez dei&aria de me odiar' e que logo que odiaestar erto de mimG

?$rie que isso )ustifica o que fezG?Bão estou tentado )ustificar nada do que tenho feito. -stou

tentando te e&licar  or que o fiz.

Seu comortamento era tão acAfico' e o fato de que não ficasse 6defensiva' que não devolvesse os goles' tão somente lhe fez ainda maisdanifico. -la elevou o florete e se lan*ou ao ataque. tacou,o uma e outravez. -le esquivou cada um de seus movimentos' mas com uma facilidade quequase resultava uma diversão. Mas também ia retrocedendo' ermitindo queela se convertesse no agressor e o conduzisse or toda a habita*ão.

?5deio,te or todas essas mulheres' não me imortam as razões quetivesse ara ir com elas ?gritou enquanto o atacava uma e outra vez?. Teodeio or todas as mulheres 6s que bei)aste e meio doido' e 6s que temfeito o amor' mulheres 6s que deu coisas que se suunha que s/ eram aramimE

Ooleou a arede com a esada' e ela arremeteu contra ele uma vezmais' tocando,o no cora*ão. -le nem sequer tentou rebater o ataque' erecebeu o toque no eito.

?5deio,te' (ohn ?disse' e retrocedeu ofegando?' or te levar meuamor e destro*á,lo. 8or não fazer mais que dois intentos desinteressadosde te reconciliar. - or voltar )usto agora' que necessita algo de mim' algoque nenhuma mulher ode te dar.

Sem fClego' ela bai&ou o bra*o e dei&ou cair o florete ao chão. imagem dele frente a ela come*ou a desvanecer,se.

?deois de tudo' odeio,te or me ferir uma e outra vez quando

finalmente )á te tinha esquecido.9eu meia volta' mas' é obvio' ele não ia dei&ar a artir. 5uviu como seufio goleava o chão antes de sentir suas mãos sobre seus bra*os. Bão otinha vencido' maldita se)aE

?9isse que queria me entender melhor e or isso te e&liquei ascoisas. Bão osso trocar o assado' não estou fugindo de novo' nemtamouco estou ermitindo que você o fa*a. -sta vez' vamos encontrar umamaneira de viver )untos sem nos aniquilar o um ao outro. 8or isso temos queser amigos.

-la negou com a cabe*a.?K imossAvel.

?or queGartou,o e ele a dei&ou ir. Bão lhe resondeu' ois esban)aria seufClego e )á estava e&austa. ssim bai&ou a escada' ele a seguia' e nenhumdos dois disse nada até que chegaram 6 orta de sua habita*ão. #iola sedeteve e se voltou ara ele.

?boa noite' (ohn.?or que é imossAvel' #iolaG #ocê semre queria falar. or que é

imossAvel que se)amos amigosG-la susirou de frustra*ão.?8orque' bem' orque ?se deteve enquanto se colocava uma mecha

de cabelo detrás da orelha. <ai&ou as mãos?' os amigos se têm confian*a' eeu não confio em ti.?-ntão' devo ganhar sua confian*a' é issoG

Page 115: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 115/164

-stava sendo tão terrivelmente razoável' e semre era erigoso quando(ohn era razoável. -la aertou os lábios.

?-stá fazendo isto ara me enganar e me levar a cama ?o acusou.-le cruzou os bra*os.?FuncionaG

?Bão' nunca voltará a funcionar.?-ntão não tem nada do que reocuar,se.?Bão ?ela deu meia volta e alcan*ou a orta de seu dormit/rio'

querendo desaarecer deseseradamente?' orque ainda te odeio.?Bão' se)a não' se)a não me odiará mais. ?-le fechou as mãos sobre

as dela' evitando que abrisse a orta?. quela noite' no Orosvenor Square'quando cheguei emaado ela chuva' ermitiu,me ficar' aA soube que )á nãome odiaria mais. ?Sua mão sobre a sua' ele se inclinou ainda mais. Seu cororo*ando o seu' aenas' mas o suficiente ara que o cora*ão de #iolacome*asse a goleá,la no eito como se estivessem lutando de novo. -lebei)ou seu cabelo' deois sua frente' suas bochechas?. Bão me odeia' e senos fazemos amigos' nunca me odiará. ?8osou seus lábios sobre suas orelhas?. #ê como sim funcionaG

quele estremecimento come*ou a rugir em seu ventre'estremecimento de medo e dor misturada com dese)o' e ela se sentiu comose fora a afogar,se em sua r/ria confusão de emo*ões.

?vou fazer que confie em mim ?murmurou ele. Suas mãos acariciaramas dela?. 8ara obter que dei&e de estar assustada.

#iola fechou os olhos.?Bão te tenho medo.Mas sim' sim que o tinha.

-le sabia.?gora' quem mintaG ?erguntou,lhe bei)ando,a na têmora e' deois'dei&ando que suas mãos se aartassem retrocedendo.

?boa noite' #iola ?disse (ohn olhando ara a orta de sua r/riahabita*ão' um ouco mais 6 frente do corredor.

-la entrou e fechou a orta. -nquanto $eleste a a)udava a ficar acamisola' ouviu o surdo murm+rio de sua voz na habita*ão contigDa estavafalando com sua a)uda de c%mara.

-le tinha razão' )á não o odiava. Tinha erdido a batalha de seu /dio eressentimento ouco a ouco enquanto o escutava falar' sentindo cada vezmais algo daquela antiga magia' cada vez que ele sorria' que a fazia rir' que

fazia algo bonito e cada vez que a bei)ava. - sem o /dio' )á não tinha escudorotetor' nem arma. -stava nua' desrotegida e vulnerável.5 que tinha sido de seu orgulhoG #iola se meteu na cama e cavou o

travesseiro' afundando,se em sua r/ria miséria. 5 orgulho' ensou' estavamuito bem' mas tão somente ara uma vida solitária.

Se se faziam amigos' ela se aai&onaria de novo' e ele sabia. Se fossemamigos' s/ seria questão de temo que come*asse a acreditar de novo nele'acreditar em sua sinceridade' em que a cuidaria e que ele oderia' algum dia'amá,la' embora nunca tivesse amado a ninguém em sua vida. Se come*ava aacreditar nele de novo' estaria alainando o caminho que conduzia

diretamente a seu leito' com o cora*ão na mão' ara que ele o levasse denovo. 3ue 9eus a a)udasse deois disso' orque se voltava a artir' seucora*ão ficaria quebrado em mil eda*os.

Page 116: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 116/164

Page 117: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 117/164

-le se aro&imou ainda mais.?Tem geléia na cara.-la olhou ara outro lado.?Bão?Bão' o queG ?murmurou ele?' não tente fazer que te queiraG

(ohn lhe tirou um ouco de geléia da comissura da boca e deois assouos dedos or seus lábios' limando,os. geléia era ega)osa' sua boca tãosuave.

?8erdoa ?disse com a voz um tanto entrecortada?' mas não osso.3uero,te e quero que dese)e minha volta. 3uero,o tanto' de fato' que meestou voltando louco. 8or isso me asseio sob a chuva e vou 6s comras. 8orisso intento falar de coisas ?resirou rofundamente?. - or isso vivo emuma casa com um salão rosa. Lnclusive então' quando as coisas entre n/sforam mau' ainda ficava um esiono de eseran*a de que um dia voltasse aviver comigo.

5 lábio inferior de #iola tremia sob seus dedos.?Bão te acredito.?-stava acostumado a me amar' #iola ?disse acariciando sua boca?'

todos os dias na hora de tomar o café da manhã' não o recordaG - eradivertido' nãoG

?Sim' sim que o era. ?Seus lábios ro*avam seus dedos enquantofalava. -la se levantou' Cs sua mão ao redor de sua boneca' mas não oafastou' tamouco aartou seu rosto?. Foi divertido durante um temo.

(ohn tirou suas mãos delicadamente e as deslizou or sua nuca. geléia que tinha entre os dedos se aderiu a seu cabelo. inclinou,se earo&imou a cabe*a dela ara si' quase ro*ando,se a metade de caminho.

?Sabe quando come*aram a ir mal as coisas entre n/sG ?erguntou,lhe' detendo o rosto a tão somente cinco centAmetros do dela?. $ome*arama ir mal quando dei&aram de ser divertidas' quando )á não fazAamos nossascoisas favoritas e eu não conseguia te fazer rir.

?Há algumas costure que são divertidas' mas a risada não durasemre' (ohn.

?Sei. ?5lhou sua boca manchada de geléia. 5 dese)o o invadia com talfor*a que não sabia quanto temo oderia contê,lo?. 8or isso e&istem osbei)os.

?;ealmente é tudo tão simles ara tiG?Sim' acredito que s/ você faz que as coisas se)am comlicadas.

Hammond tinha que bei)á,la' embora s/ fora uma vez deois a dei&ariaartir. Suas mãos atenderam seu esco*o e a atraiu um ouco mais ara si.Seus lábios se ro*aram na comissura da boca' saboreando a geléia de suaele' e o razer foi tão intenso' o dese)o tão forte' que não se reocuou detirar a bande)a e assou or cima dela. inda estava sentado' lutando com aardente necessidade de seu coro' contendo,se' eserando' resirandorofundamente o calor violeta enquanto saboreava a geléia de amoras daboca de sua esosa.

-la aartou a cara' interromendo o bei)o. -le sabia que tinha quedei&ar que se aartasse. gora' enquanto ainda odia. Bão estava

rearada' e ele não queria dei&á,la artir de novo. 8ermitiu que sua mãoescorregasse or seu esco*o e se tornou ara trás' tratando de ignorar a

Page 118: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 118/164

agonia de estar tão e&citado' mas sem nenhum consolo. garrou o garfo edecidiu comê,los ovos e o beicon.

-la fez o mesmo' sem olhá,lo' tão somente olhando o rato sobre seurega*o.

3uase estavam terminando de tomar o café da manhã quando (ohn se

sentiu caaz de dizer algo e tentar cercar uma conversa*ão casual.?ssim' me vais ensinar as mudan*as que tem feito na casaG ?erguntou?. 3uero dizer fora ?esclareceu' abrangendo a habita*ão comum gesto da mão?' não esta fantasia floral tão feminina que tem feito nointerior.

?deois desse comentário' ode ir erfeitamente você sozinho ?reCsela com a torrada na boca.

?Mas' se estiver sozinho' osso te aanhar em qualquer lado e teroubar uns bei)os ?disse ele' metendo o beicon na boca' ensando que' selhe roubava mais bei)os sem lhe tirar nada de roua' oderia ser seu fim.

-la comeu o +ltimo eda*o de torrada com geléia.?-&atamente.?#ocê gosta de meus bei)os e sabe ?disse levantando,se. garrou a

bande)a' voltou,se e a Cs sobre uma mesa r/&ima?. Terei que te ratarara a hora de )antar. #Astete' esero,te abai&o.

?Bunca me rataste ?assinalou #iola enquanto se sacudia os miolos desua camisola.

inclinou,se sobre ela' colocando uma mão a cada lado de seus quadris. 5colchão se afundou sob seu eso.

?inda não' mas o dia é comrido ?disse' e a bei)ou raidamenteantes de que ela udesse detê,lo. -le se endireitou e deu meia volta'

dirigindo,se 6 orta?. - a noite ainda mais.?-stuendo ?resmungou ela' como se fora a assar um dia de tortura?. Simlesmente maravilhoso.

#iola o levou a visitar o im/vel' lhe mostrando algumas das coisas quetinha feito. Oostou dos labirintos de madeira que tinha ordenado construirno )ardim' mas era revoltante que tivesse derrubado o abrigo ara asbarcos )unto ao rio' embora gostava dos novos estábulos que tinha mandadoconstruir no ano anterior. (ohn também deu sua arova*ão ao novo celeiro.

?Fez um trabalho e&celente ?lhe disse' e se deteve o lado do lago'contemlando a água?. lgumas das melhoras são boas. Tudo arece muitomarinheiro' ao estilo do <ristol.

?5brigado.lgo chamou sua aten*ão e se deteve. #iola observou como cruzava oembarcadouro de madeira )unto ao lago. o lado do embarcadouro' havia umbote de remos que flutuava na água.

?5s remos estão acima ?assinalou Hammond?' vamos' odemos irelo lago' seguindo a corrente.

#iola sentiu em seu interior uma ontada de areensão e rocurou umadescula.

?Bão faz um ouco de frio ara meter,se na águaG?FrioG Bão. Faz uma tarde reciosa' além disso' não vamos nadar. ?

tirou,se o casaco e o lan*ou dentro do bote.?Bão quero ir remar.

Page 119: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 119/164

?;emarei eu ?disse ele?' você tão somente tem que te sentar naoa e estar bonita enquanto eu emurro os remos' você Miro e recito umouco da Shelle".

-la contemlou como se tirava a gravata' desabotoava os três botõesde sua camisa e se tirava o colete. a)oelhou,se no embarcadouro' inclinando,

se sobre o bote ara agarrar os remos' mas o medo dela foi em aumento.?Bão' (ohn ?murmurou?' não quero ir.?K o mAnimo que ode fazer deois de ter derrubado meu abrigo. K

 )usto' #iola vamos' será divertido.-la se secou o suor das mãos na saia.?(ohn' não' não vou subir a esse boteE5 tom alto de sua voz chamou sua aten*ão. 5lhou,a or cima do ombro.?or que não' acaso te en)oa em barcoG-la aertou a mão sobre seu ventre e se sentiu como se fora a

derimir,se' morto de medo. Sem dizer uma alavra' afundou a cabe*a entreas mãos.

-le a contemlou or um momento' deois dei&ou cair os remos ecruzou o embarcadouro.

?5 que ocorreG?Bão sei nadar.?Lsso é tudoG ?disse renda,se.?Sim. ?-la sentia %nico?. Se o bote se afundar' oderia me afogar.?Bão vais afogar te. ?9ei&ou de rir e elevou a mão ara lhe acariciar

a bochecha?. Sou muito bom nadador.-la negou com a cabe*a.?Bão.

?5 lago está em calma' e a corrente é muito suave. lém disso' não teode ocorrer nada se o bote naufragar' orque eu estarei ali. ?inclinou,se ea bei)ou?. Tão somente tem que confiar em mim ?disse agarrando a da mão?. #enha' não dei&arei que te asse nada' rometo,lhe isso.

?-stou segura de que não me vai gostar de nada ?disse resmungandoenquanto ermitia que a levasse ara o bote.

$om um é sobre o mole de madeira' Cs o outro no bote e oimulsionou ara o embarcadouro.

?(á o tenho' entra.-la resirou rofundamente' arrega*ou,se a saia e deu um ágil saltito

ao interior do bote' sem soltar,se da mão dele. sentou,se na oa e' quando

(ohn a soltou da mão' ela se aferrou 6 coberta de madeira.-le se sentou no bote' soltou amarras e agarrou os remos'sustentando,os em uma mão a seguir imulsionou o bote fora doembarcadouro com a outra. 9eois' encai&ou os remos em seus batentes'olhou ara trás e come*ou a remar elo lago.

?Tem que me avisar quando houver algum salto no riacho ?lhe disseenquanto emurrava os remos com goles suaves' levando o bote sobre aágua a ritmo ráido?. 5s remos tão somente servem ara navegar.

?gora estamos chegando 6 boca do rio ?resondeu ela' olhando orcima do ombro?' a sua esquerda.

(ohn olhou detrás dele' guiando o bote enquanto remava' manobrandoem quão corrente discorria entre abedules e salgueiros chorões. 3uando )álevavam um bom momento em dire*ão fi&a' voltou,se ara #iola4

Page 120: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 120/164

?-stá bemG ?erguntou,lhe?' não te en)oaG desaareceram )á osnervosG

-la mentiu.?Sim.?#ê,oG 8rimeiro esgrima e agora a navegar. !ogo te darei li*ões de

nata*ão.-la o olhou com horror.?Bão' isso sim que não.?Sim' claro que sim ?relicou ele' imulsionando os remos?' nua' 6 luz

da lua ?acrescentou.5 calor come*ou a emaá,la' ela olhou ara trás' o quei&o bem alta'

retendendo contemlar os saltos do rio' fingindo que suas insinua*ões não atinham feito avermelhar.

?Tem uma imagina*ão atroz.?Sim ?assentiu (ohn com ardor. -la sabia que ainda estava olhando,a

e também soube o que imaginava?. (á sei.5 riacho estava tranqDilo e ele remava com facilidade contra a

corrente moderada. Seu coro era forte e seus movimentos suaves efluAdos' resultava quase hin/tico olhá,lo e' enquanto o bote avan*ava elorio' ela tinha que recordar,se a si mesmo que devia olhar or onde foram.

?;ema muito bem ?lhe disse.?Lsto não é remar ?resondeu ele?' quando são dois os remos'

chama,se InavegarJ. Bo remo de verdade s/ se utiliza um.?<em' então' navega muito bem' e também remará muito bem' imagino.?9everia' ois ratiquei muito ambas as coisas em $ambridge e

Harro:. ?tornou,se ara trás com outro imulso de remo?. -u fui remador

ma)or de nossa equie nas regatas do $M' em todas as cometi*ões daSemana de Maio durante os quatro anos que estive em $ambridge.?Oanhou alguma vezG?Habitualmente ?resondeu' e se Cs,se a rir?. 8erc" era nosso

timoneiro' e bastante bom' or certo. -ra tão met/dico' odia dirigir melhorque ninguém.

?9eve )ogar o de menos.5 sorriso se aagou de seu rosto e dei&ou de remar. 5 bote se deteve

e come*ou a escorar' mas ele não areceu dar,se conta. inclinou,se sobre osremos' tirando as ás da água. -la eserou' ensando que come*aria a falarde sua rimo. Mas ele não ronunciou alavra olhava ara a borda do riacho'

mais 6 frente do bosque' sumido em seus ensamentos.?(ohn' no que está ensandoG?(ogo,o tanto de menos' que d/i. ?Meneou a cabe*a como se

dese)asse esclarecê,la mente e come*ou a remar de novo?. vamos falar decoisas mais agradáveis' suõe,se que temos que nos divertir. 8oderAamos Cra rova minha educa*ão universitária' que oeta você gostaria de escutarG-scolhe a qualquer que se)a rom%ntico' assim oderei ser t/rrido'aai&onado e conseguir que me dese)e.

#iola se erguntava se alguma vez teria levado a outra mulher em barcoe lhe teria recitado oesia aai&onada. ;esirou rofundamente e se

mergulhou em uma corrente de ci+mes esantoso.?(ohn' não é necessário que me recite oemas.

Page 121: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 121/164

?IBão há rosto mais belo que o seu' nenhum mais querido. 8reciososmomentos de minha vida' aqueles nos que ela esteve )unto a mimJ

quelas linhas sortes de forma tão reentina não lhe eram familiares'mas o olhar de seus olhos sim lhe resultava muito conhecida. (á a tinha vistoaquele dia duas vezes' no café da manhã' em sua habita*ão' e )usto um

momento antes' quando lhe tinha falado das classes de nata*ão. $ada vezlhe resultava mais fácil acreditar que oderia ser algo mais que merodese)o. ;esirou rofundamente e olhou ara outro lado.

?Bão reconhe*o esses versos.?Seria surreendente que os tivesse reconhecido ?sua voz tinha um

tom malicioso?' osto que os acabo de comor.#iola' surreendida' voltou o olhar ara seu rosto.?gora mesmoG-le assentiu.?-stava acostumado a escrever oesia muito freqDentemente.?Bão sabia. 3uero dizer' sim conhecia as rimas que 9"lan e você estão

acostumado a fazer' mas não sabia que escrevesse oesia.?-u tamouco tinha nem idéia de que não soubesse nadar ?disse

estane)ando?. 8or certo' deverAamos come*ar logo com as classes. 5estaque é o suficientemente ouco rofundo como ara que fa*a é. -ste éum lugar erfeito. 8oderAamos come*ar esta tarde.

?- eu acredito que deverAamos voltar ara casa' come*a a anoitecer 6strês e quero me banhar e me trocar ara o )antar. $umrimos o horário decamo' assim )antamos 6s cinco ?recordou ela.

-le inclinou a cabe*a' olhando,a.?Temos uma banheira o suficientemente grande ara os doisG

?Bão' isso sim que não.Hammond se Cs,se a rir ante a firme urgência de sua voz' mas secalou. 5lhou detrás dele e utilizou um remo ara dar meia volta.

;emou com a corrente e nenhum dos dois ronunciou alavra. mentede #iola se manteve entretida reetindo os versos que ele tinha comosto'seu cora*ão não queria escutar.

?8osto que não arece muito surreendida elo +ltimo oema quetenho comosto sobre ti' tenho outro mais ?disse ele' romendo o silêncio.deteve,se e tirou os remos da água e' na tranqDila suerfAcie do lago' o boteficou im/vel?. >ma rima.

-la ercebeu aquele olhar brincalhão em seus olhos.

?>ma rima sobre mimG?I$onhe*o uma mulher do Hamshire' com um sorriso que conquista aqualquer homem. Seu cabelo dourado é um resente' seus olhos' como o lodoe seus bei)os' um razer sem d+vida.J

?5 queG ?-la se levantou do assento de madeira' sentindo um tantoindignada' aesar de que seus bei)os fossem razenteiros?. Meus olhos nãosão da cor do lodo.

?São e&atamente dessa cor ?disse assinalando a borda r/&ima dolago?. $omo essa lama arda esverdeada' não há nada de mau nisso ?acrescentou enquanto ela sorava com horror?. Muito brit%nico' não crieG'

e bastante oético.?8oéticoG ?-la se cruzou de bra*os?. Se suõe que os oetas devemcomarar os olhos de uma mulher com as estrelas' o céu e coisas assim. Se

Page 122: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 122/164

comarar meus olhos com o lodo ardo esverdeado forma arte de seu lanoara me seduzir' não te vai funcionar.

5 olhar brincalhão voltou ara seus olhos. (ohn tirou os remos de seusbatentes e os dei&ou cair no interior do bote com um gole. dirigiu,se araela e #iola conteve a resira*ão ante a reentina intensidade do momento.

9eslizou seus )oelhos frente a ela e Cs suas mãos sobre seus quadris'agarrando com os dedos o resaldo do assento de madeira.inclinou,se e ro*ou ligeiramente seus lábios.?- isto o queG ?erguntou?' funcionaG-la se Cs,se a tremer.?Bão ?disse' e aertou firmemente os lábios.?#iola' sei sincera ?murmurou frente a seus lábios?' )á sei que hei

dito que seus olhos são como o lodo do lago' mas também que seu cabelodourado era um resente e seus bei)os' um razer. ?-le mordiscou seuslábios?. ssim me dê um desses razeres agora' me bei)e.

-la voltou a cara.?Bão vou bei)ar te ?disse' e tentou não ferir seus sentimentos

renda,se?. Bão' não. 8erdeu sua oortunidade com isso do lodo.-le se Cs,se a rir também' com uma risada rofunda e gutural.?Mas se o lodo inglês é muito belo ?disse bei)ando,a na bochecha?'

eu gosto.Suas mãos se deslizaram or suas costas' de uma forma tão reentina

que a surreendeu' e ele a elevou sobre seus )oelhos. $omo não o eserava'ela se agitou em seu rega*o com uma risada' fazendo que o bote se movesse.

?(ohn' araE ?gritou' lutando enquanto ele voltava a dei&á,la sobreseu rega*o. 5 bote se cambaleou de novo' inclinou,se muito e derrubou'

atirando,os a ambos 6 água.#iola sentiu como a água cobria sua cabe*a' afogando sua risada. gitouos bra*os com um %nico reentino' desorientada e incaaz de ver nada nasescuras rofundidades. Mas ali estavam as mãos do (ohn' agarrando a dosbra*os' elevando,a e ondo a de é.

?Tenho,te ?disse abra*ando,a?' tenho,te.-la tomou ar' e se agarrou 6s dobras molhadas de sua saia' sentindo

como diminuAa o %nico enquanto (ohn a mantinha firmemente aertadacontra si' seus és tocavam o fundo do lago e a água s/ chegava ao meiocoro.

?-stá bemG ?erguntou,lhe' afastando,se ara olhá,la. artou,lhe

uma mecha de cabelo molhado da cara.?-stou bem ?disse esfregando,os bra*os?' com frio' mas bem.(ohn se a)oelhou e a agarrou em bra*os' com a roua molhada.?lguma recomensa deveria ter or fazer oemas ?lhe disse

burlando,se enquanto a levava a borda?. >m mergulho de cabe*a em águafria e nenhum bei)o

?$om isso basta ?relicou ela enquanto a dei&ava de é na borda. -lase voltou enquanto ele ia recolher o bote?. 5lhos como o lodo nada menosE?e&clamou or cima do ombro' mas não Cde evitar sorrir enquanto seagarrava a saia emaada com as mãos e subia ela borda' ara o montAculo

de erva.Capítulo 15 

Page 123: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 123/164

9eois de seu mergulho de cabe*a na água turva do lago' tanto (ohncomo #iola necessitaram um banho e trocar,se de roua antes de )antar. scozinheiras lhes levaram água quente e encheram a banheira de cobre. #iolafoi rimeira em banhar,se e' enquanto $eleste lavaba e secava seu cabelo

com uma toalha' em tudo o que odia ensar era no olhar dos olhos do (ohnrecitando aqueles versos sobre ela. ;ealmente sentia o que diziaGquela ergunta voltava uma e outra vez a sua cabe*a enquanto $eleste

a a)udava a secar,se e a envolvia em uma bata de seda de cor rosa. #iolaentrou no vestidor que estava ao lado do banho e $eleste a seguiu. donzela come*ou a tirar ob)etos ara que ela escolhesse' mas a mente de#iola não estava no vestido de noite.

Tinha sido ou não sincero com elaG $om todas as demais mulheres comas que tinha estado' como odia estar segura de que significava mais araele que qualquer outraG - como odia estar segura de que ia durarG #iolaouviu os serventes )ogando água quente no banheiro ara o (ohn' e imaginounu' entrando na banheira. ;ecordava muito bem como era seu coro' e suaslembran*as e sua imagina*ão come*aram a atormentá,la' ao igual aos sonhosda noite anterior.

!he havia dito que nunca tinha querido tanto a ninguém. Havia dito quenão havia rosto mais belo que o seu. 9e verdade sentia todo aquilo que diziaG#iola tratou de recordar,se a si mesmo que com as alavras não bastava.3ue seu dese)o não significava nada. Mas era difAcil reocuar,se dissoquando quão +nico fazia era recordar o dese)o que ela mesma sentia quandoa bei)ava e a acariciava.

IHouve uma vez em que tudo ia bem entre n/s' recordaGJ

$laro que o recordava.#iola se aertou a frente com os dedos' tão nervosa e incCmoda quenão odia ensar.

?Milad"G ?erguntou $eleste?' encontra,se mauG-la bai&ou a mão.?Bão' encontro,me muito bem' obrigado' $eleste. mulher que tinha sido sua donzela desde que #iola tinha quinze anos

sorriu de alAvio e lhe aro&imou dois vestidos.?Marfim ou azul geloG?zul ?disse #iola sem reocuar,se muito' e sua donzela abandonou

o vestidor com o ob)eto azul na mão.

#iola a seguiu e ao outro lado da orta do banho ouviu a voz do (ohnfalando com o Stehens. Bão entendeu o que dizia a sua a)uda de c%mara'orque em sua mente s/ odia ouvir suas alavras no café da manhã daquelamanhã.

I3uero,te e quero que dese)e que volte. 3uero,o tanto' de fato' queme estou voltando louco incluso então' quando as coisas entre n/s forammau' ainda ficava um esiono de eseran*a de que um dia voltaria a vivercomigo.J

de reente' tudo lhe areceu diáfanamente claro' e todas suasemo*ões mescladas se fundiram em uma decisão muito simles. ;esirou

rofundamente e se dirigiu a seu dormit/rio' onde a donzela estavadei&ando o vestido de seda azul sobre a cama.

Page 124: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 124/164

?$eleste ?lhe disse' detendo,se ante ela?' envia a alguém 6 cozinha adizer que o )antar se atrasará ao menos um ar de horas.

Sua donzela lhe dirigiu um olhar de surresa' mas assentiu.?Sim' milad".?#ê e encontra algo que fazer até que mande te chamar' se é que te

chamo ode que não o fa*a.>m gesto de comreensão se abateu no rosto da anciã' de comreensãoe absoluto assombro. Bão obstante' fez uma reverência de cortesia eartiu' or isso #iola ficou sozinha em sua habita*ão. -ntão se dirigiu araseu enteadeira e agarrou um ente. desenredou,se as ontas do cabelo'mas não o recolheu na nuca4 o dei&ou solto' dei&ou a um lado o ente e seencaminhou de novo ao vestidor.

-le ainda estava no banheiro' ela odia ouvir o som da água e sua vozenquanto falava com sua a)uda de c%mara. $om a mão no omo da orta'deteve,se s/ um instante ara resirar fundo e abrir a orta.

(ohn estava recostado na banheira' seus bra*os descansavam nosborde de cobre' e Stehens estava de é com uma toalha nas mãos. 5s doishomens elevaram o olhar surreendidos ao vê,la entrar.

Lgnorando 6 a)uda de c%mara' ela olhou a seu marido.?9izia,o a sérioG ?erguntou sem cerimCnias.-le olhou ao Stehens e fez um gesto ráido. 5 a)uda de c%mara

dei&ou a toalha no toallero' )unto 6 banheira' e se foi ela orta docorredor' fechando,a detrás de si.

#iola aertou as mãos' eserando.(ohn se recostou na banheira' Sorrindo enquanto a olhava.?Se dizia a sério o queG ?erguntou com certa inocência retendida'

ois o olhar ardente de seus olhos refletia o contrário?. 3ue seus olhoseram da cor do lodoG-la titubeou' sentindo,se de reente tAmida e sufocada' erguntando,

se se não estaria a onto de cometer um engano terrAvel.?Bão ?sussurrou' e o medo retornou de novo. Seu cora*ão ulsava tão

deressa no eito' tão forte' que estava segura de que ele odia ouvi,lo dooutro lado da habita*ão' enquanto ela ermanecia de é' em uma agonia deincerteza?. 5 outro oema' sobre que nunca Itinha querido tanto aninguémJ' Ios momentos reciososJ e todo isso e e o que disse estamanhã' que eserava voltar a viver comigo algum dia. 9izia,o a sério' ou s/eram alavras que queria que eu escutasseG

-le não resondeu' e esse momento de d+vida a dei&ou destro*ada.?Bão imorta ?murmurou' dando meia volta ara retornar 6 seguran*ade seu vestidor. >m chainho foi quão +nico a alertou de que ele estavasaindo da banheira' e tão somente tinha odido dar dois assos quando obra*o dele rodeou sua cintura e a atraiu ara si.

?$laro que o dizia a sério ?disse com voz bai&a e grave. <ei)ou seuesco*o?' dizia,o a sério' #iola.

Seu coro estava molhado' sua boca quente e a sensa*ão de ambosdesintegrou qualquer resistência que ela udesse ter devotado. $omo ummaldito lasus' o anseia que ela tinha estado contendo durante anos se

desatou em um instante. $om um gemido' voltou,se e rodeou o esco*o delecom seus bra*os. anhou sua boca com a sua e o bei)ou' um bei)o ansioso'nascido de todo esse temo que não tinha estado com ele' de estar sozinha

Page 125: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 125/164

e ferida. aertou,se contra ele' bei)ando,o com toda a ai&ão que lhe tinhanegado' a ele e a si mesmo.

-le dei&ou escaar um som' ossivelmente de surresa' mas seusbra*os a aertaram e o bei)o foi ainda mais rofundo' sua lAngua entrou emsua boca e suas mãos se encai&aram em suas nádegas. Tudo no mundo tinha

erdido significado' tudo salvo (ohn.Sua boca se desfazia na dela em bei)os quentes' rofundos' e emequenas dentadas ráidas a seus lábios enquanto a levava de costas daorta do vestidor ao dormit/rio' situado detrás.

9entro do quarto' movia e guiava seu coro como se estivessemdan*ando. 3uando suas costas se chocou contra a arede contigDa 6 cama'ele agarrou o cinturão de seu vestido' desabotoou,o' abrindo,o e dei&andoque o ob)eto caAsse or seus ombros' até seus bra*os. ficou enganchado emseus quadris' ela se searou da arede e o vestido caiu com suavidade a seusés.

5 ambiente da habita*ão era frio' mas quando as mãos do (ohntocaram sua ele nua' o calor surgiu dela como o fogo. -le acariciou seuseitos' guardando,os ente suas mãos' seus dedos se abateram sobre seusmamilos eretos' ressionando,os com tanta delicadeza como os bei)os quelhe dava nas bochechas' o esco*o' a nuca ou os lábios.

-la osou suas mãos sobre seus ombros fornidos' sua ele ainda estava+mida da água do banho' mas quente como o fogo de suas mãos. !heacariciou contemlando seus dedos enquanto ercorriam seu torso nu.;ecordava,o' aquela muralha de m+sculos de seu eito e o abdCmen rAgido eliso sob seus dedos. 5 coro do (ohn' com a mesma for*a bruta de fazianove anos. cariciou seu ventre liso e lano mas' antes de que udesse ir

mais 6 frente' ele agarrou suas mãos e as searou de si.?Shhhh ?disse quando ela rotestou.?Mas quero te tocar.?Mais tarde ?e a bei)ou ara sossegar qualquer outro rotesto'

agarrando a das mãos' desdobrando seus bra*os enquanto a ressionavacontra a arede.

-ntão' agachou a cabe*a e bei)ou um de seus eitos' saboreando esugando rimeiro um mamilo e logo outro' enquanto a mantinha risioneiracontra a arede. 5 coro inteiro de #iola tremeu enquanto ele a acariciava e )ogava com seus eitos. -la susirou' queria mais. 3uando ele mordeu seusmamilos' seu coro ficou ereto e roferiu um equeno som' suave e doce' de

razer desenfreado. -la sentiu como se umedecia entre as co&as' estirou,se' fazendo for*a contra ele' seus quadris come*aram a agitar,se' aindaqueria mais. rqueou a cintura ara ele' mas ainda estava muito longe.

?(ohn' me toque.Sua boca abandonou o mamilo e bei)ou a suave ele do eito.?(á o estou fazendo.?Bão brinque agora' me toque ?imlorou ela.?5ndeG?(á sabe onde.?Bão' não sei ?disse' bei)ando,a.

-la se quei&ou' estirando,se entre seus bra*os.?Sabe' claro que sim.-le se ergueu enquanto suas mãos brincavam com seus eitos.

Page 126: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 126/164

?diga,me isso eu gosto quando me diz isso' recordaG-la se lembrava muito bem' e uma e&cita*ão desmedida fluiu or todo

seu ser' teve que esconder seu rosto ardendo entre seus ombros' agitando acabe*a. -le queria muito e muito logo. 8assou seus dedos elo vértice desuas co&as.

?AG ?erguntou com ternura.-la assentiu contra seu ombro e ele deslizou um dedo entre suasernas ara acariciar aquele lugar +mido e suave onde mais ansiava sertocada. #iola susirou entre seus bra*os.

?-u gosto' (ohn' eu gosto.?Sei' #iola ?disse bei)ando,a na boca?' mas sei que há algo que você

gosta ainda mais.a)oelhou,se e ela soube imediatamente o que ia fazer. $ome*ou a

tremer enquanto a bei)ava entre as co&as' o ventre e ainda mais abai&o.Seus dedos se deslizaram or sua boca' movendo,se cuidadosamente aoredor de sua covinha. -le sorriu' acariciando com a onta dos dedos amancha de nascimento com forma de violino que ela tinha na co&a.

?!embran*a esta marca de nascimento ?murmurou?' tive numerosossonhos er/ticos com ela.

(ohn a bei)ou e deois ainda mais acima' seus lábios ro*aram asuavidade de seu êlo. -la se aertou contra ele' gritando ante o razercarnal daquele bei)o' ele a aferrou ela cintura' sustentando,a no ar'aanhada contra a arede.

-le sugou com do*ura' rimeiro abai&o' deois outra vez acima'movendo sua lAngua or toda a e&tensão de seu se&o' saboreando,a'enquanto sentia ontadas de calor or todo seu coro. -la se retorcia'

tremendo com cada suave lamet/n de sua lAngua' e suas mãos se aferraramaos ombros dele em equenos movimentos convulsos.?(ohn' 5H' (ohn ?susirava' movendo os quadris contra sua boca.

#iola dese)ava mover,se' era incaaz de estar,se quieta naquela doce risão.Sua lAngua se osou nesse lugar esecial que ele sabia que lhe roduzia

tanto razer' e o lambeu com raidez' com ligeiros toques' e )usto quandoela ensava que ia enlouquecer' rela&ou a for*a de seus bra*os e ela Cdemover os quadris ara sua boca ara obter todo seu razer. #iola se agitou'tremendo entre seus lábios' em quebras de onda de ê&tase que areciam ire vir' inclusive quando ele esa*ava as carAcias de sua lAngua em brevesbei)os. ! saboreou uma vez mais' deteve,se e se ergueu ante ela.

#iola tinham abandonado as for*as e se entregou a ele' tremendo'com os bra*os firmemente aertados contra sua cintura' seu coro aindaagitado ela for*a de seus orgasmos.

-le aertou sua cintura contra a dela e #iola sentiu seu vigor' quente eduro contra seu ventre. garrou,o entre as mãos' mas seus dedos nãoodiam abranger comletamente seu membro' e o aertou' e&lorando essaforma que ainda lhe resultava tão familiar.

-le a deteve.?3uero te ossuir ?disse com reentina urgência.artou suas mãos e a )ogou sobre a cama' C,la de barriga ara cima e

com o )oelho entreabriu suas co&as.?te entregue ?susirou colocando seu coro sobre o dela' fazendo queseu eso descansasse sobre seus bra*os?. gora' #iola' agora.

Page 127: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 127/164

Seus movimentos eram se deseserados' ensou ela' com razer edesesero ante suas s+licas. Seu ênis ressionou com ê&tase os lábios deseu se&o' e&igindo entrar' e ela abriu mais as ernas' oferecendo,se a ele.

-le a enetrou e ela o recebeu entre susiros. $laro que se lembrava'era (ohn' tão forte e ardente' tão duro' enetrando,a' era (ohn' que a

bei)ava e mordiscava no esco*o' a garganta e o ombro' fazendo,a agitar,seinclusive agora' que a tinha atendida entre os quadris' obrigando,a a aceitarseu tamanho' enetrando,a cada vez mais' com cada imulso.

Sim' ela o recordava' a quente do*ura dele em seu interior. Ouando aonta de seu ênis chegou ao mais rofundo dela' a esse lugar delicioso queroduzia mais agradar que nenhum outro dos que ele tinha saboreadomomentos antes' ela também o recordou' enquanto gritava4

?Sim' (ohn' simEFrenética e e&tasiada ante esta +ltima e&losão' corresondeu a seus

arremessos emurrando também' e suas alavras de s+lica come*aram asair em turba' em uma série de sAlabas descone&as4

?Mais deressa' 5H' or favorE' 5H' or favorE' 5H' sim' or favorEgDentando o eso sobre seus antebra*os' ele obedecia a suas

frenéticas e&igências' enetrando,a raidamente e com dureza' uma e outravez' até que conseguiu voltar a levá,la ao clAma&' com os ombros e os bra*ose&tenuados de sustentar seu eso.

?#êem' (ohn' vêem ?sulicou?' mais' mais. ?3uando ele voltou aenetrá,la de novo' aertou as nádegas com for*a e todos seus m+sculos seesticaram em fortes convulsione ao redor de seu membro.

-le roferiu um grito afogado e suave' enredado em seu cabelo'deslizou seus bra*os detrás dela' e aertando,a contra si como se não

udesse estar mais erto dela' enetrando,a,o mais rofundamente queCde' e)aculou violentamente enquanto seu r/rio razer se desatava semremédio. Seu coro ficou rAgido e o calor de seu clAma& se transbordoudentro dela.

-le chegou ao orgasmo em cima dela' ofegando contra o travesseiro.-levou a mão ara acariciar sua bochecha.

?#iola ?susirou?' 5H' 9eus' #iolaE ?;esirava com for*a' bei)andoseus cabelos' suas orelhas e sua têmora?. $laro que o dizia a sério ?lhedisse em um sussurro duro e seco?' disse a sério cada maldita alavra.

-la sorriu' acariciando suas costas' assando seus dedos sobre asfortes e rAgidas linhas de m+sculos e fibra' encontrando,se com o eso duro

e familiar do coro de seu marido.I(ohn ?ensou' mantendo,o ereto na rofundidade de seu coro?'bem,vindo a casa.J

Capítulo 16 

? (ohnG9esertou com o som de sua voz e foi então quando se deu conta de

que se ficou dormido. Lnalou sua fragr%ncia a violetas e isso o e&citouimediatamente' desertando totalmente enquanto recordava o ato

aai&onado de fazia uns momentos. Seus bra*os se enroscaram ao redordela e a aertou fortemente contra si' cobrindo com seu eito a delicada e

Page 128: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 128/164

suave ele de suas costas. esfregou,se contra seu esco*o e bei)ou seuombro nu.

?HumG?K hora de )antar. ?#iola se estirou entre seus bra*os?. -stou

faminta.

?-u também ?disse agradado' assando a mão or seu quadril nu.-la se Cs,se a rir e aartou a mão.?Faminta de comida ' quero )antar.?Bão odemos )ogar um ouco' rimeiroG ?-stendeu a mão sobre seu

ventre e cobriu um eito com a outra?. (á comeremos deois.?5s )ogos requerem alimento ?assinalou ela mas' enquanto o dizia'

come*ava a render,se' arqueando seu coro contra o do (ohn' ressionandoseu quadril contra seu membro.

$om delicadeza' ele acariciou seu ombro e brincou com seus eitos'ro*ando seu ventre' sentindo como tremiam os m+sculos ante suas carAcias.

?inda tem c/cegas' nãoG?(ohnE ?agitou,se entre seus bra*os' rendo.-le deslizou a mão entre suas ernas e' ao fazê,lo' a risada dela se

tornou em um gesto de uro razer.-stava +mida e come*ou a acariciá,la.?$omida ou )ogosG' o que quer rimeiroG?$omida.?9e verdadeG ?briu,a lentamente' com delicadeza' brincando?. -u

acredito que rimeiro quer isto. Sei.(ohn odia vislumbrar seu erfil ante a tênue luz da tarde que se

filtrava or uma fresta das cortinas. #iu como se mordia o lábio' agitando a

cabe*a.?Bão' não ?negou ela' aesar de que come*ava a mover,se ao ritmo desuas carAcias?. $omida.

?8rimeiro' )ogos ?introduziu a onta dos dedos em seu se&o'dobrando,os ligeiramente e estendendo sua umidade em cArculos' tirando,ose colocando,os uma e outra vez?. #enha' #iola ?lhe imlorou?' me dei&e.

-la agitou a cabe*a' esta vez com um gemido.(ohn deslizou seu ênis entre suas co&as' mas não a enetrou. -le

gemia enquanto continuava tocando,a. -la come*ou a sacudir,se com cadacarAcia de seus dedos e come*ou a roferir aqueles sons suaves e rofundosque lhe indicavam que estava chegando ao clAma&.

?Se realmente quer comer ?continuou' enquanto sua r/riaresira*ão se fazia mais ráida?' osso arar agora e vamos )antar. 3uerque areG

?Bão' não. Bão ares' (ohn' não ares.?SeguroG-la assentiu' frenética.?Seguro.?9ese)a,me mais que comerG?Sim' sim ?gemeu ela?' sim.(ohn a enetrou' arremetendo com for*a or detrás' enquanto a

agarrava or diante. -la chegou ao orgasmo quase imediatamente' gritandoenquanto o atendia com as sacudidas r/rias do clAma& feminino quefizeram que ele também e&lorasse.

Page 129: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 129/164

9eois' ele acariciou seu quadril enquanto seus m+sculos interioresdei&avam de aferrar,se a seu membro. -stava saciada' mas ele não se moveuentão' gostava daquilo' ter a daquela forma' em seu interior' semre lhetinha gostado.

?(ohnG

Sua voz quase resultava sulicante.?HumG?8odemos ir )antarG-le roferiu uma gargalhada e rodou sobre suas costas.?-sero que sim ?disse com voz entrecortada?' orque se segue

e&igindo estas e&tenuantes demonstra*ões de afeto' vais ter que mealimentar bem.

!he lan*ou o travesseiro.

9urante o )antar' #iola tentou não observar a seu marido' mas seuolhar se mantinha fi&a nele' sentado ao outro lado da larga mesa. inda lheresultava estranho vê,lo ali' mas se sentia bem' de algum )eito estava bem.

-le elevou a cabe*a e seus olhares se encontraram' suas sobrancelhasse arquearam em um gesto de interroga*ão.

?-stá,me olhando com muita intensidade ?disse Sorrindo?' or queG?-stou tentado me acostumar a verte sentado nessa cadeira.(ohn bebeu um sorvo de vinho.?-' você gosta' #iolaG ?erguntou,lhe?. 5u nãoG-le não estava brincando.?Sim ?admitiu ela?' resulta estranho' mas eu gosto' embora ?

acrescentou com voz algo severo?' realmente deveria ter em conta oshorários do -nderb"' e não dever )antar tão tarde.?Sinto,o muito ?sorriu e agarrou ar' ainda odia conseguir que o

cora*ão dela se acelerasse quando sorria?' resultou,me imossAvel virantes.

? sobremesa' milord ?Ha:thorne colocou uma terrina de cristal emfrente dele e um lacaio fez o mesmo com ela. #iola agarrou sua colher etomou um ouco de bolacha bêbada.

?!eve,lhe a voz do (ohn' suas alavras sem emo*ão' fizeram que #iolaelevasse o olhar do rato. Seu rosto carecia da mesma e&ressividade quesua voz' e a severidade era tão surreendente que ela dei&ou cair a colher.

-ra como se não estivesse olhando o rosto de seu marido' a não ser umamáscara do mesmo.Ha:thorne se levou a sobremesa que acabava de colocar sobre a mesa.?3uer outra coisa' milordG?S/ 5orto.5 mordomo deu um asso ara trás e Cs a sobremesa do (ohn na

bande)a. Trou&e uma garrafa do 5orto e uma ta*a' serviu o vinho e' umavez mais' retirou,se.

(ohn' como se tivesse notado o olhar escrutinadora dela' moveu,seincCmodo na cadeira.

?-u não gosto da bolacha bêbada ?disse sem olhá,la.?Tinha esquecido o muito que te desagrada.

Page 130: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 130/164

?K estranho' bolacha eson)osa e nata' or que não teria que megostar deG 9eve ser que tenho um absurdo dese)o de ser diferente detodos os brit%nicos.

-le sorriu outra vez' esse sorriso brilhante' que fazia que seu cora*ãose detivera' mas esta vez não a olhou aos olhos. -ra algo mais que mero

desagrado. Havia algo e&tranhamente doloroso nesse sorriso' que tambémdoeu a ela. -ra vazia. #iola dei&ou o guardanao )unto a seu rato.?Ha:thorne ?disse?' leve,se também o meu' or favor' não o quero.

- me traga uma ta*a de madeira.?Bão tem or que ?disse (ohn enquanto o servente se retirava com a

sobremesa ao meio comer.?credito que sim' você molesta inclusive olhá,lo.-le não resondeu' mas tamouco era necessário. -la sabia que o

odiava' mas se erguntava or que.-le voltou a cara.?Seria tão duro' (ohn' que me contasse issoGMas como ele seguia ainda em silêncio' #iola dei&ou a um lado seu

aborrecimento e olhou ela )anela.?5 sol se está ondo ?disse?' semre você gostava de assear

durante Cr,do,sol. 8ode que me tenha esquecido do da bolacha bêbada' massim recordo isso. ?Tomou sua ta*a de madeira de onde a tinha dei&adoHa:thorne?. garramos nossas ta*as e vamos dar um asseio elo )ardimG

garrou seu 5orto e saAram ao ar fresco da noite de maio. 8or umacordo tácito' come*aram a caminhar or um atalho com cascalho'flanqueado de canteiros com erva' ara o mirante sobre o rio. -nquantocaminhavam' ela ercebia o aroma doce dos arbustos e os casulos de rosa ao

meio abrir' e as lembran*as da éoca de seu noivado foram a sua mentelembran*as agridoces de seus dias de noivado' quando (ohn os levou a ela ea seu irmão ara )antar a essa casa' ao -nderb"' e como lhe agarrava a mãoquando nthon" não olhava. -la assava ali a maior arte do ano' mas nãotinha caminhado or esse atalho a/s. Sem o (ohn' não teria sido o mesmo.

?;ecorda quando estava acostumado a organizar )antares aquiG ?erguntou,lhe?. antes de que nos casássemos' semre asseávamos deois.

-le a agarrou da mão' e a agarrou de novo com raidez quando elatentou retirá,la. -ntrela*ou seus dedos com os dela.

?;ecordo,o' #iola.Subiram os degraus do mirante' uma estrutura redonda e aberta de

colunas de edra calcária' cobertas or uma c+ula de cobre que fazia )átemo que tinha reverdecido. Subiram ao muro de edra da arte traseirado mirante e se sentaram nele' como estavam acostumados a fazê,lo.garrados da mão' contemlaram os @e: Oardens' no lado oosto doTámesis' as barcos amarradas nos embarcadouros )unto ao rio' uma vezacabada a )ornada.

Benhum dos dois ronunciou alavra enquanto caAa o sol. -le nãoarecia inclinado a falar e ela não sabia or que lhe resultava tão difAcilabrir,se. #iola não entendia o que era o que o mantinha encerrado em simesmo.

Mas essa noite' em sua cama' na escuridão doce e quente' não houvenada oculto. Bão havia nada horrAvel na forma em que a acariciava e a

Page 131: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 131/164

bei)ava' a forma em que o fazia o amor. #iola o saboreou com todo o anseiados oito anos sem ele mas' or muito que ele a agradasse' não era suficiente.

como semre tinha acontecido' havia coisas que se interunham entreambos. Sem amor' o que odia ela lhe dizer. Temia que algo que dissesse oufizesse nunca seria suficiente como ara que lhe contasse or que não

gostava da bolacha de nata e or que sua inf%ncia tinha sido um esadelo.-la temia não encontrar a chave que abrisse seu cora*ão. Sobre tudo' temiaque ele não guardasse seus sorrisos' seus bei)os e sua oesia s/ ara ela.

#iola gostava de fazer o amor elas manhãs. Mas' quando (ohndesertava' qualquer idéia que tivesse de agradar a sua mulher ficavadesterrada imediatamente. Tão somente conseguia lhe dar um bei)o' umsozinho' antes da seguinte interru*ão.

>m gole na orta foi o +nico aviso antes de que esta se abrisse eentrasse Tate com um montão de cartas na mão.

? corresondência da manhã' milad" ?disse olhando 6 frente.Mas' quando viu a senhora da casa escarranchado em cima de seu

marido' nua' com tão somente arte dos len*/is cobrindo,os' avermelhou atéficar como um tomate.

?5HE ?e&clamou' dei&ando cair as cartas ao chão?' sinto,o muitoEaferrou,se ao trinco e saiu da habita*ão' fechando a orta atrás dela.?#iu sua caraG ?sussurrou #iola?' Meu deus' vá susto lhe demos'

estou segura de que ensa que somos absolutamente indecentes' fazendo oamor 6 luz do dia' e eu sem camisola.

(ohn rodou em cima dela' sentindo o ar fresco da habita*ão sobre suas

costas e o calor de seu coro debai&o dele.?te esque*a do Tate' o que estávamos fazendoG?Hum' me dei&e ensar ?com os olhos entreabridos' ela inclinou a

cabe*a?' acredito que estava me bei)ando.?hE' era isso ?agachou a cabe*a e saboreou seus lábios?' eu gostaria

de tomar um ouco de geléia de amoras. modo de resosta a sua eti*ão' ouviu,se outra chamada na orta e

uma donzela entrou na habita*ão' entre um tra)An de ratos.?5 chá da manhã' milad"' 5HE?9eus' tenha iedade ?murmurou (ohn' e a donzela deositou

assustada a bande)a sobre a mesa ara desaarecer fechando a orta.

!ogo se ouviram algumas vozes que murmuravam no corredor e umasquantas risadas' sem d+vida' comentando o fato de que nenhum homemassava a noite inteira no dormit/rio de sua mulher. (ohn eserou até que oruAdo desaareceu' simlesmente ara estar seguro de que não ia entraroutra donzela com carvão ara a estufa e' então' iniciou sua razenteirae&lora*ão do lu&urioso coro de sua mulher.

?Bão quer cháG ?erguntou ela aartando,o com um sorriso malicioso.? menos que se)a algo teu que ossa bei)ar' esquece,o ?disse' e

deslizou suas ernas entre as dela. orta do corredor que dava a seu dormit/rio se abriu.

?MilordG ?-ra Stehens' que o buscava?. 5 senhor Stone estáabai&o' eserando,o.?Stehens ?gritou (ohn da habita*ão contigDa?. Fora daquiE

Page 132: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 132/164

?Sim' milord.!ogo ouviu como se fechava a orta' mas sua a)uda de c%mara s/ tinha

sido uma interru*ão entre outras muitas. desvaneceu,se a magia.?me recorde que tenha um equeno bate,ao com o servi*o sobre a

rotina da manhã ?sussurrou (ohn rodando sobre suas costas' aartando,se.

#iola riu e se levantou da cama' dei&ando que seu cabelo solto caAssesobre os ombros' agarrou a camisola e a bata e os Cs.?8ossivelmente se)a um ouco insaciável ?disse enquanto se atava o

cinturão.?LnsaciávelG ?(ohn deu um salto e foi atrás dela. -la roferiu uma

risada e se tirou de no meio' mas ele a agarrou ela cintura e a atraiu orvolta de si?. #ocê é a que quase acaba comigo ontem 6 noite' não tinhasuficiente.

?5 queG 5H' que escandalosoE ?e lhe deu um emurrão.-le a bei)ou no esco*o.?dmite,o.?Bão' não se)a tão resun*oso. ?-la se searou dele e agitou a

camainha ara chamar a sua donzela?. lém disso' seu secretário te estáeserando e eu tenho que voltar ho)e ara a cidade' assim é melhor quedei&emos nossos dias de férias e fa*amos algo +til.

?or que temos que ir a !ondresG?Tenho que organizar o baile' o baile de caridade ara os hositais.-le grunhiu.?Temos que irG Rdio essas festas de disfarces.?Minhas obras de caridade são muito imortantes ara mim. lém

disso' )á me erdi isso o ano assado' não osso voltar a faltar. - não sei do

que te quei&a ?acrescentou?' você não ode ir.?or que nãoG-la riu' segura de que esta vez o tinha aanhado.?Bunca te enviei convite.?Bão imorta ?riu ele também?' falsifiquei uma de lad" 9eane faz

anos. ?-le a bei)ou e se encaminhou a seu dormit/rio?. Bão imorta quese)a tão malote )ogando &adrez ?disse assentindo com a cabe*a.

Fechou a orta e do outro lado a ouviu e&clamar4?Bão osso acreditar que me tenha casado com um homem tão

imossAvelE

Seu secretário o estava eserando no estudo.?legra,me que se recuerou do saramo' Stone ?disse rodeando o

escrit/rio. Tinha assado muito temo desde que se sentou ante esseescrit/rio' ensou' mas se sentia bem atrás dele.

?5brigado' milord. ?5 secretário abriu suas astas?. Tem muitacorresondência que resonder.

?-stou seguro disso' com você fazendo o vago' ali no $laham' durantea +ltima semana e meia a meus gastos.

Stone tinha trabalhado com ele o temo suficiente ara dar,se conta

de que estava brincando' mas o obre homem carecia de senso de humor.8ermaneceu imassAvel.?Minhas desculas' milord.

Page 133: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 133/164

(ohn susirou e trocou de tema.?lgo imortanteG-m vez de resonder' Stone girou a astas ara que (ohn udesse ver

o conte+do4 estava cheio' comletamente cheio de equenas folhas de aelrosa erfumado' dobrado. -ram da -mma.

(ohn contemlou as cartas e toda sua diversão desaareceu'convertendo,se em irrita*ão.?9eus' 9eus ?murmurou?' quantas háG?$inqDenta e nove' senhor' todas do $alais.?Todas dos +ltimos dez diasG ?garrou um montão' erguntando,se

que tio de mulher faria uma coisa assim. Tentou voltar a ensar na mo*aque tinha sido seu amante aquele outono e inverno' e tão somente Cderecordar alguma vaguedad' costure sem imort%ncia. ;uiva' olhos verdes' umencanto doce que desfrutou com facilidade e esqueceu com a mesma raidez?. 3ue esera conseguir com este bombardeio de corresondênciaG' maisdinheiroG

Stone não resondeu' ois sabia que a ergunta era ret/ricasimlesmente' eserou instru*ões.

?Stone' quero que5 som da orta que se abria o interromeu.?(ohn' quando quer que vamos 6 cidadeG ?#iola se deteve na soleira'

com o olhar fi&o no montão de cartas rosas que ele tinha na mão. Seu rostoemalideceu e seus olhos se abriram como ratos. (ohn Cde ler seusensamentos nesse momento como se os tivesse escritos na frente.

?#iola ?come*ou a dizer.?Sinto,o ?disse ela?' não retendia te interromer' esquece,o'

levou,se a mão 6 boca' deu meia volta e artiu.?#iola ?a chamou Hammond.-la se deteve um instante' mas continuou sem olhar ara trás até que

desaareceu de sua vista.(ohn dei&ou cair o montão de cartas na astas.?3ueime essas malditas cartasE ?disse o suficientemente alto como

ara que #iola o ouvisse enquanto se ia?. Melhor' envie,lhe 6 senhorita;a:lins com uma carta dizendo que não vou agar lhe mais e que não volte acontatar comigo' entendidoG

Sem eserar resosta' saiu detrás de #iola. -ncontrou,a na terra*o'olhando ao rio que se bifurcava brilhando na dist%ncia. -la deveu ouvir o som

dos saltos de suas botas sobre as la)es de edra' mas não se voltou nem oolhou enquanto se aro&imava.?-ram cartas de amor' verdadeG Mas o que estou dizendoG K obvio que

o eram' ael rosa' até ude cheirar o erfume da soleira da orta.?s mulheres me escrevem ?lhe disse?' eu não.?(á ve)o. ?-la assentiu' mas continuou contemlando o rio sem voltar,

se.5 mesmo feito de que estivesse tão acalmada o fez falar.?-u não estou com a -mma' terminei com ela faz meses.?Bão tem que me dar e&lica*ões.

?Maldita se)a' não o fa*o. Bão há nada que e&licar' acabou,se.#iola se cruzou de bra*os e girou a cabe*a ligeiramente em sua dire*ão.

Page 134: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 134/164

?8ela quantidade de corresondência que te envia' arece que asenhorita ;a:lins não é consciente desse fato.

?9everia sê,lo' o dei&ei claro' aguei,lhe o convencionado. 9ei&ei,ameses antes da morte do 8erc"' você é a +nica mulher com a que estivea/s.

#iola se voltou e o olhou.?credito,te ?disse' mas havia uma dureza fria e educada em seurosto que lhe feriu.

IBão ?ensou ele?' não fa*a isto.J?-stá -mma ;a:lins aai&onada or tiG?morG ?Sua voz se tornou dura' nervosa' ante a idéia. -la fez uma

careta de dor e ele ado*ou a voz or um momento.?-la era meu amante' #iola' eu lhe agava. 5 amor não tem nada que

ver com este tio de acordos' não o vêG?credito que é a senhorita ;a:lins quem não o vê ?relicou ela' e se

voltou de novo ara contemlar a vista.(ohn observou as costas rAgida de sua mulher durante comrido

momento' mas não sabia o que queria que dissesse. -le não sabia o que queriaque fizesse. 8roferiu um )uramento e artiu.

Capítulo 17 

>ma vez mais' o baile de beneficência ara os hositais de !ondresresultou ser um grande ê&ito. arrecadaram,se milhares de libras duranteos +ltimos anos o baile se converteu em um dos acontecimentos maisoulares da temorada' e todo aquele que assistisse tinha que agar uma

cota de assinatura e&agerada.#iola estava contente com o ê&ito obtido' ois arrecadar ara oshositais de !ondres era uma de suas obras de caridade favoritas' embora oacontecimento em si era um assunto difAcil de organizar e semre acabavae&austa. (ohn a acomanhou' algo que nunca tinha ocorrido antes' e asesecula*ões a reseito de sua resen*a )untos come*aram a circular elosalão de baile aos oucos minutos de sua chegada.

conclusão geral foi que' rovavelmente' lorde e lad" Hammond' defato' reconciliaram,se. -ssa manhã teriam tido razão' mas ao cair a noite'#iola )á não estava tão segura.

viagem desde o $his:ic= o tinham feito em silêncio. (ohn não tinha

tentado cercar conversa*ão nenhuma' tamouco ela. s cartas da -mma;a:lins rovavelmente estariam retornando a Fran*a nesses momentos' masse interunham entre o (ohn e #iola como se estivessem emilhadas no chãoda carruagem. -la sabia que (ohn não entendia or que. -le não entendia queinclusive uma amante a que se aga udesse estar locamente aai&onada.

Bo baile' dan*aram uma equie )untos' deois se seararam aramesclar,se com outros convidados. 9eois de várias horas de circular entrea multidão com um sorriso fingido no rosto' enquanto saudava as damas dalista de lad" 9eane' #iola come*ou a sentir,se mau e tratou de encontraruma esquina silenciosa do salão onde descansar.

aoiou,se na arede' tomando um sorvo de onche de sua ta*a enquantoolhava o salão. ;ecordava aquele dia' meses atrás' quando tinhaconfeccionado a lista de convidados ara o baile )unto com o Tate' e como

Page 135: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 135/164

(ohn lhe tinha avisado da vingan*a de lad" 9eane. 5 fato de não lhe levar alista de convidados 6 baronesa em essoa tinha sido um desrezo social que#iola sabia que estava agando com acréscimo' orque entre os cavalheiros ea nobreza' as rincesas e bufões' os )uizes equ%nimes e musas gregas'estavam também todas as amantes do (ohn' e&ceto -mma ;a:lins. !ad"

9eane tinha estado muito ocuada' e sem d+vida se comortou de umaforma bastante vingativa.#iola rocurou seus rostos4 nne 8omero"' tão educada e elegante

8egg" 9ar:in' Sorrindo' reciosa (ane Morro:' loira e com os olhos cor melcomo ela' uma mulher de bai&a condi*ão' mas ainda era uma cortesã de valiaara oder agar a ta&a de assinatura do baile. Maria llen' moréia e bela. reconcilia*ão com seu marido não tinha saAdo bem e agora era a amante delorde 9e:hurst. 8ossivelmente ensou que o fato de que seu marido sebateu em duelo or ela era rom%ntico. -lizabeth <lunt' outra condessa belae romAscua com a que #iola se viu obrigada a tomar o chá e a )ogar 6scartas durante anos. té o -lsie Oallant estava ali' e os anos não tinhamassado em estroie ara ela' ois seu rosto adorável e tão alegre' que atinha convertido em uma mulher tão oular' agora revelava o que realmenteera4 uma cortesã entrada em anos.

#iola as estudou uma a uma e se surreendeu ao ver que não sentiaci+mes. sentia,se e&tranhamente distante' absurdamente afastada de todaselas' não sentia nem um áice de ena or essas mulheres.

(ohn não tinha amado a nenhuma delas' mas como se haveriam sentidoG;ecordava o breve esiono de ternura no olhar do 8egg" 9ar:in' aquele diana lo)a de malhas' quando olhou ao (ohn' confirmando o que #iola tinhasabido durante anos e que seu marido se negava a ver. condessa tinha

estado aai&onada or ele. gora ossivelmente não' mas sim antes. #iolaensou no montão de cartas rosadas da astas do senhor Stone 8obre-mma ;a:lins.

- elaG -la era sua mulher' mas se não tivesse tido dote' se não tivessenascido como uma dama' se não se casou com ele' mesmo assim se teriaaai&onado também do (ohn Hammond. -ra muito fácil aai&onar,se or ele'sem quase dar,se conta. -ra seu sorriso e seu encanto' sua habilidade arafazer que as mulheres se rieran. Semre recordava a comida referida deuma mulher e com que atividades desfrutava mais' e como gostava que aacariciassem. Mas seu cora*ão nunca se comrometeu. $omo odia terobtido alguma vez seu cora*ão se ele alguma vez o tinha devotadoG

#iola se levou as mãos 6 frente' doAa,lhe a cabe*a. 9oAa,lhe o cora*ão'ia ter o erAodo' odia senti,lo' mas também sabia que não era or isso eloque se encontrava tão cansada' s/ e terrivelmente derimida. Bão odiadei&ar de ensar no deseserada e ferida que devia estar uma mulher aralhe enviar a um homem um saco de cartas quando ele nem sequer seincomodou em gastar,se dois enses em lhe enviar uma. -ntendia o amordeseserado da -mma ;a:lins or um homem que não lhe corresondia.I3ue estranho sentir ematia ela antiga amante de seu maridoJ' ensou.

(ohn e #iola se foram logo do baile e voltaram ara o $his:ic= essamesma noite. -la dormiu sozinha' utilizando seu erAodo como descula.

8areceu que ele o aceitava' e ela se alegrou' ois não queria que a visse nacama chorando. Fez,o em silêncio' sobre o travesseiro' ara que ele nãoudesse ouvi,la.

Page 136: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 136/164

-la se tinha afastado' ele odia senti,lo. (ohn descansava em sua cama'olhando o teto na escuridão' e tratou de dizer,se a si mesmo que tinha oerAodo' e sabia que esse tio de coisas afetavam 6 disosi*ão de umamulher. Tinha arendido fazia temo que manter,se a um lado é o melhorque um homem odia fazer nessas circunst%ncias.

Tratou de convencer,se de que sua menstrua*ão era a razão de que secomortou de um modo tão estranho com as cartas da -mma' mas sabia quenão era assim. -stava afastando,se dele.

5 baile dessa noite tamouco tinha a)udado muito. Maldita lad" 9eane'que natureza tão maliciosa. Mas embora a amaldi*oara' reconhecia suar/ria culabilidade.

(ohn se assou as mãos ela cara e se fez a mesma ergunta quetantas vezes se feito nos +ltimos anos. 5 que queria #iola deleG 5 que odiafazer ou dizer ara que as coisas fossem bemG Tinha que haver algumaforma.

5s anos assaram or sua mente como as áginas de um livro de contos'mas as coisas que recordava eram daqueles rimeiros dias' sobre tudo doHammond 8ar=. 8ensou em montar a cavalo elas colinas e fazer rir a #iola.-la tinha sido feliz no Hammond 8ar=' ele sabia até que onto.

$om reentina claridade' soube o que tinha que fazer. Tinha que levá,laa casa' a sua casa' aonde ertencia. 9ormir naquela cama de mogno enormecom ele' erder ao &adrez na biblioteca' montar o urasangre que lhe tinhacomrado. Lmaginou correndo diante dele' lan*ando seu chaéu ao vento erenda,se. ssim' Cde dormir finalmente.

#iola não Cs ob)e*ão alguma 6 idéia de artir de !ondres' mas' durantea viagem ao Borthumberland' logo que ronunciou alavra. -mbora (ohn lherodigalizou alguma sorriso ocasional' ela estava coibida e distante. Sabiaque rovavelmente tinha algumas moléstias elo erAodo' e a viagem de seisdias tamouco a)udava muito. Mas recordava muito bem quanto duravamsuas menstrua*ões e' quando chegaram ao Hammond 8ar=' ao cabo de setedias' suas maneiras coibidos ainda a envolviam como um escudo' mantendo,aafastada.

-ntretanto' (ohn não tinha inten*ão de ermitir que se fechassenenhuma orta esta vez. -ssa noite' quando foi ao dormit/rio rincial' foicom a inten*ão de dei&ar muito claro que comartilhariam o mesmo leito.

li estava ela quando entrou na habita*ão' sentada ante o enteadeira'em camisola' escovando o cabelo. Titubeou um momento quando ele entrou'mas continuou com sua tarefa.

o entrar no vestidor' viu a cama que lhe tinham rearado' mas nãotinha inten*ão de usá,la. Bão essa noite' nem tamouco nenhuma outranoite' nunca mais. tirou,se a roua' saiu do vestidor e se situou atrás dela.

#iola se deteve' a escova osada sobre seu comrido cabelo' olhando aimagem no eselho' seu rosto emoldurado no fundo do torso masculino.

(ohn se inclinou e deslizou seus bra*os ao redor dela' bei)ando,a noesco*o. -la dei&ou a escova' assou as mãos or seus quadris e aartou os

bra*os.-le se ergueu e decidiu que devia saber o que estava assando.?vamos brigar nos esta noiteG ?erguntou calmadamente.

Page 137: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 137/164

?or que o dizG' orque não tenho vontades de fazer o amor contigoGBesses momentos' as mulheres odiam resultar verdadeiramente

odiosas.?<em' fiz algo mal' e não sei o que é.?S/ que ?-la calou e se voltou' olhando,o 6 luz do aba)ur com uma

estranha tristeza no rosto' que lhe retorceu as vAsceras.?-stá zangada ainda elas cartas da -mmaG ?erguntou.?Bão estou zangada' (ohn' nunca o estive.?-ntão' or que te comorta de forma tão estranhaG inda estáG ?

$alou' e fez um vago sinal ara seu ventre' eserando que fora um ouco tãosimles e temorário como isso' mas consciente de que não era assimabsolutamente.

Suas bochechas se ruborizaram.?Bão.-le tratou de adivinhar de novo4?-stá zangada orque nos fomos que !ondres antes de que acabasse a

temorada.?Bão' 8or 9eus.(ohn se rendeu.?-ntão' o que éG-la elevou uma mão indolentemente.?Sinto tanta ena or essa mulher.?3ue mulherG -mmaG ?-stava tão surreso que quase não Cde

ronunciar a seguinte ergunta?. or queG?5H' (ohn' de verdadeE ?Seu rosto mostrava e&asera*ão e se voltou

ara ele?. -la sente algo or ti ?disse or cima do ombro?' e além

deseseradamente' ois se não' não se teria atrevido a te enviar tantascartas' humilhando,se dessa maneira.-le tinha feito uma ergunta est+ida' e deveria ter sabido que não lhe

ia gostar da resosta. 8Cs as mãos sobre seus ombros e ro*ou com suafrente a cabe*a de #iola' e&alando um susiro.

?- o que me sugere que fa*a a reseitoG?Bão sei ?admitiu ela e se retorceu como se quisesse que ele

aartasse as mãos.Mas ele não o fez' ergueu,se e a olhou diretamente aos olhos no

eselho.?8ode que se)a tolo' #iola' mas ainda não sei qual é o roblema.

?Sei como se sente ela' (ohn ?sussurrou?. gora )á sabe qual é oroblema.Suas mãos aferraram seus ombros.?Bão é o mesmo.?K e&atamente o mesmo' acaso ensam os homens que as amantes não

têm sentimentosG 3ue não se aai&onamG 8ois sim ?disse quando ele soltouuma e&clama*ão de imaciência?. mor' tratei de lhe dizer isso quandovimos o 8egg" 9ar:in na lo)a de tecidos' ela esteve aai&onada or ti umavez. Semre soube' or que crie que me doeu tanto ver como te olhavaG

?-u nunca estive aai&onado elo 8egg" 9ar:in.

?Bão estou falando de seus sentimentos' estou falando dos dela' dosda -mma ;a:lins' e de meus. 5H' (ohnE' é que não o vêG s mulheres se

Page 138: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 138/164

aai&onam or ti ela forma em que sorri e as coisas que diz' or tudo o quefaz.

Lsso era absurdo olhou ara outro lado e reCs4?Bão osso acreditar que as mulheres ensem que umas quantas

sorrisos se)a algo do que mere*a a ena aai&onar,se.

?K um homem incrivelmente atrativo' tem muito magnetismo' muitoencanto' flerta com as mulheres' recorda as coisas' disostas aten*ão. smulheres são como bonecas em seus bra*os. ?Fez uma ausa e dissebrandamente?4 - eu também.

?#iola' você nunca foste uma boneca em meus bra*os ?lhe assegurou?' além disso' se isso fosse verdade' )á teria uma d+zia de filhos agoramesmo.

-la se deslizou do assento' afastando,se dele e saltando 6 cama.?3uero dormir.-le olhou or cima do ombro' ara a cama que lhe tinham rearado no

vestidor. inclinou,se sobre o cabeceira de madeira lavrada' agarrando,o elobordo' e a olhou de novo.

?me diga uma coisa ?disse e resirou rofundamente' sentindo comose fora a subir or um enhasco. 5 desenho lavrado do cabeceira lhe estavacravando nas mãos?. 3uer que durma no vestidorG

-la olhou ara outro lado.?-u ?calou mordendo o lábio.?Sim ou não.?Bão quero fazer o amor' (ohn' não o digo orque este)a zangada

contigo ?acrescentou?' de verdade' é s/ que não não gosta de esta noite.5 fato de olhá,la e havê,la meio doido aqueles breves momentos tinha

sido suficiente ara e&citá,lo. ia ser uma tortura estar com ela na cama' )azer a seu lado' mas' se assim tinha que ser' agDentaria,o. -ntretanto'todas as noites que udesse trataria de ersuadi,la 6 rimeira ocasião.

-le a olhou aos olhos e fez algo que )urou que nunca voltaria a lhe fazera #iola de novo. Mentiu.

?Se não querer fazer o amor' então eu tamouco.-la agachou a cabe*a' e lhe areceu tão incrivelmente adorável naquela

cama tão grande' sua cama' com sua camisola branca virginal e esse cabeloangélico. $om tão somente ouvir uma s/ vez sua risada lu&uriosa' não lhetivesse imortado morrer nesse mesmo momento e subir ao céu.

?5nde vou dormir' #iolaG

#iola o olhou e demorou um momento' que lhe areceu uma eternidade'em aartar os len*/is. ;esirou aliviado' um alAvio tão grande que lhe custoumuito dissimulá,lo. deslizou,se a seu lado e' quando ela se voltou de costas'rodeou,a com seus bra*os' agarrou,a do ventre e enterrou sua cara em seucabelo.

?(ohn ?disse ela em tom de rerova*ão' mas não lhe retirou as mãos.-le ficou quieto' )azendo na escuridão' com seu coro )unto ao dela'torturando,se deliberadamente' sabia' mas o fez de todas formas.

Tinha levado a #iola ao Hammond 8ar= ensando que isso resolveriaalgo' e agDentou a agonia com essa idéia tão inocente. Mas' quando se

tratava de sua mulher' nada resultava fácil.

Page 139: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 139/164

3uando #iola desertou' ele )á se foi. sentou,se na cama' aartando ocabelo dos olhos. luz do sol se filtrava ela cortina da )anela e olhou aoredor.

3ue estranho voltar a estar ali de novo' estranho e' entretanto' tãofamiliar. recostou,se contra o cabeceira' sorriu levemente 6s aredes de

cor arda avermelhada. (ohn lhe tinha recordado fazia ouco comodiscutiram sobre essa cor anos atrás. -la o tinha esquecido' mas ele orecordava.

<ateram na orta e entrou uma donzela com uma bande)a.?bom dia' milad" ?disse a mo*a Sorrindo timidamente?. Me chamo

Hill' sou a segunda donzela' a senhorita Miller me há dito que lhe traga ocafé da manhã. Há dito que semre gosta de tomar o café da manhã nacama.

?Miller ainda está aquiG?5H' simE - seguirá até que se)a muito ma)or ara remover a massa do

udim' ou isso diz.#iola sorriu.?!embran*a o udim de Batal do Miller' rearava,o em setembro e

fazia que todos fossem 6 cozinha a remover a massa antes de C,la nadesensa.

?inda o faz' milad"' todos os anos. té o senhor tem que deverremover o udim de Batal' nunca se esquece de fazê,lo.

?5nde está meu marido esta manhãG?$om o senhor Nhitmore' o administrador.?(á ve)o. ?#iola sentiu uma ontada de areensão enquanto a donzela

colocava a bande)a em seu rega*o. Mas sabia que ele tinha uma fazenda que

dirigir e' deois de ter levado -nderb" durante um temo' sabia que haviamuito trabalho que fazer' esecialmente se se estava fora ela temorada.Sabia que não odia eserar que (ohn tomasse o café da manhã com elatodas as manhãs. Lnclusive nos rimeiros dias de seu matrimCnio' tamoucoCde fazê,lo todos os dias.

?Lmorta,lhe se roda de essoas as cortinas' milad"G?Bão' não me imorta. luz brilhante do sol alagou a habita*ão enquanto Hill corria as

cortinas. #iola dei&ou a bande)a a um lado e se levantou' aro&imou,se dosventanales e disse4

?3ue dia tão formosoE

?Sim' e não chove' ara variar. 5 senhor disse que a avisássemos deque' se decide dar um asseio antes de que ele volte' não se aro&ime dosestábulos. 3uer acostumar,lhe ele mesmo.

#iola sorriu' seu aborrecimento elo café da manhã se desvaneceu emum instante. 3ueria lhe ensinar os cavalos.

?5brigado' Hill. me envie a minha donzela e lhe diga 6 senhorita Tateque quero vê,la dentro uma hora no salão.

?9e acordo ?a mo*a sorriu' saudou e se disCs a sair?. 3ue alegriatê,la aqui' milad"' todo mundo está muito contente de que tenha voltadoara casa.

?-u também estou contente ?resondeu #iola' e realmente se sentiaalegre.

Page 140: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 140/164

-ra um urasangre' o urasangre cor mogno mais bonito que ela tinhavisto em muito temo.

?(ohnE ?e&clamou' rendo,se com deleite enquanto a mo*o de quadralhe levava o cavalo?. 5nde a conseguiste' no TattershallG

?Faz um mês' você gostaG ?-la acariciou o focinho da égua com aalma da mão.?K uma beleza ?se voltou e assou os bra*os ao redor do esco*o de

seu marido' bei)ando,o?. 5brigado ?disse voltando sua aten*ão aourasangre?. #amos' vamos dar um asseioE

#iola agarrou as bridas' (ohn a i*ou e ela saltou 6 cadeira de montar.3uando ele teve montado seu cavalo castrado' saAram )untos. !evou,a forado im/vel e as gran)as' lhe mostrando algumas das melhoras que tinha feitonos +ltimos anos' e eram muitas. 9eois' encaminharam,se aos vales' seulugar favorito' as colinas vistosas de astos abertos que se estendiam orquilCmetros nas roriedades do Hammond.

-la fez o que ele recordava' enquanto galoavam elas colinas4desabotoou,se o casco de montar' o tirou e o lan*ou ao ar' dei&ando seucabelo solto flutuando ao vento.

seu lado' (ohn come*ou a rir.?eu adoro que fa*a isso ?lhe disse.!he sorriu.?Sei.detiveram,se )unto aos Montes erto dos vales ara que os cavalos

descansassem' e se sentaram na grama' contemlando as gran)asarrendadas que se estendiam sob seus és.

?-stá muito melhor' (ohn. !embran*a que tudo estava um oucoabandonado quando vim ela rimeira vez.?-stava em melhores condicione quando te trou&er aqui que antes de

que nos casássemos. antes de nossas bodas era um horror.#iola franziu o cenho' ensando.?8or isso estivemos em -sc/cia tanto temoG?Sim' utilizei seu dote ara arrumar tudo isto um ouco antes de sua

chegada. Também edi emrestada uma grande soma de dinheiro a seuirmão ara agar outras dAvidas e arrumar as drenagens de água. S/ deoiste traga aqui.

?-ntão' fez um trabalho e&celente' tudo arece tão r/sero agora.

?K,o' e obrigado tanto a seu dinheiro como aos ganhos das rendas.5lhou,a de soslaio e a agarrou da mão' entrela*ando,a com a sua.?3uero que ve)a o que tenho feito com seus ganhos' #iola.-la se levou suas mãos entrela*adas 6 boca e as bei)ou.?5brigado.(ohn contemlou o vale e roferiu uma breve gargalhada.?5 estranho é que' antes de que herdasse o tAtulo' odiava este lugar.

Bunca vinha or aqui.-la o olhou' sem estar muito segura de havê,lo entendido bem.?Mas se for sua casa' é o que tentaste salvar durante os +ltimos nove

anos' odeia,oG?gora não o odeio' mas sim quando era menino' era a casa mais friaque udesse imaginar' sobre tudo deois de ?Se deteve' assentiu com a

Page 141: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 141/164

cabe*a e voltou a falar?4 Tão somente via minha mãe meia d+zia de vezes aoano' quando se tomava a moléstia de vir da casa de algum amante com o queestivesse vivendo. enas a lembran*a' a meu ai não imortava' ele tambémtinha muitas amantes' a menos que estivesse muito bêbado ara as visitar.3uando ai estava na residência' o mais normal era vê,lo assar antes das

sobremesas. 3uando era menino' o +nico agradável deste lugar era artir.Semre ia a casa do 8erc" durante as férias do verão.#iola não disse nada' era estranho que (ohn falasse dessas coisas e ela

não ia danificar o momento interromendo,o tão somente sustentou suamão e escutou.

?3ue me enviassem 6 escola foi o melhor que me Cde acontecer ?lhedisse?. 8erc" e eu fomos ao Harro: e' deois' logo que vi meus ais. 3uandominha mãe morreu' voltei de $ambridge ara o funeral' fiquei duas horas edeois me arti. Bão tinha vontades de estar aqui e até que morreu meu ainão retornei.

-le voltou a cabe*a e a olhou.?9isse que não me conhecia e que queria me conhecer. -u nunca te

contei estas coisas de mim' orque não queria que soubesse o terrivelmenteirresonsável que era. 8ensava que seu irmão tinha muita razão sobre mim ?e tossiu olhando,a um tanto envergonhado?. Sei que você não estava deacordo com ele e que acreditava que era um homem estuendo. -mrealidade' eu não queria que soubesse quão falso era.

ertou fortemente sua mão.?3uando estava em $ambridge' era tão infelizmente selvagem que me

 )ogaram ao menos uma d+zia de vezes' gastava,me até o +ltimo enique deminha atribui*ão e deois contraAa dAvidas. (ogava' aostava forte' bebia.

-levou sua mão' bei)ou,a e a dei&ou cair.?- logo estavam as mulheres' tive amantes desde que tinha quinzeanos' e as tratava com aten*ão com os resentes mais caros que ossaimaginar. Bão me imortava que algum dia fora a ser visconde' gastei muitodinheiro' e nunca me ocorreu ensar de onde vinha. Bão sabia' mas tamoucoqueria sabê,lo. -m outras alavras' eu era como meu ai' um homem ao quedesrezava.

lhe doeu que falasse de forma tão desagradável de si mesmo' eentretanto' sabia que em certo modo todo era verdade. Se alguma vezqueria entendê,lo' devia aceitá,lo.

?$omo tinha estado fora tanto temo ?continuou?' não tinha nem

idéia da tristeza que reinava no Hammond 8ar= e' ara ser honestos' nuncame ocorreu averiguá,lo. o sair de $ambridge' vivi no -nderb"' e deoisvia)ei. -m qualquer lugar que estivesse' meu ai ainda me enviava minhaatribui*ão' e eu continuava me gastando até o +ltimo enique. -ntão' elemorreu de tifo e retornei a Lnglaterra.

(ohn se afastou' fazendo um gesto com as mãos em dire*ão 6s gran)asarrendadas no vale.

?Tudo isto era meu' e o que legado tão atético. 3uando cheguei aqui'não sabia que se não se arrumava a canaliza*ão da água as águas estancadasodiam causar febres tif/ides. Meu ai não foi o +nico que morreu' houve

muitos outros enquanto visitava o lugar' fiquei assustado ante o estado dascoisas. Bão s/ o sistema de águas' mas também todo o resto. Meu ai otinha levado a bancarrota' os arrendatários estavam sumidos na miséria' os

Page 142: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 142/164

animais doentes' os camos sem semear e os credores foram embargar tudoo que não estivesse )á endividado.

nthon" tinha tentado lhe contar a sua irmã o estado em que seencontravam as finan*as do Hammond' onde se estava colocando' mas ela senegou a escutar seus conselhos.

?9eveu ser terrAvel ara ti ?disse amavelmente.-le assinalou um dos camos cercados.?Havia uma menina de doze anos que vivia ali' chamava,se $an*ão de

ninar' sua mãe acabava de morrer. -u estava visitando a zona e ela ficou deé na orta da casa' que naqueles dias estava tão desmantelada levava a seuirmãzinha equena arranca,rabo do quadril. -stava su)a' magra e vestidacom farraos. 8erguntou se eu era o novo senhor' e quando assenti' olhou,me de uma formaE -levou o olhar e contemlou meu tra)e elegante de linhobranco' deois olhou aos olhos e vi tanta tristeza nos seus que fiqueicomovido. Bunca esquecerei esse olhar seu enquanto viva' nem tamouco oque disse. Lnclusive ho)e me segue doendo.

?- o que te disseG?8erguntou4 Is bolotas não caem muito longe' verdadeGJ 9eu,me as

costas e entrou dentro. Foi como uma atada no estCmago e algo trocoudentro de mim. Sabia que tinha que fazer algo' era minha resonsabilidade'eu era o senhor.

?8or isso decidiu te casar com uma mulher com dinheiro.-le contemlou seus olhos desafiantes' sem vergonha.?Sim' e estava o suficientemente deseserado e tinha tanto medo que

menti a aquela mo*a ara ganhar a Menti,lhe e a maniulei contando todasas arg+cias que me ocorreram' e dei&ei que se aai&onasse or homem que

ela ensava que era. Mas o faria de novo' #iola' não me arreendo disso. ?garrou,a dos ombros e a bei)ou na boca' um bei)o rofundo' tão desafiantecomo o fogo que ardia em seus olhos. Tombou,a sobre a suave erva' em umaarte de radaria onde não os odia ver do vale. recostou,se a seu lado eassou um bra*o detrás de sua cabe*a?. Bunca me arreenderei disso.

-la olhou a seu marido' tão bonito' tão orgulhoso.?-u tamouco me arreendo.?BãoG?Bão' (ohn ?disse' e realmente assim o sentia?. Bão o entendi muito

bem quando me recavi disso' mas não me arreendo de me haver casadocontigo. 8ossivelmente me dava conta aquele dia' na barco' quando comCs

aquele oema sobre mim. ?-la sorriu e elevou a mão brincando com umcacho de seu cabelo escuro?. #ocê semre foste um demCnio com ico deouro.

-le estane)ou uma fra*ão de segundo e lhe devolveu o sorriso' suasmãos acariciaram seus quadris.

?Significa isso que osso te roubar algum bei)o ho)eG#iola aertou os lábios' fingindo que estava ensando nisso.?Lsso deende' vais tentar me conquistarG?Bão.?BãoG ?reetiu ela e dei&ou cair a mão?. 5 que quer dizer nãoG

?Bão vou conquistar te ?mas enquanto o dizia' aartava arte docasaco de seu tra)e de montar e come*ava a subir a saia?' )á o fiz a +ltimavez' agora toca a ti me conquistar.

Page 143: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 143/164

Qs vezes' odia chegar a ser tão odioso.?suõe,se que vamos fazer turnosG-le assentiu' subindo um ouco mais a saia. $om um bufo de retendido

cansa*o' ela fez um esfor*o sobre,humano ara voltar a bai&ar,lhe mas eleconseguiu mover a mão sob as caas de tecido.

?-stou cansado de ser o +nico que faz as tarefas ?disse' acariciandoo tornozelo or cima da bota.?Lsso é orque você semre é o que faz algo mal.?MulheresE ?e&clamou dando uma almada na antorrilha e movendo a

mão em cArculos?. Me tortura toda a noite dormindo a seu lado sem sequertentar me bei)ar ou me conquistar e diz que não tem feito nada mauG

?Toda uma noite ?murmurou ela fechando os olhos' resirandorofundamente enquanto seu coro come*ava a entrar em calor e sentiaessa ontada de dese)o que semre lhe roduziam suas mãos. -la sabia quedevia lhe seguir a corrente?. 3uanto deve ter sofridoE

?mais do que ossa imaginar' e foi também um esorte terrivelmenteduro. ?-le Cs sua mão um ouco mais acima' movendo os dedos na artealta de sua co&a' onde tinha aquela mancha de nascimento?. #enha' #iola'dava que sente me haver torturado dessa forma tão horrAvel.

-la fechou os olhos e meneou a cabe*a' tornando,se a rir.?Bão o sinto absolutamente. mão do (ohn se moveu entre suas co&as e qualquer risada que

udesse lhe roduzir se dissiou imediatamente. -la se moveu seguindo,ocom um suave susiro' enquanto seus dedos acariciavam o êlo entre suasernas' o suficiente ara atormentá,la.

?9ava que quer me conquistar.

arqueou,se entre suas mãos' e a e&cita*ão cresceu enquanto elecome*ava a acariciá,la nesse lugar delicioso.?Bão o estou dizendo ?susirou ela enquanto seus quadris se moviam

cada vez mais raidamente' com cada carAcia.?9iga,o ?e&igiu' acariciando,a uma e outra vez' até que ela chegou a

um limite quase febril.?Bão' não o direi.?<em ?disse retirando a mão e ficando as 6 costas.?5H' é tão mauE ?gritou ela renda,se' sentou,se e se inclinou sobre

ele?. #ocê é o +nico que deveria descular,se or me atormentar destaforma tão miserável. ?deteve,se e osou a mão sobre o eito e o abdCmen

lano do (ohn?. 9everia ensar em minha vingan*a.#iola dei&ou cair a mão sobre seu ventre' sentindo sua ere*ão' e elesoltou um rofundo susiro enquanto ela come*ava a lhe desabotoar ascal*as. 8roferiu um grito de razer quando ela o teve entre suas mãos.

o final o fez' lhe tinha ensinado fazia muito temo' e ela se lembrava.5 agarrou fortemente e o acariciou até que seus quadris come*aram amover,se. -ntão' ela rela&ou a mão um ouco' assando o dedo ligeiramenteela arte interna de seu ênis' acima e abai&o' da forma que sabia que maisgostava. Sua boca estava tão erto que odia sentir seu fClego em seumembro' ela o bei)ou e ele a agarrou elo cabelo' dese)ando mantê,la ali

ara obter mais razer. Mas #iola se aartou' muito ráido ara seu gosto.?<em ?disse' sua resira*ão era entrecortada e ráida?' ganhaste'ganhaste' direi,o eu rimeiro' fa*amo,lo.

Page 144: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 144/164

ficou escarranchado em cima dele' aberta' e introduziu seu membro emseu interior' sentindo sua forte ere*ão' 6 medida que ia enetrando até omais rofundo de seu ser' uma e outra vez. -la contemlou seu rosto 6 luzdo sol quando chegou ao clAma&' e sentiu a alegria de seu orgasmo como sefora seu quando ele gritou seu nome.

9eois' ela bai&ou e o bei)ou.?Meio doido' consegui que você o dissesse rimeiro.?Sim' tem razão ?disse ele abrindo os olhos e Sorrindo' com aquele

sorriso dela que fazia deter o cora*ão. artou,lhe o cabelo da cara araacariciar seu rosto?. -sero que este)a lane)ando voltar a )ogar comigoesta noite.

Capítulo 18 

(ohn não demorou ara informar ao servi*o do Hammond 8ar= de que'quando trou&essem o café da manhã' uma simles chamada na orta araanunciá,lo seria suficiente' e lhes indicou que dei&assem a bande)a nocorredor. té que esta não estivesse fora e vazia' não devia entrar nenhumservente 6 habita*ão do senhor' a menos que a casa se estivesse queimando.

Q medida que se aconteciam os dias de )unho' ele e #iola tomavam ocafé da manhã )untos na cama quase todas as manhãs. Oanhava no &adrezquase semre que )ogavam' mas lhe dei&ava ganhar no iquet aracomensá,la. $onseguiu ver cumridos seus dese)os e lhe ensinou a nadar'nua' 6 luz da lua.

9eram uma festa e vieram todas as famAlias da zona' deram )antaresara a nobreza local' correram com seus cavalos elas colinas e ele Cde ver

seu cabelo ondeando ao vento cada vez que o faziam. Oastou um montão dedinheiro em novos cascos de montar ara #iola. Mas não lhe imortou.(unho deu asso a )ulho' e lentamente' o vazio interior do (ohn' um

vazio que ele nunca tinha sabido que e&istisse até aquela noite chuvosa noOrosvenor Square' deu asso a essa alegria que tanto tinha querido' quetanto tinha sentido falta de. guerra fria dos anos assados arecia agoramuito longAnqua' e (ohn come*ou a esquecer que houve um temo em que#iola não dormia a seu lado.

9iscutiam bastante freqDentemente. Bormalmente' orque ela insistiaem falar de coisas e ele o evitava na medida do ossAvel. Mas semre faziamas azes' e lhe gostava dessa arte' gostava de muito. Bão imortava

quantas vezes brigassem' não havia nenhuma cama feita ara ele novestidor.lhe gostava de brincar com ela orque ela semre caAa na mesma

armadilha. Mas' quando #iola lhe erguntou se odiam convidar ao 9"lan'Orace' nthon" e 9ahne uns dias a casa' ele duvidou se mereceria a ena.

?Bão.5lhou,o or cima da bande)a de café da manhã' com os olhos muito

abertos e tão bela' com o cabelo solto' rodeada de travesseiros e len*/isbrancos.

?or que nãoG

?Seu irmão me odeia.?-le não te odeia.(ohn agarrou uma fatia de beicon.

Page 145: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 145/164

?adoraria me cortar a cabe*a se udesse.?9"lan estará aqui ara que as coisas vão civilizadamente.?(aE' 9"lan nunca consegue que as coisas se fa*am de forma civilizada'

simlesmente se sinta e desfruta das brigas e as risadas.?-ntão' Orace e 9ahne. ?-la dei&ou a um lado a bande)a e se

aro&imou mais a ele?. o 9ahne gosta' semre esteve que sua arte'inclusive quando eu ensava que foi um traaceiro' ela te defendia.?h' simG ?Lsso o surreendeu' mas então recordou o rosto de sua

cunhada aquele dia em que #iola tinha fugido ao -nderb".ISei o deseserado que está' Hammond.J?;eseito muito 6 esosa do Tremore ?disse?' mas isso não altera o

fato de que seu irmão me desreze.#iola se incororou' bei)ando,o na orelha.?8ossivelmente se)a hora de que fa*am as azes.#oltou a cabe*a e dei&ou que o bei)asse' deois se recostou na cama'

olhando,a com os olhos entreabridos.?Se aceitar' obterei alguma recomensaG mão de #iola acariciava seu eito nu' aertou os lábios' sabendo

muito bem que )á tinha ganho' mas tratou de não sorrir' ara )ogar bem suavaza.

?5 que é o que querG5 disse' e ela avermelhou da cabe*a até os és. Mas' dez dias deois' o

duque do Tremore e o senhor 9"lan Moore e suas algemas receberamcaminhos convites ara assar duas semanas de agosto no Hammond 8ar=.

5s quentes e regui*osos dias de agosto se aconteceram um a um. $adadia que assava' (ohn encontrava a maneira de fazê,la rir' comunha asrimas mais absurdas e' algumas vezes' lia,lhe a oesia que tinha escrito.#iola come*ou a dar,se conta de seus atos e da natureza dos mesmos' eensou que conhecer seus sentimentos era como abrir uma ostra vivarocurando uma érola. Bormalmente' negava,se a falar com um comentáriosarcástico ou trocava bruscamente de tema. -la arendeu a não erguntaresse tio de questões' chegando a entender que lhe contaria algo quandoestivesse rearado ara fazê,lo' e não antes. Bessas estranhas ocasiõesem que ele decidia lhe revelar algo essoal' semre a agarrava or surresa.>ma tarde' quando estavam na biblioteca e ela estava trabalhando nos

lanos do menu ara os dias da visita' (ohn finalmente lhe falou da bolachabêbada.-la estava lendo as sugestões da senhora Miller' e negava com a

cabe*a.?Bão' não ?murmurava?' isto não ode ser. ?#iola agarrou uma

luma' molhou,a no tinteiro e tachou uma das sugestões da cozinheira.?5 que é o que não ode serG ?erguntou (ohn or cima de seu

eri/dico.?8atê. nthon" odeia o atê' semre o odiou. mesma idéia do fAgado

lhe faz ficar verde' não vou submeter o a isto.

(ohn riu.?eu adoraria ver o Tremore de cor verde.

Page 146: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 146/164

?8ara' (ohn ?e lhe dirigiu um olhar assassino?' este encontro é araque ambos lhes reconciliem' recordaG eu adoraria que lhes fizessem amigos.

?Sei' sei ?e roferiu um susiro de marido sofrido?' então nada defAgado. 9o que outras delAcias me verei rivado durante a visita de seuirmãoG

?Bão haverá bolacha bêbada' se for isso o que se reocua ?dissebondosamente.?Melhor que assim se)a' ou colocarei 6 senhora Miller em um saco' ela

sabe melhor que ninguém.#iola queria lhe erguntar elo tema' mas sabia que não lhe diria nada.

ssim decidiu seguir com o menu. Tachou o cordeiro' que ela odiava' e osubstituiu or bifes de vitela. crescentou uma sele*ão de chocolate' oisao 9ahne adorava. -stava contemlando a sele*ão de vinhos quando (ohnfalou.

?K orque minha irmã morreu ?sua voz era tão bai&a' que ela logo queCde entender suas alavras.

?Sua irmãG ?#iola o olhou' surreendida or um comentário quearecia rovir de nenhuma arte. Seu marido não a estava olhando' mas simtinha os olhos ostos no eri/dico.

? bolacha bêbada ?disse?' é or minha irmã @ate. Tinha sete anos eeu estava acima' no quarto de )ogos' )antando' quando me disseram isso.Minha babá foi quem me contou isso. Minha mãe nem sequer se incomodouem dei&ar a seu amante em 8aris e meu ai estava com sua querida noor=shire. ;esulta estranho' sabeG ?acrescentou. Sua voz soava tãoterrivelmente suave que lhe chegou ao cora*ão.

aro&imou,se da cadeira onde ele estava' a)oelhou,se a seu lado' Cs a

mão sobre seu )oelho.?5 que é estranhoG?$omo acontecem as coisas e como lhe afetam' embora acontecessem

anos atrás. Bão recordo nada mais desse dia' mas sim a sobremesa quetomei4 estava ali' olhando a maldita terrina' e o +nico em que ensei quandominha babá me disse é isso que a bolacha de nata era a sobremesa favoritado @ate' e que )á não ia comer o nunca mais.

>ma de suas mãos esremeu o eri/dico.?Lnclusive agora sinto falta da minha irmã ?disse aertando os

dentes' como se as alavras lhe saAssem de dentro com dificuldade. 9ei&ou aum lado o eri/dico e se esfregou os olhos' com um movimento furtivo e

duro' e searou seu rosto dela?. @ate fazia que tudo fora mais suortável'sabeG assaram vinte e oito anos a/s' e sei que arece est+ido' mas cadavez que ve)o a bolacha' com a geléia vermelha' a nata amarela e a nata' voltoa ter sete anos' meus ais estão a milhares de quilCmetros e minha irmã morreu' e eu sinto esse gosto doentio e azedo em minhas vAsceras. ?-le nãoa olhou' em troca' endireitou,se na cadeira' alisou o eri/dico e retendeuvoltar a ler' como se nada tivesse assado.

#iola olhou seu erfil reto e orgulhoso' e ensou em or que seaai&onou or ele quando tinha dezessete anos. 8or seu sorriso e seusarcasmo' or sua maneira de fazê,la rir. Mas )á não tinha dezessete anos e

agora' quando o olhava' não via nenhuma dessas coisas que tanto haviam lheimortando fazia temo. - nesse momento' orque )á não e&istiam' #iola seaai&onou elo (ohn Hammond uma vez mais.

Page 147: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 147/164

-la sabia que não havia nada que udesse dizer' nada +til' assim nãodisse nada. -m troca' aro&imou,se e aartou o eri/dico.

?#êem comigo ?disse e o agarrou da mão.?ondeG?Tão somente dei&a que eu me encarregue de algumas costure ara

variar' de acordoGFez que se levantasse e o levou acima' acendeu o aba)ur de suahabita*ão e come*ou a desi,lo. Tirou,lhe sua )aqueta de tarde e suagravata' e as dei&ou a um lado' desabotoou seu colete' seus gêmeos e suacamisa e foi tirando,lhe um a um. -le ermaneceu ali' em silêncio' enquantoela o desia' não havia nenhum esionagem de sorriso em seus lábios. Seubelo rosto' era grave e olhava suas mãos enquanto dirigiam seu coro.-stava rAgido' com os m+sculos duros e tensos bai&o as leves carAcias deseus dedos.

-la assou suas mãos elo torso nu' seus amlos ombros' seu eito' seuventre' a)oelhou,se e lhe desabotoou as cal*as. -le estava tremendamentee&citado quando tomou o membro entre as mãos. <ei)ou seu ênis e eleresirou rofundamente' afundando a cabe*a entre seus cabelos. (ogou acabe*a ara trás' e&alou um susiro enquanto ela abria a boca e o introduzianela. cariciava,o com a mão enquanto o sugava com a boca' e com a outra'brincava com seu testAculo.

-le dei&ou escaar um som ásero e ela se aartou. -le agarrou suasmãos e as )ogou a um lado' agarrando a dos ombros' C,la em é' bei)ou,arofundamente e come*ou a lhe levantar a saia' tirando,lhe ráida edeseseradamente' fora de si.

artando metros de seda e musselina' agarrou,a das nádegas'

elevando,a.?-ntrela*a suas ernas a meu redor ?ordenou e' quando ela o fez'atraiu,a ara si violentamente enquanto aoiava suas costas contra aarede.

?5H' 9eus' 5H' 9eus ?susirava' enetrando,a uma' dois' três vezes.-ntão chegou ao orgasmo' tremendo.

-le a sustentou ali' contra a arede' recuerando o fClego. 9eois'lentamente' dei&ou,a no chão e a atraiu freneticamente ara si' lhebei)ando o cabelo.

?#iola ?sussurrou?' minha esosa' minha esosa.

Capítulo 19 

esar das d+vidas do (ohn ante a visita do irmão de #iola' ela oestava dese)ando. Sabia que nthon" seria educado' embora s/ fora or elae elas boas maneiras' e uma vez ele visse o comedido que se mostrava(ohn' come*aria a esquecer e a erdoar. 9ahne' é obvio' seria caaz defomentar esse feliz encontro. - 9"lan e Orace também seriam de grandea)uda ao e&or uma trégua' ois eram amigos de ambos. o final daquinzena' nthon" e (ohn se considerariam como irmãos. o menos' issoeserava #iola.

esar de suas eseran*as' as coisas não come*aram bem. 5srimeiros dias foram verdadeiramente terrAveis. -la sabia que seu marido eseu irmão tratavam de ser civilizados' mas os intentos do (ohn or resultar

Page 148: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 148/164

gracioso não agradavam ao nthon"' e o ressentimento de seu irmão elocomortamento anterior do (ohn era evidente. 5s largos silêncios no )antartão somente se romiam com os comentários ocasionais do 9"lan e oshabilidosos bate,aos entre o 9ahne' Orace e ela mesma. arte maisdivertida da noite' entretanto' semre tinha lugar quando os homens

ermaneciam no comilão' tomando um 5orto ou um brand" deois de )antar'enquanto que as senhoras se retiravam a salita. 5 costume estavaacostumado a ditar que esta rática devia durar ao menos meia hora.-ntretanto' logo que tinha assado a metade desse temo quando os homens )á lhes tinham unido. té a quinta noite de sua visita. -ssa noite' tudotrocou.

8assaram quinze minutos' deois meia hora' uma hora e mais.?5 que suõem que estão fazendoG ?erguntou #iola 6s outras duas

mulheres' tratando de não ficar nervosa?. -starão entretendo,se ou seestarão matando entre siG

de reente' uma risada masculina se ouviu de abai&o e #iola agarrou ao9ahne do bra*o.

?-scuta ?disse enquanto se ouvia outra ronda de gargalhadasmasculinas.

?estão,se rendo ?disse #iola' assombrada. 5lhou ao 9ahne e deoisao Orace?. nthon" e (ohn estão )untos e se estão rendo.

?8rovavelmente orque estão bêbados ?disse Orace serenamente'tomando um sorvo de madeira. >ma sombra de diversão cruzou or seusolhos verdes enquanto olhava a #iola?. 9"lan me disse que este est+idorancor entre seus dois amigos tinha durado muito temo. 9isse que iaembebedar os esta noite e a acabar com isso de uma vez or todas.

?embebedá,losG ?reetiu 9ahne?' essa é a solu*ãoG - se se matamentre siG?Lsso mesmo lhe erguntei eu ?sorriu Orace aartando uma mecha de

seu cabelo loiro e tomando outro sorvo de vinho?. 9"lan disse que isso nãoaconteceria. (ohn é esecialmente divertido quando está bêbado e nthon"semre é muito mais amistoso' orque se esquece de ser educado edesagradável.

5utra ronda de risadas masculinas se ouviu então da salita e #iola selevantou.

?Bão osso estar aqui' quieta' a curiosidade me está devorando' devosaber do que riem tanto' vamos.

s outras duas mulheres a acomanharam gostosamente fora da salitae bai&aram a escada. aro&imaram,se )untas ao comilão e tão somentedemoraram um momento em descobrir do que riam4 os três estavamcomondo rimas' rimas su)as.

?Havia uma vez uma alcahueta do $heshire ?come*ou 9"lanenquanto #iola esionava elo gonzo da orta.

JHavia uma vez' um alcahueta do $heshire ?disse 9"lan de novo'fazendo uma ausa?. 3ue rima com o $heshireG ?erguntou enquanto seservia um ouco mais de brand" da garrafa médio vazia que estava frente aele.

?5 que ergunta mais tola' MooreE ?e&clamou (ohn dando um sorvo aseu 5orto?. gradar' é obvio' o que se nãoG

Page 149: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 149/164

?9esmedido ?sugeriu nthon" dando um grito de triunfo?' )á o tenho?disse recostando,se em sua oltrona e dei&ando a ta*a do 5orto?. Haviauma vez uma alcahueta do $heshire com talentos desmedidos. Seu rosto eracomo uma lima' icado elo temo mas' Meu deus' ainda odia dar razer aum homemE

5s outros dois rorromeram em uma série de gargalhadas e #iolaagachou a cabe*a' imressionada. Seu irmão estava comondo rimas su)ascom o (ohn e 9"lan.

?TerrAvel' Tremore ?disse (ohn?' tem talento ara isto'comonhamos outra. Havia uma vez uma mo*a do Borfol=

#iola se searou da soleira da orta e sussurrou4?- ensar que os homens dirigem o mundo.?8ouco alentador' nãoG ?sussurrou Orace.s três mulheres estiveram de acordo nesse onto e voltaram a subir

nas ontas dos és a escada. >ma vez na salita' 9ahne se recostou nacadeira' e Sorrindo disse4

?#iola' acredito que odemos estar seguras de duas coisas. 8rimeiro'que meu marido e o teu têm um grande futuro )untos. Segundo' que quandose levantarem amanhã' os três terão ressaca.

#iola sorriu ensando que era um re*o muito bai&o que agar orobter um ouco de az.

-mbora a redi*ão do 9ahne sobre o estado dos três homens 6 manhã seguinte se cumriu' os resultados daquela velada foram bastanterometedores. 3uando os convidados levavam no Hammond 8ar= ao menos

uma semana' (ohn e nthon" )á discutiam de neg/cios' escavam trutas eestavam de acordo em alguns temas de olAtica. 9"lan freqDentementeadotava um onto de vista diametralmente oosto' tal e como ercebeu#iola' e se deu conta de que o fazia de forma deliberada' ois assimobrigava ao nthon" e (ohn a enfrentar,se a ele )untos em qualquer tema.9"lan semre tinha sido um homem diab/licamente inteligente.

5 oitavo dia de sua visita' tomaram o chá em casa de lorde e lad"Ste"ne' e isto ainda cimentou mais suas boas rela*ões' ois -arl Ste"ne erabom amigo do (ohn e um homem muito reseitado elo nthon".

Q manhã seguinte' os seis foram montar a cavalo antes do café damanhã' e nthon" estava tão imressionado com o belo urasangre de sua

irmã que insistiu em que' se a cruzavam' obteriam um bom otro. Sim'ensou #iola olhando a seu irmão e seu marido discutindo sobre cavalosenquanto retornavam 6 casa' a visita estava dando resultados.

?Hammond' seus )ardins são reciosos ?comentou 9ahne enquantofranqueavam os degraus de entrada e cruzavam o /rtico or volta da ortarincial da casa?. gora tenho muitas idéias novas ara nossos )ardins' noTremore Hall ?disse a seu marido.

?Minha mulher se converteu em uma aai&onada dos )ardins ingleses?comentou nthon"?' orque adora assear or eles sob a chuva. 9iz queum )ardim inglês sob a chuva cheira a céu.

antes de que alguém udesse fazer algum comentário' o som das rodasde uma carruagem chiou no cascalho' e todos se detiveram no /rtico'voltando,se enquanto uma carruagem entrava no caminho e se detinha.

Page 150: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 150/164

>m lacaio saltou do estribo' abriu a uertecilla' desdobrou a escalerillae uma mulher esbelta' vestida de verde' descendeu do veAculo. -levou acabe*a e os viu.

-ra -mma ;a:lins.#iola aenas odia acreditar. mulher a olhou e' embora seus olhos

mostraram surresa' ela dirigiu sua aten*ão ao (ohn.?Milord ?disse' no alto da escada?' temos assuntos que discutir.ssuntosG 3ue inaudito que uma querida chegasse 6 casa de um

homem' e falando dessa maneira' frente a sua mulher e seus convidados eraalgo imensável' mas a -mma não arecia lhe imortar.

?Bão temos nenhum assunto de que falar' madame ?resondeu elecom convic*ão e o rosto ine&ressivo?' ensei que o tinha dei&ado claro.

?$laro. ?Sua voz se elevou aguda?. $omo ode dei&ar algo claroquando nem sequer me tem escritoG Bão resondeu a nenhuma de minhascartas.

?;esondi 6s três rimeiras' deois )á não lhe encontrei sentido.?Bem sequer as leu' devolveu,me isso. ?-la se meteu as mãos nos

bolsos da saia e tirou um fardo de cartas cor rosa' como as que #iola tinhavisto aquele dia no -nderb". s atirou 6 cara?. K o homem mais cruel queconheci.

?$ontrole,se' senhorita ;a:lins ?disse (ohn em voz bai&a enquanto ascartas flutuavam a seu redor no chão?. Bão estamos sozinhos.

?3ue me controleE ?gritou ela?' or queG ?e lan*ou um olhar emdire*ão a #iola?' orque está aqui sua mulherG' orque tem convidadosG'orque oderia te humilharG ?Sua voz se quebrou com uma dor terrAvel ecome*ou a solu*ar?. Sou eu quem foi humilhada' não vocêE

$omo se sua for*a de reente a tivesse abandonado' lan*ou,se a seusés.?mei,te ?disse' atirada sobre os degraus de edra?' 9eus' como te

amei. 9ava,lhe isso todo (ohn' tudo' como Cde me fazer istoG#iola olhou a aquela mulher com horror' contemlando os ombros da

-mma distendidos ela for*a de seu ranto' e como se agarrotaban seusdedos em esasmos sobre as frite la)es de edra cinza' ante suas botas.

-la olhou a seu redor' mas todos os que estavam no /rtico' incluAdos osserventes que tinham saAdo da casa ara ouvir a carruagem' olhavam 6mulher como aralisados' contemlando a -mma como se estivessemresenciando algum terrAvel acidente. Binguém se moveu.

?#ocê também me amava ?disse -mma?. Sei que me amava' deveu meamar' elas coisas que dizia' todas as coisas eseciais que fez' orque eugostava. s rosas amarelas que me enviou orque sabia que eram minhasflores favoritas' o chá do $eilán que me trou&e orque uma vez te conteique eu gostava. #ocê me amava' amava,me.

#iola contemlou o rosto de seu marido. -stava ali' olhando a aquelamulher rostrada a seus és' com as mãos detrás das costas' os lábiosaertados e em silêncio. Seu rosto estava álido' seu coro rAgido. Suaconten*ão era vazia' sem emo*ão nenhuma' sem afeto' sem comai&ão' nada.

?5 que fiz ara que te artisseG ?-mma elevou seu rosto' olhando,o

imlorante' as lágrimas corriam or suas bochechas?' o que fiz mauG

Page 151: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 151/164

(ohn abriu a boca ara dizer algo' mas não Cde. !ogo elevou uma mãoara aquela cabe*a agachada frente a ele' como em um gesto de ena' mastrocou de oinião e se levou o unho 6 boca.

?-screvi,te ?continuou ela' sem lhe imortar a resen*a de todosoutros?' cuartillas e cuartillas' e seu secretário me devolveu isso com sua

carta dizendo que não voltasse a te escrever' ?-mma roferiu um alaridotão amargo' tão sincero' como se fora um animal ferido' que #iola ficouassombrada. 5 coro da mulher tendido' os cachos ruivos caindo sobre seurosto?. Seu secretárioE deois de tudo o que vivemos )untos' elo quesignificamos o um ara o outro' nem sequer te incomodou em me escreveressa carta de sua r/ria mãoE

#iola contemlou a aquela mulher chorosa nos degraus de edra.tamou,se a boca com a mão o cora*ão lhe ardia de ena e não odiasuortá,lo mais. 5lhou ara frente' deteve,se' sabendo que' sendo a esosado (ohn' seria absolutamente cruel tratar de reconfortar a aquela mulher.voltou,se ara o 9ahne e Orace.

9ahne catou seu olhar sulicante. $omo se tivesse saAdo de umestado de ensoaci/n' tocou ao Orace no ombro e ambas saltaram aounAssono' descendendo os degraus a ambos os lados da mulher maltratada' etentaram levantá,la.

-mma se tinha desmoronado' o brilho avermelhado de seu cabeloreslandecia como o fogo sob o sol da manhã. artou as mãos que tratavamde a)udá,la e se levantou or si s/. cambaleou,se nos degraus mas conseguiumanter,se erguida' olhando ao (ohn.

?5deio,teE ?gritou fechando os unhos?. Te amava' e todo meu amorse desvaneceu. 8ara queG Mostrarei,te os resultados de meu amor.

9eu meia volta e correu ara o carro como se fora a artir. Subiu elaorta aberta' e tirou algo da carruagem. Tão somente quando se voltou denovo' #iola Cde ver o que era. tratava,se de um bebê.

?5lha,oE ?e&igiu -mma' sustentando ao menino com seu carita frentea (ohn?. 5lhe a seu filho. 5 que ensa que te dizia em todas aquelas cartasque te envieiG s cartas que nem sequer te incomodou em ler. 9izia,te queestava grávida e' sim' é teu' (ohn. Terá que agar sua manuten*ão'cumrindo com os términos de seu contrato.

-la sacudiu ao equeno como se fora uma boneca' e isso sim que #iolanão o Cde suortar e lhe fez atuar. <ai&ou os degraus que a searavam deonde estava a mulher' e o mais amavelmente que Cde agarrou ao bebê.

-mma' com os olhos verdes alagados de lágrimas de dor' aenas se deuconta. Seu olhar estava fi&o no (ohn' e&igindo que se fizesse )usti*a.5 bebê estava chorando. #iola o agarrou entre seus bra*os' embalou,o

e o acalmou. voltou,se então ara olhar a seu marido de novo e viu que nãoestava contemlando a -mma' a não ser a ela. Seu rosto arecia lavrado emedra.

de reente' #iola sentiu frio' estava geada sob o sol e&ultante deagosto' e se erguntou como um homem odia ter sido a causa do cora*ãoquebrado daquela mulher se deseserada' a)oelhada ante ele' e nem sequerlhe dizer algo' uma alavra amble. 9evolveu,lhe o olhar a seu marido'

eserando que fizesse algo.!ogo que moveu um m+sculo de seu quei&o' seus lábios se abriram' masnão disse nada. 8elo contrário' foi caminhando ara a casa.

Page 152: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 152/164

?5deio,te' (ohnE ?gritou -mma atrás dele?. Te odeio e te odiarei atéo dia de minha morteE

9eu meia volta' tirou uma mala de couro da carruagem e a lan*ou aosés de #iola. -ntão' sem rearar no bebê' subiu ao carro' fechou a orta edeu um gole forte no teto com os n/dulos. 5 lacaio que estava na arte

traseira da carruagem iniciou a marcha' e este rodou elo caminho decascalho e bai&ou a colina ara o Falstone.9ahne' Orace' 9"lan e nthon" caminharam ara a casa' mas #iola não

os seguiu' mas sim foi em dire*ão contrária. ;odeou a casa' contemlou ummuro de edra )unto aos )ardins da cozinha e se sentou. Tinha ao equenomuito erto de si e lhe bei)ou a bochecha' escutando seus solu*os' que lheromiam o cora*ão' e notando como suas lágrimas molhavam seu r/riorosto.

?meu deusE ?e&clamou' e come*ou a chorar ela também.

(ohn assou or diante da casa e se dirigiu 6 arte traseira.travessou os )ardins' e dei&ou atrás os estábulos entrando no bosque. Bãotinha tomado nenhuma dire*ão de forma consciente' tamouco ensava emnada de forma consciente. ofensa o embargava' mas não odia aagar osom dos solu*os dilaceradores da -mma ;a:lins. 8areciam reverberar a seuredor' das árvores e o céu' até o chão sob seus és enquanto caminhava.

Tratou de dizer,se a si mesmo que sua ofensa estava )ustificada' elaofensa da -mma ao ir a sua casa e a terrAvel cena a que tinha submetido a#iola. 5fensa como destino or lhe haver dado um filho que nunca seria oherdeiro que necessitava' orque uma amante não ode aai&onar,se. 5 chá'

as rosas' costure sem imort%ncia' tão in/cuas. $omo ode ensar umamulher que essas coisas' assim como o frio e duro agamento elo servi*o dehabita*ão' conduzem ao amorG

voz de #iola ressonou em sua mente' sobreondo,se aos solu*os da-mma.

I5H' (ohn' não o vêG s mulheres se aai&onam or ti. 8ela forma emque sorri e as coisas que diz' or como disostas aten*ão ao que lhe dizemose como recorda o que n/s gostamos.J

;idAculo' ensou nesse momento. #iola era muito sentimental e bondosacom uma mulher a que ela' com todo direito' deveria desrezar. -mma;a:lins aai&onada or ele era algo absurdo' est+ido entretanto' fazia uns

momentos estava rostrada a seus és.o melhor não era tão absurdo deois de tudo.-le não sabia' disse,se' nunca sonhou que aquela mulher tivesse esses

sentimentos or ele' e ter um filho com )amais lhe teria entrado na cabe*a.or que deveria havê,lo feitoG -le tinha utilizado o amaro adequado' acasoodia estar seguro de que esse menino era deleG -' em qualquer caso' o queodia obter uma querida aai&onando,se or eleG

-mbora escutava seus r/rios esfor*os or auto)ustificarse edefender,se' roduziam,lhe náuseas. 5 /dio seguia 6 náusea' odeio a simesmo e a sua falta de cabe*a' or seu comortamento infame.

-ssa era realmente a causa de sua ira' não a obre -mma' que se tinhaficado grávida e tinha fugido envergonhada a Fran*a' lhe escrevendo todasaquelas cartas' sem d+vida terrivelmente assustada do que lhe ocorreria se

Page 153: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 153/164

ele continuava ignorando,a. Tamouco estava furioso com o destino' )á forafornicar ou fazer o amor' )á fora com ou desrotegido das cartasfrancesas' os meninos eram um resultado final' inevitável' igual de duro queo fato de que um homem não o recorde quando uma mulher está entre seusbra*os e seu )ulgamento está dormido. Bão' todo esse desrezo ia dirigido

ara si mesmo.(ohn dei&ou de caminhar e se aoiou em uma árvore. Bada tinhatrocado deu,se conta desse fato com desrezo. deois de tudo o que tinhafeito esses +ltimos nove anos ara converter,se em um homem resonsável'ara cumrir seus deveres com seu legado e seu nome familiar' ara ser umbom guardião dos ganhos de sua mulher e os seus r/rios' entretanto' emsua vida rivada' ainda era um descuidado ante os sentimentos de outroscomo o tinha sido em sua )uventude. - tão irresonsável com asconseqDências de seus atos.

afundou,se na erva e se su)eitou a cabe*a com as mãos' a atéticaen&urrada de ena da -mma lhe retumbava nos ouvidos. Seu desdobramentoemocional oderia resultar terrAvel' mas ele era o culado' ele sozinho.

Bão' suunha,se que as queridas não deviam aai&onar,se' mas eraevidente que algumas o faziam. #iola tinha tentado dizer,lhe tinha tentadoe&licar,lhe tinha tentado fazer o entender. Mas ele se negou' não tinhaquerido acreditá,lo. - agora se enfrentava com a verdade inegável e oslastimosos resultados' agora se encontrava cara a cara com algo que o tinhaa*oitado toda sua vida4 sua debilidade de caráter.

#iola se tinha casado com ele orque o amava' ela tinha crédulo nele' elhe tinha mentido. Baquele momento não lhe tinha arecido tão doloroso'inclusive ensou que era bom. Bão se tinha dado conta da ferida tão

rofunda e erdurável que lhe tinha infligido com um ato que eleconsiderava tão in/cuo.Ima,meGJ' tinha,lhe erguntado ela' com seus belos olhos cor mel

muito abertos' tão eseran*ada' tão dolorosamente vulnerável.IK obvio que te amoJ' tinha,lhe resondido ele' com ligeireza' renda,se

e lhe dando um bei)o' e um sorriso desreocuado e a resosta que elaqueria ouvir orque era o mais fácil' o mais conveniente. 3uão +nico eletinha que fazer ara obter o que necessitava. Seu ai tinha estado em seulugar' seu ai teria mentido igual a ele' o teria feito' sem estane)ar.

8ela rimeira vez (ohn entendeu quem era' um romecorazones. Tinhatido o cora*ão de #iola em suas mãos os +ltimos nove anos e' sem ensá,lo

um minuto' tinha,a destro*ado não sabia com o que tinha estado )ogando.8egg" 9ar:in o tinha amado também. 5 disse uma vez' renda,se' comaquela dor em seus olhos quando viu que não lhe resondia. Sim' ela estavacasada' mas com um homem que não a amava. -stava tão necessitada deafeto que ele o tinha roorcionado solAcitamente' e deois tinha terminadocom aquilo sem ensá,lo duas vezes.

Tinham assado quatro anos a/s' mas aquele dia na lo)a de malhas' unsmeses atrás' 8egg" ainda o tinha cuidadoso com um esiono do que ele tinhavisto em seus olhos quando lhe disse que o amava' um esiono do que acabavade ver no rosto da -mma' quão mesmo #iola tinha sentido or ele quando se

casaram.#iola' isso era o que mais lhe doAa de tudo. Bão havia vendagem ossAvelara suas feridas' nenhuma maneira de emendar seu cora*ão. -la o odiaria

Page 154: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 154/164

agora mais que nunca' desrezaria,o mais que ele a si mesmo. $omo oderianão ser assimG

(ohn se esfregou a cara com as mãos' não odia suortar ensar em#iola nesse momento. $ada costure a seu temo' tinha um filho' e tinha quever que fazia ao rimeiro reseito.

Bão havia volta atrás. Sabia que não a havia. 5 havia dito a #iola4 nãovoltemos ara assado. referia,se a ela e a seu matrimCnio' mas sabia que sealicava a tudo na vida.

(ohn se levantou e tomou o caminho de volta 6 casa' mas se deteve nosestábulos' mandou rearar seu cavalo e se dirigiu ao Falstone.

Suas lágrimas )á se secaram quando nthon" a encontrou no )ardim.sentou,se a seu lado no muro de edra e a analisou' a ela e ao bebê em seusbra*os' durante comrido momento. !ogo disse4

?8oderia matá,lo' mas não acredito que queira que fa*a isso' verdadeG?Bão ?#iola sorriu levemente e o olhou?. Mas obrigado elo

oferecimento' é muito nobre e bom de sua arte.?Se te reconfortar' romeu com o ;a:lins antes de que come*asse

sequer a temorada. Sei.?(á sei' eu o amo' sabe' semre o amei' inclusive quando o odiava.nthon" a rodeou com seus bra*os.?3uer que te tire daquiG#iola tinha estado contemlado essa mesma idéia durante uma hora.

8ensou em seu marido' o homem encantador que odia conseguir que cadadia de sua vida fora maravilhoso' e tratou de reconciliar a esse homem com

o outro que ermanecia com o rosto étreo uns momentos antes' enquantouma mulher com o cora*ão destro*ado )azia solu*ando a seus és. $omreentina claridade' entendeu o significado dessa e&ressão dura eimlacável em seu marido. -ra o rosto de um homem agCnico que queria quetudo fora bem e não sabia como obtê,lo.

#iola se levantou.?Bão' nthon" ?disse resondendo 6 ergunta de seu irmão?' não

vou a nenhum sAtio' o que eu gostaria de é que todos retornassem a casa.Hammond e eu devemos arrumar isto sozinhos.

-le se levantou.?-stá seguraG

#iola olhou ao bebê em seus bra*os4 era o filho de seu marido. Seuromance com a -mma ;a:lins era água assada' terminou antes de quehouvesse sequer ensado em retornar com ela' e não ia condenar o orcoisas do assado. 5 assado não se odia desfazer' o que imortava era ofuturo.

-la conhecia o suficientemente bem a seu marido ara saber o quefaria o correto or seu filho' agora que sabia de sua e&istência. Mas o fatode que -mma tivesse dei&ado ao menino dei&ava claro que não o queria. 5bebê estava )usto ali' assumiu #iola' e ela também.

Lsso significava que agora se converteu em mãe' tinha coisas que fazer.

Terei que limar o quarto de )ogos e contratar a uma babá e uma babá. #iolamanteve ao bebê erguido. <ei)ou,o e lhe fez uma romessa em silêncio.

Page 155: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 155/164

mulher que lhe tinha dado a luz odia não querê,lo' mas ela sim. - ela ia amá,lo e a ser a melhor mãe do mundo ara ele.

!ogo olhou a seu irmão.?-stou segura ?disse em voz bai&a.

Capítulo 20 

-mma se hosedava no <lac= S:an. (ohn aresentou seu cartão devisita 6 mulher do hosedeiro e eserou no vestAbulo enquanto ela a levava ahabita*ão da -mma. 9ez minutos mais tarde' -mma bai&ou' fechou a ortada salita da estalagem' e se aoiou nela.

?5 menino é teu ?disse?' vais negar oGSeu rosto estava álido' ainda avermelhado elas lágrimas seu

ressentimento era evidente' sua dor evidente' e seu amor or ele' inegável.?Bão ?resondeu ele?' acredito,te.5lhou o chaéu em suas mãos' resirou rofundamente e voltou a olhá,

la de novo.?Sinto,o muito.-la asseou ela habita*ão até que se sentou em um canaé. -le se

sentou a seu lado. $om a cabe*a encurvada' ela olhava fi&amente suas mãos.?$rie que dizer que o sente vai fazer que tudo vá melhorG?Bão ?disse ondo o chaéu a um lado?' mas )á me hão dito que'

aesar de que digo muitas tolices' não sou um homem que fale bem dascoisas que imortam. - uma descula imorta' devo,te isso e muito mais.

#iu uma lágrima rodar or seu rosto.IBão há volta atrás.J

(ohn tirou um len*o e o tendeu.?Bão sabia nada do bebê.?Se tivesse lido alguma de minhas cartas' tivesse,o sabido.?!i as rimeiras' or que não me disse isso diretamenteG-la solu*ou' esfregou,se os olhos correndo,se toda a maquiagem. Sem

olhá,lo' murmurou4?o rincAio' não me queria acreditar isso 9ecidi ignorá,lo' eserando

que não fosse verdade uma arte de mim não se atrevia a enfrentar,se 6verdade.

?-ntendo ?e' de fato' entendia,o.?3uando te vi no baile do @ettering' )á sabia que tinha que me

enfrentar a certas coisas' e dese)ava tanto falar contigo' te ter a s/s aralhe dizer isso mas estava com sua mulher.-sta +ltima alavra a disse com certa ironia' que ele decidiu ignorar.

SuCs que era comreensAvel desde seu onto de vista.?$ontinua ?disse.?Fui a sua casa do <loomsbur" Square' mas não estava ao menos isso

me disse seu mordomo.9isso' ao menos ele não era culado.?Se veio ara ver,me' -mma' não tenho notAcias disso. ;ealmente não

devia estar em casa naquele momento.

-la retorceu seu len*o entre as mãos.?naquela éoca' )á me come*ava a notar e sabia que tinha queabandonar a cidade. Bão odia agDentar os rumores' reuni todo o dinheiro

Page 156: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 156/164

que ude de sua atribui*ão e fui a Fran*a. Tenho uma rima que vive ali eestive com ela' te escrevendo do $alais.

?or que não enviou a alguém ara que me contasse issoG? quem oderia ter enviadoG ?-la o olhou' com seus grandes olhos

muito abertos' indefesa?. -&ceto minha rima' que é vi+va como eu' minha

famAlia me deserdou faz temo' ao me casar com o ;a:lins. -le foi tãocanalha que' quando morreu' não me dei&ou nada.-mma se sumiu no silêncio' chorando silenciosamente sobre seu len*o.ssim era como as mulheres se convertiam em queridas' or desesero'

9eus' ele sabia muito bem. Também conhecia mulheres que semre seaai&onavam or canalhas. -ra uma das coisas mais desagradáveis do se&o'mas um fato irrefutável. -le mesmo era a rova vivente.

Bunca lhe erguntou nada de sua vida anterior' nem de suascircunst%ncias' sua economia ou outra coisa. Seu interesse tinha sidomeramente egoAsta' e a vergonha do homem que tinha sido o erseguiriadurante o resto de seus dias. Teria que carregar com sua cruz e realmenteo merecia' mas nunca voltaria a ser esse homem de novo.

IBão há volta atrás.J?3ual é o nome de meu filho' -mmaG?(ames.5 nome de batismo de seu ai' isso também era uma ironia.?5 que quer fazer com o bebêG?Bão osso ficar o (ohn ?disse ela' com a voz ro*ando o desesero?.

Bão osso' é um bastardo' a gente falará disso' e dirá coisas de mim e dele'coisas horrAveis' não oderia suortá,lo' não sou muito boa como querida'tenho medo.

?Bão é o suficientemente dura' -mma ?disse ele carinhosamente?'teria que me haver dado conta' o que quer fazerG?8arto a mérica' tratarei de come*ar uma nova vida' não osso me

levar a bebê. diligência sai dentro de umas horas e devo agarrá,la. 5r/&imo navio ara Bova Lorque zarará do !iverool dentro de dois dias' etenho uma assagem. ?Solu*ou?. 3ue terrivelmente egoAsta or minhaarteE

?Bão' não' é erfeitamente comreensAvel ?Hammond resirourofundamente' escolhendo as alavras com suremo cuidado?. Se nãooder ficar o então deverei fazê,lo eu. Ficar com ele e criá,lo.

?Sim.

5s olhos da -mma voltaram a alagar,se de lágrimas' voltou,se soando,se com seu len*o molhado. Bão o disse' mas ele sabia que ela dese)ava queele não tivesse estado casado com outra' que ambos tivessem odido criar )untos ao bebê' seu filho' ao fim e ao cabo' dos dois.

8assou um momento e ela se decidiu a falar.?5 que temos que fazerG Suonho que haverá aéis que assinar' ou

algo' não tenho muito temo?Meu advogado está no High Street' vamos ver o e dei&emos tudo

arrumado ho)e mesmo' oderá agarrar esse navio e come*ar uma nova vida.?Sim' sim ?assentiu ela com evidente alAvio?' vamos agora mesmo.

>ma hora deois' os aéis estavam no bolso do (ohn e (ames era seufilho. -mma lhe tinha concedido todos os direitos e deveres do menino etinha aceito uma ensão em troca. Seu advogado elevou uma sobrancelha

Page 157: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 157/164

quando viu a quantia da ensão' mas (ohn sabia que nunca seria suficiente.3uando )á estavam ante a diligência' disse4

?-mmaG-la se deteve enquanto subia ao veAculo e se voltou ara olhá,lo.?Se alguma vez necessitar algo' dinheiro ou crédito' algo desse tio'

me escreva. ?-sbo*ou um sorriso e acrescentou?4 lerei' rometo,lheisso.-la come*ou a chorar de novo' deu meia volta' subiu ao carro e o olhou

através do guichê.?Bão lhe diga nada de mim' (ohn' nunca lhe diga nada.?deus' -mma.(ohn viu como o carro ficava em marcha e soube que' aesar dos

dese)os dela' algum dia teria que lhe falar com o (ames de sua mãe4 omenino faria erguntas' e merecia saber que sua mãe era uma mulheradorável cu)o +nico engano tinha sido aai&onar or homem equivocado.

;etornou ao <lac= S:an a rocurar seu cavalo. 3uando chegou 6estalagem' dirigiu,se aos estábulos' mas de reente se deteve' ficandos+bitamente aralisado no caminho.

>ma carruagem suntuosa se arou ante as ortas do Nild <oar' aestalagem de em frente do <lac= S:an. 5 carro levava a inconfundAvelinsAgnia do duque do Tremore e estava releto de ba+s e malas de viagem.

#iola o abandonava' seu irmão a levava longe. (ohn não odia assumiressa idéia' sua mente ficou em branco e seu coro foi diretamente 6s ortasdo Nild <oar. li estavam' almo*ando na estalagem antes de voltar aracasa' e #iola estava com eles. 9"lan e nthon" tinham ido ao bar a or umasintas de cerve)a e discutiam o estado das estradas as três mulheres

estavam sentadas em uma das mesas do comilão abarrotado.?$omo osso encontrar uma babáG ?erguntou #iola 6s outras duasmulheres?. Bão tenho nem idéia de or onde come*ar.

?vá ver o doutor do ovo ?resondeu 9ahne?' ele saberá.?-&celente ideia. 3uando acabarmos aqui' chamarei o doutor

Morrison.?-stá segura de que dese)as seguir com isto' #iolaG ?erguntou,lhe

Orace?. Haverá falat/rios' fofocas maliciosas' insalubres. $riar a um filhoque não é teu' ilegAtimo' é muito difAcil.

?Mas você o conseguiste ?assinalou #iola' referindo,se 6 filha de oitoanos do 9"lan' Lsabel' cu)a mãe tinha sido uma cortesã.

?Sei' mas Lsabel era maior e 9"lan não estava casado comigo naquelaéoca' além disso' ele não é lorde. Sua situa*ão é um ouco diferente'nenhuma mulher de um nobre criaria ao filho ilegAtimo de seu marido em suar/ria casa. - se (ohn não querG

?(ohn quererá ficar com o bebê. ?-la estava absolutamente seguradisso' não sabia or que' ossivelmente orque recordava o olhar de seumarido quando teve em bra*os ao equeno Bicholas.

9"lan e nthon" se uniram a elas e se sentaram' dei&ando suas intassobre a mesa.

?-stou de acordo com #iola ?disse 9"lan intervindo na conversa*ão

enquanto tomava assento )unto a sua mulher?. Hammond ficará com ele'agora adora os bebês.nthon" roferiu um som de ceticismo.

Page 158: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 158/164

?3ue classe de ai será' esse é o roblema.?S/ há uma ergunta imortante em tudo isto ?disse 9ahne?4 #iola'

Hammond te amaGnthon" roferiu um grunhido.?s mulheres semre têm que tirar o amor a cola*ão em qualquer

discussão.?ma,teG ?reetiu 9ahne ignorando o comentário.#iola olhou a sua cunhada com um leve sorriso.?Honestamente' não sei.Besse momento' a orta do Nild <oar se abriu e o tema de sua

conversa*ão entrou na sala. 5lhou a seu redor e foi direito ara eles.tirou,se o chaéu e se aferrou 6 mesa' frente a sua mulher' ignorando

a todos outros. ;esirou rofundamente' olhou,a aos olhos e disse uma s/alavra4

?Bão.?5 queG ?#iola iscou' olhando,o fi&amente?. Bão' o que' do que está

falando' do bebêG?Bão' não vais dei&ar me' não o ermitirei.5s lábios de #iola se abriram de assombro enquanto aquelas alavras

saAam lentamente de sua boca. -le ensava que ela ia dei&ar o.?(ohn ?come*ou a dizer.?Bão discutamos sobre isto' #iola ?e fez um gesto ao resto da mesa

com o chaéu?. Todos outros odem voltar ara casa' mas você não vai anenhuma arte.

-la o tentou de novo4?Mas' eu

?- vamos ficar nos com o (ames.?5 queG?5 bebê' nos ficamos e o criaremos' você e eu' )untos. 5lhe' estive

dando voltas sobre o que fazer e isto é o melhor. Sei que não tenho nenhumdireito a lhe edir isso e que vai ser duro' mas temos que fazê,lo. -le éminha resonsabilidade e tenho que me fazer carrego' sabe que o farei' é ocorreto.

?Sim' é obvio' mas?-mma se vai a mérica' não o quer' mas eu sim' e você tem que me

a)udar a criá,lo' necessita uma mãe' assim não ode me dei&ar' não ode. ?ertou a mandAbula?. Bão odemos fugir' #iola' nenhum dos dois' esse foi

o roblema todo o temo' sabe. mbos estivemos fugindo' sobre tudo eu'admito,o' mas isso não vai assar alguma vez mais' disse,lhe isso' recordaG8rometi,te que não ia fugir nunca mais de ti' e não o estou fazendo'tamouco vou ermitir que você vá.

-la o tentou uma vez mais4?(ohn' eu?Maldita se)a' estou tentando falar contigo' as mulheres semre

querem falar de coisas' vais dei&ar de me interromer ara que ossa fazê,loG

-la o dei&ou estar.

?<em' #iola' 6s vezes me volta louco' realmente louco. Semrequerendo falar e' quando o tento ?Se deteve com um som de e&asera*ão?. Binguém é caaz de me comreender como você' e não sei or que.

Page 159: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 159/164

#iola lutava or tentar aagar o sorriso de seu rosto. >m sorriso oarruinaria tudo e as coisas come*avam a ficar bem.

?Bão sei o que é' mas ninguém é caaz de' com um sozinho olhar' meCr contra as cordas. Binguém ode conseguir que se abram os céus quandome sorri' ninguém salvo você' #iola. estive com muitas mulheres em minha

vida' 9eus sabe' mas s/ houve uma caaz de me fazer recordar que tenhoum cora*ão no eito' em vez de um buraco' e essa mulher é você.3ualquer esionagem de sorriso se aagou de seu rosto ante aquelas

alavras. -le estava sendo totalmente sincero' não havia nada inteligente oudivertido em suas alavras' era o mais bonito que )amais tinha escutado.

(ohn se deteve o temo suficiente ara recuerar o fClego e logocontinuou4

?eu adoro que tenha os olhos da cor do lodo e o cabelo como a luz dosol' e dou gra*as a 9eus todos os dias ela geléia de amoras. doro essacovinha da comissura de sua boca e a forma em que te ri. doro brigarcontigo orque eu adoro fazer as azes deois. 3uando te fiz esse oema'aquele dia na barco' dizia a sério cada uma das alavras' todas as alavras'#iola. Benhum rosto é tão belo nem tão querido ara mim' nem tamoucoquero ter nenhum outro' nunca mais. 9e todos os momentos reciosos deminha vida' você é a +nica.

5lhou,a' com esse asecto tão arrumado e feroz' e tão ressentido.?Binguém escutou nunca o que escrevo' ninguém salvo você' e ode que

se)a o homem mais est+ido sobre a terra?-scuta' escuta ?murmurou nthon".(ohn o ignorou.?- ode que tenha demorado nove anos em me dar conta das coisas'

mas agora )á sei o que é o amor' e sei orque você me ensinaste isso. mo,te' não te mere*o' nunca te mereci' mas te amo. mo,te mais que a minhavida.

!ogo se sumiu no silêncio.#iola eserou um momento' mas ele não voltou a dizer nada mais. -la

tossiu.?acabasteG ?erguntou.-le olhou a seu redor e' de reente' descobriu que o comilão da

estalagem estava releto de gente' e que todos os olhavam. -ntão levantou oquei&o e se endireitou a gravata.

?Sim.

9eu meia volta e artiu' detendo,se ante a orta ara olhá,la.?-starei no Hammond 8ar= ?lhe disse com um desafio orgulhoso nacara?. Bossa casa' eserando a que minha mulher volte aonde ertence.

$om essas alavras' abriu a orta e saiu dando uma ortada. sala ficou em silêncio' como se tivesse assado um an)o. 9"lan foi o

rimeiro em falar4?<em ?disse recostando,se em sua cadeira?. Bão acredito que

tenhamos que debater mais o tema é evidente que seu marido estálocamente aai&onado or ti' #iola' orque agora mesmo ficou como umcomleto idiota.

Page 160: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 160/164

5 quarto de )ogos era um dos oucos lugares do Hammond 8ar= aos que(ohn não havia tornado' mas essa tarde o fez. 3uando entrou' uma de suasdonzelas' Hill' estava ali' sentada em uma cadeira ao lado de um ber*o demadeira. Seu antigo ber*o' suCs. 5 sol do verão banhava a habita*ão'acariciando as aredes cor marfim com sua luz dourada.

Hill se levantou quando ele entrou' e fez uma inclina*ão de cortesia. Foiara seu lado e olhou no ber*o. 5 bebê estava dormido com seu antigoi)ama branco' sem desenhos' com um gorrito de linho na cabe*a. 5 cabeloescuro me sobressaAa or debai&o e uma mecha lhe caAa sobre os olhosfechados com umas estanas absurdamente largas e escuras.

(ohn contemlou ao menino or um momento' agachou,se e tocou seusdedos com cuidado' searando,os.

?K tão equeno.?$rescerá' milord. ?Hill o olhou e sorriu?. Tão somente tem um mês

agora mesmo' acredito. inda fica muito or crescer.5s olhos do menino se abriram com o som de suas vozes. 5lhos ardos

que o olharam' cor conhaque como os seus.?5lá' (ames ?disse e olhou 6 donzela?' eu gostaria de agarrá,lo' mas

arece tão frágil.?Benhum bebê é tão frágil como arece ?disse ela' Sorrindo com

toda a indulgência que ode ter uma mulher ante os absurdos masculinos?.>m bebê semre está disosto a que o agarrem em bra*os' tão somente éum bebê equeno' tem que estar seguro de que lhe su)eita bem a cabe*a.

-le se tirou o casaco e o Cs a um lado.?LnsAgnia me.5bservou como a mo*a elevava ao bebê fora do ber*o' estudou a

osi*ão de suas mãos' uma sobre o culito do (ames e a outra' su)eitandofirmemente a cabe*a or detrás. -la Cs ao bebê em seus bra*os e (ohn seacomodou na cadeira ao lado do ber*o.

?Fa*o,o bemG?8arece que o tenha feito toda a vida' milord ?disse Hill' e isso fez

que (ohn se lembrasse daquela noite' em casa do Tremore' quando <ec=hamfez um comentário similar. -serava que ambas tivessem razão' orqueretendia ser o melhor ai de toda a Lnglaterra. gora' sentia que estava nobom caminho.

(ames fechou os olhos e voltou a dormir com um equeno susiro.Hill susirou também.

?3ue doce é' se não lhe imortar que o diga' milord.Bão lhe imortava.-la tossiu ligeiramente.?Se não lhe imortar' senhor' reciso ir a or uma muda lima ara

ele. gora é necessário trocá,lo constantemente. Se quiser' dá,me isso araque me leve issoG

Mas ele negou com a cabe*a' olhando a seu filho.?Bem um momento' não vou dei&ar o nem um momento' vá a ela muda'

Hill. -starei aqui olhando,o até que retorne.?5H' não' senhor ?disse Hill horrorizada' não osso dei&á,los' e se

come*ar a chorar e gritarG 5s homens odeiam isso.?-u não o odiarei ?elevou o olhar?' Hill' fela essa e&ressão dereocua*ão de seu bonito rosto e vete.

Page 161: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 161/164

(ohn brincou e sorriu. Lsso a fez rir' ele ainda era um conquistadorincorrigAvel' rovavelmente semre o seria.

?h' bem. mo*a fez uma reverência de cortesia e abandonou a habita*ão ficou

a s/s com seu filho. cariciou a bochecha do bebê' era a coisa mais suave

que tinha sentido em toda sua vida.?9aremo,lhe um legado ?lhe disse ensando em voz alta?' a*ões dasferrovias.

(ames se estirou' gemendo em sonhos.?5 que tem que mau nas ferroviasG ?murmurou (ohn?. ferrovia é o

caminho ao futuro' )á verá como tenho razão. $om um bom legado e bonsinvestimentos' será um homem rico quando )á estiver em $ambridge.

Seu filho lhe goleou no eito com sua equena manita' mas nãodesertou.

?$ambridge ?reetiu ele com ênfase?' não 5&ford.Seus olhos ardos se abriram ante a firmeza de sua voz' mas voltaram

a fechar,se de novo. Sua equena boquita se abriu rofiriendo um gemido.(ohn sorriu brandamente.?(á te aborrece a escola' meu filhoG Bão saberá quão aborrecida é

até que estude latim. ?cariciou o suave cabelo castanho da frente dobebê' que sobressaAa elo bordo do gorrito?. Serão cruéis' (ames' não sereocue' chamarão,lhe bastardo' e o sinto or isso' mas te ensinarei amanter a cabe*a bem alta e a atuar como se não te imortasse nada' orqueisso é o que um homem deve fazer' vê,oG

(ames se estirou de novo' voltando a cabecita ara um lado' com onariz ro*ando o esco*o da camisa de seu ai' ainda dormido.

(ohn olhou ara bai&o' contemlando as uitas erfeitas de seu filho' ealgo quente e feroz brotou em seu interior. >m sentimento oderoso deassombro' reseito e amor que encheu até o +ltimo rincão do vazio de suaalma.

?5cuarei,me de ti ?disse em um sussurro selvagem?. Bão sereocue or isso. Terá ganhos r/rios' assim nunca se sentirádeseserado ou assustado. -u estarei ali ara vigiar que não fa*a tolices'que não contraia dAvidas' que não aoste forte' e quanto 6s mulheres

$onsiderou o roblema or um momento e deois susirou ante oinevitável.

?Sei que vou erder se trato de te fazer entrar em razão nesse tema.

?aro&imou,se mais e bei)ou a seu filho na sobrancelha' murmurando?4 Bãoo diremos a #iola' desgostaria,se com isso.ISe retornar a casaJ-sse ensamento flutuava lhe sussurre em sua mente' como a brisa em

uma habita*ão geada. Se #iola não retornava' o que seria deleG#oltou a sentir esse terrAvel sentimento de fragilidade' quão mesmo

havia sentido quando ficou olhando,a no Nild <oar. disse,se que não lhetinham imressionado suas alavras' nem sequer recordava o que havia dito'mas não tinha sido sarcástico nem inteligente' e tão seguro como o infernoque tamouco tinha sido oético. - ali ficou ela sentada' olhando,o

comletamente assombrada' como se estivesse louco ao atrever,se a segui,la e lhe falar de amor deois de tudo o que tinha assado. (ohn sabia quenão havia nada que udesse fazer ara que voltasse ara casa' nada que

Page 162: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 162/164

dizer ara desfazer o assado ou emendar seus enganos' nada' ela nãovoltaria. deois de tudo' ele era o +nico que semre se artiu' não seria umasurresa se ela trocava as voltas. -le o merecia.

Mas um homem deseserado faz coisas se deseseradas' (ohn sabiamelhor que ninguém e' como homem deseserado' rezava.

?#êem casa' #iola ?disse' sustentando a seu filho em bra*os erezando?. Tão somente volta ara casa.

#iola se tamou a boca com as mãos' escutando. 5H' como amava aaquele homemE 3uando o viu com o bebê em bra*os' o cora*ão come*ou a lhedoer' mas de alegria era tão doce que logo que odia resirar. Toda sua vidatinha tido sonhos rom%nticos sobre um amor honesto de um homem bom.gora' )á não era um sonho' mas tamouco a vida que tinha imaginado. Bãoera fácil' nem tamouco uma bên*ão' e ode que tivesse que agar comlágrimas e dor' ois cada dia suoria uma li*ão ara arender a estar )untos.Mas era real e recioso e' sobre tudo' ertencia,lhes. 9esde esse momento'ia dedicar se a essa vida com esse homem' com todo seu cora*ão.

-la fez ruAdo na orta' o suficientemente suave como ara nãodesertar ao bebê. (ohn elevou o olhar mas' quando a viu' não sorriu' não semoveu' ficou im/vel como a imagem de um quadro do ;e"nolds' com o solbanhando,o e o menino em seus bra*os. #iola entrou na habita*ão.

?vim a fazer as azes ?disse.?SérioG-la assentiu.?Foram suas alavras. ?-stava decidida a não lhe dizer que nunca

tinha querido dei&á,lo' ossivelmente o diria algum dia' ou ossivelmente não?. foram as alavras mais incoerentes' descone&as e belas que )amaisescutei. ?a)oelhou,se ante a cadeira e Cs as mãos sobre suas ernas?. Teamo' eu também te amo.

-le roferiu uma risada breve' descrente.?Bão entendo or que.#iola olhou a seu marido. levantou,se' aartou,lhe seu cabelo indomável

da frente e sorriu.?8orque ainda segue )ogando me riu isso?' um diabo com ico de ouro.

Epílogo

?3uero subir ?disse (ohn dando voltas elo comrido corredor doHammond 8ar=' mordendo a unha de seu olegar enquanto se aro&imava daescada?. Maldita se)a' or que não osso subirG

nthon" lhe serve uma ta*a do 5orto e a ofereceu.?Bão se ermite entrar nos maridos ?disse ossivelmente ela

décima segunda vez.?3ue estuidez ?murmurou (ohn?' se n/s formos os culados de

tudo. ?alisou,se o cabelo. 5diava aquela esera' aquela sensa*ão deindefensi/n. -stava tão assustado que ensou que ia derimir se.

Seu cunhado voltou a lhe oferecer a ta*a.

?Tome outra.?Bão quero outra ta*a' como ode estar tão tranqDiloG

Page 163: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 163/164

nthon" susirou e dei&ou o 5orto sobre a mesa' ante um quadro dodécimo visconde do Hammond' bisavC do (ohn.

?Sei o que sente' me acredite. - não estou tranqDilo' simlesmente medá melhor ocultá,lo que você.

>m grito chegou até eles do alto da escada' um grito de intensa dor'

sufocado de uma vez or uma ortada. 5 grito lhes revolveu as vAsceras.nthon" o arrastou ara si.?Bão ode.?9eus ?sussurrou (ohn' e come*ou a lutar de novo?' )á é meia,noite'

quanto temo vai durar istoG?Semre.ouviram,se umas egadas sobre suas cabe*as' mas assou outra hora e

ninguém bai&ou. 5 medo do (ohn se agudizaba com cada volta que dava 6galeria e quase lhe saiu o cora*ão ela boca ara ouvir outro grito de dor desua mulher' retumbando na escada.

?vou subir' necessita,me. ?nthon" tentou agarrá,lo' mas ele seevadiu e come*ou a subir a escada. Bo atamar' encontrou,se com o 9ahne'que bai&ava.

Bada na vida do (ohn seria como aquele momento. deteve,se.?#iolaG?-stá bem ?lhe disse sua cunhada?' vim a lhe dizer isso orque suus

que estaria reocuado.?8reocuadoG ?-ssa era uma descri*ão tão incrivelmente suave de

como se sentia que (ohn quase Cs,se a rir.-la osou a mão sobre seu ombro.?#êem ?disse e o guiou abai&o' mas ele resistiu?. (ohn ?disse com

firmeza?' não ode a)udar' tão somente incomodará' venha.-mbora resistente' ermitiu que o emurrasse escada abai&o.?-ste tio de coisas leva seu temo ?disse 9ahne?' eu demorei dois

dias.?9eusE ?9ois dias e se voltaria louco.9ahne lhe deu um tainha no ombro.?-stá,o fazendo bem' de verdade.#oltaram ara a galeria.?Tudo vai bem ?disse 9ahne ao nthon"' e retornou acima.8assou outra hora' outra eternidade antes de que 9ahne voltasse a

bai&ar. -stava ao outro lado da galeria quando o chamou.

?(ohnG-le foi correndo e' quase a meio caminho' ela disse.?gora ode subir.?-stá bemG ?gritou' correndo ara sua cunhada.?Sim ?resondeu ela' seguindo,o enquanto subia a escada.Tinha que vê,lo or si mesmo' subiu os degraus de dois em dois e

entrou no dormit/rio' assando de comrimento ao doutor Morrison. (ohnolhou a sua esosa' a cara álida e o cabelo emaranhado' e clamou ao céu' )unto 6 orta' com o cora*ão na garganta. 8arecia tão cansadaE

?#iola ?disse aro&imando,se da cama e' ao fazê,lo' viu um bebê em

seus bra*os' com a carita tinta' uma cosita com um nariz absurdamentediminuta?. #iola ?disse de novo' orque não odia ensar em dizer outracoisa salvo seu nome. Seus )oelhos afrou&aram.

Page 164: Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

7/17/2019 Laura Lee Guhrke - Serie Courtland 03 - No Leito Do Desejo

http://slidepdf.com/reader/full/laura-lee-guhrke-serie-courtland-03-no-leito-do-desejo 164/164

-la elevou a mão e lhe acariciou o cabelo.?5 que lhe assou ao diabo com ico de ouro com o que me caseiGSeu cora*ão come*ou a ulsar com violência' entrela*ou sua mão com as

suas e a bei)ou. 3ue demCnios se suõe que deve dizer um homem nessasocasiõesG Bão havia alavras.

?(ohn ?disse ela enquanto ele bei)ava suas bochechas' seu cabelo?'estou bem' o bebê está bem.?SeguroG-la assentiu mordendo o lábio' olhando,o. -ntão disse4?tivemos uma menina.?>ma meninaGSurreso' levantou,se e olhou ao bebê de novo. $ontemlou,o' olhando,

a enquanto seus ferozes e zangados gritos se esgotavam em equenoshiidos enquanto se fazia um novelo ante o c/s da camisola aberta de #iola'rocurando seu eito. ITem fomeJ' ensou.

>ma menina.aro&imou,se mais' estudando ao bebê ante a luz morti*a do aba)ur' e

então viu a equena covinha na comissura de sua boca. alegria estalou emseu eito como uma onda e come*ou a rir. >ma menina.

?K tão bonitaE ?gritou?. meu 9eus' é igual a sua mãeE?5H' araE ?disse #iola quase renda,se.?Sim ?olhou ao 9ahne' que estava ante a orta' )unto ao doutor?'

acaso não é igualG9ahne sorriu.?credito que tem razão