lculo de ndices de confiabilidade de sistemas de po...

6
Proceedings of the V Brazilian Conference on Neural Networks - V Congresso Brasileiro de Redes Neurais pp. 535–540, April 2–5, 2001 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil 535 LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO NCIA UTILIZANDO REDES NEURAIS J.C.S. Souza M . T h . S c h illi n g A. P. Alves da Silva M. B. Do Coutto Filho C AA / U FF C AA / U FF EFE I C AA / U FF Rio de Janeiro Rio de Janeiro Itajub Rio de Janeiro [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Brasil Abstract This paper describes a new computational approach to assess power systems reliability using Artificial Neural Networks (ANN). The suggested procedure may be useful in a competitive e nvironment, where the e xchange of information among utilities may be subject t o hindrances due to conflict of interests or competition. 1. INTRO O A solu o d e problemas que ocorrem durante a oper o de sistemas de pot ncia nem sempr f il de ser implementada. Dessa maneira, a monitor o e an lise de ndices de c onfiabilidade da oper o d e sistemas de pot nci ssencial para que se possa conhecer o risco associado a cada cen rio operativo [1]. Atualmente, a grande maioria das apli es de an lise de c onfiabilidade de sistemas de pot ncia e st o associadas a e studos de planejamento. Isto pod e ser explicado pelo fato de que os engenheiros envolvidos em estudos de planejamento geralmente dis em de tempo suficiente para a a n lise de diversas alternativas, reali o d e diversas simul es e implement o do s ajustes necess rios. Por outro lado, na a n lise de sistemas de pot ncia no ambiente de oper o o tempo dispon vel drasticamente reduzido, podendo ser necess rio inclusive a an lise em tempo-real. Refletindo a import ncia deste tema, a literatura t nica [1,2] registra propostas de uma grande variedade de ndices, al m da apli o de t nicas de medi o e previs o. Entretanto, observa-se que a apli o d e t nicas de intelig ncia c omputacional n o foi ainda suficientemente explorada. Dentre a s t nicas de intelig ncia c omputacional pode-se c itar as redes neurais (RNs), as quais s o capazes de e xtrair conhecimento e a prender a resolver um problema espec fico atrav s do processamento de um conjunto d e dados hist ricos ou obtidos atrav s de simul o. Estes dados s o compostos por uma col o de e xemplares que c ont m associ es entre um conjunto de caracter sticas (vari veis) importantes para a solu o do p roblema e a solu o do p roblema propriamente dita. Diversos modelos de redes neurais foram propostos na literatura, diferindo b asicamente no que diz respeito a topologia a dotada, modelo do neur nio e regra de aprendizagem [3-5,23]. Este trabalho apresenta uma a bordagem que utiliza redes neurais para a a vali o d a c onfiabilidade de sistemas de pot ncia. A metodologia proposta pode ser til para a an lise da oper o em ambiente competitivo, onde a troca de inform es entre e mpresas pode ser restrita devido a conflitos de interesse e a capacidade de processamento atrav s de t nicas convencionais pode n o ser poss vel devido a restri es de tempo e/ou perda de dados. 2. LISE DE CONFIABILIDADE V rias apli es de intelig ncia c omputacional a sistemas de pot ncia podem ser encontradas na literatura. Entretanto, apli es espec ficas ao problema de an lise de confiabilidade s o muito raras [2,3,6-14]. Holen et alii [19] r elata uma das primeiras apli es, baseada na utili o d e sistemas especialistas para a an lise de confiabilidade de sistemas de pot ncia. Amjady e t alii [20] pr e uma a bordagem para a estim o d e par metros de c onfiabilidade, tais como tempo m dio p ara reparo, taxa de sa da for da e dur es. Esta talvez seja uma das primeiras tentativas de utilizar uma rede neural (RN) para resolver diretamente problemas s imples de a n lise de confiabilidade. Dash et alii [21] pr e uma abordagem para a e stim o da qualidade de sistemas de pot ncia, utilizando ADALINES. V rias outras apli es de RNs foram propostas, tais como an lise de seguran m tempo-real, previs o d e carga, processamento d e a larmes, diagn stico d e defeitos, estim o de estado e controle [3]. Entretanto, apli es ao p roblema de a n lise de c onfiabilidade permanecem raras. Por m, pode-se e numerar algumas raz es que indicam que este panorama poder mudar em breve. Por um lado, a medida que a oper o de sistemas de pot ncia utiliza cada vez mais dispositivos eletr nicos de r pida resposta (e.g. FACTS) e se tornam cada vez mais estressados, aumenta a influ ncia das n o-linearidades inerentes a oper o sobre o comportamento do sistema [15], reduzindo o grau de seguran da oper o. Pode- se a ntever que os operadores necessitar o d eterminar a

Upload: others

Post on 01-Jun-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO …abricom.org.br/wp-content/uploads/2016/03/5cbrn_115.pdf · julio@ic.uff.br schilling@ic.uff.br alex@iee.efei.br mbrown@caa.uff.br

Proceedings of the V Brazilian Conference on Neural Networks - V Congresso Brasileiro de Redes Neuraispp. 535–540, April 2–5, 2001 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil

535

LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DEPO NCIA UTILIZANDO REDES NEURAIS

J .C .S . S o u za M . T h . S ch illi n g A . P . A lves d a S il va M . B . D o C o u tt o F il h o C AA /U FF C AA /U FF EFE I C AA /U FFR io d e Ja n e iro R io d e Ja n e iro Ita jub R io d e Ja n e [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]

Brasil

Abstract

This paper describes a new computational approach toassess power systems reliability using Artificial NeuralNetworks (ANN). The suggested procedure may be usefulin a competitive e nvironment, where the e xchange ofinformation among utilities may be subject t o hindrancesdue to conflict of interests or competition.

1. INTRO O

A solu o d e problemas que ocorrem durante aoper o de sistemas de pot ncia nem sempr f il deser implementada. Dessa maneira, a monitor o ean lise de ndices de c onfiabilidade da oper o d esistemas de pot nci ssencial para que se possaconhecer o risco associado a cada cen rio operativo [1].

Atualmente, a grande maioria das apli es dean lise de c onfiabilidade de sistemas de pot ncia e st oassociadas a e studos de planejamento. Isto pod e serexplicado pelo fato de que os engenheiros envolvidos emestudos de planejamento geralmente dis em de temposuficiente para a a n lise de diversas alternativas,reali o d e diversas s imul es e implement o do sajustes necess rios. Por outro lado, na a n lise desistemas de pot ncia no ambiente de oper o o tempodispon vel drasticamente reduzido, podendo sernecess rio inclusive a an lise em tempo-real.

Refletindo a import ncia deste tema, a literaturat nica [1,2] registra propostas de uma grande variedadede ndices, al m da apli o de t nicas de medi o eprevis o. Entretanto, observa-se que a apli o d et nicas de intelig ncia c omputacional n o foi aindasuficientemente explorada.

Dentre a s t nicas de intelig ncia c omputacionalpode-se c itar as redes neurais (RNs), as quais s ocapazes de e xtrair conhecimento e a prender a resolverum problema espec fico atrav s do processamento de umconjunto d e dados hist ricos ou obtidos atrav s desimul o. Estes dados s o compostos por uma col ode e xemplares que c ont m associ es entre umconjunto de caracter sticas (vari veis) importantes para asolu o do p roblema e a solu o do p roblemapropriamente dita. Diversos modelos de redes neuraisforam propostos na literatura, diferindo basicamente no

que diz respeito a topologia a dotada, modelo doneur nio e regra de aprendizagem [3-5,23].

Este trabalho apresenta uma a bordagem que utilizaredes neurais para a a vali o d a c onfiabilidade desistemas de pot ncia. A metodologia proposta pode sertil para a an lise da oper o em ambiente competitivo,

onde a troca de inform es entre e mpresas pode serrestrita devido a conflitos de interesse e a capacidade deprocessamento atrav s de t nicas convencionais poden o ser poss vel devido a restri es de tempo e/ou perdade dados.

2. LISE DE CONFIABILIDADE

V rias apli es de intelig ncia c omputacional asistemas de pot ncia podem ser encontradas na literatura.Entretanto, apli es espec ficas ao problema de an lisede confiabilidade s o muito raras [2,3,6-14].

Holen et alii [19] r elata uma das primeirasapli es, baseada na utili o d e sistemasespecialistas para a an lise de confiabilidade de sistemasde pot ncia.

Amjady e t alii [20] pr e uma a bordagem para aestim o d e par metros de c onfiabilidade, tais comotempo m dio p ara reparo, taxa de sa da for da edur es. Esta talvez seja uma das primeiras tentativasde utilizar uma rede neural (RN) para resolverdiretamente problemas s imples de a n lise deconfiabilidade. Dash et alii [21] pr e uma abordagempara a e stim o da qualidade de sistemas de pot ncia,utilizando ADALINES.

V rias outras apli es de RNs foram propostas, taiscomo an lise de seguran m tempo-real, previs o d ecarga, processamento d e a larmes, diagn stico d edefeitos, estim o de estado e controle [3]. Entretanto,apli es ao p roblema de a n lise de c onfiabilidadepermanecem raras. Por m, pode-se e numerar algumasraz es que indicam que este panorama poder mudar embreve.

Por um lado, a medida que a oper o de sistemas depot ncia utiliza cada vez mais dispositivos eletr nicos der pida resposta (e.g. FACTS) e se tornam cada vez maisestressados, aumenta a influ ncia das n o-linearidadesinerentes a oper o sobre o comportamento do sistema[15], reduzindo o grau de seguran da oper o. Pode-se a ntever que os operadores necessitar o d eterminar a

Page 2: LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO …abricom.org.br/wp-content/uploads/2016/03/5cbrn_115.pdf · julio@ic.uff.br schilling@ic.uff.br alex@iee.efei.br mbrown@caa.uff.br

536

robustez do cen rio d e oper o corrente, face aocorr ncia de dist rbios e mudan s de par metros. Poroutro lado, a a n lise de risco no curto p razo reconhecidamente uma fun o b astante c omplexa,esto stica e n o-linear dos modelos de e stado,dist rbios, incertezas, e seu lculo via for brutaenvolveria um mero extremamente e levado d esimul es Monte Carlo [14,16], cada uma c onsistindod lculos num ricos bastante complexos. Al m disso,existe uma tend ncia bastante clara da redu o do tempodispon vel para a tomada de decis es, j que osoperadores dever o avaliar praticamente em tempo-real arobustez do ponto de oper o corrente com respeito aposs veis mudan s de par metros ou ocorr ncia dedist rbios [15-18].

Esta situa rece ser apropriada pa ra aaplica e t nicas de intelig ncia computacional, eem particular de RNs.

Al m disso, outra forte motiv o p ara a utili ode t nicas de intelig ncia c omputacional necessidade da a n lise de seguran probab stica.Apesar de a t gora a a n lise de seguran serbasicamente realizada de forma determin stica, percebe-se que a an lise de seguran probab stica sernecess ria, de modo a e stabelecer uma rel o d ecompromisso entre c usto e c onfiabilidade do po nto d eoper o, essencial para a sobreviv ncia na novaestrutura c ompetitiva do mercado d e e nergia e l trica[14,16]. As RNs apresentam capacidade de extrapol oe s o tolerantes a falhas, sendo capazes de lidar com asvari es esto sticas do ponto de oper o programadoe tamb m com dados incompletos, enquanto m todoscl ssicos necessitam de dados precisos e c ompletos. Acapacidade de interpol o n o linear das RNs permitetratar casos in ditos, sendo esta uma ca rcter sticabastante importante para a a n lise de c onfiabilidadeprobab stica. Como um ltimo argumento, a rapidez deresposta de uma RN previamente treinada pode serdecisiva para a an lise de confiabilidade no horizonte decurto prazo a tempo-real.

3. METODOLOGIA PROPOSTA

A Figura 1 apresenta as etapas b sicas do processo detreinamento e constru o offline da RN para an lise deconfiabilidade. Algumas destas etapas s o comentadas aseguir.

Na an lise da confiabilidade de sistemas de pot ncia,um dos objetivos principais pturar todos os fatores deinflu ncia relevantes, mantendo a dimens o e acomplexidade do p roblema sob controle. A Tabela 1resume a lguns aspectos que podem influenciar acomposi o e a a vali o num rica do esp o de estadoprobab stico.

As colunas da Matriz de Dados de Entrada - MDE,(veja o bloco 1 na Fig. 1) est o diretamente relacionadascom os aspectos apresentados na Tabela 1. Portanto,cada linha da MDE representa um cen rio espec fico,

que c orresponde a um certo grau de c onfiabilidade,descrito po r um conjunto d e ndices de c onfiabilidade.Nas s imul es realizadas neste trabalho, v rios fatoresapresentados na Tabela 1 s o considerados, com ex odas program es de manuten o, da represent odireta das fontes de e nergia prim ria, dos fatoresambientais e dos esquemas de prot o. Como o objetivodo trabalho tratar o problema no horizonte de oper oa c urto p razo, a represent o d a vari o d e ca rgpossivelmente o fator mais importante a ser considerado.As incertezas s o representadas atrav s de taxas de falhae tempos m dios para reparo d e geradores, linhas detransmiss o e transformadores.

Figura 1 – Processo de Treinamento

(1) Construir / alterar uma Matriz de Dados deEntrada (MDE) utilizando um conjunto de par metros e

condi es que influenciam a confiabilidade de sistemas depot ncia

(2) Utilizando um programa convencional de an lisede confiabilidade, construir / alterar uma Matriz de ndices

de Confiabilidade (MIC) associad matriz MDE

(3) Utilizando MDE e MIC, definir submatrizes deTreinamento (SMT) e Valida (SMV)

(4) Selecionar / alterar a arquitetura da RNe/ou estrat gia de treinamento

(6) Treinar a RN utilizando a SMT

(7) Erro alvoatingido ?

(8) N merom ximo de iter es

atingido ?

(9) Submeter a SMV ANN treinada

(10) Crit rio devalid o satisfeito?

Fim

(5) N mero m ximode ciclos atingido ?

V p/(9)

N

N

N

Y

Y

S

Y

N

Page 3: LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO …abricom.org.br/wp-content/uploads/2016/03/5cbrn_115.pdf · julio@ic.uff.br schilling@ic.uff.br alex@iee.efei.br mbrown@caa.uff.br

537

Na a n lise de c onfiabilidade no curto p razo, algunspar metros (colunas de MDE) podem ser mantidasconstantes s e representam fen menos associados din mica lenta. importante ressaltar que cada linha damatriz MDE deve ser submetida a um programaconvencional de an lise de confiabilidade, de modo a seobter um conjunto d e ndices de c onfiabilidade globaise/ou locais associados a ca da ce n rio avaliado (veja obloco 2 na Fig. 1). Neste trabalho, o p rogramaconvencional utilizado p ara a obten o d e ndices deconfiabilidade que compor o as sa das desejadas para otreinamento da RN, foi o NH2 [2].

Tabela 1 – Fatores de influ ncia para a simula emodelagem do espa o de estado probab stico

- Interf ncia Humana - defini s limites de opera rmal e de

emerg ncia do sistema, po cas de despacho ea es corretivas, po cas de manuten ,algoritmos utilizados para a valia m rica eotimiza

- Fontes de energia prim ria- Fatores ambientais - hidrologia, temperatura, etc.- Modelos dos equipamentos de gera- Topologia da rede - linhas, transformadores, subesta es, prot ,

etc.- Comportamento e modelos de carga- Modelagem de Incertezas

Os ndices de c onfiabilidade ca lculados peloprograma c onvencional s o armazenados na Matriz dendices de Confiabilidade - MIC. A cada linha de MIC

corresponde uma linha espec fica de MDE, j que umalinha que cont m par metros que definem um cen rio emMDE est ssociada a um conjunto d e ndices deconfiabilidade armazenados em uma linha espec fica deMIC. Estas matrizes podem ent o ser combinadas paraformar uma base de dados completa, que c ont m ospar metros observados (colunas de MDE – entradas) eos ndices de confiabilidade correspondentes (colunas deMIC – sa das). Desta base de dados pode-se extrair duassubmatrizes independentes: a Submatriz de Treinamento(SMT) e a Submatriz de Valida (SMV) – bloco 3 daFig. 1. Estas s ubmatrizes s o empregadas para otreinamento e valid o do treinamento da RN.

O processo d e treinamento d a RN (bloco 4 ) inclui:varia s pesos iniciais, das taxas de aprendizado ede momento, mero de neur ios e camadas, ajustedo erro a lvo e mero m ximo de itera es. A melhorarquitetur ncontrada de forma heur stica. Nestetrabalho o modelo d e RN adotado foi o Perceptron deM ltiplas Camadas (MLP - Multilayer Perceptron)treinado atrav s do m todo da retropropag o de erros(Backpropagation) [ 5,23]. As s imul es foramrealizadas utilizando o toolbox de Redes Neurais dosoftware Matlab.

No bloco 10, um crit rio para valid o necessita serdefinido. Por exemplo, o treinamento pod e serconsiderado satisfat rio se pelo menos 90 % das sa dasobtidas apresentam erros percentuais menores ou iguais a10 % quando comparados com as s a das desejadas.Outras estrat gias para valid o pod em tamb m serpropostas, dependendo de cada caso.

4. TESTES E RESULTADOS

Testes foram realizados utilizando o sistema teste RB[22], ilustrado na Figura 2.

Nos testes realizados, o objetivo foi prever os ndicesde confiabilidade (tanto globais quanto por barra) a partirde uma massa de dados contendo o comportamento d acarga, topologia da rede, ponto d e oper o, taxas defalha de equipamentos e tempos m dios para reparo, etc.A abordagem tradicional, atrav s de t nicasconvencionais de a n lise de c onfiabilidade [2], poderiaser aplicada ca so o ambiente de e studo fosse o d eplanejamento, quando o tempo requerido p ara respostan o um fator cr co. Entretanto, no ambiente de tempo-real, a utili o d e redes neurais s e torna a traente eparece ser apropriada, desde que tenham sidoadequadamente treinadas offline utilizando exemplaresde treinamento ob tidos atrav s do emprego d e t nicasconvencionais de an lise de confiabilidade. importanteenfatizar que o treinamento deve ser r ealizado offline euma ica vez. A s treinada, a RN deve ser capaz derealizar infer ncias em tempo-real.

AREA 3

AREA 1

Figura 2 - Sistema teste RB [22]

20MW

2x40MW

1x20MW

1x10MW

20MW

1x40MW

4x20MW

2x 5MW

20MW

40MW

85MW

BUS 4B

US 3

L4

L9

L3

L2 L

7

L6L

1

L8

L5

BUS 1

BUS 5

BUS 6

G

G

BUS2

AREA 2

Page 4: LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO …abricom.org.br/wp-content/uploads/2016/03/5cbrn_115.pdf · julio@ic.uff.br schilling@ic.uff.br alex@iee.efei.br mbrown@caa.uff.br

538

Teste # 1:

Neste teste as entradas das RN s o os valores totais depot ncia a tiva e reative e m tr s diferentes reas dosistema. Foram utilizadas tr s RNs, cada uma contendouma ica sa da. A sa da de cada RN respons vel porestimar um ndice de c onfiabilidade global, ou seja:probabilidade de perda de carga (LOLP), expectativa deenergi suprida (EENS), e frequ ncia de perda decarga (LOLF). Uma base de dados contendo 1000padr es foi constru da utilizando o p rograma NH2. Oconjunto d e treinamento (SMT) e valid o (SMV)foram extra dos dessa base de dados. Durante a ssimul es foi considerada uma vari o de carga entre50% a 105% do valor de pico de 185 MW. A Tabela 2 eas Figuras 3, 4 e 5 resumem os resultados da simul o.

Tabela 2 – Resultados para o teste # 1

LOLP

EENS

LOLF

N mero de padr es detreinamento

500 300 500

N mero de entradas 6 6 6N mero de sa das 1 1 1N mero de c amadas

escondidas1 1 1

N mero de neur niosna camada escondida

12 6 10

N mero de padr es“in ditos” (valida )

500 700 500

Percentual de padr espor faixa de erro (%)

0 - 5 10,00

40,28

28,20

5 - 10 9,40 28,85

26,00

10 - 15 3,20 16,42

21,60

15 - 20 6,00 6,28 13,60

20 - 30 14,20

5,71 10,00

30 - 50 12,00

2,00 0,60

> 50 45,20

0,42 0

Nas Figuras 3, 4 e 5 a linha c heia representa osresultados obtidos com o p rograma NH2, enquanto alinha tracejada representa os resultados obtido pela RN.Da Tabela 2 e Figuras 3-5 pode-se observar que o ndiceEENS foi estimado com bastante precis o pela RN. Osresultados obtidos na estimativa da LOLP refletem umadificuldade para estimar este ndice, qu intr nseca aossistemas que possuem alta confiabilidade. Isto confirmaum resultado conhecido [2]. Como o NH2 utilizasimul o Monte Carlo p ara a obten o dos ndices deconfiabilidade, o coeficiente de vari o requerido paraobter uma boa estimativa da LOLF demanda um mero

muito grande de amostras. Isto tamb m est refletido nasestimativas obtidas para a LOLF.

Figura 5 – Estimativa da LOLF

0 100 200 300 400 5000

5

10

15

20

25

Validation cases

s

Figura 3 – Estimativa da LOLP

0 100 200 300 400 500-0.02

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

Validation cases

Figura 4 – Estimativa da EENS

0 100 200 300 400 500 600 7000

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

Validation cases

y

Page 5: LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO …abricom.org.br/wp-content/uploads/2016/03/5cbrn_115.pdf · julio@ic.uff.br schilling@ic.uff.br alex@iee.efei.br mbrown@caa.uff.br

539

Teste # 2:

Neste teste s o novamente utilizadas tr s RNs, cadauma c ontendo tr s vari veis de e ntrada (valorespercentuais de ca rga e m cad rea) e uma ica sa da,respons vel por estimar um ndice de c onfiabilidadeespec fico (LOLP, EENS e LOLF) associado barra 6.Os conjuntos de treinamento e valid o foram obtidos apartir da simul o d e 1000 d iferentes cen rios deoper o, onde a carga total variou entre 50% a 105% dovalor de pico de 185 MW. A Tabela 3 e as Figura 6 e 7ilustram os resultados obtidos. O mero de exemplaresutilizados n o p ermitiu obter uma e stimativa para ondice LOLF da barra 6.

Tabela 3 - Resultados para o teste # 2LOLP

EENS

N mero de padr es detreinamento

500 300

N mero de entradas 3 3N mero de sa das 1 1N mero de c amadas

escondidas1 1

N mero de neur niosna camada escondida

10 8

N mero de padr es“in ditos” (valida )

500 700

Percentual de padr espor faixa de erro (%)

0 - 5 9,20 64,85

5 - 10 6,40 28,00

10 - 15 7,20 4,8515 - 20 7,40 0,8520 - 30 19,2

00,57

30 - 50 22,40

0,71

> 50 28,20

0,14

Figura 7 - EENS estimada para a barra 6

5. CONCLUS ES

Este trabalho apresentou u ma a bordagem para aan lise de c onfiabilidade de sistemas de pot nciautilizando redes neurais. Foi poss vel observar opotencial de apli o de tal abordagem, a qual pode sertil em um ambiente c ompetitivo, onde a troca de

inform es entre e mpresas pode ser limitada. Foidiscutido que a utili o de RNs fornecendo estimativasconfi veis em um tempo computacional desprez vel setorna uma alternativa bastante atraente para a a n lise derisco da oper o a curto prazo e em tempo-real. Nestescen rios, as RNs s o capazes de responder bem napresen de restri es como indisponibilidade de dados eescassez de tempo para an lise.

6. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o CNPq e a FINEP/RECOPE(atrav s do Projeto SAGE 0626/96) pelo apoiofinanceiro. Ao aluno Helder S. de Carvalho o s autoresagradecem pela colabor o nas simul es.

7. REFER NCIAS

[1] I EEE Task Force, "Reporting Bulk Power SystemDelivery Point Reliability", IEEE Trans. on PWRS,Vol 11, no 3, pp. 1262-1268, Aug 1996.

[2] R. N. Allan, R. Billinton, A. M. Breipohl, C. H.Grigg, "Bibliography on the Application ofProbability Methods in Power System ReliabilityEvaluation 1992-1996", IEEE PES Summer Meeting,1997.

[3] T. S. Dillon, D. Niebur ( Editors), "Neural NetworkApplications in Power Systems", CRL Pub. Ltd.,London, UK, (Chap. 2), 1996.Figura 6 - LOLP estimada para a barra 6

0 100 200 300 400 500-0.01

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

0.06

0.07

0.08

0.09

Validation cases

0 100 200 300 400 500 600 7000

500

1000

1500

2000

2500

3000

Validation cases

y

Page 6: LCULO DE NDICES DE CONFIABILIDADE DE SISTEMAS DE PO …abricom.org.br/wp-content/uploads/2016/03/5cbrn_115.pdf · julio@ic.uff.br schilling@ic.uff.br alex@iee.efei.br mbrown@caa.uff.br

540

[4] D. B Fogel, "Evolutionary Computation, Toward aNew Philosophy of Machine Intelligence", IEEEPress, USA, 1995.

[5] M. H. Hassoun, "Fundamentals of Artificial NeuralNetworks", The MIT Press, Cambridge, USA, 1995.

[6] V. Sagar, S. Vankayala, N. D. Rao, "Artificial NeuralNetworks and their Applications to Power Systems -a Bibliographical Survey", Electric Power SystemsResearch, Vol 28, pp.67-79, 1993.

[7] S. Talukdar, G. Rosenwald, "State-of-the-Art ofExpert System Applications to Power SystemProblems", in Knowledge-Based S ystem Techniqueswith Applications to Power Systems, IEEE TutorialCourse, 93 EHO 387-1-PWR, Oct 1993.

[8] D. Niebur (Convener), "Neural Network Applicationsin Power Systems", Int. J. of Eng. IntelligenceSystems, Vol 1, no 3, pp. 133-158, Dec 1993.

[9] Y.-H. Song, A. Johns, R. Aggarwal, "ComputationalIntelligence Applications to Power Systems", KluwerAcademic Pub., Dordrecht, (Chaps 1, 8), 1996 .

[10] D. Srinivasan, F. Wen, C.S. Chang, A.C. Liew, "ASurvey of Applications of Evolutionary Computing toPower Systems", IEEE P ublication 0-7803-3115-X/96, pp.35-41, 1996.

[11] D. M. Fal o, "High Performance Computing inPower Systems Applications", 2nd. Int. Meeting onVector and Parallel Processing (VECPAR'96), Porto,Portugal, Sep 25-27, 1996.

[12] V. Miranda, D. Srinivasan, L. M. Proen ,"Evolutionary Computation in Power Systems", Int.J. Elec.Power & Energy Sys., Vol 20, no 2, pp.89-98,1998.

[13] D. M. Fal o et alii, "Intelligent SystemsApplications to Power Systems in Brazil: PresentStatus and Perspectives", VI Symp. of Specialists inElectric Operational and Expansion Planning(SEPOPE), SP-077, Salvador, Brazil, May 24-29,1998.

[14] L.A. Wehenkel, "Automatic Learning Techniques inPower Systems", Kluwer Pub. , Dordrecht,Netherlands,(Chaps. 1, 2, 8, 11,12), 1998.

[15] I. A. Hiskens , "Analysis Tools for Power Systems-Contending with Nonlinearities", Proc. of the IEEE,Vol 83, no 11, pp.1573-1587, Nov 1995.

[16] R. J. Marceau, J. Endr nyi (Conveners), "PowerSystem Security Assessment: A P osition Paper",CIG Task Force 38.03.12, Final Report, Paris,June 30, 1997.

[17] E. Demko, "The 21th. Century Needs a Real-TimeReliability Meter ( RTRM), IEEE P roc. AnnualReliability and Maintainability Symp, pp.117-121,1997.

[18] M. B. L. Lively, "Real-Time Reliability-BasedElectricity Pricing", IEEE P roc. Annual Reliabilityand Maintainability Symp, pp.279-284, 1998.

[19] A. T. Holen, O.B. Fosso, T. Sannes, P. Støa, .Botnen, L. Holten, A. Mæland, "Expert Systems inPower System Reliability Assessment", Proc. of t he

14th. Int. Reliability, Availability, MaintainabilityConf. for the Electric Power Industry (Inter-RAM),Toronto, Canada, pp. 413-420, May 26-29, 1987.

[20] N. Amjady, M. Ehsan, "Evaluation of PowerSystems Reliability by an Artificial Neural Network",Paper PE-182-PWRS-0-1, IEEE PE S WinterMeeting, 1998.

[21] P.K. Dash, S. K. Panda, A.C. Liew, B. Mishra, R.K.Jena, "A New Approach to Monitoring ElectricPower Quality", Electric Power System Research,Vol 46, pp.11-20, 1996.

[22] R. Billinton et alii , "A Reliability Test System forEducational Purposes-Basic Data", IEEE Trans. onPWRS, Vol 4, no 3, pp.1238-1244, Aug 1989.

[23] S. Haykin, "Neural Networks: A ComprehensiveFoundation", Macmillan College Publishing Company,1994.