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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 25 de julho de 2019 25 de julho – Dia Nacional do Escritor Guimarães Rosa mencionou 964 espécies em sete livros. O autor de Sagarana quis proteger o cerrado. página 28

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 25 de julho de 2019

25 de julho – Dia Nacional do Escritor

Guimarães Rosa mencionou 964 espécies em sete

livros. O autor de Sagarana quis proteger o cerrado.

página 28

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Investimento em saneamento básico é primordial para efetiva despoluição do rio Pinheiros .................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6

Certificado de Qualificação é entregue pelo Município VerdeAzul a Itatiba ............................................. 6

Trabalhadores que circulam pelas ruas de SP sofrem com a péssima qualidade do ar ............................. 7

Mulher recebe multa de quase R$ 78 mil pelo corte ilegal de 173 árvores em Martinópolis ..................... 8

Votuporanga despenca no programa município VerdeAzul e fica em 45º lugar ....................................... 9

Inventário da Cetesb classifica aterro de Guarulhos adequado para descarte ...................................... 10

Diadema e Santo André despencam no índice de saneamento ........................................................... 11

Estado garante barragem de Pedreira em operação em 2021 ............................................................ 14

Grande SP registra ualidade o ar ruim ............................................................................................ 15

Governo estadual qualifica Barueri como cidade sustentável ............................................................. 16

Estado de SP destina 95,6% de seu lixo para aterros adequados ....................................................... 17

Santa Bárbara d´Oeste tem a pior nota da Cetesb em descarte de resíduos sólidos ............................. 18

Parque Estadual da Cantareira São Paulo SP - Turismo .................................................................... 20

Taubaté e cidades do Vale caem na qualidade do depósito de lixo sólido ............................................ 26

Mananciais - Billings exemplifica um dos maiores desafios nas regiões metropolitanas: planejamento urbano ....................................................................................................................................... 27

Cidades da região superam nota 9 em descarte adequado de lixo ...................................................... 31

Sabesp é tema da 12ª edição do Prêmio Universitário Aberje ............................................................ 32

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 33

Imagens mostram avanço do garimpo ilegal na Amazônia em 2019 ................................................... 33

Startup de São Carlos é premiada como uma das melhores soluções sustentáveis do mundo ................ 37

Obras de Guimarães Rosa citam ervas medicinais do sertão brasileiro ................................................ 39

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 40

Painel: Para ala do STF e do Congresso, prisões não minimizam a gravidade de diálogos de Moro ......... 40

A responsabilidade é sua, presidente ............................................................................................. 42

Petrobras levanta R$ 5,7 bi com venda de ativos nas bacias de Campos e Santos ............................... 44

Novo marco de agrotóxicos não atende padrão internacional de riscos ............................................... 45

Prisão de acusados de hackear autoridades não muda opinião de ministros do STF sobre Moro ............. 47

ESTADÃO ................................................................................................................................... 49

Coluna do Estadão: Moro sai das cordas com operação da PF ............................................................ 49

O perigoso é o pernilongo ............................................................................................................. 50

Privatização da BR Distribuidora cria modelo de negócios inédito no Brasil.......................................... 51

Investidores brasileiros são destaque na compra de ações da BR Distribuidora .................................... 53

O sigilo do e-mail pessoal do empregado e os limites constitucionais do poder fiscalizatório do empregador ................................................................................................................................................. 54

Bolsonaro e os xiitas .................................................................................................................... 56

Governo lança concessão de 1,2 mil km de rodovias e promete pedágio mais barato e wi-fi na estrada.. 57

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Grupo de Comunicação

Conheça a pimenta-de-macaco. Ela pode substituir a pimenta-do-reino ............................................. 59

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 61

Com navios parados, Irã ameaça cortar importações ....................................................................... 61

Pedágio automático cresce com concessões .................................................................................... 63

O novo mercado de gás ............................................................................................................... 66

Royalties do petróleo crescem e enriquecem cidades fluminenses ...................................................... 68

Sunew lidera nova tecnologia em energia solar ............................................................................... 70

Neoenergia lucra R$ 1 bilhão no semestre ...................................................................................... 73

Encomendas da ABB no Brasil crescem puxadas por energia e transmissão ........................................ 74

BR atinge maior preço desde fim de 2017 ...................................................................................... 76

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: FIESP

Data: 24/07/2019

Investimento em saneamento básico é

primordial para efetiva despoluição do rio

Pinheiros

Despoluição dos rios foi tema de reunião do

Conselho Superior de Meio Ambiente

(Cosema) da FIESP com a presença de

representantes da Sabesp, Cetesb e DAEE

A despoluição dos rios, em São Paulo, foi tema

da reunião do Conselho Superior do Meio

Ambiente (Cosema) nesta terça-feira (23/7),

quando se apresentou o projeto de

despoluição do rio Pinheiros a ponto de torná-

lo navegável até 2022.

O diretor-presidente da Sabesp, Benedito

Braga, lembrou que a empresa tem tomado

ações desde a década de 1990. 'Não estamos

começando do zero. Na primeira e segunda

fases, de 1992 até 2000, tivemos 8,5 milhões

de pessoas com esgoto coletado e tratado. Na

terceira, mais 5 milhões e, até o momento,

mais 3,7 milhões. Ao longo desses anos todos

tivemos perto de US$ 3 bilhões investidos,

com apoio do Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES), Caixa Econômica e recursos próprios

da Sabesp', disse.

Dados ainda da Sabesp mostram que São

Paulo tem hoje 10 milhões de esgotos

tratados, número equivalente à população de

Portugal. 'São 1,7 milhão de ligação

domiciliares, refletindo diretamente na

redução da mortalidade infantil e numa

redução da mancha de poluição do Tietê

abaixo da ordem de 408 quilômetros. Essa

redução não aconteceu só porque investimos

aqui na Região Metropolitana, mas porque

investimos também em estações de

tratamento no interior do Estado', falou.

O plano de investimento da Sabesp é de R$

8,7 bilhões até 2023, sendo R$ 11 milhões em

coleta e tratamento de esgoto e R$ 5,3

milhões no projeto Tietê. 'O projeto de

despoluição é do governo do Estado e não da

Sabesp. Estão sendo pensadas obras de

ciclopassarelas sobre o rio para que na

situação final do Pinheiros exista a

possibilidade de as pessoas aproveitarem o rio

de uma forma mais direta', disse.

Um dos maiores desafios da Sabesp, contou

Braga, é conseguir encaminhar 2,8 mil litros

de esgoto por segundo para tratamento. 'Não

é uma tarefa muito simples. Nós queremos

para o rio Pinheiros uma condição aeróbia

todo o tempo. Não significa que o rio estará

em curto espaço de tempo apto para contato

direto. A tarefa da Sabesp nesse projeto do

governo é intensificar e acelerar as operações

de coleta desses esgotos, aumentando a rede

disponível. Para isso, vamos eliminar

lançamentos, aumentar o índice de coleta e

ter ações socioambientais. Com essas ações,

temos a expectativa de gerar 3,7 mil

empregos diretos e indiretos', concluiu.

Também presente à reunião, Patrícia

Iglecias, diretora-presidente da Cetesb,

observou que há diferença entre o projeto

atual e o antigo. Os projetos anteriores tinham

tecnologias aplicadas diretamente ao rio para

que pudesse gerar sua despoluição. 'Hoje, o

projeto é muito mais completo. O grande fator

para essa possível despoluição é o

saneamento, que é feito pela Sabesp. Sem um

projeto que envolvesse o saneamento, nós

nunca chegaríamos a um resultado desejável

ao rio Pinheiros. O projeto atual envolve, além

do saneamento, a dragagem, feita pela

EMAE. E, neste projeto, a Cetesb tem o papel

do licenciamento e fiscalização, o que já vem

ocorrendo há muito tempo', disse.

Ainda durante sua fala, Patrícia ressaltou que

o projeto é semelhante ao do rio Tâmisa, na

Inglaterra, que prevê a navegabilidade do rio

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Grupo de Comunicação

e não o uso de sua água para beber ou para

mergulho.

Por fim, Lupercio Ziroldo Antonio, diretor

do Departamento de Águas e Energia

Elétrica (DAEE) e coordenador do programa

Água Limpa, observou que falta visão dos

municípios para zerar [em relação ao

saneamento básico] as zonas rurais, local

onde estão as nascentes dos rios. 'Temos que

nos preocupar com a água. Em razão do

esgotamento dos recursos hídricos, nos

próximos 30 e 40 anos, os projetos hídricos

vão para o interior paulista'.

A reunião foi presidida por Eduardo San

Martin, presidente do Cosema.

Expositores debateram a despoluição dos rios,

em São Paulo, em reunião do Cosema da

Fiesp. Foto: Karim Kahn/Fiesp

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal de Itatiba

Data: 25/07/2019

Certificado de Qualificação é entregue

pelo Município VerdeAzul a Itatiba

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27902925&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Bom Dia SP

Data: 25/07/2019

Trabalhadores que circulam pelas ruas de

SP sofrem com a péssima qualidade do ar

7 min

Exibição em 25 Jul 2019

Reportagem acompanha um dia na rotina de

um taxista da cidade

https://globoplay.globo.com/v/7791269/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Presidente Prudente

Data: 24/07/2019

Mulher recebe multa de quase R$ 78 mil

pelo corte ilegal de 173 árvores em

Martinópolis

Autuação foi feita pela Polícia Militar Ambiental

durante fiscalização em um assentamento.

Por G1 Presidente Prudente

Árvores foram cortadas em um assentamento, em Martinópolis — Foto: Polícia Militar Ambiental/Divulgação

A Polícia Militar Ambiental multou uma

mulher de 61 anos no valor R$ 77.850 pelo

corte de 173 árvores, em um assentamento,

em Martinópolis, na tarde desta quarta-feira

(24).

Durante patrulhamento por volta das 13h30,

uma equipe policial verificou a supressão de

várias árvores e efetuou fiscalização no

assentamento.

No local foi constatado o corte isolado de 173

árvores nativas em área comum, sendo usado

fogo para destruir o material lenhoso, segundo

a polícia.

Questionada, a proprietária afirmou que não

tinha autorização para efetuar os cortes.

Diante dessas constatações, a polícia elaborou

contra a mulher um auto de infração

ambiental com base no artigo 53 da Resolução

SMA-48/2014 por “explorar ou danificar

floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa

ou de espécies nativas plantadas, localizadas

fora de área de reserva legal averbada, de

domínio público ou privado, sem aprovação

prévia do órgão ambiental competente”, com

multa no valor de R$ 77.850.

A Polícia Militar Ambiental ressaltou que o

artigo 53 da Resolução SMA-48/2014 estipula

que a multa aplicada será de R$ 300 por

árvore, porém, como houve um agravante

(uso de fogo), o valor total da multa foi

acrescido em mais 50%.

O caso será apresentado para a Polícia Civil

via ofício.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27880975&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha Regional Votuporanga

Data: 24/07/2019

Votuporanga despenca no programa

município VerdeAzul e fica em 45º lugar

Votuporanga já chegou ser vice-campeã

estadual, ficando na 2ª posição em 2015

O Programa Município VerdeAzul (PMVA)

da Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo divulgou

o ranking do desempenho dos municípios

paulistas para o primeiro semestre que foram

classificados no programa. Em relação ao

último resultado, Votuporanga caiu da 23ª

posição para a 45ª, uma queda de 22

posições.

As categorias que Votuporanga deixou a

desejar, segundo o programa, foram:

Arborização Urbana, que caiu da nota 6.18

para 3.64; Biodiversidade - 8.86 para 6.3 e

Conselho Estadual - que teve uma queda

muito significativa, antes com a nota 10, este

ano com a nota 4.7.

Apesar do resultado negativo, apenas cidades

selecionadas do Estado participam e podem

receber o selo do programa. Nesta edição do

programa, a cidade campeã foi Botucatu, e a

melhor da região colocada foi São José do Rio

Preto no 6º lugar e Fernandópolis em 7º.

Gestão Junior Marão

Na gestão do ex-prefeito Junior Marão,

Votuporanga chegou a ser a segunda colocada

estadual. Isso foi no ano de 2015. Na gestão

do Prefeito João Dado, Votuporanga chegou a

ocupar o 4º lugar em 2017 (no primeiro

semestre), porém finalizou o ano na 55ª

posição.

Veja a evolução do ranking de Votuporanga

nos últimos anos:

2015 - 2º lugar (gestão Junior Marão)

2016 - 7º lugar (gestão Junior Marão)

2017 - 55ª lugar (gestão Dado)

2018 - 23º lugar (gestão Dado)

2019 (primeiro semestre) - 45º lugar (gestão

Dado)

O ranking completo pode ser acessado neste

link:

https://www.infraestruturameioambiente.sp.g

ov.br/verdeazuldigital/pontuacoes/

Programa Município VerdeAzul

Lançado em 2007 pelo Governo do Estado de

São Paulo, por meio da Secretaria de Estado

do Meio Ambiente, o Programa Município

VerdeAzul - PMVA tem o inovador propósito

de medir e apoiar a eficiência da gestão

ambiental com a descentralização e

valorização da agenda ambiental nos

municípios.

Assim, o principal objetivo do PMVA é

estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na

elaboração e execução de suas políticas

públicas estratégicas para o desenvolvimento

sustentável do estado de São Paulo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27876334&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 24/07/2019

Inventário da Cetesb classifica aterro de

Guarulhos adequado para descarte

Antônio Boaventura

[email protected]

Inventário produzido pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) no ano passado aponta que o aterro

sanitário de Guarulhos reúne condições

normais para realizar as operações de

descarte de resíduos sólidos. No entanto, em

dezembro de 2018 com o deslizamento de

terra na área, as atividades foram

prejudicadas, o que rendeu uma multa de R$

145 mil à prefeitura.

O caso também é alvo de investigação do

Ministério Público Estadual (MPE), através

Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente

(Gaema Cabeceiras), e que também estaria na

mira do Ministério Público Federal.

O estudo elaborado pelos técnicos da

Cetesb indica que em 2018, 97,8% das 40,7

mil toneladas geradas diariamente no Estado

foram dispostas em aterros avaliados como

adequados – ou seja, que atendem às

especificações técnicas da companhia para

descarte e manejo correto, como questões de

engenharia e de localização geográfica.

“Em fevereiro criamos na Secretaria o Comitê

de Integração de Resíduos Sólidos para

trabalhar de forma regionalizada soluções

definitivas para separação e reutilização dos

resíduos sólidos urbanos no Estado”, explica o

secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido.

O aporte de recursos de programas com

financiamento governamental como Fundo

Estadual de Prevenção e Controle da Poluição

(Fecop) e o Fundo Estadual de Recursos

Hídricos (Fehidro), contribuem para a solução

dos problemas ambientais e sanitários no

Estado.

Com perspectiva desde dezembro de 2017, a

prefeitura vem protelando a publicação do

edital para concorrência da gestão do aterro

sanitário, que segundo a administração

pública, continua sem definição. Em

decorrência deste impasse, a Proactiva Meio

Ambiente Brasil Ltda., subsidiária do grupo

francês Veolia, se mantém há quase 20 meses

como responsável pelo ativo.

A subsidiária da francesa Veolia assinou

contrato com a municipalidade pelo período de

180 dias por um valor aproximado de R$ 13

milhões, em dezembro de 2017. Ela substitui

a empresa Landfill Engenharia Ambiental, que

deixou a gestão do aterro por não ter

apresentado a documentação necessária para

participar do processo de seleção das

empresas concorrentes.

http://cloud.boxnet.com.br/y558ks5z

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 25/07/2019

Diadema e Santo André despencam no

índice de saneamento

George Garcia

Semasa não conseguiu diminuir as perdas do sistema de

abastecimento. (Foto: Banco de Dados)

O Ranking do Saneamento Básico elaborado

pelo instituto Trata Brasil e divulgado nesta

terça-feira (23/07) mostra a queda na

qualidade dos serviços de forma bastante

significativa em Diadema, onde o serviço é

realizado pela Sabesp, e em Santo André,

onde a água e o esgoto são atribuições da

autarquia Semasa (Serviço de Saneamento

Ambiental de Santo André) por enquanto, já

que esse trabalho passará para a Sabesp nos

próximos meses. De outro lado Mauá e São

Bernardo melhoraram suas posições no

ranking.

Para o presidente do instituto Trata Brasil,

Édison Carlos, a chave para a melhora dos

índices de saneamento é o investimento. “A

diferença entre os 20 melhores e os 20 piores

colocados é o investimento. Por isso chama a

atenção o descolamento entre as melhores e

piores cidades. Quem se destaca é porque fez

investimentos à longo prazo e quem está lá

embaixo no ranking é porque não melhora os

investimentos há muitos anos. Temos falado

da relação do investimento e os benefícios há

muito tempo, pois o saneamento ajuda a

melhorar muitas outras coisas, a saúde

principalmente”, destaca.

Quatro cidades do ABC figuram entre as 100

melhores, sendo que duas conseguiram

melhorar seus índices e as demais registraram

queda significativa na lista. Mauá é a melhor

colocada da região está em 24º lugar e

melhorou na comparação com levantamento

de 2018, subindo uma posição. “Mauá já tinha

números muito bons desde que a BRK

Ambiental assumiu a coleta e tratamento de

esgotos”, comentou Édison Carlos. Por sua vez

a empresa de saneamento comemorou a

melhora no ranking. “O avanço dos índices de

coleta e tratamento de esgoto na cidade de

Mauá são reflexo da continuidade dos

investimentos já da ordem de R$ 250 milhões

realizados pela BRK Ambiental,

proporcionando a ampliação do Sistema

Público de esgotamento Sanitário, a

construção de uma Estação de Tratamento de

Esgoto na cidade (ETE-Mauá) que já trata em

torno de 50 milhões de litros por dia e a

consequente despoluição de cursos d´água e

córregos que cortam o município”, informa em

nota.

Depois de Mauá vem São Bernardo, onde a

distribuição de água e a coleta e tratamento

de esgotos são responsabilidade da Sabesp. O

município deu um salto grande passando da

44ª posição no ano passado para a 33ª este

ano. Os números que fizeram a cidade subir

no ranking foi a melhoria da coleta em dois

pontos percentuais, melhoria no tratamento

de esgotos em 5 pontos e redução das perdas

de 41% para 38%.

Piora

Diadema, onde o serviço também é da Sabesp

desde 2014, com a extinção da autarquia

Saned, a realidade é bem diferente de São

Bernardo. O município caiu 15 posições

passando da 40ª posição em 2018 para a 55ª

colocação. De acordo com o Instituto a cidade

caiu por conta do baixo investimento e acabou

sendo superada por outros municípios. O

tratamento de esgotos caiu de 22% para 18%

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e o índice de perdas na rede de distribuição

subiu sensivelmente de 22,8% para 23%.

Santo André também caiu várias posições no

levantamento do Instituto Trata Brasil, foram

sete posições perdidas em um ano. Em 2018 a

cidade estava na 43ª colocação e este ano

passou para a 50ª. O índice de tratamento de

esgotos, que caiu de 42% para 35%, e o

aumento das perdas na rede de distribuição de

39,7% para 45,8%, foram os quesitos que

contribuíram para a piora do desempenho da

cidade segundo explica o instituto.

O Semasa, em nota, discorda dos números do

instituto. “Os dados utilizados pelo Trata Brasil

para compor o ranking são do ano base 2017

do SNIS. Entre 2016 e 2017, houve

divergência no sistema de medição do esgoto

enviado para tratamento junto à Sabesp.

Naquele ano (2017), o índice de tratamento

de esgoto em Santo André era 41% e não

35%, como está no ranking divulgado pelo

estudo hoje. Além disso, atualmente, o

Semasa já apresenta indicadores de

tratamento de esgoto superiores. A média

tratada em 2018 foi de 46% e a expectativa é

manter o mesmo indicador em 2019. Já o

índice médio de perdas de água em Santo

André era de 47% no início de 2017, sendo

que caiu para cerca 43% hoje, fruto de

trabalho constante de combate às perdas da

autarquia. Destacamos que a Prefeitura de

Santo André e o Semasa estão em tratativas

com a Sabesp, que assumirá os serviços de

água e esgoto na cidade. A perspectiva é que

a cidade passe a receber mais investimentos

em saneamento, o que resultará em melhorias

nos índices de distribuição de água e

tratamento de esgoto”.

Sabesp

Em nota, a Sabesp se pronunciou sobre o

ranking Trata Brasil. A estatal explicou a

situação de São Bernardo, mas no caso de

Diadema, discorda dos números apresentados.

“A Sabesp tem um plano de investimentos de

R$ 110 milhões em São Bernardo, que serão

aplicados em duas etapas e vão tornar ainda

melhor o saneamento no município. São obras

para a instalação de 9 válvulas redutoras de

pressão e substituição de redes, para melhorar

o sistema de abastecimento de água e reduzir

perdas. Ao todo, serão renovados 172 km de

tubulações de água, o equivalente à distância

entre São Paulo e Campos do Jordão e que

representa uma economia de 1,4 bilhão de

litros de água a cada ano, após a conclusão do

programa. A primeira etapa contempla as

regiões do Taboão, Rudge Ramos, Mussolini,

Vila Marchi, Assunção, Centro e Nova

Petrópolis. Serão substituídos 87,7 km de

redes, beneficiando 180 mil moradores. Na

segunda etapa serão renovados 83,9 km de

redes, atendendo os bairros Pauliceia, Cacilda

e Nova Petrópolis/Centro. Além disso, estão

em andamento as obras do Programa Pró-

Billings, que vai ampliar a coleta e o

tratamento de esgoto no ABC, melhorando a

qualidade de vida da população e preservando

o manancial. O Pró-Billings também ajuda a

elevar o Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH) e a reduzir a mortalidade infantil e

doenças de veiculação hídrica. Com as obras,

o esgoto de 250 mil pessoas será transportado

até a estação de tratamento, beneficiando

indiretamente também os demais municípios

do ABC. Serão instalados 133 km de grandes

tubulações de esgoto e 39 estações para o

bombeamento do esgoto até a estação de

tratamento. Ao todo serão investidos R$ 200

milhões”, sustentou a companhia.

Sobre Diadema, a Sabesp discorda dos dados

do Trata Brasil e informa que os índices de

saneamento apresentam melhora constante

desde que a Companhia voltou a operar o

serviço no município, em 31 de março de

2014. “Desde aquela data, muitas melhorias

foram realizadas, com investimentos de R$

200 milhões no período. E, com um plano de

investimentos de R$ 529 milhões, as obras e

ações a serem realizadas proporcionarão a

universalização do saneamento da cidade,

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Grupo de Comunicação

com abastecimento de água, coleta e

tratamento de esgoto garantidos aos

moradores das áreas regulares até 2025. Em

relação à coleta de esgoto, as obras para

melhoria no serviço aumentaram de 24% para

52% o índice de tratamento de esgoto.

Somente na comparação entre 2017 e 2018, o

índice de tratamento de esgoto passou de

45% para os 52%. No período de operação da

Sabesp, foram realizadas 15 mil novas

ligações de água (2.300 foram regularizações

em núcleos de baixa renda) e 10.600 ligações

de esgoto, sendo 600 em áreas de baixa

renda, principalmente nos bairros como

Caviúna, Iguassu, Beira-Rio e Sítio Joaninha,

entre outros. No caso do fornecimento de

água, a primeira grande obra do período de

operação da Sabesp foi a travessia do

Reservatório Nações para o Reservatório Real,

permitindo a regularização do abastecimento.

Dentre as ações, vale destacar a implantação

de 23 válvulas redutoras de pressão,

substituição de 24 km de redes antigas e de 9

mil ramais de água, assentamento de 8 km de

novas redes e a construção de 3 estações de

bombeamento. Essas ações levaram à

diminuição das perdas de água, com redução

de 26% do número de vazamentos e a

economia de 1,5 bilhão de litros de água”,

sustentou a Sabesp.

http://cloud.boxnet.com.br/yxu5jybn

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Grupo de Comunicação

Veículo: CBN Campinas

Data: 24/07/2019

Estado garante barragem de Pedreira em

operação em 2021

Por André Berenguel –

Já são quase cinco anos de debates e embates

entre as várias partes envolvidas na obra mas

o fato é que a barragem de Pedreira, no

interior paulista, anunciada pelo Governo de

São Paulo depois da crise hídrica de 2014

como uma das principais medidas para

combater a estiagem, está longe de ser

concluída.

A barragem de Pedreira faz parte do projeto

de um novo sistema reservatório de água que

deve abastecer cinco milhões de pessoas em

20 cidades da região de Campinas, inundando

uma área de 3 km².

Uma placa instalada no local aponta o início

das obras em março de 2018 com previsão de

conclusão em 30 meses, o que dará setembro

de 2020. O Secretário Estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido, porém, afirmou que os trabalhos

devem ser concluídos no segundo semestre de

2021. O investimento previsto no local é de R$

230 milhões e até o momento, foram

investidos R$ 33,8 milhões, entre

desapropriação e obra.

Cássio Scabora é integrante da Comissão

Barragem Não! e cita as principais questões

que levam o grupo a se posicionar contra a

construção da barragem. Nas ruas da cidade

as moradoras se dividem quanto a realização

da obra.

Um pedido de embargo, feito pela prefeitura

de Pedreira, foi negado pela justiça este ano.

O prefeito Hamilton Bernardes (PSB),

comentou que o Estado não tem a licença

municipal para realização das obras.

O Secretário estadual garantiu que as obras

estão dentro do cronograma e afirmou que

estão dentro da legislação vigente. Ele

ressaltou que Pedreira não terá prejuízos com

a barragem.

De acordo com o Estado, está prevista para

agosto uma reunião entre representantes do

governo e moradores, para tranquilizar a

população a respeito do assunto.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27893626&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Jornal Destak Campinas

Data: 25/07/2019

Grande SP registra ualidade o ar ruim

http://cloud.boxnet.com.br/yxv3dkpt

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Grupo de Comunicação

Veículo: Barueri na Rede

Data: 25/07/2019

Governo estadual qualifica Barueri como

cidade sustentável

Redação BnR

Município ficou em 61º lugar no ranking deste

ano, ficando à frente das cidades da região e

da também capital

O Programa Município VerdeAzul (PMVA),

do governo estadual, qualificou Barueri como

cidade sustentável. No ranking deste ano, o

município ficou em 61º lugar, entre 542

cidades avaliadas.

O título foi entregue pela Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado

de São Paulo em uma cerimônia em Bauru,

no último dia 11/7. De acordo com a gestão

estadual, a qualificação é um simulado para a

certificação, que ocorre ao fim de cada ciclo

anual. Este ano, 164 cidades receberam a

qualificação, de um total de 638 inscritas.

Tratamento animal é um dos pilares que

Barueri considera como trunfo na subida do

ranking/ Fotos: Divulgação

Neste ano, Barueri ficou em 61º lugar, com

nota média de 59.75, sendo maior que o ano

anterior. Os quesitos mais bem avaliados

foram o item Município Sustentável, com nota

7, e o Conselho Ambiental da cidade, com 9,2.

Já os que receberam as menores notas foram

a Arborização Urbana, com 3,35, e a Gestão

de Águas, com 3,65.

Segundo a prefeitura, contribuíram para a

alçada da cidade no ranking da

sustentabilidade de 2019 as ações de proteção

animal, os trabalhos do Conselho Municipal de

Meio Ambiente, os cursos de formação

ambiental e as coletas seletiva e de entulho.

O Programa Município VerdeAzul

O PMVA (confira a ação aqui) foi lançado em

2007 para estimular e auxiliar as prefeituras a

elaborar e executar políticas públicas voltadas

ao desenvolvimento sustentável. Já a

certificação teve início em 2008, em que o

município tem que cumprir 85 tarefas, nas

áreas de Município Sustentável, Estrutura e

Educação Ambiental, Conselho Ambiental,

Biodiversidade, Gestão das Águas, Qualidade

do Ar, Uso do Solo, Arborização Urbana,

Esgoto Tratado e Resíduos Sólidos.

No primeiro ano do programa, 2008, Barueri

teve nota 37,18. Desde o início da avaliação, a

maior nota foi recebida em 2015, com 77,61.

No ano passado, a cidade foi avaliada em

59,18, ficando na posição 123. Neste ano, o

município subiu no ranking chegando ao 61º

lugar, com 59.75.

Com a conquista deste ano, Barueri ficou à

frente das cidades da região, sendo que

Osasco ocupou a 124ª posição, Santana de

Parnaíba a 136ª, Itapevi a 367ª, Carapicuíba a

405ª, Cotia a 489ª e Jandira foi a pior

avaliada, em 539ª. Número que também foi

mais alto do que a capital São Paulo, em 96ª.

A cidade melhor colocada do estado foi

Botucatu, seguida de Lençóis Paulista e São

Pedro do Turvo, todas no interior paulista.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27873411&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jornal 1470

Data: 25/07/2019

Estado de SP destina 95,6% de seu lixo

para aterros adequados

RÁDIO JORNAL 1470 AM/INDAIATUBA | BOM

DIA INDAIATUBA Data Veiculação:

25/07/2019 às 07h26

Duração: 00:01:57

Transcrição

inventário estadual de resíduos sólidos,

Cetesb, 645 municípios, 612, descartaram,

aterros, adequados,

http://cloud.boxnet.com.br/y6jz7pth

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Grupo de Comunicação

Veículo: SB 24 horas

Data: 24/07/2019

Santa Bárbara d´Oeste tem a pior nota da

Cetesb em descarte de resíduos sólidos

Redação

24horas Santa Bárbara d´Oeste

Santa Bárbara d'Oeste é o único município da

RMC (Região Metropolitana de Campinas), que

descarta seus resíduos sólidos urbanos em

aterro classificado como inadequado. A

informação consta no Inventário Estadual

de Resíduos Sólidos Urbanos 2018,

divulgado pela Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo).

Além do município barbarense, outras 27

cidades do Estado de São Paulo, o

correspondente a 4,4%, também receberam

avaliação negativa. Dos 645 municípios

paulistas, 612 descartam os resíduos em

aterros adequados, o que equivale a 95,6% do

total. Nesse levantamento, não foram

incluídos dados de cinco municípios que

dispõem seus lixos em outros estados.

Santa Bárbara recebeu avaliação 3,5 no IQR

(Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos),

que considera de 0,7 a 7,0 condições

inadequadas. Os municípios avaliados entre

7,1 e 10,0 são os que descartam os resíduos

em aterros adequados. Em 2016, a avalição

também foi negativa. Naquele ano, o IQR

barbarense foi de apenas 1,8. Entre os anos

de 2011 e 2015 e 2017, o município recebeu

avaliação positiva da Cetesb.

REVISÃO

A Secretaria de Meio Ambiente de Santa

Bárbara informou, por meio da Assessoria de

Imprensa, que vai solicitar a revisão da nota

junto à Cetesb. A pasta ressalta que os

acontecimentos pontuais de operação do

aterro foram devidamente sanados e durante

esse período, o município manteve o

tratamento correto dos resíduos, inclusive com

a qualificação para manutenção do selo de

Município Verde Azul. 'Vale lembrar, que

Santa Bárbara d'Oeste é a única cidade da

região que possui Aterro Sanitário próprio',

conclui a nota oficial.

O relatório anual avaliou os municípios de

Americana, Campinas, Hortolândia, Nova

Odessa e Sumaré com nota 9,8. Com exceção

de Americana, que descarte os resíduos na

própria cidade, os demais utilizam o aterro

regional de Paulínia, criado para auxiliar as

cidades que com dificuldades em descartar

seus resíduos sólidos.

INVENTÁRIO

A Cetesb, desde 1997, disponibiliza

anualmente, para população, informações

sobre as condições ambientais e sanitária das

áreas de destinação final de resíduos sólidos

urbanos nos municípios paulistas, publicadas

no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos

Urbanos.

O levantamento reflete as condições

ambientais dos sistemas em operação de

compostagem e de disposição final de resíduos

em aterro, a partir de dados coletados e

consolidados até 2018, em cada um dos 645

municípios do Estado.

O método utilizado para avaliação foi o Índice

de Qualidade de Aterro de Resíduos - IQR,

oficializado no Inventário de 2012. A

metodologia agrega novos critérios de

pontuação e classificação dos locais de

destinação, incorporando o conhecimento e a

experiência adquirida ao longo dos 50 anos da

Cetesb. As informações coletadas nas

inspeções realizadas pelos técnicos foram

processadas a partir da aplicação de um

questionário padronizado, que avalia as

características locacionais, estruturais e

operacionais.

O estudo elaborado pelos técnicos da CETESB

indica que em 2018, 97,8% das 40,7 mil

toneladas geradas diariamente no Estado

foram dispostas em aterros avaliados como

adequados. A população urbana atendida por

aterros com disposição adequada, entre 2011

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Grupo de Comunicação

e 2018, passou de 81,8% de habitantes

servidos para 97,5%.

REPERCUSSÃO

'Em fevereiro criamos na Secretaria, o Comitê

de Integração de Resíduos Sólidos para

trabalhar de forma regionalizada soluções

definitivas para separação e reutilização dos

resíduos sólidos urbanos no Estado', explicou

o secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido.

'A melhoria das condições ambientais nas

áreas para disposição de resíduos se deve ao

conjunto de ações de controle e às políticas

públicas exercidas pela Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente e a CETESB. O

foco é erradicar a disposição inadequada no

Estado e aprimorar as ações técnicas, para

obter uma evolução significativa nos

resultados', explicou a diretora-presidente da

CETESB, Patrícia Iglecias.

Para conferir o estudo completo clique aqui:

https://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wp-

content/uploads/sites/26/2019/06/Invent%C3

%A1rio-Estadual-de-Res%C3%ADduos-

S%C3%B3lidos-Urbanos-2018.pdf

Fonte: Região Hoje

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27869916&e=577

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Veículo: Futurismólogo

Data: 25/07/2019

Parque Estadual da Cantareira São

Paulo SP - Turismo

O Parque Estadual da Cantareira é uma

Unidade de Conservação de Proteção Integral

paulista que abrange parte da Serra da

Cantareira. A condição de Parque Estadual foi

adotada em 1962 e regularizada pelo Decreto

Estadual nº 41.626 de 1963. Porém, apenas

em 1968 foi publicado o decreto que

oficializou sua criação (nº 10.228/68). Na

época, o nome foi definido como Parque

Turístico da Cantareira. No ano de 1986 ele

passou a se chamar Parque Estadual da

Cantareira.

Em outubro do ano de 1994, a UNESCO o

declarou como parte da Reserva da Biosfera

do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo.

Atualmente, é gerenciado pela Fundação

para Conservação e a Produção Florestal

do Estado de São Paulo (ou Fundação

Florestal) – fundação vinculada à Secretaria

do Meio Ambiente do Governo de São Paulo,

que foi criada com o intuito de conservar,

ampliar e administrar florestas pertencentes

ao estado de São Paulo.

Sua maior proporção se encontra na Zona

Norte de São Paulo, mas também abrange

áreas dos municípios de Mairiporã, Guarulhos

e Caieiras.

O parque, que possui 7.916,52 hectares, é a

quarta terceira área verde urbana do país,

superada apenas pela Reserva Floresta Adolfo

Ducke (10 000 hectares) em Manaus e pelo

Parque Estadual da Pedra Branca (12 500

hectares) no Rio de Janeiro.

Atrações

Existem quatro núcleos de visitação: Pedra

Grande, Águas Claras, Engordador e

Cabuçu.

Núcleo Pedra Grande

É o mais visitado do parque e também o

primeiro aberto à visitação no ano de 1989,

oferecendo ao publico um contato direto com

a Mata Atlântica mesmo estando perto da

Praça da Sé. Destaca-se o contraste do

natural com o urbano. Possui quatro trilhas:

Trilha da Pedra Grande

Distância: 6.780m

Caminhada: 3h

Dificuldade: Difícil

Proporciona a vista panorâmica de São Paulo,

leva ao Lago (no Núcleo Águas Claras) e ao

Mirante da Pedra Grande.

Trilha das Figueiras

Distância: 1.200m

Caminhada: 1h

Dificuldade: Médio

O visitante encontra grandes exemplares de

figueiras, que deram nome à trilha, além dos

matacões (rochas graníticas) e leva a um

maior contato com a fauna e flora.

Trilha da Bica

Distância: 1.500m

Caminhada: 1h

Dificuldade: Médio

Possui a Bica de água e um maior contato com

fauna e flora

Trilha do Bugio

Distância: 300 m

Caminhada: 15 minutos

Dificuldade: Fácil

Nela observam-se facilmente os macacos

Bugios. É mais utilizada com crianças

pequenas, idosos e deficientes físicos.

Indicações para as trilhas do núcleo Pedra

Grande

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Outros Atrativos Históricos Culturais: Museu

da Pedra Grande e Bosque

Comunidades tradicionais: Não há dentro do

parque

Esportes radicais: Caminhada, Trekking

Capacidade da sala de conferência: Não há

Capacidade do auditório: 40

Lanchonete: Não há

Quiosques / área de piquenique: 2 áreas para

piquenique

Camping: Não é possível acampar

Facilidades no entorno (pousada, restaurante,

transporte coletivo): Possui transporte coletivo

na porta do Horto Florestal (aproximadamente

900 m da portaria do Núcleo), restaurantes e

lanchonetes

Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Rua

asfaltada

Distância da capital: Localiza-se na cidade de

São Paulo

Distância das cidades mais próxima:

Aproximadamente 10 km do centro da cidade

de São Paulo

Panorama de São Paulo vista do Núcleo Pedra

Grande.

Núcleo Engordador

O nome nasceu da fazenda que existia ali no

final do século XVII, onde era realizada a

"engorda" do gado. Mas também alguns dizem

que o nome deriva do fato de que local

concentrava inúmeros córregos e riachos da

região que acabavam engordando o Rio

Engordador d'água. Possui três trilhas:

Trilha da Cachoeira

Distância: 3.000m

Caminhada: 1h30

Dificuldade: Médio

Encontram-se cachoeiras, córregos, flora

exuberante e canos do antigo sistema de

abastecimento

Trilha do Macuco

Distância: 646m

Caminhada: 30 minutos

Dificuldade: Fácil

A trilha margeia o Córrego do Curupira, além

de passar entre os canos que faziam parte do

antigo sistema de abastecimento.

Trilha da Mountain Bike

Distância: 4.000m

Caminhada: 50 minutos

Dificuldade: Médio

Possui obstáculos naturais e flora exuberante

Outros Atrativos Históricos Culturais: Casa da

Bomba, Represa, Ducha do Guarú, Cachoeiras

e Recanto das Águas

Comunidades tradicionais: Não há dentro do

parque

Esportes radicais: Mountain Bike e Caminhada

Trekking

Capacidade da sala de conferência: Não há

Capacidade do auditório: 80 pessoas

Lanchonete: Não há

Quiosques / área de piquenique: 2 áreas para

piquenique

Camping: Não é possível acampar

Facilidades no entorno (pousada, restaurante,

transporte coletivo): Possui transporte coletivo

na Avenida Coronel Sezefredo Fagundes

(aproximadamente a 700m da portaria do

Núcleo).

Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Asfalto e

pequena estrada de terra

Distância da capital: Localiza-se na cidade de

São Paulo

Distância das cidades mais próxima:

Aproximadamente 22 km do centro da cidade

de São Paulo

Núcleo Águas Claras

O Núcleo Águas Claras, localizado no

município de Mairiporã, sendo mais voltado

mais para a educação ambiental (com foco na

preservação dos rios). Seu nome deriva de

uma microbicida em que o núcleo esta

inserido que da origem ao Ribeirão Águas

Claras. Foi aberto ao público no ano de 2000 e

conta com aproximadamente 80% de sua área

total decretada como Área de Proteção aos

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Mananciais. Nele, podem-se percorrer cinco

trilhas:

Trilha das Águas

Distância: 320m

Caminhada: 20 minutos

Dificuldade: Fácil

Percorre o ribeirão de mesmo nome e

pequenas corredeiras.

Trilha da Suçuarana

Distância: 3.700m

Caminhada: 1h30

Dificuldade: Fácil

Vegetação exótica introduzida (pinheiros),

flora nativa exuberante e dá acesso ao lago e

ao Mirante da Pedra Grande.

Trilha da Samambaiaçu

Distância: 1.410m

Caminhada: 50 minutos

Dificuldade: Médio

Seu principal atrativo é a Alameda de

Samambaiaçu

Outros Atrativos Históricos Culturais: Lago

Comunidades tradicionais: Não há dentro do

parque

Esportes radicais: Caminhada Trekking

Capacidade da sala de conferência: Não há

Capacidade do auditório: 50 pessoas

Lanchonete: Não há

Quiosques / área de piquenique: 1 área para

piquenique

Camping: Não é possível acampar

Facilidades no entorno (pousada, restaurante,

transporte coletivo): Não possui transporte

coletivo

Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Estrada

de asfalto

Distância da capital: Localiza-se em Mairiporã

Distância das cidades mais próxima:

Aproximadamente 19 km do centro da cidade

de SP

Núcleo Cabuçu

O núcleo Cabuçu, localizado no município de

Guarulhos, é o mais recente de todos. Foi

aberto para visitação em 2008 e conta com

cerca de 1/3 da área do parque (1.619,4

hectares). Para seu nome existem duas

explicações, uma delas teria como origem a

língua tupi guarani (em que “Caba” significa

Vespa e “Açu” Grande formando Vespa Grande

que é uma espécie encontrada no local), já a

outra o nome teria origem pela espécie de

árvore Cabuçu (Miconia cabussu) que existe

em grande quantidade na área. O local foi

aberto à visitação pública em 2008. Nele,

podem ser feitas cinco trilhas:

Trilha do Tapiti

Distância: 250 m

Caminhada: 20 minutos

Dificuldade: Fácil

Possui Araucárias, Cabuçus e Cambucis

Trilha da Jaguatirica

Distância: 1.000m

Caminhada: 50 minutos

Dificuldade: Média

Nela o visitante percebe o contraste entre

espécies introduzidas há décadas (pinheiro e

bambu) e a exuberante vegetação nativa.

Trilha da Sagüi

Distância: 730m

Caminhada: 30 minutos

Dificuldade: Média

Seu atrativo principal é um antigo forno usado

para a produção de carvão vegetal, além de

pequenos córregos afluentes da represa. É

comum avistar um bando de sagüis-da-serra-

escuro que frequenta a área.

Trilha da Cachoeira

Distância: 5.220m

Caminhada: 3h

Dificuldade: Difícil

Possui cursos d´água e cachoeira

Outros Atrativos Históricos Culturais:

Barragem do Cabuçu, Clarificador, Recanto do

Bugio, forno para produção vegetal e

cachoeira

Comunidades tradicionais: Não há dentro do

parque

Esportes radicais: Caminhada Trekking

Capacidade da sala de conferência: Não há

Capacidade do auditório: 99 pessoas

Lanchonete: Não há

Quiosques / área de piquenique: 2 áreas para

piquenique

Camping: Não é possível acampar

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Grupo de Comunicação

Facilidades no entorno (pousada, restaurante,

transporte coletivo): Possui transporte coletivo

na porta do Núcleo e hotel nas imediações

Tipo de acesso (asfalto, terra, mar): Rua

asfaltada

Distância da capital: Localiza-se em Guarulhos

Distância das cidades mais próxima:

Aproximadamente 24 km do centro da cidade

de São Paulo

Aspectos naturais

O Parque Estadual da Cantareira está

inserido em seis bacias hidrográficas, sendo:

do rio Cabuçu de Baixo, do ribeirão Santa

Inês, do ribeirão Águas Claras, do ribeirão São

Pedro, do rio Baquirivu e do rio Cabuçu de

Cima. Representando parte das áreas destas

bacias, suas terras abrigam as nascentes

desses rios.

Relevo e clima

Relevo

O ponto mais baixo é de 750m na Barragem

do Cabuçu e mais alto atinge 1200 m no Morro

do Pavão (Pau Furado).

Segundo o Mapa de Unidades de Relevo do

Brasil, a região localiza-se nas Escarpas e

Reversos da Serra do Mar e da Mantiqueira,

que constitui o denominado Planalto Atlântico.

Nesse planalto a área ocupa a zona de contato

entre as Colinas de São Paulo do Planalto

Paulistano, onde ocorrem relevos de Morrotes

baixos e de Colinas pequenas com espigões

locais; e a Serrania de São Roque, que é

constituída por Morros arredondados, Mar de

Morros, Morros com serras restritas e Serras

alongadas.

A área esta localizada na borda norte do Rift

Continental do Sudeste do Brasil, ocupando a

zona limítrofe entre a Bacia de São Paulo e a

Bacia de Taubaté, no contato entre os

sedimentos terciários e as rochas do

embasamento cristalino, que em vários pontos

esta associada a linhas de falhas, coincidentes

com zonas de cizalhamento proterozóicas.

Condicionados pelas diferentes tipos de rocha

e de relevo foram identificados na área, à

presença de Argissolo Vermelho-Amarelo e

Latossolo Vermelho-Amarelo, que se associam

a: Latossolo Câmbico, Cambissolo Háplico,

Afloramento Rochoso, e Gleissolos Háplico nas

planícies fluviais e fluvio-coluviais.

Clima

O clima na região é classificado como

mesotérmico e úmido com verão chuvoso e

inverno seco (Cwa de Koeppen), em que os

meses com temperaturas médias mais

elevadas são janeiro e fevereiro, com 23ºC e

22,8ºC, respectivamente, e os meses com

temperaturas mais reduzidas são junho e

julho, com 16,6ºC e 16,5ºC, respectivamente.

Apesar da temperatura média no Parque se r

de 19,9ºC, podem ocorrer temperaturas

máximas absolutas acima dos 34º C, o que

ocorreu nos meses de janeiro, outubro e

dezembro.

O período chuvoso estende-se de outubro a

março, sendo o período seco entre os meses

de abril a setembro. A precipitação média

anual é de 1.322 mm por ano (série 1992-

2007), sendo que o mês mais chuvoso é

Janeiro (229,8 mm) e o mês mais seco é

Agosto (31,7 mm).

Fauna e flora

Fauna

Tucano-de-bico-verde no parque.

Em relação à fauna estima-se que um total de

388 espécies de vertebrados esteja presente

no Parque, dos quais 97 são mamíferos, 233

são aves, 28 são anfíbios, 20 são répteis e 10

são peixes. Para invertebrados, há registros

de 478 espécies, das quais 91 espécies de

abelhas, 303 espécies de aracnídeos, 62

espécies de formigas e 22 espécies de

culicídeos. O total estimado de espécies da

fauna é de 866 espécies.

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Grupo de Comunicação

Flora

Aranhas saltadoras se encaram em flores no

núcleo Águas Claras.

A principal formação vegetacional do PEC é a

Floresta Ombrófila Densa Montana em

diversos estágios de regeneração originada a

partir da regeneração florestal de áreas que

foram adquiridas no final do século XIX para o

abastecimento de água da cidade de São

Paulo. Predominam no Parque as florestas em

estádio médio de regeneração. Há poucos

trechos significativos de floresta em estágios

avançado e maduro.

Ao reunir as diversas fontes de informação,

foram selecionados registros referentes a 678

espécies no PEC. Essas espécies estão

distribuídas em 120 famílias e 338 gêneros.

Dentre essas espécies, 650 são angiospermas

(Magnoliophyta), 1 é gimnosperma

(Pinophyta) e 27 são pteridófitas

(Pteridophyta).

Histórico

Cantareira foi o nome dado à Serra pelos

tropeiros que faziam o comércio entre São

Paulo e as outras regiões do país, nos Séculos

XVI e XVII, devido à grande quantidade de

nascentes e córregos encontrados na região.

Era costume, na época, armazenar água em

jarros de barro, chamados cântaros, e os

apoios onde eram guardados chamavam-se

Cantareira. Possui uma área de 7.916,52

hectares, que abrangem os municípios de São

Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras.

Sua maior porção está localizada na Zona

Norte de São Paulo, constituindo um

importante remanescente da Mata Atlântica na

metrópole, e de extrema relevância ecológica

para o Estado de São Paulo. Foi declarado

parte da Reserva da Biosfera do Cinturão

Verde da cidade de São Paulo pela UNESCO

em 1994.

É considerada uma das maiores florestas

urbanas do mundo, possuindo em seu entorno

uma alta densidade demográfica. É uma

região de inúmeras nascentes e diversos

cursos d’água, por isto exerceu papel

fundamental na história do abastecimento de

água na cidade de São Paulo, constituindo o

chamado “Sistema Cantareira Velho”. Vale

lembrar que o Parque constitui uma parte da

Serra da Cantareira e não toda ela.

Núcleo Pedra Grande Foi o primeiro núcleo

aberto ao público em 1989, oferece ao

visitante a oportunidade de um contato de um

contato direto com a Mata Atlântica, mesmo

estando a apenas 10 km em linha reta da

Praça da Sé.

Núcleo Engordador O nome Engordador é

atribuído ao local que concentrava inúmeros

córregos e riachos da região. Esses pequenos

cursos dágua engordavam o rio Engordador e

por isso ficou conhecido com este nome.

Núcleo Águas Claras Aberto ao público em

2000, através de uma parceria entre o

Instituto Florestal e a Congregação das

Associações da Serra da Cantareira (CASC),

seu nome deriva de uma microbacia em que a

área está inserida, dando origem ao Ribeirão

Águas Claras.

Núcleo Cabuçu Existem duas explicações

para o nome do Núcleo. Uma delas teria

origem na língua tupi guarani, na qual “Caba”

significa Vespa e “Açu” Grande, portanto

Vespa Grande. É uma espécie encontrada na

região. O nome também pode ter origem na

espécie de árvore Cabuçu (Miconia cabussu)

que ocorre em larga escala nessa área. O local

foi aberto à visitação pública em 2008.

Sobre a região Trata-se de um grande

fragmento de Mata Atlântica que abriga

diversas espécies de fauna e flora, inclusive

algumas que constam da Lista Oficial das

Espécies Ameaçadas de Extinção no Estado de

São Paulo, além de diversos mananciais que

outrora fizeram parte do antigo Sistema

Cantareira de Abastecimento de Águas de São

Paulo, por meio das represas do Engordador,

Barrocada e Cabuçu, além de pequenos

reservatórios e tanques.

Localização

Rua do Horto, 1799 – Horto Florestal – São

Paulo/SP

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Grupo de Comunicação

Como chegar

Núcleo Pedra Grande Acesso pela Marginal

Tietê até Av. Eng. Caetano Alvares seguindo

pela Av. Sta. Ignês, Av Luís Carlos Gentille de

Laet, no cruzamento entrar à esquerda

seguindo a R. do Horto até n° 1.799.

Núcleo Engordador' Acesso pela Rod. Fernão

Dias até Km 79 sentido SP-BH, entrar na alça

de acesso para a Av. Coronel Sezefredo

Fagundes, n° 19.100 sentido Mairiporã.

Próximo à Pedreira Itacema

Núcleo Águas Claras' Marginal Tietê até a

Ponte do Limão, seguindo pela Av. Eng.

Caetano Alvares, Av. Água Fria até Av. Nova

Cantareira, seguindo-se em frente pela Av.

José Ermírio de Moraes. Próximo à divisa SP-

Mairiporã

Núcleo Cabuçu' Acesso pela Rod. Fernão

Dias até a Casa de David (Km 82 sentido SP-

BH), seguir pela Estrada das Três Cruzes até a

Av. Pedro de Souza Lopes (antiga Estrada do

Cabuçu), nº 7903

Ingressos

Ingresso: R$ 13 (crianças menores de 12

anos, adultos com mais de 60 anos e pessoas

com deficiência não pagam). Estudantes

pagam meia-entrada.

Dias e horário de funcionamento: sábado,

domingo e feriados, das 8h às 17h. Confirmar

nos núcleos os horários permitidos para

acesso às trilhas.

Fontes:

https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Est

adual_da_Cantareira

https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual

_da_Cantareira

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27912785&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Taubaté

Data: 25/07/2019

Taubaté e cidades do Vale caem na

qualidade do depósito de lixo sólido

Redação Gazeta de Taubaté

Vinte e seis dos 39 municípios (66%) do Vale

do Paraíba pioraram a qualidade do

tratamento do lixo em aterros de resíduos

sólidos urbanos, segundo levantamento da

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo).

De acordo com o 'Inventário Estadual de

Resíduos Sólidos Urbanos 2018', os municípios

caíram na avaliação do IQR (Índice de

Qualidade de Aterro de Resíduo) na

comparação com 2017.

No estudo anterior, nove cidades do Vale

receberam nota máxima (10) da Cetesb,

representando 13,63% das 66 cidades

paulistas que ganharam pontuação máxima

por destinarem corretamente os resíduos

sólidos urbanos.

Na avaliação de 2018, nenhum município da

região alcançou a nota máxima.

No estado, os melhores caíram para 43

cidades.

O inventário reflete as condições ambientais

dos sistemas em operação de compostagem e

de disposição final de resíduos em aterro, a

partir de dados coletados e consolidados até

2018, em todo estado.

Segundo a Cetesb, a metodologia usa

critérios de pontuação e classificação dos

locais de destinação.

Neste ano, a pontuação máxima obtida no

Vale foi de 9,7, incluindo as quatro cidades do

Litoral Norte e Jambeiro, Paraibuna, Redenção

da Serra e Santa Branca.

Juntos, os municípios movimentaram 286,49

toneladas de lixo por dia no ano passado, 13%

do total das 2.193,82 toneladas diárias de lixo

na região.

Das cidades que mais movimentaram lixo no

Vale, apenas São José dos Campos (769,36

toneladas diárias, 35% do total) melhorou o

índice de IQR, passando de 9 para 9,2.

As demais pioraram: Jacareí (9,6 pata 9,2),

Taubaté (10 para 9,4), Guaratinguetá (9,8

para 9,2) e Pindamonhangaba (8,9 para 7,5),

o pior resultado da região. Os quatro

municípios recolheram 728,64 toneladas de

lixo por dia em 2018, 33,21% do total do

Vale.

Mesmo com o recuo na qualidade do

tratamento do lixo, nenhuma cidade foi

classificada como de 'condição inadequada'

(nota abaixo de 7) para os resíduos sólidos

urbanos.

Com exceção de aterros próprios, como no

caso de São José, 31 cidades do Vale enviam

seu lixo para três aterros particulares,

instalados em Tremembé (atende 9 cidades e

425,43 ton/dia), Cachoeira Paulista (14

cidades e 336,19 ton/dia) e Jambeiro (8

cidades e 286,49 ton/dia).

As cidades de Arapeí e Bananal não entram no

relatório por disporem seu lixo em Barra

Mansa (RJ).

CIESP.

Para a diretora-presidente da Cetesb,

Patrícia Iglecias, a queda da qualidade na

avaliação das cidades da região é pontual e

não preocupa.

'Não dá para tirar a conclusão porque essas

variações são pequenas e podem ser

atribuídas a alterações pontuais. O que temos

é um dado positivo', afirmou Patrícia.

Na prática, segundo ela, o estado alcançou

97,8% dos resíduos com disposição

considerada adequada. 'É um dado expressivo

e mostra que estamos perto do 100% de

disposição adequada. Avançamos'.

Celebrando o sumiço dos lixões à céu aberto

no estado, Patrícia disse que a

responsabilidade pelo lixo é de todos,

começando pela separação. 'Toda a história

começa nas mãos do consumidor'..

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27912821&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Combate Racismo Ambiental

Data: 24/07/2019

Mananciais - Billings exemplifica um dos

maiores desafios nas regiões

metropolitanas: planejamento urbano

Ana Paula Cavalcanti

As leis de proteção dos mananciais existem

desde os anos 1970 (com atualização em

1997) e o problema da poluição das águas

formadoras do reservatório já é discutido

desde aquela época.

Por Sucena Shkrada Resk, do Blog Cidadãos

do Mundo

Aos 94 anos, a Represa Billings, na Bacia

Hidrográfica do Alto-Tietê, é considerada como

'a maior caixa d'água' da Região Metropolitana

de São Paulo (RMSP), além de ser um destino

ecoturístico em certos trechos, utilizada para

controle de cheias no rio Pinheiros e fonte

para a geração de energia na Usina

Hidroelétrica Henry Borden, em Cubatão. Com

1,2 bilhão de metros cúbicos de água, este

reservatório de usos múltiplos retrata, no

entanto, em anos consecutivos, os desafios e

ônus impostos pelo crescimento desordenado

das cidades.

O mais recente levantamento da série do

Projeto de Índice de Poluentes Hídricos (IPH)

da Universidade Municipal de São Caetano do

Sul (USCS) acentua um alerta recorrente

sobre a qualidade das águas em 164 pontos

de pesquisa. O levantamento tem sido feito

desde 2015 no reservatório, que abastece

mais de 1,6 milhão de pessoas principalmente

na zona Sul da capital e municípios do Grande

ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e

Diadema), pelo Sistema Rio Grande.

Atualmente as análises estão sendo

aprimoradas com o sequenciamento genético

dos microorganismos e levantamento da

composição do que está no fundo do

reservatório.

A apuração expressa o quanto o saneamento

ambiental ainda é deficiente na região,

acarretando impactos em diferentes trechos

do reservatório. Neste ano, no braço do Rio

Grande, foi apurado que a qualidade da água

está regular; no dos rios Pequeno, Capivari e

Pedra Branca, boa; no de Taquacetuba,

regular próximo de ruim; no de Bororé, ruim;

nos de Grota Funda, Alvarenga, Cocaia (Corpo

Central), péssima. O resultado do

levantamento foi apresentado pela professora

e pesquisadora Marta Angela Marcondes,

coordenadora do projeto, durante o I Fórum

sobre Proteção de Mananciais - 10 Anos da Lei

Específica do Reservatório da Billings, neste

mês, na USCS.

Outro aspecto relevante nesta problemática é

a compreensão da ocupação e uso do solo. Na

sub-região Billings - Tamanduateí, o município

de Santo André tem 54% de sua área total

inseridos em Área de Proteção de Mananciais

(APM); São Bernardo do Campo (53%);

Diadema (22%), Mauá (19%) e Ribeirão Pires

(64%) e Rio Grande da Serra (100%), além

de parte de São Paulo (11%).

São inúmeros fatores que levam a esta

poluição hídrica. A deficiência da coleta e de

tratamento de esgoto doméstico e de

efluentes industriais na maioria dos

municípios; a lentidão de décadas para a

despoluição dos rios Tietê, Pinheiros e

Tamanduateí e afluentes, o aumento irregular

de imóveis e desmatamento no entorno da

represa, como também o despejo irregular de

efluentes agrícolas e de resíduos sólidos. Um

risco à saúde ambiental, com bactérias de

todos os tipos, causadoras de problemas

gastrointestinais e de pele, além dos resíduos

tóxicos provenientes de metais pesados.

Soma-se a isso, a interferência dos períodos

de chuva e estiagem que acentuam os

problemas.

Onde a situação é avaliada como melhor, a

exemplo do braço Capivari, a justificativa é de

que a região é ainda bem isolada, pouco

urbanizada e mantém matas preservadas e

relevo acidentado.

Análise do fundo do reservatório

O Projeto IDH/USCS, desde o ano passado,

está aprimorando a análise das águas do

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reservatório e novos alertas surgem. 'Também

estamos estudando o fundo do reservatório,

que são acúmulos de profundidade de oito a

20 metros. A situação é de ruim a péssima,

nos trechos de Bororé e Grota Funda', diz a

bióloga. É um universo de lodo e de uma

diversidade de elementos, como

microplásticos e metais pesados.

Em abril deste ano, moradores de municípios

do Grande ABC se depararam com uma água

de tom amarelo e marrom e odor

desagradável, que saia das torneiras.

Segundo a Sabesp, a cor era proveniente da

quantidade superior de ferro e manganês, que

emergiu do fundo da represa, com o fluxo de

água provocado pelo excesso de chuva da

represa do Rio Grande para a Billings. Algo

que não ocorria desde 2013.

Nas águas da Billings, ainda são encontrados

fármacos, hormônios, antibióticos, agrotóxicos

e microcistina (toxina por pequenos

organismos), que não passam por tratamento,

segundo Marta. 'Acabam indo para nossas

torneiras', afirma. Nem tudo é passível de

solução nas estações de tratamento de água.

No ano passado, também foram encontrados

12 novos grupos bactérias que até então não

haviam sido detectadas. De certa forma,

representa uma 'caixa-preta' de sedimentos

que podem causar mais comprometimentos à

saúde. A Billings também sofre periodicamente

com a eutrofização, quando o excesso de

esgoto e insolação tropical contribuem para a

proliferação de algas.

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), em seu Relatório da

Qualidade das Águas Interiores no Estado

de São Paulo 2018, informou que os pontos

localizados no Complexo da Billings e em um

ponto no reservatório do Rio Grande, no

município de Ribeirão Pires, apresentaram a

classificação anual ruim para o Índice da

Comunidade Fitoplantônica, principalmente em

razão da grande presença de organismos e

cianobactérias.

Atualmente são mantidos na bacia da Billings,

pela Cetesb, as Estações de monitoramento

automático on line da qualidade da água

Ribeirão Pires, no braço do Rio Grande junto à

captação da SABESP, para onde afluem as

águas do ribeirão Pires; no braço do

Taquacetuba; e na barragem reguladora

Billings-Pedras (Summit Control).

Somado a estes problemas, recentemente

houve a constatação de mortandade de peixes

em casos isolados. 'Caiu um tipo de óleo, no

Braço Central, perto da Imigrantes, que

impediu a entrada de luz e baixou o oxigênio

na água', explica a pesquisadora.

Segundo Marta, os estudos do IPH/USCS têm

sido encaminhados aos órgãos públicos

gestores competentes, para o auxílio de

políticas públicas mais eficientes, e ao

Ministério Público Estadual.

Riqueza ambiental

Para melhor compreensão da importância da

despoluição, mais um argumento é quanto ao

patrimônio ambiental da Sub-bacia da Billings

ser de extrema relevância. Em levantamento

de fauna e flora, algumas espécies de flora

reféns da pressão no entorno na região são a

bromélia Tillandsia linnearis, considerada

extinta antes destes estudos, as orquídea-de-

Loddigess Catleya loddigessi e a orquídea-de-

samambaiuçu Zygopetalum maxillarie, o

bambú Merostachys neesii e a palmeira

prateada Lytocaryum hoehnei. A ictiofauna da

Billings tem diferentes espécies, como o

lambari - Astyanax fasciatus, a traíra - Hoplias

malabaricus, o cará - Geophagus brasiliensis e

a coridora - Corydoras aeneus.

A região da sub-bacia também é refúgio para

diferentes aves, como o tucano-debico-verde -

Ramphastos dicolorus -, a marreca caneleira -

Dendrocygna bicolor - e a fragata comum -

Fragata magnificens. Estas e outras

características da Billings, são descritas no

Caderno de Educação Ambiental, na edição

especial Mananciais: Billings, um trabalho de

300 páginas com vasta informação, da

Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em

2010.

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Grupo de Comunicação

Ao se conhecer melhor esta região de

mananciais, o que fica claro é a importância

da valorização ambiental da região, com o que

ainda resta de Mata Atlântica no entorno e o

quanto pode ser recuperado.

Importância das unidades de conservação

Na Sub-bacia Billings existem três áreas

tombadas: a Área Natural Tombada da Serra

do Mar; a Área Tombada da Vila de

Paranapiacaba (Santo André) e a Área

Tombada da Cratera da Colônia (São Paulo).

Unidades de conservação servem como meio

de inibir e conscientizar sobre o perigo do

desmatamento e poluição.

Na região da Billings, estão o Parque

Estadual da Serra do Mar - Núcleo

Itutinga-Pilões, e o Parque Municipal Estoril,

em São Bernardo do Campo; o Parque

Municipal Milton Marinho de Moraes, em

Ribeirão Pires; o Parque Natural Nascentes

de Paranapiacaba e Parque Natural

Municipal do Pedroso, em Santo André; o

Parque Fernando Vitor de Araújo Alves, em

Diadema, e as Áreas de Proteção

Ambiental municipais (APAs) Capivari-

Monos e Bororé-Colônia, na zona Sul de

São Paulo. Somados a estas UCs, estão terras

indígenas guarani.

Mas apesar de estarmos no século XXI, grande

parte do reservatório ainda recebe bilhões de

litros de esgoto in natura. Historicamente o

problema vem de longa data. As leis de

proteção dos mananciais existem desde 1976

e a discussão sobre o enfrentamento e

necessidade de solução para o problema da

poluição das águas do reservatório já eram

discutidos desde aquela época.

Soluções esperadas há décadas

Diferentes governos (estaduais, municipais),

por décadas, se comprometeram com soluções

para a despoluição, mas o problema continua.

Nos últimos anos, novos anúncios do poder

público têm sido feitos quanto a obras

milionárias de saneamento, e com metas

ambiciosas. Um deles é do Programa Pró-

Billings, em São Bernardo do Campo, que tem

o objetivo de garantir 100% de coleta e

tratamento de esgoto de todo o 'Grande

Alvarenga' até o ano que vem. A fase anterior

foi na região do Batistini. Uma parceria da

prefeitura municipal com a Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo (Sabesp), com recursos nacionais e

internacionais.

O Governo do Estado também divulgou que

até 2022 o rio Pinheiros estará limpo. Por

outro lado, a população, por meio de

organizações socioambientais, movimentos,

academia e ministério público têm cobrado as

realizações, que têm como princípio um

planejamento urbano com visão de longo

prazo.

Externalidades afetam comunidades

O aspecto humano é mais um elemento

importante no Projeto IPH/USCS, que não

pode ser menosprezado pela gestão pública,

segundo a bióloga. Marta Marcondes alerta

que há também uma quantidade significativa

de externalidades que atingem quem vive bem

próximo da represa, devido à baixa qualidade

apresentada na maior parte dos trechos do

reservatório. 'São casos de depressão,

ansiedade, transtorno de estresse pós-

traumático. Muitos sofrem o estigma de

viverem lá. Dessa forma, o Sistema Único de

Saúde (SUS) também é onerado. Quatro

aldeias indígenas guarani e cerca de 300

pescadores artesanais já foram afetados',

afirma.

No Plano Municipal de Saneamento Básico de

São Bernardo do Campo, em 2017, foi

detectado que a Unidade de Pronto

Atendimento (UPA) Riacho Grande, que fica

próxima à Billings, atendeu em 2016 índice

55% superior de pacientes com doenças

transmitidas pela água do que a média do

município. A unidade atingiu a taxa de 100

casos a cada mil moradores na análise de

incidência do problema, a maior delas medida

no município.

Leis descumpridas

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Grupo de Comunicação

O que causa apreensão é o fato de o

arcabouço legal não estar sendo suficiente

para alterar este cenário ao longo dos anos,

que infere também a relação de comando e

controle. A existência da Lei da Billings, que

completou 10 anos em 2019, apesar de ser

importante, não consegue frear todos estes

problemas. A gestão é composta pelos órgãos

das administrações públicas estadual e

municipais, um órgão colegiado (Comitê de

Bacia Hidrográfica do Alto Tietê - Subcomitê

de Bacia Hidrográfica Billings-Tamanduateí -

SCBH-BT) e um órgão técnico. Segundo Marta,

outras legislações também deveriam ser

respeitadas, como a Lei da Mata Atlântica, o

Código Florestal e da Reserva da Biosfera

do Cinturão Verde da Cidade de São

Paulo.

Segundo o advogado Virgílio Alcides de Farias,

especialista em Direito Ambiental, é preciso

ressaltar que a Constituição brasileira define

que o Estado, o poder público com a cobrança

da coletividade, que já faz o seu papel têm o

dever de manter o equilíbrio ambiental para

que o meio ambiente seja salubre, entretanto,

o poder público não tem cumprido seu papel

quanto à represa que está degradada.

Mais um descumprimento, de acordo com

Farias, é quanto ao artigo 46 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias da

Constituição do Estado de São Paulo. O texto

determina, no prazo de três anos, a contar do

dia 5 de outubro de 1989, os Poderes Públicos

Estadual e Municipal ficariam obrigados a

tomar medidas eficazes para impedir o

bombeamento de águas servidas, dejetos e de

outras substâncias poluentes para a represa

Billings.

O planejamento urbano é um ponto

estratégico nesta análise, reitera o engenheiro

Renato Tagnin, especialista no tema

mananciais e expansão urbana. 'Quem bebe a

água da Billings e da Guarapiranga, parte é de

reuso. Os tratamentos não alcançam os

parâmetros adequados. Ainda temos a

vulnerabilidade dos aquíferos, com a

superexploração das águas subterrâneas. O

mercado não atribui o valor à vegetação.

Outras pressões são viárias, como os projetos

de novos acessos do Rodoanel?', explica.

Mais uma análise feita por Tagnin se refere à

projeção da expansão urbana para 2030 na

Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

'Praticamente a bacia toda deverá ser

ocupada. É um cenário dantesco. Até fundos

de vale, acabando com a reserva da biosfera?

E o plano de abastecimento da

macrometrópole prevê a busca da água cada

vez mais longe'.

Com o histórico de mobilizações que se

estende há décadas, o que fica notório é que a

despoluição da Billings é uma questão muito

maior, que envolve a RMSP, quanto ao modelo

de desenvolvimento. Basta dizer que o

relatório sobre a Vulnerabilidade Hídrica da

RMSP, divulgado pelo Instituto Brasileiro de

Proteção Ambiental (PROAM), em 2017,

sinaliza esta questão apresentada pela

Campanha Billings, eu te quero viva!, que

existe desde os anos 90. Este reservatório que

foi construído com o propósito de geração de

energia, acabou se tornando uma fonte

imprescindível para o abastecimento de água.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27874406&e=577

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Veículo: Diário de Suzano

Data: 24/07/2019

Cidades da região superam nota 9 em

descarte adequado de lixo

As 10 cidades do Alto Tietê descartaram o

resíduos sólidos urbano em aterros

classificados como adequados em 2018,

conforme inventário feito pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb). Oito dos 10 municípios superaram

a nota 9 em uma escala de 0 a 10.

As maiores notas foram obtidas pelas cidades

de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano,

com 9,8 cada. Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes

conquistaram 9,7 no levantamento. Em

seguida vem Salesópolis que atingiu a nota

9,2 e Ferraz de Vasconcelos, com 9,0 fecha a

lista das que atingiram, pelo menos, a nota 9.

Completam a lista da região Guararema, com

8,8 e Santa Isabel, com 7,2.

De acordo com o levantamento, as cidades de

Mogi das Cruzes e Guararema apresentaram

melhora em relação à última avaliação,

realizada em 2017. Arujá, Itaquá, Poá e

Suzano mantiveram a nota anterior, enquanto

Biritiba, Ferraz, Salesópolis e Santa Isabel

reduziram suas notas (a última obteve queda

de 1,8 no comparativo).

A cidade de Salesópolis obteve nota máxima

em 2017 e apresentou queda de 0,8 na nota

do ano seguinte.

Estado

O método usado para avaliação foi o Índice de

Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR).

Levantamento no Estado de São Paulo aponta

que 95,6% das cidades descartam o lixo

corretamente. Isso equivale a 612 dos 645

municípios paulistas.

Em 2018, 97,8% das 40,7 mil toneladas

geradas diariamente no Estado foram

dispostas em aterros avaliados como

adequados, ou seja, que atendem às

especificações técnicas da companhia para

descarte e manejo correto, como questões de

engenharia e localização geográfica.

Entre 2011 e 2018, a população atendida por

aterros adequados passou de 81,8% para

97,5% em São Paulo.

Método de Pesquisa

O inventário é elaborado anualmente, com

base em informações coletadas em inspeções

pelos técnicos da Cetesb, com o intuito de

informar a população sobre as condições

ambientais e sanitárias das áreas de

destinação final de resíduos sólidos do Estado.

Nas avaliações, são realizados questionários

padronizados, levando em consideração

características locacionais, estruturais e

operacionais das instalações de compostagem

de aterro (método de reciclagem de resíduos

sólidos orgânicos).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27911661&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 24/07/2019

Sabesp é tema da 12ª edição do Prêmio

Universitário Aberje

Realizado no formato de maratona de

desenvolvimento tecnológico, desafio só será

revelado aos participantes em 18 de setembro

Estão abertas as inscrições para a 12ª edição

do Prêmio Universitário Aberje (PUA), que,

neste ano, tem a Sabesp como tema central

do desafio proposto aos universitários.

Organizada pela Associação Brasileira de

Comunicação Empresarial (Aberje), em

parceria com a Agência de Comunicações ECA

Júnior e com o apoio da Sabesp, a iniciativa

premia os melhores propostas de comunicação

desenvolvidos por estudantes.

Esta é a terceira temporada do desafio da

Sabesp. Em 2017 e 2018, a empresa também

foi tema do prêmio. O objetivo é estimular a

criatividade dos alunos, aplicando-a na criação

de uma solução ao desafio proposto,

aproximando a Sabesp do ambiente

universitário e trazendo a inovação para

dentro da empresa. Para se inscrever, acesse

o site www.premiouniversitarioaberje.com.br.

O modelo de competição adotado é o

hackathon, uma maratona de

desenvolvimento tecnológico que acontecerá

em apenas duas etapas concluídas em menos

de 48 horas. Por isso, o desafio dessa edição

só será conhecido no dia 18 de setembro, data

da primeira etapa da premiação.

Na abertura, em 18 de setembro, os

participantes selecionados vão conhecer o

desafio e participar de uma sessão de Design

Thinking. A partir daí, os grupos vão

desenvolver uma solução criativa e apresentar

para a comissão organizadora. Serão

classificados cinco grupos para a segunda e

última etapa, realizada no dia 19, uma

apresentação oral e presencial para a

comissão avaliadora integrada por

profissionais de Comunicação Corporativa. No

mesmo dia já são anunciados os vencedores.

As inscrições são gratuitas e podem participar

alunos de graduação de todo o Brasil,

regularmente matriculados em instituições

credenciadas pelo Ministério da Educação

(MEC). As equipes devem ter de dois a quatro

integrantes, que vão concorrer a prêmios de

R$ 10 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil

para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro

grupo classificado. É vedada a participação de

funcionários e estagiários da Aberje e Sabesp.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sab

esp-e-tema-da-12a-edicao-do-premio-

universitario-aberje/

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Natureza

Data: 25/07/2019

Imagens mostram avanço do garimpo

ilegal na Amazônia em 2019

BBC analisou imagens de satélite, feitas no

início do ano e recentemente, em unidades de

conservação no Pará e em Roraima; para líder

indígena, declarações de Bolsonaro têm

estimulado 'aumento absurdo nas invasões'

por garimpeiros.

Por BBC

Frentes de garimpo ilegal de ouro na Terra Indígena Kayapó, no Pará, em julho de 2019; manchas claras indicam atividade mais recente. — Foto: Planet Labs

Imagens de satélite analisadas pela BBC News

Brasil revelam uma expansão recente nos

focos de garimpo ilegal em terras indígenas da

Amazônia ocorrida desde janeiro deste ano.

Indígenas e ambientalistas atribuem o avanço

– verificado em diferentes pontos do Pará e de

Roraima – a declarações do presidente Jair

Bolsonaro em favor da exploração mineral em

terras indígenas e ao que consideram um

afrouxamento do combate a crimes ambientais

pelo governo.

O crescimento dos focos de garimpo ocorre

num momento em que o Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra uma alta

nos índices de destruição na Amazônia e tem

seu trabalho contestado pelo presidente, para

quem a divulgação de dados de

desmatamento pode prejudicar o país em

negociações internacionais.

As imagens avaliadas pela BBC são da Planet

Labs, empresa americana que mantém mais

de cem satélites em órbita e fazem fotografias

diárias de todo o globo.

Garimpo na região do rio Fresco, na terra indígena Kayapó, em janeiro de 2019 — Foto: Planet Labs

A atividade foi monitorada em três das terras

indígenas brasileiras que mais sofrem com

garimpos ilegais de ouro: a Kayapó, a

Munduruku (ambas no Pará) e a Yanomami

(em Roraima e no Amazonas). Somados, os

três territórios ocupam uma área equivalente

à do Estado de São Paulo e abrigam alguns

dos trechos mais preservados da Amazônia

brasileira.

A BBC comparou fotos de garimpos –

identificados pela BBC ou por grupos que

monitoram a atividade – feitas no início do

ano e nas últimas semanas. Nos três

territórios monitorados houve um aumento

das manchas que indicam a ação de

garimpeiros. O fenômeno ocorreu tanto em

garimpos antigos, alguns criados há mais de

uma década, quanto em garimpos recentes.

Uma ferramenta permite contrastar as

fotografias, arrastando para a direita ou para

a esquerda as setas no centro da imagem. As

diferenças na coloração das imagens se devem

a fatores climáticos ou ao uso de fotos feitas

por satélites diferentes, com graus distintos de

resolução.

As fotografias foram enviadas a dois

especialistas em imagens de satélite: o

geólogo Carlos Souza Jr., do Imazon, e o

geógrafo Marcos Reis Rosa, da Arcplan. Ambos

confirmaram se tratar de focos de garimpo em

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Grupo de Comunicação

expansão. Algumas frentes de garimpo

retratadas ocupam áreas tão extensas quanto

dezenas de campos de futebol.

Procurados pela BBC, o Ministério do Meio

Ambiente, a Funai e a Polícia Federal não se

pronunciaram sobre o avanço da atividade

nem sobre as críticas à atuação dos órgãos até

a publicação da reportagem.

Ouro yanomami

Em junho, a BBC publicou uma reportagem

mostrando que o ouro se tornou em 2019 o

segundo produto mais exportado por Roraima,

embora o Estado não tenha nenhuma mina

operando legalmente.

Autoridades investigam se o metal vem sendo

extraído ilegalmente do território yanomami,

onde, segundo indígenas, ao menos 10 mil

garimpeiros estariam operando atualmente.

Garimpo na terra indígena Kayapó em janeiro de 2019 — Foto: Planet Labs

Coordenadora executiva da Articulação dos

Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sonia

Guajajara diz que indígenas de diferentes

partes da Amazônia têm relatado "um

aumento absurdo nas invasões" de

garimpeiros desde o início do governo

Bolsonaro.

Ela afirma que declarações do presidente em

defesa da extração de minérios em terras

indígenas estão estimulando os garimpeiros.

Enquanto era deputado federal e quando

concorria à Presidência, Bolsonaro disse várias

vezes ser favorável à exploração econômica

desses territórios para melhorar as condições

de vida das comunidades indígenas.

Em abril, ao receber um grupo de indígenas de

Roraima favoráveis à mineração, o presidente

afirmou que "o índio não pode continuar sendo

pobre em cima de terra rica".

Avanço do garimpo ilegal na terra indígena Munduruku em fevereiro de 2019 — Foto: Planet Labs

A Constituição de 1988 prevê a exploração

mineral em terras indígenas desde que ela

seja regulamentada por leis específicas. Como

as leis jamais foram aprovadas, a atividade é

ilegal.

Desde 1996, tramita no Congresso um projeto

de lei para regulamentar a mineração em

terras indígenas, proposto pelo então senador

Romero Jucá (MDB-RR). O governo Bolsonaro

tenta agora destravar a pauta.

Segundo Sônia Guajajara, porém, a grande

maioria das comunidades indígenas brasileiras

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Grupo de Comunicação

é contrária à regulamentação da atividade por

temer seus impactos sociais e ambientais.

No fim de 2018, a Rede Amazônica de

Informação Socioambiental Georreferenciada

(Raisg), que reúne oito ONGs ambientalistas

latino-americanas, publicou um relatório sobre

ameaças à Amazônia. O documento identificou

garimpos ilegais em 18 terras indígenas no

Brasil.

Garimpo na terra indígena Yanomami em janeiro de 2019 — Foto: Planet Labs

Em alguns territórios, balsas reviram o leito

dos rios em busca de metais preciosos. Em

outros, além das balsas, há frentes de

garimpo com escala quase industrial, onde

retroescavadeiras e dragas cavam crateras na

mata. É o caso de boa parte dos garimpos da

região do Tapajós, no Pará, onde imagens de

satélite mostram grandes "cicatrizes" abertas

na floresta. .

Além da derrubada de árvores, a atividade

provoca assoreamento de rios, desvia cursos

fluviais e cria lagos artificiais que servem

como criatórios de mosquitos. Não por acaso,

a malária é comum em zonas de garimpo na

Amazônia.

Em algumas áreas reviradas pelas máquinas,

os danos são permanentes, sem possibilidade

de regeneração completa.

Outro problema é a poluição com mercúrio,

usado por garimpeiros para facilitar a

aglutinação de grãos de ouro. Quando

despejado nos rios, o mercúrio contamina

peixes e quem se alimenta deles, alojando-se

em toda a cadeia alimentar.

A intoxicação pela substância pode provocar

danos neurológicos e malformação em bebês.

Em 2016, um estudo da Fundação Oswaldo

Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental

(ISA) revelou que, em algumas aldeias

yanomami, o índice de pessoas contaminadas

por mercúrio chega a 92%.

O garimpo também é associado ao aumento

de conflitos, de prostituição e de doenças nas

áreas indígenas onde se instala.

Em maio, o líder yanomami Davi Kopenawa

afirmou em uma conferência sobre mudanças

climáticas na Universidade Harvard (EUA) que

Bolsonaro quer "que os garimpeiros continuem

até estragar nossos rios".

"Queria que o governo tomasse as

providências para a retirada dos invasores do

garimpo da terra demarcada e homologada",

afirmou.

Fragilização dos órgãos ambientais

Para o engenheiro florestal Paulo Barreto,

pesquisador associado do Imazon, o

desmatamento na Amazônia tem sido

estimulado não só pelas declarações de

Bolsonaro, mas também pela fragilização dos

órgãos fiscalizatórios.

"Criou-se um clima de vale tudo, e as pessoas

acham que não serão punidas se

desmatarem", ele afirma à BBC.

Por ordem do ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, o orçamento anual do Ibama –

principal agência ambiental federal – foi

reduzido em R$ 89 milhões neste ano, um

quarto do valor total.

Salles diz que a redução foi um

contingenciamento (suspensão temporária)

exigida de vários órgãos do governo, e que o

Ibama está remanejando recursos para não

prejudicar suas operações em campo.

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Grupo de Comunicação

Em entrevistas, o ministro tem rejeitado a

avaliação de que houve um afrouxamento no

combate a crimes ambientais.

Para ambientalistas, porém, Salles vem

minando o órgão não só com cortes, mas

também com seus posicionamentos. No início

de julho, madeireiros incendiaram um

caminhão-tanque do Ibama em Rondônia.

Duas semanas depois, o ministro viajou ao

Estado e se reuniu com madeireiros, a quem

chamou de "pessoas de bem que trabalham

neste país".

"O que acontece hoje no Brasil, infelizmente, é

o resultado de anos e anos e anos de uma

política pública da produção de leis, regras, de

regulamentos que nem sempre guardam

relação com o mundo real", disse Salles na

reunião, segundo a "Folha de S. Paulo".

"O que estamos fazendo agora é justamente

aproximar a parte legal do mundo real que

acontece em todo o país de norte a sul." -

Ricardo Salles

Bolsonaro já se queixou várias vezes do Ibama

e se comprometeu a acabar com o que

considera uma "indústria da multa" promovida

pelo órgão.

Em 2012, o próprio Bolsonaro foi multado em

R$ 10 mil pelo Ibama por pescar em uma área

de proteção ambiental em Angra dos Reis

(RJ). A multa foi anulada em dezembro de

2018, poucos dias antes de Bolsonaro assumir

a Presidência.

Nesta semana, o presidente voltou a ser

criticado por ambientalistas ao contestar

práticas do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe), órgão federal responsável

por monitorar o desmatamento na Amazônia.

Segundo Bolsonaro, a divulgação de

informações pelo órgão pode dificultar

negociações do Brasil com outros países -

como as relacionadas ao acordo comercial

entre o Mercosul e a União Europeia. Líderes

europeus têm expressado preocupação quanto

ao aumento do desmatamento no Brasil e às

ações de Bolsonaro no setor ambiental.

Em abril, uma carta publicada na revista

Nature e assinada por 607 cientistas e duas

organizações indígenas criticou o governo

Bolsonaro por "trabalhar no sentido de

desmantelar as políticas contra o

desmatamento". Segundo o documento, "a

nova administração do Brasil ameaça direitos

dos indígenas e as áreas naturais que eles

protegem".

Aumento do desmatamento

Algumas semanas antes da crítica de

Bolsonaro ao Inpe, o ministro do Gabinete de

Segurança Institucional da Presidência,

general Augusto Heleno, disse que os índices

de desmatamento da Amazônia são

"manipulados".

No início do mês, o Inpe divulgou que houve

um aumento de 88% no índice de

desmatamento da Amazônia em junho em

comparação com o mesmo mês de 2018.

Um porta-voz do órgão associou o resultado

ao aumento nas grilagens de terra e nas

atividades agrícolas e minerárias na região.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

7/25/imagens-mostram-avanco-do-garimpo-

ilegal-na-amazonia-em-2019.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 São Carlos e Araraquara

Data: 25/07/2019

Startup de São Carlos é premiada como

uma das melhores soluções sustentáveis

do mundo

Ideia propõe uma logística reversa para

embalagens de produtos de beleza e cuidados

pessoais que envolve o consumidor final, a

empresa onde trabalha e o cuidado com meio

ambiente.

Por Gabrielle Chagas, G1 São Carlos e

Araraquara

Startup de São Carlos é premiada como uma

das melhores soluções sustentáveis do mundo

para o mercado de beleza — Foto: Ligia Frem

Di Nardo/Arquivo Pessoal

A solução criada por uma startup de alunos e

ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP)

e da Universidade Federal de São Carlos

(UFSCar) ficou entre as cinco melhores em

uma competição mundial na área de

sustentabilidade, com uma ideia inovadora

para a logística reversa de embalagens

geradas pelo mercado de beleza e cuidados

pessoais.

A ideia da plataforma foi criada em um fim de

semana e foi selecionada entre mais de 500

projetos na competição Global Startup

Weekend Sustainable Revolution, uma

parceria da TechStars com a Google.

“Para nós foi muito gratificante, pois a gente

está muito incomodado com essa questão do

consumo do mercado de beleza e tinha o

desafio de fazer o consumidor, que ainda não

está engajado nessa causa de

sustentabilidade, se sentir com vontade de

participar da reciclagem também”, contou a

engenheira de materiais Ligia Frem Di Nardo.

Agora, o grupo está com viagem marcada à

França para participar de uma feira com

investidores da área de sustentabilidade e

receber uma aceleração nos negócios.

A solução

Logística reversa envolve o consumidor final, a empresa onde trabalha e o cuidado com o meio ambiente — Foto: Ligia Frem Di Nardo/Arquivo Pessoal

Segundo Lígia, a plataforma batizada como

Be.Benefits foi pensada durante o Startup

Weekend, uma maratona de

empreendedorismo e inovação mundial com

duração de 54 horas, que desafia os

participantes a transformar uma ideia de

negócio em uma startup.

O modelo criado se assemelha ao Gympass,

um benefício oferecido por empresas ao

colaborador para acesso com desconto a

academias. Nesse caso, o foco é o resíduo

deixado pelo uso de produtos de beleza e

cuidados pessoais.

A empresa participante pagará um valor para

a Be.Benefits por cada funcionário interessado

em participar do programa e o colaborador

terá acesso à plataforma.

Esse cadastro dará ao colaborador a

possibilidade de comprar itens exclusivos em

lojas online de marcas específicas e

multimarcas que vendem produtos de beleza,

usando o valor repassado ao mês, ou seja, o

colaborador terá acesso a mais produtos de

beleza e cuidados pessoais.

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Grupo de Comunicação

A premiada solução virou então um benefício

para o colaborador de uma empresa e, dessa

forma, a empresa transformou-se no ponto de

coleta inteligente para as embalagens.

“Os colaboradores das empresas não vão

precisar levar o produto a algum lugar

diferente, mas sim para o trabalho, um lugar

aonde ela vai todos os dias. A medida que ele

for descartando mais embalagens, nossa

plataforma o bonificará adicionalmente,

gerando mais um desconto para futuras

compras”, disse.

Até o momento, a startup não está em

funcionamento e a plataforma para os

resíduos do mercado de beleza será o primeiro

produto desenvolvido.

Benefícios

Além do benefício que a empresa vai dar ao

colaborador, todas as vezes que o funcionário

reciclar alguma embalagem no totem digital

disponível na empresa, ele ganhará um

desconto, que será transferido como saldo

para o funcionário e irá acumular ao valor

mensal pago pela empresa.

“Nós vamos instalar o ponto de coleta dentro

da empresa, mas ele não será uma caixa

qualquer e sim um totem inteligente que fará

a análise da embalagem e do perfil do

colaborador para gerar o desconto. Depois,

faremos a gestão dos resíduos e

encaminharemos para as recicladoras oficiais”,

explicou.

Do ponto de vista da empresa, o projeto irá

trazer como benefício o engajamento com o

colaborador, pois foge do que já é oferecido

convencionalmente, como planos de saúde e

vale-alimentação, além de promover a

conscientização de um modelo de consumo

mais sustentável.

Desafios

Durante o processo de criação da startup, o

grupo precisou desenvolver um modelo de

solução que pudesse fazer sentido

economicamente, por se tratar de uma

empresa, como também trazer conceitos de

empreendedorismo social e de impacto

positivo ao meio ambiente e para as empresas

que estão envolvidas.

O grupo realizou uma pesquisa de campo e

descobriu que 85% das pessoas entre 18 e 35

anos compram produtos de beleza e cuidados

pessoais constantemente. As mulheres ainda

dominam o público-alvo com compras

semanais, mas os homens passaram a se

interessar mais pelo mercado e compram todo

mês.

O desafio principal foi desenvolver um modelo

que engajasse o consumidor final para a

reciclagem. Foi então que as empresas em

que essas pessoas trabalham entraram como

mediadoras.

“A escolha de instalar o ponto de coleta na

empresa é justamente para ser mais cômodo

e conveniente para o consumidor”, explicou.

Prêmio

Para o grupo, a premiação representa mais do

que reconhecimento da ideia, mas uma

oportunidade de tirar a ideia do papel e

implementá-la.

“Do ponto de vista da validação da nossa

solução é um grande primeiro passo. A gente

pretende já levar um protótipo da plataforma

para conseguir, durante o evento na França,

apresentar a alguns investidores que estarão

no local. A gente acredita que isso vai ajudar

muito na nossa caminhada”, disse.

Além da oportunidade, o grupo também

ganhou seis meses de mentoria com

especialistas e uma aceleração para a startup.

“Muito provavelmente, após a aceleração, essa

empresa irá funcionar. Nós estamos buscando

tanto investidor quanto talentos para trabalhar

com a gente”, disse.

Atualmente, a startup conta com a expertise

dos estudantes Thaiana Garcia Andrade e Caio

Viana, além dos engenheiros Ligia Frem Di

Nardo, Fabio Bussacarini Mariano, Alexandre

Atilio Naressi e da química Rafaela Montoro.

http://cloud.boxnet.com.br/y6pwwpr6

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data:

Obras de Guimarães Rosa citam ervas

medicinais do sertão brasileiro

Escritor mencionou 964 espécies em sete

livros, mas evitou revelar efeitos curativos.

Estudo mostrou que o autor de Sagarana quis

proteger o cerrado.

A obra do escritor mineiro Guimarães Rosa é

cheia de nomes de plantas. Muitas têm efeitos

medicinais. Os repórteres Cristiane Leite e

Gláucio Nogueira foram descobrir por que o

escritor escondeu o jogo na hora de falar dos

efeitos curativos dessas plantas do cerrado.

Guimarães Rosa traduziu a linguagem e a

alma do sertão. Ele usou e abusou dos nomes

das plantas em sua obra. Em “Sagarana”, o

mineiro escreveu o trecho:

“Mangabeiras pedidoras de esmola;

barbatimãos de casca rugosa e ramos de

ferrugem; e, no raro, um araticum teimoso,

que conseguiu enfolhar e engordar."

O médico citou, ao todo, 964 espécies em sete

livros. Em "Noites do Sertão", ele disse:

"Dum lado e do outro, os pés de assa-peixe,

em rosa e em branco, em flores (...). Ralos, a

cagaiteira, pequizeiro, jatobá-do-campo, pau-

terra, bate-caixa."

Um estudo publicado em julho mostrou que as

citações eram mais poéticas, mesmo, e menos

práticas. E que não havia muitas informações

sobre as propriedades das plantas, como se

pensava até então. Eram raras as partes em

que ele falava sobre a aplicação medicinal,

como em um trecho do livro “No

Urubuquaquá, no Pinhém”:

"Quem tiver cabeça-inchada, traz aqui, que eu

vou curar; com leite de gameleira, resina de

jatobá."

Botânicos e farmacêuticos que já haviam

percorrido os caminhos de Guimarães Rosa se

juntaram a profissionais das letras. Eles

concluíram que o escritor revelou a utilidade

de apenas 40 espécies. Mas, se Guimarães

Rosa conhecia como ninguém a sabedoria dos

velhos raizeiros, por que, então, ele escondeu

as riquezas do cerrado? Segundo a pesquisa, o

escritor quis proteger esse patrimônio.

“O Guimarães, ele tinha uma visão enorme,

ele era uma pessoa visionária, um grande

naturalista. Justamente por valorizar, ele quis

proteger esse conhecimento da ganância que

existia naquela época e existe, ainda, dos

estrangeiros, em relação às nossas plantas. E,

naquela época, não havia ainda tanta

legislação, tanta proteção para a nossa

biodiversidade”, explica Maria das Graças

Brandão, professora de fitoterapia da

Universidade Federal de Minas Gerais.

Hoje, ninguém mais precisa fazer mistério. Os

chamados curandeiros, como Toco Pequi,

buscam no mato tudo que é remédio natural.

E sabem para que serve cada planta.

“Arnica-do-campo - aqui a gente usa muito

essa planta. Coloca no álcool para dores.

Quem sente dor, então passa o álcool, faz

massagem com ela para aliviar, é ótimo!

Cavalinha, muito bom para os rins, muito

diurético. Salsaparrilha, grande depurativo,

ótimo para a menopausa. Tirar aquele

"ferverão", tomou, rapidinho sente o alívio”,

garante.

O conhecimento popular é muito rico, mas o

cerrado ainda está cheio de plantas que não

foram estudadas. O trabalho dos cientistas

precisa continuar. Quem sabe esse não era

outro desejo secreto de Guimarães Rosa?

“A gente precisa do trabalho tanto de

botânicos, do trabalho de farmacêuticos, gente

que trabalha com a parte de fitoquímica para

a gente, mesmo que essas áreas estejam

preservadas, a gente conseguir acessar toda

essa riqueza que tem”, diz a professora de

botânica Juliana de Paula-Souza, da

Universidade Federal de São João Del Rei.

http://g1.globo.com/bom-dia-

brasil/noticia/2015/09/obras-de-guimaraes-

rosa-citam-ervas-medicinais-do-sertao-

brasileiro.html

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Para ala do STF e do Congresso,

prisões não minimizam a gravidade de

diálogos de Moro

Daqui eu não saio A prisão dos suspeitos de

invadir telefones de Sergio Moro (Justiça) e

outras autoridades, como o procurador Deltan

Dallagnol, fortalece o discurso público do ex-juiz,

mas não dá fim aos questionamentos que ele e

investigadores de Curitiba estão enfrentando na

Justiça e em conselhos de classe. Esta é a

avaliação de ministros do STF e de integrantes da

cúpula do Congresso. A ala do Supremo crítica à

Lava Jato sustenta que o cerne do problema

permanece –e está no conteúdo das conversas.

Lei e ordem

A captura pela PF dos suspeitos de invasão dos

telefones foi vista como salutar por todas as alas

do Supremo. Mostra, dizem, a força do aparato

estatal e desestimula novos ataques.

Guerra de versões

Mas as concordâncias param por aí. A ação da PF

deu musculatura à narrativa de Moro, que vincula

a divulgação de suas conversas à ação de

criminosos. O conteúdo foi obtido pelo The

Intercept, que sempre informou tê-lo recebido de

fonte anônima, sem jamais comentar a origem.

Da mão para a boca

O fato de quatro pessoas terem sido presas

suspeitas do crime fez o ministro de Bolsonaro

dobrar a aposta nessa linha de argumentação –e

é dela que se alimenta o grupo do STF ultra

alinhado à Lava Jato.

Não tão fácil

Do outro lado, estão ministros que propõem uma

analogia para caracterizar a complexidade da

discussão: suponha-se que, com a violação de

uma correspondência, descubra-se o autor de um

assassinato. O fato de um crime ter gerado a

informação deve anular a descoberta?

Menos é mais

Peritos da PF acreditam que colegas que

trabalharam na investigação desse caso não

divulgaram pormenores da ação dos supostos

hackers para evitar estímulo a outros

contraventores.

Padrinho mágico

O ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), aliado

de Jair Bolsonaro, foi quem intermediou a

segunda reunião de Augusto Aras, candidato ao

comando da PGR, com o presidente, na segunda

(22). “Aras é um amigo e pediu para que eu

marcasse”, disse Fraga.

Andar abaixo

Bolsonaro ainda não recebeu pessoalmente os

procuradores que encabeçam a lista tríplice da

categoria, mas todos já estiveram com os

principais auxiliares do presidente nesse tema:

André Mendonça (AGU) e Jorge Oliveira

(Secretaria Geral).

Na folhinha

Pessoas próximas a Jair Bolsonaro dizem que ele

definiu a data do anúncio do novo procurador-

geral: 17 de agosto —um sábado. O timing foi

montado na ponta do lápis. A ideia é dar tempo

para o Senado analisar o nome, mas evitar que

um procurador-geral interino tenha que assumir.

O mandato de Raquel Dodge acaba em setembro.

Onde há fumaça

Há duas semanas, no último dia 11, o ministro

Osmar Terra (Cidadania) recebeu representantes

do laboratório paranaense que deseja fabricar

um ativo artificial para competir com o canabidiol

–derivado da maconha. Terra se converteu no

maior inimigo da liberação do uso medicinal da

cannabis.

Onde há fumaça 2

Na reunião, o laboratório do PR mostrou a Terra

supostos casos de intoxicação de crianças que

utilizaram o medicamento derivado da maconha.

Na terça (23), em entrevista ao site Jota, o

ministro defendeu “fechar a Anvisa” caso ela

aprove a fabricação do canabidiol.

Onde há fumaça 3

O laboratório americano Hempmeds, principal

fabricante do canabidiol, nunca foi recebido por

Terra. O medicamento derivado da maconha é

usado em casos de epilepsia, autismo, dor

crônica, Parkinson e câncer.

E agora, josé?

A provável indicação de Eduardo Bolsonaro para

a embaixada nos EUA abriu brecha para

especulações sobre o destino de Nestor Foster,

embaixador recém-promovido ao topo da carreira

diplomática e até então cotado para o cargo.

Seria inédito um número um da hierarquia

ocupar posto secundário.

Eu sou o caminho

Para um observador da política externa, não há

dúvidas de que os EUA vão aceitar com gosto o

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Data: 25/07/2019

41

Grupo de Comunicação

nome de Eduardo para o posto. O filho do

presidente garantirá acesso direto de Donald

Trump a Bolsonaro. Todos os demais

embaixadores reportam-se a um intermediário, o

chanceler Ernesto Araújo.

TIROTEIO

Espero que solicitantes e financiadores deste

crime sejam delatados e punidos. Não podemos

estar tão vulneráveis a bandidos

Do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ),

sobre a prisão de quatro suspeitos de invadir o

celular de Sergio Moro e outras autoridades

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/25/

para-ala-do-stf-e-do-congresso-prisoes-nao-

minimizam-a-gravidade-de-dialogos-de-moro/

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Data: 25/07/2019

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Grupo de Comunicação

A responsabilidade é sua, presidente

Primeira tarefa é compreender que preside um

país inteiro, não uma parte

Passei uma semana em Washington, em um

seminário, e acompanhava flashes da política

americana. O assunto do momento eram os

tuítes de Trump dizendo que algumas deputadas

democratas, de famílias de imigrantes, deviam

“voltar para seus países quebrados e infestados

pelo crime”. A partir daí, o bate boca infinito.

Gente respeitável chamou o presidente de racista

e pediu seu impeachment. Do outro lado, a

multidão gritava “mande-a de volta”, no comício

seguinte de Trump.

De volta ao Brasil, a sensação incômoda. Eventos

distintos com uma lógica constrangedoramente

parecida. O mundo político discute o uso do

termo “paraíba”, pelo presidente, e se ocupa com

as provocações de sempre de Bolsonaro, que vão

de uma opinião irrelevante sobre o filme “Bruna

Surfistinha” à sua (quase inacreditável)

insistência em emplacar o filho como embaixador

nos EUA.

De fato, há um problema aí. Em primeiro lugar, a

lógica da guerra cultural continua dando as

cartas em nosso jogo político. O Congresso pode

discutir a reforma tributária, a MP da liberdade

econômica ou as regras para o financiamento

eleitoral, mas o que parece mobilizar a opinião

pública é a futrica do dia sobre se o presidente

foi ou não aplaudido em sua ida ao Nordeste ou

seu último quiproquó com Gregorio Duvivier ou

algum divergente.

O presidente é o principal responsável por esta

lógica, em que pese esteja longe de ser o único.

Não há o que estranhar nisso. Bolsonaro é um

produto da guerra cultural. É neste terreno que

ele foi eleito. Seu sucesso e seu estilo de fazer

política são, em grande medida, o resultado de

um país que já vinha polarizado há muito tempo.

Apenas inverteu a mão.

É possível ir um pouco além e especular que este

dualismo entre os temas “sérios” da política e o

universo da estridência cultural seja uma marca

da democracia atual. O que nos leva a um

paradoxo: os temas menos relevantes para a

vida real das pessoas são os que obtêm

audiência e terminam por pautar o mundo

político. Nunca é demais lembrar: o tuíte mais

popular lançado por Bolsonaro foi precisamente o

mais inútil e bizarro: o que é golden shower?

Em boa medida, isto sempre foi assim. Os

cidadão comum tem pouco ou nenhum poder na

formulação do novo mercado do gás, no

programa de privatizações e nos temas

complexos da política pública. E nenhuma

responsabilidade na sua condução. Por que

diabos alguém perderia um chope com os amigos

para estudar este tipo de coisa?

O que de fato há de novo, hoje em dia, é que o

cidadão comum ganhou voz ativa na política. Ele

possui um teclado e uma câmara à sua

disposição e pode dizer o que lhe dá na telha,

sem filtros, todos os dias. E de alguma maneira

passou a dar o tom da política.

O líder populista é o tipo que aprendeu mais

rápido a lidar com este universo caótico e não

por acaso está em alta nas democracias. É o caso

de Bolsonaro. Sua lógica parece clara: vivemos

em uma sociedade polarizada, sem consenso

possível, e a estratégia política viável é dobrar a

aposta na própria polarização. Neste plano, é

ótimo que o governador da Bahia não vá na

inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista

e que tudo vire um bate-boca na internet. E está

longe de ser um mau negócio dar uma

declaração esdrúxula e ser chamado de “fascista”

pela oposição de sempre.

Bolsonaro não apenas funciona como o ilusionista

chefe, em nossa guerra cultural, como atrai seus

opositores para o mesmíssimo jogo. O sistema

político se retroalimenta da polarização. E nem

de longe imaginem que a boa e velha imprensa

profissional escapa desse cenário.

Quem sabe seja esta a cara da nova democracia

e estejamos, enfim, todos felizes. O presidente

no seu figurino de combate, a oposição fazendo

as vezes de guardiã da democracia, enquanto o

mundo digital se diverte.

O ponto é que isto tem um limite. Nossa

democracia não está em risco, mas sua eficiência

para produzir consensos mínimos e produzir

decisões difíceis certamente está. Se todos são

responsáveis por mudar os termos do jogo

político, a verdade é que a maior

responsabilidade cabe ao presidente. Ele é o ator

central da dinâmica política, sendo sua primeira

tarefa compreender que não preside um pedaço

do país, mas um país por inteiro.

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Data: 25/07/2019

43

Grupo de Comunicação

Não se trata propriamente de uma tarefa

simples, mas a responsabilidade é intransferível.

Ela é sua, presidente.

Fernando Schüler

Professor do Insper e curador do projeto

Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da

Fundação Iberê Camargo.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernando

-schuler/2019/07/a-responsabilidade-e-sua-

presidente.shtml

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Data: 25/07/2019

44

Grupo de Comunicação

Petrobras levanta R$ 5,7 bi com venda de

ativos nas bacias de Campos e Santos

Petroleira assinou contratos nesta quarta-feira

(24) para exploração e produção em águas rasas

Diego Garcia

RIO DE JANEIRO

A Petrobras confirmou no início da noite desta

quarta-feira (24) a venda dos ativos de

exploração e produção em águas rasas nas

bacias de Campos e Santos, em operação de R$

5,7 bilhões (US$ 1,5 bilhão).

Nos contratos, assinados nesta quarta, está

mencionada a comercialização de 100% da

participação da empresa nos polos Pampo e

Enchova, na Bacia de Campos, para a Trident

Energy do Brasil., subsidiária da Trident Energy

LP.

Essa transação custou US$ 851 milhões (R$ 3,2

bilhões), pagos em duas parcelas, sendo a

primeira, de US$ 53,2 milhões (R$ 200,7

milhões), ainda nesta quarta, no ato da

assinatura de contrato, e mais US$ 797,8

milhões (R$ 3 bilhões) na data do fechamento da

transação.

No acordo, também foi determinado o

pagamento adicional de valores que podem

chegar a US$ 200 milhões (R$ 754 milhões),

dependendo dos preços dos barris de petróleo no

futuro.

Também foi definida nesta quarta a venda de

100% da participação da petroleira no campo de

Baúna, localizado em águas rasas da bacia de

Santos, para a Karoon Petróleo & Gás, subsidiária

da Karoon Energy.

O valor dessa operação ficou em US$ 665

milhões (R$ 2,5 bilhões), sendo a primeira

parcela, de US$ 49,9 milhões (R$ 188,3

milhões), ainda nesta quarta, e outros US$ 615,1

milhões (R$ 2,3 bilhões) na data do fechamento

da transação.

O campo de Baúna produz cerca de 20 mil barris

de óleo por dia, enquanto os polos Pampo e

Enchova produzem diariamente em torno de 25,5

mil.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/petrobras-levanta-r-57-bi-com-venda-de-ativos-

nas-bacias-de-campos-e-santos.shtml

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Data: 25/07/2019

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Grupo de Comunicação

Novo marco de agrotóxicos não atende padrão internacional de riscos

Anvisa diz que novas regras se aplicam à

comunicação do perigo, mas não à avaliação de

risco

Ana Carolina Amaral

SÃO PAULO

O novo marco regulatório para agrotóxicos,

aprovado na terça (23) pela Anvisa (Agência

Nacional de Vigilância Sanitária), não atende

totalmente ao padrão internacional GHS (sigla

para Sistema Globalmente Harmonizado de

Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos).

À Folha a Anvisa confirmou que “o GHS se aplica

à comunicação do perigo, e não à avaliação de

risco.”

O marco envolve duas mudanças: uma

classificação toxicológica dos produtos e outra na

comunicação do perigo, que deve ser feita no

rótulo. No entanto, apenas a nova comunicação

dos rótulos segue o estabelecido pelo GHS —

desenvolvido pela ONU.

Em sua comunicação com a imprensa e no site

da agência, a Anvisa divulgou que as mudanças

têm como base os padrões GHS, mas os novos

critérios de avaliação e de classificação

toxicológica não têm correspondência com a

recomendação feita na edição mais recente do

GHS, de 2015.

Um das mudanças na regulamentação é nos

critérios que baseiam a classificação toxicológica

dos agrotóxicos. Antes, produtos que causavam

úlceras, corrosão na pele e opacidade da córnea

eram classificados como extremamente tóxicos.

Agora, essa categoria só alertará sobre produtos

que causem a morte quando ingeridos, inalados

ou em contato com a pele.

Pelo padrão GHS, produtos que causem sérios

danos oculares, irritações na pele, alergias,

asmas e dificuldades de respiração devem ser

incluídos na categoria 1 de perigo, a mais alta

em toxicidade, equivalente à classificação

“extremamente tóxico” da Anvisa.

Ainda na categoria 1 do padrao GHS estariam os

produtos que podem causar câncer, problemas

genéticos, dificuldades de fertilidade ou aborto. O

novo marco regulatório brasileiro, porém, apenas

relaciona a toxicidade dos produtos aos riscos

físicos decorrentes da inalação, ingestão ou o

contato da pele com o produto, sem considerar

problemas de saúde que podem ser

desenvolvidos posteriormente.

Com a mudança de critérios, novos produtos

devem ser registrados com uma classificação

mais baixa do que seriam anteriormente, mas a

legislação não permite registros de produtos mais

tóxicos ao ser humano em relação aos que já

estão no mercado.

Nesta segunda (22), o governo federal publicou

no Diário Oficial a liberação de mais 51 tipos de

agrotóxicos para venda no mercado ou uso

industrial. A tendência é que o ritmo de

liberações supere o recorde do ano passado,

quando o governo de Michel Temer autorizou a

comercialização de 450 substâncias.

O Brasil já estava no mapa dos países que

implementam parcialmente o GHS após norma

publicada em 2015 pelo Ministério do Trabalho

que classificava o rótulo de produtos por esse

padrão.

Os Estados Unidos também adotaram os critérios

do GHS apenas para rotulagem. Outros dez

países implementam parcialmente padrão GHS,

que é seguido integralmente por 53 países,

incluindo a União Europeia.

Um relatório da Organização Mundial da Saúde

recomenda que os países adotem outros sete

critérios para a regulamentação de agrotóxicos,

além do GHS, considerando também

compromissos negociados em protocolos

internacionais.

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Grupo de Comunicação

Prisão de acusados de hackear autoridades

não muda opinião de ministros do STF sobre

Moro

Corte segue dividia sobre atuação do ex-juiz na

Lava Jato

SÃO PAULO

A prisão dos acusados de hackear os telefones de

Sergio Moro e de outras autoridades não alterou

a opinião de magistrados do STF (Supremo

Tribunal Federal) sobre a atuação do ex-juiz na

Lava Jato. A corte segue dividida.

NA MESMA

Um dos magistrados diz que o fato de hackers

terem produzido provas ilícitas não impede —

como já vinha sendo pontuado— que elas sejam

usadas para beneficiar um réu. No caso, Lula,

que acusa Moro de ter sido parcial e pede a

anulação do processo do tríplex.

EM LINHA

Além disso, os diálogos revelados pelo site The

Intercept Brasil não seriam a única evidência da

suspeição de Moro. A adesão ao governo Jair

Bolsonaro seria até mais forte do que eles. Um

outro ministro vai na mesma linha.

TUDO CERTO

Magistrados que aprovam a conduta de Moro

também seguem na mesma. Dizem que os

diálogos não mostraram, até agora, fraude ou

ato grave do ex-juiz que justificasse a anulação

dos processos em que ele atuou.

VOLUME

A defesa do DJ Gustavo Elias Santos e da mulher

dele, Suelen Oliveira, presos sob a suspeita de

hackearem os telefones de Moro e outras

autoridades, diz que a movimentação de R$ 627

mil nas contas do casal é natural.

VOLUME 2

“Se você tem renda de R$ 10 mil por mês e saca

e deposita com frequência, uma hora movimenta

esse valor”, afirma Ariovaldo Moreira. Gustavo

tem renda declarada de R$ 2.866 e opera

bitcoins, diz o advogado. Suelen ganha R$ 2.192

por mês.

TEMPO

As postagens de um terceiro suspeito, Walter

Delgatti Neto, no Twitter, chamam a atenção não

só pela cronologia —ele entrou no perfil em 2010

e desapareceu em 2011. Só retornou em maio

deste ano, às vésperas da divulgação dos

diálogos de Moro.

EU MUDEI

Até 2011, Delgatti se mostrava despolitizado,

publicando textos como “que fome!”, “querooooo

comerrrr”, “porra, o Chuck Norris [artista de

artes marciais] morreu” e “como pode existir

pessoas tão burras”. Neste ano, passou a fazer

comentários sobre política, economia e Justiça.

1 11

Abertura da 27ª edição do festival Anima Mundi

Minha Folha

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https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1639

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festival-anima-mundi#foto-1639982132985153

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NOITE ANIMADA

A presidente da SPCine, Laís Bodanzky, o

apresentador Cazé Peçanha e a secretária

municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Mariana

Ribas, estiveram na abertura da 27ª edição do

festival Anima Mundi, no Auditório Ibirapuera, na

terça (23). Cesar Coelho, um dos diretores

fundadores do festival, o professor Nabil Bonduki

e os produtores Zita Carvalhosa e Patrick Leblanc

também compareceram.

NOTIFICAÇÃO

O Conselho Federal de Medicina (CFM) processou

a médica Maria Emilia Gadelha Serra em R$ 100

mil por danos morais. Em 2017, em audiência no

Senado, ela questionou a isenção do conselho

para avaliar a técnica de ozonioterapia em

tratamentos.

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Grupo de Comunicação

CABO...

O procedimento —a aplicação no paciente de

uma mistura de oxigênio e ozônio para tratar

feridas e infecções— é aprovado pelo CFM apenas

de forma experimental. Em 2015, o conselho

emitiu um parecer afirmando que é “evidente a

falta de estudos clínicos controlados” que

“permitam concluir pela segurança e eficácia” da

terapia.

...DE GUERRA

Serra disse que o CFM excluiu membros da

Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica do

grupo de avaliação. E acusou o conselho de

incluir nele um médico relacionado à industria de

curativos, concorrente da técnica.

PÚBLICO

A ozonioterapia é oferecida pelo SUS. Em seu

site, o Ministério da Saúde afirma que sua

“segurança é comprovada e reconhecida”.

FRETE

O governo deu um prazo de 45 dias para a

diretoria da Ancine (Agência Nacional do Cinema)

ser transferida do Rio de Janeiro para Brasília.

OLHA A ONDA

O filme “Bruna Surfistinha”, pinçado por Jair

Bolsonaro como exemplo do que a Ancine não

deve financiar, é o primeiro que aparece como

recomendação da plataforma Globoplay na

categoria “aqui o cinema brasileiro tem vez”.

ONDA 2

Questionada se a visibilidade se deu por conta do

presidente, a Globoplay diz que não comentará.

PERA LÁ

O ex-secretário da Cultura de SP André Sturm

questiona o levantamento da APTI (Associação

de Produtores Teatrais Independentes) sobre a

paralisação de edições do Programa de Fomento

ao Teatro, da secretaria.

LÁ 2

Ele diz que os recursos da edição de 2017 do

fomento foram destinados ao prêmio Cleyde

Yáconis, que selecionou 25 projetos de teatro de

até R$ 300 mil, gerando “centenas de empregos

e milhares de ingressos distribuídos”.

DADOS

A APTI diz que que o levantamento é “uma nota

técnica relatando os prejuízos” das edições não

realizadas. “Outros destinos para o mesmo

recurso não irão recuperar os espetáculos que

não aconteceram, assim como as pesquisas e

publicações”.

SINCRONIA

A ópera “Rigoletto”, regida pelo maestro Roberto

Minczuk, estreou no sábado (20), no Theatro

Municipal de SP. A jornalista Silvia Poppovic e o

seu marido, o médico Marcello Bronstein,

passaram por lá, assim como o ator Bruno

Mazzeo e o seu filho João.

CURTO-CIRCUITO

Paulo Mendes da Rocha, Gustavo Cedroni e

Martin Corullon dão palestra nesta quinta (25),

na Casacor, às 19h, no Jockey Club de São Paulo.

O encontro ocorre a convite do IAB-SP e faz

parte da próxima Bienal de Arquitetura de SP.

O Senac São Paulo lança no dia 3 de agosto um

curso de produção de vídeo com aulas semanais,

aos sábados. Na unidade Lapa Scipião.

A artista Dora Longo Bahia abre a exposição

“Ka’rãi”. Hoje, na Galeria Vermelho, em

Higienópolis, em São Paulo.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/prisao-de-acusados-de-hackear-

autoridades-nao-muda-opiniao-de-ministros-do-

stf-sobre-moro.shtml

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Coluna do Estadão: Moro sai das cordas com

operação da PF

A prisão dos hackers tirou Sérgio Moro das

cordas no embate quase diário com adversários,

que usaram e abusaram da tática do conta-gotas

ao divulgar as supostas trocas de mensagens

entre ele e os procuradores da Lava Jato.

Segundo um assessor palaciano, o que foi

divulgado até agora pela PF comprova a principal

linha de defesa do ministro da Justiça: ser vítima

de um ataque criminoso. Gol do Moro político (o

desgaste no meio jurídico ainda permanece). É

provável até mesmo Moro contar com um

ambiente um pouco mais leve no Congresso.

Juntos.

Parlamentares outrora mais hostis se sentiram no

mesmo barco do ministro. Lembrando da máxima

do Congresso: ninguém sobrevive a uma devassa

dessas, nem o papa.

Mala de dinheiro.

A ficha criminal dos presos reforçou o sentimento

de solidariedade e de autoproteção.

Mexeu com um…

A prisão dos hackers reacendeu mais ainda o

anseio entre deputados governistas e do Centrão

de discutir os casos em CPIs da Casa.

… mexeu com…

Carlos Jordy (PSL-RJ) quer voltar a colher

assinaturas para a CPI do hackeamento. Já tinha

colhido mais de cem quando foi dissuadido por

colegas de partido por medo de a oposição fazer

uso político dela. Agora, vai consultar a equipe de

Moro.

… todos?

Líderes do Centrão, que nunca foram fãs de

Moro, querem discutir os hackers na CPI da fake

news, prevista para começar ainda neste

semestre.

Tabajara.

Especialista na área enxerga semelhanças entre

o caso dos hackers e os escândalos dos

aloprados, da pasta rosa e do bunker do PT:

todos começaram com suspeitas de grandes

conspirações internacionais e terminaram no

quintal do vizinho.

Vai que…

A subprocuradora Luiza Frischeisen, segunda

colocada na lista tríplice para a PGR, esteve

ontem com o ministro da Secretaria de Governo,

Luiz Eduardo Ramos.

… cola.

Apontado pelo governo como o mais

progressista, o nome dela corre por fora na

pesada e enigmática disputa pela sucessão de

Raquel Dodge.

Workshop…

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,

termina hoje dois dias de encontros com chefes

de todas as áreas da pasta para fazer um amplo

raio X em busca de avanços e de eventuais

gorduras para serem lipoaspiradas.

… dos militares.

A iniciativa faz parte de projeto de modernização

tocado pela Secretaria-Geral. Discutiram, entre

outras coisas, a retirada de campo da Operação

Acolhida, na fronteira do País com a Venezuela.

Debutante.

“Completamos 20 anos de criação da Defesa.

Estamos passando para uma fase adulta.

Precisamos racionalizar os processos”, disse o

ministro.

CLICK.

Deputados Carla Zambelli (SP) e Daniel Silveira

(RJ), ambos do PSL, posam com policial em

Taipei. Segundo disse Silveira, a solução de

crimes por lá é de 98%.

Programa…

O presidente da Sabesp, Benedito Braga,

entrou numa maratona para apresentar os planos

da empresa para despoluir o Rio Pinheiros,

símbolo de São Paulo. Começou pela ONU, em

Nova York (EUA), na semana passada.

de milhagem.

Depois, falou a empresários em SP. Ontem,

embarcou para Londres para conhecer tecnologia

da Tideway, que cuida do saneamento na cidade.

Por fim, irá até a China em comitiva de João

Doria.

BOMBOU NAS REDES!

Alex Manente, deputado federal (Cidadania-SP):

“Uma coisa nada tem a ver com a outra. Esse

tema tem de ser tratado de forma responsável”,

sobre uso recreativo e medicinal de Cannabis,

que será debatido na Casa.

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Grupo de Comunicação

Com Reportagem de Alberto Bombig E Marianna

Holanda

https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-

estadao/moro-sai-das-cordas-com-operacao-da-

pf/

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O perigoso é o pernilongo

São muitos os animais perigosos no mundo, mas

tem quem, por experiência própria, sabe que o

perigoso mesmo é o pernilongo!

Tem quem ache que perigoso é um elefante

enfurecido. Outro, que é o crocodilo de água

salgada da Austrália. Tem quem diga que é o

leão sem juba de Tsavo. E os que lembram dos

tigres da Sibéria.

Tem os que têm pânico do mar, então colocam

as orcas em primeiro lugar. Ou os tubarões

brancos. Enquanto os que realmente sabem das

coisas citam o tubarão cabeça chata. E tem quem

veja nos cachalotes perigo iminente, mais por

conta de Moby Dick do que com base na

realidade.

E tem o grupo dos que temem répteis e animais

venenosos. Os que ficam arrepiados só de pensar

no estrago feito por uma naja ou uma mamba

negra, se esquecendo das enormes surucucus

sul-americanas.

Os especialistas, lembrando de acidente

acontecido meio século atrás em Itanhaém,

pensam logo nas raras e mortíferas corais

verdadeiras, que enganam até os diretores do

Instituto Butantã.

E os fãs dos filmes de caubói logo têm em mente

o chocalho sinistro de uma cascavel ou uma

aranha negra e peluda, pronta para dar o bote.

O que não falta são animais perigosos, capazes

de matar o ser humano sem se preocupar com

consequências ou remorsos.

Mas um amigo, caçador famoso, depois de

quarenta anos, descobriu que perigoso, mas

perigoso mesmo, são os pernilongos. Não, na

conta não entram outros mosquitos, abelhas,

moscas e marimbondos. Perigosos de verdade

são apenas os pernilongos.

Ele sabe porque quebrou o cotovelo numa caçada

a um pernilongo matreiro, cheio de truques, que

morreu, mas quase o levou junto, quando, num

movimento inesperado, voou em sua direção,

fazendo com que caísse da cadeira aonde havia

subido para caçar o monstro. Antes de cair,

acertou a raquetada mortal, mas, na queda,

quem quase morreu foi ele, que, por sorte, só

quebrou o cotovelo, luxou o quadril e ficou com o

corpo roxo.

Antônio Penteado Mendonça - Advogado, sócio

de Penteado Mendonça e Char Advocacia

https://economia.estadao.com.br/blogs/antonio-

penteado-mendonca/o-perigoso-e-o-pernilongo/

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Grupo de Comunicação

Privatização da BR Distribuidora cria modelo de negócios inédito no Brasil

País terá pela primeira vez companhia com

controle pulverizado, com estatal como principal

acionista

Fernanda Nunes, Denise Luna e Cristian Favaro,

O Estado de S.Paulo

RIO/SÃO PAULO - A privatização da BR

Distribuidora inaugurou um novo modelo de

negócios no Brasil: o de empresa de controle

pulverizado, mas com um sócio estatal como

principal acionista. O esqueleto dessa nova

companhia foi desenhado pela Petrobrás antes da

privatização da sua subsidiária, que aconteceu

terça-feira.

Elaborado pela estatal e aprovado em assembleia

de acionistas da BR no início de junho, o novo

estatuto define o que será a distribuidora daqui

para frente: uma empresa controlada por um

conselho de administração e diretoria. Já as

práticas comerciais pouco devem mudar, dizem

especialistas.

A Petrobrás se desfez de 30% do capital da BR

com a venda de ações da empresa no mercado

financeiro por R$ 8,56 bilhões, mas manteve

participação de 41,25%. Com a venda de mais

um lote residual de ações, a arrecadação deve

alcançar R$ 9,6 bilhões. A presença estatal na

distribuidora, por sua vez, irá cair ainda mais,

para até 37,5%. De qualquer forma, a petroleira

deixou de ser a acionista controladora da BR, ao

mesmo tempo em que manteve o posto de maior

acionista individual.

Com a privatização, a maior parte das ações da

BR Distribuidora passa a estar diluída entre

diferentes investidores. Caberá aos nove

membros do conselho de administração da

companhia e aos seis diretores, incluído o

presidente, definir os rumos da empresa. O novo

estatuto social prevê ainda a criação um comitê

de governança corporativa e que metade do

conselho será composto por membros

independentes. Ao inserir essas duas condições

no estatuto social, a Petrobrás buscou sinalizar a

potenciais investidores que não haverá

interferência do governo na BR.

“Esse modelo de composição acionária pode

funcionar como um projeto piloto para várias

estatais”, diz José Roberto Faveret, sócio do

escritório Faveret Lampert, especialista no setor

de petróleo e gás. “É interessante porque o

centro de decisões continua a ser local.” Ele diz

ainda que deve acontecer um período de

aprendizado na convivência entre os sócios.

Mesmo como principal acionista, a influência da

Petrobrás vai ser limitada. “Existem ferramentas

legais para evitar os abusos”, disse. “A estatal

pode, por exemplo, ser impedida de participar de

votações que tenham conflito de interesse.”

A BR deverá convocar uma assembleia de

acionistas após a divulgação dos resultados

financeiros, no dia 31 de julho, para reafirmar a

atual gestão ou trocar alguns nomes, segundo

uma fonte próxima ao assunto. A tendência,

disse a fonte, é que a atual diretoria permaneça

no cargo, já que foram todos empossados neste

ano e a maioria deles construiu carreira na

iniciativa privada.

Gestores

Até lá, quem manda na empresa é o atual

presidente Rafael Grisolia, engenheiro de

produção, que já passou pela ExxonmMobil,

Cosan, Cremer e Grupo Trigo. Ele entrou na BR

em agosto de 2017, durante a gestão de Pedro

Parente. Em junho de 2018, Grisolia foi

convocado para ocupar a diretoria financeira da

Petrobrás, na gestão de Ivan Monteiro. Em maio

de 2019 voltou para a BR, no cargo de

presidente.

Para o consumidor final dos combustíveis

vendidos pela BR e para as suas concorrentes, a

privatização não deve ter efeitos práticos no

curto prazo, mas pode contribuir para ampliar a

competição no setor, segundo o professor do

Grupo de Economia da Energia da UFRJ (GEE-

UFRJ) Edmar Almeida. “O que muda é a

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Data: 25/07/2019

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Grupo de Comunicação

percepção de risco”, disse. “Com mais

transparência e confiança maior na regra do

jogo, o setor de revenda fica mais atrativo a

novos concorrentes e aumenta a qualidade e a

intensidade da competição.”

Para Carolina Fidalgo, professora de Direito

Público da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro (Uerj) e sócia do escritório Rennó,

Penteado, Reis & Sampaio Advogados, a grande

mudança com a privatização é que a BR vai ser

liberada dos sistemas de controle estatais, como

da exigência de promover licitações e realizar

concursos públicos. Além disso, diz ela, o

Tribunal de Contas da União (TCU) vai rastrear

apenas os negócios e gastos relativos à

participação da Petrobrás na distribuidora.

Já a equipe do BTG Pactual, em relatório,

destacou o desafio de melhorar as margens de

lucro, num mercado hoje marcado pela

competição. “Apesar de continuar sendo um bom

negócio, o segmento de distribuição de

combustíveis não vai mais repetir os fortes

retornos financeiros do passado”, escreveram os

analistas Thiago Duarte e Pedro Soares.

Petrobrás vende polos por US$ 1,5 bi

A Petrobrás vendeu na quarta-feira, 24, mais

dois campos produtores de petróleo e gás natural

por US$ 1,5 bilhão. Foram vendidos os polos de

Pampo e Enchova, na bacia de Campos, por US$

851 milhões para a americana Trident e o campo

de Baúna, na bacia de Santos, por US$ 665

milhões, para australiana Karoon. “Vamos ver

aumento significativo da produção de petróleo

nessas áreas”, disse Décio Oddone, diretor-geral

da Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Em dois,

três anos vamos ver produções triplicando

facilmente.”

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

privatizacao-da-br-distribuidora-cria-modelo-de-

negocios-inedito-no-brasil,70002937274

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Data: 25/07/2019

53

Grupo de Comunicação

Investidores brasileiros são destaque na

compra de ações da BR Distribuidora

Coluna do Broadcast

Os investidores brasileiros tiveram destaque na

oferta de ações da BR Distribuidora, precificada

ontem. Eles responderam por 60% dos R$ 8,56

bilhões captados. Os estrangeiros ficaram com os

outros 40% da operação, que marcou a saída da

Petrobrás do controle da BR Distribuidora.

Oposto

A distribuição dos investidores na oferta da BR foi

o oposto da operação do ressegurador IRB Brasil

Re, feita na semana passada. Na ocasião,

estrangeiros levaram pouco mais de 70% e os

investidores brasileiros o restante. A diferença se

dá por conta do perfil das ofertas. Enquanto a da

BR foi com base na resolução 400, que prevê

operações mais pulverizadas, a do IRB ocorreu

sob a resolução 476, cujo foco é um grupo menor

de investidores.

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-

do-broad/investidores-brasileiros-sao-destaque-

na-compra-de-acoes-da-br-distribuidora/

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Data: 25/07/2019

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Grupo de Comunicação

O sigilo do e-mail pessoal do empregado e

os limites constitucionais do poder

fiscalizatório do empregador

Cíntia Fernandes e Raquel de Castilho*

A vida privada, a intimidade, a honra e a imagem

das pessoas são tuteladas pela Constituição

Federal de 1988 como garantias fundamentais,

alicerçadas também na Declaração Universal dos

Direitos do Homem e sua Regulamentação

Socioeconômica, da qual o Brasil é signatário.

Nos moldes do artigo XII da relevante Declaração

Universal “Ninguém será sujeito a interferências

na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou

na sua correspondência, nem a ataques à sua

honra e reputação. Todo homem tem direito à

proteção da lei contra tais interferências ou

ataques”.

Trata-se de um direito consagrado

constitucionalmente, o qual se estende às

relações de trabalho no que se refere aos

aspectos pessoais do empregado. A respeito da

forma da prestação de serviço e dos

instrumentos de trabalho existe a limitação desse

direito de privacidade pelo poder fiscalizatório do

empregador, considerado um conjunto de

prerrogativas a viabilizar o acompanhamento

contínuo do trabalho realizado e a própria

vigilância no ambiente laboral interno.

A legislação vigente e a jurisprudência aplicada

legitimam como formas desse controle pelo

empregador o monitoramento por câmeras,

desde que não sejam instaladas em ambientes

íntimos como, por exemplo, banheiros e

vestiário, detectores de metais, controle de

horários e revistas pessoais, observados os seus

requisitos.

Além dessas formas de controle, há ainda a

possibilidade de acesso às máquinas e aos

correios eletrônicos institucionais, fato que gera

polêmicas discussões. Contudo, sobre esse

aspecto, aplica-se o critério da ponderação de

interesses, tendo em vista que a intimidade do

empregado conflita com o interesse da empresa,

uma vez que as máquinas e e-mails corporativos

são ferramentas de trabalho, de propriedade da

empresa, fornecida ao empregado para auxiliar

na execução de suas tarefas.

Nessas circunstâncias, se o empregado utilizar o

e-mail corporativo indevidamente, a

responsabilidade pelos danos causados recairá

sobre a empresa. O Código Civil e a Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT) consideram que a

empresa é a responsável pelos atos de seus

funcionários. Diante disso, o Tribunal Superior do

Trabalho (TST) perfilha sua jurisprudência no

sentido de que o e-mail institucional pode ser

monitorado pelas empresas sem ser considerada

invasão de privacidade ou violação de

correspondência.

Esse monitoramento pelo empregador, todavia,

não se estende ao correio eletrônico e utensílios

pessoais do empregado. Isso porque o poder

fiscalizatório viabiliza apenas o controle sobre

instrumentos vinculados ao trabalho.

Recentemente, a Justiça do Trabalho autorizou a

quebra de sigilo de e-mail pessoal de um

empregado e a busca e apreensão de

computadores e smartphones em sua residência.

Não obstante, trata-se de uma medida extrema

exigida pelas circunstâncias do caso concreto

que, inclusive, é passível de ser impugnada.

O fato de o Judiciário ter autorizado essa medida

excepcional não implica no reconhecimento de

que as empresas podem monitorar os e-mails

pessoais de seus funcionários. Como qualquer

outro sigilo protegido constitucionalmente, o

acesso ao e-mail pessoal de um empregado, ou

ex-empregado, depende de autorização prévia

judicial, em decisão fundamentada, não podendo

ser feito arbitrariamente pelo empregador.

Portanto, a autorização de quebra de sigilo, não

se confunde com a legitimação, por parte da

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Data: 25/07/2019

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Grupo de Comunicação

Corte Trabalhista, para que se viole a intimidade

dos empregados em qualquer situação normal.

E mais, é necessário o respeito ao devido

processo legal em casos extremos de violação a

direitos garantidos constitucionalmente. Logo,

aquele que tem sua intimidade violada deve ter a

oportunidade de se defender amplamente, sob

pena de violação ao Estado Democrático de

Direito.

Desse modo, em que pesem os recentes e

inéditos precedentes que permitiram a quebra de

sigilo de e-mail, a inviolabilidade da intimidade

dos empregados continua garantida, não

havendo brechas para que se acesse ou se

monitore a comunicação privada dos funcionários

sem prévia autorização judicial. Além da

vulneração constitucional, tal prática pode

configurar abuso de direito, passível de

indenização pelo empregador e penalização na

esfera criminal.

*Cíntia Fernandes é advogada, subcoordenadora

de Direito Privado da Unidade Brasília e sócia do

escritório Mauro Menezes & Advogados; Raquel

de Castilho é advogada do escritório Mauro

Menezes & Advogados

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/o-sigilo-do-e-mail-pessoal-do-

empregado-e-os-limites-constitucionais-do-

poder-fiscalizatorio-do-empregador/

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Bolsonaro e os xiitas

É ampla no Brasil a percepção de que

agronegócio e meio ambiente não combinam

William Waack, O Estado de S.Paulo

O governo Jair Bolsonaro, especialmente o

presidente, tem uma rara capacidade de ajudar

seus críticos e adversários. A mais recente

demonstração é a briga de Bolsonaro com os

dados do Inpe, acusado por ele de favorecer

campanhas internacionais contra o País ao

divulgar informações sobre desmatamento

obtidas por satélites. É tão ridículo quanto brigar

com o termômetro ou o barômetro.

O material elaborado pelo Inpe é o resultado de

considerável esforço científico nacional e

internacional em entender as dimensões da

questão – e se esse material indica que o

desmatamento persiste em proporções

preocupantes, o ponto central é a incapacidade

demonstrada pelo Estado brasileiro ao longo de

décadas de fazer valer suas próprias leis. Teria

sido fácil dizer isso a correspondentes

estrangeiros, não tivesse Bolsonaro permanecido

preso a um (para usar a linguagem militar)

teatro secundário de operações.

Xiitas ambientais, diz o presidente, são os

responsáveis por uma enorme campanha contra

o Brasil lá fora. Por xiitas ambientais Bolsonaro

entende em parte ONGs internacionais –

algumas, sem dúvida, com agenda claramente

ideológica (combater o agronegócio capitalista)

e/ou comprometidas com interesses comerciais

de competidores (pela proximidade com partidos

políticos que representam segmentos eleitorais

com grande influência em governos de outros

países). Sim, esse tipo de campanha existe, e

atinge parte da imprensa tradicionalmente

responsável e objetiva.

Mas, a rigor, é no Brasil mesmo que persiste há

muito tempo a ideia de que o negócio

agropecuário e o meio ambiente são grandezas

irreconciliáveis. E que o lucro e a rentabilidade (a

principal razão de existir do grande negócio)

seriam obtidos pela sistemática destruição da

natureza e apropriação privada de recursos

divinos como a terra. Há também um ranço

clerical na noção bastante popular de que um

bem para todos não pode ser repartido entre

alguns poucos. E que a tarefa de alimentar as

pessoas cabe a quem trabalha a terra com o

próprio suor, e não a entidades gananciosas que

transformam centenas de milhares de

quilômetros quadrados em monoculturas

destinadas à exportação.

Em termos abrangentes, a moderna sociedade

“urbanoide” brasileira não desenvolveu em torno

do produtor rural a mesma aura positiva que se

registra em países como Alemanha, França ou

Estados Unidos (nossos competidores). O

imaginário da sociedade brasileira não se

alimenta de números sobre a relevante

contribuição do agronegócio para o PIB

(portanto, para a economia nacional). Não dá

muita bola para coisas como inovação

tecnológica – o público continua achando, em

geral, que o Brasil se tornou uma grande

potência agrícola pois tem água, terra, clima e

expulsou de seus territórios os povos da floresta

junto com as árvores. Aumento de produtividade

é um conceito pouco discutido ou compreendido,

aliás.

Também a representação política desses

segmentos econômicos e sociais ligados à

produção agropecuária no Brasil (fortemente

regionalizados e muito distintos entre si) é vista

com desconfiança. “Bancada ruralista” costuma

ser sinônimo de um grupo de parlamentares

controlados por interesses econômicos que se

dedica a acobertar crimes ambientais, arrebentar

direitos trabalhistas, abrir cofres públicos para

subsídios e facilitar a utilização de substâncias

tóxicas que deixarão resíduos em alimentos.

É secundário se os fatos objetivos da realidade

suportam essa percepção bastante difundida no

Brasil. Em alguns pontos essenciais, não

suportam – ao contrário. Mas o choque de

poderosas narrativas, como são as da relação

entre meio ambiente e agronegócio, se dá no

palco da política, no qual o grande determinante

dos “fatos” são as percepções. Seria tão mais

fácil se o problema fossem apenas os xiitas.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bol

sonaro-e-os-xiitas,70002937468

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Data: 25/07/2019

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Grupo de Comunicação

Governo lança concessão de 1,2 mil km de

rodovias e promete pedágio mais barato e

wi-fi na estrada

A previsão é de investimento de R$ 14 bilhões ao

longo de 30 anos de contrato em trecho entre

Piracicaba e Panorama

Redação, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O governo do Estado de São Paulo

lançou nesta quarta-feira, 24, o edital de

concorrência para a concessão de 1.273

quilômetros de rodovias do chamado lote

Piracicaba-Panorama, com previsão de

investimento de R$ 14 bilhões ao longo de 30

anos de contrato. O edital prevê modelo que,

segundo o governo, levará a uma tarifa 23%

mais barata que a praticada pela concessionária

atual. Além disso, é previsto rede wi-fi ao longo

de toda a malha para informações sobre trânsito

e eventual acionamento de socorro.

De acordo com a Agência de Transportes do

Estado (Artesp), o lote é composto por 218

quilômetros atualmente operados pela Centrovias

e outros 1.055 sob responsabilidade do

Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Receberão investimentos trechos das rodovias

SP-304, SP-308, SP-191, SP-197, SP-310, SP-

225, SP-261, SP-293, SP-331, SP-294, SP-284 e

SP-425, beneficiando diretamente 62 municípios

cortados por essa malha, segundo estimativa do

governo.

A agência diz que estão previstas 600

quilômetros de duplicação e novas pistas, além

de faixas adicionais e vias marginais. Entre os

aprimoramentos realizados no projeto estão a

inclusão de obras de implantação de faixas

adicionais na SP-310, SP-197 e SP-261,

duplicação de pistas da SP-191 e SP-293,

marginais em Marília, além de construção do

contorno de Piracicaba e novas pistas nas serras

Cordeirópolis e Santa Maria da Serra, informa a

Artesp.

O edital prevê ainda desconto de 5% para os

usuários de pagamento automático. Outra

previsão é a implementação do chamado

Desconto de Usuário Frequente (DUF), que a

agência diz ser um modelo inédito no País. A

mudança resultará no benefício aos motoristas

que passam por essas rodovias com mais

frequência, levando a descontos progressivos

durante o mês que pode chegar a 90% do valor

pago.

A concessão ainda prevê a instalação de rede

sem fio de internet ao longo de toda a malha, "a

fim de levar ao usuário informações sobre o

sistema, atualizando-o, por exemplo, sobre a

situação do trânsito, além de possibilitar o

acionamento de socorro médico e mecânico".

O governo acredita que os efeitos positivos serão

sentidos em 62 cidades, cujas prefeituras

poderão ser beneficiadas pelo recebimento de

um total de R$ 2 bilhões referentes a repasses de

ISS. "Há estimativa, ainda, da geração de mais

de seis mil empregos diretos e indiretos somente

no primeiro ano de contrato, com aumento para

sete mil a partir do segundo ano. "

Poderão participar da concorrência internacional

empresas nacionais, estrangeiras, fundos de

investimentos, entidades de previdência

complementar – isoladamente ou em consórcio.

Veja abaixo as principais obras previstas no

edital:

Duplicações e Faixas Adicionais

SP-294 | Duplicações | km 458,5 (Marília) ao km

478 (Pompéia)

SP-294 | Duplicações | km 493,5 (Pompéia) ao

km 560 (Parapuã)

SP-294 | Duplicações | km 560 (Parapuã) ao km

685 (Panorama)

SP-425 | Duplicações | km 374,5 (Parapuã) ao

km 429 (Martinópolis)

SP-284 | Duplicações | km 447 (Assis) ao km

474,5 (Paraguaçu Paulista)

SP-284 | Duplicações | km 474,5 (Paraguaçu

Paulista) ao km 520 (Rancharia)

SP-284 | Duplicações | km 520 (Rancharia) ao

km 550,5 (Martinópolis)

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SP-304 | Duplicações | km 199,5 (São Pedro) ao

km 225,5 (Santa Maria da Serra)

SP-304 | Duplicações | km 225,5 (Santa Maria da

Serra) ao km 230,5 (Santa Maria da Serra)

SP-304 | Duplicações | km 239,5 (Torrinha) ao

km 293 (Jaú)

SP-308 | Duplicações | km 173,5 (Piracicaba) ao

km 194 (Charqueada)

SP-293 | Duplicações | km 0,1 (Cabrália Paulista)

ao km 24,5 (Duartina)

SP-191 | Duplicações | km 74,5 (Rio Claro) ao

km 115,5 (São Pedro)

SP-197 | Faixas Adicionais | km 0 (Brotas) ao km

20 (Torrinha)

SP-261 | Faixas Adicionais | km 150,5

(Pederneiras) ao km 183,5 (Bariri)

Novas Pistas

SP-294 | Contorno de Pompéia – Paulópolis (km

0 ao km 19,5)

SP-304 | Contorno de Piracicaba (km 0 ao km

14,5)

SP-304 | Contorno de Águas de São Pedro (km 0

ao km 16,5)

SP-304 | Nova Serra de Santa Maria (km 0 ao

km 7,5)

Terceiras e quartas faixas

SP-310 | Terceiras e quartas faixas | km 153,5

(Cordeirópolis) ao km 193 (Corumbataí)

SP-310 | Terceiras e quartas faixas | km 199

(Corumbataí) ao km 227,5 (São Carlos)

SP-310 | Terceiras e quartas faixas | km 153,5

(Cordeirópolis) ao km 227,5 (Corumbataí) (2º

ciclo)

Marginais

Trecho SP-191 - km 86,5 ao km 87,5 (Ipeúna)

Trecho SP-294 - km 645 ao km 648,5

(decrescente) (Dracena)

Trecho SP-294 - km 458,5 ao km 464

(decrescente) e km 461,5 ao km 464 (crescente)

(Marília)

Trecho SP-294 - km 442 ao km 444 (crescente);

km 443,5 ao km 444,5 (decrescente) e km 448,5

ao km 449,5 (decrescente) (Marília)

Trecho SP-310 - km 171 ao km 176,5

(crescente) (Rio Claro)

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,governo-

lanca-concessao-de-1-2-mil-km-de-rodovias-e-

promete-pedagio-mais-barato-e-wi-fi-na-

estrada,70002937385

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Conheça a pimenta-de-macaco. Ela pode substituir a pimenta-do-reino

Condimento que existe em profusão no Brasil, foi

usado pelos portugueses no lugar da pimenta-do-

reino. Que tal fazer os fazer o caminho inverso?

por Neide Rigo

Antes que me corrijam, digo que não falarei das

espécies do gênero Xylopia, das pindaíbas ou

embiribas, que também recebem nome popular

de pimenta-de-macaco. Tampouco retrucarei

quem afirmar que na sua região pimenta-de-

macaco não é uma coisa nem outra, afinal nome

popular não se discute. Daí a necessidade de se

associar as espécies de que falamos aos seus

registros de batismo, com nome e sobrenome, ou

seja, gênero e espécie.

Acontece que cismei em pesquisar um pouco

mais sobre a pimenta-de-macaco quando

comprei um amarradinho dela no mercado

municipal de São Raimundo Nonato, no Piauí.

Quase na sequência, comprei outro tanto

ligeiramente diferente em Juazeiro do Norte. Pra

tempero de feijão e para o estômago, disse a

dona da banca de ervas, raízes e cheiros.

Verde ou seco. Condimento picante foi usado

para substituir pimenta-do-reino pelos

colonizadores portugueses

Voltei animada com as compras. Mostrei para a

Nivalda, que trabalha comigo, e ela, antes que eu

dissesse o nome, reparou que pareciam rabinhos

de macaco. Daí o apelido?

Sem saber que eu estava pesquisando sobre ela,

meu amigo Hermano Campos, professor de

gastronomia na Universidade Federal do Ceará,

me mandou mensagem com várias fotos das

árvores pimenteiras com frutos que encontrou no

Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza.

Observou que havia muitos macaquinhos ou

soins circulando pelos seus galhos. Daí o nome?

Perguntei se comiam os frutos e Hermano passou

a observá-los. Não conseguiu presenciar

nenhuma comilança. Pelas fotos que Hermano

me enviou, as folhas lustrosas são muito

parecidas à espécie que encontrei também na

Ilha do Marajó, onde é conhecida como pimenta-

longa, com frutos mais finos, diferentes da Piper

longum importada, que tem infrutescências mais

curtas.

Pra completar, com o assunto ainda maturando e

eu matutando para saber como reconhecer as

espécies cheguei na semana passada ao Hotel

Mercure, em Goiânia, para um almoço a convite

do chef Humberto Marra e o que havia na panela

de macarrão? Pimenta-de-macaco temperando o

brodo por cima da massa.

Sabor. Entre especiarias e pimenta, vai no doce

ou salgado Foto: Neide Rigo/Estadão

E, de última hora, fiz uma trilha em vegetação de

cerrado paulista perto da nossa chácara em

Piracaia e descobri dezenas destas pimenteiras

com infrutescências jovens.

Bem, como não consegui descobrir a razão do

nome macaco nem identificar as plantas pelos

frutos, resolvi consultar o papa das Pancs –

plantas alimentícias não convencionais, Valdely

Kinupp. Mandei as fotos e ele disse que nem

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Grupo de Comunicação

Deus conseguiria mais identificar aqueles

rabinhos secos sem outras referências – se criou,

deve já ter esquecido. Ao menos, me deu a

sugestão que salva esta coluna: como são muitas

as piperáceas com este aspecto e usos, melhor

adotar o Piper spp. (várias espécies) para falar

delas como condimento.

Então, fiquemos assim. Estas pimentas como

rabos de saguis são condimentos picantes e

aromáticos do gênero Piper, o maior da família

das Piperáceas, com mais de 700 espécies, sendo

que mais de 150 crescem no Brasil, como a erva-

de-jabuti, a pariparoba, a capeba entre tantas

outras.

Várias possuem estas infrutescências aromáticas

– P. callossum, P.arboreum, P. cavalcantei, P.

aduncum etc, tendo como representante mais

importante a pimenta-do-reino, Piper nigrum.

Várias destas espécies com frutinhos picantes do

gênero Piper já estavam aqui quando os

portugueses chegaram ao Brasil e a usaram

como substitutas da pimenta-do-reino.

Os frutos podem ser consumidos verdes, seja em

conservas, no arroz, no molho da salada ou em

temperos para carne. Basta segurar o cabinho e

raspar com uma faca. Mesmo verdes, são

picantes e aromáticos.

As espigas maduras e secas ficam enegrecidas e

os pequenos grãos servem para temperar pratos

de carne, feijão e legumes, preferencialmente ao

final do preparo.

Mas também podem ser triturados com sal e

socados com alho para manter na geladeira como

tempero pronto para carnes e refogados. Ou

simplesmente misturadas com sal.

São ótimas para perfumar bolos de especiarias

combinadas com outros condimentos como

cardamomo, noz-moscada, cravo, canela,

gengibre em pó. E misturados com doce, como o

recheio de goiabada do biscoito. Conferem sabor

intrigante entre especiarias e pimenta. Imagino

que também combinem com chocolate.

Elas já foram mais usadas tanto como

condimento quanto como medicamento. Foram,

no entanto, substituídas pela pimenta-do-reino,

exótica. Agora, podemos fazer o caminho inverso

e incluí-la entre os temperos de todo dia, já que

temos a planta nascendo espontaneamente em

qualquer matinha.

Não são fáceis de achar nas capitais, mas estão

em feiras e mercados de pequenas cidades pelo

País, discretas nas bancas de temperos. Terão o

aspecto de um pequeno pedaço de barbante,

mais fino ou mais grosso, uniforme ou listrado,

de coloração enegrecida quando secas.

Experimente!

https://paladar.estadao.com.br/noticias/comida,c

onheca-a-pimenta-de-macaco-ela-pode-

substituir-a-pimenta-do-reino,70002936578

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61

Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Com navios parados, Irã ameaça cortar

importações

Por Luiz Henrique Mendes e Cristiano Zaia | De

São Paulo e Brasilia

O imbróglio envolvendo os navios iranianos que

estão parados no porto de Paranaguá (PR) há

mais de 50 dias devido à recusa da Petrobras em

abastecer as embarcações escancarou os

desafios para manter o fluxo de exportações para

o Irã, um país importante para a balança

comercial.

A confusão, que foi judicializada e está no

Supremo Tribunal Federal (STF), levou o

embaixador do Irã em Brasília, Seyed Ali

Saghaeyan, a fazer duras declarações,

ameaçando suspender as importações de

produtos brasileiros se o problema dos navios

não for solucionado.

No primeiro semestre, o país persa representou o

quarto maior superávit comercial do Brasil, só

atrás de China, Holanda e Panamá, de acordo

com dados da Secretaria de Comércio Exterior

(Secex). Entre janeiro e junho, o superávit com o

Irã chegou a US$ 1,7 bilhão.

Em razão das sanções americanas ao país do

Oriente Médio, os brasileiros só exportam

produtos agropecuários ao Irã (basicamente,

soja, milho, carne bovina e açúcar). No primeiro

semestre, as exportações desses produtos

renderam US$ 1,9 bilhão, conforme dados da

Secex compilados pelo Ministério da Agricultura.

Tecnicamente, os alimentos estão fora das

sanções aplicadas por Washington. O problema é

que os iranianos enfrentam muitas dificuldades

para ter acesso a moedas fortes, o que levou

Teerã a incentivar operações de troca, afirmou ao

Valor uma fonte do governo que acompanha os

desdobramentos.

O caso dos dois navios parados em Paranaguá

joga luz sobre o problema das trocas de

mercadorias. Embora essa não seja a justificativa

para a Petrobras se negar a abastecer as

embarcações - os navios de bandeira iraniana,

que vieram ao Brasil carregando ureia, estão na

lista de sanções dos Estados Unidos -, o Irã não

terá muitas opções que não o escambo para

viabilizar a importação de alimentos.

Ocorre que uma das opções do Irã seria oferecer

ureia (usada como fertilizante) como forma de

pagamento aos brasileiros, mas o produto

também está na lista de sanções dos Estados

Unidos, observou uma fonte. Nesse cenário,

Brasília e setor privado teriam de negociar uma

espécie de permissão ("waiver") dos Estados

Unidos para aceitar esses produtos. "O espírito

das sanções seria mantido, porque a motivação é

humanitária. Para exportar alimentos",

argumentou.

Para o agronegócio brasileiro, a manutenção das

exportações é relevante. No caso do milho, o Irã

é o principal mercado, representando cerca de

30% dos embarques totais. No primeiro

semestre, as exportações brasileiras de milho ao

Irã renderam US$ 470 milhões.

O país persa também é estratégico para os

frigoríficos, que direcionam cortes do dianteiro

pouco demandados no mercado nacional. Neste

ano, o Irã aparece como o terceiro maior

importador de carne do Brasil, se consideradas

as compras feitas por via indireta.

Como o Valor já informou, parte da carne bovina

destinada à Turquia e Emirados Árabes Unidos é

destinada, na verdade, ao Irã - a carga vai de

caminhão para o país persa. Essa é uma das

estratégias para contornar as sanções ao Irã,

mas a escalada do conflito diplomático com os

EUA vem dificultando até essa opção.

Em relação à Brasília, as relações com o Irã

tiveram um ponto de atrito ontem, com as

declarações do embaixador. No Ministério da

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Agricultura, no entanto, as falas de Saghaeyan

foram minimizadas. "Seria um desastre, mas não

acreditamos em retaliação", disse uma fonte da

pasta. "É um pouco de chantagem. A solução é

vir outro navio iraniano para abastecer", disse a

mesma fonte. Na avaliação do setor, o Irã tem

poucas alternativas para substituir a carne e os

grãos brasileiros. (Colaborou Fernanda

Pressinott, de São Paulo)

https://www.valor.com.br/brasil/6364313/com-

navios-parados-ira-ameaca-cortar-importacoes

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Pedágio automático cresce com concessões

Por Luciana Marinelli | De São Paulo

O mercado de pagamento eletrônico de pedágios

e estacionamentos está iniciando novo ciclo no

país. De um lado, novas concessões de rodovias,

com programas que preveem descontos para

motoristas que usarem a cancela automática,

deve incentivar a expansão do número de

usuários, hoje ao redor de 5,8 milhões. De outro,

novos competidores, como Veloe e Greenpass,

acirram a disputa por espaço no segmento,

liderado com folga pela Sem Parar.

Metade dos pagamentos de pedágios em

rodovias no Brasil é feito de forma automática.

"Essa penetração pode chegar a 70% em três ou

quatro anos, o mesmo patamar que existe em

Portugal ou na Itália", calcula Fernando Yunes,

CEO do Sem Parar, que tem cerca de 5 milhões

de assinantes e foi comprada, em 2016, pela

americana Fleetcor.

A estimativa de crescimento considera que seja

colocado em prática o plano do governo federal

de transferir à iniciativa privada a operação de 16

mil km de rodovias até 2022 - aumentando

significativamente o número de vias pedagiadas.

Também entram nas projeções do setor

concessões estaduais, como as de São Paulo.

Para melhorar o fluxo de veículos nas estradas,

desde 2017 o governo paulista determinou que

as novas concessionárias ofereçam 5% de

desconto no pedágio eletrônico. Conforme

antecipou ontem o Valor, agora os novos editais

também vão prever um mecanismo de desconto

progressivo de pedágio para usuários frequentes

que tenham uma "tag" afixada no vidro dianteiro

do carro.

O plano de concessões federais, por sua vez,

deve levar o sistema de cobrança automática a

regiões onde ainda é pouco usado. "A penetração

está abaixo de 10% em Estados como Rio

Grande do Sul. No Paraná e em Santa Catarina,

está em torno de 20% a 30%", diz Felix

Cardamone, CEO da Conectcar. Controlada pelo

Itaú Unibanco e pelo Grupo Ultra, a empresa é a

segunda maior desse mercado, com cerca de 500

mil usuários.

O interesse dos bancos por esse segmento vem

aumentando. A Alelo, controlada por Banco do

Brasil e Bradesco, iniciou em junho uma

campanha agressiva de marketing para divulgar

seu serviço de pagamento automático Veloe,

lançado há um ano. Quem aderiu até 15 de julho,

ganhou 18 mensalidades grátis. Agora, a

promoção prevê 12 meses de gratuidade para

novos clientes. O modelo de negócio das

companhias prevê o pagamento de uma taxa

mensal pelo uso da "tag" ou uma taxa de

carregamento, no caso de planos pré-pagos.

De acordo com Cesário Nakamura, presidente da

Alelo, só em marketing e distribuição da Veloe

serão investidos R$ 50 milhões até dezembro. Ele

não revela o número de usuários até agora, mas

o objetivo é alcançar 1,5 milhão de "tags" até o

fim de 2020. "Há oportunidade para todo

mundo", diz Nakamura, considerando que há no

Brasil uma frota de cerca de 60 milhões de

veículos com até 15 anos, cujos donos seriam

clientes potenciais do serviço. Hoje menos de

10% desse total tem "tags".

Também em junho, começou a operar a

Greenpass, numa parceria com o banco digital C6

- recém-criado por ex-executivos do BTG - que

garante gratuidade no serviço de pedágio

automático para novos correntistas. Criada por

João Cumerlato e Carlo Andrey Gonçalves,

fundadores da Conectcar, a Greenpass foi

formatada para operar em parceria com

empresas. A exemplo do C6, as companhias é

que contratam o serviço para oferecê-lo aos seus

clientes como benefício gratuito ou serviço

adicional. A meta é chegar a 2 milhões de

veículos em dois anos.

"É natural que haja competição", diz Cardamone,

da Conectcar, lembrando que esse mercado ficou

com apenas um competidor (a Sem Parar) por

quase 15 anos. "Agora, quanto mais barulho,

melhor. Faz com que os clientes comparem

preços e serviços. E o cliente é quem vai decidir."

A Conectcar pretende chegar a 2 milhões de

usuários "no longo prazo".

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Em outra frente, desde maio as companhias têm

anunciado acordos com grandes locadoras de

veículos, para equipar as frotas com suas "tags".

A Sem Parar anunciou parceria com a Movida,

enquanto a Conectcar fez acordo com a Localiza

Hertz. Em junho, foi a vez de a Veloe fazer

parceria com a Unidas.

Além do uso nas estradas, as empresas buscam

aumentar a atratividade das 'tags' nas cidades,

com mais estabelecimentos aptos a receber esse

tipo de pagamento, para que mesmo o

consumidor que não viaja muito veja vantagem

em aderir ao serviço. A expansão começou com

estacionamentos e shoppings, estendeu-se a

postos de gasolina e, mais recentemente, chegou

a lanchonetes de fast-food.

A ampliação da rede é uma das estratégias da

Sem Parar para enfrentar a concorrência e

conquistar novos usuários. "Não vamos entrar

em guerra de preço de assinatura", diz Yunes,

observando que a assinatura é que mantém o

negócio. "A gente não se vê só como uma

empresa de pedágio automático. Queremos

acabar com as filas e paradas na vida das

pessoas. O principal é a economia de tempo."

Além de 1,2 mil estacionamentos no país e 650

postos de gasolina, a empresa oferece o

pagamento automático em "drive thrus" de 300

lojas do McDonald's e iniciou, neste ano, um

projeto com lava-rápidos. "Nos últimos 12

meses, aceleramos bastante a nossa rede.

Passamos de 1,2 mil pontos, além das praças de

pedágio, para cerca de 3 mil", conta Yunes. A

iniciativa, segundo ele, está contribuindo para o

aumento da base de assinantes. A expectativa é

adicionar, até o fim do ano, 400 mil a 500 mil

usuários.

Embora reforce que não entrará em guerra de

preços, a empresa está trabalhando em opções

de serviços mais baratas que seu pacote

completo, que custa R$ 24,90 por mês. Um dos

projetos prevê pagamentos por celular, para

abrir a possibilidade de uso também fora do

carro.

https://www.valor.com.br/empresas/6364237/pe

dagio-automatico-cresce-com-concessoes

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Nova gestão do BNDES preocupa setor

elétrico

Por Rodrigo Polito | Do Rio

Representantes do setor de energia elétrica estão

preocupados com relação às diretrizes da nova

gestão do BNDES, comandado agora por Gustavo

Montezano. Especialistas e executivos da

indústria ouvidos pelo Valor temem que medidas

como "abrir a caixa-preta" do banco, em

referência à investigação de supostas

irregularidades na concessão de financiamentos

em gestões anteriores, tirem o foco de um dos

papéis históricos da instituição de fomentar a

expansão da oferta de energia.

De 2003 a 2018, o BNDES apoiou 635 projetos

de geração, transmissão e distribuição de

energia, além de eficiência energética,

totalizando R$ 215 bilhões. O valor representa

pouco mais de 58% do total investido nesses

empreendimentos, R$ 368,9 bilhões.

A partir do governo Michel Temer, porém, o

banco reduziu sua participação no apoio ao setor

elétrico. Ao assumir neste ano, o governo Jair

Bolsonaro manteve o objetivo de estimular o

mercado de capitais e o mercado financeiro para

financiarem a expansão do mercado de energia.

Segundo a presidente da Associação Brasileira de

Energia Eólica, Elbia Gannoum, o mercado de

capitais hoje ainda é pouco desenvolvido para

financiar projetos de longo prazo. As debêntures

de infraestrutura, explicou, são um mecanismo

interessante, porém atendem no máximo a 10%

do valor do investimento do projeto. Além disso,

em geral, esses papéis têm prazo de até dez

anos, quando os empreendimentos do setor

demandam pelo menos 15 anos de

financiamento.

"É preciso primeiro ter um mercado de capitais

desenvolvido, para depois reduzir a participação

do BNDES [no setor]", disse Elbia, defendendo

uma transição gradual do apoio do banco estatal

para as instituições privadas.

Diretora da área de desestatização do BNDES no

governo Fernando Henrique Cardoso, Elena

Landau concorda que o setor de infraestrutura

ainda precisa de apoio de um agente como o

banco de fomento, porque o mercado de capitais

ainda não é completamente desenvolvido. Ela,

porém, critica a forma como a instituição foi

usada anos atrás, financiando empreendimentos

com taxas subsidiadas.

A especialista disse não ver intervenção política

no BNDES hoje. Segundo ela, é natural que o

governo defina as diretrizes do banco. Mas o

mais importante, pontuou, é que o banco se

prepare para o novo cenário de transição

energética. "Qual vai ser o papel do banco na

nova economia? E na transição energética?"

Para o coordenador do Grupo de Estudos do

Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, professor Nivalde

de Castro, a recessão enfrentada pelo país em

2015 e 2016 reduziu o número de novos projetos

de infraestrutura de energia e,

consequentemente, diminuiu o volume de

desembolsos do BNDES. Esse fator gerou uma

falsa impressão de que o banco teria reduzido

sua relevância no setor.

"Com a demanda baixa [de projetos] por causa

da crise, não se percebe a importância do

banco", afirmou. "O papel do BNDES não é

pontual. É estratégico. Basta ver o que já foi feito

de 2000 para cá. Sem ele, o setor elétrico não

teria condições de atender a demanda por

energia do país."

Em 2018, os desembolsos totais do BNDES

caíram pelo quinto ano consecutivo, para R$ 69,3

bilhões, quase um terço do patamar de R$ 190,4

bilhões observado em 2013. Na mesma

comparação, os desembolsos apenas para o setor

de energia caíram de R$ 27,6 bilhões para pouco

mais da metade, R$ 16,2 bilhões.

"O ritmo de desembolsos caiu porque a economia

não cresce", completou Elena Landau.

Segundo Castro, como forma de atuar sua

ampliação, o BNDES pode buscar apoiar negócios

bilaterais no setor elétrico, como o financiamento

de projetos de geração desenvolvidos

exclusivamente para atender consumidores no

mercado livre.

https://www.valor.com.br/brasil/6364305/nova-

gestao-do-bndes-preocupa-setor-eletrico

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O novo mercado de gás Por Alexandre da Silva

O Novo Mercado de Gás (NMG) é um plano para

ampliar a concorrência no mercado brasileiro de

gás natural por meio da liberalização nos três

segmentos de sua cadeia produtiva: upstream

(produção, escoamento e processamento),

midstream (gasodutos de transporte) e

downstream (gasodutos de distribuição nos

Estados).

Hoje, além de se constituir em um monopsônio

(único comprador) no upstream, esse mercado

possui empresa dominante com controle da

capacidade de transporte e uma estrutura

regulatória sem incentivos à eficiência no

downstream. Essa concentração de mercado leva

à estagnação e a preços pouco competitivos, com

o Brasil apresentando-se como um dos países

com maior preço de gás natural, chegando

recentemente (para consumidores industriais)

até U$ 14 MM/Btu, enquanto o preço médio em

países da Europa foi cerca de US$ 8,8 /MMBtu e,

nos EUA, US$ 3,9 /MMBtu.

Há um conjunto de oportunidades convergentes

para acreditarmos que a aludida liberalização

ocorrerá, especialmente considerando os

seguintes fatores: i) recentes descobertas de gás

natural no pré-sal; ii) após uma negociação de

mais de cinco anos, resolução do acordo de

cessão onerosa, cujo excedente será licitado em

novembro deste ano; iii) foco estratégico da

Petrobras em exploração e produção (E&P) em

águas profundas, visto haver maior necessidade

de investimento para explorar essas

oportunidades no pré-sal; iv) interesse da

Petrobras em celebrar termo de compromisso

com o Cade; v) Programas de Fortalecimento das

Finanças Estaduais (PFE) e de Equilíbrio Fiscal

(PEF) para destinar recursos para Estados,

incentivando-os a modernização regulatória

focada em eficiência.

Dito isso, como se dará então o "choque de

energia barata", divulgado pelo ministro Paulo

Guedes? Ocorrerá por meio de ações simultâneas

- recomendadas em resolução do Conselho

Nacional de Política Energética (CNPE) e

detalhadas no termo de compromisso entre Cade

e Petrobras - nos três segmentos da cadeia

produtiva do gás natural.

Essas ações serão, nos próximos meses,

reforçadas por outras no Congresso Nacional, a

fim de que as medidas infralegais propostas à

atual empresa dominante no setor (Petrobras)

sejam aplicadas a qualquer outra empresa,

impedindo que surjam monopólios privados no

setor nacional de gás natural, reforçando,

também, a segurança jurídica das medidas

infralegais.

No upstream, a ideia é que esse conjunto de

ações infralegais provisionem às cerca de 30

empresas potenciais ofertantes de gás no alto-

mar brasileiro acesso aos gasodutos de

escoamento, a Unidades de Processamento de

Gás Natural (UPGNs), gasodutos de escoamento

e aos terminais de regaseificação da empresa

dominante. Atualmente, a empresa dominante

compra a molécula por algo em torno de U$ 1 a 2

MM/Btu, mas este chega nos dutos de transporte

em aproximadamente U$ 7 a 8 MM/Btu.

Estudos do Ministério da Economia indicam

crescimento no PIB industrial na ordem de 10,5%

no ano

Com a competição advinda do acesso de várias

empresas aos dutos, espera-se substancial queda

nessa diferença de preços. No jargão econômico,

a expectativa é que esse segmento da cadeia do

gás passe a funcionar com um preço competitivo

em vez do atual preço de monopsônio.

No midstream, que é um monopólio natural, a

recomendação do CNPE é que a empresa

dominante defina suas demandas nos pontos de

entrada e saída dos dutos de transporte,

possibilitando a oferta de serviços adicionais de

transporte na capacidade remanescente/ociosa,

que é estimada em cerca de 30%. Há de se

destacar que o desinvestimento da Petrobras

nesse segmento é algo inerente ao próprio plano

de negócios da empresa, redefinindo sua

estratégia mercadológica, que passa a focar em

E&P em águas profundas. De fato, no transporte,

o NMG propriamente foca na liberação da

capacidade remanescente dos dutos.

No downstream, que também é um monopólio

natural, sabe-se que os modelos tarifários

praticados por distribuidoras estaduais não

trazem incentivos à eficiência. Várias delas

remuneram o capital investido com taxas de até

20% ao ano, não havendo qualquer associação

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ao custo de oportunidade do capital, como

usualmente é feito quando se considera

metodologias como o WACC e o CAPM. Além

disso, remuneram-se os custos operacionais em

até 20% ao ano, incentivando o aumento dos

custos em vez da eficiência operacional. Ainda há

aquelas que, feitas essas contas, dividem o total

por 0,8, aumentando, adicionalmente, em 25% a

tarifa.

Nesse sentido, dentro das regras de mercado,

sem qualquer quebra contratual, o governo

federal incentivará, por meio do PEF e do PFE, os

grandes consumidores para adquirir a molécula

de comercializadores e produtores,

permanecendo a obrigação de remunerar a

distribuidora pelo serviço que presta (uso da rede

de distribuição), mas com a fixação de tarifas

que possuam racionalidade econômica.

Acredita-se que essa maior liberdade aos grandes

consumidores ocorrerá naturalmente, por meio

da competição entre os Estados, pois aqueles que

modernizarem sua regulação terão maior volume

de negócios, inclusive com maior comercialização

nas distribuidoras, servindo como espelho para

os outros. Porém, se houver necessidade de

revisão contratual que traga algum prejuízo para

a distribuidora, tal alteração será compensada

por meio de reequilíbrio financeiro, que pode ser

financiado com recursos do PFE.

Portanto, com as estratégias descritas,

vislumbra-se um NMG com benefícios para a

economia brasileira. Por exemplo, estudos do

Ministério da Economia indicam crescimento no

PIB industrial na ordem de 10,5% no ano e

efeitos positivos nos anos seguintes, caso haja

redução de 50% no preço da energia,

destacando-se que a intensidade com que o

preço caminhará para um preço competitivo

depende da implantação das medidas elencadas,

que terão um monitoramento de várias

instituições - coordenadas pelo Ministério de

Minas e Energia.

Alexandre Manoel Angelo da Silva é economista

do Ipea e exerce o cargo de secretário de

Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria na

Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da

Economia

https://www.valor.com.br/opiniao/6364149/o-

novo-mercado-de-gas

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Royalties do petróleo crescem e enriquecem

cidades fluminenses

Por André Ramalho | De Maricá (RJ)

O embate entre Estados e municípios produtores

e não produtores sobre o direito aos royalties do

petróleo e do gás natural deve voltar à pauta do

Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro,

em meio a expectativas de crescimento das

receitas petrolíferas nos próximos anos. Segundo

projeções da Agência Nacional do Petróleo (ANP),

a previsão é que, depois de bater o recorde de

R$ 10,95 bilhões em 2018, a arrecadação dos

municípios com royalties e participações

especiais cresça 12% em 2019, para R$ 12,3

bilhões, e 33% até 2023, para R$ 14,5 bilhões.

O cenário de abundância, contudo, não será

realidade para todos. Levantamento feito pelo

Valor com base em previsões oficiais da ANP

mostra que 58% das cidades brasileiras que

recebem royalties do petróleo terão pela frente

alguns anos de queda na arrecadação. Enquanto

os municípios fluminenses vão vivenciar um

crescimento de 32% nas receitas petrolíferas, a

projeção sugere um declínio na renda sobre a

produção de óleo e gás em cidades paulistas e

capixabas.

Esse cenário não é irreversível. Existe uma

expectativa de que o desenvolvimento de novos

campos no pré-sal possa voltar a reforçar o caixa

paulista no futuro. Estudo da Fundação Sistema

Estadual de Análise de Dados (Seade) destaca

que a entrada em operação do campo de

Carcará, operado pela norueguesa Equinor, na

Bacia de Santos, "deverá reforçar a posição do

Estado de São Paulo como importante polo

produtor". O projeto é estimado para entre

2023/2024. Além disso, novas descobertas

podem eventualmente contribuir para reverter o

quadro.

A realidade dos cofres municipais é, de uma

forma geral, muito desigual no que diz respeito

às receitas do petróleo. Apenas 16,7% dos 5.570

municípios do país recebem royalties, como

compensação financeira pela produção e

movimentação de óleo e gás. Entre os

beneficiários, há cidades que recebem mais de

R$ 1 bilhão por ano, como Maricá e Niterói, no

Rio de Janeiro. Quase metade dos 932 municípios

que recebem royalties, porém, deve fechar o ano

com receitas petrolíferas inferiores a R$ 50 mil.

"O sistema hoje hierarquiza demais a

distribuição. A distância é muito grande entre os

municípios que recebem mais e os que recebem

menos. É um desastre do ponto de vista do

planejamento do desenvolvimento nacional. Os

municípios, em geral, não produzem medidas de

longo alcance territorial", comenta o professor do

programa de Planejamento Regional e Gestão da

Cidade da Universidade Cândido Mendes (UCAM),

José Luis Vianna da Cruz. As diferenças na ordem

de grandeza das arrecadações estão entre os

principais argumentos de quem defende a divisão

mais igualitária dos recursos.

Royalties e participações especiais (que incidem

apenas sobre os campos de maior produtividade)

são compensações financeiras pagas pelas

petroleiras à União, aos Estados e municípios. Os

principais beneficiários desses recursos são

municípios que confrontam com os poços

produtores (estão dentro da área de influência

desses poços e são enquadrados, portanto,

dentro da zona de produção principal). Cidades

limítrofes a essas regiões também são

compensadas, em proporções menores, bem

como municípios que abrigam instalações de

movimentação de óleo e gás, como dutos e bases

de embarque e desembarque.

Os principais beneficiários estão localizados,

hoje, no Rio de Janeiro, cujo litoral se confronta

com os principais campos do pré-sal da Bacia de

Santos e do pós-sal da Bacia de Campos - as

duas maiores fronteiras de produção do país.

Os critérios de repasse de royalties criaram

impasse em 2012, quando o Congresso aprovou

a Lei 12.734 - que alterou as regras de

redistribuição e reduziu as transferências para os

Estados produtores em favor dos demais.

Temendo a perda de receitas bilionárias, o

governo do Rio logo recorreu ao STF e, em 2013,

por meio de uma liminar da ministra Carmen

Lúcia, os efeitos da lei foram suspensos. O

assunto, agora, está na agenda da corte para

novembro.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM)

encabeça a defesa pela distribuição mais

igualitária e faz pressão política para que o

Supremo retome as discussões sobre o assunto.

A entidade defende que todos os municípios

sejam contemplados com recursos provenientes

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da produção de óleo brasileira. A CNM calcula

que mais de R$ 50 bilhões deixaram de ser

distribuídos para regiões não produtoras, entre

2013 e 2018.

Na ação direta de inconstitucionalidade, o

governo fluminense sustenta que a mudança na

lei fere o pacto federativo originário da

Constituição de 1988, que prevê a cobrança do

ICMS sobre o petróleo no destino - e não na

origem, o que prejudica os Estados produtores,

como o Rio. A ação também defende que o novo

regime jurídico não pode afetar concessões

futuras, sob o risco de comprometer as

expectativas de geração das receitas. O governo

do Rio diz que uma eventual perda dos royalties

levaria o Estado a uma situação de insolvência

financeira.

A Associação Brasileira dos Municípios com

Terminais Marítimos e Fluviais para Embarque e

Desembarque de Petróleo e Gás Natural

(Abramt) também defende a manutenção das

regras, sob a alegação de que o royalty, por

definição, se trata de uma compensação

financeira a Estados e municípios que abrigam as

atividades de extração e que sofrem os seus

impactos diretos.

"O assunto é tratado de forma equivocada. Os

royalties são uma ferramenta compensatória

pelos riscos ambientais inerentes à indústria

petrolífera. Ninguém fala em redistribuir os

royalties da hidrelétrica de Itaipu, das barragens

ou do minério. Se o município que abriga um

terminal não é compensado por isso, faz sentido

eu querer então que uma base não seja instalada

no meu município", diz o presidente da Abramt,

Pierre Emerim. Prefeito de Imbé (RS), ele calcula

que os royalties da cidade devem cair para a

menos de um sexto do que são hoje, para cerca

de R$ 300 mil/mês, se a liminar cair.

Para o professor Vianna da Cruz, a lei de 2012,

que muda os critérios de distribuição, cai "no

outro extremo". Ao dividir os royalties entre

todos os municípios, diz, corre-se o risco de se

"evaporarem os recursos", sem impactos

substanciais para nenhuma cidade. "É um erro

municipalizar recursos desse tamanho. A

administração desses recursos deveria ficar no

nível territorial macro-regional", afirma.

A ANP esclarece que as projeções são feitas com

base nas informações enviadas pelas empresas,

mas que os dados de curva de produção são

sigilosos. As estimativas levam em consideração,

além dos volumes de produção, os seguintes

dados: preços de referência projetados para o

petróleo e o gás natural, taxas de câmbio,

alíquotas dos campos produtores, receita líquida

apurada pelas empresas para os campos e

decisões judiciais. As projeções da ANP tomam

como base um preço do barril do petróleo a US$

67 durante o período e o dólar a R$ 3,81 em

2019, R$ 3,78 em 2020, R$ 3,81 em 2021, R$

3,86 em 2022 e R$ 3,91 em 2023.

https://www.valor.com.br/brasil/6364301/royalti

es-do-petroleo-crescem-e-enriquecem-cidades-

fluminenses

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Data: 25/07/2019

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Sunew lidera nova tecnologia em energia solar Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte

Uma nova tecnologia de painéis solares vem

ganhando adeptos entre grandes empresas no

Brasil. Natura, Itaú e Iveco estão entre as que

começam a usar os chamados filmes

fotovoltaicos orgânicos (OPV, na sigla em inglês).

São folhas de plástico leves, transparentes e

flexíveis com células fotovoltaicas impressas. Em

algumas aplicações, funcionam como um adesivo

de energia solar.

A capacidade de geração de eletricidade dos OPV

ainda é bem menor que a dos painéis

convencionais. A vantagem do OPV é que ele se

amolda a janelas, paredes, latarias de carros e a

outras superfícies onde seria inviável instalar as

pesadas e rígidas placas feitas de silício.

No Brasil, quem lidera as pesquisas e a produção

de OPV é a Sunew, uma empresa que nasceu de

um centro de pesquisas em energia solar, o

CSEM Brasil, sediado em Belo Horizonte, e que

agora dá seus primeiros passos fora do país, com

uma unidade comercial em San Francisco, Vale

Silício, nos EUA.

Três empresas - Opvious, da Alemanha; Armor,

da França; e Kolon, da Coreia do Sul - são outros

players importantes globais no negócio de painéis

de OPV.

A Sunew tem como acionistas o fundo FIR

Capital, BNDES Participações, o próprio CSEM e

duas comercializadoras de energia, Tradener e

CMU. Após mais de uma década de

desenvolvimento e R$ 150 milhões aplicados no

centro de pesquisas, a Sunew começou a

produzir em escala de mercado no ano passado.

O faturamento foi de cerca de R$ 15 milhões.

Há alguns dias, os sócios formalizaram um

aumento de capital na companhia. O valor da

operação não foi divulgado. "O aumento de

capital foi feito num momento em que os sócios

estão enxergando novas perspectivas positivas e

decidiram equipar a empresa visando sua

aceleração e uma expansão internacional", diz

Tiago Alves, CEO da Sunew.

As pesquisas do CSEM e os produtos da Sunew

(os dois funcionam nas mesmas instalações)

despertam atenção de empresas de setores

variados. Segundo Alves, nos últimos seis meses

diversas grandes empresas de energia elétrica

bateram à porta para identificar projetos que

possam ser pilotos e novos conceitos de geração.

Um dos projetos já em curso é com a Energisa,

que instalou em sua unidade na cidade mineira

de Cataguases, filmes de OPV no teto de vidro de

uma área de convivência e no beiral de uma

guarita na entrada da empresa.

Numa escala maior, o Itaú Unibanco recobriu

com painéis de OPV uma claraboia de um dos

prédios do Centro Empresarial Itaú Conceição,

em São Paulo. O Shopping Morumbi, em São

Paulo, também vai cobrir uma de suas claraboias

com o OPV nos próximos meses, segundo a

Sunew.

A Totvs, em sua sede em São Paulo, já usa

tecnologia OPV na sua fachada de vidro na área

onde está sua logomarca e a Natura fez de sua

sede, na cidade de Cajamar (SP), uma mostra

em grande escala da tecnologia OPV em edifícios.

O prédio envidraçado recebeu 2 mil metros

quadrados de painéis da Sunew.

Pelas ruas e estradas de Sete Lagoas (MG) e

região, a tecnologia da Sunew está sendo

testada, desde maio, em um furgão Daily a

diesel, da Iveco. O teto, uma das laterais e o

capô do veículo foram cobertos com adesivos de

OPV.

"O objetivo é viabilizar o uso energia solar,

abundante no país, como forma de aumentar a

eficiência energética. Isso traz potencial redução

no consumo de combustível e serve como

plataforma de testes para futuras ações com esse

tipo de fonte de energia alternativa", disse

Alexandre Capelli, gerente de engenharia da

Iveco.

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Segundo ele, o projeto com a Sunew pode se

desdobrar em outros envolvendo máquinas

agrícolas das marcas Case e New Holland, todas

do grupo CNH Industrial.

A tecnologia OPV é chamada de terceira geração

de células solares. Foi desenvolvida entre os anos

90 e início dos 2000. A segunda geração é dos

anos 70, e já tinha alguma capacidade de ser

instalada em materiais plásticos. A primeira

geração - e que é a dominante no mundo - é a

tecnologia do silício, que data dos anos 50.

Em termos energia gerada a partir da luz, o

painel de silício ainda é imbatível. Segundo o

National Renewable Energy Laboratory (NREL),

órgão do governo dos EUA, esses painéis já

atingiram uma marca recorde de 26,1% de

eficiência. Ou seja: de toda a radiação solar que

incidiu sobre as placas, 26,1% foi convertida em

energia elétrica. O recorde de geração dos

painéis de segunda geração é de 23,4% e os de

OPV, 16,5%.

Um metro quadrado de OPV da Sunew tem

potência que varia de 35 watts a 50 watts. A

potência de um módulo de painel de silício (que

costuma ter de 1,5 metro quadrado a 2 metros

quadrados) é de 300 a 400 watts. Uma

residência com quatro pessoas consome em

média 190.000 W/h mês (190 kW/h mês) e

precisaria de sete a oito módulos convencionais.

"Entre o silício e o OPV há ainda uma diferença

em termos geração, mas o OPV é uma tecnologia

que continua avançando e que chega ao mercado

com diferenciais porque pode ser usado em

carros, motos, aviões, celulares, computadores e

outras superfícies onde os painéis de silício não

são usados", diz Rodrigo Sauaia, presidente

executivo da Associação Brasileira de Energia

Solar Fotovoltaica (Absolar).

Uma característica atrativa do OPV é

possibilidade de geração de energia elétrica como

função adicional de objetos do cotidiano,

acrescenta ele. Os filmes de OPV são, em geral,

mais baratos que o silício, mas duram menos,

pondera o especialista. Ao mesmo tempo, um

módulo convencional de silício pesa cerca de 20

kg, enquanto os de OPV pesam gramas. A Sunew

não divulga o preço de venda de seus filmes

orgânicos fotovoltaicos, alegando que os

orçamentos variam conforme cada projeto.

A empresa tem pouco mais de 20 clientes (todos

empresariais) e Tiago Alves e sua equipe de

químicos, físicos e engenheiros, começam a ver

janelas no exterior se abrindo para seus

produtos.

Uma delas, segundo o executivo, é um projeto

piloto sendo implementado com uma empresa

australiana de membranas solares que mira o

mercado dos EUA, do Oriente Médio e da

Austrália.

A base comercial que a Sunew instalou

recentemente no Vale do Silício se encaixa na

tentativa de fazer avançar essa e outras

parcerias. Tiago Alves não esconde a ambição da

Sunew. "Nossa ideia, com essa presença nos

EUA, é vender para a Tesla, para a Apple e para

o Google ", diz.

Outra janela poderá se abrir com o desenrolar de

conversas com o grupo empresarial do bilionário

britânico Richard Branson, que tem negócios em

diversos ramos, entre eles o turismo.

A Sunew prepara o envio de um de seus

produtos para o time do empresário: é uma

estação de recarga de celular com roteadores de

internet em formato de árvore estilizada, cujas

folhas são de vidro ou policarbonato recoberto de

OPV.

As Optrees já foram usadas no Rock in Rio e

exportadas para clientes em mais de dez países.

A expectativa é que o equipamento venha fazer

parte da paisagem de um resort de alto luxo do

grupo de Branson, a Necker Island.

A Sunew produz os próprios painéis flexíveis em

uma linha que usa um maquinário que se parece

como uma impressora rotativa que funciona em

um laboratório com ambiente controlado. O

próximo passo na tecnologia dos filmes orgânicos

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fotovoltaicos se chama peroviskta. Trata-se um

composto sintético com elevadas propriedades

fotovoltaicas cujas pesquisas começaram há

menos de uma década.

No início do ano, a Petrobras anunciou que iria

investir R$ 23,7 milhões no CSEM Brasil ao longo

de dois anos para pesquisa e desenvolvimento de

OPV à base de peroviskta. Os filmes atuais usam

outros polímeros. A estatal estuda entrar no

negócio de energia renovável e as pesquisas com

o novo composto podem ser um caminho. "A

eficiência da peroviskta poderá ser muito maior,

chegando a níveis superiores inclusive ao das

tecnologias de silício", afirma Tiago Alves.

https://www.valor.com.br/empresas/6364231/su

new-lidera-nova-tecnologia-em-energia-solar

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Neoenergia lucra R$ 1 bilhão no semestre Por Rodrigo Polito, Raquel Brandão e Rita

Azevedo | Do Rio e São Paulo

Em seu primeiro resultado divulgado após o IPO

(oferta pública inicial de ações), a Neoenergia

atingiu lucro líquido recorde de R$ 1,011 bilhão

no primeiro semestre, impulsionado pelo

aumento do volume de energia fornecida e pelos

reajustes e revisões tarifárias de suas quatro

distribuidoras. O resultado, 48,02% superior ao

apurado na primeira metade de 2018, foi

destaque no desempenho global do grupo

espanhol Iberdrola, controlador da elétrica

brasileira, no período.

"O resultado mostra, mais uma vez, a execução

bem sucedida do nosso modelo de negócios. Pela

primeira vez, a Neoenergia alcança lucro líquido

superior a R$ 1 bilhão no primeiro semestre",

comentou o diretor presidente da Neoenergia,

Mario Ruiz-Tagle, em teleconferência com

analistas e investidores sobre o resultado.

De acordo com a Ibedrola, que possui 50% da

Neoenergia, as operações no Brasil responderam

por quase um quarto (23%) do Ebitda (sigla em

inglês para lucro antes de juros, impostos,

depreciação e amortização) global do negócio de

redes (distribuição e transmissão) do grupo no

primeiro semestre, de € 2,6 bilhões. A elétrica

espanhola fechou o semestre com lucro líquido

de € 1,64 bilhão, alta de 16,6% em relação aos

primeiros seis meses de 2018.

O Brasil também foi a única operação do grupo

espanhol que registrou aumento (5,2%) do

volume de energia distribuída no primeiro

semestre de 2019, na comparação com igual

período do ano anterior, totalizando 34.012

gigawatts-hora (GWh).

No segundo trimestre, a Neoenergia obteve lucro

de R$ 519 milhões, com alta 32,4% em relação a

igual período de 2018. Na mesma comparação, a

receita líquida avançou 5,42%, para R$ 6,575

bilhões, e o Ebitda cresceu 19,67%, totalizando

R$ 1,363 bilhão.

O resultado, explicou a elétrica, foi motivado

pelos reajustes e revisões tarifárias das quatro

distribuidoras - Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern

(RN) e Elektro (SP e MS) - além do aumento do

volume de energia distribuída e do controle das

despesas operacionais.

As despesas com PMSO (pessoal, material,

serviços e outros) da Neoenergia somaram R$

774 milhões no segundo trimestre, com alta de

1,31%, em relação a igual período do ano

passado. No acumulado do ano, essas despesas

totalizaram R$ 1,546 bilhão, com crescimento de

1,38% ante a primeira metade de 2018. De

acordo com a Neoenergia, o aumento das

despesas operacionais ficaram bem abaixo da

inflação dos últimos 12 meses encerrados em

junho, de 6,51%, medida pelo IGP-M.

Segundo Ruiz-Tagle, a companhia mantém o

objetivo de alcançar um nível de crescimento do

PMSO inferior à inflação.

No primeiro semestre, a Neoenergia dobrou o

volume de investimentos, em relação a igual

período do ano passado, para R$ 2,2 bilhões.

Desse total, R$ 2,098 bilhões foram destinados

ao negócio de redes, sendo R$ 1,66 bilhão para

distribuição e R$ 431 milhões para transmissão.

Também foram investidos R$ 62 milhões no

segmento livre, R$ 51 milhões na conclusão da

hidrelétrica de Baixo Iguaçu (PR) e R$ 11 milhões

na implantação de projetos eólicos.

Após o IPO (oferta pública inicial de ações), no

início do mês, a composição acionária da

Neoenergia ficou dividida entre a Iberdrola, com

50% mais uma ação, a Previ, com 30,29%, e

19,71% em circulação no mercado ("free float").

https://www.valor.com.br/empresas/6364243/ne

oenergia-lucra-r-1-bilhao-no-semestre

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Encomendas da ABB no Brasil crescem

puxadas por energia e transmissão

Por Camila Maia | De São Paulo

A performance fraca da economia brasileira não

foi problema para a fabricante de máquinas e

equipamentos ABB, que registrou aumento de

36% nas encomendas recebidas no país no

segundo trimestre de 2019 na comparação anual.

Segundo Rafael Paniagua, presidente da

companhia no Brasil, o resultado foi possível

devido ao desempenho positivo da atuação nos

segmentos de energias renováveis, transmissão

de energia, e também soluções para indústrias

de processos e automação. No acumulado no

primeiro semestre do ano, as encomendas da

ABB no Brasil subiram 20%.

"Quando colocamos o desempenho no contexto

do crescimento do PIB industrial do Brasil e das

incertezas no mercado em geral, nossa conclusão

é que tivemos um crescimento superior e

ganhamos participação em alguns segmentos no

qual atuamos", disse Paniagua, em entrevista ao

Valor.

O desempenho no Brasil contrasta ainda com as

encomendas recebidas pela companhia no

mundo. No segundo trimestre, houve aumento

de 1%, para US$ 9,48 bilhões. No mesmo

período, a receita líquida da ABB subiu 2%, para

US$ 8,88 bilhões.

"Estamos bastante satisfeitos com nossa

performance no Brasil no primeiro semestre, e

seguimos otimistas para o resto de 2019, já que

estamos em um mix diferente de áreas", disse

Paniagua.

No segmento de energias renováveis, a ABB teve

crescimento "expressivo" nas vendas para

geração solar distribuída, segundo o executivo. A

forte aceleração vista nos negócios tem relação

com a discussão das mudanças das regras do

setor, que devem passar a valer a partir do ano

que vem e podem reduzir a atratividade de novos

investimentos. "Mas achamos que o resto de

2019 e o começo de 2020 ainda serão fortes",

disse.

As indústrias relacionadas a commodities, como

papel e celulose, mineração e óleo e gás,

também trazem boas perspectivas para os

negócios da ABB no país no segmento de

processos e automação. Paniagua apontou que

há quatro grandes projetos de papel e celulose

em execução no país neste momento, além da

movimentação de minérios ferrosos e não

ferrosos e petróleo e gás, acompanhando a

recuperação dos preços internacionais das

commodities. "Já há processos encaminhados e

construtores contratados, haverá aquisição de

mais serviços e equipamentos em 2019", disse.

"Nosso portfólio para o setor de transmissão de

energia também registrou um ótimo

desempenho, a partir das vendas de sistemas e

produtos necessários para a implantação dos

projetos originários de leilões passados", disse

Paniagua. Também há investimentos em reforços

de subsestações de grandes consumidores de

energia conectados à rede de alta tensão, devido

aos projetos de ampliação da capacidade de

unidades industriais em áreas como mineração e

papel e celulose. No segundo semestre, contudo,

o ritmo de encomendas no segmento deve

desacelerar, principalmente porque só haverá um

leilão de transmissão neste ano, previsto para o

fim do ano, e com menos projetos ofertados.

Serviços pós-venda e exportações completam as

atividades da companhia no Brasil, ambos

também com perspectivas positivas em termos

de crescimento, segundo Paniagua.

As perspectivas de Paniagua também são

positivas para o desempenho global da ABB,

ainda que as atividades da companhia sejam

afetadas pelos obstáculos macroecômicos de

alguns mercados e pelas incertezas geopolíticas.

"No futuro, impulsionaremos o crescimento de

longo prazo em nossos negócios, mantendo o

foco nos custos e no gerenciamento de portfólio.

Estamos incutindo uma nova cultura de

capacitação para tornar a ABB mais forte e ágil."

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Grupo de Comunicação

A companhia divulgou lucro líquido de US$ 64

milhões no trimestre, contra o ganho de US$ 681

milhões obtido um ano antes. O resultado inclui a

baixa de US$ 455 milhões relacionada à venda

de seu negócio de inversores solares para a

italiana Fimer.

https://www.valor.com.br/empresas/6364245/en

comendas-da-abb-no-brasil-crescem-puxadas-

por-energia-e-transmissao

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BR atinge maior preço desde fim de 2017

Por André Ramalho e Juliana Machado | Do Rio e

de São Paulo

Um dia depois de a Petrobras vender 30% de sua

participação na BR, garantindo a privatização da

distribuidora, a empresa de combustíveis fechou

o dia, ontem, com o maior giro financeiro entre

as companhias do Ibovespa, ao somar R$ 1,6

bilhão - acima de outras gigantes como Vale, a

própria Petrobras e os bancos. Os papéis ON

fecharam o dia com alta de 1,19%, a R$ 26,32,

mas, na máxima do dia, chegaram a registrar

ganho de 6,23%, a R$ 27,63 - maior preço desde

a estreia da companhia na bolsa de valores, em

dezembro de 2017.

Com a mudança na composição acionária da BR,

a estatal sinalizou com alterações na

administração da distribuidora. A petrolífera se

comprometeu a destituir todos os membros do

colegiado indicados por ela e a apontar somente

três dos nove membros do novo conselho,

abrindo espaço para que os demais acionistas

fiquem com os outros dois terços do colegiado,

disse uma fonte. A intenção é convocar em até

40 dias uma assembleia geral extraordinária para

eleger os novos conselheiros.

Alexandre Carneiro e Carolina Lacerda são nomes

cogitados pela Petrobras para suas três cadeiras.

Carneiro foi vice-presidente comercial da Shell

América Latina e associado ao Instituto Brasileiro

de Governança Corporativa (IBGC), enquanto

Carolina, ex- UBS e Merril Lynch, é conselheira

da Hypermarcas.

Com a recente reforma do estatuto da BR,

condicionada à conclusão da oferta secundária, o

número de conselheiros da empresa cairá de dez

para nove. O governo e os empregados perdem

suas cadeiras no colegiado, porque a BR deixaria

a condição de empresa estatal. Hoje, pelo

estatuto em vigor, a Petrobras indica até cinco

dos dez conselheiros da BR, sendo as outras

cinco vagas distribuídas entre os minoritários

(até três nomes), Ministério da Economia (uma

vaga) e empregados (mais uma).

Alguns conselheiros estão se queixando das

mudanças no estatuto. Isso porque, embora a

Petrobras tenha assumido o compromisso de

indicar apenas três nomes para o conselho, a

reforma não estabeleceu nenhum limite formal à

influência da empresa sobre o colegiado. A

reforma também não limitou o número máximo

de membros eleitos por um único acionista, disse

uma fonte.

Para Carolina Fidalgo, advogada do Rennó,

Penteado, Reis & Sampaio Advogados, mesmo

com a diluição de sua participação na BR, a

Petrobras deve manter um controle minoritário

sobre a distribuidora, a depender do cenário de

pulverização das ações. A BR, contudo, assume o

status de uma empresa privada, o que, na

prática, deve garantir à companhia mais

agilidade na governança por meio da dispensa,

por exemplo, da exigência de licitações para bens

e serviços.

"A partir do momento em que as ações da BR

mudarem de titularidade, a companhia,

formalmente, pelo critério legal, deixa de ser

uma estatal. Enquanto persistir o controle,

mesmo minoritário, da Petrobras, contudo, pode

haver dúvidas sobre a posição do Tribunal de

Contas da União (TCU), que já entendeu, no

passado, que as estatais preferem às vezes

deixar o controle em sociedades de propósito

específico de forma premeditada, para fugir do

direito administrativo. Não penso que este seja o

caso da privatização da BR, mas pode suscitar

discussões, porque é uma situação nova", afirma.

A BR vale R$ 30,7 bilhões na bolsa, acima de

seus pares comparáveis de capital aberto. A

Ultrapar, controladora da rede de postos

Ipiranga, vale R$ 23 bilhões na B3, enquanto a

Cosan, que divide o controle da Raízen com a

Shell, é avaliada em R$ 20,2 bilhões. Vale

destacar, porém, que essas duas companhias são

holdings que reúnem diversas atividades para

além da distribuição de combustíveis e que o

desempenho desses outros negócios influencia

também a avaliação de mercado das

companhias. De todo modo, por serem papéis

pelos quais os investidores também se expõem

ao setor no qual atua a BR, essa comparação é

um parâmetro aceitável.

Para Fernando Barroso, diretor da asset da CM

Capital Markets, todo o movimento do setor

acompanha as perspectivas favoráveis depois dos

sinais do governo de estimular investimentos em

logística e distribuição. "São dois segmentos com

boas expectativas, por causa da intenção do

governo de promover uma reavaliação de preços

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e induzir investimentos privados", disse. "É um

setor prioritário para receber injeção de recursos

com a agenda do governo e, por isso, ele tem

respondido de forma positiva", avaliou Barroso.

Outro gestor de um grande fundo com posição na

distribuidora de combustíveis afirma que

ampliaria ainda mais a exposição ao papel, mas

apenas caso ele caísse. Segundo esse

profissional, a BR reduz o desconto contra outros

pares com a saída da Petrobras do controle, já

que deixa de ser uma estatal. Mas pondera: não

é tão simples de enxergar uma avaliação de

preço adequada para a BR agora. "Não é simples

de entender a diferença de 'valuation' [da BR

para os pares] porque isso depende da execução

do plano da empresa e da nova administração.

Se forem bem-sucedidos, ela está descontada,

sim", afirmou a fonte.

Ainda segundo o gestor, a desestatização da

empresa dá um grau de liberdade maior para

condução dos negócios no setor de combustíveis,

já em maior nível em relação à oferta inicial de

ações (IPO), há dois anos. Se tiver uma execução

nessa direção, a estimativa para esse profissional

é que a ação da companhia chegue a R$ 50 em

três anos.

https://www.valor.com.br/empresas/6364241/br

-atinge-maior-preco-desde-fim-de-2017

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