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A LISBOA DE FREI LUIS DE SOUSA | DIA MUNDIAL DA POESIA | PORTUGAL NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL | SWEET BILLY PILGRIM E PORTICO QUARTET | CICLO TRY BETTER. FAIL BETTER

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Welcome Spring

NEWSLETTER

LISBOA CULTURAL

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Em Agenda / Pág. 14

Editorial / Pág. 3

Música/ Sweet Billy Pilgrim / Pág. 10

Cinema / Ciclo de Cinema da I Guerra Mundial / Pág. 9

Teatro / Ciclo Try Better / Pág. 11

Exposições / Pág. 13

Em Destaque / Frei Luis De Sousa / Pág. 4

Curtas / Pág. 12

Centenário da República / Pág. 15

15/21 MAR’ 10 | n.º 152

Noites no Teatro / Que Viva a Poesia / Pág. 7

Dia Mundial da Poesia / Comemorar a Poesia em Lisboa/ Pág.8

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NEWSLETTER

EditorialLISBOA CULTURAL

Ficha técnicaEdição Divisão de Programação e Divulgação Cultural | Direcção Municipal de Cultura | CML Editora Paula Teixeira Redacção Frederico Bernardino, Sara Ferreira, Susy Silva Capa e Paginação Diogo Moutela Contactos Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 21 817 06 00 | [email protected]

“Se os Poetas dessem as mãos/e fechassem o Mundo/no grande abraço da Poesia”Fernanda de Castro

No dia em que chega a Primavera, celebra-se também o Dia Mundial da Poesia. Instituída há pouco mais de 10 anos (1999) pela UNESCO, a comemoração teve na sua génese a defesa da diversidade linguística e é assinalada um pouco por todo o mundo como meio de promoção da leitura, escrita e ensino daquele que é um dos géneros literários menos acessíveis. Menos acessíveis precisamente na leitura, na escrita e no ensino. A comprová-lo estão os estudos e as estatísticas. Em 2007, o trabalho coordenado por Maria de Lurdes Lima dos Santos sobre os hábitos de leitura dos portugueses (“Leitura em Portugal”, Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação), mostrava que 43,1% não lia qualquer livro e, dos restantes, somente 5,1% era leitor de poesia. O que parece contradizer a máxima, segundo a qual Portugal é um país de poetas…

Dificuldades de compreensão, lacunas do ensino, desconhecimento de autores e livros, política editorial pouco agilizada, fazem da poesia um reduto onde muito poucos arriscam entrar. E para que não se cumpra o oráculo do poeta Manuel António Pina, “A poesia vai acabar, os poetas/ vão ser colocados em lugares mais úteis” a Lisboa Cultural sugere, para esta semana, um roteiro temático assente na poesia. Com este pretexto, aproveite para conhecer novos espaços, como o Centro de Arte Kabuki, passear no Jardim Teófilo Braga e fazer compras na Feira do Livro de Poesia, assistir ao espectáculo da Casa da Comédia que junta poetas, actores e músicos, ou passar o próximo domingo no Centro Cultural de Belém onde o espera um intenso programa de entrada livre.

Boa semana

Siga-nos em

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http://itematicoslisboa.blogspot.com/

Informação actualizada em www.agendalx.pt(subscreva a newsletter semanal)

Consulte pdf em www.cm-lisboa.pt

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O projecto de percursos pedestres organizados (e gratuitos) pela cidade de Lisboa – Itinerários Temáticos – tem novidades. Existe agora a oportunidade de conhecer o ambiente único das quintas e palácios que ainda hoje existem às portas da cidade. Passa-se em São Domingos de Benfica, ao lado do Parque Florestal de Monsanto, e foi inspirado nos escritos do século XVII do cronista Frei Luis de Sousa.

Frei Luís de Sousa (Manuel de Sousa Coutinho) (c.1555 - 1632). Frei Luis de Sousa, o homem. Frei Luis de Sousa, a obra. Confuso. Nem por isso.Antes de entrar para a vida religiosa, chamava-se Manuel de Sousa Coutinho. Mudou de nome ao ingressar no Convento de São Domingos de Benfica, em 1613, como era prática usual nas ordens religiosas. Cavaleiro da Ordem de Malta, foi feito prisioneiro por piratas mouros em Argel quando navegava no Mediterrâneo. Na prisão conheceu Cervantes, que faz referência ao autor na sua obra Los Trabajos de Persiles y Sigismundo. Esteve ao serviço de Filipe II

e casou com D. Madalena de Vilhena, mulher de D. João de Portugal, que desaparecera na batalha de Alcácer Quibir. Em 1559, já capitão-mor de Almada, destruiu o seu palácio pelo fogo, não permitindo que os governadores do reino o ocupassem na sua fuga à peste que assolava a capital.

Anos mais tarde, reza a lenda, que um peregrino vindo de Jerusalém diz a D. Manuel que o primeiro marido de D. Madalena ainda é vivo. A tragédia instala-se. A morte da filha do casal fá-los tomar uma decisão dramática, e ambos tomam hábito. Frei Luis de Sousa acaba por morrer no referido convento em 1632. Estes factos da vida aventureira e dramática de Manuel de Sousa Coutinho inspiraram Almeida Garrett a escrever a tragédia romântica Frei Luís de Sousa, obra-prima no género.

O novo Itinerário Temático, A Lisboa de Frei Luis de Sousa, fala-nos de tudo isto. Será abordada a vida quotidiana da cidade, o património edificado e literário, as ruas e as paisagens urbanas, os locais da memória colectiva, a história e os pormenores

A aristocracia lisboeta no campo

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com azulejos do séc. XVIII de António Oliveira Bernardes que contam a história de S. Domingos. Podemos ainda admirar telas atribuídas a André Gonçalves, o túmulo de D. João das Regras e uma inscrição tumular de Frei Luís de Sousa. (junto ao degrau de acesso ao coro baixo). Esta igreja possui um original cadeiral do século XVII, um órgão com uns impressionantes 700 tubos e o túmulo de D. João das Regras.

De referir a Capela de São Gonçalo de Amarante do século XVII com as suas invulgares colunas salomónicas em pedra muito especial, a Brecha da Arrábida: rocha de origem sedimentar que se encontra apenas na Serra da Arrábida. Muito apreciada como rocha ornamental, é vulgarmente conhecida como “mármore da Arrábida”. Uma última curiosidade: é nesta igreja que se encontra sepultado o 2º Conde da Torre, 1º Marquês da Fronteira o mesmo que mandou edificar o actual Palácio dos Marqueses de Fronteira.

Fecha-se o círculo que nos transportou para a vida de Frei Luis de Sousa, as vivências de uma época conturbada da história nacional e o que resta de uma ruralidade lisboeta mesmo aqui ao lado.

Até à próxima. SS

conhecida poetisa da família. A Sala da Lareira é mais íntima e é frequentemente usada pela família por ser mais pequena e acolhedora.

O terraço integra a Galeria das Artes Liberais, conhecidas na época: astronomia, retórica, música, poesia, gramática. Coberto por azulejaria decorativa, ressaltam as cenas de “macacarias”, onde abundam macacos e gatos. A visita termina nos jardins onde se pode percorrer a Galeria dos Reis.

O Convento de S. Domingos, onde viveu Frei Luis de Sousa, agora pertença dos Pupilos do Exército, mantém a Capela dos Castros e a Capela de Nossa Senhora do Rosário (antiga igreja conventual do Mosteiro Masculino de S. Domingos de Benfica),

da tradição. O itinerário tem início no Palácio do Marqueses de Fronteira (Largo de São Domingos de Benfica), construído em 1640 pelo 1º Marquês de Fronteira, D. João de Mascarenhas, herói da Guerra da Restauração. O Palácio continua a ser actualmente residência do 12º Marquês de Fronteira e está aberto ao público para visitas a algumas das salas, à biblioteca e ao jardim.

Construção absolutamente assimétrica do século XVII, com uma entrada maior do que habitual para a época, mas necessária para recepção dos convidados das inúmeras festas que aí se realizavam. A biblioteca/marquise está forrada de livros salvos do Terramoto de 1755 da casa que os marqueses tinham em Lisboa, mas tem uma privilegiada vista para o jardim formal “à italiana” do século XVII.

Na Sala das Batalhas podemos apreciar em pormenor os azulejos, do terceiro quartel do século

XVII, que relatam algumas das vitórias nas batalhas da Restauração da Independência de Portugal, pelo menos aquelas em que Dom João Mascarenhas participou. Passamos de seguida pela Sala dos Painéis, agora com azulejos Holandeses e estuques acrescentados no século XVIII, tendo sido uma sala usada como sala de música informal e onde podemos encontrar o retrato da 4ª Marquesa de Alorna, a mais

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Noites No TeatroLISBOA CULTURAL

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Que viva a Poesia!No âmbito da programação de “Noites no Teatro”, o Dia Mundial da Poesia é assinalado com um espectáculo que revisita oito séculos de poesia em língua portuguesa. Dos cantares de amigo medievais à poesia contemporânea, o último projecto acolhido pelo Kabuki – Centro de Arte promete levá-lo numa viagem inesquecível pela génese poética da portugalidade.

Numa rua paralela à Avenida Almirante Reis - por sinal com o nome de um actor e encenador português do século XIX, António Pedro - situa-se, desde Maio de 2009, o Kabuki – Centro de Arte. Definindo-se, no entender de Ricardo Bargão, director, actor e encenador, como um “centro de aprendizagem, investigação, experimentação e reflexão no domínio da arte contemporânea, que parte do carácter transdisciplinar e simultaneamente complementar e simbiótico entre diferentes géneros artísticos, vertentes estéticas e técnicas”, o Kabuki tem acolhido inúmeros espectáculos onde a poesia surge como

ponto nevrálgico da produção teatral (destaque-se Fausto Apócrifo, a partir de J. W. Goethe, Fernando Pessoa, Christopher Marlowe e Marquês de Sade, em exibição até 28 de Março).

Fazendo jus à inspiração irresistível da poesia, e seguindo os princípios inerentes a um projecto educativo que tem definido toda a estratégia de intervenção artística no campo da criação e formação de novos públicos numa zona da cidade de Lisboa onde escasseia oferta cultural, chega agora ao palco do Kabuki o espectáculo 800 Anos de Poesia, uma produção do Teatro Alardiário, com encenação e dramaturgia de Ricardo Bargão. Neste espectáculo faz-se a evocação de cerca de 800 anos de “amores, desamores, tristezas, alegrias, saudade e toda a génese poética de se ser português”, sem esquecer também alguns autores lusófonos, como Vinicius de Moraes ou Carlos Drumond de Andrade.

A partir de poemas de D. Dinis, Camões, Garcia de Resende, João de Deus, Garrett, Antero de Quental,

Cesário Verde, Pessoa, Florbela Espanca, Almada Negreiros, Camilo Pessanha, Cesariny, entre tantos outros, 800 Anos de Poesia é “um espectáculo multimédia de poesia encenada, dramatizada, cantada e dita numa homenagem também aos grandes actores que fizeram das palavras ditas uma arte maior como João Villaret, Mário Viegas, Eunice Muñoz, João Perry ou João Grosso”. Em suma, um espectáculo imperdível para amar e viver a poesia. FB

800 Anos de Poesiatodos os domingos até 11 de Abril I 16hKabuki – Centro de Arte Rua António Pedro, 27Awww.kabuki.pt

Sessão “Noites no Teatro”21 Março | 16hMarcações: 218170600 (CML/DMC/DPDC) (gratuito para estudantes dos ensinos secundário e universitário)

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Dia Mundial da PoesiaLISBOA CULTURAL

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Comemorar a Poesia em Lisboa

Para além do espectáculo sobre poesia portuguesa no Teatro Kabuki, a Lisboa Cultural seleccionou para o fim-de-semana de 20 e 21 de Março, Dia Mundial da Poesia, alguns eventos que assinalam a data por toda a cidade. Passível de, quem sabe, se tornar um itinerário para o aventuroso leitor, apetece-nos evocar o saudoso Manuel Hermínio Monteiro para quem a poesia era “como uma rosa de cujas pétalas centrípetas emana a beleza e o mais intenso perfume, sem nunca prescindir da defesa vigilante dos seus espinhos”. Ainda mais porque, no dia 21 de Março se assinala também a entrada da Primavera, e de Belém ao Jardim Teófilo Braga, há uma cidade inteira que se assevera como um poema a descobrir.

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Numa iniciativa conjunta do Plano Nacional de Leitura (Ministério da Educação, Ministério da Cultura e Ministério dos Assuntos Parlamentares) e do Centro Cultural de Belém, o Dia Mundial da Poesia compreende um programa intenso que se inicia, a partir das 11 horas, com a Feira do Livro de Poesia. Depois, há ainda o indispensável espaço para os espontâneos Diga lá um Poema e um conjunto de oficinas e actividades que a Fábrica das Artes organiza para todas as idades.

CASA FERNANDO PESSOA

Na casa do mais importante poeta português do século XX, o Dia Mundial da Poesia é assinalado um dia antes, a 20 de Março, a partir das 17 horas, com uma récita do manifesto Ultimatum, de Álvaro de Campos, publicado em 1917 na revista Portugal Futurista. A récita desta tão polémica obra à data da sua publicação caberá ao actor Carlos Paulo. Um pouco mais tarde, pelas 18h30, proceder-se-á ao lançamento do livro A Biblioteca de Fernando Pessoa, uma co-edição da Casa Fernando Pessoa com a Editora Babel.

JARDIM TEÓFILO BRAGA

A animação começa já no dia 15 e prolonga-se até ao Dia Mundial da Poesia, a 21 de Março. O Jardim Teófilo Braga, ou Jardim da Parada como popularmente é conhecido, acolhe uma Feira do Livro de Poesia onde, diariamente, o Serviço Educativo da Casa Fernando Pessoa promove algumas iniciativas para os mais jovens. Para além disso, estão agendados espectáculos do Coro da CURPI (dia 19, às 15h), do Hot Clube de Portugal (dia 20, às 16h) e do Coro Paradoxal (dia 21, às 16h). Ao longo do dia 20, o grupo Palhaços do Mundo promete muita animação para todas as idades.

TEATRO CASA DA COMÉDIA

Ali bem junto ao Museu Nacional de Arte Antiga, a poesia começa a comemorar-se pelas 22 horas de dia 20. A proposta é um espectáculo intitulado Os Poetas da Meia-Noite e promete prolongar-se noite dentro. Em palco, para além de seis poetas (Ana Salomé, Catarina Nunes de Almeida, Filipa Leal, Hugo Milhanas Machado, Miguel Manso e Vasco Gato) , estarão músicos e actores (incluindo Filipe Crawford). Para além de tudo o mais, este espectáculo reserva ainda um convidado surpresa.

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Cinema

Ciclo de cinema sobre a participação portuguesa na I Guerra Mundial

No I Centenário da República Portuguesa, o Museu da Presidência da República, como não podia deixar de ser, associou-se às comemorações e apresenta o ciclo de cinema e debate sobre a Participação Portuguesa na I Guerra Mundial, intitulado Portugal nas Trincheiras.

De 22 a 24 de Março, o Cinema São Jorge recebe este ciclo que começa com filmes do Catálogo do Imperial War Museum, como Campo de Treino Português em Inglaterra, um filme de época que dá a conhecer o tipo de treino a que se submetiam os soldados portugueses antes de avançarem para a frente de batalha. A demonstração é feita perante um grupo de militares e civis, entre os quais o embaixador português em Inglaterra, Augusto de Vasconcelos.

Ainda no dia de abertura do ciclo, e a par de três outros documentários: Tropas Portuguesas em França; O Presidente de Portugal em França; e Com o Corpo Expedicionário Português em França; haverá ainda lugar, pelas 18h, para uma Mesa-

Redonda com António Ventura, director do Centro de História da Universidade de Lisboa; Helena Pinto Janeiro, do Instituto de História Contemporânea; e Nuno Severiano Teixeira, Pró-reitor da Universidade Nova de Lisboa; cuja moderação estará a cargo de Elsa Santos Alípio, do Museu da Presidência da República / Instituto de História Contemporânea (FCSH – UNL).

Esta iniciativa integra-se no âmbito da exposição Portugal nas Trincheiras – A I Guerra da República, patente nos Museus da Politécnica (Rua da Escola Politécnica, 60). Recorde episódios como o ocorrido em Abril de 1918, quando a 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português, sucumbiu ante a artilharia alemã, numa das últimas grandes ofensivas do império germânico na I Guerra Mundial Portugal, e conheça alguns filmes de época, documentários e grandes clássicos da sétima arte com esta proposta do Museu.

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Musica PÁG.

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Estreias internacionais no São Luiz

Uns estão entre os 20 melhores de 2009 numa listagem feita pelo jornal Sunday Times, os outros são descritos como tendo “um sedutor instinto melódico”. Falamos dos britânicos Sweet Billy Pilgrim e Portico Quartet, respectivamente, cuja estreia na capital acontecerá a 22 de Março, no São Luiz Teatro Municipal.

É a primeira vez que vêm à capital e vão partilhar o palco. São os ingleses Sweet Billy Pilgrim e Portico Quartet. Os primeiros vêm apresentar o mais recente trabalho. Intitulado Twice Born Men, o álbum foi editado por David Sylvian e os elogios chegaram dos mais diversos órgãos de comunicação social: o jornal Sunday Times, por exemplo, coloca-o entre os 20 melhores de 2009, enquanto a revista Mojo menciona a “forma perfeita das canções” na sua crítica; forma esta que lhes valeu a nomeação para o Mercury Prize.

O baixista Anthony Bishop, o guitarrista e compositor Tim Elsenburg e o baterista/percussionista Alistair Hamer, compõem os Sweet Billy Pilgrim. Formada em 2003, os três elementos da banda conheceram-

se quando ainda andavam na escola. Paralelamente aos Sweet Billy Prilgrim, este trio também colabora com outros músicos, de que é exemplo, entre tantos outros, Martin Grech.

Considerada uma das mais entusiasmantes bandas de jazz da actualidade, os Portico Quartet assinam um som algures entre um jazz contemporâneo e a erudição de Philip Glass. Para o jornal Guardian encerram “um sedutor instinto melódico”. O álbum Knee Deep In The North Sea chamou a atenção do júri do Mercury Prize em 2008. Já este ano, editaram Isla, um disco que tem tido uma boa aceitação por parte da crítica.

Interpretada com uma energia e uma entrega facilmente associadas à tradição rock, ao vivo, a música deste quarteto transforma-se numa melodia fluida, onde o instrumento de percussão exótico hang assume um protagonismo que confere aos concertos uma dose de mistério e originalidade que conquista todas as audiências.

Confira com os seus próprios olhos e vá até ao São

Luiz conhecer estas novas músicas. O concerto, marcado para dia 22 de Março, tem início previsto às 21h e os bilhetes variam entre os 10€ e os 20€.

Sweet Billy Pilgrim e Portico Quartet

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TeatroLISBOA CULTURAL

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Try Better. Fail Better ´10

“Tenta melhor. Falha melhor”, diria Beckett. Assim se trilha um ciclo que pretende ser forma de incentivo a jovens criadores e a novas experiências ligadas ao teatro e às artes plásticas. Nesta terceira edição do Try Better. Fail Better, ciclo promovido pelo Teatro da Garagem, ainda há muito para ver e descobrir, até 25 de Abril, no Teatro Taborda.

Criações teatrais inéditas feitas por gente nova sem medo de experimentar, nem mesmo de falhar! Na verdade, neste ciclo, o primado da criação assenta em tentativas e erros, mas tentativas e erros que são cada vez melhores. Assim defende o Teatro da Garagem esta iniciativa que, desde 2008, abre as portas do Taborda a novas formas de expressão teatral, permitindo a jovens criadores apresentar os seus projectos num palco e a um público mais vasto. Simultaneamente, o Try Better. Fail Better pretende ser também o encontro de sensibilidades e procedimentos artísticos em pleno processo de afirmação.

Para a edição deste ano, de entre 50 projectos

apresentados, cinco foram seleccionados para integrar a programação do ciclo. Depois de Às vezes quase me acontecem coisas boas quando me ponho a falar sozinho, uma criação de Rui Pina Coelho e Carlos Marques, e de Poltrona, de Cláudia Lucas Chéu, o ciclo continua com Han Shot First, criação de Diogo Bento e Ana Vaz, dias 19 e 21 de Março, com sessões às 21h e 22h30. Em Abril, o ciclo continua, de 16 a 18 de Abril, com Mulher Mundo, um espectáculo de Rafaela. Santos, a partir de um texto de Patricia Portela. A fechar a edição deste ano, Nuno Leão e Ricardo Marques apresentam Antes de Descobrir a Garganta, de 23 a 25 de Abril.

Programação do Ciclo Try Better. Fail Better´10

Han Shot First

19 a 21 Março | 21h e 22h30

Mulher Mundo

16 a 18 Abril | 21h30

Antes de Descobrir a Garganta

23 a 25 Abril | 21h30

Teatro Taborda – Costa do Castelo, 75www.teatrodagaragem.com

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CurtasLISBOA CULTURAL

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Intercâmbio Lisboa BudapesteAberto à participação de jovens artistas, no âmbito do Acordo de Geminação e de Intercâmbio e Galerias e Ateliers e a Divisão de Relações Externas e Cooperação, serão seleccionados dois artistas para duas residências artísticas a ter lugar em Budapeste. Com a duração de um mês cada, a primeira residência realiza-se entre 1 e 31 de Julho e a segunda de 1 a 31 de Agosto. Cada residência artística terá um apoio financeiro de 500€. Para mais informações deve entrar em contacto com a Divisão de Galerias e Ateliers, da Câmara Municipal de Lisboa, sita no Palácio dos Coruchéus (21 817 08 45).

“Lisboa Menina” de Sonhador vence Concurso para a Grande Marcha de Lisboa 2010Com letra de José Alberto Carmo Raposo e música de Carlos Alberto da Silva Pinto, a composição “Lisboa Menina” de Sonhador (pseudónimo utilizado pelo autor) foi a vencedora do Concurso para a Grande Marcha de Lisboa 2010. Promovido pela Câmara Municipal de Lisboa e a EGEAC E.E.M., no âmbito das Festas de Lisboa, o concurso visa a selecção de uma composição (música e letra) cujos atributos, tanto literários como musicais, melhor caracterizem, neste género musical, a cidade de Lisboa, contribuindo para o fomento da criação artística e cultural.

Nomes aclamados do cinema independente no IndieLisboa 2010Estão já asseguradas as presenças de Werner Herzog, Johnnie To, Abel Ferrara e Samuel Maoz no IndieLisboa 2010. Em antestreia nacional estarão os filmes Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans (com Nicolas Cage e Eva Mendes) e My son my son what have ye done?, de Werner Herzog; The Vengeance, protagonizado pelo cantor e actor francês Johnny Halliday, de Johnnie To; Napoli Napoli Napoli, do nova-iorquino Abel Ferrara; e Lebanon, do israelita Samuel Maoz, filme que arrecadou o Leão de Ouro no último Festival de Veneza. Também o trabalho de Tim Burton vai marcar presença no IndieLisboa, desta vez enquanto produtor.

Vila Moleza no Pavilhão AtlânticoO primeiro episódio foi para o ar em 2004 e, desde então, o sucesso da série onde os doces desportivos são o alimento favorito do protagonista não tem parado. Para os pais mais distraídos, falamos de Vila Moleza. Uma série que os mais pequenos podem ver na RTP2 e que, em Maio, chega a Lisboa em formato musical. Aquele que será o primeiro musical dos Vila Moleza conta as aventuras que Sportacus e Estefânia vão viver a bordo de um barco de piratas, e terá lugar no Pavilhão Atlântico. Uma aventura que promete saltos, acrobacias incríveis e muitas gargalhadas, cujos bilhetes se forem comprados até 30 de Março têm desconto.

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ExposiçõesLISBOA CULTURAL

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Exposição de originais do filme Desassossego, de Lorenzo Degl’ Innocenti

Viagem aos bastidores do cinema de animação a partir das personagens da primeira curta de animação de volumes de Lorenzo Degl’Innocenti, Desassossego.

Até 18 de MarçoMuseu da MarionetaConvento das Bernardas | R. da Esperança, Nº 146 | 21 394 28 10www.museudamarioneta.egeac.pt

Periódicos Lisboetas na Colecção da Hemeroteca (Séculos XVIII – XX)

Mostra bibliográfica que reúne alguns dos títulos de jornais e revistas lisboetas mais importantes existentes na colecção da Hemeroteca, com informação detalhada sobre a vida de cada um deles.

Até 20 de MarçoÁtrio e escadaria da Hemeroteca Municipal de Lisboa | 21 324 62 90http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

Bruno Santos Forest Area

Projecto fotográfico que agora se apresenta como livro de autor em construção, onde as pessoas são confrontadas com a possibilidade da imagem fotográfica se afirmar enquanto documento e ficção.

Até 20 de Março | Arquivo Municipal de Lisboa – Arquivo Fotográfico/Biblioteca | Rua da Palma, 246 | 21 884 40 60

Um mundo em miniatura

Exposição de marionetas e cenários originais de curtas-metragens de animação dirigidas por SAM: Encarna; El Ataque de los Kriters Asesinos; The Werepig; Vicenta.

Até 21 de MarçoMuseu da Marioneta Convento das Bernardas | R. da Esperança, Nº 146 | 21 394 28 10www.museudamarioneta.egeac.pt

Scanning

De Samuel Rama, este é um trabalho que propõe continuar uma arqueologia do meio fotográfico em direcção aos pioneiros da fotografia, ao mesmo tempo que faz uma fuga para a frente, para os novos meios de digitalização e impressão a jacto de tinta.

Até 26 de MarçoArquivo Municipal de Lisboa - Arquivo Fotográfico | Rua da Palma n.º246

21 884 40 60

Histórias com Luz

Exposição que tem na sua génese o concurso de fotografia Histórias com Luz que preconiza um olhar atento sobre os centros urbanos, valorizados, enriquecidos com as iluminações de Natal.

Até 30 de MarçoCentro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) | Picoas Plaza, Rua Viriato, nº13 E-1º

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Em AgendaLISBOA CULTURAL

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Ciclos e conferências

- 6.ª Sessão da Comunidade de Leitores | O Voo da Rainha, de Tomás Eloy Martinez | 17 de Março | 18h | Hemeroteca Municipal de Lisboa | http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

- As vésperas da Revolução em Portugal (1755-1817, por João Mário Mascarenhas | 18 de Março | 21h | Sede da SPESXVIII | Quinta do Cabrinha

- Para a História do Jornalismo Lisboeta no Século XX: Os diários lisboetas A Capital e Diário Ilustrado, por Carla Baptista | 18 de Março | 18h | Hemeroteca Municipal de Lisboa | http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

- Conferência de Toni Rumbau e apresentação do livro Malic, la aventura de los Títeres, no âmbito do Dia Internacional da Marioneta | 21 de Março | 17h | Museu da Marioneta | www.museudamarioneta.egeac.pt

Exposições

- Exposição de pintura de José A. Cardoso | Até 28 de Março | Espaço Monsanto | 21 817 02 00 | http://lisboaverde.cm-lisboa.pt

- Lisboa Republicana Roteiro Patrimonial | Até 31 de Março | Galeria de Exposições dos Paços do Concelho | 2.ªf a 6.ªf, das 10h às 20h | Domingo, das 10h às 20h | Entrada livre

- Lisboa tem Histórias | Até 31 de Março | Pavilhão Preto – Museu da Cidade | www.museudacidade.pt | Entrada livre

- Adamastores e outros imaginários | Exposição de pintura de pedropintocoelho | Até 4 de Abril | Padrão dos Descobrimentos | www.padraodescobrimentos.egeac.pt

- República e Maçonaria | Exposição de pintura de Carmen Alexandre | Até 8 de Abril | Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Grandella | 21 771 23 10

- No tempo do risco, de Cristina Vilas Boas | Até 10 de Abril | Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro | 21 754 90 30

- Exposição de pintura de Jean Paul Bernard | Até 11 de Abril | Quinta das Conchas | http://lisboaverde.cm-lisboa.pt

- Deixar de ver, de Pedro Cláudio | Até 30 de Abril | Casa Fernando Pessoa | http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

- Tapeçarias de Portalegre | Até 30 de Abril | Edifício Central do Município de Lisboa | Campo Grande, 25 | http://tapecariasdeportalegre.cm-lisboa.pt

- Argentina Santos - Não Sei se Canto se Rezo | Até 30 de Abril | Museu do Fado | www.museudofado.egeac.pt

Teatro

- Ivanov (Anton Tchekov) | 19 a 27 de Março | Maria Matos Teatro Municipal | www.teatromariamatos.pt

- O Corcunda de Notre Dame | pelo Teatro Infantil de Lisboa | Até final de Maio | Teatro Armando Cortez - Casa do Artista | 21 715 40 57 | www.til-tl.com

- Lendas de Portugal | Trupilariante – Companhia de Teatro-Circo | Sábado e Domingo | 15h | Espaço Monsanto | Informações e marcações: 21 846 07 38 ou 96 600 42 27 | www.trupilariante.com

- Cão que morre não ladra | Chapitô | 5.ªf a domingo | 22h | www.chapito.org

Outros eventos

- “Os livros que estou a ler” com Henrique Granadeiro | 16 de Março | 18h30 | Casa Fernando Pessoa | http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

- À conversa com… Nuno Nodin | O psicólogo fala sobre Orientação sexual: aquém e além da homossexualidade | 16 de Março | 19h30 | Biblioteca Municipal Central – Palácio Galveias | 21 780 30 20

- Curso de poesia portuguesa contemporânea | 2ªs feiras de Abril e Maio, das 18h00 às 19h30 | Casa Fernando Pessoa | Inscrições abertas até 31 de Março | www.mundopessoa.blogs.sapo.pt

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Centenário da RepúblicaLISBOA CULTURAL

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Biblioteca-Museu República e ResistênciaEspaço GRandEllaEstrada de Benfica, 419 217 712 310Cármen alexandre - República e MaçonariaExposição de pintura15 a 31 Marseg a sex: 10h-17h30CIdadE UnIVERsITÁRIaRua alberto sousa, 10 aZona B do Rego217 802 760CIClo dE ConfERênCIas ‘a IdEIa da REpúBlICa’as Vésperas da Revolução em portugal (1755-1817)18 Mar: 16hliberalismo e Romantismo – da Europa para as américas17 abr: 16h

Museus da politécnicaanTIGo pICadEIRoRua da Escola politécnica, 56-58213 921 879portugal nas Trincheiras - a I Guerra da RepúblicaExposiçãoaté 23 abrTer a Qui, dom: 10h-18h,sex, sáb: 10h-23h

paços do ConcelhoGalERIa dE ExposIçõEspraça do Município213 236 200lisboa Republicana - Roteiro patrimonialExposiçãoaté 31 Mardom a sex: 10h-20hsala do aRQUIVoa REpúBlICa Mês a Mês – CIClo dE ColóQUIosRevolução e Implantação da RepúblicaCom João Bonifácio serra 25 Mar: 18horganizado pela CMl em parceria com a fundação Mário soaresInfo: 213 246 290

palácio fozpraça dos Restauradores213 405 513dos 0 aos 100 - Histórias de CientistasConcurso | Inscrições abertas até 30 abr

palácio Valadares largo do Carmo, 32, Chiado210 993 913Educar. Educação para Todos. Ensino na I RepúblicaExposição

21 Mar a outseg a sex: 17h-21h, sáb, dom, feriado: 14h-19h

Terreiro do paçoToRREão poEnTE Viajar. Viajantes e Turistas à descoberta de portugal no Tempo da I República27 Mar a outExposiçãoToRREão nasCEnTECorpo - Estado, Medicina e sociedade no Tempo da I República27 Mar a JulExposição

sociedade Histórica da Independência de portugalpalácio da Independêncialargo de são domingos, 11213 241 470as MUlHEREs no CaMInHo da REpúBlICaGénese do Ideário RepublicanoCom Zília osório de Castro16 Mar: 17h30

liga Republicana das Mulheres portuguesasCom João Esteves20 abr: 17h30adelaide Cabete, uma Republicana no Instituto de odivelas (IfET)Com Isabel lousada18 Mai: 17h30Rupturas e Continuidades Musicais na Transição do RegimeCom Elisabeth Évora nunes8 Jun: 17h30[EG]