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xxxxxxxxxFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR2

MA BANQUE, ET CELLE DE TOUTE MA FAMILLE.CHACUN DE NOS CLIENTS MÉRITE UNE ATTENTION UNIQUE.

Caixa Geral de Depósitos S.A. au capital de 5.900.000.000 ¤ – Succursale France : 38 rue de Provence – 75 009 PARIS. Siren 306 927 393 RCS Paris – Immatriculée auprès de l’ORIAS (www. orias.fr) n° ISP 20 71 86 041 – Siège Social : av. João XXI, n°63 – 1000-300 LISBOA – Portugal – S.A. de droit portugais – R.C. LISBOA (Portugal) n° 2900/930902 - Thinkstock - Document non contractuel.

Caixa Geral de Depósitos

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editorialFEVEREIRO 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 3

Pedro António Director

Frankelim Amaral

Director De reDAcçãoDirector

Pedro António

Director de redacção Frankelim AmArAl

Propriedade e edição

Sede 97 avenue Emile Zola, 75015 Paris

contactostel. Administração: 06 63 78 17 13 - 06 08 91 15 50

tel. Comercial: lUSomEDiA EVEntS 06 15 01 10 00Email: [email protected]

Web: www.portugalmag.fr - www.facebook.com/portugalmagazine

Journalistes accrédités auprès de l’UNeSco

composição gráficaFolheto Edições & Design

Praça madre teresa de Calcutá, lote 115, loja 12410-363 leiria – Portugal

tel./Fax: 00351 244 815 198 | [email protected]

colaboradoresSusana Patarra, Guida Amaral, Vitor Santos, Adélio Amaro (Portugal),

mário Pina, lucia lopes, Angélique David-Quinton, manuel moreira, Susana Alexandre, Serge Farinho, mario Cantarinha, manuel do

nascimento, maria Fernanda Pinto, Alfredo lima, Sabrina Simões, luís Gonçalves, José luís Peixoto, isabel Alves, isabel meyrelles

Fotógrafosteresina Amaral, Patrick Gonçalves

Portugal Magazine é uma publicação mensal gratuita

Agence de Presselusa

iSSN2105-7761

tiragem15.000 exemplares

todos os direitos reservadosos textos assinados são da responsabilidade dos autores e não reflectem, necessariamente, a opinião da revista

A revista bilingue da comunidade portuguesa em França

colAbore NA PortUgAl MAg!A Portugal Magazine está aberta à colaboração. colabore enviando artigos, crónicas,

textos associativos ou ligados às artes em geral. Para submissão de textos, deve-se enviar um e-mail para [email protected] com o nome completo do autor e uma foto. Se você é fã de algum assunto ou gosta de escrever, envie-nos seus artigos

e atinja mensalmente mais de 50 mil leitores !

Antes de mais, esperemos que o ano 2016 tenha começado da melhor forma para todos os nossos leitores, anunciantes e colaboradores. Reiteramos nesta edição os votos dum novo ano repleto de saúde e muita felicidade.

Encontramo-nos em Fevereiro, o mês que melhor representa o sentimento de amor devido ao dia 14, sendo este o dia mais romântico do ano, reservado aos apaixonados. Aproveite o São Valentim para mostrar ao seu companheiro(a) o quanto ele(a) é importante para si, bem que o amor deveria ser celebrado todos os dias, e não se esqueça que espalhar amor é espalhar felicidade. Para os que ainda não cruzaram na estrada da vida o ser ideal para uma longa caminhada, desejamos que o encon-trem e sejam felizes.

“Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção” (Saint-Exupéry).

Outra data marcante este mês, é o Carnaval que este ano será festejado dia 9. O Carnaval em Portugal possui uma forte tradição, que evoluiu ao longo dos seus séculos de existência e continua a levar multidões para as ruas. Os seus costumes foram exportados às colónias portuguesas, especialmente ao Brasil. Essa foi a origem do Carnaval no Brasil. Uma grande festa em todo o país, continuando o de Torres Vedras a ser um dos mais famosos de Portugal, conhecido como o mais português de to-dos, por conservar as suas tradições sem copiar outros países. Portugal continua a apostar pelas marchas de carnavais e tenta preservar ao máximo a sua identidade cultural, com blocos, caricaturas de personagens políticos e bonecos gigantes.

O mês passado foi marcado pelas nonas eleições presiden-ciais portuguesas desde a Revolução dos Cravos que tiveram lugar a 24 de janeiro e decidiram do sucessor do presidente Aníbal Cavaco Silva, impossibilitado de se recandidatar a um terceiro mandato consecutivo.

O presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o vigésimo desde a Implantação da República, o sétimo desde o 25 de Abril. Só nos resta esperar que o nosso novo e famoso presidente que conquistou 52% dos votos na primeira volta, irá levantar economicamente o país, levar o nome de Portugal além fronteiras e escutar o seu povo tanto de Portugal, como o povo português emigrante.

Boa leitura.

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índiceFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR4

08

13

Artistas portugueses vão marcar

a “Primavera cultural” de Paris

20Abriu novo espaço “open Space” da “Nissan-Neubauer” em Nanterre

21

22Manuel campos apresenta “Meu Perfume”, trabalho que saiu a 25 de Janeiro 2016 no mercado português

14

o conselheiro das co-munidades portuguesas rui ribeiro barata lan-çou uma petição online

a pedir a substituição do embaixador

28cristina branco apresenta o seu primeiro livro “Quand vous lirez ces mots”

12Um morto e vários feridos graves cau-

sados por um medi-camento experimen-

tal produzido num laboratório nacional

Sai cavaco Silva e entra Marcelo rebelo de Sousa

como novo Presidente da república

16

As maravilhas do Porto e do Douro no centro de Paris

382016 : Ano internacional das leguminosas

Paris agradeceu aos quatro portugueses

que socorreram víti-mas dos atentados

10

24Ana Moura em concerto no olympia dia 19 de Fevereiro

34Pombal, foi elevada a cidade em Agosto de 1991

le festival FeStA-FilM s’installe

à Paris

18

José luís carneiro, se-cretário de estado das

comunidades Portu-guesas, fez um “balan-ço muito positivo” da sua visita em França

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coMMUniQUÉ de PreSSeFEVEREIRO 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 5

La Banque BCP offre le conseil en Banque Privée à ses meilleurs clientsThierry AlvAdo, membre du direcToire de lA bAnque bcP eT Gilles lebrun, membre du Directoire de la Caisse d’Epargne Ile de France, accompagnés de Michel Bourgeois, Directeur de la Banque Privée de la Caisse d’Epargne Ile-de-France, ont officialisé le 20 janvier 2016 un partenariat au siège de la Banque BCP.

La Banque BCP, banque du grou-pe BPCE (Banque Populaire - Caisse d’Epargne) a officialisé son partenariat avec la Banque Privée de son principal actionnaire la Caisse d’Epargne Ile-de-France. Elle offrait déjà le service de conseil en Gestion Privée à ses meilleurs clients, avec ce partenariat elle étend son offre de services aux clients éligibles à la Gestion de Fortune.

Dans un environnement économique et fiscal complexe, optimiser la gestion de son patrimoine, préparer la transmission à ses enfants ou la cession de son entre-prise, mérite les conseils des meilleurs spécialistes.

Les banquiers privés et les ingénieurs patrimoniaux de la Banque Privée se mettent à disposition des clients de la Banque BCP. Thierry Alvado, membre du Directoire de la Banque BCP, soulig-ne : « Avec les Echanges Automatiques d’Informations entre les administrations fiscales de 50 premiers pays signataires,

pour nos clients car chaque banquier privé gère au maximum 80 clients. Enfin, notre offre est unique car composée des meilleurs produits du marché. »

Cette année, la Banque BCP célèbre ses 15 ans d’existence. Quinze années au cours desquelles elle a su évoluer pour répondre aux besoins de ses clients et les accompagner dans la réalisation de leurs projets en France comme au Portugal.

la gestion du patrimoine international de nos clients nécessite une approche globale et personnalisée ». Il ajoute « nous disposons désormais d’un niveau d’expertise que nos principaux concur-rents n’ont pas ».

Michel Bourgeois, Directeur de la Ban-que Privée complète : « Nous apportons une qualité de service et de conseil de très haut niveau. Nous sommes disponibles

Thierry AlvAdo eT Gilles lebrun

Après 10 ans de présence au Portugal (deuxième plus importante destination d’Aigle Azur après l’Algérie), un accrois-sement du nombre de ses vols réguliers vers Lisbonne mais aussi la desserte des lignes Porto, Faro et Funchal toute l’année au départ de Paris-Orly, la com-pagnie proposera à partir du 27 mars prochain, une toute nouvelle liaison entre Lyon et Porto, opérée à raison de 3 vols par semaine (chaque jeudi, vendredi et dimanche).

Pour rappel, Aigle Azur reste la seule

compagnie aérienne à relier en direct toute l’année les 4 principaux aéroports portugais, à des horaires stratégiques.

La compagnie vise également à déve-lopper ses vols moyen-courriers et à éten-dre son réseau africain. C’est dans cette optique que sera lancée dès le 28 mars prochain, une nouvelle liaison régulière, opérée 2 fois par semaine entre Lyon et

Dakar (les samedis et lundis).Ces rotations viennent s’ajouter aux

vols déjà lancés par Aigle Azur le 19 décembre 2015 entre Marseille et Dakar avec 2 fréquences hebdomadaires. Ainsi, la liaison Marseille – Dakar lancée pour la saison hiver 2015-2016, sera prolon-gée pour la saison été 2016 et devient régulière.

informations et réservations :aigleazur.com ou 0 810 797 997 (Service 0,06 €/min + prix appel)

Aigle Azur lance 2 nouvelles destinations au départ de Lyon : Porto et Dakar

lA comPAGnie frAnçAise AiGle Azur PoursuiT son déveloPPemenT et renforce son offre au départ de l’Aéroport de Lyon-Saint Exupéry, avec 2 nouvelles liaisons régulières vers Porto et Dakar.

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concUrSoFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR6

Numa lógica de subsídio equiva-lente e na perspetiva de crowdfun-ding, o ACM e os emigrantes poderão financiar ideias com impacto social que demonstrem responder de forma clara, inovadora e sustentável a ne-cessidades locais. Em largo espectro na resolução de problemas sociais, culturais, económicos e ambientais

No âmbito do concurso, já foram pré-aprovadas 50 ideias apresentadas por instituições com causas sociais e humanitárias, encontrando-se atualmente a decorrer a fase de an-gariação de emigrantes apoiantes pelo que, apenas os concorrentes que recolherem 50%, em donativo, para a execução das ideias, poderão receber o apoio dos restantes 50%, por parte do ACM.

Relat ivamente ao Emigrante Apoiante, para apoiar uma ideia,

bastará seguir os seguintes 4 pas-sos:

1º passo: Registe-se na plataforma em www.50por50.pt

2º passo: Conheça todas as ideias em http://50por50.pt/ideias/

3º passo: Clique em “Financiar” nas ideias que pretende apoiar

4º passo: Assim que for notifi-cado, contribua num prazo de 5 dias úteis.

Participe individualmente, ou de forma coletiva registando-se na plata-forma. Desde o 21 de dezembro e até 31 de julho de 2016, poderá apoiar as ideias que desejar, financiando cada uma delas com uma contribuição máxima de 1.000 €.

dAniel bAsTos

farol de luz

Debruado numa nesga de terra

ergues-te altaneiro e vigilante

sobre o mar calmo ou revoltoso

irradiando a salvífica luz oscilante.

Desde tempos imemoriais

resgatas do destino incerto

a precária condição dos mortais

que ousam cruzar o mar aberto.

O que seria de quem

incessantemente

procura conhecer o mundo

sem o clarão precioso

da esperança

de chegar a bom porto,

finalmente.

daniel bastos,

“farol de luz”, in Terra

Concurso 50/50, deixe a sua marca

em Portugalno senTido de emPreender esTrATéGiAs focAdAs em PolíTicAs de reforço e liGAção dos cidadãos nacionais emigrantes a Portugal e, especificamente à sua comunidade de origem, o Alto Comissariado para as Migrações, I.P, encontra-se a promover o Concurso 50/50, que tem como principal objetivo envolver os portugueses emigrados pelo mundo como agentes de inovação e de desenvolvimento territorial.

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xxxxxxxxxxxxFEVEREIRO 2016

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PolÉMicaFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR8

O conselheiro das comunidades portuguesas Rui Ribeiro Barata lançou uma petição online

a pedir a substituição do embaixador de Portugal em França, José Filipe Moraes Cabral

sob o TíTulo “exiGimos A subsTiTuição do ATuAl embAixAdor de PorTuGAl em frAnçA, queremos um embaixador que dê importância aos cidadãos portugueses”, a petição apela aos portugueses que “não se identificam com este tipo de representação” a “exigir a mudança do embaixador de Portugal em França”.

“Este abaixo-assinado surge não só no seguimento dos acontecimentos e declarações proferidas pelo embaixador de Portugal em França em relação ao Tony Carreira”, começa por referir o documento, continuando: “Temos o direito de exigir uma representação mais ativa, menos de-sigual e mais próxima para com e de todos os portugueses, em solo francês”.

A petição indica que “o que está em cau-sa não é o facto de a Embaixada de Portugal não querer acolher o artista Tony Carreira”, mas “a forma como o representante máxi-mo de Portugal e dos portugueses em solo francês atuou e agiu para com o cidadão nacional Tony Carreira”.

Rui Barata justificou que o que o fez avançar com a petição foi o facto de “o ci-dadão Tony Carreira declarar que se sentiu rejeitado pela Embaixada”, argumentando que “não é normal rejeitar-se um cidadão português”.

Em causa está a recusa do embaixador em acolher na embaixada a cerimónia de condecoração de Tony Carreira por parte do Governo francês.

“As pessoas quando ouviram a notícia ficaram um bocado surpreendidas, eu in-cluído. Depois percebemos que há regras internacionais que dizem que a condecora-ção não podia ser recebida na Embaixada [de Portugal] e as pessoas podem com-

preender. Mas o que mais me preocupa é a forma como trataram o cidadão Tony Carreira”, afirmou, lamentando que, em entrevista, o embaixador tenha dito que “o caso não teve importância”.

A polémica em torno da recusa da Embaixada de Portugal em Paris em aco-lher a cerimónia de atribuição do grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras a Tony Carreira foi apenas uma das razões que moveram o conselheiro das comu-nidades portuguesas da área consular de Estrasburgo.

“Isto acaba por ser um corolário de situ-ações, ou seja, há vários acontecimentos que fazem com que os portugueses possam e tenham legitimidade para questionar o tipo de representação que está a ser feito pelo atual embaixador de Portugal em França”, disse, criticando o alegado distanciamento de Moraes Cabral da comunidade.

“Temos a sensação que está a ser um embaixador não presente no terreno, ou seja, os portugueses não conhecem o em-baixador, poucos saberão qual é o nome e quem é o embaixador de Portugal em França”, afirmou.

Por outro lado, Rui Barata apontou uma manifestação dos lesados do BES em que “um conjunto de pessoas pediu para ter uma audiência com o embaixador e o embaixador não as recebeu”.

“Há todo um tipo de situações que nos faz acreditar que - no país do mundo que concentra a maior comunidade portuguesa fora de Portugal - precisamos de um embai-xador que seja próximo da comunidade”, concluiu.

Luísa Semedo, conselheira das comu-nidades eleita pela área consular de Paris, disse que teve sobretudo ecos sobre se Tony Carreira mereceria a condecoração, mas de-clarou que “a maioria concorda que já que um português pediu para ser condecorado na Embaixada, foi pena terem-lhe fechado as portas”.

“Simbolicamente, acho muito duro fechar as portas a um cidadão português e percebo que isso seja mal acolhido. Mas também percebo que haja um protocolo, acho que faz mais sentido receber uma medalha francesa em território francês”, afirmou.

A 15 de janeiro, quando recebeu a medalha, Tony Carreira escreveu na sua conta facebook (com mais de 700 mil se-guidores): “Quando tomei conhecimento desta condecoração, pedi se seria possível entregarem-me a medalha na embaixada de Portugal em Paris (a embaixada do meu país), pedido recusado pelo Sr. Embaixador de Portugal em Paris. Tive pena, fiquei triste, mas não mexe em nada com o meu orgulho em ser português”.

José Filipe MorAes CAbrAlrui ribeiro bArATATony CArreirA

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condecoracÃoFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR10

Paris agradeceu aos quatro portugueses que socorreram

vítimas dos atentadosmArGAridA, José, mAnuelA e nATáliA são quATro dos seTe “AnJos dA GuArdA” que receberam a Medalha de Bronze da Cidade de Paris por terem ajudado a socorrer as vítimas do ataque ao Bataclan, a 13 de novembro de 2015.

A homenagem aos porteiros de Paris, foi no salão nobre do Hôtel de Ville na capital francesa, a pre-sidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, agradeceu aos “anjos da guarda” que são os “embaixadores de Paris” e que “vêm do mundo inte i ro , havendo uma h is tór ia ainda mais forte com Portugal e Espanha”.

De modo geral, Anne Hidalgo insistiu que os porteiros da capital são os “heróis”, os “anjos de Paris” e “as estrelas do dia-a-dia”, subli-nhando que a medalha atribuída às sete pessoas que ajudaram as vítimas dos atentados “é para dizer obrigada”.

“Termos os porteiros foi uma sorte para toda a gente. Vocês esta-vam lá, nós estávamos estupefactos e impotentes, mas vocês acolheram as vítimas e abriram-lhes os braços porque elas choravam e estavam feridas. Vocês foram os primeiros a abrir-lhes as portas e a prestar os primeiros socorros. Estas ima-

gens fazem parte da nossa história parisiense. Foi incrível a humani-dade que vocês tiveram. Obrigada por tudo”, discursou a autarca de Paris.

Ainda que não gostem do título de “heróis”, Margarida dos Santos Sousa, Manuela Gonçalves, José Gonçalves e Natália Teixeira Syed mostraram um altruísmo e um sangue frio na noite dos atentados que permitiu salvar vidas quando abriram as portas dos seus prédios às vítimas do Bataclan.

Margarida dos Santos Sousa, de 57 anos, não hesitou em abrir as portas de casa e do prédio aos sobreviventes do ataque que matou 90 pessoas, mesmo tendo cons-ciência do risco de haver algum terrorista no meio das dezenas de pessoas que entraram no prédio.

“Quando as coisas chegam à frente dos nossos olhos, por vezes não temos tempo de pensar. Naque-le momento não pensei. Eu vi tanta gente aflita, aleijada, com sangue

a correr por eles abaixo... Nós tí-nhamos que fazer qualquer coisa e ajudar essas pessoas... Acabei por perguntar às pessoas se eram todas do Bataclan, começámos a ter cui-dado, mas depois como tínhamos a polícia à porta a tomar conta do prédio, já não tivemos mais preo-cupação”.

A portuguesa de Ermesinde, que vive há 35 anos em França e há 28 no bairro do Bataclan, acolheu sobreviventes na sua casa até por volta das cinco da manhã, incluin-do uma jovem ferida por balas que recebeu os primeiros socorros no seu sofá.

O casal José e Manuela Gonçal-ves também passou a noite do 13 de novembro a receber dezenas de vítimas do Bataclan no pátio do seu prédio e ajudou a prestar os primeiros socorros a uma jovem grávida de dois meses que acolheu no seu apartamento.

“Ela estava lá sentadinha, estive a confortá-la, dei-lhe água, umas

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condecoracÃoFEVEREIRO 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 11

bolachinhas porque ela estava de bebé. Fiquei muito chocada de vê-la assim muito calminha, não chorava, a pôr as mãos nos cabelos porque tinha os cabelos queima-dos, as meias rotas, não tinha tele-móvel... Tinha recebido tiros, balas nas pernas, t inha as perninhas cheias de sangue mas não gritava, não gemia”, contou Manuela, de 50 ano, natural de Fafe.

José e Manuela moram há 26 anos no bairro do Bataclan, e , nessa noite, em vez de ficarem entrincheirados dentro de casa ao abrigo do que se passava lá fora, preferiram estar na linha da frente para ajudar quem precisava.

“Sabe como é, temos um cora-ção, somos humanos, mas a pri-meira coisa que me chocou mais e me obrigou a fazer o maior esforço possível foi ver esses jovens todos da idade dos meus filhos”, contou José Gonçalves, de 48 anos e que nasceu na Maia.

Na mesma rua, Natália Teixeira Syed, lusodescendente, e o marido Gabriel, paquistanês, também abri-ram as portas do pátio do prédio onde vivem para acolher as vítimas. Depois de receber a medalha de bronze, Natália teve dificuldade em conter as lágrimas, “Nem posso ex-plicar como me sinto”, disse Natália com a voz entrecortada pela emoção, admitindo que, como disse Anne Hidalgo, são “mais ou menos” anjos da guarda e heróis, mas que habitu-almente estão “mais na sombra” e agora estão “mais na luz”.

“Os barulhos, os sons, as pesso-as a chegarem a casa feridas “ foi o que mais marcou a lusodescenden-te, católica, casada há 20 anos com um paquistanês muçulmano.

Além das medalhas entregues aos “heróis” de 13 de novembro, quase 600 porteiros - entre os quais cerca de uma centena de portugueses - foram agraciados com o diploma de “porteiro da cidade de Paris”.

A presidente da Câmara de Paris agradeceu ainda ao vereador fran-co -português Hermano Sanches Ruivo “com quem imaginou a ini-ciativa”, tendo o vereador contado que a homenagem vai repetir-se todos os anos e que vai ser criado o “Dia dos direitos e dos deveres dos porteiros”.

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SaÚdeFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR12

Um morto e vários feridos graves causados por um medicamento experimental produzido num

laboratório nacionalA AuToridAde que reGulA o seTor do medicAmenTo GArAnTiu que o fármAco exPerimenTAl que terá causado a morte de um homem e a hospitalização de cinco pessoas em França “não está a ser utilizado em nenhum ensaio clínico em Portugal”.

Numa nota enviada à comunicação social, o Infarmed afirma ter tomado conhecimento, através da Agência Francesa do Medicamento, do aciden-te grave, num centro de investigação, em França, no âmbito de um ensaio clínico de fase I, com um medica-mento experimental produzido num laboratório nacional”.

“Esta situação está a ser analisada e acompanhada pelas autoridades francesas que têm partilhado a infor-mação no contexto da rede europeia das autoridades do medicamento”, lê-se na nota da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), acrescentando que o ins-tituto está a acompanhar a situação.

Este acidente grave deu-se em Rennes, oeste de França, num ensaio de medicamentos analgésicos condu-zida por um laboratório privado para a farmacêutica portuguesa BIAL.

Os voluntários ingeriram o medi-camento por via oral, segundo infor-mou o Ministério da Saúde francês.

Os ensaios terapêuticos foram dirigidos pela Biotrial, um centro de investigação médica autorizado pelo Ministério da Saúde, por conta do grupo farmacêutico português BIAL, indicou a fonte.

Criada em 1989, a Biotrial realiza testes clínicos para diversos laborató-rios farmacêuticos e dá emprego a 300 pessoas, 200 delas em Rennes.

A empresa portuguesa BIAL ga-rante que está a acompanhar de perto todos os doentes que participam no ensaio clínico ao fármaco experimen-tal que terá causado a hospitalização de seis pessoas e a morte de outra em França.

A BIAL adianta ainda que já ti-nham participado neste ensaio com uma nova molécula 108 voluntários, sem haver notificação de qualquer reação adversa moderada ou grave.

A autoridade que regula o setor do medicamento em Portugal (Infarmed) adiantou já que o fármaco experimen-tal “não está a ser utilizado em ne-nhum ensaio clínico em Portugal”.

Pub.

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PolíticaFEVEREIRO 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 13

José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, fez um “balanço

muito positivo” da sua visita em Françao secreTário de esTAdo dAs comunidAdes PorTuGuesAs fez um “balanço muito positivo” da visita que efetuou em Janeiro em França, destacando as garantias conseguidas no ensino do português em França e na colaboração das autarquias com a administração portuguesa.

“Tivemos uma grande abertura para as questões relacionadas com o ensino da língua portuguesa no estrangeiro. Em Clermont-Ferrand tivemos a garantia definitiva de que o português continuará a ser ensinado a partir de setembro deste ano”, disse José Luís Carneiro.

O governante afirmou ter obtido “a garantia das autarquias francesas para sensibilizar as autoridades políticas em França para a importância da inserção, cada vez maior, do português na es-trutura curricular oficial do sistema de ensino francês”.

Por outro lado, José Luís Carneiro sublinhou ter sentido a “abertura de vários autarcas e eleitos portugueses em Paris, em Lyon e em Bordéus” para uma “colaboração com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas destinada a desenvolver atendimento público e apoio aos atos eleitorais”.

Durante a visita a França, o secretá-rio de Estado verificou “uma degradação ao nível da falta de recursos humanos e da falta de meios” nos postos consu-

dadas, nomeadamente a experiência das permanências consulares e a ex-periência das antenas consulares que devem ser não apenas consolidadas, como reforçadas”.

“Além disso vemos com muito bons olhos esta disponibilidade de muitas autarquias - que pudemos contactar nestes últimos dias - para também poderem auxiliar os nossos serviços consulares e garantir atendimento pú-blico em matérias que sejam de maior simplicidade”, continuou, acrescentando que o objetivo é “aproximar algumas res-postas da administração portuguesa aos cidadãos que vivem nessas autarquias”.

Na visita oficial que o levou a Paris, Lyon e Bordéus, o secretário de Estado lembrou que assumiu “o compromisso de adotar uma política de proximidade proativa, fazendo das comunidades portuguesas uma porta giratória entre Portugal e o mundo e entre o mundo e Portugal em todos os domínios, desde o social, ao cultural e linguístico, até ao empresarial, económico e político”.

lares, sublinhando que “só o grande empenho dos consulados, esse esforço extraordinário que tem vindo a ser feito ao longo dos últimos três, quatro anos, é que tem permitido ultrapassar uma situação que piorou do ponto de vista dos recursos humanos e das condições, nalguns casos até materiais e logísticas”.

“Eu queria aproveitar para reco-nhecer o esforço extraordinário dos nossos cônsules e dos funcionários dos consulados que têm feito das tripas co-ração para conseguirem garantir níveis de atendimento com qualidade e que dignifiquem o Estado português. E fa-zem-no com menos recursos para uma maior procura”, declarou, lembrando os “novos fluxos de emigrantes que pro-curaram muitos serviços consulares” ao longo dos últimos anos.

Questionado quanto às medidas que tenciona implementar para combater a falta de meios nos consulados, José Luís Carneiro respondeu que há “duas experiências que têm que ser aprofun-

José luís CArneiro

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exPoSicÃoFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR14

Artistas portugueses vão marcar a “Primavera Cultural” de Paris

PAris é PAlco dA iniciATivA “PrinTemPs culTurel PorTuGAis” (“Primavera Cultural Portuguesa”), nos próximos meses, num programa que apresenta vários artistas portugueses, em espaços emblemáticos da capital francesa.

O evento nasceu da colaboração entre os museus Grand Palais, Jeu de Paume, Cité de l’Architecture & du Patrimoine, a delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian e o Théâtre de la Ville, que vão apresentar exposições do pintor Amadeo de Souza-Cardoso, da fotógra-fa Helena Almeida, de meio século da arquitetura portuguesa, do artista Julião Sarmento e ainda uma peça da compa-nhia Teatro Praga.

A “Primavera Cultural Portugue-sa” foi inaugurada a 20 de janeiro, na Gulbenkian de Paris, com a exposição “Julião Sarmento. la chose, même - the real thing”, que se prolonga até 17 de abril e que apresenta “um panorama de uma figura de proa da arte contemporâ-nea portuguesa, com uma carreira que começou por ser internacional”.

“Ao longo dos anos, Julião Sarmento desenvolveu uma obra proteiforme, recorrendo à fotografia, ao desenho, à escultura, ao vídeo e à ‘performance’, mantendo uma estreita ligação com o texto que ele incorpora nas suas obras. O seu trabalho é marcado pela presença icónica da mulher, musa subtil e padrão recorrente enigmático que marca as suas propostas”, continua o documento.

De 9 de fevereiro a 22 de maio, o mu-seu Jeu de Paume apresenta a retrospetiva “Helena Almeida. Corpus”, mostrando, “pela primeira vez em França, as obras mais emblemáticas que aliam pintura, fotografia, desenho e vídeo”, daquela que é “considerada uma das maiores artistas contemporâneas portuguesas”.

“O ponto de partida da sua obra é sempre o seu corpo, como se ela não

De 13 de abril a 29 de agosto, é a vez da Cité de l’Architecture & du Patrimoi-ne, em coproduçao com a Gulbenkian de Paris, acolher a exposição “Les uni-versalistes. 50 ans d’architecture portu-gaise” (“Os universalistas. 50 anos da arquitetura portuguesa”), que apresenta “50 projetos arquiteturais sob a forma de maquetes produzidas especialmente para a exposição, documentos gráficos e audiovisuais”.

De 31 de maio a 04 de junho, no âm-bito da sétima edição do festival Chantiers d’Europe, o Théâtre de la Ville propõe o “Projet Pessoa”, do Teatro Praga, a companhia portuguesa que volta a ser convidada para o evento pelo quarto ano consecutivo.

“O Teatro Praga está de regresso com Fernando Pessoa na bagagem. Um monu-mento nacional abordado com muita li-berdade e fantasia, com uma dramaturgia alegremente heteróclita que faz ressurgir a infância do poeta na África do Sul”.

cessasse de afirmar: ‘A minha pintura é o meu corpo, o meu corpo é a minha pintura’”.

De 20 de abril a 18 de julho, o Grand Palais, associado às comemorações dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian, apresenta a retrospetiva de Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), “o segredo mais bem guardado da cultura portugue-sa, que viveu e trabalhou entre Paris e Manhufe, no norte de Portugal”.

“Próximo de artistas como Amedeo Modigliani, Constantin Brancusi, Ale-xander Archipenko, Juan Gris ou ainda Robert e Sonia Delaunay, Amadeo não se reivindica de nenhum movimento esté-tico. Influenciado pelo impressionismo, expressionismo, cubismo e futurismo, ele rejeita qualquer etiqueta. As suas obras alimentam-se de um diálogo constante entre tradição e modernidade, associando pesquisas vanguardistas e releitura de temas iconográficos populares”.

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PolíticaFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR16

Sai Cavaco Silva e entra Marcelo Rebelo de Sousa como novo

Presidente da RepúblicamArcelo rebelo de sousA é o novo PresidenTe dA rePúblicA. O professor, antigo líder do PSD e comentador televisivo da TVI sucede a Cavaco Silva. Tal como todas as sondagens indicavam, Marcelo foi o candidato presidencial mais votado pelos portugueses, com mais de 50% dos votos.

Ficou à frente de Sampaio da Nóvoa, com Marisa Matias a causar surpresa ao ocupar o último lugar do pódio.

Poucos ousariam prognosticar que Marcelo não seria o candidato mais votado. Restava a dúvida se conseguiria ser eleito à primeira volta, a qual ainda permaneceu quando foram conhecidos os primeiros resultados, às 20h00.

Porém, bastariam apenas cerca de três quartos e hora para que até a can-didata Maria de Belém, a maior derro-tada da noite, confirmasse que já havia felicitado o novo Presidente.

Sai Cavaco, entra Marcelo, que é assim o 20.º português a chegar ao Palácio de Belém desde a Implantação da República em 1910.

o percurso de marcelo até belémMarcelo Rebelo de Sousa nasceu a

12 de dezembro de 1948 (tem 67 anos), filho de um médico e de uma assistente social, em Lisboa. Atualmente vive em Cascais. Mas é em Celorico de Basto que é visto como um “filho da terra”, ou antes, “neto da terra”, dado que deve essas raízes à avó materna.

Foi na vila do distrito de Braga que apresentou à candidatura à Presidência da República (numa biblioteca com o seu nome), foi lá que votou nas eleições que acabou por vencer. Poucos ousariam perspetivar que Marcelo não seria o candidato mais votado. A principal dúvida era se seria eleito à primeira volta ou após a realização de uma segunda.

Interessa agora recordar o percurso da vida política de Marcelo Rebelo de Sousa até chegar a Presidente da Re-pública.

Ao contrário de muitos outros, não foi na faculdade (estudou na Faculdade de Direito de Lisboa) que teve o pri-meiro contacto com a política. Marcelo Rebelo de Sousa nasceu e cresceu no meio dela. Conviveu desde cedo com a família do então primeiro-ministro

MArCelo rebelo de sousA

do Estado Novo, Marcello Caetano, devido ao envolvimento político do pai, Baltazar Rebelo de Sousa, que chegou a ser ministro das Corporações e do Ultramar.

O seu percurso no PSD começou aos 26 anos, em 1974, ano em que se tor-nou militante do partido que lideraria entre 1996 e 1999. Antes, em 1989, o agora candidato presidencial disputou as suas primeiras eleições, como núme-ro um da lista do PSD e do CDS-PP à Câmara de Lisboa. Perdeu. Dizia-se que tinha falta de notoriedade…

Mais de duas décadas e meia de-pois, notoriedade é algo que não lhe falta, depois de ter sido comentador político durante 15 anos, divididos em duas etapas na TVI (entre 2000 e 2004, 2010 e 2015) e outra na RTP (de 2005 a 2010). Os seus comentários em horário nobre, ao domingo, valeram à estação de Queluz tantas e tantas lideranças da

tabela de audiências.

A década de cavaco silva como Presidente

Enquanto quarto presidente da Re-pública eleito democraticamente por sufrágio universal após o 25 de Abril de 1974, desde 9 de março de 2006, data em que tomou posse, Cavaco Silva conviveu com quatro governos (três do PS e um do PSD/CDS) e três primeiros-ministros (José Sócrates, Passos Coelho e António Costa). Mas não foram só os governos a mudar, o país viveu nestes anos uma das maiores crises de sempre com níveis de austeridade nunca vistos em mais de 40 anos de democracia.

Entre 2006 e 2007 viveu os anos mais tranquilos em Belém. A troika ainda não havia chegado a Portugal, au-steridade ainda era uma palavra pouco recorrente no léxico dos portugueses. José Sócrates governava o país com ma-

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PolíticaFEVEREIRO 2016

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ioria absoluta e as relações entre Belém e São Bento ainda eram serenas.

O ano seguinte trouxe o início do constante sobressalto, uma vez que em 2008 rebentou a crise mundial. As relações com o governo de Sócra-tes começaram a degradar-se e nunca suavizariam. Estavam para chegar os PEC, que Cavaco Silva nunca aplaudiu. Aliás, para a preparação do último de-stes programas, o PEC IV, o Presidente da República nem foi consultado pelo executivo socialista.

Em 2011, no tradicional discurso de ano novo, a poucos meses de eleições legislativas, Cavaco Silva alertou que “este aumento da dívida externa e do desemprego, a que se junta o desequ-ilíbrio das contas públicas, podemos caminhar para uma situação explosiva”. Embora não tenha sido dito, a men-sagem tinha um claro destinatário: o governo socialista.

Na mesma mensagem do dia 1 de janeiro de 2011, Cavaco Silva apelou para que “os sacrifícios” fossem “repar-tidos de uma forma justa por todos, sem exceções ou privilégios”.

Ainda nesse mês de janeiro, Cava-co Silva seria reeleito para a Presidência da República, à primeira volta, com o apoio do PSD e CDS. Na tomada de posse, no dia 9 de março, arrasou o governo de Sócrates. Uma frase desse discurso ficou para a história: “Há li-mites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos”.

No dia 23 de março o PEC IV, o tal para o qual Cavaco não foi consulta-do, foi chumbado no parlamento e Sócrates demitiu-se. No meio deste turbilhão político, no dia 6 de abril o governo solicitou ajuda externa e no dia 3 de maio foi assinado o memo-rando da troika.

A relação com o novo primeiro-mi-nistro, Pedro Passos Coelho, foi me-nos tumultuosa. O que não significa que o país vivesse dias melhores. O ano 2013 foi negro para este governo social-democrata, com o Tribunal Constitu-cional a travar muitas das medidas de austeridade. Passos chegou a ponderar demitir-se e Vítor Gaspar bateu mesmo com a porta no início do verão. Paulo Portas demitiu-se no dia seguinte, mas a demissão “irrevogável” tornou-se re-vogável, e o governo sobreviveu. Portas até passou a vice-primeiro-ministro.

Cavaco era criticado por ter um papel pouco interventivo por estes dias. A verdade é que a instabilidade até o tornou mais próximo de Passos

Coelho. No início de 2014, o Presidente da República até indicou ao país que já encontrava “sinais que nos permitem” encarar o novo ano com “mais espera-nça”, um país que “saiu da recessão em que estava mergulhado desde finais de 2010”, diminuiu o desemprego e “têm vindo a registar um comportamento mais favorável nas exportações”.

Na mensagem de ano novo de 2015, ano de novas eleições legislativas, Cavaco deu sinais de satisfação com um país em que “a economia está a crescer, a competitividade melhorou, o

investimento iniciou uma trajetória de recuperação e o desemprego diminuiu”. O presidente não adivinhava o que aconteceria depois das eleições.

António Costa foi o último prime-iro-ministro com o qual Cavaco Silva coincidiu nos dez anos em que foi Presidente da República.

Agora chegou a hora de Cavaco Si-lva deixar o cargo a Marcelo Rebelo de Sousa, que enquanto comentador tele-visivo tantas vezes analisou a atividade política do mais famoso dos cidadãos nascidos em Boliqueime.

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FeStiValFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR18

Le festival FESTAFILM s’installe à Paris

le fesTivAl fesTAfilm s’insTAlle à PAris du 1er Au 9 Avril 2016, avec pour objectif de mettre en lumière la culture lusophone à travers son cinéma mais aussi ses échanges et ses liens avec le monde francophone.

Après ses débuts à Montpellier et de nombreux partenariats réalisés au niveau national et international, l’équipe souhaite mettre tout en oeuvre pour placer ce rendez-vous incontournable entre lusophonie et francophonie sous le feu des projecteurs. Pour cela, et pour sa huitième édition, le Festafilm s’installe à Paris et modifie quelque peu sa structuration. Ainsi il durera désormais 9 jours et la musique lusophone s’invitera un peu plus au festival. Et ce n’est autre que la grande fadiste GISELA JOÃO qui clôturera le festival le 9 avril à 20H00 à L’ALHAMBRA (Lizzie Levée assurera la première partie du spectacle).

À l’initiative de monsieur Ferdinand Fortes, président et fondateur du Festafilm, ce festival dédié au cinéma lusophone et francophone a vu le jour en 2008. Depuis des débuts, le Festafilm écrit son histoire, celle des rencontres, du cinéma, de la découverte et du voyage. Le festival a voulu être durant toutes ces années un trait d’union entre deux cultures, la lusophonie et la francophonie, par le biais de sa programmation cinémato-graphique résolument rythmée, pertinente et éclectique. Des films venus de l’Angola, du Brésil, du Cap-Vert, de la Guinée-Bissau, du Mozambique et du Portugal, mais aussi de Belgique, de France, du Luxembourg, de Québec et de Suisse, ont alimenté cette pro-grammation pour le plus grand plaisir d’un public toujours plus nombreux.

Aujourd’hui ces échanges continuent et aboutiront à des rencontres entre réalisateurs lusophones et francophones et à la naissance de projets cinématographiques. Le Festafilm souhaite aussi développer et mettre en place une approche pédagogique, ludique et ar-tistique des divers aspects de la profession cinématographique.

CRÉER, ÉCHANGER, COMPRENDRE, voilà les maîtres-mots de ce festival, qui s’efforce de faire de la culture un créateur de lien social, de valoriser et mettre en avant la jeune création, de défendre un projet pédagogique autour de l’image, de rendre le cinéma accessible à tous, et de soutenir la programmation en France des productions de pays émergents.

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coMUnidadeFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR20

Abriu novo espaço “Open Space” da “Nissan-Neubauer” em Nanterredesde A AlGuns meses esTá AberTo o novo concePTo dA “nissAn-neubAuer” em nAnTerre, “Open Space” um espaço enorme cheio de charme onde o público é acolhido com atendimento especial e próprio.

Toda a equipa do concessionário de Nanterre abriu as portas aos clientes e amigos para uma noite de convívio à volta de um buffet.

Portugal Magazine respondeu ao convite de Rui Mendes para participar neste evento. Rui Mendes disse-nos que a comunidade portuguesa é importante entre os seus clientes, que existe uma vasta equipa de profissionais que estão ao dispor, desde a compra de um veí-culo, manutenção ou reparação, e que a qualidade, confiança e transparência com os clientes é a carta de visita deste concessionário.

Rui Mendes também declarou que tem uma grande clientela de empresas portuguesas no ramo da construção e outras atividades com vários veículos e modelos para as mais diversas áreas de negócios.

O concessionário “Nissan-Neu-bauer” tem um grande escolha de automóveis novos e usados, com uma equipa profissional para o aconselhar.

O grupo “Neubauer” é especialista na distribuição de automóveis hà mais de 80 anos, e desde 2007 integrou a marca “Nissan” à sua atividade, e desde 2014 “Neubauer” é o primeiro distri-

buidor Nissan em França.Sendo o serviço, depois-venda uma

prioridade de cada concessionário, “Nissan-Neubauer” tem em Nanterre um serviço onde pode personalizar o seu veículo, ou mesmo aumentar o seu volume de carga. “Nissan-Neubauer”, tem soluções adaptadas de financia-mento que vos garante um serviço de qualidade.

Para mais informações e preços atrativos, tem à sua disposição o co-mercial e conselheiro, Rui Mendes que pode contactar através do numero 06 22 10 05 26.

concession nissAn nanterre8 avenue vladimir ilich lenine

92000 nanterreTél. : 01 47 77 66 66

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As maravilhas do Porto e do Douro no centro de Paris

o PorToloGiA, lA mAison des PorTo, é um novo esPAço no cenTro de PAris que pretende mostrar a riqueza do Vinho do Porto apresentando mais de 200 vinhos diferentes e sugerindo provas comentadas sobre este néctar dos deuses.

o objetivo de dar a conhecer os melhores vinhos de algumas quintas que antes era impossível encontrar em França. A cole-ção conta ainda com mais de 50 referên-cias Vintage e mesmo algumas raridades como um Porto Branco com mais de 40 anos ou um Porto Tawny 100 anos.

Os vinhos da loja estão disponíveis para prova, venda a copo e venda para casa, bem como para a dinamização de degustações comentadas. Como complemento o Portologia propõe igualmente alguns vinhos de outras regiões do país, produtos de mercearia, queijos DOP portugueses e charcutaria de porco Bísaro.

O Vinho do Porto é, provavelmente, o produto português mais conhecido em todo o mundo com a particularidade de que só pode ser produzido na região de-marcada do Douro. Uma riqueza nacional única e especial que Julien dos Santos, um jovem lusodescendente que se lança no seu primeiro negócio, quer dar a conhecer em profundidade no seu bar-loja-cave de vinhos em Paris, o Portologia.

A ideia do projeto nasceu algures em 2014 quando Julien dos Santos conheceu Jean Philippe Duhard, um francês que, no ano 2000, fundou o Vinologia na cidade do Porto: uma loja de provas de vinhos de pequenos

produtores independentes. Em julho de 2015, Julien ficou encarregue do Vinologia da invicta com o objetivo de o renovar e modernizar. Meses mais tarde uma oportunidade permitiu-lhe abrir um espaço em Paris e o conceito viajou até França.

O Vinho do Porto é um produto adorado pelo público francês, sendo a França, ainda hoje, o país que mais consome vinho do Porto à frente dos ingleses e dos portugueses.

Por isso mesmo, o Portologia é um paraíso para os que gostam deste vinho: são mais de 200 vinhos de cerca de 30 produtores e companhias diferentes com

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entreViStaFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR22

Manuel Campos apresenta “Meu Perfume”, trabalho que saiu a 25 de Janeiro 2016 no mercado português

filho de emiGrAnTes dA reGião de Trás-os-monTes, Manuel Campos nasceu a 7 de Março de 1995 em Neuilly Sur Seine, uma localidade perto de Paris, mas sempre teve uma forte ligação a Portugal, país onde todos os anos vem passar as férias de verão.

Desde tenra idade que Manuel Cam-pos mostrou o gosto e aptidão para a música tendo começado a cantar muito jovem, sobe pela primeira vez a um pal-co com 13 anos de idade.

Um ano de-pois ganha o

concurso “Tony Fan Tour 2009” o que lhe valeu cantar com o seu ídolo Tony Carreira para mais de 30.000 pessoas. A ligação entre ambos nunca se perdeu e desde esse dia Manuel Campos tem re-petido o feito mais vezes, tendo sido a última em França nas Arenas de Metz.

As suas influências mu-sicais são como não

poderia deixar de ser o cantor Tony Carreira e também

Michael Jackson, dois cantores exímios em

áreas tão distintas mas cujas carreiras sempre

admirou.Para além de cantor Ma-

nuel Campos também é compositor e são da sua autoria os 12 temas do seu primeiro álbum de inéditos “ Diz-me tudo amor “ lançado em 2011 pela mão do produtor

Páquito.Depois desse tra-

balho, outros se se-

guem sempre com muita boa aceitação pela parte do público.

2012 – Amor de Verão, 2013 – Chiri bem, 2014 – Kukuduro, 2014 – Na mi-nha aldeia e 2015 – Um Português em Festa ( segundo álbum de originais ).

Em outubro de 2015 Manuel Cam-pos assina pela País Real e volta a tra-balhar com o produtor Páquito , desta nova parceria nasce um trabalho feito á medida da sua voz melodiosa, um traba-lho cheio de ritmos dançáveis e que ficam no ouvido, como é o caso dos temas “Meu Perfume”, “Eras Tu” ou “Quem Sou Eu Sem Ti”.

Este CD também é pautado por algu-mas baladas que apelam aos corações mais românticos, o tema “Agora Que Foste Em-bora” é um dos exemplos assim como “Só Porque Acabou”.

Com influências assumidas, mas com um estilo próprio Manuel Campos con-juga ritmos românticos com outros mais latinos o que resulta num trabalho único.

Manuel Campos com o trabalho “MEU PERFUME” será sem duvida em 2016 a nova revelação do panorama mu-sical português.

manuel campos, o teu último tra-balho de originais “meu Perfume” da editora País real, com a colaboração do produtor Páquito, saiu para o mer-cado dia 25 de Janeiro. como está a ser aceite pelo público? quais os « feedba-cks » que tens tido ?

Trabalhar novamente com o Paquito Rebelo foi muito bom, o disco é um dis-co muito recente, os feedbacks ainda são poucos, mas os que tenho recebido são positivos, também tenho recebido elogios de colegas de trabalho. Tenho andado a promover dois single nas televisões portu-guesas o “Meu Perfume” e o “Quem sou eu sem ti?” o público adere às canções.

no álbum “meu Perfume” e ao

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entreViStaFEVEREIRO 2016

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longo da tua carreira, tens tido temas muito mexidos, populares, latinos, ba-ladas... o porqué de teres vários estilos musicais ? ou ainda não encontraste o teu estilo musical ?

Ao longo destes 5 anos de carreira fiz 3 discos de originais, o primeiro foi um pop/romântico, o segundo foi uma aposta de uma editora francesa a EGT / Wagram-MusicFrance com um estilo mais Latino/Dance, eu aceitei o “desafio”.

Com o terceiro disco “Meu perfume” regresso às musicas românticas, mas é um disco mais mexido do que o primeiro, pos-so dizer que é um disco Pop/latino, este é o disco no qual eu me identifico mais.

és um artista por completo, cantor, autor, compositor. sentes essa neces-sidade dos temas serem teus? identifi-cas-te ao que cantas e escreves ?

Não... não sinto essa necessidade, já tive temas onde não fui eu a escrever nem a compor..

Agora, quando eu escrevo canções, sim gosto de falar de mim, do que já vivi, do meu passado... das historias de amor que já tive.

Ou então inspiro-me de historias que me contam, um exemplo há dias um amigo meu pediu-me para escrever uma canção sobre uma história que lhe está a acontecer neste momento, e eu, escrevi (riso).

o teu 1° trabalho « diz me tudo amor » em 2011 foi disco de ouro com mais de 7.500 discos vendidos. esta-vas à espera de tal sucesso ? esperas o mesmo para este novo trabalho ?

Vou ser sincero, não, não estava à es-pera de ser Disco de Ouro no primeiro tra-balho discografico, é sinal que as pessoas gostaram do 1° trabalho, e sou muito grato a eles(as). Sim, espero o mesmo para este disco ou ainda mais. Eu e a minha editora País Real, estamos a trabalhar muito para conseguir-mos alcançar um disco de ouro ou platina, quem sabe?

Vamos ter uma campanha televisiva, em dois canais, vai-nos ajudar para que as pessoas conheçam mais facilmente o “Meu Perfume”.

manuel campos, também tens fei-to alguns trabalhos para o mercado francês, como “um Português em fes-ta” na “eGT-Wagram music”. Pensas fazer trabalhos noutras línguas, outros mercados, e porquê?

Sim, gostava de fazer mais, até porque já tenho alguns temas escritos em francês, e adoro cantar em francês. Uma língua

Vou ser sincero, não, não estava à espera de ser Disco de Ouro no primeiro trabalho dis-cografico, é sinal que as pessoas gostaram do 1° trabalho...

Manuel CaMpOs

em que gostava muito cantar é o italiano, adoro Eros Ramazotti. Porque não um dia lançar um disco em italiano? (riso)

A primeira vez que que subiste a um palco para cantar tinhas 13 anos. Ainda te lembras desse momento? como foi ?

Uma sensação muito boa, não me vou esquecer, foi com um grupo que eu tinha no colégio e onde eu era o guitarrista e vocalista da banda. Foi no Thêatre Roger Barat em Herblay, e foi nesse mesmo local onde fechei o “Tour 2015”, numa sala completamente cheia, foi um sonho realizado.

em 2009 cantaste para mais de 30.000 pessoas em duo com um dos maiores artistas portugueses, Tony carreira, sabemos que és um enorme fã do Tony. qual a tua ligação com o artista ?

Tony Carreira! O Tony é um artis-ta que eu admiro imenso, não só pelas canções, mas também pela carreira que ele tem, pelas produções que ele faz em Portugal e fora do país em termos de espetáculos. Posso dizer que somos amigos, falamos varias vezes, e já cantei com ele umas 4-5 vezes em palco. Tive com ele à cerca de 2-3 semanas quan-do ele recebeu o título de Cavaleiro da Ordem de Artes e Letras de França em Paris, ele estava muito feliz, ele repre-senta muito bem o “nosso” Portugal cá em França e fora.

Tens algumas datas a comunicar

aos nossos leitores? e para quem estiver interessado em contactar-te, como pode fazer?

Posso comunicar as minhas proxi-mas datas, dia 6 estou em Nanterre, na Salle des Congres, dia 13 de Fevereiro estou em Saint-Brice-Sous-Forêt na Sal-le des Fêtes le Palladium, 4 de Março estou na Taverne de Maitre Kanter em Montargis...

Tenho mais, mas o melhor é visita-rem a minha página oficial no facebook : Manuel Campos. Para os concertos, podem deixar mensagem na página ou então contactar a minha produtora, País Real.

manuel campos, tens alguma mensagens para teus fãs e leitores da Portugal magazine?

Para os meus fãs e leitores da Por-tugal Magazine, espero que gostaram da minha entrevista, espero ver-vos em breve nos meus espetáculos em França. Obrigado pelo apoio e carinho que me têm dado ao longo destes anos, obriga-do também a toda a equipa do Portugal Mag. Obrigado aos meus amigos e pa-trocinadores José Nobre e Antonio Mei-reles.

E nunca desistam dos vossos sonhos, Nunca!!!

A todos um Bom Ano 2016, do vos-so amigo Manuel Campos

contactos para concertos : Facebook Oficial :

Manuelcampos.PaginaoficialPaís Real : +351 935 043 931

[email protected]

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entreViStaFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR24

Ana Moura em concerto no Olympia dia 19

de Fevereironão há ouTrA voz no fAdo como A de AnA mourA… A fadista irá atuar dia 19 de Fevereiro na mítica sala do Olympia de Paris.

A Portugal Magazine aproveitou este grande evento para entrevistar aquela que transforma instantaneamente em fado qualquer melodia a que encoste a sua voz e que editou seu 6.º álbum “Moura” dia 27 de Novembro de 2015, sendo direta-mente galardoado com a marca de Disco de Ouro.

Olympia é uma sala com imensa história e vai ser muito bom começar a Tour mundial neste espaço mítico.

Este concerto será especial no sentido de que iremos apresentar pela primeira vez ao vivo, muitas das músicas do “Moura”. Só as tocamos na sala de ensaio e será me-morável a sensação única de estrear esses

Ana moura, a comunidade portu-guesa de frança vai ter o prazer de a ter em espetáculo dia 19 de fevereiro na mítica sala do olympia de Paris. qual o seu pressentimento ? Tem algumas surpresas ou irá preparar algo especial para este concerto?

Estou convicta que vai ser especial. O

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temas ao vivo, perante uma plateia e numa sala lendária como esta.

depois do enorme sucesso do disco “desfado” que atingiu 5 platinas e é um dos discos mais vendido em Portugal nos últimos 10 anos, o seu mais recen-te álbum “moura” foi gravado em los Angeles e produzido por larry Klein. como define este álbum ?

Posso definir este álbum como a con-tinuidade natural do “Desfado”. O meu último trabalho reflecte a necessidade que tive de arriscar, de querer procurar uma linguagem musical que me definisse, num contexto geracional e de história de percur-so que tenho vindo a ter, com colaborações com músicos de áreas distantes da minha que se apaixonam pelo fado. Já o “Moura” é a afirmação disso mesmo. Neste arrisquei ainda mais, procurando novas sonoridades na guitarra portuguesa, por exemplo, e experimentei os ambientes, os ritmos, um som mais espiritual, até. E hoje ouvir dizer que o Desfado é um disco que marcou uma mudança na história do fado deixa-me extremamente feliz e com a certeza de que vale a pena sair da zona de conforto mesmo quando se é bem sucedido e sermos fiéis aquilo que sentimos e intuímos.

este novo álbum « moura » traz, novamente, grandes nomes da música portuguesa como carlos Tê, samuel úria, Jorge cruz, edu mundo, sara Tavares, Kalaf, miguel Araújo, Pedro da silva martins, luís José martin, Pedro Abrunhosa, entre outros. sente uma necessidade de partilhar o seu trabalho ou qual o motivo ?

À semelhança do “Desfado”, neste meu ultimo trabalho, convidei autores com quem me identifico, nas suas particulari-dades e diferenças entre si. Nessa ligação e partilha o elo é a minha interpretação, a mi-nha forma de intuir tudo o que me chegou deles. E desse trabalho de reunir todas as músicas e letras nasceu a motivação de uma sonoridade que desaguou no “Moura”.

como está a ser a aceitação do públi-co para este seu novo trabalho ?

A aceitação tem sido excelente! Estou muito feliz com o feedback que tenho sentido. No primeiro dia de edição, tive a excelente notícia que o “Moura” atingiu o galardão Ouro e poucos dias depois a Platina. Só posso estar satisfeita com tão agradável recepção!

intitulou o disco como “moura”. o porqué do nome ? é o disco que mais a indentifica ?

O meu último trabalho reflecte a necessidade que tive de arriscar, de querer procurar uma linguagem musical que me definisse...

ana MOuRa

““Moura” porque para além de existirem

dois temas, “Moura Encantada e “Moura”, há uma certa associação ao imaginário das lendas e do misticismo que o próprio nome nos remete. Essa mistura de influências que se reflecte neste trabalho, nestas musicas e letras de pessoas tão diferentes e talentosas que admiro, é também o que me identifica. Há Fado mas também existem outras influ-ências e é esse somatório que me define.

Não posso dizer que é o disco que mais me identifica, porque todos o fazem, mas é o que reflecte aquilo que actualmente sou, na música e na minha vida.

o sucesso de « desfado » trouxe-lhe mais liberdade para puder continuar a arriscar na criação de discos diferentes do que habitualmente tinha feito?

Naturalmente. O “Desfado” foi um novo ponto de partida que permitiu que o “Moura” resultasse assim. O “Desfado”,

que inicialmente foi erradamente associado à negação do Fado por algumas pessoas, veio logicamente afirmar-se como outra forma de se estar do Fado: a minha. O su-cesso alcançado deu-me toda a certeza do que queria fazer num trabalho seguinte e, assim, chegar a este meu novo disco.

Tem feito concertos em todas as partes do mundo, tem recebido prémios e recompensas. qual a passagem mais importante da sua vida de artista? e qual a sua melhor recordação na sua carreira?

Não consigo evidenciar facilmente uma passagem, porque todas são importantes. Mas sem dúvida que o melhor tem sido poder trabalhar com os mais diversos músicos e autores, que enriquecem todo o meu percurso. No entanto, posso assinalar aqueles momentos que são relembrados mais vezes, pela sua peculariedade. Falo dos

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concertos dos Rolling Stones e Prince, para os quais tive o previlégio de ser convidada a participar. Foram momento únicos.

nesses espetáculos pelo mundo, como sente a presença da comunidade portuguesa?

Sinto como um regressar a casa. Habi-tualmente faço muitas tournés por todo o mundo, algumas longas e em cidades onde por vezes não temos sequer um português a assistir. Daí que quando temos concertos com a presença da comunidade portuguesa

na plateia é um chegar a casa antecipado. É muito bom sentir o carinho, a recepção tão particular dos nossos.

Tem alguma mensagem a transmitir à comunidade lusófona de frança e aos leitores da Portugal magazine?

Quero agradecer, desde já, as manifesta-ções de agrado e carinho que tenho recebi-do nas redes sociais. São muito importantes porque nos dão a perceber que vamos num bom sentido. Os portugueses em França sempre me receberam muito bem e tenho

a certeza que o dia 19, com a presença de muitos de vocês, vai ser especial. Obrigada a todos.

bioGrAfiA

Ana Moura nasceu em Santarém (1979) e cresceu num núcleo familiar em que todos cantavam em reuniões e acon-tecimentos particulares. Cedo desenvolveu gosto por vários estilos musicais, mas o fado foi sempre uma presença constante. No final da sua adolescência, numa festa de Natal, vários fadistas e guitarristas tiveram oportunidade de ouvi-la, entre os quais a Maria da Fé que a convidou para fazer parte do elenco da sua casa de fados, o Sr. Vinho. Esse foi o momento que projectou a sua carreira definitivamente no meio do Fado. Através do seu trabalho diário no Sr. Vinho, conheceu o compositor e guitarrista Jorge Fernando, músico residente na altura, tendo iniciado uma relação profissional e de cumplicidade que se mantém até hoje.

Assim, em 2003 é editado o seu primei-ro disco “Guarda-me a Vida na Mão” que recebe os mais rasgados elogios dos media e tem grande aceitação por parte do público tanto nacional como no estrangeiro. É por esta altura que Ana Moura começa as suas digressões pelo mundo fora tendo actuado no prestigiado Town Hall, nos Estados Unidos.

“Aconteceu”, o seu segundo disco, é editado em 2004 e trata-se de um duplo trabalho dividido em duas áreas temáti-cas: – O primeiro disco, a que se chamou “A porta do fado”, aborda o fado clássico e o segundo disco, intitulado “Dentro de casa”, debruça-se sobre o fado tradicional.

no primeiro dia de edição, tive a excelente notícia que o “Moura” atingiu o ga-lardão Ouro e poucos dias depois a platina. só posso estar satisfeita com tão agradável recepção!

ana MOuRa

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É por esta altura que Ana Moura recebe um convite para actuar no célebre Carne-gie Hall, de Nova Iorque, em Fevereiro de 2005, tornando-se assim na primeira cantora portuguesa a actuar na mítica sala nova-iorquina.

Este disco leva-a novamente a grandes digressões no estrangeiro, tendo Ana Moura actuado em vários países europeus como Holanda, França, bem como nos Estados Unidos e na China, tornando-se numa das mais bem sucedidas artistas portuguesas. De tal forma, que em 2005 o seu disco “Aconteceu” foi nomeado para um dos mais prestigiados prémios da World Music – os Edison Awards.

É por esta altura que surge o convite de Tim Ries (saxofonista dos The Rolling Stones e que ficou encantado com a voz de Ana Moura através de um disco que encontrou no Japão) para participar no 2º volume da colectânea “The Rolling Stones Project”, um projecto por ele dinamizado. Assim, aproveitando o concerto dos Rolling Stones no Porto, Ana Moura grava dois temas adaptados para fado por Jorge Fernando e Custódio Castelo. Mais tarde, Ana Moura viria a ser surpreendida com um convite dos Stones para subir ao palco do Estádio Alvalade XXI, em Junho deste ano e, perante mais de 30 mil pessoas, cantar com Mick Jag-ger a sua versão de “No Expectations”. Convite este que surgiu após a ida dos Stones à casa de fados onde Ana Moura usualmente canta. Desta amizade surge a participação de Tim Ries (participação em “A Sós Com a Noite” e a autoria de “Velho Anjo”) naquele que viria a ser o terceiro trabalho de Ana Moura. No final de 2006, Ana Moura começou a gravar o seu terceiro disco de originais, com edi-ção no primeiro semestre de 2007.

Em “Para Além da Saudade”, Ana Moura interpreta temas tradicionais, como é o caso do Fado Blanc ou do Fado Azenha mas continua a arriscar em no-vas letras, músicas e parcerias, cantando poemas de Fausto (Nascidos do mar), Amélia Muge (o Fado da Procura) ou Nuno Miguel Guedes (Mapa do coração) mas também, e uma vez mais, de Jorge Fernando, produtor musical do disco e autor/compositor de alguns dos temas.

Depois do sucesso do lançamento deste seu terceiro disco, Ana Moura percorreu o país de lés a lés, sendo de destacar os concertos na Casa da Música, em Câmara de Lobos na Madeira, em Coruche, a sua terra natal, no Castelo de São Jorge, a participação no concerto dos Rolling Stones no Estádio de Alvala-de, entre outros, e que culminou com a

apresentação de “Para Além da Saudade” no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Outubro. Mas não foi só Portugal que teve oportunidade de ouvir ao vivo temas como “Os Búzios” ou “O Fado da Procura”, Ana Moura também se apresentou na Alemanha, Holanda, Itália, Japão e República Checa.

O ano de 2008 começa com uma tournée europeia que passa pela Holan-da, Bélgica, França, Alemanha e Espa-nha, seguindo-se alguns concertos em Portugal. Entretanto é lhe atribuído o galardão de Disco de Platina, referente e a 20 mil discos vendidos. Em Março, Ana Moura continua com as apresentações ao vivo, desta vez com mais uma tournée pelos Estados Unidos e México, onde a crítica foi unânime em confirmar o seu talento.

Mas o sucesso de Ana Moura não passa despercebido também em Portugal. Em Maio é distinguida com o Prémio Amália para Melhor Intérprete 2007, atri-buído pela Fundação Amália Rodrigues.

Em Junho de 2008, a fadista apresen-ta-se pela primeira vez naquelas que são duas das mais especiais e míticas salas do país: o Coliseu do Porto e o Coliseu dos Recreios em Lisboa, em duas noites, consideradas pelo público e pela crítica, memoráveis. A seu lado Ana Moura teve duas convidadas muito especiais: Beatriz da Conceição e Maria da Fé, dois nomes incontornáveis na história do Fado. A partilhar esta noite especial, esteve tam-bém Jorge Fernando, produtor musical e cúmplice da fadista.

Em Maio de 2009, após um primeiro contacto telefónico, Prince desloca-se propositadamente a Paris para presenciar à sua frente o charme da fadista na sala La Cigale. A 18 de Julho de 2010, Ana Moura volta a colocar o fado num grande espec-táculo do universo pop/rock, ao subir ao palco com Prince no encore do concerto do músico no Festival Super Bock Super Rock, no Meco. Juntos interpretam uma versão em português de “Walk in Sand” e o fado tradicional “Vou Dar de Beber à Dor”.

Em Setembro de 2010, Ana Mou-ra aceita o convite da Frankfurt Radio Bigband para cantar em dois concertos na cidade alemã, sendo a parceria repe-tida, mas desta feita em sentido inverso, quando a fadista chama a orquestra de jazz a acompanhá-la, em Abril de 2011, no seu regresso aos Coliseus de Lisboa e Porto. Para Ana Moura, é um momento de celebração de um ano marcado pela vitória de um Globo de Ouro , pela pre-sença nos tops de vendas da Billboard e

da Amazon e pela nomeação enquanto Artista do Ano para os prémios da revista inglesa Songlines. Passados escassos me-ses, em Agosto, sobe ao palco do festival Back2Black, no Rio de Janeiro, ao lado de Gilberto Gil, com quem interpreta o “Fado Tropical” de Chico Buarque.

Para 2012, ano em que Ana Moura participa no disco de homenagem a Cae-tano Veloso com uma versão de “Janelas Abertas nº2”, produzida por José Mário Branco, a cantora guarda uma pequena mudança na sua linguagem musical. Em novembro lança em Portugal o seu 5.º álbum de originais “Desfado”, que representa um momento de viragem na sua carreira, e apresenta o seu mais recente trabalho em salas esgotadas por Portugal.

“Desfado” é já considerado um álbum clássico em Portugal. Mantém-se ininter-ruptamente no top de vendas desde que foi lançado (há 150 semanas consecuti-vas), tendo atingido recentemente a 5.ª Platina. Este é o disco nacional editado nos últimos cinco anos mais vendido em Portugal, o disco que globalizou Ana Moura. O primeiro editado globalmente pela Universal Music, através da Decca, chegou ao 1.º lugar várias vezes em Por-tugal, tendo atingido o n.º 1 dos top’s de World Music em Inglaterra, Espanha e Estados Unidos. “Desfado” reuniu alguns dos melhores compositores da atualidade e o single que lhe dá o nome tornou-se no primeiro fado a ser tocado nas rádios mainstream nacionais. A tour “Desfado” levou Ana Moura a grandes palcos na-cionais e internacionais, cantando para multidões nos mais de 300 concertos que realizou depois de editar “Desfado”.

Com mais de 300.000 discos vendi-dos, mais de 1 dezena de galardões onde se destacam 2 Globos de Ouro, 2 prémio Amália, 1 nomeação para os Songlines Music Awards na categoria de Melhor Artista, participações com ícones da mú-sica Prince, The Rolling Stones, Caetano Veloso, Gilberto Gil ou Herbie Hancock, Ana Moura é a artista nacional com a carreira mais pujante da atualidade.

“Moura”, o 6.º álbum de Ana Moura,

editado em Portugal no dia 27 de Novem-bro de 2015, foi diretamente galardoado com a marca de Disco de Ouro.

Do seu canto, sabemos apenas que

nasceu no fado. Nunca saberemos onde termina.

site : www.anamoura.com.ptfotos : © isabel Pinto

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literatUraFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR28

Cristina Branco apresenta o seu primeiro livro

“Quand vous lirez ces mots”crisTinA brAnco APresenTou o seu 1° livro “quAnd vous lirez ces moTs”, livro duma beleza poética e sentimental fora de comum, a escritora dá-nos a conhecer vários textos, que ela define como cartas, que falam de sentimentos que nos são comuns, mas de uma maneira própria da artista.

Cristina Branco escreve numa escrita profunda, dando ao leitor a liberdade de entrar em suas letras, e mergulhar ao sabor da caneta, en-tre amor e paixão, mas também so-bressaltos, conflitos e sentimentos, uma prosa poeta maravilhosa.

“Quand vous lirez ces mots” foi editado pela “Lanore” sendo recen-temente apresentado em Paris nas estações da livraria “Lanore”, fo-ram varias pessoas, amigos e con-vidados que estiveram presentes neste evento.

A apresentação esteve a cargo da escritora Alice Machado, que também é a responsável por varias coleções na editora “Lanore” e que tem dezenas de livros editados em varias línguas.

Durante a apresentação, tam-bém houve a intervenção de Horá-cio Ernesto, que foi o responsável da revisão dos textos, escrevendo no prefácio que “as palavras não valem só pelo que elas dizem, mas sim também pelo que elas fazem de nós”.

Numerosas foram as pessoas que tomaram a palavra, durante a apresentação, para dar os parabéns, fazendo perguntas, recitarem tex-tos, conversando com a autora.

Cristina Branco quando tomou posse em seu discurso, disse es-tar muito contente e feliz por esse momento, agradecendo a todos os presentes. Cristina falou que al-guns episódios descritos no livro não transmitiam o que tinha vivido, mas sim o que o leitor viveu, que não era só a sua história mas sim a nossa historia, que já vivemos, ou estamos a viver ou gostaríamos de viver ou que nunca queremos

para entrevistar a autora.cristina branco, o porquê em

escreveres o trabalho « quand vous lirez ces mots »? uma ne-cessidade, um desabafo, um prin-cípio de uma carreira ?

Cresci numa aldeia isolada do Minho, num tempo em que não ha-via telefone em casa, telemóvel nem internet e a televisão era pouca. En-tão lia e quando as leituras acaba-vam, escrevia para enganar o tédio, inventava personagens fantásticas e punha-as a falar umas com as ou-tras. Escrever é um hábito que vem de longe, desse tempo em que tam-bém escrevíamos uns aos outros. Guardo uma mala de correspon-dência: cartas, postais às centenas, escritos num tom que hoje deixou de se utilizar. Quando escrevi esta recolha de textos “Quand vous lirez ces mots…” não os escrevi com o intuito de publicar porque sempre tive consciência que escrever é uma coisa, e ser escritor é outra. E so sabemos se nos tornamos escrito-res com o tempo e com a aprovação daquilo que escrevemos pelo mun-do editorial e pelos leitores. Se a minha escrita me levará ou não ao estatuto de escritora só o tempo o dirá.

O porquê deste tema: cartas e recados? Já ninguém escreve cartas de amor e se ainda há quem as es-creva pouca gente as sabe ler ou é merecedora de as receber, pela po-breza dos sentimentos de hoje, pela pobreza das respostas na volta.

nos teus textos podemos via-jar entre palavras, sentimentos, mas também, agressões e abra-ços, és uma pessoas romântica ?

viver... Acabando por dizer “leiam as minhas palavras como quiserem, mas não fiquem indiferentes”.

Cristina é uma amante pelas ar-tes, antes de viver em França estu-dou no Liceu de Barcelos e fez uma formação em teatro. Em França es-tudou na “Sorbonne” nos cursos de Direito. Em 2011 apresentou uma primeira exposição fotográfi-ca “Photo de rue - la mémoire des murs” continuando a artista a tra-balhar nesta arte. Cristina assina algumas crónicas e rubricas em vá-rios meios de comunicação, como a rubrica que vai assinar mensalmen-te na Portugal Magazine “Duplici-dade” sobre a fotografia.

A Portugal Mag esteve presente na apresentação do livro “Quand vous lirez ces mots” e aproveitamos

CrisTinA brAnCo

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O amor, mais propriamente a paixão é isso: sentimentos eleva-dos e mas também pode ser senti-mento de desespero, quando não corresponde às expectativas e es-peranças depositadas nesse rela-cionamento.

Serei uma pessoa romântica no que escrevo. Na vida de todos os dias talvez menos. O romantismo leva-nos frequentemente a uma cegueira que não se enquadra na minha forma de estar. Haverá tal-vez uma contradição no que es-crevo ou simplesmente escrevo o que não sou capaz de viver pelo sacrifício e desprendimento de si a que este tipo de sentimento pre-dispõe! Mas evidentemente, have-rá algo na fonte para que a água seja dessa cor, isto é, haverá uma dose de romantismo em mim para que a escrita seja nesse tom. Ainda que nem sempre a aplique na vida pessoal!

Não centro as personagens na minha personalidade porque evito desvendar a vida pessoal.

em vários textos falas na pri-meira pessoas e depois acabas em narradora, o porqué dessa mudança na tua escrita ?

A minha escrita neste livro é de início um diálogo ainda que a ou-tra personagem pareça ausente, há uma resposta que se encontra na próxima carta ou recado. No final do livro as personagens afastam-se

pelas circunstâncias da vida e o diá-logo começa a rarear e torna-se num monólogo. A personagem feminina escreve para não esquecer, torna-se num monólogo. Pode ser um recado que envia para o personagem mas-culino mas sem aguardar alguma resposta do outro lado.

As tuas escritas têm um pou-co dos leitores, foram alguns dos comentários de varias pessoas presentes na apresentação. este livro é factos de inspiração em terceiros ou também em factos teus vividos ?

Toda a escrita é de inspira-ção pessoal. Mentiria se dissesse o contrário. Porque quando não é inspirado duma vivência pessoal, algo houve na nossa vida que nos empurrasse a mão para essa forma de escrever, para essa fórmula. Sou curiosa, observo as pessoas, analiso sem julgar, por vezes a vida dos ou-tros serve-me de inspiração, outras vou buscar a inspiração na minha própria vivência. Há um certo des-pudor em escrever e descrever sen-timentos e actos do amor, insisto no facto de preservar o segredo da vida pessoal, por isso há pouco da minha vida pessoal no que escrevo mas muito de mim.

cristina branco, desfolhando as folhas do teu livro « quand vous lirez ces mots », podemos ver como o amor também é doce,

duro, agressivo, carinhoso, mau. o que é para ti o sentimento do Amor ?

O amor é antes de mais a liber-dade. Não há amor sem liberdade. Não confundir no entanto liberda-de e libertinagem. A liberdade é o respeito do outro, do espaço e da personalidade do outro e a liberti-nagem é frequentemente um total desapego dos sentimentos, é uma busca de sensações instantâneas e passageiras.

Observando a sociedade e o desastre que se tornam a maioria dos relacionamentos: violência domestica, servidão, ciúme doen-tio… creio que é mais a falta de liberdade que o excesso de liberti-nagem que mata o amor.

As pessoas confundem amor e propriedade, tomam um contrato de casamento por um contrato de compra e direito de vida e morte sobre o outro.

Para mim o amor é liberdade, é deixar partir mesmo quando se ama alguém que deixou de nos amar, porque o amor deveria es-tar acima do sentimento de posse. Como deixamos partir um filho apesar de ser “um pedaço de nós” com a certeza de que seremos sempre alguém na vida dele.

és uma pessoa muito ati-va nas redes sociais, como tem sido o retorno dos teus leitores sobre o livro ?

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literatUraFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR30

De momento as críticas têm sido positivas. Nunca tive noção da qualidade do que escrevo nem da forma como o conteúdo atinge os outros. As palavras que tenho recebido na volta enchem-me de secreto orgulho e fazem-me acre-ditar no que faço.

depois deste teu primeiro trabalho literário, para quando o próximo ?

Para breve. Espero fazer três li-vros dentro do mesmo registo: um número indivisível.

como vês a literatura por-tuguesa representada aqui em frança ?

Temos dois registos diferentes: os escritores consagrados que já são conhecidos do público fran-cês e os escritores que vivem em França que são conhecidos da co-munidade e pouco conhecidos dos leitores franceses.

Gostaria de ver a escrita dos luso descendentes representada de outra forma que não fosse através dos relatos da emigração, ainda que interessante acaba por ser estigma-tizante. A poesia ou o romance seja em português ou em francês trazem uma lufada de ar fresco à imagem do escritor luso descendente é es-sencialmente isso que gostaria de ver desenvolvido. Temos excelentes poetas e escritores que deveriam apostar mais na promoção e divul-gação do trabalho, essa poesia e es-crita onde a marca da saudade está inscrita.

cristina branco, tens alguma mensagem para os teus leitores e os leitores da Portugal magazine ?

Estamos em Fevereiro, mês de São Valentim. Próximo encontro para ouvir falar de amor, à volta das palavras do meu livro ou apenas para matar a saudade dos sabores do pais será no dia 14 no espaço Lusofolie’s no 57 Avenue Daumes-nil Paris 12 pelas 16 horas.

O livro “Quand vous lirez ces mots…” estará brevemente dispo-nível para venda na internet nas grandes distribuidoras tal como Fnac e Laprocure , entre outras e entretanto pode ser adquirido na livraria da Editora Lanore

Um muito obrigado à Portugal-Mag e aos leitores.

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Na estrada do campo da bola

às vezes, AnTes de umA PAlesTrA ou umA enTrevisTA nA Televisão, quAndo Preciso de me AcAlmAr, Penso que esTou nA esTrAdA do cAmPo dA bolA e que cAminho sem PressA, com sobreiros, AzinheirAs e oliveirAs de um e de ouTro lAdo dA esTrAdA. não Preciso de fechAr os olhos, essA imAGem cobre-me os senTidos e AcAlmA-me imediATAmenTe.

O vagar chega-me a cada gesto e sinto o início de um sorriso tímido nos lábios, como o sorriso do meu pai, como o sorriso do meu padrinho novo quando estava a escutar alguém, como o sorriso de todas as pessoas da rua onde nasci. Esse é um sorriso de olhos brilhantes e serenos, como a Barragem da Fonte da Moura.

Às vezes, antes de entrar num lugar onde está um microfone e gente à espera de olhar para mim, penso que vou na estrada do campo da bola. Ouço os passos das minhas botas na terra, ouço as cigarras que se soltam ao longo do fim de tarde. Até que enfim que o sol amansou. Quando caminho assim, na terra da estrada, sinto as botas nos pés, sinto as pedras debaixo das botas e não tenho relógio, mas são sempre umas cinco ou seis da tarde. E passo por muitos dos campos onde, antes, quando era pequeno, eu e os meus amigos nos lançávamos a correr, escondidos por searas ou a caminho

roda das silvas e escolher algumas amoras, se for tempo delas. São do-ces e tenho de ter cuidado para não deixarem nódoas na roupa. Mesmo assim, mais habitualmente, apenas caminho. A estrada tem um bom ta-manho, permite-me respirar, encher o peito todo de brisas com aroma de seiva, de cardo seco, de terra molha-da, dependendo da altura do ano. Em qualquer dos casos, sobre mim, o céu é sempre enorme, eterno, a mostrar-me com o seu tamanho e com a sua eternidade o quando é humano aquilo que me preocupa, tudo o que me diz respeito.

Quando chego ao início da barrei-ra que leva ao campo da bola, já estou capaz de regressar a onde quer que esteja. Raramente preciso de chegar a meio da barreira e ver, lá em cima, ainda a certa distância, uma das ba-lizas do campo, deixado ao cuidado das estações e da natureza.

Então, estou pronto, levo em mim aquilo que sou.

de alguma figueira que, já sabíamos, estava carregada de figos.

Não preciso de fechar os olhos para ver isto, para receber este tempo inteiro. Da mesma maneira, sinto o cheiro da terra, profundo, terra gene-rosa que me fez nascer e que nunca me abandona, por mais longe, por mais cimento que cubra o chão que me sustém. Caminho na estrada do campo da bola, não como uma lem-brança de outros tempos, como outra idade. Avanço devagar no presente, no presente absoluto, com a idade daquele instante, exactamente como se estivesse lá.

Em tantos aspectos, eu ainda estou lá.

Com essa liberdade, pode calhar a aparecer um cão que nunca vi, mas que presumo que deva pertencer a algum pastor e a quem faço festas na cabeça. Sinto com total clareza a forma e a textura da sua cabeça na palma da minha mão. Pode também acontecer que me apeteça parar de

José luis peixoTo

FOTOGRAFIA

“dupli-cidade” Double cité duplicidade dupli-cidadeY-t-il de l’espérance au-delà des noms des rues pour les si grands amours?Sortent-ils du cadre horaire? Ou font-ils sauter les aiguilles des horloges du cœur et du temps?Ou la toxicité ou la cité toxique les enferme dans la norme socialeNormal idade, normalidade?Lâcheté ou lâche le thé ? Ou tout simplement l’acheter ?...

CrisTinA brAnCo

crónicaFEVEREIRO 2016

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FeStaS lUSóFonaSFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR32

Eventos da Comunidade Lusófona por Mario Cantarinha

Dizem do Mário Cantarinha que é um dos fotógrafos mais conceituados e conhecidos da nossa comunidade. A realidade é que este apaixonado pela foto, tem 20 anos de exposições na Suíça,

Estados Unidos e França, a primeira e mais importante realizou-se em agosto de 1994, no Museu dos Bombeiros de Folgosinho, sua terra natal. Encontre todos os meses na Portugal Magazine,

fotos de eventos da comunidade lusófona nas quais participou este artista !

Grande Soirée FadoAblon sur Seine

Apresentação do livro A Sombra da Guerra

Consulado de Portugal Paris

José Malhoa no HavreLe Havre

Visita do Secretário de Estado

Consulado de Portugal Paris

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Pub.

Conhecer as tendências é possível graças aos desfiles e semanas de moda espalhados pelos quatro cantos no mun-do, que acontecem antes da próxima estação chegar.

1 – Tecido : Como uma das tendên-cias da moda 2016 é o romantismo, a renda, certamente, continua em alta, po-

dendo aparecer em vestidos, blusas, etc.2 – laços : O romantismo se fez

presente também com looks exibindo laços…e nada de lacinho, eram laçarotes mesmo!

3 – estampas : Inspiradas em dife-rentes estilos, vamos poder ver muitas estampas, desde listras, até paisley, poá, batik, ikat e motivos arabescos.

4 – cores : E se prepare para muito branco, cru, cores em tom pastel…Mas também marrons, laranjas, pink, tons cítricos e flúo

5 – vestidos : Os anos 1960 estão de volta, com vestidos em formato A.

6 – franjas : E quem apostar nas franjas vai acertar em cheio…compondo um look boho, super em alta!

7 – Texturas : O verão tem tudo a ver com ousadia, portanto, vale brincar com texturas e aplicações em 3D.

8 – sobreposições : Estilistas como Paulo Martinez, do Minas Trend, apostam nas sobreposições e viva o laranja!

9 – recortes : Vazados Pois é, os re-

cortes estarão, estrategicamente, vazados na altura da cintura, puro charme!

10 – calças : Curtas, pantalonas e a volta da clochard – para quem não está ligando o nome à pessoa, são aquelas que parecem de mendigos de filmes antigos, cintura alta e pescando – até mesmo na Moda praia.

11 – Acabamentos : Acabamentos desfiados foram vistos em grifes como 2nd Floor, Osklen, entre outras, dando um ar mais despojado ao look.

12 – Assimétricos : E como verão tem tudo a ver com ousadia, claro, que os looks assimétricos não iriam ficar de fora, portanto, se prepare para barras das saias e tops assimétricos!

13 - saias : Midi Elas, as saias midis, ainda não conseguiram se firmar por aqui, mas foi a aposta de muitos estilis-tas, com muitos looks, inclusive, com uma pegada retrô, aproveitando as saias midis para compôr looks no melhor estilo Lady Like.

13 Tendências da Moda Primavera/Verão 2016

sAbrinA siMões

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redeScobrir PortUgalFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR34

PombAl foi fundAdA Por GuAldim PAis, Grão-mesTre dA ordem dos TemPlários que mAndou consTruir o seu cAsTelo em 1161. deu-lhe forAl em 1174.

Pombal, foi elevada a cidade em Agosto de 1991

como agradecimento à Nossa Senhora do Cardal – Igreja construída em 1703 – por ter afastado as pragas das colheitas. Esta lenda é ligada a uma praga que atingiu os pombalenses e a uma mulher mítica, D. Maria Fogaça, pessoa muito devota que deu origem à secular Festa do Bodo (últi-ma semana de julho). Conta-nos então a tradição que, uma praga de gafanhotos e lagartas afligiu os pombalenses, invadin-do as suas habitações, contaminando os alimentos ali encontrados. Esta vexação era tão insuportável que obrigou os pom-balenses a ir à igreja de S. Pedro, então igreja matriz da vila, e aí participarem a uma procissão de preces, que acabou na capela de Nossa Senhora de Jerusalém. A vila de Pombal também está ligada a Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), aliás, conde de Oeiras (1759), e Marquês de Pombal (1769), que ali viveu entre 1777 e 1782. Quando o rei D. José I, faleceu, é a sua filha Maria, D. Maria I, que torna-se rainha, e o ex-primeiro mi-nistro (secretário de Estado dos negócios do reino, que governou o país com uma mão de ferro), Marquês de Pombal, entra em desgraça, e é exilado nas suas terras de

Sabe-se que o castelo foi residência de cristãos e mouros (Mouro Al Pal Omar). Depois, a 29 de janeiro de 1186, o papa Urbano III, faz seguir a bula Intelleximus ex autentico ao mestre e cavaleiro da Ordem do Templo para lhes confirmar a igreja de Pombal, construída nas terras que lhe doara o rei D. Afonso Henriques e toma-as debaixo da proteção da Santa Sé. Em 1443, é estabelecida a feira franca anual em Pombal. Em 1509, o alcaide-mor da vila, o conde de Castelo-Melhor, instalou-se no castelo de Pombal, por ordem do rei D. Manuel I. Em 1685, é fundado o convento de Santo António. Pombal e as Festas do Bodo, cuja origem remonta ao período medieval, segunda a lenda,

MAnuel do nAsCiMenTo

Pombal, proibida a entrada na Corte Real. A ordenação da parte baixa da vila de Pom-bal deve-se ao então Marquês de Pombal. Em 1776, Marquês de Pombal, mandou também construir, na praça Velha, a cadeia, no sítio do antigo pelourinho e o celeiro, no lado oposto. Hoje o museu Marquês de Pombal, instalado na antiga cadeia de Pombal, depois de 1978, e abriu ao público no dia 8 de maio de 1982, na Praça Marquês de Pombal. Tem um acervo que documenta a vida e obra de Sebastião José de Carvalho e Melo, e a sua época. Marquês de Pombal, também promoveu a criação da manu-fatura de chapéus grossos na Quinta da Gramela. Teria sido nesta quinta (Solar), que Sebastião José de Carvalho e Melo permaneceu algum tempo, que mais teria herdado do seu tio Paulo de Carvalho. A vila de Pombal também foi assolada pelas invasões francesas que deixaram marcas no quotidiano das populações. Também ainda no século XIX, Pombal tornou-se paragem obrigatória do serviço de Mala Posta e do caminho-de-ferro, que deram um impacto ao crescimento no desen-volvimento económico da vila de Pombal e da região.

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PoeSiaFEVEREIRO 2016

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TEMPOS de POESIA – XXXIEscolha de Isabel Meyrelles

Tradução e colaboração de Maria Fernanda Pinto

O NEOREALISMO - 1.ª parte

O Neo-Realismo não foi influenciado pelo socialismo utópico dos autores dos anos 1870, tais com Antero de Quental, Olivei-ra Martins, Teófilo Braga, Eça de Queiroz, Sampaio Bruno, etc.Desde o início do século XX, apareceram livros que influenciaram uma nova geração interessada sobretudo pelos problemas so-ciais. A leitura do «A crise do Progresso» de Georges Friedmann e do «A consciên-cia mistificada» de Henri Lefèbvre e Nor-bert Guttermann, provocaram um grande interesse no meio juvenil.Friedmann propõe «A filosofia do ma-terialismo dialéctico como proposta única capaz de salvar o proletariado (...)». Outros autores como Fedor Gla-dkov, Plekhanov, Georges Politzer, etc...influenciaram esta geração abalada pela guerra de 1914, pelo fascismo e pelo que aconteceu em Paris em 1934, conside-rando como revolucionária a união entre socialistas e comunistas, o que teve por consequência a criação da Secção France-sa da Internacional Operária (SFIO). Mas em 1939, Bernardino Machado escreve um manifesto de Saudação à Democra-cia Portuguesa, em nome dos republica-nos exilados em França e que formaram um «Comité d’Acção», que deu origem à Fronte Popular Portuguesa, com o apoio de Afonso Costa, José Domingues dos Santos, José Domingues dos Santos e do próprio Bernardino Machado.Assim o Neo-Realismo pode expandir-se sem reservas, começando com Joaquim Namorado, Fernando Namora, Mário Dio-nísio, João José Cochofel e outros que no-mearemos depois.

viTÓriA!Derrotado, ao assalto voltei,minhas feridas sareie tornei;de novo batido fui,mas no combate o braço armei,corn força maiortornei:

Joaquim namorado

as lutas eram tão grandes,novo desastre encontrei— feito em pedaços meu corpo,ainda forças busquei...Cem vezes ao combateparti.É, por fîm,o que queria consegui.

Joaquim namorado

cancioneiroAntónio, é preciso partir!o moleiro não fia,a terra é estéril,a arca vazia,o gado minga e se fina! o arado enferruja,o menino quer pão; a tua casa é fria!É preciso emigrar!O vento anda como doido — levará o azeite;a chuva desaba noite e dia — inundará tudo; e o lar vazio,o gado definhando sem pasto,a morte e o frio por todo o lado,só a morte, a fome e o frio por todo o lado, António! É preciso embarcar!Badalão! badalão! — o sinojá entoa a despedida.

Fernando namora

Os juros crescem;o dinheiro e o rico não têm coração. E as décimas, António?Ninguém perdoa — que mais para ven-der?Foi-se o cordão,foram-se os brincos,foi-se tudo!…

Fernando namora

PreGãoDum gesto alcançâmos a terra.Os montes, os mares, as estrelas, as nu-vens, as almas, os deuses e as sombras.— o cortejo multissecular das sombras.Antesos braços eram curtos e terminavam por duas mãos pequenas

Hojenão há padrão que os meça,prolongados nos montes e na viva compli-cação das máquinas,nas chaminés voltadas para o céu.Antesas bocas eram breves para o beijo da casa.Hojedilataram-se infinitamente no sorriso su-blime e sem limites dauniversalidade.Todos os músculos estalaram.Todos os olhos gritaram.

Mário Dionísio

Todas as bocas gritaram.Todos os pulmões se abriram ao olfacto sa-dio da terra húmida.Terra.Terra da partida e do regresso.Terra!…Mário Dionísio

novo cancioneiroxviNos jardins, na modorra em que se alon-gam, a cadência do passo marca o tristee belo dia. Os que passam mondamtudo o que neles, em vão, ainda insiste:— Rota a fachada! — Morna, a tarde cai; autómatos, povoam a cidade.(Só uma ronda de crianças vailevando a nódoa. — Feliz idade.)Que náusea isto me dá! Que calma vãde que o pisar burguês todo se veste! Cinza. Nada que a vida Ihes aloire. E o cheiro que incomoda a gente sã

João José Cochofel

e vem dos bairros pobres onde há peste...Fazer do sol a bomba que isto estoire!

João José Cochofel

isAbel Meyrelles

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direitoS do leitorFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR36

Novidades Legislativas para 2016

Naturalmente, em face à mudança de ideologia dos que nos governam, várias leis estão a ser alteradas e muitas novidades se avi-zinham. Atualmente, em inícios de Fevereiro de 2016 ainda não temos um orça-mento de Estado aprovado para 2016, situação que esperamos ver rapidamente resolvida para estabilida-de dos nossos mercados financeiros e económicos, no entanto, deparamos-nos a diário com mudanças de cenários e figuras jurídicas antigas no nosso ordena-mento Jurídico. A mais polémica é sem dúvida, a nova Lei da adopção entre casais do mesmo sexo e a Alteração à Lei do aborto.

A bancada socialista

enviou no final do ano passado um diploma para promulgação ao Presidente da República onde se pre-via a Revogação das Leis n.ºs 134/2015 – onde se estabelecia o pagamento de taxas moderadoras na interrupção voluntária da gravidez; e a revogação da Lei 136/2015 onde se esta-belecia a obrigação de con-sultas de acompanhamento psicológico bem como uma consulta de planeamento familiar, assim como diver-sas formas de informação e esclarecimento sobre a interrupção voluntária da gravidez. Na mesma data, foi também enviado um Decreto ao Presidente da República, o Decreto 7/XIII onde se eliminam as

discriminações no acesso à adopção, ao apadrinha-mento civil e demais rela-ções familiares. Ou seja, permitindo-se às pessoas não casadas que vivam em união de facto e às pessoas do mesmo sexo a possibili-dade de adopção.

O Presidente da Repú-blica Cavaco Silva devolveu ambos os diplomas ao Par-lamento para reapreciação, pedindo em ambos os casos um amplo e esclarecedor debate público que envolva múltiplas correntes sociais e especialistas por forma a encontrar uma solução que acautele o superior interes-se dos menores. Um debate em que se possa amadu-recer e reponderar estas soluções legislativas.

A ATuAlidAde PorTuGuesA é mArcAdA forTemenTe Pelo recém formAdo Governo PorTuGuês resulTAdo dA coliGAção dos PArTidos de esquerdA,

que JunTos conseGuirAm formAr um Governo e eleGer um Primeiro minisTro PArA GovernAr o nosso PAís.

Os partidos de Esquer-da já anunciaram que irão aprovar as Leis em plenário, confirmando o seu conteúdo, obrigando assim, o nosso Presidente a promulga-las já sem poder de veto.

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minosas secas por ano é de aproximadamente 4,1kg por habitante. Apesar dos solos portugueses e das condições climatéricas serem propícias à produção deste alimento, a produção nacional represen-ta apenas 0.04% da produção mundial. A produção nacio-nal das leguminosas apre-senta inúmeras vantagens, entre as quais: importância para a fixação de azoto aos solos, produção de matéria orgânica e combate à erosão, alimento completo do ponto de vista nutricional.

A Dieta Mediterrânica promove o consumo de pelo menos duas porções de le-guminosas por semana. Já a Roda dos Alimentos Por-tuguesa refere que a quanti-

As leguminosas são grãos/sementes que crescem em vagens, sendo consumi-das pelos seres humanos desde o início do cultivo agrí-cola. As leguminosas podem apresentar-se sob diversos formatos, como por exem-plo: secas, frescas, congela-das, em conserva prontas a consumir ou a granel.

Em Portugal, a dispo-nibilidade média das legu-

dade diária recomendada de leguminosas é de 1 a 2 por-ções, sendo que uma porção corresponde a: 1 colher de sopa de leguminosas secas cruas (25g) ou 3 colheres de sopa de leguminosas frescas cruas – ervilhas e favas (80g) ou 3 colheres de sopa de leguminosas secas/frescas cozinhadas (80g).

Estes alimentos são mui-to completos do ponto de vista nutricional, fornecendo quantidade importante de proteína de origem vegetal. Quando o seu consumo é conjugado com cereais, for-necem todos os aminoácidos essenciais ao nosso organis-mo. Além de importantes fontes proteicas, são exce-

2016 foi declArAdo PelAs nAções unidAs o Ano inTernAcionAl dAs leGuminosAs. são AlimenTos muiTo comPleTos do PonTo

de visTA nuTricionAl.

2016 : Ano Internacional das Leguminosas

lentes fontes de hidratos de carbono complexos e fibra, com inúmeras vantagens, como: promoção da sacie-dade, redução da absorção de colesterol e manutenção dos níveis de glicémia está-veis. Apresentam, ainda, um elevado aporte de potássio, fósforo, magnésio, ferro e zinco e vitaminas do comple-xo B (tiamina, vitamina B6 e ácido fólico).

Para além do seu ótimo valor nutricional, estes ali-mentos apresentam um cus-to reduzido, pelo que con-tribuem para o bom estado nutricional da população e para a melhoria da economia e sustentabilidade do país.

luCiA lopes

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hiStóriaFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR40

CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Em 1953 registou-se o Massacre de Batepá.

Em 1960, por influência do processo de descolonização no continente africano, surgiu um grupo nacionalista opositor ao domínio ditatorial português. Em 1972, o grupo dá origem ao MLSTP (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe), de orientação marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos de controle de Portugal, o arquipélago é descolonizado, como consequência da Revolução dos Cravos em Portugal, um ano antes.

Após a independência, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP. Dez anos após a in-dependência (1985), inicia-se a abertura econômica do país. Em 1990, iniciou-se a transição para a democracia com a adoção de uma nova Constituição, que institui o pluripartidarismo.

No ano seguinte, as eleições legis-lativas apresentam o PCD-GR (Partido de Convergência Democrática - Grupo de Reflexão) como grande vencedor, ao conquistar a maioria das cadeiras. A eleição para presidente contou com a participação de Miguel dos Anjos Trovoada, ex-primeiro-ministro do país que estava exilado desde 1978. Sem adversários, Trovoada foi eleito para o cargo. Em 1995, é instituído um governo local na ilha do Príncipe, com a participação de cinco membros. Nas eleições parlamentares de 1998, o MLSTP incorpora em seu nome PSD (Partido Social Democrata) e conquista a maioria no Parlamento, o que tornou possível ao partido indicar o primeiro-ministro.

No período que vai de 1470 a 1485, o arquipélago era administrado pelo sistema das capitanias hereditárias. A principal cultura era a de cana-de-açucar, introduzida em 1501, tendo seu

rência brasileira e as constantes rebeli-ões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVII. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos para o Caribe e para o Brasil.

No contexto da Dinastia Filipina, o capitão António Monteiro Maciel jurou fidelidade ao novo monarca em 10 de junho de 1581.

Entre as principais dificuldades por que passaram as ilhas no final do século XVI destacam-se as revoltas de africanos entre 1590 e 1595, das quais a mais importante foi a Revolta dos Angolares.

A agricultura só foi estimulada no arquipélago no século XIX, com o culti-vo de cacau e de café. Nesse período, as ilhas figuraram entre os maiores produ-tores mundiais de cacau. A escravatura foi abolida em 1876, mas ao longo do século XX os portugueses mantiveram os trabalhadores rurais em degradantes condições de trabalho.

Durante estes dois séculos do Ciclo do Cacau, criaram-se estruturas adminis-trativas complexas. Elas compunham-se de vários serviços públicos, tendo a sua frente um chefe de serviço. As decisões tomadas por este, tinham de ser sancio-nadas pelo Governador da Colónia. Este para legislar, auxiliava-se de um Conse-lho de Governo e de uma Assembleia Legislativa.

Durante muito tempo o Governador foi o comandante-chefe das forças ar-madas, até que, com a luta armada nos outros territórios sob a sua dominação, criou-se um Comando Independente. Fora da sua alçada, encontrava-se a Direção-Geral de Segurança (DGS).

O Governador deslocava-se periodica-mente a Lisboa, para informar o governo colonial e dele trazer instruções.

Na Ilha do Príncipe, em representa-ção do governo havia o Administrador do Conselho com largas atribuições. A colónia achava-se dividida em dois Con-selhos, o de São Tomé e o do Príncipe, e em várias freguesias.

Em 1951 o território adquiriu o estatuto de Província Ultramarina por-tuguesa, sendo feito um esforço de desenvolvimento na agricultura, vias de comunicação e da educação.

A comunidade dos Países de língua Portuguesa (cPlP) é uma organização internacional formada por países lusófonos, que busca o «aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus mem-bros».

Neste dossier vamos apresentar a «CPLP», sua história e seus países.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial , Moçambique, Portugal , São Tomé e Príncipe e Timor-Leste

Dossier composto por 10 artigos

(9/10)

são Tomé e PrínciPe

As ilhas de São Tomé e Príncipe esti-veram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santa-rém e Pêro Escobar as descobriram.

Os portugueses colonizaram-na com cristãos-novos que tinham sido expulsos pela Inquisição.

A cana-de-açúcar foi introduzida nas ilhas no século XV, mas a concor-

João de sAnTAréM e pedro esCobAr

pAláCio presidenCiAl

GuidA AMArAl

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hiStóriaFEVEREIRO 2016

WWW.PORTUGALMAG.FR 41

Pub.

CriAnçAs eM são ToMé e prínCipe

término no ano de 1822; posteriormen-te, foram introduzidas as culturas de cacau e fumo e o comércio de pimenta e madeira. Indubitavelmente, a ação colonizadora européia rapidamente ocupa as terras realizando um sistema de latifúndio e monocultura; em São Tomé, os grandes sítios eram conheci-dos como “roças”.

Para o trabalho foi utilizada, em enormes quantidades, a mão de obra escrava, a qual se rebelou diversas vezes contra os desmandos do sistema colonial.

Basicamente, a sociedade sãotomen-se é constituída por grandes proprietá-rios e administradores, pequenos pro-prietários nativos, trabalhadores rurais e, com o fim da escravidão, serviçais contratados, a enorme maioria.

Durante o período que se iniciou em 1501 com a exploração da cana-de-açucar, o tráfico negreiro era so-bremaneira praticado, as hostilidades contra os negros eram cada vez maiores e várias revoltas ocorreram; entretanto, devido ao caráter localizado das mesmas, ao excesso de espontaneidade e à falta de organização, o colonizador sempre conseguiu conter os revoltosos. Em de-corrência das grandes e violentas repres-sões, assim como pelo desejo de fugir da colonização e viver a própria cultura, os escravos sempre escapavam para o inte-rior, para as florestas, onde se juntavam a outros escravos fugidos e revoltados. Muitas vezes continuavam atacando as grandes fazendas, provocando incêndios e mortes que abalavam a estrutura dos colonizadores.

Uma das mais conhecidas oposições, a mais forte delas, foi realizada por Amador, o qual se autoproclamou rei de São Tomé em julho de 1595, e seu grupo. Amador - que foi escravo de um

capitão-do-mato, e em decorrência disso conseguiu aprender alguma estratégia de guerra, organizou de forma militar um enorme contingente de escravos e com-bateu os colonos, conseguindo libertar a maior parte do território e, inclusive, a administração colonial localizada na capital. Devido ao menor poderio bélico e à traição de alguns membros do exército, Amador foi capturado e assassinado em janeiro de 1596.

Entretanto, a derrota do rei Amador não caracterizaria o fim das resistências, as quais teriam continuidade por todos os séculos seguintes. Vale ressaltar que o incidente do rei Amador também foi utilizado na posterior construção de uma pretensa nacionalidade.

Uma das características da coloni-zação é tentar dar um fim à cultura do colonizado, substituindo-a pela cultura do colonizador. Em São Tomé, esse tam-bém foi um ponto. As danças e músicas tradicionais eram proibidas, não obstan-te, com a ajuda delas, especialmente do Congo – dança de querra que poderia incitar o povo à revolta – e do Lundum – canções metafóricas que muitas vezes escarneciam os colonizadores e o sistema colonial – começou a se forjar a idéia de nacionalidade e de unidade.

Como dito anteriormente, na falta de uma sociedade revolucionária ou de um

projeto político para a independência, o projeto independentista foi baseado na oposição racial, sendo considerada (cria-da) uma unidade a partir de tudo aquilo que não era branco.

Entretanto, tal projeto racista enco-briu uma série de diferenças sociais que existiam em São Tomé, deixando de fora todo um pluralismo social.

Forjou-se um sentimento identitário, de pertença a algo, encobrindo uma série de diferenças sociais em nome de uma semelhança. Em 12 de julho de 1975, quando São Tomé e Príncipe tornou-se independente de Portugal, podia-se falar em Estado São-tomense, entretanto, a nação são-tomense continuava inexis-tindo.

Por fim, outro aspecto que merece ser levantado é o que chamaremos aqui de “mestiçagem”, o qual foi muito bem trabalhado por Roland Corbisier em seu prefácio ao livro Retrato do Colonizado Precedido Pelo Retrato do Colonizador, de Albert Memi. De acordo com Corbi-sier, o colonizado, só existe em função do colonizador, fazendo sua imagem a oposta da dele.

Entretanto, tanto colonizador como colonizado são influenciados um pelo outro, num processo constante de mes-tiçagem cultural. Ao negar totalmente a raça branca, forjando sua identidade num projeto racista de oposição e total rejeição ao branco, o povo são-tomense perde a oportunidade de se compreen-der melhor em comparação ao outro, além de, conforme dito anteriormente, encobrir uma série de diferenças so-ciais. Deixa de compreender seu caráter mestiço, o qual, infelizmente, ocorreu por imposição. Daí claramente se jus-tifica o projeto de oposição racial, pois após anos de exploração, passa-se a se odiar aquele que explorou.

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agendaFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR42

a g e n d aJusqu’au 08/02exposition Amália rodriguesExposition de Paulo Toscano Azenha consacrée à Amália Rodrigues, or-ganisé par la Chaire Lindley Cintra (Université de Nanterre et Lectorat de portugais de l’Université de Paris 8).maison du Portugal - André de Gouveia7P, bd Jourdan - 75014 Paris

Jusqu’au 12/03exposition de peinture de cristina TroufaL’artiste portugaise, originaire de Porto où elle est née en 1974, est diplômée de l’école des Beaux-arts de Porto. Elle est souvent le personnage central de son travail, essentiellement figuratif voire même hyperréaliste.Cristina Troufa a participé à de nombreuses expositions individuelles et collectives au Portugal comme à l’étran-ger. Plusieurs de ses œuvres font partie de différentes collections.En savoir davantageGalerie courcelles110 boulevard de courcelles - 75017 Paris

le 06/02 à 20h30fête du fadoPour la 22e année consécutive, l’As-sociation d’Amitié Franco-Portugaise Nemourienne organise sa Grande Soirée du Fado avec la participation de fadistes de renommée internationale, venus spécialement du Portugal : Adriana Moreira, qui a remporté le concours ACOFA 2014 ; Toni Reis, Marga-rita Moreira et Margarita Rocha, des valeurs montantes du fado. Ils seront accompagnés par Artur Caldeira et Daniel Paredes.Une soirée d’exception tant pour les amateurs éclairés de fado que pour ceux qui veulent le découvrir.salle des fêtes135 route de moret - 77140 nemours

le 13/02 à 19hdîner dansant de la saint-valentinCantares, l’association portugaise de Noisy-le-Grand, organise un dîner dansant à l’occasion de la Saint-Valentin, animé par Events Party Academy et le groupe Cantares.Au menu, kir d’accueil avec ses petits fours, foie gras ou saumon fumé, noix de veau et ses légumes gratinés, fromage, croquant au chocolat, café, softs à volonté, une bouteille de vin pour deux et une coupe de champagne par personne.Réservation obligatoire au 06 09 61 92 66 ou au 06 73 89 89 45 brasserie du mont d’est 12 bld du mont d’est 93160 noisy-le-Grand

le 13/02 à 20h30bal de carnavalL’association Portugal du Nord au Sud organise un bal déguisé à l’occasion du carnaval sur le thème de la Saint-Valen-tin, avec le chanteur Manuel Campos et DJ Nini.Bar et spécialités portugaises sur place.salle des fêtes le Palladium37 rue de Piscop 95350 saint-brice-sous-forêt

le 13/02 à 20h30mariana ramos en concertNée à Dakar, au Sénégal, Mariana Ramos a grandi sur l’Ile de São Vicente, l’île de Cesária Évora. Mais si Mariana est reconnaissante à son aînée d’avoir été une telle ambassadrice de la mu-sique capverdienne, elle ne suit pas pour autant la voie tracée par la Diva de l’Ile, comme l’aurait laissé entendre ses deux premiers disques. Plus métissée, Mariana aborde un répertoire plus large, celui de toutes les musiques et les genres qui traversent le Cap Vert depuis toujours. new morning7-9 rue des Petites ecuries 75010 Paris

le 19/02 à 20h30Ana moura à l’olympiaOriginaire de Santarém, Ana Moura a commencé tôt à chanter, s’intéressant à divers types musicaux. C’est Maria da Fé qui la découvre et l’invite à faire partie de sa Casa de Fados, O Senhor Vinho. C’est là que débutera sa carrière de fadista. Son premier disque sort en 2003, Guarda-me a vida na mão, est très bien accueilli par la critique et le public, au Portugal comme à l’étranger.Même les Stones déclarent l’apprécier et Mick Jagger l’invite à interpréter No Expectations lors de son concert à Alvalade XXI, devant 30 000 personnes. l’olympia28 bd des capucines 75009 Paris

le 11/03 à 20hmaria da saudade et João escadaAlors que le Novo Fado a conquis les scènes européennes depuis des années, des fadistas et musiciens continuent de réinventer le fado traditionnel dans les tavernes obscures des ruelles d’Alfama, le quartier mauresque de Lisbonne.institut du monde Arabe1 rue des fossés st-bernard 75005 Paris

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PUblicidadeFEVEREIRO 2016

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mulher

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lazerFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR44

Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

Solução edição 69

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Então diz o médico:- tenho uma boa e uma má notícia.

- Começando pela boa...- A sua doença vai ter o seu nome.

Estavam dois gémeos na barriga da mãe quando diz um para o outro :

- Estou desconfiado que amanhã vai chover.- Como é que sabes ?- Então, o pai há pouco esteve aqui de gabardine!

P: Qual é mais velho, o sol ou a lua?r: A lua!P: Porquê?r: Porque já pode sair à noite!

Era inverno e a Verónica ajudava o pai a tirar a neve da estrada. Passados 5 minutos a Verónica encontrou um pedaço de relva e gritou:- Pai! Pai! Encontrei a Primavera!

A mosca saiu para o 1º voo. Quando regressou a casa, a mãe pergunta:- Então, foi bom?- muito bom. Quando passava perto das pessoas elas até aplaudiam.

curiosidades sobre as marcas de automovéisFerrAri

• O cavalo preto empinado sobre o fundo amarelo era usado no avião do Conde Fran-cesco Baracca, piloto de caça italiano morto na primeira guerra mundial.

• A pedido da mãe de Barraca, o comendador Enzo Ferrari passou a adotar o emblema nos seus carros a partir de 1923.

adivinhaEstando a Senhora Dona Branca,

muito rempimpada, veio o Senhor Barbaças, deu-lhe uma bofetada.

A PArEDE E o PinCEl.

ProvérbioSo cão com raiva, do seu dono trava.

o casamento e a mortalha no céu se talha.o descuidado sempre é necessitado.

o fraco ofendido atraiçoa e o forte perdoa.o fruto proibido é o mais apetecido.

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cUlináriaFEVEREIRO 2016

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Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal mag? mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

esparguete com conchas

AS RECEITAS DA PORTUGAL mAG

SUGEStÃo: recorte as receitas e arquive

bolo – Pudim de pêssego

ingredientes: 4 pessoastempo de preparação: 50 minutos

o oceano

Bar-restaurantSpécialités Portugaises

73 bld Gabriel Péri94500 Champigny

sur marne

tél.: 01 48 80 87 60

la grillade

Bar-restaurantSpécialités Portugaises

92 avenue louis Blanc94210 Saint maur

des Fossés

tél.: 01 48 83 11 76

casa do churrasco

ChurrasqueiraSpécialités Portugaises

14 Bld. du maréchal Foch93160 noisy le Grandtél.: 01 57 33 06 91

recomenda

le longchamprestaurant-Bar

Spécialités Portugaises

40 rue de longchamp75016 Paris

tél.: 01 47 27 53 50

ingredientes:

CArAmElo - 200 g de açúcar - 1 lata de pêssego em calda Bolo - 3 ovos - 175 g de açúcar - 8 coleres de sopa de calda de pêssego - 150 g de farinha com fermento PUDim - 1 lata de leite condensado - 3 ovos - 3 dl de leite - hortelã a gost o Preparação: 1 – Coloque o açúcar numa frigideira e leve a lume brando até atingir ponto de caramelo claro. Verta numa forma redon-

ingredientes: -1 kg de amêijoas limpas -400 g de esparguete -2 cebolas médias picadas -4 dentes de alho picados -12 tomates-cereja partidos ao meio -1 folha de louro -Azeite a gosto -1 limão -1 raminho de salsa ou coentros -Vinho branco um pequeno copo - Sal e pimenta preta a gosto Preparação: leve ao lume um tacho com um bom fun-do de azeite, a cebola, o alho e o louro. Deixe cozinhar até a cebola e o alho ga-nharem cor, aí uns 4 minutos. Entretanto, leve uma panela com água e sal ao lume,

para cozer o esparguete. Junte as amêijoas ao tacho da cebola e do alho, e deixe cozinhar cerca de um minuto. Esprema para o tacho ½ limão, junte os tomate-cereja e tempere com sal e pimenta preta acabada de moer. Deixe cozinhar mais um minuto, junte 1 copo de água (ou de vinho branco) e uma mão cheia de salsa ou coentros picados e deixe apurar alguns minutos. Prove e rectifi-que os temperos. Enquanto isso, coza a massa de acordo com as indicações da embalagem. Escorra-a e junte-a às amêijoas, envolvendo bem. Passe para um prato de servir, decore com rodelas de limão e salpique com mais salsa ou coentros picados. Acompanhe com pão (para rapar o molho, no final!) e uma salada de rúcula.

ingredientes: 6 pessoastempo de preparação: 60 minutos

da, com 24 centímetros de diâmetro, cara-melizando o interior de modo uniforme. Escorra o pêssego e reserve a calda. Corte a fruta em pedacinhos e disponha-os na forma. 2 – Para o bolo: Bata bem os ovos com o açúcar, até dobrar de volume. Junte a calda de pêssego e bata mais um pouco, até ficar tudo bem misturado. Peneire a farinha e envolva delicadamente. Deite na forma. 3 – Faça o pudim: Junte o leite conden-sado e os ovos numa tigela. Acrescente o leite e mexa bem. Verta na forma. leve ao forno, em banho-maria, a 180º C, por 50 minutos. no final, verifique se está cozi-do e retire. Deixe arrefecer e desenforme. Decore com hortelã e sirva. Alternativa Confecione esta receita com ananás em calda.

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bélieril est peut-être temps d’essayer de compren-dre et de faire la paix avec vos émotions sou-vent contradictoires. En-

tre envie de vivre des amours intenses et le désir de rester libre pourquoi vouloir à tout prix choisir ?

taureauUn mois propice à l’évolution de votre vie, mais qui posera certainement problè-me à ceux qui ont bien

du mal à lâcher prise, à identifier et à renoncer à des schémas du passé qui l’enferment dans un cycle d’expériences qu’il faut maintenant dépasser pour s’ouvrir à autre chose.

gémeauxAttendez la fin du mois où vous serez davanta-ge maître de vous pour aborder le duo et son avenir en conscience et

donc a priori sans vous laisser enva-hir et déborder par vos émotions.

cancerVous aurez plus de mal que les autres à vous extraire d’un

quotidien exigeant. Veil lez pourtant à réserver un peu de votre temps pour décompresser et exprimer vos désirs en privé si vous ne voulez pas finir par craquer au bureau.

lionSi vous peinez à dé-gager les issues et à trouver des com-promis susceptibles

d’apaiser les tensions en fa-mille, attendez la fin du mois où vous y verrez plus clair et serez moins prisonnier de vos émotions (e t de cel les des autres) pour relancer les débats.

Viergemalgré les rigueurs du ciel ce mois-ci, à vous de ne pas trop titiller l’autre et de ne pas abuser

de votre pouvoir de séduction pour tenter de soumettre à vos quatre volontés l’autre sinon à vos risques et périls car a priori il ne se laissera pas faire.

balanceAttention à ce que vous dites et faites en début de mois

capricorneil est peut-être temps de lâcher une attitude, de renoncer à un com-portement qui ne fait

qu’envenimer les échanges en famille. À vous alors de déterminer ce qu’il convient de changer, d’aban-donner ou de garder sans forcément dramatiser les événements.

VerseauC’est bien vous qui devrez en février lut-ter contre une insé-curité affective qui ne date certainement pas

d’hier. Pour éviter de tourner en rond et surtout pour prendre des décisions constructives, patientez jusqu’à la fin du mois et évitez de trop ruminer et de ressasser sans cesse le passé.

PoissonsAttendez la fin du mois pour gérer le plus effi-cacement les problè-mes (financiers) qui risquent de parasiter

vos projets lors d’une première semaine a priori agitée. Vous aurez alors le recul nécessaire pour pren-dre des décisions raisonnées basées sur des stratégies affûtées et alors probablement payantes.

où vos propos ne seront pas forcément bien perçus par l’entourage qui vous le fera savoir et parfois payer. Pour év i t e r que l e s con f l i t s ne dégénèrent en guerre de tran-chées, optez pour les voies diplomatiques plutôt que de hausser le ton.

ScorpionVous avez un peu de mal à gérer vos dé-bordements d’autori-té qui pourraient dé-clencher des heurts

dans votre entourage en début de mois ? À vous alors de cana-liser de la façon la plus créative possible votre puissante énergie pour qu’elle serve vos projets sans heurter la sensibilité de vos proches.

SagittaireC’est vous qui ce m o i s - c i s e m b l e z que lque peu pr i s en étau entre vos désirs de jouir plei-nement du moment

présent et l’obligation de vous colleter à la réalité qui ne vous réserve pas forcément que des bonnes surprises.

horóScoPoFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR46

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xxxxxxxxxxxxFEVEREIRO 2016

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xxxxxxxxxFEVEREIRO 2016WWW.PORTUGALMAG.FR48

TAUX DE RENDEMENT NET EN 2015*Les rendements passés ne préjugent pas des rendements futurs.

* Taux annualisé net de frais de gestion et brut de prélèvements sociaux et fiscaux de 3 % réalisé au 31/12/2015. FIDELIDADE INVEST est un contrat d’assurance individuel sur la vie à adhésion facultative libellé en euros régi par le Code des Assurances Branche 20 : vie décès. Fidelidade Invest prévoit des frais de versement et de sortie.

Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A. Siège : Largo do Calhariz, 30 1249-001 Lisboa - Portugal - NIPC e Matrícula 500 918 880, CRC Lisboa - Capital Social 381.150.000 € - www.fidelidade.ptSuccursale de France : 29 boulevard des Italiens - 75002 Paris - RCS Paris B 413 175 191 - Tél. 01 40 17 67 20 - Fax : 01 40 17 67 29 - www.fidelidade.fr

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