manual de audiologia
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS EM AUDIOMETRIA
TONAL LIMIAR, LOGOAUDIOMETRIA E
MEDIDAS DE IMITNCIA ACSTICA
FEVEREIRO 2013
SISTEMA DE CONSELHOS FEDERALe REGIONAIS DE FONOAUDIOLOGIA
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Manual de Procedimentos emAudiometria Tonal,Logoaudiometria
e Medidas de Imitncia Acstica
Elaborao: Sistema de Conselhos Federal
e Regionais de Fonoaudiologia
FEVEREIRO 2013
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5/285Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
SUMRIO
1 - Introduo ................................................................................... 7
2 - Aspectos Legais .......................................................................... 8
3 - Ficha Audiolgica ..................................................................... 10
4 - Modelos de Descrio do Resultado Audiolgico. .................... 23
5 - Referncias Bibliogrficas......................................................... 25
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Imitncia Acstica
XXXXX1 - INTRODUO
Frequentemente profissionais de todas as regies consultam osConselhos de Fonoaudiologia em busca de esclarecimentos sobre a
sistematizao do registro dos resultados de exames audiolgicos.
Esse questionamento recorrente nas aes de fiscalizao dosConselhos Regionais em servios de Audiologia.
Com o objetivo de orientar os Fonoaudilogos que atuam em
Audiologia, o Grupo de Trabalho de Audiologia formado por membros
do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia,
revisou e atualizou este manual, que teve sua primeira verso lanada
em 2009.
A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) e a AcademiaBrasileira de Audiologia (ABA) participaram como colaboradores,
proporcionando ao documento aproximao entre os saberes cientficose legais, necessrios a uma prtica profissional em Audiologia dentrodos princpios tcnico-cientficos, legais e ticos.
Aqui o fonoaudilogo encontrar orientao quanto aos vriosaspectos relacionados prtica da avaliao audiolgica bsica.
Boa Leitura!
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Imitncia Acstica
2 - ASPECTOS LEGAIS
O Fonoaudilogo possui um amparo legal que garante sua atuao
profissional de forma plena, tica e autnoma. Sendo assim, tem odever de conhecer as normativas de sua profisso, principalmenteaquelas que se referem diretamente sua prtica profissional.
Disponibilizaremos a seguir fontes legais sobre a atuao do
Fonoaudilogo em Audiologia.
USE A SEU FAVOR:
Lei n 6965/81 que define as competncias do Fonoaudilogo,dentre elas, a competncia na avaliao, na terapia e no
fornecimento de pareceres na rea da audio;
Cdigo de tica Profissional, que prev deveres, direitos einfraes ticas relacionados prtica profissional, dentre elas, area da audio;
Resoluo do CFFa n 415, de 12 de maio de 2012, que dispesobre o registro de informaes e procedimentos fonoaudiolgicosem pronturios;
Resoluo do CFFa n 246, de 19 de maro de 2000, que dispesobre a competncia do Fonoaudilogo, quando no exerccio de suaprofisso, para solicitar exames e avaliaes e d outras providncias;
Resoluo CFFa n 214, de 20 de setembro de 1998, que dispesobre a atuao do Fonoaudilogo como perito em assuntos de
sua competncia e d outras providncias.
Portaria n 19/98, que estabelece Diretrizes e Parmetros Mnimos
para Avaliao e Acompanhamento da Audio em Trabalhadores
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Imitncia Acstica
2 - ASPECTOS LEGAIS
Expostos a Nveis de Presso Sonora Elevados Anexo I do
quadro II, Norma Regulamentadora n 7 do Ministrio do Trabalho
e do Emprego.
Resoluo do CFFa n 190, de 06 de junho de 1997, que dispesobre a competncia do Fonoaudilogo em realizar Exames
Audiolgicos.
Consulte com frequncia o portal do Conselho Federal de
Fonoaudiologia e do Conselho Regional de Fonoaudiologia
de sua jurisdio. Neles se encontram disponveis
legislaes vigentes e atualizaes normativas sobre o
assunto.
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3 - FICHA AUDIOLGICA
3.1. Informaes necessrias:
Na ficha audiolgica deve constar: local de realizao do exame com endereo e telefone;
dados pessoais do examinado: nome completo, data de nascimento,
sexo e nmero do documento de identificao; data da realizao do exame;
modelo, marca e data de calibrao dos equipamentos; achados da inspeo do meato acstico externo;
identificao, assinatura e carimbo do profissional responsvelpelo exame.
dever do fonoaudilogo utilizar seu nome e nmero de
registro no Conselho Regional no qual estiver inscrito, em
qualquer procedimento fonoaudiolgico, acompanhado de
rubrica ou assinatura. (Cdigo de tica - Artigo 6, VII)
Consiste em infrao tica assinar qualquer procedimento
fonoaudiolgico realizado por terceiros, ou solicitar que
outros profissionais assinem seus procedimentos.
(Cdigo de tica - Artigo 7 , VI)
3.2. Audiograma e Simbologia
Os limiares audiomtricos obtidos devem ser dispostos e
representados graficamente no audiograma, usando sistema de
smbolos padronizados.
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3 - FICHA AUDIOLGICA
O audiograma deve ser construdo como uma grade na qual as
frequncias, em Hertz (Hz) esto representadas logaritmicamente na
abscissa, e o nvel de audio (NA), em decibel (dB) na ordenada. Para
garantir dimenso padronizada do audiograma, cada oitava na escala de
frequncias deve ser equivalente ao espao correspondente a 20 dB na
escala do nvel de audio. O eixo da abscissa deve incluir as frequncias
de 125 Hz a 8000 Hz com a legenda de Frequncia em Hertz (Hz). O eixoda ordenada deve incluir nveis de audio de -10dB a 120 dB NA com a
legenda de Nvel de Audio em Decibel (dB).
O audiograma e o sistema de smbolos recomendados pela ASHA
(1990) encontram-se nafigura 1e no quadro 1.
Figura 1: Audiograma recomendado pela ASHA, 1990
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Imitncia Acstica
3 - FICHA AUDIOLGICA
Quadro 1: Conjunto de smbolos audiomtricos recomendados noregistro das respostas obtidas na pesquisa de limiares de audibilidade.
Obs: Adaptao da simbologia audiomtrica foi realizada a partir do proposto pela ASHA (1990).
Os smbolos audiomtricos esto demonstrados no quadro 1 e foram especificados para poder delinear independente do cdigo de cores as seguintes distines: a) orelha direita da esquerda; b) conduo area de conduo ssea; c) limiares mascarados de no mascarados;d) presena e ausncia de respostas e e) tipo de transdutor (fones, vibrador e alto falante) utilizado para a apresentao do estimulo.
PROCEDIMENTO DE TESTE ORELHA DIREITA ORELHA ESQUERDA
VIA AREA (FONES)
No mascarada o x
Mascarada
Ausncia de resposta no mascarada o x
Ausncia de resposta mascarada
VIA SSEA (MASTIDE)
Resposta no mascarada Resposta mascarada [ ]
Ausncia de resposta no mascarada
Ausncia de resposta mascarada [ ]
VIA SSEA (FRONTE)
Resposta mascarada
Ausncia de resposta mascarada
CAMPO LIVRE
Resposta
Resposta inespecfica SAusncia de resposta em Campo Livre
3.3. RESULTADO AUDIOLGICO
3.3.1 Audiometria Tonal Limiar
Para o resultado da audiometria tonal deve ser levado em
considerao quatro aspectos: tipo da perda auditiva, grau da perda
auditiva, configurao audiomtrica e lateralidade.
a) Quanto ao tipo de perda auditiva
O tipo de perda auditiva est relacionado localizao das
estruturas afetadas do aparelho auditivo.
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3 - FICHA AUDIOLGICA
A classificao do tipo de perda auditiva leva em considerao acomparao dos limiares entre a via area e a via ssea de cada orelha.
Portanto, imprescindvel realizar a pesquisa dos limiares tonais por
via area e via ssea. Sem a comparao dos limiares areos e sseos
no possvel a determinao do tipo de perdaauditiva. Algumas
classificaes so reconhecidas cientificamente e recomendadas por
especialistas. No quadro 2, o exemplo de classificao sugerido porSilman e Silverman (1997).
TIPO DE PERDA CARACTERSTICAS
Perda AuditivaCondutiva
Limiares de via ssea menores ou iguais a 15 dBNA elimiares de via area maiores do que 25 dBNA, com gapareo-sseo maior ou igual a 15 dB.
Perda Auditiva
Neurossensorial ouSensrio neural
Limiares de via ssea maiores do que 15 dBNA e limiares
de via area maiores do que 25 dBNA, com gap areo-sseo de at 10 dB.
Perda Auditiva MistaLimiares de via ssea maiores do que 15 dBNA e limiaresde via area maiores do que 25 dBNA, com gap areo-sseo maior ou igual a 15 dB.
Quadro 2: Classificao do tipo de perda auditiva de acordo com Silman e Silverman (1997)
b) Quanto ao grau da perda auditiva
O grau da perdaauditiva est relacionado com a habilidade de
ouvir a fala. Existem diversas classificaes para caracterizar o graudas perdas auditivas. Todas utilizam a mdia dos limiares tonais de
via area em determinadas frequncias para esse clculo, o que
gera controvrsias sobre qual dessas classificaes seria a maisadequada. Entretanto, a maioria considera a mdia dos limiares entre
500, 1.000 e 2.000 Hz. A mais conhecida a classificao de Lloyd e
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Kaplan (1978), descrita no quadro 3. A escolha da classificao ficaa critrio do profissional, entretanto dever sempre ser referendada. importante ressaltar que no possvel estabelecer grau de
perda auditiva por frequncia isolada.
MDIA TONAL DENOMINAO HABILIDADE PARA OUVIR A FALA
25 dBNA Audio normal Nenhuma dificuldade significativa
26 - 40 dBNAPerda auditiva degrau leve Dificuldade com fala fraca ou distante
41 - 55 dBNAPerda auditiva degrau moderado
Dificuldade com fala em nvel deconversao
56 - 70 dBNA
Perda auditivade graumoderadamentesevero
A fala deve ser forte; dificuldade paraconversao em grupo
71 - 90 dBNA Perda auditiva degrau severo
Dificuldade com fala intensa; entendesomente fala gritada ou amplificada.
91 dB NAPerda auditiva degrau profundo
Pode no entender nem a fala amplificada.Depende da leitura labial.
Quadro 3: Classificao do grau da perda auditiva de acordo com Lloyd e Kaplan (1978)
Outra classificao que pode ser utilizada a recomendadapela BIAP - Bureau Internacional dAudio Phonologie - instituio
formada por diversas associaes de pases europeus com o objetivoprincipal de nortear a atividade dos profissionais dessas regies. Arecomendao 02/1 de 1997, descrita no quadro 4, tambm est
disponvel no site www.biap.org.
Recomendao BIAP 02/1
Mdia dos limiares auditivos em dB, na via area, nas frequncias
de 500 Hz, 1kHz, 2kHz e 4kHz.
3 - FICHA AUDIOLGICA
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Imitncia Acstica
Toda resposta no detectada anotada a 120dB. A soma se divide
por 4 e arredondada para a unidade superior.
No caso de surdez assimtrica, o nvel mdio da perda em dB se
multiplica por 7 no ouvido melhor e por 3 na orelha pior. A soma se
divide por 10.
DENOMINAO MDIA TONAL CARACTERSTICAS
Audioinfranormal
20 dBNA Trata- se de uma perda tonaldiscreta sem implicao social.
Deficincia auditivaleve
21 - 40 dBNA
Percebe a fala com voz normal,mas tem dificuldade com voz baixaou distante. A maioria dos rudosfamiliares so percebidos.
Deficincia auditivamoderada
Grau I: 41 - 55 dBNA A fala percebida se a voz umpouco elevada. O sujeito entendemelhor quando olha a pessoa quefala. Percebe alguns rudos familiares.Grau II: 56 - 70 dBNA
Deficincia AuditivaSevera
Grau I: 71 - 80 dBNAA fala percebida se a voz umpouco elevada. O sujeito entendemelhor quando olha a pessoaque fala. Percebe alguns rudosfamiliares.
Grau II: 81 - 90 dBNA.
Deficincia AuditivaProfunda
Grau I: 91 - 100 dBNA
Nenhuma percepo da palavra.Somente os rudos muito fortes sopercebidos.
Grau II: 101 - 110dBNA.
Grau III: 111 - 119 dBNA
Deficincia AuditivaTotal/ Cofose
> 120 dBNA No percebe nenhum som.
Quadro 4 - Classificao do grau da perda auditiva de acordo com BIAP (1997).
3 - FICHA AUDIOLGICA
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Imitncia Acstica
Audiologia Infantil
A avaliao audiolgica infantil baseia-se na correlao do
comportamento da criana frente aos estmulos sonoros apresentados
durante a avaliao audiolgica.
A metodologia de avaliao audiolgica utilizada depender da
idade e do nvel de desenvolvimento da criana a ser avaliada.
Os mtodos mais utilizados so: Audiometria Comportamental,
Audiometria Ldica Condicionada, Audiometria de Reforo Visual
(VRA) e Audiometria de Campo Livre, entre outros.
Do resultado do exame:
Em virtude das especificidades encontradas na avaliao infantil,o resultado do exame na criana deve ser detalhado em formato de
parecer, contemplando dentre outras informaes que o fonoaudilogoconsiderar necessrias, as seguintes: nmero de sesses necessrias finalizao da avaliao, descrio do comportamento e qualidadeda interao da criana com o avaliador, anlise da qualidade da fala,
exposio dos resultados obtidos, orientaes, e encaminhamentos equipe multiprofissional, caso necessrio.
importante lembrar que h que se considerar a idade do paciente
avaliado. Por isso, para analisar os resultados de crianas at 7 anos
de idade, recomendada a classificao de Northern e Downs (1984)descrita no quadro 5.
3 - FICHA AUDIOLGICA
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Imitncia Acstica
Mdia Tonal Denominao O que consegue ouvir semamplificao
15 dBNA Audio normal Todos os sons da fala.
16 - 25 dBNAPerda auditivadiscreta ou mnima
As vogais so ouvidas claramente. Podeapresentar discreta dificuldade com asconsoantes surdas.
26 - 40 dBNAPerda auditiva degrau leve
Ouve somente alguns dos sons da fala; osfonemas sonoros mais fortes.
41 - 65 dBNA Perda auditiva degrau moderado
Perde a maior parte dos sons da fala em umnvel de conversao normal.
66 - 95 dBNAPerda auditiva degrau severo
No ouve os sons da fala de umaconversao normal.
96 dBNAPerda auditiva degrau profundo
No ouve a fala ou outros sons.
Quadro 5: Classificao do grau da perda auditiva, para crianas at 7 anos, de acordocom Northern e Downs (1984).
c) Quanto configurao audiomtrica
A classificao da configurao audiomtrica leva em consideraoo desenho dos limiares de via area para cada orelha. Segue no
quadro 6, a classificao de Silman e Silverman (1997) adaptadade Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978).
Tipo deConfigurao Caractersticas
Configurao ascendente Melhora igual ou maior do que 5 dB por oitava em direo sfrequncias altas.
Configurao horizontal Limiares alternando melhora ou piora de 5 dB por oitava em todasas frequncias.
Configurao descendente leve Piora entre 5 a 10 dB por oitava em direo s frequncias altas.
3 - FICHA AUDIOLGICA
Continua
Quadro 6: Classificao da perda auditiva de acordo com a configurao audiomtrica.(Silman e Silverman, 1997 adaptada de Carhart, 1945 e Lloyd e Kaplan, 1978)
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18/2818Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
Configurao descendenteacentuada Piora entre 15 a 20 dB por oitava em direo s frequncias altas.
Configurao descente emrampa
Curva horizontal ou descendente leve com piora 25 dB poroitava em direo s frequncias altas.
Configurao em U Limiares das frequncias extremas melhores do que asfrequncias mdias com diferena 20 dB.
Configurao em U invertido Limiares das frequncias extremas piores do que as frequnciasmdias com diferena 20 dB.
Configurao em entalheCurva horizontal com descendncia acentuada em umafrequncia isolada, com recuperao na frequnciaimediatamente subsequente.
Quadro 6: Classificao da perda auditiva de acordo com a configurao audiomtrica.(Silman e Silverman, 1997 adaptada de Carhart, 1945 e Lloyd e Kaplan, 1978)
d) Quanto lateralidade
Bilateral: significa que ambas as orelhas apresentam perda auditiva
ou normalidade auditiva.
Unilateral: significa que apenas uma das orelhas apresenta perdaauditiva.
e) Outra descrio associada curva audiomtricaSimtrica: so consideradas curvas simtricas aquelas que
possuem mesmo grau e mesma configurao audiomtrica.
Assimtrica: so consideradas curvas assimtricas aquelas quepossuem grau e ou configurao diferentes.
dever do fonoaudilogo descrever o resultado
da avaliao audiolgica na ficha do exame para
audiometria tonal, logoaudiometria e medidas de
imitncia acstica.
3 - FICHA AUDIOLGICA
Continuao
Tipo deConfigurao Caractersticas
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Imitncia Acstica
Consideraes sobre audiometria ocupacional:
A audiometria ocupacional deve ser realizada utilizando-se os
mesmos critrios da audiometria clnica. Entretanto, para a anlise
dos resultados da audiometria ocupacional devem ser considerados,
obrigatoriamente, os parmetros preconizados pela Portaria n 19 do
MTE, de 9 de abril de 1998 que define as Diretrizes e Parmetros
Mnimos para avaliao e acompanhamento da audio em indivduosexpostos a nveis de presso sonora elevados.
O fonoaudilogo tem plena autonomia para inserir no laudo
ocupacional os aspectos clnicos que considerar pertinentes.
direito do trabalhador o acesso aos seus examesaudiomtricos.
Fundamentos Legais:
Permitir o acesso do cliente ao pronturio, relatrio, exame, laudo
ou parecer elaborados pelo fonoaudilogo, recebendo explicao
necessria sua compreenso, mesmo quando o servio for contratadopor terceirosCdigode tica da Fonoaudiologia, no seu art. 9, item VII.
Disponibilizar cpias dos exames audiomtricos aos trabalhadores.
Portaria 19, item 6.1 d.
Na identificao e suspeita de Perda Auditiva relacionada ao Trabalho,quando o atendimento for realizado no SUS, compulsria a notificaoda mesma no Sistema Nacional de Notificao de Agravos (SINAN), com
vistas Vigilncia. Procure o servio de epidemiologia da sua unidade!
3 - FICHA AUDIOLGICA
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20/2820Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
3.3.2. Logoaudiometria:
Logoaudiometria a medida da habilidade do indivduo para
detectar e reconhecer a fala. Por meio da logoaudiometria possvel
avaliar o Limiar de Deteco de Fala (LDF), o Limiar de Recepo
de Fala (LRF/SRT), o ndice Percentual de Reconhecimento de Fala
(IPRF) e o Limiar de Desconforto de Fala (UCL). Estes exames devemfazer parte da prtica clnica, cabendo ao fonoaudilogo selecionar
aqueles necessrios para cada caso.
Destes exames, os resultados do ndice Percentual de
Reconhecimento de Fala (IPRF) podem ser classificados, comosugerem Jerger, Speaks e Trammell (1968), conforme descrito no
quadro 7.
Resultado do IPRF Dificuldade de compreenso da fala
100% a 92% Nenhuma dificuldade para compreender a fala.
88% a 80% Ligeira/discreta dificuldade para compreender a fala.
76% a 60% Moderada dificuldade para compreender a fala.
56% a 52% Acentuada dificuldade para acompanhar uma conversa.
abaixo de 50% Provavelmente incapaz de acompanhar uma conversa.
Quadro 7: Classificao do IPRF (Jerger, Speaks e Trammell, 1968)
3.3.3. Medidas de Imitncia Acstica
a) Timpanometria: utilizada para avaliar o funcionamento e
integridade da orelha mdia.
3 - FICHA AUDIOLGICA
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21/2821Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
Para o resultado da timpanometria, sugere-se a classificao deJerger (1970), conforme quadro 8.
Tipo de curva Caractersticas
Tipo A Mobilidade normal do sistema tmpano-ossicular.
Tipo Ad Hiper-mobilidade do sistema tmpano-ossicular.
Tipo Ar Baixa-mobilidade do sistema tmpano-ossicular.Tipo B Ausncia de mobilidade do sistema tmpano-ossicular.
Tipo CPresso de ar da orelha mdia desviada para pressonegativa.
Quadro 8: Classificao do timpanograma (Jerger, 1970)
b) Reflexo Estapediano Contralateral
Para o resultado dos reflexosacsticos do msculo estapdio na
condio via aferente contralateral, sugere-se a classificao baseadaem Gelfand (1984) e Jerger e Jerger (1989), conforme quadro 9.
Presente
Presente emnveis normais
Reflexo desencadeado entre 70 e 100dB acima do limiar da via erea
Presente ediminudo
Diferena menor ou igual a 65 dBentre o limiar de via area e o reflexoestapediano contralateral.
Presente eaumentado
Diferena maior do que 100 dB entreo limiar de via area e o reflexoestapediano contralateral.
AusenteReflexo no desencadeado at a sada mxima doequipamento
Quadro 9: Classificao do reflexo acstico estapediano contralateral (Gelfand, 1984 eJerger e Jerger, 1989).
3 - FICHA AUDIOLGICA
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22/2822Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
Sugere-se registrar os valores da via aferente (fone) utilizando a cor
da via eferente (sonda). Exemplo:
Fone OD (aferncia) - Orelha de teste Fone OE (aferncia) - Orelha de teste
Sonda OE (eferncia) - Cor azul Sonda OD (eferncia) - Cor vermelha
Ateno: Quando a imitanciometria for registrada separadamente
da ficha audiolgica, deve-se colocar os dados de identificao dopaciente, assim como carimbar e assinar o impresso computadorizado.
Entretanto, recomenda-se o registro de todos os dados da
imitanciometria na ficha de avaliao audiolgica em virtude da poucadurabilidade do impresso trmico.
As classificaes aqui descritas so sugestes do Sistemade Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia,
Academia Brasileira de Audiologia e Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia. No momento de se classificar a perda auditiva, o
profissional deve considerar: o resultado da avaliao audiolgicacompleta (audiometria tonal limiar por via area e por via ssea,logoaudiometria e medidas de imitncia acstica); no classificarfrequncias isoladas em termos de grau e, principalmente, utilizar
sempre critrios baseados em evidncias cientficas para aclassificao das perdas auditivas.Alm disso, tambm importanteconsiderar a necessidade de exames complementares, tais como:
Emisses Otoacsticas - EOA, Potencial Evocado Auditivo de
3 - FICHA AUDIOLGICA
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23/2823Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
Tronco Enceflico - PEATE, dentre outros, para a concluso do
diagnstico audiolgico, sempre que necessrio.
4.1.Para Audiometria Tonal:
a) Curvas com mesmo grau, tipo e configurao:
Curva audiomtrica simtrica, do tipo XXX (Silman e Silverman,
1997), de grau XXX (Lloyd e Kaplan, 1978) e configurao XXXbilateralmente (Carhart, 1945).
b) Curvas com grau e/ou tipo e/ou configurao diferentes:
Curva audiomtrica assimtrica, do tipo XXX direita e XXX
esquerda, de grau XXX direita e XXX esquerda e configuraoXXX direita e XXX esquerda.
Ateno: importante sempre citar os autores nos quais se baseoupara descrever o resultado. Lembre-se que o grau da perda auditivapoder mudar de acordo com a referncia cientfica escolhida.
4.2. Para Logoaudiometria:
a) Com mesmo desempenho no IPRF em ambas as orelhas:XXX dificuldade para compreender a fala em ambas as orelhas.
b) Com desempenho no IPRFdiferente entre as orelhas:
XXX dificuldade para compreender a fala direita e XXX esquerda.
4.3. Para as Medidas de Imitncia Acstica:
a) Com mesmo timpanograma e reflexos acsticos estapedianos
4 - MODELOS DE DESCRIO DO
RESULTADO AUDIOLGICO
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24/2824Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
contralaterais em ambas as orelhas:
Mobilidade XXX de ambas as orelhas mdias (timpanometria
tipo XXX bilateralmente), com reflexos acsticos estapedianoscontralaterais (presentes em nveis normais/alterados ou
ausente) nas frequncias XXX em ambas as orelhas.
b) Com timpanograma e/ou reflexos acsticos estapedianoscontralaterais diferentes entre as orelhas:
Mobilidade XXX direita e XXX esquerda (timpanometria tipo
XXX direita e tipo XXX esquerda), com reflexos acsticosestapedianos contralaterais (presentes em nveis normais/
alterados ou ausente) nas frequncias XXX direita e XXX
esquerda.
Lembre-se: A anamnese um procedimento importante na
avaliao audiolgica, devendo constar no pronturio, e
no na Ficha Audiolgica.
4 - MODELOS DE DESCRIO DO
RESULTADO AUDIOLGICO
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25/2825Manual de Procedimentos em Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria e Medidas de
Imitncia Acstica
Cdigo de tica da Fonoaudiologia, 2004.Lei n 6965/81, de 9 de dezembro de 1981.
Resoluo CFFa n 190, de 06 de junho de 1997,
Resoluo do CFFa n 246, de 19 de maro de 2000.
Resoluo CFFa n 214, de 20 de setembro de 1998.
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (2005). Laudo Audiolgico Parte 1.
http://www.biap.org/biapespagnol/esprecom021.htm.
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