manual de auriculoterapia ii - 2011 2012

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  • 7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012

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    TEXTO DE APOIO DE

    AURICULOTERAPIA IIANO LECTIVO

    2011/ 2012

    CURSO

    CURSO DE AURICULOTERAPIA, MTC, NATUROPATIA EMASSAGEM

    Departamento de MTC

    IPN PORTO Sede: Av. Sidnio Pais n 379 - Edif. Hoechst Ed. B 2 andar 4100-468 PortoTel. 22 6095750/1 Fax 22 6095752

    [email protected] ; Rua Delfim Maia, 378, 4200-253 PortoTel. 22 509 92 65 Fax 22 5099265

    IPN MATOSINHOS - Praceta Cristvo Falco, n 73 r/c Esq. e n 93 r/c Dto 4465-114 S. Mamede de InfestaTel.: 229558027 Fax 229558028; [email protected] OVAR- Rua Alexandre Herculano n 35 a 41 3880-146 Ovar

    Tel.: 256582682 Fax: 256583371: [email protected] BRAGA Rua Cidade do Porto n 50- 1 esq. 4705-084 Braga

    Tel. 253691019 Fax: 253691019; [email protected]

    IPN COIMBRA - Rua Joo do Ruo, n 12 Ed. Arnado Business Center- Piso I S. 11 - 3000-229 CoimbraTelef: 239840179 [email protected] LISBOA Rua Filipe Folque, n 40 2 - Ed. Folque 1050-114 Lisboa

    Telef.: 213161021 [email protected]

    www.ipnaturologia.com

    INSTITUTO PORTUGUS DE NATUROLOGIA

    Entidade acreditada pelo DGERT

    Reconhecida pela Secretaria de Estado do Trabalho e FormaoProfissional

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ipnaturologia.com/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.ipnaturologia.com/
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    PROGRAMA DE AURICULOTERAPIA

    Identificao do Mdulo/ Disciplina: Auriculoterapia II - 2 Semestre

    Docentes: Prof. Andr Santos, Prof. Ana Veloso e Prof. Cludia Raimundo

    Carga Horria: 60 h (30 horas lectivas e 30 horas no lectivas)

    Populao Alvo: Estudantes; Profissionais de Sade; Tcnicos de Medicina Natural; Activos

    desempregados; Jovens e adultos procura do 1 emprego.

    Objectivos Gerais:

    Pretende-se que no final do mdulo de Auriculoterapia II o formando seja capaz de:

    Identificar as indicaes e contra-indicaes do uso da Auriculoterapia

    Preparar uma sesso de Auriculoterapia

    Executar as diversas tcnicas de Auriculoterapia

    Formular um protocolo teraputico adequado situao clnica

    Tratar diversas situaes clnicas em ambiente simulado

    Contedo programtico desenvolvido:

    Noes bsicas de Auriculoterapia

    Tcnicas de Auriculoterapia

    Reaces comuns nos tratamentos de Auriculoterapia

    Princpios para a seleco de P.A

    Diagnstico e tratamento de patologias

    Sistema de Avaliao:

    A avaliao contnua efectuada em todas as aulas de acordo com os seguintes critrios:

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    Assiduidade

    Participao activa nas actividades lectivas

    Avaliaes tericas

    Avaliaes prticas

    Participao nas actividades no lectivas

    No final do semestre ser atribuda uma nota de 0 a 20 valores, sendo necessrio um mnimo de

    10 valores para aprovao.

    Plano das Sesses:

    PLANO DE SESSES DAS HORAS LECTIVAS (30 Horas)

    SESSO CONTEDOS PROGRAMTICOS

    1. Noes bsicas de Auriculoterapia:

    - Indicaes gerais da terapia auricular

    - Indicaes e contra-indicaes do uso da Auriculoterapia

    - Preparao de uma sesso de Auriculoterapia

    2. Tcnicas de Auriculoterapia:

    - Presso por esferas Esferas / Magnetos

    - Agulhas filiformes

    - Agulhas intradrmicas / Agulhas de presso / ASP

    - Estimulao elctrica

    - Massagem

    - Moxibusto

    - Sangria

    - Laser

    - Aplicaes tpicas

    3. Reaces comuns nos tratamentos de Auriculoterapia

    4. Princpios para a seleco de P.A

    5. Diagnstico e tratamento de patologias:

    a) Msculo-esquelticas e desabituaes

    b) Endcrinas, do sistema nervoso e psicolgicas

    c) Digestivas, respiratrias, ginecolgicas e urinrias

    d) Dermatolgicas, alrgicas e dos rgos dos sentidos

    - Apresentao de estudos de caso

    PLANO DE SESSES DAS HORAS NO-LECTIVAS (30 Horas)

    Execuo de exerccios prticos com apresentao em sala de aula (10 horas)

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    Execuo de exerccios escritos com resoluo em sala de aula (10 horas) Elaborao de um estudo de caso com apresentao escrita e oral (10 horas)

    Nota: Todos os trabalhos e exerccios devem ser elaborados e apresentados de acordo

    com as normas institucionais

    Bibliografia:

    Malta, Jos; Manual de Auriculoterapia 2007 / 2008; Instituto Portugus de Naturologia; 2007

    Garca, Ernesto; Manual de Auriculoterapia; Editora Roca;

    1. Noes bsicas de Auriculoterapia

    Provavelmente esta ser a fase mais simples de todo o processo teraputico, em virtude de j seter encontrado uma possvel soluo para a situao em causa.

    Contudo, no deveremos nunca menosprezar as tcnicas de tratamento, pois delas dependem a

    eficcia do mesmo.

    a) Indicaes gerais da terapia auricular

    O uso da terapia auricular deve obedecer a um conjunto de normas e orientaes, afim do

    terapeuta poder controlar todo o processo de recuperao do doente.

    Por outro lado, deve conhecer as limitaes da Auriculoterapia, no embarcando por isso em

    euforias desmedidas, que apenas o conduziro ao fracasso.

    As indicaes mais importantes da terapia auricular so as seguintes:

    Algias de qualquer tipo, sendo mais usuais as algias musculoesquelticas e

    cefaleias Patologias inflamatrias e/ou infecciosas amigdalite, otite, conjuntivite, cistite,...

    Patologias dermatolgicas psorase, urticria,...

    Patologias endcrinas e metablicas diabetes, obesidade

    Patologias funcionais hipertenso, zumbidos,...

    Patologias crnicas provavelmente as mais frequentes e as mais difceis de curar.

    Contudo, a melhoria da qualidade de vida do doente, um incentivo mais que suficiente para

    continuar

    b) Contra-indicaes da terapia auricular

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    Existe um conjunto de recomendaes que o terapeuta dever ter em conta antes de efectuar

    qualquer tratamento:

    Na gravidez, deveremos sempre ponderar a importncia do tratamento em virtude

    dos riscos que acarreta, estando proibido o uso de pontos que podero levar ao aborto,

    tais como, tero, endcrino, abdmen,... Em patologias graves (cardiopatias, anemias, hemofilia,...), ponderar o uso de

    tcnicas agressivas

    Durante o perodo da menstruao, apesar de no haver consenso acerca das suascontra-indicaes, o bom senso leva-nos a ponderar o seu uso

    Em caso de patologias que atinjam o pavilho auricular deve-se evitar o tratamento,

    em virtude de poder levar ao agravamento das mesmas

    Nas crianas, idosos,..., evitar tcnicas agressivas

    Em caso de patologias de risco (tumores, patologias cirrgicas, entre outros)aconselhar consulta conjunta da medicina ocidental

    c) Mtodos de tratamento auricular

    Apesar da grande diversidade de tcnicas que se podem efectuar no pavilho auricular, apenas

    nos iremos debruar sobre algumas delas, que so consideradas mais importantes para o incio da

    actividade profissional.

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    2) Tcnicas bsicas de tratamento

    a) Presso por Esferas/Magnetos

    Mtodo - Colocao de esferas em pontos do pavilho auricular,

    habitualmente sementes de mostarda

    Vantagens - Fcil utilizao, pouco traumtico e pouco doloroso

    - Risco baixo de infeco e efeitos colaterais

    - Efeito contnuo

    - Incorpora o doente no processo de cura

    - Pouco dispendioso

    - Ideal para crianas, idosos, doentes com fobia a agulhas

    -

    Boa soluo para quem no pode fazer tratamentos dirios

    Desvantagens - Efeito mais lento

    - Incomodativas

    - Inestticas

    - Potencial causa de alergia

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    Material

    - Sementes

    - Pina

    - Compressas

    - lcool- Acetona

    Tcnica - Seleccionar os P.A.

    - Efectuar presso com a ponteira

    - Desinfectar com lcool

    - Fixar o pavilho auricular com uma mo

    - Colocar a semente com a ajuda da pina

    - Pressionar aumentando gradualmente a intensidade

    - Estimular o P.A. na direco do nervo correspondente

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor no pavilho auricular

    - Dor local ou erctil

    - Desconforto local

    - Sono

    - Tonturas

    -

    Letargia(estes sintomas desaparecem habitualmente ao fim de alguns

    minutos)

    Ciclo * - As sementes permanecem colocadas de 3 a 7 dias

    - Nas patologias agudas e/ou dolorosas e na fase inicial do

    tratamento, o tempo de permanncia no dever exceder os 3

    dias

    - Nas patologias crnicas e aps o 1 ciclo, pode-se alargar o

    prazo de permanncia para os 7 dias- Efectuar o ensino ao doente para auto

    -estimular os P.A., cerca de 6 vezes por dia

    Cuidados - Durante o tratamento o doente no pode molhar as sementes,

    apenas poder cuidar da higiene global do pavilho auricular nos

    intervalos do mesmo

    - Aconselha-se o doente a retirar as sementes na manh do dia

    de tratamento a fim de cuidar da higiene e hidratao do pavilhoauricular

    - Prevenir o doente para a possibilidade de reaces alrgicas ao

    adesivo

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    - Ponderar o uso ou o tempo de permanncia das sementes em

    pocas quentes

    - Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o uso de

    sementes impedindo o agravamento do mesmo. Neste caso

    recomendvel tratar primeiro o pavilho auricular

    - Em grvidas, crianas, idosos,..., o estmulo deve ser fracosendo alguns P.A. perfeitamente desaconselhados

    - Ponderar o nmero de sementes a utilizar em cada tratamento*Entende-se por ciclo a frequncia do tratamento. Em geral a um ciclo correspondem 5

    tratamentos. Entre cada ciclo repousa-se durante 1 ou 2 dias.

    b) Agulhas filiformes

    A insero de agulhas no pavilho auricular remonta aos primrdios da Acupunctura, contudo,hoje, raramente a base do tratamento.

    Mtodo - Insero de agulhas filiformes no pavilho auricular

    Vantagens - Efeito poderoso e rpido

    - No depende do doente para o sucesso do tratamento

    - Liberta o doente de problemas estticos ou sociais

    Desvantagens - Efeito descontnuo

    - Utilizao mais complexa, requerendo muita percia

    - Risco mais acentuado de infeces

    - Tcnica traumtica e dolorosa

    Material - Agulhas filiformes

    - lcool

    - Compressas

    - Acetona

    - Luvas

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    Tcnica - Seleccionar os P.A.

    - Efectuar presso com a ponteira

    - Desinfectar com lcool

    - Fixar o pavilho com uma mo

    - Puncionar com agulha filiforme

    - Estimular de acordo com o efeito pretendido *- Retirar as agulhas

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor, dor, mau estar, " choque elctrico,...,

    no pavilho auricular

    - Sono e letargia

    - Lipotmia

    - Potencial risco de infeco

    Ciclo - Cada ciclo comporta 10 tratamentos

    - Entre cada ciclo repousa 3 a 5 dias

    Cuidados - Manter asspsia rigorosa durante o tratamento, pois

    as infeces do pavilho auricular so muito difceis de

    debelar

    - Em virtude do efeito poderoso desaconselha-se o

    seu uso se o doente no se apresentar em condies

    favorveis, como no caso de jejum, excitao

    emocional, debilidade fsica, etc., optando-se neste

    caso por um mtodo mais suave

    - No puncionar grvidas, crianas e outros doentes

    de risco

    - Ao puncionar a pessoa atender a que o pavilho

    nunca poder ser perfurado, a cartilagem no tem

    poder de regenerao, e potencialmente pode causar

    infeces

    - A direco da puno deve ser a seguinte:

    - 45 - 90 - Conchas e fossa triangular e lbulo

    - 15 - Fossa escafode, anti-hlice e hlice

    - Trago e antitrago - varivel

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    *Em patologias agudas, dolorosas, por estagnao ou excesso, a estimulao deve ser forte e

    rpida e o tempo de permanncia nunca inferior a 1 hora.

    Em patologias crnicas ou por deficincia, a estimulao deve ser fraca, lenta e harmnica e o

    tempo de permanncia de 30 minutos a 1 hora.

    c) Agulhas intradrmicas / Agulhas de presso / ASP

    Mtodo - Colocao de micro-agulhas em pontos do pavilho

    auricularVantagens - Fcil utilizao, ligeiramente traumtico e relativamente

    pouco doloroso

    - Efeito contnuo e poderoso

    - Incorpora o doente no processo de cura

    - Ideal para patologias crnicas ou dolorosas, que

    necessitem de estimulao contnua

    - Boa soluo para quem no pode fazer tratamentosdirios

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    Desvantagens - Obrigatria preciso no P.A. a ser tratado

    - Risco acentuado de infeces do pavilho auricular

    - Incomodativas

    - Inestticas

    - Potencialmente causadoras de reaces alrgicas

    - Uso limitado de pontos

    Material - Placa com agulhas intra-drmicas

    - Pina

    - Compressas

    - lcool

    - Acetona

    Tcnica - Seleccionar os P.A.

    - Efectuar presso com a ponteira- Desinfectar com lcool

    - Fixar o pavilho auricular com uma mo

    - Colocar a agulha com a ajuda da pina

    - Pressionar aumentando gradualmente a intensidade

    - Estimular o P.A. na direco do nervo correspondente

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor no pavilho auricular

    - Dor local ou irradiante

    - Desconforto local

    - Sono

    - Tonturas

    - Letargia

    - Potencial infeco no pavilho auricular

    Ciclo * - As agulhas permanecem colocadas de 3 a 7 dias

    -

    Nas patologias agudas e/ou dolorosas e na fase inicial dotratamento, o tempo de permanncia no dever exceder os

    3 dias

    - Nas patologias crnicas e aps o 1 ciclo pode-se alargar

    o prazo de permanncia para os 7 dias

    - Efectuar o ensino ao doente para auto-estimular os P.A.

    cerca de 3 vezes por dia

    Cuidados - Sempre que a temperatura ambiente seja quente e

    hmida deve-se reduzir o n. de dias de permanncia das

    agulhas

    - Durante o tratamento o doente no pode molhar as

    agulhas, apenas poder cuidar da higiene global do pavilho

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    auricular nos intervalos do mesmo

    - Aconselha-se o doente a retirar as agulhas na manh do

    dia de tratamento a fim de cuidar da higiene e hidratao do

    pavilho auricular

    - Prevenir o doente para a possibilidade de reaces

    alrgicas ao adesivo e potencial risco de infeco. Em casode dvida retirar de imediato as agulhas

    - Ponderar o uso ou o tempo de permanncia das agulhas

    em pocas quentes ou hmidas

    - Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o uso de

    agulhas impedindo o agravamento das mesmas. Neste caso

    recomendvel tratar primeiro o pavilho auricular

    - Em grvidas, crianas, idosos,... o uso de agulhas intra-

    drmicas desaconselhado

    - Limitar o nmero de agulhas a utilizar em cada

    tratamento (mximo 5)

    d) Estimulao elctrica

    Mtodo - Insero de agulhas filiformes no pavilho auricular s quais se

    associa um estmulo elctrico

    Vantagens - Acentua o efeito poderoso e rpido do mtodo de agulhas

    - No depende do doente para o sucesso do tratamento

    - Liberta o doente de problemas estticos ou sociais

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    Desvantagens - Efeito descontnuo, mais susceptvel de causar reaces ao

    doente

    - Utilizao muito complexa, requerendo muita percia

    - Risco mais acentuado de reaces ao tratamento

    - Tcnica traumtica e dolorosa

    Material - Agulhas filiformes

    - Aparelho de electro-acupunctura

    - lcool

    - Compressas

    - Acetona

    - Luvas

    Tcnica - Seleccionar os P.A.

    - Efectuar presso com a ponteira- Desinfectar com lcool

    - Fixar o pavilho com uma mo

    - Puncionar com agulha filiforme

    - Conectar os elctrodos nas agulhas*

    - Seleccionar o tipo de onda elctrica, a sua frequncia e

    intensidade**

    - Desconectar os elctrodos

    - Retirar as agulhas ou efectuar o ensino ao doente para asretirar num determinado momento ***

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor, dor, mau estar, " choque elctrico,... no

    pavilho auricular

    - Sono e letargia

    - Lipotmia

    - Potencial risco de infeco

    (por norma todas as reaces poder-se-o acentuar)

    Ciclo - Cada ciclo comporta 10 tratamentos

    - Entre cada ciclo repousa 3 a 5 dias

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    Cuidados - Manter asspsia rigorosa durante o tratamento, pois as

    infeces do pavilho auricular so muito difceis de debelar

    - Em virtude do efeito poderoso desaconselha-se o seu uso

    se o doente no se apresentar em condies favorveis,

    como no caso de jejum, excitao emocional, debilidade

    fsica, etc., optando-se neste caso por um mtodo maissuave

    - No puncionar grvidas, crianas e outros doentes de

    risco

    Em resumo, o uso da electro-acupunctura deve ser sempre

    ponderado visto aumentar consideravelmente os riscos do

    tratamento

    * Existem vrias formas de conexo:

    - Seleccionar pontos bilaterais e conectar um plo em cada P.A. correspondente

    - Seleccionar um ponto unilateral e pedir que o doente segure num dos plos

    - Seleccionar um ponto auricular e conect-lo ao seu P.A. do sistema nervoso

    correspondente** O tipo de onda a ser utilizado depende da natureza da patologia e da sensibilidade do

    terapeuta. Habitualmente usam-se frequncias e intensidades baixas para se tonificar e altas para

    se sedar

    *** Em patologias agudas, dolorosas, por estagnao ou excesso o tempo de permanncia nunca

    deve ser inferior a 1 hora.

    Em patologias crnicas ou por deficincia o tempo de permanncia deve ser de 30 minutos a 1

    hora.

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    e) Massagem

    Mtodo - Massagem do pavilho auricular ou de pontos especficos*

    Vantagens - Efeito preventivo

    - Tcnica relaxante pouco dolorosa

    Desvantagens - Efeito teraputico fraco e/ou demorado

    Material - Mos

    - Sonda

    Tcnica - Massajar o pavilho auricular

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor no pavilho auricular

    - Letargia

    Ciclo - Na sua forma preventiva diariamente- Em associao com outras tcnicas integrando os seus

    respectivos ciclos

    Cuidados

    - Nas grvidas, pessoas muito debilitadas,..., ponderar o seu uso

    - Em caso de leses do pavilho auricular no deve ser efectuada

    * Existem duas formas de massagem do pavilho auricular:

    Massagem geral frico, presso, beliscar,... (1)

    Massagem de pontos especficos - pontear, pinar e amassar

    (1) - Frico com as palmas das mos

    - Pinar e repuxar o hlice, anti-hlice e fossa escafode

    - Pinar e/ou amassar as conchas

    - Beliscar o lbulo

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    f) Moxibusto

    Mtodo

    - Aplicao de moxa em pontos do pavilho auricular, com a

    finalidade de aquecer, sendo til em sndromes de frio e deficincia

    Vantagens - relativa facilidade de utilizao

    - pouco traumtica

    - risco baixo de infeco e efeitos colaterais

    - bom complemento ou alternativo a outros mtodos

    Desvantagens - efeito mais lento

    - incomodativa, pelo calor que provoca e pelo cheiro- potencialmente causadora de queimaduras

    Material - moxa

    - pina

    - compressas

    - lcool

    - acetona

    Tcnica - seleccionar os P.A.

    - desinfectar com lcool- fixar o pavilho auricular com uma mo

    - aplicar a moxa no local seleccionado *

    Reaces ao

    tratamento

    - sensao de calor no pavilho auricular

    - dor local e desconforto local

    - tonturas

    - letargia

    Ciclo - tratamento dirio durante o 1 ciclo

    ( 10 tratamentos )

    - Aps 2 dias de descanso reinicia novo ciclo com tratamentos 2

    vezes por semana

    - Habitualmente o tratamento com moxa usado como

    complemento na terapia com sementes ou com agulhas, integrando-

    se nos seus ciclos de tratamento

  • 7/28/2019 Manual de Auriculoterapia II - 2011 2012

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    Cuidados - Durante o tratamento temos de proteger o cabelo, para evitar que

    se incendeiem

    - Prevenir o doente para a possibilidade de pequenas queimaduras

    - Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o seu uso

    impedindo o agravamento do mesmo. Neste caso recomendvel

    tratar primeiro o pavilho auricular- Em grvidas, doentes muito nervosos,... so perfeitamente

    desaconselhados

    * Habitualmente so utilizadas duas formas de Moxa no tratamento:

    Cone aplicado directamente no P.A.

    Basto aplicado a 2mm do P.A. ou em associao com agulhas filiformes

    g) Sangria

    Mtodo - Uso de material cortante ou perfurante para efectuar sangrias *

    em pontos especficos

    Vantagens - Efeito poderoso

    - Ideal para patologias por excesso ou calor

    Desvantagens - Obrigatria preciso no P.A. a ser tratado- Risco acentuado de infeces do pavilho auricular e de

    reaces ao tratamento

    - Uso limitado de pontos

    Material - Bisturi, agulhas ou lancetas

    - Compressas

    - lcool

    - Acetona

    - Luvas

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    Tcnica - Massajar o pavilho auricular

    - Seleccionar os P.A.

    - Desinfectar com lcool

    - Fixar o pavilho auricular com uma mo

    - Picar o P.A. seleccionado

    - Absorver as gotas de sangue na compressa- Promover a hemostase no final

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor no pavilho auricular

    - Dor local

    - Desconforto local

    - Sono

    - Tonturas

    - Letargia

    - Potencial infeco no pavilho auricular

    Ciclo - As sangrias so usadas como complemento de outras terapias.

    Esta tcnica habitualmente efectuada em dias alternados

    sendo retirado at 5 gotas de sangue (excepto na fase aguda

    da doena em que o seu uso pode ser dirio)

    Cuidados - Prevenir o doente para o potencial risco de infeco e de

    reaces ao tratamento

    - Em grvidas, crianas, idosos,... esta tcnica est

    desaconselhada

    - Ter em ateno a profundidade da puno, visto existir o perigo

    de leso da cartilagem

    - No sangrar doentes hemoflicos, anmicos,...

    - Manter asspsia rigorosa

    * Os pontos mais utilizados na sangria so:

    - pice do pavilho auricular

    - pice do trago

    - Ponto Yang do fgado

    - Pontos do hlice

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    h) Laser

    Mtodo - Utilizao de laser em pontos do pavilho auricular

    Vantagens - Indolor

    - Ideal para crianas e pessoas com fobia a agulhas

    Desvantagens - Efeito teraputico mais demorado

    Material - Aparelho de laser

    Tcnica - Seleccionar o P.A.

    - Estimular com o aparelho de laserReaces ao

    tratamento - Sensao de calor no pavilho auricular

    Ciclo - Diariamente- Em associao com outras tcnicas integrando os seus

    respectivos ciclos

    Cuidados

    - Nas grvidas, pessoas muito debilitadas,..., ponderar o seu uso

    - Proteger sempre os olhos do doente

    i) Aplicaes tpicas

    Mtodo - Colocao de emplastros * em pontos do pavilho auricular.

    - Habitualmente aps realizao de pequenos cortes com o bisturi

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    Vantagens - Efeito contnuo dos constituintes do emplastro

    - Boa soluo em alguns casos, tais como alteraes de sensibilidade,

    patologias dermatolgicas, algias,...

    Desvantagens - Traumtico e doloroso

    - Risco acentuado de infeces

    - Incomodativos

    - Inestticos

    - Potencialmente causadores de reaces alrgicas

    Material - Emplastros manuais ou comerciais **

    - Bisturi

    - Pina

    - Compressas

    - lcool

    - Acetona

    - Luvas

    Tcnica - Seleccionar os P.A.

    - Desinfectar com lcool

    - Fixar o pavilho auricular com uma mo

    - Efectuar opcionalmente os cortes em zonas especficas

    - Colocar o emplastro com a ajuda da pina

    - Pressionar suavemente at aderir ao pavilho auricular

    Reaces ao

    tratamento

    - Sensao de calor no pavilho auricular

    - Desconforto local

    - Potencial reaco alrgica ou infecciosa

    Ciclo - Os emplastros permanecem colocadas 3 dias no mximo

    Cuidados - Durante o tratamento o doente no pode molhar os emplastros, apenas

    poder cuidar da higiene global do pavilho auricular nos intervalos do

    mesmo

    - Aconselha-se o doente a retirar os emplastros na manh do dia de

    tratamento a fim de cuidar da higiene e hidratao do pavilho auricular

    Prevenir o doente para a possibilidade de reaces alrgicas e infecciosas

    Ponderar o uso ou o tempo de permanncia dos emplastros em pocas

    quentes

    - Em caso de leses do pavilho auricular, evitar o seu uso impedindo o

    agravamento do mesmo. Neste caso recomendvel tratar primeiro o

    pavilho auricular

    - Em crianas, idosos,..., esta tcnica poder ser efectuada sem oscortes no pavilho auricular.

    - Nas grvidas no deve ser utilizada

    - Limitar o nmero de emplastros a utilizar em cada tratamento

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    * Os emplastros contm princpios teraputicos (fitoterapia, oligoterapia,...), que ao serem

    fixados no pavilho auricular, promovem a absoro dessas substncias produzindo um

    efeito teraputico no local seleccionado.Alguns dos princpios teraputicos mais usados so o Gengibre, Harpagfito, Alho, Ginko,

    Propolis, Cobre, ...

    ** Hoje em dia j no se justifica o processo manual de produo de emplastros visto

    existir um sem nmero de emplastros comerciais vocacionados para estes fins. Contudo,

    devemos estar atentos s possveis reaces que possam surgir no pavilho auricular.

    3. Reaces comuns nos tratamentos de Auriculoterapia

    Para simplificar o estudo podemos dividir as reaces ao tratamento em dois grupos:

    a) Durante o tratamento

    Reaces locais dor, distenso, calor, frio,

    Manifestaes distncia algias, desconforto,..., nas regies correspondentes ou

    meridianos associados

    Reaces gerais associadas melhoria do estado geral ou parcelar, no por

    tratamento especfico, mas sim por reequilbrio energtico

    b) Aps o tratamento

    Aco retardada habitual em patologias de longa durao, m escolha dos P.A.,

    estmulo insuficiente,... A persistncia geralmente trs resultados positivos aps o

    aumento do estmulo e reviso dos pontos seleccionados

    Efeito instvel aps uma fase inicial de franca recuperao, um estagnar das

    melhorias habitualmente relaciona-se com uma saturao dos P.A., o que revela

    uma m opo do tratamento

    Insensibilidade em situaes muito raras possvel existir uma insensibilidade do

    doente quer s manifestaes da doena no pavilho auricular, quer ao tratamento

    efectuado. Nestes casos deve-se evitar a Auriculoterapia.

    Efeito contrrio muito raramente surge o agravamento dos sintomas no incio do

    tratamento, contudo, habitualmente a situao transitria. Assim, o terapeuta

    deve estar atento para a eventual necessidade de suspenso do tratamento

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    4) Princpios para a seleco de P.A.

    Os princpios de seleco de P.A. varia em funo da sensibilidade do terapeuta, contudo

    relembramos que a utilizao de protocolos apenas poder resolver algumas situaes, levando

    com o passar do tempo ao insucesso. O mais importante o doente. Todo o tratamento nico,

    de nada vale tratar apenas o sintoma, o importante reequilibrar o doente como um todo, e no

    como a soma das suas partes.

    Deste modo toda a seleco dos P.A. para o tratamento deve obedecer aos seguintes critrios:

    Pontos correspondentes so a base do tratamento

    Pontos de M.T.C. so o fruto de vrias teorias: - Yin / Yang, Zang-Fu, meridianos e 5

    movimentos

    Pontos funcionais tm uma funo complementar ao tratamento

    Pontos do sistema nevoso e endcrino

    Pontos de Medicina ocidental hoje em dia a tendncia natural para a fuso de todos os

    conhecimentos, dando-se muito relevo a todos os avanos da Medicina Ocidental. A

    Auriculoterapia a terapia oriental que porventura melhor estabelece a ponte com a Medicina

    Ocidental

    Pontos pessoais surgem da experincia profissional do terapeuta

    5. Diagnstico e tratamento de patologias:

    Ao contrrio do habitual no sero fornecidos protocolos, mas sim bases teraputicas, que

    permitam a criao de tratamentos de acordo com as necessidades de cada doente.

    Iremos debruar-nos em sala de aula sobre algumas patologias mais comuns, de forma a

    sistematizar o estudo, dando possibilidade ao estudante de criar a sua prpria tcnica. Estas

    patologias enquadram-se nas seguintes categorias:

    Msculo-esquelticas e desabituaes

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    Endcrinas, Sistema nervoso e psicolgicas

    Digestivas, respiratrias, ginecolgicas e urinrias

    Dermatolgicas, alrgicas e dos rgos dos sentidos

    NO ESQUECER: Devemos sempre lembrar que no se tratam doenas, mas sim doentes.

    10. Concluso

    A Auriculoterapia uma terapia com origem no oriente, mas cuja prtica, na

    actualidade, generalizada a todos os continentes;

    Est indicada no tratamento de vasto nmero de patologias;

    A sua aprendizagem relativamente acessvel e a sua prtica pouco dispendiosa,

    pelo que recolhe a procura e o apreo de muitos pacientes;

    Esperamos, com esta disciplina, contribuir para a divulgao e o desenvolvimento

    da Auriculoterapia em Portugal, habilitando os formandos para uma prtica de

    sucesso.