manual de exames 2006/2007

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Instituto Hermes Pardini Divisão Veterinária 1 Folha de ROSTO

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Instituto Hermes Pardini Divisão Veterinária 1

Folha de ROSTO

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INSTITUTO HERMES PARDINI LTDA

Presidente Hermes Pardini

Vice-Presidente

Carlos Olney Soares

Responsáveis Técnicos - Divisão Veterinária Cid Bastos Fóscolo - RT Veterinário (CRMMV-MG 5620)

Patrícia Pimentel de Barros - RT DNA Animal (CRMMV-MG 7158)

Assessoria de Marketing Gemerson Sander Silva

Renata Félix Samuel de Paiva Gê

Assessoria de Imprensa

Maria Juliana Horta Soares

Impressão Parque Gráfico IHP

Tiragem

5 mil

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APRESENTAÇÃO

O Setor de Veterinária é um antigo sonho, que guardava há muitos

anos. Sempre fomos questionados pelos médicos veterinários, que não entendiam a razão pela qual nós não os atendíamos. E então surgiram, na hora certa, veterinários experientes e professores da área que nos mostraram que nosso serviço, com algumas modificações, estava apto a atender praticamente todas as áreas da patologia veterinária.

A partir de janeiro de 2002 um amplo espectro de ação na área veterinária pôde ser oferecido em um único laboratório, não havendo necessidade de fracionar amostras, dividindo-as para serviços em locais diferentes, o que certamente dificultava o trabalho dos nossos clientes. Agora podemos dizer com segurança que com uma amostra do material colhido dos animais você pode fazer todos os exames em um só laboratório. Enviamos os resultados no menor prazo possível, inclusive via Internet.

Atualmente o Instituto Hermes Pardini oferece o exame de DNA Animal para BOVINOS e EQÜINOS. Esse exame permite a realização de estudos refinados de parentesco com alta precisão e a construção de bancos de dados com finalidade de arquivo permanente. Os exames de DNA animal do IHP seguem os mais altos padrões de qualidade internacional, respeitando rigorosamente as normas da ISAG (International Society of Animal Genetics) e garantindo, assim, a qualidade dos exames e a confiabilidade dos resultados.

Temos escritórios por todo o Brasil, o que possibilita a entrega de materiais em local próximo a sua fazenda e/ou clínica veterinária. Existindo qualquer dúvida, não hesite em nos telefonar ou mandar um e-mail para [email protected]. A nossa Divisão Veterinária estará sempre pronta a atendê-los.

Sempre à disposição,

Prof. Hermes Pardini

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INSTITUTO HERMES PARDINI LTDA Fundado em agosto de 1959, o Instituto Hermes Pardini iniciou suas atividades em uma pequena sala no Centro de Belo Horizonte. A primeira filial foi construída em 1975, na Rua Aimorés, número 33. Hoje, o Instituto Hermes Pardini conta com 26 unidades na região metropolitana e cerca de 3000 colaboradores. Além de atender em BH, o IHP oferece apoio a laboratórios em todo o País. A Central de Apoio a Laboratórios (CAL) funciona 24 horas por dia, permitindo fluxo contínuo de amostras aos setores técnicos. Recebendo amostras de todo o Brasil, a CAL conta com cerca de 450 funcionários e sua estrutura permite atender 1100 cidades por dia e cerca de 5000 laboratórios conveniados. Através de logística de transporte eficiente, que inclui aeronaves próprias, as amostras são rapidamente transportadas a BH. Todas as amostras colhidas são sempre identificadas com códigos de barra em sistema informatizado, utilizando rigorosos controles de biossegurança e material totalmente descartável. O crescimento do Instituto Hermes Pardini foi sempre acompanhado de perto por programas de controle de qualidade. Desde 1977, o Instituto participa de Programas Externos de Controle da Qualidade, como a certificação internacional ISO, totalizando, nos dias de hoje, mais de 30 Programas. A finalidade desses programas é monitorar e avaliar os sistemas analíticos dos ensaios, principalmente em relação aos parâmetros de exatidão e precisão. A qualidade dos serviços também é garantida pela qualificação e treinamento contínuos de toda a equipe e aquisição de equipamentos de última geração. Além de exames laboratoriais, o IHP oferece serviços de Genética Humana, Anatomia Patológica, Citologia, Vacinas, Medicina Nuclear, Diagnósticos por Imagem, Banco de Sangue de Cordão Umbilical (Criovida) e Divisão Veterinária.

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NOSSOS SERVIÇOS - DIVISÃO VETERINÁRIA

Contamos com equipe especializada em todos os setores e com um serviço de apoio que atende a laboratórios, clínicas veterinárias e veterinários em todo Brasil. A divisão veterinária executa hoje mais de 200 tipos de exames nas mais diversas especialidades:

Exames laboratoriais Bioquímica

Endocrinologia Genética Veterinária - DNA Animal

Biologia molecular Hematologia

HPLC Imunologia

Microbiologia Cultura especiais

Coprologia Toxicologia Uroanálise

Anatomia Patológica Veterinária

Citologia Veterinária

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UNIDADES DE ATENDIMENTO

BELO HORIZONTE – MG Matriz - Funcionários: Rua Aimorés, 66 Alípio de Melo: Av. Abílio Machado, 2655 Bairro Ouro Preto: Rua Conceição do Mato Dentro, 317

Barbacena: Av. Barbacena, 670* ** Barreiro: Av. Sinfrônio Brochado, 115 Barroca: Av. Amazonas, 2904 Belvedere: Av. Luíz Paulo Franco, 629 Buritis: Av. Mário Werneck, 1278 Carijós: Rua Carijós, 127 Cidade Jardim: Av. Prudente de Morais, 31 Cidade Nova: Av. Cristiano Machado, 597 Felício Rocho: Rua Uberaba, 500-A* Ipiranga: Av. Cristiano Machado, 2711 Lifecenter: Av. Contorno, 4747* ** Mangabeiras: Av. Bandeirantes, 1808 Padre Eustáquio: Rua Pará de Minas, 867 Pampulha: Av. Antônio Carlos, 7781 Pedro II: Av. Pedro II, 2087 Região Médica: Av. Bernardo Monteiro, 842 São Paulo: Rua São Paulo, 893 Tupis: Rua Tupis, 343 Venda Nova: Av. Vilarinho, 901

Vila da Serra: Alameda da Serra, 499* * Unidades hospitalares ** Unidades 24 horas BRASIL Temos representantes em todos os estados. Entre em contato conosco.

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CALL CENTER - Central de Relacionamento

A Central de Relacionamento do Instituto Hermes Pardini tem como objetivo centralizar as informações, padronizar os serviços e informar com precisão. Conta com uma infra-estrutura de tecnologia moderna com garantia de funcionamento sem interrupções (24x7), que permite atender todo o tráfego de ligações recebidas ou executadas. Nossos equipamentos são de alto nível tecnológico com linhas de transmissão por fibra ótica, que garantem a qualidade das nossas comunicações. O Call Center do IHP coloca à disposição dos clientes os seguintes serviços: Esclarecimentos quanto ao preparo de exames, orçamentos e outras

informações: (31) 3228 6200 (31) 2121 6200 (31) 4501 6200

Atendimento a Laboratórios Conveniados (Brasil):

(31) 3228 1800 (31) 2121 1800

Fale Conosco Dispomos de serviço de atendimento a sugestões e reclamações via internet no endereço www.hermespardini.com.br ou e-mail [email protected].

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AOS LABORATÓRIOS CONVENIADOS Para envio de amostras, devem ser observadas as condições dispostas apenas no HELP DE EXAMES, que são continuamente atualizadas. Consulte a nossa homepage: www.hermespardini.com.br (link Divisão Veterinária). Colocamos à disposição de nossos laboratórios conveniados os seguintes serviços on line: HELP DE EXAMES Informações atualizadas relativas a todos os exames realizados pelo Instituto Hermes Pardini, com valores de referência, marcação, condição, impressos etc. ERRATA ON LINE Atualização de todas as informações do Manual de Exames. COMUNICADOS & NOVIDADES Toda nova informação chegando on line para você. INFORMATIVOS TÉCNICOS Revisões de literatura e dados para interpretação de exames podem ser acessados em formato PDF. CONSULTA ON LINE AO NOSSO BANCO DE DADOS Pesquisa de resultados, motivos da não-realização de exames, data de resultados, faturamento etc.

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ISO 9001/2000

Missão Realizar com excelência serviços de apoio diagnóstico e produtos relacionados à saúde, atendendo e superando as expectativas dos nossos clientes. Visão Ser referência na prestação de serviços de saúde, com reconhecimento de qualidade e gestão. Valores

Respeito ao cliente Altos padrões éticos Confiabilidade dos serviços prestados Inovação tecnológica Educação continuada Qualidade no antendimento Motivação e respeito para com os colaboradores

Política da Qualidade Manter o compromisso da qualidade na prestação de serviços, através da satisfação de nossos clientes e melhoria contínua dos processos. Objetivos da Qualidade

Melhorar a qualidade no atendimento Aumentar a capacitação da equipe Garantir a confiabilidade dos serviços Otimizar o sistema de gestão Melhorar os processos técnicos / analíticos Buscar inovações tecnológicas

Dr. Carlos Olney Soares

R.D. ISO 9001/2000 Vice-presidente

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ÍNDICE

Apresentação 3 Instituto Hermes Pardini Ltda 5 Nossos Serviços 7 Unidades de Atendimento 9 Call Center – Central de Relacionamentos 11 Aos Laboratórios Conveniados 13 ISO 9001/2000 15

MANUAL DE COLETA Introdução

23 Acondicionamento e envio de material biológico 24 Conseqüências de um material mal acondicionado 24 Exames urgentes 24 Coleta de material para anatomia patológica 25 - Tipos de exames e padrões mais utilizados 25 - Coleta de material para exame histopatológico 25 - Conservação do material / Preparação do tecido 26 - Identificação do material / requisição de exames 26 - Múltiplas amostras acondicionadas em um mesmo frasco 27 - Exames com imunohistoquímica 27 - Citologia punção de líquidos 28 Coleta para exame citológico 28 - Citologia por decalque (imprint ou claps) 28 - Citologia por esmagamento (squash) 28 - Citologia aspirativa por agulha fina 28 Coleta para Microbiologia 29 - Hemocultura 29 - Bactérias anaeróbias para cultura 30 - Gram 31 - Material proveniente de animais com mamite 31

- Coleta de materiais diversos: feridas, abscessos e exsudatos 32 - Coleta de raspado de pele 32 - Cultura de fungos 33 - Coleta de secreção de ouvido 33 - Coleta para cultura de urina 34 - Coleta para cultura de fezes (coprocultura) 34 Coleta para exames hematológicos 34 - Esfregaço sangüíneo 34 - Sangue total e Anticoagulantes 35 - Soro sangüíneo e Plasma sangüíneo

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Coleta de sangue – passos básicos para uma boa coleta 37 Coleta de materiais diversos 37 - Coleta de fluídos sinovial, peritonial e pleural 37 - Líquor (LCR) 37 - Coleta para Uroanálise 38 - Cálculos urinários 38 - Coleta de fezes para exame parasitológico 38

ÍNDICE DO MANUAL DE EXAMES POR SETORES

Este manual tem caráter informativo e a função de estimular uma pesquisa mais profunda de cada tema. Os exames aqui citados podem ser excluídos, substituídos ou alterados sem aviso prévio. As informações atualizadas sobre os exames que oferecemos estão descritas no nosso site na Internet (Help de Exames) ou então por consulta telefônica ao setor técnico veterinário.

Anatomia Patológica 39 Bacteriologia 45 Biologia Molecular 55 Bioquímica 59 Citologia 85 Coprologia 89 Culturas Especiais 93 Endocrinologia 99 Genética Veterinária 109 Hematologia 115 HPLC 125 Imunologia 131 Toxicologia 145 Uroanálise

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ÍNDICE POR EXAMES

Exame Página Ácido Fólico 101 Ácido Láctico 61 Ácido Láctico - Líquor 61 Ácido Úrico 61 ACTH Hipersensível 101 Adenosina Deaminase 62 Aldolase 62 Amilase 63 Amônia 63 Anemia Infecciosa Eqüina 133 Anticorpos anti-raiva - Veterinário 133 Artrite Encefalite Caprina 134 Bactérias Anaeróbias, cultura 47 Beta Caroteno 127 Bilirrubinas 64 Bilirrubinas - urina 151 Biopsia com coloração especial 41 Biopsia simples 41 Brucelose Bovina (Antígeno Acidificado Tamponado) 134 Brucelose Bovina (Prova lenta e 2 mercaptoetanol) 135 Brucelose Canina - Brucella canis 136 Cálcio 64 Cálcio Iônico 65 Cálculo Biliar, Análise Físico/Química 151 Cálculo Renal, Análise Físico/Química 151 Campylobacter, cultura 47 Capacidade Livre de combinação do ferro 66 Capacidade Total de combinação do ferro 66 Ciclosporina 137 Cinomose - sorologia 137 Cinomose - Pesquisa de Corpúsculo de inclusão viral 117 Citologia de Punção de Líquidos Anatomia 41 e 87 Citologia Oncótica Geral 87 Citologia Oncótica Geral + 1 lâmina 88 Citometria + Citologia - Líquidos Corporais 117 Cloretos 66 Cobre 147 Colesterol HDL 67 Colesterol LDL 67 Colesterol Total 68 Colesterol VLDL 68

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Colinesterase 69 Coprocultura 48 Cortisol 102 Creatinina 69 Creatinina, Clearence 69 Creatinofosfoquinase - CPK 69 Cristais com luz polarizada, urina 152 Cristais com luz polarizada, urina 24 horas 152 Cultura + Antibiograma 48 Cultura sem antibiograma 49 Dehidrogenase Láctica 71 Dehidrogenase Láctica - Líquor 71 Diarréia Bovina a Vírus 137 Difenilhidantoína 127 Digoxina 102 Dirofilariose 138 Dirofilariose Ehrlichia Lyme 138 Ectoparasitas pesquisa 49 Ehrlichia 139 Eletroforese de proteínas 139 Enzima Conversora de Angiotensina 71 Exame Direto a fresco 50 Fenobarbital 128 Ferro Sérico 72 Fibrinogênio 118 FIV/FELV - Leucemia viral felina / Imunodeficiência felina 140 Fosfatase Ácida 72 Fosfatase Alcalina 73 Fósforo 73 Fungos, Cultura 50 Fungos, Cultura com Antifungigrama 51 Gama GT 74 Gastrina 103 Giardia - Antígeno fezes - ELISA 91 Glicemia Jejum 74 Glicose, pesquisa urina 152 Glicose, pesquisa urina 12 horas 154 Glutationa Peroxidase 75 Gram (Bacterioscopia) 51 Hematócrito 118 Hemocultura 52 Hemocultura Automatizada 52 Hemograma 118 Hemoparasitas - Pesquisa 121 Hormônios Tireoideanos 106

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Imunohistoquímica 42 Inseticidas Organofosforados 147 Leishmaniose Canina - PCR 57 Leishmaniose Canina - Pesquisa direta do agente 122 Leishmaniose Canina - IgG e RIFI 141 Leptospirose - Soroaglutinação microscópica 95 Leptospirose, cultura 95 Lipase 76 Lípides Totais 75 Lúpus Eritematoso 43 Lyme 141 Magnésio 76 Micobactérias, Cultura 96 Micobactérias, Cultura Automatizada 53 Micológico Direto 53 Mycoplasma, cultura 96 Osmolaridade 77 Painéis de imunohistoquímica para tumores indiferenciados 43 Parasitológico - larvas (Baermann e Moraes) 91 Parasitológico - OPG (Kato Katz) 91 Parasitológico - HPJ (Hoffman – Pons e Janer) 92 Paratormônio PTH Intacto 103 Parvovírus - antígeno fezes 92 Peça cirúrgica radical simples 42 Peritonite Infecciosa Felina - PIF 142 Pesquisa de mutação tobiana - pelagem pampa 112 Piócitos, Pesquisa e Contagem - urina 153 Potássio 77 Primidona 128 Progesterona 104 Proteína Glicosilada 78 Proteínas Totais 78 Proteínas Totais e Fracionadas 78 Razão Proteína / Creatinina - urina 79 Reticulócitos 123 Rinotraqueíte Infecciosa Bovina - IBR 142 Rotina - líquido ascítico 80 Rotina - líquido pleural 81 Rotina - líquido sinovial 82 Sedimentoscopia urina 154 Sexagem de Aves por PCR 113 Sódio 82 T3 Total 107 T4 Livre 107 T4 Total 107

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Tempo de Atividade de Protrombina (RNI) 123 Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP) 123 Teste de Supressão com Dexametasona (Alta dose) Caninos e felinos

105

Teste de Supressão com Dexametasona (Baixa dose) Caninos e felinos

104

Teste de Supressão com Dexametasona - Eqüinos 105 Testosterona 106 Tipagem por DNA e vínculo genético para raças bovinas e eqüinas 111 Toxicológico completo - Veterinário 147 Toxoplasmose IgG - Cão/Gato 142 Transaminase Oxalacética 83 Transaminase Pirúvica 83 Triglicérides 84 TSH canino 108 Uréia 84 Urina, Cultura e Antibiograma 54 Urina, Rotina 154 Urobilinogênio, Pesquisa urina 154 Vitamina A 128 Vitamina B12 108 Vitamina D3 129 Zinco 148

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INTRODUÇÃO Este Manual de Exames, em sua versão 2007/2008, tem como objetivo auxiliar o médico veterinário na coleta e envio de amostras. A padronização da coleta de material é uma forma de garantir a qualidade do resultado dos exames. Além de informar ao médico veterinário sobre os exames rotineiramente realizados, o Manual de Exames também esclarece as principais dúvidas a respeito das variáveis pré-analíticas que possam vir a interferir nos exames:

Relativo ao paciente: idade, raça, sexo, gestação. Atividade física: imediatamente após exercício extenuante ocorrem

elevações de lactato, amônia, creatinoquinase, ALT, AST, fósforo, fosfatase ácida, creatinina, ácido úrico e contagem de leucócitos. Um decréscimo pode ser observado na dosagem de albumina, ferro e sódio.

Dieta e tempo de jejum: quando o jejum específico para cada exame não é respeitado, pode haver interferência em muitos analitos, especialmente bilirrubina, proteína total, ácido úrico, uréia, potássio, triglicérides, fosfatase alcalina e fósforo.

Estresse (no momento da coleta, animal bravio). Volume inadequado. Uso do tubo com anticoagulante correto: é fundamental para preservação

da amostra e a correta determinação do analito, de acordo com o especificado em cada exame. Vários analitos têm concentrações no plasma e no soro diferentes. Quando vários tubos são usados durante uma única punção, tubos sem aditivos devem ser utilizados primeiro para que se evite contaminação.

Hemólise: hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames. Hemólise significativa causa aumento na atividade plasmática da fosfatase alcalina, TGO, desidrogenase láctica e nas dosagens de potássio, magnésio e fosfato. A hemólise diminui a concentração de insulina, dentre outros.

Contaminação da amostra. Garroteamento prolongado. Tempo e armazenamento da amostra: a amostra deve ser preservada

desde o momento da coleta até o momento em que será analisada. Plasma ou soro devem ser separados das células o mais rápido possível. Se o soro não puder ser analisado no momento, ele deve ser mantido refrigerado ou congelado. As amostras devem ser centrifugadas tampadas para se reduzir evaporação e aerolização. Nas amostras urinárias, deve-se dar especial atenção àquelas que necessitam de acidificação e/ou refrigeração, principalmente em amostras de 12 ou 24 horas. O tempo requerido para o transporte de amostras biológicas, a partir do momento da coleta até a sua execução, pode variar de minutos até dias, desde que estas estejam bem conservadas, devendo-se consultar cada exame.

ATENÇÃO: Todo resultado liberado pelo laboratório é conseqüência da qualidade da amostra recebida.

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ACONDICIONAMENTO E ENVIO DE MATERIAL BIOLÓGICO

O acondicionamento das amostras é uma etapa de suma importância para a manutenção da qualidade. Cada material biológico deve ser acondicionado conforme o exame solicitado. Para a maioria dos exames laboratoriais, o acondicionamento sobre refrigeração entre 2 e 8°C é o ideal. Alguns exames exigem o congelamento da amostra até o momento da execução. Nesses casos, deve-se utilizar gelo seco para melhor conservação. Pode-se ainda fazer um "sanduíche", ou seja, colocar a amostra entre dois gelos recicláveis e congelá-los juntamente. Alguns exames devem ser mantidos em temperatura ambiente, já que a refrigeração ou congelamento pode alterar a amostra e conseqüentemente impedir a realização do exame. É importante lembrar também que para a realização de alguns exames é necessário que o material biológico venha protegido da luz. A solicitação de exame deve vir separada dos demais materiais, para que não se molhe. As citologias, biópsias e urinas devem ser enviadas separadamente do restante do material.

CONSEQÜÊNCIAS DE UM MATERIAL MAL ACONDICIONADO

Um acondicionamento mal feito pode resultar em deterioração do material biológico (impedindo a realização do exame), resultado alterado, quebra ou vazamento do material, rótulos molhados e ilegíveis, requisições ilegíveis e molhadas (quando enviadas junto com o material).

EXAMES URGENTES

É preciso ter um cuidado todo especial com materiais biológicos considerados urgentes e/ou com curto prazo e conservação. Este material deve ser colhido e enviado imediatamente ao laboratório, onde será triado e enviado imediatamente ao setor técnico para a execução do exame.

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COLETA DE MATERIAL PARA ANATOMIA PATOLÓGICA

Todo material destinado a histopatologia deve vir acompanhado da requisição de exame devidamente preenchida. É sempre necessário o envio de informes clínicos do caso a ser estudado.

TIPOS DE EXAMES E PADRÕES MAIS UTILIZADOS Peça cirúrgica radical simples: amostragem de uma área/órgão com 3,0 cm ou mais de diâmetro. Biopsia simples: amostragem de uma área/órgão, abrangendo no mínimo 0,3 cm de espessura por 0,5 cm de profundidade. Biopsia com pesquisa de H. pylori: gengiva, esôfago, estômago, duodeno, etc. Biopsia com coloração especial (BCE): biópsia simples com pesquisa de agentes etiológicos como fungos, protozoários, dentre outros, por meio de colorações especiais. Citologia de punção de líquidos: punção de órgãos variados: tireóide, cistos, nódulos etc. Colorações especiais: serão realizadas em materiais como fígado e medula óssea, em casos de explicitação médica ou quando for necessária a pesquisa de glicogênio, substância amilóide, depósito de ferro, depósito de cobre (consultar o setor em caso de dúvidas).

COLETA DE MATERIAL PARA EXAME HISTOPATOLÓGICO

A coleta de material para exame histopatológico é a operação mais delicada da técnica histológica, pois exige grande habilidade e atenção do Médico Veterinário responsável. São considerados aspectos importantes:

O cirurgião ou o clínico, ao realizarem a biópsia, devem ter sempre ao lado o instrumental cirúrgico e o(s) frasco(s) contendo o líquido fixador.

As incisões devem ser feitas de modo rápido, com instrumento afiado, evitando-se esmagar o tecido.

Os fragmentos de tecidos devem ter no mínimo 0,3 cm de espessura, faces planas e paralelas e atingir no mínimo 0,4 cm de profundidade.

As superfícies de corte devem compreender, sempre que possível, uma parte da lesão e outra do tecido normal adjacente, evitando-se o centro e as bordas da lesão.

Imediatamente após a colheita, os fragmentos de tecido devem ser acondicionados diretamente no líquido fixador, em frascos de boca larga. Nunca utilizar frascos menores que a amostra, evitando-se, assim, a deformação do material.

Os tecidos que tendem a flutuar (pulmão e medula óssea) devem ser envolvidos em gaze ou algodão.

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Nunca acondicionar o material em soro fisiológico ou água, pois tais meios maceram os tecidos, inutilizando-os para estudo histológico.

CONSERVAÇÃO DO MATERIAL / PREPARAÇÃO DO TECIDO

Devido à grande importância da análise anátomo-patológica, deve-se ter um cuidado especial na preservação (fixação) e acondicionamento das amostras, pois se trata de um material biológico nobre e de recoleta difícil. Para a histopatologia convencional, o fixador utilizado na rotina é a solução aquosa de formalina, formol a 10% (1 parte de formol para 9 partes de água). Particularmente para o sistema nervoso, utiliza-se a fixação em formol a 20% (2 partes de formol em 8 partes de água) para melhor preservação do órgão. O volume ideal corresponde à cerca de 20 vezes o volume da peça obtida. O tempo de fixação, utilizando-se o formol, está entre 8 e 48 horas, conforme o seguinte índice de fixação: 8 horas para cada milímetro de espessura da amostra. O fixador pode ser escorrido para se evitar derramamento durante o transporte, somente após 24 horas de fixação para amostras menores que 3 cm e após 48h para amostras maiores que 3 cm. Para o exame citológico podem ser utilizados fixadores como o álcool etílico a 95° ou o álcool absoluto, sendo 1 hora o tempo ideal de fixação e o mínimo de 15 minutos. O volume ideal corresponde a 20ml para cada lâmina de esfregaço.

IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL / REQUISIÇÃO DE EXAMES Os exames enviados ao setor de Anatomia Patológica devem vir rotulados com a identificação do paciente e acompanhados da requisição médica e relatório clínico devidamente preenchido e protegido (plástico etc.) do restante do material. É imprescindível que o relatório clínico contenha a especificação do material coletado e a identificação do animal (espécie, raça, sexo e idade). O médico responsável pela coleta deve fornecer uma descrição detalhada e objetiva das lesões macroscópicas, de tal forma que retrate claramente o material examinado, assim como explicite o(s) local(is) e o número de amostras coletadas e enviadas ao laboratório. Deve-se salientar a importância do fornecimento de informes clínicos (tempo de evolução, tratamentos anteriores, sintomatologia clínica etc.) ao anátomo-patologista, já que estes dados constituem uma ferramenta de grande importância no diagnóstico histopatológico.

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MÚLTIPLAS AMOSTRAS ACONDICIONADAS EM UM MESMO FRASCO A requisição do exame deve ser clara e objetiva quanto ao número e origem de amostras em um mesmo frasco, uma vez que enviadas ao departamento todas as amostras serão processadas e cobradas isoladamente. O médico requisitante deve sempre informar, na ficha médica, se houve o fracionamento da amostra e seu acondicionamento em mais de um frasco. Esta informação é útil sobretudo para se evitar a cobrança de biópsias desnecessárias. É freqüente o recebimento de amostras de locais diferentes em um mesmo frasco. Exemplo: Pele: Caracterizam-se como um (1) exame a ser cobrado: - Amostras de pele coletadas de uma mesma região anatômica (ex: dorso). Caracterizam-se como mais de um (1) exame a ser cobrado: - Amostras de pele coletadas em regiões anatômicas diferentes (ex: um fragmento de pele do dorso, um fragmento do pescoço, um fragmento do abdômen). Cada fragmento será cobrado como uma biópsia isoladamente. Amostras de pele coletadas de regiões anatômicas diferentes (ex: axila e pavilhão auditivo) devem vir acondicionadas, devidamente identificadas e com especificação da região a que correspondem, em frascos diferentes para maior segurança diagnóstica. Outros órgãos: - Será cobrado cada um dos órgãos enviados em um mesmo frasco (ex: fígado, pulmão, alça intestinal). A escolha da melhor amostra a ser processada fica a critério do Médico Veterinário requisitante durante a coleta do material; caso contrário, poderá ocorrer atraso na liberação do resultado ou até mesmo a recusa do material pelo laboratório. O Médico Patologista não será responsabilizado pela escolha da amostra a ser processada.

EXAMES COM IMUNOHISTOQUÍMICA A Anatomia Patológica moderna apresenta situações em que a coloração rotineira (Hematoxilina-Eosina) deve ser complementada com métodos de imuno-histoquímica, como a seguir e quando for necessário:

Auxiliar na diferenciação entre estados proliferativos benignos e neoplasias. Ex: linfomas x estados reacionais de linfonodos. Definir a histogênese de neoplasias morfologicamente indiferenciadas.

Ex: linfomas x carcinomas x sarcomas. Imunofenotipagem de neoplasias já classificadas pela morfologia rotineira.

Ex: linfomas de células T x linfomas de células B. Entre outros.

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CITOLOGIA - PUNÇÃO DE LÍQUIDOS

Materiais diversos: punção de mama, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido pleural, líquido pericárdio, punções de coleções superficiais, urina, lavado vesical, gástrico, peritoneal, lavado tráqueo-brônquico. O envio do líquido é preferencial e este material deve ser enviado depois de misturado e homogeneizado com álcool etílico (70%), volume a volume. Desta forma teremos material de melhor qualidade para exame. Em caso de esfregaço de lâmina, este deve ser enviado e fixado em álcool etílico (70%).

COLETA PARA EXAME CITOLÓGICO

O exame citológico é indicado para diferenciação de processos inflamatórios agudos x crônicos e neoplásicos benignos x malignos. O exame citológico apresenta como vantagens principais a rapidez no diagnóstico, a baixa invasividade e a necessidade de pequena quantidade de material. Uma das suas limitações é a necessidade ocasional de confirmação diagnóstica por meio da histopatologia, por não proporcionar a visualização da arquitetura do tecido alterado. Podemos dividir em 3 formas de obtenção do material:

CITOLOGIA POR DECALQUE (IMPRINT OU CLAPS) Colhe-se fragmento de 1-2 cm do órgão ou nódulo a ser examinado, retira-se o excesso de sangue com um papel toalha e faz-se a impressão em uma lâmina limpa. É uma técnica muito utilizada em sala de necropsia para confirmação diagnóstica de suspeitas levantadas a macroscopia, com resposta rápida.

CITOLOGIA POR ESMAGAMENTO (SQUASH) Esta técnica consiste em colocar uma lâmina sobre a outra (contendo um fragmento de 2 mm do material a ser examinado), comprimindo-as e espalhando o material.

CITOLOGIA ASPIRATIVA POR AGULHA FINA É uma técnica interessante por colher células de lesões profundas, podendo-se obter células de vários planos do tecido. Colocar o material imediatamente em álcool comercial a 95° (não deixar secar antes da fixação) e manter a temperatura ambiente. Pode-se enviar a amostra em seringa ou transferir para um tubo estéril. Manter em geladeira ou conservar em álcool a 50%. O material deve ser enviado em partes iguais: material biológico +

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álcool. Encaminhar, imediatamente, ao laboratório. O material deve vir acompanhado de histórico detalhado, descrição da lesão e técnica de colheita.

COLETA PARA MICROBIOLOGIA

Em Bacteriologia o material colhido deve ser representativo do processo infeccioso investigado. A coleta ou transporte inadequado pode ocasionar falha no isolamento do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, induzindo a um tratamento inapropriado. Para realização da coleta de material para análise microbiológica é fundamental observar os seguintes itens

Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível; Colher do local onde o microorganismo suspeito tenha maior probabilidade

de ser isolado; Quantidade suficiente de material deve ser coletado para permitir uma

completa análise microbiológica; O pedido do exame deve conter dados do animal tais como espécie, raça,

sexo, idade, além da suspeita clínica, indicação do uso de antibióticos, tipo de material e o local de coleta;

Usar frascos adequados para cada tipo de material enviado (meio de transporte, frascos estéreis);

A anotação da hora da coleta é um dado extremamente importante para o controle da qualidade e análise da viabilidade da amostra.

As principais causas de rejeição de amostra para análise microbiológica são:

Teste a ser realizado não especificado; Falta de identificação da amostra (local da coleta); Não especificação do local de coleta; Material clínico recebido em solução de fixação (formalina); Frascos não estéreis; Swab seco (enviado sem estar no meio de transporte); Culturas para anaeróbios recebidas em condições inapropriadas.

HEMOCULTURA

Realizar preferencialmente punção venosa por trazer mais benefícios na recuperação de microorganismos quando comparada com punção arterial. Não se recomenda a troca de agulhas entre coleta e distribuição do sangue nos frascos específicos. O método de coleta do sangue e o volume coletado influem diretamente no sucesso de recuperação de microorganismos e uma interpretação adequada dos resultados. Para uma boa coleta proceder da seguinte forma:

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Lavar e secar as mãos; Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer anti-sepsia

prévia nas tampas com álcool 70%; Realizar tricotomia, anti-sepsia de pele, deixar secar. Selecionar uma veia

adequada. Esta área não deverá mais ser tocada com os dedos; Fazer a anti-sepsia com álcool 70% de forma circular e de dentro para fora; Aplicar solução de iodo (tintura de iodo 1 a 2% ou PVPI 10%), também com

movimentos circulares e de dentro para fora. Para ação adequada do iodo, deixar secar por 1 a 2 minutos antes de efetuar a coleta;

Identificar cada frasco e enviar ao laboratório, juntamente com a solicitação médica veterinária devidamente preenchida.

Volume de sangue coletado por frasco

O volume ideal corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta. O volume recomendável para cães de grande porte é de 5 a 10 mL (usar

frasco adulto). Cães de pequeno porte ou gatos: 1ml (usar frasco pediátrico). As amostras que não forem coletadas nos frascos próprios devem ser

coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (Citrato, heparina, SPS).

Quanto maior o volume de sangue inoculado no meio de cultura, por amostra, melhor a recuperação do microorganismo, respeitando-se a proporção sangue/meio citada, pois o sangue em desproporção com o meio pode inibir o crescimento de microorganismos.

Frasco disponível: hemocult Transporte

Nunca refrigerar o frasco. Manter o frasco em temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido

possível para o laboratório.

BACTÉRIAS ANAERÓBIAS PARA CULTURA A maioria dos microrganismos anaeróbios não sobrevive à exposição ao oxigênio por mais de 20 minutos, portanto este tipo de coleta deve seguir regras rigorosas. A coleta deve ser feita evitando-se contaminação com a flora normal endógena. Sempre que possível, a amostra deve ser coletada através de aspirado com agulha e seringa ou através de fragmentos do tecido infectado O material aspirado deve ser precedido da eliminação do ar residual. Aspirados de abscesso, material de biópsia, líquor, aspirado para cultura de urina, sangue, aspirado profundo de feridas abertas obtidos após descontaminação da pele. Nunca deixar amostra em contato prolongado com o ar. O material colhido por swab não é o ideal. Como a maioria das infecções por Anaeróbios é mista, recomenda-se sempre fazer em paralelo a cultura para Aeróbios e Gram.

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As amostras devem ser de preferência, imediatamente inoculadas no meio de Tioglicolato 135C que serve como meio de transporte e como meio de cultura inicial. Manter em temperatura ambiente.

GRAM

Coletar a amostra assepticamente, com os mesmos cuidados da cultura. Preparar pelo menos dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Os esfregaços devem ser feitos com movimentos circulares, a partir do centro da lâmina, homogeneamente. Deixar secar ao ar. Passar a lâmina com o lado oposto ao esfregaço rapidamente 3 a 5 vezes sobre o fogo do bico de Bunsen. A lâmina deve ser passada rapidamente para não desidratar as células, o que prejudica a correta identificação dos elementos. Após correta fixação pelo calor brando, protegê-los para transporte. As amostras de secreção (feridas cutâneas, conjuntiva, nasofaringe, orofaringe, ouvido externo, uretra, vagina, cervix uterino etc) são conservadas em esfregaços fixados pelo calor. As amostras de fezes, esperma e amostras de consistência líquida (urina, líquidos corporais etc) são encaminhadas em frasco estéril o mais rápido possível ou sob refrigeração (2 a 8°C) nos casos em que a refrigeração não comprometa exames solicitados concomitantemente na mesma amostra.

MATERIAL PROVENIENTE DE ANIMAIS COM MAMITE Para diagnóstico e controle de Mastite devemos proceder aos exames bacteriológicos para determinar o agente etiológico e se necessário o teste de sensibilidade antimicrobiana (antibiograma). As amostras podem ser colhidas de animais com quadro clínico ou subclínico desde que não tenham recebido medicação local ou parenteral. Preparação: é de extrema importância que amostras de leite de animais com mamite sejam coletadas com assepsia rigorosa, pois a superfície do úbere possui uma flora bacteriana rica, além da contaminação com fezes, solo, cama etc. As seguintes recomendações devem ser adotadas na coleta do leite para exame bacteriológico:

Lavar as mãos com água e sabão e desinfetá-las com álcool 70%. Limpeza do úbere e tetas: devemos utilizar papel toalha e certificar que

estão bem secos. Aplicar álcool 70% na teta com atenção especial ao orifício da mesma.

Coletar a amostra de leite em frasco estéril, que pode ser um tubo de ensaio estéril. A rolha deve ser segurada no mindinho de forma que não haja contaminação da mesma.

Os primeiros jatos de leite devem ser desprezados para então se iniciar a coleta de aproximadamente 8 mL..

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Após a coleta, o tubo deve ser imediatamente fechado e lacrado. Deve ser feita também a identificação com o número ou nome do animal e o quarto coletado (AD - Anterior Direito, AE - Anterior Esquerdo, PE - Posterior Esquerdo, PD - Posterior Direito)

O ideal é a coleta de uma amostra composta de leite, ou seja, um pouco de leite de cada quarto. Amostras separadas por quartos só devem ser coletadas quando há necessidade de investigação da afecção de cada glândula mamária. É importante também que a amostra de leite seja coletada antes de submeter o animal a qualquer tratamento, principalmente com antibióticos. O espécime deve ser enviado ao laboratório sob refrigeração. Armazenamento do material coletado Após a coleta do leite proveniente de animais com mamite ou dos swabs deve-se manter este material sob refrigeração até o envio ao laboratório. Caso o material não possa ser enviado em um prazo de 48 horas, deve ser congelado.

COLETA DE MATERIAIS DIVERSOS: FERIDAS-ABSCESSOS-EXSUDATOS

O termo “secreção de feridas” é inapropriado como informação da origem do material coletado. A descrição do sitio anatômico específico, bem como informações adicionais (material de ferida superficial ou profunda), são extremamente valiosos para o laboratório, auxiliando na interpretação dos resultados. Principais passos para realização da coleta:

As margens e superfície da lesão devem ser descontaminadas com PVPI e soro fisiológico.

Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida, utilizando-se, de preferência, aspirado com seringa e agulha.

Swabs serão utilizados quando os procedimentos acima citados não puderem ser realizados. A cultura de lesões secas e crostas não são recomendadas, salvo não ser possível colher exsudato.

COLETA DE RASPADO DE PELE

No exame de raspados cutâneos pode-se pesquisar ectoparasitos e fungos. Em algumas afecções de pele, este é um procedimento imprescindível para o estabelecimento de um diagnóstico decisivo. Para aumentar a sensibilidade-especificidade do teste é importante seguir os passos relacionados abaixo: 1. Preferencialmente não estar em uso de medicamentos tópicos por no mínimo

duas semanas, evitando desta forma resultado falso-negativo.

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2. Deve-se fazer uma boa assepsia no pêlo do animal utilizando álcool 70°(não esfregar) devido à presença de microorganismos saprófitos que podem interferir no resultado do exame.

3. Para colheita de material de pele em animais de pêlos longos, realizar tricotomia parcial, deixando os pêlos com no máximo 0,5 a 1,0 cm de comprimento. Incluir pêlos partidos associados a lesões, pêlos íntegros retirados de dentro dos folículos com pinça hemostática e descamação, mas deve-se evitar o exsudatos.

4. O raspado deve ser profundo e realizado na periferia da área lesionada quando estas forem descamativas. Quando a suspeita é de sarna demodécica, deve-se comprimir fortemente a pele com os dedos porque esta sarna se localiza profundamente na pele. No caso de micose, arrancar pêlos junto com o raspado.

5. A coleta do material deve ser feita nas áreas mais extensas das lesões. Escamas, fragmentos de unhas, pêlos, cabelos opacos, quebradiços e curtos ou de aspectos de pontos negros.

6. Raspar nos diversos locais do corpo em que tiver lesões. A amostra enviada deve ser representativa da lesão, pois pouco material dificulta o exame e pode acarretar em resultado falso-negativo.

7. Utilizar preferencialmente lâmina de bisturi e evitar o uso da tesoura por não ser o instrumento próprio para o raspado de pele.

8. Os materiais obtidos devem ser colocados em frascos limpos ou estéreis e identificados separadamente para cada sítio a ser investigado.

9. Enviar em frascos bem vedados. 10. Evitar enviar somente pêlo; é necessária a presença de células de

descamação.

CULTURA DE FUNGOS

É um exame cujo resultado demora em torno de 20 a 30 dias, tempo necessário para o crescimento da maioria dos fungos. Quando houver positividade em qualquer prazo antes dos 30 dias, o resultado será comunicado imediatamente. Para um resultado fidedigno deste exame deve-se fazer uma assepsia bem feita e o material deve ser enviado em frasco coletor universal bem vedado ou em envelopes apropriados, em temperatura ambiente. Não enviar amostras em tubos tapados com rolhas de algodão, pois o algodão pode reter o material. Contaminantes externos podem interferir no crescimento dos fungos.

COLETA DE SECREÇÃO DE OUVIDO

Limpar a parte externa do ouvido com uma solução degermante suave. Obter, com auxílio de um swab, o material da parte mais profunda, incluindo secreções “frescas”. Evitar tocar nas paredes externas do ouvido. Os swabs devem ser enviados em meio de transporte adequado (meio de transporte Stuart). Amostras do lado direito e esquerdo devem ser identificadas.

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COLETA PARA CULTURA DE URINA Colher amostra de urina preferencialmente com sonda ou por cistocentese (mais recomendado). Acondicionar em recipiente apropriado (frasco estéril) uma quantidade mínima de 10 mL. Refrigerar imediatamente (2 a 8°C) e enviar ao laboratório sob refrigeração em um prazo máximo de 12 horas após a coleta. Se o período de transporte da amostra até o laboratório exceder 12 horas, deve-se enviar a amostra em lâminocultivo.

COLETA PARA CULTURA DE FEZES (COPROCULTURA) Devem ser coletadas na fase aguda da doença, quando os patógenos estão usualmente presentes em maior número e, preferencialmente, antes da antibioticoterapia. Fezes recém excretadas antes da administração de antimicrobianos. Coletar as fezes e colocar em um frasco contendo o meio para transporte (Cary Blair), em quantidade equivalente a uma colher de sobremesa. Preferir sempre as porções mucosas e sanguinolentas. Fechar bem o frasco e agitar o material. Se a amostra não puder ser entregue em um prazo de até 2 horas da coleta, manter sob refrigeração a 4°C, no máximo por um período de 12 horas.

COLETA PARA EXAMES HEMATÓLOGICOS

ESFREGAÇO SANGUÍNEO Usado para pesquisa de hemoparasitos (Anaplasma, Babesia, Filaria, Ehrlichia e Trypanosoma), deve-se colher sangue periférico. Realizados ainda para verificar as características morfológicas dos eritrócitos, para contagem diferencial de leucócitos, contagem de plaquetas, eritroblastos. Como fazer um esfregaço

1. Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar e o indicador. 2. Colocar uma pequena gota de sangue na extremidade da lâmina. 3. Com uma segunda lâmina colocar o seu rebordo livre contra a superfície da

primeira, em frente à gota de sangue, formando um ângulo de 45°. 4. Realizar um movimento para trás de modo que entre em contato com a

gota de sangue, pressionando-a até que a gota se espalhe por toda a borda da lâmina.

5. Impelir a lâmina, guardando sempre o mesmo ângulo, em um só movimento, firme e uniforme, sem separar uma lâmina da outra. Forma-se então uma delgada camada de sangue.

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6. Secar rapidamente ao ar, conservar em temperatura ambiente e identificar com lápis na extremidade da lâmina sobre o próprio esfregaço, depois de seco ao ar.

Observações

É conveniente fazer vários esfregaços ao mesmo tempo. O esfregaço deve ser feito com sangue recém colhido sem anticoagulante. A lâmina tem que estar limpa e desengordurada. A gota de sangue não deve ser muito grande. Quanto maior for a gota,

mais espesso será o esfregaço. A distensão deve ser feita rapidamente, antes que comece a coagulação. Com uma gota de tamanho adequado, a distensão medirá mais ou menos

3 cm. A espessura da distensão está na dependência do ângulo formado pelas

duas lâminas, da pressão exercida e da velocidade da mesma. O esfregaço não deve cobrir toda a lâmina. O aspecto da distensão deve ser liso e nivelado, sem ondulações, poros ou

saliências. A ausência de cauda prejudica a pesquisa microscópica. A identificação pode ser feita diretamente na lâmina a lápis ou em etiquetas

de papel.

SANGUE TOTAL

Indicado para hemograma completo (contagem global de hemácias, leucócitos, plaquetas, determinação do hematócrito, VCM; HCM; CHCM, e dosagem de hemoglobina), dosagem de pH e de metabólitos sangüíneos (glicose, corpos cetônicos, ácido láctico, amônia), presença quantitativa de algum metal (chumbo, zinco, manganês, molibdênio e cádmio). Utilizar sangue com EDTA. Colher por punção venosa utilizando o frasco a vácuo ou puncionar a veia com seringa e colher de 1,5 a 3 mL de sangue. Este procedimento deve demorar no máximo 2 minutos. Tampar e homogeneizar por movimento pendular por no mínimo 30 segundos. Para hemograma, leucograma, avaliação de plaquetas e pesquisa de hematozoários, realizar esfregaço sangüíneo. Acondicionar os esfregaços em temperatura ambiente. Manter a amostra de sangue com EDTA refrigerada (2 e 8°C).

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ANTICOAGULANTES

EDTA (tampa roxa) É comercializado em forma de sal di-potássico, di-sódico e tri-potássico, sendo os dois últimos os mais utilizados. É o anticoagulante de eleição para hematologia, se utiliza 1mg para 1mL de sangue ou 0,5 mL de solução a 1% para 5 mL de sangue ou 0,1 mL de solução a 1% para 1 mL de sangue. A coagulação se evita pela eliminação do cálcio do sangue.

HEPARINA (tampa azul-escuro) É um anticoagulante natural. Não é o anticoagulante de eleição para hematologia. Atua interferindo na conversão de protombina em trombina. É usado uma concentração de 0,2 mL de heparina saturada por cada mL de sangue. Uma das vantagens da heparina é que é excelente para determinações de perfis bioquímicos. Embora as contagens 12 a 24 horas após a coleta possam ser feitas, produzem sérios danos nos esfregaços o que faz totalmente inviável. O esfregaço deve ser feito imediatamente. As alterações que ocorrem são: degeneração nuclear dos neutrófilos, degeneração citoplasmática dos neutrófilos e monócitos.

CITRATO DE SÓDIO (tampa azul turquesa) É o anticoagulante ideal para estudos de coagulação. Utiliza-se a concentração de uma parte de citrato de sódio para 9 partes de sangue total. É imprescindível manter a relação anticoagulante/sangue para realizar as provas de coagulação. Os valores obtidos sem esta relação não têm nenhum valor diagnóstico. Atua quelando o cálcio, formando um complexo com o mesmo e impedindo o processo de coagulação.

FLUORETO (tampa cinza) Similar ao citrato, recomendado especificamente para a dosagem de glicose, pois inibe o processo de glicólise que ocorre nas hemácias, mantendo os níveis in vitro deste metabólito por mais tempo.

SORO SANGUÍNEO É a porção do sangue após a separação do coágulo. O soro puro é preferível para exames. Colher de 5 a 10 mL de sangue de cada animal. Deixe o sangue coagular em temperatura ambiente. Para coleta de soro utiliza-se frasco com tampa vermelha ou amarela (fornecida pelo Instituto)

PLASMA SANGUÍNEO

É o sobrenadante do sangue após centrifugação das células do sangue animal com anticoagulante. É indicado para determinar os fatores de coagulação e certos metabólitos.

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Centrifugação: para a completa separação da parte líquida do sangue (soro ou plasma) das células, é necessária uma centrifugação a 3000 rpm, por um período de 7 a 15 minutos, que pode ser em temperatura ambiente ou sob refrigeração, conforme a exigência do exame.

COLETA DE SANGUE

Local mais indicado para coleta de sangue nos animais domésticos: Ruminantes: veia jugular, coccígea média e mamária. Eqüinos: veia jugular. Caninos e felinos: veia jugular, cefálica ou safena lateral e safena medial. Suínos: veia cava anterior, cefálica ou safena lateral.

PASSOS BÁSICOS PARA UMA BOA COLETA

Verificar sempre, antes da coleta, a necessidade ou não de anticoagulante

e o anticoagulante a ser utilizado. Verificar se o exame exige um cuidado especial com o paciente ou com a

coleta. Exames em que a coleta precisa ser feita em tempos diferentes,

comuniquem ao proprietário e cumpra rigorosamente estes tempos. Verifique sempre o volume recomendado de material para realização de

cada exame e procure enviar uma quantidade maior que a necessária, para possíveis repetições ou transtorno no transporte.

COLETA DE MATERIAIS DIVERSOS

COLETA DE FLUÍDOS SINOVIAL, PERITONIAL E PLEURAL

Colher o fluído com uma seringa plástica e passar cerca de 3 mL para o frasco de tampa vermelha e cerca de 3 mL em frasco de tampa roxa. Manter em geladeira (2- 8°C). Realizar também um esfregaço fino (interrompido, sem cauda) e secá-lo ao ar, colocá-lo em porta lâmina e manter a temperatura ambiente.

LÍQUOR (LCR) Colher LCR com uma seringa plástica e passar cerca de 1-2 mL para o frasco de tampa vermelha e cerca de 1-2 mL em frasco de tampa roxa. Manter em geladeira (2 a 8°C). Realizar também um esfregaço fino (interrompido, sem cauda) e secá-lo ao ar, colocá-lo em porta lâmina e manter a temperatura ambiente.

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COLETA PARA UROANÁLISE

A urina deve ser colhida com a máxima assepsia. As amostras de urina destinadas aos exames químico e microscópico devem ser colhidas em recipiente limpo e estéril. Não utilizar conservador e remeter a urina para análise, no prazo máximo de 12 horas.

CÁLCULOS URINÁRIOS (coletor universal) Colocar os cálculos em frasco limpo e seco. Manter a temperatura ambiente. Não é necessário uso de conservantes.

COLETA DE FEZES PARA EXAME PARASITOLÓGICO (coletor universal) Colher amostras de fezes frescas, não expostas ao sol. O ideal é coletar diretamente do reto; caso não seja possível, coleta-se da porção que não entrou em contato com o solo. A amostra deve ser coletada em recipiente apropriado. As amostras podem ser destinadas a exames parasitológicos, bacteriológicos e químicos. Em caso de rebanho, pode-se fazer o O.P.G. (Ovos por Grama de Fezes), que é um exame apenas quantitativo. Refrigerar imediatamente (2 a 8°C). Nunca congelar amostras de fezes. Quantidade: 10 a 20 g ou 10 a 20 mL.

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ANATOMIA PATOLÓGICA

(CAPA)

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ANATOMIA PATOLÓGICA

Biópsia Simples Comentários

Utilizada para diagnóstico anátomo-patológico geral. Material

Diversos Método

Anatomia Patológica convencional Conservação para envio

Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)

Biópsia com coloração especial Comentários

Utilizado em casos em que são necessárias colorações especiais. Por exemplo, quando a suspeita clínica é micose implica pesquisa de fungo (Grocott ou PAS), escabiose (Pesquisa de Sarcoptes - PAS), dentre outras.

Material Diversos

Método Anatomia patológica usando colorações histoquímicas para pesquisa de agentes etiológicos, depósitos metabólicos, dentre outros

Conservação para envio Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)

Citologia de Punção de Líquidos - Anatomia Comentários

O exame visa diagnosticar processos inflamatórios agudos ou crônicos, patologias benignas, bem como, lesões pré-malignas ou malignas dos sítios anatômicos acima descritos ou provenientes de metástase de outros órgãos. A interpretação dos esfregaços baseia-se em aspectos morfológicos previamente conhecidos. Alguns aspectos morfológicos de graduação das lesões dependem, até certo ponto, de interpretação subjetiva. Sua maior limitação é não proporcionar a visualização da arquitetura do tecido alterado, como ocorre no exame histopatológico. Os métodos de colheita são: punção aspirativa, impressões (claps ou imprints) e esmagamento (squash).

Material Materiais diversos: punção de mama, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido pleural, líquido pericárdio, punções de coleções superficiais, cistos e nódulos

Método Microscopia convencional

Conservação para envio Lâmina: colocar imediatamente após a coleta em álcool a 95° (comercial). Enviar no máximo três

lâminas. Líquido: álcool etílico na proporção de 20mL para cada lâmina de esfregaço, ou refrigerado.

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Observação O envio do líquido é preferencial e este material deve ser enviado depois de misturado e homogeneizado com álcool etílico, volume a volume. Desta forma, tem-se material de melhor qualidade para exame.

Peça Cirúrgica Radical Simples Comentários

Amostragem de uma área/órgão com 3,0 cm ou mais de diâmetro Material

Diversos Método

Anatomia Patológica convencional Conservação para envio

Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)

Imunohistoquímica Comentários

A imunohistoquímica representa um conjunto de procedimentos que utilizam anticorpos (policlonais ou monoclonais) como reagentes de grande especificidade para a detecção de antígenos que marcam estruturas teciduais e celulares. Numa época onde o diagnóstico preciso determina o tratamento e o prognóstico das neoplasias, o uso da imunohistoquímica se faz indispensável. Sendo a imunohistoquímica um conjunto de métodos de detecção de antígeno em cortes histológicos altamente dependente do processo de fixação, o mesmo deve ser realizado de forma bem criteriosa. A fixação é o princípio da preservação antigênica. Para que haja reação antígeno-anticorpo durante a reação imunohistoquímica, a fixação adequada se faz necessária. O tempo de fixação, o volume do fixador, as dimensões dos fragmentos devem ser adequados para que se tenha boa penetração no tecido. A quantidade de fixador deverá ser de 20 a 50 vezes maior do que o fragmento. O tempo ideal para uma boa fixação é de 12 a 24 horas com solução de formalina 10% tamponada.

Material Material processado e incluído em bloco de parafina ou tecido fixado formalina 10% tamponada:

Formaldeído (solução 35-40%) 100 mL Fosfato de sódio monobásico monohidratado P.A. (NaH2PO4H2O) 4,0 g Fosfato de sódio dibásico anidro P.A. (Na2HPO4) 6,0 g Água destilada 900 mL

Tempo de liberação do resultado Em geral, as reações são complexas e levam cerca de sete (07) dias para terem seu laudo final emitido.

Resultados – tipo de laudo O laudo emitido explicita os anticorpos usados e apresenta o resultado documentado em microfotografias coloridas, chamando atenção para a positividade ou não da reação, sua intensidade e sua localização no tecido e nas células neoplásicas, de forma que o médico veterinário solicitante terá clara noção do que representa a reação descrita em relação ao conjunto de células neoplásicas amostrada.

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Lúpus Eritematoso - Imunofluorescência em tecido Comentários

Vantagem do teste: não requer o uso de reagente espécie-específico. Material

Pele Condições

Álcool etílico a 70%

Painéis de Imunohistoquímica para Tumores Indiferenciados

Método Reação imunoenzimática para caracterização do imunofenótipo de células malignas

Material Diversos

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BACTERIOLOGIA

(CAPA)

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BACTERIOLOGIA

Bactérias Anaeróbias - Cultura Comentários

O exame auxilia no diagnóstico de infecções em que microorganismos anaeróbios possam estar envolvidos. As bactérias anaeróbias podem ser encontradas principalmente no trato gastrointestinal, como as integrantes do gênero Clostridium, causadoras do botulismo, tétano, colite pseudomembranosa, enterotoxemia, dentre outras moléstias. É essencial que o material seja coletado em Condição de anaerobiose.

Método Semeadura em meios específicos incubados em atmosfera de anaerobiose

Condição Aspirados de abscessos fechados, material de biopsia, urina coletada por cistocentese, aspirado transtraqueal, lavado traqueobrônquico, líquor, sangue, punção de seios nasais.

Observação Qualquer material colhido por swab (garganta, nasofaringe, secreções, etc) é inadequado, assim como fezes, escarro expectorado e urina obtida por micção espontânea ou cateterização. Como a maioria das infecções por anaeróbios são mistas, é recomendável fazer em paralelo cultura para aeróbios e Gram.

Conservação para envio As amostras devem ser imediatamente inoculadas no meio de Tioglicolato 135C com rolha de borracha. Sangue e líquido ascítico devem ser enviados em frascos para hemocultura destinados para a cultura de anaeróbios. Para transporte rápido (inferior a 30 minutos) de material coletado com seringas, a agulha deve ser obstruída com borracha e a seringa deve ser esvaziada de todo o ar.

Enviar em frasco próprio e manter a temperatura ambiente. Observação

Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

Campilobacter - Cultura Comentários

Bactérias do gênero Campylobacter são bastonetes Gram-negativos móveis que apresentam forma de gaivota. Normalmente estão associados a infecções do trato reprodutivo, causando aborto (ruminantes, suínos) e do trato digestivo (ruminantes, suínos, cães e gatos).

Método Semeadura em meio específico

Condição Fezes recentes in natura e em meio de transporte (Cary-Blair). Colocar de 1 a 2 gramas, preferencialmente, com muco, pus ou sangue no meio de Cary-Blair. O animal não deve estar em uso de antimicrobianos.

Conservação para envio As fezes in natura devem ser enviadas até 2 horas. O meio Cary-Blair deve ser transportado entre 2°C e 8°C até 48 horas.

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Coprocultura Comentários

A cultura de fezes identifica microorganismos enteropatogênicos em casos de diarréia aguda ou crônica. São consideradas indicações de coprocultura: diarréia sanguinolenta, febre, tenesmo, sintomas severos e persistentes e história de exposição a agentes bacterianos. No Instituo Hermes Pardini, as culturas são direcionadas para pesquisa de Salmonella spp, Shigella spp, E. coli enteropatogênicas, yersinia enterocolítica, campylobacter ssp., entre outros eventuais patógenos.

Método Semeadura em meios de cultivos específicos, seguida de identificação e determinação das sensibilidades aos antimicrobianos quando aplicável

Condição Fezes recentes In natura e em meio de Cary-Blair Colocar de 1 a 2 gramas, preferencialmente, com muco, pus ou sangue no meio de Cary-Blair. O animal não deve estar em uso de antimicrobianos. A positividade das coproculturas é maior quando a amostra é colhida nos primeiros dias da

doença. Conservação para envio

As fezes in natura devem ser enviadas até 2 horas O meio Cary-Blair deve ser transportado entre 2 e 8°C até 48 horas

Cultura + Antibiograma Comentários

O exame identifica as bactérias presentes no material enviado, bem como sua susceptibilidade aos antimicrobianos. Pode-se enviar qualquer material suspeito de contaminação bacteriana. Método muito útil também na escolha da terapêutica em otites e outras infecções crônicas. Importante especificar o local da coleta e enviar o material o mais rápido possível, em meio de Stuart, fornecido pelo laboratório. Para análise de leite, enviar refrigerado em frasco estéril. Amostras de animais tratados recentemente com antibióticos têm pouco valor no isolamento de bactérias. A coleta deve ser feita de modo asséptico, evitando o aparecimento de microorganismo contaminante.

Método Sistema de isolamento e identificação, antibiograma

Condição Secreções diversas, líquidos corporais, conjuntivas e outros materiais (ex: leite) Não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta

Conservação para envio As amostras de secreções devem ser imediatamente inoculadas em meio de transporte Stuart Amostras de líquidos corporais devem ser colhidas em frascos estéreis e enviadas in natura, o

mais rápido possível O leite deve ser enviado em frascos estéril e refrigerado entre 2 e 8°C Alguns materiais necessitam inoculação imediata em meio de transporte para anaeróbios ou

meios de cultura específicos

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Cultura sem Antibiograma Comentários

O exame identifica as bactérias presentes no material enviado. Pode-se enviar qualquer material suspeito de contaminação bacteriana, preferencialmente antes da administração de antimicrobianos.

Método Isolamento e Identificação

Condição Bactéria isolada deve ser enviada em placa de meio de cultura (preferencialmente Agar sangue)

em temperatura ambiente Secreções diversas, líquidos corporais, conjuntivas e outros materiais (ex: leite) Não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta

Conservação para envio As amostras de secreções devem ser imediatamente inoculadas em meio de transporte Stuart Amostras de líquidos corporais devem ser colhidas em frascos estéreis e enviadas in natura, o

mais rápido possível O leite deve ser enviado em frascos estéril e refrigerado entre 2 e 8°C Alguns materiais necessitam inoculação imediata em meio de transporte para anaeróbios ou

meios de cultura específicos

Ectoparasitas Pesquisa (Microscopia Direta) Comentários

O exame é utilizado para o diagnóstico diferencial de lesões cutâneas, quando há suspeita clínica de infestação por ectoparasitas: sarna demodécia (Demodex canis), sarna sarcóptica (Sarcoptes scabiei), sarna otodécia (Otodectes cynotis, Notoedris cati).

Método Microscopia direta

Condição O material enviado deve ser proveniente de raspados de pele e pêlos ou swab de secreção auricular. No caso de pesquisa de sarna demodécica, deve-se realizar um raspado profundo (que provoque até mesmo uma pequena escoriação com sangramento) na pele do animal, visto que este ácaro encontra-se no interior dos folículos pilosos. Se a suspeita for sarna sarcóptica, deve-se realizar um raspado superficial, de modo a obter pele e pêlos. Os raspados devem ser realizados em várias áreas lesionadas e o animal, preferencialmente, não deve estar em uso de medicamentos. Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

Conservação para envio Até 14 dias, em temperatura ambiente. Enviar em frascos ou placas de vidro bem vedados. Obs: na presença de secreções, conservar em solução salina refrigerada entre 2 e 8°C, por no máximo 48h.

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Exame Direto a Fresco Comentários

Pesquisa direta de fungos, protozoários, leveduras e parasitas em diversos materiais clínicos. Método

Microscopia direta Condição

Pode ser enviado qualquer material suspeito de contaminação. O animal preferencialmente não deve estar em uso de medicamentos.

Conservação para envio Colher o máximo de material possível com swab e colocar em salina estéril, em temperatura ambiente ou em frascos esterilizados. Enviar para processamento o mais rápido possível. O agente etiológico pode ser perdido ou contaminado devido à falta de cuidados no manuseio de amostras. Obs:Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

Fungos, Cultura Comentários

O exame identifica fungos presentes no material enviado. Pode-se enviar qualquer material suspeito de contaminação fúngica. Útil no controle e terapêutica de micoses sistêmicas, dermatofitoses, otites crônicas. Pode-se enviar raspado superficial da pele, swab de secreções oculares, auditivas, vaginais, lavado traqueobrônquico, biópsia de lesões, entre outros. O material deve ser acondicionado em frasco de coleta universal, fornecido pelo laboratório. Evitar enviar material entre lâminas de microscopia. Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos orais ou tópicos, antimicóticos ou antibióticos. Aguardar 15 dias da suspensão do tratamento antes de proceder à coleta se for clinicamente admissível. De um modo geral as amostras devem ser enviadas sob refrigeração, exceto nos casos de pele, pêlos e unhas, já que alguns dermatófitos podem não tolerar a refrigeração. Sempre que possível deve-se ressaltar a suspeita clínica na requisição, o que direciona melhor a pesquisa. Os passos mais importantes para o isolamento dos agentes etiológicos das micoses são; coletas adequadas (preferencialmente fazer assepsia no local da coleta para evitar contaminação bacteriana), o rápido transporte até o laboratório, seu pronto e adequado processamento e a inoculação em meios apropriados.

Método Semeadura em meios específicos

Condição Pode ser enviado qualquer material suspeito de contaminação (raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções de feridas, lavado brônquico, fezes, punção de linfonodos e biópsia de lesões). Preferencialmente, o animal não deve estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos. Obs: Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

Conservação para envio Até 48 horas para biópsia de tecido, entre 2 e 8°C. Pêlos, raspado cutâneo descamativo e unha, em temperatura ambiente.

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Fungos - Cultura com Antifungigrama Comentários

Orienta na escolha do antifúngico adequado ao tratamento de infecções fúngicas causadas por leveduras (Cândida spp., Cryptococcus spp.).São testados: Econazol, Miconazol, Fluconazol, Cetoconazol, Clotrimazol, Anfotericina B e Nistatina. Pode-se enviar raspado superficial da pele, swab de secreções oculares, auditivas, vaginais, lavado traqueobrônquico, biópsia de lesões, entre outros. O Antifungigrama só será processado se o isolado for uma espécie de Cândida ou Cryptococcus. Não estar em uso de antifúngicos. Salienta-se que não são realizados antifungigramas para outros fungos que não as leveduras.

Método Isolamento em meio específico com teste de difusão em meio específico.

Condição Raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções de feridas, lavado brônquico, fezes, punção

de linfonodos e biópsia de lesões. Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos. Leveduras (Candida spp., Cryptococcus spp.) já previamente isoladas em meios de cultura. Obs: Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

Conservação para envio Até 48 horas para biópsia de tecido, entre 2 e 8°C Pêlos, raspado cutâneo descamativo e unha: em temperatura ambiente Para leveduras já isoladas, enviar em meio apropriado (ágar Sabouraud glicosado), sob refrigeração, em cultivo de no máximo 48 horas. Não utilizar meios suplementados com antimicrobianos

Gram (Bacterioscopia) Comentários

O exame bacterioscópico ao Gram permite um estudo acurado das características morfo-tintorais das bactérias e outros elementos (fungos, leucócitos, outros tipos celulares, etc.). Fornece informações importantes e rápidas para o início de terapia dando idéia semiquantitativa em algumas infecções e estabelece diagnóstico em muitos casos.

Método Microscopia - Coloração pelo Gram

Condição Pode-se enviar qualquer material de região suspeita de infecção por microorganismo, especificando sempre o tipo de material e o local de coleta. O material deve ser coletado assepticamente, com os mesmos cuidados dispensados às amostras coletadas para cultura. Deve-se preparar pelo menos dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Os esfregaços devem ser feitos com movimentos circulares a partir do centro da lâmina homogeneamente. Deixar secar ao ar e, após correta fixação pelo calor brando, protegê-los para transporte.

Conservação para envio As amostras de secreção (feridas cutâneas, conjuntiva, nasofaringe, orofaringe, ouvido externo, etc.) são conservadas em esfregaços fixados pelo calor até 14 dias. Fezes, esperma e amostras de consistência líquida (urina, líquidos corporais, etc.) são encaminhados em frasco estéril até 48 horas e sob refrigeração (2 a 8°C).

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Hemocultura Comentários

Diagnóstico de processos infecciosos sistêmicos, útil na identificação de agentes causadores de septicemia resistente a antibióticos. Alguns fatores podem interferir no resultado da hemocultura como possibilidade de contaminação com flora normal da pele, volume do sangue cultivado, tipos de meios utilizados e uso de antibióticos.

Método Sistemas de isolamento e identificação.

Condição Deve-se enviar sangue total, em frasco próprio para hemocultura. A coleta deve ser realizada de forma asséptica, antecedida por tricotomia e assepsia do vaso a ser puncionado. Calçar luvas estéreis, garrotear e puncionar, sem apalpar a veia. Injetar assepticamente o sangue no meio de cultura próprio, evitando hemólise, e misturar demoradamente. O sangue não deve ser refrigerado.

O ideal é coletar 3 amostras de locais diferentes em intervalos de 30 minutos. A sensibilidade do exame está diretamente relacionada ao volume de sangue colhido. Quanto maior a amostra, maior a possibilidade de isolar a bactéria. A especificidade aumenta quando as coletas são feitas em sítios diferentes. O melhor índice de recuperação bacteriana ocorre quando a coleta é feita 1 hora antes do pico febril.

Informar se está em uso de antimicrobianos. O volume recomendável para cães de grande porte é de 5 a 10 ml (usar frasco adulto). Cães de pequeno porte ou gatos: 1ml a 5 ml (usar frasco pediátrico).

Conservação e envio Deve-se enviar sangue total, em frasco próprio para hemocultura e inoculados imediatamente após a coleta. Os meios devem ser armazenados em temperatura ambiente, protegido da luz. As amostras que não forem coletadas nos frascos próprios devem ser coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (Citrato, heparina, SPS) por até 24 horas.

Hemocultura Automatizada Comentários

A hemocultura automatizada permite contínua monitorização e detecção do crescimento bacteriano, 24 horas ao dia. Alguns fatores podem interferir no resultado da hemocultura como a possibilidade de contaminação com flora normal da pele, volume do sangue cultivado, tipos de meios utilizados e uso de antibióticos. O número de amostras necessárias e o intervalo entre as coletas variam de acordo com a suspeita clínica.

Método Detecção rápida computadorizada de microorganismos aeróbios e anaeróbios por formação e/ou consumo de gases do metabolismo bacteriano.

Condição Deve-se enviar sangue total em frascos de meio de cultivo específico. Os meios devem ser

armazenados em temperatura ambiente, protegido da luz. O volume recomendável para cães de grande porte é de 5 a 10 ml (usar frasco adulto). Cães de

pequeno porte ou gatos: 1ml a 5 ml (usar frasco pediátrico). Preferencialmente não estar em uso de antimicrobianos.

Coleta Não coletar em ambiente aberto com corrente de ar. Lavar as mãos cuidadosamente. Desinfetar a tampa do meio de cultura e colocar uma gaze estéril protegendo a tampa, enquanto

é feita a punção.

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Garrotear, fazer desinfecção rigorosa com água e sabão neutro, começando do local onde será feita à punção, em círculos concêntricos (do centro para as bordas), sem voltar com a gaze para o centro. Secar com gaze estéril da mesma maneira, ou seja, concentricamente. Fazer nova desinfecção, em círculos centrífugos, com álcool iodado. Esperar 2 minutos para que o iodo atue. Retirar o álcool iodado com gaze embebida em álcool a 77%. Deixar secar.

Como não existe anti-séptico instantâneo, lembramos que o álcool iodado deverá permanecer por 2 minutos sobre o local da coleta para que atue efetivamente.

Nunca se esqueça de que a principal dificuldade deste exame consiste em se definir se o agente isolado é ou não contaminante. Portanto, o técnico tem obrigação de se desdobrar nos cuidados de anti-sepsia.

Conservação para envio Amostras coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (citrato, heparina ou SPS): em temperatura ambiente por até 24 horas. Amostras coletadas nos frascos próprios do equipamento Bactec: em temperatura ambiente por mais de 24 horas.

Micobactérias - Cultura Automatizada Comentários

A cultura automatizada permite a detecção computadorizada rápida de micobactérias por formação e/ou consumo de gases do metabolismo bacteriano. Apresenta grande utilidade na investigação de pacientes com febre de origem obscura, permitindo, ainda, a identificação de micobactérias atípicas.

Método Detecção computadorizada rápida de micobactérias por formação e/ou consumo de gases do metabolismo bacteriano.

Condição Deve ser enviado o volume de 5 a 10 ml de sangue total heparinizado. Líquidos corpóreos (nos casos de líquidos sanguinolentos, coletar em tubo contendo

anticoagulante heparina para evitar que o bacilo fique preso na rede de fibrina) Preferencialmente, não estar em uso de antimicrobianos.

Conservação para envio Toda amostra sujeita a ressecamento deve ser protegida com acréscimo de soro fisiológico e

manter entre 2 a 8°C Lavado gástrico: deve ser previamente alcalinizado com 100 mg de bicarbonato de sódio. Toda a

amostra sujeita a ressecamento deve ser protegida com acréscimo de soro fisiológico Sangue e aspirado medular: não refrigerar. Enviar em temperatura ambiente Demais amostras: manter entre 2 e 8°C por até 36 horas. As amostras deverão ser enviadas em

frascos limpos

Micológico Direto (Microscopia Direta) Comentários

Utilizado no diagnóstico rápido de infecções fúngicas em diversos materiais clínicos. A dermatofitose é uma infecção de tecidos ceratinizados por fungos dos gêneros Epidermophynton, Microsporum e Tricophyton. A dermatofitose é diagnosticada por cultura fúngica, exame com lâmpada de Wood e exame microscópico direto dos pêlos ou das escamas cutâneas. O exame microscópico direto dos pêlos ou dos raspados cutâneos pode permitir um diagnóstico precoce pela demonstração das hifas ou dos artrosporos característicos na amostra. Devem-se examinar os pêlos e os raspados provenientes da periferia das lesões.

Método Microscopia

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Condição Descamação de lesões de pele, pêlos e unhas. Não usar anti-micóticos por pelo menos 10 dias antes da coleta.

Procedimento para uma boa prática na coleta: Preferencialmente não estar em uso de medicamentos tópicos por no mínimo duas semanas, evitando desta forma resultado falso-negativo.

Deve-se fazer uma boa assepsia no pêlo do animal utilizando álcool devido à presença de microorganismos saprófitas que podem interferir no resultado do exame.

Para colheita de material de pele em animais de pêlos longos, realizarem tricotomia parcial, deixando os pêlos com no máximo 0,5 a 1,0 cm de comprimento.

O raspado deve ser profundo e das bordas de lesões quando estas forem descamativas. Quando a suspeita é de sarna demodécica, deve-se comprimir fortemente a pele com os dedos porque esta sarna se localiza profundamente na pele. No caso de micose, arrancar pêlos junto com o raspado.

A coleta do material deve ser feita nas áreas mais extensas das lesões. Escamas, fragmentos de unhas, pêlos, cabelos opacos, quebradiços e curtos ou de aspectos de pontos negros.

Raspar em diversos locais do corpo em que houver lesões. A amostra enviada deve ser representativa da lesão, pois pouco material dificulta o exame e pode acarretar em resultado falso-negativo.

Utilizar preferencialmente lâmina de bisturi e evitar o uso da tesoura por não ser o instrumento próprio para o raspado de pele.

Os materiais obtidos podem ser colocados em placa de Petri estéril, frasco estéril e identificados separadamente para cada sítio a ser investigado.

Enviar em frascos ou placas de vidro bem vedados. Evitar enviar somente pêlo; é necessária a presença de células de descamação.

Conservação para envio O material deve ser enviado em temperatura ambiente. Não enviar amostras em tubos tapados com rolhas de algodão, pois o algodão pode reter o material. O ideal é enviar a amostra em frasco de coleta, evitando a perda de material que costuma ocorrer quando o mesmo é enviado entre lâminas de microscopia. Obs: Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

Urina - Cultura e Antibiograma Comentários

Aplica-se no diagnóstico de infecções microbianas no sistema urinário. É um método de grande auxílio no tratamento de infecções urinárias, devendo a urina ser coletada por cistocentese e o animal não estar em uso de antimicrobianos.

Método Sistemas de Isolamento e identificação

Condição A urina deve ser coletada através de cistocentese em frasco próprio estéril ou laminocultivo

Conservação para envio Deve ser conservada entre 2 e 8°C. Amostras de fora da região metropolitana de Belo Horizonte que não sejam enviadas em laminocultivo não poderão ser processadas.

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Instituto Hermes Pardini Biologia Molecular 55

BIOLOGIA MOLECULAR

CAPA

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Instituto Hermes Pardini Biologia Molecular 56

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Instituto Hermes Pardini Biologia Molecular 57

BIOLOGIA MOLECULAR

Leishmania - PCR Comentários

A Leishmaniose é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania. O número de casos está aumentando expressivamente nos últimos anos. É transmitida pela picada de um flebótomo, normalmente encontrado nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Durante o ciclo vital, o vetor flebotomíneo, infectado pela Leishmania, introduz no hospedeiro as formas promastigotas (flageladas), que nas células do sistema fagocítico mononuclear se transformam em formas amastigotas (sem flagelo). Essas se multiplicam e rompem as células infectadas, invadindo outras células fagocitárias do hospedeiro vertebrado. Os reservatórios de Leishmaniose incluem roedores, cães, outros animais e seres humanos infectados. O cão tem sido considerado o reservatório mais importante nas áreas urbanas e, quando infectado com a L chagasi, apresenta um amplo espectro de características clínicas: de aparentemente sadio até manifestações graves da doença. Vários estudos têm demonstrado que a PCR é altamente específica e mais sensível do que métodos microbiológicos e imunológicos clássicos utilizados para o diagnóstico da LV. A PCR pode ser utilizada em qualquer amostra biológica incluindo pele, sangue, biópsia de linfonodo e medula óssea. Para a Leishmaniose Visceral Canina, a PCR é um método altamente sensível e específico quando comparado com outros métodos convencionais, permitindo a detecção de cães assintomáticos e, algumas vezes, soronegativos.

Método Reação em cadeia da polimerase – PCR. A reação de amplificação define a presença do DNA do cinetoplasto da Leishmania sp.

Condição Aspirado de medula óssea e linfonodos; 5,0 mL de sangue total (EDTA); biopsia de lesões (sem

formol). O material deve ser enviado em tubo ou frasco estéril. Biopsia, enviar em etanol e congelar

imediatamente. Não usar medicação tópica nas 48 horas que antecedem o exame.

Conservação para envio Aspirado de medula óssea e linfonodos: enviar em temperatura ambiente em 24 horas. Sangue total (EDTA): enviar as amostras na temperatura ambiente. As amostras devem ser processadas, até no máximo 72 horas após a coleta. Biopsia: até 48 horas em etanol com gelo seco.

Limitações do teste Reações falso-negativas podem ocorrer quando a quantidade de DNA está abaixo da sensibilidade de detecção do teste ou na presença de inibidores da PCR na amostra.

Valor de referência Amostra negativa para Leishmania sp.

Observação Este exame pode apresentar, embora raramente, resultados falso-positivo e falso-negativo, que é uma característica do método. A presença de sorologia positiva para leishmania com PCR negativa pode ocorrer quando não existe a presença de parasitas circulantes no sangue periférico. Considerando a inexistência de padronização dos primers de diagnostico utilizados na técnica de pcr, onde os resultados encontrados podem apresentar divergências entre outras instituições que executam a mesma técnica. Considerando ainda que a PCR seja uma técnica molecular de elevada sensibilidade/especificidade e que pode haver discordância entre resultados obtidos por técnicas sorológicas. Serão considerados para fins de conclusão de diagnóstico os resultados obtidos por

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técnicas sorológicas, conforme preconizado pelo ministério da saúde - manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral canina. Pg.28-29, 2003 (www.saude.gov.br/editora/livros).

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Instituto Hermes Pardini Bioquímica 59

BIOQUÍMICA

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BIOQUÍMICA

Ácido Lático (Lactato) Comentários

O ácido lático (lactato) é um intermediário do metabolismo dos carboidratos, sendo o principal metabólito do glicogênio em anaerobiose. O teste é útil na avaliação do metabolismo anaeróbio celular. Causas mais freqüentes de acidose láctica: edema pulmonar, diabete, insuficiência renal e hepática, exercício muscular intenso e distúrbios neuromusculares.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de plasma fluoretado (tubo tampa azul escuro), sem hemólise Animal deve estar em repouso há, no mínimo, 30 minutos Evitar estresse no momento da coleta Centrifugar e separar o plasma imediatamente após a coleta

Conservação para envio Plasma: até 6 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 2 a 13 mg/dL Bovinos: 5 a 20 mg/dL Eqüinos: 10 a 16 mg/dL

Ácido Lático (Lactato) - Líquor Comentários

Níveis elevados de lactato no líquor são encontrados na meningite bacteriana, ao contrário da meningite viral, em que os níveis permanecem normais.

Método Enzimático

Condição 0,8 mL de líquor

Conservação para envio Até 24 horas entre 2 e 8°C

Valor de referência Eqüinoss: 2,1 a 2,5 mg/dL

Ácido Úrico Comentários

Composto nitrogenado produto do metabolismo das purinas derivadas de nucleoproteínas. Alguns fatores como: sexo, idade, peso, raça, predisposição genética, medicamentos ou diabetes, estão relacionados ao distúrbio do Ácido Úrico Sérico. Níveis elevados também são encontrados na insuficiência renal, cetoacidose diabética, pré-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós-quimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina. Diminuição dos níveis é encontrada na dieta pobre em purinas, defeitos dos túbulos renais, uso de tetraciclina, alopurinol e corticóides.

Método Colorimétrico enzimático

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Condição 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise Jejum obrigatório de 8 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário.

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 0,2 a 0,9 mg/dL Felinos: 0 a 0,5 mg/dL Eqüinos: 0,1 a 0,4 mg/dL Bovinos: 0,7 a 2,1 mg/dL

Adenosina Deaminase Comentários

A adenosina deaminase é uma enzima que catalisa a conversão da adenosina a inosina, participando do processo de diferenciação de linfócitos. Níveis elevados são indicadores indiretos de tuberculose meníngea, pericárdica e peritoneal.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise 0,8 mL de líquido ascítico sem hemólise Centrifugar a amostra antes do envio

Conservação para envio Líquidos corporais: até 2 dias entre 2 e 8°C. Soro: até 5 dias entre 2 e 8°C.

Valor de referência Caninos: - soro: 8 a 20 U/L - líquido ascítico: menor que 40 U/L

Aldolase Comentários

Essa enzima é utilizada na avaliação dos quadros de fraqueza muscular. Níveis elevados são encontrados nas fases iniciais das doenças musculares como distrofia muscular. Níveis elevados também podem ser encontrados em doenças hepáticas, na pancreatite, no infarto do miocárdio e em neoplasias. Valores baixos podem ser encontrados nas fases avançadas das miopatias.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 7 dias, entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 3,5 a 11,0 U/L Felinos: 3,5 a 11,1 U/L

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Amilase Comentários

Hiperamilasemia pode ser indicativo de injúria aos ácinos pancreáticos e obstrução do ducto pancreático, podendo ocorrer, também, secundariamente a patologias extra-pancreáticas. Diversos órgãos no cão, como o intestino, os rins e o útero, já demonstraram ter atividade pancreática. Desta forma, no caso de pancreatite no cão, considera-se que os níveis de amilase devem estar 3 a 4 vezes maiores que os valores de referência, para terem valor diagnóstico nessa patologia. No entanto, valores normais não descartam a hipótese de pancreatite. Sugere-se a avaliação dos níveis séricos de lipase paralelamente ao da amilase. No gato, ao contrário do cão, não se observa hiperamilasemia na pancreatite aguda, mas uma hipoamilasemia. Nos Eqüinoss, a pancreatite tem sido relacionada a hiperamilasemia. Um aumento nos níveis séricos de amilase, de até mesmo 2 a 5 vezes os valores de referência, também é observado em animais com insuficiência renal.

Método Cinético PNP

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 269 a 1500 U/L Felinos: 370 a 1190 U/L Eqüinos: 45 a 190 U/L Bovinos: 41 a 100 U/L

Amônia Comentários

Uma das principais funções do fígado é a síntese de uréia a partir da amônia. Em certas patologias, como os desvios portossistêmicos (shunts), a concentração sérica de amônia aumenta, levando os sinais neurológicos. A principal fonte de amônia é o trato gastrointestinal, a partir do metabolismo de aminoácidos por enzimas bacterianas.

Método Enzimático UV

Condição 0,8 mL de plasma heparinizado (tubo tampa azul escuro) Fazer a coleta sem estase venosa (sem garroteamento) Centrifugar a amostra em tubo heparinizado tampado Separar o plasma antes de 30 minutos Congelar imediatamente

Conservação para envio Até 24 horas a -20°C

Valor de referência Caninos: 14,67 a 54,00 µmol/L Felinos: 17,61 a 58,70 µmol/L Eqüinos: 7,63 a 63,40 µmol/L

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Bilirrubinas Comentários

A bilirrubina é um pigmento originado da degradação do heme. A bilirrubina não conjugada é transportada no plasma ligada à albumina. No hepatócito, a bilirrubina é conjugada ao ácido glicurônico – bilirrubina conjugada, sendo excretada através dos canalículos biliares. Análise útil na avaliação das icterícias, bem como sua classificação: pré-hepática, hepática e pós-hepática. O aumento da concentração de bilirrubina pode estar relacionado ao aumento da produção (hemólise), alteração no transporte, na captação, conjugação e excreção (obstrução biliar) ou outros mecanismos. Não Conjugada: produto de quebra das moléculas de hemoglobina no sistema reticuloendotelial, liberada e carreada pela albumina para o fígado.

Bilirrubina Conjugada: os hepatócitos removem a bilirrubina da albumina e formam um diglucuronide, transformando-a em bilirrubina direta que vai constituir a bile.

Bilirrubina Total: a mensuração da bilirrubina total inclui tanto a bilirrubina conjugada, quanto a não-conjugada.

Para diferenciar a icterícia em pré-hepática ou não é necessário se fazer outros exames bioquímicos hepáticos, além de examinar o sistema biliar.

Método Colorimétrico

Condição 0,8 mL de soro Enviar em frasco protegido da luz (frasco âmbar)

Conservação para envio Até 48 horas entre 2 e 8°C.

Valores de referência Total:

Caninos: 0,1 a 0,6 mg/dL Felinos: 0,1 a 0,6 mg/dL Eqüinos: 0 a 2,0 mg/dL Bovinos: 0,1 a 0,5 mg/dL Conjugada:

Caninos: 0 a 0,3 mg/dL Felinos: 0 a 0,3 mg/dL Eqüinos: 0 a 0,4 mg/dL Bovinos: 0,04 a 0,14 mg/dL Não conjugada:

Caninos: 0,1 a 0,3 mg/dL Felinos: 0 a 0,5 mg/dL Eqüinos: 0,2 a 2,0 mg/dL Bovinos: 0 a 0,3 mg/dL

Cálcio Comentários

O cálcio é um mineral que exerce importante papel na manutenção da homeostase dos vertebrados, participando dos processos de contração muscular, coagulação sanguínea, atividade enzimática, excitabilidade neuronal, secreção hormonal, adesão celular, além de ser um componente estrutural essencial do tecido ósseo. A hipercalcemia ocorre em decorrência da secreção excessiva de PTH, absorção aumentada de cálcio por excesso de vitamina D, aumento da reabsorção óssea, diminuição da excreção renal de cálcio ou aumento das proteínas ligantes do cálcio sérico, sem aumento da fração ionizada. Essas

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alterações ocorrem no hiperparatireoidismo, hipervitaminose D, hipervitaminose A, insuficiência renal crônica, hipertireoidismo, hipoadrenocorticismo, neoplasias. A hipercalcemia se manifesta através de alterações gastrointestinais, neuromusculares, cardiovasculares e renais. Pode ocorrer uma redução da motilidade intestinal, que leva à anorexia, vômito ou constipação. Alterações neuromusculares se caracterizam por fraqueza generalizada, tremores, além de coma e convulsões. A hipercalcemia também gera arritmias cardíacas, com bloqueio átrio ventricular de primeiro grau e fibrilação nos casos mais severos. Hipocalcemia pode ocorrer no hipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D, má absorção intestinal, nefropatias, osteomalacia.

Método Colorimétrico

Condição 0,8 mL de soro

Conservação para envio Até sete dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 8,6 a 11,2 mg/dL Felinos: 8,0 a 10,7 mg/dL Eqüinos: 11,2 a 13,6 mg/dL Bovinos: 9,7 a 12,4 mg/dL

Cálcio Iônico Comentários

A maior parte do cálcio corporal, 99%, se encontra na matriz óssea inorgânica na forma de cristais de hidroxiapatita. O cálcio remanescente está distribuído entre as células (0,9% se encontra ligado à membrana plasmática e ao retículo endoplasmático). Dessa forma, o fluido extracelular contém 0,1% do cálcio corporal. Desse cálcio total, 50% se encontra na forma ionizada, que é biologicamente ativa. A concentração de cálcio ionizado sofre interferência do pH e pode acusar falha renal e toxicidade cardíaca.

Método Eletrodo seletivo com correção automática para variação do pH

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise, congelado em Eppendorf ou tubo de soro (tubo gel) A amostra deve ser centrifugada e o soro separado imediatamente após a coleta O exame não pode ser realizado no caso de hemólise e frasco inadequado

Conservação para envio Até 4 dias entre 0 e -20°C

Valores de referência Caninoss: 5,2 a 6,0 mg/dL ou 1,3 a 1,5 nmol/L Felinoss: 4,3 a 5,9 mg/dL ou 1,07 a 1,5 nmol/L Eqüinoss: 6,0 a 7,2 mg/dL ou 1,5 a 1,8 nmol/L

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Capacidade Livre de Combinação do Ferro Comentários

A transferrina usualmente é mensurada como a capacidade de combinação com o ferro. Normalmente, 1/3 dos sítios de ligação da transferrina estão ocupados pelo ferro. Assim, a transferrina tem uma considerável capacidade latente de ligação ao ferro, a Capacidade de Combinação Latente ou Livre de Ferro. A quantidade máxima de ferro que pode se ligar a transferrina é a Capacidade Total de Combinação do Ferro Valores aumentados são encontrados em anemias ferroprivas e hipossideremias. Valores diminuídos são encontrados em anemia hemolítica e perniciosa, hemocromatoses e hipersideremias.

Método Schade

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro não hemolisado

Conservação para envio: Até 6 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência: Caninos: de 165 a 418 µg/dL Eqüinos: de 200 a 262 µg/dL Bovinos: de 63 a 186 µg/dL

Capacidade Total de Combinação do Ferro Comentários

Valores aumentados são encontrados em anemias ferroprivas e hipossideremias. Valores diminuídos são encontrados em anemia hemolítica e perniciosa, hemocromatoses e hipersideremias.

Método Cálculo baseado no ferro e capacidade livre

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro não hemolisado

Conservação para envio Até 6 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Caninos: de 170 a 222 µg/dL Felinos: de 105 a 205 µg/dL

Cloretos Comentários

Íon extracelular que, juntamente com o sódio, é responsável pela manutenção da homeostase osmótica do plasma. Sua determinação é útil na avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos. Níveis elevados são encontrados na desidratação, deficiência de mineralocorticóides, acidose metabólica, infusão salina excessiva, perdas gastrointestinais, acidose tubular renal, terapia com brometo e hiperparatireoidismo. Níveis baixos ocorrem na hipervolemia, secreção inadequada de ADH, vômitos, acidose respiratória crônica, alcalose metabólica, cetoacidose diabética.

Método Eletrodo seletivo

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Condição 0,5 a 0,8 mL de soro não hemolisado

Conservação para envio Até cinco dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Caninos: 105 a 115 mEq/L Felinos: 117 a 123 mEq/L Eqüinos: 95 a 106 mEq/L Bovinos: 94 a 105 mEq/L

Colesterol HDL Comentários

O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, vitamina D, ácidos biliares, além de ser o principal constituinte das membranas celulares e das micelas biliares. Níveis elevados são encontrados na colestase, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes melitus), após a alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipidemia, hipercolesterolemia idiopática dos cães, hiperquilomicronemia primária dos gatos e na deficiência de lipoproteinaslipases dos gatos. Níveis diminuídos podem ser encontrados na enteropatia perdedora de proteínas, no shunt portossistêmico, linfagiectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo, síndrome de má-absorção

Método Colorimétrico enzimático

Condição: 0,5 a 0,8 mL de soro Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 40 a 78 mg/dL Felinos: 40 a 86 mg/dL

Colesterol LDL Comentários

O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, vitamina D, ácidos biliares, além de ser o principal constituinte das membranas celulares e das micelas biliares. Níveis elevados são encontrados na colestase, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes melitus), após a alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipidemia, hipercolesterolemia idiopática dos cães, hiperquilomicronemia primária dos gatos e na deficiência de lipoproteinaslipases dos gatos. Níveis diminuídos podem ser encontrados na enteropatia perdedora de proteínas, no shunt portossistêmico, linfagiectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo, síndrome de má-absorção.

Método Colorimétrico enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

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Valores de referência Caninos: 31 a 71 mg/dL Felinos: 20 a 40 mg/dL

Colesterol Total Comentários

O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, vitamina D, ácidos biliares, além de ser o principal constituinte das membranas celulares e das micelas biliares. Níveis elevados são encontrados na colestase, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes melitus), após a alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipidemia, hipercolesterolemia idiopática dos cães, hiperquilomicronemia primária dos gatos e na deficiência de lipoproteinaslipases dos gatos. Níveis diminuídos podem ser encontrados na enteropatia perdedora de proteínas, no shunt portossistêmico, linfagiectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo, síndrome de má-absorção.

Método Colorimétrico enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 125 a 270 mg/dL Felinos: 80 a 205 mg/dL Eqüinos: 75 a 150 mg/dL Bovinos: 80 a 100 mg/dL

Colesterol VLDL Comentários

O colesterol é o principal lipídeo associado à doença vascular aterosclerótica. Também é utilizado na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares. Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL e 5% por VLDL).

Método Cálculo baseado no Triglicérides

Condição 0,8mL de soro Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Até 16 mg/dL

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Colinesterase Plasmática Comentários

Níveis diminuídos são encontrados em intoxicação (exposição aguda) por organofosforados e carbamato. Apresenta meia-vida de 8 dias, tendo pouco valor nas intoxicações crônicas. A recuperação da atividade da pseudocolinesterase nas intoxicações por carbamatos ocorre após 24 horas. Na intoxicação por organofosforados inicia-se em 72 horas.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Caninos: 800 a 4000 U/L Felinos: 500 a 4000 U/L

Creatinina Comentários

É o teste mais utilizado na avaliação da taxa de filtração glomerular. A formação diária de creatinina depende da quantidade total de creatina corporal, que está relacionada com a ingestão dietética, massa muscular e taxa de síntese de creatina. É o produto de degradação da creatina, sendo sua concentração sérica não só dependente da taxa de filtração renal, mas também da massa muscular, idade e alimentação. Em todas as espécies de mamíferos, a creatinina é livremente filtrada nos glomérulos e sua concentração no filtrado glomerular é igual à concentração plasmática. Dessa forma, qualquer alteração na taxa de filtração glomerular, reflete-se nos níveis séricos de creatinina. Encontra-se aumentada na azotemia, seja ela renal, pós-renal ou pré-renal (incluindo-se aí a desidratação).

Método Colorimétrico (Jaffé mod.)

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro ou plasma (EDTA/fluoreto) Alimentação: a ingestão de alimentos é causa potencial da variação de creatinina. O aumento de creatinina no plasma (em até 50%) pode ser observado de 1 a 4 horas após uma refeição, especialmente quando for servida comida cozida. Esse aumento é explicado pela absorção intestinal de creatinina exógena proveniente da creatina muscular durante o cozimento. Por esse motivo, provavelmente prefere-se colher amostras de cães em jejum (de pelo menos de 8 a 10 horas).

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 0,6 a 1,6 mg/dL Felinos: 0,8 a 1,8 mg/dL Eqüinos: 1,2 a 1,9 mg/dL Bovinos: 1,0 a 2,0 mg/dL

Observação As altas concentrações de bilirrubina, lipídios e glicose podem interferir na creatininemia e muitas vezes poderão levar a uma superavaliação dos valores de creatinina no plasma. Cefalosporinas podem aumentar os valores de creatinina no plasma determinados pelo método de Jaffé em até 50%.

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Creatinina, Clearence - Sangue + Urina

Comentários

Teste útil na avaliação da taxa de filtração glomerular. Os valores séricos e urinários são medidos e a depuração calculada e corrigida em função do peso corporal.

Método Colorimétrico (Jaffé mod.)

Condição 0,8 mL de soro não hemolisado + 5,0 mL de urina de 12 ou 24h Urina: medir rigorosamente todo o volume urinário coletado Refrigerar desde o início da coleta OU usar HCL 50% 20ml/L Informar peso e raça do animal

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 2,0 a 4,5 mL/min/Kg Felinos: 1,6 a 3,8 mL/min/Kg

Observação O resultado é corrigido para o peso.

Creatinofosfoquinase - CPK Comentários

A fraqueza muscular é a principal manifestação clínica das desordens neuromusculares. A avaliação dos distúrbios neuromusculares deve sempre incluir a mensuração de enzimas musculares. A creatinina fosfoquinase é uma enzima encontrada principalmente na musculatura estriada, cérebro e coração. Participa do processo de fosforilação do ADP, formando ATP necessário para a contração muscular, e catalisa a fosforilação da creatina em fosfágeno, que é uma forma de reserva energética abundante nos músculos. A localização essencial da CFK é na fibra muscular. Encontra-se aumentada nas miosites, infecções por Toxoplasma e Neospora, na polimiopatia por hipocaliemia, na deficiência por taurina, nos traumas musculares, pirexia, hipotermia, distrofia muscular, exercícios físicos e decúbito prolongado.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência: Caninos: 20 a 200 U/L Felinos: 50 a 450 U/L Eqüinos: 86 a 140 U/L Bovinos: 66 a 120 U/L

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Dehidrogenase Láctica - LDH Comentários

É uma enzima que catalisa a conversão de lactato a piruvato, sendo liberada na ocorrência de dano celular. Elevação dos níveis de LDH ocorre em neoplasias, hipóxia, cardiopatias, anemia hemolítica, necrose hepática, anemia hemolítica, necrose de músculo esquelético, choque e hipóxia intensos. Como a ação da LDH está presente em vários tecidos, sua elevação não é órgão específica. Hemólise pode levar a resultados falsamente aumentados.

Método Enzimático

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 24 horas entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 50 a 495 U/L Felinos: 75 a 490 U/L Eqüinos: 162 a 412 U/L Bovinos: 8 a 302 U/L

Dehidrogenase Láctica – Líquor Comentários

Níveis normais de LDH no líquor são 10% da LDH no sangue. Níveis elevados são encontrados no acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e meningites. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Método Enzimático

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise Centrifugar e refrigerar a amostra logo após a coleta (para separação dos elementos celulares)

Conservação para envio Até 24 horas entre 2 e 8°C.

Valor de referência Eqüinos: 12 a 34 U/L Bovinos: 2 a 25 U/L Felinos: 0 a 24 U/L

Enzima Conversora de Angiotensina Comentários

A enzima conversora de angiotensina está concentrada na superfície de células do endotélio pulmonar. A maior parte da ECA circulante teve origem no pulmão, contudo outros tecidos, incluindo epitélio tubular e células endócrinas, contêm esta enzima. A atividade da ECA sérica está alterada em doenças pulmonares que cursam com a lesão do endotélio alveolar.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro

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Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Caninos: 8 a 45 U/L

Ferro Sérico Comentários

A determinação do ferro sérico é utilizada no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemossiderose. Encontra-se aumentado nas hemólises e diminuído nas perdas sanguíneas crônicas, infecção crônica, processos malignos, nefrose e deficiências dietéticas. Aumento: hemocromatose, hepatite viral.

Método Ferene-S

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro Desejável jejum de 8 horas

Conservação para envio Até 6 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência

Caninos: 30 a 180 µg/dL Felinos: 68 a 215 µg/dL Eqüinos: 105 a 277 µg/dL Bovinos: 113 a 226 µg/dL

Fosfatase Ácida Comentários

A fosfatase ácida é uma enzima presente na próstata, ossos, hemácias, leucócitos, plaquetas, pulmões, rins, baço, fígado e pâncreas. Encontra-se aumentada em diversos tipos de neoplasias, como as de próstata e do sistema urinário. Também é um indicador de reabsorção óssea.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Caninos: 5 a 25 U/L Felinos: 5 a 24 U/L

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Fosfatase Alcalina Comentários

Esta enzima está presente principalmente no fígado, nos ossos, no epitélio intestinal e na placenta. Em animais normais, a grande maioria da fosfatase alcalina sérica é originada do fígado e dos ossos. Elevações nos níveis séricos são observadas nos animais em crescimento ou em adultos com aumento da atividade osteoblástica. Encontra-se aumentada nas patologias que resultam em colestase, como a hiperplasia nodular, lipidose hepática felina, colangite, colangiohepatite, colecistite, neoplasias biliares, entre outras. Também há um aumento da fosfatase alcalina na pancreatite, nos animais em crescimento, pacientes em uso de glicocorticóides e/ou anticonvulsivantes, osteossarcoma, hiperparatireoidismo, hiperadrenocorticismo, hipertireoidismo e nas enterites. Quando se tem severa lipemia e hemólise, pode estar falsamente aumentada. A fosfatase pode estar falsamente diminuída se a amostra tiver contato com EDTA, arsênico, citrato e compostos sulfadrílicos.

Método Enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise Separar e refrigerar o mais rápido possível

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 20 a 150 U/L Felinos: 15 a 80 U/L Eqüinos: 143 a 395 U/L Bovinos: 90 a 170 U/L

Fósforo Comentários

Principais causas do aumento: insuficiência renal, hipoparatireoidismo, hipervitaminose D, osteoporose, mieloma, diabetes descompensada, desidratação. Diminuição: hiperparatireoidismo, hipotireoidismo, osteomalácia, hipovitaminose D, raquitismo, hemodiálise.

Método Cinético U.V.

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 2,2 a 5,5 mg/dL Felinos: 1,6 a 6,4 mg/dL Eqüinos: 3,1 a 5,8 mg/dL Bovinos: 5,6 a 6,5 mg/dL

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Gama GT Comentários

A GGT é considerada um marcador primário de colestase extra ou intra-hepática. Também se apresenta elevada nos animais em uso de anticonvulsivantes e glicocorticóides. Ao contrário da fosfatase alcalina, não é um marcador ósseo, podendo ser utilizada para diferenciar doença hepatocelular e doença óssea.

Método Cinético Colorimétrico

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 1,0 a 10,0 U/L Felinos: 1,0 a 10,0 U/L Eqüinos: 4,0 a 13,4 U/L Bovinos:11,0 a 24,0 U/L

Glicemia Jejum Comentários

Os níveis séricos da glicose são úteis no diagnóstico e monitoramento terapêutico de várias patologias. Encontram-se elevados no diabetes melitus, hiperadrenocorticismo, acromegalia, pancreatite, estresse (principalmente em Felinoss) e nos animais em uso de fármacos como a xilazina, progestágenos, glicocorticóides e soro glicosado. Hipoglicemia pode ocorrer na insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo, hipoptuitarismo, neoplasia, hiperinsulinismo, septicemia, policitemia, leucemia, doenças do armazenamento do glicogênio e em filhotes e cães de raças toy.

Método Colorimétrico enzimático

Condição 0,5 a 0,8 mL de plasma fluoretado sem hemólise Coletar no tubo com fluoreto (tubo de tampa cinza) Jejum de 8 horas

Conservação para envio Até 48 horas entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 60 a 109 mg/dL Felinos: 70 a 150 mg/dL Eqüinos: 25 a 120 mg/dL Bovinos: 45 a 74 mg/dL Suíno: 65 a 94 mg/dL Ovino: 50 a 80 mg/dL

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Glutationa Peroxidase Comentários

A glutationa peroxidase (GPX) é uma enzima de ação antioxidante, representando proteção orgânica contra os radicais livres. Apresenta selênio em sua composição e age catalisando a redução de hidroperóxidos orgânicos e inorgânicos. Sua atividade está reduzida nos quadros de hipóxia, havendo aumento da quantidade de radicais livres formados durante a reperfusão (como no pós-cirúrgico de dilatação volvulo-gástrica) quando se restabelecem os níveis de oxigênio. A atividade da GPX nos eritrócitos correlaciona-se diretamente com a concentração sanguínea de selênio em ruminantes e Eqüinoss.

Método Enzimático

Condição 3,0 mL de sangue total heparinizado. Informar o valor da hemoglobina do animal ou enviar sangue total em EDTA para mensuração de hemoglobina

Conservação para envio Até 7 dias entre 2° e 8°C

Valor de referência Bovinos: 34 a 155 U/G Hb Eqüinos: 70 a 120 U/G Hb

Lípides Totais Comentários

Os lípides totais provêm da absorção intestinal das gorduras e da síntese hepática e encontram-se no plasma sob a forma de complexos lipídicos e lipoprotéicos. Hiperlipidemia é o aumento da concentração plasmática de colesterol, triglicérides ou ambos. Pode ter origem idiopática, ser decorrente de um defeito primário no metabolismo lipídico ou conseqüência de uma doença sistêmica. As principais causas de hiperlipidemia primária são: hiperlipoproteinemia idiopática do Schnauzer miniatura, hiperquilomicronemia idiopática do gato, deficiência de lipase lipoprotéica do gato, hipercolesterolemia idiopática. Dentre as causas secundárias em cães e gatos estão: hipotireoidismo, diabetes mellitus, hiperadrenocorticismo, pancreatite, colestase, insuficiência hepática, síndrome nefrótica. Os glicocorticóides e o acetato de megestrol são drogas capazes de induzir hiperlipidemia.

Método Cálculo baseado no colesterol total e triglicérides

Condição 0,5 a 1,0 mL de soro ou plasma (EDTA) Jejum de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C.

Valor de referência Caninos: 400 a 960 mg/dL Felinos: 380 a 700 mg/dL

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Lipase Comentários

O pâncreas é a principal fonte de lípase sérica. Valores aumentados podem ser encontrados na pancreatite aguda, mas também na insuficiência renal, corpos estranhos duodenais, gastrite crônica e carcinomas abdominais. Também ocorrem aumentos após cirurgias de laparotomias e nos animais em uso de dexametasona. Seu valor sérico não corresponde à severidade da pancreatite e tem, portanto, sensibilidade e especificidade questionáveis.

Método Enzimático Colorimétrico

Condição 0,8 mL de soro

Conservação para envio Até 5 dias entre 2° e 8°C.

Valores de referência Caninos: 25 a 750 U/L Felinos: 25 a 375 U/L Eqüinos: 12 a 39 U/L Bovinos: 1 a 35 U/L

Magnésio Comentários

Magnésio sérico deve ser mensurado em cães e gatos com fatores predisponentes à hipomagnesemia (anorexia, distúrbios gastrointestinais, pancreatite aguda, colestase, glomerulonefrite, fluidoterapia intravenosa prolongada, cetoacidose diabética, hipertireoidismo, sepse, nutrição parenteral total) e hipermagnesemia (insuficiência renal, ingestão excessiva de substâncias que contêm magnésio – antiácidos, laxantes). Trata-se de um dos principais cátions do sangue, co-fator de diversas reações enzimáticas. O magnésio é necessário para a manutenção dos níveis celulares de potássio. Sua deficiência pode levar à depleção do potássio intracelular e excreção excessiva de potássio. Tem ação nos níveis de acetilcolina e a hipomagnesemia pode levar a um aumento de acetilcolina nas placas motoras, o que resulta em tetania.

Método Azul de Xilidil

Condição 0,8 a 0,5 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 7 dias entre 2° e 8°C.

Valor de referência Caninos: 1,8 a 2,4 mg/dL Felinos: 1,6 a 2,2 mg/dL Eqüinos: 1,2 a 2,0 mg/dL Bovinos: 1,7 a 2,2 mg/dL

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Osmolaridade Comentários

Refere-se à água corporal total. Os maiores compartimentos são o extracelular e o intracelular. Este equilíbrio é feito principalmente pela bomba cátion/ânion. As propriedades osmóticas envolvem solução e soluto. As alterações neste equilíbrio podem ser indicativas de patologias clínicas como, por exemplo, desidratação, hiponatremia, avaliação renal.

Método Crioscopia

Condição 0,5 mL de soro ou plasma heparinizado (tubo de tampa azul escuro)

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 280 a 305 mosmoL/kg/H2O Felinos: 280 a 305 mosmoL/kg/H2O

Potássio Comentários

A mensuração de potássio está indicada na anorexia prolongada, vômito, diarréia, fraqueza muscular, bradicardia, arritmias supraventriculares, oligúria, anúria e poliúria. Também é indicada no hipoadrenocorticismo, cetoacidose diabética, obstrução uretral, nos animais em uso de diuréticos e de inibidores da enzima conversora da Angiotensina. É o principal cátion intracelular. O uso de fluidoterapia intravenosa pobre em potássio pode aumentar a perda renal e levar a hipocaliemia em um animal anoréxico. Podemos ainda encontrar hipocaliemia associada a perdas gastrointestinais (vômitos e diarréia) que pode ser exacerbada pela ingestão dietética adequada. Obs: A pseudo-hipercaliemia pode ocorrer secundária a um atraso na separação do soro do sangue com leucocitose intensa ou trombocitose, elementos celulares ricos em potássio. Pode ocorrer ainda quando se tem hemólise em Eqüinoss e Bovinoss, quando a coleta foi feita em heparina potássica, quando a coleta foi feita através de um cateter intravenoso usado previamente para administração de potássio. Uma peculiaridade racial tem sido notada no cão Akita em que o atraso da separação da amostra coagulada pode resultar em um aumento nos valores de potássio.

Método Eletrodo seletivo

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise.

Conservação para envio Até 5 dias entre 2° e 8°C.

Valores de referência Caninos: 3,7 a 5,8 mEq/L Felinos: 3,8 a 4,5 mEq/L Eqüinos: 2,4 a 4,7 mEq/L Bovinos: 3,9 a 5,8 mEq/L

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Proteína Glicosilada - Frutosamina Comentários

Também conhecida por frutosamina, a mensuração de proteína glicosilada se faz útil na monitoração do controle glicêmico em cães e gatos. A proteína glicosilada é resultante de uma ligação da glicose à albumina independentemente da insulina, não enzimática e irreversível. Dessa forma, a extensão da glicosilação das proteínas séricas está diretamente relacionada à glicose sangüínea. Não sofre interferência do estresse. Por se tratar de uma proteína glicosilada com meia vida curta, entre duas a três semanas, este teste é útil no acompanhamento do paciente diabético em curto prazo.

Método Colorimétrico (Redução do NBT).

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise Jejum obrigatório de 8 horas

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 1,7 a 3,38 mmoL/L Felinos: 2,19 a 3,47 mmoL/L

Proteínas Totais Comentários

A análise das proteínas totais está indicada especialmente nos animais anêmicos, com edema, ascite, coagulopatias, diarréias, perda de peso e doença renal ou hepática. Hiperproteinemia: desidratação, processos infecciosos crônicos, leishmaniose, peritonite infecciosa felina.

Hipoproteinemia: Perdas renais, deficiências nutricionais, infecções graves e prolongadas, esteatorréia, anemias graves, gastroenteropatias exudativas.

Método Biureto

Condição 0,8 mL de soro

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 5,4 a 7,7 g/dL Felinos: 5,4 a 7,6 g/dL Eqüinos: 5,2 a 7,9 g/dL Bovinos: 6,7 a 7,5 g/dL

Proteínas Totais e Fracionadas Comentários

Mensura os valores de albumina e globulina. Hiperalbuminemia ocorre na desidratação. A hipoalbuminemia e hipoglobulinemia ocorrem na hemorragia, em lesões exudativas, enteropatias perdedora de proteína. Hipoalbuminemia ocorre na insuficiência hepática crônica, ingestão protéica inadequada, má-digestão, má-absorção, nefropatias, efusões corporais. Hiperglobulinemia ocorre nas infecções crônicas, como as infecções virais felinas, leishmaniose e em algumas neoplasias.

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Método Biureto e verde Bromocresol.

Condição 1,0 mL de soro

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos:

albumina: de 2,3 a 3,8 g/dL globulinas: de 2,3 a 5,2 g/dL totais: de 5,4 a 7,7 g/dL Felinos:

albumina: de 2,1 a 3,9 g/dL globulinas: de 1,5 a 5,7 g/dL totais: de 5,4 a 7,8 g/dL Eqüinos:

albumina: de 2,6 a 3,7 g/dL globulinas: de 2,6 a 4,0 g/dL totais: de 5,2 a 7,9 g/dL Bovinos:

albumina: de 3,0 a 3,6 g/dL globulinas: de 3,0 a 3,5 g/dL totais: de 6,7 a 7,5 g/dL

Razão Proteína/Creatinina - Urina Comentários

Indicada na mensuração da magnitude da proteinúria. Deve ser realizada uma urinálise completa com uma alíquota da mesma amostra enviada.

Método Colorimétrico

Condição 2,0 mL de urina refrigerada logo após a coleta.

Conservação para envio Até 48 horas entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos

Menor que 0,2: normal 0,2 a 1,0 : questionável Maior que 1,0: anormal Felinos

Menor que 0,6: normal 0,26 a 1,0: questionável Maior que 1,0 anormal

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Rotina - Líquido Ascítico Equivale às seguintes análises

Bacterioscopia (Gram): na peritonite bacteriana isola-se, em geral, bactérias gram-negativas (E.coli, Klebsiella pneumoniae) ou gram-positivas (S. pneumoniae, Enterococcus sp e outros Streptococcus). A peritonite bacteriana secundária é, em geral, polimicrobiana.

Citometria e citologia: polimorfonucleares acima de 250/mm3 sugerem peritonite bacteriana. Percentagem de neutrófilos acima de 50% é presuntiva de peritonite bacteriana. Predomínio de mononucleares sugere peritonite carcinomatosa ou malignidade. Citologia oncótica é positiva em 50% a 90% dos casos de carcinomatose peritoneal.

Caracteres físicos (cor/aspecto/pH/densidade): apresenta-se opalescente na ascite quilosa, turvo nos quadros infecciosos e hemorrágico nas neoplasias, traumas e punção de vasos.

Amilase: níveis elevados de amilase em valores três vezes maiores que no soro são indicativos de pancreatite. Também se eleva na perfuração de vísceras e neoplasias de ovário. Cerca de 10% dos casos de pancreatite têm amilase sérica no líquido ascítico normal.

Desidrogenase lática (LDH): normalmente níveis de LDH no líquido ascítico são 50% dos valores séricos. Está elevada nas peritonites (espontâneas e secundárias), tuberculose peritoneal e carcinomatoses. Razão LDH pleural/sérica maior que 0,6 sugere exsudato.

Glicose: normalmente, as concentrações no líquido ascítico são similares às do soro. Na presença de leucócitos e bactérias, há consumo da glicose e redução dos níveis: peritonites bacteriana espontânea, bacteriana secundária, tuberculosa e carcinomatose peritoneal.

Proteínas: valores abaixo de 2,5 g/dl são indicativos de transudatos (ex.: cirrose, insuficiência cardíaca). Valores acima de 3 g/dl são indicativos de exsudatos (ex.: carcinomatose, ascite quilosa, pancreatite). Uso de diuréticos pode transformar transudatos em exsudatos. O gradiente de albumina entre o sangue e o líquido ascítico acima de 1,1g/dL sugere hipertensão porta.

Volume recomendável Citometria e citologia, cor, aspecto, pH, densidade: 1,0mL Proteínas: 0,8mL Amilase: 0,8mL DHL: 0,8mL Glicose: 1,0mL Bacterioscopia: 0,5mL

Conservação para envio Citometria e citologia: até 6 horas entre 2 e 8°C Proteínas: até 4 dias entre 2 e 8°C DHL: até 24 horas entre 2 e 8°C Amilase: até 7 dias entre 2 e 8°C Glicose: até 48 horas entre 2 e 8°C (coletada em fluoreto) Bacterioscopia: imediatamente entre 2 e 8°C

Laboratórios Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada para separação dos elementos celulares logo após a coleta e refrigerada

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Rotina - Líquido Pleural Equivale às seguintes análises

Bacterioscopia (Gram): não afasta infecção em caso de resultados negativos. Citometria e citologia: contagem de hemácias acima de 100.000 ocorrem no hemotórax, neoplasias e tromboembolismo. Linfocitose pode ocorrer na tuberculose, neoplasias e sarcoidose. Linfocitose e ausência de células mesoteliais sugerem tuberculose. Polimorfonucleados são encontrados nos processos infecciosos, inclusive na fase inicial da tuberculose pleural. Eosinofilia pode ser encontrada no hemotórax, pneumotórax, infarto pulmonar, infecções parasitárias e fúngicas. Resultados citológicos negativos para malignidade não excluem a possibilidade de neoplasias.

Caracteres físicos (cor/aspecto/pH/densidade): valores de pH inferiores a 7,2 podem ocorrer no empiema, artrite reumatóide, derrame parapneumônico complicado, tuberculose, malignidade, fístula esofago-pleural e acidose sistêmica.

Amilase: níveis elevados de amilase nos líquidos pleural e ascíticos estão associados à pancreatite, ruptura de esôfago e adenocarcinomas de pulmão e ovário.

Colesterol: a dosagem do colesterol no líquido pleural é útil na diferenciação entre transudatos e exsudatos. Níveis de colesterol maiores de 45mg/dL predizem exsudatos com sensibilidade de 90% e especificidade de 100%. A associação de colesterol elevado e LDH maior que 200UI/L tem sensibilidade de 99% no diagnóstico de exsudatos.

Glicose: níveis de glicose abaixo de 60 mg/dl ou 50% dos valores séricos ocorrem no derrame parapneumônico, empiema, colagenoses, tuberculose pleural e derrames malignos. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Proteínas: valores abaixo de 2,5g/dL são indicativos de transudatos (ex.: cirrose, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica). Valores acima de 3 g/dL são indicativos de exsudatos (ex.: neoplasias, infecções, pancreatite, colagenoses, embolia, quilotórax). A razão líquido pleural/soro acima de 0,5 indica exsudato.

Desidrogenase lática (LDH): é um critério para diferenciação entre exsudato e transudato. A relação LDH pleural/sérica > 0,6 e LDH pleural > 200U/L indicam exsudato, com sensibilidade de 98% e especificidade entre 70 e 98%. Níveis de LDH acima de 1.000U/L são encontrados em neoplasias e empiema. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Volume recomendável Citometria e citologia, cor, aspecto, pH, densidade: 1,0mL. Proteínas: 0,8mL. Amilase: 0,8mL. DHL: 0,8mL. Glicose: 1,0mL. Bacterioscopia: 0,5mL. Colesterol: 1,0mL

Conservação para envio Citometria e citologia: até 6 horas entre 2o e 8oC. Proteínas: até 4 dias entre 2o e 8oC. Amilase: até 7 dias entre 2o e 8oC. DHL: até 24 horas entre 2o e 8oC. Amilase: até 7 dias entre 2o e 8oC. Glicose: até 48 horas entre 2o e 8oC (coletada em fluoreto). Bacterioscopia: imediatamente entre 2o e 8oC. Colesterol: até 3 dias entre 2o e 8oC.

Laboratórios Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada para separação dos elementos celulares logo após a coleta e refrigerada.

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Rotina - Líquido Sinovial Equivale às seguintes análises

Citometria e citologia: contagens com menos de 2.000 leucócitos sugerem processo não-inflamatório. Valores entre 2.000 e 50.000 leucócitos sugerem artrite inflamatória e séptica. Valores entre 50.000 e 100.000 são encontrados nas artrites sépticas, reumatóide e induzidas por cristais. Leucócitos abaixo de 50% sugerem quadro não inflamatório. Leucócitos abaixo de 90% são encontrados na artrite reumatóide. Leucócitos acima de 80% ocorrem na artrite séptica e induzida por cristais.

Caracteres físicos (cor/aspecto/pH/densidade): torna-se purulento na artrite séptica e turvo em processos inflamatórios.

Ácido úrico: valores até 8 mg/dl são considerados normais, estando aumentados na artrite gotosa.

Pesquisa de cristais com luz polarizada: a pesquisa de cristais no líquido sinovial pode ser útil na determinação da etiologia do quadro articular. Os microcristais podem ser encontrados no interior das células ou livres no líquido articular. Os cristais de monourato de sódio são encontrados na artrite gotosa. Cristais de pirofosfato de cálcio são encontrados principalmente dentro de leucócitos e macrófagos na pseudogota.

Glicose: normalmente, as concentrações no líquido sinovial são similares às do soro. Nos derrames articulares inflamatórios e infecciosos níveis de glicose inferiores a 50% dos valores plasmáticos são encontrados. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Proteínas: elevação ocorre nos processos inflamatórios articulares. Bacterioscopia (Gram): útil na avaliação presença de infecção bacteriana.

Volume mínimo Citometria e citologia, cor, aspecto, pH, densidade: 0,5 mL. Cristais: 0,5mL. Proteínas: 0,3mL. Glicose: 0,3mL. Bacterioscopia: 0,5mL. Ácido úrico: 0,3mL.

Conservação para envio Citometria e citologia: até 6 horas entre 2 e 8°C. Cristais: até 7 dias entre 2 e 8°C. Proteínas: até 4 dias entre 2 e 8°C. Glicose: até 48 horas entre 2 e 8o C (coletada em fluoreto). Bacterioscopia: imediatamente entre 2 e 8°C. Ácido úrico: até 5 dias entre 2 e 8°C.

Laboratórios Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Sódio Comentários

É o principal cátion extra celular. Os sais de sódio são os principais determinantes da osmolaridade. Alguns fatores regulam a homeostasia do balanço do sódio, tais como, aldosterona e hormônio anti-diurético. A mensuração de sódio está indicada nas doenças sistêmicas caracterizadas por vômito, diarréia, polidipsia e poliúria, alterações do estado mental, convulsões, edema e efusões pleural e peritoneal. O teste é útil na avaliação dos distúrbios hidro-eletrolíticos. A hiponatremia ocorre através da perda gastrointestinal (vômitos, diarréia), se for severa, pode levar a acidose metabólica.

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Outras causas que levam a hiponatremia são: insuficiência cardíaca congestiva, administração de diuréticos, diabete mellitus e hiperaldosteronismo. A hipernatremia está associada com a desidratação secundária, a ingestão inadequada de água ou perda excessiva de água pura, principalmente, no diabetes insipidus, se o paciente tiver restrição de água. Ocorre ainda na cirrose e pode se desenvolver em pacientes com insuficiência renal crônica, com inadequada ingestão de água, que irá levá-lo a uma hipovolemia hipernatrêmica.

Método Eletrodo seletivo

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 141 a 153 mEq/L Felinos: 147 a 156 mEq/L Eqüinos: 132 a 146 mEq/L Bovinos: 132 a 152 mEq/L

Transaminase Oxalacética (TGO/AST) Comentários

A mensuração dessa enzima está indicada nas doenças sistêmicas que incluem perda de peso, hepatomegalia, vômito, diarréia, icterícia, ascite, depressão e anorexia. Está presente em grande quantidade nos hepatócitos, principalmente no interior das mitocôndrias. Seu aumento está relacionado a uma lesão hepatocelular profunda. No entanto, não é um teste específico para o fígado, já que essa enzima também está presente em grandes quantidades no tecido muscular e nos eritrócitos. Atividade física e injeções intramusculares podem levar a um aumento da AST sérica.

Método Enzimático

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 10 a 88 UI/L Felinos: 10 a 80 UI/L Eqüinos: 226 a 366 UI/L Bovinos: 78 a 132 UI/L

Transaminase Pirúvica (TGP/ALT) Comentários

A mensuração dessa enzima está indicada nas doenças sistêmicas que incluem perda de peso, hepatomegalia, vômito, diarréia, icterícia, ascite, depressão e anorexia. É uma enzima com boa especificidade para o fígado, mas tem baixa sensibilidade, podendo apresentar-se normal mesmo em pacientes com cirrose ou neoplasia hepática. Qualquer droga que cause dano hepatocelular pode elevar os valores da ALT, uma enzima localizada no citosol do hepatócito.

Método Enzimático

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Condição 0,8 mL de soro sem hemólise

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 10 a 88 UI/L Felinos: 10 a 80 UI/L Eqüinos: 34 a 113 UI/L Bovinos: 14 a 38 UI/L

Triglicérides Comentários

Sua mensuração está indicada nos pacientes com hiperlipidemia ou hipercolesterolemia, especialmente quando estão associados a convulsões, sinais gastrointestinais, lipemia retinal, neuropatia periférica.

Método Colorimétrico enzimático

Condição 0,8 mL de soro (volume mínimo de 0,5 mL) Jejum obrigatório de 9 horas

Conservação para envio Até 3 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 20 a 112 mg/dL Felinos: 10 a 114 mg/dL Bovinos: 25 a 120 mg/dL

Uréia Comentários

É a principal fonte de excreção do nitrogênio. Os níveis séricos de uréia devem ser mensurados em todos os animais doentes como método de detecção de insuficiência renal. Deve ser avaliado concomitantemente aos níveis de creatinina. Os níveis de uréia são afetados por fatores extra-renais, como a dieta. Estão aumentados na insuficiência renal, hemorragia gastrointestinal, trauma, febre e nos animais em uso de corticosteróides e drogas nefrotóxicas. Os níveis de uréia estão reduzidos na insuficiência hepática, poliúria e na baixa ingestão protéica.

Método Colorimétrico Enzimático

Condição 0,8 mL de soro sem hemólise ou plasma (fluoreto) Jejum obrigatório de 8 horas

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 12,0 a 25,0 mg/dL Felinos: 10,0 a 30,0 mg/dL Eqüinos: 10,0 a 24,0 mg/dL Bovinos: 20,0 a 30,0 mg/dL

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Instituto Hermes Pardini Citologia 85

CITOLOGIA

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Instituto Hermes Pardini Citologia 86

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Instituto Hermes Pardini Citologia 87

CITOLOGIA

Citologia de Punção de Líquidos - Anatomia Comentários

O exame citológico apresenta como característica principal a rapidez do diagnóstico quando comparado ao exame histopatológico. A interpretação dos esfregaços baseia-se em aspectos morfológicos previamente conhecidos. O exame visa diagnosticar patologias benignas, bem como lesões pré-malignas ou malignas dos sítios anatômicos alvo ou provenientes de metástases de outros órgãos.

Condição Qualquer líquido obtido por meio de punção: punção de mama, líquido ascítico, líquido pleural, líquido de coleções superficiais etc.

Conservação para envio Lâmina: colocar imediatamente após a coleta em álcool a 96° (comercial), deixar no mínimo 30 minutos. Enviar no máximo três lâminas.

Líquido: álcool a 50% em proporção igual ao volume da amostra ou refrigerado por, no máximo 24 horas.

Citologia Oncótica Geral Comentários

O exame visa diagnosticar patologias benignas, lesões pré-malignas de diversos sítios anatômicos, lesões provenientes de metástase de outros órgãos. A interpretação dos esfregaços baseia-se em aspectos morfológicos previamente conhecidos, podendo também ajudar no diagnóstico de patologias benignas. Alguns aspectos morfológicos de graduação das lesões dependem, até certo ponto, de interpretação subjetiva.

Principais aplicações clínicas É possível diagnosticar: agentes infecciosos, tais como bactérias, fungos, parasitas e vírus; processos proliferativos benignos; anormalidades epiteliais benignas dos epitélios escamoso e glandular; alterações inflamatórias crônicas e agudas; alterações epiteliais ocasionadas por agressão ao epitélio. Ex: radioterapia, cauterizações.

Condição Líquidos corpóreos e derrames cavitários (secreção mamilar, lavado vesical, lavado brônquico, lavado gástrico, lavado peritoneal)

Conservação para envio Lâmina: colocar o esfregaço pronto imediatamente em álcool a 96° (comercial). Enviar no máximo três lâminas.

Líquido: álcool a 50% em proporção igual ao volume da amostra ou refrigerado

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Instituto Hermes Pardini Citologia 88

Citologia Oncótica Geral + 1 Lâmina Comentários

Quando o Médico Veterinário envia mais de 1 (uma) lâmina do mesmo material. Observações

Para efeito de cobrança, os líquidos enviados em lâminas ou os esfregaços confeccionados pelos Médicos Veterinários serão cobrados separadamente a partir da quarta lâmina enviada. Sendo assim, a partir da quarta lâmina e para as subseqüentes será cobrado o valor de 50% do exame.

Os líquidos enviados em seringa ou frascos serão processados no laboratório. Para estes exames será cobrada apenas 1 (uma) lâmina, a não ser que o Médico Veterinário solicite mais de uma lâmina ou queira que o material seja esgotado.

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Instituto Hermes Pardini Coprologia 89

Coprologia - capa

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Instituto Hermes Pardini Coprologia 91

COPROLOGIA

Giardia - Antígeno nas Fezes Comentários

Detecção qualitativa de antígenos específicos da giárdia em amostras de fezes. A Giardia lamblia é um protozoário intestinal que infecta humanos e animais com transmissão fecal-oral, por água e alimentos contaminados. Trata-se de um imunoensaio enzimático que detecta proteínas específicas da parede do cisto. Apresenta sensibilidade entre 85% e 98% e especificidade superior a 90%.

Método ELISA

Condição Fezes recentes a fresco (sem conservante) Enviar rapidamente ao laboratório

Conservação para envio Até 2 dias entre 2 e 8°C e até uma semana congelado

Valor de referência Negativo

Parasitológico - Larvas (Baermann & Moraes) Comentários

É usado para isolar larvas de amostras fecais, sendo mais específico para estrongilóides. Se as fezes de animais utilizadas estiverem secas ou velhas, os ovos de alguns parasitas podem eclodir ou nematóides de vida livre podem invadir a amostra, tornando a identificação do nematóide muito mais difícil.

Método Baermann & Moraes

Condições Fezes recentes sem conservante Não está indicada a coleta de material muito liquefeito

Conservação para envio Até 6 horas e não deve ser refrigerada.

Parasitológico - OPG (KATO KATZ) Comentários

O exame parasitológico pela metodologia Kato-Katz, além de ser útil no diagnóstico das infestações parasitárias causadas por alguns helmintos, fornece também a quantificação desta infestação por grama de fezes, sendo de grande importância para o acompanhamento do tratamento. Cistos de protozoários podem não ser identificados por este método.

Método KATO KATZ (qualitativo e quantitativo)

Condições Fezes recentes sem conservante Não é recomendado o envio de fezes líquidas, muito duras ou no M.I.F

Conservação para envio Até 6 horas não refrigeradas Até 12 horas entre 2 e 8°C

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Instituto Hermes Pardini Coprologia 92

Parasitológico - HPJ (Hoffman - Pons & Janer) Comentários

Muito útil na identificação das diversas infestações parasitárias (ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do parasitismo influi no número de formas parasitárias eliminadas. É recomendável o exame de fezes em 3 amostras colhidas em dias diferentes, pois a ausência de parasitas em uma amostra de fezes não elimina a possibilidade da presença do mesmo no organismo.

Método HPJ (Hoffman - Pons & Janer) - Método de Lutz com centrifugação e sedimentação espontânea.

Condições Fezes recentes Amostras colhidas no M.I.F de 3 a 5 dias

Conservação para envio Até 6 horas em temperatura ambiente Até 12 horas entre 2 e 8°C M.I.F até 10 dias em temperatura ambiente

Parvovírus - Antígeno nas Fezes Comentários

Parvovirose canina é primariamente uma infecção entérica caracterizada por vômitos e diarréia geralmente hemorrágica. Leucopenia geralmente acompanha os sinais clínicos. Cães suscetíveis de qualquer idade podem ser afetados, porém a mortalidade é maior em filhotes. Filhotes de 4-12 semanas de idade acometidos pela doença ocasionalmente podem apresentar miocardite que pode resultar em deficiência aguda do coração após doença breve e imperceptível. Após a infecção, muitos cães são refratários à doença por um ano ou mais. O resultado positivo no teste indica a presença de proteína antigênica de superfície do parvovírus canino (inclusive expelidas nas fezes de cães infectados). A detecção do vírus nas fezes ocorre a partir do terceiro dia de infecção.

Método Imunocromatografico

Condição Fezes recentes refrigeradas em meio Stuart Enviar rapidamente ao laboratório

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C e até uma semana congelado

Valor de referência Negativo

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Instituto Hermes Pardini Culturas Especiais 93

CULTURAS ESPECIAIS

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Instituto Hermes Pardini Culturas Especiais 94

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Instituto Hermes Pardini Culturas Especiais 95

CULTURAS ESPECIAIS

Leptospirose - Soroaglutinação Microscópica Comentários

A leptospirose é uma doença causada por vários sorovares imunologicamente distintos. As infecções podem ser assintomáticas ou apresentarem ampla gama de sintomas, como icterícia, hemoglobinúria, insuficiência renal, infertilidade e abortos. Após uma infecção aguda, a Leptospira sp. com freqüência se localiza nos rins e órgãos reprodutores, sendo eliminada pela urina por meses ou anos. O teste de aglutinação microscópica é a prova sorológica mais utilizada para o diagnóstico de leptospirose. Os títulos do teste de aglutinação microscópica sobem rapidamente e depois caem para níveis moderados, que podem persistir por meses ou anos. Um único teste soropositivo, em rebanhos, tem valor diagnóstico limitado, pois pode ser resultado de vacinação recente, imunidade passiva ou infecção atual ou anterior. O diagnóstico poderá ser confirmado por um título crescente em amostras pareadas, se a primeira delas for coletada na fase aguda e a segunda depois de 7 a 10 dias, ou por meio de um título alto único (>1:800) em um animal com doença clínica compatível com leptospirose. Esse teste detecta os sorovares: andamana, australis, autumnalis, ballum, bataviae, bratislava, butembo, canicola, castellonis, celledoni, copenhageni, cynopteri, djasiman, grippothyphosa, hardjo, hebdomalis, icterohaemorragiae, javanica, panama, patoc, pomona, pyrogenes, shermani e wolffi.

Método Soro aglutinação microscópica com antígenos vivos

Condição 1,0 mL de soro do animal suspeito No caso de rebanhos: coletar amostras de animais sintomáticos e assintomáticos e enviá-las

separadamente (não fazer pool) Conservação para envio

Até 5 dias entre 2 a 8°C Nota

Título igual a 1:100, dependendo da clínica, pode ser considerado negativo. Alguns animais portadores, nos quais a infecção é localizada e apresenta demora no aumento dos títulos dos anticorpos, podem apresentar resultado falso-negativo. Nos casos suspeitos, o exame deve ser repetido em até 3 semanas para confirmação.

Leptospirose - Cultura Urina/ Sangue Total Comentários

Indicado no diagnóstico em animais onde o ambiente seja potencialmente contaminado por Leptospira (presença de roedores etc.). A leptospirose é uma doença generalizada, febril, causada por espiroquetas do gênero Leptospira sp., podendo acometer o homem e animais. As leptospiras são classificadas em sorotipos com base em suas características antigênicas e podem ser cultivadas, geralmente, nos primeiros 10 dias de doença, quando se utiliza sangue para o isolamento. Na urina, as leptospiras são preferencialmente isoladas a partir da segunda semana de doença, podendo a cultura persistir positiva por várias semanas após a convalescença. A contaminação da urina com outras bactérias pode impedir a identificação das leptospiras. Deve ser realizada em paralelo com a soroaglutinação microscópica.

Método Cultura em meio específico

Condição 2,0 mL de sangue total (EDTA)

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Urina recente: colher a urina em frasco estéril contendo 2,0 ml de bicarbonato de sódio a 8,4%. Completar o volume com a urina até a marca de 20 ml ou realizar a proporção correspondente.

Conservação para envio - Somente para conveniados de Belo Horizonte Até 4 horas, refrigerado entre 2 e 8°C

Observação Este exame pode apresentar resultados falso-negativos que é uma característica do método. Deve ser realizado em paralelo com a leptospirose, soro aglutinação microscópica.

Mycoplasma Veterinário - Cultura Comentários

Os Mycoplasmas são potenciais causadores de patologias no sistema respiratório, urogenital, glândula mamária, articulações, sistema nervoso e conjuntiva ocular. As doenças genitais em bovinos contribuem sensivelmente para a diminuição da produção de leite e carne, sendo ainda os agentes infecciosos responsáveis por sérios problemas na reprodução, produzindo abortos e, conseqüentemente, infertilidade. Microrganismos pertencentes ao gênero Mycoplasma sp. são apontados como responsáveis por diversas patogenias genitais de bovinos, podendo levar a repetição de cio por impedimento da fertilização ou interferência no desenvolvimento inicial do embrião.

Método Isolamento em meio de cultura

Condição Secreção uretral Secreção vaginal Lavado traqueobrônquico Secreção ocular Qualquer outra amostra suspeita (Meios para FIV e TE) Como os Mycoplasmas possuem uma forte afinidade pelas membranas mucosas, é importante

retirar o excesso de secreção, obtendo também células. Conservação para envio

Enviar em meio de transporte específico fornecido pelo laboratório, o mais rápido possível (meio Dulbecco’s) Até 12 horas em temperatura ambiente ou 24 horas entre 2 e 8°C.

Micobactérias - Cultura Comentários

As micobactérias são bacilos álcool-ácido resistentes. A cultura para micobactérias é realizada para identificar o animal com suspeita de tuberculose. Realizada também para rebanhos leiteiros em amostras de leite de animais suspeitos.

Método Cultura em meio específico

Condições Lavado gástrico - 5 a 10 mL Lavado brônquico - 5 a 10 mL Aspirado transtraqueal - 5 a 10 mL Secreção de feridas - 5 a 10 mL (somente se não for possível a obtenção de aspirados ou biópsias, o swab pode ser utilizado e colocado em meio de transporte de Stuart).

Punção de linfonodo - 5 a 10 mL Líquidos corporais (líquor, líquido pleural, líquido ascítico ou peritoneal, líquido sinovial, líquido pericárdico) - 5 a 10 mL

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Instituto Hermes Pardini Culturas Especiais 97

Urina recente: pequenos animais - enviar todo o volume da 1ª micção da manhã Sêmen (paleta) Leite - 30 a 40 mL Swabs não devem ser utilizados. O uso de antibióticos interfere com o resultado Usar frascos estéreis e descartáveis

Instruções de coleta Urina: colher todo o volume conseguido por cistocentese em coleta matinal. Secreções e feridas: procurar colher sempre por aspiração. Evitar o uso de swab. Líquidos corporais: nos casos de líquidos sanguinolentos, coletar em tubo contendo anticoagulante (EDTA ou heparina) para evitar que o bacilo fique preso na rede de fibrina.

Biópsia: amostra enviada em água destilada ou salina fisiológica estéril. Leite: fazer anti-sepsia rigorosa. Coletar em frasco estéril desprezar os primeiros jatos. Não estar em uso de antibióticos.

Conservação para envio Toda amostra sujeita a ressecamento deve ser protegida com o acréscimo de soro fisiológico estéril ou água destilada.

Manter as amostras protegidas da luz solar Urina: Até 6 horas a temperatura ambiente ou em 24 horas entre 2 e 8°C. Outros materiais: Até 48 horas entre 2 e 8°C.

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Instituto Hermes Pardini Culturas Especiais 98

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 99

Endocrinologia - capa

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 100

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 101

ENDOCRINOLOGIA

Ácido Fólico Comentários

O ácido fólico atua na maturação das hemácias e participa do processo de síntese das purinas e pirimidinas, componentes nucléicos. Sua mensuração é indicada nas diarréias de intestino delgado, perdas de peso inexplicáveis ou suspeita de doença do intestino delgado. É um teste auxiliar no diagnóstico da síndrome de má-absorção.

Método Quimioluminescência

Condição 0,6 a 1,0 mL de soro não hemolisado Amostras lipêmicas, com coágulo ou fibrina sofrem interferência no resultado. O animal deve estar em jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 4,0 a 13,0 ng/mL Felinos: 12,0 a 20,0 ng/mL Eqüinos: 1,5 a 6,1 ng/mL

ACTH Hipersensível Comentários

O ACTH é dosado principalmente para diagnóstico de desordens do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Teste útil na diferenciação do hiperadrenocorticismo pituitário dependente (síndrome de Cushing) de um tumor da glândula adrenal. No hiperadrenocorticismo os níveis de ACTH geralmente estão elevados, enquanto nos tumores de adrenal os níveis de ACTH encontram-se diminuídos.

Método Quimioluminescência

Condição Recomendado jejum de 4 horas 0,5 a 0,7 mL de plasma (EDTA) Coletar a amostra pela manhã Coletar preferencialmente em seringa de plástico refrigerada com EDTA Transferir a amostra imediatamente para um tubo de plástico também refrigerado Centrifugar a amostra em menos de dez minutos

Conservação para envio As amostras devem ser enviadas congeladas para o laboratório Até 30 dias a -20°C

Valores de referência Caninos: 20 - 100 pg/mL Felinos: 20 - 100 pg/mL

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 102

Cortisol Comentários

O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta ao hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). É essencial para o metabolismo e funções imunológicas. Sua concentração encontra-se elevada nos casos de Síndrome de Cushing e estresse. Apresenta-se reduzido nos casos de hipopituitarismo (com produção deficiente de ACTH). Dosagens após supressão por dexametasona possuem utilidade diagnóstica para hipercortisolismo e dosagens após estímulo com cortrosina (ACTH sintético), para insuficiência adrenal primária. Teste útil em pacientes suspeitos de hiperadrenocorticismo e hipoadrenocorticismo.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Recomendado jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Caninos: 0,5 a 5,5 µg/dL Felinos: 1,0 a 4,5 µg/dL

Digoxina Comentários

A Digoxina é um fármaco da classe dos glicosídeos digitálicos, amplamente prescrito para o tratamento da insuficiência cardíaca, fibrilação e sopro auricular, taquicardia supraventricular e outros transtornos cardíacos. A digoxina fortalece a contração do músculo cardíaco e reduz os batimentos cardíacos, aprimorando o fluxo cardíaco. A dosagem dos níveis séricos de digoxina está indicada na monitoração da terapia e nos pacientes em risco de toxicidez. A dosagem após 6 e 8 horas da administração permite equilibrar os níveis de digoxina sérica e tissular. A monitoração dos níveis séricos, combinada com dados clínicos, auxilia nas prescrições e no ajuste de dose.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Coletar a amostra entre 2 e 5 horas após a medicação (quando ocorre o pico plasmático da digoxina) ou de preferência antes da próxima dose do medicamento

Recomendado jejum de 6 horas Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C.

Nível terapêutico Caninos: de 1,0 a 2,5 ng/mL Felinos: de 0,8 a 2,0 ng/mL Eqüinos: de 0,5 a 2,0 ng/mL

Observação Concentrações acima de 2,6 - 3,0 ng/mL se associam com uma probabilidade crescente de toxicidade.

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 103

Gastrina

Comentários

A dosagem sérica de gastrina está indicada em pacientes com vômito crônico, diarréia, perda de peso, suspeita de gastrinoma e ulceração gástrica ou duodenal de causa desconhecida.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro congelado jejum de 12 horas Recomendada a suspensão de medicamentos inibidores da bomba de prótons (omeprazol) por dez dias (sua utilização pode levar a um aumento no nível de gastrina)

Recomendada a suspensão de medicamentos bloqueadores de H2 (cimetidina, ranitidina) por no mínimo 4 dias

Conservação para envio Até 7 dias congelado

Valores de referência Caninos

Jejum: 10 a 40 pg/mL 15 minutos após alimentação: 30 a 180 pg/mL 30 minutos após alimentação: 40 a 170 pg/mL 45 minutos após alimentação: 20 a 170 pg/mL 60 minutos após alimentação: 30 a 100 pg/mL Felinos: menor que 123 pg/mL Eqüinos: 40 a 140 pg/mL

Paratormônio PTH Intacto Comentários

O PTH tem ação em três órgãos alvos: osso, rins e mucosa intestinal. A principal função do PTH é a manutenção de um nível sérico de cálcio normal através de sua ação sobre as células-alvo. A ação principal ocorre pela mobilização do cálcio dos ossos, mas também inclui o incremento da reabsorção de cálcio e a ação sobre a mucosa intestinal para promover sua absorção. O PTH estimula a excreção de fósforo pelos túbulos renais para promover a manutenção do equilíbrio cálcio-fósforo. A mensuração do PTH é indicada no diagnóstico do hiperparatireoidismo primário e no hipoparatireoidismo. Recomenda-se a mensuração de cálcio sérico para melhor interpretação dos resultados do PTH.

Método Quimioluminescência

Condição 0,6 mL de soro congelado em recipiente de plástico A coleta deve ser feita em tubo de plástico Centrifugar a amostra imediatamente após a coleta Jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 6 meses entre -5 a -25°C

Valores de referência Caninos: 18 a 102 pg/mL Felinos: 0 a 41 pg/mL

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 104

Progesterona

Comentários

É produzida pelo corpo lúteo, sendo o marcador de sua existência (por conseqüência da ocorrência de ovulação) e de sua funcionalidade. Na gestação, eleva-se rapidamente nas primeiras semanas, refletindo o funcionamento do corpo lúteo e da placenta. Utilizado para confirma ovulação e demonstra tecido ovariano remanescente. Pode-se avaliar período de ovulação, manutenção de gestação. Não deve ser usado como diagnóstico de prenhes.

Método Quimioluminescência

Condição 0,8 mL de soro Jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos

Anestro ou proestro: menor que 1,00 ng/ml Estro ou final de diestro/gestação: de 1,00 a 30,00 ng/ml Fase ovulatoria (durante o estro): de 4,00 a 8,00 ng/ml Diestro/gestação: maior que 30,00 ng/ml Macho: menor que 0,20 ng/ml Macho castrado: não avaliado Bovinos

Sem atividade luteal: menor que 1,00 ng/ml Em atividade luteal : de 4,00 a 10,00 ng/ml Inicio de gestação: 10,00 a 20,00 ng/ml Final de gestação: 5,00 ng/ml Macho: menor que 0,20 ng/ml Eqüinos

Estro/anestro: menor que 1,00 ng/ml Diestro: maior que 5,00 ng/ml Macho: menor que 0,20 ng/ml Macho castrado : não avaliado Felinos

Estro/anestro: menor que 1,00 ng/ml Gestação/falsa gestação: maior que 5,00 ng/ml Macho: menor que 0,20 ng/ml Macho castrado: não avaliado

Teste Supressão com Dexametasona (Baixa Dose) - Caninos e Felinos Comentários

Usado para diferenciar cães normais daqueles com Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo). Método

Quimioluminescência Condição

1,0 mL de soro Jejum de 8 horas Coletar as amostras pela manhã Primeira coleta: imediatamente antes da aplicação intravenosa de 0,015 mg/kg de dexametasona

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 105

Segunda e terceira coletas 4 e 8 horas após a aplicação de dexametasona Conservação para envio

Até 7 dias entre 2 e 8°C Valores de referência

Normal: 1ª coleta após supressão: menor que 1,4 µg /dl 2ª coleta após supressão: menor que 1,4 µg /dl Tumor da adrenal ou PDH:

1ª coleta após supressão: maior que 1,4 µg/dl 2ª coleta após supressão: maior que 1,4 µg /dl Apenas PDH:

1ª coleta após supressão: menor que 1,4µg /dl 2ª coleta após supressão: maior que 1,4 µg /dl Aproximadamente 5% dos cães com PDH têm resultados normais. Falso positivo pode ocorrer em animais estressados. Drogas anticonvulsivantes podem interferir no metabolismo da dexametasona e, conseqüentemente, no resultado do teste.

Teste supressão com Dexametasona (Alta Dose) - Caninos e Felinos Comentários

Usado para diferenciar o hiperadrenocorticismo dependente da pituitária de um tumor da adrenal em cães e para confirmar o hiperadrenocorticismo em gatos.

Método Quimioluminescência

Condição 1,0 mL de soro Jejum de 8 horas Coletar as amostras pela manhã Coletar a segunda amostra após 4 horas de administração de Dexametasona (0,1mg/kg IV) Coletar a terceira amostra após 8 horas da administração da Dexametasona

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valores de referência Tumor Adrenal: níveis de cortisol maiores que 1,4 µg/dl durante as oito horas do teste Pituitária dependente (PDH): níveis de cortisol menores que 1,4 µg/dl às 4 horas do teste e maiores que 1,4µg/dl após as 8 horas

Hiperadrenocorticismo em Felinoss: níveis de cortisol maiores que 1,4 µg/dl após 8 horas

Teste de Supressão com Dexametasona - Eqüinos Método

Quimioluminescência Condição

1,0 mL de soro Coletar a primeira amostra às 17 horas e aplicar dexametasona na dose de 40 µg/kg por via intramuscular

Coletar a segunda amostra às 8 horas da manhã Coletar a terceira amostra às 12 horas Identificar as três amostras claramente Se o animal faz uso de prednisona, esperar 48 horas antes do teste

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 106

Se o animal faz uso de acetato de prednisolona, esperar seis semanas antes do teste. Conservação para envio

Até 7 dias entre 2 e 8°C. Valores de referência

Normais: pré- teste: 3 a 10 µg/dL 13 horas depois: menor que 1,0 µg/dL 19 horas depois: menor que 1,0µg/dL

Testosterona Comentários

A mensuração da testosterona sérica está indicada na avaliação de animais criptoquirdícos ou intersexos e na identificação de certas causas de infertilidade.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos

Macho: 1,00 a 7,00 pg/mL Castrado: menor que 0,20 pg/mL Fêmea: menor que 0,20 pg/mL Felinos

Macho: 1,00 a 6,00 pg/mL Castrado: menor que 0,50 pg/mL Fêmea: menor que 0,20 pg/mL Eqüinos

Macho - servindo: 1,00 a 4,00 pg/mL Macho - sem servir: menor que 1,00 a pg/mL Castrado: menor que 0,20 pg/mL Fêmea: menor que 0,10 pg/mL

Hormônios Tireoidianos Comentários

A avaliação do status funcional da glândula tireóide depende da mensuração da concentração sérica de seus hormônios da tiroxina (T4), triiodotironina (T3) e tiroxina livre (T4L). A mensuração da tiroxina é indicada na suspeita de hipotireoidismo Caninos e hipertireoidismo Felinos, bem como a mensuração do TSH sérico. Também pode ser utilizada no acompanhamento da terapia do hipertireoidismo e do hipotireoidismo. A mensuração de T4 é um teste de valor para cães com suspeita de hipotireoidismo, mas apenas se o histórico, os achados dos exames físicos forem consistentes com os aspectos da doença. Baixas concentrações de T3 e T4 com, elevado valores de TSH é considerado diagnóstico de Hipotireoidismo primário, e quando os valores de TSH estão baixos é considerado diagnóstico de hipotireoidismo secundário.

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 107

T3 Total Comentários

A triiodotirosina total é produzida, primariamente, pela deiodinação do T4 e é também secretada diretamente pela glândula tireóide. T3 no sangue é predominantemente ligado a proteínas plasmáticas. A secreção do hormônio da tireóide é controlada pela liberação de tirotropina (TSH), que é controlada pela ação do hormônio TRH (hormônio liberador da tirotropina). Qualquer redução no nível de T3 estimula a liberação de TRH e sua redução implica em um aumento na produção de TRH.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 0,45 a 1,10 ng/ml Bovinos: 0,78 a 1,65 ng/ml Felinos: 0,40 a 1,10 ng/ml Eqüinos: 0,30 a 1,15 ng/ml

T4 Livre Comentários

Hormônios tireoidianos são transportados no sangue ligados a várias proteínas de ligação. A concentração de T4 livre está indicada na avaliação dos animais suspeitos de hipotireoidismo e nos gatos com hipertireoidismo oculto.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 0,50 a 1,60 ng/dl Felinos: 1,00 a 3,00 ng/dl

T4 Total Comentários

Tiroxina (T4) é o maior produto secretado pela glândula tireóide. A concentração total de T4 geralmente reflete a atividade secretória da glândula Tireóide. A mensuração dos níveis de tiroxina é o principal teste indicado no diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo, juntamente com o TSH e T4 livre.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 4 horas

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Instituto Hermes Pardini Endocrinologia 108

Conservação para envio Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 1,2 a 4,0 µg /dl Eqüinos: 2,5 a 4,5 µg /dl Felinos: 1,2 a 4,8 µg /dl

TSH Específico Caninos Comentários

A medida sérica do TSH é um dos mais importantes exames no diagnóstico de desordens tireoidianas. Hormônio secretado pela hipófise anterior. Regula a secreção do T4 e T3. A síntese e secreção são reguladas pelo feedback negativo de T3 e T4. Sua mensuração está indicada, juntamente com T4 total e T4 livre, no diagnóstico do hipotireoidismo e do hipertireoidismo, aumentando a acurácea do diagnóstico. O TSH aumentado é observado nos casos de hipotireoidismo primário e hipertireoidismo.

Método Quimioluminescência

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 4 horas

Conservação para envio Até 4 dias entre 2° e 8°C

Valores de referência Caninos: 0,04 a 0,40 ng/mL

Vitamina B12 Comentários

A Vitamina B12 tem papel importante na hematopoiese, na função neural, no metabolismo do Ácido Fólico e na síntese adequada de DNA.

Método Quimioluminescência

Condição 0,8 mL de soro Centrifugar e separar o soro rapidamente Enviar em frasco âmbar Jejum de 4 horas Informar medicamentos em uso

Conservação para envio: Até 4 dias entre 2 e 8°C.

Valores de referência: Caninos: 170 - 180 pg/mL

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Instituto Hermes Pardini Genética Veterinária 109

GENÉTICA - CAPA

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Instituto Hermes Pardini Genética Veterinária 110

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Instituto Hermes Pardini Genética Veterinária 111

GENÉTICA VETERINÁRIA

Os programas mais avançados do mundo de produção e melhoramento genético animal, envolvendo inseminação, controle de pedigree e registro de animais, estão utilizando de forma crescente metodologias de alta precisão para a identificação genética e determinação de paternidade de animais baseadas no exame direto do DNA. Utilizando tecnologia de vanguarda envolvendo marcadores microssatélites detectados em seqüenciador automático de DNA, a tipagem do DNA oferece uma alternativa muito mais acurada do que os métodos tradicionais de tipagem sangüínea. Existem muitas razões para se realizar uma identificação genética em animais com base do DNA. A mais comum tem sido a confirmação de paternidade ou maternidade visando à manutenção precisa de registros de pedigrees. Uma vez que o valor genético de um animal é baseado em grande parte no desempenho de sua progênie, é essencial que os registros dessa progênie sejam absolutamente acurados e confiáveis. O exame de DNA permite ao criador a construção de pedigrees detalhados e a certificação genética de seu produto com a mais alta tecnologia e qualidade, resultando em uma vantagem adicional em um mercado altamente competitivo.

Vantagens do Exame e DNA

Permite discriminar animais com máxima precisão, mesmo em situações de forte parentesco. Permite determinar ou excluir a paternidade ou maternidade de animais. Permite estudos refinados de distância genética, parentesco e derivação genética. Requer apenas algumas pequenas gotas de sangue que podem ser coletadas de forma muito simples na própria fazenda.

Pode ser realizado utilizando-se grande variedade de amostras biológicas, tais como pêlo, sêmen, tecidos e ossos, o que permite análises inclusive de animais que já morreram.

Custo acessível e rapidez na geração de um resultado que certifica com máxima confiabilidade a origem genética do animal.

Laudo técnico Completo, realizado e assinado por geneticistas e veterinários com ampla experiência em biologia molecular. O prazo de liberação do laudo é de 15 dias úteis, contados a partir da entrada do exame no nosso laboratório. O laudo é emitido seguindo instruções normativas número 74 do MAPA.

Tipagem por DNA e Vínculo Genético para Raças Bovinas e Eqüinas Comentários

Exame realizado para todas as raças de Bovinos e Eqüinos, utilizando a tecnologia mais avançada de análise genética, com base na detecção fluorescente em uma bateria de marcadores microssatélites em plataforma Megabace. Os locus genéticos avaliados são os recomendados pela ISAG (International Society of Animal Genetics) e amplamente reconhecidos e aceitos pelas maiores e mais renomadas Associações de Criadores do mundo. Hoje o Instituto Hermes Pardini utiliza 14 marcadores para Bovinos e 16 marcadores para Eqüinos. Isso faz com que o laudo de DNA seja facilmente interpretável e tecnicamente válido em qualquer país do mundo.

Método Detecção fluorescente em bateria de marcadores microssatélites em plataforma Megabace

Condição Coleta de amostra de sangue (colher em tubo de EDTA de cada animal. Volume mínimo recomendado 2 mL. Identificar obrigatoriamente o tubo e a ficha de coleta (enviada junta do Kit).

Fichas de identificação e autorização para a coleta presentes no kit fornecido pelo laboratório deverão ser preenchidas

Não congelar.

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Instituto Hermes Pardini Genética Veterinária 112

Coleta de amostras de pêlo (coletar do bovino pêlo da cauda e eqüinos pêlos da crina. Enviar de 10 a 20 fios com presença do bulbo no Kit próprio para envio de pêlos identificando cada cartão com o animal coletado)

Conservação para envio Manter tubos de sangue e pêlos em temperatura ambiente Os pelos devem ser mantidos sempre em envelope de papel

Pesquisa de Mutação Tobiana Comentários

A pelagem de um cavalo (ou capa) é o conjunto de pelos que cobre quase a totalidade de seu corpo. Animais de capas PAMPAS e PINTADAS apresentam, em suas pelagens, pelos brancos formando malhas brancas ou pintas da cor outra que se conjuga com a tonalidade básica da capa do animal. No caso das malhas temos as pelagens conhecidas como PAMPAS ou TOBIANAS. No caso das pintas temos a definição das capas como OVEIRAS. No Brasil, as pelagens PAMPAS ou TOBIANAS e as OVEIRAS são típicas das raças Pampa (que incluem do Crioulo ao Campolina) e Paint Horse, enquanto que as pintadas da Appaloosa. A pesquisa de mutação tobiana define o desenvolvimento de fenótipos malhados em eqüinos. Tal análise é especialmente aplicável a animais TOBIANOS, já que a certeza do desenvolvimento de malhas na pelagem desses animais leva à um acréscimo de seu valor comercial. A região do DNA analisada pelo teste designado Homozigose Tobiana se caracteriza por apresentar efeito dominante. Assim, animais que possuem a mutação tobiana em um dos cromossomos herdados de seus genitores (heterozigotos tobianos) apresentarão a pelagem TOBIANA e terão de 50 a 100% de probabilidade de originar descendentes malhados (dependendo do genótipo do animal com o qual for feito o cruzamento). Por outro lado, animais que possuem a mutação tobiana no par de cromossomos herdados de seus genitores (homozigotos tobianos) apresentarão a pelagem TOBIANA e ainda a certeza de que 100% de sua progênie apresentará a capa malhada.

Método

PCR-RFLP para mutação pontual do protooncogene kit (mutação tobiana) Condição

Sangue colhido em EDTA Pêlos contendo bulbo (raízes) Exame disponível somente para as raças Paint Horse, Manga Larga e Campolina. Exame de animais de outras raças entrar em contato

Conservação para envio Manter tubos de sangue e pelos em temperatura ambiente. Os pêlos devem ser mantidos sempre em envelope de papel.

Valores de referência Interpretação Negativo O animal não apresenta a mutação tobiana em nenhum dos seus dois cromossomos (Homozigoto Selvagem).

Não apresenta pelagem pampa ou tobiana. Animal não malhado.

Positivo Apresenta a mutação tobiana em um (Heterozigoto) ou dois (Homozigoto Tobiano) de seus cromossomos.

Animal malhado.

A diferença básica entre os animais Heterozigotos Tobianos e Homozigotos Tobianos é a expectativa quanto aos seus descendentes ou sua progenie.

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Instituto Hermes Pardini Genética Veterinária 113

Uma vez que o genótipo mutado apresenta-se fenotipicamente como característica dominante, animais homozigotos tobianos apresentam maior probabilidade de originar descendentes pampas ou malhados que os animais heterozigotos.

Sexagem de Aves por PCR Comentários

Método rápido e eficaz para determinação de sexo em aves não-ratitas. Este exame é utilizado somente para determinação de sexo, não detectando anomalias genéticas.

Método PCR alelo específico

Condição Sangue total de aves em EDTA Penas novas (3 ou 4 penas) enviadas em temperatura ambiente.

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Instituto Hermes Pardini Genética Veterinária 114

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 115

HEMATOLOGIA

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 116

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 117

HEMATOLOGIA

Cinomose - Pesquisa de Corpúsculo de Inclusão Viral Comentários

A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que atinge todos os canídeos. Cães jovens e não vacinados são os mais acometidos. A doença é normalmente multissistêmica, com envolvimento multifocal progressivo do sistema nervoso central. Cães mais velhos podem desenvolver uma forma mais insidiosa, com gradual perda da consciência e progressiva paresia posterior. Apresenta duas formas: sobreaguda, caracterizada por febre repentina e morte súbita, e aguda, quando os animais apresentam sinais de febre, prostração, inapetência, secreções nasal e ocular, vômitos e diarréia, podendo ocorrer posteriormente sintomas neurológicos, como paralisia, convulsões e morte. O agente da cinomose é um RNA - vírus da família Paramyxoviridae, gênero Morbilivirus.

Método Microscopia direta – Coloração May Grünwald-Giemsa

Condição 0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA) De preferência dois esfregaços sangüíneos não corados quando for enviado fora da região de Belo Horizonte

As lâminas do esfregaço sangüíneo devem ser identificadas com o nome do paciente Conservação para envio

Até 72 horas entre 2 e 8°C

Citometria + Citologia - Líquidos Corporais Comentários

O estudo dos líquidos corporais é ferramenta indispensável para o diagnóstico, monitoração e prognóstico de processos infecciosos, inflamatórios, hemorrágicos e mesmo neoplásicos das cavidades. É utilizado para diferenciação dos processos em agudos ou crônicos, locais ou sistêmicos, bacterianos, viróticos ou fúngicos. Os aumentos de celularidade e suas particularidades, como predomínio das formas polimorfonucleares ou linfomonocitárias, aliadas às determinações bioquímicas, exames bacteriológicos e imunológicos, definem a presença e resposta ao tratamento de meningites, pneumonias, artrite e peritonites.

Método Citometria Contagem manual

Método Citologia Microscopia – Coloração May Grünwald-Giemsa

Condição Líquidos Corporais (ascítico, pleural em EDTA, sinovial, líquor): 1,0 mL Lavado broncoalveolar: 5,0 mL (informar volume recuperado). Não usar fixadores ou conservantes.

Conservação para envio Líquidos corporais: até 6 horas entre 2 e 8°C. Lavado broncoalveolar: enviar até no máximo 1 hora depois de colhido, sob refrigeração

Observação Para se obter celularidade total no lavado broncoalveolar, deve-se multiplicar o valor da citometria/mm3 x 10 elevado à terceira potência x número de mL recuperado.

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 118

Fibrinogênio Comentários

O fibrinogênio é uma proteína de fase aguda, cujos níveis aumentam no início das moléstias inflamatórias e permanecem elevados até a resolução da inflamação. Os níveis de fibrinogênio estão diminuídos na coagulação intravascular disseminada, fibrinólise e doença hepática. Estão elevados nos estados inflamatórios agudos.

Método Coagulométrico

Condição 1,0 mL de plasma (Citrato) Coletar o sangue em tubo com citrato, centrifugar imediatamente e separar o plasma Jejum de 4 horas

Conservação para envio Enviar preferencialmente até 2 horas após a coleta ou até 7 dias congelado em temperatura inferior a - 4°C

Valores de referência Caninos: 200 a 400 mg/dL Felinos: 50 a 300 mg/dL Eqüinos: 0 a 200 mg/dL Bovinos: 100 a 600 mg/dL

Hematócrito Comentários

O hematócrito é um indicador do número de hemácias na circulação ativa e, conseqüentemente, constitui um indicador da capacidade transportadora de oxigênio. Valores reduzidos estão associados à anemia e valores elevados à desidratação ou policitemia. Recomenda-se a avaliação juntamente com o valor das proteínas totais.

Método Automatizado

Condição 0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA)

Conservação para envio: Até 72 horas entre 2 e 8°C

Valores de referência: Caninos: 37 a 55 % Felinos: 24 a 45 % Bovinos: 26 a 42 % Eqüinos: 32 a 52 %

Hemograma Comentários

Constitui importante exame de auxílio diagnóstico não somente para doenças hematológicas, como também para muitas outras doenças de variadas etiologias. Rotineiramente indicado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias agudas e crônicas, acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação de distúrbios plaquetários. Fornece dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e conseqüente direcionamento diagnóstico e terapêutico. Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 119

das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Através de avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas, sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas.

Método Contagem automatizada através de citometria de fluxo.

Condição 0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA) De preferência dois esfregaços sangüíneos não corados quando for enviado fora da região de Belo Horizonte

As lâminas do esfregaço sangüíneo devem ser identificadas com o nome do paciente Conservação para envio

Até 72 horas entre 2 e 8°C Valores de referência Hemograma Canino

Hemácias/mm3 5.5000.000-8.5000.000 Hemoglobina - g/dl 12,0-18,0

Hematócrito - % 37-55 VCM - fl 60-72

CHCM - g/dl 31-37 Leucócitos - Global/mm3 5.500-16.900

Neutrófilos Bastonetes/mm3 0,0-299 Neutrófilos Segmentados/mm3 3.000-12.000

Linfócitos/mm3 1.000-4.900 Monócitos/mm3 100-1.400 Eosinófilos/mm3 100-1.490

Basofilo/mm3 RAROS Metamielócitos/mm3 -

Mielócitos/mm3 - ProMielócitos/mm3 -

Blastos/mm3 - Plaquetas/mm3 175.000-500.000

Hemograma Felino

Hemácias/mm3 5.000.0000-10.000.000 Hemoglobina - g/dl 8,0-15,0

Hematócrito - % 24-45 VCM - fl 37-49

CHCM - g/dl 30-36 Leucócitos - Global/mm3 5.500-19.500

Neutrófilos Bastonetes/mm3 0,0-299 Neutrófilos Segmentados/mm3 2.500-12.500

Linfócitos/mm3 1.400-7.000 Monócitos/mm3 100-790 Eosinófilos/mm3 100-790 Basófilos/mm3 RAROS

Metamielócitos/mm3 - Mielócitos/mm3 -

ProMielócitos/mm3 - Blastos /mm3 -

Plaquetas/mm3 175-500

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 120

Hemograma Eqüino

Hemácias/mm3 7.000.0000-13.000.000 Hemoglobina - g/dl 11,0-19,0 Hematócrito - % 32-52

VCM - fl 36-50 CHCM - g/dl 31-38

Leucócitos - Global/mm3 6.000-12.500 Neutrófilos Bastonetes/mm3 0.0-900 Neutrófilos Segmentados/mm3 2.500-8.000

Linfócitos/mm3 1.500-6.500 Monócitos/mm3 100-1.000 Eosinófilos/mm3 100-1.000 Basófilos/mm3 RAROS

Metamielócitos/mm3 - Mielócitos/mm3 -

ProMielócitos/mm3 - Blastos/mm3 - Plaquetas/mm3 90.000-350.000

Hemograma Bovino

Hemácias/mm3 5.000.000-8.000.000 Hemoglobina - g/dl 8,0-14,0

Hematócrito - % 26-42 VCM - fl 37-54

CHCM - g/dl 26-36 Leucócitos - Global/mm3 4.100-12.000

Neutrófilos Bastonetes/mm3 0,0-190 Neutrófilos Segmentados/mm3 1.500-5.000

Linfócitos/mm3 3.000-7.500 Monócitos/mm3 100-1.500

Eosinófilos/mm3 100-1.500 Basófilos/mm3 RAROS

Metamielócitos/mm3 - Mielócitos/mm3 -

ProMielócitos/mm3 - Blastos/mm3 -

Plaquetas/mm3 175.000-620.000 Hemograma Suíno

Hemácias/mm3 5.000-8.000 Hemoglobina - g/dl 10,0-18,0

Hematócrito - % 33-50 VCM - fl 50-67

CHCM - g/dl 30-34 Leucócitos - Global/mm3 10.000-22.000

Neutrófilos Bastonetes /mm3 0,0-500 Neutrófilos Segmentados/mm3 3.200-10.000

Linfócitos/mm3 4.500-13.500 Monócitos/mm3 100-2.000

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 121

Eosinófilos/mm3 200-2.000 Basófilos/mm3 RAROS

Metamielócitos/mm3 - Mielócitos/mm3 -

ProMielócitos/mm3 - Blastos/mm3 -

Plaquetas /mm3 300.000-700.000 Hemograma Ovino

Hemácias/mm3 8.000-15.000 Hemoglobina - g/dl 8-16

Hematócrito - % 24-49 VCM - fl 23-48

CHCM - g/dl 29-35 Leucócitos - Global/mm3 4.000-12.000

Neutrófilos Bastonetes/mm3 0,0-100 Neutrófilos Segmentados/mm3 1.000-5.000

Linfócitos/mm3 2.000-9.000 Monócitos/mm3 2.000-9.000 Eosinófilos/mm3 100-750 Basófilos/mm3 RAROS

Metamielócitos/mm3 - Mielócitos/mm3 -

ProMielócitos/mm3 - Blastos/mm3 -

Plaquetas/mm3 300.000-800.000

Hemoparasitas - Pesquisa

RICKETSIAS Mycoplasma e Haemobartonella: agentes causadores da hemobartonelose felina (M.

haemofelis) e canina (H. canis). O método mais eficiente para identificar o parasito é a coloração do esfregaço sangüíneo. O maior problema na detecção da M. haemofelis é a sua parasitemia cíclica. Por isso os esfregaços sangüíneos devem ser examinados em dias consecutivos entre pelo menos 10 a 14 dias. A M. haemofelis é removida dos eritrócitos por agentes quelantes, como o EDTA. Assim, em amostras de sangue armazenadas com EDTA, o número de eritrócitos com M. haemofelis decresce com o tempo. Desta forma os esfregaços devem ser feitos sobre sangue fresco Anaplasma: aparecem como pequenos pontos escuros no citoplasma do eritrócito, sendo que o

A. marginale possui sempre localização periférica e é mais numeroso e o A. centrale é de localização central. Ehrlichia: a infecção por Ehrlichia canis freqüentemente causa um diagnóstico polêmico, porque

os sinais clínicos são inespecíficos. Na fase aguda, observa-se febre, secreção óculo-nasal, anorexia, depressão, perda de peso, cianose, estertores pulmonares, petéquias etc. Os sinais clínicos desaparecem, na maioria dos casos, sem tratamento, dentro de uma a quatro semanas, porém o hospedeiro permanece com a infecção subclínica. Na hematologia, observa-se uma anemia moderada, trombocitopenia com aumento do número de plaquetas imaturas circulantes e variações na contagem de leucócitos. As alterações bioquímicas na fase aguda são caracterizadas por hiperproteinemia (33%), hiperglobulinemia (39%), hipoalbuminemia (43%), ALT (43%), ALP (31%) e hiperbilirrubinemia. Proteinúria e hematúria podem ser detectadas em cães com ou sem

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 122

azotemia na fase crônica. A identificação da mórula de Ehrlichia canis no esfregaço sangüíneo corado é demorada e não tem resultado satisfatório, já que as mórulas são encontradas esporadicamente e em pequeno número. A chance de se identificar um leucócito infectado pode ser aumentada pelo exame feito sobre a fina camada de papa de leucócitos ou pelo esfregaço feito do sangue periférico da ponta da orelha ou cauda Babesia (Piroplasma): o método mais usual para confirmar a suspeita de uma babesiose aguda

é a detecção de eritrócitos infectados em todo o esfregaço sangüíneo, mas a percentagem de células infectadas pode ser bastante variável. São vistos no interior dos eritrócitos como gotas únicas ou duplas, unidas pelo vértice (em eqüinos podem aparecer em número de quatro no mesmo eritrócito). O esfregaço sanguíneo fixado na coloração de May Grünwald-Giemsa é um método simples e barato e tem alta especificidade, no entanto estudos de infecções experimentais têm mostrado que a parasitemia não é constante e baixos números de eritrócitos infectados podem requerer uma avaliação microscópica extensa. Esfregaços obtidos do sangue capilar (ponta da orelha e ponta da cauda) têm uma maior percentagem de células infectadas, mas uma amostra recente e boas técnicas de esfregaço não são sempre possíveis em um procedimento clínico.

Método Microscopia direta – Coloração May Grünwald-Giemsa

Condição Esfregaço sangüíneo de sangue periférico (ponta de orelha ou ponta da cauda do animal) e/ou

sangue total em EDTA Identificar as lâminas do esfregaço com o nome do paciente

Conservação para envio Sangue total em EDTA até 48 horas entre 2 e 8°C Esfregaço sanguíneo sem corar até 7 dias em temperatura ambiente

Leishmaniose - Pesquisa Direta Comentários

A pesquisa direta do parasita nas lesões é mais usada para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar. Atualmente é realizada para pesquisa em aspirados de medula e linfonodo em animais vacinados ou com sorologia discordantes. De modo geral, as formas amastigotas são mais abundantes na fase inicial da doença, tornando-se raras em lesões antigas (resultados falso-negativos). A pesquisa direta apresenta sensibilidade de 80% nos casos de leishmaniose tegumentar e de 60% a 70% em aspirados de medula e linfonodo.

Método Coloração pelo May Grünwald-Giemsa

Condição 2 a 3 esfregaços de raspado de úlceras ou de aspirados de medula e linfonodos; Lavar abundantemente a lesão com solução fisiológica estéril (essa limpeza deve ser feita para que não haja contaminação do esfregaço por cocos que, normalmente, recobrem a úlcera);

Secar a lesão com gaze esterilizada e raspar com alça bacteriológica as bordas da lesão tentando, delicadamente, alcançar a região do fundo da úlcera, logo abaixo da borda;

Esperar a exsudação do plasma e colhê-lo com alça bacteriológica; Fazer no mínimo 3 esfregaços em locais diferentes, usando lâminas limpas e desengorduradas; Deixar os esfregaços secarem ao ar; Outro método simples consiste em comprimir a lâmina contra a superfície cruenta da lesão, após remover crostas ou escarificar as lesões não ulceradas, forçando a saída do exsudato onde poderão ser encontrados os parasitos. Esse método dá bons resultados em lesões iniciais sem infecção bacteriana associada;

Enviar o mais rápido possível. Conservação para envio

Até 72 horas em temperatura ambiente, sem corar Não refrigerar

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 123

Reticulócitos Comentários

A contagem de reticulócitos é útil para avaliar atividade eritropoiética, sendo que valores aumentados indicam hiperatividade da medula óssea (reticulocitose) e valores diminuídos, hipoatividade da medula óssea (reticulocitopenia). É importante também para o diagnóstico diferencial das anemias e para acompanhar tratamento. Observação: a contagem de reticulócitos deve ser corrigida pelo grau de anemia através da fórmula: %corrigida de reticulócitos = % reticulócitos x hematócrito do paciente/hematócrito normal da espécie. Considerando valor de hematócrito canino = 45 e felino = 37.

Método Azul de cresil brilhante

Condição 0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA) sem coágulo ou hemólise

Conservação para envio Até 48 horas em temperatura ambiente

Valores de referência Caninos e Felinos: percentual de 0,5 a 1,0% Obs: reticulocitose não é encontrada no sangue de eqüinos, bovinos, caprinos e ovinos saudáveis

Tempo Atividade Protrombina (RNI) Comentários

As utilizações mais comuns são para monitoramento de terapia anticoagulante oral, doenças hepáticas, deficiência de vitamina K e coagulação intravascular disseminada, situações nas quais o tempo de Protrombina/RNI pode encontrar-se prolongado.

Método Coagulométrico

Condição 0,5 a 1,0 mL de sangue total em tubo com citrato (tubo de tampa azul) Jejum de 4 horas Enviar no máximo 2 horas após a coleta Coletar com o mínimo de trauma, sem garrotear Centrifugar rapidamente após a coleta

Conservação para envio Até 6 horas em temperatura ambiente

Valor de referência: Maior ou igual a 70% do plasma controle

Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP) Comentários

O PTT é o mais sensível teste para avaliação dos fatores XII, XI, IX, VIII (VIA INTRÍNSECA), mas não para o FATOR VII (VIA EXTRÍNSECA). É o teste mais usado para avaliação do decréscimo da atividade de um ou mais fatores. Indicado nos casos em que há tendência a hemorragia, antes de intervenções cirúrgicas. As causas mais comuns de PTT prolongado são: coagulação intravascular disseminada, doença hepática, anticoagulantes circulantes, terapia heparínica, deficiência do fator VIII, deficiência do fator

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Instituto Hermes Pardini Hematologia 124

IX, uso de anticoagulantes orais, deficiência de vitamina K, hipofibrinogenemia, envenenamento por anticoagulantes.

Método Coagulométrico

Condição 0,5 a 1,0 mL de sangue total em tubo com citrato (tubo de tampa azul) Jejum de 4 horas Enviar no máximo 2 horas após a coleta Coletar com o mínimo de trauma, sem garrotear

Conservação para envio Até 4 horas em temperatura ambiente

Valor de referência Até 10 segundos acima do plasma controle

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Instituto Hermes Pardini HPLC 125

HPLC

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Instituto Hermes Pardini HPLC 126

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Instituto Hermes Pardini HPLC 127

HPLC

Beta Caroteno Comentários

O beta caroteno é o principal representante dos carotenóides, provitaminas A do grupo das vitaminas lipossolúveis. O papel nutricional do beta caroteno está ligado à vitamina A. Possui propriedades fotoprotetoras e antioxidantes. A redução do nível sanguíneo do beta caroteno está relacionada com a má absorção de gorduras. Encontra-se diminuído na desnutrição e nos distúrbios da absorção digestiva e em níveis elevados no suprimento excessivo (alimentar e medicamentoso), nas hipercolesterolemias, diabetes, hipotireoidismo e hiperlipemia.

Método Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)

Condição 1,0 mL de soro em frasco protegido da luz (âmbar) Centrifugar e separar o soro rapidamente após a coleta Jejum obrigatório de 8 horas Informar medicamentos em uso

Conservação para envio Até 14 dias em temperatura entre 0 e – 10°C

Valores de referência Caninos: 35 - 90 µg/dL Bovinos: 25 - 950 µg/dL Eqüinos: 20 - 175 µg/dL

Difenilhidantoína Comentários

A difenilhidantoína ou fenitoína é utilizada como anticonvulsivante. Sua dosagem é útil na monitorização dos níveis terapêuticos e toxicidade. O metabolismo é hepático, sendo que o estado de equilíbrio é alcançado em uma a cinco semanas. A principal causa de níveis baixos é a não aderência do tratamento.

Método Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)

Condição 0,5 mL de soro sem hemólise Jejum de 8 horas Coletar imediatamente antes da administração da próxima dose do medicamento Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose administrada

Interferentes Ácido valpróico e salicilatos podem elevar o nível de difenilhidantoína

Conservação para envio Até 14 dias entre 2 a 8°C

Valores de referência Caninos: 10 a 20 µg/mL Felinos: 10 a 20 µg/mL

.

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Instituto Hermes Pardini HPLC 128

Fenobarbital Comentários

O fenobarbital é um dos anticonvulsivantes menos tóxicos e mais eficazes. É o medicamento de escolha para o tratamento de convulsões tônico-clônicas e parciais complexas. Sua dosagem é útil para monitorização dos níveis terapêuticos e toxicidade. Pico plasmático ocorre em duas a quatro horas após absorção. Possui metabolismo hepático, sendo um indutor enzimático potente.

Método Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 8 horas Coletar imediatamente antes da administração da próxima dose do medicamento Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose administrada

Conservação para envio Até 14 dias entre 2 e 8°C

Nível terapêutico Caninos e Felinos: 15 a 45 µg/mL

Primidona Comentários

A primidona é um anticonvulsivante utilizado nas crises convulsivas tônico-crônicas e parciais. Seu metabolismo é hepático, sendo seu principal metabólito ativo o fenobarbital, cujo nível também deve ser monitorizado durante o uso da primidona.

Método Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)

Condição 0,5 mL de soro Jejum de 8 horas Coletar imediatamente antes da administração da próxima dose do medicamento Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose administrada

Interferentes Isoniazidas e ácido valpróico aumentam a meia-vida da primidona Fentoínas diminui a meia-vida da primidona

Conservação para envio Até 14 dias entre 2 a 8°C

Nível terapêutico Caninos: de 20,0 a 45,0 µg/mL

Vitamina A Comentários

A expressão vitamina A refere-se aos retinóides que têm atividade biológica do retinol. Uma ingestão excessiva resulta em hipervitaminose.

Método Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)

Condição 1,5 mL de soro em frasco protegido da luz (frasco âmbar) Jejum de 8 horas

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Instituto Hermes Pardini HPLC 129

Centrifugar e separar o soro rapidamente após a coleta Conservação para envio

Até 14 dias entre 0 a – 10°C Valores de referência

Caninos: 0 - 5 µg/mL Felinos: 50 - 194 µg/mL Bovinos: 10 - 30 µg/mL Eqüinos: 9 - 16 µg/mL

Vitamina D3 Comentários

A tentativa de diagnóstico de hipervitaminose D deve ser estabelecida a partir do histórico, sinais clínicos, hipercalcemia e azotemia. Hiperatividade da paratireóide ou tumores associados com hipercalcemia (ex. linfossarcoma) podem produzir valores séricos de cálcio similar a uma intoxicação por colecalciferol. No caso de envenenamento, menos de 0,01% da substância ingerida vai estar no estômago ou no vômito, daí a vantagem de se procurar a substância no soro. O teste de HPLC é o mais indicado para esta avaliação.

Método Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)

Condição 2,0 mL de soro em frasco protegido da luz (frasco âmbar) Jejum de 8 horas Centrifugar e separar o soro rapidamente após a coleta

Conservação para envio Até 14 dias em temperatura entre 0 a – 10°C

Valores de referência Menor que 30,0 pg/mL: normal Maior que 30,0 pg/mL: potencialmente tóxico Maior que 50,0 pg/mL: tóxico

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Instituto Hermes Pardini HPLC 130

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 131

IMUNOLOGIA - CAPA

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 132

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 133

IMUNOLOGIA

Anemia Infecciosa Eqüina - AIE Comentários

Doença contagiosa de eqüinos causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, da família Retrovírus. O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não há manifestação de sintomas. Todas as raças e idades de eqüídeos são susceptíveis. O cavalo doente é o principal elo na cadeia epidemiológica. Os eqüinos são os únicos animais suscetíveis ao vírus da AIE e não há contágio direto de um animal a outro. Os vetores naturais envolvidos são as moscas do estábulo e a mosca de cavalo. A anemia infecciosa eqüina é hoje diagnosticada pela prova de imunodifusão em gel de Agar (IDGA). O transporte e a movimentação de eqüinos ficam condicionados à obtenção do atestado negativo do exame (IDGA). Somente laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento estão autorizados a emitir estes atestados. Para fins de viagens, ingresso em exposições e similares, o atestado é válido por 60 dias.

Método Imunodifusão em gel de Agar

Condição 1,0 a 2,0 mL de soro refrigerado Requisição própria do Laboratório Hermes Pardini (3 vias) devidamente preenchida e assinada pelo médico veterinário requisitante

Não serão aceitas requisições incompletas Conservação de envio

Até 7 dias entre 2 e 8°C Observação

É necessário que a amostra seja coletada pelo médico veterinário e que venha acompanhada da seguinte documentação: requisição e resultado do exame de imunodifusão em gel de Agar – AIE, oficial do Hermes Pardini, em 3 vias devidamente preenchidas, assinadas e carimbadas pelo médico veterinário solicitante. No estado de Minas Gerais é obrigatório também o termo de compromisso.

Valor de referência Negativo

Anticorpos Anti-Raiva - Veterinário Comentários

De acordo com o Regulamento (CE) número 998/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de maio de 2003, “aplicáveis à circulação sem caráter comercial de animais de companhia”, os animais devem estar acompanhados de um passaporte emitido por um veterinário que ateste a vacinação, eventualmente revacinação, contra a raiva e uma titulação de anticorpos neutralizantes ≥ 0,5 UI/mL, realizada em laboratório credenciado, com a colheita pelo menos 30 dias após a vacinação e três meses antes da viagem. Não é necessário renovar a titulação em animal submetido à revacinação nos prazos previstos pela OMS. O prazo de três meses não se aplica em caso de reintrodução de um animal de companhia cujo passaporte comprove titulação positiva (≥ 0,5 UI/mL) antes do animal ter deixado o território da Comunidade Européia. A introdução de animais de companhia com menos de três meses, não vacinados e provenientes de países fora da comunidade pode ser autorizada quando a situação desses países, no que se refere à raiva, justifique-a.

Método Cultura de células

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 134

Condição 1,0 a 2,0 mL de soro refrigerado Obrigatório o envio do questionário totalmente preenchido

Conservação de envio Até 5 dias entre 2 e 8°C Acima de 5 dias congelado a - 20°C

Valor de referência Menor que 0,5 ui/ml

Artrite Encefalite Caprina - CAE Comentários

CAE é uma enfermidade infecciosa viral específica de caprinos, de difícil controle, sobretudo pela indisponibilidade de vacinas e pela ampla distribuição da doença em plantéis de excelente qualidade zootécnica e grande valor econômico. A enfermidade geralmente tem evolução crônica, caracterizando-se por apresentar longo período de incubação, com evolução clínica lenta, progressiva e inexorável, estando todos os tipos raciais de caprinos susceptíveis à infecção e à doença. Quando comparado com imunoprecipitação, a imunodifusão em gel de Agar, para detecção do anticorpo anti-CAE e usando antígeno específico, tem 92% de sensibilidade e 100% de especificidade.

Método Imunodifusão em gel de Agar

Condição 2,0 mL de soro

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C.

Valor de referência Negativo

Brucelose Bovina - Antígeno Acidificado Tamponado Comentários

A doença no bovino é causada pela Brucella abortus e se caracteriza por abortos nos estágios finais da gestação, tendo grande importância econômica. Após coleta do sangue, dessorar rapidamente. O Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou em 2001 o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). O Programa tem como objetivo diminuir o impacto negativo dessas zoonoses na saúde comunitária e de promover a competitividade da pecuária nacional. O PNCEBT introduziu a vacinação obrigatória contra brucelose bovina e bubalina em todo o território nacional e definiu uma estratégia de certificação de propriedades livres ou monitoradas onde essas enfermidades são controladas com rigor. Exames preconizados no PNCEBT para Brucelose: Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), que é muito sensível e de fácil execução, constitui o único teste de triagem, realizado por médicos veterinários habilitados. Os animais que reagirem àquele teste poderão ser submetidos a um teste confirmatório, o 2 mercaptoetanol, que é mais específico, sendo esta prova executada em laboratórios credenciados ou em laboratórios oficiais credenciados;

O Teste de Fixação de Complemento (FC), ou outro que o substitua, é realizado em laboratórios oficiais credenciados para efeitos de trânsito internacional e para diagnóstico de casos inconclusivos ao teste do 2 mercaptoetanol;

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 135

O Teste do Anel em Leite (TAL) pode ser utilizado para monitoramento da condição sanitária de propriedades certificadas.

Método Soro Aglutinação

Condição Favor consultar o laboratório sobre a disponibilidade do exame 1,0 a 2,0 mL de soro refrigerado sem hemólise Não usar anticoagulante Centrifugar a amostra e separar o soro rapidamente após a coleta

Questionário obrigatório Na requisição é obrigatório informar: Nome da propriedade Nome do proprietário Município onde o animal se encontra Nome e carimbo do Médico veterinário requisitante

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C.

Valor de referência Negativo

Brucelose Bovina - Prova Lenta e 2 mercaptoetanol Comentários

A doença no bovino é causada pela Brucella abortus e se caracteriza por abortos nos estágios finais da gestação, tendo grande importância econômica. Após coleta do sangue, dessorar rapidamente. A prova lenta e o 2 mercaptoetanol são utilizados como teste confirmatório para brucelose bovina.

Método Prova lenta e 2 mercaptoetanol em tubo

Condição 2,0 a 3,0 mL de soro refrigerado sem hemólise Não usar anticoagulante Centrifugar a amostra e separar o soro rapidamente após a coleta

Questionário Na requisição é obrigatório informar: Nome da propriedade Nome do proprietário Município onde o animal se encontra Nome e carimbo do Médico veterinário requisitante

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

(continua)

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 136

Valor de referência

Interpretação do teste 2 mercaptoetanol para fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, vacinadas entre três e oito meses de idade

Teste de soroaglutinacao lenta (UI/mL) Teste do 2-me (UI/mL) Interpretação MENOR OU IGUAL A 50 MENOR QUE 25 NEGATIVO MAIOR OU IGUAL A 100 MENOR QUE 25 INCONCLUSIVO MAIOR OU IGUAL A 25 MAIOR OU IGUAL A 25 POSITIVO

Interpretação do teste do 2 mercaptoetanol para fêmeas não vacinadas e machos, com idade superior a oito meses

Teste de soroaglutinacao lenta (UI/mL) Teste do 2-me (UI/mL) Interpretação MENOR OU IGUAL A 25 MENOR QUE 25 NEGATIVO MAIOR OU IGUAL A 50 MENOR QUE 25 INCONCLUSIVO MAIOR OU IGUAL A 25 MAIOR OU IGUAL A 25 POSITIVO UI = Unidade Internacional

Brucelose Canina – Brucela Canis Comentários

A brucelose canina é uma doença infecto-contagiosa de cães que se caracteriza por aborto, infertilidade, comprometimento de tecidos linfóides e bacteremia prolongada. A doença se manifesta, em cadelas, com metrite e aborto depois de 30 a 50 dias de gestação; já nos machos, caracteriza-se por orquite e epididimite. Como na brucelose de outros animais, infecção com B. canis não interfere no ciclo estral normal dos animais.

Importante Quando a bactéria migra para os tecidos, o nível de anticorpos detectáveis decai consideravelmente, interferindo de forma negativa no resultado dos testes sorológicos.

Para se garantir que um animal seja considerado negativo, é aconselhada a realização de três testes consecutivos negativos com intervalos de 30 a 45 dias.

Caso a doença seja confirmada em pelo menos um animal da propriedade, será preciso testar todos os outros por métodos sorológicos. A escolha do método de diagnóstico a ser empregado está na dependência do tempo de infecção, pois animais infectados por menos de 4 a 12 semanas podem apresentar resultados falso-negativos.

Os testes sorológicos devem ser conduzidos mensalmente até que a infecção seja completamente eliminada, ou seja até o momento em que 3 testes sorológicos consecutivos resultarem negativos para cada animal da propriedade. Sempre deve-se levar em conta que os animais podem eventualmente estar em diferentes estágios da doença, o que significa que alguns testes sorológicos podem apresentar resultados falso-negativos.

Método Soroaglutinação e 2 mercaptoetanol

Condição 1,0 mL de soro refrigerado sem hemólise Não usar anticoagulante

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

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Ciclosporina Comentários

A ciclosporina é utilizada como imunossupressor especialmente em transplantados. A monitorização dos seus níveis sanguíneos é imperativa, tendo em vista sua farmacocinética complexa.

Método Imunoensaio enzimático

Condição 3 mL de sangue total em EDTA Coletar a amostra preferêncialmente antes da próxima dose do medicamento ou conforme orientação do médico veterinário. Se o interesse for pelo pico do medicamento, coletar a amostra 2 a 4 horas após medicação

Informar se o animal está em uso de Sandimun® ou algum outro medicamento Conservação para envio

Até 7 dias entre 2 e 8°C Nível terapêutico sugerido

Caninos: 400 a 600 ng/mL

Cinomose - Sorologia Comentários

A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que atinge todos os canídeos. Cães jovens e não vacinados são os mais acometidos. A doença é normalmente multissistêmica, com envolvimento multifocal progressivo do sistema nervoso central. Cães mais velhos podem desenvolver uma forma mais insidiosa com gradual perda da consciência e progressiva paresia posterior. Apresenta duas formas: sobreaguda, caracterizada por febre repentina e morte súbita e aguda, quando os animais apresentam sinais de febre, prostração, inapetência, secreções nasal e ocular, vômitos e diarréia, podendo ocorrer posteriormente sintomas neurológicos, como paralisia, convulsões e morte. O agente da cinomose é um RNA - vírus da família Paramyxoviridae gênero Morbilivirus.

Condição Favor consultar o laboratório sobre a disponibilidade do exame

Diarréia Bovina a Vírus Comentários

A BVD é uma das mais importantes doenças viroses patogênicas do rebanho bovino, afetando tanto o rebanho leiteiro quanto o de corte. A doença causa perdas reprodutivas, abortos, natimortos ou mortes prematuras. É uma doença que deprime o sistema imunológico do animal, permitindo que outras doenças virais e bacterianas se estabeleçam esse disseminem. Muitos animais portadores do vírus da BVD não apresentam sinais da infecção, embora eliminem, intermitentemente, o vírus. Em tais casos leves, uma febre fraca, tosse e poucas úlceras pequenas na boca podem ser os únicos sinais detectáveis. Esses bovinos podem continuar a eliminar os vírus por períodos prolongados e acredita-se que sejam os principais responsáveis pela disseminação e persistência dos vírus em um rebanho. O aborto e defeitos no nascimento são os mais importantes problemas econômicos que ocorre em tais bovinos.

Método Soroneutralização

Condição 2,0 mL de soro sem hemólise

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Conservação para envio Até 7 dias Refrigerado entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

Dirofilariose Comentários

A Dirofilariose é uma doença parasitária, transmitida por mosquitos infectados com Dirofilaria immitis, um verme que se aloja no coração e nas artérias pulmonares dos animais. Os sintomas da doença são falta de resistência a exercícios, cansaço, tosse crônica, apatia, respiração ofegante, perda de peso e morte. Parasita relacionado a ambientes litorâneos e/ou a animais que morem em áreas diferentes e que foram à praia.

Método Imunoensaio Enzimático

Condição 1,0 mL de soro

Conservação para envio Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C.

Valor de referência Negativo

Dirofilariose - Ehrlichia - Lyme

Dirofilariose: a Dirofilariose é uma doença parasitária, transmitida por mosquitos infectados com Dirofilaria immitis, um verme que se aloja no coração e nas artérias pulmonares dos animais. Os sintomas da doença são falta de resistência a exercícios, cansaço, tosse crônica, apatia, respiração ofegante, perda de peso e morte. O parasita está relacionado a ambientes litorâneos e/ou a animais que more em áreas diferentes e que foram à praia. Ehrlichia: a ehrlichiose é uma doença que acomete cães, sendo causada principalmente pela

Ehrlichia canis e é transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. As Ehrlichias fazem parte do grupo das Rickettsias. A erliquiose canina é uma importante doença infecciosa cuja prevalência tem aumentado significativamente em várias regiões do Brasil. Dentre os sinais clínicos da enfermidade destaca-se, na fase aguda, febre, anorexia, apatia, linfadenopatia e alterações oculares e na fase crônica, perda de peso, palidez de mucosas, tendência a hemorragias. As alterações laboratoriais freqüentemente envolvidas incluem trombocitopenia, anemia arregenerativa, hiperglobulinemia, dentre outras. O sucesso do tratamento depende de um diagnóstico precoce. Lyme: o agente etiológico é a Borrelia burgdorferi. O cão e os animais silvestres representam o

foco natural da doença. A transmissão se dá pela picada de carrapatos, que levam a enfermidade do animal doente para outros animais e o homem.

Método Imunoensaio Enzimático

Condição 1,0 mL de soro

Conservação para envio Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C.

Valor de referência Negativo

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 139

Eletroforese de Proteínas Comentários

A eletroforese de proteínas é de grande importância no diagnóstico diferencial de algumas enfermidades e na avaliação da gravidade de alterações clínicas, hematológicas, no diagnóstico de processos inflamatórios, gamopatias e disproteinemias. As proteínas que fazem parte do plasma exercem funções de suma importância para o funcionamento do organismo. O fibrinogênio participa da fisiologia da hemostasia sanguínea, auxiliando a formação da rede de fibrina. Além desta função, esta proteína desempenha um papel de defesa contra bactérias, por meio da formação de um exudato fibrinoso, impedindo a disseminação do agente. As proteínas globulinas também possuem um importante papel de defesa do organismo contra agentes infecciosos. Valores elevados de proteína plasmática ocorrem em função da hemoconcentração (policitemia) ou do aumento da produção de globulinas, este geralmente associado a processos inflamatórios. O aumento da concentração sérica das proteínas plasmáticas por hemoconcentração ocorre na desidratação. A desidratação pode causar hipotensão e levar a complicações anestésicas. A hemoconcentração também pode ser fisiológica, em casos de contração esplênica. A eletroforese de proteínas é indicada quando a hiperglobunemia não é conseqüência da hemoconcentração, a globulina é alta o suficiente para suspeitar de uma gamopatia ou quando se suspeita de imunodeficiências humorais. Também tem sido utilizada no acompanhamento de pacientes com leishmaniose. As principais causas de gamopatias nos cães são decorrentes de uma infecção ou inflamação persistentes, quando ocorrem aumentos das frações gama e beta, como infecções crônicas bacterianas, parasitárias, virais, protozoárias, neoplasias ou doenças autoimunes. Nos felinos, a peritonite infecciosa felina é uma causa comum de gamopatia, em que a fração gama é mais elevada. Hipoalbunemia: encontrada na síndrome nefrótica, cirrose hepática, desnutrição, enteropatias com perda protéica, processos inflamatórios crônicos.

Hipogamaglobunemia: mieloma múltiplo não secretor ou produtor de cadeias leves. Hipergamaglobunemia: policlonal, na cirrose hepática, infecções subagudas e crônicas, doenças autoimunes.

Valor baixo de proteína plasmática pode ser reflexo de uma nefropatia com perda protéica resultando em proteinúria. Uma enteropatia com perda protéica, como, por exemplo, a perda crônica de peso e diarréia, também pode levar a baixos valores de proteína plasmática, bem como a diminuição da produção hepática de proteína.

Método Eletroforese capilar

Condição 0,5 mL de soro sem hemólise Jejum de 8 horas Evitar lipemia acentuada

Conservação para envio Até 7 dias entre 2 e 8°C.. Valores de referência Caninos albumina: 2,3 a 3,8g/dL alfa 1: 0,2 a 0,54 g/dL alfa 2: 0,35 a 1,1 g/dL beta: 1,2 a 2,2 g/dL gama: 0,8 a 1,8 g/dL relação a/g: 0,5 a 1,7 proteínas totais: 5,4 a 7,7 g/dL

(continua)

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Felinos albumina: 2,1 a 3,9 g/dL alfa 1: 0,2 a 1,1 g/dL alfa 2: 0,4 a 0,9 g/dL beta: 0,7 a 1,6 g/dL gama: 1,5 a 3,5 g/dL relação a/g: 0,45 a 1,7 proteínas totais: 5,4 a 7,6 g/dL

Ehrlichia Comentários

A ehrlichiose é uma doença que acomete cães, sendo causada principalmente pela Ehrlichia canis e é transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. As Ehrlichias fazem parte do grupo das Rickettsias. A erliquiose canina é uma importante doença infecciosa cuja prevalência tem aumentado significativamente em várias regiões do Brasil. A doença pode ser dividida em três fases: aguda, subaguda e crônica. Dentre os sinais clínicos da enfermidade, destacam-se, na fase aguda, febre, anorexia, apatia, linfadenopatia e alterações oculares e na fase crônica, perda de peso, palidez de mucosas, tendência a hemorragias. As alterações laboratoriais freqüentemente envolvidas incluem trombocitopenia, anemia arregenerativa, hiperglobulinemia, dentre outras. O sucesso do tratamento depende de um diagnóstico precoce.

Método Imunoensaio enzimático

Condição 1,0 de soro

Conservação para envio Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

FIV / FELV - Leucemia Viral Felina - Imunodeficiência Felina Comentários

A Leucemia Felina (FELV) e a Imunodeficiência Felina (FIV) são duas doenças provocadas por dois vírus diferentes, da família do retrovírus. O gato contaminado pelo vírus da FELV pode passar um a dois anos sem manifestação de sintomas clínicos e na infecção pelo vírus da FIV, o prazo para o aparecimento dos sintomas pode ultrapassar cinco anos. A infecção por um desses retrovírus leva à diminuição progressiva da resposta imunológica do animal. Este efeito de imunodepressão priva o gato das suas defesas contra os agentes infecciosos e abre caminho a toda uma série de afecções. Além disso, a infecção pelo FELV acompanha freqüentemente o desenvolvimento de tumores ou de leucemias fatais.

Método Imunoensaio Enzimático

Condição 0,8 mL de soro ou plasma refrigerado

Conservação de envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

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Leishmaniose Canina - IgG (Elisa) e RIFI Comentários

A leishmania é um protozoário intracelular de macrófagos, uma célula do sistema imunológico do organismo, que atinge homens, cães e muitos animais silvestres. Ocorrem dois tipos de Leishmaniose: cutânea e visceral. Os vetores são flebotomíneos hematófagos. Podemos encontrar anemia normocrômica, leucopenia com neutropenia, eosinopenia, monocitose e pode haver linfocitose relativa. Plaquetopenia em graus variados quando associada a fenômenos hemorrágicos. Pode ocorrer inversão das frações albumina e globulina. Transaminases elevadas além de bilirrubinas discretamente alteradas, proteinúria, hematúria, alterações da função renal podem ocorrer quando há comprometimento deste órgão. O material deve ser colhido através de punção venosa. Deve ser enviado apenas o soro na quantidade mínima de 1 mL. Não enviar amostra coletada em papel filtro. Por se tratar de um método sorológico em que o resultado está ligado ao sacrifício do animal, o diagnóstico da leishmaniose dever ser sempre interpretado em conjunto com os achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.

Método Imunoensaio enzimático Reação de imunofluorescência Indireta

Condição 1,0 mL de soro refrigerado

Conservação de envio Até 7 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Reagente

ELISA: valor acima da linha do corte recomendado pelo fabricante do kit RIFI: resultado com titulo igual ou superior a diluição 1:40 Indeterminado: resultados com valores limites que os testes não foram capazes de determinar

como reagente ou não reagente. Recomenda-se um novo teste apos 30 dias do ultimo exame. Pode corresponder ao inicio da soroconversão, reações cruzadas e/ou inespecifica, falência do sistema imune.

Não reagente: resultado sem titulo de anticorpos. Nota: O exame está sujeito, embora raramente, à ocorrência de falso-negativo e falso-positivo, que é uma característica de variações pré-analíticas e das metodologias. Sugerimos o acompanhamento médico veterinário dos sinais e sintomas clínicos.

Aviso importante As duas técnicas sorológicas são recomendadas pelo ministério da saúde para o diagnóstico da LVC. Em caso de divergências entre as duas técnicas, considera-se o RIFI como confirmatório. Fonte: Ministério da Saúde - Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral canina. Pp. 28-29, 2003. (www.saude.gov.br/editora/livros).

Lyme Comentários

Doença de cães originada no carrapato e causada pela Borrelia burgdoferi. Artrite e febre são manifestações clínicas predominantes em cães. Os resultados do perfil hematológico e bioquímico rotineiro são normais.

Método Imunoensaio enzimático

Condição 1,0mL de soro

Conservação para envio Refrigerado entre 2 e 8°C

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 142

Peritonite Infecciosa Felina - PIF Comentários

A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença severa causada por um vírus (do grupo coronavírus) e que atinge os gatos domésticos e alguns gatos exóticos. Caracteriza-se por uma vasculite, que pode resultar em efusões abdominais e torácicas (forma exudativa) ou formação de granulomas nos órgãos abdominais e peritôneo (forma não exudativa ou seca). O resultado da sorologia deve ser analisado juntamente com o quadro clínico do animal, hemograma e valores de albumina e globulina.

Condição Favor consultar o laboratório sobre a disponibilidade do exame

Rinotraqueíte Infecciosa Bovina - IBR Comentários

IBR é uma doença altamente contagiosa. Em adição aos problemas respiratórios, o vírus pode causar conjuntivite, aborto, encefalite e infecção sistêmica generalizada. Embora os sintomas clínicos sejam altamente sugestivos de IBR, a confirmação laboratorial se faz necessária.

Método Soroneutralização

Condição 2,0 mL de soro sem hemólise.

Conservação para envio Até 7 dias Refrigerado entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

Toxoplasmose IgG: Cão e Gato (Imunofluorescência) Comentários

O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro definitivo e o homem e outros animais como hospedeiros intermediários. Os alimentos vegetais contaminados com oocistos e os de origem animal, principalmente produtos suínos e ovinos com cistos, são os maiores responsáveis pela infecção humana e no cão. Além destes alimentos, estão envolvidos, ainda, o solo contaminado e roedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como conseqüência do hábito de carnivorismo exercido por estes animais. Esta doença pode provocar graves lesões sistêmicas, variando de sinais neurológicos, ósteo-musculares, respiratórios a oculares, dentre outros. O apoio dos testes sorológicos baseados na identificação de anticorpos possibilita o rastreamento da infecção e seu devido tratamento. A sorologia para T. gondii, em cães e gatos, é tradicionalmente o método mais utilizado para confirmação diagnóstica, sendo na maioria das vezes baseado na identificação de IgG. A soroconversão ocorre após duas a quatro semanas da infecção, com um pico que ocorre nas quatro a seis semanas posteriores. Os títulos se mantêm com níveis altos, durante meses a anos. Para detectar uma infecção recente é necessário verificar um aumento contínuo por um período de duas a quatro semanas. Muitas vezes os sinais clínicos podem se apresentar previamente a soroconversão. A sorologia, para a pesquisa de IgG, é difícil de se interpretar e muitas vezes um só título poderá ser insuficiente. De uma forma prática, os resultados dos exames sorológicos, em cães e gatos, devem ser interpretados da seguinte maneira:

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 143

Os títulos de anticorpos iguais ou maiores que 1:512 geralmente indicam uma infecção ativa recente;

Títulos de 1:128 a 1:256 geralmente indicam uma infecção recente, porém bloqueada; Títulos de 1:32 a 1:64 em geral indicam infecções anteriores e inativas; Títulos iguais ou inferiores a 1:16 ou 1:32 podem ser encontrados no início do curso da moléstia aguda, porque os títulos podem não se tornar detectáveis por quatro a seis semanas após a infecção inicial ou uma a duas semanas após o surgimento dos sintomas clínicos;

A obtenção de título baixo em cães ou gatos, com sintomas clínicos sugestivos de toxoplasmose, não deve ser considerada resultado negativo até que estejam disponíveis os resultados de uma segunda amostra de soro coletada e examinada duas a quatro semanas mais tarde, o que se denomina de sorologia pareada, com obtenção de amostra no período agudo da doença e outra na convalescença. A demonstração de ascensão de quatro vezes ou superior no título dos anticorpos, entre a primeira e a segunda amostra, confirma uma infecção ativa atual.

Deve se recordar que a eliminação de oocistos e a soroconversão ocorrem também em gatos assintomáticos. Portanto, as provas podem indicar uma recente infecção, mas não provê um diagnóstico definitivo de toxoplasmose clínica. Os anticorpos não estão diretamente correlacionados com a Toxoplasmose clínica. Não existe nenhum teste sorológico disponível atualmente que acuradamente prevê quando um gato soropositivo libera um oocisto.

Método Imunofluorescência indireta

Condição 0,5 mL de soro

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C Até 6 meses após congelar a temperatura inferior a – 4°C

Valor de referência Para cães e gatos: IgG menor que 1:16 = negativo IgG de 1:32 até 1:256 = fraco positivo IgG maior que 1:256 = positivo

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Instituto Hermes Pardini Imunologia 144

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Instituto Hermes Pardini Toxicologia 145

TOXICOLOGIA

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Instituto Hermes Pardini Toxicologia 146

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Instituto Hermes Pardini Toxicologia 147

TOXICOLOGIA

Cobre

Comentários

A deficiência do cobre pode causar defeitos na pigmentação, sistema cardíaco, vascular e no esqueleto. Desempenha importante função no metabolismo do ferro. Pode estar diminuído em queimaduras etc. A intoxicação por cobre pode acontecer com a ingestão de soluções e alimentos contaminados, além de exposição a fungicidas que contenham o metal.

Método Espectrofotometria de absorção atômica (Chama)

Condição 1,0 a 2,0 mL de soro Informar espécie, raça, sexo, idade. Informar prenhez ou uso de anticoncepcional

Conservação para envio Refrigerar entre 2 e 8°C.

Valores de referência Caninos: 100 - 200 µg/dL

Inseticidas Organofosforados Comentários

A monitorização de exposição aos organofosforados pode ser feita pela determinação dos mesmos inalterados, em sangue e/ou urina, e está indicada somente se as amostras forem colhidas até 6 horas após a exposição. O mecanismo fundamental da toxicidade dos organofosforados é a sua ligação de forma irreversível com a acetilcolinesterase, enzima responsável pela hidrólise da acetilcolina. Resulta, assim, no acúmulo desse neurotransmissor nas sinapses nervosas e placas motoras, ocasionando sua hiperestimulação e conseqüentemente, toda a síndrome clínica.

Método Cromatografia gasosa

Condição 5,0 a 10,0 mL de sangue total em tubo com heparina (tubo de tampa azul escuro) Amostras coletadas no máximo até 6 horas após a exposição

Conservação para envio Refrigerar entre 2 e 8°C

Valor de referência Não detectável

Toxicológico Completo - Veterinários Comentários

Há muitos tipos de veneno que o cão pode ingerir. Normalmente não se sabe qual foi o tipo de veneno que o cão ingeriu. O cão tanto pode ter comido um rato que ingeriu veneno como um pedaço de carne envenenado. Alguns sintomas conforme os agentes do envenenamento: Inseticida: excesso de saliva, lacrimação, diarréia, vômitos, constrição das pupilas, contrações musculares, respiração alterada, convulsões.

Page 148: Manual de Exames 2006/2007

Instituto Hermes Pardini Toxicologia 148

Raticidas: vômitos e diarréia, manchas vermelhas, roxas ou negras na pele e nas gengivas. Estricnina: espasmos, dilatação de pupilas e contrações musculares.

Os 10 agentes testados são: Arsênico, Carbamatos, Chumbo, Cianeto, Cumarinico, Estriquinina, Mercúrio, Organoclorados, Organofosforados e Piretróide.

Método Cromatografia Gasosa

Condição Material de necropsia (fígado, estômago e rim) Outros materiais: conteúdo estomacal, urina

Conservação para envio Estabilidade da amostra:

Até 24 horas: refrigerado Apos 24 horas: congelado

Zinco Comentários

O Zinco (Zn) é um oligoelemento essencial, amplamente encontrado na natureza, sendo, após o ferro, o segundo oligoelemento mais abundante no corpo. A principal aplicação industrial do Zn é na galvanização de aço e outros metais. A dosagem do Zn sérico não é um indicador patognomônico de intoxicação ou deficiência desse metal. Os níveis séricos são insensíveis para deficiências leves, alterando-se apenas em deficiências moderadas a graves, e podem se apresentar normais em quadros de intoxicação.

Método Espectrofotometria de absorção atômica (chama)

Condição 2,0mL de soro

Laboratórios Colher em tubo “Trace” sem aditivo e sem ativador de coagulação Dessorar rapidamente. Transferir o soro para tubo plástico com tampa/rolha de plástico Utilizar obrigatoriamente o kit para coleta de metais

Conservação para envio Até 5 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Caninos: 0,65 a 1,24 mg/l Bovinos: 0,8 a 1,4 ppm (nota: 1 ppm = 1 mg/l)

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Instituto Hermes Pardini Uroanálise 149

UROÁNALISE

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Instituto Hermes Pardini Uroanálise 150

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Instituto Hermes Pardini Uroanálise 151

UROANÁLISE

Bilirrubinas - Urina Comentário

O aparecimento de bilirrubina na urina é a primeira indicação de hepatopatias como hepatite, cirrose ou doenças da vesícula biliar. Bilirrubinúria excessiva em cães ou qualquer sinal de bilirrubina em gatos é indicativo para medição de bilirrubina sérica (soro).

Método Colorimétrico

Condição 10 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã) Frasco protegido da luz (frasco âmbar) Evitar contato com o ar

Conservação para envio Até 6 horas em temperatura ambiente Até 2 dias entre 2 e 8°C Até 1 semana entre 0 e -10°C

Valores de referência Felinos: negativo Caninos: negativo* *machos podem ter pequenos valores, especialmente com uma densidade maior ou igual a 1:030

Cálculo Biliar, Análise Físico/Química Comentário

Fornece informações sobre a etiopatogenia da formação do cálculo biliar. Méodo

Análise Físico-Química Valor de referência

É liberado laudo com as características físicas e químicas do cálculo Condição

Cálculo em frasco de vidro limpo e seco Conservação para envio

Até 7 dias em temperatura ambiente

Cálculo Renal, Análise Físico/Química Comentários

Fornece informações sobre a etiopatogenia da formação do cálculo renal Método

Análise Físico-Química Condição

Cálculo em frasco de vidro limpo e seco Conservação para envio

Até 7 dias em temperatura ambiente Valor de referência

É liberado laudo com as características físicas e químicas do cálculo

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Instituto Hermes Pardini Uroanálise 152

Cristais Com Luz Polarizada - Urina Comentários

A identificação dos cristais na urina é muito importante, pois alguns tipos de cristais (anormais) podem representar distúrbios, como doença do fígado, erros inatos do metabolismo ou lesão renal causada pela cristalização de metabólitos (cálculos). Determinação de urato amônio em Dálmatas e Bulldog inglês podem sugerir insuficiência hepática. Oxalato de cálcio em animais com falha renal aguda pode sugerir ingestão de etileno-glicol.

Método Microscopia com luz polarizada

Condição 10 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)

Conservação para envio Até 6 horas à temperatura ambiente Até 2 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Ausente: a presença de estruvita é normal na maioria dos caninos e felinos

Cristais Com Luz Polarizada - Urina de 24 Horas Comentários

A identificação dos cristais na urina é muito importante, pois alguns tipos de cristais (anormais) podem representar distúrbios, como doença do fígado, erros inatos do metabolismo ou lesão renal causada pela cristalização de metabólitos (cálculos) Determinação de urato amônio em Dálmatas e Bulldog inglês podem sugerir insuficiência hepática. Oxalato de cálcio em animais com falha renal aguda pode sugerir ingestão de etileno-glicol.

Método Microscopia com luz polarizada

Condição 10 a 30 mL de urina 24 horas Seguir as instruções de coleta de urina 24 horas Informar volume total de urina Homogeneizar bem a urina antes de separa a alíquota

Conservação para envio Até 2 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Ausente: a presença de estruvita é normal na maioria dos caninos e felinos

Glicose - Pesquisa Urina Comentários

A presença de glicose na urina depende de sua concentração no sangue (glicose sangüínea maior que 180mg/dL em cães e maior que 300 mg/dL em gatos). Em caso de resultado positivo, recomenda-se a mensuração da glicose sérica. A pesquisa de glicose na urina é muito importante para auxiliar no diagnóstico de patologias como: diabetes melittus, síndrome de Fanconi, doença renal avançada, casos de hiperglicemia não diabética e outras. Presença de glicosúria na ausência de glicemia sugere disfunção tubular.

Método Colorimétrico / enzimático

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Instituto Hermes Pardini Uroanálise 153

Condição 2 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã) Usar frasco limpo e próprio para coleta de urina

Conservação para envio Até 6 horas em temperatura ambiente Até 2 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

Glicose - Pesquisa Urina de 12 Horas Comentários

A presença de glicose na urina depende de sua concentração no sangue (glicose sangüínea maior que 180mg/dL em cães e maior que 300 mg/dL em gatos). Em caso de resultado positivo recomenda-se a mensuração da glicose sérica. Presença de glicosúria na ausência de glicemia sugere disfunção tubular. A pesquisa de glicose na urina é muito importante para auxiliar no diagnóstico de patologias como: diabetes melittus, síndrome de Fanconi, doença renal avançada, casos de hiperglicemia não diabética e outras.

Método Colorimétrico / enzimático

Condição 2 a 30 mL de urina de 12 horas e informar o volume total coletado Usar frasco limpo e próprio para coleta de urina Seguir as instruções de coleta de urina de 12 horas

Conservação para envio Até 2 dias entre 2 e 8°C

Valor de referência Negativo

Piócitos - Pesquisa e Contagem Urina Comentários

Um aumento de leucócitos (piócitos) na urina indica processo inflamatório das vias urinárias, podendo estar localizado desde os glomérulos até a uretra e podendo ser ou não de causa infecciosa. Para confirmar a presença de infecção, há necessidade da demonstração do agente infeccioso através de exame bacterioscópico ou técnicas de isolamento e cultura. Há numerosas causas de leucocitose com a urocultura habitual negativa: glomerulonefrites exsudativas, glomerulonefrites proliferativas, nefrites tubulo-intersticiais, pós-operatórios de prostatectomia, calculos das vias urinárias etc. Este teste tem um valor maior que os feitos com fitas diagnósticas, que nem sempre têm a sensibilidade necessária.

Método Microscopia ótica direta

Condição 5 a 20 mL de urina recente, jato médio ou primeiro jato Manter dieta hídrica habitual

Conservação para envio Até 2 horas em temperatura ambiente Até 1 dia entre 2 e 8°C

Valor de referência Até 8 piócitos por campo

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Instituto Hermes Pardini Uroanálise 154

Sedimentoscopia Urina Comentários

A sedimentoscopia urinária fornece informações importantes sobre a presença de leucócitos (piócitos), eritrócitos, cilindros, cristais, bactérias, parasitas e fungos. Muito importante na triagem das diversas patologias que afetam a função renal.

Método Sedimentoscopia por microscopia ótica convencional

Condição 5 a 30 mL de urina recente (jato médio) Usar frasco limpo e adequado para coleta de urina Manter dieta hídrica habitual

Conservação para envio Até 2 horas em temperatura ambiente Até 04 horas entre 2 e 8°C

Urina Rotina Comentários O exame de urina rotina é muito importante para avaliar a função renal, podendo diagnosticar uma patologia, monitorar o progresso desta patologia, acompanhar a eficácia do tratamento e constatar a cura. O exame compreende três etapas:

caracteres gerais: corresponde à avaliação das propriedades físicas da urina pesquisa de elementos anormais: corresponde à pesquisa química feita na urina sedimentoscopia: corresponde ao exame microscópico da urina

Condição 5 a 30 mL de urina recente (jato médio da primeira urina da manhã) ou urina com no máximo 4 horas após a última micção

Manter dieta hídrica habitual Usar frasco limpo e adequado para coleta de urina

Interferentes Ácido homogentisico, aspirina, ácido ascórbico (vitamina c), clorpromazina, metabólitos da fenazopiridina, levodopa, ácido p-aminobenzóico, indol e sulfixazolo, p-aminobenzóico, azo, fenazopiridina, riboflavina

Contaminação do frasco Conservação para envio

Até 04 horas entre 2 e 8°C

Urobilinogênio - Pesquisa Urina Comentários

O urobilinogênio, presente na urina, é um pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. O aumento da concentração da urobilinogênio na urina (>1mg/dL) é encontrado nas hepatopatias, nos distúrbios hemolíticos e na porfirinuria. A ausência do urobilinogênio na urina e nas fezes significa obstrução do ducto biliar, que impede a passagem normal de bilirrubina para o intestino. O resultado deste teste isoladamente tem pouco valor diagnóstico.

Método Colorimétrico (Ehrlich)

Condição 15 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)

Page 155: Manual de Exames 2006/2007

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Conservação para envio Até 6 horas em temperatura ambiente. Até 2 dias, entre 2 e 8°C

Valor de referência Normal (de 0,1 a 1,0 unidades Ehrlich)

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Anotações

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Anotações

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Anotações

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Anotações