memorial descritivo ufam

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SUMÁRIO 1 Introdução ..........................................................................................................................................4 2 Relatório Fotográfico ........................................................................................................................5 3 Memorial Descritivo .........................................................................................................................14 4 Referências ......................................................................................................................................16

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Arquitetura e Urbanismo.

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Page 1: Memorial Descritivo UFAM

SUMÁRIO

1 Introdução ...................................... ....................................................................................................4

2 Relatório Fotográfico ........................... .............................................................................................5

3 Memorial Descritivo ............................. ............................................................................................14

4 Referências ..................................... .................................................................................................16

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1. Introdução

O Trabalho a seguir, visa mostrar uma das obras produzida pelo Arquiteto Severiano Mário

Vieira de Magalhães Porto, que nasceu em 1928 em Uberlândia/MG, mas se notabilizou por suas

obras na região da Floresta Amazônica, onde viveu por 36 anos. O arquiteto chegou à Amazônia em

1965, quando não havia grande preocupação em adaptar as construções às condições da região.

Deste modo, foi o primeiro a projetar preocupando-se declaradamente com o contexto amazônico,

procurando também difundir suas ideias, que incluíam novos padrões de projeto, métodos

construtivos e materiais adequados à região. Para adaptar sua arquitetura à Amazônia, naturalmente

uma de suas preocupações foi com a preservação ambiental. A adequação ao clima peculiar da

região também foi motivo de preocupação de Mario Porto, bem como o empego de materiais e mão

de obra local e a harmonia formal com o ambiente.

A referida obra trata-se Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas,

localizada na Avenida Rodrigo Otávio, 3000 – Coroado I, onde irei apresentar e analisar os principais

detalhes Construtivos do Prédio de Salas de aulas do Térreo.

A Universidade Federal do Amazonas, projetada em 1973 e premiada pelo IAB em 1987,

ajuda a sintetizar os conceitos da obra de Mario Porto. Trata-se de uma obra concebida de modo a

integrar-se ao meio amazônico, aproveitando o clima local e seus ventos. O campus universitário está

instalado em uma área de 6.700 km², e é composta de vários módulos distribuídos e interligados por

vias. Sua cobertura isolante impede que o sol equatorial esquente demais os ambientes, e a distância

entre os módulos propõe o aproveitamento dos ventos, tudo para não tornar o clima quente um

incômodo. Deste modo, o conforto térmico é garantido utilizando-se das próprias condições naturais,

e o campus é proposto sem movimentações de terra ou desmatamentos excessivos, priorizando e

respeitando a floresta como proprietária da região, admitindo a condição de inquilinato da

Universidade. Os materiais e técnicas construtivas utilizadas para a construção do campus também

estão de acordo com o contexto, como toda a obra de Mario Porto na Amazônia, como se vê no uso

da madeira.

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2. Relatório Fotográfico

Localização da Universidade Federal do Amazonas – Campus Faculdade de Tecnologia - FT

Foto 1 – Mapa localização da Faculdade de Tecnologi a da UFAM - FT – Fonte: Google

Foto 2 – Fachada principal prédio da Faculdade de T ecnologia – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

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Foto 3 – Vista Lateral da Fachada principal FT – UFA M. Fonte: Ivana Andrade

Foto 4 – Calçada de acesso ao prédio da Faculdade d e Tecnologia – UFAM. Fonte: Google

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Foto 5 – Acesso ao pavilhão de salas de aula - FT – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

Foto 6 – Rampa de Acesso ao pavilhão de salas de au la - FT – UFAM . Fonte: Ivana Andrade

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Foto 7 – Pavilhão de salas de aula - FT – UFAM. Font e: Ivana Andrade

Foto 8 – Pavilhão de salas de aula - FT – UFAM. Font e: Ivana Andrade

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Foto 9 – Pavilhão de salas de aula - FT – UFAM. Font e: Ivana Andrade

Foto 10 – Corredor do Pavilhão de salas de aula - FT – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

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Foto 11 – Visão dos fundos das salas de aula - FT – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

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Foto 12 – Corredores de acesso às salas de aula - F T – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

Foto 13 – Piso da Faculdade de Tecnologia - FT – UFA M. Fonte: Ivana Andrade

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Foto 14 – Detalhe da Armação da Cobertura pavilhão das salas de aula - FT. Fonte: Ivana Andrade.

Foto 14 – Detalhe da Cobertura pavilhão das salas d e aula - FT – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

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Foto 15 – Área de circulação coberta rodeada de Jar dim - FT – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

Foto 16 – Área de circulação coberta rodeada de Jar dim - FT – UFAM. Fonte: Ivana Andrade

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3. Memorial Descritivo

Para garantir uma unidade ao projeto e proporcionar uma certa flexibilidade para futuras

reformas, adaptações e ampliações, o partido proposto consistiu em um sistema de malha modular

para a implantação das edificações, onde os pavilhões se unem por circulações cobertas, envolvidas

por jardins e áreas verdes. O projeto é composto por cobertura-tipo, que dão a liberdade para os mais

diversos tipos de arranjo e se adequam a qualquer uso. As passarelas proporcionam acessos fáceis.

Os prédios com a maioria de suas fachadas na direção Norte-Sul, de acordo com os ventos

dominantes da região, evitou um grande movimento de terra e desmatamento.

Com base na visita feita no local da edificação proposta, descrevo as seguintes observações:

3.1 Sistema Construtivo e Acabamentos

Podemos observar no pavilhão de salas de aula (térreo) e no campus como um todo, a

predominância neste projeto de estruturas metálicas, concreto e alvenaria, tendo algumas partes da

estrutura construídas em madeira maciça.

São utilizados concreto nas lajes de forro e alvenaria ou placas divisórias nas vedações.

Interiormente os ambientes são revestidos de fórmiga bege ate a altura de 1,80m, e externamente

são revestidos de mosaico cerâmico. As telhas são de fibrocimento onduladas e pintadas de branco.

As esquadrias são do tipo “venezianas” em madeira, as paredes em concreto, os pilares

em estrutura metálica e a cobertura com telhas do tipo XX. Houve a preocupação em se projetar salas

de aula amplas e arejadas.

As coberturas-tipo foram projetadas em estrutura metálica em sistema modular, o que

facilitou a etapa de construção e montagem. Dentro das diretrizes de modificar o mínimo possível a

topografia original, as estruturas metálicas foram a solução para fácil montagem entre irregularidades

do terreno.

Podemos perceber que o Arquiteto projetou com cuidado em especial a aparência final da

estrutura, já que a madeira ainda está aparentemente bem conservada e refletindo um brilho com a

incidência de luz.

3.2 Defeitos e Qualidades da proposta arquitetônica

Dentre varias qualidades vistas na proposta do arquiteto na construção da faculdade de

tecnologia da UFAM, destaco o belo ambiente em harmonia com a natureza local e a edificação,

criando um clima agradável de conforto e serenidade para os estudantes.

Podemos observar que a maior preocupação do arquiteto foi adaptar a obra ao ambiente

de densa floresta e assim preservar ao máximo a fauna e flora existentes na região.

Os materiais empregados na edificação possuem características bem amazônicas, com o

uso da madeira em contraste com modernas instalações e outros materiais como concreto e aço.

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Como defeito na obra, posso destacar apenas a forma de acesso às salas de aula, que

usualmente é feita em trilhas por meio da floresta local, causando certos riscos de cruzar com os

animais que habitam aquele lugar.

O piso é revestido com cerâmica com efeito de pastilhas coloridas e são antiderrapantes.

Outro detalhe importante são os coletores da aguas pluviais que aparentam ser manilhas de

concreto, o que evitam o espalhamento da agua.

3.3 Analisar a relação de harmonia ou de contraste da proposta com relação ao

entorno imediato

Não foi possível notar relação de contraste, pois não há outro tipo de edificação no entorno.

Pelo que pude observar, cores aplicadas no acabamento fazem referencia às cores que

também encontramos na floresta em torno do prédio.

3.4 Definir a orientação Cardeal da fachada princip al

A fachada principal está voltada para a direção Norte-Sul, sendo este sentido

estrategicamente bem definido pelo arquiteto, assim a fachada fica protegida da radiação solar e das

chuvas, trazendo maior conforto aos usuários. As fachadas menores estão na direção Leste-Oeste, o

que reduz significativamente a exposição aos raios solares e expões as fachadas maiores aos ventos

dominantes da região, que são a Nordeste.

3.5 Examinar e definir soluções quanto à insolação e projeção de sombras, da

ventilação e da convecção natural.

Embora o projeto tenha tido como estratégia a utilização de ventilação natural, em virtude do

grande crescimento da Universidade, acabaram desmatando em demasia o Campus, e então tiveram

que fechar as portas e as janelas para a introdução do ar-condicionado.

Podemos observar também a preocupação do arquiteto não somente no emprego dos

materiais locais, mas no aproveitamento dos ventos, na proteção máxima contra o sol e nas

condições topográficas. Podemos observar na obra, o uso da ventilação cruzada e o emprego

moderado da luz natural.

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7. REFERENCIAS

NEVES, L. O. Arquitetura Bioclimática e a obra de Severiano Por to: Estratégias de Ventilação

Natural. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo) –

Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2006.

http://portalarquitetonico.com.br/severiano-mario-porto - acessado em 18/09/2014.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Severiano_M%C3%A1rio_Porto – acessado em 19/09/2014.