microbial waterborne diseases (in portuguese)

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3/17/2015 1 Poluição biológica Poluição biológica Poluição biológica Poluição biológica dos ambientes aquáticos dos ambientes aquáticos dos ambientes aquáticos dos ambientes aquáticos MEGSA MEGSA MEGSA MEGSA 2014 2014 2014 2014-2015 2015 2015 2015 Poluição biológica dos ambientes Poluição biológica dos ambientes Poluição biológica dos ambientes Poluição biológica dos ambientes aquáticos: aquáticos: aquáticos: aquáticos: Cursos de água Cursos de água Cursos de água Cursos de água Recuperam mais facilmente duma agressão pontual, localizada no tempo e no espaço do que os ambientes lênticos Poluentes podem acumular-se nos sedimentos Poluição biológica dos ambientes Poluição biológica dos ambientes Poluição biológica dos ambientes Poluição biológica dos ambientes aquáticos: aquáticos: aquáticos: aquáticos: Lagos, charcos e reservatórios Lagos, charcos e reservatórios Lagos, charcos e reservatórios Lagos, charcos e reservatórios Poluentes podem acumular-se nos sedimentos Alterações da estratificação dos lagos durante o Outono e a Primavera podem trazer poluentes do fundo

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    Poluio biolgicaPoluio biolgicaPoluio biolgicaPoluio biolgicados ambientes aquticosdos ambientes aquticosdos ambientes aquticosdos ambientes aquticos

    MEGSAMEGSAMEGSAMEGSA2014201420142014----2015201520152015

    Poluio biolgica dos ambientes Poluio biolgica dos ambientes Poluio biolgica dos ambientes Poluio biolgica dos ambientes aquticos:aquticos:aquticos:aquticos:

    Cursos de guaCursos de guaCursos de guaCursos de gua Recuperam mais facilmente duma agresso

    pontual, localizada no tempo e no espao do que os ambientes lnticos

    Poluentes podem acumular-se nos sedimentos

    Poluio biolgica dos ambientes Poluio biolgica dos ambientes Poluio biolgica dos ambientes Poluio biolgica dos ambientes aquticos:aquticos:aquticos:aquticos:

    Lagos, charcos e reservatrios Lagos, charcos e reservatrios Lagos, charcos e reservatrios Lagos, charcos e reservatrios Poluentes podem acumular-se nos sedimentos Alteraes da estratificao dos lagos durante o

    Outono e a Primavera podem trazer poluentes do fundo

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    guas subterrneasguas subterrneasguas subterrneasguas subterrneas

    Fugas de lagoas evaporativas/de armazenagem (indstria, agricultura, ETARs)

    Percolao atravs do solo Fugas de lagos, rios, etc., poludos Poluentes de origem area Fossas spticas Aterros sanitrios

    Poluio dos oceanos:Poluio dos oceanos:Poluio dos oceanos:Poluio dos oceanos:

    Efeito de diluio, contudo:dillution is NOT the solution to pollution

    Bio-ampliao

    Poluio Poluio Poluio Poluio biolgicabiolgicabiolgicabiolgicados dos dos dos ambientes aquticos:ambientes aquticos:ambientes aquticos:ambientes aquticos:

    Introduo de espcies invasoras Proliferao de espcies por alteraes das

    condies ambientais Diminuio do nmero de indivduos de

    certas espcies por sobre-explorao

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    Mais de 20 plantas e 61 animais exgenos Aumento da temperatura (polvos)Maioria introduzida pelo Homem gua de balastro das embarcaes Aquacultura

    Introduo de espcies invasoras Introduo de espcies invasoras Introduo de espcies invasoras Introduo de espcies invasoras exemplos do Atlntico exemplos do Atlntico exemplos do Atlntico exemplos do Atlntico Norte:Norte:Norte:Norte:

    ExemplosExemplosExemplosExemplosde de de de espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:

    Sargassum muticum (alga estranguladora) 1971 Eutrofiza canais, interfere com a navegao, destri

    bancos de ostras, interfere com a actividade piscatria

    Oriunda do Japo Invadiu: Costa do Canal da Mancha, Siclia, Sul de Gales, Irlanda do

    Norte

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    ExemplosExemplosExemplosExemplosde de de de espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:

    Crepidula fornicata (slipper limpet, lapa-chinelo) Ostras importadas da Amrica Destri bancos de ostras e doutros mariscos Compete pelo espao, enterra os outros mariscos na

    lama Problema nos bancos de ostras de certas regies do

    Reino Unido

    ExemplosExemplosExemplosExemplosde de de de espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:

    Parasita da bexiga natatria Afecta enguias Trazida juntamente com enguias japonesas

    infectadas Enguias europeias j afectadas

    ExemplosExemplosExemplosExemplosde de de de espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:espcies invasoras introduzidas:

    Mar Negro medusas predadoras Oriundas dos esturios da Amrica do Norte Ocupou nicho ecolgico de vrias espcies de peixes Capturas de pescado diminuiram de > 700 mton para <

    100 mton Desemprego nas comunidades piscatrias

    Aglantha digitale

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    Efeitos do aumento da Efeitos do aumento da Efeitos do aumento da Efeitos do aumento da concentraoconcentraoconcentraoconcentraode de de de nutrientes sobre as populaes microbianas:nutrientes sobre as populaes microbianas:nutrientes sobre as populaes microbianas:nutrientes sobre as populaes microbianas:

    Proliferaes de algas harmful algalblooms ou HAB

    Dinoflagelados, diatomceas e cianobactrias Fenmeno natural cuja incidncia aumentou

    nos ltimos anos

    Problemas associados aos HAB:Problemas associados aos HAB:Problemas associados aos HAB:Problemas associados aos HAB:

    Aumento do crescimento bacteriano nas guas aumento da quantidade de nutrientes

    Reduo da penetrao da luz destruio de algas macroscpicas

    Esgotamento do oxignio morte de peixes e outras formas de vida aquticas

    Alguns dos organismos envolvidos produzem toxinas que afectam o Homem e os animais

    Toxicidade dos HAB:Toxicidade dos HAB:Toxicidade dos HAB:Toxicidade dos HAB:

    Ciguatera consumo de peixe contaminado Intoxicao neurotxica com marisco Brevetoxina/irritao respiratria Pfiesteria e organismos semelhantes Cianobactrias

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    Ciguatera:Ciguatera:Ciguatera:Ciguatera:

    Intoxicao pelo consumo de peixe marinho contaminado

    Dinoflagelado (Gambierdiscus toxicus) Toxina (ciguatotoxina) no destruda pela

    cozedura Perturbaes gastro-intestinais, diarreia

    abundante, afeces do sistema nervoso central e paragem respiratria

    Intoxicao neurotxica por marisco:Intoxicao neurotxica por marisco:Intoxicao neurotxica por marisco:Intoxicao neurotxica por marisco:

    Dinoflagelados (Gymnodinium e Gonyaulax) mars vermelhas Saxitoxina acumula-se no marisco se o afectar Boca, lbios, face e extremidades do corpo Em geral no fatal; dura umas poucas horas ou uns

    dias

    Brevetoxina/irritao respiratriaBrevetoxina/irritao respiratriaBrevetoxina/irritao respiratriaBrevetoxina/irritao respiratria

    Morte massiva de peixes Intoxicao no Homem Pelo consumo de pescado contaminado Por inalao dos aerossis txicos provenientes

    das guas contaminadas (slide anterior) Tosse, irritao dos olhos, espirros, corrimento

    nasal e falta de ar

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    PfiesteriaPfiesteriaPfiesteriaPfiesteria e organismos semelhantese organismos semelhantese organismos semelhantese organismos semelhantes

    Dinoflagelado txico Possvel papel do aumento de nutrientes devido s

    actividades humanas Morte massiva dos peixes e marisco

    Animais afectados apresentam lceras abertas, hemorragias abundantes

    Homem Exposio aos aerossis Narcose, desorientao, sintomas semelhantes aos da asma, clicas

    no estmago, nuseas, vmitos, irritao ocular, viso desfocada, batimentos cardacos errticos (durante vrias semanas), alterao da personalidade, frias sbitas, perda da memria de curto prazo

    Doenas microbianasDoenas microbianasDoenas microbianasDoenas microbianasveiculadas pela guaveiculadas pela guaveiculadas pela guaveiculadas pela gua

    MEGSA 2014 MEGSA 2014 MEGSA 2014 MEGSA 2014 2015201520152015

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    Doenas transmitidas pela guaDoenas transmitidas pela guaDoenas transmitidas pela guaDoenas transmitidas pela gua

    Papel da poluio fecal das fontes de gua Homem-Homem (sanificao deficiente da gua) Zoonticas (partilha de recursos aquticos + sanificao deficiente)

    Teor em nutrientes das guas (ambiente oligotrfico) Muitos organismos sobrevivem (ex.: partculas virais) Alguns sobrevivem/desenvolvem-se (ex.: bactrias aquticas,

    protozorios)

    Importncia de novas prticas de utilizao da gua Aerossolizao da gua (higiene pessoal, arrefecimento, etc.)

    Potenciais causas de doenas Potenciais causas de doenas Potenciais causas de doenas Potenciais causas de doenas veiculadas pela guaveiculadas pela guaveiculadas pela guaveiculadas pela gua

    Contaminao da fonte Falhas (totais ou parciais) do tratamento Quebras diretas do sistema de distribuio

    (ex.: construes) Exposio atravs de guas recreativas

    (piscinas, praias, etc.)

    Microrganismos causadoresMicrorganismos causadoresMicrorganismos causadoresMicrorganismos causadores

    Protozorios Bactrias Vrus Parasitas multicelulares Toxinas de cianobactrias, algas e

    dinoflagelados (anteriormente abordadas)

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    ProtozoriosProtozoriosProtozoriosProtozorios

    Parasticos ou de vida livre Dimenses entre 2 e 15 m Resistentes desinfeo qumica da gua a

    sua remoo por mtodos fsicos a melhor opo de tratamento

    Gneros mais importantes: Cryptosporidium, Giardia, Cyclospora, Entamoeba, Naegleria

    GiardaseGiardaseGiardaseGiardase

    Giardia lamblia Modo de transmisso: pela gua; via fecal-oral Doena: tradicionalmente considerada uma

    doena tropical, mas cada vez mais comum noutros pases (incluindo pases desenvolvidos); diarreia, flatulncia, clicas abdominais, frequentemente acompanhadas de perda de peso

    Pode ser crnica: diarreia grave, flatulncia, alergia, malnutrio, paragem de crescimento

    Alguma sobrevivncia ao tratamento das guas (fases primria e secundria)

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    Disenteria por amibasDisenteria por amibasDisenteria por amibasDisenteria por amibas

    Entamoeba histolytica Modo de transmisso: pela gua e/ou

    alimentos Doena: diarreia grave, frequentemente

    sanguinolenta, vmitos e febre; pode ser fatal, se no for tratada

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    CriptosporidioseCriptosporidioseCriptosporidioseCriptosporidiose

    Cryptosporidium parvum Oocistos pequenos Resistente desinfeo qumica com cloro Ubquo no ambiente Fontes antroponticas e zoonticas Baixa dose infeciosa Complicado em pacientes imunocomprometidos

    porque pode tornar-se crnico (falta de agentes teraputicos eficazes)

    CriptosporidioseCriptosporidioseCriptosporidioseCriptosporidiose

    Doena: diarreia grave, que pode ser fatal em indivduos imunocomprometidos

    Modo de transmisso: pela gua

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    Naegleria fowleriNaegleria fowleriNaegleria fowleriNaegleria fowleri

    Amiboflagelado guas quentes (>35C) Infeces (normalmente em crianas) em guas

    recreacionais Ponto de entrada: nariz Infecta o crebro e produz toxina que o liquidifica Morte 4 6 dias aps a infeco Possibilidade de tratamento (diagnstico precoce),

    mas deixa danos cerebrais permanentes

    Doenas bacterianasDoenas bacterianasDoenas bacterianasDoenas bacterianastransmitidas pela guatransmitidas pela guatransmitidas pela guatransmitidas pela gua

    Escherichia coli Salmonella Shigella Yersinia enterocolitica Vibrio spp. Legionella Leptospira Listeria monocytogenes Micobactrias Clostridium botulinum

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    EscherichiaEscherichiaEscherichiaEscherichia colicolicolicoli

    Bactria Gram-negativa Distribuio mundial Habitantes do trato gastrointestinal de seres

    humanos e de animais gua contaminada por fezes A maioria das estirpes no so patognicas,

    embora possam causar infees oportunistas As estirpes patognicas possuem fatores de

    virulncia que lhes permitem colonizar as superfcies das mucosas

    E. E. E. E. colicolicolicoli enterotoxignicaenterotoxignicaenterotoxignicaenterotoxignica

    Produz toxinas termolbeis (Tl) e termoestveis (TE) TL induz hipersecreo no intestino TE reduz a absoro a nvel intestinal

    Principal causa de diarreias do viajante e diarreias infantis em pases em vias de desenvolvimento

    Tambm causa diarreias em animais

    E. E. E. E. colicolicolicoli enteropatognicaenteropatognicaenteropatognicaenteropatognica

    Natureza das toxinas ainda mal estudada Causa destruio das microvilosidades

    intestinais, atrofia e descamao dos entercitos, com indigesto e diarreia

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    E. E. E. E. colicolicolicoli verotoxinognicaverotoxinognicaverotoxinognicaverotoxinognica

    Produz vrias verotoxinas (VT1, VT2, VT2e) As toxinas danificam os vasos sanguneos

    intestinais Em seres humanos, causam colite hemorrgica e

    sndrome hemoltico urmico Ex.: E. coli O157:H7 Produz grandes quantidades de uma ou vrias toxinas

    potentes (verotoxina, toxina shiga-like), quimicamente relacionadas umas com as outras, causando danos graves ao revestimento intestinal

    E. E. E. E. colicolicolicoli necrotoxignicanecrotoxignicanecrotoxignicanecrotoxignica

    Produz toxinas e fatores necrotizantes (CNF1 e CNF2)

    Causa colites necrotizantes

    SalmonellaSalmonellaSalmonellaSalmonella

    Gnero com mais de 2400 serovares Presentes em guas, solos, carnes cruas, vsceras e vegetais Ocorrncia mundial Portadores humanos e animais Infees que vo desde o estado de portador subclnico a

    septicmias agudas, fatais Os sintomas principiam 6 72 h aps exposio ao patgeno

    (geralmente 12 36 h) As gastroenterites por salmonela (salmoneloses) caracterizam-se

    por diarreia, dores abdominais, nuseas, vmitos, febre e dores de cabea

    Tambm existem salmoneloses sistmicas (febre tifoide e febre paratifoide)

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    ShigellaShigellaShigellaShigella

    A causa mais comum de shigellose a Shigelladysenteriae Produz uma toxina potente a toxina de shiga A patognese deve-se a adeso, capacidade invasora e

    produo da toxina Presente em guas superficiais e em guas de bebida Infeta exclusivamente primatas (incluindo o ser humano) Via de transmisso fecal-oral Causa disenteria bacilar (com inflamao da mucosa

    intestinal)

    YersiniaYersiniaYersiniaYersinia enterocoliticaenterocoliticaenterocoliticaenterocolitica

    Mais frequente em crianas muito novas O principal reservatrio so os sunos, mas

    tambm pode estar presente em roedores, ovinos, bovinos, cavalos, ces e gatos

    Doena: Febre, dor abdominal e diarreia (frequentemente

    sanguinolenta) Tipicamente, os sintomas surgem 4 7 dias aps a

    exposio ao patgeno e podem persistir por 1 3 semanas ou mais

    VibrioVibrioVibrioVibrio sppsppsppspp. . . .

    Doena: clera Endmica em certas partes do mundo (ex.: zonas da

    ndia e do Paquisto) O seu principal reservatrio so os seres humanos,

    mas persiste em guas (doces ou marinhas) As estirpes virulentas produzem a exotoxina da

    clera, que estimula a libertao de enormes quantidades de Cl- pelo intestino, ao que se segue perda de gua, sdio e doutros eletrlitos diarreia tipo gua de arroz, abundante Rapidamente causa desidratao, que pode ser fatal se no

    for tratada

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    LegionellaLegionellaLegionellaLegionella

    Bactria Gram-negativa Doena: Legionelose Doena dos legionrios: forma mais grave

    (pneumonia) Febre de Pontiac (doena auto-limitante)

    Veculo de transmisso: guas aerossolizadas (ar condicionado, torres de arrefecimento, jacuzzis, duches, etc.) contaminadas

    Ocorrncia mundial A bactria sensvel ao cloro (mas menos do que

    a E. coli)

    Leptospira Leptospira Leptospira Leptospira interrogansinterrogansinterrogansinterrogans

    Espiroqueta (Gram-negativa) Espcie com mais de 212 serovares,

    agrupadas em 23 serogrupos O seu reservatrio natural so os roedores,

    mas tambm ces, gatos e bovinos A contaminao da gua d-se pela urina dos

    animais portadores charcos, guas superficiais dos rios, solos encharcados, e lamas podem ser fontes de leptospiras

    ListeriaListeriaListeriaListeria monocytogenesmonocytogenesmonocytogenesmonocytogenes

    Bactria Gram-positiva, que sobrevive em material vegetal, fezes de animais, efluentes e corpos de gua doce

    Dissemina-se muito facilmente por contacto direto de alimentos com superfcies contaminadas; pode sobreviver e at crescer em alimentos refrigerados, prontos a comer

    Afeta com maior gravidade os YOPI (young, old, pregnant, immunocompromised)

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    ListeriaListeriaListeriaListeria monocytogenesmonocytogenesmonocytogenesmonocytogenes

    Doena: Febre, dores musculares, nuseas ou diarreia,

    dores de cabea, rigidez do pescoo, ou convulses

    Infees durante a gravidez podem resultar em abortos, nascimento de nados-mortos, partos prematuros ou infeo do recm-nascido

    MicobactriasMicobactriasMicobactriasMicobactrias

    Presentes no solo, vegetao e guas Sobrevivem muito tempo no ambiente por

    terem paredes celulares ricas num lpido (cido miclico)

    Ex.: Mycobacterium tuberculosis tuberculose em seres humanos

    ClostridiumClostridiumClostridiumClostridium botulinumbotulinumbotulinumbotulinum

    Bactria Gram-positiva, esporulada Produz neurotoxina (toxina botulnica) Doena: botulismo paralisia; fatal Modo de transmisso: alimentosalimentosalimentosalimentos e gua

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    Agentes viraisAgentes viraisAgentes viraisAgentes virais

    Diarreias virais Causadas por adenovrus, astrovrus, calicivrus,

    enterovrus, vrus semelhantes aos da hepatite E ereovrus (incluindo rotavrus)

    So ainda uma das principais causas de morbilidade e de mortalidade a nvel mundial (em especial, mortalidade infantil)

    CalicivrusCalicivrusCalicivrusCalicivrus

    Vrus desprovidos de invlucro, com RNA de cadeia nica Reservatrio natural: oceanos Espcies patognicas para seres humanos:

    Vrus de Norwalk e semelhantes Vrus de Sapporo e semelhantes

    Gastroenterites com perodos de incubao de 24 28 h e durao de 16 60 h, algumas com perdas graves de eletrlitos (especialmente em indivduos muito novos e em idosos)

    Atravessam os filtros de purificao da gua e permanecem infeciosos mesmo aps o tratamento padro com cloro

    EnterovrusEnterovrusEnterovrusEnterovrus

    Vrus de RNA positivo, da famlia Picornaviridae, habitantes do trato intestinal

    As viroses causadas por este tipo de agente so muito comuns, mas geralmente no so graves, causando doenas febris com sintomas pouco especficos

    Alguns serotipos podem causar doenas de natureza mais grave (paralisia aguda, encefalite, meningite, miocardite, hepatite e infees crnicas), especialmente em indivduos imunocomprometidos

    Muito contagiosos Potenciais causadores de epidemias de grandes dimenses

    capacidade para evolurem muito rapidamente e enorme diversidade gentica

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    AstrovrusAstrovrusAstrovrusAstrovrus

    Diarreias aquosas, com perodo de incubao de 1 -4 dias e durao de 2 3 dias

    Doena geralmente de baixa gravidade, que no produz desidratao acentuada Mas pode assumir contornos mais graves em indivduos

    imunocomprometidos (crianas ou adultos) e em pacientes idosos institucionalizados

    Baixa patogenicidade para adultos, mas so uma das principais causas de diarreias infantis

    Podem estar presentes nos sistemas municipais de distribuio de gua para consumo a cloragem no os inativa

    AdenovrusAdenovrusAdenovrusAdenovrus

    Segunda das principais causas de diarreias virais em seres humanos

    Diarreia aquosa, grave, em crianas com 1 2 anos de idade; tambm podem ocorrerinfees nosocomiais

    PoliovrusPoliovrusPoliovrusPoliovrus

    Doena: poliomielite Descrio: doena transmissvel. Fatal quando

    as clulas nervosas so atacadas (polimielitebulbar), por causar paralisia de msculos essenciais para a vida

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    RotavrusRotavrusRotavrusRotavrus

    Famlia Reoviridae Sobrevivem nas fezes e nas guas contaminadas

    por vrios meses Classificados em 7 serogrupos, de A a G, trs dos

    quais (A, B e C) infetam seres humanos Afetam as vilosidades da poro proximal do

    intestino, prejudicando a absoro e conduzindo a diarreia

    Em crianas, durante a primeira semana de vida, podem causar a morte por desidratao

    Hepatites viraisHepatites viraisHepatites viraisHepatites virais

    Vrus de RNA da famlia Picornaviridae Nos seres humanos, a gua pode transmitir os

    vrus da hepatite A, E e F

    Parasitas multicelularesParasitas multicelularesParasitas multicelularesParasitas multicelulares

    Nemtodos Ascaris lumbricoides Uso de estrume como fertilizante

    Trichuris trichiura Ingesto de gua contaminada

    Ancylostoma duodenale Dracunculus medinensis

    Cstodes Tremtodes (fascolas, esquistossomas)

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    FascolasFascolasFascolasFascolas

    Fasciola hepatica Fasciola gigantica (regies tropicais) Baixa especificidade em relao ao hospedeiro

    vertebrado Animais selvagens e domsticos (perdas econmicas)

    Geralmente ovinos e bovinos Tambm cavalos (infeco pode passar despercebida) Coelhos (podem funcionar como reservatrio)

    Homem Problema persistente na Amrica do Sul Problema ocasional na Europa

    Ingesto de agrio de gua

    FascolasFascolasFascolasFascolas

    A fascola adulta vive no ducto biliar Os ovos saem na blis, e so excretados por via

    intestinal A ecloso parece ser estimulada pela luz ovo

    liberta miracdeo Os miracdeos s vivem 24 h Durante este tempo tm que encontrar o molusco

    hospedeiro No caso da fascola um caracol de gua Limnea

    truncatula

    FascolasFascolasFascolasFascolas

    No caracol, os miracdeos originam esporocistos, que vo atravessar vrias fases larvares at originarem as cercrias

    As cercrias abandonam o caracol 5 7 semanas aps a infeco inicial

    Rapidamente enquistam na vegetao ou podem at formar quistos livres na gua

    Quando ingeridas por um mamfero susceptvel, exquistam Revestimento do quisto digerido pela tripsina e pepsina do

    hospedeiro A exquistao s se verifica no intestino dos mamferos, porque

    requer 37C, 5% CO2, baixo Eh e presena de sais biliares

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    FascolasFascolasFascolasFascolas

    A fascola recm-exquistada migra pelo hospedeiro at atingir o fgado, onde vagueia pelo parnquima durante umas 8 semanas antes de penetrar no canal biliar

    Ao vaguear pelo parnquima, altera o seu metabolismo deixa de ser aerbia e passa a anaerbia

    As fascolas adultas podem viver 10 anos ou mais

    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    Os esquistossomas adultos vivem nas veias do intestino ou da bexiga (consoante as espcies)

    Tm sexos separados (o que raro entre os tremtodos digenticos), mas a fmea vive agarrada ao macho

    Os ovos do esquistossoma tm uma espcula e penetram no hospedeiro por mecanismos mecnicos e enzimticos

    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    Os ovos saem pela urina ou pelas fezes e atingem eventualmente a gua

    O decrscimo da temperatura ambiente, o choque osmtico e a luz fazem com que se d a ecloso miracdeos

    Os miracdeos sobrevivem na gua apenas 24 h Penetram no caracol hospedeiro, onde sofrem reproduo

    assexuada, produzindo cercrias Cercrias duram apenas 24 h na gua Infectam o Homem por penetrao na pele (atradas pelos

    lpidos da pele)

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    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    O esquistossoma leva s 20 seg a penetrar na pele

    Perde a cauda ao faz-lo e sofre transformaes fisiolgicas deixa de ser capaz de sobreviver na gua

    Migra pelos vasos linfticos para as veias mesentricas ou da bexiga (consoante a espcie)

    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    Causam a doena principalmente devido aco dos ovos Danos causados parede da bexiga e do intestino quando

    os ovos as atravessam Danos principais alojamento de ovos no fgado

    granuloma fgado deixa de funcionar e a tenso arterial eleva-se devido ao bloqueio dos vasos sanguneos

    Os esquistossomas so muito especficos em relao ao seu hospedeiro molusco (caracol)

    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    H quatro espcies principais que infectam o Homem: Schistosoma mansoni maior disperso geogrfica (frica e Amrica do Sul) 57 milhes de indivduos infectados Tpico de savanas e pntanos Adulto vive nas veias intestinais

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    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    H quatro espcies principais que infectam o Homem: Schistosoma hematobium Aumento de casos devido colonizao de reas

    desflorestadas 90 milhes de indivduos infectados Tpico de savanas e pntanos Adulto vive nas veias da bexiga

    EsquistossomasEsquistossomasEsquistossomasEsquistossomas

    H quatro espcies principais que infectam o Homem: Schistosoma japonicum SE asitico Infecta 69 milhes de pessoas Parasita intestinal o nico dos esquistossomas que afectam o Homem

    que tambm pode infectar outros mamferos (p. ex. ratos) actuam como reservatrios

    Dracunculus medinensisDracunculus medinensisDracunculus medinensisDracunculus medinensis

    A fmea produz uma bolha dolorosa Quando a bolha rebenta, emerge o parasita

    pelo centro da lcera, dolorosa, e que normalmente sofre infeco secundria

  • 3/17/2015

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