o employer branding que todos querem construir · 2020. 1. 8. · motivações não são estáticas...
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O EMPLOYER BRANDING QUE TODOS QUEREM CONSTRUIR
C o n s e l h o s p a r a a l e i t u r a d e s t e e B o o kEste eBook é um PDF interativo. Além de texto contém também
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Esperamos que estas funções te ajudem na leitura do texto.
Boa leitura!
Paula Stolarz, Analista de Inovação e
Desenvolvimento PDA International Inc.
Paola Albornoz, Analista de Marketing e
Conteúdos PDA International Inc.
Este e-Book foi escrito por:
ÍND
ICE
osConteúdo
INTRODUÇÃO 4
Vamos contruir o Employer Branding 6
Reter ou motivar? 7
Uma mudança de perspetiva 8
O ciclo do talento motivado 8
Uma mudança de perspetiva 9
O poder dos líderes 10
Alguns erros no Employer Branding 10
Palavras Finais 12
Fontes Consultadas 13
PDA International | Employer Brand 4
Atualmente, são as organizações que
reconhecem a importância da sua relação
com o colaborador, aquela que ultrapassa
a remuneração económica pelo seu
trabalho e compreende o significado
da experiência dentro de um clima laboral
positivo que permite uma motivação
acompanhada de sentido de pertença.
Neste sentido, são mais as organizações
que dão prioridade ao conceito nascido
nos Estados Unidos na década de
60: Employer Branding.
O Employer Branding é a imagem que
a organização tem, não só para os seus
clientes e provedores, mas também para
os seus colaboradores e potenciais
candidatos. É por isso que a importância
de construir e cuidar a imagem da
empresa se tornou uma prioridade para as
equipas de gestão de talento. Ao procurar
novos talentos (e para os reter), aponta-se
sempre para os melhores com o objetivo
de ter o capital humano que mais se alinha
com o propósito da organização.
Hoje em dia, os candidatos antes de se
candidatarem a uma oportunidade de
emprego ou antes de assistir
INT
RO
DU
ÇÃ
O
PDA International | Employer Brand 5
a uma entrevista, investigam de todas
as formas possíveis as críticas e
comentários sobre essa organização.
Aqui incluem-se comentários
dos colaboradores atuais, de ex
colaboradores, redes sociais, opiniões,
entre outras. Quanto mais dados
uma pessoa tiver disponíveis, mais
possibilidade terá de construir uma
perceção da empresa. Por este
motivo, é primordial cuidar de todas as
arestas que somam informação para
a construção do Employer Branding.
Zelar pela imagem para que esta
seja atrativa para o mundo em que
a organização está imersa, ajuda no
momento de abrir vagas e para atrair
os melhores talentos.
Em seguida realizaremos uma viagem
sobre a marca que a organização
deseja construir dentro da experiência
do colaborador, analisaremos
se realmente devemos apostar na
retenção e veremos a sua relação na
implementação de metodologias ágeis.
Acompanha-nos!
PDA International | Employer Brand 6
Vamos contruir o Employer Branding
As novas tendências nos processos de
seleção apontam para a perceção que se
tem da empresa e para a reputação do
Employer Branding. É por este motivo que
cada vez mais empresas têm concentrado
esforços em criar uma experiência positiva
nos candidatos.
Estas estratégias permitem garantir que os
candidatos não selecionados mantenham
uma impressão positiva da empresa.
Além disto, os colaboradores recém
contratados que pontuam o seu processo
de seleção como excelente, ganham um
maior sentimento de pertença.
Carolina Borracchia no seu livro “Os
jovens não sonham com empresas”
(Argentina,2016) diz que o Employer
Branding, como o nome indica é
aplicar conceitos de marketing e
publicidade e trabalhar a nossa
empresa como uma marca, cujo
consumidor é aquele que potencialmente
poderia querer trabalhar nela.
De acordo com um estudo global
de Randstad (Argentina, 2018) sobre
o Employer Branding, os colaboradores
querem saber que podem contar
com as suas organizações para
que os ajudem a alcançar o seu
propósito nos seus trabalhos, para
crescer profissionalmente e para lhes
dar inspiração para objetivos a longo
prazo. Este estudo reflete também que
princípios como a missão e a cultura
têm um papel protagonista no momento
de atrair colaboradores altamente
qualificados.
Neste sentido, o autor e especialista em
gestão de talento Ximo Salas, menciona
que será a interação entre Employer
Branding e Employee Experience o
que marcará as diferenças entre quem
aposta no colaborador como centro
da organização e quem não o faz.
Neste ponto é válido mencionar que
esta experiência está condicionada
por fatores que vão além da
cultura organizacional, já que quando
uma empresa decide investir na gestão
do seu Employer Branding, as suas
preocupações estão orientadas para si
mesma.
PDA International | Employer Brand 7
Apesar de que nos temos concentrado na relação entre a organização como marca
empregadora e a experiência do colaborador, seja no seu processo de recrutamento
ou já dentro da empresa como talento, neste ponto vamos desenvolver sobre qual é
a visão necessária ao querer reter as nossas equipas de trabalho.
Quando falamos de “reter”, em termos de gestão de talento, referimo-nos às ações
focadas em atender os colaboradores com melhor desempenho, ou os considerados
mais valiosos, de modo a que não queiram abandonar o seu plano de carreira dentro
da organização.
Dito desta forma, parece um conceito um pouco impositivo, já que parte da
premissa de que é necessário fazer um “esforço extra” na gestão para manter o
talento motivado. Isto traduz-se, basicamente, em que a dinâmica laboral não é
suficientemente estimulante ou atrativa para que as pessoas escolham permanecer
na empresa por um largo período de tempo.
Reter ou motivar?
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O ciclo do talento motivado
Que tal se em vez de pensar em reter, pensar que o que realmente importante é motivar,
genuinamente, desde o início. O autor do livro “Negócios Internacionais” assinala que “as
empresas devem preocupar-se pelo que é realmente importante para as suas pessoas e
só assim poderão responder com uma proposta de valor desenvolvida em torno das suas
necessidades profissionais e pessoais” (Giraldo, 2014).
Desta forma, falar de uma empresa que se preocupa em motivar constantemente os seus
colaboradores, é falar de uma gestão de talento que não impulsiona apenas os resultados
tangíveis de interesse comercial, mas também aqueles intangíveis (como melhorar o
Employer Branding). Esta forma de atuar acaba ter um efeito win-win para a organização e
para as suas pessoas.
Entender que contar com talento motivado é uma causa e, por sua vez, um efeito de um bom
Employer Branding, é fundamental. Isto vê-se refletido num ciclo interminável em que:
A empresa identifica o seu talento ideal
Procura responder às necessidades desse talento para o captar
Dentro da organização as pessoas são constantemente motivadas
Os colaboradores convertem-se nos principais promotores da organização
Uma mudança de perspetiva
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Uma mudança de perspetiva
Segundo Irene Arensburg, Gerente de People Matters: “tratar o candidato como um cliente e
desenhar um processo de recrutamento e seleção com base nas suas necessidades é uma
aposta para poder contar com o talento requerido para alcançar a visão da organização”
Apresentamos este ciclo como “interminável” de forma consciente, tendo em conta que as
motivações não são estáticas e que a transformação dos ambientes laborais também exige
um replaneamento das gestões organizacionais periodicamente. A tarefa de melhoria do
Employer Branding não termina nunca e responde a diversas variáveis.
52%
78%
das empresas que preparam o processo de seleção pensando na experiência do candidato obtiveram 10% de melhoria na incorporação de talento
dos candidatos com uma experiência positiva afirmou que recomendaria alguém para processos futuros
Source: Estudo de Brandon Hall(U.S.A. 2017)
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O poder dos líderes
Alguns erros no Employer Branding
Borracchia também considera que quem mais poder tem para influenciar o clima laboral e a
construção da marca são os líderes, pois é com estes que os colaboradores têm mais contacto
e mais possibilidades de fricção. Se uma pessoa se sente valorizada, apoiada e ouvida, há altas
possibilidades de que esteja contente com o seu trabalho. Por outro lado, se é submetida a
decisões arbitrarias ou caprichosas, o seu mau humor irá sentir-se, dentro ou fora do trabalho.
Esta premissa também aplica às lideranças por projetos, próprios das metodologias ágeis que
chegaram com a Era digital, com a intenção de dar uma rápida resposta às necessidades
das organizações, agilizando os seus processos produtivos através da transformação digital
e impulsionando a mudança e a eficiência.
Até agora percorremos um caminho sobre o lado A do Employer Branding “o positivo e não
impositivo”. Agora vamos descobrir o lado B: alguns erros descritos pela autora anteriormente
mencionada Carolina Borracchia, agora com conteúdo do seu livro “As empresas também
têm zona de conforto” (Argentina, 2018).
Error 1: acreditar que as relações se constroem da mesma forma que antes
Neste ponto, costumam destacar-se as diferenças geracionais dentro da organização,
nos interesses, formas de trabalhar, motivadores e formas de comunicação. Apesar de
ser a diversidade que nos trás distintos pontos de vista e enriquece os nossos processos,
a lacuna é notória quando os jovens não se sentem motivados com relações que não
levem consigo uma aprendizagem constante, enquanto que as gerações anteriores se
concentram na estabilidade de um posto.
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Error 2: ter táticas e não estratégias
As organizações realizam diariamente ações relacionadas com os seus distintos
processos, mas o que acontece quando estas ações não são parte de uma estratégia
maior? Quando são táticas isoladas sem propósito? Aqui o Employer Branding passará
a ser um disfarce sem coerência entre o que a organização diz e o que demonstra ou
faz. Sem estratégia não há indicadores para medir.
Error 3: não se ocupar da experiência
Este ponto faz-nos refletir sobre a perceção que se cria nos colaboradores dentro da
sua proposta de valor que vai mais além do pacote salarial e dos benefícios. É o que a
organização faz para impulsionar o desenvolvimento do seu potencial relacionado ou
não com o seu cargo.
Error 4: ter como objetivo sair num ranking
Algumas empresas continuam a colocar os seus esforços em aparecer num ranking
que acaba por ter uma visão limitada. Estes rankings contêm parâmetros subjetivos.
A autora recomenda que em vez de se focar num ranking, a empresa se foque em
colaboradores qualificados e em experiências completas e sãs.
Error 5: não envolver os colaboradores
Este talvez seja o erro mais comum. Tomar as decisões por todos sem consultar nem
incluir no processo de decisão. Algumas empresas acreditam que se não têm uma
estratégia de gestão do Employer Branding este não existe. É importante ter em conta
que as estratégias podem ser definidas nos departamentos de gestão de talento, mas
as táticas devem envolver a todos.
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Employee First
Um caso de sucesso de Employer Branding que fomenta o propósito e a formação
dos seus colaboradores é o de Starbucks, com a sua estratégia conhecida
como “Employee First”. Através de um acordo de colaboração entre a cadeia
internacional de café e a Universidade de Arizona, os trabalhadores podem alcançar
uma licenciatura gratuitamente através de cursos online. Desta forma a imagem
que se vai criando através de cada cliente que escolha um café de Starbucks é que
com a sua compra ajuda a educar e a formar os colaboradores desta organização.
Palavras Finais
Employer Branding não é algo que só o marketing pode entender, nem algo que os
Recursos Humanos necessitam, pois está muito para além da proposta de valor, da
publicidade, do orçamento e das campanhas. Está na raiz do que uma pessoa responde
quando lhe pergunta “em que trabalhas?” Todas as organizações têm uma marca que gerir e
há muitas que a dão por garantida.
Ao gerir o Employer Branding, demostramos o valor que tem o colaborador, o seu tempo e a
sua contribuição para a organização. Tornamos evidente o nosso interesse no seu potencial
que beneficia o crescimento e a produtividade da empresa, mas sobretudo que fazemos
história juntos!
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Borracchia C. (2016) Os jovens não sonham com empresas : porque deves gerir a tua marca
empregadora. Argentina
Borracchia C. (2018) As empresas também têm zona de conforto: erros mais comuns na gestão
de marca empregadora. Argentina
Giraldo J. (2014) Negócios Internacionais. Espanha
Relatório Randstad sobre Employer Brand (2018) Argentina
Relatório sobre Employement Branding de Brandon Hall (2017) Estados Unidos
Fontes Consultadas