o imperador e o monstro - william voltz.doc

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  • 7/24/2019 O Imperador e o Monstro - William Voltz.doc

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    O IMPERADORE O MONSTRO

    Autor

    WILLIAN VOLTZ

    Traduo

    RICHARD PAUL NETO

    Digitalizao e RevisoARLINDO_SAN

    (P-115)

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    Cardif o homem que desfigurado etranstornado pela doena coloca a Galxia empnico!

    Thomas Cardif, o renegado, ocupou o lugar de Perry Rhodan:agora Administrador do !mprio "olar#

    $ingum, nem mesmo os amigos mais %ntimos de Perry Rhodanou os mutantes, desconfia de &ue o governo vem sendo e'ercido porum usurpador#

    "e o comportamento de Cardif no corresponde ao &ue secostumava ver em Perry Rhodan, a estranha conduta doadministrador e'plicada por meio dos danos ps%&uicos &ue Perry

    Rhodan sofreu &uando era prisioneiro dos antis#Thomas Cardif pode sentir(se e'ultante, pois ningum o

    desmascarou# Pode dirigir os destinos do !mprio "olar conformemelhor lhe aprouver, mesmo &ue sua atuao leve os povos da )ia

    *+ctea para a eira do aismo###- nem mesmo &uase . morte, o filho de Rhodan desiste de seu

    intento dia/lico###

    = = = = = = = Personaens Pr!n"!#a!s$ = = = = = = =

    T%o&asCar'!A imagem deformada de Perry Rhodan.

    A*an 0 imperador &ue se defronta com uma decisodif%cil#

    Re!na*' +e** 1ue tem de agir .s costas de seu melhoramigo, a fim de evitar a cat+strofe#

    ,enera* A*er Tose 2m arc3nida muito ativo de"aratan.

    +raoA*.%ere SanaNo*!no/ Tenentes da !rondu4e.

    0*2s, Tasnor, He#na-0a*ooe Hanoor "ervos do cultode 5aalol.

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    O aor "unt #refen$ac, imediato da na%e linear &rondu'e, era um homem muitocontrolado. (o entanto, ha%ia um ligeiro tremor em suas m)os quando fitou o terrano altoque acredita%a ser *err+ hodan. -em que o perce$esse, passou a m)o pelo uniforme.sta%a com o rosto tenso. /iu que a %eia do pescoo de hodan esta%a muito inchada, etam$0m notou a causa disso. 1 gola do uniforme esta%a apertada, em$ora o $ot)oespecial esti%esse na 2ltima casa.

    #refen$ac contemplou o rosto %ermelho do administrador. 3e%e a impress)o de queesta%a mais largo e achatado que antes. -er que o crescimento celular explosi%o

    prosseguiria indefinidamente4Ou%iu algu0m pigarrear fortemente. eginald 5ell quis pre%eni6lo, mas era tarde.

    Cardif %irou6se a$ruptamente. O mo%imento foi t)o %iolento que fe7 com que o $ot)o docolarinho se desprendesse.(a sala de comando da &rondu'e passou a reinar um sil8ncio total. 1 $oca a$erta de

    Cardif n)o emitiu nenhum som. O $ot)o foi rolando pelo ch)o, descre%endo c9rculos cada%e7 maiores, at0 imo$ili7ar6se $em : frente do ;r. Carlos ie$sam, que era ummatemtico. Os presentes acompanharam o fen

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    Os homens que se encontra%am na sala de comando compreenderam que o maoresta%a cedendo em parte aos deseos de hodan. tam$0m sa$iam que #refen$ac n)oiria mais longe que isso. -eria capa7 de mitigar seu orgulho, mas n)o permitiria queningu0m o que$rasse.

    @ma express)o de fanatismo surgiu nos olhos de Cardif. -a$ia interpretar a atitude

    de #refen$ac t)o $em como qualquer outra pessoa. O maor era um homem de carter.as para um homem como ele, que ficara su$metido : influ8ncia impre%is9%el doati%ador celular, qualquer tipo de retirada seria imposs9%el. ?a7ia quest)o de que suasordens fossem cumpridas de qualquer maneira.

    aor disse em tom de ameaa. Ae%ante esse $ot)o.O corpo de #refen$ac entesou6se. -eu olhar franco cru7ou com o de Cardif. 1ntes

    que o maor ti%esse tempo de di7er qualquer coisa, todos sa$iam que recusaria ocumprimento da ordem.

    (aquele instante 5ell passou ao lado de Cardif. *iscou para #refen$ac e a$aixou6separa le%antar o $ot)o. Cardif n)o disse nada. 5ell parecia pesar na m)o o o$eto da

    disc>rdia. Ora! @ma coisinha destas disse em tom pensati%o. 3ome, *err+.O falso administrador %irou6se a$ruptamente. 5ell deixou cair a m)o. 1 tens)o

    diminuiu. Cardif retirou6se a passos largos. 1 inter%en)o de 5ell deixara6o surpreso,muito em$ora ele a ulgasse $em oportuna. 1final de contas, uma pro%a de foras com omaor teria reflexos desfa%or%eis entre a oficialidade. as Cardif s> pensou ligeiramenteneste ponto.

    -eu pro$lema fundamental era outro. Como fa7er cessar e conseguir a regress)o dorpido aumento de peso e tamanho que esta%a experimentando4

    3e%e a impress)o de que o 2nico procedimento capa7 de produ7ir algum 8xito seria

    uma in%as)o de -a>s. Os sacerdotes da seita de 5aalol o ha%iam indu7ido a arranar osati%adores celulares em *eregrino. -em d2%ida conheciam os terr9%eis efeitos que oaparelho produ7iria em seu corpo. ()o estariam dispostos a audar espontaneamente,moti%o por que teria de o$rig6los a isso. Cardif n)o esta%a em condiBes de raciocinarlogicamente. 1os poucos o desen%ol%imento celular descontrolado ia atingindo o c0re$ro,en%ol%endo as c0lulas ner%osas amadurecidas numa massa cere$ral semi6aca$ada.

    -a$ia que poderia contar com o apoio da ?rota -olar. 1credita%a que a mesmarepresenta%a um meio de press)o capa7 de fa7er com que os sacerdotes cedessem aosseus deseos. Cardif nem se lem$rou da possi$ilidade de que algu0m pudesse tra96lo.

    ntrou no camarote e trancou6o cuidadosamente. *or algum tempo mante%e6se

    im>%el no pequeno recinto. O mo%imento r9tmico do t>rax era o 2nico sinal de que aindaha%ia %ida em seu organismo. ;epois de algum tempo iniciou uma ati%idade que repetiacuidadosamente de do7e em do7e horas.

    Caminhou at0 a parede. *arou unto a uma sali8ncia. ais ou menos na altura daca$ea ha%ia marcas de %rias cores. 1o lado de cada uma dessas marcas ha%ia uma dataescrita em traos finos. ram cinco ao todo. Cardif colocou6se de costas para a parede.*egou uma r0gua e colocou6a so$re a ca$ea, fa7endo com que formasse um ngulo retocom a parede. ;eu um passo para a frente, deixando a r0gua encostada : parede. 3irouuma caneta do $olso e riscou outra marca, que fica%a em posi)o mais ele%ada que asoutras. Cardif escre%eu com a m)o tr8mula D de setem$ro de D.EF.

    Crescera mais meio cent9metro depois que se medira pela 2ltima %e7.O punho daquele homem $ateu com toda fora contra a parede de metal le%e. 1 dor

    fe7 com que recuperasse o autocontrole. *egou uma trena elstica. ediu

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    cuidadosamente a cintura e registrou o resultado numa ta$ela. ais uma %e7 constatouuma altera)o.

    Cardif gemeu $aixinho. *rax em que se encontra%aincrustado o ati%ador. Os m0dicos o ha%iam informado de que nem se poderia cogitar daremo)o cir2rgica do aparelho.

    ()o adiantaria %erificar o peso. O mesmo crescia na mesma propor)o em queprogredia o processo de cis)o celular. as Cardif dispunha de outro meio que lhepermitia fa7er um exame preciso de seu estado. ra simples e n)o falha%a. apresenta%auma medida inconfund9%el do desen%ol%imento da doena.

    (um mo%imento apressado, o filho de hodan tirou o espelho de so$ a cama. 3inhaum metro de largura e dois de altura. Cardif encostou6o : parede.

    /iu a imagem de um homem que deixa%a os $raos pender unto ao corpo eapresenta%a uma ca$eleira desgrenhada. -eu aspecto n)o era propriamente doentio, mas

    pouco resta%a da figura es$elta e musculosa de *err+ hodan. O uniforme esta%a muitoapertado, em$ora fosse o maior que existia a $ordo da &rondu'e. 1palpou o corpo com os

    dedos. 1s carnes n)o eram firmes. Cediam so$ a press)o dos dedos como uma espona.Cardif mantinha6se im>%el diante da imagem refletida pelo espelho. 1gitado pelasemoBes, parecia esfacelar6se por dentro. -eu >dio ameaa%a transformar6se em loucura.

    1pontou para a figura que era ele mesmo, em$ora de%esse representar outra pessoa.@m $rao estendeu6se em sua dire)o, %indo da imagem.

    Ol, hodan disse Cardif com a %o7 desfigurada.Ae%antou a ca$ea para ou%ir melhor.

    *ara ser hodan e exercer o poder do mesmo n)o preciso parecer6me com ele disse, dirigindo6se : sua imagem. Compreendeu, meu filho4

    @ma careta de$ochada sorriu para ele. *erdera $oa parte dos aspectos marcantes de

    hodan. eu ogo continuar disse Cardif. ()o desisto sem mais nem menos. -a>scair em minhas m)os.

    Cardif deu um passo em dire)o ao espelho. antinha o corpo inclinado para afrente. 1lguma coisa quis manifestar6se em seu su$consciente, mas n)o conseguiu chegar: superf9cie.

    3orno6me cada %e7 mais alto e engordo disse com uma risadinha. @m $elodia meu corpo n)o ca$er mais na &rondu'e essa id0ia maca$ra parecia di%erti6lo.@ma s0rie de pensamentos confusos atropelou6se em seu c0re$ro.

    1$riu o uniforme e $ateu no peito.

    1qui est o inferno $al$uciou em tom de desespero. &ncrustado no meucorpo. ?ica rumoreando e n)o me d pa7. 0dicos, m0dicos. *or que n)o podem audar6me4

    (ingu0m respondeu. -empre fora um homem solitrio. essa id0ia despertou seu%elho orgulho. Huis empertigar6se, mas recea%a que o uniforme n)o resistisse : press)odos m2sculos.

    nt)o era esta a %ida eterna que lhe proporciona%a o ati%ador celular o$tido pormeios fraudulentos4

    ;eixou6se cair na cama. /irou6se ner%osamente de um lado para o outro. ;e%iapedir mais uma %e7 um sedati%o4 @ma id0ia a$surda comeou a agitar6se em sua mente.

    &maginou que, enquanto esti%esse dormindo, #refen$ac poderia entrar no camarote eestrangul6lo. ntorpecido pelo medicamento, n)o poderia defender6se com a necessriarapide7.

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    5alanou energicamente a ca$ea. ;e%ia manter a capacidade de racioc9nio. , oque era mais importante, n)o de%eria esquecer6se de seu grande o$eti%o. (aquelemomento, grande parte da ?rota -olar encontra%a6se em -a>s.

    Casualmente %oltou a olhar para o espelho. Ae%antou6se e caminhou em dire)o aomesmo. "a%ia alguma coisa que lhe chama%a a aten)o. Chegou $em perto. -eu hlito

    em$aou a superf9cie lisa. Aimpou6a com a manga do uniforme, para enxergar melhor.?itou seu rosto. sta%a apenas a um cent9metro de distncia.;e repente %iu!Huis gritar ou fa7er qualquer coisa. as sentiu6se paralisado pelo pnico e pelo

    pa%or. (um mo%imento lento p

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    alguns supercouraados, esta%am estacionadas no sistema -a>s. ra imposs9%el que essa$arreira de ao e energia pudesse ser rompida por uma na%e estranha. (enhumaespaona%e poderia decolar de -a>s, e a tentati%a de pousar no planeta seria um%erdadeiro suic9dio. ;ispostas em concha, as fileiras das na%es terranas ha%iam

    $loqueado completamente o segundo planeta do sol LE656EMLN61rq". 1 pequena estrela

    amarela n)o possu9a nome pr>prioI era conhecida apenas pela designa)o so$ a qualconsta%a do catlogo estelar. ;ois planetas gra%ita%am em torno dela, e -a>s era oplaneta exterior. sta%a su$metido ao Grande &mp0rio go%ernado por 1tlan, pois fica%anas proximidades do grupo estelar 6E, a .DEM anos6lu7 da 3erra.

    -o$ o ponto de %ista humano, -a>s era um mundo in>spito. 1 atmosfera consistiaprincipalmente de nitrog8nio e gs car$ continha quantidades redu7idas doelemento %ital, o oxig8nio. as o pro$lema principal era a rota)o lenta do planeta.Ae%a%a DEL horas terranas para girar uma 2nica %e7 em torno de seu eixo. ;aliresulta%am certos efeitos colaterais $astante desagrad%eis, que geralmente s> s)oencontrados nos mundos que n)o possuem nenhum mo%imento de rota)o, 1 7ona

    intermediria entre a face diurna e a noturna era fustigada por furacBes %iolent9ssimos.ssa rea era ameaada constantemente pela f2ria dos elementos. (estas condiBes n)ohou%e possi$ilidade de que em -a>s surgisse faixas de %egeta)o mais extensas. 1superf9cie do planeta era formada por desertos.

    ()o era s> graas aos relatos dos tenentes 1l'her e (olinoK que o aor Claudrintinha conhecimento das condiBes que encontraria no planeta se realmente hou%esse ain%as)o. 3al qual todas as pessoas que se encontra%am a $ordo, fa7ia %otos de queconseguissem arrancar dos antis o segredo das alteraBes sofridas por hodan.

    1quele homem nascido em psal n)o podia sa$er que dedica%a suas esperanas aum lo$o em pele de cordeiro. (em uma 2nica pessoa da ?rota conhecia a %erdadeira

    identidade do administrador. *or enquanto todos esta%am dispostos a cumprir as ordensdo falso hodan.1s modificaBes f9sicas %is9%eis sofridas pelo administrador teriam sido aceitas

    tranqilamente pelos amigos, se untamente com estas n)o se ti%essem re%elado traos decarter at0 ent)o desconhecidos.

    Claudrin sa$ia raciocinar. *or isso foi o primeiro a corrigir sua afirmati%a. (aturalmente quero di7er que de%emos a%anar em frente ampla contra os

    adeptos de 5aalol disse. m -a>s as coisas ser)o $astante confusas enquanto n)oconhecermos os planos dos antis.

    les n)o estar)o dispostos a re%el6los espontaneamente disse o ;r. ie$sam

    em tom sarcstico.(ingu0m o contradisse. Huem quisesse o$ter informaBes dos antis teria de $usc6

    las em -a>s. 1contece que, segundo parecia, os sacerdotes s> espera%am que issoacontecesse.

    5ell, que na aus8ncia de Cardif se esfora%a para minimi7ar os erros do homem queacredita%a ser seu amigo, %iu6se numa situa)o dif9cil. 3eria de pro%ar a hodan que umataque a esse planeta dos antis seria um a$surdo. , para apresentar essa pro%a, teria de

    pousar em -a>s. O gorducho comeou a desconfiar de que os sacerdotes ha%iam colocadouma armadilha na qual a ?rota -olar aca$aria caindo de qualquer maneira. hodan aquele hodan era a melhor garantia de que isso aconteceria.

    J J J

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    1 estrat0gia de #utl>s era simples e eficiente. Consistia simplesmente em cumpriras instruBes do Grande 5aalol, hou%esse o que hou%esse. ?oi assim que esse anti foisu$indo at0 transformar6se no sacerdote em exerc9cio no mundo de -a>s. Huando #utl>schega%a a contradi7er algu0m, isso s> acontecia com um su$ordinado. 1dotara o

    princ9pio de que s> alcana o poder aquele que permanece entre os poderosos e sa$e lidar

    com eles, e esse princ9pio o audara durante toda a %ida. *ara os outros sumos sacerdotesera um homem quieto, que n)o chama%a a aten)o. @m $elo dia chegara a -a>s numana%e cil9ndrica e assumira o cargo de sumo sacerdote. -a9ra da eclusa, magro e ereto, elanara um olhar atento para a rea industrial.

    1s instalaBes que os antis ha%iam montado em -a>s fica%am numa depress)o$astante profunda, cercada de montanhas altas e desertas. 1 depress)o media cerca deoito quil

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    Hualquer mudana de posi)o era prontamente registrada. O disp8ndio de energia de cadaespaona%e era cuidadosamente controlado, para que se pudesse constatar prontamente oin9cio da in%as)o.

    (a opini)o de #utl>s, os terranos esta%am demorando demais. *elos padrBesterranos, a ?rota se mantinha no espao h tr8s dias. O sumo sacerdote esperara que

    todos os antis conseguissem escapar nas na%es cargueiras antes da chegada dos terranos.1 rapide7 com que as espaona%es esf0ricas ha%iam sa9do do hiperespao frustrara essaparte do plano. Os sacerdotes de -a>s %iam6se o$rigados a permanecer na $ase contra a%ontade.

    ra a primeira %e7 que #utl>s %ia sua estrat0gia condenada ao fracasso. Hualquerdefesa contra a in%as)o, por mais %igorosa que fosse, entraria em colapso depois dealgum tempo. O sumo sacerdote n)o esta%a disposto a deixar que os terranos seapoderassem de -a>s sem luta, mas esta%a preparado para uma derrota fulminante.

    #utl>s passou discretamente a m)o pelo ca$elo. 1s na%es que se enfileira%am emtorno do planeta n)o o deixa%am ner%oso. -entia certa melancolia diante da id0ia de que

    sua caminhada em dire)o ao poder teria de es$arrar com a fora e a %elocidade de quatromil espaona%es. Continua%a a ulgar correta a maneira pela qual organi7ara sua %ida. Huando atacar)o4 disse uma %o7 que penetrou em sua consci8ncia./irou6se e fitou os olhos inteligentes de 3asnor, que era seu representante. ;esde o

    primeiro dia #utl>s ti%era uma opini)o $em definida a respeito de 3asnor. ra inteligente,muito mais inteligente que ele mesmo. as nunca chegaria a ser um dos altos dignitriosdo 5aalol. 3asnor cometia dois erros fatais. ?ala%a demais, e fala%a com qualquer pessoa.1l0m disso, acredita%a que de%ia impor, de qualquer maneira, algumas de suas id0ias. esse procedimento estragaria sua carreira.

    #utl>s fitou seu interlocutor sem di7er uma pala%ra, e a ati%idade de 3asnor morreu

    em meio a esse sil8ncio, congelou6se so$ o $rilho frio dos olhos de #utl>s. *ara o sumosacerdote pouco importa%a o que 3asnor sentisse em rela)o a ele. *ro%a%elmente aqueleo%em o odia%a. as isso n)o afeta%a o respeito que lhe tri$uta%a. ;urante seus contatoscom os poderosos, #utl>s aprendera como conquistar e conser%ar o respeito dos outros.

    sta espera desgasta os ner%os da gente disse #utl>s, como que sedesculpando.

    @m sorriso surgiu no rosto de #utl>s, um sorriso que desagradou 3asnor,transformando6o num o%em inexperiente e de ner%os d0$eis, com o qual o sumosacerdote tinha de ocupar6se, como se n)o $astassem as tarefas importantes que precisa%acumprir. O representante enru$esceu. 5aixou os olhos, e as m)os desceram pela manta

    larga. Compreendo respondeu #utl>s, em tom am%el. ;e%er9amos agradecer os

    terranos por nos concederem um pra7o que nos permite executar a segunda parte de nossoplano.

    "epna6#aloot, que era $astante $aixo e gordo para um anti, %irou6se sem sair dolugar.

    1t0 parece que ainda temos uma sa9da disse. (unca deseei uma morteher>ica. #utl>s, que id0ia 0 essa que ainda lhe infunde alguma esperana4

    O 2nico sacerdote de -a>s pelo qual #utl>s sentia alguma simpatia era "epna6#aloot. ()o podia aplicar suas atitudes costumeiras a esse homem $aixo. "epna6#aloot

    sempre transmitia ao am$iente em que se encontra%a a indiferena que sentia diante detodas as coisas. esmo quando formulasse perguntas, como aca$ara de fa7er, perce$ia6se

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    perfeitamente que n)o ha%ia nada que pudesse a$al6lo no seu 9ntimo. -> ha%ia uma coisacapa7 de entusiasmar aquele sacerdote o ogo de *aloot.

    ra um ogo proi$ido. 1contece que "epna6#aloot conhecia t)o $em as regras desseogo que era de supor que por mais de uma %e7 deso$edecera : proi$i)o. (as noitestranqilas, muitas %e7es se deixara le%ar a contar alguma coisa a respeito do ogo de

    *aloot. (as suas hist>rias sempre figura%a como espectador, mas qualquer pessoa que oou%isse compreenderia perfeitamente que seu papel real era o de um participante.*ara ulgar o carter de "epna6#aloot, de%ia6se partir do princ9pio de que este era

    um ogador nato. agora, pela primeira %e7, toma%a conhecimento do que esta%a emogo.

    sta%a em ogo a mesma coisa que os outros sacerdotes arrisca%am a %ida.ra claro que "epna6#aloot tam$0m gostaria de sair do ogo, se ti%esse

    oportunidade para tanto. *or isso era poss9%el que as pala%ras que aca$ara de proferirfossem menos indiferentes do que costuma%am ser suas falas.

    ()o %eo nenhum moti%o para deixarmos de executar nosso plano original

    disse #utl>s. -eguiremos as instruBes do Grande 5aalol.1ntes que conclu9sse sua fala %iu a express)o de oposi)o nos olhos de 3asnor. Huando rece$emos as ordens da sede ainda n)o sa$9amos que n)o ha%eria

    possi$ilidade de a$andonarmos -a>s ponderou o o%em sacerdote. O planoela$orado pelo Grande 5aalol partiu de pressupostos totalmente di%ersos dos atuais.

    #utl>s n)o te%e necessidade de examinar os rostos dos outros antis para certificar6sede que a maioria deles compartilha%a a opini)o de 3asnor. -eu representante pareciasentir a mesma coisa. &sso n)o deixou #utl>s nem um pouco ner%oso. sse tagarela n)o oimpediria de sa$orear seu 2ltimo triunfo.

    1 2nica coisa que mudou 0 o fato de ainda nos encontrarmos aqui disse o

    sumo sacerdote, em %o7 $aixa.3asnor cometeu o erro de %er nessas pala%ras uma manifesta)o de fraque7a de#utl>s. Ae%antou os $raos num gesto de s2plica e dirigiu6se aos antis reunidos.

    #utl>s tem ra7)o gritou para eles. 1inda estamos aqui, e nossa %ida correperigo. Huatro mil na%es atacar)o -a>s e n)o nos dar)o a menor chance. -e quis0ssemosarriscar a luta, estar9amos fa7endo um sacrif9cio insensato. -ugiro que re%elemos aosterranos quem 0 a pessoa que se apresenta como hodan. les o prender)o e %oltar)o :3erra.

    1 sugest)o n)o presta disse #utl>s, em tom de despre7o. -e os astronautasterranos desco$rirem que est)o o$edecendo :s ordens de Cardif, far)o tudo para desco$rir

    onde se encontra o %erdadeiro hodan. ha%eria um lugar melhor para eles o$tereminformaBes so$re isso do que o planeta -a>s4

    #utl>s fe7 uma pausa, para que os sacerdotes ti%essem tempo para refletir so$re apergunta que aca$ara de formular. ;epois, prosseguiu

    Huer di7er que pousar)o no planeta, mesmo que sai$am que o filho se fe7 passarpelo pai. *ro%a%elmente o fato de n>s os termos enganado os deixaria muito mais7angados o sumo sacerdote fe7 um gesto %iolento. ()o %amos iludir6nos. -a$emos

    perfeitamente que os terranos s)o inimigos muito perigosos. -er que de%emos irrit6losainda mais4 *or enquanto temos Cardif nas m)os. ()o de%emos a$andonar este trunfo.nquanto 3homas Cardif, disfarado em hodan, exerce as funBes de administrador, as

    na%es da 3erra n)o nos s)o muito perigosas. O Grande 5aalol nos informou que, nomomento, outro homem poderoso da Galxia o deixa muito mais preocupado.

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    O &mperador Gono7al /&&& interrompeu "epna6#aloot. O almirante doGrande &mp0rio de Srcon.

    #utl>s perce$eu que o pequeno sacerdote n)o esta%a disposto a acompanhar osarrou$os de 3asnor. "epna6#aloot costuma%a refletir antes de tomar suas decisBes. osantis sa$iam disso. 1 express)o de lealdade de "epna6#aloot fa%orecia $astante o

    prest9gio do sumo sacerdote. &sso mesmo disse #utl>s. -a$emos que muita coisa aconteceu desde que1tlan, um arcs compreendeu que "epna6#aloot era a 2nica pessoa a qual

    n)o conseguira con%encer. as o anti era muito experimentado para confessar isso.Q-le adota a mesma t+tica &ue euR, pensou o sumo sacerdote, perplexo.

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    -e 1tlan e Cardif se pegarem, assistiremos de camarote disse #utl>s. Osistema em que nos encontramos fica na rea de influ8ncia do Grande &mp0rio. -e a ?rota-olar nos atacar, estar interferindo nos assuntos internos de Srcon.

    #utl>s aproximou6se da tela do aparelho de locali7a)o >tica e ligou6o. Os pontosrelu7entes %oltaram a aparecer.

    O plano 0 $om disse. %ai funcionar.Com estas pala%ras singelas, #utl>s manifestou sua decis)o de destruir quatro milna%es terranas ou melhor, de fa7er com que as mesmas fossem destru9das. os antisn)o se importariam nem um pouco se isso causasse a destrui)o de milhares de unidadesro$oti7adas de Srcon...

    J J J

    @m dos o$etos que s> aparecia na tela dos antis so$ a forma de um lampeo era ana%e linear &rondu'e, que se mantinha numa >r$ita constante em torno de -a>s.

    O 3enente 5ra7o 1l'her foi andando pelo longo corredor que le%a%a da sala decomando aos camarotes dos oficiais. *ouco atrs dele caminha%a o 3enente -tana(olinoK. ra $aixo e usa%a ca$elos cortados : esco%inha. ?orma%a um contrastemarcante com 1l'her, que era um homem alto e ossudo.

    Os dois oficiais se conheciam desde a primeira tarefa desempenhada na ?antas+.-o$re%i%eram ao naufrgio espacial untamente com *err+ hodan e foram sal%os peloCapit)o -amuel Gra+$ound. Os dois homens esta%am ligados por uma ami7ade sincera,que ultrapassa%a em muito os limites do simples companheirismo. (o que di7 respeito :com$ati%idade forma%am uma equipe muito $em austada. @m homem como 5ra7o1l'her na central de tiro de uma espaona%e representa%a um perigo maior que de7

    cru7adores pesados.-empre que algu0m lhe pergunta%a so$re suas extraordinrias capacidades,costuma%a di7er

    Aido com os canhBesI apenas isto. as resta%a sa$er como lida%a com eles.1 pris)o comum em -a>s unira ainda mais os dois tenentes. -a$iam que sua

    perman8ncia in%oluntria nesse planeta fora causada exclusi%amente pelo homem que,segundo todos acredita%am, era *err+ hodan. Cardif n)o ti%era a menor considera)ocom eles. ;eixara6os na na%e dos antis e, al0m disso, dera ordem para a$rir fogo contra o%e9culo espacial dos sacerdotes.

    O que desea de n>s4 perguntou (olinoK e parou.

    m sua %o7 ha%ia um tom inconfund9%el que era um misto de desconfiana e dedespre7o. 1l'her sacudiu a ca$ea como quem se lamenta.

    /oc8 est falando no chefe4 indagou o amigo. T %erdade respondeu (olinoK, em tom amargurado.1l'her parou : porta de um camarote e $ateu.

    ?aa o fa%or de entrar.1l'her a$riu a porta e entrou no pequeno recinto. O ch)o esta%a co$erto por cacos

    de espelho. *erplexo, 1l'her olhou para a cama so$re a qual esta%a deitado *err+hodan.

    O administrador tirara o casaco do uniforme, trocando6o por um pulculos escuros do tipo usado pelost0cnicos nas salas dos con%ersores. 1l'her ou%iu que (olinoK entra%a atrs dele.

    O senhor mandou chamar6nos, sir disse 5ra7o.

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    Os >culos n)o lhes permitiam %er os olhos de hodan. Huando o administrador sele%antou, 5ra7o 1l'her n)o sa$eria di7er se esta%a olhando para ele ou para (olinoK.-urpreendentemente, hodan usou um tom am%el.

    Os senhores sa$em que pertencem ao grupo de pessoas em quem mais confio principiou, dirigindo6se aos dois tenentes.

    -im, senhor responderam 1l'her e (olinoK a uma %o7.1l'her sentiu que (olinoK o olha%a como quem n)o entende nada. ()ocompreendia muito $em por que lhes fora conferida essa posi)o pri%ilegiada.

    scolhi os senhores para me le%arem a *eregrino lem$rou hodan. -ei daro de%ido %alor :s suas qualidades.

    5ra7o 1l'her sentia6se cada %e7 mais inseguro. ssa fala le%aria a alguma coisa quede forma alguma contri$uiria para restaurar a confiana que deposita%am em hodan,

    pois esta se deteriora%a progressi%amente. -em d2%ida, sir disse 1l'her em tom cauteloso.m sua opini)o seria prefer9%el que n)o o deixasse concluir porque (olinoK, com

    seu g8nio impulsi%o, s> causaria pro$lemas.hodan le%antou6se e pisou em alguns cacos. O ru9do fe7 com que 1l'herestremecesse. /iu o quadro do espelho pendurado na parede. 1o que parecia, oadministrador o que$rara num acesso de rai%a.

    Os senhores presenciaram o ato de indisciplina do aor #refen$ac4 indagouhodan. -e presenciaram, %iram a que ponto pode chegar a arrogncia psicoptica deum oficial.

    (olinoK aspirou ruidosamente o ar. 1l'her cutucou6o com o coto%elo, fa7endo%otos de que hodan n)o o notasse.

    /imos tudo confirmou 1l'her em tom tranqilo.

    O aor #refen$ac 0 o imediato da &rondu'e prosseguiu hodan. Oumelhor, ele foi. -ir! exclamou 1l'her, em tom apa%orado. ()o permitirei que continue num cargo de tamanha responsa$ilidade

    anunciou hodan. ()o 0 poss9%el que uma posi)o %ital para a na%e sea ocupada porum homem desse tipo. O aor #refen$ac n)o 0 capa7 de cumprir a ordem mais simples.O que se dir quando ti%ermos que tomar decisBes importantes4 &magino que, em meio auma $atalha espacial, o maor perder os ner%os e recusar o cumprimento das ordensque rece$er.

    1l'her esforou6se para conser%ar a calma. Os pensamentos atropela%am6se em seu

    c0re$ro. Aamenta%a que 5ell n)o esti%esse presente. O amigo pessoal de hodan pareciaser a 2nica pessoa que continua%a a exercer certa influ8ncia so$re aquele homem doente.

    *ara mim, o aor #refen$ac 0 um $om oficial e um superior muito competente disse -tana.

    hodan fe7 que sim. /oltara a sentar6se. 1 inter%alos regulares cra%a%a os dedos nasco$ertas. O gesto desenha%a6se com toda nitide7.

    -uas pala%ras constituem a melhor pro%a de que o senhor n)o sa$e a%aliar essetipo de gente, tenente disse. -empre 0 importante estudar as pessoas que noscercam. O senhor de%e fa7er uma %erdadeira aut>psia de seu carter, (olinoK. @searmadilhas psicol>gicas, e o senhor perce$er que, muitas %e7es, a fachada $rilhante

    esconde um g8nio de canalha. -im, senhor respondeu (olinoK em tom frio e indiferente.

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    ;e repente 5ra7o 1l'her sentiu que hodan o fita%a por trs das escuras lentes dos>culos. sforou6se para enfrentar esse olhar.

    3enente 1l'her, tenho a impress)o de que o senhor 0 um oficial muitoapro%eit%el principiou hodan.

    ?ao o que posso, sir respondeu 1l'her, esforando6se para dar : %o7 um tom

    am%el.hodan acenou com a ca$eaI parecia satisfeito. O senhor ser o imediato da &rondu'e, tenente.*or um instante 1l'her sentiu6se t)o perplexo que n)o conseguiu formular qualquer

    resposta. Os pro$lemas, que se amontoa%am diante dele em %irtude desse con%ite fatal,lhe pareciam insuper%eis. uito pertur$ado, piscou os olhos.

    hodan soltou uma risada rouca. &sso o surpreende, n)o 0 mesmo, 1l'her4 -em d2%ida conseguiu di7er o tenente.hodan le%antou6se e, arrastando os p0s entre os cacos que tiniam, aproximou6se de

    1l'her. (um mo%imento instinti%o, este deu um passo para trs. hodan $ateu em seuom$ro. O senhor sa$er dar conta do recado disse numa cordialidade forada.1l'her estremeceu. (olinoK parecia enriecido como uma coluna de pedra.

    ;esorientado, 5ra7o olha%a para ele. ?ico6lhe muito grato pela confiana, sir gagueou.1 m)o de hodan pesa%a em seu om$ro, mas 1l'her n)o se atre%eu a fa7er qualquer

    mo%imento. ;e repente lem$rou6se de seu primeiro encontro com hodan. (aquelaoportunidade pensara que o administrador fosse um mecnico e lhe dispensara otratamento que correspondia a essa posi)o. O hodan de quem se lem$ra%a era um

    homem completamente diferente daquele que se encontra%a : sua frente. (olinoK e o senhor s)o as pessoas que melhor conhecem a $ase de -a>s dissehodan. st)o em condiBes de comandar o ataque contra os antis. #refen$ac ficarde lado, e tudo dar certo. Os senhores ser)o meus elementos de liga)o com a frotain%asora. 3ransmitir)o minhas ordens :s unidades que esti%erem empenhadas nocom$ate.

    -ir, eu... principiou 1l'her.1 %o7 de hodan assumiu um tom spero.

    1lguma o$e)o, tenente41l'her engoliu em seco. -eus olhos refletiram um $rilho... de temor. O que o

    pertur$a%a n)o era o homem em si, mas sim as lendas, a hist>ria dos atos do mesmo.1l'her falou com a coragem do desespero

    /eo6me forado a recusar sua proposta, sir. -into muito. O qu84 gritou hodan. -er que o senhor enlouqueceu, tenente4 Ofereo6

    lhe a maior chance de sua %ida, e o senhor se atre%e a recusar minha oferta45ra7o 1l'her arregalou os olhos e fitou o homem enfurecido. @ma palide7 tremenda

    co$ria seu rosto. -uas m)os tremiam le%emente e as palmas esta%am 2midas dener%osismo. (olinoK mantinha6se de p0 atrs dele, com os dentes cerrados. ?icou emsil8ncio.

    -er que o senhor tramou algum golpe untamente com esse palerma do

    #refen$ac4 $errou hodan fora de si. -a$erei fa7er cumprir minhas ordens. Hualquer ordem que o senhor me der ser cumprida, sir disse 1l'her, em %o7

    $aixa. (o entanto, os regulamentos me permitem refletir so$re uma promo)o que me

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    sea oferecida e mesmo recus6la, desde que n)o me sinta em condiBes de cumprir asno%as tarefas.

    ?ora! gritou hodan.5ra7o 1l'her e -tana (olinoK fi7eram contin8ncia e retiraram6se.

    Cheguei a pensar que %oc8 aceitaria a promo)o disse (olinoK em tom

    tranqilo assim que se encontra%am a uma distncia tal que hodan n)o podia ou%i6los.1l'her respira%a fortemente. -eu rosto, at0 ent)o muito plido, enru$esceu. Huase que ele me pega de surpresa confessou. ()o perdoou essa hist>ria

    dos $otBes ao maor. /oc8 est falando no chefe disse (olinoK num misto de repreens)o e ironia. Gostaria de poder dar6lhe alguma forma de apoio disse 1l'her. 1o que

    tudo indica, sua conduta incompreens9%el tem algo a %er com sua estranha doena. (otouque esta%a usando um pulculos. ;ecerto os pediu emprestados a um t0cnico.

    5ra7o 1l'her sentiu6se dominado por um temor inexplic%el. ;e qualquer maneira est escondendo alguma coisa disse, dirigindo6se a(olinoK.

    T poss9%el que a parte superior do rosto se tenha alterado a tal ponto queprodu7 um efeito repugnante.

    /oc8 acha que ele %ai morrer4 perguntou 1l'her em tom deprimido. (a opini)o dos m0dicos, a prolifera)o celular n)o 0 maligna. 3udo depende de

    como os >rg)os e o c0re$ro reagir)o a esse crescimento desmesurado concluiu(olinoK com um gesto. -e os m0dicos n)o conseguirem deter o processo, ha%er nom9nimo uma gra%e crise. as quando acontecer isso4

    (aquele momento esta%am chegando : sala de comando. nquanto entra%am,(olinoK perguntou6se em %o7 $aixa o que acontecer4

    J J J

    1 $ordo da &rondu'e os nimos esta%am muito deprimidos. ()o se ou%ia uma 2nicapala%ra alegre. Os oficiais fitaram os dois tenentes sem di7er uma pala%ra.

    Como %ai ele, tenente4 perguntou 5ell, dirigindo6se a 1l'her. -ente6se muito amargurado, sir informou 5ra7o. *retende su$stituir o

    aor #refen$ac do posto de imediato. Ofereceu6me esse posto. st ou%indo, maor4 perguntou 5ell, falando por cima do om$ro. stou, sir respondeu "unt #refen$ac, com a %o7 apagada.Com o rosto plido, mas controlado, o maor le%antou6se e aproximou6se de 5ell.

    sta%a a$atido, mas parecia mais orgulhoso que nunca. u lhe entregarei meus galBes, tenente disse, dirigindo6se a 5ra7o. ()o, sir o$etou o o%em. ecusei a proposta de hodan. Huando in%oquei

    os regulamentos ele nos p

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    ?alarei com ele anunciou eginald 5ell.(ingu0m formulou qualquer o$e)o. -e ha%ia um homem que ainda podia di7er

    algumas pala%ras sensatas a *err+ hodan, esse homem era 5ell. st usando pulculos protetores do tipo usado pelos soldadores.

    5ell cumprimentou os homens com um gesto e retirou6se da sala de comando.;u%ida%a de que sua importante miss)o fosse coroada de 8xito. 1o que parecia, o fioin%is9%el da sua ami7ade de muitos anos se rompera.

    5ell confessou a si mesmo que a %ontade de resistir :s ordens a$surdas de hodancrescia cada %e7 mais. Os efeitos secundrios do tratamento de choque a que *err+ forasu$metido em O'ul n)o diminu9am.

    Huando chegou : frente do camarote de hodan, 5ell achou prefer9%el $aterfortemente : porta. 1ntigamente n)o conhecia esse tipo de cerim

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    1calmar6me4 repetiu o homem que n)o era capa7 de desempenhar o papelde administrador. -er que %oc8 compreende a minha desgraa4 Huer que eu lhemostre4

    (um mo%imento repentino tirou os >culos e atirou6os para longe.&ncapa7 de proferir uma 2nica pala%ra, 5ell fitou os olhos do amigo. O medo e o

    desespero, a rai%a e o >dio $rilha%am nos mesmos como se fossem chamas amarelas.;e repente 5ell lem$rou6se de que %ira um par de olhos desse tipo. Huando aindaera muito o%em %isitara um 7ool>gico e um animal fero7 o fitara por entre as grades.

    1 cor mudou gritou hodan.5ell, que tinha ner%os de ao, $aixou os olhos.

    -)o os antis gritou hodan. -)o culpados de tudo. *agar)o por isso. -a>scair.

    (aquele momento, 3homas Cardif s> tinha uma coisa em comum com o pai onome que usa%a inde%idamente e o t9tulo que usurpara. -eus traos de carterso$repunham6se cada %e7 mais :s caracter9sticas positi%as herdadas. Cardif transformara6

    se num fantico odiento, que s> %i%ia em fun)o do deseo de %ingana.eginald 5ell le%antou6se. sta%a muito a$alado. Olhando para o ch)o, caminhouem dire)o : porta.

    5ell! gritou uma %o7 atrs dele.5ell n)o se %irou, porque aquele olhar de lo$o ainda ardia em seus pensamentos

    como se fosse uma chama inextingu9%el. *arou, mas n)o disse uma pala%ra. /oc8 tem de apoiar6me, 5ell pediu hodan com a %o7 rouca.1 2nica coisa feita por 5ell foi confirmar com um aceno de ca$ea. isso lhe

    custou um autocontrole maior do que qualquer outra coisa que acontecera em sua %ida.O homem que se encontra%a so$re a cama era um estranho. ()o ha%ia mais qualquer

    relacionamento entre eles. 5ell retirou6se com os sentimentos em irrup)o.squecera6se completamente do moti%o que o le%ara para l. Huando %oltou : salade comando, s> o aor Claudrin formulou uma pergunta.

    O que foi que o chefe disse45ell fitou o homem nascido em psal. O interesse de Claudrin apagou6se.

    3irou os >culos disse 5ell em %o7 $aixa.ram exatamente EMLP h, tempo padr)o. ;epois disso ningu0m mostrou qualquer

    interesse por hodan. (a sala de comando o sil8ncio era ainda maior. 3odos espera%amque hodan aparecesse. U entrada do administrador seguir6se6ia, ine%ita%elmente, aordem de iniciar a in%as)o de -a>s.

    &ndiferente a esses acontecimentos, a &rondu'e prosseguiu em sua >r$ita em tornodo planeta dos antis. em seu interior encontra%a6se um homem cua intelig8ncia esta%asendo tur$ada progressi%amente pela terr9%el prolifera)o celular.

    sse homem esta%a in%estido no comando de toda a ?rota -olar. (as m)os de umhomem sensato, as milhares de na%es que a compunham representa%am um importanteinstrumento pol9tico.

    3homas Cardif n)o era um homem sensato.-o$ seu comando, a ?rota se tornaria mais perigosa que um incontrol%el inc8ndio

    at

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    (o m$ito da Galxia a lei da causalidade tam$0m 0 confirmada so$ milhares deformas. -uas %ariantes s)o infinitas. uitas %e7es um efeito 0 produ7ido por duas causasque parecem ser independentes.

    O aor #ullmann nem desconfiou de que suas ordens foram uma das duas causasque fi7eram com que de7 mil na%es ro$oti7adas arc

  • 7/24/2019 O Imperador e o Monstro - William Voltz.doc

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    #ullmann empertigou6se. stes tempos se foram, ;ic'son. ()o se esquea das no%as ordens que

    rece$emos do administrador. Us ordens, sir respondeu ;ic'son. (ota%a6se perfeitamente que esta%a com

    %ontade de di7er uma coisa $em diferente.

    #ullmann fitou a tela do dispositi%o de locali7a)o. 1o que parecia, os saltadoresainda n)o sa$iam como de%iam agir diante da na%e esf0rica. sta desloca%a6se em quedali%re, como quem se mant0m em expectati%a.

    (aquele momento, um lampeo saiu dos pesados canhBes de popa da Vum$asi. @mraio de %inte cent9metros de espessura atra%essou o espao e passou unto : na%ecil9ndrica.

    uito $em, ;ic'son gritou #ullmann. *or enquanto $asta. 1 na%e dos saltadores procura esta$elecer contato, sir anunciou ?leming, que

    se encontra%a na sala de rdio. Huer que transmita a liga)o para o senhor pelo%ideofone4

    1nde logo pediu o maor.1 tela de radiocomunica)o espacial comum iluminou6se. @m rosto $ar$udo surgiuna mesma. -e 1l$ert #ullmann %ira um homem irritado, era esse saltador. Com uma%is9%el alegria, o maor fitou o comandante da na%e cil9ndrica.

    O senhor tem alguma explica)o plaus9%el para esse comportamento, terrano4 perguntou o saltador com uma calma que n)o parecia muito con%incente.

    *repare6se para rece$er um comando de $usca anunciou #ullmann, em tomseco.

    O $ar$udo fitou6o com uma express)o de incredulidade. -er que o senhor conhece a posi)o de sua na%e4 perguntou. -er que

    seus conhecimentos de Cosmona%ega)o $astam para que o senhor perce$a que seencontra no territ>rio do Grande &mp0rio41 d2%ida quanto : compet8ncia astronutica de #ullmann estimulou6o : a)o e

    atiou sua %aidade. stamos controlando esta rea disse em tom arrogante.O saltador fer%ia de rai%a. *logo, mas n)o sou$e interpretar a conduta do

    mercador. sta%a con%encido de que o saltador temia o exame de sua na%e. esse temorde%ia ter algum moti%o. 3al%e7 hou%esse carga proi$ida a $ordo da na%e cil9ndrica.#ullmann n)o notou os rostos preocupados dos tripulantes de sua na%e. ()o %iu/illaseluces $alanar a ca$ea, apa%orado. O maor s> %ia aquilo que ulga%a ser seude%er.

    ;ic'son, coloque mais um tiro diante de sua proa, para que esse sueitocompreenda que estamos falando s0rio gritou #ullmann.

    O mercador perce$era que o terrano esta%a falando muito s0rio. -eu rostoexprimia uma resigna)o misturada com re%olta.

    st $em, terrano disse em tom de c>lera. /amos mudar de rumo.

    #ullmann parecia satisfeito. Ordenou a ;ic'son que por enquanto n)o disparassenenhum tiro contra a na%e cil9ndrica. *oucos minutos depois formou o comando dea$ordagem. 3al comando usou um $arco auxiliar para transportar6se : na%e dos

  • 7/24/2019 O Imperador e o Monstro - William Voltz.doc

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    saltadores. Os mercadores cerraram os dentes e su$meteram6se : inspe)o. -a$iam que oarmamento de que dispunham n)o lhes permitia enfrentar um cru7ador terrano.

    #ullmann e seus homens re%istaram cuidadosamente a na%e. ()o encontrou nadaque parecesse suspeito. 1os poucos foi compreendendo que realmente deti%era uma na%emercante inofensi%a.

    QDe &ual&uer maneira, um ma6or terranoR, pensa%a #ullmann, Qno temnecessidade de pedir desculpas a um comandante saltador#RCom a %o7 fria #ullmann mandou que o comando se retirasse.

    *ode prosseguir %iagem disse em tom condescendente, dirigindo6se aosaltador.

    (os planetas do -istema 17ul o ensinamento hipn>tico esta%a sendo aplicado emgrande escala. 1ctica. (um futuro pre%is9%el 1tlan estaria em condiBesde formar uma frota gigantesca com excelentes tripulaBes.

    Os aliados se ha%iam transformado em inimigos. 1 e%idente press)o que esta%a

    sendo exercida contra Srcon teria le%ado 1tlan a agir, se a raa que o ameaa%a fosseoutra. 1contece que hodan era seu amigo pessoal ou melhor, ele o fora, at0 omomento em que comeara a agir como inimigo. O imperador tinha muita simpatia pelaraa humana, em$ora a chamasse de $r$ara.

    *or %rias %e7es os controles do centro de computa)o se ha%iam pronunciado pelaa)o contra as atre%idas na%es terranas. as 1tlan sempre passara por cima dasconclusBes l>gicas do gigantesco centro de computa)o, guiando seus atos porconsideraBes sentimentais. spera%a que *err+ hodan aca$asse por recuperar o $omsenso, reparando os erros gra%es que esta%a cometendo.

    1s unidades da frota ro$oti7ada de Srcon foram colocadas em regime de prontid)o.

    1tlan fi7era %rias confer8ncias com os altos dignitrios, mas em geral a QatividadeR dosmesmos apenas o pertur$a%a. ;urante as reuniBes fala%am sem parar, mas nuncachega%am a um resultado apro%eit%el.

    J J J

    *arecia uma parede a7uleada. 1contece que cada a7uleo era uma tela de imagem.3odos os canais le%a%am ao centro de computa)o, que por interm0dio deles irradia%a asnot9cias para 1tlan.

    @m ro$

  • 7/24/2019 O Imperador e o Monstro - William Voltz.doc

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    1gradeo a /ossa min8ncia disse a t9tulo de recusa. eceio que meupaladar se tenha acostumado :s del9cias de -aratan.

    -aratan era um planeta colonial de Srcon. O General 1lter 3oseff representa%a osinteresses do Grande &mp0rio naquele mundo. ;istinguia6se da maioria dos arc encontrou quarenta e tr8s homens que correspondiam :s exig8ncias. Ogeneral : sua frente era a pessoa que reunia o maior n2mero de pontos positi%os.

    1tlan perce$eu que mais uma %e7 o centro de computa)o acertara na escolha.3oseff n)o mostra%a qualquer sinal de decad8ncia.

    3er que dispensar essas del9cias por algum tempo, general disse 1tlan. 3emos tarefas importantes para o senhor.

    stou disposto a lutar em qualquer lugar pela causa do Grande &mp0rio disse

    3oseff em tom resoluto. 3em alguma ordem espec9fica para mim, imperador4uito pensati%o, 1tlan gira%a a x9cara nas m)os. -eu ca$elo muito $ranco forma%aum contraste marcante com o rosto, que era por demais escuro para um arc encontrara quarenta e tr8s homensque reuniam as mesmas qualidades de 3oseff.

    Huarenta e tr8s homens para todo o imp0rio.*err+ hodan dispunha de milhBes de cola$oradores desse tipo.ra por isso que o imperador precisa%a do aux9lio dos ac

  • 7/24/2019 O Imperador e o Monstro - William Voltz.doc

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    O sacerdote est falando pelo canal D disse a %o7.3oseff fe7 men)o de le%antar6se.

    ?ique aqui, general disse 1tlan. T $om que o senhor estea presentedurante a palestra, que sem d2%ida se relaciona com a miss)o que ter de cumprir.

    3oseff %oltou a sentar6se. @ma das telas iluminou6se, e os contornos apagados

    transformaram6se no rosto magro do sumo sacerdote que se encontra%a em exerc9cio em-a>s. 1tlan apertou um $ot)o, e o anti te%e a imagem do rosto do imperador proetada natela da sala de rdio da pirmide6templo de -a>s.

    1tlan n)o tinha nenhum moti%o para simpati7ar com os sacerdotes, pois estestam$0m ha%iam disseminado seus entorpecentes so$ a forma de li&uitivonos planetas dosistema de Srcon.

    O que desea4 perguntou o imortal em tom frio.O rosto magro de #utl>s continuou impass9%el. 1penas os l$ios se mo%eram

    quando respondeu com a maior tranqilidade 3enho uma not9cia para /ossa aestade.

    *elo seu tom de %o7 a not9cia n)o de%ia ser muito interessante. 1tlan lanou umolhar indagador para 3oseff. ?ale disse, dirigindo6se ao anti. O planeta de -a>s est su$metido : so$erania do Grande &mp0rio disse

    #utl>s, em tom indiferente.1tlan comeou a perder a paci8ncia.

    -er que o senhor chamou para me dar algumas liBes de 1stropol9tica4 perguntou em tom gelado.

    #utl>s sorriu. ;ificilmente 1tlan %ira um sorriso t)o despido de senso de humor.()o podia deixar de reconhecer que o anti sa$ia esconder seus sentimentos. 1quele rosto

    anguloso n)o mostra%a o menor sinal de emo)o. ;e forma alguma respondeu o sacerdote, em tom irsmica.

    O General 1l ter 3oseff fe7 um gesto de rai%a diante da o$ser%a)o atre%ida dosacerdote. 1tlan pediu que se conser%asse calmo. *or certo o sacerdote queria apresentar6lhe a not9cia de forma $astante sa$orosa.

    -a>s est na imin8ncia da in%as)o de uma frota terrana comandada por *err+hodan anunciou #utl>s, mantendo o tom de indiferena na %o7.

    1o ou%ir o nome de hodan, 1tlan estremeceu. ()o quis acreditar no que aca$arade ou%ir. Ae%ou alguns segundos para recuperar6se do choque.

    3em certe7a de que as na%es s)o terranas4 perguntou. -e andar depressa, /ossa aestade poder con%encer6se pessoalmente disse

    o anti em tom irs poder serdestru9do por $om$as de fus)o antes que o senhor chegue. 1final, hodan reuniu nadamenos de quatro mil na%es.

    Huatro mil repetiu 1tlan, com a %o7 apagada. @tili7a uma frota num ataquecontra um dos planetas do Grande &mp0rio! 3rata6se de uma a)o $0lica indisfarada.

    O senhor %ai agir4 perguntou #utl>s, com a %o7 curiosa.1tlan fitou6o com uma express)o nada am%el. Compreendia os pensamentos do

    sacerdote. ;e qualquer maneira, a conduta de hodan era inconce$9%el, pois, na %erdade,

    equi%alia a uma declara)o de guerra. *rocure adi%inhar disse, dirigindo6se a #utl>s, e desligou.

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    3oseff a$riu a $ocaI parecia hesitante. 1 como)o interna do imperador era patente.O general preferiu n)o soltar a o$ser%a)o que tra7ia na ponta da l9ngua. -eu instinto lhedi7ia que n)o podia audar aquele homem solitrio na decis)o que este teria que tomar.

    (aquele momento, a lealdade do general tornou6se ainda mais forte. (aquele instantete%e a sensa)o da liga)o que o unia ao imperador e da lealdade eterna que o prendia ao

    Grande &mp0rio. Como o $r$aro ps.

    O general sentiu6se apa%orado ao notar que 1tlan hesita%a em dar a respostaadequada : pro%oca)o da ?rota -olar. 1 ami7ade com *err+ hodan prendia6o como sefosse um fio in%is9%el. ()o conseguia compreender por que o administrador da 3erra foracapa7 de cometer essa %iola)o dos tratados firmados entre os dois imp0rios.

    aestade, qualquer hesita)o de nossa parte seria interpretada como fraque7apelos aliados e pelas col

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    -on7omon, o comandante da na%e dos saltadores, exige reparaBes imediatas e umpedido de desculpas p2$lico da parte do oficial terrano.

    Com uma pancada 1tlan interrompeu a liga)o. -eus l$ios estreitaram6se. 1gora $asta! disse em tom frio. *or maior que sea a paci8ncia, um dia

    aca$a.

    O que pretende fa7er, maestade4 perguntou 3oseff, fitando6o intensamente.1tlan tirou um mapa estelar de um estoo que se encontra%a : sua frente. 1$riu6oso$re a mesa. O general inclinou6se so$re ela. 1tlan traou um c9rculo em torno do grupoestelar 6E. Os planetas coloniais arcrica do momento. Os tempos em que toleramos tudo dos $r$aros terranos chegaram ao fim,

    general. Srcon re%idar o golpe. ()o ha%er outras %iolaBes 1tlan proferiu estas

    pala%ras em tom %iolento. Os aliados actico, n)o podem entrar em a)o. &sso significa que teremos de recorrera uma frota ro$oti7ada. sta equi%ale :s frotas terranas quanto ao poder de fogo, mas n)oquanto : capacidade de rea)o e aos truques espantosos que os homens de hodancostumam usar, durante as $atalhas c>smicas.

    1nsioso, o arcs, imperador4O punho cerrado de 1tlan $ateu no c9rculo que aca$ara de traar no mapa.

    ;e7 mil unidades $astar)o disse. ;e7 mil!4 repetiu 3oseff em tom hesitante.

    Outros grupos ficar)o de prontid)o prosseguiu 1tlan. -e hodan quermesmo uma pro%a de fora, n>s lhe faremos a %ontade.-em di7er uma pala%ra, o general fitou o mapa. &maginou o momento em que de7

    mil na%es ro$oti7adas arcs os derrotaremos, imperador! exclamou. (>s os expulsaremos doGrande &mp0rio e faremos com que percam a %ontade de %oltar.

    1tlan sacudiu a ca$ea. O senhor fala que nem um terrano, general disse em tom sua%e. -e

    conseguir agir como um terrano, compreender que 0 muito dif9cil derrot6los. st)oimpregnados da %ontade f0rrea de n)o permitir que nada os detenha. esse 9mpeto que osle%a para a frente 0 sim$oli7ado por um 2nico homem.

    *err+ hodan completou 3oseff. -e conseguirmos derrotar esse homem, desferiremos um golpe mortal na 3erra

    disse 1tlan.

    1pertou um $ot)o e o ro$

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    inha confer8ncia com Aechtos fica adiada por um tempo indeterminado disse 1tlan, dirigindo6se ao ro$

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    4

    Os dedos de Cardif crisparam6se em torno do lugar em que o ati%ador celularpulsa%a so$ o peito. Os antis o ha%iam indu7ido a arranar o aparelho. O esp9ritomartiri7ado de Cardif nem pensou na possi$ilidade de que 1quilo, o -er fict9cio do

    planeta *eregrino, pudesse ter algo com as alteraBes de suas c0lulas. 1inda n)ocompreendera suas ad%ert8ncias %agas.

    nunca mais as compreenderia...O processo de explos)o celular prosseguia de forma proporcional em todo o corpo.

    O c0re$ro era atingido da mesma forma que as outras partes. O estado de esp9rito deCardif n)o permitia que compreendesse o perigo sua %erdadeira identidade poderia serre%elada pelos antis!

    Confia%a cegamente num plano de %ingana que colocaria o planeta -a>s em suasm)os. ali espera%a o$ter as informaBes de que precisa%a para curar6se.ostraria aos homens que ainda sa$ia comandar uma frota. Gemeu e %irou6se na

    cama remexida. 1palpou o pulculos protetores.Q2m administrador no tem necessidade de esconder o rosto!R, pensou.ra $om que os oficiais %issem o rosto do homem que os condu7iria para a %it>ria

    so$re os antis. O tempo das hesitaBes chegara ao fim. (unca de%eria ter permitido queas ad%ert8ncias de 5ell o deti%essem. Huando seu poder esti%esse consolidado, 5ell seria

    um dos primeiros homens que mandaria liquidar.Cardif %erificou sua apar8ncia. ()o queria confessar o desespero e o pnico queha%iam tomado conta de seu esp9rito. *reparou6se para desempenhar o papel quecom$ina%a cada %e7 menos com sua pessoa o de 1dministrador do &mp0rio -olar.

    -eu aparecimento na sala de comando pro%ocou %rias reaBes diferentes. Ocomportamento do falso hodan representa%a uma carga pesada para os oficiais da&rondu'e.

    Cardif parou na porta e colocou as m)os nos quadris. Aanou um olhar atento paraos homens. -entiu a antipatia instinti%a dos mesmos. mpertigou6se e seus ca$elostocaram na parte superior da entrada.

    &sso significa%a que crescera mais um pedao.ntrou de %e7 na sala de comando.

    xpea uma ordem dirigida a todas as na%es, maor gritou para efe Claudrin. ;esfechar o ataque a -a>s.

    Claudrin %irou6se a$ruptamente. -eu corpo %olumoso atra%essou a sala de comandocomo se fosse um tanque humano. sta$eleceu liga)o de rdio comum com oscomandantes de todas as na%es.

    3al%e7 fosse prefer9%el que o senhor falasse pessoalmente, sir disse com a %o7tranqila. &sso representaria um est9mulo para a luta que se aproxima.

    @m sorriso de despre7o surgiu no rosto de 3homas Cardif, o que constitu9a mais

    uma pro%a de que n)o possu9a o ga$arito do pai. *ara derrotarmos essa $ase rid9cula, o tom de sua %o7 ser suficiente, maor

    disse numa ironia morda7.

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    (aturalmente, sir respondeu o homem nascido em psal e executou a ordem,sem di7er mais nada.

    Cardif olhou para o rel>gio de $ordo. ;entro de uma hora terrana, exatamente, as primeiras na%es pousar)o em -a>s

    disse.

    ()o sei por que, *err+, mas isso me d uma sensa)o desagrad%el disse 5ell,sem sair do lugar. O sil8ncio dos antis 0 altamente suspeito.Cardif soltou uma risada estridente. -eu rosto mo%imentou6se. 1 maior parte dos

    oficiais a$aixou a ca$ea diante do olhar sel%agem do administrador.(aquele momento todos os homens a $ordo da &rondu'e compreenderam que

    hodan nunca desistira do seu intento.1 %o7 mon>tona de efe Claudrin a%isou as outras na%es. Os comandantes aceitaram

    as ordens com a maior tranqilidade. (enhum deles formulou qualquer o$e)o. 1confiana na pessoa de hodan continua%a ina$al%el.

    (ingu0m nos de ter! exclamou Cardif. /amos limpar esse ninho de ratos.

    (aquele momento nem desconfia%a de que esta%a muito enganado...

    J J J

    ?osse qual fosse o ngulo so$ o qual #utl>s examina%a, agora, sua palestra comGono7al /&&&, o resultado lhe parecia pouco satisfat>rio. 1 rea)o do imperador n)o forat)o %iolenta como #utl>s esperara. O sumo sacerdote compreendeu que cometera um erroao irritar desnecessariamente 1tlan. Com isso s> aumentara a antipatia do imperador paracom sua seita. *or isso torna%a6se du%idoso que parte da frota arcs.

    ergulhado em pensamentos, o sumo sacerdote esta%a sentado na poltrona que

    correspondia : alta dignidade do cargo que ocupa%a. /e7 por outra, o fragmento de umapalestra dos outros antis penetra%a em sua consci8ncia. ()o se perce$ia qualquerotimismo. 3odos sa$iam que, se as na%es terranas atacassem, n)o ha%ia a menoresperana de sal%a)o. 1 derrota sofrida em O'ul constitu9a a melhor pro%a de que oscampos defensi%os indi%iduais dos sacerdotes n)o representa%am qualquer o$stculo paraos terranos.

    1s na%es terranas est)o mudando de posi)o gritou uma %o7 estridente.#utl>s so$ressaltou6se. Ae%ou apenas alguns segundos para orientar6se. Os

    sacerdotes comprimiam6se diante das telas dos detectores de massa e dos indicadores deenergia.

    ;eixem6me passar! ordenou o sumo sacerdote e fe7 seu corpo magro passar,sem a menor considera)o, por entre os outros.

    Os reflexos %erdes proetados pelos aparelhos de locali7a)o esta%am semo%imentando. /iam6se perfeitamente os lugares em que os mesmos se reuniam emgrupos. ()o era necessrio que #utl>s fosse um profeta para compreender o significadodessa modifica)o. -eu rosto assumiu uma express)o som$ria.

    1 in%as)o era iminente.3asnor disse com a %o7 desfigurada

    -eu plano falhou, #utl>s. 1tacar)o antes que Gono7al /&&& possa %ir em nossoaux9lio. ;u%ido muito que ele aparea por aqui com suas na%es.

    O sumo sacerdote compreendeu que a cr9tica amarga daquele homem tinha suaorigem exclusi%amente no medo de morrer. -eria in2til en%ol%er6se numa discuss)o comseu representante.

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    "epna6#aloot su$iu numa cadeira e agitou os $raos. O sumo sacerdote te%e aimpress)o de que aquilo representa%a uma in%estida contra sua autoridade, mas n)oformulou nenhuma o$e)o. O comportamento daquele anti de estatura $aixa des%iaria asatenBes dos antis da re$eldia de 3asnor.

    n)o existe a menor d2%ida de que teremos de morrer disse "epna6#aloot.

    -eus olhos pequenos e atentos fitaram os sacerdotes reunidos. O interesse de #utl>s eramaior que sua contrariedadeI continuou a manter6se em sil8ncio. -er que de%emos esperar at0 que os terranos nos matem4?e7 uma pausa de efeito. #utl>s comeou a desconfiar de alguma coisa.Q!sso um asurdoR, pensou. Q$o poss%vel &ue pretenda fazer uma coisa dessas.R*odia ser ilus)o, mas te%e a impress)o de que "epna6#aloot o fita%a com uma

    express)o irs sentiu que sou poder de decis)o esta%a praticamente paralisado.()o conseguiu formular uma ad%ert8ncia dirigida :quele sacerdote e interromper6lhe afala.

    ()o somos animais para esperarmos a morte! gritou "epna6#aloot.

    #utl>s %iu sinais de infinita $rutalidade naquele homem. &sso o deixou maisapa%orado que o ataque iminente da ?rota -olar. -a$eremos preencher o tempo que nos separa do fim. /amos sortear dois

    lutadores para o ogo de *aloot.*or um instante #utl>s fechou os olhos. Os gritos de apro%a)o dos sacerdotes

    arrancaram6no da rigide7. "epna6#aloot desceu da cadeira e misturou6se aos homens quediscutiam animadamente. 1 testa do sumo sacerdote esta%a co$erta de suor. 3asnor, quese mantinha em posi)o afastada, parecia perdido em meio : confus)o. -eu ataque a#utl>s n)o produ7ira o menor efeito. "epna6#aloot domina%a a situa)o.

    *arem! gritou o sumo sacerdote.

    @m auntamento de homens, usando mantas largas, a$riu6se e ps, esforando6se para dar um tom en0rgico :

    %o7."epna6#aloot atirou o primeiro $ilhete para o sumo sacerdote e perguntou

    Huem nos ulgar depois que ti%ermos morrido4#utl>s pegou o $ilhete e rasgou6o.

    O ogo 0 proi$ido repetiu em tom o$stinado, se esforando para apresentaralgum argumento.

    ()o se lem$rou de nenhum.

    O sumo sacerdote n)o participa do ogo disse "epna6#aloot, em tom dedespre7o. 5asta sortear um com$atente. 1presento6me como %oluntrio.

    #utl>s acreditara n)o ha%er nada que pudesse deix6lo com rai%a. 1gora, por0m,n)o conseguiu reprimir um %iolento acesso de c>lera. Aanou um olhar penetrante para osacerdote mais $aixo. Os olhos de "epna6#aloot formularam uma indaga)o muda.

    #utl>s ou%iu sua pr>pria %o7, enquanto as m)os tremiam le%emente ()o precisamos tirar a sorte. Autarei contra "epna6#aloot.1o que parecia, "epna6#aloot n)o esperara outra coisa. ()o perdeu tempo. Com

    mo%imentos rpidos comeou a tirar as %estes. @m momento disse o sumo sacerdote, com a %o7 apagada. ()o conheo as

    regras do ogo.O outro anti atirou as %estes so$re uma cadeira.

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    -e prosseguirmos na luta at0 o taloosei, tudo ser permitido respondeu comum sorriso.

    ()o %eo moti%o para terminarmos antes disse #utl>s. /amos escolher or$itro. -ugiro que sea gtoor.

    "epna6#aloot concordou. gtoor fitou o sumo sacerdote com uma express)o de

    d2%ida. Huem comea com a escolha das armas4 perguntou com a %o7 insegura.1quele que escolhesse em primeiro lugar sofria uma grande des%antagem, porque

    seu ad%ersrio poderia escolher armas que o protegessem. ra $em %erdade que a pessoaque escolhia em segundo lugar n)o poderia usar nenhuma arma que ti%esse sidoescolhida.

    -ou de opini)o que cada um de%e escolher tr8s armas props.

    Autarei com um espia, um punhal de -ostoos e um $ule de gua decidiu oad%ersrio de #utl>s.O sumo sacerdote te%e a impress)o de que a escolha do espia representa%a um golpe

    muito h$il, mas n)o tinha a menor id0ia do que "epna6#aloot pretendia fa7er com um$ule de gua. O punhal tam$0m n)o era uma arma muito perigosa. O sumo sacerdotesa$ia que n)o poderia usar nenhum espia.

    @ma arma de radiaBes, uma corda de Aagoo e... #utl>s hesitou ...e 3asnorcomo informante.

    O informante representa%a a 2nica chance de compensar o espia. 3asnorpermanecera em sil8ncio quando ou%ira sua escolha como terceira arma. -eus olhos

    chamearam de >dio, mas n)o te%e outra alternati%a sen)o aceitar a tarefa de informante.3asnor n)o poderia atacar, mas corria um perigo constante. "epna6#aloot poderia usartodas as armas contra ele. esta%a sa$er se, na qualidade de informante, 3asnorrepresenta%a um perigo para ele. #utl>s espera%a que seu representante causasse certasdificuldades a "epna6#aloot, ali%iando6o um pouco. (aturalmente era poss9%el que osacerdote n)o se interessaria pelo informante, a%anando diretamente so$re #utl>s.

    -er uma luta muito interessante disse "epna6#aloot. &nfeli7mente sercurta, pois o sumo sacerdote n)o possui a minha experi8ncia.

    ssas pala%ras representa%am uma confiss)o de que o sacerdote participara doogo proi$ido.

    Autei por sete %e7es at0 o taloosei disse em tom de orgulho. (em sei di7erquantas %e7es participei de ogos mais sua%es... *ara sua desgraa foram muitas %o7es,#utl>s.

    (esse instante, o sumo sacerdote de -a>s recuperou seu senso estrat0gico. Aimitou6se a responder com um aceno de ca$ea. nquanto tira%a a roupa, 3asnor, que era seuinformante, esta%a com o rosto muito plido. 1gtlos, outro sacerdote, audou gtoor, or$itro, a tra7er as armas.

    "epna6#aloot foi o primeiro a a%anar. -egura%a o $ule de gua na m)o direita. Opunhal sa9a do cinto da cala grudada : pele. O espia o%al flutua%a acima de sua ca$ea.O transmissor pertencente a #aloot esta%a pendurado so$re os om$ros do sacerdote. 1

    pequena tela lhe permitiria acompanhar todos os mo%imentos de #utl>s, a n)o ser queeste conseguisse destruir o espia.

    5oa sorte, "epna6#aloot disse gtoor, seguindo as tradiBes.

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    *ersiga6o ordenou #utl>s a 3asnor, que se sentia muito infeli7. Huero serinformado constantemente so$re sua posi)o. preciso sa$er o que pretende fa7er com agua.

    Guardou a arma de radiaBes e pendurou a corda de Aagoo so$re o om$ro. sta%aequipado.

    *or que n)o tira a roupa, #utl>s4 perguntou gtoor. stou en%ergando as %estes do sumo sacerdote respondeu #utl>s, em tomcompenetrado. @sei6as por muito tempo, e n)o me despoarei delas, nem mesmodurante a luta.

    Os rostos dos sacerdotes retrata%am seus pensamentos. #utl>s imagina%a o que iapor suas ca$eas.

    /i%era dentro dessas %estes e dentro delas lutaria.Continuaria a us6las, mesmo depois que "epna6#aloot o o$rigasse a iniciar o

    taloosei.1 pala%ra taloosei 0 de dif9cil tradu)o. -eu sentido equi%ale ao de um suic9dio por

    desespero.m sua forma mais %iolenta, o ogo de *aloot tra7ia a morte a um dos lutadores.3asnor saiu da sala sem di7er uma pala%ra. Chegara a hora de #utl>s tam$0m se

    retirar. Caminhou com o corpo ereto em dire)o : porta. 1ntes que chegasse a ela, ou%iu6se o alarma estridente do sistema de locali7a)o de a$alos estruturais. #utl>s parou. ()oera poss9%el que ti%esse tanta sorte.

    -umo sacerdote! gritou uma %o7 exaltada.#utl>s fe7 meia6%olta e retornou para unto dos companheiros. Os reflexos das

    na%es terranas se ha%iam imo$ili7ado. *erce$ia6se nitidamente o moti%o. *elo menosde7 mil na%es ha%iam surgido do hiperespao e penetra%am no sistema -a>s.

    ()o eram unidades solares. #utl>s te%e de apoiar6se com am$as as m)os paradissimular seus sentimentos. st)o chegando!4 gritou fora de si. O imperador %em em nosso aux9lio4!1 resposta %eio so$ a forma de um grito de 2$ilo. Os aparelhos de locali7a)o

    tremiam so$ a formid%el carga. @m a$alo le%e fa7ia estremecer o edif9cio. &ssosignifica%a que as unidades arcs.

    #utl>s te%e uma sensa)o de triunfo. ais uma %e7 sua ttica fora %itoriosa.1lcanara a maior de todas as %it>rias. ra s> uma quest)o de tempo para que as duas

    frotas entrassem em choque.Ou%iu6se um rangido, %indo da porta da sala dos instrumentos. #utl>s le%antou os

    olhos. Com uma express)o de incredulidade fitou o o$eto que flutua%a a meia alturaentre o ch)o e o teto.

    ra o espia de "epna6#aloot!O sacerdote n)o tomara conhecimento da mudana da situa)o, ou ent)o agia por

    puro desespero. ?ora a primeira %e7 que #utl>s se afastara de sua ttica, e a conseq8nciaera esta luta a$surda com "epna6#aloot. 1 $atalha das espaona%es, que -a>s espera%a,tornar6se6ia de importncia secundria.

    1 presena do espia n)o permitia a menor d2%ida. "epna6#aloot a$rira o ogo.

    (um gesto discreto #utl>s pegou a arma de radiaBes. O espia plana%a acima daporta como um inseto ofuscado pela lu7. "epna6#aloot esta%a escondido em algum lugar,

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    esperando o ad%ersrio. O espia permitia6lhe %er todos os mo%imentos do sumo sacerdoteproetados na tela.

    (um mo%imento rapid9ssimo #utl>s le%antou a arma. O o$eto %oador desceurapidamente. O tiro disparado pelo sacerdote fe7 uma a$ertura negra na parede. O espiasaiu apressadamente da sala.

    Os instrumentos de locali7a)o transmitiram o ru9do r9tmico dos rastreadoresenerg0ticos. 1 frota arcs quase chegou a acreditarque a ?rota -olar fugiria. (o entanto, as unidades da mesma apenas muda%am de

    posi)o.3asnor entrou. 3inha os ca$elos ca9dos na testa. ?itou #utl>sI parecia olhar atra%0s

    dele. "epna6#aloot est na unidade energ0tica n2mero tr8s anunciou com a %o7

    apagada. 1 mesma foi parcialmente destru9da durante o ataque simulado dossaltadores. st escondido nos destroos.

    1rregalou os olhos e concluiu 1%anou contra mim com o punhal.#utl>s acenou com a ca$ea. *arecia 7angado. -eu rosto magro e flcido assumiu

    uma express)o dura. 3eria de pagar por seu triunfo. Aanou mais um olhar para as telas.O plano dera certo.

    Continue a o$ser%6lo disse, dirigindo6se a 3asnor.-eu representante afastou6se para prosseguir em sua tarefa maca$ra. #utl>s n)o

    sentiu nenhuma compaix)o pelo o%em sacerdote. *ensou em seu grande triunfo. em"epna6#aloot, que o espera%a para le%6lo at0 o taloosei.

    #utl>s retirou6se da sala para pagar o preo que em sua opini)o era de%ido por um

    homem de seu tipo que se afasta%a de sua ttica, por uma s> %e7 que fosse.-aiu andando, magro e alto, com as passadas cautelosas e as m)os plidas de t)ofirmemente que segura%am a arma.

    (unca mais %oltaria.

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    Huando o General 1lter 3oseff %enceu de %e7 a dor causada pela transi)o, oimperador esta%a de p0 diante dos aparelhos de locali7a)o. 3oseff $alanou a ca$ea eergueu6se do leito. 1tlan %irou6se para ele.

    O sacerdote falou a %erdade. Huatro mil na%es dos $r$aros est)o reunidas emtorno de -a>s. *elo que se conclui de sua posi)o, est)o empenhadas nos preparati%os dain%as)o.

    Os ponteiros dos locali7adores de massa su$iram para a posi)o mxima. &n2meraslu7es acenderam6se nas telas dos oscil>grafos. O planeta -a>s aparecia nas telas so$ aforma de um segmento de c9rculo. Os campos gra%itacionais do planeta comea%am aatingir as na%es arc

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    (aquele momento 3oseff compreendeu o significado da inquietude interior quemuitas %e7es sentira. ra apenas a express)o de uma $usca inconsciente por um no%ocampo de ati%idade.

    O general o$ser%ou a tela. /iu o segmento esf0rico de -a>s como parte apagada deum mundo estranho. 3e%e a impress)o de estar sonhando.

    1deus, -aratan disse em %o7 $aixa.O imperador n)o respondeu : o$ser%a)o, se 0 que a ou%iu. 1lter 3oseff respirouprofundamente. -eria um instinto mau que pro%oca%a a com$ati%idade em seu esp9rito4Ou seria apenas uma rea)o natural4 "a%ia alguma coisa represada dentro dele, algumacoisa que procura%a li$ertar6se a toda fora.

    -em di7er uma pala%ra, ficou de p0 ao lado de 1tlan e acompanhou osacontecimentos nas telas. 1s na%es terranas continua%am a modificar sua posi)o. asnota%a6se perfeitamente que os grupos de ataque se iam dissol%endo. 1s na%es esf0ricasdo planeta 3erra assumiam t9pica posi)o defensi%a. 3r8s na%es forma%am uma esp0ciede %anguarda : frente de cada grupo. 1trs, a$aixo e acima delas oito espaona%es

    mantinham6se em mo%imento. Os flancos dessa forma)o esf0rica eram defendidos porcru7adores ligeiros. 3oseff sa$ia a%aliar a efici8ncia dessa forma)o defensi%a.(o caso de um ataque desfechado por unidades inimigas, as tr8s na%es da frente

    a%anariam rapidamente, tentando romper a falange dos atacantes. (a maior parte das%e7es de%ia6se contar com a perda dessas na%es arroadas. ;e qualquer maneira elasmantinham ocupado o inimigo, impedindo6o de concentrar todas as foras no ataque aogrupo...

    3al forma)o, enfim, ser%ia para proteger os flancos, desempenhando um papelimportante, para arruma)o da retaguarda.

    1os poucos, os comandantes terranos foram formando in2meros tringulos

    defensi%os desse tipo em torno de -a>s. (>s os o$rigamos a entrar na defensi%a disse 1tlan, satisfeito. ;essa formase mostrar)o mais dispostos a negociar.

    (o seu 9ntimo n)o esta%a muito con%encido disso. -uas pala%ras apenas exprimiamalguma coisa pela qual ansia%a fortemente. Huando algu0m queria o$rig6los acapitularem, os terranos costuma%am ser $astante inacess9%eis. era exatamente essa afinalidade da reuni)o das de7 mil na%es arcs n)o possu9a nenhum %alor. -o$ o ponto de %ista econ

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    1t0 ent)o essas pala%ras para ele nunca tinham sido mais que um pesadelo. as,naquela hora amarga, elas se transformaram em realidade.

    J J J

    3homas Cardif sentiu a crescente de$ilidade de sua su$stncia espiritual. *odiaacompanhar o processo com toda nitide7, como quem assiste a um filme. 1 parteinstinti%a de seu ser so$repua%a cada %e7 mais os setores da l>gica e do racioc9nio.

    Huando as na%es arc a$andonou depois de grandes esforosdesen%ol%idos por 5ell. 3ais atos pro%a%am que seu intelecto n)o possu9a a mesmacapacidade de discernimento de antes.

    Cardif, que luta%a contra sua defici8ncia mental, o$rigou6se a agir refletidamente e afalar com l>gica. (o entanto, seus instintos, seu esp9rito re%olto e suas impre%is9%eisirrupBes sentimentais constantemente le%a%am de rold)o essas d0$eis tentati%as de a)o

    coerente. Cardif transforma%a6se progressi%amente num prisioneiro de sua duplapersonalidade.1 preocupa)o muda de seus oficiais, os olhares s0rios trocados pelos mesmos e o

    clima tenso, que reina%a a $ordo da &rondu'e, n)o auda%am Cardif a ter mais paci8ncia.*arecia mais irritadio que um touro ferido. Hualquer cr9tica, por mais diplomtica quefosse, fa7ia com que perdesse o controle dos ner%os.

    -eus olhos chameantes fita%am as telas que retrata%am nitidamente as posiBes deataque das na%es arcprio corpo e aeitou o pul os olhos, amarelos como os

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    de um felino, conferiam certa caracter9stica a esse rosto que se ia desmanchando.;omina%am inteiramente esse rosto, da mesma forma que duas lu7es fortes podem dar aimpress)o de que dominam uma paisagem escura.

    O homem que, segundo todos acredita%am, era *err+ hodan, transformou6se numacriatura monstruosa, cuo aspecto $asta%a para deixar preocupadas as pessoas que a

    cerca%am. -)o mais perigosos que insetos disse o aor Claudrin, pensati%o. -e 1tlander ordem de atacar, n)o poderemos resistir por muito tempo :s in%estidas de suas na%esro$oti7adas.

    O homem nascido em psal n)o %ia a menor possi$ilidade de desco$rir qualquersentimento no rosto inchado do administrador. isso fa7ia com que se sentisse inseguro.sta%a acostumado a informar6se so$re os pensamentos 9ntimos dos seus interlocutoresatra%0s da m9mica. ()o que o rosto de hodan fosse inexpressi%o, mas era praticamenteimposs9%el interpretar as modificaBes que o mesmo sofria. *ara Claudrin, o tremor dascarnes %olumosas e os repuxos quase impercept9%eis da pele flcida n)o significa%am

    nada. O pr>prio maor n)o era uma figura humana ideal, no que di7ia respeito ao aspectoexterior. 1 gra%ita)o de psal, que supera%a em muito os padrBes terranos, fi7era deleum homem que tinha o aspecto de um urso que anda so$re as patas traseiras. 1 largura deClaudrin era quase igual : sua altura, que alcana%a pouco mais de um metro e sessentacent9metros. 1pesar de tudo seu aspecto n)o era repugnante. -ua constitui)o orgnicaadaptara6se :s condiBes reinantes em psal, pois, desde o nascimento, ele sedesen%ol%era so$ os efeitos de uma gra%ita)o mais ele%ada.

    -o$ o ponto de %ista de Claudrin ou sea, so$ o ponto de %ista de um homemnascido em psal os terranos tam$0m eram criaturas disformes, tal qual certasintelig8ncias human>ides. @m homem pode achar que um sapo 0 uma criatura

    repugnante. , como estas n)o t8m nenhum meio de comunicar6se conosco, elas n)o nospodem di7er que nos acham muito feios. 1 quest)o da $ele7a, e do seu oposto, a fei2ra, 0algo relati%o, que s> pode ser formulada no seio de cada esp0cie.

    *ro%a%elmente uma mulher de 3errnia %eria em efe Claudrin uma figura $i7arra,enquanto as moas de psal, cua largura era quase igual : de Claudrin, se sentiriamenle%adas diante da figura marcante do maor.

    as a fei2ra de hodan n)o era desse tipo. 1t0 mesmo os terranos, ou sea, osmem$ros de sua raa, %iam nele uma criatura fisicamente anormal. Certas raas de

    pssaros da 3erra costumam matar os filhotes malformados, atirando6os para fora doninho sem a menor compaix)o. Hualquer esp0cie, inclusi%e a humana, tra7 dentro de si

    certos preconceitos contra as criaturas disformes. -o$ o ponto de %ista psicol>gico, essaatitude n)o chega a ser conden%el, que tem sua origem no instinto eterno, que garantea so$re%i%8ncia da esp0cie. as o homem, um ser inteligente, capa7 de raciocinar, crioucertas leis que determinam a tolerncia e a igualdade de direitos.

    1 sensa)o desagrad%el continuou. 1 compaix)o e a %ontade de audar n)o podiamapagar o fato de que o complexo de ?ran'enstein est indissolu%elmente ligado :condi)o humana. @ma criatura humana desfigurada por queimaduras pro%ocacompaix)o, mas ningu0m se aproximar dela mais do que o estritamente necessrio.

    O homem n)o costuma matar as criaturas disformes de sua raa, masinconscientemente fa7 uma coisa que tal%e7 sea muito mais cruel. limina psiquicamente

    essas lament%eis criaturas, e%itando todo o contato com as mesmas.Os oficiais da &rondu'e eram apenas criaturas humanas, tangidas e dirigidas pelos

    sentimentos humanos. 1os poucos, hodan transforma%a6se numa criatura proscrita, num

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    estranho. U medida que se torna%a mais deformado, crescia a compaix)o e o deseo deisolar6se dessa criatura.

    O aor efe Claudrin, que era um modelo de tolerncia humana, sentiu que talcompaix)o crescia percepti%elmente entre ele e hodan. ste esta%a sueito a umametamorfose que fa7ia com que n)o mais parecesse um homem no sentido normal e

    con%encional.T que tudo que acontecia com ele era inumano.Cardif interrompeu suas andanas diante dos indicadores.

    1tlan procura intimidar6nos. 1credita que poder exercer press)o contra n>s paratornar6nos su$missos. (>s lhe faremos uma surpresa nada agrad%el, n)o 0 mesmo, 5ell4

    1 pergunta foi proferida aos $erros. O rosto de 5ell continuou muito s0rio.espondeu com a %o7 em$argada

    1tlan dispBe de muito mais que o do$ro das nossas na%es. (estas condiBes achoque qualquer tentati%a de pousarmos em -a>s seria puro suic9dio, e nunca passaria deuma tentati%a.

    Cardif soltou uma risada. /ou recolher6me ao camarote disse. 1ssim que os ro$

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    Huer di7er que o senhor perce$eu que as na%es ro$oti7adas de Srcon n)o est)oaqui para apoiar6nos4

    ;eram6me a entender isso de forma $astante drstica informou ercant com amaior tranqilidade, como se esti%esse relatando um piquenique. @m certo General3oseff ameaou6me, por ordem de 1tlan, com os canhBes de impulsos de uma daquelas

    na%es gigantescas. -uponho que o imperador tam$0m se encontre a $ordo sorriu. O$ti%e permiss)o para a%anar at0 aqui. 1o que parece n)o me ulgam muito perigoso. ecolheremos o senhor retum$ou a %o7 do aor Claudrin, que o$ser%a%a na

    tela a aproxima)o da 1capulco. st $em disse o chefe da -egurana. O aor 5urggraf receia que s> nos

    deixaram passar porque t8m certe7a de que n)o conseguiremos %oltar se por aqui ascoisas ficarem realmente s0rias.

    3al%e7 o maor tenha ra7)o disse 5ell. *err+ n)o permite que ningu0m ocon%ena de que n)o de%e atacar -a>s. le est... hesitou 5ell. 5em, %ea com seus

    pr>prios olhos.

    O senhor quer di7er que suas alteraBes f9sicas continuam. 1s alteraBes n)o s)o apenas f9sicas, ercant. Compreendo.O homem que controla%a o gigantesco ser%io secreto da Galxia fechou os olhos

    por alguns segundos e depois falou. O aor 5urggraf aca$a de anunciar que o ato espacial est pronto. /ou me

    transferir para a &rondu'e. ;epois disso conferenciaremos so$re o que ainda poderemosfa7er para e%itar que acontea o pior.

    st $em, ercant concordou 5ell.O rosto do chefe de -egurana foi6se apagando, deixando para trs um pouco de

    esperana de que ainda encontrariam uma sa9da do $eco em que se ha%iam metido.

    J J J

    Huando 1llan ;. ercant entrou na sala de comando e pilotagem da na%e linear&rondu'e, lanou um olhar indagador para os oficiais reunidos.

    Onde est ele4 perguntou. (o camarote informou 5ell. st esperando que os ro$

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    ?alaremos com 1tlan disse ercant, em tom resoluto. O que acha da id0ia,5ell4

    (um gesto ner%oso, 5ell passou a m)o pelo ca$elo rui%o espinhento. ordeu ol$io inferior. ercant o$ser%a%a6o numa atitude de expectati%a.

    1cha que de%emos agir por conta pr>pria, sem informar *err+4

    O chefe da -egurana a$riu os $raos. -uas m)os eram muito $em cuidadas. @sa%a,como sempre, um uniforme simples. ()o temos outra alternati%a. O imperador de%e ser informado so$re o estado em

    que se encontra o chefe. ;essa forma tal%e7 consigamos e%itar que ele nos ataque. Concordo com o senhor! exclamou efe Claudrin.-ua pele com aspecto de couro comeou a mostrar manchas causadas pelo

    ner%osismo. ra esta a chance pela qual todos ha%iam esperado. as, em 2ltima anlise,tudo dependeria da concordncia de 5ell. le e ercant carregariam a responsa$ilidade

    por um procedimento desse tipo. Huando o administrador se encontra a $ordo de uma na%e, assume

    automaticamente o comando da mesma lem$rou 5ell, em tom preocupado. hodan0 o comandante desta frota. 3odas as ordens de%em partir dele. -e ficar sa$endo queagimos atrs das suas costas...

    5ell n)o disse o que aconteceria nesse caso. Compreendo suas preocupaBes falou ercant erguendo ligeiramente a %o7.

    1pesar disso de%er9amos arriscar. 1final, n)o existe qualquer ordem de hodan quenos pro9$a falar com o almirante.

    *err+ deu a entender que as negociaBes de%eriam ser iniciadas por 1tlan lem$rou o representante de hodan, em tom pensati%o.

    ;irigiu6se ao aor #refen$ac.

    aor, procure sa$er quando os ro$

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    ra medo!()o sa$ia se esse medo tinha sua origem na possi$ilidade de perder o amigo de %e7.

    (o momento isso n)o lhe importa%a nem um pouco. O que lhe importa%a era que asensa)o de desconforto que experimenta%a se transformara em medo. ()o demoraria, eo medo seria su$stitu9do por um le%e pa%or.

    Q- ento8R, indagou6se mentalmente.5ell fechou os olhos. ;e repente deseou que esti%esse $em longe dali, longe de-a>s, longe da &rondu'e e longe de todos esses acontecimentos. 1nsia%a pela calma e

    pela solid)o.Q"o os nervosR, pensou. QA sorecarga constante vem me pre6udicando.R-em di7er uma pala%ra, %iu Claudrin mo%er os controles necessrios para irradiar

    uma mensagem destinada : frota arc

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    de cis)o celular explosi%a. T o nome que os m0dicos deram : doena. (a %erdade, pareceque cresce e incha ininterruptamente. /oc8 dificilmente o reconheceria.

    n)o entendo mais nada respondeu 1tlan, com a %o7 fria. O que 0 que suadoena tem que %er com -a>s4

    *err+ supBe que os antis seam culpados de sua doena. Huer o$rig6los a aud6

    lo. m sua opini)o de%em ser capa7es de paralisar o ati%ador celular que funciona sem omenor controle. stamos : procura de um planeta misterioso. O nome 0 3ra'arat. *eloque di7em, 0 o mundo central dos antis. Os sacerdotes usaram um truque para le%ar6nos aacreditar que -a>s 0 o planeta 3ra'arat.

    1s %iolaBes cometidas pela ?rota -olar s)o cada %e7 mais numerosas queixou6se o imperador. (ingu0m pode exigir que cedamos constantemente :s

    perigosas extra%agncias de hodan.ercant, que se manti%era quieto durante todo o tempo, disse com a %o7 insistente

    -omos amigos de hodan, 1tlan. O senhor tam$0m se di7 amigo dele. 1p>ie6nosem nossos esforos de cur6lo o mais rpido poss9%el. -eu estado 0 inquietante. ;e%emos

    recear o pior. ; ordens e instruBes que antigamente lhe teriam pro%ocado risos. etire as na%es terranas deste setor exigiu 1tlan, T a 2nica possi$ilidade. 5em que eu gostaria que %oc8 o %isse! exclamou 5ell, em tom exaltado.

    -er que %oc8 0 mesmo capa7 de recusar o apoio que lhe pedimos4 -er que se esqueceudo que ele fe7 por %oc8 e pelo seu imp0rio4 1credita que ele fe7 isso para destruir tudomais tarde4 ()oI *err+ est doente, e por isso n)o podemos conden6lo. *recisamos ps. -> ele de%e possuirinformaBes que nos permitam tomar outras medidas.

    @ma ruga profunda surgiu na testa de 1tlan. *or um momento sua m)o entrou nocampo de %is)o. *assou6a so$re os olhos.

    QComo se parecem!R, pensou 5ell, profundamente a$alado. QAtlan e Perry### o Perryde antigamente.R;epois de um momento de silenciosa reflex)o, interrompida apenas pelo 7um$ido

    dos aparelhos, Gono7al /&&& disse Huer di7er que %oc8s pretendem atacar -a>s4 *retendemos responderam 5ell e ercant a uma %o7. (aturalmente existe uma possi$ilidade de que esta mensagem de rdio n)o passe

    de um truque disse 1tlan. as, mesmo assim, %eo6me o$rigado a confiar em que%oc8s esteam di7endo a %erdade.

    &sso aconteceu tantas %e7es disse 5ell, em tom sua%e.

    ()o recrimina%a 1tlan pela atitude que esta%a tomando. -e esti%esse em seu lugar,certamente n)o teria agido de outra maneira. (o entanto, n)o poderia fa7er mal nenhumlem$rar 1tlan de que no passado costuma%a confiar em seus amigos terranos.

    T poss9%el que eu estea cometendo um erro gra%e, mas por enquanto dareiordens para que a frota n)o inter%enha disse 1tlan. andarei que as na%es ocupemuma posi)o tal que o sistema -a>s sea $loqueado por uma forma)o esf0rica. -eacontecer qualquer coisa que n)o corresponda ao que com$inamos, darei imediatamenteordem de ataque. (enhuma unidade terrana conseguir romper a esfera formada pelas

    pesadas unidades ro$oti7adas. xiste uma possi$ilidade de e%itar um ataque glo$al das nossas espaona%es

    esf0ricas ao planeta -a>s anunciou 5ell.*ela primeira %e7 um sorriso surgiu no rosto do gorducho.

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    1tlan e ercant pareciam muito interessados. as, ao que parecia, 5ell n)o esta%adisposto a dar maiores informaBes.

    ?oi apenas uma id0ia disse. 3udo depende do que *err+ queira fa7er. -ir! gritou o aor #refen$ac, que se mantinha nos fundos da sala de

    comando. Os ro$

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    O que hou%e4 perguntou em tom contrariado. *ensei... pensei que o senhor n)o esti%esse passando $em gagueou o homem,

    $astante confuso.Com o corpo inclinado e as m)os a$ertas em garra, Cardif parecia uma a%e de

    rapina. /iu o medo nos olhos de seu interlocutor e notou o tremor de suas $ochechas.

    O estado daquele oficial transmitiu uma sensa)o de superioridade a Cardif. essasensa)o sal%ou o homem da morte. -aia do meu caminho! ordenou o administrador. -e eu esti%esse doente,

    chamaria um m0dico. -im, senhor! disse o oficial, muito em$araado.1fastou6se para o lado, comprimindo6se contra a parede. Cardif passou sem olh6lo.

    -a$ia que o oficial o seguia com os olhos.Huando 3homas Cardif entrou na sala de comando, seu instinto lhe disse que

    acontecera algo de decisi%o. ()o conseguiu desco$rir o que era, mas a sensa)oinconfund9%el fa7ia crescer sua desconfiana doentia. 1proximou6se dos instrumentos de

    locali7a)o numa atitude propositadamente relaxada. Constatou que as na%es arcs, sir. &sso significa que n)o poderemos sair dosistema, a n)o ser que 1tlan nos deixe passar.

    Cardif6hodan fe7 um gesto de despre7o. T claro que o arcria n)o deixaria de atacar.;eu as costas a Claudrin e s> ent)o %iu 1llan ;. ercant.

    ;e onde %eio o senhor4 perguntou.O chefe de segurana conseguiu sorrir. 1pesar disso n)o p

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    1s na%es que continuar)o no espao e%itar)o qualquer inter%en)o de 1tlan disse ercant.

    ()o se esforou mais para ocultar a satisfa)o que sentia.Cardif interrompeu a palestra com um gesto relaxado.

    /amos atacar ordenou.

    ercant e 5ell olharam6se, sem di7er uma pala%ra. nquanto hodan escolhia asde7 na%es que participariam da in%as)o, o plano de eginald 5ell comeou a ser posto ema)o. O grupo que o executaria seria comandado pelos tenentes 5ra7o 1l'her e -tana

    (olinoK, $ons conhecedores das condiBes reinantes na $ase dos antis.3homas Cardif n)o poderia imaginar que, no momento em que desfechasse o ataque

    a -a>s, outro grupo desceria so$re o planeta.3udo dependia de que 1tlan ficasse quieto por algum tempo. -uas gigantescas na%es

    ro$oti7adas esta%am espalhadas estrategicamente em torno de -a>s e suas torres deartilharia gira%am ameaadoramente.

    ;e7 cru7adores pesados da frota terrana desprenderam6se do grupo a que pertenciam

    e penetraram na atmosfera rarefeita do planeta. -eus atos6propulsores fi7eram tremer oar formado por nitrog8nio e gs car$s te%e in9cio.

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    "anoor era o mais %elho entre os sacerdotes que se encontra%am em -a>s. 3al%e7fosse este o moti%o por que o elegeram a t9tulo pro%is>rio para exercer as funBes desumo sacerdote, depois que #utl>s e seu representante 3asnor comearam a %agar pelosdestroos da unidade energ0tica, a fim de tra%arem com "epna6#aloot os 2ltimos lancesdo mort9fero ogo de *aloot.

    1 no%a tarefa n)o representou qualquer peso para "anoor. ra um %elho que %ira econseguira muito durante a %ida. m seu esp9rito reina%a uma calma toda especial. ->fa7ia o que fosse a$solutamente necessrio.

    Huando os homens que controla%am os aparelhos de locali7a)o o informaram deque a frota arcs, "anoor comeou a desconfiar de que por enquanto Gono7al /&&& pretendia manter6se na posi)o de espectador."anoor mandou guarnecer todas as $ases de artilharia e prepar6las para a$rir fogo.

    1s instalaBes defensi%as su$terrneas a$riram6se, deixando sair os pesados canhBes deradiaBes. "anoor tam$0m mandou distri$uir armas de radiaBes portteis, pois as lu