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O PARQUE RECREATIVO SUCUPIRA e AS MEMÓRIAS DO
CERRADO
Rejane Araújo de Oliveira – Secretaria de Estado de Educação – DF, Brasil
e-mail:[email protected]
RESUMO Projeto realizado pelo Centro de Ensino Fundamental 04 de Planaltina, em parceria
com a Universidade de Brasília - campus Planaltina, World Wide Found for Nature
(WWF) e a Estação Ecológica de Águas Emendadas, que discute as questões
ambientais sobre a ótica interdisciplinar, reafirmando o papel da escola como
produtora de conhecimento, capaz de transpor os muros e interagir com a
comunidade em busca de soluções para os problemas que ora vivenciamos. O
projeto tem como objeto de pesquisa o Parque Recreativo Sucupira, área de
proteção ambiental, situada na entrada da cidade e que se encontra hoje relegada
pelo poder público. Utilizamos, entre outros recursos metodológicos, a pesquisa de
opinião como ferramenta pedagógica, a pesquisa-ação e a sensibilização através
das Artes. Outro aspecto importante do projeto diz respeito ao estudo das memórias
da comunidade, que deve ser entendido, sobretudo, como um fenômeno coletivo e
social.
Palavras chaves: Educação Ambiental, interdisciplinaridade, arte, memória, ABSTRACT Project carried by the Centro de Ensino Fundamental 04, in partnership with
Universidade de Brasília/ Planaltina, World Wide Found for Nature (WWF) and the
Estação Ecológica de Águas Emendadas, that discusses the environmental
questions on the interdisciplinar focus, reaffirming the role of the school as producing
of knowledge, able to transpose the walls and to interact with the community
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searching for solutions for the problems we live. The project has as research object
the Parque Recreativo Sucupira - environmental that protection area - situated in the
entrance of the city and it has been relegated by the public power nowadays. We
use among others ‘methodological resources, the opinion research as pedagogical
tool, the research-action and the sensitization through the Arts. Another important
aspect of the project says respect to the study of the community's memories that
must be understood, over all as a collective and social phenomenon.
Keywords: ambient education, art, interdisciplinaridade, memory.
1 – INTRODUÇÃO 1.1 - O projeto
O Projeto “O Parque Recreativo Sucupira e as Memórias do Cerrado”, desenvolvido
pelo Centro de Ensino Fundamental 04 de Planaltina-DF, foi iniciado em 2005, em
parceria com a Estação Ecológica de Águas Emendadas/SEMARH e World Wide
Found for Nature (WWF), com assessoria na área de pesquisa de opinião pelo
projeto NEPSO - Instituto Paulo Montenegro. Em 2006 foi estabelecida parceria com
a Universidade de Brasília (UnB), campus Planaltina.
O projeto discute as questões ambientais sob a ótica interdisciplinar, reafirmando o
papel da escola como produtora de conhecimento, capaz de transpor os muros e
sensibilizar a comunidade para a mudança de atitude, frente aos graves problemas
ambientais que hoje vivenciamos. Inserido no Projeto Político–Pedagógico da
Instituição, o Projeto foi construído levando em consideração a realidade social dos
educandos e fundamentado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1998), que afirmam o compromisso com o trabalho curricular contextualizado e
inserido em uma política de direitos com ênfase nas responsabilidades individuais e
coletivas.
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Ainda, de acordo com os Parâmetros Curriculares (Brasil, 1998), temos: ao
analisarmos as questões ambientais devemos levar em consideração as relações
políticas e econômicas que determinam o nosso modelo de desenvolvimento. Esse
modelo gera a exploração dos recursos naturais em larga escala, a criação de
novas necessidades, o consumismo desenfreado, a exclusão social, o
individualismo e a competição. Como conseqüência enfrentamos graves problemas
sócio-ambientais. E é nessa sociedade contraditória que a grande maioria dos
nossos educandos tem apenas a escola como espaço de sociabilização, reflexão e
de contato com os bens artísticos e culturais. Frente a essa realidade, fazem-se
necessários modelos educativos contextualizados e interdisciplinares que respeitem
a ética, a dignidade, a cooperação, e levem à superação das desigualdades sociais
e convivência harmoniosa com a natureza.
Dessa forma surgiu a necessidade de trabalhar um projeto ambiental que partisse
de uma demanda da comunidade, possibilitando a prática reflexiva e de criações
estéticas, associadas aos conteúdos programáticos das matérias envolvidas e dos
temas transversais, tendo como eixo norteador o Parque Recreativo Sucupira e o
cerrado.
1.2 - A cidade de Planaltina
De acordo com Gonçalves (2002), na primeira metade do século XVIII se inicia a
exploração do ouro, esmeralda e o povoamento no interior de Goiás. A região em
que está assentada a cidade passa a ser freqüentada como ponto de escoamento
de ouro e de dízimos da coroa. Atribui-se a fundação de Planaltina em 1790, a
fixação de um ferreiro, mestre no ofício de consertar e manejar armas, às margens
de um riacho. A partir daí, formou-se um povoado com o nome de Mestre D’Armas.
No entanto, a fundação da cidade está associada a José Gomes Rabelo, um
fazendeiro que se transferiu da capital da província para Lagoa Bonita. Inicialmente,
a principal atividade econômica da cidade estava relacionada à pecuária e
agricultura.
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Com a vinda da Capital Federal, na década de 60, inúmeros imigrantes ocuparam
as diferentes áreas do DF, atraídos pela construção da capital da República,
buscando melhores condições de vida. Planaltina foi uma das cidades que absorveu
parte desse contingente.
Na década de 80 e 90 a cidade passou a crescer desordenadamente, o que acabou
gerando o surgimento e o agravamento de inúmeros problemas sócio-econômicos e
ambientais.
Em 23 de dezembro de 1996 pela Lei nº 1.318, foi criado o Parque Recreativo
Sucupira, área de proteção ambiental que fica na entrada da cidade, abrangendo
vegetação de cerrado, a mata ciliar do Ribeirão Mestre D’Armas e a nascente do
Córrego Buritizinho. Encontramos nele uma variedade de árvores frutíferas nativas
do cerrado: pequis, jatobás, araticuns, cagaítas, muricis entre outras espécies. Esse
espaço vivencial, segundo a Lei de criação (1996), é destinado a atividades lúdicas
e artísticas em contato com a natureza, visando a qualidade de vida da população.
No entanto, o Parque é hoje uma área de cerrado sem nenhuma infraestrutura,
representando uma ameaça à população, por abrigar malfeitores e servir como
depósito de lixo.
Nosso foco de estudo foi direcionado para esse espaço. Começamos a mobilizar a
população para entender a importância do parque para uma vida mais saudável,
equilibrada e exigir das autoridades competentes condições para a sua utilização.
2 – OBJETIVO
Compreende a relação que a população de Planaltina estabelece com suas áreas
ambientais, sobretudo o Parque Recreativo Sucupira, divulgando esses espaços por
meio de criações estéticas e da prática reflexiva sobre o meio ambiente.
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3 - METODOLOGIA
Utilizamos, entre outros recursos metodológicos, a pesquisa de opinião como
ferramenta pedagógica, a pesquisa-ação e a sensibilização através da arte.
Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 1986, p.14)
Nas aulas de Artes Cênicas e Artes Visuais foram criados trabalhos artísticos que
envolveram a produção de texto teatral e montagem de espetáculo ambiental, além
de pintura em diversos suportes e intervenção artística; nas aulas de Matemática foi
tabulada a pesquisa de opinião, os alunos montaram gráficos e analisaram os
resultados; em Português criaram poemas e textos sobre o tema; em Língua
Estrangeira Moderna, estudaram as áreas de proteção ambiental nos países de
língua inglesa e a relação daquelas comunidades com esses espaços; em História e
Geografia estudaram sobre o cerrado e a história da cidade de Planaltina; nas aulas
de música compuseram a música tema da peça.
Após estudos iniciais realizados sobre o Parque e o bioma cerrado, partimos para o
estudo das memórias da coletividade.
3.1 - Estudo das Memórias
Nesse processo de reflexão tivemos como ponto de partida o estudo da memória da
comunidade, que deve ser entendido, sobretudo, como um fenômeno coletivo e
social que nos possibilita compreender, participar e ter uma visão crítica sobre a
realidade social. Por meio dessas memórias o homem se dá conta da relação entre
passado e presente, dando um novo significado à experiência vivida, entendendo o
momento histórico em que vive a fim de projetar o futuro.
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Na maior parte das vezes, lembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir, repensar, com imagens e idéias de hoje, as experiências do passado. A memória não é sonho, é trabalho... (BOSI. 1987 p.31).
A partir dessas memórias estudamos o cerrado em seus aspectos físico, cultural e
antropológico, resgatando a arte do homem pré-histórico de Goiás, a riqueza da arte
e da cultura indígena - sobretudo dos povos Xavantes –, habitantes tradicionais do
cerrado. Foi também objeto dessas lembranças a luta de resistência dos negros
africanos, trazidos para a região como mão de obra escrava e a sua contribuição
para a identidade cultural do nosso povo.
Buscamos, por meio do estudo das memórias, sensibilizar nossos alunos e a
comunidade, trazendo à tona memórias ancestrais que nos ajudaram a entender
melhor o bioma cerrado e a sua importância para a nossa sobrevivência.
Após esses estudos realizamos pesquisa de opinião com a comunidade de
Planaltina, com o objetivo de divulgar o Parque, saber se as pessoas o conheciam e
qual a relação que tinham com este espaço. Esses dados foram levados para sala
de aula, tabulados, analisados e transformados em gráficos.
3.2 - A Pesquisa
Realizamos em 2005, pesquisa de opinião sobre o parque na Feirinha Alternativa,
que acontece uma vez por mês na Praça São Sebastião, lugar histórico de
Planaltina. Nessa feira são vendidos artesanatos e acontecem manifestações
artísticas e culturais.
O objetivo da pesquisa era saber se a população conhecia o Parque, tinha noção de
sua importância para a preservação ambiental e que tipo de relação estabelecia
com o local. Entrevistamos aproximadamente 200 pessoas (0,001% da população
da cidade), sendo que a maioria dos entrevistados era estudantes, professores,
artesãos e autônomos. Poucos se disseram desempregados, o que nos
surpreendeu, tendo em vista a realidade sócio-econômica do País. Alguns
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admitiram fazer “bicos”. Constatamos também, a baixa escolaridade de grande parte
dos entrevistados. Um percentual elevado mora em Planaltina há mais de dez anos.
Ao serem solicitados a identificar características físicas do bioma, através de
figuras, os entrevistados demonstraram conhecer relativamente bem o cerrado.
Reconheceram também diversos animais próprios desse espaço.
Por meio da pesquisa chegamos a conclusão que a população desconhece as
áreas de proteção ambiental. Conforme o Plano Diretor Local (em estudo), temos
em Planaltina, 04 parques ecológicos e 05 parques de uso múltiplos (a maioria
apenas no papel) e a Estação Ecológica de Águas Emendadas.
Ainda de acordo com a pesquisa, o Parque Ecológico e Vivencial Cachoeira do
Pipiripau é o espaço de proteção ambiental mais conhecido de Planaltina. Há muitos
anos é utilizado como área de lazer e recentemente tornou-se local de captação de
água potável, ampliando sua importância junto à população.
3.2.1 - Gráficos da pesquisa
Você conhece o Parque Recreativo Sucupira?
75%
24%1%
NãoSimOutros
Gráfico 01 – pesquisa de opinião realizada na cidade para investigar o conhecimento das
pessoas sobre o parque e a relação estabelecida com esse espaço por quem o conhece.
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O Parque Recreativo Sucupira é desconhecido pela maioria dos entrevistados, o
que reforça a necessidade de divulgar esse espaço e sua importância para a
cidade.
Qual a importância do Parque para Planaltina?
30%
2%
49%
19%
Espaço para lazer
Lugar para caçarou pescar
Preservação epesquisa sobre omeio ambienteOutros
Gráfico 02 – Investiga a importância do parque para a população
Nas respostas dos entrevistados que conheciam o Parque percebemos
preocupação com relação à preservação do meio ambiente. Outro aspecto ficou
claro: a necessidade de criação de espaços de lazer (a cidade é carente de espaços
destinados para esse fim).
Na sua cidade, dentro das alternativas abaixo, o que você mais sente falta?
19%
58%
23% Lugar adequado para caminhada
Área para lazer ao ar livre
Lugar onde possa ser realizados estudos e pesquisas sobre a natureza
Gráfico O3 – Investiga as demandas da comunidade relacionadas ao parque.
3.3 - Produção artística
Percebemos nas artes o seu potencial de sensibilização, reflexão e transformação
da realidade social. Por meio delas transmitimos significados, apropriamo-nos da
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realidade do meio ambiente, desenvolvemos o senso crítico e a criatividade. Para
entendermos a cultura de um país precisamos, necessariamente, conhecer a sua
arte. Sobre a importância da arte como instrumento de reflexão e transformação
social temos em Ana Mae Barbosa:
Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. (BARBOSA, 2003, p.18).
Partindo desse pressuposto desenvolvemos, além do processo reflexivo, um
processo de criação estética. Como resultado desse trabalho, montamos a peça
teatral “Memórias do Cerrado e o Parque Sucupira”; fizemos intervenção artística no
parque sobre as memórias estudadas; pintamos o muro e bebedouros da escola
(utilizando como tema os animais do cerrado); compomos a música “Memórias do
Cerrado”; produzimos poemas em sala de aula e pintamos em diversos suportes.
3.3.1 - Peça teatral “Memórias do Cerrado e o Parque Sucupira”
A peça foi escrita pelos alunos e as professoras de Artes envolvidas no projeto,
após o estudo realizado e trilha monitorada no Parque. De forma lúdica a peça
mostra conceitos sobre o cerrado e preservação da natureza, objetivando
sensibilizar o público sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e divulgar
o Parque. A montagem envolveu projetos de figurinos, sonoplastia, maquiagem e
cenário, tendo sido apresentada em diversos lugares do DF para público infantil e
do ensino fundamental.
3.3.2 - Intervenção artística
Estudamos aspectos da arte e da cultura africanas através de máscaras, bem como
a arte do homem pré-histórico de Goiás e a simbologia do círculo e do semicírculo
na cultura Xavante. Esses estudos nos remeteram ao tema da intervenção artística.
A atividade aconteceu num campo de futebol, dentro do Parque, com a participação
dos alunos do CEF 04 e do Centro de Ensino Fundamental Nossa Senhora de
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Fátima (essa escola situa-se ao lado do Parque). Com tintas biodegradáveis
desenhamos símbolos das culturas citadas. O aspecto transitório gerou
inquietações e reflexões ao fruidor, que através da poética da obra pode perceber
as transformações históricas e sociais provocadas pela ocupação portuguesa nas
terras indígenas, a chegada dos negros cativos e o caráter de exploração das
riquezas da terra. E é justamente essa concepção de mundo, onde homem e
natureza são objetos de exploração que precisamos romper, para que tenhamos
uma sociedade mais justa, que considere as diferenças individuais e culturais e que
respeite o meio ambiente.
3.4 - Parceria com a UnB - Campus Planaltina
A relação de parcerias estabelecidas pela escola tem um papel fundamental no
desenvolvimento desse projeto. A partir de 2006, a UnB - Campus Planaltina vem
oferecendo curso de extensão na área ambiental. Participam professores e
comunidade. Por meio desse curso o Centro de Ensino Fundamental 04 iniciou,
junto com a universidade, um processo de mobilização da população próxima ao
Parque, em parceria com outras escolas. O objetivo foi sensibilizar e conscientizar
sobre a importância do lugar para a melhoria da qualidade de vida. Percebemos que
só através do comprometimento e da participação da comunidade podemos torná-la
aliada na defesa desse espaço. Ficou clara a necessidade de pressionar o poder
público, no sentido de atender as reivindicações populares de transformar o Parque
em um espaço de cidadania.
4 – CONCLUSÃO
4 1 - Participação dos educandos
Destacamos entre os diversos ganhos pedagógicos do projeto a participação de
vários professores trabalhando de forma interdisciplinar, aulas mais prazerosas,
contextualizadas e significativas.
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Por meio dos depoimentos dos educandos da escola, percebemos a mudança de
percepção sobre o bioma cerrado. O que antes era “um cerrado feio e esturricado”,
para a aluna Louela, 13 anos, passou a ser “um lugar importante para a
preservação, rico em flores, frutos e animais”. Com relação ao projeto temos entre
outros, o depoimento da aluna Isabela, 13 anos: “me senti maravilhada, pois o
projeto trata de um assunto bem fácil e com o qual nos relacionamos todos os dias,
porque está a nossa volta!” E ainda de acordo com ela: “esse projeto foi a melhor
coisa que aconteceu no CEF 04, porque educa de um modo diferente.”
Agora, em 2007, estamos incluindo no projeto duas turmas de 6ª série, que estão
bastante empolgadas e já começaram os estudos sobre o tema.
5 – IMAGENS DO PROJETO
Imagem 01 - Peça teatral “Memórias do Cerrado e Parque Sucupira”.
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Imagem 02 - Intervenção artística “Memórias do Cerrado”
6 - REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo, Cortez Editora, 2ª ed, 2003.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade, lembranças de velhos. São Paulo: T. A. Queiroz, 1987.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MECSEF, 1998.
DODF. LEI nº 1.318, de 23 de dezembro de 1996.
GONÇALVES, Paula Renata. As Cidades Satélites do Distrito Federal. Brasília 2002 Disponível em: http://www.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf Acessado em 25/05/2007
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo, Cortez: Autores Associados, 1986.
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