p e r s o n if ic a c iÓ n y d e s p e r s o n if ic a c ... · los hablantes usan este anim al...
TRANSCRIPT
P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C IÓ N E N L A M E T Á F O R A D E L B U R R O IG N O R A N T E
P ro fe s o r d e In g lé s d e l D e p a rta m e n to d e F o rm a c ió n G e n e r a l y C ie n c ia s B á s ic a s . M a g is te r e n L ite ra tu ra L a tin o a m e ric a n a (U p e l - M a ra c a y )
P ro fe s o ra d e L e n g u a je d e l D e p a rta m e n to d e F o rm a c ió n G e n e r a l y C ie n c ia s B á s ic a s . M a g is te r e n L in g ü is tic a (U p e l - M a ra c a y ).
R E S U M E NE l o b je tiv o d e l e s tu d io s e c e n tró e n a n a l iz a r lo s p ro c e s o s d e p e rs o n ific a c ió n y d e s p e rs o n ific a c ió n e n la e x p re s ió n m e ta fó r ic a d e l b u rro ig n o ra n te . T e ó r ic a m e n te , e l e s tu d io s e a p o y a e n los p o s tu la d o s d e L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff y J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r y W ills (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; y R iv a n o F is c h e r ( 2 0 1 3 ) . M e to d o ló g ic a m e n te , e s un e s tu d io d o c u m e n ta l, d e s c rip tiv o e in te rp re ta t iv o . L o s re s u lta d o s fu e ro n lo s s ig u ie n te s : ( a ) c u ltu ra lm e n te , los h a b la n te s c o n s id e ra n q u e q u ie n n o e s tu d ia y s e c o n v ie rte e n un p ro fe s io n a l d e b e re a l iz a r tra b a jo s q u e d e m a n d a n fu e r z a f ís ic a (a lb a ñ ile s , o b re ro s , tra b a ja d o re s d e l a s e o p ú b lic o ); (b ) p u e s to q u e el b u rro e s u n a b e s t ia d e c a rg a , o . p a r a s in te tiz a r lo , la fu e rz a f ís ic a d e q u ie n n o e s tu d ia c o rre s p o n d e c o n la fu e r z a f ís ic a d e l b u rro , lo s h a b la n te s p e rs o n ific a n a l b u rro c o n c u a lid a d e s d e ig n o ra n c ia p ro p ia m e n te h u m a n a s ; (c ) u n a v e z s e le a tr ib u y e n al b u rro la s m e n c io n a d a s c u a lid a d e s h u m a n a s , lo s h a b la n te s u s a n e s te a n im a l c o m o m e tá fo ra d e p e rs o n a s ig n o ra n te s , m e tá fo ra q u e c o n tie n e u n a n u e v a c a rg a s e m á n tic a : la d e s e r u n a n im a l.
P a la b r a s c la v e : p e rs o n ific a c ió n , d e s p e rs o n ific a c ió n , m e tá fo ra c o n c e p tu a l, burro .
R e c e p c ió n : 2 5 / 0 2 / 2 0 1 6 E v a lu a c ió n : 2 5 / 0 4 / 2 0 1 6 R e c e p c ió n d e b v e r s ió n d e f in i t iv e : 2 0 / 0 7 / 2 0 1 6
P E R S O N IF IC A R O N A N D D E P E R S O N IF IC A T IO N IN T H E M E T A P H O R O F T H E IG N O R A N TD O N K E Y
A B S T R A C TT h is s tu d y a im e d a t a n a ly z in g th e p ro c e s s e s o f p e rs o n ific a tio n a n d d e p e rs o n ific a tio n in th e m e ta p h o ric a l e x p re s s io n o f th e ig n o ra n t d o n k y . T h e th e o re tic a l s u p p o rt is o n th e s ta te m e n ts of L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff a n d J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r a n d W ills (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; a n d R iv a n o F is c h e r ( 2 0 1 3 ) . M e th o d o lo g ic a lly , it is a d o c u m e n ta ry , d e s c r ip t iv e and in te rp re ta t iv e re s e a rc h w o rk . T h e re s u lts w e r e a s fo llow s: a ) c u ltu ra lly , th e s p e a k e rs th in k th a t th o s e w h o d o n o t s tu d y a n d b e c o m e p ro fe s s io n a ls s h o u ld c a rry o u t worfcs th a t d e m a n d p h y s ic a l s tre n g th (m a s o n s , la b o re rs , p u b lic s a n ita tio n w o rk e rs ); b ) g iv e n th e fa c t th a t a d o n k e y is a b e a s t o f b u rd e n , o r s h o rtly . th e p h y s ic a l s tre n g th o f th o s e w h o d o n o t s tu d y c o rre s p o n d e to th a t o f th e d o n k e y , th e s p e a k e rs p e rs o n ify th is a n im a l w ith tra its o f c h a ra c te n s tic a lly h u m a n ig n o ra n c e ; c ) o n c e th e s e tra its a re a ttr ib u te d to th e d o n k e y , th e s p e a k e rs u s e th is a n im a l a s a m e ta p h o r o f ig n o ra n t p e o p le , w h ic h c o n ta in s a n e w s e m a n tic lo a d : th a t o f b e in g a n a n im a l.
K e y w o r d s : p e rs o n if ic a ro n , d e p e rs o n ific a tio n , c o n c e p tu a l m e ta p h o r , d o n k e y .
M a ik e l R a m íre z m a ik i l3 @ h o tm a il com
U n iv e rs id a d S im ó n B o lív a r V e n e z u e la
A n a M a r ía R a m íre za n a r a m ir e ¿ @ u s b . y f i
U n iv e rs id a d S im ó n B o lív a r V e n e z u e la
43
P E R S O N N IF IC A T IO N E T D É P E R S O N N IF IC A T IO N D E L A M É T A P H O R E D E L 'Á N E IG N O R A N T- S T U P I D E
R E S U M EL 'o b je t d e c e n e é tu d e e s t d 'a n a ly s e r le s p ro c e s s u s d e p e rs o n o ific a tio n e t d é p e rs o n n ific a tio n d e l'e x p re s s io n m é ta p h o r iq u e d e l '¿ n e ig n o ra n t - s tu p id e . T h é o r iq u e m e n t, l’é tu d e s 'e s t a p p u y é e sur d e s p o s tu la ts d e L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff y J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r et W ills (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; e t R iv a n o F is c h e r ( 2 0 1 3 ) . M é th o d o lo g iq u e m e n t, il s 'a g it d u n e é tu d e d o c u m e n ta ire , d e s c rip tiv e e t in te rp ré ta tiv e . L e s ré s u lta ts o n t é té c e u x -c i : ( a ) c u ltu re lle m e n t, le s p a r la n ts p e n s e n t q u e c e lu i ou c e lle q u i n 'é tu d ie p a s e t q u i d e v ie n t u n (e ) p ro fe s s io n n e l( le ) , do it fa ire d e s tra v a u x d e m a n d a n t d e la fo rc é p h y s iq u e (d e s m a fo n s , d e s o u v rie rs , d e s tra v a ille u rs re s p o n s a b le s d e n e tto y e r le s e s p a c e s p u b l ic s ) ; (b ) é ta n t d o n n é q u e T a ñ e e s t u n e b é te d e c h a rg e , d e p o r ta g e . o u p o u r le s y n th é tis e r, la fo rc é p h y s iq u e d e c e lu i o u c e lle q u i n 'é tu d ie p a s c o rre s p o n d à la fo rc é d e l ’á n e . le s p a r la n ts p e rs o n n ifie n t l ’á n e a v e c d e s q u a lité s h u m a in e s d 'ig n o ra n c e ; (c ) u n e f a s d é c e m é e s á l ’á n e c e s q u a lité s h u m a in e s , le s p a r la n ts s e s e rv e n t d e c e t a n im a l p o u r fa ire d e s m é ta p h o re s s u r d e s p e rs o n n e s ig n o ra n te s , m é ta p h o re c o n te n a n t u n e n o u v e lle c h a rg e s é m a n tq u e : c e lle d 'é t r e un a n im a l.
M o ts c ié : p e rs o n n ific a tio n , d é p e rs o n n ific a tio n , m é ta p h o re c o n c e p tu e lle .
P E R S O N IF IC A Z IO N E E D E P E R S O N IF IC A Z IO N E S U L L A M E T A F O R A D E L L 'A S IN OIG N O R A N T E
R IA S S U N T OL’o b ie ttiv o d e llo s tu d io é fo c a liz z a to s u ll'a n a lis i d e i p ro c e s s i d i p e rs o m fic a z io n e e d e p e rs o m fic a z io n e de ll’e s p re s s io n e m e ta fo n c a d e ira s in o ig n o ra n te . T e o n c a m e n te , lo s tu d io s i b a s a s u i p o s tu la ti di L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff e J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r e te s ta m e n ti (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; e R iv a n o -F is c h e r (2 0 1 3 ) . S u l p ia n o m e to d o lo g ic o , é u n o s tu d io d ocum entará» , d e s c r it tv o e in te rp re ta tiv o . G li e s iti fu ro n o i s e g u e n ti: ( a ) c u ltu ra lm e n te , i p a r ia n ti c o n s id e ra n o ch e c h i n o n s tu d ia e d iv e n ta un p ro fe s s io n is ta d e v e e s e g u ire la v o n c h e r ic h ie d o n o fo rz a fís ica (m u ra to r i, o p e ra i. o p e ra to r i e c o lo g ic i); (b ) s ic c o m e l’a s in o é u n a n im a le d a s o m a , o p e r s in te ftz za rlo , la fo rz a fís ic a d i c o lo ro c h e n on s tu d ia n o si c o rris p o n d e c o n la fo r z a fís ic a d e ll'a s in o , i p a r ia n ti p e rs o m fic a n o l'a s in o c o n le q u a litá u m a n e de ll’ ig n o ra n z a ; (c ) u n a v o lta c h e le s u d d e tte q u a litá u m a n e s o n o a ttr ib u ite a ll’a s m o , i p a r ia n ti u s a n o q u e s to a n im a le c o m e m e tá fo ra p e r le p e rs o n e ig n o ra n ti, m e tá fo ra c h e c o n tie n e un c a ric o s e m á n tic o n u o v o : l 'e s s e re u n a n im a le .
P a r o le c h ia v i: D e p e rs o n if ic a z io n e . M e ta fo r a c o n c e ttu a le . P e rs o n if ic a z io n e . A s ino .
P E R S O N I F I C A D O E D E S P E R S O N A L IZ A < J Á O N A M E T Á F O R A D O B U R R O IG N O R A N T E
R E S U M OO o b je tiv o d o e s tu d o c e n tro u -s e e m a n a lis a r o s p ro c e s s o s d e p e r s o n if ic a d o e d e s p e rs o n a liz a 9 a o n a e x p re s s a o m e ta fó r ic a d o b u rro ig n o ra n te . T e o n c a m e n te , o e s tu d o b a s e ia -s e n o s p rin c ip io s d e L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff e J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r e W ills (2 0 0 9 ); d o c u m e n ta l, d e s c n tiv o e in te rp re ta tiv o . O s re s u lta d o s fo r a m o s s e g u in te s : ( a ) C u ltu ra lm e n te , os fa la n te s c o n s id e ra m q u e q u e m n a o e s tu d a o u q u e m s e c o n v e rte e m u m p ro fe s io n a l d e v e re a liz a r tra b a lh o s q u e e x ig e m fo r$ a f ís ic a (p e d re iro s , o p e ra rio s , tra b a lh a d o re s d o a s s e io p ú b lic o ); (b ) d e v id o a q u e o b u rro é u rn a b e s ta d e c a rg a o u , p a r a o s in te tiz a r , a fo rc a f ís ic a d e q u e m n a o e s tu d a c o rre s p o n d e c o m fo rc a f ís ic a d o b u rro , o s fa la n te s p e rs o n ific a m o b u rro c o m q u a lid a d e s de
44
ig n o ra n c ia p ro p r ia m e n te h u m a n a s , ( c ) u rn a v e z q u e a s q u a lid a d e s h u m a n a s m e n c io n a d a s sao a tr ib u id a s a o b u rro , o s fa la n te s u s a m e s te a n im a l c o m o m e tá fo ra d a s p e s s o a s ig n o ra n te s , m e tá fo ra q u e c o n té m u rn a n o v a c a rg a s e m á n tic a : a q u e la d e s e r u m a n im a l.P a la v r a s - c h a v e : p e rs o n ific a c á o , d e s p e rs o n a liz a ^ á o , m e tá fo ra c o n c e p tu a l, burro .
1. In tro d u c c ió n
L o s h ab lan te s de l e sp a ñ o l a co s tu m b ra n a d e c ir q u e una pe rso na Ignorante d e a lg o q u e s e su p o n e h a rto c o n o c id o e s un b urro , o una b u rra en ca so d e q u e la
p e rso na en cues tión re su lte se r una m u je r. D e hecho , e l p ro p io D ic c io n a rio d e la
len g ua E spaño la , ed ic ió n de l tr icen te n a rio (2 01 5 ), reg is tra e l le m a ’b u rro ’, en su
se gu n da e n tra d a , com o: “ .. .p e rs o n a b ru ta e inc iv il", a c e p c ió n q u e no por
co inc idenc ia , co m o d e m o s tra re m o s m á s ade lan te , e n cu e n tra reso n an c ias e n la voz a ng ló íon a 'd o n k e y ' (bu rro ), e xp re s ió n m e ta fó rica q u e s e co rresponde co n la
o b s tin ac ió n y la e s tu p id e z de a lgu ien , ta l com o lo recoge T I le M e rriam -W e bs te r
d ic tio n a ry (2 00 4 ), en s u se gu n da entrada.
A p a rta n do p o r un m o m e n to e l hech o o b v io de q u e s e e m p le a u n a m etá fo ra
p a ra re p re se n ta r a l igno ran te , e s to es , s e hab la de e s te en té rm in o s de l d om in io
a n im a l b u n o , s e puede s e r lo su fic ie n tem e n te pe rsp ica z p a ra im p u g n a r la va lidez d e e s ta e xp re s ió n m e ta fó rica en la re p re sen ta c ió n de un igno ran te . P a ra ta l e fecto ,
b as ta ría in te rroga rse s i un m osqu ito , un ga llo , un cocod rilo o un e le fa n te , en
e fec to , sí sa be n en q u é fecha s e in ic ió la R evo luc ión B o lchev ique , qu ién e sc rib ió la
n ove la L o s de tec tive s s a lv a je s , cuá l fu e e l ú lt im o film e e n el q u e apa rec ió la a c triz
A u d re y H e p bu m , q u ié n e s in teg ra ro n la banda d e ro ck ve nezo lana S en tim ien to
M u e rto y q u é e q u ip o s d isp u ta ro n e l c é le b re p a rtid o de fú tbo l c o n o c id o co m o El M ara ca na zo . P od ríam os co n tin ua r co n una lis ta d e a n im a le s y c o n s ta ta r que
n in g u n o te n d ría la m ín im a noción d e e s to s h ech o s p o rq ue , p o r na tu ra le za , están
d es tin ad o s a d esconoce rlo , p u e s ca recen de p roce sos m en ta les pa ra hace rlo y,
a s im ism o , no so n p a rte de l m u n d o cu ltu ra l hum ano.
L a p rob lem a tizac ión de esta re p re sen ta c ió n d e la persona igno ran te podría
s e r d esp a ch a da a rgu m en ta n do q u e con fro n ta m o s un ca so de a rb itra rie d a d del
45
s ig n o lingü ís tico , una d e la s id e a s c laves so b re e l fu n c io n a m ie n to de l lengua je que Fe rd inand de S aussu re (1 9 4 5 ) e xpu so h a c e m á s de c ien a ños , se gú n la cual el
s ign ifica n te (secuenc ia de so n ido s) no e s tá in trínsecam en te re la c io n ad o con el
s ig n ifica d o (idea ). D e m an e ra ta l q u e la id e a d e burro pod ría h a b e r s ido
c o m u n ica d a , p o r igua l, co n las se cu e n c ia s ‘t-i-g-r-e* o ‘h -i-p -o -p -ó -t-a -m -o ’. Una
p rue ba d e e s to sería , d e s d e ta l h o rizon te te ó rico , la secue nc ia de la len g ua ing lesa
'd -o -n -k -e -y ', a la q u e a lu d im o s a rriba . P o r lo q u e re sp e c ta a e s ta investigac ión , en
cam b io , e n fo ca m o s la e xp re s ió n m e ta fó rica d e l burro , o b u n a , ig n o ra n te d e s d e la p e rspec tiva de la m o tiva c ió n de l s ig n o lingü ís tico d esa rro lla d o p o r la lingü is tica
co gn itiva , p a rticu la rm en te p o r la s id e a s d e la s m e tá fo ra s concep tua les , p ila re s de
d ich o cam po de e s tu d io de l lengua je . E n u n a pa labra , a com e te m o s e l es tud io
p a rtie n d o de la cons ide rac ión d e q u e lla m ar b u rro (a), m a s no jira fa , ba llena,
o rn ito rrin co , o ve ja , aves tru z , ca m e llo o za m u ro , a una p e rso na q u e s e c ree ig n o ra n te e s co he ren te con a sp e c to s co nce p tua les y cu ltu ra les , que p ueden ser
e xp lica d o s en de ta lle . En con fo rm idad con lo d e sc rito a n te rio rm e n te , la p resen te
inves tigac ión e s tá cen trada en a n a liza r los p roce sos de p e rson ificac ión y
d esp e rso n ifica c ió n q u e ope ran en la e xp re s ió n m e ta fó rica de l b u rro igno ran te .
2. Fu n d am en to s Teóricos
L o s p rece p to s te ó rico s q u e su s ten ta n e s ta inves tigac ión son: (a ) L a k o ff y
Jo hnson (2009), so b re m e tá fo ra concep tua l: (b ) en cu a n to a m o tiva c io n es de las
m e tá fo ra s concep tua les : J o h n so n (1 98 7) y K ó ve cse s (2 01 0 ); (c ) co n re la c ió n a los
p ro to tip os : L a k o ff (1987); (d ) s o b re m e tá fo ras y s ím b o lo s : S te u te r y W ills (2009); y
(d ) e n lo q u e to ca a la despe rso n ifica c ió n : R ivano F isch e r (2013).
P a ra L ako ff y Jo hnson (2007), las m e tá fo ra s no s o n u n a s u n to constreñ ido
a la c rea tiv ida d lite ra ria n i ta m p o c o a un recu rso a la d isp os ic ión d e re tó ric o s para
a fe c ta r e fe c tiva m e n te a l re ce p to r d e un m ensa je . S e tra ta , en cam b io , d e una
h e rra m ie n ta de n u e s tro s is tem a concep tua l p a ra e n te n d e r un co n o c im ie n to nuevo,
e l que , p o r lo gen e ra l, resu lta s e r una abs tra cc ión . D ire m o s, para e m p le a r una
m etá fo ra , q u e lo s h a b lan te s rec ic lan co no c im ien to a n te r io r y co nc re to p a ra poder
p ro c e s a r cu a lq u ie r ca m p o inc ip ien te en s u m ap a co gn itivo . P ongam os p o r ca so un46
p ro fe s o r q u e les e x p lic a a s u s a lu m n o s d e M ae s tría en lite ra tu ra q u e el g éne ro c rón ica es , com o lo d e fin ió V illo ro (2012), e l o rn ito rrin co de la p rosa . E s dab le
re co n o ce r e n e s ta exp lica c ión q u e e l p ro fe so r re cu rre a un ca m p o concre to
(o rn ito rrinco ), q u e de a c u e rd o a lo s p o s tu lad o s te ó rico s lla m am o s d o m in io fuente,
p a ra d a r a e n te n d e r un ca m p o m á s inde fin ido , co m o lo e s la p rosa , q u e a cá sirve
d e d o m in io m e ta , respec tivam en te .
C o m o q u ie ra q u e sea, lo q u e im po rta re ten e r de la d iscu s ió n p ropues ta
h as ta a cá e s q u e lo s h ab lan te s d e la lengua a p e la n a l co no c im ien to d e dom in ios
c o n los c u a le s hayan te n id o co n ta c to p rev iam e n te y q u e p o r m ed io de es tos
co n fro n ta n d o m in io s de l m undo e m p íric o que , a u n q u e fu n c io n e n en é l, tie n e n una
n a tu ra leza abs trac ta , cogn itiva o m e ta fís ica .L a s id e a s d e Jo hnson (1 9 8 7 ) so n re p re sen ta tivas d e la lingü ís tica cogn itiva
a l s e ñ a la r que . a d ife re nc ia d e lo q u e conc luyó d e S a ussu re , ex is te una base co rp o ra l y e xp e rie n c ia l de la lengua , lo que , a no dud a rlo , co n lle va u n a m otivac ión
d e l s ig n o lingü ís tico . D esde la ó p tica d e e s te teó rico , los ind iv iduos
inco n sc ie n te m e n te e x tra e m o s im á g e n e s esqu e m á ticas , c a b e d e c ir no im ágenes
concre tas , de n ues tro co n ta c to con e l m u n d o fís ico y, a con tinuac ión , p royec tam os
e s te e squ e m a so b re lo s fe n ó m e n o s n ue vo s q u e e n c o n tre m o s a n u e s tro paso. O tro a sp e c to im p o rta n te q u e s e deriva de e s te p ro ce so e s q u e la s p royecc iones
co n tin ua rá n d u ra n te to d a la v ida y q u e a p a rece rá n en fo rm a com p le ja . A m anera
d e e je m p lo , p en se m o s en el in d iv id u o q u e d e s d e s u in fan c ia e xpe rim e n ta e s ta r en
u n cu a rto Ilum inado y e n o tro oscu ro . M ie n tra s q u e en e l p rim e ro tendrá la
p os ib ilid a d de d a r cu en ta de l a m b ien te q u e lo rodea ; en e l se gu n do se su m irá en
la in ce rtid u m b re p o r n o p o d e r d e s c rib ir lo n i m o v e rs e co rre c ta m en te e n é l. De
se gu ido , e s ta e xp e rie n c ia s e p roye c ta so b re una abstracc ión , com o e s e l p roceso
d e e n te n d e r y a s i se fo rm a la m e tá fo ra V E R E S E N T E N D E R ( ‘no ve o q u é qu ie res
d e c ir , ‘¿ ves lo q u e e s te lib ro q u ie re d ec ir? ') . S i a lg u ie n no ve (e n tie nd e ), tiene
ince rtidu m bre . Esta m etá fora , a su vez. tom a fo rm a s m á s com p le jas, com o en el
ca so d e las e xp re s io n es : ‘e re s una lum bre ra ’ (en tiendes m uch ís im o), ‘d am e lu ce s ’
(a yú d a m e a e n te n d e r) y 'e l S ig lo d e L uce s ' (e l s ig lo d e la razón , de no te n e r s u p e rs tic io ne s con o b je to de e n te n d e r b ie n e l o rd e n de l m undo).
4 7
En la m ism a v e n a teó rica , K ó ve cse s (2 0 1 0 ) a firm a q u e h a y m o tiva c io n es de m e tá fo ra s que d ependen de s im ilitu d es n o ob je tivas . L o s hab lan tes d e la lengua
p roye c ta n co rre sp o n d e n c ia s de un d o m in io fu e n te a un d o m in io m e ta q u e no se
a p o ya n en ra sg o s igua les , s ino q u e s e su s ten ta n e n la im ag inac ión . U n e jem p lo
ilu s tra tivo de e s te a sp e c to e s la m etá fo ra E L A M O R E S U N A G U E R R A , e n la que
do s e n e m ig o s co rresponden a lo s d o s am an tes, co n q u is ta r co rresponde a lo g ra r el
a m o r d e la o tra pe rsona , y re nd irse co rre sp o n d e a e n a m o ra rse d e la o tra persona.
C o m o s e ve , n inguna d e e s ta s co rre sp o n d e n c ia s e n tre a m b o s d o m in io s es ob je tiva .
P o r o tra parte , co n tin ua m o s con K óvecses , la e x is tenc ia d e a lgunas
m e tá fo ra s d ep e nd e de m e tá fo ra s b á s ic a s q u e se u b ican en un sus tra to m á s b a jo o
p ro fu n do . R am írez y R am írez (2 01 3 ), p o r e jem p lo , o bse rva ro n q u e p a ra eva lua r
neg a tiva m e n te a un d e la to r lo s h a b lan te s de l españo l de V e n e zu e la lo re p re sen ta b an co m o a un 'sapo ', o 'sa p a ' cu a n d o se tra ta b a de u n a m u je r. En
cu a lq u ie r caso , e s ta exp res ión m e ta fó rica depend ía de o tra s m etá fo ras , com o la
d e co n s id e ra r q u e q u ien d e la ta tie n e una len g ua q u e e x c e d e e l tam año norm al
( 'e re s un len g ua la rg a ’), o q u e d e lib e ra d a m e n te la p e rso na a flo ja la lengua
re c ip ie n te de l se c re to (‘so ltó la le n g u a ’), o q u e la len g ua no log ra s e r contro lada ( ‘s e le fu e la le n g u a ’). C o m o resu ltado , exp re s io n es m e ta fó ricas m á s com p le jas
surg ían , ta le s com o: ‘s e le fu e e l yo yo ’ , ‘s e le fu e la a lfom b ra ’ y la q u e n o s ocupa:
‘s e r un s a p o ’, en ra zó n de q u e e s te a n im a l sa ca la lengua y la es tira d e m anera
extrao rd inaria .
O tro de los p roce sos de l p e n sa m ie n to que se d e b e te n e r en cu en ta p a ra la
inves tigac ión q u e s e p rese n ta e s e l de la s ca te go n za c ion e s p ro p u e s ta s p o r Lako ff
(1 98 7 ). S egún s u s p re su p u e s to s teó ricos , las c a te g o ría s no so n u n ive rsa les y se a p o ya n en lo co rp o ra l, la im ag inac ión , lo e m o c io n a l, en m e tá fo ra s y en
m e ton im ia s . P o r tan to , cabe h a b la r d e m ie m b ro s p ro to típ ico s de la ca tego ría .
S u p o n g a m o s a h o ra q u e n os re fe rim o s a la ca te g o ría ‘a ve s ’ a n te h a b lan te s del
lla n o vene zo la no . L o q u e o b te n d re m o s co m o re su lta do e s q u e e s ta s p e rso na s no
pe n sa rá n en un p in g ü in o com o pnm e ra o p c ió n . D e resu ltas , e l p in g ü ino e s un ave
no -p ro to típ ica en e se caso.48
A con tra p e lo d e la pe rso n ifica c ió n . R ivano F isch e r (2 01 3) e la b o ra e l co n ce p to d e despe rson ificac ión , q u e se e m p le a p a ra d e g ra d a r la cond ic ión
h um a na a l re ba ja rla a l e s ta tu s o n to ló g ico de an im a l. P a ra e s te inves tigador, en
cam b io , e l re cu rso d isp on ib le p a ra q u e los h a b lan te s les a s ig n e n un v a lo r pos itivo
a lo s a n im a le s q u e se rá n p roye c ta do s so b re los h u m a n o s e s la p e rson ificac ión
m e ton ím ica . Es dec ir, s e to m a d irec tam en te u n a p a rte de l an im a l, com o ocurre
c o n : “ ‘o jo s d e á g u ila ’, 'e l v a lo r d e un le ó n ’ , 'e l s ig ilo d e un tig re ’” (p. 164). S te u te r y
W ills (2009), p o r o tra parte , des taca n q u e se d e b e to m a r en cuen ta la s im bo log ía
c u ltu ra l q u e re p resen tan a lg u n o s an im a les . A ju ic io d e los inves tiga d o re s , el
águ ila , a u n q u e se a un a ve m ás le ta l q u e lo q u e un z a m u ro p ue d a lle g a r a se r,
co n fo rm a un s ím bo lo de e le va d o v a lo r d e n tro d e la cu ltu ra no rteam ericana . C om o h a b rá p od ido no ta rse , e s te a sp e c to m a n tie ne es trech a re lac ión co n lo s p ro to tipos
d e las ca tego rías , p ue s to q u e si. p o r a p ro vech a r un e jem p lo parad igm ático , h ab lá ra m os de la ca tego ría 'a n im a l com estib le ' e n la cu ltu ra ind ia la va ca sería
inconce b ib le , d ada su co nd ic ión d e s ím b o lo re lig ioso ve ne rab le , a lg o que , desd e
lue g o , con tras ta con la cu ltu ra ve n e zo la n a y la tin oa m e nca na , co m o s e puede
o b s e rv a r en la c rón ica de C a p a rro s (2015) s o b re e l h am b re e n e l m un d o . En
s ín tes is , en e s te e s tu d io s e em p lea e l té rm in o d esp e rso n ifica c ió n pa ra h a b la r de l u so d eg rad a n te d e un a n im a l en la re fe renc ia a pe rsonas , ta l c o m o lo propone
R iva no F ischer.
3 . M etod o log íaEl co rp u s d e u n a inve s tiga c ión e s d e te rm in a d o p o r e l con jun to de m a te ria les
lin g ü ís tico s q u e con fo rm a n el o b je to d e e s tu d io en u n a inves tigac ión o en una
p a rte d e e lla . (B o líva r. 2 01 3 , p .4). E n e l ca so d e las in ve s tiga c ion es lingüís ticas.
e s ta rá re p resen tando p o r un co ng lo m e ra d o d e te x to s e scn to s en o rigen o
tra nsc rito s a p a rtir d e m a n ife s ta c io n e s o ra le s . E n o tra s pa labras , ve re m o s que
d esd e una p a lab ra has ta d ocu m en to s e n te ro s p od rán se r co n s ide ra do s com o
co rp u s pa ra in ic ia r un re sp e c tivo aná lis is . P a ra e fe c to s de l p rese n te tra ba jo , se
c o n tó co n un co rp u s com b ina d o , q u e d e n o m in a m o s d e e sa m ane ra , puesto quec ie rto s e jem p los q u e con fo rm a n e l o b je to de e s tu d io lo h em o s e x tra ído de d ive rsas
4 9
fu e n te s b ib lio g rá ficas y m u e s tra s o ra le s q u e re co g e M ark D av ies (2 0 0 2 ) en su co rp u s de l españo l A d ic ion a lm e n te , inco rpo ra m o s a lg u n o s titu la re s de c ircu lac ión
in te rn ac io na l q u e s irv ie ron para ilu s tra r e l ca so a estud iar.
El co rp u s com b inado e s tá co ns titu ido p o r (10 ) va ria d o s e je m p lo s q u e nos
p e rm ite n te n e r una re p re sen ta c ió n g ene ra l de l co m p o rta m ie n to d e la exp res ión
m e ta fó rica ‘bu rro ’ p a ra re fe rirse a una pe rso na q u e se ju zg a ig n o ra n te . C om o
u n id ad de aná lis is , te n e m o s se g m e n to s d iscu rs ivo s co rtos y e x te n so s en los que
s e h aga a lu s ió n a u n a p e rso na ign o ra n te a tra v é s de la e xp re s ió n ‘bu rro '. E s de d e s ta c a r q u e no v im o s n ecesario a m p lia r e l co rpus , y a q u e lo s e squ e m a s de
p e rso n ifica c ió n y d esp e rso n ifica c ió n en d ich a e xp re s ió n no va rían . S e m an tendrían
e n u n a constan te se a cual fue ren e l núm e ro d e casos . A continuación ,
p re se n ta m o s los e je m p lo s com binados:
1 ) ‘ M in is tro d e d e fe n s a ca lificó L a c a lle P o u d e ‘ile tra d o ’, tu r r o ' y b u r r o " (E l o b s e rv a d o r. 8 /1 0 /2 0 1 4 1
2 ) “M r . B u s h v o u a re a d o n k e v a n d o th e r m e m o ra b le C h a v e z m o m e n ts " (E u ro n e w s : 6 /0 3 /2 0 1 3 )
3 ) T r a t a n d e b u r r o , a n im a l e ig n o ra n te a E v o p o r F a c e b o o k · ( M o r t í 1 4 /0 5 /2 0 1 2 )
4 ) 'M a d u r o a f irm a q u e le d ic e n 'M a b u r r o ’ y la g e n te s e r íe ’ (L a p a tilla : 2 0 /0 6 /2 0 1 3 )
5 ) ( . . . ) E l e x p re s id e n te J o rg e B a ü e ca lificó e l v ie rn e s a P a s q u e t d e ■ im bécil' p e ro P a c h e c h o K le im c re e q u e 'a c tu ó - d e m a la fe m in tie n d o y te rg iv e rs a n d o la v e rd a d h is tó ric a , n o s é c o n q u é propósito o d e s ig n io ta m p o c o s e p u e d e s e r ta n b u r r o e iq n o ra n te f...) ( E l P a ís , 2 2 /2 /2 0 1 6 )
6 ) ( . . . ) S i tú s e .. . s i tú h a c e s u n a c o s a ... b ien d u ra n te to d a tu v id a , n o t ie n e s n in g ú n d e fe c to , n o t ie n e s un e rro r , c u íd a te d e no c a e r e n u n e rro r , p o rq u e e s e d ía s e rá s e l h o m b re .. . e l h o m b re .. . e s tú p id o , e l h o m b re m a lo , e l h o m b re in c a p a z , e l h o m b re .. . a n im a l, e l b u r r o , e s e d ía q u e tú h a s c o m e tid o un e rro r , t e ta p a r á n o te tra ta rá n d e o p a c a r to d o s los b u e n o s e rro re s (s ic ) q u e h a s v e n id o c o m e tie n d o , ¿ e n t ie n d e s ? ( .. . ) (H a b la cu lta : C a ra c a s . C o rp u s d e M a rk D a v ie s (2 0 0 2 ) )
50
7 ) ( . . . ) A v e c e s n o q u e re m o s d e c ir a lg o p ues s e tra ta d e un d e s e o p ro h ib id o o e s d e m a l g u s to o e s ta b ú , y e n v ia m o s a o tra p a la b ra p a ra q u e lo r e e m p la c e . P o r e je m p lo : D u ra n te u n e x a m e n e l p ro fe s o r, c a n s a d o d e los d is p a ra te s q u e d ic e e l a lu m n o , le p id e a l c h ic o d e la c a n tin a : « J o v e n , tr á ig a m e u n a ta d o d e h e n o * , a lo q u e el a lu m n o re s p o n d e : « A m í trá ig a m e u n c a fé » . C o m o v e m o s , a l p e d ir e l a ta d o d e h e n o e l [1 4 8 ] p ro fe s o r s u g ie re q u e el a lu m n o e s un b u r r o . E l a lu m n o , a l p e d ir c a fé , s u g ie re q u e e l b u r r o e s el p ro fe s o r. (S e ñ a le s : in tra h is to n a . C o rp u s d e M a rk D a v ie s (2 0 0 2 ) )
8 ) ‘ E re s in s titu c io n a lis ta o e re s u n g ra n c o b a rd e o b u r r o . . . T e n e m o s u n a re a lid a d e n la m a n o y es p o l i t ic a . . . . ' a c a ta r la c o n s titu c ió n n o es p ro p io d e un m ilita r in te lig e n te . Q u e c o n s te , fu e e l m in is tro q u ie n le s d ijo c o b a rd e s y b u rro s ( N o tic io s 2 4 2 8 /4 /0 8 )
9 ) E l q u e no e n tra e n la U n iv e rs id á s ie m p re v a a s e r un b u r r o - d e c la ró . - B u e n o . Y o v o v a s e r un b u r r o a u e s a b e in a lé s . - Y o n o s é d e a u é le s irv e e l in a lé s a un b u r ro si n o s e s a c rific a p a r a d e ja r d e s e r b u r r o - r e m a c h ó c o n su a c o s tu m b ra d a ló g ic a d e h ie rro M e d ité un p o c o . (L o s h o m b re s d e C e lin a , 1 9 2 6 . C o rp u s d e M a rk D a v ie s ( 2 0 0 2 ) )
1 0 ) ( . . . ) 'L o p e o r q u e p o d e m o s h a c e r e s e s c u c h a r a a q u e llo s q u e e s tá n d ic ie n d o q u e n o s irv e la e c o n o m ía d e m e r c a d o .. . lo e s tá d ic ie n d o el b u r r o d e H u a o C h á v e z " . d iio F o x ( . . . i (N o tic ia s 2 4 1 2 /1 2 /2 0 0 8 )
C o m o se ve , e l c u a d ro re co g e los d ie z (1 0 ) va ria d o s se g m e n to s d iscu rs ivo s
q u e hacen a lu s ió n a una p e rso na ig n o ra n te p o r m ed io de la exp res ión 'b u r ro '. En lo suces ivo , se p roce de a p re se n ta r la d iscu s ió n de los resu ltados.
4 . D iscu s ió n d e los R esu ltado s
(a ) C o n base en s u cu ltu ra , lo s h a b lan te s de l e sp a ñ o l ap re nd e n , y esperan,
q u e a q u e lla s p e rso na s q u e n o e s tu d ia n y q u e , p o r co ns igu ien te , no a lca n za n un
títu lo d e p ro fes iona l deben re a liza r tra b a jo s que d e m a n d a n fu e rza co rpo ra l, con
o b je to d e s u s te n ta r s u s v idas . Q u ien s e a tien e a e s tu d ia r, se gú n e s ta concepc ión ,
c u m p le lo s requ is ito s p a ra d e se m p e ñ a r o fic io s en lo s q u e s e re qu ie re e l in te lec to
o . p o r d esco n tad o , d es tre za s fís ica s q u e a m e rita n p rec is ión y su tile za , com o,
p on g am o s , la e nseñanza d e la lite ra tu ra , la c irug ía ca rd iova scu la r, la e jecuc ión
d e l s a xo fó n a lto , e l ju e g o d e a je d re z p ro fes iona l y la d ire cc ió n c inem atog rá fica ,
e n tre a lg u n o s d e los q u e p od e m o s m en c ion a r. En re lac ión con e l s itio de
d ese m pe ñ o d e e s te t ip o de tra ba jo , s irven d e á rea s p rop ic ias lu g a re s con
co nd ic io ne s ó p tim a s e n té rm in o s de la te m pe ra tu ra , la se gu rid a d y e l confort.
51
c o m o cabe co n s id e ra r o fic inas , co nsu lto rios y e s tu d io s m us ica les , p o r e je m p lo . La so c iedad s e re fie re a esta c lase de tra b a ja d o re s con e l m o te de p ro fes iona l, lo que
e n un reg is tro e sp e c ífico s e m an ifies ta p o r m ed io de títu lo s (p ro feso r, ingen iero ,
a rqu itec to , pe riod is ta , e n tre o tros)
P o r con tras te , una p e rso na q u e no s e d ed ica a e s tu d ia r o . p o r lo m enos , a
cu lt iv a r a c tiv id a d e s q u e desa rro lle n s u in te le c to co n e l f in de so s te n e r su m o d o de
v ida , le res ta co n ten ta rse con o fic io s q u e re qu ie ren de fue rza fís ica . E jem p la res
d e e s te caso so n o fic io s com o la a lbañ ile ría . e l sa n e a m ie n to de la s ca lle s y e l
tra s la d o d e ca jas o con tam ers de m ercancías . C o m o s e puede obse rva r, p a ra su
p le n o fu n c io na m ien to , e s ta s ta re a s p ueden e m p le a r has ta la fu e rza b ru ta , pe ro
n ada d e p roce sos co gn itivos co m p le jo s . E s te tip o d e tra b a jo s su e len lle va rse a
c a b o en e sp a c io s a b ie rto s y en co nd ic io ne s n a tu ra le s o d e in fraes truc tu ras hostiles
o d e riesgo , ta le s com o, e n tre o tros, ca lle s su c ia s , b o ta d e ro s d e b asu ra , ta lle res de a lta te m pe ra tu ra y s it io s d e co ns tru cc ió n . P o r lo q u e co nc ie rn e a las
d en om inac iones , q u ie n e s rea lizan e s to s tra b a jo s no so n d es ignados co n títu los ,
s ino , en cam bio, co n té rm in o s g e n é rico s com o 'tra ba jad o r1 u 'obre ro '.
C o n v ie n e su b ra ya r un co n ju n to de o fic io s que . n o obs tan te d e p e n d e n d e la
fu e rza fís ica , p ro to típ icam en te , p a ra e m p lea r la idea lako ffeana (1 98 7 ), so n m ás c e rca n o s a l p rim e r tip o de tra b a ja d o re s q u e h e m o s expuesto . E s decir, a p e s a r de
q u e so n o fic io s cuya co nd ic ión s in e q u a n o n e s la fu e rza co rp o ra l no son
co n s ide ra do s d eg ra d a n te s d e la co nd ic ión hum ana . P o r e jem p lo , un ju g a d o r de
fú tbo l p ro fes iona l o , a lo su m o , d e u n a liga m enor, s e va le d e su apa ra to p s ico -
m o to r, pero , d e a cue rdo a la p e rcepc ión soc ia l, m e re ce un e s ta tu s p riv ileg iado .
C o m o q u ie ra q u e sea. s i a te n d e m o s e s te caso con cu idado , o b se rva m o s q u e el
ju g a d o r d e fú tbo l n o la b o ra e n un a m b ien te pau p érrim o , an tih ig ién ico , insegu ro , as í
c o m o ta m p o c o re c ib e la d es ig n a c ió n de ‘tra b a ja d o r’ u ‘o b re ro ’. S e p ue d e seña la r
tam b ién q u e s u fu e rza fís ica , s i v a le la m etá fora , e s edu ca da p o r m ed io de
e x ig e n te s e n tre n am ien to s para s e r p re c iso s e n la s jug a da s .
(b ) S ig u ie n d o lo s p ro to tip o s d esa rro lla d o s p o r L a k o ff (1 98 7 ), p o d e m o s dec ir
q u e e s un h ech o q u e el co no c im ien to p o p u la r re co n oce a l b u rro com o la b es tia de
ca rg a p o r e xce len c ia . S i, a m anera d e e xpe rim e n to m en ta l p a ra d e s p e ja r dudas,52
p en sa m o s en las fun c io ne s a s ig na d as a un p erro , una g a llin a , un m on o y un caba llo , a nue s tra s m e n te s p ueden a cud ir im á g en e s de la p ro tecc ión de la casa,
la a lim en ta c ió n d ia ria , un e sp e c tá cu lo d e c irco y un paseo , re sp e c tiva m e n te . El
e je m p lo d e l ca ba llo m erece m enc ión aparte , en v is ta d e q u e p e rte n e ce a l g ru p o de
lo s equ ino s , com o el b urro , p e ro que , a caso d esd e tie m p o inm e m o ria le s , s im bo liza
lo s u til y lo m agnán im o , re p re sen ta d o en ju e g o s com o e l po lo , la caza p rac ticada
p o r la nob leza y la s g e s ta s d e independenc ia . D e m an e ra q u e la fu n c ió n de l burro
c o m o a n im a l d e ca rg a es u n a e xpe rienc ia q u e p ue d e lle g a r d ire c ta m e n te p o r vía d e l cuerpo de l ind iv id uo , com o en e l ca so de v ia je s q u e s e em prenden a tra v é s de
re g io n e s m on tañosas, en los q u e e l b u rro tra nsp o rta ca rg a pesa d a . N o obstan te ,
a u n cu a n d o e s ta e xpe rienc ia n o se a d irec ta , los h a b lan te s d e l e sp a ñ o l re c ib e n ese
co no c im ien to p o r m ed io de d ive rso s a rte fa c to s cu ltu ra le s q u e c ircu lan en su
e n to rn o soc ia l, ta le s com o la p ren sa , la te le v is ió n y e l c ine , e n tre a lg u n o s o tros.El s ig u ie n te paso en la m o tiva c ió n de la m e tá fo ra q u e e s tu d ia m o s e s el
so la pa m ien to de la fu e rza b ru ta d e u n a p e rso na q u e no ha e s tu d ia d o con la fue rza
de l b urro . En u n a p a la b ra , s e pe rson ifica a l b u rro com o ig n o ra n te a causa de que
su fue rza co rre sp o n d e con la fue rza de una pe rso na que , p o r no h a b e r estud iado ,
d e b e re a liza r tra b a jo s fís ico s , en lu g a r de ta re a s in te lec tua les . La igno ranc ia , com o e s b ie n sa b id o , e s u n a co nd ic ión cogn itiva p rop ia de lo s s e re s h u m a n o s . S a be r
qu ién d irig ió e l film e Heli, en q u é fecha fu e d e ca p ita d o R o b esp ie rre y q u é equ ipos
d e b asque tbo l d isp u ta ro n la s fin a le s d e la N B A en 1993, fo rm a p a rte de nuestro
bag a je cu ltu ra l, de l m undo de re la c io n es y s ím bo los c re a d o s p o r y p a ra los se res
hum anos.
A s í la s co sas , n o h a y ra zó n p a ra a c u s a r a l b u rro d e igno ran te , p ue s to que.
a fin d e cu en ta s , todos los a n im a le s so n ig n o ra n te s p o r de fin ic ió n . Nos
enco n tram o s , en consecuenc ia , an te una p erson ificac ión , la p roye cc ió n de un
ra sg o inhe re n te m e n te hum a no so b re un a n im a l, cuya m o tiva c ió n en e s te caso, ya
h em o s a pun tado , se d ebe al c ruce d e la fu e rza b ru ta d e l se r h um a no y la del
burro . E s te p ro ce so d e p e rson ificac ión e s s im ila r a ta n ta s o tra s exp re s io n es
m e ta fó rica s en lengua e spaño la . T o m e m o s a m an e ra de e jem p los ilu s tra tivo s 's e r
u n a c u a im a ' y 's e r un p a to ’ . A s í, a unque su pe rfic ia lm en te pa rec ie ra q u e a la m uje r53
s e le des igna con e l nom b re de u n a se rp ie n te , o cu rre lo con tra rio : p rim e ro s e le da a l a n im a l una cua lidad hum ana , en razón de q u e e l co m p o rta m ie n to hostil de la
m u je r hac ia e l hom b re co rre sp on de , im ag ina tiva y no ob je tiva m e n te , a l ve n e n o del
a n im a l. A con tinuac ión , u n a m a la m u je r s e conv ie rte e n u n a cua im a . Q u izá esta
re la c ió n se co rpo riza m á s c la ra m e n te en e l ca so de l a n im a l 'p a to ' cuando se
e m p le a p a ra h a b la r d e un h o m b re hom osexua l. En e s te caso , com o se ap re c ia , el
a n im a l n ada tie n e q u e v e r co n la h om o sexu a lida d , p e ro s i lo h a c e co n s u fo rm a de
m ove rse y e x h ib ir s u ano , e le m en to p ro to tip ic o p a ra p e n sa r la hom osexua lidad
m ascu lina , co m o lo d em u es tran R am írez y R am írez (2 01 3 ), a l e x a m in a r m etá foras
c o n im á g en e s d e c írcu lo q u e a lu d en al tra se ro de l h om b re hom osexua l, co m o son
lo s c a so s de ‘a rgo lla ’ , ‘ro sq u e te ’ y ‘h ueco '. D e m an e ra q u e e l 'p a to ' es p e rso n ifica do co n u n a cua lidad típ ica m e n te hum ana , p ue s to que , e s evidente ,
d esco no ce d e la no rm a lida d se x u a l q u e F o uca u lt (2 01 2) rev isó en s u g ru e sa obra so b re la sexua lidad .
D o m in io h u m a n o D o m in io b u r ro
Ig n o ra n c ia p ro p ia d e lo s s e re s h u m a n o s por d e s c o n o c e r a lg u n a c o s a q u e s e c re e d e b e c o n o c e r.
B e s tia d e c a rg a q u e re s p o n d e a s u s ins tin to s a n im a le s . P o r n a tu ra le z a , e s im p o s ib le q u e c o n o z c a la s c o n s tru c c io n e s c u ltu ra le s h e c h a s p o r y p a r a lo s h u m a n o s .
D icho p roceso de p e rson ificac ión p o d e m o s v e rlo a tra vés de lo s c a so s (1),
(3 ), (4 ), (5 ), (6 ), (7 ), (8 ), (9 ) y (10 ) de n ues tro co rpus , ve re m o s com o e l d om in io h um a no p res ta rá s u s co nce p tos p a ra m apearse hac ia e l dom in io b urro . A
co n tin ua c ión , ve a m o s u n a ilus trac ión q u e e xp lica e l conce p to de c a d a d o m in io y
su m a p e o e n a lg u n o s casos:
54
P e rs o n ific a c ió n
D o m in io fu e n te =
H u m a n o
D o m in io m e ta =
B urro
Ig n o ra n c ia
C u ad ro . P roceso de pe rson ificac ión
(c ) to d a vez q u e se ha p ro ye c ta d o s o b re e l burro la igno ranc ia hum ana , lo
q u e h em o s llam ado, a d h irie n d o la teo ría , p erson ificac ión , s e u sa e s te a n im a l com o
u n d o m in io fu e n te pa ra m e ta fo riza r a p e rso na s q u e igno ran a lg o q u e s e supone
d eb e n saber, lo cua l, p o r supuesto , com porta una n ue va ca rg a sem án tica : la a n im a lidad . N os e nco n tra m o s a cá co n e l reve rso de la pe rso n ifica c ió n : la
d espe rso n ifica c ió n , e xp re sa d a p o r R iva no F isch e r (2 01 3 ). E n o tros té rm in o s , se
e m p le a el b u rro com o m e tá fo ra de una persona igno ran te no so lo p a ra re sa lta r su
ign o ra n c ia de a lgo , s ino , en su s tan c ia , p a ra d e g rad a rlo a la c o n d ic ió n de an im al.
C u a n d o s e d esp e rso n ifica a a lgu ien , se le d e sp o ja de s u cond ic ión hum ana . Se a com ete , com o e s ev iden te , una e va lua c ión n eg a tiva de l s e r hum a no a tra vés de
la im a g e n de l an im a l. El ign o ra n te n o so lo n o sabe , s ino q u e ha d e ja d o d e s e r un
h um a no al m is m o tiem po.
P ara e n te n d e r e s te m ecan ism o de despe rso n ifica c ió n , resu lta pertinen te
tra e r a la d iscu s ió n d o s e xp re s io n e s m e ta fó ricas de co nd ic io ne s s im ila res . En V enezue la , co m o u n o de lo s p rod u c to s d e rivad o s d e l d e b a te po lítico , se sue le
d e c ir q u e una p e rso na q u e a p la u d e irres tnc tam en te to d a s las dec is io n es d e su
líd e r po lítico , p o r lo g ene ra l a lg u ie n de l partido o fic ia l, e s una fo c a . E n razón de
q u e e s de so b ra s a b id o q u e ‘a p la u d ir e s un a c to cu ltu ra l hum ano , q u e entraña
s a b e r cóm o, cuándo y a qu ién a p la ud ir, se puede re co n o ce r q u e los h a b la n te s del
e sp a ñ o l de V e ne zue la , en p rim e ra ins tanc ia , p e rso n ifica n a la s fo ca s, para,
e nsegu ida , e m p le a r la fo ca co m o una m etá fo ra q u e an im a liza a la persona p a rtid a ria d e l p o lítico e n cuestión . S e n o ta , ade m ás , que . com o requ is ito para
p e rso n ifica r a l a n im a l, s e es ta b lece la co rresp on de n c ia e n tre e l a p la u so hum a no y
e l m ov im ien to con la s a le ta s q u e so n ca p a ce s de re a liza r las fo ca s entrenadas.
55
p roye cc ió n se m e jan te a la co rresp on de n c ia e n tre la fu e rza de l b u rro y la de la p e rso na incu lta .
O tro caso ilum inado r, a u n q u e no ta n loca l, s e puede e x tra e r d e un ensayo
e n el q u e O renste in (2 0 0 3 ) o fre ce una v is ión p a n o rá m ica de l cu en to de h ad a s La
c a pe ruc ita ro ja a lo la rgo de la h is to ria . O re ns te in se p re g u n ta leg ítim a m e n te por
q u é el ca n is lupus, c o n o c id o co m únm en te com o lobo , e s re p resen tando
co ns ta n te m en te com o un v iril m u je rie g o s i, p o r e l con tra rio , e s una e spe c ie de v ida
m onógam a, s i c a b e e l té rm ino . C o n fro n ta m o s a cá o tra s itu a c ió n en la q u e a un a n im a l s e le pe rson ifica co n cu a lid a de s de se xua lid ad y sedu cc ió n q u e so n p rop ias
d e los s e re s hum anos . La in te rro g a n te o s te n s ib le e s q u é e le m en to s conve rgen
p a ra a u to riza r pe rso n ifica r a l an im a l. U na h ipó tesis , den va da de O rens te in , estim a
q u e e s to s e o rig in a en los te x to s b íb licos , en los que , en la lucha de l b ien co n tra el
m a l, h a y lobos ta im a d o s ve s tid o s d e ove jas . A s í. la p royecc ión e s tr ib a en q u e un jo v e n p ue d e e ng a ña r a una m uchacha q u e n o ha te n id o re la c io n es se xua les , es
dec ir, q u e es v irgen . D icho de o tro m odo , e l se d u c to r e s un lobo , e n ta n to que la
v irg e n e s la o ve ja ino cen te . D e hecho , la locu c ió n fra nce sa 'A lle r v o ir le lo u p ’
(h a b e r v is to a l lobo), p o p u la r cu a n d o C h a rle s P e rra u lt e sc rib ió su h is to ria de
ca pe ruc ita en 1697. s ign ifica b a ‘h a b e r p e rd ido la v irg in id ad ’ , p rec isam e n te en un a m b ien te en e l q u e lo s p a d re s te n ía n e l de re cho d e c a s a r a s u s h ija s p o r razones
d e n egoc ios y, com o s e e spe ra , la p e rd ida d e la v irg in id ad pon ía en rie sg o el
p a trim o n io fam ilia r.
P o r lo q u e co nc ie rn e a la e xp re s ió n m e ta fó rica 's e r u n a rata*, la cu a l está
ca rg a da d e co nn o ta c io ne s neg a tiva s re la c io n a d a s con la inm ora lidad , se gú n nos
lo e xp lica n S te u te r y W illis (2 00 9 ), s e so s tie n e , en p rinc ip io , s o b re la p rev ia
m e ta fon za c ió n d e la inm o ra lid a d com o a lg o pú trid o , q u e apes ta , q u e co rroe to d o loq u e e s tá sa ludab le , id e n t if ic a re en e x p re s io n e s co m o ‘ la po lítica e s a sq u e ro sa ’ , ‘e l
d in e ro su c io ’ o en la co noc ida fra s e d e l p rínc ipe dan é s sh ake spe n an o "a lgo apesta
en D inam arca". E n e s te sen tido , d e b id o a s u n a tu ra leza de s e r ras tre ra , de
m ove rse p o r a g u a s su c ia s y de c o rro e r lo s a lim en tos , la ra ta e s u n a e laborac ión
m á s com p le ja d e lo in m o ra l c o m o a lg o pod rido . Lo q u e s igue aho ra e s la
co rresp on de n c ia e n tre la p e rso na inm ora l y lo a sque roso de la ra ta , pa ra as í poder56
p e rso n ifica r a la ra ta y, m á s ta rd e , d evo lve rla a una p e rso na co n la in tenc ión de d eg rada rla . En resum en , p rim e ro s e pe rson ificó a la ra ta com o si fuese una
p e rso na q u e in cu rre en un a c to inm ora l y. luego, se d esp e rso n ificó a la persona,
a tr ib u yé n d o le an im a lidad .
P ara v isu a liza rlo m e jo r e l p roceso q u e re fe rim os, d e ten g ám o no s en el
s ig u ie n te cuadro , en e l q u e a na liza m os el ca so (2) d e n ues tro co rp u s co n la
co noc ida fra s e "M r. B ush y o u a re a d o n ke y" e xp re sa d a p o r e l e xp re s id e n te C hávez
a p rop ós ito de G eo rge W . Bush:
D e s p e rs o n ific a c ió n
D o m in io fu e n te =
B u rro
D o m in io m e ta =
H u m a n o
• Ig n o ra n c ia (m e ta fó ric a )
• A n im a lid a d •------------------------------------------------------ ►
S u ig n o ra n c ia re d u c e su
c o n d ic ió n h u m a n a .
C u ad ro . D esp erson ificac ió n
5. C o n s id e ra c io n e s fina les
P e rso n ifica r y d e sp e rso n ifica r resu ltan p ro ce so s q u e rea lizam os con
frecuenc ia , y q u e cuando c re e m o s que so lo o cu rre u n a d esp e rso n ifica c ió n es
p o rq u e de m an e ra inconsc ien te h em o s lle vad o a cabo una p e rson ificac ión previa.
En n ues tro ca so de e s tud io , los fa c to re s cu ltu ra le s y la s im b o lo g ía q u e s e le a tr ib u ye a lo s o fic io s co nd u ce n a q u e la fu e rza b ru ta que re a liza u n a persona que
n o haya e s tu d iad o se c ruce co n la fu e rza b ru ta de n ues tro a n im a l de carga
p ro to tip ico , e l burro , y. en e s te p roceso , e s te a n im a l se a p e rso n ifica do co n la
ign o ra n c ia p ro p ia d e lo s se res hum anos . Lo q u e res ta e s la d espe rsom ficac ión de la p e rso na q u e se cons ide ra igno ran te p o r m ed io de la expres ión m e ta fó rica del
burro , q u e a h o ra n o e s e l bu rro na tura l, d esco n o ce d o r de la cu ltura , com o
cu a lq u ie r o tro a n im a l, s in o un b u rro d e igno ranc ia m e ta fó rica q u e d e sp o ja a la
pe rso na d e su co nd ic ión hum ana . La m e tá fo ra de l b u rro igno ran te , y a s e ha
seña lado , apun ta a e va lu a r n eg a tiva m e n te a la p e rso na so b re la q u e s e ap lique.
57
S o bra n m e tá fo ra s d e a n im a le s p a ra re p re se n ta r p e rso na s y d e te rio ra r su im a g e n soc ia l. N o s hem os se rv id o de d ive rso s e jem p los en la lengua españo la
q u e a trav iesan el m is m o p roceso de p e rson ificac ión d e l a n im a l y
d esp e rso n ifica c ió n de l in d iv id u o p o r m ed io de l a n im a l m e ta fonzado y cuya
c o n d ic ió n a n im a l s e e n cu e n tra d e re lieve : ra tas inm ora les , ce rd o s lascivos,
g a llin as coba rdes , cu le b ra s c izañeras , sa po s d e la to re s , p a to s y p a rg o s rosados
h om osexu a le s , lo b o s m u je rie go s , m osca s cu id ad o sas y a le rtas , y fo ca s que
a p lauden . P o d ría m os co n tin ua r con un a m p lio ca tá logo de exp re s io n es
m e ta fó rica s s im ila re s e n la lengua e spa ñ o la . Esta co in c id e nc ia e n e l u so de
e xp re s io n e s s im ila re s d e n tro de la vas ta g e o g ra fía de un m ism o id io m a s e debe ,
c o m o s e ha p o d id o adve rtir, a e xp e rie n c ia s co rp o ra le s y cu ltu ra le s co m p a rtid a s por p a rte de lo s h ab lan te s d e la lengua espa ñ o la en sus d is tin ta s va riac iones.
E s to n o s lle va a re sa lta r q u e ta m b ié n p ueden e x is tir m a tice s o d ife renc ias d ep e n d ie n d o de la e xp e rie n c ia de l m undo de los h a b lan te s de u n a lengua . Lako ff
(2 0 0 4 ) reg is tra la e xp re s ió n m e ta fó rica : d ry in g up th e sw a m p th e y liv e in "
(s e ca rle s e l pan ta n o d on d e v ive n ), la cu a l u só D o n a ld R u m sfe ld pa ra ju s t if ic a r la
g ue rra con tra e l te rro r e m p re nd ida du ra n te la a dm in is trac ión d e G eo rge W .B ush.
D e cu a lqu ie r fo rm a , lo q u e im po rta h a c e r n o ta r a cá e s q u e la e xp re s ió n m eta fórica e s p ro p ia de q u ie n ha e xp e n m e n ta d o un pantano.
A p rop ós ito d e e s ta s d ife re nc ia s , y p a ra re tom a r una in te rrogan te p lan teada
a l in ic io d e e s te es tud io , n o s e nco n tra m o s en la ca pa c id a d pa ra a s e v e ra r q u e la
e xp re s ió n m e ta fó rica a ng ló fon a 'd o n ke y ’, a u n cu a n d o resa lta la e s tu p id e z y la
o b s tin ac ió n d e una persona , se o rig in a d e los m ism o s p ro ce so de p e rson ificac ión y
d esp e rso n ifica c ió n p rese n tad o s has ta acá. L o s m a tice s s e d eb e n a d ife ren tes
co rrespondenc ias . Es decir, una persona q u e n o e s tu d ie se vu e lv e e s tú p id a y de
m e n te o bs tin ad a e irre flex iva , a l m en o s e sa s se ría n las e xp e c ta tiva s so c ia le s . Así,
so b re e l b u rro , b es tia de ca rg a (b e a s t o f b u rd en ) ta m b ié n en la cu ltu ra de
a ng lopa rlan tes , re ca e la im a g e n de a lg u ie n q u e se d e d ica a h a c e r tra b a jo fís ico
d u ro y , e n co nsecuenc ia , d e v ie n e igno ran te , te rc o y es túp ido , en c la ro con tras te
c o n q u ie n , de a c u e rd o a los p rec iad o s e s tá n d a re s so c ia le s , ha e s tu d iad o yd e v ie n e cu lto , flex ib le , lis to y c iv il. En re su m e n , la s d ife re nc ia s e n tre am bas
58
e xp re s io n e s m e ta fó ricas so n la s co rre sp on de n c ia s q u e se es tab lecen e n tre los d o m in io s en e l p roceso de p e rso n ifica c ió n en e sp a ñ o l e ing lés. E s to ta m b ié n nos
lle va a re fre n d a r la m o tiva c ió n de l s ig n o lingü ís tico e n la m ed ida en q u e es
d em o s tra b le q u e ‘burro· y 'd on key '. co n to d o y q u e so n d os s e cu e n c ia s de son idos
d ife re n tes , y a d e m á s en d ife re n te s id iom as, no p ueden h a b e r s ido 'l-e -c -h -u -z -a ’, ni
‘m -a -p -u -r-i-t-e ', n i ‘c -a -c -h -i-c -a -m -o ', n i, p o r o tro lado , ‘c -a -t’ , n i 1- l-e -a ', n i ‘r-a-c-c-
o -o -n ', p o r m e n c io n a r a lg u n a s p os ib ilid a d e s negadas, y a q u e d ependen
s u s ta n c ia lm e n te d e m o tiva c io n es co rp o ra le s y c u ltu ra le s q u e le s so n específicas ,
c o m o h em o s ev idenc iado .
Un ú lt im o p un to q u e h a y q u e h a c e r no ta r, en v is ta de q u e e m e rg e co m o una
p la ta fo rm a p a ra con tra rgum entos, e s q u e una v e z la e xp re s ió n m e ta fó rica ya ha
su rg id o a l a m p a ro d e la s m o tiva c io n e s d e la s q u e h e m o s d a d o cu e n ta e m p ie za a
c ircu la r en la cu ltu ra y s e p ue d e e x te nd e r a ind iv iduos q u e lo s hab lan tes im a g in a tiva m e n te pe rc ibe n com o a p to s pa ra p ro ye c ta r la e xp re s ió n m e ta fó rica . De
ta l m od o q u e un niño, a p esa r de q u e recién in ic ia la e scue la y tie n e to d a una v ida
p o r d e la n te p a ra a lca n za r e s tu d io s u n ive rs ita rio s y un b uen tra ba jo , puede ser
lla m a d o 'burro* s i e s ju z g a d o com o a lg u ie n q u e ig n o ra lo q u e s e su p o n e que
e s ta ba a l a lc a n c e de s u s co no c im ien to s . Ya R am írez (2013) ha e s tu d iad o cóm o u n a e xp e rie n c ia ta n e xc lu s iva de la m u je r com o e s d a r a luz c ircu la en la cu ltu ra en
su fo rm a m eta fó rica y p ue d e s e r u sad a con hom bres , com o en la s expres iones:
‘S ó cra te s a y u d a b a a sus d isc íp u lo s a p a rir id e a s ', ‘C a r lo s p a rió h ac ien d o el tra ba jo '
y una m á s c o m p le ja c o m o ‘M a ría e s la cagada d e s u p a p á ', en la q u e su b ya ce el
so la pa m ien to de la im agen de d e fe ca r (dom in io fu e n te y expe rie n c ia b ás ica ) y la
im a g e n de l p a rto (d om in io m e ta y e xp e rie n c ia com p le ja ).
59
R e f e r e n c i a s
Bolívar, A . (2013), La d e fin ic ió n de l co rp u s en lo s e s tu d io s de l d iscu rso . A le d 13 ( 1 )· 3 - 9 .
C aparros , M . (2 01 5 ). E l Hambre. B a rce lona : A nagram a.
D avies, M ark. (2002). C o rp us d e l españo l. (100 m illon e s de pa labras, s ig lo X III- s ig lo XX . en cons trucc ión ) R e cu pe rad o d e h ttp ://w w w co rp u sde lesp an o l.o rg .
El P a ís (2016 , fe b re ro 22). P a ch e co : P a sq u e t e s "b u rro e ig n o ra n te " P ág ina w eb en línea. D ispon ib le : h ttp ://w w w .e lp a isco m .u y /in fo rm a c io n /p a ch e co -pasq u e t-b u rro -ign o ra a te j)a .rtid a Lco lo rad o .h tm l·[C on su lta : 2016 . fe b re ro 22]
El O b se rva d o r (2014 , o c tu b re 8). M in is tro de D e fe n sa c a lificó a Laca lle P o u de "ile tra d o ", “tu rro ” y "bu rro ". P á g ina w e b en línea. D ispon ib le : h ttp ://w w w .e lob se rvad o r.com .u y /m in is tro -de fe nsa -ca lifico -laca lle -po u -
[C on su lta : 2 01 5 , d ic iem b re 20]
E u ronew s (2013 , m a rzo 3). “M r Busto y o u a re a donKey” a n d o th e r m em orab le C h a vez m om en ts . P ág ina w e b en línea . D ispon ib le :
sh o w m a n .[C on su lta : 2015 . d ic iem b re 20]
Foucau lt. M . (2 01 2 ). H is to ria d e la se x u a lid a d 2 : e l u so de lo s p la ce re s . B u en o s A ires : S ig lo X X I E d ito res
Foucau lt. M . (2012). H is to ria d e la se x u a lid a d 3 : la in q u ie tu d d e s i. B u en o s A ires: S ig lo XX I E d ito res
Foucau lt, M . (2012). H is to ria de la s e x u a lid a d 1 : la vo lu n ta d d e sa b e r. B u en o s A ires : S ig lo X X I Editores.
Jo hn son . M . (1 98 7 ). T he b o d y in th e m in d : th e b o d iiy b a s is o f m eanm g, im ag ina tion , a n d re aso n . C h icago : T h e U n ive rs ity o f C h icag o Press.
K óvecses . Z . (2010). M etap h o r: a p ra c tica ! in tro d uc tio n . N e w Y ork : O xfo rd U n ive rs ity Press.
L ako ff, G . (1 98 7 ). W om en , f r e , a n d d a n g e ro u s th ing s : w h a t ca te go rie s re ve a l a b o u t th e m ind . C h icago : T h e U n ive rs ity o f C h icago Press.
60
Lako ff, G. (2004). D o n i th in k o f a n e le p ha n t: k n o w y o u r va lúes a n d fra m e the deba te . V e rm o n t: C h e lse a G reen P ublish ing .
Lako ff, G; y Jo hn son , M . (2009). M e tá fo ra s d e la v ida co tid ian a . M ad rid : Cátedra.
La P a tilla (2013 , ju n io 20). M ad u ro a firm a q u e le d icen "M a b u rro "y la g e n te s e ríe . P ág ina w e b en linea . D ispon ib le :h ttp ://w w w .la pa tilla .co m /s ite /20 1 3 /06 /2 0 /m ad u ro -a firm a -qu e -le -d ice n -m ab u rro -v -la -q e n te -se -r ie -v id e o /.[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]
M a rtí (2012 , m a y o 14). Tra tan d e "burro, a n im a l e ig n o ra n te ’'a E v o p o r Facebook. P ág ina w e b en línea. D ispon ib le :.http./M^.njatllQpjic^1 153 .h tm l.[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]
M ish , F. C . (e d it) (2004). T h e M e rn a m -W e b s te r d ic tio na ry . M assachuse tts : M erriam - W e s te r, INC.
N o tic ia s 24 (2008 , abril 28 ). "Q ue conste , fu e e l m in is tro qu ien le s d ijo co ba rde s y b u r r o s P á g ina w e b en lín ea . D ispon ib le :h ttp ://w w w .n o tic ia s2 4 .co m /a c tu a lid a d /n o tic ia /l3 8 2 6 /q u e -co n s te -fu e -e l-
miDÍStES flUÍSDd ^HiQ Qba!Sl SiS¿j2UE[gS¿·[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]
N o tic ia s 24 (2008 , d ic iem b re 12). V icen te F o x d ice q u e "C hávez e s un b u rro ” . P ág ina w e b en linea . D ispon ib le :h ttp ://w w w .no tic ia s2 4 .co m /a c tu a lida d /n o tic ia /21 4 06 /d ice -q ue -cha ve z-e s -un - burro /.[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]
O rens te in , C . (2003). C a p e ru c ita a l desnudo . B a rce lon a : A re s y M ares.
R am írez, M . (2 01 3 ). D e la sa la d e m a te rn ida d a l sa n ita rio : m otivac ión d e la e xp re s ió n m e ta fó rica e re s la cagada de tu m am á /p a pá '. Le tras , 5 5 (8 9 ), 48- 6 0 . D ispon ib le :h ttp ://w w w .sc ie lo .o rq .ve /sc ie lo .p h p? sc rip t= sc i a rtte x t& p id = S 04 5 9- 1 2832013 00 0 20 0 00 3 & ln a= e s& tlna = e s .[C on su lta : 2016 , fe b re ro 23]
R am írez, M ; y R am írez , A. M . (2013). La m e ta fo rizac ió n o rie n tac io na l de la h om o sexu a lida d m ascu lin a en e l film e C on tracornen te , de J a v ie r Fuen tes- L eó n . C onh isrem i, 9 ( 1 ) , 119 -135 . D ispon ib le : http_7¿cp_nhiSLemM [C on su lta : 2016 , fe b re ro 25]
61
R am írez . M ; y R am írez . A . M . (2013). M e tá fo ra s y m e to n im ia s de l d e la to r en se is e xp re s io n e s de l h ab la co tid iana vene zo la na . R e v is ta de In ve s tig a c ió n , 37(79). 69 -84 . D ispon ib le : h ttp ://w w w .sc ie lo .o rg . ve /sc ie lo .ph p ?sc rip t= sc i a r tte x t& p id = S l010- 2 9 1 4 20 1 3 00 0 20 0 00 5 & ln q= e s& tlng = e s .[C on su lta : 2016 . fe b re ro 23]
R ivano. E. (2013). M etá fo ra y lin g ü is tic a co gn itiva . S an tiago de C h ile : B ravo y A lle n d e Editores.
S a ussu re . F. (1945). C u rs o d e lin g ü ís tica genera l. B u en o s A ire s : Losada
S teu te r. E ; y W ills , D . (2009). A t w a r w ith m e ta p h o r: m ed ia , p ro p a g a n d a . a n d ra c is m in th e w a ro n te rror. Lanham : L ex ing to n Books.
V illo ro , J. (2012). La crón ica , o rn ito rrin co de la p ro sa . En D . Ja ram illo A gude lo (com p ). A n to lo g ía de c rón ica la tinoam ericana actua l. M adrid : A lfag u a ra ,
62