p e r s o n if ic a c iÓ n y d e s p e r s o n if ic a c ... · los hablantes usan este anim al...

21
PERSONIFICACIÓN Y DESPERSONIFICACIÓN EN LA METÁFORA DEL BURRO IGNORANTE Profesor de Inglés del Departamento de Formación General y Ciencias Básicas. Magister en Literatura Latinoamericana (Upel - Maracay) Profesora de Lenguaje del Departamento de Formación General y Ciencias Básicas. Magister en Lingüistica (Upel - Maracay). RESUMEN El objetivo del estudio se centró en analizar los procesos de personificación y despersonificación en la expresión metafórica del burro ignorante. Teóricamente, el estudio se apoya en los postulados de Lakoff (1987); Johnson (1987); Lakoff (2004); Lakoff y Johnson (2009); Steuter y Wills (2009); Kóvecses (2010); y Rivano Fischer (2013). Metodológicamente, es un estudio documental, descriptivo e interpretativo. Los resultados fueron los siguientes: (a) culturalmente, los hablantes consideran que quien no estudia y se convierte en un profesional debe realizar trabajos que demandan fuerza física (albañiles, obreros, trabajadores del aseo público); (b) puesto que el burro es una bestia de carga, o. para sintetizarlo, la fuerza física de quien no estudia corresponde con la fuerza física del burro, los hablantes personifican al burro con cualidades de ignorancia propiamente humanas; (c) una vez se le atribuyen al burro las mencionadas cualidades humanas, los hablantes usan este animal como metáfora de personas ignorantes, metáfora que contiene una nueva carga semántica: la de ser un animal. Palabras clave: personificación, despersonificación, metáfora conceptual, burro. Recepción: 25/02/2016 Evaluación: 25/04/2016 Recepción de b versión definitive: 20/07/2016 PERSONIFICARON AND DEPERSONIFICATION IN THE METAPHOR OF THE IGNORANT DONKEY ABSTRACT This study aimed at analyzing the processes of personification and depersonification in the metaphorical expression of the ignorant donky. The theoretical support is on the statements of Lakoff (1987); Johnson (1987); Lakoff (2004); Lakoff and Johnson (2009); Steuter and Wills (2009); Kóvecses (2010); and Rivano Fischer (2013). Methodologically, it is a documentary, descriptive and interpretative research work. The results were as follows: a) culturally, the speakers think that those who do not study and become professionals should carry out worfcs that demand physical strength (masons, laborers, public sanitation workers); b) given the fact that a donkey is a beast of burden, or shortly. the physical strength of those who do not study corresponde to that of the donkey, the speakers personify this animal with traits of charactenstically human ignorance; c) once these traits are attributed to the donkey, the speakers use this animal as a metaphor of ignorant people, which contains a new semantic load: that of being an animal. Key words: personificaron, depersonification, conceptual metaphor, donkey. Maikel Ramírez maikil3@hotmail com Universidad Simón Bolívar Venezuela Ana María Ramírez anaramire¿@usb.yfi Universidad Simón Bolívar Venezuela 43

Upload: others

Post on 17-Oct-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C IÓ N E N L A M E T Á F O R A D E L B U R R O IG N O R A N T E

P ro fe s o r d e In g lé s d e l D e p a rta m e n to d e F o rm a c ió n G e n e r a l y C ie n c ia s B á s ic a s . M a g is te r e n L ite ra tu ra L a tin o a m e ric a n a (U p e l - M a ra c a y )

P ro fe s o ra d e L e n g u a je d e l D e p a rta m e n to d e F o rm a c ió n G e n e r a l y C ie n c ia s B á s ic a s . M a g is te r e n L in g ü is tic a (U p e l - M a ra c a y ).

R E S U M E NE l o b je tiv o d e l e s tu d io s e c e n tró e n a n a l iz a r lo s p ro c e s o s d e p e rs o n ific a c ió n y d e s p e rs o n ific a c ió n e n la e x p re s ió n m e ta fó r ic a d e l b u rro ig n o ra n te . T e ó r ic a m e n te , e l e s tu d io s e a p o y a e n los p o s tu la d o s d e L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff y J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r y W ills (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; y R iv a n o F is c h e r ( 2 0 1 3 ) . M e to d o ló g ic a m e n te , e s un e s tu d io d o c u m e n ta l, d e s c rip tiv o e in te rp re ta t iv o . L o s re s u lta d o s fu e ro n lo s s ig u ie n te s : ( a ) c u ltu ra lm e n te , los h a b la n te s c o n s id e ra n q u e q u ie n n o e s tu d ia y s e c o n v ie rte e n un p ro fe s io n a l d e b e re a l iz a r tra b a jo s q u e d e m a n d a n fu e r z a f ís ic a (a lb a ñ ile s , o b re ro s , tra b a ja d o re s d e l a s e o p ú b lic o ); (b ) p u e s to q u e el b u rro e s u n a b e s t ia d e c a rg a , o . p a r a s in te tiz a r lo , la fu e rz a f ís ic a d e q u ie n n o e s tu d ia c o rre s p o n d e c o n la fu e r z a f ís ic a d e l b u rro , lo s h a b la n te s p e rs o n ific a n a l b u rro c o n c u a lid a d e s d e ig n o ra n c ia p ro p ia m e n te h u m a n a s ; (c ) u n a v e z s e le a tr ib u y e n al b u rro la s m e n c io n a d a s c u a lid a d e s h u m a n a s , lo s h a b la n te s u s a n e s te a n im a l c o m o m e tá fo ra d e p e rs o n a s ig n o ra n te s , m e tá fo ra q u e c o n tie n e u n a n u e v a c a rg a s e m á n tic a : la d e s e r u n a n im a l.

P a la b r a s c la v e : p e rs o n ific a c ió n , d e s p e rs o n ific a c ió n , m e tá fo ra c o n c e p tu a l, burro .

R e c e p c ió n : 2 5 / 0 2 / 2 0 1 6 E v a lu a c ió n : 2 5 / 0 4 / 2 0 1 6 R e c e p c ió n d e b v e r s ió n d e f in i t iv e : 2 0 / 0 7 / 2 0 1 6

P E R S O N IF IC A R O N A N D D E P E R S O N IF IC A T IO N IN T H E M E T A P H O R O F T H E IG N O R A N TD O N K E Y

A B S T R A C TT h is s tu d y a im e d a t a n a ly z in g th e p ro c e s s e s o f p e rs o n ific a tio n a n d d e p e rs o n ific a tio n in th e m e ta p h o ric a l e x p re s s io n o f th e ig n o ra n t d o n k y . T h e th e o re tic a l s u p p o rt is o n th e s ta te m e n ts of L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff a n d J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r a n d W ills (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; a n d R iv a n o F is c h e r ( 2 0 1 3 ) . M e th o d o lo g ic a lly , it is a d o c u m e n ta ry , d e s c r ip t iv e and in te rp re ta t iv e re s e a rc h w o rk . T h e re s u lts w e r e a s fo llow s: a ) c u ltu ra lly , th e s p e a k e rs th in k th a t th o s e w h o d o n o t s tu d y a n d b e c o m e p ro fe s s io n a ls s h o u ld c a rry o u t worfcs th a t d e m a n d p h y s ic a l s tre n g th (m a s o n s , la b o re rs , p u b lic s a n ita tio n w o rk e rs ); b ) g iv e n th e fa c t th a t a d o n k e y is a b e a s t o f b u rd e n , o r s h o rtly . th e p h y s ic a l s tre n g th o f th o s e w h o d o n o t s tu d y c o rre s p o n d e to th a t o f th e d o n k e y , th e s p e a k e rs p e rs o n ify th is a n im a l w ith tra its o f c h a ra c te n s tic a lly h u m a n ig n o ra n c e ; c ) o n c e th e s e tra its a re a ttr ib u te d to th e d o n k e y , th e s p e a k e rs u s e th is a n im a l a s a m e ta p h o r o f ig n o ra n t p e o p le , w h ic h c o n ta in s a n e w s e m a n tic lo a d : th a t o f b e in g a n a n im a l.

K e y w o r d s : p e rs o n if ic a ro n , d e p e rs o n ific a tio n , c o n c e p tu a l m e ta p h o r , d o n k e y .

M a ik e l R a m íre z m a ik i l3 @ h o tm a il com

U n iv e rs id a d S im ó n B o lív a r V e n e z u e la

A n a M a r ía R a m íre za n a r a m ir e ¿ @ u s b . y f i

U n iv e rs id a d S im ó n B o lív a r V e n e z u e la

43

Page 2: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

P E R S O N N IF IC A T IO N E T D É P E R S O N N IF IC A T IO N D E L A M É T A P H O R E D E L 'Á N E IG N O R A N T- S T U P I D E

R E S U M EL 'o b je t d e c e n e é tu d e e s t d 'a n a ly s e r le s p ro c e s s u s d e p e rs o n o ific a tio n e t d é p e rs o n n ific a tio n d e l'e x p re s s io n m é ta p h o r iq u e d e l '¿ n e ig n o ra n t - s tu p id e . T h é o r iq u e m e n t, l’é tu d e s 'e s t a p p u y é e sur d e s p o s tu la ts d e L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff y J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r et W ills (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; e t R iv a n o F is c h e r ( 2 0 1 3 ) . M é th o d o lo g iq u e m e n t, il s 'a g it d u n e é tu d e d o c u m e n ta ire , d e s c rip tiv e e t in te rp ré ta tiv e . L e s ré s u lta ts o n t é té c e u x -c i : ( a ) c u ltu re lle m e n t, le s p a r la n ts p e n s e n t q u e c e lu i ou c e lle q u i n 'é tu d ie p a s e t q u i d e v ie n t u n (e ) p ro fe s s io n n e l( le ) , do it fa ire d e s tra v a u x d e m a n d a n t d e la fo rc é p h y s iq u e (d e s m a fo n s , d e s o u v rie rs , d e s tra v a ille u rs re s p o n s a b le s d e n e tto y e r le s e s p a c e s p u b l ic s ) ; (b ) é ta n t d o n n é q u e T a ñ e e s t u n e b é te d e c h a rg e , d e p o r ta g e . o u p o u r le s y n th é tis e r, la fo rc é p h y s iq u e d e c e lu i o u c e lle q u i n 'é tu d ie p a s c o rre s p o n d à la fo rc é d e l ’á n e . le s p a r la n ts p e rs o n n ifie n t l ’á n e a v e c d e s q u a lité s h u m a in e s d 'ig n o ra n c e ; (c ) u n e f a s d é c e m é e s á l ’á n e c e s q u a lité s h u m a in e s , le s p a r la n ts s e s e rv e n t d e c e t a n im a l p o u r fa ire d e s m é ta p h o re s s u r d e s p e rs o n n e s ig n o ra n te s , m é ta p h o re c o n te n a n t u n e n o u v e lle c h a rg e s é m a n tq u e : c e lle d 'é t r e un a n im a l.

M o ts c ié : p e rs o n n ific a tio n , d é p e rs o n n ific a tio n , m é ta p h o re c o n c e p tu e lle .

P E R S O N IF IC A Z IO N E E D E P E R S O N IF IC A Z IO N E S U L L A M E T A F O R A D E L L 'A S IN OIG N O R A N T E

R IA S S U N T OL’o b ie ttiv o d e llo s tu d io é fo c a liz z a to s u ll'a n a lis i d e i p ro c e s s i d i p e rs o m fic a z io n e e d e p e rs o m fic a z io n e de ll’e s p re s s io n e m e ta fo n c a d e ira s in o ig n o ra n te . T e o n c a m e n te , lo s tu d io s i b a s a s u i p o s tu la ti di L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff e J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r e te s ta m e n ti (2 0 0 9 ) ; K ó v e c s e s (2 0 1 0 ) ; e R iv a n o -F is c h e r (2 0 1 3 ) . S u l p ia n o m e to d o lo g ic o , é u n o s tu d io d ocum entará» , d e s c r it tv o e in te rp re ta tiv o . G li e s iti fu ro n o i s e g u e n ti: ( a ) c u ltu ra lm e n te , i p a r ia n ti c o n s id e ra n o ch e c h i n o n s tu d ia e d iv e n ta un p ro fe s s io n is ta d e v e e s e g u ire la v o n c h e r ic h ie d o n o fo rz a fís ica (m u ra to r i, o p e ra i. o p e ra to r i e c o lo g ic i); (b ) s ic c o m e l’a s in o é u n a n im a le d a s o m a , o p e r s in te ftz za rlo , la fo rz a fís ic a d i c o lo ro c h e n on s tu d ia n o si c o rris p o n d e c o n la fo r z a fís ic a d e ll'a s in o , i p a r ia n ti p e rs o m fic a n o l'a s in o c o n le q u a litá u m a n e de ll’ ig n o ra n z a ; (c ) u n a v o lta c h e le s u d d e tte q u a litá u m a n e s o n o a ttr ib u ite a ll’a s m o , i p a r ia n ti u s a n o q u e s to a n im a le c o m e m e tá fo ra p e r le p e rs o n e ig n o ra n ti, m e tá fo ra c h e c o n tie n e un c a ric o s e m á n tic o n u o v o : l 'e s s e re u n a n im a le .

P a r o le c h ia v i: D e p e rs o n if ic a z io n e . M e ta fo r a c o n c e ttu a le . P e rs o n if ic a z io n e . A s ino .

P E R S O N I F I C A D O E D E S P E R S O N A L IZ A < J Á O N A M E T Á F O R A D O B U R R O IG N O R A N T E

R E S U M OO o b je tiv o d o e s tu d o c e n tro u -s e e m a n a lis a r o s p ro c e s s o s d e p e r s o n if ic a d o e d e s p e rs o n a liz a 9 a o n a e x p re s s a o m e ta fó r ic a d o b u rro ig n o ra n te . T e o n c a m e n te , o e s tu d o b a s e ia -s e n o s p rin c ip io s d e L a k o ff (1 9 8 7 ) ; J o h n s o n (1 9 8 7 ) ; L a k o ff (2 0 0 4 ) ; L a k o ff e J o h n s o n (2 0 0 9 ) ; S te u te r e W ills (2 0 0 9 ); d o c u m e n ta l, d e s c n tiv o e in te rp re ta tiv o . O s re s u lta d o s fo r a m o s s e g u in te s : ( a ) C u ltu ra lm e n te , os fa la n te s c o n s id e ra m q u e q u e m n a o e s tu d a o u q u e m s e c o n v e rte e m u m p ro fe s io n a l d e v e re a liz a r tra b a lh o s q u e e x ig e m fo r$ a f ís ic a (p e d re iro s , o p e ra rio s , tra b a lh a d o re s d o a s s e io p ú b lic o ); (b ) d e v id o a q u e o b u rro é u rn a b e s ta d e c a rg a o u , p a r a o s in te tiz a r , a fo rc a f ís ic a d e q u e m n a o e s tu d a c o rre s p o n d e c o m fo rc a f ís ic a d o b u rro , o s fa la n te s p e rs o n ific a m o b u rro c o m q u a lid a d e s de

44

Page 3: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

ig n o ra n c ia p ro p r ia m e n te h u m a n a s , ( c ) u rn a v e z q u e a s q u a lid a d e s h u m a n a s m e n c io n a d a s sao a tr ib u id a s a o b u rro , o s fa la n te s u s a m e s te a n im a l c o m o m e tá fo ra d a s p e s s o a s ig n o ra n te s , m e tá fo ra q u e c o n té m u rn a n o v a c a rg a s e m á n tic a : a q u e la d e s e r u m a n im a l.P a la v r a s - c h a v e : p e rs o n ific a c á o , d e s p e rs o n a liz a ^ á o , m e tá fo ra c o n c e p tu a l, burro .

Page 4: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

1. In tro d u c c ió n

L o s h ab lan te s de l e sp a ñ o l a co s tu m b ra n a d e c ir q u e una pe rso na Ignorante d e a lg o q u e s e su p o n e h a rto c o n o c id o e s un b urro , o una b u rra en ca so d e q u e la

p e rso na en cues tión re su lte se r una m u je r. D e hecho , e l p ro p io D ic c io n a rio d e la

len g ua E spaño la , ed ic ió n de l tr icen te n a rio (2 01 5 ), reg is tra e l le m a ’b u rro ’, en su

se gu n da e n tra d a , com o: “ .. .p e rs o n a b ru ta e inc iv il", a c e p c ió n q u e no por

co inc idenc ia , co m o d e m o s tra re m o s m á s ade lan te , e n cu e n tra reso n an c ias e n la voz a ng ló íon a 'd o n k e y ' (bu rro ), e xp re s ió n m e ta fó rica q u e s e co rresponde co n la

o b s tin ac ió n y la e s tu p id e z de a lgu ien , ta l com o lo recoge T I le M e rriam -W e bs te r

d ic tio n a ry (2 00 4 ), en s u se gu n da entrada.

A p a rta n do p o r un m o m e n to e l hech o o b v io de q u e s e e m p le a u n a m etá fo ra

p a ra re p re se n ta r a l igno ran te , e s to es , s e hab la de e s te en té rm in o s de l d om in io

a n im a l b u n o , s e puede s e r lo su fic ie n tem e n te pe rsp ica z p a ra im p u g n a r la va lidez d e e s ta e xp re s ió n m e ta fó rica en la re p re sen ta c ió n de un igno ran te . P a ra ta l e fecto ,

b as ta ría in te rroga rse s i un m osqu ito , un ga llo , un cocod rilo o un e le fa n te , en

e fec to , sí sa be n en q u é fecha s e in ic ió la R evo luc ión B o lchev ique , qu ién e sc rib ió la

n ove la L o s de tec tive s s a lv a je s , cuá l fu e e l ú lt im o film e e n el q u e apa rec ió la a c triz

A u d re y H e p bu m , q u ié n e s in teg ra ro n la banda d e ro ck ve nezo lana S en tim ien to

M u e rto y q u é e q u ip o s d isp u ta ro n e l c é le b re p a rtid o de fú tbo l c o n o c id o co m o El M ara ca na zo . P od ríam os co n tin ua r co n una lis ta d e a n im a le s y c o n s ta ta r que

n in g u n o te n d ría la m ín im a noción d e e s to s h ech o s p o rq ue , p o r na tu ra le za , están

d es tin ad o s a d esconoce rlo , p u e s ca recen de p roce sos m en ta les pa ra hace rlo y,

a s im ism o , no so n p a rte de l m u n d o cu ltu ra l hum ano.

L a p rob lem a tizac ión de esta re p re sen ta c ió n d e la persona igno ran te podría

s e r d esp a ch a da a rgu m en ta n do q u e con fro n ta m o s un ca so de a rb itra rie d a d del

45

Page 5: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

s ig n o lingü ís tico , una d e la s id e a s c laves so b re e l fu n c io n a m ie n to de l lengua je que Fe rd inand de S aussu re (1 9 4 5 ) e xpu so h a c e m á s de c ien a ños , se gú n la cual el

s ign ifica n te (secuenc ia de so n ido s) no e s tá in trínsecam en te re la c io n ad o con el

s ig n ifica d o (idea ). D e m an e ra ta l q u e la id e a d e burro pod ría h a b e r s ido

c o m u n ica d a , p o r igua l, co n las se cu e n c ia s ‘t-i-g-r-e* o ‘h -i-p -o -p -ó -t-a -m -o ’. Una

p rue ba d e e s to sería , d e s d e ta l h o rizon te te ó rico , la secue nc ia de la len g ua ing lesa

'd -o -n -k -e -y ', a la q u e a lu d im o s a rriba . P o r lo q u e re sp e c ta a e s ta investigac ión , en

cam b io , e n fo ca m o s la e xp re s ió n m e ta fó rica d e l burro , o b u n a , ig n o ra n te d e s d e la p e rspec tiva de la m o tiva c ió n de l s ig n o lingü ís tico d esa rro lla d o p o r la lingü is tica

co gn itiva , p a rticu la rm en te p o r la s id e a s d e la s m e tá fo ra s concep tua les , p ila re s de

d ich o cam po de e s tu d io de l lengua je . E n u n a pa labra , a com e te m o s e l es tud io

p a rtie n d o de la cons ide rac ión d e q u e lla m ar b u rro (a), m a s no jira fa , ba llena,

o rn ito rrin co , o ve ja , aves tru z , ca m e llo o za m u ro , a una p e rso na q u e s e c ree ig n o ra n te e s co he ren te con a sp e c to s co nce p tua les y cu ltu ra les , que p ueden ser

e xp lica d o s en de ta lle . En con fo rm idad con lo d e sc rito a n te rio rm e n te , la p resen te

inves tigac ión e s tá cen trada en a n a liza r los p roce sos de p e rson ificac ión y

d esp e rso n ifica c ió n q u e ope ran en la e xp re s ió n m e ta fó rica de l b u rro igno ran te .

2. Fu n d am en to s Teóricos

L o s p rece p to s te ó rico s q u e su s ten ta n e s ta inves tigac ión son: (a ) L a k o ff y

Jo hnson (2009), so b re m e tá fo ra concep tua l: (b ) en cu a n to a m o tiva c io n es de las

m e tá fo ra s concep tua les : J o h n so n (1 98 7) y K ó ve cse s (2 01 0 ); (c ) co n re la c ió n a los

p ro to tip os : L a k o ff (1987); (d ) s o b re m e tá fo ras y s ím b o lo s : S te u te r y W ills (2009); y

(d ) e n lo q u e to ca a la despe rso n ifica c ió n : R ivano F isch e r (2013).

P a ra L ako ff y Jo hnson (2007), las m e tá fo ra s no s o n u n a s u n to constreñ ido

a la c rea tiv ida d lite ra ria n i ta m p o c o a un recu rso a la d isp os ic ión d e re tó ric o s para

a fe c ta r e fe c tiva m e n te a l re ce p to r d e un m ensa je . S e tra ta , en cam b io , d e una

h e rra m ie n ta de n u e s tro s is tem a concep tua l p a ra e n te n d e r un co n o c im ie n to nuevo,

e l que , p o r lo gen e ra l, resu lta s e r una abs tra cc ión . D ire m o s, para e m p le a r una

m etá fo ra , q u e lo s h a b lan te s rec ic lan co no c im ien to a n te r io r y co nc re to p a ra poder

p ro c e s a r cu a lq u ie r ca m p o inc ip ien te en s u m ap a co gn itivo . P ongam os p o r ca so un46

Page 6: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

p ro fe s o r q u e les e x p lic a a s u s a lu m n o s d e M ae s tría en lite ra tu ra q u e el g éne ro c rón ica es , com o lo d e fin ió V illo ro (2012), e l o rn ito rrin co de la p rosa . E s dab le

re co n o ce r e n e s ta exp lica c ión q u e e l p ro fe so r re cu rre a un ca m p o concre to

(o rn ito rrinco ), q u e de a c u e rd o a lo s p o s tu lad o s te ó rico s lla m am o s d o m in io fuente,

p a ra d a r a e n te n d e r un ca m p o m á s inde fin ido , co m o lo e s la p rosa , q u e a cá sirve

d e d o m in io m e ta , respec tivam en te .

C o m o q u ie ra q u e sea, lo q u e im po rta re ten e r de la d iscu s ió n p ropues ta

h as ta a cá e s q u e lo s h ab lan te s d e la lengua a p e la n a l co no c im ien to d e dom in ios

c o n los c u a le s hayan te n id o co n ta c to p rev iam e n te y q u e p o r m ed io de es tos

co n fro n ta n d o m in io s de l m undo e m p íric o que , a u n q u e fu n c io n e n en é l, tie n e n una

n a tu ra leza abs trac ta , cogn itiva o m e ta fís ica .L a s id e a s d e Jo hnson (1 9 8 7 ) so n re p re sen ta tivas d e la lingü ís tica cogn itiva

a l s e ñ a la r que . a d ife re nc ia d e lo q u e conc luyó d e S a ussu re , ex is te una base co rp o ra l y e xp e rie n c ia l de la lengua , lo que , a no dud a rlo , co n lle va u n a m otivac ión

d e l s ig n o lingü ís tico . D esde la ó p tica d e e s te teó rico , los ind iv iduos

inco n sc ie n te m e n te e x tra e m o s im á g e n e s esqu e m á ticas , c a b e d e c ir no im ágenes

concre tas , de n ues tro co n ta c to con e l m u n d o fís ico y, a con tinuac ión , p royec tam os

e s te e squ e m a so b re lo s fe n ó m e n o s n ue vo s q u e e n c o n tre m o s a n u e s tro paso. O tro a sp e c to im p o rta n te q u e s e deriva de e s te p ro ce so e s q u e la s p royecc iones

co n tin ua rá n d u ra n te to d a la v ida y q u e a p a rece rá n en fo rm a com p le ja . A m anera

d e e je m p lo , p en se m o s en el in d iv id u o q u e d e s d e s u in fan c ia e xpe rim e n ta e s ta r en

u n cu a rto Ilum inado y e n o tro oscu ro . M ie n tra s q u e en e l p rim e ro tendrá la

p os ib ilid a d de d a r cu en ta de l a m b ien te q u e lo rodea ; en e l se gu n do se su m irá en

la in ce rtid u m b re p o r n o p o d e r d e s c rib ir lo n i m o v e rs e co rre c ta m en te e n é l. De

se gu ido , e s ta e xp e rie n c ia s e p roye c ta so b re una abstracc ión , com o e s e l p roceso

d e e n te n d e r y a s i se fo rm a la m e tá fo ra V E R E S E N T E N D E R ( ‘no ve o q u é qu ie res

d e c ir , ‘¿ ves lo q u e e s te lib ro q u ie re d ec ir? ') . S i a lg u ie n no ve (e n tie nd e ), tiene

ince rtidu m bre . Esta m etá fora , a su vez. tom a fo rm a s m á s com p le jas, com o en el

ca so d e las e xp re s io n es : ‘e re s una lum bre ra ’ (en tiendes m uch ís im o), ‘d am e lu ce s ’

(a yú d a m e a e n te n d e r) y 'e l S ig lo d e L uce s ' (e l s ig lo d e la razón , de no te n e r s u p e rs tic io ne s con o b je to de e n te n d e r b ie n e l o rd e n de l m undo).

4 7

Page 7: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

En la m ism a v e n a teó rica , K ó ve cse s (2 0 1 0 ) a firm a q u e h a y m o tiva c io n es de m e tá fo ra s que d ependen de s im ilitu d es n o ob je tivas . L o s hab lan tes d e la lengua

p roye c ta n co rre sp o n d e n c ia s de un d o m in io fu e n te a un d o m in io m e ta q u e no se

a p o ya n en ra sg o s igua les , s ino q u e s e su s ten ta n e n la im ag inac ión . U n e jem p lo

ilu s tra tivo de e s te a sp e c to e s la m etá fo ra E L A M O R E S U N A G U E R R A , e n la que

do s e n e m ig o s co rresponden a lo s d o s am an tes, co n q u is ta r co rresponde a lo g ra r el

a m o r d e la o tra pe rsona , y re nd irse co rre sp o n d e a e n a m o ra rse d e la o tra persona.

C o m o s e ve , n inguna d e e s ta s co rre sp o n d e n c ia s e n tre a m b o s d o m in io s es ob je tiva .

P o r o tra parte , co n tin ua m o s con K óvecses , la e x is tenc ia d e a lgunas

m e tá fo ra s d ep e nd e de m e tá fo ra s b á s ic a s q u e se u b ican en un sus tra to m á s b a jo o

p ro fu n do . R am írez y R am írez (2 01 3 ), p o r e jem p lo , o bse rva ro n q u e p a ra eva lua r

neg a tiva m e n te a un d e la to r lo s h a b lan te s de l españo l de V e n e zu e la lo re p re sen ta b an co m o a un 'sapo ', o 'sa p a ' cu a n d o se tra ta b a de u n a m u je r. En

cu a lq u ie r caso , e s ta exp res ión m e ta fó rica depend ía de o tra s m etá fo ras , com o la

d e co n s id e ra r q u e q u ien d e la ta tie n e una len g ua q u e e x c e d e e l tam año norm al

( 'e re s un len g ua la rg a ’), o q u e d e lib e ra d a m e n te la p e rso na a flo ja la lengua

re c ip ie n te de l se c re to (‘so ltó la le n g u a ’), o q u e la len g ua no log ra s e r contro lada ( ‘s e le fu e la le n g u a ’). C o m o resu ltado , exp re s io n es m e ta fó ricas m á s com p le jas

surg ían , ta le s com o: ‘s e le fu e e l yo yo ’ , ‘s e le fu e la a lfom b ra ’ y la q u e n o s ocupa:

‘s e r un s a p o ’, en ra zó n de q u e e s te a n im a l sa ca la lengua y la es tira d e m anera

extrao rd inaria .

O tro de los p roce sos de l p e n sa m ie n to que se d e b e te n e r en cu en ta p a ra la

inves tigac ión q u e s e p rese n ta e s e l de la s ca te go n za c ion e s p ro p u e s ta s p o r Lako ff

(1 98 7 ). S egún s u s p re su p u e s to s teó ricos , las c a te g o ría s no so n u n ive rsa les y se a p o ya n en lo co rp o ra l, la im ag inac ión , lo e m o c io n a l, en m e tá fo ra s y en

m e ton im ia s . P o r tan to , cabe h a b la r d e m ie m b ro s p ro to típ ico s de la ca tego ría .

S u p o n g a m o s a h o ra q u e n os re fe rim o s a la ca te g o ría ‘a ve s ’ a n te h a b lan te s del

lla n o vene zo la no . L o q u e o b te n d re m o s co m o re su lta do e s q u e e s ta s p e rso na s no

pe n sa rá n en un p in g ü in o com o pnm e ra o p c ió n . D e resu ltas , e l p in g ü ino e s un ave

no -p ro to típ ica en e se caso.48

Page 8: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

A con tra p e lo d e la pe rso n ifica c ió n . R ivano F isch e r (2 01 3) e la b o ra e l co n ce p to d e despe rson ificac ión , q u e se e m p le a p a ra d e g ra d a r la cond ic ión

h um a na a l re ba ja rla a l e s ta tu s o n to ló g ico de an im a l. P a ra e s te inves tigador, en

cam b io , e l re cu rso d isp on ib le p a ra q u e los h a b lan te s les a s ig n e n un v a lo r pos itivo

a lo s a n im a le s q u e se rá n p roye c ta do s so b re los h u m a n o s e s la p e rson ificac ión

m e ton ím ica . Es dec ir, s e to m a d irec tam en te u n a p a rte de l an im a l, com o ocurre

c o n : “ ‘o jo s d e á g u ila ’, 'e l v a lo r d e un le ó n ’ , 'e l s ig ilo d e un tig re ’” (p. 164). S te u te r y

W ills (2009), p o r o tra parte , des taca n q u e se d e b e to m a r en cuen ta la s im bo log ía

c u ltu ra l q u e re p resen tan a lg u n o s an im a les . A ju ic io d e los inves tiga d o re s , el

águ ila , a u n q u e se a un a ve m ás le ta l q u e lo q u e un z a m u ro p ue d a lle g a r a se r,

co n fo rm a un s ím bo lo de e le va d o v a lo r d e n tro d e la cu ltu ra no rteam ericana . C om o h a b rá p od ido no ta rse , e s te a sp e c to m a n tie ne es trech a re lac ión co n lo s p ro to tipos

d e las ca tego rías , p ue s to q u e si. p o r a p ro vech a r un e jem p lo parad igm ático , h ab lá ra m os de la ca tego ría 'a n im a l com estib le ' e n la cu ltu ra ind ia la va ca sería

inconce b ib le , d ada su co nd ic ión d e s ím b o lo re lig ioso ve ne rab le , a lg o que , desd e

lue g o , con tras ta con la cu ltu ra ve n e zo la n a y la tin oa m e nca na , co m o s e puede

o b s e rv a r en la c rón ica de C a p a rro s (2015) s o b re e l h am b re e n e l m un d o . En

s ín tes is , en e s te e s tu d io s e em p lea e l té rm in o d esp e rso n ifica c ió n pa ra h a b la r de l u so d eg rad a n te d e un a n im a l en la re fe renc ia a pe rsonas , ta l c o m o lo propone

R iva no F ischer.

3 . M etod o log íaEl co rp u s d e u n a inve s tiga c ión e s d e te rm in a d o p o r e l con jun to de m a te ria les

lin g ü ís tico s q u e con fo rm a n el o b je to d e e s tu d io en u n a inves tigac ión o en una

p a rte d e e lla . (B o líva r. 2 01 3 , p .4). E n e l ca so d e las in ve s tiga c ion es lingüís ticas.

e s ta rá re p resen tando p o r un co ng lo m e ra d o d e te x to s e scn to s en o rigen o

tra nsc rito s a p a rtir d e m a n ife s ta c io n e s o ra le s . E n o tra s pa labras , ve re m o s que

d esd e una p a lab ra has ta d ocu m en to s e n te ro s p od rán se r co n s ide ra do s com o

co rp u s pa ra in ic ia r un re sp e c tivo aná lis is . P a ra e fe c to s de l p rese n te tra ba jo , se

c o n tó co n un co rp u s com b ina d o , q u e d e n o m in a m o s d e e sa m ane ra , puesto quec ie rto s e jem p los q u e con fo rm a n e l o b je to de e s tu d io lo h em o s e x tra ído de d ive rsas

4 9

Page 9: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

fu e n te s b ib lio g rá ficas y m u e s tra s o ra le s q u e re co g e M ark D av ies (2 0 0 2 ) en su co rp u s de l españo l A d ic ion a lm e n te , inco rpo ra m o s a lg u n o s titu la re s de c ircu lac ión

in te rn ac io na l q u e s irv ie ron para ilu s tra r e l ca so a estud iar.

El co rp u s com b inado e s tá co ns titu ido p o r (10 ) va ria d o s e je m p lo s q u e nos

p e rm ite n te n e r una re p re sen ta c ió n g ene ra l de l co m p o rta m ie n to d e la exp res ión

m e ta fó rica ‘bu rro ’ p a ra re fe rirse a una pe rso na q u e se ju zg a ig n o ra n te . C om o

u n id ad de aná lis is , te n e m o s se g m e n to s d iscu rs ivo s co rtos y e x te n so s en los que

s e h aga a lu s ió n a u n a p e rso na ign o ra n te a tra v é s de la e xp re s ió n ‘bu rro '. E s de d e s ta c a r q u e no v im o s n ecesario a m p lia r e l co rpus , y a q u e lo s e squ e m a s de

p e rso n ifica c ió n y d esp e rso n ifica c ió n en d ich a e xp re s ió n no va rían . S e m an tendrían

e n u n a constan te se a cual fue ren e l núm e ro d e casos . A continuación ,

p re se n ta m o s los e je m p lo s com binados:

1 ) ‘ M in is tro d e d e fe n s a ca lificó L a c a lle P o u d e ‘ile tra d o ’, tu r r o ' y b u r r o " (E l o b s e rv a d o r. 8 /1 0 /2 0 1 4 1

2 ) “M r . B u s h v o u a re a d o n k e v a n d o th e r m e m o ra b le C h a v e z m o m e n ts " (E u ro n e w s : 6 /0 3 /2 0 1 3 )

3 ) T r a t a n d e b u r r o , a n im a l e ig n o ra n te a E v o p o r F a c e b o o k · ( M o r t í 1 4 /0 5 /2 0 1 2 )

4 ) 'M a d u r o a f irm a q u e le d ic e n 'M a b u r r o ’ y la g e n te s e r íe ’ (L a p a tilla : 2 0 /0 6 /2 0 1 3 )

5 ) ( . . . ) E l e x p re s id e n te J o rg e B a ü e ca lificó e l v ie rn e s a P a s q u e t d e ■ im bécil' p e ro P a c h e c h o K le im c re e q u e 'a c tu ó - d e m a la fe m in tie n d o y te rg iv e rs a n d o la v e rd a d h is tó ric a , n o s é c o n q u é propósito o d e s ig n io ta m p o c o s e p u e d e s e r ta n b u r r o e iq n o ra n te f...) ( E l P a ís , 2 2 /2 /2 0 1 6 )

6 ) ( . . . ) S i tú s e .. . s i tú h a c e s u n a c o s a ... b ien d u ra n te to d a tu v id a , n o t ie n e s n in g ú n d e fe c to , n o t ie n e s un e rro r , c u íd a te d e no c a e r e n u n e rro r , p o rq u e e s e d ía s e rá s e l h o m b re .. . e l h o m b re .. . e s tú p id o , e l h o m b re m a lo , e l h o m b re in c a p a z , e l h o m b re .. . a n im a l, e l b u r r o , e s e d ía q u e tú h a s c o m e tid o un e rro r , t e ta p a r á n o te tra ta rá n d e o p a c a r to d o s los b u e n o s e rro re s (s ic ) q u e h a s v e n id o c o m e tie n d o , ¿ e n t ie n d e s ? ( .. . ) (H a b la cu lta : C a ra c a s . C o rp u s d e M a rk D a v ie s (2 0 0 2 ) )

50

Page 10: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

7 ) ( . . . ) A v e c e s n o q u e re m o s d e c ir a lg o p ues s e tra ta d e un d e s e o p ro h ib id o o e s d e m a l g u s to o e s ta b ú , y e n v ia m o s a o tra p a la b ra p a ra q u e lo r e e m p la c e . P o r e je m p lo : D u ra n te u n e x a m e n e l p ro fe s o r, c a n s a d o d e los d is p a ra te s q u e d ic e e l a lu m n o , le p id e a l c h ic o d e la c a n tin a : « J o v e n , tr á ig a m e u n a ta d o d e h e n o * , a lo q u e el a lu m n o re s p o n d e : « A m í trá ig a m e u n c a fé » . C o m o v e m o s , a l p e d ir e l a ta d o d e h e n o e l [1 4 8 ] p ro fe s o r s u g ie re q u e el a lu m n o e s un b u r r o . E l a lu m n o , a l p e d ir c a fé , s u g ie re q u e e l b u r r o e s el p ro fe s o r. (S e ñ a le s : in tra h is to n a . C o rp u s d e M a rk D a v ie s (2 0 0 2 ) )

8 ) ‘ E re s in s titu c io n a lis ta o e re s u n g ra n c o b a rd e o b u r r o . . . T e n e m o s u n a re a lid a d e n la m a n o y es p o l i t ic a . . . . ' a c a ta r la c o n s titu c ió n n o es p ro p io d e un m ilita r in te lig e n te . Q u e c o n s te , fu e e l m in is tro q u ie n le s d ijo c o b a rd e s y b u rro s ( N o tic io s 2 4 2 8 /4 /0 8 )

9 ) E l q u e no e n tra e n la U n iv e rs id á s ie m p re v a a s e r un b u r r o - d e c la ró . - B u e n o . Y o v o v a s e r un b u r r o a u e s a b e in a lé s . - Y o n o s é d e a u é le s irv e e l in a lé s a un b u r ro si n o s e s a c rific a p a r a d e ja r d e s e r b u r r o - r e m a c h ó c o n su a c o s tu m b ra d a ló g ic a d e h ie rro M e d ité un p o c o . (L o s h o m b re s d e C e lin a , 1 9 2 6 . C o rp u s d e M a rk D a v ie s ( 2 0 0 2 ) )

1 0 ) ( . . . ) 'L o p e o r q u e p o d e m o s h a c e r e s e s c u c h a r a a q u e llo s q u e e s tá n d ic ie n d o q u e n o s irv e la e c o n o m ía d e m e r c a d o .. . lo e s tá d ic ie n d o el b u r r o d e H u a o C h á v e z " . d iio F o x ( . . . i (N o tic ia s 2 4 1 2 /1 2 /2 0 0 8 )

C o m o se ve , e l c u a d ro re co g e los d ie z (1 0 ) va ria d o s se g m e n to s d iscu rs ivo s

q u e hacen a lu s ió n a una p e rso na ig n o ra n te p o r m ed io de la exp res ión 'b u r ro '. En lo suces ivo , se p roce de a p re se n ta r la d iscu s ió n de los resu ltados.

4 . D iscu s ió n d e los R esu ltado s

(a ) C o n base en s u cu ltu ra , lo s h a b lan te s de l e sp a ñ o l ap re nd e n , y esperan,

q u e a q u e lla s p e rso na s q u e n o e s tu d ia n y q u e , p o r co ns igu ien te , no a lca n za n un

títu lo d e p ro fes iona l deben re a liza r tra b a jo s que d e m a n d a n fu e rza co rpo ra l, con

o b je to d e s u s te n ta r s u s v idas . Q u ien s e a tien e a e s tu d ia r, se gú n e s ta concepc ión ,

c u m p le lo s requ is ito s p a ra d e se m p e ñ a r o fic io s en lo s q u e s e re qu ie re e l in te lec to

o . p o r d esco n tad o , d es tre za s fís ica s q u e a m e rita n p rec is ión y su tile za , com o,

p on g am o s , la e nseñanza d e la lite ra tu ra , la c irug ía ca rd iova scu la r, la e jecuc ión

d e l s a xo fó n a lto , e l ju e g o d e a je d re z p ro fes iona l y la d ire cc ió n c inem atog rá fica ,

e n tre a lg u n o s d e los q u e p od e m o s m en c ion a r. En re lac ión con e l s itio de

d ese m pe ñ o d e e s te t ip o de tra ba jo , s irven d e á rea s p rop ic ias lu g a re s con

co nd ic io ne s ó p tim a s e n té rm in o s de la te m pe ra tu ra , la se gu rid a d y e l confort.

51

Page 11: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

c o m o cabe co n s id e ra r o fic inas , co nsu lto rios y e s tu d io s m us ica les , p o r e je m p lo . La so c iedad s e re fie re a esta c lase de tra b a ja d o re s con e l m o te de p ro fes iona l, lo que

e n un reg is tro e sp e c ífico s e m an ifies ta p o r m ed io de títu lo s (p ro feso r, ingen iero ,

a rqu itec to , pe riod is ta , e n tre o tros)

P o r con tras te , una p e rso na q u e no s e d ed ica a e s tu d ia r o . p o r lo m enos , a

cu lt iv a r a c tiv id a d e s q u e desa rro lle n s u in te le c to co n e l f in de so s te n e r su m o d o de

v ida , le res ta co n ten ta rse con o fic io s q u e re qu ie ren de fue rza fís ica . E jem p la res

d e e s te caso so n o fic io s com o la a lbañ ile ría . e l sa n e a m ie n to de la s ca lle s y e l

tra s la d o d e ca jas o con tam ers de m ercancías . C o m o s e puede obse rva r, p a ra su

p le n o fu n c io na m ien to , e s ta s ta re a s p ueden e m p le a r has ta la fu e rza b ru ta , pe ro

n ada d e p roce sos co gn itivos co m p le jo s . E s te tip o d e tra b a jo s su e len lle va rse a

c a b o en e sp a c io s a b ie rto s y en co nd ic io ne s n a tu ra le s o d e in fraes truc tu ras hostiles

o d e riesgo , ta le s com o, e n tre o tros, ca lle s su c ia s , b o ta d e ro s d e b asu ra , ta lle res de a lta te m pe ra tu ra y s it io s d e co ns tru cc ió n . P o r lo q u e co nc ie rn e a las

d en om inac iones , q u ie n e s rea lizan e s to s tra b a jo s no so n d es ignados co n títu los ,

s ino , en cam bio, co n té rm in o s g e n é rico s com o 'tra ba jad o r1 u 'obre ro '.

C o n v ie n e su b ra ya r un co n ju n to de o fic io s que . n o obs tan te d e p e n d e n d e la

fu e rza fís ica , p ro to típ icam en te , p a ra e m p lea r la idea lako ffeana (1 98 7 ), so n m ás c e rca n o s a l p rim e r tip o de tra b a ja d o re s q u e h e m o s expuesto . E s decir, a p e s a r de

q u e so n o fic io s cuya co nd ic ión s in e q u a n o n e s la fu e rza co rp o ra l no son

co n s ide ra do s d eg ra d a n te s d e la co nd ic ión hum ana . P o r e jem p lo , un ju g a d o r de

fú tbo l p ro fes iona l o , a lo su m o , d e u n a liga m enor, s e va le d e su apa ra to p s ico -

m o to r, pero , d e a cue rdo a la p e rcepc ión soc ia l, m e re ce un e s ta tu s p riv ileg iado .

C o m o q u ie ra q u e sea. s i a te n d e m o s e s te caso con cu idado , o b se rva m o s q u e el

ju g a d o r d e fú tbo l n o la b o ra e n un a m b ien te pau p érrim o , an tih ig ién ico , insegu ro , as í

c o m o ta m p o c o re c ib e la d es ig n a c ió n de ‘tra b a ja d o r’ u ‘o b re ro ’. S e p ue d e seña la r

tam b ién q u e s u fu e rza fís ica , s i v a le la m etá fora , e s edu ca da p o r m ed io de

e x ig e n te s e n tre n am ien to s para s e r p re c iso s e n la s jug a da s .

(b ) S ig u ie n d o lo s p ro to tip o s d esa rro lla d o s p o r L a k o ff (1 98 7 ), p o d e m o s dec ir

q u e e s un h ech o q u e el co no c im ien to p o p u la r re co n oce a l b u rro com o la b es tia de

ca rg a p o r e xce len c ia . S i, a m anera d e e xpe rim e n to m en ta l p a ra d e s p e ja r dudas,52

Page 12: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

p en sa m o s en las fun c io ne s a s ig na d as a un p erro , una g a llin a , un m on o y un caba llo , a nue s tra s m e n te s p ueden a cud ir im á g en e s de la p ro tecc ión de la casa,

la a lim en ta c ió n d ia ria , un e sp e c tá cu lo d e c irco y un paseo , re sp e c tiva m e n te . El

e je m p lo d e l ca ba llo m erece m enc ión aparte , en v is ta d e q u e p e rte n e ce a l g ru p o de

lo s equ ino s , com o el b urro , p e ro que , a caso d esd e tie m p o inm e m o ria le s , s im bo liza

lo s u til y lo m agnán im o , re p re sen ta d o en ju e g o s com o e l po lo , la caza p rac ticada

p o r la nob leza y la s g e s ta s d e independenc ia . D e m an e ra q u e la fu n c ió n de l burro

c o m o a n im a l d e ca rg a es u n a e xpe rienc ia q u e p ue d e lle g a r d ire c ta m e n te p o r vía d e l cuerpo de l ind iv id uo , com o en e l ca so de v ia je s q u e s e em prenden a tra v é s de

re g io n e s m on tañosas, en los q u e e l b u rro tra nsp o rta ca rg a pesa d a . N o obstan te ,

a u n cu a n d o e s ta e xpe rienc ia n o se a d irec ta , los h a b lan te s d e l e sp a ñ o l re c ib e n ese

co no c im ien to p o r m ed io de d ive rso s a rte fa c to s cu ltu ra le s q u e c ircu lan en su

e n to rn o soc ia l, ta le s com o la p ren sa , la te le v is ió n y e l c ine , e n tre a lg u n o s o tros.El s ig u ie n te paso en la m o tiva c ió n de la m e tá fo ra q u e e s tu d ia m o s e s el

so la pa m ien to de la fu e rza b ru ta d e u n a p e rso na q u e no ha e s tu d ia d o con la fue rza

de l b urro . En u n a p a la b ra , s e pe rson ifica a l b u rro com o ig n o ra n te a causa de que

su fue rza co rre sp o n d e con la fue rza de una pe rso na que , p o r no h a b e r estud iado ,

d e b e re a liza r tra b a jo s fís ico s , en lu g a r de ta re a s in te lec tua les . La igno ranc ia , com o e s b ie n sa b id o , e s u n a co nd ic ión cogn itiva p rop ia de lo s s e re s h u m a n o s . S a be r

qu ién d irig ió e l film e Heli, en q u é fecha fu e d e ca p ita d o R o b esp ie rre y q u é equ ipos

d e b asque tbo l d isp u ta ro n la s fin a le s d e la N B A en 1993, fo rm a p a rte de nuestro

bag a je cu ltu ra l, de l m undo de re la c io n es y s ím bo los c re a d o s p o r y p a ra los se res

hum anos.

A s í la s co sas , n o h a y ra zó n p a ra a c u s a r a l b u rro d e igno ran te , p ue s to que.

a fin d e cu en ta s , todos los a n im a le s so n ig n o ra n te s p o r de fin ic ió n . Nos

enco n tram o s , en consecuenc ia , an te una p erson ificac ión , la p roye cc ió n de un

ra sg o inhe re n te m e n te hum a no so b re un a n im a l, cuya m o tiva c ió n en e s te caso, ya

h em o s a pun tado , se d ebe al c ruce d e la fu e rza b ru ta d e l se r h um a no y la del

burro . E s te p ro ce so d e p e rson ificac ión e s s im ila r a ta n ta s o tra s exp re s io n es

m e ta fó rica s en lengua e spaño la . T o m e m o s a m an e ra de e jem p los ilu s tra tivo s 's e r

u n a c u a im a ' y 's e r un p a to ’ . A s í, a unque su pe rfic ia lm en te pa rec ie ra q u e a la m uje r53

Page 13: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

s e le des igna con e l nom b re de u n a se rp ie n te , o cu rre lo con tra rio : p rim e ro s e le da a l a n im a l una cua lidad hum ana , en razón de q u e e l co m p o rta m ie n to hostil de la

m u je r hac ia e l hom b re co rre sp on de , im ag ina tiva y no ob je tiva m e n te , a l ve n e n o del

a n im a l. A con tinuac ión , u n a m a la m u je r s e conv ie rte e n u n a cua im a . Q u izá esta

re la c ió n se co rpo riza m á s c la ra m e n te en e l ca so de l a n im a l 'p a to ' cuando se

e m p le a p a ra h a b la r d e un h o m b re hom osexua l. En e s te caso , com o se ap re c ia , el

a n im a l n ada tie n e q u e v e r co n la h om o sexu a lida d , p e ro s i lo h a c e co n s u fo rm a de

m ove rse y e x h ib ir s u ano , e le m en to p ro to tip ic o p a ra p e n sa r la hom osexua lidad

m ascu lina , co m o lo d em u es tran R am írez y R am írez (2 01 3 ), a l e x a m in a r m etá foras

c o n im á g en e s d e c írcu lo q u e a lu d en al tra se ro de l h om b re hom osexua l, co m o son

lo s c a so s de ‘a rgo lla ’ , ‘ro sq u e te ’ y ‘h ueco '. D e m an e ra q u e e l 'p a to ' es p e rso n ifica do co n u n a cua lidad típ ica m e n te hum ana , p ue s to que , e s evidente ,

d esco no ce d e la no rm a lida d se x u a l q u e F o uca u lt (2 01 2) rev isó en s u g ru e sa obra so b re la sexua lidad .

D o m in io h u m a n o D o m in io b u r ro

Ig n o ra n c ia p ro p ia d e lo s s e re s h u m a n o s por d e s c o n o c e r a lg u n a c o s a q u e s e c re e d e b e c o n o c e r.

B e s tia d e c a rg a q u e re s p o n d e a s u s ins tin to s a n im a le s . P o r n a tu ra le z a , e s im p o s ib le q u e c o n o z c a la s c o n s tru c c io n e s c u ltu ra le s h e c h a s p o r y p a r a lo s h u m a n o s .

D icho p roceso de p e rson ificac ión p o d e m o s v e rlo a tra vés de lo s c a so s (1),

(3 ), (4 ), (5 ), (6 ), (7 ), (8 ), (9 ) y (10 ) de n ues tro co rpus , ve re m o s com o e l d om in io h um a no p res ta rá s u s co nce p tos p a ra m apearse hac ia e l dom in io b urro . A

co n tin ua c ión , ve a m o s u n a ilus trac ión q u e e xp lica e l conce p to de c a d a d o m in io y

su m a p e o e n a lg u n o s casos:

54

Page 14: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

P e rs o n ific a c ió n

D o m in io fu e n te =

H u m a n o

D o m in io m e ta =

B urro

Ig n o ra n c ia

C u ad ro . P roceso de pe rson ificac ión

(c ) to d a vez q u e se ha p ro ye c ta d o s o b re e l burro la igno ranc ia hum ana , lo

q u e h em o s llam ado, a d h irie n d o la teo ría , p erson ificac ión , s e u sa e s te a n im a l com o

u n d o m in io fu e n te pa ra m e ta fo riza r a p e rso na s q u e igno ran a lg o q u e s e supone

d eb e n saber, lo cua l, p o r supuesto , com porta una n ue va ca rg a sem án tica : la a n im a lidad . N os e nco n tra m o s a cá co n e l reve rso de la pe rso n ifica c ió n : la

d espe rso n ifica c ió n , e xp re sa d a p o r R iva no F isch e r (2 01 3 ). E n o tros té rm in o s , se

e m p le a el b u rro com o m e tá fo ra de una persona igno ran te no so lo p a ra re sa lta r su

ign o ra n c ia de a lgo , s ino , en su s tan c ia , p a ra d e g rad a rlo a la c o n d ic ió n de an im al.

C u a n d o s e d esp e rso n ifica a a lgu ien , se le d e sp o ja de s u cond ic ión hum ana . Se a com ete , com o e s ev iden te , una e va lua c ión n eg a tiva de l s e r hum a no a tra vés de

la im a g e n de l an im a l. El ign o ra n te n o so lo n o sabe , s ino q u e ha d e ja d o d e s e r un

h um a no al m is m o tiem po.

P ara e n te n d e r e s te m ecan ism o de despe rso n ifica c ió n , resu lta pertinen te

tra e r a la d iscu s ió n d o s e xp re s io n e s m e ta fó ricas de co nd ic io ne s s im ila res . En V enezue la , co m o u n o de lo s p rod u c to s d e rivad o s d e l d e b a te po lítico , se sue le

d e c ir q u e una p e rso na q u e a p la u d e irres tnc tam en te to d a s las dec is io n es d e su

líd e r po lítico , p o r lo g ene ra l a lg u ie n de l partido o fic ia l, e s una fo c a . E n razón de

q u e e s de so b ra s a b id o q u e ‘a p la u d ir e s un a c to cu ltu ra l hum ano , q u e entraña

s a b e r cóm o, cuándo y a qu ién a p la ud ir, se puede re co n o ce r q u e los h a b la n te s del

e sp a ñ o l de V e ne zue la , en p rim e ra ins tanc ia , p e rso n ifica n a la s fo ca s, para,

e nsegu ida , e m p le a r la fo ca co m o una m etá fo ra q u e an im a liza a la persona p a rtid a ria d e l p o lítico e n cuestión . S e n o ta , ade m ás , que . com o requ is ito para

p e rso n ifica r a l a n im a l, s e es ta b lece la co rresp on de n c ia e n tre e l a p la u so hum a no y

e l m ov im ien to con la s a le ta s q u e so n ca p a ce s de re a liza r las fo ca s entrenadas.

55

Page 15: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

p roye cc ió n se m e jan te a la co rresp on de n c ia e n tre la fu e rza de l b u rro y la de la p e rso na incu lta .

O tro caso ilum inado r, a u n q u e no ta n loca l, s e puede e x tra e r d e un ensayo

e n el q u e O renste in (2 0 0 3 ) o fre ce una v is ión p a n o rá m ica de l cu en to de h ad a s La

c a pe ruc ita ro ja a lo la rgo de la h is to ria . O re ns te in se p re g u n ta leg ítim a m e n te por

q u é el ca n is lupus, c o n o c id o co m únm en te com o lobo , e s re p resen tando

co ns ta n te m en te com o un v iril m u je rie g o s i, p o r e l con tra rio , e s una e spe c ie de v ida

m onógam a, s i c a b e e l té rm ino . C o n fro n ta m o s a cá o tra s itu a c ió n en la q u e a un a n im a l s e le pe rson ifica co n cu a lid a de s de se xua lid ad y sedu cc ió n q u e so n p rop ias

d e los s e re s hum anos . La in te rro g a n te o s te n s ib le e s q u é e le m en to s conve rgen

p a ra a u to riza r pe rso n ifica r a l an im a l. U na h ipó tesis , den va da de O rens te in , estim a

q u e e s to s e o rig in a en los te x to s b íb licos , en los que , en la lucha de l b ien co n tra el

m a l, h a y lobos ta im a d o s ve s tid o s d e ove jas . A s í. la p royecc ión e s tr ib a en q u e un jo v e n p ue d e e ng a ña r a una m uchacha q u e n o ha te n id o re la c io n es se xua les , es

dec ir, q u e es v irgen . D icho de o tro m odo , e l se d u c to r e s un lobo , e n ta n to que la

v irg e n e s la o ve ja ino cen te . D e hecho , la locu c ió n fra nce sa 'A lle r v o ir le lo u p ’

(h a b e r v is to a l lobo), p o p u la r cu a n d o C h a rle s P e rra u lt e sc rib ió su h is to ria de

ca pe ruc ita en 1697. s ign ifica b a ‘h a b e r p e rd ido la v irg in id ad ’ , p rec isam e n te en un a m b ien te en e l q u e lo s p a d re s te n ía n e l de re cho d e c a s a r a s u s h ija s p o r razones

d e n egoc ios y, com o s e e spe ra , la p e rd ida d e la v irg in id ad pon ía en rie sg o el

p a trim o n io fam ilia r.

P o r lo q u e co nc ie rn e a la e xp re s ió n m e ta fó rica 's e r u n a rata*, la cu a l está

ca rg a da d e co nn o ta c io ne s neg a tiva s re la c io n a d a s con la inm ora lidad , se gú n nos

lo e xp lica n S te u te r y W illis (2 00 9 ), s e so s tie n e , en p rinc ip io , s o b re la p rev ia

m e ta fon za c ió n d e la inm o ra lid a d com o a lg o pú trid o , q u e apes ta , q u e co rroe to d o loq u e e s tá sa ludab le , id e n t if ic a re en e x p re s io n e s co m o ‘ la po lítica e s a sq u e ro sa ’ , ‘e l

d in e ro su c io ’ o en la co noc ida fra s e d e l p rínc ipe dan é s sh ake spe n an o "a lgo apesta

en D inam arca". E n e s te sen tido , d e b id o a s u n a tu ra leza de s e r ras tre ra , de

m ove rse p o r a g u a s su c ia s y de c o rro e r lo s a lim en tos , la ra ta e s u n a e laborac ión

m á s com p le ja d e lo in m o ra l c o m o a lg o pod rido . Lo q u e s igue aho ra e s la

co rresp on de n c ia e n tre la p e rso na inm ora l y lo a sque roso de la ra ta , pa ra as í poder56

Page 16: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

p e rso n ifica r a la ra ta y, m á s ta rd e , d evo lve rla a una p e rso na co n la in tenc ión de d eg rada rla . En resum en , p rim e ro s e pe rson ificó a la ra ta com o si fuese una

p e rso na q u e in cu rre en un a c to inm ora l y. luego, se d esp e rso n ificó a la persona,

a tr ib u yé n d o le an im a lidad .

P ara v isu a liza rlo m e jo r e l p roceso q u e re fe rim os, d e ten g ám o no s en el

s ig u ie n te cuadro , en e l q u e a na liza m os el ca so (2) d e n ues tro co rp u s co n la

co noc ida fra s e "M r. B ush y o u a re a d o n ke y" e xp re sa d a p o r e l e xp re s id e n te C hávez

a p rop ós ito de G eo rge W . Bush:

D e s p e rs o n ific a c ió n

D o m in io fu e n te =

B u rro

D o m in io m e ta =

H u m a n o

• Ig n o ra n c ia (m e ta fó ric a )

• A n im a lid a d •------------------------------------------------------ ►

S u ig n o ra n c ia re d u c e su

c o n d ic ió n h u m a n a .

C u ad ro . D esp erson ificac ió n

5. C o n s id e ra c io n e s fina les

P e rso n ifica r y d e sp e rso n ifica r resu ltan p ro ce so s q u e rea lizam os con

frecuenc ia , y q u e cuando c re e m o s que so lo o cu rre u n a d esp e rso n ifica c ió n es

p o rq u e de m an e ra inconsc ien te h em o s lle vad o a cabo una p e rson ificac ión previa.

En n ues tro ca so de e s tud io , los fa c to re s cu ltu ra le s y la s im b o lo g ía q u e s e le a tr ib u ye a lo s o fic io s co nd u ce n a q u e la fu e rza b ru ta que re a liza u n a persona que

n o haya e s tu d iad o se c ruce co n la fu e rza b ru ta de n ues tro a n im a l de carga

p ro to tip ico , e l burro , y. en e s te p roceso , e s te a n im a l se a p e rso n ifica do co n la

ign o ra n c ia p ro p ia d e lo s se res hum anos . Lo q u e res ta e s la d espe rsom ficac ión de la p e rso na q u e se cons ide ra igno ran te p o r m ed io de la expres ión m e ta fó rica del

burro , q u e a h o ra n o e s e l bu rro na tura l, d esco n o ce d o r de la cu ltura , com o

cu a lq u ie r o tro a n im a l, s in o un b u rro d e igno ranc ia m e ta fó rica q u e d e sp o ja a la

pe rso na d e su co nd ic ión hum ana . La m e tá fo ra de l b u rro igno ran te , y a s e ha

seña lado , apun ta a e va lu a r n eg a tiva m e n te a la p e rso na so b re la q u e s e ap lique.

57

Page 17: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

S o bra n m e tá fo ra s d e a n im a le s p a ra re p re se n ta r p e rso na s y d e te rio ra r su im a g e n soc ia l. N o s hem os se rv id o de d ive rso s e jem p los en la lengua españo la

q u e a trav iesan el m is m o p roceso de p e rson ificac ión d e l a n im a l y

d esp e rso n ifica c ió n de l in d iv id u o p o r m ed io de l a n im a l m e ta fonzado y cuya

c o n d ic ió n a n im a l s e e n cu e n tra d e re lieve : ra tas inm ora les , ce rd o s lascivos,

g a llin as coba rdes , cu le b ra s c izañeras , sa po s d e la to re s , p a to s y p a rg o s rosados

h om osexu a le s , lo b o s m u je rie go s , m osca s cu id ad o sas y a le rtas , y fo ca s que

a p lauden . P o d ría m os co n tin ua r con un a m p lio ca tá logo de exp re s io n es

m e ta fó rica s s im ila re s e n la lengua e spa ñ o la . Esta co in c id e nc ia e n e l u so de

e xp re s io n e s s im ila re s d e n tro de la vas ta g e o g ra fía de un m ism o id io m a s e debe ,

c o m o s e ha p o d id o adve rtir, a e xp e rie n c ia s co rp o ra le s y cu ltu ra le s co m p a rtid a s por p a rte de lo s h ab lan te s d e la lengua espa ñ o la en sus d is tin ta s va riac iones.

E s to n o s lle va a re sa lta r q u e ta m b ié n p ueden e x is tir m a tice s o d ife renc ias d ep e n d ie n d o de la e xp e rie n c ia de l m undo de los h a b lan te s de u n a lengua . Lako ff

(2 0 0 4 ) reg is tra la e xp re s ió n m e ta fó rica : d ry in g up th e sw a m p th e y liv e in "

(s e ca rle s e l pan ta n o d on d e v ive n ), la cu a l u só D o n a ld R u m sfe ld pa ra ju s t if ic a r la

g ue rra con tra e l te rro r e m p re nd ida du ra n te la a dm in is trac ión d e G eo rge W .B ush.

D e cu a lqu ie r fo rm a , lo q u e im po rta h a c e r n o ta r a cá e s q u e la e xp re s ió n m eta fórica e s p ro p ia de q u ie n ha e xp e n m e n ta d o un pantano.

A p rop ós ito d e e s ta s d ife re nc ia s , y p a ra re tom a r una in te rrogan te p lan teada

a l in ic io d e e s te es tud io , n o s e nco n tra m o s en la ca pa c id a d pa ra a s e v e ra r q u e la

e xp re s ió n m e ta fó rica a ng ló fon a 'd o n ke y ’, a u n cu a n d o resa lta la e s tu p id e z y la

o b s tin ac ió n d e una persona , se o rig in a d e los m ism o s p ro ce so de p e rson ificac ión y

d esp e rso n ifica c ió n p rese n tad o s has ta acá. L o s m a tice s s e d eb e n a d ife ren tes

co rrespondenc ias . Es decir, una persona q u e n o e s tu d ie se vu e lv e e s tú p id a y de

m e n te o bs tin ad a e irre flex iva , a l m en o s e sa s se ría n las e xp e c ta tiva s so c ia le s . Así,

so b re e l b u rro , b es tia de ca rg a (b e a s t o f b u rd en ) ta m b ié n en la cu ltu ra de

a ng lopa rlan tes , re ca e la im a g e n de a lg u ie n q u e se d e d ica a h a c e r tra b a jo fís ico

d u ro y , e n co nsecuenc ia , d e v ie n e igno ran te , te rc o y es túp ido , en c la ro con tras te

c o n q u ie n , de a c u e rd o a los p rec iad o s e s tá n d a re s so c ia le s , ha e s tu d iad o yd e v ie n e cu lto , flex ib le , lis to y c iv il. En re su m e n , la s d ife re nc ia s e n tre am bas

58

Page 18: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

e xp re s io n e s m e ta fó ricas so n la s co rre sp on de n c ia s q u e se es tab lecen e n tre los d o m in io s en e l p roceso de p e rso n ifica c ió n en e sp a ñ o l e ing lés. E s to ta m b ié n nos

lle va a re fre n d a r la m o tiva c ió n de l s ig n o lingü ís tico e n la m ed ida en q u e es

d em o s tra b le q u e ‘burro· y 'd on key '. co n to d o y q u e so n d os s e cu e n c ia s de son idos

d ife re n tes , y a d e m á s en d ife re n te s id iom as, no p ueden h a b e r s ido 'l-e -c -h -u -z -a ’, ni

‘m -a -p -u -r-i-t-e ', n i ‘c -a -c -h -i-c -a -m -o ', n i, p o r o tro lado , ‘c -a -t’ , n i 1- l-e -a ', n i ‘r-a-c-c-

o -o -n ', p o r m e n c io n a r a lg u n a s p os ib ilid a d e s negadas, y a q u e d ependen

s u s ta n c ia lm e n te d e m o tiva c io n es co rp o ra le s y c u ltu ra le s q u e le s so n específicas ,

c o m o h em o s ev idenc iado .

Un ú lt im o p un to q u e h a y q u e h a c e r no ta r, en v is ta de q u e e m e rg e co m o una

p la ta fo rm a p a ra con tra rgum entos, e s q u e una v e z la e xp re s ió n m e ta fó rica ya ha

su rg id o a l a m p a ro d e la s m o tiva c io n e s d e la s q u e h e m o s d a d o cu e n ta e m p ie za a

c ircu la r en la cu ltu ra y s e p ue d e e x te nd e r a ind iv iduos q u e lo s hab lan tes im a g in a tiva m e n te pe rc ibe n com o a p to s pa ra p ro ye c ta r la e xp re s ió n m e ta fó rica . De

ta l m od o q u e un niño, a p esa r de q u e recién in ic ia la e scue la y tie n e to d a una v ida

p o r d e la n te p a ra a lca n za r e s tu d io s u n ive rs ita rio s y un b uen tra ba jo , puede ser

lla m a d o 'burro* s i e s ju z g a d o com o a lg u ie n q u e ig n o ra lo q u e s e su p o n e que

e s ta ba a l a lc a n c e de s u s co no c im ien to s . Ya R am írez (2013) ha e s tu d iad o cóm o u n a e xp e rie n c ia ta n e xc lu s iva de la m u je r com o e s d a r a luz c ircu la en la cu ltu ra en

su fo rm a m eta fó rica y p ue d e s e r u sad a con hom bres , com o en la s expres iones:

‘S ó cra te s a y u d a b a a sus d isc íp u lo s a p a rir id e a s ', ‘C a r lo s p a rió h ac ien d o el tra ba jo '

y una m á s c o m p le ja c o m o ‘M a ría e s la cagada d e s u p a p á ', en la q u e su b ya ce el

so la pa m ien to de la im agen de d e fe ca r (dom in io fu e n te y expe rie n c ia b ás ica ) y la

im a g e n de l p a rto (d om in io m e ta y e xp e rie n c ia com p le ja ).

59

Page 19: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

R e f e r e n c i a s

Bolívar, A . (2013), La d e fin ic ió n de l co rp u s en lo s e s tu d io s de l d iscu rso . A le d 13 ( 1 )· 3 - 9 .

C aparros , M . (2 01 5 ). E l Hambre. B a rce lona : A nagram a.

D avies, M ark. (2002). C o rp us d e l españo l. (100 m illon e s de pa labras, s ig lo X III- s ig lo XX . en cons trucc ión ) R e cu pe rad o d e h ttp ://w w w co rp u sde lesp an o l.o rg .

El P a ís (2016 , fe b re ro 22). P a ch e co : P a sq u e t e s "b u rro e ig n o ra n te " P ág ina w eb en línea. D ispon ib le : h ttp ://w w w .e lp a isco m .u y /in fo rm a c io n /p a ch e co -pasq u e t-b u rro -ign o ra a te j)a .rtid a Lco lo rad o .h tm l·[C on su lta : 2016 . fe b re ro 22]

El O b se rva d o r (2014 , o c tu b re 8). M in is tro de D e fe n sa c a lificó a Laca lle P o u de "ile tra d o ", “tu rro ” y "bu rro ". P á g ina w e b en línea. D ispon ib le : h ttp ://w w w .e lob se rvad o r.com .u y /m in is tro -de fe nsa -ca lifico -laca lle -po u -

[C on su lta : 2 01 5 , d ic iem b re 20]

E u ronew s (2013 , m a rzo 3). “M r Busto y o u a re a donKey” a n d o th e r m em orab le C h a vez m om en ts . P ág ina w e b en línea . D ispon ib le :

sh o w m a n .[C on su lta : 2015 . d ic iem b re 20]

Foucau lt. M . (2 01 2 ). H is to ria d e la se x u a lid a d 2 : e l u so de lo s p la ce re s . B u en o s A ires : S ig lo X X I E d ito res

Foucau lt. M . (2012). H is to ria d e la se x u a lid a d 3 : la in q u ie tu d d e s i. B u en o s A ires: S ig lo XX I E d ito res

Foucau lt, M . (2012). H is to ria de la s e x u a lid a d 1 : la vo lu n ta d d e sa b e r. B u en o s A ires : S ig lo X X I Editores.

Jo hn son . M . (1 98 7 ). T he b o d y in th e m in d : th e b o d iiy b a s is o f m eanm g, im ag ina tion , a n d re aso n . C h icago : T h e U n ive rs ity o f C h icag o Press.

K óvecses . Z . (2010). M etap h o r: a p ra c tica ! in tro d uc tio n . N e w Y ork : O xfo rd U n ive rs ity Press.

L ako ff, G . (1 98 7 ). W om en , f r e , a n d d a n g e ro u s th ing s : w h a t ca te go rie s re ve a l a b o u t th e m ind . C h icago : T h e U n ive rs ity o f C h icago Press.

60

Page 20: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

Lako ff, G. (2004). D o n i th in k o f a n e le p ha n t: k n o w y o u r va lúes a n d fra m e the deba te . V e rm o n t: C h e lse a G reen P ublish ing .

Lako ff, G; y Jo hn son , M . (2009). M e tá fo ra s d e la v ida co tid ian a . M ad rid : Cátedra.

La P a tilla (2013 , ju n io 20). M ad u ro a firm a q u e le d icen "M a b u rro "y la g e n te s e ríe . P ág ina w e b en linea . D ispon ib le :h ttp ://w w w .la pa tilla .co m /s ite /20 1 3 /06 /2 0 /m ad u ro -a firm a -qu e -le -d ice n -m ab u rro -v -la -q e n te -se -r ie -v id e o /.[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]

M a rtí (2012 , m a y o 14). Tra tan d e "burro, a n im a l e ig n o ra n te ’'a E v o p o r Facebook. P ág ina w e b en línea. D ispon ib le :.http./M^.njatllQpjic^1 153 .h tm l.[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]

M ish , F. C . (e d it) (2004). T h e M e rn a m -W e b s te r d ic tio na ry . M assachuse tts : M erriam - W e s te r, INC.

N o tic ia s 24 (2008 , abril 28 ). "Q ue conste , fu e e l m in is tro qu ien le s d ijo co ba rde s y b u r r o s P á g ina w e b en lín ea . D ispon ib le :h ttp ://w w w .n o tic ia s2 4 .co m /a c tu a lid a d /n o tic ia /l3 8 2 6 /q u e -co n s te -fu e -e l-

miDÍStES flUÍSDd ^HiQ Qba!Sl SiS¿j2UE[gS¿·[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]

N o tic ia s 24 (2008 , d ic iem b re 12). V icen te F o x d ice q u e "C hávez e s un b u rro ” . P ág ina w e b en linea . D ispon ib le :h ttp ://w w w .no tic ia s2 4 .co m /a c tu a lida d /n o tic ia /21 4 06 /d ice -q ue -cha ve z-e s -un - burro /.[C on su lta : 2015 , d ic iem b re 20]

O rens te in , C . (2003). C a p e ru c ita a l desnudo . B a rce lon a : A re s y M ares.

R am írez, M . (2 01 3 ). D e la sa la d e m a te rn ida d a l sa n ita rio : m otivac ión d e la e xp re s ió n m e ta fó rica e re s la cagada de tu m am á /p a pá '. Le tras , 5 5 (8 9 ), 48- 6 0 . D ispon ib le :h ttp ://w w w .sc ie lo .o rq .ve /sc ie lo .p h p? sc rip t= sc i a rtte x t& p id = S 04 5 9- 1 2832013 00 0 20 0 00 3 & ln a= e s& tlna = e s .[C on su lta : 2016 , fe b re ro 23]

R am írez, M ; y R am írez , A. M . (2013). La m e ta fo rizac ió n o rie n tac io na l de la h om o sexu a lida d m ascu lin a en e l film e C on tracornen te , de J a v ie r Fuen tes- L eó n . C onh isrem i, 9 ( 1 ) , 119 -135 . D ispon ib le : http_7¿cp_nhiSLemM [C on su lta : 2016 , fe b re ro 25]

61

Page 21: P E R S O N IF IC A C IÓ N Y D E S P E R S O N IF IC A C ... · los hablantes usan este anim al com o m etáfora d e personas ignorantes, m etáfora que contiene una n ueva carga

R am írez . M ; y R am írez . A . M . (2013). M e tá fo ra s y m e to n im ia s de l d e la to r en se is e xp re s io n e s de l h ab la co tid iana vene zo la na . R e v is ta de In ve s tig a c ió n , 37(79). 69 -84 . D ispon ib le : h ttp ://w w w .sc ie lo .o rg . ve /sc ie lo .ph p ?sc rip t= sc i a r tte x t& p id = S l010- 2 9 1 4 20 1 3 00 0 20 0 00 5 & ln q= e s& tlng = e s .[C on su lta : 2016 . fe b re ro 23]

R ivano. E. (2013). M etá fo ra y lin g ü is tic a co gn itiva . S an tiago de C h ile : B ravo y A lle n d e Editores.

S a ussu re . F. (1945). C u rs o d e lin g ü ís tica genera l. B u en o s A ire s : Losada

S teu te r. E ; y W ills , D . (2009). A t w a r w ith m e ta p h o r: m ed ia , p ro p a g a n d a . a n d ra c is m in th e w a ro n te rror. Lanham : L ex ing to n Books.

V illo ro , J. (2012). La crón ica , o rn ito rrin co de la p ro sa . En D . Ja ram illo A gude lo (com p ). A n to lo g ía de c rón ica la tinoam ericana actua l. M adrid : A lfag u a ra ,

62