pica nos desvios posturais em crian

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ELIANE GON<;:ALVES DE JESUS FONSECA I'REVEN<;:Ao FISIOTERr\PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN<;:AS DE I" SI~RlE DO ENSINO FUNDAMENTAL M()nografi~l ap,"cscntada como rcquisito Panial ;1 obtem;ao do grail de Especialista no Curso de Traumato Ortopctiico Dcsportiva, do Selol" de Cicncias da Saluie das F'aculdadcs Intcgradas tla Socicdadc Educacional Tuiti. Oricnt:ldor: ))1". Hen-lido UIi:llw CURlTlBA 2000

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Page 1: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

ELIANE GON<;:ALVES DE JESUS FONSECA

I'REVEN<;:Ao FISIOTERr\PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN<;:AS DEI" SI~RlE DO ENSINO FUNDAMENTAL

M()nografi~l ap,"cscntada como rcquisitoPanial ;1 obtem;ao do grail deEspecialista no Curso de TraumatoOrtopctiico Dcsportiva, do Selol" deCicncias da Saluie das F'aculdadcsIntcgradas tla Socicdadc EducacionalTuiti.Oricnt:ldor: ))1". Hen-lido UIi:llw

CURlTlBA2000

Page 2: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

SUMARIO

RESUMO 05

ABSTRACT 06

1. INTRODUCAo 07

2. EMBASAMENTO TEORICO 10

3. MATERIAlS E METODOS 32

4. APRESENTACAO DOS RESULTADOS 33

5. INTERPRETACAO DOS DADOS 34

CONCLUSAo 37

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 38

ANEXOS 39

Page 3: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

RESUMO

A pesquisa desenvolveu-se na Escola Inte9ra<;;30 Ensine Pre-Escolar e Ensine

Fundamental, aonde foram observadas e avaliadas 20 criangas da 1a serie do

Ensino Fundamental, com faixa etana entre 6 a 7 anos, para verificar possfveis

alteragoes posturais; objetivou-se a real necessidade e importancia da fisioterapia

preventiva na area de educag03o, prevenindo futuras alteragoes posturais mais

graves.

Page 4: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

ABSTRACT

The research was developed at "pre-escolar" and fundamental Integrac;:ao School.

Twenty 6 to 7 year children in first grade of ~fundamentar were observed and

appraised in order to verify possible alteration of posture. The goal of the research

was to show the necessity and importance of preventive therapy, in the area of

education, to prevent possible and maybe serious alterations of posture.

Page 5: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

INTRODUc;:iio

o process a de desenvolvimento motor se fevela principalmente atraves

de mudanyas no comportamento motor. As crianc;:as em idade pre-escolar e de

primeiro grau estao primariamente preocupadas em aprender a se mover

eficientemente.

No decorrer do desenvolvimento do ser humano, estes passam par

diferentes fases maturacionais. Diversos fatores· impulsionam e regulam estas fases.

Entre eles se destacam as geneticos, os nutricionais, as nervasos, os hormonais, as

climaticos e tambem as exercicios fisicos.

No desenvolvimento infantH, as movimentos sob a controle, voluntario,

envolvem a processamento do estimulo sensorial, com a armazenamento desta

informac;:ao a nivel cervical, formando 0 acerva motor da crian<;a. Existem surtos de

crescirnento durante os quais as criangas necessitam de rna is alimento e repouso,

pois recorrem a energia para 0 proprio processo de crescirnento. Devern ser

analisadas as mudangas individuais no comportamento de cada crianga, observando

diversas variedades de fatores cognitivos, afetivos e motores que influenciam e sao

influenciados pelo desenvolvimento progressiv~ das habilidades de movimentos.

Vivernos em urna epoca em que a tecnologia moderna esta se

apoderando de nossas crian9as e tambem adultos. Pouco se ve criangas correndo,

subindo em arvores, pulando corda, e tantas outras atividades simples que

contribuem para 0 desenvolvimento motor normal destas criangas, mas sim observa-

se criangas sedentarias, com controles remotos nas maDs, compromissos, muitas

Page 6: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

vezes ainda precoces para a idade, comprometendo as fases do desenvolvimento

motor que consistem de:

Fase do movimento reflexivo: ocorre entre os 4 meses (intra uteri nos) e 1 ano.

Sao movimentos involuntarios e formam a base para as fases do

desenvolvimento motor da crianrya.

Fase do movimento rudimentar. ocorre entre 1 a 2 anos. E a forma basica do

movimento voluntario requerido para a sobrevivenca.

Fase do movimento fundamental: ocorre entre 2 a 7 anos. Esta fase representa a

epoca da descoberta do desempenho de uma variedade de movimentos

locomotores.

A crianrya na faixa etaria de 6 a 7 anos con segue desempenhar

movimentos mecanicamente eficientes, coordenados e controlados. Nesta faixa

etaria toda crian9a requer oportunidade para praticar, motiva921o para aprender e

instru9210 qualificada para que atinja as fases subsequentes. As oportunidades

dependem da situagao economica, familiar, do lugar em que vivem e das escolas

que frequentam.

Fase do movimento relacionado ao esporte: ocorre dos 8 aos 14 anos. E 0

crescimento da fase fundamental do movimento. A crianga, nesta fase, consegue

se mover de maneira a praticar diversos esportes.

A inadequa9ao de posturas adotadas, principal mente em casa e na

escola levam a um desequilibrio na musculatura global do corpo, produzindo

alteraryoes posturais. Assim a reduzida atividade fisica, devido ao sedentarismo em

que vivem nossas crianryas, associ ada a ma postura leva a posi90es anormais das

estruturas anat6micas que compoem 0 tronco.

Page 7: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Salienta-se entao a necessidade da preven~ao principal mente de

altera~6es posturais nas escolas, visto que a partir de 5 anos de idade (em media) a

crian~a come9a a freqtJentar uma escola quando nao com 2,5 a 3 anos, iniciando

seu maior tempo na posi~ao sentada. Nesta posi~ao muitas vezes a crian~a tem que

se adequar, devido a altura das carteiras, distztncia do quadro, posi9ao das carteiras,

adotando posturas inadequadas para seu maior conforto.

Oiante dessa problematica, 0 presente trabalho tern per objetivo:

Conscientizar as crian9as, pais e professores quanta a higiene

postural, favorecendo a conscit§ncia corporal.

Prevenir altera~6es posturais.

Evitar complica~6es das ja existentes.

Analisar as possibilidades de atua~ao primaria da fisioterapia na

educa9aO.

Para atingir esse objetivo, num primeiro momento, 0 presente trabalho,

atraves de visita a Escola Integra~ao Ensino Pre-Escolar e Fundamental, aonde

permaneci em sala de aula, observando e js avaliando as condi90es do ambiente

escolar, que muitas vezes levam a compensa90es posturais nas crian~as.

Em seguida, foi feita a avalia9ao postural destas crian9as, atraves de

fichas individuais, analisando as alterayoes posturais, visando com isso contribuir e

mesmo alertar paias e educadores para prevenir altera~6es mais graves.

Page 8: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

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2. EMBASAMENTO TEORICO

o sistema osteocuticular S8 origina do mesoderma que da origem ao

tubo neural; e a notoc6rdia.

o mesoderma intra embrionario forma 0 mesoderma paraxial que da

origem aos somitos. Os semites sao divididos em pares, ao lado do notoc6rdi8.

Uma por~o do somito dobra-s8 sabre si mesma e constitui 0 dermomi6tomo

que originara 0 miotomo (responsBvel pelos musculos estriados esqueleticos) e

o dermatomo (que fornece a base mesenquial da pele, erma e costelas).

o mesenquina dit origem aDs tecidos de sustenta~o (tecido conjuntivo

propriamente dito, cartilagem e ossos).

No desenvolvimento da coluna vertebral, as celulas densamente

arranjadas dos escler6tomos dos semites formam 0 disco vertebral e as celulas

remanescentes formam 0 centro mesenquimal de uma vertebra.

o notoc6rdio S8 expande para formar 0 nudeo polposo.

Quando envolvendo a tubo nueral, as eelulas mesenquimais formam 0

area vertebral. 0 centro de codificayao do area vertebral da origem as ap6fises

espinhosas e transversas.

Sistema muscular - as museu los estriados sao formados a partir das

calulas mesenquimais (mioblastos).

Os museulos do troneo sao derivados do mesoderma dos somitos

(miatomos).

Page 9: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

II

Os museu los dos membros desenvolvem-se a partir do mesenquima. 0

brato do membra superior corresponde a 5 segmentos cervicais e 2

seguimentos toracicos; e a do membra inferior correspondente, a 4 segmentos

lombares inferiores e 2 sacrais inferiores.

Sistema nervoso - 0 sulco neural origina a crista neural que origina a

tuba neural. 0 tuba neural deft origem ao neuro eixQ (cerebra, carabala, ponte e

medula nervosa).

As cristas neurais migram para fora do tuba neural e formam 0 g~mglios

do ramo posterior dos nervos espinhais, os ramos dos nervos cranianos e os

gimglios do sistema nervoso aut6nomo (SNA).

o ramo posterior, juntamente com 0 ramo anterior, formam 0 nerve

espinhal ou nerve craniano.

Os neuronios medulares incluem: os axonios que saem palas raizes

ventrais e inervam as museu los esqueh~ticos, ganglios autonomos e os

neur6nios e interneuronios de transmissao que sao relacionados ao

mecanisme sensitivo e reflexo.

Normalmente 0 feta da especie humana se encontra no utero numa

posiyao de f1exao total, com a col una em "c", eif6tica. 0 unico musculo de

inervayao voluntaria que esta em atividade e a ileopsoas que permite ao feto

dar pontapes.

No recem-nascido se iniciam de forma leve as curvas fisiol6gicas da

coluna. 0 lordox cervical apareee quando a crianr;a come~a a firmar a caber;a e

a lordose lombar, com 0 trabalho dos gl0teos, estimulado pelo estiramento

passivo dos museulos.

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Com dais anos de vida, as vertebras lombares crescem rapidamente,

com alongamento ]ambar e aumento das nadegas, resultantes da posi<;ao

ereta.

Dos dois aos seis anos, os joelhos se aproximam Uoelhovalgo) para dar

uma base mais ampla.

Com sete anos em diante tende a inclinar a pelv8 anteriormente, projetar

seu abdomen e hiperestender seus joelhos, sendo que assim distribui seu peso

igualmente nos dois lados da linha de gravidade.

a crescimento das partes do corpo e diferenciado. Durante a infancia, 0

cresci menta mais rapido e 0 da cabey8, depois 0 tranco. No segundo ana de

vida as musculos crescem mais rapidamente que 0 troneo, sendo que ista

Dcorre ate 0 inicio da puberdade.

A coluna vertebral e constituida pela superposi980 de 24 ossos isolados,

denominados vertebras. As 24 vertebras moveis pre-sacrais compreendem 7

vertebras cervicais, 12 toracicas e 5 lombares.

Sendo que segundo CASTRO (1985), superiormente a primeira

vertebra cervical articula-se com 0 0550 occipital da cabec;a e inferiormente, a

quinta vertebra lambar articula-se com 0 sacra e este com 0 c6ccix.

Todas as vertebras possuem 7 elementos basicos que sao:

Corpo: estrutura em forma de cilindro disposto a frente.

Forame: localizado posteriormente ao corpo e limitado lateralmente

e atras par urn areo 6sseo.

Processo espinhoso: situado medial mente e par tras do farame

vertebral.

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Processos transversos: dois prolongamentos laterais e transversais.

Processos articulares: sao saliencias, em numero de qualro, que

destinam a articula~o das vertebras ascendentes e descendentes.

Laminas: sao duas laminas que ligam 0 processo espinhoso ao

processo transverso correspondente.

PedicuJo: estrutura 6ssea fina que une 0 corpo vertebral ao areo

6sseo. A superposir;ao dos pediculos forma um orificio denominado

forma intravertebral, atraves do qual saem da coluna vertebral os

nervos espinhais.

Fig. 1

Ressaltando, CASTRO (1985) refere que ° sacra e constituido pela

fusao de cinco vertebras e 0 c6ccix resulta da fusao de qualro vertebras,

caracterizando no total a superposir;ao de 33 assos que canstituem a caluna

vertebral QU a raquis.

Fig. 2

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v •••_.~ ••••·-· ••,-· •••••••'••••

Dois corpos vertebrais separados pelo disco invertebral constituem a

unidade funcional, a qual refere CAILlIET, e composta par dais segmentos:

a) Poryao anterior: tern a funyao de suportar 80% do peso e absorver

choque. Consta de dais corpos vertebra is e do disco intervertebral.

b) Porc;:ao posterior: tambem chamado de areo neural e consta dos

dais processos transversos, uma ap6fise espinhosa e dais pares de

articulary6es, uma inferior e Qutra superior, conhecidas como raeetas

articulares.

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Fig. 3

Duas vertebras de unidade funcional sao separadas par urn sistema

hidraulico denominado disco intervertebral. Ele atu8 para amortecer qualquer

equilibria au pressao, e permitir que a unidade funcional S9 movimente em

flexeo, em extenseo e flexeo lateral.

Os discos intervertebrais segundo KWOPLICA (1987) contribuem com

cerea de urn ten;o do comprimento da col una lam bar e na altura da paryao

posterior, conferindo-Ihe forma da curva lord6tica do segmento 10mbar.

o disco e composto par uma camada externa denominada de ~mulo au

annulus fibrose e par uma regiao interna ou central chamada de nucleo OU

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nucleo pulposo, refor<;aCAILLET (1987). 0 annulus e constituido por laminas

fibroclasticas arranjadas em formas diagonais e concemtricas, enquanto 0

nucleo pulposo e formada par urn hidrogel devido a presen98 de agua, que

varia conforme a idade da pessoa. 0 disco tern original mente suprimento

vascular, que desaparece na evoluy80, ternandO-s8 avascular, sendo sua

nutri9ao feita por embebi9ao da cartilagem hialina. Este nutriente pode tambem

sar transferido para a corpo vertebral, funcionando como uma valvula deste

sistema hidn3ulico.

Fig.4

A resistencia da coluna ao trauma e aumentada pelos ligamentos

vertebrais, que tem fun9ao restntiva. Os ligamentos estao ligados aos discos,

refofc;ando a sua elasticidade, e muito aderentes a estrutura da vertebra. 0

ligamento longitudinal posterior, conforme cita CAILLET (1987), que percorre

todo 0 comprimento da coluna, desde a regiao cervical ate 0 sacra, vai-se

estreitando ao nivel da vertebra L1 ate chegar ao sacra com a sua menor

largura. E possivel que 0 estreitamento contribua para 0 enfraquecimento do

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disco a esse nivel. 0 ligamento longitudinal anterior nao tem essa varia,ao de

largura, sendo uniforme em sua insen;ao. Ele e farmada par tres camadas de

fibras densas, todas correndo em dire~o longitudinal. As mais superficiais sao

as mais longas e S8 estendem par quatro a cinco vertebras. A camada media

vai par duas a tres vertebras e a interna de urna vertebra a Qutra, aderindo

intimamente ao disco e ao anel epifisario, S8 estende de urna vertebra a outra.

No areo posterior, os ligamentos sao: ligamenta amarelo, denso e

resistente; ligamentos interespinhoso e supraespinhoso (na ap6fise espinhosa);

na apofise transversa as ligamentos do mesmo nome e nas facetas articulares,

as ligamentos interapofisarios. No foramem de conjugar;;ao, 0 teta e farmada

pelo ligamento amarelo.

Fig. 5

Abertura entre as corpos vertebrais que permite a saida do nerve

espinhal e a entrada de vases sanguineas e rames nervosos que inervam as

estruturas da regiaa.

Os limites desse orificio de conjuga,ao, menciona KNOPLICH (1987),

variam da regiae cervical para as toracicas e lembar. Na regiao lombar existe,

no limite anterior, 0 ligamento longitudinal posterior e, na por,ao posterior, 0

ligamenta amarelo e as estruturas apofisarias.

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o tamanho e a forma eliptica do orificio permitem uma acomodac;ao das

estruturas, apesar de Larmon ter concluido serem as alterayoes patol6gicas

dos tecidos moles e 6sseos na regiao [ambar muito restritas. Na regiao [ambar

o orificio de conjugac;ao da Quarta 10mbar tem 12 a 10 mm no seu diametro

vertical e 7 mm no seu diametro transversa; e 0 quarto nerve espinhal [am bar

sozinho ja tern 0 dia.metro de 7 rnm. No orinda de conjugac;ao existem as

nervos, as arterias, veias e nervos que ali adentram e VaG suprir as elementos

construtivos da coluna, urn tecido conjuntivQ frouxo de sustentayao e a

preseny8 de ligamentos proprios do orifiCia, que sao os transforaminais e os

ligamentos amarelo e longitudinal posterior. 0 aumento de espessura destes

elementos pode comprimir a raiz, condiC;8o detectavel pelos meios usuais de

exame.

Fig. 6

Coo,.".'''." ••I'''' ••••••'''.'' ••••••3~·.·._._ •....-" ••••o•••.•••••••Io•••••••••>elo.

As articula90es dos corpos vertebrais sao sinfibrocondroses simples ou

anfiartroses tipicas. Cantudo as articula90es dos processos articulares entre si

sao junturas planas au diartroses artr6dias.

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19

Existem articulaiYOes classificadas como especiais, as quais fazem parte,

segundo KNOPLIGH (1983):

Articulayao pelvivertebral: na altura da Sa vertebra lambar, saem de

cada lado as ligamentos iliolombares.

Articulac;:ao sacroiliacas: e uma anfiartrose. Essa articulat;8o tern

ligamentos, as sacroiliacos, que aumentam sua estabilidade.

Articulac;:aococcigiana: semelhante a das Qutras vertebras, porem

com inumeros ligamentos.

Sinfise pubica: articulayao tipo anfiartrose, com inumeros

ligamentos.

Existem variat;oes muito grandes na origem das arterias dos diversos

segmentos da coluna, alem dessas arterias terem uma denominac;:ao variavel.

Pode-s9 dar como padrao a vascularizac;:ao da Sa vertebra lambar, cnde

KNOPLIGH (1983) menciona que verifica-se que as arterias vertebrais, uma

para cada lado, sao originarias da aorta. Gada uma dessas arterias carre pela

regiao dorsolateral do corpo vertebral, na altura do processa transversa, sa

divide em dais ramos: a) ramo lateral (intercostal au lombar) e b) ramo dorsal,

que carre para a arificia de canju9a9aa e permite a vasculariza98a da carpa

vertebral e de todos as constituintes da coluna e da medula do canal vertebral.

o disco intervertebral e vascularizada na vida fetal; na vida pas-natal ate

a idade de aita anos, existem pequenos vasos que suprem 0 disco atraves da

cartilagem hialina do corpa vertebral e sao originarios da vascularizaeyaa da

propria vertebra, porem ao fim do cresci menta osseo essas arterias sao

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completamente obstruidas. A nutri9ao do disco e leita por embebi9ao, na vida

adulta.

Tanto no plexo venoso externo a cal una vertebral como no interna,

dentro da cal una, seguem 0 esquema da distribuig80 arterial. 0 sistema venoso

interno e 0 mais importante pel a sua rela9ao de proximidade com os pediculos

e as invertebrais, permitindo a realizayao de venografia diagn6stica.

o sistema arterial-venoso da caluna tern intima relag80 com os

correspondentes sistemas da pelvis, sendo 0 caminho natural dos processos

metastaticos.

A caluna vertebral tern tres fungoes biomecanicas bern definidas:

1) E 0 eixo de suporte do corpo

2) Protege a medula e as raizes nervosas

3) E 0 eixo de movimentayao do corpo

As primeiras duas lun90es segundo KNOPLICH (1983) sao antagonicas

e conflitantes com a terceira. Esse conflite deve ser a razao da complexidade

da col una vertebral, enquanto os movimentos podem ser obtidos com urna

estrutura de multiplas articulac;.6escom varios graus de liberdade e eixos de

movimentayao, as duas primeiras func;oes,que sao mais estaveis, podem ser

obtidas por uma estrutura do segmento do movimento e todos os tecidos moles

circulantes. Pode-se definir que a func;ao de sustentac;ao e realizada pelos

elementos anteriores (corpo vertebral, disco, ligamentos longitudinais

anteriores e posteriores), enquanto que os elementos posteriores dos arcos

neurais sao responsaveis pela movimenta9ao. A prote9iio e desempenhada

tanto pel os elementos anteriores como pelos posteriores da col una vertebral.

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Altom dessas fun90es, podem-se identificar as seguintes: 1) a coluna

transfere 0 peso e 0 movimento de flexao da cabe9C)e do trance para a pelvis;

2) permite 0 suficiente movimento entre cabery8, troncD e pelvis.

As curvas fisiol6gicas permitem que a coluna aumente a sua flexibilidade

e capacidade de absorver as choques, enquanto mantem a tensaa e a

estabilidade adequada das articula¢es intervertebrais.

As a90es de certos grupos musculares das articula90es do tronco e das

articulagoes dos quadris sao tao estreitamente interligadas nos procedimentos

de prova e exercicios que a 8gaO de urn grupo nao pode ser definida sem

referencia 80 Dutro. Quando ha desequilibrio entre as museu los que deveriam

estar trabalhando juntos, as padroes normais de movimento sao deformados e

surgem erros nas provas enos exercfclos.

Os musculos do tronco, refere KENDALL (1983), constituem a metade

do peso da musculatura do corpo. No tronco estao incluidas todas as regi6es

da coluna com exce~ao da cervical, compreendida a musculatura da regiao

pelvica. A musculatura da reg;ao cervical e considerada anexa ao tronco.

Os musculos do tronco tem as seguintes pape;s a desempenhar:

a) executar sete movimentos: flex8o, extensao, inclina980 lateral para a dire ita,

inclinayao lateral para a esquerda, rota~80 para direita e esquerda e

circundayao;

b) b) manter a postura ereta antigravitacional, permanecendo varios musculos

em contrac;:aopermanente;

c) muitos musculos pequenos, que estao conectados entre as vertebras,

permitem manta-las unidas, dando suporte e estabilidade iI coluna. Os

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museu los da regiao abdominal e da regiao pelvica, S8 bern que naD

diretamente ligados a coluna, estao integrados na sua movimenta~o.

Os musculos, funcionalmente, pelo menDS em duas regi6es distintas:

1) cervical e 2) laraxicolombar.

A outra divisao funcional seria dividir os museu los em camadas:

1) camada superficial, mais continua;

2) camada intermediaria, descontinua com rnusculos menores;

3) camada rna is profunda, ligada diretamente com a coluna, que fica nurn vale

formado pelos processos espinhosos e coslelas (dorso), ou os processos

transversQS e a mastoide cervical;

4) camada dos museu los anteriores que estao localizados no abdomen, na

re91130 lambar, e esternoclidomast6ideo, escalenos e retos anteriores, na

regiao cervical.

RASCH e COL propoem uma divisao dos grupos musculares par

fun~oes:

1) Flexor lateral pure: quadrado lam bar.

2) Flexores da coluna, geralmenle anteriores. Sao os seguinles na lombar:

retoabdominal, obliquos externo e interne e psoas.

3) Extensores da coluna, sempre posteriores, divididos em camadas

superficial media e profunda: intertransversais, interespinhais, rota dares e

mullifido. Sao musculos de cada regiao e de liga~o de duas a qualro

vertebras. Na lombar temos semiespinhal, iliocestal, lange e espinhal.

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o psoas, musculo considerado fundamental para a equilibrio da posir;ao

erecta, pode ser inclufdo como flexor, mas em certBs circunstancias pode

funcionar como hipertextensor da caJuna lam bar.

Funcionalmente, pode-s8 simplificar mais ainda a musculatura,

dividindo-a em:

1. rnusculos extensores da caJuna, da camada profunda; tambem

produzem a flexao lateral e a rota9iio para 0 lado oposto e sao

musculos pequenos, como: intertransversais, interespinhais,

rotadores e 0 multifido, que atuam em conjunto, quer no rnovimento

de um segmento quer na coluna em geral.

2. Musculos extensores da coluna, da camada profunda, tambem

chamados eretores da caluna, e que sao respons8veis pela postura,

alem de pela extensao, flexao lateral e rota9ao para 0 mesmo lado.

Sao as seguintes: iliocostais toracico, cervical e lembar, tango da

cabeya, pescoc;o e t6rax e espinhal cervical e toracico.

Considerando as apofises espinhosas da cal una vertebral como centro,

os musculos da coluna, aos pares, se colocam na forma longitudinal, da

seguinte mane ira: 0 mais distal e 0 iliocostal, a seguir, em direcao a linha

mediana, vern 0 longo (Iongufssimo), 0 semi-espinhal e, 0 mais medial, 0

espinhal. 0 grande dorsal, musculo extenso, situado na metade inferior das

costas e com uma pequena por9iio recoberta pelo trapezio, fica, quase na sua

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totalidade, logo abaixo da pelo, tern sua a9iio ligada aos movimentos do ombro

e pelva.

Postura e urn termo geral que e definido como uma posi9iio ou atitude

do carpe, 0 arranjo relativo das partes corporais para urna atividade especifica,

au urna maneira caracteristica de urna pessoa sustentar 0 corpo.

o corpo pode assumir urna infinidade de postura que sao confortaveis

par longos periodos. Em muitas culturas, par exemplo, as pessoas nao S8

sentam em cadeira para descansar 0 carpe, mas ao contrario, usam urna

variedade de posturas sentadas no chao, tais como de pemas cruzadas,

sentadas de lade ou de c6coras. Normalmente, quando ocorre desconforto par

compressao articular, tensao ligamentar, contraC;80 muscular continua ou

oclusaa circulat6ria, urna nova postura e procurada.

E dificil prescrever urna postura normal, pais dUBS pessoas naG tern as

mesmas medidas em todas as dimens6es dos brac;os, pernas e troneo e

tambem varia,oes na distribui9iio e quantidade de tecido adiposo e sua

distribuiyao no volume muscular e em seu peso relativo e no peso dos 05505.

Para proporcionar uma postura balanceada, a linha da gravidade deve

passar pela base de sustenta,ao. 0 peso do corpo deve ser distribuido

igualmente entre as dais lados da base e tam bern entre as partes anterior e

posterior. Se isso nao ocorre, 0 indivfduo tem que se ajustar para manter um

equilibria, com a distensao consequente dos tecidos moles e musculos.

Uma boa postura deve ser aquela em que todas as atividades do corpo

possam ser realizadas com um minima de esfon;o e a partir da qual as

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sistemas do corpo (respirat6rio, circulat6rio, digestivD, etc) possam funcionar

normal mente.

As deformidades posturais provocam estresse nas posir;oes de

atividades diarias e ineficiencia nas mesmas.

A pessoa normal, em pe, vista de frente ou pelas costas, mantem a

coluna vertebral reta. 0 deslocamento lateral da col una esta dentro de certos

limites fisiol6gicos. 0 retorno a posigEiO e ditada pelo equilibrio muscular e

pelos centros do equilibrio.

Uma coluna vertebral vista de lado (perfil) mostra as chamadas

"curvaturas fisioI6gicas", que sao: lordose servical, sifose toracica, lordose

lambar, sifose sacra, que coincide com 0 grau de inclinac;ao da pelvis.

A quase totalidade das deformidades da coluna tern seu inicio na

infancia. Cabe fundamentalmente ao pediatra 0 diagnostico precoce dessas

deformidades e 0 encaminhamento a um servi90 especializado, ja que 0

tratamento precoce proporciona melhores resultados.

Podemos classificar em 4 tipos as alterac;6es posturais:

cifose ou dorso curvo

hiperlordose lam bar

atitude escoli6tica

escoliase

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Fig. 7

Cifose DU dorsa curvo

26

E 0 aumento da curvatura dorsal fisiol6gica, geralmente e compensada

par uma hiperlordose lombar e cervical. A cifose pode ser flexfvel au irredutivel.

Cifose flexivel - e quando sua corre9ao pode ser obtida imediatamente, par uma

simples esfon;:o voluntario. Nao ha deformayao 6ssea.

Cifose irredutivel - e a que OGorre no adulto e no sedentario, e a ausencia da

esfon;:o muscular nem pela mobiliza<;ao manual.

extensao dorsal acarretando limita<;oes em extensao. Esta cifose nao 5e corrige pel a

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Hiperlordose 10mbar

E a acentua9ao da curvatura 10mbar fisiol6gica. Ha 2 causas que podem

acarretar atitude de hiperlordose:

anteroversao (ghJteo saliente, eo ventre em colapso).

Antepulsao (tronco para tras, nadegas mais ou menos Uapagadas" e 0 ventre

projetado para diante, tenso).

A lordose e geralmente flexivel e corrigivel na posi9aO sentada.

Atitude escoliotica

As atitudes escolioticas estao relacionadas com os habitos posturais

defeituosos. Sao infinitas, mas as que sao encontradas com mais freqOencia sao:

total a esquerda

dorsal a direita

10mbar esquerda

A atitude escoliotica de origem postural e semelhante aos desvios antero

- posteriores, flexiveis da coluna vertebral, sem modifica9ao estrutural dos

elementos osseos.

E raro, mas os desvios laterais de origem postural evoluem para uma

escoliose verdadeira. Permanecem, corrig;veis, flexiveis e sem grande rota9ao.

As atitudes escoli6ticas sao ftexiveis e desaparecem na posi9aO de

decubito e na antiflexao. Desaparecem com facilidade atraves de uma reeduca9ao

postural.

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28

Escoliose

E 0 desvio lateral e rotat6rio no plano frontal e horizontal da coluna

vertebral, provocando uma modifica9a.o muscular, ligamentar do tecido conjuntivD,

dos discos intervertebrais e dos ossos, podendo ate comprometer a medula

espinhal, pulmoes, cora9aO e pelve.

As escolioses sao faceis de corrigir quando as desvios sao de pequena

intensidade, e em individuos jovens, em fase de crescimento.

Existe a escoliose total, dorsal, lam bar ou em "S".

Na escoliose existe a curva primaria e a curva secundaria, com que esta

e uma compensagao da 1a curva (prima ria) para manter 0 equilibria estatica e

dinamico.

E mais facil prevenir a escoliose do que corrigi-Ia.

Classificagao: Funcional

Estrutural

Funcional - e reversive1, diminui au desaparece atraves da a9ao da gravidade au

quando se remove a fator causal. Como par exemplo a postura errada

nas carteiras, a usa de malas muito pesadas levando a tronco a

inclina9aO lateral.

Estrutural - a escoliose estrutural tern muitas etiologias, mas as verdadeiros fatores

causais permanecem desconhecidos.

As curvaturas da coluna progridem em dire9ao lateral e sao,

geralmente, acompanhadas par deforma90es rotat6rias. A escoliose eprogressiva em crian9as que ainda estao em crescimento epifisario e

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29

progride pouco em curvas de menos de 40°, de pais de complete 0

fechamento epifisario.

Classifica,ao segundo KENDALL (1987)

BOA POSTURA MA POSTURA

PE ~ Na pasi,aa ereta, a area PE ~ Na pasi,aa ereta, a angula

longitudinal encontra~se em forma de longitudinal pode encontrar-se para

ab6boda. baixo, tambem dena min ado "pe chato au

Oescah;:o - pes divergem com sapatos de plano",

5alt08 - pes para leias. Pe pronado - peso no lado interno do p€!.

Quando anda - pes para leias (calcanhar, Pe supinado - peso no lado externo do

borda externa, antepe). pe.

Quando carre - pes para leios (peso, Marcha - pes divergentes (dez para as

antepe, antelhas). duas).

Pes convergentes (pes de pombo au de

papagaio).

Devem ser retos, ARTELHOS.... 0 halux 5e desvia noARTELHOS ~

acompanhar linha com pe e nao serem sentido da linha mediana do pe (halux

espremidos ou sobrepostos. valgo) - joanete (desvio aos sapatos

estreitos e fin~s na p~nta).

Devem ser PERNAS-JOELHOS ~ Jaelha valga,PERNAS-JOELHOS ~

retas, paralelas para frente. Joelhos de joelho vare, joelho hiper estendido, joelho

perfil sao retos e nao se encontram fletido. Patelas ligeiramente uma mais

fletidos para frente e nem "travados" para proxima da outra (femur medial). Patelas

tras. ligeiramente uma mais afastada da outra

(femur lateral).

QUADRIL ~ Em linha reta, na posi,ao QUADRIL ~ Inclina,ao pelvica lateral

ereta, os quadris estao horizontais e (um quadril encontra-se mais alto do que

simetricos, tanto visto de frente, tras ou 0 outre). Tambem em rela9ao a reta9ao

de perfil. (um esta mais a frente que 0 outro).

COLUNA VERTEBRAL Nao curva COLUNA VERTEBRAL Regiao

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30

pr6ximos. ton;cica (alados).

para 0 lado direito au esquerdo, mas 10m bar arqueia-se para frente, pelve

ocorre urn leve desvio para a esquerda inclina-se para frente. Regiao dorsal

nos individuos destres e para a direita apresenta curvatura para tras, na porvao

nos canhotos ( nao e anormal). Na regia.o superior (elrose). Regiao cervical

lombar a curvatura e anterior. Na parte apresenta curvatura para frente

superior do dorso e na parte mais inferior (hiperextensao) acompanhada de eifose

da coluna, regiao sacra, a curvatura e e na vista de perfil, a cabe9a S8 encontra

posterior. A curvatura sacra e fixa, e as projetada para frente (postura). Tambem

pede apresentar desvio lateral (escoliose)

num lado (curva em "C") enos 2 ladas

(curva em "S").

ABDOMEN- Em crian~as ate 10 anos ABDOMEN _ protuso

outras sao flexiveis.

o abdomen e um ponto saliente e no

adulto, 0 abdomen e plano.

TORAX ---+ Levemente para cima e para TORAX ---+ Deprimido (peito escavado).

frente, e as costas permanecem em um Elevado, produzindo arqueamento das

bom alinhamento. costelas.

MMSS (BRA<;OS) • Ficam ao lado do MMSS (BRA<;OS) - Rigido para a

corpo, de forma relaxada e com as frente, para tras ou afastados do corpo.

palmas das maos voltadas para 0 corpo. Palmas das maos para tras.

Cotovelos fletidos e antebra90 para

frente.

OMBROs--. Nivelados na horizontal e OMBROS. Um mais alto que a outro.

simetricos. Ambos elevados. Ambos caindo para a

frente.

ESCApULAS- Planas de encontro a ESCApULAS _ Est;;o separados,

caixa toracica e nao estao separados ou proeminentes, salientados na caixa

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31

CABECA -+ Ereta em posi9ao de CABECA -+ Mento se projeta para

bom equilibria. cima au para frente. Inclinada au

rodada para as lados.

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3. MATERIAlS E METODOS

A presente pesquisa teve como universo de estudo a Escola Integrac;ao

- Ensino Pre-Escolar e Ensino Fundamental, situada a Rua Barao do Rio

Branco, 346 - Centro, na cidade de Guarapuava/PR.

Foram observados e avaliados alunos da 1a serie do Ensine

Fundamental, com faixa etaria entre 6 e 7 anos, com a finalidade de detectar as

principais dificuldades encontradas em relac;ao ao ambiente ffsico da sala de

aula, como carteiras, distancia do quadro, disposi~o das carteiras, a maneira

como carregam suas mochilas, como sentam, comprometendo muitas vezes a

sua postura diariamente.

A partir de entao foi feita a avalia9aO postural individual, atraves de

fichas de avalia~o que segue em anexo, para verificar alterac;oes posturais ja

existentes.

Page 31: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

4. APRESENTA<;:AO DOS RESULTADOS

o principal objetivo deste trabalho foi detectar a importimcia da

prevenyao nas altera<;Oes posturais em crian~s em idade pre-escolar devido

ao aumento da incidencia destes comprometimentos em nossos consult6rios,

assim como orientar e conscientizar pais, educadores e as pr6prias crianyas

da necessidade de S8 ter urna boa postura.

Page 32: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

5. INTERPRETAC;:.c..ODOS DADOS

Das 20 crianc;asavaliadas, 10 eram do sexo masculino e 10 criang8sdo seXQ feminino.

GRAFICO 1

Quanta a pratica despartiva, 14 crian9as respanderam que sim, que

praticavam esporte, enquanto 6 responderam que nao.

GRAFIC02

masculino feminino

praticam esporte nao praticamesporte

Page 33: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Apesar de 11 crian<;as responderem que possuem computador em

casa, as mesmas nao costumam tiear mUlto tempo usanda 0 computador esim esporadicamente.

GRAFIC03

/[]11... 9/2[07possuem

compuladornao possuemcomputador

o fato que chamou bastante aten"ao foi em rela"ao a algia na regiao

da coluna; 8 crianyas relata ram ja terem sentido dores na col una mais de umavez.

GRAFIC04

Algia na col una 12

sim

Page 34: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Em relac;ao a altera90es posturais ja existentes, a escoliose aparece,

mesma que nao acentuada, em 8 casos; a cifose em 5 casas (as vezes esta

associada com a escoliose) e a hiperlordose aparece em 3 casas.

hiperlordose sem alteral;oesescoliose cifose

Page 35: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

CONCLUSAO

o desenvolvimento da crian9a naD depende apenas do seu crescimento

fisico, mas tambem da estimutac;:ao recebida, especial mente nos perfodos iniciais da

vida, como estimula<;ao de ordem cognitiva, afetiva, visual au motora.

Teda crianya segue 0 seu proprio ritme de evolucya.o, dentra dos padr6es

gerais do desenvolvimento normal.

Cabe aDs pais, educadores e pessoas ligadas a essas crian9as

proporcionar condic;:oes gerais, seja na saude, alimentac;:ao, educac;:ao e bern estar,

para que estas crianc;:as possam crescer e se desenvolver adquirindo conceitos e

metodos para 0 melhor desenvolvimento delas proprias.

Atualmente contamos com muitas informac;:6es, divulgac;:6es da maneira

correta de sentar-se, posicionar-se para manter a postura ideal, mas infelizmente

ainda e grande a porcentagem de pessoas, crian9as au nao que nao tem acesso a

essas informa90es, por condi90es alheias a nossa vontade.

A area de fisioterapia e muito recente a nfvel de Brasil, especial mente

quando se aborda a aspecto preventivo dentro de urn sistema de saude defasado e

que nao assiste a comunidade.

Salienta-se assim, a necessidade da divulga9ao da Fisioterapia

Preventiva, principalmente na area de educa9210, nas escolas particulares e

municipais de modo geral, para que cada vez mais diminua as altera90es graves

posturais em crianryas, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Page 36: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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KENDALL, Florence; KENDALL, Peterson; McCREZRY, Elizabeth. Musculos:

prova e funqoes. 3' ed. Sao Paulo: Manole, 1987.

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THOMPSON, Ann; SKINNER, Alison; PIERCY, Joan. Fisioterapia de Tidy. 12'"

ed. Sao Paulo: Santos, 1994.

Page 37: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

ANEXOS

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ORIENTA<;:OES POSTURAIS

Algumas oricntayoes posturais corrctas para serem seguidas

diariamente, contribuindo para evitar futuros problemas posturais

Page 39: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Ande a mais ereta passive!. Imagine quealguem esteja puxondo 0 seu eobelo para

eimo. Endireite a seu earpo.

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Procure nao carregar tanto materialdentro do mochila (nao ultrapassar 10%do peso corporal) e continue a andar

a mars ereta passive!.Mantenha as al<;as do mochila alinhadas.

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·..•.

Caso use mal eta, QU trocar a mal eta de mao detempos em tempos, para nao sobrecarregar urn dos lados.

Page 42: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Quando sentar na cadeira evite cruzaros membros \nfe.riores, mantenha as costasretas e procure aproximar-se 0 maximo

possiveJ da mesa, evitando dobrar 0 corposabre a mesa quando escrever.

Page 43: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Procure apoiar os pes no chao quando ssentar na cadeira. Caso naG consiga

apoia-Ios, colocar um apaio sob os pes (tijolo,caixa, almofada).

Page 44: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Quando levan tar objetos pesados, quandotiver que faze-lo, flexione os joelhos, ticando

de cocoras, traga 0 objeto proximo a seuabdomen, para depois levantar-se.

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Ao sentra-se na poltrona au sola (para aSslstirteevisao,jogar video-game, etc) encoste-se

conrpletamente na carle-ira e evite esparrarnaT-se.o qlle_parece confortavel pode seT 1I1l1ito

prejudicial a sua collma.

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Page 52: PICA NOS DESVIOS POSTURAIS EM CRIAN

Divida 0 peso em dois voilimes, limem cada mao, para equilibrar 0 esforyo.

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Ao andar de onibus (em pel mantenhao bral'D junto ao seu corpo para evitar

dares na col una.