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PORTUGUES WIKIPEDIA (LISBOA, FATIMA, BRASIL)

PORTUGUES WIKIPEDIA (LISBOA, FATIMA, BRASIL)

LisboaGCTE acapital[2], bem como amaioremais importantecidadedePortugal. Considerada umacidade global Alfa-[3], Lisboa tambm a capital doDistritoe darea Metropolitana de mesmo nome. ainda o principal centro da sub-regio estatstica daGrande Lisboa. Lisboa possua, em 2011, uma populao de547631habitantes[1]e uma rea metropolitana envolvente que ocupa cerca de2870km, abrigando quase 2,9 milhes de habitantes. A sua rea metropolitana concentra 27% da populao do pas. ARegio de Lisboa, que abrange doesturio do Tejoao norte daPennsula de Setbal, apresenta umPIB per capitasuperior mdia daUnio Europeia, que faz desta a regio a mais rica dePortugal, mas com a peculiaridade da sua economia se concentrar, sobretudo, em servios[4]. Oconcelhode Lisboa tem83,84kmde rea, e apresenta uma densidade demogrfica de6531,9hab./km.O concelho subdivide-se em 24 freguesias[nt 1]e faz fronteira a norte com os municpios deOdivelaseLoures, a oeste comOeiras, a noroeste com aAmadorae a sudeste com o esturio doTejo. Por este esturio, Lisboa une-se aos concelhos da Margem Sul:Almada,Seixal,Barreiro,Moita,MontijoeAlcochete.Os principais meios de transporte na cidade so oMetropolitano de Lisboae os autocarros daCarris. Porm, todos os dias entram em Lisboa cerca de meio milho de carros, provenientes dos concelhos perifricos.[5]Estes carros entram na cidade pelaCRIL, pelaCREL, aPonte 25 de Abril, aPonte Vasco da Gamae outros meios rodovirios importantes capital.Lisboa possui inmeras atraces tursticas. Abaixa pombalina,Belm,ChiadoouBairro Alto, so zonas onde afluem milhares de turistas e visitantes anualmente. Duas agncias europeias tm sede em Lisboa: oObservatrio Europeu da Droga e da Toxicodependnciae aAgncia Europeia de Segurana Martima, ambas com projectos de novas sedes beira rio. Considerada a "Capital do Mundo Lusfono", Lisboa abriga ainda a sede daComunidade dos Pases de Lngua Portuguesa.ndice[esconder]* 1Etimologia* 2Alfacinhas (gentlico popular)* 3Histriao 3.1O Neoltico e a fundaoo 3.2Os perodos grego e romano* 3.2.1A conquista romana e o ouro da Pennsula Ibricao 3.3A conquista muulmana* 3.3.1Uma noiva em sua alcova nupcial* 3.3.2Os aventureiros de Lisboao 3.4A Cruzada: Portugal conquista Lisboao 3.5Era das Navegaes e o ouro da frica, da sia e do Brasilo 3.6Terramoto de 1755 e a Lisboa Pombalinao 3.7Sculo XX* 4Geografiao 4.1Localizao geogrfica* 4.1.1Relevo* 4.1.2Geologiao 4.2Subdiviseso 4.3Clima* 4.3.1Ambiente* 5Demografia* 6Polticao 6.1Administrao municipalo 6.2Condecoraeso 6.3Geminaes* 7Economia* 8Infra-estruturaso 8.1Educao* 8.1.1Escolas* 8.1.2Ensino Superior* 8.1.2.1Bibliotecaso 8.2Sadeo 8.3Transportes* 8.3.1Pontes* 8.3.2Aeroporto de Lisboa* 8.3.3Porto de Lisboa e transportes fluviais* 8.3.4Metropolitano e comboio* 8.3.5Elctricos e elevadores* 8.3.6Transportes rodovirios* 8.3.7Percursos ciclveiso 8.4Desportoo 8.5Centros comerciais* 9Culturao 9.1Eventoso 9.2Teatroo 9.3Gastronomiao 9.4Outros eventoso 9.5Espaos pblicos e museus* 9.5.1Parques e jardins* 9.5.2Igrejas* 9.5.3Salas de espectculoso 9.6Bairros histricos e monumentos* 9.6.1Baixa e Chiado* 9.6.2Alfama* 9.6.3Bairro Alto* 9.6.4Belm* 9.6.5Estrela* 9.6.6Parque das Naes* 9.6.7Outros pontos de interesse* 10Vistas Panormicas* 11Ver tambm* 12Notas* 13Referncias* 14Bibliografia* 15Ligaes externasEtimologiaSegundo uma teoria de Bochart, o nome Olisipo, designao pr-romana de "Lisboa", remontaria aosFencios.[6]Segundo esta teoria, Olisipo derivaria de "Allis Ubbo" ou "Porto seguro" em fencio,[6]dado o magnfico porto fornecido pelo esturio do Tejo.[7]No entanto, no existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria. Segundo Tovar, Olisipo seria uma palavra de origem tartessa sendo o sufixoipofrequente na regio de influncia Turdetano-Tartessica.[8]O prefixo "Oli(s)" no seria nico pois surge numa outra cidade Lusitana, de localizao desconhecida, que Pomponius Mela dizia chamar-se Olitingi.[9]Etimologia mticaOs autores daAntiguidadeexplicavam atravs de uma lenda mtica a origem da fundao de Olisipo que atribuam aoheri gregoUlisses.[10]Solinus,[11]provavelmente baseando-se na lenda contada porEstrabo[12]de queUlissesteria fundado uma cidade na pennsula Ibrica, em local incerto, chamada Odysseia, atribui a fundao de Olisipo a Ulisses."Ibi oppidum Olisipone Ulixi conditum: ibi Tagus flumen."Posteriormente, o nome latino teria sido corrompido para "Olissipona".[13]Ptolomeuchamou a cidade de "Oliosipon".Osvisigodoschamaram-na "Ulishbona"[carecede fontes]e osmouros, que tomaram a cidade no ano714, nomearam-na, emrabe, ????????? (al-Lixbn) ou ?????? (al-Ushbuna).[6]Alfacinhas (gentlico popular)Popularmente, os naturais ou habitantes de Lisboa so chamados alfacinhas. A origem do termo desconhecida, mas h quem explique que nas colinas de Lisboa primitiva verdejavam j as "plantas hortenses utilizadas na culinria, na perfumaria e na medicina" que do pelo nome de alfaces, ealfaceque vem dorabe, poder indicar que o cultivo da planta comeou aquando da ocupao da Pennsula pelosmuulmanos. H tambm quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa habituaram-se a tomaralfacinhapor lisboeta.[14]HistriaVer artigo principal:Histria de LisboaO Neoltico e a fundao

Castelo de So Jorge.Durante oNeoltico, a regio foi habitada por vrios povosIberos[15][fonte fivel?]que tambm viveram em outras regies daEuropa atlnticaneste perodo. Estes construram vriosmonumentos megalticos[16]e ainda possvel encontrar algunsdlmens[17]emenires[18]nos campos em redor da cidade.O magnfico porto fornecido peloesturiodorio Tejotransformou a cidade na soluo ideal para fornecer alimentos aos navios destinados sIlhas do Estanho(actuaisIlhas Scilly) eCornualha.Opovoceltainvadiu a regio noprimeiro milnio a.C.[19][20]e atravs de casamentos tribais com ospovos ibricos pr-romanosaumentaram o nmero de falantes dalngua celtana regio.O povoado pr-romano de Olisipo, teve origem nos sculosVIII-VII a.C., assentava no morro e na encosta do Castelo. A Olisipo pr-romana foi o maior povoado orientalizante da regio de Portugal. Estima-se que a populao rondasse entre os2500e os5000habitantes.[21]Olisipo seria um local de aportagem para o trfego martimo e comrcio com os fencios.[22]Achadosarqueolgicossugerem que j havia trocas comerciais com osFenciosna regio em1200 a.C.,[15]levando alguns historiadores teoria de que fencios teriam habitado o que hoje o centro da actual cidade, na parte sul da colina docastelo.[carecede fontes]Alm de poderem viajar para o norte, os fencios tambm aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio dapennsula Ibricapara fazerem comrcio de metais preciosos com as tribos locais.[carecede fontes]Outros importantes produtos da regio comercializados foram osal, os peixes salgados e oscavalos puros sangue lusitano, que eram j bastante renomados na antiguidade.[23]

Vestgios de construesfenciasdescobertos sob aS de Lisboa.Recentemente,[quando?]vestgios fencios dosculo VIII a.C.foram encontrados sob aS de Lisboa. No entanto, alguns dos historiadores modernos[24]consideram que a ideia da fundao fencia irreal, e acreditam que Lisboa era uma antiga civilizao autctone (chamada pelos romanos deoppidum) e que, no mximo, mantinha relaes comerciais com os fencios, o que explicaria a presena de cermicas fencias e outros objectos.Umalendapopular e romntica conta que a cidade de Lisboa teria sido fundada peloheri gregoOdisseu(Ulisses),[carecede fontes]e que tal comoRomao seu povoado original era rodeado porsete colinas. Derivado, os gregos chamam cidade deOlissipo, proveniente do nome do heri.[carecede fontes]Se todas as viagens de Ulisses atravs do Atlntico se deram da forma descrita porThophile Cailleux,[25]isso poderia significar ento que Ulisses fundou a cidade vindo do norte, antes de tentar dar a volta ao Cabo Malea, (que Cailleux diz ser oCabo de So Vicente), no sentido de sudeste, em direco ataca. No entanto, a presena dos fencios, mesmo ocasional, anterior presenahelnicana rea. Posteriormente, o nome grego teria sido corrompido emlatimparaOlissipona.[13]Alguns dosdeuses pr-romanossoAracus,Cariocecus,BanduaeTrebaruna.[26]Os perodos grego e romanoVer artigo principal:Olisipo

Olissipo situava-se na provncia romana daLusitnia.Osgregos antigostiveram provavelmente na foz dorio Tejoum posto de comrcio durante algum tempo,[carecede fontes]mas os conflitos que grassavam por todo o mediterrneo levaram sem dvida ao seu abandono, devido sobretudo ao poderio deCartagona regio nessa poca.A degenerao do Imprio romano, e afeudalizaoda sociedade romana levaram s primeiras invases dos povosgermanos,hunosentre outros. As iniciativas que inicialmente foram tomadas como colonizaes das terras desertificadas pelas terrveisepidemiasque mataram grande parte da populao da poca (provavelmenteSarampoeVarola), transformaram-se depressa em expedies militares com objectivos de saque e conquista.A conquista romana e o ouro da Pennsula IbricaAps a conquista a Cartago do oriente peninsular, osromanosiniciam asguerras de pacificao do ocidente. Cerca de139/138 a.C.os romanos conquistaram Olisipo, durante a campanha de Decimus Junius Brutus que reforou as muralhas da cidade para se defender das tribos hostis, sendo esta mais tarde absorvida noimprioe recompensada com a atribuio decidadania romana, um privilgio rarssimo j naquela poca para povos no romanos.[carecede fontes]Felicitas Julia, como a cidade viria a ser conhecida, beneficia do estatuto demunicipium, juntamente com os territrios em redor, at uma distncia de 50 quilmetros, no pagando impostos aRoma, ao contrrio de quase todos os outroscastrose povoadosautctonesconquistados. Foi includa com larga autonomia naprovnciadaLusitnia, cuja capital eraEmeritas Augusta, a actualMrida(naEstremadura espanhola). A Olisipo romana era uma cidade disposta em anfiteatro entre a colina do Castelo Terreiro do Trigo, oCampo das Cebolas, a antiga ribeira Velha at cerca daRua Augusta.[desambiguao necessria][27]No tempo dos romanos a cidade era famosa pelogarum, um molho de luxo feito base de peixe, exportado emnforaspara Roma e todo o imprio, assim comovinho,salecavalosda regio.Ptolomeuchamou a cidade de Oliosipon. Para alm explorao das minas de ouro e prata uma grande receita dos romanos provinha dos tributos, impostos, resgates e saques que incluam objectos deouroepratados tesouros pblicos dos povos da Lusitnia e resto da pennsula.[28][29][30][31]No fim do domnio romano Olissipo seria um dos primeiros ncleos a acolher ocristianismo. O primeirobispo da cidadefoiSo Gens. Sofreuinvases brbarasdosalanos,vndalose depois fez parte doreino dos suevos, antes de ser tomada pelosvisigodosdeToledo, que a chamaram de Ulishbona.[32]A conquista muulmana

Afonso Henriques.Aps trs sculos de saques, pilhagens e perda de dinmica comercial, Ulishbuna seria pouco mais que uma vila no incio dosculo VII. nesta altura que, aproveitando uma guerra civil doReino Hispnico Visigtico, que os rabes liderados porTariqinvadem a Pennsula Ibricacom as suas tropasmouriscas, em711. Olishbuna foi conquistada pelas tropas deAbdelaziz ibn Musa, um dos filhos de Tariq, assim como o resto do Ocidente.Lisboa foi ento tomada no ano714pelosmourosprovenientes donorte de frica. Emrabechamavam-lheal-LixbnAluxbuna, mas segundo Alhimian, o seu antigo nome era Cudia (Kudia ou Kudiya).[33]Construiu-se neste perodo a cerca moura.Lisboa pertenceu primeira taifa de Badajoz no ano 1013, criada peloeslavoliberto Sabur Al-Amiri(1013-1022),umsaqaliba, antigo subdito deAl-Hakhem II.[34][35]Enquanto se fragmentavam asTaifasislmicas do Sul, no Norte sucedia oCondado PortucalensedoReino de Leo, j em plenaReconquistadaPennsula Ibrica. Apesar de baseado emGuimares, a fora econmica que permitia a autonomia do Condado Portucalense estava na cidade doPorto(Portucaleou porto da cidade de Cale, a actualGaia). interessante pensar como foi o novo Reino, centrado no dinamismo comercial da jovem cidade de mercadores do Porto, que usufrua de uma posio e importncia semelhantes na foz do segundo maior rio da Pennsula Ibrica, orio Douro, como Lisboa norio Tejo, que acabaria por conquistar essa venervel cidade.Uma noiva em sua alcova nupcialO gegrafo rabeEdrisiescreveu que em Lisboa "o mar lana palhetas de ouro sobre a praia" e que no inverno " os habitantes da cidade vo junto do rio procura deste metal e se dedicam a isso enquanto dura a estao rigorosa". Almunime Al-Himiar descreve Lisboa em mais pormenor:" uma cidade edificada beira-mar, cujas vagas se vm quebrar contra as muralhas, admirveis e de boa construo. A parte ocidental da cidade encimada por arcos sobrepostos que assentam em colunas de mrmore, por sua vez apoiadas em envasamentos de mrmore. A cidade , por sua natureza, muito bela."[36]O gegrafo Yqt al-Hamw revela mais sobre as suas riquezas:" uma cidade antiga, prxima do mar e situada a oeste de Crdova. Nas suas montanhas h bons falces e produz o melhor mel de todo o al-Andalus, que se conhece como al-ladharn; parece-se com o acar, conservando-se embrulhado em pano, para que no se suje. A cidade est junto ao rio Tejo e perto do mar. No seu solo h jazidas de ouro puro e nas suas costas encontra-se um mbar excelente."[37]Ibne Sade, nosculo XIII, disse que Lisboa, ao referir-se sua beleza, "era uma noiva em sua alcova nupcial."Os aventureiros de LisboaEdrisi conta que havia em Lisboa uma rua dedicada a uns "aventureiros" , em homenagem a oito lisboetas que tinham, segundo contavam os habitantes, partido numa expedio martima para explorar o oceano. Na verso de Al-Wardi havia um bairro com o nome dos "aventureiros".[38][39]"Foi de Lisboa que partiram os Aventureiros, aquando da sua expedio tendo como objecto de saber o que continha o Oceano e quais eram os seus limites, como j foi dito. Existe ainda em Lisboa, perto dos banhos quentes, uma rua que se chama Rua dos Aventureiros."A Cruzada: Portugal conquista Lisboa

A rendio muulmana aps o cerco de Lisboa porD. Afonso Henriques.Famosa e opulenta, a cidade daria ao reino bastante prestgio. A primeira tentativa de Afonso de conquistar al-Ushbuna deu-se em1137e fracassou frente smuralhas da cidade. Em1140aproveita oscruzadosque passavam porPortugalpara novo ataque que novamente falha.S sete anos depois os cristos areconquistariamgraas ao primeirorei de Portugal,Dom Afonso Henriques, e ao seu exrcito decruzados, em 1147. O primeiro rei portugus concedeu-lheforalem1179. A cidade tornou-se capital do reino em1255devido sua localizao estratgica. A seguir reconquistafoi instituda adiocese de Lisboaque, nosculo XIV, seria elevada a metrpole (arquidiocese).[32]Nos ltimos sculos daIdade Mdiaa cidade expandiu-se e tornou-se um importanteportocom comrcio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras doMar Mediterrneo. Em1290o reiDom Dinismandou estabelecer a primeirauniversidadede Portugal em Lisboa (que foi transferida paraCoimbraem 1308), a cidade ento j dispunha de grandes edifcios religiosos e conventuais.Dom Fernando I, "o Formoso", construiu a famosaMuralha Fernandina, j que a cidade crescia rapidamente para fora do permetro inicial. Comeando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros daburguesia, a maior parte dodinheiroutilizado veio desta ltima. Esta estratgia mostrou-se conveniente, j que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.O novo captulo da histria de Lisboa nasce com a grande revoluo daCrise de 1383-85. Aps a morte de Fernando de Portugal, o Reino deveria passar a ter como soberano nominal oRei de Castela,Joo I de Castela, e ser regido efectivamente porLeonor Teles de Menezes, mas o rei castelhano quis ser soberano efectivo ou, como se costuma dizer, rei e senhor, tendo conseguido persuadir a sogra e rainha regente a renunciar ao governo e ceder-lho. Isto, sem o consentimento das Cortes, constitua uma usurpao do poder e fez rebentar a guerra. Depois de cerca de ano e meio de luta, os burgueses da cidade, com as suas ligaes inglesas e capitais avultados, so uns dos vencedores da guerra: o Mestre de Avis aclamadoJoo I de Portugal, depois de vencer ocerco de Lisboa de 1384, e antes que se desse aBatalha de Aljubarrota, ganha sob a liderana deNun'lvares Pereiraem 1385 contra as foras castelhanas reforadas por franceses e pelos fidalgos portugueses que prestaram vassalagem a Joo I de Castela. Em 1385 Lisboa substitui Coimbra como capital do reino.[40]Era das Navegaes e o ouro da frica, da sia e do BrasilEste artigo ou seo possui trechos que no respeitam oprincpio da imparcialidade.Justifique o uso dessa marca na pgina dediscussoe tente torn-la mais imparcial.

Lisboa em 1500-1510

Lisboa em 1530

Lisboa por volta de 1540-50

Lisboa 1572

Vista de Lisboa, com Terreiro do Pao em primeiro plano, no ano de 1575

ATorre de Belm, um dos monumentos mais famosos dePortugal.

Monumento aos Descobrimentos.Portugal fica na vanguarda dos pases contemporneos ao ser o primeiro a transformar a pesquisa tecnolgica e cientfica em poltica de Estado, e com a poltica de portas abertas a especialistas aragoneses, catales, italianos e alemes, com objectivo aumentar e enriquecer os conhecimentos nuticos dos oficiais e marujos. Mais tarde estes conhecimentos foram incrementados com os conhecimentos prticos dos pilotos orientais.[41][42][43][44]Vrias expedies se empreenderam com tripulaes portuguesas que integravam alguns expatriados de outros reinos nas quais foram descobertos os arquiplagos dosAores,MadeiraeCanrias. Alguns afirmam que tero mesmo chegado aoBrasil. Estas ilhas permitem o estabelecimento de novas cidades-portos, teis para a explorao de novos mercados. De Lisboa partiram numerosas expedies na poca dosdescobrimentos(sculos XV a XVII), como a deVasco da Gamaem1497-1498, reforando tambm com este feito, a condio de grande porto e centro mercantil naEuropavida por ouro e especiarias.[45]Na poca da expanso as casas de Lisboa tinham de trs a cinco andares, sendo no primeiro uma loja e nos ltimos as instalaes dos comerciantes. Nesta poca Lisboa toma o lugar dos genoveses no comrcio de escravos,[46](que eram de frica, da Pennsula Ibrica[47]e resto da Europa[48]). Tornou-se um porto em que circulavam escravos que depois eram vendidos para diversos pontos da Europa.[49][50]Lisboa era muito frequentada por uma grande quantidade de comerciantes estrangeiros.[32]Aps terminarem as guerras e conflitos entre os conservadores e liberais, Lisboa, tendo perdido oouroemonopliodos produtos doBrasil(um "monoplio" e ouro do qual s uma pequena parte chegava aos cofres reais de Portugal devido ao contrabando e pirataria)[51][52], a fonte muita da sua riqueza desde o fim dosculo XVIencontrava-se numa situao econmica difcil. No Norte da Europa, as naes iniciavam a industrializao, e enriqueciam com o comrcio dasAmricas(a Inglaterra viria a dominar o comrcio brasileiro) e dasia. em Lisboa que se d a principal revolta que causou aRestaurao da Independncia, em 1640.[32]Os problemas para o comrcio na cidade aumentam quando osCatales, um povo mercador como o de Lisboa, tambm oprimidos pelas taxas castelhanas, se revoltam em 1636. a Portugal que Madrid vem exigir os homens e os fundos para derrotar os catales, numa tentativa de usar os de Portugal contra os da Catalunha.

Terreiro do Pao em 1650, junto arcaria vem-se soldados portugueses a praticar tiro pois estava-se ento em plenaGuerra da Restaurao. ento que os mercadores da cidade se aliam pequena e mdia nobreza. Tentam convencer oDuque de Bragana, Dom Joo, a aceitar o trono, mas este, como o resto alta Nobreza, beneficiado por Madrid e s o prospecto de se tornar Rei o convence finalmente. Os conspiradores assaltam o Palcio do Governador, aclamando o novo ReiD. Joo IV, com o apoio inicialmente do CardealRichelieudeFrana, e depois avelha alianaretomada com aInglaterra(tudo isto ficou conhecido com aRestaurao da Independncia, em 1640).

Lisboa em 1619 aquando do desembarque do rei Filipe II de Portugal

Panormica de Lisboa em 1669

Lisboa 1730A Lisboa ps-Restaurao uma cidade cada vez mais dominada pelas ordens religiosas Catlicas. Mais de 40 conventos so fundados na cidade em adio aos 30 j existentes, e os religiosos ociosos cuja sustentao assegurada pelas esmolas e expropriaes contam-se aos muitos milhares, constituindo mais de 5% da populao da cidade. O clima poltico cada vez mais conservador e autoritrio e a Inquisio, depois de destruda a classe mercadora, concentra-se no controlo das mentalidades, vigiando as ideias e a criatividade, que suprime em nome da pureza da Religio. Os segundos e terceiros filhos, que no recebem a herana do pai, e que antes se dedicavam ao comrcio e s empresas alm-mar, agora simplesmente se refugiam nas ordens religiosas e vivem conta de outrem, a maioria das vezes de forma apenas superficialmente religiosa.

Terramoto de Lisboa, 1 de Novembro de 1755.No incio dosculo XVIII, no reinado deDom Joo V, a cidade foi dotada de uma grandeobra pblica, extraordinria para a poca: oAqueduto das guas Livres.Terramoto de 1755 e a Lisboa Pombalina

Pao da Ribeira em 1740, viria a ser destrudo no Terramoto de 1755A cidade foi quase na totalidade destruda em1 de Novembrode1755por umgrande terramoto, e reconstruda segundo os planos traados peloMarqus de Pombal(Sebastio Jos de Carvalho e Melo),Ministro da GuerraeNegcios Estrangeirose oriundo da Baixa Nobreza, reagindo celeremente s runas doterramoto, ter dito que era necessrioenterrar os mortos, cuidar dos vivos e reconstruir a cidade. Uma ideia que vai desenvolver de seguida ao nvel da economia e sociedade. A parte central da reconstruo de Lisboa designar-se- porBaixa Pombalina). A quadrcula adoptada nos planos de reconstruo permite desenhar as praas doRossioeTerreiro do Pao, esta com uma belssimaarcadae aberta aorio Tejo.[32]Ainda nosculo XVIIIe a instncias deD. Joo V, o Papa concedeu ao arcebispo da cidade o ttulo honorfico de Patriarca e a nomeao automtica como Cardeal (da o ttulo de "Cardeal Patriarca de Lisboa").Nos primeiros anos dosculo XIXPortugal foiinvadidopelas tropas deNapoleo Bonaparte, obrigando o reiDom Joo VIa retirar-se temporariamente para oBrasil. A cidade ressentiu-se e muitos bens foram saqueados pelos invasores. A cidade viveu intensamente aslutas liberaise iniciou-se uma poca de florescimento doscafseteatros. Mais tarde, em1879, foi aberta aAvenida da Liberdadeque iniciou a expanso citadina para alm daBaixa.O centro cultural e comercial da cidade passou para oChiado, durante osculo XIX(cerca de 1880. Com as velhas ruas da Baixa j ocupadas, os donos de novaslojase clubes estabelecem-se na colina anexa, que rapidamente se transforma. Aqui so fundados os Clubes, como oGrmio Literriofamoso das histrias deEa de Queirz, e frequentado porAlmeida Garrett,Ramalho Ortigo,Guerra Junqueiro,Oliveira MartinseAlexandre Herculano. Estabelecem-se ainda lojas de roupas das modas de Paris e outros produtos deluxo, grandes armazns no estilo doHarrodsdeLondresou das Galerias Lafayette deParise novos cafs de Luso-Italianos, comoO Tavarese oCaf do Chiado.[32]Sculo XX

Monumento Revoluo do 25 de Abril(Revoluo dos Cravos).Culturalmente, este o perodo em que astouradase ofadose transformam em verdadeiros entretenimentos populares regulares. A eles se junta o teatro popular outeatro de revista(inventado em Paris) que, com as velhas e eruditas comdias e dramas, disputa os novos teatros da capital. Um entretenimento tipicamente portugus deste tempo aOratria, em que actores corrompem a velha arte doPadre Antnio Vieiraem argumentos cantados, floridos e quase sempre superficiais com que disputam prmios. Surgem ainda os primeiros grandes jardins pblicos, imitando oHyde Parkde Londres e os jardins das cidades alems: o primeiro oJardim da Estrela, onde passeiam os burgueses aos fins-de-semana.Alarmadas as elites impem a ditadura em 1907 comJoo Franco, mas tarde de mais. Em1908a famlia real sofre um atentado (noTerreiro do Pao) em que morrem o Rei DomCarlos de Portugale o Prncipe herdeiro, numa aco provavelmente executada pelos anarquistas (que neste perodo atacam figuras pblicas em toda a Europa). Em1909os operrios de Lisboa organizam extensasgreves. Em1910, em Lisboa, d-se finalmente arevolta. A populao da cidade forma barricadas nas ruas e so distribudas armas. Os exrcitos ordenados a reprimir a revoluo so desmembrados pelas deseres. O resto do pas obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, catlico e conservador. proclamada aPrimeira Repblica.Em 1912 os monrquicos aproveitam o descontentamento com as leis liberais dos republicanos no norte do pas, e a tentam ogolpe de estado, que falha. Em1916Portugal entra do lado aliado naPrimeira Guerra Mundial, enviando homens e recursos muito considerveis num perodo de crise, e a situao econmica e poltica fica cada vez mais tensa, havendo mesmo episdios de fome.O fim da I Repblica ocorre em 1926, quando a direita conservadora antidemocrtica (ainda em plenosculo XXlargamente liderada pelos descendentes da antiga Nobreza do norte de Portugal e pelaIgreja Catlica) toma finalmente o poder aps mais duas tentativas em1925, alegadamente de forma a por fim anarquia que ela prpria tinha largamente criado. Inicialmente militar, liderado pelo GeneralGomes da Costa, o novo governo rapidamente adopta uma ideologia fascista sob a liderana deSalazar.[32]O regime de Salazar eMarcello Caetanoseria derrubado pelaRevoluo dos Cravosnum golpe de estado realizado em Lisboa a 25 de Abril de 1974.[32]Desde esta data, aps um perodo conturbado at 1975, Lisboa e o pas tm sido governados por um regime democrtico. O actual Presidente da Cmara de Lisboa (C.M.L), Antnio Costa, doPartido Socialista(PS).Dez anos mais tarde, em 1985, d-se a Assinatura do Tratado de Adeso Comunidade Econmica Europeia, noMosteiro dos Jernimos, em Lisboa, por parte do Presidente da Repblica,Mrio Soares.[53]Em 1988, deu-se o GrandeIncndio do Chiado, que destruiu uma boa parte do patrimnio Lisboeta, assim como a principal zona de comrcio de Lisboa, que ainda hoje est a ser reconstruda.[53]Lisboa continua a desenvolver-se ao ritmo das mais altas cidades/capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas (e construindo novas), melhorando o sistema de segurana, sade, etc. Em 1994, foi a Capital da Cultura, em 1998, inaugurou a sua segunda ponte, que por sinal, era na altura a mais longa de toda aEuropa, e a quarta maior do mundo, aPonte Vasco da Gama(a primeira ponte, foi aPonte 25 de Abril, inaugurada em 1966), nesse mesmo ano (1998), organizou aExposio Mundial de 1998, com o temaOceanos.GeografiaLocalizao geogrficaLocalizada na margem direita dorio Tejo, junto foz, a 3842' N e a 900' W, com altitude mxima naSerra de Monsanto(226 metros de altitude), Lisboa a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa doOceano Atlntico.[54]Os limites da cidade, ao contrrio do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do permetro histrico. Isto levou criao de vrias cidades ao redor de Lisboa, comoLoures,Odivelas,AmadoraeOeiras, que so de facto parte do permetro metropolitano de Lisboa.O centro histrico da cidade composto por sete colinas, sendo algumas das ruas demasiado estreitas para permitir a passagem de veculos. A cidade serve-se de trs funiculares e um elevador (Elevador de Santa Justa). A parte ocidental da cidade ocupada peloParque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques urbanos da Europa, com uma rea de quase 10km.Lisboa tem ganho terreno ao rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir dosculo XIX. Esses aterros permitiram a criao de avenidas, a implantao de linhas de caminho-de-ferro e a construo de instalaes porturias e mesmo de novas urbanizaes como oParque das Naese equipamentos como oCentro Cultural de Belm.

ClimaEvoluo Climtica de Lisboa[Expandir]Lisboa uma das capitais mais amenas da Europa, com umclima mediterrnico(Csasegundo aclassificao climtica de Kppen)[56][57]fortemente influenciado pelaCorrente do Golfo. APrimavera fresca a quente (de 8C a 26C) com sol e alguns aguaceiros. OVero, em geral, quente e seco e temperaturas entre 16C a 35C. OOutono ameno e instvel, com temperaturas entre 12C e 27C e oInverno tipicamente chuvoso e fresco, tambm com algum sol (temperaturas entre 3C e 17C). A temperatura mais baixa registada foi de -2,2C e a mais elevada foi de 43C.[58][59]A temperatura da gua do mar varia entre os 15C e 16C em Fevereiro e entre os 20C e 21C em Agosto e Setembro, sendo que a mdia anual de 17.5C. Nas tardes de Vero o vento tende a soprar moderado (por vezes forte) de noroeste.Ambiente

Parque florestal de Monsanto.Lisboa uma cidade repleta de espaos verdes, de variadas dimenses. Foi nesta cidade que surgiu o primeiro jardim botnico portugus:Jardim Botnico da Ajuda. Alguns dos jardins da cidade esto em processo de recuperao, no intuito da criao de um corredor verde na cidade. Em temos de qualidade do ar, apresenta elevados nveis depoluio atmosfrica, com elevados nveis de exposio da populao a partculas inalveis (PM10), o que provoca em mdia uma diminuio da longevidade dos residentes em seis meses.[60]A poluio atmosfrica mais acentuada em torno das principais vias rodovirias, em virtude da utilizao excessiva de trfego automvel, que por sua vez causada por uma poltica de mobilidade urbana pouco eficiente e raramente articulada, um pouco como se verifica na maioria das grandes cidades mundiais.DemografiaPopulao de Lisboa[Expandir]Evoluo da Populao de Lisboa[Expandir]Apopulaode Lisboa, caracterizada por vrios altos e baixos ao longo da sua histria. Actualmente, a populao de Lisboa est em queda.[61]J area metropolitana de Lisboaest em crescimento populacional, em decorrncia da migrao dos habitantes da cidade para as cidades vizinhas.[62]Na actual estruturademogrficade Lisboa , asmulheresrepresentam mais de metade da populao (54%) e oshomens46%.[63]A cidade apresenta umaestrutura etria[desambiguao necessria]envelhecida, com 23% de idosos (65 anos ou mais),[64]quando a mdia portuguesa de 16%.[65]Entre os mais novos, 13% da populao tem menos de 15 anos, 9% est entre os 15 e os 24 anos e 53% dos 25 aos 64 anos de idade.[

Economia

Porto de Lisboae docas deAlcntara.Lisboa oprincipal e mais desenvolvido centro financeiro de Portugal, e um dos mais importantes daEuropa[carecede fontes]. Como a cidade mais rica do pas, o Porto de Lisboa o porto mais activo da Costa Atlntica Europeia[carecede fontes]. Por outro lado, a cidade tem vrios portos desportivos, como em Belm, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcntara e Olivais. A maioria das sedes dasmultinacionaisexistentes no pas est situada em Lisboa e ainda a 6 cidade a nvel mundial que mais recebe congressos internacionais.[86]Area Metropolitana de Lisboa altamente industrializada, especialmente na zona sul dorio Tejo. As indstrias principais consistem em refinarias depetrleo, indstrias txteis,estaleiros,siderurgiaepesca. por essas razes considerada o segundo centro financeiro e econmico mais importante na Pennsula Ibrica, apenas atrs deMadrid, capitalespanhola[carecede fontes].Infra-estruturasLisboa prepara-se para receber inmeros investimentos, incluindo a construo de um novo aeroporto, uma nova ponte, uma expanso em 30km do metropolitano, a construo de um mega-hospital (ou hospital central), a criao de duas linhas deTGVque a uniro aMadrid,Porto,Vigoe restante Europa, a restaurao da parte principal da cidade (entre a Rotunda do Marqus de Pombal e o Terreiro do Pao), a criao em grande escala de ciclovias, assim como a modernizao e renovao de vrias infra-estruturas j existentes na cidade.[32]

EscolasVer pgina anexa:Escolas no Concelho de LisboaA cidade de Lisboa possui escolas e jardins de infncia, pblicas e privadas, de ensino primrio, bsico e secundrio, num total de 312. Na rea daGrande Lisboaexistem escolas internacionais como a Saint Julian's School, o Carlucci American International School of Lisbon, a St Dominic's International School, a Deutsche Schule Lissabon e o Lyce Franais Charles Lepierre.

AUniversidade de Lisboa, durante a Bno dos Finalistas.Ensino SuperiorLisboa dispe de trs universidades pblicas, aUniversidade de Lisboa, a mais antiga instituio de ensino da cidade, tambm chamada Universidade Clssica de Lisboa, aUniversidade Tcnica de Lisboae aUniversidade Nova de Lisboa, fundada em1957, Universidade Aberta, assim como diversas universidades privadas, que oferecem cursos superiores em todas as reas acadmicas. Existe tambm oISCTE-IUL, ISCTE - Instituto Universitrio de Lisboa, e oInstituto Politcnico de Lisboa. Neste local, junto ao Hospital de Sta. Maria, destaca-se ainda a existncia daEscola Superior de Enfermagem de Lisboa, a maior escola de enfermagem do pas.As maiores instituies privadas de ensino superior, incluem aUniversidade Catlica Portuguesa, aUniversidade Lusada, aUniversidade Lusfonae aUniversidade Autnoma de Lisboa, entre outras. O total de inscritos nas instituies de ensino superior pblico e privado foi, no ano lectivo de 2007-2008, de 125.867 alunos, dos quais 81.507 em instituies pblicas.

TransportesPontes

Ponte Vasco da Gama, a mais longa daEuropa.Duas pontes unem a cidade margem sul do rioTejo: aPonte 25 de Abrilque liga Lisboa aAlmada,[90]inaugurada em1966com o nome de PonteSalazare posteriormente rebaptizada com a data daRevoluo dos Cravos,[91]e aPonte Vasco da Gama, com 17.2km de comprimento,[91]a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental eSacavmaoMontijo.[90]Inaugurada em1998no mbito daExpo 98, comemora tambm os 500 anos da chegada deVasco da Gamandia.[92]Existe j um projecto aprovado para a construo de uma terceira ponte sobre oRio Tejo, prevista para2013.[93][94]Aeroporto de Lisboa

Aeroporto da PortelaO aeroporto de Lisboa,aeroporto da Portela, situa-se a 7km do centro, na zona nordeste da cidade. OAeroporto da Portela(cdigoIATA:LIS, cdigoICAO:LPPT) o maior aeroporto em Portugal,[95]com um volume de trfego de cerca de 12 milhes de passageiros por ano..[96][97]Aberto ao trfego em1942,[98]o Aeroporto da Portela servido por duas pistas e possu dois terminais: o Terminal 1 para voos internacionais, o Terminal 2 para voos nacionais, incluindo as Regies Autnomas dos Aores e da Madeira.[98]Em 2008 foi aprovada a construo de um novo aeroporto na zona doCampo de Tiro de Alcochete,[99]na margem sul, a cerca de 40km da cidade. A sua concluso prev-se para2017,[100]entretanto o Aeroporto da Portela permanecer.Porto de Lisboa e transportes fluviais

Estao Fluvial do Cais do SodrOPorto de Lisboa um dos principais portos tursticos europeus,[101]paragem de numerosos cruzeiros. Est equipado com trs cais para navios-cruzeiro: Alcntara, Rocha Conde bidos e Santa Apolnia.[102]A cidade tem ainda vrias marinas para barcos de recreio,[103]nas docas deBelm,Santo Amaro,Bom Sucesso, Alcntara Mar eOlivais.[104]Existe ainda uma rede de transportes fluviais, aTranstejo, que liga as duas margens do Tejo, com estaes emCais do Sodr,Belm,Terreiro do PaoeParque das Naes, na margem norte, eCacilhas,Barreiro,Montijo,Trafaria,Porto BrandoeSeixal, na margem sul.[105]Metropolitano e comboio

Estao de Santa Apolnia

Gare do Oriente, em Lisboa.

Metropolitano de Lisboa, estaoTelheiras.A cidade dispe de uma rede ferroviria urbana e suburbana com 9 linhas (4 demetropolitano[106]e 5 decomboio suburbano[107][108]) e 117 estaes (46 de metropolitano e 71 de comboio suburbano). A explorao da rede de metro efectuada pelaMetropolitano de Lisboa[109][110]e a rede ferroviria suburbana pelaCaminhos de Ferro Portugueses[111](linhas de Azambuja, Cascais, Sintra e Sado) e pelaFertagus(linha do eixo norte sul, entre Roma-Areeiro e Setbal[108]). As principais estaes do caminho de ferro so:Oriente,Rossio,Cais do SodreSanta Apolnia.Construda por altura daExpo 98, a Gare do Oriente uma das principais estaes terminais e interfaces de transportes de Lisboa.[112]Por ela passam comboios, o metropolitano, autocarros e txis. A estao, com uma notvel arquitectura de vidro e colunas ao a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitectoSantiago Calatrava.[112]Mesmo em frente, situa-se o Parque das Naes, e a estao possu ligao ao Centro Comercial Vasco da Gama.Elctricos e elevadores

ElctricoCom a sua cor amarela caracterstica, osEltricos de Lisboaso o transporte tradicional no centro da cidade.[113][114]So explorados pelaCarris, assim como os vrios elevadores que galgam as colinas de Lisboa:elevador da Bica,[115]elevador da Glria,[116]elevador do Lavra[117]eelevador de Santa Justa.[118]

A rede deelctricos composta actualmente por cinco carreiras e percorre um total de 48km de linhas embitolade 900mm, sendo 13km emfaixa reservada. Emprega 165 guarda-freios (condutores de elctricos,funiculareseelevador) e uma frota de 58 veculos (40 histricos, 10 articulados e 8 ligeiros[119]), baseados numa nica estao Santo Amaro.Transportes rodoviriosA explorao dos autocarros est tambm a cargo da empresaCarris.[120]Existe ainda o Terminal Rodovirio de Lisboa, um dos mais importantes do pas, onde partem e chegam todos os dias dezenas de autocarros[121]com os mais variados destinos nacionais e internacionais.[122]Ostxistambm so muito comuns na cidade, sendo actualmente de cor creme, muitos mantm ainda as cores emblemticas dos txis antigos: preto e verde. Existem vrias praas de txis e circulam centenas de txis por toda a cidade.Apesar da rede de transportes, todos os dias se deslocam para Lisboa mais de 3 milhes de automveis.[123]Lisboa e a sua rea metropolitana so atravessadas por duas auto-estradas circulares, uma exterior e outra interior - a CRIL,Circular Regional Interior de Lisboae a CREL,Circular Regional Exterior de Lisboa, ouA9. As principais auto-estradas que ligam a cidade envolvente so asA1(em direco a norte, porVila Franca de Xira),A8(tambm para norte, viaLoures),A5(em direco a oeste, atCascais),A2(para sul, porAlmada) eA12(para leste, porMontijo).Percursos ciclveisSegundo dados de 2000, daCmara Municipal de Lisboa,[124]e segundo a tipologia de percursos ciclveis, existiam e estavam em projecto 84Km de percursos de bicicleta, 50km de pistas ciclveis, 73km de faixas circulveis e 74km de tipologia de coexistncia com veculos. Em 2008, dava-se a informao[125]que Lisboa iria fazer um investimento de 5 milhes de euros (parte dele com fundo doQuadro de Referncia Estratgico Nacional) com o intuito de serem executados mais 40Km de novas vias ciclveis, havendo tambm a inteno de fazer recuperao de outras j existentes. Na rea ribeirinha da cidade, existe j uma pista entreBelmeCais do Sodr, que ir mais tarde ligar tambm aSanta Apolniae posteriormente at aoParque das Naes. Estava tambm previsto a instalao de uma rede de 2500 bicicletas, 250 postos de bicicletas e 65 estacionamentos. Em 2009, a informao[126]era a de que j era possvel pedalar entreBenficaeCampolide. Em dois anos, a cidade teria 90Km de pistas ciclveis e poderia estar equipada com cerca de 90 quilmetros de pistas ciclveis. Nesse mesmo ano, estaria previsto o funcionamento do anel "Palcio da Justia- Campolide -Benfica-Carnide-Telheiras-Lumiar-Campo Grande" e a entrada em obras do percurso que uniria, em vrios troos, Telheiras ao Parque das Naes. Actualmente, existem tambm a ciclovia deMonsanto, de 6Km de extenso.

Cultura

Fonte na praa Dom Pedro IV

Concerto deTito Paris, na Passagem de Ano 2008/2009.Lisboa uma cidade com uma intensa vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde osculo XV, a cidade o ponto de encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, ndias, fricas e Amricas se encontraram. Mantendo estreitas ligaes com as antigas colnias portuguesas e hoje pases independentes, Lisboa uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. possvel, numa s viagem demetroouvir falar lnguas como ocantons, ocrioulo cabo-verdiano, ogujarati, oucraniano, oitalianoou oportuguscom pronnciamoambicanaoubrasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade.Desde 1994, ano em que foiCapital europeia da cultura, Lisboa tem vindo a acolher uma srie de eventos internacionais, daExpo 98aoTenis World Master 2001,Euro 2004),Gymnaestrada,MTV Europe Music Awards,Rali Dakar,Rock in Rioou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos GrandesVeleiros). Em 2005, Lisboa foi considerada pela International Congress & Convention Association como a oitava cidade do mundo mais procurada para a realizao de eventos e congressos internacionais.EventosNoite e Bairro altoO eixoAlfama-Baixa/Chiado-Bairro alto palco para a cultura erudita como para a popular. Na noite lisboeta a oferta variada: a um jantar comfadoao vivo no Bairro Alto pode seguir-se um espectculo deperanoSo Carlos, ou um concerto noColiseu dos Recreios. Pode continuar-se com msica alternativa naZDB, ou com uma viagem pelos muitos bares e discotecas do Bairro Alto ou de toda a zona ribeirinha da cidade. Quando o Sol nasce tempo de ver os habitantes locais e os turistas que enchem os miradouros histricos, como os docastelo, do bairro tpico de Alfama do Bairro Alto.FadoVer artigo principal:Fado

"O Fado", pintura deJos Malhoa.Amsicatradicional de Lisboa o fado,canonostlgica acompanhada guitarra portuguesa. Uma explicao popular da sua origem remete para os cnticos dos mouros, que permaneceram no bairro daMouraria, aps a reconquista crist. Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da popularidade nos sculos XVIII e XIX daModinha, e da sua sntese popular com outros gneros afins, como olundu, no rico caldo de culturas presentes em Lisboa.Festivais de Msica

Edifcio da sede daFundao Calouste Gulbenkian, em Lisboa.O Festival Jazz em Agosto, realiza-se todos os anos em Lisboa, naFundao Calouste Gulbenkian. Aqui, msicos nacionais e internacionais do concertos para pblicos de todas as idades. Lisboa recebe ainda oFestival Internacional de rgo de Lisboadesde1998em rgos histricos restaurados. Alguns dos locais onde o festival ocorre so a S Patriacal de Lisboa e aBaslica da Estrela. Outro evento relevante no mundo da msica oSuper Bock Super Rock, umfestival de msicadeVerorealizado anualmente noParque do Tejo, na foz do rio Tranco, junto aoParque das Naes). Organizado desde 1995, actualmente um dos mais importantes festivaisportugueses. Para alm destes, existe tambm oHype@Tejo, um festival de msica electrnica, que ocorre todos os anos perto daTorre de Belm.Rock in Rio

Entrada doRock in Rio Lisboa.ORock in Rio umfestival de msicaoriginalmente organizado noRio de Janeiro, de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de repercusso mundial e, em2004, teve a sua primeira edio internacional em Lisboa. Ao longo da sua histria, teve 7 edies, trs no Brasil, trs em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e h intenes em organizar uma edio simultnea em trs continentes diferentes.[132]Em 2010, Lisboa voltar a receber o Festival.[133]DanaLisboa acolhe aCompanhia Nacional de Bailado, a companhia estatal criada em 1977, com vasto reportrio de programao de dana clssica e contempornea. Aps aExpo'98, a CNB tornou-se residente do Teatro Cames, noParque das Naes. Conta com a Fundao EDP como mecenas exclusivo.ACompanhia de Dana de Lisboa, CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dana, ensinando as diferentes tcnicas de dana em aulas abertas populao a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectculos com particular ateno aos temas da cultura portuguesa, a nvel nacional e internacional..[134]Festivais de CinemaA cidade de Lisboa palco de alguns festivais, como oIndieLisboa, um festival internacional de cinema alternativo e independente. O festival organizado pela associao culturalZero em comportamento, e conta j com 5 edies desde2003. Ao longo do Outono volta o cinema com oDocLisboa(festival internacional de documentrio), oFestival de Cinema Gay e Lsbico de Lisboaalm doFestival "Temps d'Images".Santo Antnio

Um bairro tpico de Lisboa (Alfama), decorado para asFestas de Santo Antnio.Lisboa possu um feriado municipal, o13 de Junho,Dia de Santo Antnio.[135]Porm, o padroeiro da capital So Vicente.As festas em honra deSanto Antnio de Lisboa, acontecem em toda a cidade e os bairros tpicos, comoAlfama,Madragoa,Mouraria,Casteloe outros, so enfeitados com bales e arcos decorativos. Neles h arraiais populares, locais engalanados onde se comemsardinhas assadas na brasa, Caldo Verde (uma sopa de couve cortada aos fiapos) e se bebevinho tinto. ANoite de Santo Antnio, como popularmente designada, a festa que comea logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite asmarchas populares,[136]grande desfile alegrico que desce aAvenida da Liberdade(principal artria da cidade), no qual competem os diferentesbairros, um pouco maneira dasescolas de samba, numa espcie decarnaval portugus.Um grandefogo de artifciocostuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromtica) num pequeno vaso, para oferecer namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.Santo Antnio conhecido comosanto casamenteiro, por isso a Cmara Municipal de Lisboa costuma organizar, naS Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho.[137]So conhecidos por 'noivos de Santo Antnio', recebem ofertas domunicpioe tambm de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova famlia. Esta tradio dos casamentos de Santo Antnio, comeou em1958.[137]J as marchas surgiram em 1932.[138]Natal e Ano Novo

Maior rvore de Natal da Europa, em2005.Todos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa iluminada por milhes de pequenas luzes. Em2004, ergueu aMaior rvore de Natal da Europa. Inicialmente colocada em Belm, passou para o Terreiro do Pao em2005e2006, ento com 76 metros de altura, equivalentes a um prdio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, normal ver-se vrias atraces natalcias, como espetculos de msica, animadores disfarados de Pai Natal, etc (animao de rua).[139][140]No Ano Novo, so comuns as festas por toda a cidade. A televiso costuma exibir vrios programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Pao, com vrios concertos e um mega-espectculo pirotcnico meia noite em ponto (alm do Terreiro do Pao, existem vrios pontos de lanamento de engenhos pirotcnicos espalhados por Lisboa e pela margem sul do rio Tejo em frente capital).[141][142]CarnavalOCarnavalem Lisboa festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). O mais antigo o desfile daEscola de Artes Decorativas Antnio Arroio. Nas instituies recreativas e, noBairro Altotambm se pode admirar festas relacionadas com o Carnaval.[143]Expo 98Ver artigo principal:Exposio Mundial de 1998

Panormica doParque das Naes.AEXPO'98, cujo tema foi "Osoceanos: um patrimnio para o futuro", realizou-se em Lisboa de22 de Maioa30 de Setembrode1998. Atraiu cerca de 11 milhes de visitantes e foi considerada peloBIE(o organismo internacional que elege as cidades a receberem as exposies) como a melhor Exposio Mundial de sempre. A zona escolhida foi o limite oriental da cidade junto aorio Tejoque acolhia a principallixeirada cidade, que para o efeito foi deslocada. Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade: foram construdos diversos pavilhes que permanecem ao servio dos habitantes e visitantes integrados no agora designadoParque das Naes, destacando-se oOceanrio(um dos maioresaquriosdoMundocom a reproduo de 5 oceanos distintos e numerosasespciesdemamferose peixes, doarquitectoPeter Chermayeff) um pavilho de mltiplas utilizaes (Pavilho Atlntico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligaes ferrovirias (Estao do Oriente).Meia Maratona de LisboaA Meia Maratona de Lisboa realiza-se todos os anos no ms de Maro, e conta com a participao de milhares de concorrentes de vrios pases, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que no se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar.[144][145]A parte principal da corrida/maratona quando os participantes atravessam aPonte 25 de Abril.Moda LisboaAModa Lisboaaquece oInvernomais suave de todas as capitais europeias com vrios desfiles de moda, onde vrios criadores portugueses e estrangeiros mostram as suas tendncias.[146]

Gastronomia

Pastis de Belm, um dos mais famosos doces de Lisboa.Agastronomiade Lisboa est influenciada pela sua proximidade domar. Especialidades tipicamente lisboetas so aspataniscas de bacalhaue ospeixinhos da horta. Tambm se pode desfrutar das saborosas sardinhas (principalmente nas pocas festivas, como no Santo Antnio). O famosoBife Caf, outro "ex-libris" alimentar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, oPastel de Nata, cujos mais famosos so osde Belm, que so feitos numa antiga fabrica na Freguesia deBelm.[2]Reza a lenda, que h mais de 500 anos, uma cozinheira, no tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os Pastis de Belm. Foram fabricados durante anos noMosteiro dos Jernimos, em Belm, s h poucos anos que mudaram o seu local de fabricao.Outros eventosLisboa, tambm palco de outros inmeros eventos culturais. OLisbonarte, consiste em vrias exposies de artes plsticas nas galerias de arte lisboetas. Vrios artistas expem os seus trabalhos ao pblico.[147]No teatro, aMostra de Teatro Jovemconsiste na representao de vrias peas teatrais, pelos futuros artistas.Na literatura, aFeira do Livro de Lisboa, um certame que se realiza anualmente desde Maio de1930em Lisboa. A Feira decorre, em geral, nos ltimos dias de Maio. A sua localizao actual oParque Eduardo VII. Nesta feira so, geralmente, convidados vrios autores de diversos livros para sesses de autgrafos. So ptimas ocasies para comprar livros a preos mais baixos.Outros eventos incluem o Festival dos Oceanos, que ocorre todos os anos em Agosto, noParque das Naes; o Experimentadesign, um mega-festival dedesignrealizado de dois em dois anos em Setembro; e a LisboaPhoto, uma exposio, onde vrios fotgrafos podem expor as suas fotos ao pblico.Desde2006que se realiza em Lisboa um evento dedicado exclusivamente Luz (um evento bianual), o Luzboa. Pela cidade so espalhados vrias instalaes criadas por artistas plsticos centradas no tema Luz. Bairro Alto, Baixa, Avenida, so alguns dos locais que recebem este espectculo.[148]H vrios anos que, no dia 1 de Dezembro, organizado na Praa dos Restauradores uma grande cerimnia que envolvem vrias entidades, polticas, civis e militares, para homenagear aRestaurao da IndependnciadePortugal.Durante 44 anos, Lisboa foi na maior parte das vezes a sede doFestival RTP da Cano. Este festival serve para eleger um representante, que ir representar o pas, noutro pas europeu, vencedor da edio anterior doFestival Euroviso da Cano.Espaos pblicos e museus

Museu Nacional de Arte Antiga.Lisboa dispe de trs universidades pblicas, aUniversidade de Lisboa, aUniversidade Tcnica de Lisboae aUniversidade Nova de Lisboae diversas universidades privadas. A cidade est equipada com diversas bibliotecas, sendo a mais importante aBiblioteca Nacional, e arquivos, nomeadamente o Arquivo Histrico Militar e oArquivo Histrico Ultramarinoentre outros, no entanto o que merece maior destaque, por ser um dos mais importantes arquivos do mundo, aTorre do Tombo.

OOceanrio de Lisboa, noParque das Naes.Entre os museus destacam-se:Museu Nacional de Arte Antiga, com a mais importante coleo nacional de pintura antiga;Museu Calouste Gulbenkian, cuja coleco diversificada inclui seis mil peas de arte de vrios perodos histricos;Museu do Chiado, com uma coleo de arte portuguesa a partir do Sculo XIX;Museu Coleco Berardo, onde apresentada uma coleo de arte moderna e contempornea internacional em paralelo com mostras de arte contempornea;Centro de Arte Moderna Jos de Azeredo Perdigoonde, a par de exposies temporrias se expe um ncleo permanente de arte portuguesa dos sculos XX e XXI;Museu Nacional dos Coches, o mais visitado do pas, com a maior coleco de coches do mundo;Museu da Electricidadecom uma exposio permanente onde se mostra a produo de energia e a maquinaria da antiga Central Tejo misturandocinciae diverso;Oceanrio de Lisboa, com a sua impressionante coleco de espcies vivas;Museu Militar de Lisboa, com uma exposio permanente de armamento de diversas pocas.Outros museus:Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva;Museu Rafael Bordalo Pinheiro;Museu do Design e da Moda;Museu de Artes Decorativas;Museu Nacional de Arqueologia;Museu Nacional do Traje;Museu do Oriente;Museu Nacional do Azulejo;Museu da Farmcia;Museu de Marinha;Museu da gua;Museu da Companhia Carris de Ferro de Lisboa.Nas salas de espectculos destacam-se oColiseu dos Recreios, aAula Magna da Universidade de Lisboa, oFrum Lisboa, os auditrios daFundao Calouste Gulbenkian, doCentro Cultural de Belme da Culturgest, oPavilho Atlnticoe aPraa de Touros do Campo Pequeno, para alm dos diversos teatros e cinemas existentes.Parques e jardinsVer pgina anexa:Lista dos parques e jardins de Lisboa

Parque Eduardo VII, em Lisboa.Existem em Lisboa mais de uma centena deparques,jardins,quintasetapadas, entre eles oParque Eduardo VII, oParque Florestal de Monsanto, oJardim Botnico da Ajuda, oJardim Botnico de Lisboa, oJardim da Estrela, aTapada da Ajuda, entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu "Pulmo Verde",[149]ao ser a nica grande floresta em Lisboa (as outras mais prximas so aTapada de Mafra, a Tapada da Ajuda e aSerra de Sintra). Por sua vez, destacam-se entre os jardins o Parque Eduardo VII, o Jardim Botnico da Ajuda e o Jardim Botnico de Lisboa. O primeiro por ser a maior zona verde no centro antigo de Lisboa, e os outros dois por possurem uma variadssima coleco de espcies arborcolas. Possui um aqurio: oAqurio Vasco da Gama; e um oceanrio: oOceanrio de Lisboa. A cidade tambm possui diversos jardins, sendo de destacar oJardim Zoolgico de Lisboa, o Jardim da Estrela, o Jardim Botnico da Ajuda e oCampo de Santana. Existem ainda importantes parques urbanos como o Parque Eduardo VII, oParque da Bela Vistae oParque Jos Gomes Ferreira.

Bairros histricos e monumentosVer pgina anexa:Lista de patrimnio edificado em LisboaO ncleo histrico de Lisboa, divide-se em bairros:Baixa e Chiado

Rua da Baixa de Lisboa.Ver artigo principal:Baixa de LisboaeChiadoA Baixa Pombalina o "corao" da capital. Foi edificada sobre as runas da antiga cidade de Lisboa, destruda pelo grandeTerramoto de 1755. A sua edificao obedeceu a um rigoroso plano urbanstico, segundo um modelo reticular de rua/quarteiro, obedecendo filosofia doIluminismo. A reedificao da baixa de Lisboa aps o terramoto constituiu o primeiro caso de construo tipificada, normalizada e em "srie" da humanidade. Os seus autores foramManuel da MaiaeEugnio dos Santose a deciso poltica deve-se aoMarqus de Pombal, ministro d'El ReiD. Jos I. A Baixa tambm a maior zona comercial da cidade de Lisboa. Nas proximidades e com interesse histrico so ainda aPraa dos Restauradorese oElevador de Santa Justa, projectado em finais dosculo XIXporMesnier du Ponsard. Na baixa tambm se localiza aPraa do Comrcio, tambm conhecida como Terreiro do Pao, oRossio, ou Praa Dom Pedro V,Chiado, oConvento do Carmoe a Praa dos Restauradores.Alfama

Alfama vista do Miradouro Sta. Luzia.Ver artigo principal:AlfamaAlfama um dos bairros mais tpicos de Lisboa, com suaarquitecturatpica cidaderabee medieval com ruas estreitas, sendo um dos poucos stios de Lisboa que sobreviveu aoTerremoto de Lisboa de 1755. em Alfama que se encontram a maioria das casas de Fado, onde se pode desfrutar de vrios espectculos ao vivo. Em Alfama, distinguem-se oCastelo de So Jorge, na colina mais alta do centro da cidade, aS de Lisboa, oPanteo Nacionale aFeira da Ladrae oMiradouro de Santa Luzia.Bairro AltoVer artigo principal:Bairro AltoO Bairro Alto um bairros tpicos de Lisboa, situado no centro da cidade, acima da baixa pombalina. uma zona decomrcio, entretenimento e habitacional. Actualmente, o Bairro Alto um lugar de "reunio" entre os jovens da cidade, e uma das principais zonas de divertimento nocturno da capital. Aqui concentram-se tribos urbanas, que possuem os seus lugares de reunio prprios. Ofado, ainda sobrevive nas noites do bairro. As pessoas que visitam o Bairro Alto durante a noite so uma miscelnea de locais e de turistas.BelmVer artigo principal:Santa Maria de Belm

Claustro doMosteiro dos Jernimos.Junto zona ribeirinha do Tejo, a poente do centro da cidade encontra-se Belm, representante da cidade da poca dosDescobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construes classificadas pelaUNESCOcomoPatrimnio da Humanidade: oMosteiro dos Jernimos, mandado construir pelo ReiD. Manuel Iem 1501 e o melhor exemplo do denominadoEstilo Manuelino, cuja inspirao provm dos descobrimentos, estando tambm associado ao estilogticoe algumas influncias renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70kg de ouro por ano, suportados pelo comrcio de especiarias. Os restos mortais deLus Vaz de Cames, autor deOs Lusadas, repousam no Mosteiro, e tambm o grande descobridorVasco da Gama. Muito perto do Mosteiro dos Jernimos, encontra-se aTorre de Belm, construo militar de vigia na barra do Tejo, o grande "ex-libris" da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectnica. Para alm disto, no Blem se localiza oPadro dos Descobrimentos, oPalcio de Belm, residncia oficial do Presidente da Repblica, oMuseu Nacional dos Coches, oMuseu da Electricidade, aIgreja da Memriae oCentro Cultural de Belm.Estrela

Coreto noJardim da Estrela.Ver artigo principal:Estrela (Lisboa)Esta parte de Lisboa, inclui um dos parques mais famosos e antigos da capital, oJardim da Estrela, que foi criado h mais de 100 anos, e foi inspirado peloHyde Park, emLondres. ABaslica da Estrela, com um estilo Barroco-Neoclssico, a principal atraco desta zona da cidade. AAssembleia da Repblicae oCemitrio dos Prazeres, so tambm outros dois pontos importantes da cidade, que se localizam neste zona da cidade.Parque das Naes

Torre Vasco da Gama, vista doParque das Naes.Ver artigo principal:Parque das NaesRepresentante da Lisboa moderna, o Parque das Naes nasceu em1998, para acolher a exposio mundialExpo 98subordinada ao tema dosOceanos. A exposio abriu a22 de Maiode 1998, dia em que se celebraram os 500 anos dadescoberta do caminho martimo para a ndiaporVasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamadaParque das Naestornou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como aTorre So RafaeleTorre So Gabriel, ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atraes do bairro so: oOceanrio de Lisboa, oPavilho Atlntico, oPavilho de Portugal, aTorre Vasco da Gama, aPonte Vasco da Gamae oGare do Oriente, do arquitectoSantiago Calatrava.Outros pontos de interesse

Aqueduto das guas Livres.Ver pgina anexa:Lista de patrimnio edificado no distrito de LisboaDo incio dosculo XVIIIo monumento mais significativo oAqueduto das guas Livres.[150]De referir ainda ospalciosreais dasNecessidadese daAjuda, na parte Oeste da cidade.Em finais dosculo XIXos planos urbansticos permitiramestendera cidade alm daBaixapara ovaleda actualAvenida da Liberdade. Em 1934 construda aPraa do Marqus de Pombal,[151]remate superior da avenida.Nosculo XXsobressaem os extensos planos urbansticos dasAvenidas Novas, da envolvente daUniversidade de Lisboa(Cidade Universitria), e da zona dos Olivais, e os mais recentes doParque das Naese daAlta de Lisboa, ainda em construo.

Aparies de FtimaOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Lcia(no meio, aos dez anos de idade) e seus dois primos:Francisco(nove anos) eJacinta Marto(sete anos) segurando seusrosrios(fotografia tirada na altura das aparies).No dia13 de Maiode1917, trs crianas,Lcia de Jesus dos Santos(10 anos),Francisco Marto(9 anos) eJacinta Marto(7 anos), afirmaram ter visto"...uma senhora mais branca que o Sol"sobre umaazinheirade um metro ou pouco mais de altura, quando apascentavam um pequeno rebanho naCova da Iria, lugar deAljustrel, pertencente ao concelho deOurm,Portugal.Lcia via, ouvia e falava com a apario, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via, mas no a ouvia.As aparies repetiram-se nos cinco meses seguintes e seriam portadoras de uma mensagem ao mundo. A13 de Outubrode1917a apario disse-lhes ser aNossa Senhora do Rosrio.[1]Os relatos destes acontecimentos foram redigidos pelaIrm Lciaa partir de 1935, em quatromanuscritos, habitualmente designados porMemrias I, II, III e IV[2]e transcritos com outras fontes para este artigo.ndice[esconder]* 1Aparies do Anjoo 1.1Primeira aparioo 1.2Segunda aparioo 1.3Terceira apario* 2Aparies de Nossa Senhorao 2.113 de Maio de 1917o 2.213 de Junho de 1917o 2.313 de Julho de 1917o 2.419 de Agosto de 1917o 2.513 de Setembro de 1917o 2.613 de Outubro de 1917* 3Aparies particulares a Jacinta* 4Aparies particulares a Lcia* 5Eventos histricos* 6Notas e referncias* 7Bibliografia* 8Ver tambm* 9Ligaes externas[editar]Aparies do AnjoAntes das aparies de Nossa Senhora naCova da Iriaem 1917, Lcia, Francisco e Jacinta tiveram no ano anterior trs vises doAnjo, Anjo da Paz ou Anjo de Portugal. Estas vises permaneceram inditas at1937, at Lcia as divulgar, pela primeira vez, no designado textoMemria II. A narrao mais completa e o texto definitivo dasoraes do anjo publicado naMemria IV, escrito em 1941. As aparies do Anjo em 1916, foram precedidas por trs outras vises, de Abril a Outubro de 1915, nas quais Lcia e outras trs pastorinhas, Maria Rosa Matias, Teresa Matias e Maria Justino viram, tambm no outeiro do Cabeo, e noutros locais, suspensa no ar sobre o arvoredo do vale "uma como que nuvem mais branca que a neve, algo transparente, com forma humana. Era uma figura, como se fosse uma esttua de neve, que os raios do sol tornavam algo transparente". A descrio da prpria irm Lcia.[3][editar]Primeira aparioO relato da mais velha dos videntes, Lcia, descreve assim os acontecimentos: "Andava eu com os meus primos Francisco e Jacinta a cuidar do rebanho e subimos a encosta em procura dum abrigo a que chamvamos a "Loca do Cabeo". Depois de a merendar e rezar, alguns momentos havia que jogvamos e eis que um vento sacode as rvores e faz-nos levantar a vista para ver o que se passava, pois o dia estava sereno. Ento comemos a ver, a alguma distncia, sobre as rvores que se estendiam em direco aonascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma dum jovem, transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do Sol. medida que se aproximava, amos-lhe distinguindo as feies. Estvamos surpreendidos e meios absortos. No dizamos palavra. Ao chegar junto de ns, disse: No temais. Sou oAnjo da Paz. Orai comigo.E ajoelhando em terra, curvou a fronte at ao cho. Levados por um movimentosobrenatural, imitmo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar: Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peo-Vos perdo para os que no crem, no adoram, no esperam e no Vos amam.Depois de repetir isto trs vezes, ergueu-se e disse: Orai assim. Os Coraes de Jesus e Maria esto atentos voz das vossas splicas.E desapareceu. A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era to intensa, que quase no nos dvamos conta da prpria existncia, por um grande espao de tempo, permanecendo na posio em que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma orao. A presena deDeussentia-se to intensa e ntima que nem mesmo entre ns nos atrevamos a falar. No dia seguinte, sentamos oespritoainda envolvido por essa atmosfera que s muito lentamente foi desaparecendo. Nesta apario, nenhum pensou em falar nem em recomendar o segredo. Ela de si o imps. Era to ntima que no era fcil pronunciar sobre ela a menor palavra. Fez-nos, talvez, tambm maior impresso, por ser a primeira assim manifesta."[4][editar]Segunda aparioA segunda apario deu-se no Vero de 1916, sobre o poo da casa dos pais de Lcia, junto ao qual as crianas costumavam brincar. Assim narra a Irm Lcia: "Fomos, pois passar as horas da sesta sombra das rvores que cercavam o poo j vrias vezes mencionado. De repente, vimos o mesmo Anjo junto de ns.- Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Coraes de Jesus e Maria tm sobre vs desgnios de misericrdia. Oferecei constantemente ao Altssimo oraes e sacrifcios. Como nos havemos de sacrificar? perguntei. De tudo que puderdes, oferecei um sacrifcio em acto de reparao pelos pecados com que Ele ofendido e de splica pela converso dos pecadores. Atra, assim, sobre a vossa Ptria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai com submisso o sofrimento que o Senhor vos enviar.E desapareceu. Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso esprito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado, o valor do sacrifcio e como ele Lhe era agradvel, como, por ateno a ele, convertia os pecadores. Por isso, desde esse momento, comeamos a oferecer ao Senhor tudo que nos mortificava, mas sem discorrermos a procurar outras mortificaes ou penitncias, excepto a de passarmos horas seguidas prostrados por terra, repetindo a orao que o Anjo nos tinha ensinado."[editar]Terceira aparioA terceira apario ocorreu no fim do Vero ou princpio de Outono de 1916, novamente na "Loca do Cabeo", como descreve Lcia: "Rezmos a o tero e (a) orao que na primeira apario nos tinha ensinado. Estando, pois, a, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mo umclicee sobre ele umaHstia, da qual caam, dentro do clix, algumas gotas de sangue. Deixando o clice e a Hstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu trs vezes a orao:Santssima Trindade, Padre, Filho, Esprito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereo-Vos o preciosssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrrios da terra, em reparao dos ultrajes, sacrilgios e indiferenas com que Ele mesmo ofendido. E pelos mritos infinitos do Seu Santssimo Corao e do Corao Imaculado de Maria, peo-Vos a converso dos pobres pecadores.Depois, levantando-se, tomou de novo na mo o clice e a Hstia e deu-me a Hstia a mim e o que continha o clice deu-o a beber Jacinta e ao Francisco, dizendo, ao mesmo tempo: Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolei o vosso Deus.De novo se prostrou em terra e repetiu connosco mais trs vezes a mesma orao: Santssima Trindadeetc. E desapareceu. Levados pela fora do sobrenatural que nos envolvia, imitvamos o Anjo em tudo, isto , prostrando-nos como Ele e repetindo as oraes que Ele dizia. A fora da presena de Deus era to intensa que nos absorvia e aniquilava quase por completo. Parecia privar-nos at do uso dos sentidos corporais por um grande espao de tempo. Nesses dias, fazamos as aes materiais como que levados por esse mesmo ser sobrenatural que a isso nos impelia. A paz e felicidade que sentamos era grande, mas s ntima, completamente concentrada a alma em Deus. O abatimento fsico, que nos prostrava, tambm era grande."[5][editar]Aparies de Nossa Senhora[editar]13 de Maio de 1917

A imagem deNossa Senhorana Capelinha das Aparies emFtima.Brincavam os trs pastorinhos na Cova da Iria, uma pequena propriedade pertencente aos pais de Lcia, localizada a 2,5km de Ftima, quando por volta domeio-diae depois derezaremotero, observaram dois clares como se fossemrelmpagos. Com receio de comear a chover, reuniram orebanhoe decidiram ir-se embora, mas no caminho e logo abaixo, outro claro teria iluminado o espao. Nesse instante, teriam visto em cima de uma pequenaazinheira(onde agora se encontra aCapelinha das Aparies), "era uma Senhora vestida de branco e mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de gua cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente", descreve Lcia. "A sua face, indescritivelmente bela no era nem triste, nem alegre, mas sria, com ar de suave censura. As mos juntas, como a rezar, apoiadas no peito e voltadas para cima. Da mo direita pendia um rosrio. As vestes pareciam feitas s de luz. A tnica era branca e branco o manto, orlado de ouro que cobria a cabea da Virgem e lhe descia at aos ps. No se Lhe viam os cabelos nem as orelhas." Os traos da fisionomia Lcia nunca pde descrev-los, pois a sua formusura no cabe em palavras humanas. Os videntes estavam to pertos de Nossa Senhora - a um metro de distncia, mais ou menos - que ficavam dentro da luz que A cercava, ou que Ela espargia. O colquio inicia-se da seguinte maneira:Nossa Senhora: - No tenhais medo. Eu no vos fao mal.Lcia: - Donde Vossemec?- Sou do Cu(e Nossa Senhora ergueu as mos apontando o Cu). - E que que Vossemec me quer?- Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma stima vez.- E eu tambm vou para o Cu?- Sim, vais.- E a Jacinta?- Tambm.- E o Francisco?- Tambm, mas tem que rezar muitosteros.- A Maria das Neves j est no Cu? (Lcia referia-se a uma mulher que tinha morrido recentemente)- Sim, est.- E a Amlia?- Estar noPurgatrioat ao fim do mundo. Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparao pelos pecados com que Ele ofendido e de splica pela converso dos pecadores?- Sim, queremos.- Ides pois ter muito que sofrer, mas a graa de Deus ser o vosso conforto."Foi ao pronunciar estas ltimas palavras que abriu pela primeira vez as mos comunicando-nos uma luz muito intensa, como que reflexo que delas expedia, que nos penetrava no peito e no mais intimo da alma, fazendo-nos ver a ns mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente do que nos vemos no melhor dos espelhos. Ento, por um impulso intimo tambm comunicado, camos de joelhos e repetimos intimamente Santssima Trindade, eu Vos adoro, meu Deus meu Deus eu Vos amo no Santssimo Sacramento. Passados estes momentos, Nossa Senhora acrescentou:- Rezem o tero todos os dias para alcanarem a paz para o mundo e o fim da guerra(na altura desenrolava-se aPrimeira Guerra Mundial)."Em seguida comeou a elevar-se serenamente em direo aonascenteat desaparecer na imensidade da distncia. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros".[6][editar]13 de Junho de 1917Neste dia compareceram no local cerca de 50 pessoas curiosas pelos factos entretanto revelados pelos pastorinhos. Por volta domeio-dia, os videntes notaram novamente um claro, a que chamavam relmpago, mas que no era propriamente tal, mas sim o reflexo de uma luz que se aproximava. Alguns dos espectadores notaram que a luz do sol se obscureceu durante os minutos que se seguiram ao incio do colquio, outros afirmaram que o topo da azinheira, coberto de rebentos, pareceu curvar-se como sob um peso, um momento antes da Lcia falar. Durante a troca de palavras entre Lcia e a apario alguns ouviram um sussurro como se fosse o zumbido de uma abelha.Lcia: - Vossemec que me quer?Nossa Senhora: - Quero que venhais aqui no dia 13 do ms que vem, que rezeis o tero todos os dias e que aprendam a ler. Depois, direi o que quero.Lcia pediu a cura de um doente.- Se se converter, curar-se- durante o ano.- Queria pedir-Lhe para nos levar para o Cu.- Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas c mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoo ao meu Imaculado Corao. A quem a abraar, prometo a salvao e sero queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono.- Fico c sozinha?- No, filha. E tu sofres muito? No desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Corao ser o teu refgio e o caminho que te conduzir at Deus."Foi no momento que disse estas ltimas palavras que abriu as mos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos vamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o cu e eu na que se espargia sobre a terra. frente da palma da mo direita de Nossa Senhora estava um corao cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Corao de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparao. Quando se desvaneceu esta viso, a Senhora, envolta ainda na luz que d'Ela irradiava, elevou-se da arvorezinha sem esforo, suavemente na direo dolesteat desaparecer de todo."Algumas pessoas mais prximas notaram que os rebentos do topo da azinheira estavam tombados na mesma direo, como se as vestes da Senhora os tivessem arrastado. S algumas horas mais tarde retomaram a posio natural.[7][editar]13 de Julho de 1917

Lcia dos Santoscom os seus primosFranciscoeJacinta Marto.Ao dar-se a terceira apario, uma nuvenzinha acizentada pairou sobre a azinheira, o sol ofuscou-se, uma aragem fresca soprou sobre a serra, embora se estivesse em pleno Vero. O Sr. Manuel Marto, pai da Jacinta e do Francisco, diz que tambm ouviu um sussurro, como o de moscas num cntaro vazio. Os videntes viram o reflexo da costumada luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.Lcia: - Vossemec que me quer?Nossa Senhora: - Quero que venhais aqui no dia 13 do ms que vem, que continuem a rezar o tero todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosrio para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque s Ela lhes poder valer.- Queria pedir-lhe para nos dizer quem ; para fazer um milagre com que todos acreditem que Vosseme nos aparece.- Continuem a vir aqui todos os meses. Em Outubro direi quem sou, o que quero e farei um milagre que todos ho-de ver para acreditarem.Lcia apresenta ento uma srie de pedidos de converses, curas e outras graas. Nossa Senhora responde recomendando sempre a prtica do tero, que assim alcanariam as graas durante o ano. Um dos pedidos foi a cura do filhoparalticode Maria Carreira (que seria desde o incio uma devota de Ftima). Nossa Senhora respondeu que no o curaria nem o tiraria da sua pobreza, mas que rezasse o tero todos os dias em famlia e dar-lhe-ia os meios de ganhar a vida. Outro enfermo pedia para ir em breve para o Cu. Nossa Senhora respondeu que no tivesse pressa, que bem sabia quando o havia de vir buscar. Depois prosseguiu:- Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial quando fizerdes algum sacrifcio: " Jesus, por vosso amor, pela converso dos pecadores e em reparao pelos pecados cometidos contra o Imaculado Corao de Maria.""Ao dizer estas ltimas palavras, abriu de novo as mos, como nos dois meses passados. O reflexo de luz que delas expediam pareceu penetrar a terra e (primeira parte dosegredo-"A Viso do Inferno") mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo os demnios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas em os grandes incndios sem peso nem equilbrio, entre gritos e gemidos de dr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demnios distinguiam-se por formas horrveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graas nossa boa Me do Cu que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Cu (na primeira apario), se assim no fosse, creio que teramos morrido de susto e pavor. Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:- Vistes o Inferno, para onde vo as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, (segunda parte dosegredo-"O Imaculado Corao de Maria") Deus quer estabelecer no mundo a devoo a meu Imaculado Corao.Se fizerem o que eu disser salvar-se-o muitas almas e tero paz. A guerra vai acabar, mas se no deixarem de ofender a Deus, no reinado dePio XIcomear outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida(osastrnomosregistaram umaaurora borealque iluminou os cus da Europa na noite de 25 para 26 de Janeiro de 1938), sabei que o grande sinal que Deus vos d de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguies Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagrao da Rssia a meu Imaculado Corao e a comunho reparadora nos primeiros sbados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rssia se converter e tero paz, se no, espalhar seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguies Igreja, os bons sero martirizados, o Santo Padre ter muito que sofrer, vrias naes sero aniquiladas. Por fim o meu Imaculado Corao triunfar. O Santo Padre consagrar-me- a Rssia, que se converter, e ser concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservar sempre odogmada f."Ento vimos (terceira parte dosegredo-"O atentado ao Papa") ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mo esquerda; ao cintilar, soltava chamas que pareciam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mo direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro. O Anjo apontando com a mo direita para a terra, com voz forte dizia: "Penitncia, Penitncia, Penitncia!" E vimos n'uma luz imensa que Deus: "algo semelhante a como se vem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante" umBispovestido de branco "tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre". Vrios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subiam uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar a, atravessou uma grande cidade meia em runas, e meio trmulo com andar vacilante, acabrunhado de dr e pena, ia orando pelas almas dos cadveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos ps da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vrios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trs dos outros os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e vrias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de vrias classes e posies. Sob os dois braos da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal na mo, n'les recolhiam o sangue dos Mrtires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus." Terminada esta viso, disse Nossa Senhora:- Isto no o digais a ningum. Ao Francisco sim, podeis diz-lo. Quando rezardes o tero, dizei depois de cada mistrio: " meu Jesus! Perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Cu, principalmente aquelas que mais precisarem.- Vossemec no me quer mais nada?- No. Hoje no te quero mais nada."E como de costume, comeou a elevar-Se em direo ao nascente, at desaparecer na imensa distncia dofirmamento." Ouviu-se ento um trovo, indicando que a apario cessara.[8][9][editar]19 de Agosto de 1917No dia 13 de Agosto, quando deveria dar-se a quarta apario, os videntes no puderam ir Cova da Iria, pois foram raptados pelo ento administrador do concelho de Ourm Artur de Oliveira Santos, que fora quis arrancar-lhes osegredo. Nesse dia, juntou-se uma grande multido que aguardava pela apario. Por volta domeio-dia, ouviu-se um trovo, ao qual se seguiu o relmpago, tendo os espectadores notado uma pequena nuvem branca que pairou alguns minutos sobre a azinheira. Observaram-se tambm fenmenos de colorao, de diversas cores, nos rostos das pessoas, das roupas, das rvores e do cho. As crianas continuaram em cativeiro e apesar das vrias ameaas fsicas de que foram alvo, permaneceram inabalveis e nada revelaram. Na manh do dia 15 de Agosto e a seguir a um interrogatrio final, foram ento libertadas e regressaram a Ftima.[10]No dia 19 de Agosto de 1917[11], Lcia estava com Francisco e seu irmo Joo no lugar dos Valinhos, uma propriedade de um dos seus tios e que dista uns 500 metros deAljustrel. Pelas 4 horas da tarde, comearam a produzir-se as alteraes atmosfricas que precederam as aparies anteriores, uma sbita diminuio da temperatura e um esmorecimento do Sol. Lcia, sentindo que alguma coisa desobrenaturalse aproximava e os envolvia, pediu ao primo Joo para chamar rpidamente a Jacinta, a qual chegou a tempo de ver Nossa Senhora que - anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz - apareceu sobre uma azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria.Lcia: - Que que Vossemec me quer?Nossa Senhora: -Quero que continueis a ir Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o tero todos os dias. No ltimo ms farei o milagre para que todos acreditem.- Que que Vossemec quer que se faa ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?- Faam dois andores, um leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas; o outro que o leve o Francisco com mais trs meninos. O dinheiro dos andores para a festa de Nossa Senhora do Rosrio e o que sobrar para a ajuda de uma capela que ho-de mandar fazer.-Queria pedir-lhe a cura de alguns doentes.-Sim, alguns curarei durante o ano.E tomando um aspeto mais triste, recomendou-lhes novamente a prtica da mortificao:- Rezai, rezai muito e fazei sacrifcios pelos pecadores, que vo muitas almas para o Inferno por no haver quem se sacrifique e pea por elas."E, como de costume, comeou a elevar-Se em direo ao nascente." Os videntes cortaram ramos da rvore sobre a qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido e levaram-nos para casa. Os ramos exalavam um perfume singularmente suave.[12][editar]13 de Setembro de 1917Como das outras vezes, uma srie de fenmenos atmosfricos foram observados pelos circunstantes, cujo nmero foi calculado entre 15 e 20 000 pessoas: o sbito refrescar da atmosfera, o empalidecer do Sol at ao ponto de se verem as estrelas, uma espcie de chuva como que de ptalas irisadas ou flocos de neve que desapareciam antes de pousarem na terra. Em particular, foi notado desta vez um globo luminoso que se movia lenta e majestosamente pelo cu, donascentepara opoentee, no fim da apario, em sentido contrrio. Os videntes notaram, como de costume, o reflexo de uma luz e, a seguir, Nossa Senhora sobre a azinheira.Nossa Senhora: - Continuem a rezar o tero para alcanarem o fim da guerra. Em Outubro, vir tambm Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, So Jos com o Menino Jesus, para abenoarem o Mundo. Deus est contente com os vossos sacrifcios, mas no quer que durmais com a corda. Trazei-a s durante o dia(as crianas tinham passado a usar comocilciouma corda grossa que no tiravam sequer para dormir; isso impedia-lhes muitas vezes o sono e passavam noites inteiras em branco, da o elogio e a recomendao de Nossa Senhora). Lcia: - Tm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas, a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.- Sim, alguns curarei. Outros no. Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem."E comeando a elevar-Se, desapareceu como de costume."[13][editar]13 de Outubro de 1917

De acordo com os relatos da poca, milhares de pessoas assistiram a umMilagre do Sol, emFtima, no dia 13 de Outubro de 1917.Devido ao facto de os pastorinhos terem revelado que aVirgem Mariairia fazer um milagre neste dia para que todos acreditassem, estavam presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil pessoas, segundo os relatos da poca. Chovia com abundncia e a multido aguardava as trs crianas nos terrenos enlameados da serra. Lcia assim descreve estes acontecimentos naMemria IV: "Samos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha me, temendo que fosse aquele o ltimo dia da minha vida, com o corao retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do ms passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o tero. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.Lcia: - Que que Vossemec me quer?Nossa Senhora: Quero dizer-te que faam aqui uma capela em Minha honra, que sou aSenhora do Rosrio, que continuem sempre a rezar o tero todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltaro em breve para suas casas.- Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.- Uns, sim; outros, no. preciso que se emendem, que peam perdo dos seus pecados.E tomando um aspecto mais triste: No ofendam mais a Deus Nosso Senhor que j est muito ofendido.E abrindo as mos, f-las reflectir no Sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua prpria luz a projectar-se no Sol."

Foto tirada na Cova da Iria e publicada num jornal portugus em 29 de Outubro de 1917.Neste momento, Lcia diz para a multido olhar para o sol, levada por um movimento interior que a isso a impeliu. "Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distncia do firmamento, vimos, ao lado do sol,S. Joscom o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul." Era a Sagrada Famlia.

Pgina da edio de 29 de Outubro de 1917 da Ilustrao Portuguesa com uma reportagem sobre o milagre."S. Jos com o Menino pareciam abenoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mo em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta apario, vi Nosso Senhor acabrunhado de dr a caminho doCalvrioe Nossa Senhora que me dava a ideia de serNossa Senhora das Dores." Lcia via apenas a parte superior do corpo de Nosso Senhor e Nossa Senhora no tinha a espada no peito "Nosso Senhor parecia abenoar o Mundo da mesma forma que S. Jos. Desvaneceu-se esta apario e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora, em forma semelhante aNossa Senhora do Carmo, com oMenino Jesusao colo."Enquanto os trs pastorinhos eram agraciados com estas vises (apenas Lcia viu os trs quadros, Jacinta e Francisco viram somente o primeiro), a maior parte da multido presente observou o chamadoO Milagre do Sol. A chuva que caa cessou, as nuvens entreabriram-se deixando ver o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade sem cegar. A imensa bola comeou a girar vertiginosamente sobre si mesma como uma roda de fogo. Depois, os seus bordos tornaram-se escarlates e deslizou no cu, como um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa luz refletia-se no solo, nas rvores, nas prprias faces das pessoas e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores. Animado trs vezes por um movimento louco, o globo de fogo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezague sobre a multido aterrorizada. Tudo durou uns dez minutos. Finalmente, o Sol voltou em ziguezague para o seu lugar e ficou novamente tranquilo e brilhante. Muitas pessoas notaram que as suas roupas, ensopadas pela chuva, tinham secado sbitamente. Tal fenmeno foi testemunhado por milhares de pessoas, at mesmo por outras que estavam a quilmetros do lugar das aparies. O relato foi publicado na imprensa por diversos jornalistas que ali se deslocaram e que foram tambm eles, testemunhas do milagre.O ciclo das aparies em Ftima tinha terminado.[14][editar]Aparies particulares a Jacinta

Jacinta Marto, em 1917.* Jacinta v o Santo Padre- Lcia assim relata na suaTerceira Memria: "Um dia, fomos passar as horas da sesta para junto do poo de meus pais. A Jacinta sentou-se nas lajes do poo; o Francisco, comigo, foi procurar o mel silvestre nas silvas dum silvado duma ribanceira que a havia. Passado um pouco de tempo, a Jacinta chama por mim: No viste o Santo Padre? No! No sei como foi! Eu vi o Santo Padre em uma casa muito grande, de joelhos, diante de uma mesa, com as mos na cara, a chorar. Fora da casa estava muita gente e uns atiravam-Ihe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre! Temos que pedir muito por Ele.Em outra ocasio, fomos para a Lapa do Cabeo. Chegados a, prostrmo-nos por terra, a rezar as oraes do Anjo. Passado algum tempo, a Jacinta ergue-se e chama por mim: No vs tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e no tem nada para comer? E o Santo Padre em uma Igreja, diante do Imaculado Corao de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com Ele?* Vises da guerra- "Um dia fui a sua casa, para estar um pouco com ela. Encontrei-a sentada na cama, muito pensativa. Jacinta, que ests a pensar? Na guerra que h-de vir. H-de morrer tanta gente! E vai quase toda para o inferno! Ho-de ser arrasadas muitas casas e mortos muitos Padres(tratava-se daSegunda Guerra Mundial).Olha: eu vou para o Cu. E tu, quando vires, de noite, essa luz que aquela Senhora disse que vem antes, foge para l tambm! No vs que para o Cu no se pode fugir? verdade! No podes. Mas no tenhas medo! Eu, no Cu, hei-de pedir muito por ti, por o Santo Padre, por Portugal, para que a guerra no venha para c, e por todos os Sacerdotes.* Visitas de Nossa Senhora- A 23 de Dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram ao mesmo tempo. Indo visit-los, Lcia encontrou Jacinta no auge da alegria. Na suaPrimeira Memria, Lcia conta: "Um dia mandou-me chamar: que fosse junto dela depressa. L fui, correndo. Nossa Senhora veio-nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito breve para o Cu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-Lhe que sim. Disse-me que ia para um hospital, que l sofreria muito; que sofresse pela converso dos pecadores, em reparao dos pecados contra o Imaculado Corao de Maria e por amor de Jesus. Perguntei se tu ias comigo. Disse que no. Isto o que me custa mais. Disse que ia minha me levar-me e, depois, fico l sozinh