recensão bibliográfica: burnett, a.; amandry, m ......burnett, a.; amandry, m.; ripoll~s, p, p.-...

6
BURNETT, A.; AMANDRY, M.; RIPOLL~S, P, P.- Roman Provincial Coinage. I. From the death of Caesar to the death of Vitellius (44 BC-AD 69),2 Parts. London: British Museum Press; Paris: BibliothPque Nationale, 1992.812 p. + 195 ests. ISBN 0-71 - 41 .- -0871-5 (BMP); ISBN 2-71 -. 77-1 845-1 (BnF). BURUETT,A.;AMANDRY, M.;RIPO~LES, P . P- om an Provincial Coinage.Supplement l.London:British Museum Press; Paris: Bibliotheque - Nationale, 1998.60 p. + 10 - ests. - ISBN - 0-71 - - - 41 - . - -0894-4 - - (BMP); - . - ISBN . - 2-71 - 77-2049-9 (BnF). Apenas seis anos apos a publtcaq2o do prirneiro volume do Rowan Provranal Colmage, sern duvida uma das grandes obras de numisrnatica d~sze stculo, eis que surge urn suplemento do mesmo. Este lanqamento, t5o proximo da edi+ original, que, entretanco esgotada, foi alvo de uma reimpress50 corrigida, revela n5o s6 as naturais dificuldades que envolveram ~nicialrnente esre project0 mas tarnbkm o empenho posto pelos aucores quer ern corrigirdeterrninados aspeccos do volume jsedicado querern acrescencarnovos dados susceptiveis de o complementare valoritar. Algurnas das observaq6es que em duas oporsunidades fizemos ao primeiro volume da obra (Faria, 1992, 19931, designadamence a parte respeitante 5s cunhagens hispano-romanas, foram tidas em consideraqiio pelos aucores neste suplemento {adiance designado por Suppl.), o que, valha a verdade, nem sempre fol reconhec~do no local prbpsio; outras n5o o foram, sern qwe fossern expllcitados os Fundamencos cia sua exclus5o. 6 precisamenre esra a raz5o que nos levou ncstaocasi50 a retomar, corn as altera~dcs juigadas necessirias, os comencarros elaborados ha alguns anos (Faria, 1992, 1993), aos quals se juntam agora os que o supiemento nos veio suscitar. Ripollks forma corn as moedas 12-19 urna s6 emiss50 (p. 70-71), ja que, segundo ele, estas incIuem na Iegenda de anverso o tituIo P(ater) P(atriae), atribuido a Augusto em 2 a.C. (RPC 1, p. 69). Conrudo, nas fotos de 16-19 aquela dupla abrevlatura nZo vem referida (Faria, 1932, p. 33, 1993, p. 141). Embora Ripollts afirme que a efigle de Augusto em 18 6 lauseada (p. 71), o exemplar lustrad do (Plate 2) n5o e, de modo nenhum, explicit0 (Faria, 1992, p. 33,1993, p. 141 1. - Cremos que i possivel introduzir uma maior afinaqso cronol6gica em algumas cunhagens de A~gusta Emerita: 5-9,11 e 18 terse s~do batidos en tre 15 e 10 a.C. ou, em codo o caso, entre 15 e 2 a.C. (Faria, 1992, p. 33-34, 1993, p. 141; v. tarnbirn Grant, 196g2, p. 220; Volk, 1997, p. 70). A ceca de Ebora ter6 Euncionado quando esta cidade deixou de ser de direito latino (Plinio, nat. 4. 117), passando a ostentar o escatuto de municipio, possivelmente em 12/11 a.C. (Earia, 1992, p. 34, 1993, p. 141-142, 199Sa, p. 95, 1995b, p. 147-148). Sendo codas as outras cidades- -cecas peninsularcs augustanas que ernltlrarn moeda perrnissu Caesares A~gusts coknias ou municipios (RPC I, p. 21, n5o hi razz0 para acreditar que Ebora constituia uma excepqzo a esra regra (Faria, 1993, p. 142). E Inapemtoria Salacia, e nPo Salana Imperato% (SuppI., p. 7), o verdadeiro nome da cidade em apreqo. Em nenhum Iado declara Plinlo que Salacla era municipio de direito latino (Stippl., p. 7), chamando-lhe t20-somenre oppidum de direito larino (nat. 4. 117) (Le Roux, 1986, p. 334- -335). Continuamos a pensar que os dois componentes cia respectiva designaqso devem ser vinculados a actuaq5o de Sexto Pornpeio no period0 subsequente i batalha de Munda (Faria, F989b, p. 79-80, 1995a, p. 95-96, 1995b, p. 145-146). N5o deve ses por acaso que o cognomenturn Imperatoria se encontra unicarnente documentado nas moedas salacienses, dacgveis de 45/44 a.C. - altura em que ImperatoP-ia Salacia devera ter sido fundada pelo fiIho mais novo de Pompeio Magno --, e em PIinio-o-Velho (nut. 4. 116) (Earia, 1995a, p. 95-96, 1995b, p. E46).

Upload: others

Post on 31-Jan-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • BURNETT, A.; AMANDRY, M.; RIPOLL~S, P, P.- Roman Provincial Coinage. I. From the death of Caesar to the death of Vitellius (44 BC-AD 69),2 Parts. London: British Museum Press; Paris: BibliothPque Nationale, 1992.812 p. + 195 ests. ISBN 0-71 - 41 .- -0871-5 (BMP); ISBN 2-71 -. 77-1 845-1 (BnF).

    BURUETT,A.;AMANDRY, M.;RIPO~LES, P. P- om an Provincial Coinage.Supplement l.London:British Museum Press; Paris: Bibliotheque - Nationale, 1998.60 p. + 10 - ests. - ISBN - 0-71 - - - 41 - . - -0894-4 - - (BMP); - . - ISBN . - 2-71 - 77-2049-9 (BnF).

    Apenas seis anos apos a publtcaq2o do prirneiro volume do Rowan Provranal Colmage, sern duvida uma das grandes obras de numisrnatica d ~ s z e stculo, eis que surge urn suplemento do mesmo. Este lanqamento, t5o proximo da edi+ original, que, entretanco esgotada, foi alvo de uma reimpress50 corrigida, revela n5o s6 as naturais dificuldades que envolveram ~nicialrnente esre project0 mas tarnbkm o empenho posto pelos aucores quer ern corrigirdeterrninados aspeccos do volume jsedicado querern acrescencarnovos dados susceptiveis de o complementare valoritar.

    Algurnas das observaq6es que em duas oporsunidades fizemos ao primeiro volume da obra (Faria, 1992, 19931, designadamence a parte respeitante 5s cunhagens hispano-romanas, foram tidas em consideraqiio pelos aucores neste suplemento {adiance designado por Suppl . ) , o que, valha a verdade, nem sempre fol reconhec~do no local prbpsio; outras n5o o foram, sern q w e fossern expllcitados os Fundamencos cia sua exclus5o. 6 precisamenre esra a raz5o que nos levou ncstaocasi50 a retomar, corn as altera~dcs juigadas necessirias, os comencarros elaborados ha alguns anos (Faria, 1992, 1993), aos quals se juntam agora os que o supiemento nos veio suscitar.

    Ripollks forma corn as moedas 12-19 urna s6 emiss50 (p. 70-71), ja que, segundo ele, estas incIuem na Iegenda de anverso o tituIo P(ater) P(atriae), atribuido a Augusto em 2 a.C. (RPC 1, p. 69). Conrudo, nas fotos de 16-19 aquela dupla abrevlatura nZo vem referida (Faria, 1932, p. 33, 1993, p. 141).

    Embora Ripollts afirme que a efigle de Augusto em 18 6 lauseada (p. 71), o exemplar lustrad do (Plate 2) n5o e , de modo nenhum, explicit0 (Faria, 1992, p. 33,1993, p. 141 1.

    - Cremos que i possivel introduzir uma maior afinaqso cronol6gica em algumas cunhagens de A~gusta Emerita: 5-9,11 e 18 terse s ~ d o batidos en tre 15 e 10 a.C. ou, em codo o caso, entre 15 e 2 a.C. (Faria, 1992, p. 33-34, 1993, p. 141; v. tarnbirn Grant, 196g2, p. 220; Volk, 1997, p. 70).

    A ceca de Ebora ter6 Euncionado quando esta cidade deixou de ser de direito latino (Plinio, nat. 4. 117), passando a ostentar o escatuto de municipio, possivelmente em 12/11 a.C. (Earia, 1992, p. 34, 1993, p. 141-142, 199Sa, p. 95, 1995b, p. 147-148). Sendo codas as outras cidades- -cecas peninsularcs augustanas que ernltlrarn moeda perrnissu Caesares A~gusts coknias ou municipios (RPC I, p. 21, n5o h i razz0 para acreditar que Ebora constituia uma excepqzo a esra regra (Faria, 1993, p. 142).

    E Inapemtoria Salacia, e nPo Salana Imperato% (SuppI., p. 7), o verdadeiro nome da cidade em apreqo. Em nenhum Iado declara Plinlo que Salacla era municipio de direito latino (Stippl., p. 7), chamando-lhe t20-somenre oppidum de direito larino (nat. 4. 117) (Le Roux, 1986, p. 334- -335). Continuamos a pensar que os dois componentes cia respectiva designaqso devem ser vinculados a actuaq5o de Sexto Pornpeio no period0 subsequente i batalha de Munda (Faria, F989b, p. 79-80, 1995a, p. 95-96, 1995b, p. 145-146). N5o deve ses por acaso que o cognomenturn Imperatoria se encontra unicarnente documentado nas moedas salacienses, dacgveis de 45/44 a.C. - altura em que ImperatoP-ia Salacia devera ter sido fundada pelo fiIho mais novo de Pompeio Magno --, e em PIinio-o-Velho (nut. 4. 116) (Earia, 1995a, p. 95-96, 1995b, p. E46).

  • Alnda na parre do suplcrnenco relativaa Imperatoria Salacia, notimos a aus6nc1adaemissiio Vives 84:9, que diverge Re S-5 1A (Suppl., p. 7) por n.50 apresenrar a-s duas Ilnhas que deiirn~rarn horizontalmenre a legenda toponimica no reverso (Faria, 1995b, p. 145). Deve pertencer a esta variante a rnoeda que servlu de base 1 cunhagem do asse de Baesuri (S-53A) (S tdpp l , p. 8) (Farra, 1995b, p. 144) que surge lncorrectamente oriencado na Est. 1.

    Em Salacia, foram urilizadas rrPs cancramarcas: as abreviaturas S e S A L e urn golfinho. Enquanto, de acordo corn os dados actualmente disponiveis, as duas i~lrimas faram aplicadas exclus~vamente em sescPrclos de Augusto batidos em Roma (Fana, 1991-1992, p 7-8 e Est. I ) , a prlmelra foi aposra sobre a legenda coponirnica, prevlamente rasurada, lnscrlta 11r11na strie dc divlsores de "Reuzpo, ceca quc antecedeu a de Saldcia, corn o proposito de proIongar a clrcula@o daqueles apos a alteraciio eoponirn~ca (Faria, J 9X9b, p. 95, 1995b, p. 145).

    Embora tal nso seja refertdo, S-52A (Paxlulia) ji havia sido por n65 publicada (Farla, 1995b, p. 150) graCas a amabllidade de L. V~llaronga e de P. P. Rlpolli.~, que nos Forneceram rodas as ~nfosrnaqbes a ela respeztantes.

    As cunhagens de beha (54), asslrn como as de Irzppo (55-57) e de Os(r)e(t) (58-59) (RPC 1, p. 75-76), t e r h sido batidas e m data anterror a 27 a.C. (Faria, 1989a, p. 91, 1989c, p. 108-109, 1992, p. 34, 1993, p. 142).

    A hgiira masculina seproduzrda no5 reversos desca ultlma ceca deve tdentificar-se corn Liber Pdti?r (Faria, 1992, p. 34, 1993, p. 142).

    Scgundo Plinio (ndt. 3. ZS), a Colonaa lulia Gemella Accr desfrutava do dircito itillco ( m s Itafzae/ltalicunt) (Faria, 1992, p. 34, 1993, p. 142}, e niio, como afirrna RipoIllrs, do d ~ r e ~ r o lacrno ( I U S Latzz) (p. 88).

    - C Cmdf T Popili Ilvir qwn dcve subs tltuir C Caedz T Popilius Ilvira qmn (p. 92). L Appiklrz RuJ C Mden qurnq deve subst~turr L App~iez~s Rufas C Mafaus quznq ( p 93). Ti Nero qut C Helvi Poll pr Hzberws praef deve subst-ituir C HeIvrus Pollzo pr Tz hrerone Hlbcrtrr

    praefqui (p. 94). A Ie~tusa da legenda do anverso de 166 6 a segulnte: TI(berio) NERONE QVI(nqtrennnl~)

    C(azo) HELVI(o) POLL(tone) PR(aefecto) (Faria, 1993, p. 142, 1994, p. 45, n. O 179). * Cn Atdliw PontiIubd RFX Iubaefllv q~ deve substltuir Cn Atellzusluba RexIubae fllt)z,ln qu ( p . 95j.

    P Turullrus IIvr quin M Porturn Albrnus Ilvir quinq iter deve subsritulr P Turullro IIvrr qnzn M Postuw Albinas IIvtr qu~nq iter ( p . 95).

    NZo h i raz6es para ~ncluir Tibkrio enrre os responsAveis por 179-184 (p. 96). Q Terentius Mnnt CSalvills IIvir deve substituir Q Terentiw Montantis C Salr~rus LIuiri ( p . 98). Q Papir Car Q Tere Morat IIvirq deve substi cuir Q Papiks Car Q Terenhlks Montanus Ilvtri ( p . 98). T Coelius Proculus M Aemzbus Severus q deve substituir T Coelius Pmculus M Aemrizus Severus

    IIviri p i n (p, 99). M Iuizus Settdl L Sesti Celer 1Ivir deve substiruir M Iulius Settal L Sestius Celer llvin ( p . 99) . L TerLong L Pap AvifIIvirq deve subscitulr L Terentius Langus S Pdpirius Av~tusIlvrn (p. 99). Acendendo a que PIinio ( ~ t . 3. 19) reconhece a Saganturn a categoria de oppsdum aurum

    Rornanorum,e sendo quase todos os dados dequese serve o NaturaIistaanteriores a 12 a.C., torna- -se problem5tico defender para a municipaliza+o clesca cidade a data de 8/7 a.C. (p. 99) (Faria, 1992, p. 34, 1993, p. 143). Assim, o periodo entre 40 e 30 a.C. constitui ulna cronologia mais plausivel (Marin Diaz, 1988, p. 223).

    L Sempt- Vetto L Fabi Post deve substituir L Sempronras Vettus L Fabias Post (p. 100). L Semp Geminus I, Valer Sum Ihir deve substicuit L Sempro~zius Gemrnus L Valeriw S ~ r u Ihin

    (p. 100).

  • - L Aem Mdxumus M Biaebl Sabrinus aed deve substituir L Aemilias Max~mus M Aaeblus Sobrznus aed (p. 101).

    Parece-nos forFado incluir Augusto encre os responsaveis por 2 10-2 14 {p. 103-104). M Ful C Otacpr qarn deve substitu~r M Fulvzus C Ctaczlz~k~pr qtltn (p. 1 11). P Salpas hd Falvipr llvir deve subssitu~r P Sltlpd M Fulvntspr I11~cr (p. I 1 1).

    * L Calp Sex Nzg aed deve substituir L Calpurnilas Sex N~ger aed (p. 1 1 1 e SuppI., Place 2). L Pompe Bucco L Corne Fronto Iivzr devc substitulr L Pompecus Bucco L Cornelius Front IIvrn

    (p. 1 12). LCnrneirlasTemenusMIuniHisp~nusIlvrrdevesubst~tu~r LCornelrur Terrenus Mir~nnssHispanus

    llvin ( p, 1 12). L Aufid Punsu Sex Pomp Ntger aed deve substituir L AtsJidzus Pmsa Sex Pornpetus N~ger aed

    (p. 113). * B a g Front Cn BUCCO IIvir ttelwm deve substituir Raggius Front Cn Bucco IIvsrt rterurn (p. 1 13).

    Vetzl~us Bucco C FUJFius aed deve substltclir VetiIius Rucco C Fufius iIviri (p. 1 14). Em parte alguma Oscu i qualificada por Plinio como muntnptum (p. 114) {Farla, 1992,

    p. 34-35, 1993, p. 143). M Aei Maxumur Q Acl Prucultks Ilvir deve substituir M Ael~us hxurnus Q Ael~us Procult6~ Tlvrn

    (p. 116). Quer a legenda de anverso (AVGVSTVS DIVI F) ques o rnodo como esta se d~spbc. em volta

    da efigie de Augusto levam-nos a crer que a pr~meira emissgo de Cdesaraugusta (304-305) (p. 1 19) deveri ser pouco posterior as mals antigas series de Aureos e denirios cunhados ern I,qdttnurn (15 a.C.) (Fana, 1992, p. 35-36, 1993, p. 144).

    L Cassias C Valenus Fene IIvzr deve subst~tulr L CBSSIUS I: Valerius Fcne(stcllu?) Ilmrz (p. 119). CnDom Ampian C Vet LdnnaIImrdeve substitu~r Cn Dornth~sAmp~nus C Vet I~ncza IIvrrr (p. 120). M Cut0 L Vetttactas livrr deve substituir M Catus L Vemucus IIvrrz (p. 123).

    - C Ccsrri Aqtcrl L Fun1 Vett IIvir deve substituir C C a m Aqurl L Funz Vet f IIv in (p. 124). Em parte alguma Plinio identifica Bilb~l~(s) como munlcipio (p. 127), chamando-Ihe apenas

    oppzhm ctuiurn Romanorurn. 388 eVives 138: 1-3 deverb seranteriores a387, apontando claramente nesse sentido quer a legenda BILBILI quer o arcaisrno das dlversas efigies, pelo que niio e de

    descartar umacronologiaanterior a27a.C. paraas emissbes emapreqo. E por isso que cons~deramos a ordenaqio das emissfies elaborada por Vives (1924, p. 55) prefesivel a de RipolIks (Faria, 1992,

    p. 36, 1993, p. 144). O cognomen de urn dos duhv i ros presentes em 400 6 Fronto, e nzo Frontus (p. 128). L Caec Aquin M Gel l?dttd Iivir deve substituir I, Caec Agtkinus M Cel Palud Ilurri (p. 133). N5o t verdade que Plinio qualifique Cascantam como municipio de direito lacino (p. 133)

    (Le Roux, 1986, p. 334-335 e n. 45; ChastagnoI, 1990, p. 360 = 1995, p. 82; Farla, 1992, p. 34-35, 1993, p. 143).

    Gruccarir, considerada opptdum Latinorum geterum por Plinio, e niio rnuniciplo de direito latino (p. 134), ter6 sido prarnovida a mgnrcipium par Augusto ap6s 12 a.C. ou por Tib6rio (Le Rorur, 1986, p. 334-335 e n. 45; Chastagnol, 1990, p. 360 - 1995, p. 82; Faria, 1992, p. 35, 1993, p. 143).

    Nada impede que o municipium CaldgunY(s) IulidNass~ca, inclufdo por Plinio entre os oppida ciuzam Romanorurn, e nZo entrc os municipia (p. 135), tenha corneqado a cunhar moeda em 35 a.C., atendendo a que, se conrarrnos corn Vives 158:1, forarn oito as ernissdes de asses cunhadas at6 27 a.C. (Faria, 1989, p. 108, 1992, p. 36, 1993, p. 144). E natural que a prirneira ernlssZio tenha coincidido corn a constzt~io do municipio.

  • N5o C de afastar a eventualidade de 436-438 serem anreriores a 433-435, atendendo ao facco de os magisrcados destas litrimas ernissGes se encontrarem em ablativo, caI como os nornes $05 duunviros referidos nos asses postcriorcs a 27 a.C. (439 e ss.)

    L Semp Ruf Cn Ae Gracrlis aed deve substiruir L Semp Ruf Cn Ail ]mcib aed (p. I40 e S~kppl., p. 10). Aee provaem contrjno, o cognomen deste tiltimo edtl devera ler-se nas rnoedas como Grac~Ie (abl.), a exemplo do guc sucede corn urn seu hornonitno, presente em 464-467.

    Sendo Ercauzca urn oppidurn Lafinorurn ueterum em daca anterior a 12 a.C. (Plinio, nat. 3. 24), e n jo urn municipio de d~relto latlno (p. 1401, as cunhagens que reflectem o seu csratuto municipal (459-461), conquanco pertencentes ao reinado de Augusto, deverso ser posteriorcs aqueEa data (Le Rozrx, 1986, p. 334-335 e n. 45; Chastagnol, 1990, p. 360 = P995, p. 82; Faria, 1993, p. 143, 199Sa, p. 94). Alias, os provavcis procotipos iconograficas e epigraficos, cunhados em Lugdunurn, dos anversos pertencences a numiria iniciaI desta ceca fotnecem urn terminuspost quem de 1 1-10 a.C. (RIC Iq86-197 ) (Faria, 1995a, p. 94), e n.50 de 15 a.C. (Gomis Justo, 1997, p. 37), se tivermos em devlda considera~5o que a cabeqa de Augusto ilustrada na numirra lugdunense sb a partir de 11-10 2.C. C que leva a cotoa de louros, adere~o que adorna todas as efigies reproduzidas nas moedas dc Ercauica.

    0 s semisses de f l e s h corn a legenda IMP CAESAR DIVE E (259) devem ser atribuidos a urnadataanteriora27a.C. (Farla, 1989~1, p. 9 1 , 1 9 8 9 ~ ~ ~ . 108). Se,corna qver Rlpolles,os num~smas corn a legenda IMP AVGVSTVS DIVI F (260) integrasern a rnesrna emiss50, P Iicito afirmar que a cunhagem daqueles teri tido in i c~o a ~ n d a e m 28 a.C., perrencendo o grosso da sua produ~5o ao ano seguinte. Irnporca, no encanto, referlr que, a1i.m de exlstlrcm importantes divergPncias ao nivel da legendagern e do esrilo cntre os cxempIares mais recentes, n5o parece cer havido parcilha de cunhos de reverso entre ambas as emissdes.

    Em 257 (hpida-Celsa), o nome de urn dos edis C L CALF' (Suppl., Plate 2), e n.50 L CAL (RPC r s ~ p p r . , p. 9) .

    Plinio (nat. 3.24) chama a Os~cerciaoppidum Latinorum ueterum, e n5o manrcrpzum Ldtznorum uetcrum {p. 142). Esza cidade seri recebido acategoriamunicipal no reinado deTibCrio ou duran ce o reinado de Augusto, depois de 22 a.C. (Faria, 1992, p. 35, 1993, p. 143, 199.5~1, p. 94).

    Sexs dever5 ter cunhado moeda quando, ao romar os ritulos de Fimum Iulium, se tornou nurnoppid~mLatinum ou num manicipium {ciuir.m Romanorurn) por acqZo de Ctsar ou de Octaviano (Galsterer-Kro11, 1975, p. 121-123, 127; Faria, 1992, p. 36, 1993, p. 144; Lwpez Cascro, 1995a, p. 104). Dada a inextstEncia de municipios hisphicos de direito larina antes dos FlSvios (Le R o u , 1986, p. 340), n5o nos parece possivel que tenhasido CPsar a transformar Sexsem municipio de direito lacino (contm, L6pez Castro, 199Sa, p. 104, 199Sb, p. 250).

    A legenda LAP DEC Q 1P-se apenas nas moedas de Vno, e n5o nas de Murtili e Bailo (p. 175). APDE, L A D E e L A DEC abrewarn o nome do rnagistrado responsive1 pela emissso de Makrtili, enquanco nas moedas de Bailo pode ser lido o nome L(ucius) APO(nius) (Faria, 1992, p. 36, 1993, p. 145).

    6 provsvel que renha sido no teinado de Augusco, e n5o no de Vespasiano (p. 189), que Hippo Regztts passou a ostentar o titulo d e rnvnicipio Uacques, 1991, p. 597 e n. 6 I).

    A colonia it66 Concordlo Kdrthago t e r i sido fundada em 42 a.C., e n5o em 44 a.C., devendo esta cidade ter assurnido a capitahdacle da Afica Procons#laris logo a partir da criaqzo desta, em 40 a.C., e n5o em 12 a.C. (p. 193) (Le GIay, 1985, p. 238,241,244,247).

    E bem prov5vel que 867-869, procedentes da ceca de Babba, tenharn sido ernitidas em sirnultineo. Dos elementos postos a nossadisposiq50 (Plate 493, julgamos que ngo ha motivo que ~nduza a atribuir a BuI-Melqdrt ou a qualquer outra divindade masculina e efigie ilustrada no

  • reverso de 868. Na verdade, n5o vislumbramos grandes afrnldades entre csca efigie e a cabcqa reproduzida no reverso de 86 t (Tingt). A ausZncia de quaisquer atribucos dtvinos leva-nos a crer que podemos estar perante urn retrato de Agripa (Callu, apud Amandry, 1984, p. 94, n. 42). TambPm a reproduqio fotogrlificade 868 nos permite ler, sob acabeqa de "Agripa", a abreviaqao CAMP(esm's), que Ca naturaI sequencia toponimicade IVLIA (v., por exemplo, as moedas coedneas davixlnha Idia Tingi). A descentragern de 869 n2o deixa ler o mesmo sob a cabeqa de "Bacon, mas o exemplar llustrado por Guadkn (1369, p. 9, fig. 19) deixa encrever a possibitidade de, a segulr a IVLIia), poder vlr CAM@esms). T5o-pouco consideramos definl crva a ~n terpre ta@o dada a legenda do reverso de 869; na fotografia apresentada, nZo cconsegurmos vrslumbrar qualqucr ponto a separar o X do A; nem, tiio-pouco, o nexo TE; mas sc este de fact0 cxiste, podera ser lido como ET, conjun~5o que figura , por exernplo, em moedas de Osca, Cdesamugwsta e Turraso. Parece- -nos pouco plausivel a inversgo das posiq6es do nomea e do cognomen do primeiro edil; por outro lado, n5o se compreenderia quc fa1 tasse ao nome deste magis trado opraennrnen - Iogo Q prlmeiro que devia ser gravado - e o segundo dlspusesse d e m a nomina. Por isso, a l e~ tu rade Babelon {lspud Amandry, 1984, p. 9 1) afigura-se-nos, apesar de tudo, a melhor: VAGAXA ET TIRO AED(Jer) (Faria, 1993, p. 145).

    A conrramarca C IT, presence num exemplar pertencenee 5 ernissjo 873 (Suppl. , p. lG), nZu deve corresponder a Coloniu I d a Tingi, ja que esta cidade nHo tera a d o col6nia antes de C16ud1o (v, comentirios a 860: Suppi., p. 16).

    ALRRCAO. J de (1990) - 0 Estado c o governo Imal In ALARCAO, J de, ed - Now Mlstona dp Porrugdl l P o m g d d a q n r d mmnntuydo I.r

  • GRAh'T. M (1969') - fmm trnperlum to aucrorlras. Cambndg Caml-rrtdge Untvcrslry Pr~ss

    GUADAN, M de (1969). Una nuwa rnoneda dr T~ngis Numrmw Madnd 96 101, p 9-23

    LE CiLAY. M (1985) - Les prernlcrr temps de Carchage rornaxnr pour une r iv~siun dcs dates BuNrt~n Anheolq~qa,ddn C T I1 S Pans Nouv 'irrrr 1Y B (Historre et Archeologie de I'Afr~que d u N o d II' CaIloquc Intcrnac~onal, Grenohle. 5-54 arrril. I98 3 ) p 235.248

    LE ROUX. P (19863 Munrc lp er d r u ~ r larln en H~rpanta s o u r !'Empire Rm*ue Htf~onqucd~ h ~ l Fnawcdrr e t F r m n . ~ Part< 64, p 325-350

    LOPFZ Tr\FTRO J L (199Fa) - Las acuriac~ones fcntc~as h~pana5 a5pector hlrrorrcor v economlcos In GARCIA I3ELLIIIO. M ' P C SWTFNO. R M S . eds - Id monedo hlrpanrca I ' r d y temtono Act'zr drl f Fncuenmo Penmruldr rfc ~Af~#ml,nrdhra Anrrgud (Madrid nn#.r,~rnbri, 1994) Madnd rnnw lo Superior dr Lnr*esc~gac~onm L ~ e n t l h c a p 97 LO-I

    LOPtZ CASTKC).J L ( 1995b) H~rpmru P m a Lor fmrcror PH la l-hrpanra mmusw Barcelona Tn r~cx

    MAHJN DL AZ. M ' A ( 19RR) E m ~ ~ p r v ~ o n , colonranon y rnrrn ipa l iw~~dn en la Fltrpanre rep~blrcdrur Ciranrda Unrrr.rs~dad

    WVES, n (1924-1926) L a mow& h~rpdnrw 4 vols Madnd Real Academla de la Hlsrona

    VOLK. T R ( 1497) . Hhspan~a and the gold and stlver cobnage oFAugurur l o Curr d'H1rtom Cfonetdm d'Nrspmrd L ~ n o n ~ d a m tcrnp