redução do custo logistico de transportes

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  • 7/31/2019 Reduo Do Custo Logistico de Transportes

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    UNIO EDUCACIONAL MINAS GERAIS S/AUNIO EDUCACIONAL MINAS GERAIS S/AUNIO EDUCACIONAL MINAS GERAIS S/AUNIO EDUCACIONAL MINAS GERAIS S/A UNIMINASUNIMINASUNIMINASUNIMINAS

    ADMINISTRAO EM MARKETINGADMINISTRAO EM MARKETINGADMINISTRAO EM MARKETINGADMINISTRAO EM MARKETING

    REDUO DO CUSTO LOGSTICOREDUO DO CUSTO LOGSTICOREDUO DO CUSTO LOGSTICOREDUO DO CUSTO LOGSTICO

    DE TRANSPORTEDE TRANSPORTEDE TRANSPORTEDE TRANSPORTE

    GUSTAVO PRUDENTE EURIDESGUSTAVO PRUDENTE EURIDESGUSTAVO PRUDENTE EURIDESGUSTAVO PRUDENTE EURIDES

    UBERLNDIAUBERLNDIAUBERLNDIAUBERLNDIA

    2005200520052005

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    GUSTAVO PRUDENTE EURIDES

    REDUAO DO CUSTO LOGSTICO DE TRANSPORTE

    Monografia apresentada Faculdade de CinciasAplicadas de Minas FACIMINAS, como requisito

    para aprovao na disciplina Trabalho de Conclusode Curso no curso de Administrao em Marketing.Orientador: Prof. Ricardo Freitas Martins da Costa

    UBERLNDIA

    2005

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    GUSTAVO PRUDENTE EURIDES

    REDUAO DO CUSTO LOGSTICO DE TRANSPORTE

    Monografia apresentada ao Curso de Administraoem Marketing da Faculdade de Cincias Aplicadas de

    Minas FACIMINAS, como requisito necessrio paraobteno do ttulo de Bacharel em Administrao.

    rea de Concentrao: Administrao de RecursosMateriais e Patrimoniais.

    Monografia submetida defesa em 09 de dezembro de 2005, pela Banca Examinadora

    constituda pelos seguintes professores:

    Orientador: Prof. Ricardo Freitas Martins da Costa

    Examinador: Prof.: Leonardo Caixeta de Castro Maia

    Examinador: Prof.: Andr Luiz Teles Rodrigues

    Uberlndia Minas Gerais

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    Aos meus pais e familiares.

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    AGRADECIMENTOS

    Aos professores, Ricardo Costa e Andr Teles, pela orientao segura e pela

    pacincia ao conduzirem-me na execuo desse estudo.

    A todos de minha famlia, pelo apoio e incentivo.

    Ao amigo e padrinho Edivaldo secretrio do Curso de Administrao da Unio

    Educacional de Minas Gerais S/A, pela pacincia e apoio durante o curso.

    Aos professores, imprescindveis minha formao.

    Aos colegas e amigos pelo companheirismo e apoio no decorrer do curso.

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    SUMRIO

    Lista de Figuras .............................................................................................................

    Resumo ..........................................................................................................................

    1 Introduo ................................................................................................................

    1.1Apresentao ...........................................................................................................

    1.2Justificativa .............................................................................................................

    1.3Objetivos .................................................................................................................

    1.3.1Objetivos Gerais ...................................................................................................

    1.3.2Objetivos Especficos ...........................................................................................

    1.4Estrutura do Trabalho ..............................................................................................

    2Embasamento Terico .............................................................................................2.1Introduo ...............................................................................................................

    2.2Logstica e a Distribuio Fsica .............................................................................

    2.3Custos ......................................................................................................................

    3Metodologia ..............................................................................................................

    3.1Pesquisa Bibliogrfica .............................................................................................

    3.2Pesquisa Documental ..............................................................................................

    3.3Estudo de Caso ........................................................................................................

    4Estudo de Caso Caramuru ...................................................................................4.1Descrio da Empresa .............................................................................................

    4.2Declaraes da Organizao ...................................................................................

    4.3Descrio do Caso ...................................................................................................

    4.3.1Introduo .............................................................................................................

    4.3.2 A Busca pela Vantagem Competitiva ..................................................................

    4.3.3 Consideraes para Entendimento do Projeto .....................................................

    4.3.4 Planilhas Base de Dados ......................................................................................

    4.3.5 Planilha dos Custos Fixos e Variveis .................................................................4.3.6 Planilha dos Custos R$/Km e R$/ton ...................................................................

    5 Consideraes Finais ...............................................................................................

    6 Bibliografia ...............................................................................................................

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    LISTA DE FIGURAS

    Tabelas

    01.Categorias de Veculos - Agncia Nacional de Transportes Terrestres ..................

    Figuras

    01. Relacionamento entre Promoo e Distribuio .....................................................

    02. As Unidades da Caramuru em Itumbiara ................................................................

    03. Cavalo Mecnico Trucado da Iveco ........................................................................

    04. Carroceria Bitrem Graneleira 38 toneladas .............................................................

    05. Carroceria Graneleira 27 toneladas ou Semi-reboque ............................................

    Grficos

    01. Custo Fixo ...............................................................................................................02. Custo Varivel .........................................................................................................

    Planilhas

    01. Base de dados dos preos do cavalo mecnico e do implemento ...........................

    02. Base de dados das caractersticas do veculo ..........................................................

    03. Base de dados da operao do veculo ....................................................................

    04. Custos Fixos e Variveis .........................................................................................

    05. Tarifas de Fretes ......................................................................................................

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    RESUMO

    REDUO DO CUSTO LOGSTICO DE TRANSPORTES

    O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo de caso sobre areduo dos custos logsticos de transporte. O estudo precedido por uma anlise doambiente logstico do cenrio brasileiro, enfatizando a distribuio fsica e o impacto deseus custos em uma empresa, fundamentando-se, teoricamente, nos estudos de Ballou(2001). Na seqncia, apresenta-se a descrio do estudo de caso realizado, finalizandocom os resultados obtidos, quais sejam: uma reduo de 12% do custo logstico detransporte. Com esse resultado, confirma-se e salienta-se a importncia do profissional delogstica no atual ambiente empresarial.

    GUSTAVO PRUDENTE EURIDES

    PALAVRAS-CHAVE: Logstica, Distribuio Fsica, Custos.

    Orientador: Prof. Ricardo Freitas Martins da Costa UNIMINAS.

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    1. INTRODUO

    1.1 Apresentao

    Esta monografia procura discutir a Logstica, ramo da Administrao, que vem

    ganhando importncia ao longo dos anos no Brasil globalizado, mostrando a importncia

    das tarefas e da prpria existncia de um profissional especializado para gerir esse setor.

    Ainda, salienta o impacto sofrido por uma organizao com os custos logsticos e,

    conseqentemente, aquele sofrido por esses custos, em decorrncia dos gastos com

    transportes. Foram realizados levantamentos bibliogrficos, abordando os principais

    conceitos relacionados administrao da cadeia logstica, em especial, externa.

    Para verificao da proposta apresentada, qual seja, a importncia do profissionalde logstica no mercado empresarial, apresenta-se um estudo de caso, relativo s atividades

    de uma grande organizao, na tentativa de reduzir seus custos de transporte.

    1.2 Justificativa

    Na guerra por fatias maiores de mercados, cada empresa precura inovar suas

    estratgias. As organizaes que perceberam a importcia da logstica esto um passo afrente, na medida em que encaram a logstica como parte da estratgia e no somente como

    uma ferramenta.

    Segundo Ballou (2001:21),

    A logstica um processo de planejamento, implementao e controledo fluxo eficiente e economicamente eficaz de matrias-primas, estoqueem processo, produtos acabados e informaes relativas desde o ponto deorigerm at o ponto de consumo, com o propsito de atender sexigncias dos clientes.

    O objetivo geral da distribuio fsica o de levar os produtos certos, para os

    lugares certos, no momento certo e com o nvel de servio desejado, pelo menor custo

    possvel.

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    Para Ballou (2001:129),

    Uma alternativa disponvel a empresa possuir o servio de transporte eequipamentos ou contratar transportadoras. Idealmente, o usurio espera

    obter um melhor desempenho operacional, maior disponibilidade ecapacidade de servio de transporte e um custo menor.

    A cadeia logstica, formada desde o produtor at o consumidor, no estar

    otimizada, se estiver mal gerida, mal organizada e, principalmente, se estiver ligada a

    problemas difceis de resolver, Diante de uma desorganizao de tal natureza, cada

    membro poder comear a tomara atitudes independentes e exclusivas que podero vir a

    piorar ainda mais o desempenho de seus parceiros.

    Na viso de Ballou (2001:131),

    Os valores que um profissional de logstica deve pagar por servios detransporte esto ligados s caractersitcas de custo de cada tipo desevio.

    1.3 Objetivos

    1.3.1 Objetivo Geral

    Demonstrar, por meio de um estudo de caso, baseado num projeto de consultoria,

    como uma reduo de um custo logstico especfico de uma das atividades de transporte de

    uma empresa, pode significar uma imensa reduo do custo total logstico de transporte.

    1.3.2 Objetivos Especficos

    * Conceituar Logstica e Distribuio Fsica, considerando a importncia dessas atividades

    para uma empresa;* Explicar o peso financeiro exercido pelas atividades de transporte numa empresa;

    * Apresentar uma proposta de reduo de custos de transporte;

    * Demonstrar o impacto no custo logstico total por meio da reduo do custo de

    transportes.

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    1.4 Estrutura do Trabalho

    Este estudo monogrfico encontra-se estruturado da seguinte forma:

    Na introduo apresenta-se a justificativa, os objetivos gerais e especficos do

    trabalho, bem como sua estruturao. A seguir, no referencial terico, apresenta-se o

    posicionamento de alguns autores sobre o campo de atuao da logstica e a relao desta

    com o marketing e com a produo. Segue-se a descrio da metodologia adotada e o

    estudo de caso, em cuja descrio apresenta-se a descrio da empresa onde se realizou o

    projeto proposto. Finalmente, nas consideraes finais, faz-se uma avaliao dos resultados

    obtidos, seguida da bibliografia que embasou o trabalho.

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    2. EMBASAMENTO TERICO

    2.1 Introduo

    A LOGSTICAexiste desde os tempos mais antigos. Na preparao das guerras,

    lderes militares, desde os tempos bblicos, j se utilizavam da logstica. As guerras eram

    longas e nem sempre ocorriam em locais prximos das pessoas. Por isso, eram

    necessrios grandes deslocamentos de um lugar para outro, alm de exigir que as tropas

    carregassem tudo o que iriam necessitar. Para fazer chegar carros de guerra, grandes

    grupos de soldados e transportar armamentos pesados aos locais de combate, era

    necessria uma Organizao Logstica das mais fantsticas. Envolvia a preparao dossoldados, o transporte, a armazenagem e a distribuio de alimentos, munio e armas,

    entre outras atividades. Durante muitos sculos, a Logstica esteve associada apenas

    atividade militar. Por ocasio da Segunda Guerra Mundial, contando com uma tecnologia

    mais avanada, a logstica acabou por abranger outros ramos da administrao militar.

    Assim, a ela foram incorporados os civis, transferindo a eles os conhecimentos e a

    experincia militar.

    O crescimento dos mercados nacionais e internacionais, a expanso das linhas de

    produtos e as possibilidades enormes das telecomunicaes fazem da distribuio um itemimportante das operaes gerenciais. Em busca da maior rentabilidade, as empresas de

    qualquer categoria querem obter e manter as vantagens diferenciais competitivas . Com o

    progresso industrial a disponibilidade de ofertas mais amplas por parte de mais

    competidores ocorre simultaneamente agilidade de escolha de fontes de suprimento e de

    compra muito mais amplas, desta forma o mercado espera e exige nveis de servio de

    maior eficincia e efetividade. O aumento das atividades nos setores de agricultura,

    indstria, comrcio e exportao propiciou o surgimento de mercados regionais, nacionais

    e internacionais. Nestes mercados, as atividades de distribuio tornam-se, ao mesmotempo, mais complexas e relevantes, pois o ponto de produo distancia-se

    significativamente dos pontos de demanda e consumo. E mais, a tendncia globalizao

    da economia, bem como a criao e implantao de zonas de livre comrcio, como o

    NAFTA e o MERCOSUL, fazem com que as tcnicas logsticas sejam adequadas para

    criar valor agregado s transaes de mercado.

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    Logstica trata de todas as atividades de movimentao earmazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto deaquisio da matria prima at o ponto de consumo final, assim comotodos os fluxos de informaes que colocam os produtos em movimento,com o propsito de providenciar nveis de servios adequados aosclientes a um custo razovel. Possui atividades primrias que so:transportes, manuteno de estoques e processamento de pedidos.Transporte Multimodal.

    Portanto, a logstica como um subsistema gerencial, interfere no desempenho total

    da empresa e deve ser integrada ao seu planejamento e sua administrao estratgica.

    Este procedimento, quando bem planejado e aplicado, apresenta dois resultados: o primeiro

    permite avaliar a logstica da empresa propriamente dita; o segundo identifica o

    conhecimento, a coordenao e a integrao inter departamental com as operaes delogstica. Buscam-se mtodos e procedimentos que indiquem possibilidades de melhorias

    do desempenho, como por exemplo: reduo de estoques de matria prima, mais rapidez

    nas entregas, reduo nos custos financeiros pela velocidade e exatido no faturamento,

    uso de esquemas de transporte intermodais, controle informatizado de estoques em

    processamento e, em trnsito e finalmente, ter condies de atingir vantagem diferencial

    competitiva.

    Como conseqncia de uma juno de tcnicas logsticas comatividades de marketing, pode-se conseguir os seguintes benefciosprodutivos: Reduo do nmero de armazns, reduo no nmero dehoras diretas trabalhadas, aumento na produtividade de estocagem(Quilos/hora), aumento no nvel de controle de estoques, aumento nonvel de servios (reduo dos tempos de entrega), reduo dos volumese dos intervalos entre pedidos.Logstica.

    Em sntese, o impacto daLOGSTICAresulta emoferecer o produto certo, no lugar

    certo, no tempo certo, nas condies certas, pelo custo certo.

    A despeito de suas importantes contribuies para as operaes das empresas e para

    economia como um todo, a Logstica ainda uma fronteira pouco explorada,

    principalmente no Brasil, onde existem grandes oportunidades para o aumento da

    lucratividade, mediante a aplicao de tcnicas logsticas.

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    Este cenrio requer administradores com conhecimento mais amplo. Verifica-se

    que h uma interface bastante relacionada com finanas, tecnologia de transporte e uma

    slida base de conhecimento de informtica, pois o volume e a velocidade na interpretao

    de informaes pressupe o uso intensivo de computadores individuais ou em redes. No

    estudo de caso apresentado nesse trabalho, ser exemplificada essa necessidade.

    A globalizao dos mercados traz consigo canais de marketing mais complexos,

    competies de empresas fora dos territrios prprios e exigncias bem mais altas dos

    compradores/consumidores. Partindo-se da premissa de que a rea de produo tem um

    alto grau de controle pelas empresas, a competio deve ser enfrentada no campo da

    distribuio mais rpida, mais eficiente e a custos mnimos.

    As empresas que desejam acompanhar o ritmo do mercado precisam deixar de ver alogstica como ferramenta de reduo de custo e comearem a encar-la como atividade

    estratgica.

    Logstica e Marketing

    Como resultado da administrao do marketing e da logstica, gera-se o movimento

    de produtos e servios aos consumidores e usurios, havendo como decorrncia a gerao

    das necessidades de tempo ou de lugar, que por sua vez so fatores fundamentais para as

    atividades de marketing.

    Marketing e logstica em conjunto representam um papel fundamentalna satisfao dos consumidores e na lucratividade das empresas. Aintegrao entre marketing e logstica gera os seguintes fatores positivospara a empresa no que tange a sua sobrevivncia ou lucratividade emlongo prazo: nveis de servios timos e competitivos, vendas efetivas -com menor falta de estoque, reduo dos custos totais, controles e gesto

    de estoques nos diversos escales do processo de produo edistribuio, gerao, difuso e controle dos fluxos de informaes epesquisa e desenvolvimento de fornecedores.Logstica.

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    Uma misso bsica do Marketing obter demanda e atender demanda, gerando

    assim lucro para a empresa. Essa demanda resultado dos esforos de marketing e, para

    atend-la, usa-se a distribuio fsica. Os esforos conjuntos entre promoo e distribuio

    so termos influentes no nvel de servio da empresa, como mostra a Figura 01:

    Fig. 01: Relacionamento entre Promoo e Distribuio

    Fonte: Altamiro Borges.Administrao de Operaes Logsticas. Apostila MBA.

    Logstica e Produo

    As atividades de produo e movimentao de bens se sobrepem em duas

    atividades: programao de ordens de ressuprimento dos armazns e na definio da carga

    de produo das fbricas.

    A distribuio requisita o ressuprimento para abastecer os estoques dos armazns e

    para isso deve-se levar em conta os custos de produo. E a produo deve levar em contaos custos de distribuio nas suas decises.

    O que realmente importa a efetiva coordenao que deve ser atingida entre as

    vrias atividades relacionadas com a distribuio, de modo que as diversas compensaes

    dos seus custos sejam exploradas.

    rea Gerencial

    PropsitosGerenciais

    Atividades

    Esforos Promocionais Esforos de Distribuio

    Propaganda

    Promoo

    Formao de Preo

    Obteno de Demanda

    Armazenagem

    Estoques

    Processamento de Pedido

    Transporte

    Atendimento de Demanda

    Esforo de Marketing

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    Gerenciar suprimentos em suas unidades (tais como materiais, matria-prima e

    servios) so tarefas cada vez mais e mais importantes no dia a dia dos gerentes de

    operaes. Igualmente, o controle interno de estoque e transporte destes suprimentos

    essencial para que o produto final chegue sem problemas ao consumidor final.

    Todo esse procedimento, desde a seleo / compra dos materiais e todo o seu fluxo

    dentro da empresa at se tornar um produto final, chamado de Cadeia de Suprimentos

    (em ingls, Supply Chain).

    A Gesto da Cadeia de Suprimentos nada mais do que o gerenciamento de toda e

    qualquer interconexo de empresas que, direta ou indiretamente, relacionam-se por meio

    de ligaes entre os diferentes processos, que produzem valor na forma de produtos e

    servios dentro da empresa para o consumidor final. uma abordagem de gesto atravsdas fronteiras da empresa.

    Tal gesto gera benefcios, sendo que todos se concentram em dois objetivos-chave:

    Satisfazer efetivamente os consumidores (Foco na satisfao efetiva dos

    consumidores finais);

    E satisfaz-los de forma eficiente (Foco na gesto eficiente da Cadeia).

    Foco na satisfao efetiva dos consumidores finais

    Esse objetivo-chave tem como funo, direcionar todos os esforos e estgios do

    fluxo total de materiais e informaes, na obteno da excelncia, levando-se em conta

    toda e qualquer considerao a respeito do consumidor final e suas expectativas.

    Foco na gesto eficiente da Cadeia

    J esse objetivo-chave tem como funo, a anlise e o desenvolvimento constante

    da cadeia de suprimentos existente. Seguindo um exemplo do estoque de uma pequena

    empresa: analisar dia-a-dia o fluxo de estoque (acumulao), visando buscar solues que

    possam melhorar a qualidade final, diminuir tempo e custo na tarefa de gesto de estoque,

    evitando o gasto excessivo em compra de matria que levar um tempo considerado para

    ser processada, que ir eventualmente consumir espao e recursos para sua manuteno.

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    2.2 Logstica e a Distribuio Fsica

    A gesto eficiente do fluxo de bens e servios do ponto de origem ao ponto de

    consumo ou uso ao nvel micro requer de maneira seqencial o planejamento, a

    programao e o controle de um conjunto amplo de atividades que renem: matrias

    primas, estoques em processamento, produtos acabados, servios e informaes

    disponveis.

    O transporte a atividade bsica que trata da movimentao tanto de matrias

    primas quanto do produto final. considerada por muitos como a atividade mais notria e

    conhecida no meio empresarial devido a sua importncia e seu peso nos custos logsticos.

    Essa Distribuio Fsica a Logstica Externa, o ramo da logstica empresarial

    que trata da movimentao, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da

    firma. Costuma ser a atividade mais importante, em termos de custo, para a maioria das

    empresas, j que absorve cerca de dois teros dos custos logsticos. Logstica Externa

    tambm definir os canais de distribuio que, ao fazer parte da cadeia, agregam mais valor

    a ela e ao produto.

    O objetivo geral da distribuio fsica o de levar os produtos certos, para os

    lugares certos, no momento certo e com o nvel de servio desejado, pelo menor custo

    possvel.

    Os componentes da distribuio fsica so aqueles necessrios, para que se opere

    de forma competitiva um sistema de distribuio fsica, responsveis pela deciso de como

    deve ser a configurao global do sistema de distribuio, ou seja, o Planejamento

    Estratgico. Esses componentes esto apresentados, na seqncia.

    Instalaes Fsicas

    Fornecem espaos destinados a abrigar as mercadorias at que sejam transferidas

    para as lojas ou entregues aos clientes. So providas de facilidades para descarga dos

    produtos, transporte interno e carregamento dos veculos de distribuio (empilhadeiras,

    transelevadores, paleteiras manuais, etc.).

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    Estoque de Produtos

    O custo do capital dos produtos acabados que permanecem estocados nas fbricas,

    nos centros de distribuio, nas lojas e veculos de transporte, passou a ser um encargo

    elevado para as empresas, graas ao grande aumento do mix de produtos. Assim, hoje h

    uma busca constante pela reduo do custo de estoques usando ERP1 e JIT2 (na

    manufatura), e ECR3 (no varejo).

    Veculos

    Uma vez que os produtos so normalmente comercializados em locais alheios aos

    de fabricao, sua distribuio implica o deslocamento espacial via modal mais adequado.De acordo com a rota e destino, escolhido o veculo que melhor otimizar o custo do

    transporte. Esse item ser mais detalhadamente explicado no estudo de caso apresentado

    nesse trabalho.

    Informaes

    Para operar um sistema de distribuio, necessrio reunir informaes para

    otimizar o processo. Ex.: Cadastro de clientes (razo social, endereo), quantidade deprodutos a serem entregues, horrios, tipo de acondicionamento, ordem de distribuio,

    etc.

    Hardware e Software Diversos

    Cada vez mais as empresas vm buscando melhorias em seus processos, inclusive

    nas atividades de distribuio. Para isso existem softwares aplicativos que planejam,

    programam e controlam essas atividades. Ex.: Preparao de romaneios de carga,roteirizao dos veculos, controle dos pedidos, devolues, etc. Obviamente, esses

    1 ERP:Enterprise Resource Planning Denominao genrica dos pacotes de gerenciamento dos sistemas deuma empresa.2 JIT:Just In Time Termo usado para indicar que um processo capaz de responder instantaneamente demanda, sem necessidade de estoque adicional.3 ECR:Efficient Customer Response Estratgia em que o varejista, fornecedor e distribuidor trabalhamjuntos para eliminar custos excessivos na Cadeia de Suprimentos para servir melhor o consumidor.

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    softwares ficam instalados em computadores cujos hardwares devem evoluir de acordo

    com a complexidade do sistema.

    Pessoal

    Para que o sistema de distribuio fsica funcione ainda precisa-se de pessoal

    capacitado e treinado. O motorista, ao ter contato direto com o cliente, deve ser bem

    orientado. Os funcionrios de um Centro de Distribuio devem estar cientes dos

    processos logsticos da empresa para desempenharem suas tarefas em sintonia com os

    objetivos estratgicos da empresa.

    Estrutura de Custos

    A disponibilidade da estrutura de custos deve ser adequada e constantemente

    atualizada. Deve se considerar no somente pela distncia x quantidade de carga, mas

    tambm tempo total produtivo, depreciao, remunerao de capital, manuteno, pneus,

    enfim, todos os custos fixos (R$/ms) e variveis (R$/km) que envolvem a operao, para

    comparar os custos finais (R$/ton) de toda a distribuio fsica. Esse item tambm ser

    mais detalhadamente explicado no estudo de caso apresentado nesse trabalho.

    A distribuio fsica preocupa-se com bens acabados, ou seja, com mercadorias que

    a companhia oferece para vender e que no planeja executar processamentos posteriores.

    Os sistemas de distribuio fsica, ao considerarem os clientes que consomem e os que

    revendem, precisam ter grau de flexibilidade para suprir as necessidades dos diversos tipos

    de clientes da forma mais econmica possvel. Ao tentar garantir um nvel de servio

    elevado, atravs de melhorias no sistema, a empresa acaba por aumentar seus custos. A

    estratgia encontrada foi a de buscar agregar valor na cadeia (Gerenciamento da Cadeia de

    Suprimento ou Supply Chain) e no somente manter o foco no valor agregado em cadaestgio da cadeia.

    Considerando a cadeia, a distribuio fsica cobre os segmentos que vo desde a

    sada do produto na fbrica at sua entrega final ao consumidor, algumas vezes, o produto

    despachado da fbrica para o depsito de um atacadista, ou o produto transportado do

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    fabricante para o Centro de Distribuio (CD) do varejista. Ou ainda da fbrica

    diretamente para a loja do varejo, dentre outras variaes.

    Os elementos bsicos e condicionantes da Logstica Externa so:

    Distncia: condiciona a seleo do veculo, o dimensionamento da frota, o custo e o

    frete;

    Velocidade operacional: velocidade mdia entre origem e destino, considerando as

    horas produtivas;

    Tempo de carga/descarga: incluindo a pesagem, conferncia e emisso de

    documentos;

    Acondicionamento: uso dos paletes que possibilitam o uso das empilhadeiras, quepor sua vez agilizam a carga e descarga;

    Tempo porta a porta: da origem ao destino;

    Quantidade transportada: quanto mais carga, maior a necessidade de servio de

    distribuio prpria;

    Carga de retorno: para garantir o frete transportadora quando o veculo volta ao

    ponto inicial, dissolvendo custos;

    Densidade: afeta a escolha do veculo e, assim, o custo do transporte;

    Dimenses e morfologia: afetam o arranjo, o manuseio e o transporte;

    Valor unitrio: pode implicar no uso de veculos especiais que dificultam o roubo

    das cargas;

    Fragilidade: implica na embalagem, no manuseio, no empilhamento de paletes e no

    transporte;

    Periculosidade: o cuidado com cargas inflamveis, txicas;

    Compatibilidade: entre produtos de natureza diversa;

    Custo global: quanto maior a capacidade do veculo menor o custo. Esse item

    ser mais detalhadamente explicado no estudo de caso apresentado nesse trabalho.

    O diagnstico da gesto de frota de uma empresa deve ser baseado na idade da

    frota, no uso desnecessrio de equipamentos e na falta de manuteno preventiva.

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    O perodo atual da economia brasileira apresenta desafios e oportunidades no que

    tange s prticas de administrao logstica. Entre os fatores desfavorveis devem ser

    citados: as pssimas condies das redes ferrovirias - limitadas, obsoletas e sucateadas, a

    malha rodoviria em condies precrias, sem investimentos em expanso e manuteno e

    portos de capacidade reduzidas, sem equipamentos atuais que permitam conexes

    intermodais, legislao tarifria e trabalhista incompatveis com sistemas de demais pases.

    Com dito anteriormente, o transporte a atividade bsica que trata da

    movimentao tanto de matrias primas quanto do produto final. A atividade de transporte

    executa os movimentos de produtos ao longo dos canais de distribuio, mediante o uso de

    vrias modalidades de transporte que fazem os "links" entre unidades de produo ou

    armazenagem e os pontos de compra ou consumo.

    Os principais modais de transporte de matria-prima ou manufatura so:

    Ferrovia: basicamente um transportador lento de matrias-primas

    ou manufaturados de baixo valor para longas distncias. Ferrovias oferecem diversos

    servios especiais ou contratantes. Podem ser movimentao de granis, como carvo ou

    cereais, ou produtos refrigerados e automveis, que requerem equipamento especial.

    Existem tambm servios expressos, que garantem a entrega dentro de um prazo

    limitado; privilgios de parada, permitindo carga ou descarga parcial entre origem e

    destino; e flexibilidade para variao de roteiros ou alterao do destino final quandoainda em trnsito;

    Rodovia: o transporte rodovirio difere do ferrovirio, pois serve

    rotas de curta distncia de produtos acabados ou semi-acabados. Outra grande diferena

    entre transporte rodovirio e ferrovirio que caminhes so capazes de manipular

    menor variedade de cargas, devido principalmente s restries de segurana rodoviria,

    que limitam tamanho e peso de carregamentos; importante ressaltar que o modo

    rodovirio mais competitivo no mercado de pequenas cargas;

    Transporte aerovirio: o transporte areo tem tido uma demanda

    crescente de usurios no segmento de cargas com servio regular, mesmo apesar de seu

    frete exceder o valor do frete rodovirio mais de trs vezes e quatorze vezes o

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    ferrovirio. A vantagem do modo areo est em sua velocidade sem paralelo,

    principalmente para longas distncias;

    Transporte hidrovirio: O servio hidrovirio tem sua abrangncia

    limitada devido a razes como: o transporte aqutico , em mdia, mais lento que a

    ferrovia alm de confiabilidade e disponibilidade dependerem de condies

    meteriolgicas. O transporte hidrovirio alm de manusear mercadorias a granel, tambm

    leva bens de alto valor, principalmente operadores internacionais;

    Transporte por dutos: esse tipo de transporte oferece um rol muito

    limitado de servios e capacidades. Petrleo bruto e derivados so os principais produtosque tm movimentao economicamente vivel por dutos.

    De maneira geral, a importncia relativa dos vrios modais ou modos de transporte

    varia com o tempo e, dadas as tendncias atuais, deve continuar a mudar. A importncia

    relativa de cada modo de transporte e as alteraes ocorridas nas participaes relativas

    so parcialmente explicadas pela carga transportada e pela vantagem oferecida pelo modo.

    Podemos afirmar com segurana que a atividade de transportes contribui com a

    maior parte do custo Logstico em uma atividade de distribuio. Cerca de 60% do custologstico destinado a gastos fixos e variveis com transportes. (SEVERINO, CASTRO,

    2000:83).

    O transporte funciona como integrador de regies:

    No Brasil, os alimentos so transportados das zonas rurais at oscentros urbanos. E, as mercadorias produzidas nas grandes cidades solevadas at o campo, em geral percorrendo grandes distncias. Por ser

    capaz de promover essa integrao, que o transporte a atividadelogstica mais importante. Transportar mercadorias garantindo aintegridade da carga, no prazo combinado e a baixo custo exige o que sechama logstica de transporte. Em nosso pas, o modo de transporte decarga mais utilizado o rodovirio. Mas preciso adequar oequipamento ao tipo de carga a ser transportada. Por exemplo:contineres necessitam de um cavalo mecnico; para distribuir produtosnas cidades, o caminho-toco o mais adequado.Transporte Multimodal.

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    A caracterstica da carga define o tipo de transporte a ser empregado. Para carga a

    granel, preciso uma carreta graneleira e no um caminho-ba. Carga lquida s pode

    ser transportada em caminho tanque.

    A Tabela 01 exibe explicaes mais detalhadas sobre as categorias de veculos.

    Tabela 01

    Categoria DescrioN deEixos

    1 Automvel, caminhonete e furgo 2

    2 Caminho leve, nibus, caminho-trator e furgo 2

    3 Automvel e caminhonete com semi-reboque 3

    4Caminho, caminho-trator, caminho-trator com semi-reboque e nibus

    3

    5 Automvel e caminhonete com reboque 4

    6 Caminho com reboque e caminho-trator com semi-reboque 4

    7 Caminho com reboque e caminho-trator com semi-reboque 5

    8 Caminho com reboque e caminho-trator com semi-reboque 6

    9 Motocicletas, motonetas e bicicletas moto 2

    Fonte: Transporte Multimodal.

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    2.3 Custos

    Existem diferentes termos que denominam e diferenciam a movimentaes dos

    recursos de uma empresa. Os termos contbeis mais comuns e as classificaes dos custos,

    de acordo com a apostila de Contabilidade e Custos do curso de Cincias Contbeis da

    PUC, so:

    Gasto: Esforo financeiro com que a entidade arca para obter bens (produtos) ou servios.

    So representados pela promessa de entrega de ativos (geralmente dinheiro). Gasto termo

    genrico que pode representar tanto um custo como uma despesa.

    Despesa: Gasto que provoca reduo do patrimnio. Bem ou servio consumidos direta ouindiretamente para a obteno de receitas.

    Custo: Gasto relativo a um bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou

    servios.

    Os custos so classificados de acordo com:

    a) A apropriao aos produtos:

    Custos Diretos: todo o custo que est vinculado diretamente ao produto, e varia

    com a quantidade produzida. Sem ele o produto no existiria. Sua apropriao pode ser

    direta, bastando que exista uma medida de consumo, como Quilogramas, Horas-Mquina,

    Horas-Homem trabalhadas, etc. Exemplo de custo direto: Matria-Prima, Embalagens,

    Mo-de-obra Direta.

    Custos Indiretos: todo o custo que no est vinculado diretamente ao produto,mas sim ao conjunto do processo produtivo. Para serem incorporados aos produtos,

    obedecem a uma mecnica de apropriao, de um processo de rateio. Exemplo de custos

    Indiretos: Depreciao das Mquinas, Superviso da fbrica, Energia eltrica, etc.

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    100 200

    200,0

    0

    1.000,0

    b) Ao Nvel de Atividade

    Custo Fixo: o custo que a empresa tem mensalmente, independente da produo e

    no se altera com o volume produzido dentro de uma determinada capacidade instalada.

    Exemplo: depreciao dos equipamentos, O Grfico 01 ilustra o Custo Fixo.

    R$

    Quantidade Produzida Unidades

    Grfico 01: Custo Fixo.

    Custo Varivel: Aparece somente quando a empresa inicia a produo e venda de

    seus produtos. Ele fixo na unidade e varivel no total. Quanto mais produzir, maior vai

    ser o volume consumido. Exemplo: Matria-Prima. O Grfico 02 ilustra o Custo Varivel.

    R$

    Unidades Produzidas

    Grfico 02: Custo Varivel.

    Portanto, o Transporte um Custo Direto se considerado como atividade do

    Departamento de Logstica de uma empresa e Indireto se considerado como parte do custo

    do produto. aindaresultado de Custos Fixos e Variveis, como ser mostrado no estudo

    de caso deste trabalho.

    0

    200,0

    100 200

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    3 METODOLOGIA

    Nesta monografia foram usadas as seguintes tcnicas de pesquisa:

    3.1 Pesquisa Bibliogfica

    Segundo Gil (1996:48), A pequisa bibliogrfica se fundamentaliza de

    contribuies de diversos autores sobre determinado assunto.

    uma ferramenta utilizada para embasamento terico, explicando de forma

    cientfica o assunto em questo. As principais contribuies foram retiradas de dois livros

    de autores renomados, citados na bibliografia: Donald BOWERSOX e Ronald BALLOU.

    3.2 Pequisa documental

    Segundo Gil (1996:51), A pesquisa documental vale-se de materiais que no

    receberam ainda um tratamento analtico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo

    com os objetos da pesquisa. Foram utilizadas informaes especficas da rea adquiridas

    na empresa de consultoria realizadora do projeto.

    3.3 Estudo de Caso

    Foi escolhido um projeto realizado por uma empresa de consultoria logstica para

    ser usado como estudo de caso deste trabalho. Esse projeto apresenta uma grande

    quantidade de informaes, o que possibilitou a obteno de excelentes resultados.

    O estudo de caso caracterizado pelo estado profundo e exaustivo deum ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo edetalhado conhecimento, tarefa praticamente impossvel mediante aos

    outros delineamentos considerados. (GIL, 1996:58)

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    4 ESTUDO DE CASO

    4.1 Descrio da empresa

    A CARAMURU ALIMENTOS LTDA uma empresa que se dedica

    industrializao de gros, desde a produo de semente, armazenagem, degerminao, pr-

    cozimento de milho, extrao e refino de leos especiais de soja, milho e girassol como

    tambm na produo de farelos.

    um dos grupos que mais cresce no Brasil. Desde que nasceu, no prade semear qualidade e colher muito sucesso. Isso faz com que o Brasiltambm sinta orgulho de ter uma empresa como essa 100% brasileira.

    Presente nos Estados de Gois, Paran, Mato Grosso, So Paulo, Bahia,Pernambuco e Cear, o Grupo Caramuru e sua marca premium SINH reconhecida nacionalmente como lder no segmento de empacotados demilho e uma das cinco maiores marcas de leo para consumo domsticodo pas: soja, girassol, milho e canola. Uma marca que tambm est emum segmento muito sofisticado com sua linha de azeites importados eleos saborizados. A histria do Grupo marcada por muitas conquistas.Indicada, em 2004, pelo 6 ano consecutivo para receber o PrmioImagem Empresarial da Gazeta Mercantil E o crescimento no pra, aoser avaliada de forma especfica, passou de 8 a 3 na rea de alimentosem nvel de Brasil, com outros dados altamente expressivos: a 4 emrentabilidade, a 10 em investimentos em imobilizado e a 6 em riquezacriada por empregado. Site da Caramuru.

    A Caramuru planeja e sistematiza todas as suas aes para assegurar que o seu

    produto ou servio atenda aos requisitos definidos da qualidade com um nvel superior de

    confiabilidade de seus fornecedores, viabilizando dia a dia a venda dos produtos, sendo

    agressiva no mercado e estando presente no maior nmero de pontos de venda e,

    principalmente, atendendo s expectativas do cliente.

    Reconhecida pelo trabalho que desenvolve junto comunidade, apoiandoatividades sociais voltadas para a comunidade brasileira, busca construir parceria de

    respeito e confiana com seus clientes em todo o Brasil e no exterior, levando ao cliente a

    certeza de que ele estar recebendo a melhor qualidade em produtos e a certeza de que a

    Caramuru estar sempre modificando o seu sistema de qualidade para melhor atend-los.

    Assim como investe constantemente na qualidade dos seus produtos, a empresa investe

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    tambm na qualidade de vida dos seus colaboradores e da comunidade, implantando vrios

    programas de educao, esportes e sade.

    Sua matriz localiza-se na Via Expressa Jlio Borges de Souza, n 4.240 (as margens

    da BR 153, prxima cidade de Itumbiara-GO) e composta pelas unidades mostradas na

    figura 02.

    Fig. 02: As Unidades da CARAMURU em Itumbiara.

    Fonte: Site Caramuru.

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    4.2 Declaraes da organizao

    Valores

    ticaHonestidade

    Confiana e respeito mtuo

    Simplicidade de gesto e relacionamento

    Valorizao e desenvolvimento de colaboradores

    Profissionalismo

    Ousadia e Pioneirismo

    Perseverana

    IntegridadeRespeito ao meio ambiente

    Transparncia

    Comprometimento

    Viso

    Crescer e se desenvolver com solidez, ser referncia no setor de Alimentos, suportada por

    Marca e Logstica fortes.

    Praticar a tica e a simplicidade.

    Ter uma identidade (Viso, Misso e Valores) cuja prtica percebida no dia a dia pelas

    pessoas e instituies com as quais se relaciona.

    Atuar Nacional e Internacionalmente, antecipar e se diferenciar pela liderana em custos,

    qualidade e atendimento nos negcios, produtos, servios, gesto e relacionamento com

    Clientes e Parceiros.

    Ser referncia em polticas e prticas de Recursos Humanos, sendo um bom lugar para

    trabalhar.

    Ser profissionalizada, proporcionar desafios, e ser caracterizada pela prtica de estilo

    participativo de gesto, com foco em resultados.

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    Ser comprometida com o meio ambiente e com as comunidades onde atua.

    Ser capitalizada financeiramente.

    MissoFornecer alimentos, insumos e servios com qualidade, antecipando as necessidades de

    clientes e fornecedores atendendo s expectativas de acionistas, colaboradores e

    comunidade.

    As informaes anteriores foram retiradas do site da Caramuru.

    4.3 Descrio do Caso

    4.3.1 Introduo

    Veculos e sua estrutura de custos tm impacto sobre o custo global da empresa,

    considerando ainda que a Distribuio Fsica absorve a maior parte dos custos logsticos.

    Assim, o transporte (frete) representa o elemento mais importante do custo logstico.

    Quando no existe um bom sistema de transporte, a extenso do mercado fica

    limitada s proximidades do local de produo. A menos que os custos de produo sejam

    muito menores que num segundo ponto de produo, a ponto de a diferena desses custos

    contrabalanar os custos de transporte para servir o segundo mercado, no h grande

    margem para a competio de mercado ocorrer. Entretanto, com melhores servios de

    transporte, os custos de produtos postos em mercados mais distantes podem ser

    competitivos com aqueles de outros produtores que vendem aos mesmos mercados.

    Transporte barato tambm contribui para reduzir o preo dos produtos. Isto

    acontece, porque, alm de sua influncia no aumento da competio no mercado, o

    transporte um dos componentes de custo que, juntamente com os custos de produo,

    vendas e outros, compe o custo agregado do produto. O usurio de transporte tem uma

    variada gama de servios a seu dispor, todos eles girando em torno dos cinco modais

    (modos de transportes) bsicos automveis prprios, veculos comerciais, ferrovias,

    companhias areas e hidrovias internas). Dentre todas as alternativas possveis, o

    usurio deve selecionar o servio ou combinao de servios que providencie o melhor

    balano entre qualidade oferecida e custo.

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    4.3.2 A busca pela vantagem competitiva

    A partir de 1999, a Caramuru intensifica os investimentos em Logsticade exportao, investindo no Porto de Santos - armazm XL -, com

    capacidade de 65.000 t., com acordo operacional com a Citrosuco,aprovado pela CODESP. No final de 2000 concretizou parceria comBrasil Ferrovias, tendo a participao de 50% no Terminal XXXIX comcapacidade esttica de armazenagem de at 180 mil toneladas de grose/ou farelo de soja, sendo 135 mil toneladas no estgio atual. Em suaconstruo foram investidos cerca de US$12.221. Site da Caramuru.

    A citao acima, mostra a preocupao da empresa na gesto da sua enorme e

    complexa cadeia de suprimentos. Para tanto, a empresa contratou uma consultoria de

    logstica para realizar um projeto de reduo de custos de transporte, considerando que:

    ... parceria entre o governo federal e os governos estaduais deucontinuidade ao processo de descentralizao das atividades do Estadona rea de transporte, transferindo iniciativa privada a prestao dedeterminados servios que, apesar de serem essenciais sociedade, noprecisariam, necessariamente, ser oferecidos pelo poder pblico.Parcerias.

    A prpria Caramuru j realizou obras de reconstruo de trechos de rodovias

    prximas sua matriz.

    4.3.3 Consideraes para entendimento do projeto

    Uma das operaes realizadas pela Caramuru a transferncia de soja e farelo de

    soja de sua matriz em Itumbiara at o porto de Santos. Os commodities seguem, ou pelo

    terminal de Pederneiras (SP), ou pelo terminal de Anhembi (SP), at chegar ao porto de

    Santos. A consultoria foi contratada para realizar um projeto de reduo do custo de

    transporte rodovirio de Itumbiara at Anhembi.

    A empresa solicitou um estudo sobre qual veculo seria mais apropriado para

    aquisio prpria e posterior contratao do frete. Os ativos a serem adquiridos pela

    empresa considerados para a realizao do trabalho foram: o Cavalo Mecnico Trucado e

    mais o seu implemento: as carrocerias Semi-reboque (ou Carroceria Graneleira) ou o

    Bitrem Graneleiro como mostram as figuras 03, 04 e 05, a seguir:

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    Fig. 03: Cavalo Mecnico Trucado da Iveco.

    Fonte: Veculos Pesados Iveco:

    A denominao Trucado devida adio de mais um eixo traseiro no cavalo

    mecnico, para cargas mais elevadas.

    Fig. 04: Carroceria Bitrem Graneleira 38 toneladas.

    Fonte: Implementos Randon.

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    Fig. 03: Carroceria Bitrem Graneleira 38 toneladas.

    Fig. 05: Carroceria Graneleira 27 toneladas ou Semi-reboque.

    Fonte: Implementos Randon.

    O graneleiro tem por finalidade receber a produo de commodities e conserv-los

    em perfeitas condies para que no ocorra a deteriorao destes.

    As planilhas, a seguir, mostram a seqncia para se definir um item muito influente

    sobre o custo logstico, a escolha do veculo segundo preo do frete cobrado sobre a

    tonelada transportada (R$/t). Aps uma comparao entre o resultado encontrado no

    clculo preo do frete da Carroceria Graneleira com o do Bitrem Graneleiro, concluiu-se

    que o Bitrem era mais vivel. Portanto, o estudo, a seguir, considera o conjunto Carreta

    Bitrem Graneleira (6 eixos) = Carroceria Bitrem Graneleira 38 toneladas (4 eixos) +

    Cavalo Mecnico Trucado (2 eixos.). importante observar que o clculo do custo dofrete realizado vale para todos os outros veculos definidos pela Agncia Nacional de

    Transportes Terrestres (ANTT) citados anteriormente. Todos os valores abaixo so

    prximos da realidade do mercado, pois foram coletados diretamente com fornecedores e

    profissionais do ramo.

    4.3.4 Planilhas Base de Dados

    Plan. 01: Base de dadosdos preos do cavalo mecnico e do implemento

    Scania VW Mercedez MEDIA250.000,00 158.000,00 234.700,00 214.233,33

    Valor (R$)Cavalo Mecnico Trucado

    Randon Facchini Guerra MEDIA51.500,00 49.000,00 54.500,00 51.666,67

    Carroceria Bitrem Graneleiro 38tValor (R$)

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    Onde: Tempo Produtivo = Qtde Hr Trabalhadas Tempo da Operao

    Horas Produtivas = Qtde Hr Trabalhadas x Tempo Produtivo

    4.3.5 Planilha dos custos fixos e variveis

    De posse dessas informaes, a planilha seguinte calcula os Custos Fixos e

    Variveis da Carreta Bitrem Graneleira 38 toneladas:

    Plan. 04: Custos Fixos e Variveis

    Coluna dos Custos Fixos: A ltima linha de cada tabela calcula o custo por ms. Observa-se que foi adotada uma depreciao de 60% em 8 anos, que ser remunerado 100% do

    capital investido a 19,56% ao ano e que no h despesas com contabilidade por parte da

    empresa.

    A Depreciao / Reposio do Veculo Valor Unid. A Combustvel Valor Unid.1 Veculo (Cavalo Mecnico) 214.233,33 R$ 1 Preo do Diesel 1,43 R$/litro2 Carroceria 38t s/ pneus 51.666,67 R$ 2 Gasto Total c/ Combustvel 0,6651 R$/km3 Veculo + Carroceria 265.900,00 R$4 Depreciao = 8 anos 159.540,00 R$ B Lubrificao - Motor e Diferencial Valor Unid.5 Depreciao Mensal (8 anos = 96 meses) 1.661,88 R$/ms 1 Preo leo Motor 4,63 R$/litro

    2 Custo da Troca de leo 138,90 R$B Remunerao do Capital Valor Unid. 3 Gasto leo Motor 0,0093 R$/km1 Veculo Cavalo com pneus 303.047,50 R$ 4 Preo leo Diferencial 6,30 R$/litro2 Valor Anual a ser Remunerado (100%) 303.047,50 R$ 5 Custo da Troca leo 88,20 R$3 Remunerao do Capital Anual - 19,56%aa 59.276,09 R$ 6 Gasto leo Diferencial 0,0035 R$/km4 Gasto Mensal c/ Remunerao do Capital 4.939,67 R$/ms 7 Gasto Total c/ Lubrificao 0,0128 R$/km

    C Salrio do Motorista Valor Unid. C Manuteno Valor Unid.1 Valor do Salrio Mnimo - Set 2004 260,00 R$ 1 Valor do Veculo s/ pneus 214.233,33 R$2 Salrio Categoria (Regio de Santos) 1.409,28 R$ 2 Valor da Manuteno Anual (6%) 12.854,00 R$3 Salrios + Encargos Sociais (65%) 2.325,31 R$ 3 Gasto Total c/ Manuteno 0,06 R$/km4 Diria do Motorista (dias x refeio) 650,00 R$5 Gasto Mensal c/ Salrio do Motorista 2.975,31 R$/ms D Pneus Valor Unid.

    1 Quantidade Total de Pneus 26 pneusD Emplacamento + Seguro Obrigatrio Valor Unid. 2 Valor Total dos Pneus 37.147,50 R$1 Taxa para Emplacamento do Veculo 55,00 R$ 3 Valor da Recapagem 326,17 R$2 Valor do Seguro Obrigatrio 51,00 R$ 4 Gasto c/ Recapagem 16.960,67 R$3 Valor do IPVA 2.659,00 R$ 5 Gasto c/ Pneus e Recapagem 54.108,17 R$4 Despesas c/ Despachante 88,00 R$ 6 Perda Considerada (5%) 56.813,58 R$

    5 Total das Despesas Anuais 2.853,00 R$ 5 Gasto Total c/ Pneus 0,2066 R$/km6 Gasto Mensal c/ Emplacamento + Seguro 237,75 R$/ms

    E Lavagem e Lubrificao Valor Unid.E Seguro Total do Veculo Valor Unid. 1 Lavagem e Lubrificao 190,00 R$1 Seguro Anual 10.636,00 R$ 2 Gasto Mensal 380,00 R$2 Gasto Mensal c/ Seguro Total do Veculo 886,33 R$/ms 3 Gasto Total c/ Lavagem e Lubrificao 0,0220 R$/km

    10.700,94 R$/ms 0,9778 R$/Km

    CUSTOS FIXOS - BITREM GRANELEIRO 38t

    CUSTO FIXO TOTAL

    CUSTOS VARIVEIS - BITREM GRANELEIRO 38t

    CUSTO VARIVEL TOTAL

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    Coluna dos Custos Variveis: A ltima linha de cada quadro calcula o custo por

    quilmetro.

    Os valores adotados para clculo dos custos fixos e variveis foram estabelecidos,

    aps reunies de validamento de informaes com a empresa cliente da consultoria.

    4.3.6 Planilha dos custos R$/Km e R$/ton

    Enfim, a ltima planilha calcula o custo R$/t relativo distncia desejada:

    Plan. 05: Tarifas de Fretes

    Onde:

    a) Tempo de Viagem = Distncia / Velocidade Mdia (da Planilha Base de Dados)

    b) Nr Viagens Ms = Horas Produtivas (da Planilha Base de Dados) / Tempo de Viagem

    c) Km Rodados no Ms = Nr Viagens x Distncia

    d) R$/Km = (Custo Varivel x Km Rodados no Ms) + (Custo Fixo / Km Rodado no

    Ms)

    e) R$/t = (R$/Km x Km Rodado no Ms) / Capacidade de Carga 38t

    Base [Km] Tempo Viag. [h] Tempo Total [h] Nr. Viag./ms Km Rodado/ms R$/Km R$/ton1 50 25,50 0,64 2,64 897,25 22.880,00 2,01 1,9051 100 75,50 1,89 3,89 303,05 22.880,00 2,01 5,62101 150 125,50 3,14 5,14 182,31 22.880,00 2,01 9,35151 200 175,50 4,39 6,39 130,37 22.880,00 2,01 13,07201 250 225,50 5,64 7,64 101,46 22.880,00 2,01 16,79251 300 275,50 6,89 8,89 83,05 22.880,00 2,01 20,52301 350 325,50 8,14 10,14 70,29 22.880,00 2,01 24,24

    Distncia [Km]

    TARIFAS DE FRETES - BITREM GRANELEIRO 38tPraas Uma Viagem Viagens no Ms Tarifas

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    5. CONSIDERAES FINAIS

    O trabalho realizado para a Caramuru teve uma durao de dois meses, com oito

    horas por semana de dedicao de meu gerente e quatro horas por dia de minha dedicao.

    Como trainee da consultoria contratada, pude acompanhar o projeto desde o comeo com

    devida responsabilidade.

    Na primeira reunio de negociao e venda com o cliente, foi importante observar

    como deveria ser o nosso relacionamento com cada funcionrio da empresa, especialmente

    com o comprador (Gerente de Logstica de Commodities) e com o decisor (Diretor de

    Logstica). A elaborao da apresentao inicial do projeto em Data-show,

    minuciosamente cuidada, o cumprimento rigoroso do cronograma, o envio de relatrios e

    atas, atualizando o cliente e ainda, as constantes apresentaes para a chefia daconsultoria, proporcionaram-me uma experincia gratificante no que diz respeito Gesto

    de Projetos de Consultoria. Ainda durante o projeto, pude aprimorar meus conhecimentos

    sobre o aspecto financeiro e a questo material do transporte, conhecendo as mais variadas

    maneiras de se transferir um item de um ponto a outro. Pude aprimorar tambm meus

    conhecimentos sobre cotaes e negociaes com fornecedores.

    Foi motivo de muito orgulho, quando finalmente chegamos ao resultado final,

    constatamos o sucesso do projeto e apresentamo-lo ao cliente. Anteriormente, eram gastos

    R$29,00 por tonelada transportada e transportava-se 81 toneladas por dia (27 toneladas x 3viagens de cada motorista), gerando um gasto de R $2.187,00 por dia para a empresa. Se

    considerarmos ainda que a Caramuru contrata o servio de 16 motoristas por dia para tal

    trecho, ela tinha um custo total de R$34.992,00 por dia, equivalente a R$839.808,00 pelos

    24 dias trabalhados ao ms. Aps o trabalho, que reduziu o custo para R$24,00, o custo

    dirio com os mesmos 16 motoristas passou a ser de R$31.104,00 (R$1.944,00 x 16).

    Mensalmente: R$ 746.496,00. Isso se traduz numa reduo de aproximadamente 12%.

    Partindo dessa comparao, pude concluir que a Caramuru realmente tem muito a

    ganhar com esse resultado, j que esse projeto reduziu os custos de apenas uma dasdezenas de rotas de distribuio que a empresa realiza, cada uma com seus mais variados

    veculos e produtos. Porm, posso apenas ter uma noo do quanto isso afetar

    positivamente o balano da empresa, pois foi apenas uma nica reduo, de um nico

    custo, dos vrios gastos de transporte que empresa tem.

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    - Ter conhecimento sobre ferramentas gerenciais;

    - Apresentar uma posio mesclada de teoria e prtica;

    - Ser lder de equipes de diversos perfis de profissionais

    - Ter coeficiente emocional aguado

    - Desenvolver e usufruir os modernos sistemas Integrados de Gesto, Informtica e TI

    - Pensar e agir no s no curto prazo, mas, primordialmente, em termos de mdio e longo

    prazo

    - Obter sinergia atravs da flexibilidade, visibilidade, otimizao, compromisso,

    colaborao e integrao da cadeia de logstica

    - Apresentar bom conhecimento dos processos de negcio dos elementos de uma cadeia de

    suprimentos, como os de fabricantes, atacadistas, varejistas, transportadores e operadores

    logsticos- Ter flexibilidade para se adaptar aos diferentes segmentos de mercado, tipos de produtos

    e realidades distintas dos clientes

    - Exibir boa capacidade de comunicao (interna e externa)

    - Ser capaz de aglutinar as pessoas para o enfoque de custos logsticos e nvel de servios

    da organizao

    - Ter competncia para adotar mtricas de indicadores de desempenho logstico que

    indiquem riscos e oportunidades na operao

    - Ser aberto mudanas.

    Dada essa importncia Logstica, ressalta-se que o Transporte responsvel por

    2/3 dos custos logsticos. Justamente por seu impacto ser to significativo nos custos, deve

    existir na empresa um sistema de gesto voltado para a otimizao da capacidade de carga

    dos veculos, controle dos custos operacionais, aplicao de manuteno preventiva,

    treinamento dos motoristas, maximizao do volume de carga transportado no ms e

    otimizao das rotas de entrega. O aprimoramento da Gesto da Frota o foco na busca

    de reduo de custos e aumentos da produtividade e rentabilidade.

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    6. BIBLIOGRAFIA

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    2. BALLOU, R. Logstica Empresarial: transportes, administrao de materiais e

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    e Cadeia de Abastecimento. So Paulo:Upper, 2000. 131 p.

    4. BOWERSOX, DJ; CLOSS, DJ. Logstica Empresarial - O Processo de

    Integrao da Cadeia de Suprimento. So Paulo: Atlas, 2001. 594 p.

    5. CAIXETA-FILHO, Jos Vicente, MARTINS, Ricardo Silveira (org.). Gesto

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    10.Caramuru . Uma empresa 100% brasileira com as cores do Brasil e muitoprogresso. Disponvel em: . Acesso em 26 de agosto 2005.

    11.Automotivebusiness. Highlights: FEI tem novo curso de ps graduao em

    logstica. Disponvel em:

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