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Representação e Implementação da Tarefa de Controle de Células de Manufatura: Uma Abordagem Distribuída. Luís Fernando Friedrich, Dr. Departamento de Informática e Estatística Universidad e Federal de Santa Catarina - UFSC Caixa Postal 476, ggO I0-970 Florian ópolis , SC [email protected] Abstract : Most of dificulries in dcvcloping software for control systerns are due to the lack of a model which is proper to deal with this kind of systcm. For instancc , models which are being used to develop that systems are based on hierarquical approachcs which are sequential and centralized. This work presents a parallel/distributed model to control software development. We define the control model, the representation forrn used for components anel show an implementation environment to support the control software parallel model. Resumo: Grande parte dos problemas encontrados no desenvolvimento de software para sistemas de controle decorrem da falta de um modelo adequado. Por exemplo, alguns modelos utilizados são baseados em abordagens hierárquicas, seqüenciais e centralizadas. Neste trabalho apresenta-se uma abordagem paralela/distribuída para o desenvolvimento do software de controle, define-se o modelo de controle usado, a forma de representação dos componentes e um ambiente de suporte para a implementação do software de controle. Introdução Um dos principais componentes das Células Flexíveis de Manufatura (Flexible Manufacturing Cell ) é o controlador, ou sistema de controle da célula (SCC). Considerando que o objetivo das células de manufatura é a possibilidade de r ápida adaptação mudanças de mercado, o software de controle ( que é o que realmente controla a célula) eleve estar habilitado a receber as modificações necessárias para atender as constantes mudanças de requisitos. o desenvolvimento de sistemas de controle de chão- de-fábrica representa hoje um dos maiores problemas na criação de indústrias de manufatura flexível automatizadas. Uma boa parcela desta dificuldade pode ser atribuída aos altos custos envolvidos no desenvolvimento e manutenção do software de controle [SMI92]. Grande parte dos problemas encontrados no desenvolvimento de software para sistemas de controle apontam para Ü falta de um modelo (arquitetura) adequado para tratar as necessidades envolvidas na geração de software de controle genérico para sistemas de chão-de-fábrica. Os modelos adotados incluem uma abordagem hierárquica seqüencial e centralizada para o processo de desenvolvimento do sistema [DUA93]. Mesmo que esta abordagem forneça uma ferramenta de representação útil para muitos sistemas, ela apresenta alguns problemas no tratamento das características dinâmicas de um sistema. Primeiro, o modelo centralizado é inadequado para representar atividades paralelas e simultâneas dos sistemas de chão-de- fábrica devido às restrições que o modelo impõe no que diz respeito à autonomia das entidades controladas. Segundo, visto que a centralização do controle exige a participação da entidade controladora em cada decisão, o sistema se torna menos flexível. Terceiro, a centralização do controle faz com que o sistema de controle seja mais dependente de aplicação e ajustado para configurações específicas do 196

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Page 1: Representação e Implementação de Controle de Células de ... · Departamento de Informática e Estatística Uni e de Santa Catarina UFSC Caixa Po stal 476 , ggO I 0-970 Florian

Representação e Implementação da Tarefa de Controlede Células de Manufatura: Uma Abordagem

Distribuída.Luís Fernando Friedrich, Dr.

Departamento de Informática e EstatísticaUniversidad e Federal de Santa Catarina - UFSCCaixa Postal 476 , ggO I0-970 Florian ópolis , SC

[email protected]

Abstract : Most of dificulries in dcvcloping software for control systerns are due to the lack of a modelwhich is proper to deal with this kind of systcm. For instancc , models which are being used to develop thatsystems are based on hierarquical approachcs which are sequential and centralized. This work presents aparallel/distributed model to control software development. We define the control model, therepresentation forrn used for components anel show an implementation environment to support the controlsoftware parallel model.

Resumo: Grande parte dos problemas encontrados no desenvolvimento de software para sistemas decontrole decorrem da falta de um modelo adequado. Por exemplo, alguns modelos utilizados são baseadosem abordagens hierárquicas, seqüenciais e centralizadas. Neste traba lho apresenta-se uma abordagemparalela/distribuída para o desenvolvimento do software de controle, define-se o modelo de controleusado, a forma de representação dos componentes e um ambiente de suporte para a implementação dosoftware de controle.

IntroduçãoUm dos principais componentes das Células Flexíveisde Manufatura (Flexible Manufacturing Cell ) é ocontrolador, ou sistema de controle da cé lula (SCC) .Considerando que o objetivo das células demanufatura é a possibilidade de r ápida adaptaçãomudanças de mercado, o software de controle ( que éo que realmente controla a célula) eleve estarhabilitado a receber as modificações necessárias paraatender as constantes mud anças de requisitos.

o desenvolvimento de sistemas de controle de chão -de-fábrica representa hoje um dos maiores problemasna criação de indústrias de manufatura flexívelautomatizadas. Uma boa parcela desta dificuldadepode ser atribuída aos altos custos envolvidos nodesenvolvimento e manutenção do software decontrole [SMI92]. Grande parte dos problemasencontrados no desenvolvimento de software parasistemas de controle apontam para Ü falta de um

modelo (arquitetura) adequado para tratar as necessidadesenvolvidas na geração de software de controle genéricopara sistemas de chão-de-fábrica. Os modelos adotadosincluem uma abordagem hierárquica seqüencial ecentralizada para o processo de desenvolvimento dosistema [DUA93]. Mesmo que esta abordagem forneçauma ferramenta de representação útil para muitos sistemas,ela apresenta alguns problemas no tratamento dascaracterísticas dinâmicas de um sistema. Primeiro, omodelo centralizado é inadequado para representaratividades paralelas e simultâneas dos sistemas de chão-de-fábrica devido às restrições que o modelo impõe no que dizrespeito à autonomia das entidades controladas. Segundo,visto que a centralização do controle exige a participaçãoda entidade controladora em cada decisão, o sistema setorna menos flexível. Terceiro, a centralização do controlefaz com que o sistema de controle seja mais dependente deaplicação e ajustado para configurações específicas do

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sistema, não fornecendo meios para uma rápidareconfiguração do sistema.

A adoção de uma esu uturu distribuída para sistemasde controle de chã o-de -fábrica permite a descriçãodas atividades de controle de uma forma genérica , aabstração necessária para os diferentes nívei s e apossibilidade de reconfiguração necessária pararepresentar as rnodi ficações no sistema. Por outrolado, mesmo com a utili zação de um model odistribuído na especi Iicação do sistema, aimplementação do software assume uma formadiferente daquela do model o desenvolvido. Isto éfreqüentemente atribuído à utilização de ambientesque não sup ortam a implementação de softwaredistribuído e paralel o.

Nas seções seguintes é apresentada uma abordagempara o desenvolvimento de sistemas de controle dechão-de-fábrica cujo obje tivo é permitir odesenvolvimento do so ftware de controle, genéric o,flexível e autônomo, de forma que a incorp oração demudanças sej am facilmente gerenciadas . Os principaisaspectos da abordagem di zem respeito ao modelo decontrole adotado e a estrutura utili zada para odesenvolvimento do software de controle.

A Arquitetura de ControleA arquitetura de contro le adotada neste trabalho levaem considera ção a necessidade de informação globalao mesmo tempo que tenta manter a independência dedesenvolvimento das entidades. A arquitetura decontrole de chão-de-fábrica adotada prevê 2 níveis(Figura I) : equipamento e centros de trabalho.

O nível de equipamento tem como característicaprincipal a representaçã o lógica de uma máquinaf ísica, ou seja, uma entidade deste nível é compostapelo contro lador do equipamento, o controlador damáquina, e a máquina prop riamente dita. Ocontrol ador de equipamento está divid ido em duaspartes : I) a parte genérica que funciona comointerface entre a máquina que e le representa e orestante do chão-de-fábrica, e 2) a parte específ ica,que é responsável pelo controle da máquina real ,atr avés do controlador da máquina. O nível deequipamento pode ser definido como o conjunto deequipamentos E = { CI , CZ, ... , CIl } , onde para cadaCj E E. ej =< CCj, M, > onde: CCj é um contro ladorde equipamento e Mj é uma máquina (dispositivo)física e seu contro lado r. O conjunto pode ser

particionado em { EPM, EMM, ETM, EAM }onde:EPM = {Cj IM, é um equipamento de processamento de

material },EMM ={Cj IM, é um equipamento de movimentação de

material },ETM = { Cj I M, é um equipamento de transporte de

material }, eEAM ={Cj IM, é uma equipamento de armazenamento de

material }.

O nível de centro de trabalho é composto por um ou maisequipamentos sob o controle do controlador de centro detrabalho . Neste nível , a ênfase é na sincronização doscontrolad ores de equipamento. Usualmente, os centros detrabalho são definidos a partir do layout físico dosequipamentos.

Formalmente , CT ={CtJ, Ct z, ..., Ctn} é um conjunto decentros de trabalho onde para cada Ctj E CT, Ct, = <Cct. , Ei, PC/Si> onde:

Cct, é o controlador do centro de trabalho,E, = EPM j U EMMi U ETMi U EAMi ,PC/Si é um pont o de entrada/saída de material.

A arquitetura prevê a ligação entre entidades do mesmonível , por exemplo entre centros de trabalho e entreequipamentos de um centro de trabalho, promovendo assimUlll modelo distribuído de controle. Vantagens destaestrutura incluem: a definição dos componentes de formaindependente da estrutura global do sistema, possibilidadede descrição das atividades paralelas e simultâneas ecapacidade de reconfiguração a partir da definição dasinterações entre os componentes .

Centro deTrabalho

Controlador

l14

•Equipamento 1

Controlador Controlador

I Máquina IFigura i . Níve is de Controle

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Estrutura do ControladorO cont rolador, independe nteme nte do nível decontrol e (equipamento, cent ro), tem habili dade parareceber informações, tomar decisões e trocarinformações com os outros co ntro lado res ICHOlJ3] . Afunção de tom ada de dec isões co rrcspondc as funçõesde planejamento e escalonamento, enquanto que orec ebimento e geração de informações corrcs po ndc Üfunção de execuç ão. As saídas do planejamentoservem como en trada do escalonamento, as saídas doescalonamento servem como entrada para a execução,e as saída s da execução gerenciam os equipament osfísicos do chão -de- fábri ca. A Figura 2 mostra aestrutura de um controlador.

Canais de/ comunicaç ão

,e . _ ,

.' Planejamento :. .. . . .. .. ... . . . . .

. . . T ,Ar: Esc alonamcn to :

Figura 2. Estrutura de um Controlador

A função de execução é desenvo lvida com base nosis tema físic o ou no se u modelo. As funções deplanejamento e escalonamen to não dependem apenasda função de execução mas também dos requis itos deprodução. Desta forma, as necessidades doplanejamento e do escalonamento mud am conformeos requisitos de produção. No caso da função deexecução, as mudança s só acontecem quando damodificação da configuração da célul a ou do centrode trabalho . A função de execução do contro lador decentro de trabalho rec ebe as me nsagens de controle,necess árias para processar as peças e gerenciar osrecursos, e envia detalhadas para a funçãode execução dos contro ladores de equipamento ond e,para cada mensagem recebida, é especi ficada umasequência de ações a se rem tomadas . A função deexecução dos controladores (centro de trabalho eequipamento), comunica-se com outros controladorese também com as funções de escalonamento eplanejamento . A funç ão de execução pode serdetalhada em três sub-funções : I) mon itoração demensagens de entrada, 2) execução de ações , e 3)geração de men sagens de saída. A sub-função de

monitora ção recebe mensagens dos outros controladores eas identi fica para posteri or execução de ações. Porexemplo , uma ação para um controlador de máquina podese r a ca rga/des ca rga de peças, processamento, etc. A sub-função de geraç ão de mensagen s de saída envia mensagens(co ntro le e informação) resultantes da execução de açõespara os outros controladores. Desta forma, o contro lador éum dispositiv o rea tivo que responde a mensagens recebidasde controladores externos, a partir da interpretação dasinformações e da tomada das ações determ inadas.

Representação dos componentesA representação dos componentes do si stema leva emco nside ração a estrutura e o comportamento din âm ico dos 'mesmos. A es trutura é " caracterizada pelos atributos(está ticos e din âmicos) e pelas operações individuais. Ocomportamento define como cada subsistema executa suasoperações.

O mode lo funcional (estrutura) descreve os componentesindivi dualmente, através da especificação dos seusatributos, ope raçõe s e relacionamentos. Um componente édefinido por : .C = {CI, At, Op, Re } , onde :

• Cl é a classe do componente,

• At = Ate U At, é O conjunto d e atributos docompo nente , onde :Ate é O co nju nto de atributos estáticos, caracter ísticasque não mudam se us valores durante a operação, eAtd é o conj unto de atr ibutos dinâmicos que mudamseus valores durante a operação (estado docompo nente).

• Op = Op, U Op., U Op, é o conj unt o de operações docomponente, onde :Op, é o co nj unto de operações que tratam eventos deentrada que recebem comandos ou requisições deoutros componentes,Op, é o conjunto de operações de processamento queexecutam tarefas de controle, eOp, é o co nj unto de operações que tratam eventos desaída atr avés da comunicação com outroscompo nentes .

• Re é o co nj unto de outro s componentes (recursos) queinteragem com o componente sendo descrito.

O comportamento dos co mponentes é rep resentado com ouso da s redes de comportamento [FRI96]. A rede decomportamento de um componente é formada por um

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conjunto de estados e um conjunto de atividades.Cada estado representa uma condição particular docomponente, e cada atividade representa a realizaçãode alguma operação no ciclo de vida do componente.A idéia principal das redes de comportamento éinspirada nas redes de Petri [PEH I ][DES94] .

Cada componente é representado por uma redeautônoma que troca mensagens com os outroscomponentes do sistema através dos canais deEntrada/Saída. Um canal de entrada recebeinformações de fora do componente, enquanto que umcanal de saída envia informações para fora docomponente. O conjunto de canais de EIS docomponente define a sua interface. A comunicaçãoentre componentes é estabelecida pela ligação docanal de saída do enviante ao canal de entrada doreceptor.

Uma rede de comportamento é um grafodirigido Rc = ( E, C, A ), onde :

• E é um conjunto finito de condi ções (lugaresinternos).

• C é um conjunto de canais externos, C = C, u C.onde

C, é o conjunto de canais de entrada, eC. é o conjunto de canais de saída

• A é o conjunto de atividades.

A cada atividade em A corresponde um par (Ee, Es),onde Ee é o conjunto de estados de entrada e Es é umconjunto de estados de saída da atividade. O conjuntoEe é um subconjunto não vazio de C, u E, com nomáximo um elemento de Cc. Se Ee n C, 7= 0 aatividade é dita global ou externa, caso contrário échamada local ou interna. O conjunto Es é umsubconjunto de C. u E . Para cada ativid ade em Aestá associada uma seqüência de ações . A seqüênciade ações determina como são afetados os estados desaída correspondentes à atividade. Figura 3 mostraa representação de um componente da classeMáquina_CN. Neste caso o componente pertence aclasse Máquina_CN, possui os atributos maq_status,que representa o estado da máquina (atributodinâmico) , e maq_id, que representa o identificadorda máquina (atributo estático). Entre as operações docomponente estão as operações de carga de peças(maq_carga) e descarga de peças (maq_descarga). Ocomponente desc rito tem como um de seus

relacionados o componente Controlador_centro eom o qualrelaciona-se através da troca de mensagens. Em seguida éapresentado a Rc do componente, ou seja, qual ocomportamento que o componente executa. A Interface deentrada é composta por todas .operações do componenteque são consideradas de entrada, ou seja, requisições deoutros componentes. A interação com outros componentesé representada na interface de saída.

CI : Máquina_CNAt :maq_statusmaq_id

Op :maq_cargamaq_descarga

Re :Controlador Centro

Rc\---"----.- - - - - - -"

\\IIIIIICanaljde

IS'I/

."

Interface deSaída

Figura 3. Representação de um componente

o Ambiente de ImplementaçãoA partir da definição do modelo de controle adotadoe da representação dos componentes do sistema, é propostoum ambiente de implementação destes modelos. Esteambiente tem como base o trabalho apresentado em[COR93] [MON95] (CAM95]. O ambiente deimplementação proposto provê o suporte necessário para aconstrução e execução dos modelos com base naabordagem .distribuída. A construção diz respeito àconversão das especificações em uma representação internacom base em estruturas predefinidas. A execução significaa realização, passo a passo, das interações entre

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Figura 4 . Ambiente de Impl ementação

serv idor de dispositivo (NSD) que comunica-se com ocontrolador de dispositivos (CD) . O CD pode controla rmais de um dispositi vo físico. A Figur a 4 mostra oscomponentes do ambiente de impl ement açã o prop osto.

( serviços

kernel

tijJ--_<, \I II JI JI J\ '" /

NT

NT

NSE

NSD

NCC

WorkStation

C

B

ross

ar

ConclusãoA abordagem proposta nesta pesquisa fornece umaes trutura para o desen volvimento do so ftwa re de controlepara sistemas de manufatur a celul ar. A abordagem util izaum modelo distribu ído onde os compo nentes de co ntro lesão es pec ificados de forma individua l e depois ligadosatravés de canais de comunicação para formar o sistema decontro le. A separação das funções básica s de contro lepermite um desen volvimento independ ente de forma quediferent es estratégias de planejamento e esc alonamentopodem se r usadas com a mesma função execução. Até omomento foram desenvolvidas as funçõ es execução decompo nentes de manu fatura dos dois níveis de controle

controladores e contro lados (clientes e servidores). Osuporte de implementação envol ve um conj unto defunções que implementam as caracter ísticas básicasdo mod elo. Por exemplo, para os co ntro ladoresrealizarem as suas funções básicas (plane jamento,escalonamento e execução) , necessitam de um suport ede impl ementação que é responsáve l por lun çõcscomo comunicação e ace sso a dad os. As funçõesbásicas dos comp onentes de controle do chão-de-fábrica (controladores) são representadas porprocessos, os quais reali zam intera ções do tipocliente/servidor. A comunicação entre os processos sedá a partir da troca de mensagens através de ca nais decomunicação pré definid os,

A classe de processos executor , realizam a função deexecução dos contro lado res , tem como estruturasbásicas um conjunto de canais de comunicação apartir dos quais o processo se comunica c umaestrutura que descreve o comportamento (oufuncionalidade) a ser executado. Os canais decomunicaç ão estabe lecem as ligações que o proce sso(compo nente ) realiza com o objet ivo de troca rmen sagen s. A est rutura de compo rtamento descre ve aRc do compo nente que o processo irá executar, ousej a, as atividades que o componente real iza emfunção do estado interno e das mensagens recebidas.As ações, esp ecificad as pe las ati vidades que umcomponent e realiza, podem necessitar dos se rviços dosuporte de implementa ção. A funcionalidade dosprocessos da classe executor inclui as tarefas deconstruç ão do comportament o e de execução docompo rtame nto dos componentes represen tados.

O ambiente de implementação é compos to por umconjunto de processad ores que se comunicam entresi através de um meio de interc onexão. Cad aproc ess ador ou nó de trabalho (NT) contém: ocomponente (compo rtamento) que está sendoexecutado, um conjunto de serviços locai s e umnúcleo que implementa serviços b ásic os parasuportar'o modelo distribuído. Dois processadore stêm fun ções específi cas: o gere nte de comun icaçãoou nó co ntro lador de conexões (NCC ) é responsáve lpela ge rê ncia dos n ós e estabelecimento dasconexões entre os mesmos; e o n ó ser vidor extern o

permite a comunicação com a es tação detrabalho que fornece serv iços do sistema de arquivospara os proc essos . Neste caso, a estação de trabalhofunciona como interface entre o usuário e o sistemade arquivos. Com o propósito de permitir a interaçãoentre os componentes de software e um equipamentofísico o - ambiente de imp lementação fornece o nó

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propostos (eq uipamento e centro de trabalho). Afunção execução de cada componente estabelece ocomportamento do mesmo e um processo é criado,para cada componente espec ificado , para executares te comportamento. As próximas etapas do trabalho

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