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Confira os matérias, notícias e estudos da nova ediçãoda Revista Comuna.

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abril 2013 | comuna | 1

Produção: Comunidade da Graça Sede

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739

Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori

Redação: Elisabete Mazi

Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br

Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

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Olá!O primeiro livro da Bíblia, GÊNESIS, que significa início ou começo, trás uma revelação clara do projeto original de Deus na criação do homem.

O desconhecimento de Gênesis tem produzido muita des-graça, confusão e prejuízo às gerações.

Num salto cronológico e histórico, descobrimos ainda outro prejuízo cultural e espiritual na vida das pessoas: o desco-nhecimento do livro de ATOS DOS APÓSTOLOS que mostra o nascimento da igreja.

Poucas pessoas sabem que a igreja começou nos lares.No mundo todo, já não soa mais estranha a expressão CADA CASA, UMA IGREJA. Milhares de cristãos espalhados pelo planeta têm tido essa velha experiência grandiosa.

“Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas re-feições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” Atos dos Apóstolos 2:46-47

Wagner Fernandes

Editorial

Carlos Alberto de Quadros BezerraFundador e Presidente da Comunidade da Graça

COMUNA E VOCÊ

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem

sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião!

[email protected]

As matérias da Revista Comuna têm me edificado muito e, além de distri-buí-la no meu trabalho, tenho utiliza-do algumas matérias como “Tarefa da Semana” na Célula que dirijo junto com minha esposa Cássia, onde desafiamos os membros a estudarem a matéria escolhida e a compartilha-rem na Célula o que mais lhe chamou a atenção. E tem sido uma bênção! Parabéns a todos os envolvidos nesse abençoado projeto.Julio Cesar de Melo – Comunidade

da Graça Sede – São Paulo /SP

Gostei muito da análise do nosso pas-tor Carlos Alberto, sobre ministério e corpo, na sua coluna Visão da edição de março da revista Comuna. Ela me fez lembrar sobre o cuidado que deve-mos ter com o grupo ao qual fazemos parte. Somos membros desse corpo e Jesus, como o cabeça, deve comandar as partes desse corpo, para o bom an-

damento dessa igreja viva que somos nós.Josemar Francisco – Comunidade da

Graça em Caruaru/PE

Índice24 Capa

Visão - Para que vivo?

Especial

Saúde

Ponto de vista

Texto e contexto Aconteceu

Sonhospossíveis Células Comunidade

Eles andaram com Jesus FamíliaFundação Comunidade da Graça

Uma escola moderna que faz históriaem São Paulo

O AAS, a dipirona e o perdão

Fé cega, faca amolada

O modelo de Jesus na formação de líderes

“Papai, quero ser grande” O perfil de um bom líder de Célula Comunidade da Graça em Guarulho/SP

David Brainerd A vida sentimental dos filhosAções que mudam vidas

Deus Agindo - Oração - um momento sublime

Cada casa, uma igreja

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Igreja FamíliaMinha casa como extensão do reino de Deus

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que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os aben-çoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”

Segundo o Propósito Eterno de Deus, podemos inferir dessa declaração da Bíblia que o homem foi criado com os seguintes objetivos:

1. Refletir a glória da imagem e semelhança do Criador em toda a criação.

2. Multiplicar-se e encher a terra com uma semente piedosa.

3. Governar e administrar a terra com justiça e santidade.

Com o evento do pecado, o homem perdeu a glória de Deus: “Porque to-

s que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e res-suscitou.” 2 Coríntios 5.15

Qual a razão da minha existência? Por que fui criado? Por que respiro? Por que estou aqui? Para que existo? Estas são as perguntas básicas que devem re-velar o sentido da minha existência. O que faço aqui nesse mundo? De onde vim e para onde vou? Por vezes, ao fazer essas perguntas às pessoas, ouço respostas sinceras, porém desprovidas completamente do real significado da existência humana.

Muitos imaginam que a vida consiste em trabalhar, comer e dormir. Desse modo, trabalham para comer, e co-

mem para trabalhar. Depois, dormem para poder trabalhar, e assim voltar a comer e novamente descansar. É o sentido estritamente materialista da vida humana. Pensar que um Deus sábio criaria o homem somente para esse fim seria subestimar Seu poder criacional e Sua sabedoria.

No entanto, é maravilhoso saber que não somos o fruto de uma criação acidental, mas o resultado do Projeto Eterno de Deus, descrito na história da criação do homem, no livro de Gêne-sis 1.26-28:

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nos-sa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil

CARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

Para que vivo?

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família

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Agora sim podemos entender a razão da nossa existência – “os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e res-suscitou”. É através da experiência de morte e ressurreição com Cristo que nos tornamos uma nova criação, e esta nova criatura vive para satisfazer o projeto eterno de nosso Deus e Pai, através da vida do Seu Filho Jesus que veio viver em cada um de nós.

“Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entre-gou a si mesmo por mim.” Gálatas 2.19-20

“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para se-rem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o pri-mogênito entre muitos irmãos.” Romanos 8.29

Essa nova geração de homens e mu-lheres semelhantes a Jesus não vive mais para si mesma, mas para cum-prir o grande e eterno projeto de Deus que é o de ter uma família com mui-tos filhos semelhantes a Jesus. Esses são os que nasceram de novo, que foram transformados em novas cria-turas e que vivem no Reino de Deus cumprindo Seu propósito aqui na terra, que é o de refletir a imagem de Deus em todas as dimensões de sua existência. São possuidores de carac-terísticas originais porque são criação especial de Deus:

“Porque somos feitura sua, cria-dos em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Efé-sios 2.10

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

dos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3.23). Sua semente tornou-se impiedosa e má: “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras.” (Salmo 58.3). Esse homem deixou de adminis-trar a terra com justiça e santidade: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” (Romanos 8.22).

Contudo, como os projetos do Todo--Poderoso jamais serão frustrados: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impe-dido.” (Jó 42.2), Deus iniciou a histó-ria de uma nova geração de homens e mulheres, não mais parecidos com Adão, o fracassado, mas com o Seu Filho Jesus, o Vitorioso:

“Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o na-tural; depois o espiritual. O pri-meiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são tam-bém os terrestres; e, qual o celes-tial, tais também os celestiais.” 1 Coríntios 15.45-48

Jesus é o último Adão e o segundo ho-mem. Último Adão porque Jesus encer-rou sua história quando incluiu todos os homens na Sua morte (2 Coríntios 5.14); e segundo homem quando ressus-citou dos mortos, dando assim origem a uma nova criação de homens e mulheres parecidos com Ele, o Primogênito, por-tanto, da nova geração de Deus.

“E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lu-gares celestiais, em Cristo Jesus.” Efésios 2.6

sonhospossíveis capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Eis algumas delas registradas em 1 João:

Crê em Jesus 1 João 5.1

Pratica a justiça 1 João 2.29

Não vive na prática do pecado 1 João 3.9 e 5.18

Passou da morte para a vida 1 João 3.14

Dá a vida pelo irmão 1 João 3.16

Vence o mundo 1 João 5.4

Tem vida eterna 1 João 5.13

É conhecido pelo amor 1 João 4.7-8

células

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Um provérbio diz: “Ouça ou sua lín-gua o manterá surdo”. Para ouvir a Deus eu preciso me calar (Salmo 131.2-3). Enquanto eu não ouvir a voz de Deus, eu não devo tomar nenhuma atitude. Ouvir a voz do Espírito Santo, seu conselho, sua direção, é condição fundamental para obtermos a vitória diante das dificuldades e para saber-mos o que pesa no coração do Pai.

Os intercessores são aqueles que fazem a ligação entre a misericórdia de Deus e a necessidade humana. Intercessão é o amor nos joelhos. É colocar-se na bre-cha em favor de outra pessoa. Jesus é o nosso exemplo maior como Interces-sor, e ainda hoje intercede por nós (He-breus 7.25). Na oração que Jesus fez em João, capítulo 17, Ele ora primeiro por si mesmo (v.1-4), em seguida pelos discípulos (v.5-20) e finalmente pelos que viriam a crer nEle (v.20-26).

O perfil do intercessor é alguém que ama (Romanos 5.5), se identifica com

sonhospossíveisvisão eles andaram com JesusDeus agindo especialfundação CG

Oração - um momento sublimeSUELY BEZERRA, PRA.

ponto de vista família

oração é todo momento em que nos separamos de tudo para buscar a Deus. Ele é a fonte de vida que necessita-mos para nos alimentarmos espiritualmente e produzirmos

frutos (Ezequiel 47.12).

Porém, para que isso seja real em nossa vida, alguns pontos devem ser observados. Precisamos nos discipli-nar em nosso tempo, estabelecer um lugar específico e ter um plano de ora-ção bem definido. Depois, precisamos aprender a ouvir o que o Pai deseja nos falar na Sua intimidade.

“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a co-nhecer a sua aliança.” Salmo 25.14

Por sermos cristãos, nosso alvo e de-sejo deve ser desfrutarmos da comu-nhão com o nosso Pai todos os dias. É no lugar de comunhão que somos alimentados, fortalecidos, encorajados e renovados para enfrentar as lutas e dificuldades do dia a dia. Além de ser-mos movidos à intercessão.

Alguns passos práticos para um mo-mento de oração:

Precisamos reconhecer diariamente que falhamos e somos necessitados. Quem diz que nunca falha em sua obe-diência a Deus, está debaixo de enga-no. Através da confissão, o intercessor vê as coisas como Deus vê. Diante de Deus, devemos nos humilhar (1 Pedro 5.6), confessar nossos pecados e fa-lhas (1 João 1.9-10), e nossas dificul-dades e lutas (Salmo 103.13-14).

Como um pai se agrada em ouvir elo-gios de seus filhos, nosso Pai Celestial se agrada em receber nosso louvor. Podemos fazer isso o adorando e nos prostrando diante dele (Salmo 95.6-7) e também o reconhecendo pelo que Ele é: Provedor (Gênesis 22.14), Bandeira da Vitória (Êxodo 17.15), Justiça (Je-remias 23.6), Santo (Levítico 20.8), o Deus que Sara (Êxodo 15.26), Pas-tor (Salmo 23.1), Deus de Paz (Juízes 6.24) e Deus presente (Jeremias 23.23).

CONFISSÃO

INTERCESSÃO

OUVIR A DEUS

LOUVOR

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o necessitado (Êxodo 32.31-32), tem compaixão (Mateus 9.35-38), é sensí-vel à voz do Espírito Santo e por isso tem discernimento e intercede profe-ticamente (1 Coríntios 12.10), sente o peso pela salvação (Gálatas 4.19), confia e crê (Hebreus 4.16) e é guer-reiro (Salmo 144.1).

A Bíblia nos ensina a dar graças em tudo (1 Tessalonicenses 5.18). Ações de Graça é um mandamento (Salmo 104.4). Jesus se indignou com a fal-ta de gratidão. Ser ingrato é sinal de orgulho e vaidade no coração (Lucas 17.17 e Romanos 1.21).

“O poder do jejum, quando relacionado com oração, é a bomba atômica espiritu-

al que o nosso Senhor tem nos dado para destruir a fortaleza do mal”. Bill Bright.

Jejuar implica uma negação de privi-légios, alimentação ou até mesmo de sono a fim de concentrar toda a nossa atenção na busca de Deus. Enfim, je-juar é separar um tempo de qualidade para estar na presença de Deus por uma razão especial e de muita impor-tância. O seu compromisso de jejuar deve ser efetuado como resposta à di-reção do Espírito Santo.

Note que, no desafio de orar, sempre surgem obstáculos que tentam nos tirar do propósito. Às vezes, Satanás ataca nossa mente, colocando dúvidas como: “Deus está ouvindo a oração?”. Ele tem a habilidade de nos esgotar, amarrar e desmotivar.

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” Efésios 6.13

Não podemos desistir! Depois de experi-mentarmos a intimidade com o Pai, não seremos mais a mesma pessoa. Quem semeia em oração, colhe realização!

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Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

igreja família

UM ALERTA FINAL

AÇÃO DE GRAÇAS

JEJUM

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Fé cega, faca amoladaCARLOS BEZERRA JR., PR.

“Novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nis-

to todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” João 13:34 e 35

Quando Rosa Parks se negou a ceder seu lugar no ônibus a uma mulher branca, nos Estados Unidos dos anos 1950, havia um pastor ao seu lado para protestar contra segregação racial. Ele liderou esse movimento por anos. En-frentou ameaças e ataques. Seu nome era Martin Luther King. E sua parti-cipação foi decisiva na luta contra a discriminação não só nos transportes, mas em toda a sociedade norte-ame-ricana. Foi assassinado brutalmente. Mas virou herói em seu país, e, hoje, não é possível falar de Direitos Huma-nos ou minorias sem citar sua enorme contribuição.

Esse movimento de mais de 60 anos atrás me lembra de que, quando a fé encontra a ação política profética, não precisa necessariamente se transformar em acusações, falso moralismo ou hi-pocrisia. Antes, pode ser traduzida em ação contra a injustiça, a favor da in-clusão e pela paz. Infelizmente, porém, parece que o modelo capaz de combi-nar atuação pública relevante e cris-tianismo genuíno está sendo ignorado por alguns daqueles que resolveram se dizer porta-vozes da Igreja brasileira.

Tenho acompanhado com perplexida-de – e, tenho de dizer, com constrangi-mento – o noticiário dos últimos dias. A conclusão é óbvia: a plataforma dos Direitos Humanos virou palanque pre-dileto de certo povo lá de Brasília... Usar tema dessa importância só pra se promover já não seria coisa boa. Po-rém, se ao menos estivessem batendo bumbo contra a corrupção, violência e injustiça, vá lá... Mas não. O que es-tão fazendo é acentuar preconceitos e

rancores, estimular a exclusão e o ra-cismo, e defender a intolerância. E o pior: tudo isso em nome de Deus (e no meu e no seu nome também!).

É evidente que, num país democráti-co, ninguém pode impedir quem quer que seja de expressar suas opiniões, valores e crenças. E o princípio vale também para nós, evangélicos, que te-mos de ter liberdade para dizer o que pensamos. Não se combate intolerân-cia com intolerância, nem fundamen-talismo com mais fundamentalismo. Sem dúvida, repudio qualquer ten-tativa de cerceamento desse direito. Porém, não podemos nos esquecer de que Jesus veio a esse mundo com a missão de salvá-lo e não de acusá-lo.

Quem me conhece, sabe da minha militância de quase 20 anos pelos Di-reitos Humanos. Sabe de minha luta e da luta do grupo que represento para garantia de direitos aos pobres, aos injustiçados, aos mais fracos, aos es-

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A QUEM INTERESSA REDUZIR A ESSÊNCIA AMOROSA E TRANSFORMADORA DA MENSAGEM DE JESUS À AGENDA MORALISTA?

família

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CARLOS BEZERRA JR.é pastor, médico e deputado estadual. É líder do PSDB na Assembleia Legislativa-SP e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos do Estado de São Paulo. Autor da lei que criou o Programa Mãe Paulistana e da nova lei paulista contra o trabalho escravo. Acredita que a missão do cristão na política seja a definida pelo texto de Salmo 82, nos versículos três e quatro: “Vocês estão aqui para defender os indefesos, para assegurar que os prejudicados tenham uma chance de justiça. O trabalho de vocês é proteger os fracos, perseguir os que os exploram”.

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cravizados... E, na semana que passou, fui ao microfone do plenário e me po-sicionei contra essa redução da agen-da bíblica de transformação social a questões de sexualidade. No entanto, não protestei como ativista do tema: discursei como cristão.

Fui ao microfone e critiquei esse mo-delo de política e púlpito que explora questões étnicas ou de sexualidade em troca de lucro eleitoral (ou seja, voto). Mas, sobretudo, usei meu pronuncia-mento para pedir perdão. Sim, dirigi--me aos não-crentes, àqueles que não professam a mesma fé que eu e você, e pedi que nos perdoassem se, de al-guma forma, o barulho que está sendo feito os estiver impedindo de entender a verdadeira mensagem de Jesus.

Há mais de dois mil versículos na Bí-blia falando sobre o cuidado com os pobres e aproximadamente seis tratan-do sobre homossexualidade, por exem-plo. No entanto, não se vê nenhum projeto para atender a quem sofre. Per-gunto: Quantas vezes Jesus falou sobre homossexualidade? Respondo: Nenhu-ma... No topo da lista dos confrontados pelo Mestre estavam os homossexuais? Ou eram os hipócritas religiosos de Sua época? Por que, então, super explorar alguns temas de forte apelo eleitoral e desvalorizar outros, claramente enfati-zados pela Bíblia e por Jesus? A quem interessa colocar esse tema de modo tão presente na agenda? Será que es-ses que fecham os olhinhos diante das câmeras da imprensa, parecendo muito espirituais, não os mantêm bem aber-tos, fixos nos votos que podem tirar de todo esse teatro?

“Errais não conhecendo as Escritu-ras”, diz a Palavra. E o problema fica ainda mais agudo quando esse discur-so sem amor ou sabedoria contamina algumas igrejas. Aí, é mesmo como na

velha música: fé cega, faca amolada. Crentes sinceros têm aderido a essa ideologia esdrúxula, sem saber que es-tão assumindo uma agenda que nada tem a ver com os reais desejos do co-ração do Pai.

Atenção, caro leitor. Não estou pro-pondo que essa ou aquela prática seja, agora, legitimada. Há questões que são específicas da Igreja. E outras que são de Estado. Não apoio aqueles que tratam a nós, evangélicos, como igno-rantes. Minha fé e minha consciência cristã não estão alinhadas a esses que querem impor no grito sua condição como regra. Defendo que respeitem a nós, evangélicos, com o mesmo res-peito que têm exigido.

Porém, o que acontece é que, no meio de todo esse barulho, a ideia de cristia-nismo transmitida está errada. O tes-temunho público está ruim. Pesquisa recente, realizada pelo Barna Group, nos Estados Unidos, questionou jo-vens não-cristãos sobre sua percepção sobre os cristãos. O resultado? Para eles, a principal característica dos crentes é a de ser anti-homossexual. Triste conclusão a de que cristãos es-tejam se tornando mais conhecidos pelo que são contra do que pelo que são a favor. Vale a reflexão. Essa, com certeza, não era a impressão que as pessoas tinham ao encontrar Jesus ou os irmãos da primeira Igreja.

Perde-se tempo com posições dis-cussão de modos e costumes, quando uma agenda cristã contemporânea, bi-blicamente fundamentada, conduzida com honestidade e humildade, poderia diminuir a violência, lutar por melho-res condições de saúde, erradicar a pobreza e a escravidão moderna, cui-dar da Criação, fortalecer as famílias, promover o respeito à sacralidade da vida humana e sua dignidade intrín-

seca – bem ao contrário dos absurdos que temos visto. A esses pastores ou políticos que se autodenominam defensores dos evan-gélicos, lembro que a Igreja já tem em Cristo o seu maior e suficiente defen-sor. As vozes cristãs que mais foram ouvidas e mais transformaram a his-tória da Humanidade não foram essas que se apressam em julgar e condenar. Foram aquelas que pregaram e vive-ram a essência da mensagem de Jesus: o amor, a paz, a justiça, o perdão, a to-lerância, a não violência, a defesa dos mais frágeis, a vida com integridade. Foram vozes que se levantaram con-tra o racismo e a hipocrisia religiosa. Salve Mandela, salve Desmond Tutu, salve Martin Luther King, Bonhoeffer, Wilberforce, Jaime Wright, Robinson Cavalcanti! Com esses, estou alinha-do, hoje e sempre.

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David BrainerdPAULO ALEXANDRE SARTORI

avid Brainerd nasceu a 20 de abril de 1718, em Con-necticut, Estados Unidos. Ele foi um menino de saúde muito frágil. Além disso, seu pai morreu quando ele ti-nha apenas nove anos, e aos catorze ele perdeu também sua mãe. Isso tudo o tornou uma pessoa melancólica, e os poucos valores religiosos recebidos na infância co-

meçaram a declinar.

Depois de passar a adolescência longe de Deus, Brainerd começou a dedicar tempo à oração. Passou a ler a Bíblia e formou um grupo de estudo e comunhão com outros jovens cristãos. Ainda assim, ele não conhecia a Cristo pessoalmen-te. Mas permaneceu nessa busca e finalmente, aos vinte e um anos, ele teve uma experiência definitiva de conversão.

Algum tempo depois, o destino das pessoas sem Cristo começou a tomar espaço em seu coração. Chamou-lhe particular atenção a triste condição dos índios norte-americanos. Não havia muitos missionários trabalhando entre eles. Brainerd começou a colo-car em prática o seu amor pelos índios, obtendo mais informa-ções sobre a realidade deles e orando frequentemente por eles. E o desejo de levar o Evangelho aos índios foi crescendo.

A ocasião surgiu, e Brainerd apresentou-se como missionário aos índios, embora sua saúde precária fosse um fator preocu-pante, em vista das condições inóspitas e difíceis que enfren-taria. Viajava a pé ou cavalgando por longas distâncias. Fre-quentemente, ele ficava exposto ao frio e à fome. E tinha que lutar diariamente com depressão, solidão e desconforto físico.

Apesar de todas as dificuldades, seu intenso desejo pela salva-ção dos índios o impulsionava a expandir seu ministério. Ele estabeleceu escolas para as crianças índias, onde elas também recebiam ensino bíblico. O fato é que Deus honrou sobrema-neira o trabalho de Brainerd. Por volta de 1745, um poderoso avivamento aconteceu entre as tribos evangelizadas. Índios de toda floresta vinham em grande número ouvi-lo. Muitos se converteram.

“QUERO ESGOTAR MINHA VIDA NESTE SERVIÇO, PARA A GLÓRIA DE DEUS.”

DAVID BRAINERD

UM MISSIONÁRIO BRANCO ENTRE OS ÍNDIOS PELES-VERMELHAS

Ao escolher o trabalho nas florestas úmidas, Brainerd não poderia esperar viver muito. Sua saúde definhou pouco a pouco. Aos vinte e nove anos, sofrendo terrivel-mente por causa da tuberculose contraída anos antes, ele faleceu em 09 de outubro de 1747 na casa de Jonathan Edwards, amigo e pai de sua noiva. Edwards, um dos maiores pregadores do evangelho de todos os tempos, tornou-se também o biógrafo de Brainerd. Foi uma vida curta, mas, desde então, seu exemplo e o diário que ele mantinha têm sido uma fonte motivadora para muitos missionários e para todos aqueles que desejam servir melhor na expansão do reino de Deus na terra.

Leia “A Vida de David Brainerd” de Jonathan Edwards, editora Fiel

Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.

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sonhospossíveis

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Fundação Comunidade da Graça (FCG) vem percorren-do todos os ambientes sociais. Recebendo, atendendo, servin-do e agindo com aqueles que muitas vezes vivem esmaga-

dos por um sistema opressor e pelo descaso da sociedade, chamando a cada um pelo nome, reinventando e marcando a esperança de ser leve e ancorado na eternidade – no amor.

Ser Fundação é ser expressão do amor de Deus, que ora, que abraça, que cho-ra junto e que conquista pelo amor e serviço. Por isso, com a intenção de trazer visibilidade e valorizar mulheres invisíveis sem garra de transformação, a FCG, em ação pontual, promoveu um desfile nomeado “CPP FASHION

DAY” no Centro de Progressão Peni-tenciária (CPP), de São Miguel Paulis-ta, no 1º semestre do ano passado.

Nessa ação, uma das reeducandas, Aparecida Alves, foi tocada pelo amor demonstrado e mudou de vida. “Co-nheci a Fundação em uma ação que eles fizeram em março, na semana da mulher. Fazia exatamente um mês que eu estava presa, me sentindo como ninguém. Vivia uma opressão pura, como um lixo, porque aquele lugar é um depósito de lixo”, comentou Cida.

Aparecida definia-se como arrogante, prepotente e autossuficiente. No dia do Desfile na Penitenciária, Cida par-ticipou da ação e se sentiu alguém. “O desfile foi lindo! Sem dúvida, teve a

beleza de Deus. Naquele dia me senti viva outra vez. Fiquei muito feliz. Eu e minhas colegas nos sentimos gente, importantes e estimuladas a recome-çar através dos valores e oportunida-de que eles demonstraram. Se impor-taram comigo com um sentimento de amor verdadeiro que só poderia ter vindo de Deus”, relatou.

Atualmente, Aparecida Alves está em liberdade e frequentando a Comunida-de da Graça em Vila Carrão. O pastor Adhemar de Campos esteve com ela na Penitenciária no final do ano pas-

Ações que mudam vidas

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REDAÇÃO FCG

A FCG QUER E AGE PARA MUDAR O FUTURO DAS PESSOAS ATRAVÉS DO AMOR QUE TRANSFORMA

“O DESFILE FOI LINDO! SEM DÚVIDA, TEVE A BELEZA DE DEUS. NAQUELE DIA

ME SENTI VIVA OUTRA VEZ.”

Cida e pr. Adhemar de Campos no último Batismo

Equipe voluntária da primeira edição do CPP Fashion Day

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Foto: C

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Para ser um colaborador e investir nos projetos da FCG, envie um email para [email protected]

Para saber mais sobre a atua-ção da entidade na Educação e Capacitação Profissional e também na Assistência e Promoção Social é só acessar o site: www.fcg.org.br

sonhospossíveis capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

sado e glorificou a Deus quando a viu na igreja. “Eu me enchi de alegria e profunda gratidão a Deus quando vi a Cida livre e presente no culto”, co-mentou Adhemar de Campos.

“Lá, na penitenciária, as pessoas pre-cisam de Deus. É preciso mostrar às reeducandas que elas são amadas, que-ridas. É preciso mostrar que elas são gente. E só Deus, o Deus que transfor-ma, pode fazer isso”, finalizou Cida.

A FCG acredita que a história de Je-sus diz respeito, principalmente, ao amor de Deus por cada um de nós. Somente esse amor é capaz de liber-tar a todos para abraçar a própria his-tória e uni-la à história em que todas as coisas se tornam novas. É um amor maravilhoso, lindo, amplo, que é con-cedido a todas as pessoas, em todos os lugares. Deus não faz acepção de pessoas, Ele ama a todos e deseja que nós também amemos.

A 2ª edição do desfile “CPP FASHION DAY” acontecerá no próximo dia 28 de abril de 2013. Se você é um profissional da área interessado (produtor de moda, fotógrafo, maquiador, manicure, cabeleireiro, produtor visual (VM), DJ, dançarino, ator ou artista circense), seja um vo-luntário! Se você tem comércio de roupas, calçados ou produtos de beleza, doe! Entre em contato com Karen Brandoles através do email [email protected] ou no telefone 2672-1200 – as vagas são limitadas!

ACONTECE AGORA

TESTEMUNHO DA APARECIDA ALVESEm regime semiaberto desde o dia 10 de fevereiro de 2012, passei a partici-par de alguns cultos. Conheci várias igrejas, mas a Comunidade da Graça se destacou por causa da marca de amor que eles demonstravam juntamente com a Fundação Comunidade da Graça em cada visita e em cada ação dentro da Penitenciária. Além disso, havia uma moça que acompanhava o evangelismo, que passou pela mesma realidade que eu. Ela tinha sido presa por um tempo também. Eu me identifiquei com ela e logo me apeguei à outra reeduncanda do meu pavilhão chamada Crislaine Negrão. Ela já tinha aceitado a Cristo e passou a me ensinar e tirar minhas dúvidas com alguns textos da Bíblia, pois eu lia e não entendia nada.

No dia 29/05/2012 recebi a notícia que minha mãe havia falecido. Sofri muito e vivenciei uma tristeza e luto profundo. Foi então que Deus usou o meu sofri-mento para me aproximar mais dEle e demonstrou Seu imenso amor por mim através da equipe e voluntários da CG e FCG. Passei a buscar mais, jejuar e pedir sabedoria, paciência, entendimento e discernimento. A Crislaine até falou para eu não pedir paciência e sim graça. Passei a pedir graça também, mas não deixei de pedir paciência, porque é preciso muita paciência para ficar naquele lugar.

Deus começou a falar comigo e disse claramente uma vez: “Cida, como você quer sabedoria, entendimento, discernimento e graça se o meu templo está sujo?” Eu não sabia o que era “templo” e depois descobri que esse tal “tem-plo” é o meu corpo. Foi então que eu parei de fumar e logo larguei o vício. Parei e não senti mais falta do cigarro.

Decidi então me batizar e procurei rapidamente o pastor Adhemar e ele me batizou em uma visita de evangelismo. Dada as circunstâncias, fui batizada por aspersão, mas não importava, porque a melhor e maior decisão eu já tinha feito – tinha optado por Jesus. Hoje estou em liberdade, mas muito mais do que isso, eu estou livre! E no dia 23/03/2013, em um culto inesquecível na Comunidade da Graça Sede, fiz minha confissão pública de união com Cristo e fui mergulha-da nas águas do batismo, deixando a vida velha para trás.

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essa edição, vamos tratar de um tema de muita relevância e ur-gência no contexto familiar do mundo moderno. Vivemos uma época em que observar, cuidar e, acima de tudo, preservar a

vida sentimental dos filhos é uma tarefa que exige muita disciplina e acompa-nhamento dos pais.

Não são poucos os lares onde falar de sentimentos ainda seja um tabu – como se fosse proibido tratar desse assunto. Porém, é responsabilidade da família cristã ensinar seus filhos sobre os devi-dos cuidados quanto à época e a maneira certa deles se relacionarem com alguém do sexo oposto. A sociedade atual clama por uma direção clara dos pais.

Portanto, começaremos a falar da vida sentimental dos filhos, primeiro desco-

brindo um conceito e, depois, tratando das responsabilidades dos pais sobre esse assunto no contexto familiar. Por fim, veremos os resultados que podere-mos ter na vida dos filhos.

A definição da palavra ‘sentimental’, segundo o dicionário Michaelis, diz respeito à pessoa que é dominada pe-los sentimentos de bondade e enter-necimento; alguém compassivo; que empolga o sentimento ou desperta emoções ternas. Dessa forma, a vida sentimental trata de um sistema de va-lores pessoais que influenciam outras pessoas, a família e uma sociedade.

Encontramos na Bíblia, no livro de Gê-nesis, a história de um jovem hebreu chamado José, que foi vendido como escravo aos egípcios pelos seus pró-prios irmãos. José foi comprado por um

A vida sentimental dos filhosVALMIR VENTURA, PR.

Noficial do Faraó e se tornou seu mor-domo. Mesmo marcado negativamente nas suas emoções, por causa da atitude dos seus irmãos, José haveria de supor-tar e lutar contra todas as investidas de uma mulher que era esposa de Potifar, seu patrão.

Na medida em que era assediado por ela, vamos descobrindo o caráter de José. Sua integridade moral e absoluta convicção em não ceder à sensualida-de nem comprometer todo o ensino e formação familiar, ficaram num plano superior à sua vida sentimental. Vemos isso em sua declaração: “como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pe-caria contra Deus?” Gênesis 39:9.

Podemos notar que os valores de Deus estavam sólidos na vida de José. Ele se recusou a ser infiel com seu patrão.

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Valmir Chinatti Ventura é pastor na Comunidade da Graça Sede, membro do Conselho de Supervisores, casado com a pastora Nádia e pai de uma filha.

Também não estava disposto a ser in-fiel consigo mesmo e, por fim, ele jamais seria infiel a Deus. Esses três valores eram, para José, algo que ele jamais poderia perder por conta de seus sentimentos, mesmo que sua masculi-nidade dissesse que deveria se deitar com aquela mulher, mesmo que seus sentimentos estivem em ebulição, ele se manteve firme nos valores bíblicos e morais que havia recebido em casa.

Em seu comportamento José refletia os valores que haveriam de acompanhá-lo para o resto de sua vida! Isso só foi pos-sível na vida de José devido ao ensino que recebera de seu pai Jacó. Embora Jacó tenha cometido muitos erros em sua juventude, após seu encontro com Deus, ele se tornou uma pessoa respon-sável e assumiu seu papel de homem, marido, líder e pai, ou seja, não transfe-riu suas responsabilidades.

O que precisamos assimilar neste tex-to é que, assim como Jacó foi com José, nós, pais, devemos ser com os nossos filhos. Devemos assumir nosso papel e responsabilidade na formação do caráter e nas demais áreas da vida sentimental dos nossos filhos. Preci-samos preservar os filhos homens de se tornarem emocionalmente instáveis no futuro. No caso de filhas mulheres, precisamos trabalhar para torná-las emocionalmente equilibradas, contan-do, para isso, com a ajuda indispensá-vel e idônea da esposa.

Por fim, todos estes preventivos e orientações bíblicas servirão para que tenhamos bons resultados des-te investimento na vida sentimental dos filhos. Só assim desfrutaremos da alegria devê-los fazendo escolhas certas e coerentes na fase adulta. Se algo traz orgulho aos pais, é saber que seus filhos estão crescendo so-

Vejamos quais eram, no Velho Testamento, algumas das atribuições e responsabilidades dos pais na formação das emoções e sentimentos dos filhos:

Os pais serviam de modelo e padrão de fidelidade, amor e serviço a Deus.

Lideravam sua família nas solenidades sagradas, mostrando seu exem-plo de compromisso com as coisas referentes a Deus.

Havia constante instrução das Escrituras na vida dos filhos.

Supriam as necessidades básicas da família.

Protegiam e defendiam sua família.

Promoviam o bem-estar dos membros da família e preservavam os laços afetivos.

Os filhos recebiam nomes que significavam o projeto dos pais para o futuro de cada um deles.

Consagravam o primogênito a Deus.

Guardavam a conduta dos filhos para que não caíssem ou se envolves-sem em pecados.

Os pais disciplinavam seus filhos e estabeleciam limites.

lidificados na Palavra de Deus, que seus sentimentos estão preservados das provocações e distorções da na-tureza contaminada pelo pecado com a qual vieram a este mundo, que seus filhos estão preparados não só para enfrentar os desafios da vida atual e futura, mas que principalmente sua alma e emoções estão guardadas pelo Senhor e que nada, absolutamente nada, poderá derrotá-los nesta área tão atacada pelo diabo – a área dos relacionamentos afetivos que antece-dem um namoro, noivado e casamen-to que agradem a Deus e atendam Sua vontade expressa na Bíblia.

Quero fortalecer a sua fé, pai e mãe, profetizando que seus filhos serão, nesta geração, homens e mulheres firmes, guardados na sua vida moral, social, familiar e sentimental. É exa-

tamente assim que a Palavra de Deus nos afirma: “Mantenham o pensa-mento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morre-ram, e agora a sua vida está escondi-da com Cristo em Deus.” Colossen-ses 3.2-3. Deus abençoe sua família.

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Uma escola modernaque faz históriaem São Paulo

educação brasileira não está en-tre as melhores. Em um ranking internacional, divulgado em novembro do ano passado, o índice de qualidade elaborado pela empresa Pearson, de ma-

teriais e serviços educacionais, coloca o Brasil na penúltima posição da lista, atrás de nações como Colômbia, Tai-lândia e México. Apenas os estudantes da Indonésia ficaram atrás dos brasilei-ros. Foram avaliados 39 países e mais a região de Hong Kong.

Esses números alarmantes faz com que o cuidado em escolher uma escola seja ainda maior. Os pais devem procurar uma escola com alta qualidade de ensi-no e que será uma boa influência para seu filho; um lugar seguro, correto, onde princípios são ensinados e vivenciados.

O Colégio da Comunidade, que tem como visão ser uma escola cristã, em aliança com as famílias, preparando

uma nova geração para cumprir o seu propósito na vida, já conquistou o di-reito de ser essa escola. Ele foi funda-do em 1997, na época com 40 alunos e 10 pessoas na equipe, tendo como mantenedora a Fundação Comunida-de da Graça, uma entidade filantrópica de utilidade pública municipal, esta-dual e federal, sem fins lucrativos.

A escola foi inicialmente chamada de Centro Educacional Comunidade da Graça e, desde sua fundação, oferece uma educação acadêmica dentro de uma perspectiva cristã do homem e da sociedade, com ênfase na forma-ção do caráter e na valorização da família como agente fundamental do processo educacional.

Com seu crescimento, a partir de 2005 a escola passou a se chamar Colégio da Comunidade, integrando ensino de qua-lidade, valores cristãos e um ambiente de amor e respeito. Seu objetivo é desenvol-

ver de forma harmoniosa as dimensões espiritual, social, afetiva e cognitiva do aluno, preparando-o para cumprir seu propósito na vida e servir ao próximo. Como instituição de ensino privada, ofe-rece cursos de Educação Infantil (Ma-ternal II, Jardim I e Jardim II), Ensino Fundamental e Ensino Médio, atendendo hoje aproximadamente 600 alunos.

O quadro de funcionários atualmen-te abrange 75 colaboradores e é di-rigido pela diretora geral Alessandra Bezerra Caldas. Uma equipe quali-ficada e preparada realiza um traba-lho com excelência e compromisso com os valores e princípios cristãos. A missão dessa equipe é grandiosa: desenvolver as competências e ha-bilidades do educando e cooperar na formação de seu caráter, a partir de uma abordagem metodológica que integra os princípios do caráter cris-tão, o pensamento reflexivo-criativo e a aplicação prática do conteúdo.

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REDAÇÃO

JÁ SONHOU COM SEUS FILHOS NUMA ESCOLA SÉRIA, COM PRINCÍPIOS E VALORES CRISTÃOS? O COLÉGIO DA COMUNIDADE PODE REALIZAR ESSE SONHO

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Além de incentivar a formação con-tinuada, investindo em treinamentos e valorizando os resultados. O cres-cimento do Colégio deu-se em virtude da excelência na qualidade de ensino e de uma estratégia por parte da escola em propiciar um ambiente de amor e respeito, onde cada aluno é tratado in-dividualmente.

1º Desenvolver as competências e habilidades do educandoO exercício das habilidades e competências, através dos conteúdos aplicados em sala de aula, possibilita a socialização, a interação e o pensamento reflexivo. No contexto escolar, há a necessidade de, além da construção e reconstrução dos saberes, desenvolver estratégias para resolver conflitos, saber cooperar e saber conviver, a fim de inte-ragir na diversidade cultural. Enfim, preparar o aluno para o mundo, para que se torne um cidadão consciente e participativo na sociedade.

2º Cooperar na formação do caráter do alunoO Colégio entende que é responsabilidade da família a formação do caráter e dos valores. Entretanto, as crianças passam boa parte do seu dia na escola. Como educadores e cristãos, cooperamos com as famí-lias na formação do caráter do educando, através de uma abordagem metodológica que integra os princípios e valores contidos na Bíblia.

Ambiente monitorado e gra-vado 24 horas por dia.

Salas equipadas com recursos multimídia (televisores de LCD, DVD e Notebook).

Lousa digital.

Laboratórios de Ciências e Informática.

Auditório para festas e forma-turas.

Cursos extracurriculares: Jazz, ginástica rítmica, teatro e violão.

Plantão de dúvidas de mate-mática.

Salas amplas e ventiladas.

Transmissão ao vivo de al-guns eventos.

Wi-Fi.

Tablet de uso individual para os alunos do Ensino Médio.

Salas de Educação Infantil e 1º ano com monitoramento em tempo real e acesso aos pais.

OBEJETIVOS FUNDAMENTAIS

FATORES QUE DIFERENCIAM O COLÉGIO

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As conquistas mais recentes foram a im-plantação do Ensino Médio (conveniado ao sistema Objetivo de Ensino) e a Unidade II (Colégio da Comunidade Kids), planejada especificamente para atender crianças da Educação Infantil. No mês de março, acon-teceu um coquetel de inauguração com a presença do pastor Carlos Alberto (Pastor fundador e Presidente Internacional da Co-munidade da Graça) e sua equipe pastoral, abençoando esses dois novos projetos.

Os planos para o futuro são muitos, como: ampliar as instalações para atender um nú-mero maior de alunos e oferecer novas ati-vidades extracurriculares. Parabéns a toda a equipe do Colégio da Comunidade, que está fazendo a diferença, influenciando positiva-mente a vida dos futuros jornalistas, médi-cos, engenheiros, professores etc.

A nova unidade oferece um espaço mais am-plo e totalmente adaptado para proporcio-nar melhor atendimento aos nossos alunos. Construída em uma área de 260 m², a nova unidade possui uma estrutura moderna, com refeitório, pátio, parque coberto, espaço vi-vencial, brinquedoteca, quadra, salas de aula arejadas e iluminadas, enfim, todo conforto e segurança para que haja sucesso no processo de aprendizagem. O Colégio da Comunida-de preza pela excelência, investindo sempre para que os alunos tenham espaço de quali-dade para aprender.

Alessandra Bezerra Caldas, diretora do Colégio da Comunidade, vem reunindo profissionais da educação e administração, pais e alunos.

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PATRÍCIA BEZERRA

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“Papai, quero ser grande”Qualquer um de nós pode ter chegado a Deus para obter dEle salvação, ajuda na carreira, re-solver problemas, melhorar as finanças ou apenas tentar tor-nar as coisas melhores. Isso acontece... Muitos que pregam

o ‘evangelho’ da prosperidade, no en-tanto, reforçam a ideia de que Deus é o caminho para uma vida boa e sem pro-blemas. De vitória em vitória – sem-pre! Eles pregam sobre como melhorar nossas vidas e obter inúmeras bênçãos citando, por exemplo, João 10.10:

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”

O princípio é corretíssimo, a aplica-ção, porém, descontextualizada – pra lá de equivocada.

Infelizmente, muitos acreditam erro-neamente que a razão para se tornar cristão é ser abençoado por Deus – de

preferência, de forma material. A ideia é fazer com que Ele nos dê “coisas”, e nos faça felizes. Muitos estão con-dicionados a algo como um senso de direito. Todos têm que ser felizes, têm que ter um carro zero, têm que… Que-remos o que queremos, quando quere-mos e como queremos, mesmo quan-do pedimos a Deus.

Acreditamos que, com pensamentos puros, seguindo as regras, ficando fora de problemas, e ajustando nossa “fé” para a satisfação de Deus, Ele nos con-cederá o que o nosso coração deseja, assim como o Papai Noel faz. É a fa-mosa lei do merecimento, a meritocra-cia que nada tem a ver com a proposta de Jesus, que é a da maravilhosa gra-ça, que nos livra das máscaras com-portamentais dos “filhos exemplares” que jamais seremos.

Alguns usam o nome do Pai e dedi-cam sua fé buscando uma vida mais

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livre de problemas, em vez de buscar o Reino de Deus e Sua justiça. Em certo sentido, quem faz isso está tentando manipular a Deus para conseguir o que quer. Daí a brincadeira do título: quem pensa a vida cristã dessa forma corre o risco de se tornar uma eterna criança, que não soube crescer.

Sinto dizer, mas o Reino de Deus nada tem a ver com levar alguém a conseguir o que quer e mantê-lo feliz. Não me interprete mal. É claro que Deus nos abençoa com comida, um teto, empre-go, segurança financeira, saúde etc. O que eu estou dizendo, na verdade, é que, para muitos cristãos, oração e fé têm um só objetivo: fazer com que Deus cuide de suas próprias necessidades (ou dese-jos), mas nunca para procurar servi-Lo e amá-Lo tão somente por quem Ele é como nosso Pai! Estamos mais preocu-pados com o nosso trabalho, amor à vida e nossos problemas, do que sinalizando o Reino de Deus.

Isso é tão distante do que é ser um cooperador de Deus… Quando Jesus disse “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”, Ele estava querendo dizer, para quem o seguisse e fizesse a Sua vontade, que eles esta-

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pecados. Ele veio nos ensinar a amar uns aos outros como Ele nos ama. Co-operar com Deus implica em estarmos envolvidos com as pessoas.

Deus precisa de nós para levar Seu amor aos outros. Nós somos a manei-ra com que Ele se torna vivo para o mundo. Com seu exemplo, Jesus nos mostrou como seguir a Deus. Como Seus seguidores e agentes, Ele nos pede para fazermos as mesmas coisas que Ele fez. Ao invés de orarmos por nós mesmos e buscar a nossa própria felicidade acima de tudo, Ele nos pede para compartilhar Sua alegria, Sua cura e Seu amor com os outros.

“Ao contrário, quem quiser tornar--se grande entre vós, será vosso servo, e quem quiser ser o primei-ro, seja vosso servo – tal como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como um resgate por mui-tos.” Mateus 20.26-28

PATRÍCIA BEZERRA é psicóloga e vereadora de São Paulo. Única nova mulher eleita para o cargo de vereadora na Câmara Municipal na última eleição. É casada com Carlos Bezerra Jr. e mãe das adolescentes Giovanna e Giulianna. Ora a cada dia para não buscar seus interesses, mas para expressar seu amor a Deus pelo serviço ao próximo. E quer demonstrar esse serviço por meio de leis e projetos por uma cidade melhor.

Tem outras ideias sobre esse assunto? Escreva para [email protected]. Até!

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riam vivendo em Seu Espírito e que as bênçãos de Deus fluiriam neles e atra-vés deles. É a consequência (sobre) natural da escolha pela água da Vida!

“Não acumulem para vocês tesou-ros na terra, onde a traça e a fer-rugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam e roubam. Onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também.” Mateus 6.19-21

Embora digamos que não, nossa prio-ridade não tem sido servir. Quando falamos em campanhas sobre finan-ças, nossos templos lotam. Quando falamos em Missões, não acontece o mesmo. Por quê? Lembram-se do que diz o texto de Mateus 6.33?

“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Não há dúvida de que as bênçãos per-seguem aqueles que seguem o Pai. É preciso buscar a Sua vontade, o que significa ser um servo. Para servir a Deus, é preciso pôr Deus em primei-ro lugar e deixar todas as demais coi-sas – e até nós mesmos – por último. “Se alguém quiser ser o primeiro, ele deve ser o último, e o servo de todos”, diz a Bíblia, no capítulo 5 de Marcos. Encontramos o mesmo princípio em Mateus, no capítulo 23. “O maior den-tre vós será vosso servo. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se hu-milha será exaltado”.

Humildade é o oposto de como muitos de nós vivemos hoje. Queremos mais e maior. Queremos soluções rápidas. Não queremos esperar. Queremos atenção e reconhecimento. Queremos

retribuição pela nossa generosidade (que, aliás, é mais pública a cada dia que passa). O que a mão direita faz num dia, no dia seguinte, a esquerda, os pés, os ouvidos e a boca já estão sabendo! (Bem ao contrário do texto de Mateus 6).

Muitas vezes, temos medo de servir a Deus por não querer dar a nossa vida. Queremos manter a fé para nós mes-mos. Mas, para cooperar com Deus, te-mos que nos tornar adultos emocional e espiritualmente, e nos comprometer com a “agenda” do Pai. “Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando cheguei a ser homem, acabei com as coisas de me-nino atrás de mim”, diz 1 Coríntios 13. O que muitos cristãos não perce-bem é que, para cooperar como Deus, é preciso amá-Lo. E, amar a Deus é amar ao próximo.

Você está servindo alguém diferen-te de si mesmo? Todos nós podemos fazer isso onde quer que estejamos. Você pode transmitir o amor de Deus para o seu vizinho, para o seu colega de trabalho, numa visita a um hospital, sendo voluntário num projeto social (na Fundação Comunidade da Graça, por exemplo, há ótimas oportunidades para voluntariado, e eu recomendo!).

O desejo de Deus é que sejamos trans-missores do amor dEle. Aliás, a gente já sabe disso, não sabe? É assim que o Evangelho de Jesus Cristo é espalha-do: por uma pessoa de cada vez. O que importa é ajudar alguém em necessi-dade, é “sairmos de nós mesmos” para cuidar de outra pessoa, é perdoar al-guém... Assim como Deus fez por nós.

Jesus não veio para nos dar coisas. Ele veio restaurar nossa ligação interrom-pida com Deus por causa de nossos

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lhando para a Bíblia, fica evidente o desejo de Deus de que todo cristão seja um verdadeiro discípulo, ganha-dor de almas e formador de novos discípulos (Mateus

28.20). É isso que um líder de Cé-lula é e faz. Quando o assunto é o perfil de um bom líder de Célula, primeiro lembramos que é loucura fazer coisas para Deus sem ser ínti-mo dEle. Não dá para seguir os pon-tos abaixo sem antes cultivar uma vida devocional com a leitura da Bíblia e oração. Sem essa relação, o cristianismo é apenas nominal; é como um sino que tine, só faz baru-lho. Deus nos chama para uma vida cheia de frutos. Essa vida nasce da intimidade constante com Ele. As-sim, aqui estão algumas caracterís-ticas de um líder que avança:

Ser um discípulo de Jesus envolve ter um discipulador, alguém a quem pres-tar contas das mais diversas áreas da vida, estar debaixo de uma proteção e cobertura. Isso ajuda o líder a ouvir a voz de Deus, errar menos e prosperar!

“Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis.” 2 Crô-nicas 20.20

Quem é o profeta? Deus tem um pro-feta para o povo, um discipulador para cada discípulo. O líder precisa saber quem é seu profeta/discipulador e colo-car-se debaixo dessa poderosa relação.

A Bíblia mostra claramente que Jesus não fez nada por Si mesmo,

O perfil de um bom líder de CélulaRICARDO REGGIANI, PR.

Omas sim o que o Pai queria que Ele fizesse (João 14.31). Jesus é nosso exemplo maior. Como homem, fazia conforme a direção do Pai e dava direção aos discípulos. E Ele nos ensinou a fazer o mesmo. O bom líder de Célula sabe que a prosperi-dade está ligada a ouvir tudo o que o profeta fala. Quando isso aconte-ce, o sobrenatural se manifesta em sua vida e, por consequência, sobre toda a Célula.

Somos discípulos de Cristo, logo fa-zemos como Ele. Então reproduzimos discípulos dEle. O trabalho do líder é reproduzir Cristo na vida de cada membro da Célula em que serve, le-vando-os a guardar a Palavra e expres-sar Jesus na terra.

1. SER DISCÍPULO

2. SER DISCIPULADOR

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a supervisão e a igreja. A torre de Ba-bel é um exemplo claro disso. Mesmo com um propósito contrário à vonta-de de Deus, o fato de falarem a mes-ma coisa e terem o mesmo propósito, levou Deus a essa forte afirmação: “ninguém poderá detê-los” (Gênesis 11.6). Quando a liderança está unâni-me, ninguém poderá detê-la e a obra será santa!

O líder apaixonado por pessoas sonha com a Célula, ora por ela, investe tem-po, recursos, dorme e acorda pensando nela. Ele tem objetivos claros, sabe a data da próxima multiplicação e, aci-ma de tudo, passa muito tempo com os membros da Célula, buscando envolvê--los nas coisas do seu cotidiano, tornan-do os laços mais próximos e fraternos. Isso é simplesmente poderoso!

Sei que temos tantas outras caracte-rísticas importantes no bom líder de Célula, mas tenho descoberto como essas, acima, têm efeitos maravilhosos tanto para o líder como para o grupo que ele serve. Precisamos agir assim e desenvolver a nossa salvação, sendo a cada dia, mais semelhantes a Jesus!

efeitos. Quem confessa tentação não precisará confessar pecado.

O pecado não prescreve. Por vezes, o tempo passou, mas a fatura ainda che-ga e derruba a pessoa. A razão disso é que pecado não confessado é como um mal escondido que um dia vem à tona, trazendo morte para todos os que estão debaixo do nosso cuidado (Josué 7.19-26). O caminho da libertação é a confissão! Temos que abrir o coração para o discipulador e receber perdão.

“Portanto, confessem os seus pe-cados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.” Tiago 5.16

“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cris-to, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.” 1Coríntios 1.10

Temos gostos diferentes. Alguns pre-ferem pudim de leite, outros, açaí. E isso é absolutamente normal e aceitá-vel, mas quando o assunto é o Reino de Deus e seus princípios, devemos ter o mesmo falar, a mesma dispo-sição mental (pensamento) e o mes-mo parecer (opinião). Sem isso, será impossível avançarmos de fato, pois “uma casa dividida, não prosperará” (Marcos 3.25).

Quando há pensamentos diferentes, por exemplo, no que diz respeito a novo nascimento, santidade, missão, salvação, eternidade, o líder precisa sentar-se com seus liderados e ajudá--los a alinhar o pensamento. Quando todos falarem e pensarem a mesma coisa, ninguém poderá deter a Célula,

A principal tarefa de um líder não é fazer com que a Célula cresça, mas reproduzir Cristo na vida de outros, formando novos líderes. Quando isso acontece, é muito natural que o grupo cresça e se multiplique. Ensinamos o que sabemos, mas reproduzimos o que somos!

Tudo isso envolve, primeiro, ter um discipulador, depois, muito esforço, dedicação, investimento de tempo e muitas vezes dinheiro, dormir tarde e acordar cedo, servir, acreditar, profeti-zar, amar ao ponto de corrigir e servir mais! Jesus fez assim. Não tem erro. Vai dar certo com você também, até porque, Ele esta vivendo em você!

Levar a vida na luz é algo poderoso, isso neutraliza os ataques das trevas!

“Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cris-to, seu filho, nos purifica de todo pecado.” 1 João 1.7

A transparência é determinante na vida daqueles que estão em pé e não querem cair (1 Coríntios 10.12). A maneira mais eficiente para isso é a transparência. Ela é uma arma po-derosa à disposição do cristão para acabar com o inimigo. Se ele bater à sua porta, oferecendo o prazer mo-mentâneo do pecado, saque imedia-tamente a arma da transparência e você vencerá. Ela precisa ser usada sempre e imediatamente. Ao surgir uma tentação, um pensamento de dis-cordância ou decisões importantes, sempre tenhamos à nossa disposição a transparência. Quando um líder age assim, ele evita erros, quedas, mar-cas e morte. Como consequência, ele avança e sua Célula recebe todos os

Ricardo Reggiani é pastor de jovens na Comunidade da Graça em Ermelino Mararazzo, é casado com a Vanessa e pai de duas filhas

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3. SER TRANSPARENTE 4. SER UM COM SEUS LÍDERES

5. SER APAIXONADO POR PESSOAS

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Osmar Misael Dias, pr.

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o início do livro de Atos, o autor, Lucas, relata os primeiros encon-tros dos cristãos na cidade de Jeru-

salém. Esses encontros aconteciam no cenáculo (andar superior da casa), onde os apóstolos, algumas mulheres e a mãe de Jesus se reuniam. Naquele tempo, muitas casas faziam reuniões no cenáculo. Algumas pessoas acre-ditam que o cenáculo de Atos 2 seria o mesmo no qual Jesus teria comido sua última Páscoa.

Mais tarde, ainda no livro de Atos, Lucas descreve outros cristãos reu-nindo-se em casas. Por exemplo, ele cita um encontro da igreja na casa de Maria, a mãe de João Marcos. De acordo com Lucas, a casa de Maria ti-nha um pátio interno e uma porta com acesso direto à rua. A escrava da casa, Rode, também é mencionada, o que indica que nesta casa reunia-se uma família abastada. Mais adiante, Lucas relata a respeito da perseguição de Saulo, onde lemos:

“Indo de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os lançava na prisão” (Atos 8.3).

Esse versículo nos mostra que Saulo sabia exatamente onde encontrar os cristãos: nas casas.

Anos mais tarde, quando a cidade de Tessalônica foi tomada por um tumul-to contra Paulo e Silas, os revoltosos foram até a casa de Jasom, procuran-do por eles. Por quê? Mais uma vez, a casa era o principal lugar de adoração e encontro dos primeiros cristãos.

Uma Célula pode virtualmente se reu-nir em qualquer lugar, mas temos visto

que ela flui de maneira mais simples e aconchegante no ambiente de uma casa. Foi num ambiente assim que o Senhor Jesus proferiu muitos de seus maiores ensinamentos e, certamente, foi dentro de uma casa que Ele ensi-nou aos seus discípulos os mistérios relacionados ao Reino dos Céus.

Quando Jesus curou o paralí-tico em Cafarnaum, foi no am-biente de uma casa onde havia muitas pessoas.

“E alguns dias depois entrou ou-tra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa. (...) Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Es-tão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta--te, toma o teu leito, e vai para tua casa. E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nun-ca tal vimos.” Marcos 2:1-12

Na casa de Mateus, em meio a um grande número de pessoas, o Senhor explicou que sua prioridade não era chamar os justos, mas pecadores ao arrependimento (Marcos 2.13-17).

O Evangelho não é apenas para o indi-víduo, mas sim para toda sua casa, ou seja, para todo seu “oikos”. “Oikos” é uma palavra grega que significa todas as pessoas da sua família e do seu re-lacionamento mais próximo.

Deixemos que a própria Bíblia nos mostre a importância das casas no contexto da formação da Igreja e do discipulado:

“Quando entrarem numa casa, di-gam primeiro: ‘Paz a esta casa’. Se houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o tra-balhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa.” Lucas 10.5-7

“Os homens responderam: Viemos da parte do centurião Cornélio. Ele é um homem justo e temente a Deus, respeitado por todo o povo judeu. Um santo anjo lhe disse que o chamasse à sua casa, para que ele ouça o que você tem para di-zer.” Atos 10:22-23

“Cornélio respondeu: Há qua-tro dias eu estava em minha casa orando a esta hora, às três horas da tarde. De repente, colocou--se diante de mim um homem com roupas resplandecentes e disse: Cornélio, Deus ouviu sua oração e lembrou-se de suas esmolas.” Atos 10:30-31

“Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chama-da Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu seu coração para atender à mensagem de Paulo. Tendo sido batizada, bem como os de sua casa, ela nos convidou, dizendo: Se os senhores me consi-deram uma crente no Senhor, ve-nham ficar em minha casa. E nos convenceu.” Atos 16:14-15

NA casa de Cornélio

A casa de Lídia

abril 2013 | comuna | 27

“O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Então levou-os para fora e perguntou: Senhores, que devo fazer para ser salvo? Eles responderam: Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa. E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados. Então os levou para a sua casa, serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus.” Atos 16:29-34

“Todos os dias, continuavam a reu-nir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos parti-cipavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo sal-vos.” Atos 2:46-47

“Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo.” Atos 5:42

“Saulo, por sua vez, devastava a igreja. Indo de casa em casa, ar-rastava homens e mulheres e os lançava na prisão.” Atos 8:3

“Vocês sabem que não deixei de pre-gar-lhes nada que fosse proveitoso, mas ensinei-lhes tudo publicamente e de casa em casa.” Atos 20:20

“Percebendo isso, ele se dirigiu à casa de Maria, mãe de João, tam-bém chamado Marcos, onde mui-ta gente se havia reunido e estava orando.” Atos 12:12

“Saúdem Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus. Arriscaram a vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos gentios. Saú-dem também a igreja que se reúne na casa deles. Saúdem meu amado irmão Epêneto, que foi o primeiro convertido a Cristo na província da Ásia.” Romanos 16.3-5

“As igrejas da província da Ásia enviam-lhes saudações. Áquila e Priscila os saúdam afetuosamente no Senhor, e também a igreja que se reúne na casa deles.” 1 Corín-tios 16:19

Ao fazermos a leitura com atenção do livro de Atos, sempre chegaremos à mesma conclusão: os primeiros cris-tãos reuniam-se nas casas. Quando

A casa de Maria, mãe de João Marcos

A casa de Priscila e Áquila

A casa do carcereiro de Filipos

A Igreja Primitiva se reunia nas casas e na frente do Tempo

nos dias de hoje a igreja volta ao mi-nistério de casa em casa, ela está res-gatando o modelo da igreja do Novo Testamento, e isso por si só deveria ser o maior incentivo para cada cristão servir e ministrar.

Por isso, o desafio da Igreja do Novo Testamento continua: ‘Cada membro um ministro e cada casa uma igreja!’

28 | comuna | abril 2013

O velho e novo projeto instituído por Jesus

O evangelismo é, seguramente, um dos maiores desafios de todos os cristãos do mundo. A evangelização deve ser uma prá-tica natural e simples. Trata-se de um ato de amor, do desenvolvimento de uma amizade e de uma disposição do cristão servir um não cristão, a fim de levá-lo a um encontro e experiência pessoal com o Senhor Jesus.

Não existe ambiente melhor para o evan-gelismo do que uma casa. O próprio Jesus tinha como estratégia ir até a casa das pes-soas. Ele se aproximava intencionalmente das pessoas e conquistava o direito de fa-lhar-lhes das grandezas de Deus. Jesus teve um profundo respeito pelas pessoas e uma disposição incomparável. Essa foi Sua ins-trução para os seus doze apóstolos (Mateus 10.5-15). E hoje, Ele espera que seus discí-pulos sigam pelo mesmo caminho.

“... Jesus designou ainda outros setenta; e os enviou de dois em dois (...). E dizia--lhes: Grande é a seara, mas os obreiros são poucos; rogai ao Senhor da seara que envie obreiros. Ide. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vos-sa paz; e, se não, voltará para vós (...). Curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus.” Lucas 10.1-9

Todos nós, que fomos salvos, nos tornarmos ministros de Deus para o Seu serviço. As-sim, nosso lar tem um papel relevante nisso.

Quando estudamos o Novo Testamento, ob-servamos o quanto a Igreja Primitiva fazia uso dos lares para seus encontros:

• “Partiam o pão em suas casas...” Atos 2.44-46

• “Todos os dias, no templo e de casa em casa...” Atos 5.42

• “... a igreja que se reúne na casa de-les.” Romanos 16.5

• “... à igreja que se reúne com você em sua casa.” Filemom 2

É uma estratégia da igreja para que seus membros possam se organizar melhor e ir até os não cristãos para um tempo com Deus. Considerando que grande parte das pessoas resiste à ideia de vir a uma igreja, nada melhor do que os cristãos inverte-rem o processo, indo até eles.

Dada a informalidade e beleza desses en-contros, eles podem ser realizados nas ca-sas, empresas, escolas, faculdades, lojas etc.

O que é o projeto Encontros de Paz?

Onde acontecem os encontros?

abril 2013 | comuna | 29

3. As Riquezas da Graça de Deus.4. A morte e ressurreição de Cristo.5. Benefícios da morte e ressurreição.6. Arrependimento e nova vida.7. O Projeto Eterno restaurado.

1. Boas Vindas – 3 minutosApresentação pessoal e agradecimen-to aos anfitriões.

2. Oração – 2 minutosAgradecer pela casa e pessoas, decla-rando: PAZ SEJA NESTA CASA!

3. Palavra – 15 minutos Restrita ao tema daquela semana.

4. Conhecer os pedidos de oração de cada um – 5 minutosFazer uma lista ou caixa de oração.

5. Oração – 5 minutosOrar com base na Palavra ministrada. Interceder por todos os pedidos de oração – um a um.

Anunciar o tema da semana seguinte – com entusiasmo, estimulando as pesso-as a voltarem e trazer mais um amigo.

Num dia da semana e em horário dis-poníveis para os participantes. O que for melhor para todos.

De dois em dois, conforme a orientação de Jesus em Lucas 10, numa reunião informal de trinta minutos, sem ne-cessidade de aparato musical, ou seja, sem louvor, e por sete semanas conse-cutivas. Os cristãos que se dispõem a realizar um Encontro de Paz são conhe-cidos como AGENTES DE PAZ, ou seja, aqueles que levam a paz de Jesus, expressa na Bíblia.

O Agente de Paz e seu auxiliar come-çam esse projeto fazendo um contato com o não cristão e perguntado:

“– Você gostaria que eu fosse orar uma vez por semana, durante sete semanas, na sua casa?”

“– Alguém já foi em sua casa orar por você e sua família?”

“– Você crê que Deus quer fazer um milagre na sua casa?”

E, diga-se de passagem, poucas pesso-as oferecem resistência a uma oportu-nidade dessas.

• Cumprir a missão de evangelizar nos lares. Mateus 28.19-20

• Darmos frutos que permaneçam. João 15.8

• Aumentar nossa experiência no evangelismo.

• Treinar a Igreja na abordagem direta do não cristão.

• Continuar o processo multiplica-dor através das Células.

1. Ganhar almas e conduzi-las ao Encontro Vida Vitoriosa. Um en-contro de libertação e cura que visa preparar o novo convertido para o batismo nas águas e no Espírito Santo.

2. Levá-las ao Trilho de Treina-mento – Formando Discípulos, ingresso no CTL etc.

3. Abrir novas Células e fortalecer as Células existentes.

É bem simples. São sete ministrações baseadas no Projeto Eterno de Deus.

1. O Projeto Eterno de Deus.2. O Pecado e suas consequências.

Quando acontecem?

Conteúdo do Encontro

Encerramento

Como acontecem?

Como nascem os Encontros de paz?

O Objetivo dos Encontros de paz

O formato dos Encontros de Paz

O Propósito dos Encontros de paz

30 | comuna | abril 2013

Fundamentos Teológicos para Ministério em CélulasPor que igreja em células? Por que acredi-tamos nela? Será que é porque a igreja de David Cho, a maior igreja na história do cristianismo, é uma igreja em células?

Será que é porque alguém disse que o nú-mero doze traria bênçãos e crescimento? Será que é porque a igreja em células é a estratégia que muitas igrejas “grandes” es-tão usando?

O problema com as razões citadas é que elas não oferecem uma sustentação de lon-go prazo. Deus tem me mostrado ultima-mente que a teologia deve guiar nossas estratégias e não o contrário. Desse modo, quais são as razões teológicas centrais para fazer a igreja em células? Permita-me com-partilhar três razões importantes:

Nosso Deus é um Deus social! Ele vive em relacionamento com os outros membros da Trindade. Deus não é independente, soli-tário. O individualismo pode ser a norma cultural no mundo ocidental, mas Deus vive comunidade e unidade (pense em todos os uns aos outros na Bíblia). Um dos valores--chave da igreja em células é a necessidade que as pessoas têm de viver em comunidade em vez de se esconder no anonimato. A inti-midade de uma célula encoraja as pessoas a conhecer e se tornar conhecidas.

A Trindade também é um Deus que busca alcançar. O evangelismo flui do coração de Deus. Seu desejo é alcançar as pessoas per-didas por meio de seu Filho, Jesus, e a igreja é seu instrumento para que isso aconteça. A igreja em células encoraja cada membro a alcançar outras pessoas por meio do evan-gelismo relacional. As células esperam que todos seus membros desenvolvam relacio-namentos com não cristãos porque essa ati-vidade reflete o coração de Deus.

É muito fácil para as pessoas sentarem na igreja. Algumas igrejas crescem muito en-chendo seus bancos de gente. No entanto, as Escrituras nos ensinam que todos os crentes são sacerdotes. As células valorizam a par-ticipação de cada crente.

Parte do sacerdócio de todos os crentes é o uso dos dons espirituais. Meus livros “O Grupo Pequeno Cheio do Espírito” (publi-cado pelo Ministério Igreja em Células) e Discover [Descobrir] (disponível em in-glês) falam como as células são o melhor ambiente para o uso dos dons espirituais. De fato, todos os textos do Novo Testa-mento acerca dos dons foram escritos para igrejas nas casas. Igrejas em células estão redescobrindo essa importante verdade.

1. A Trindade

2. Sacerdócio de todos os crentes

Joel Comiskey

abril 2013 | comuna | 31

A última ordem de Cristo aos seus dis-cípulos foi de fazer discípulos de todas as nações. Creio que a essência do mi-nistério em células é fazer discípulos que fazem discípulos. As células são geradoras de líderes e o melhor lugar para preparar discipuladores. A multi-plicação está no centro do ministério de células porque novas células provêm o ambiente para fazer novos discípulos.

Frequentemente eu destaco igrejas em células grandes e em crescimento ou movimentos de plantação de igrejas. Porém esses exemplos não devem ser nossas razões principais para fazer a igreja em células. A melhor razão é porque a igreja em células promove conceitos teológicos chave e glorifica ao Deus vivo.

Por que você faz igreja em células?

A igreja em células encoraja cada membro a alcançar outras pes-soas por meio do evan-gelismo relacional. As células esperam que todos seus membros desenvolvam relacio-namentos com não cristãos porque essa atividade reflete o co-ração de Deus.

3. Fazer Discípulos

32 | comuna | abril 2013

sonhospossíveisvisão eles andaram com JesusDeus agindo especialfundação CGponto de vista família

uarulhos é a segunda cidade mais populosa do estado de São Paulo, a 13ª do Brasil e a 52ª do continente americano. Pertence à Região Metropoli-tana de São Paulo e é a cidade

não capital mais populosa do Brasil, além de deter o 2º maior PIB do estado e o 9º maior do país.

Corria o ano de 1994. Em plena rodo-via Dutra, altura de Guarulhos, na volta de um encontro de oração, o pastor Di-niz, tocado pelo Senhor, sentiu o dese-jo de iniciar uma Célula nessa cidade. Apaixonado pelos pequenos grupos, ele já pastoreava 23 Células na Comu-nidade da Graça Sede, sendo que um deles acontecia em sua própria casa.

Após conversar e expor o desejo ao seu líder e pastor Carlos Alberto, uma família se dispôs a abrir sua casa e, as-sim, com oito pessoas, começava uma linda missão. O grupo cresceu. Depois de um ano, em 1995, veio o prédio alugado e em 1999 compramos o ter-reno onde construímos nosso local de reuniões. Atualmente, nos preparamos para uma reforma de ampliação. A Co-munidade também adquiriu um sítio onde realiza encontros de confraterni-zação, integração e treinamento.

Comunidade da Graça em Guarulhos/SP

Hoje, a igreja congrega quase 200 Células, crescendo em Guarulhos e frutificando em mais seis igrejas fi-lhas nos bairros de Bonsucesso (li-derada pelo pastor José Moreno), Jardim São João (pelo pastor Flávio), nas cidades de Caraguatatuba (pelo pastor Macedo), Arujá (pelo Nestor), Campinas (pelo pastor Denílson) e no estado do Rio de Janeiro, próximo à região dos lagos, na próspera cidade de Macaé (pelo Jarbas).

O foco da Comunidade da Graça em Guarulhos é formar discipuladores regenerados que naturalmente sejam discípulos de Jesus e formem novos discípulos.

• Cuidar de mim mesmo - nin-guém pode cuidar bem de outro se não é cuidadoso consigo mes-

mo. Vida devocional, negação do eu e organização do tempo são as atitudes ensinadas e esperadas de quem vai cuidar de vidas.

• Cuidar do outro - ajudar um dis-cípulo a caminhar bem, envolve dedicação e proximidade. E este é o próximo passo de quem quer obedecer a Cristo.

• Cuidar de uma Célula - quem cuida do seu coração e cuida bem de um discípulo, pode co-meçar a cuidar de um grupo para que seja saudável e frutífero.

• Cuidar da igreja - a igreja local é muito especial e deve ser mui-to bem cuidada por todos. Toda sua estrutura voltada às faixas etárias, encontros, cultos coleti-vos, projetos e desafios, pasto-res e equipe de liderança devem

GUM POUCO DE HISTÓRIA

DISCIPULAR, CUIDANDO MUITO BEM!

1 2 3

Rafael A

lmeida

abril 2013 | comuna | 33

MAG de verãoO conceito de desacelerar projetos em janeiro e julho, já que muitos estão de férias, é coisa do passado. Entende-mos que é exatamente nesses meses que podemos fortalecer ainda mais o tempo de comunhão e discipulado, além dos grandes encontros para tra-zer visitantes. Assim nasceu o MAG de verão, que realizamos desde 2001 e tem trazido resultados surpreendentes. Informalidade associada a um ensino dinâmico da Palavra têm sido as ferra-mentas eficazes nestes encontros.

sonhospossíveis capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Culto de Celebração na CG Guarulhos

ser apoiados e protegidos para que andem bem.

Formatura da Escola de Dirigentes de CélulaNo dia 17 de março deste ano, um do-mingo, 95 novos alunos concluíram o curso de formação e aperfeiçoamento de dirigentes. E já estamos formando a próxima turma!

ALGUNS DOS PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA CG GUARULHOS

células

Pr. José Diniz e pra. Zuleide

1. CG São João 2. CG Macaé 3. CG Bonsucesso4. CG Campinas 5. CG Caraguá 6. CG Arujá

5 6

4

Impacto de carnavalO feriado de carnaval deste ano reuniu jovens e adolescentes da CG Guaru-lhos com o objetivo de abordar pes-soas nos lugares de passeio público. Bosque Maia, Lago dos Patos, Par-que Júlio Fracalanza e Bairro dos Pi-mentas foram os locais onde a galera se reuniu para demonstrar o amor de Cristo através de jogos, música, ensi-no sobre o plano de salvação e oração, numa ação que deixou muita gente na rua emocionada. À noite, aconteciam os encontros na Comunidade para as pessoas convidadas durante o dia. A

Larissa Moura

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Foi em outubro de 2000, atra-vés do meu irmão Fernando, que eu tive a rica oportunidade de conhecer a Jesus na Comu-nidade da Graça em Guaru-lhos. Eu vi como Cristo havia

mudado a vida dele e, da mesma for-ma, eu desejava também ter as mesmas mudanças em minha vida. Ao visitar a Comunidade e sentir o amor de Cristo através dos pastores e dos irmãos que me receberam tão bem, um tipo de ca-lor humano que só poderia ter vindo do céu, meus valores mudaram.

Testemunho

G

Banda Domiic Balli encerrou em alto estilo na terça feira. O melhor de tudo foi batizar as vidas alcançadas e inte-gradas durante este evento.

Homens de HonraSe os homens decidem ser o que Deus quer que eles sejam, a socie-dade inteira é abençoada. Para que isto aconteça, é necessário chamá--los para um tratar de Deus no cora-ção. Assim foi o Encontro Homens de Honra, que aconteceu numa sex-ta feira à noite e no sábado no sítio.

Dar e receber perdão, consertar re-lacionamentos quebrados e assumir responsabilidades que protejam a família e a sociedade foram os te-mas tratados.

Encontro de MulheresAs mulheres tem um papel muito importante na vida da igreja. Ve-mos isto através do compromisso ostensivo que elas mantêm com a intercessão, inspiradas também pelo Mulheres Intercessoras, ministério fundado e dirigido pela pastora Sue-

li Bezerra, esposa do pastor Carlos Alberto, presidente e fundador da Comunidade da Graça. Muita cura, transformação, restauração, ânimo e motivação têm acontecido nos pro-jetos desenvolvidos pelas mulheres.

IDETerça feira é o dia da liderança de cé-lulas se encontrar para um tempo rico de edificação, renovação e comunhão. Integrar, desenvolver e enviar é o que desejamos fazer com cada discípulo de Jesus!

Cultos aos domingos 10h00 e 19h002º e 4º sábado do mês – MAG Encontrão 19h30 / Adolescentes 17h30

DIAS E HORÁRIOS DE CULTO

Pastor José Diniz, Pastora Zuleide, Pastor Fernando Diniz, Suka, Fabrício, Bernardo, Manuela, Samuca, Gabriela, Fabiana, André, Maria Fernanda, Ana Flávia, Nathan, Arthur, Pastora Simone e Pastor Renato.

Obrigado aos nossos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra pelos anos de ensino e dedicação à Palavra. Para nós, é uma honra estar ao lado de vocês desde 1974. É com alegria que podemos afirmar: Eu e minha casa servimos ao Senhor!

Gratidão profunda pela equipe de pastores e líderes, amigos e mem-bros. Amamos muito vocês!

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Logo me apaixonei pela missão de cuidar de outras pessoas, porque Deus ama pessoas e não coisas. Elas passaram a ter um valor diferente para mim e isso se tornou tão latente que me ofereci a ajudar na Célula que eu participava.

Em 2003 comecei a liderar uma Cé-lula no bairro onde eu moro, que fica a quase 20 km da nossa Comunidade. Por isso, passamos a sonhar com uma Comunidade neste bairro. Com mui-ta oração e a participação ativa dos meus pastores Diniz e Fernando, o so-nho se tornou realidade em setembro de 2009. Lembro-me do culto inaugu-ral, em que não pude conter a emoção de ver que aquilo que um dia era so-nho se tornando real.

Algumas coisas foram essenciais para que hoje, aos 28 anos, eu fosse um pastor de uma igreja local. Resolvi ter uma vida de prestação de contas e

transparência com os meus pastores, decidi que a fidelidade que eu devia a eles não era peso, mas sim um va-lor. Isso e muito mais eu aprendi ao longo desses 13 anos andando ao lado de meus pastores que, para mim, são referencias de Jesus na terra.

É fácil servir a Jesus Cristo, é só olhar para a vida deles, com quem aprendo o que fazer e o que não fa-zer. Uma das coisas mais importantes que aprendi foi como orar por uma esposa e assim se cumpriu. Deus me deu uma pessoa muito especial que é a Jacqueline Santos, mulher que realmente é a ajudadora idônea, to-talmente comprometida com a missão que Deus mesmo colocou em nossas mãos. Creio que isso é só o come-ço daquilo que Deus tem para mim, minha família e para a igreja a qual servimos, sempre andando em fide-lidade à liderança que ele colocou sobre nós.

“Lembrai-vos dos vossos pasto-res, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, aten-tando para a sua maneira de vi-ver.” Hebreus 13.7

Pr. Flávio Santos e sua esposa Jacqueline

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á alguns dias, no meio de uma madrugada insone, fui surpreendido por um pensa-mento inédito sobre o que eu faria no caso de me tornar um náufrago de um cruzeiro ma-

rítimo em que o comandante fosse o simpático italiano Sr. Francesco Schettino (do Costa Concórdia, que vitimou trinta e duas pessoas em 13 de janeiro de 2012, na região da Toscana). Foi então que comecei a traçar algumas diretrizes que apren-di assistindo aos melhores filmes do gênero de Hollywood.

Como não há tempo hábil de pegar muita coisa e, sabendo que flutuando agarrado a algumas madeiras a gente

pode ir parar numa ilha deserta pa-radisíaca, não tive dúvidas: montei, mentalmente, uma pequena maleta médica com algumas coisas funda-mentais. Poucas coisas eu levaria para o caso de sobreviver: uma bermuda e uma camiseta, uma Bíblia, um pote grande de AAS e outro de dipirona, e um talão de notas promissórias.

A Bíblia eu levaria pelo fortalecimen-to que traz à nossa alma e espírito. Em qualquer lugar, e independentemente do tamanho do desafio, a Palavra de Deus é conforto, solução e luz para o caminho. Com ela, a gente vence os impossíveis! Mais detalhes? Venham às quartas-fei-ras às 20 horas na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo.

O AAS, a dipirona e o perdãoJORGE LUIZ MANTOAN, MÉDICO

HO AAS é muito bom anti-inflamatório e a dipirona excelente analgésico. Os dois juntos agregam muito valor para resolver 95% dos problemas de saúde que tivesse, até que chegasse um na-vio no horizonte que visse as labare-das de minha fogueira ou os fogos do sinalizador (cuidadosamente dispara-do, obviamente).

- E as notas promissórias, Jorge?

Seria para o caso de ter outros sobrevi-ventes além de mim. Quando duas ou mais pessoas estão no mesmo local, ainda que seja numa enorme ilha de-serta, torna-se necessário a ministra-ção de uma poderosa terapia que re-solve uma multidão de enfermidades,

Div

ulga

ção

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sonhospossíveis capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

muito mais que o AAS e a dipirona. Essa prática chama-se perdão.

A grande maioria das pessoas acha que as causas de doenças são apenas as externas ao homem, tais como vírus, bactérias, metais tóxicos ou traumatismos. Ledo engano. Após 30 anos de medicina e outro tanto de vida pastoral, eu me rendo à realida-de de que os sentimentos decorren-tes dos relacionamentos, tais como mágoa, raiva, ódio, humilhação, des-prezo e outros, são as causas maio-res do sofrimento humano. E o que é pior: são tão intensos que balançam a imunidade e o equilíbrio do orga-nismo, abrindo espaço para a entrada de vírus, bactérias, doenças tumorais e autoimunes.

Uma senhora me procurou com ar-trite reumatoide. Seus dedos eram tortos e sentia muita dor. Percebendo sua depressão, perguntei-lhe o que acontecera em sua vida. Foi quando ela desenhou um quadro de 30 anos atrás e começou a chorar. O marido a deixara com 5 filhos. Ela os criou com muito sacrifício. Perguntei se ela o perdoara. Ao que me respondeu que não, e mais, ele já havia morrido há alguns anos e, mesmo assim, não o perdoava.

Expliquei lhe que a sua “alma” es-tava doente em função da mágoa e do ressentimento e isto somatizava, ganhava corpo, em forma de artrite. Só uma terapia poderia aliviar a sua enfermidade – perdoar.

- Mas, como doutor, eu sou a vítima e eu tenho que perdoar?

Dei-lhe uma folha de receituário em branco e pedi que escrevesse tudo que lembrava a respeito do falecido e que anotasse todas as mágoas que

guardava em sua mente. Ela resistiu, mas acabou cedendo à ideia. Uma se-mana de depois, voltou com a folha toda escrita, sem espaço para mais nada! Olhei para a escrita, olhei para ela e lhe disse:

- Ai está a dívida que gera sua doen-ça. E há dois caminhos que você pode seguir: O primeiro é ficar olhando para essa história do passado e se martirizar até gerar dores e reumatis-mos. O segundo é rasgar essa dívida, dizendo interiormente a você mesma e a Deus que o seu esposo não te deve mais nada. Você rasga a nota promis-sória que relata a dívida.

Ela relutou, mas escolheu um novo caminho e, com lágrimas, rasgou a antiga dívida, não monetária, mas emocional. Naquela folha estava es-crito o valor da dívida: humilhação, traição, desprezo e abandono.

Aquela senhora continuou com os seus dedos tortos pelo reumatismo, mas não teve mais dor. Sua depres-são acabou e ela continuou sua vida com seus filhos e netos. Assim como essa senhora, uma multidão de pes-soas vive curvada sob o peso de mui-tas dívidas não rasgadas. Gente ca-bisbaixa e enferma – náufragos em suas próprias histórias.

O que você tem feito com seus es-critos de dívidas?

“Jesus cancelou o escrito de dívi-da que era contra nós e que cons-tava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o intei-ramente, encravando-o na cruz.” Colossenses 2.14

Jorge Luiz Mantoan é pastor na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e médico ginecologista.

células

UMA PODEROSA TERAPIA QUE RESOLVE UMA MULTIDÃO

DE ENFERMIDADES, MUITO MAIS QUE O AAS E A DIPIRONA,

CHAMA-SE PERDÃO.

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sonhospossíveisvisão eles andaram com JesusDeus agindo especialfundação CGponto de vista família

Minha casa como extensão do reino de DeusWAGNER FERNANDES, PR.

5º livro do Novo Testamento, intitulado Atos dos Apóstolos, é interessante do ponto de vista histórico (porque mostra o nas-cimento da igreja em Jerusalém e o estilo de vida dos primeiros

cristãos, embora a narrativa seja restrita aos atos de Pedro e Paulo, sem mencio-nar as igrejas da Galileia e a evange-lização de Roma e Egito), pedagógico (constitui uma fonte de aprendizagem e de relação com a nossa vida hoje) e espiritual (na demonstração de como o Pai, Filho e Espírito Santo agem propo-sitalmente na história).

Tanto a autoria do evangelho de Lucas quanto do livro de Atos é atribuída a

Lucas, um companheiro de Paulo. No evangelho, Lucas abordou a história da vida, morte e ressurreição de Jesus. No livro de Atos, ele narrou o estabe-lecimento e expansão da igreja de Je-rusalém até Roma via Samaria, Antio-quia, Ásia e Europa. Atos foi escrito por volta do ano 62 da era cristã. O capítulo dez de Atos mostra a expansão do evangelho entre os gentios (os não ju-deus) e um elemento de reforço ao tema dessa edição da revista: a nossa casa – o lugar da nossa habitação – como ex-tensão do reino de Deus na terra.

Pedro, o apóstolo e primeiro pastor da igreja, e Cornélio, um oficial do

exército romano que comandava cem homens, são os dois personagens cen-trais do capítulo dez. Ambos são dia-metralmente opostos. Um é judeu, o outro gentio; um é pescador, o outro é oficial do exército romano; um é pobre, o outro é mais abastado; um andou ao lado de Jesus e o outro não teve a mes-ma experiência. Mas algo sobrenatural uniria estes dois homens em torno de um projeto comum e elevado.

As religiões tradicionais nos ensinaram o lado sagrado dos templos ou prédios religiosos. Não que devamos desres-peitar os espaços públicos dedicados à adoração. Mas vamos descobrindo no Novo Testamento uma realidade mais

O

A EXPERIÊNCIA MARAVILHOSA DE PEDRO E CORNÉLIO

Div

ulga

ção

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bom, teme a Deus e é muito respei-tado por todos os judeus. Um anjo de Deus mandou que ele pedisse a você que fosse até a casa dele para que ele ouvisse o que você vai dizer. Então Pedro convidou os homens para entrarem, e os hospedou ali na-quela noite. No dia seguinte Pedro se aprontou e foi com eles, e alguns irmãos que moravam em Jope tam-bém foram. No outro dia chegaram à cidade de Cesaréia. Cornélio e os parentes e amigos mais íntimos que ele tinha convidado já estavam espe-rando Pedro. Quando Pedro ia en-trando, Cornélio veio ao seu encon-tro, ajoelhou-se e curvou a cabeça diante dele. Mas Pedro fez com que ele se levantasse e disse: — Fique de pé, pois eu sou apenas um homem como você. Enquanto conversava com Cornélio, Pedro entrou na casa e encontrou muita gente reunida ali.” versos 22 a 27 – versão NTLH.

Como é maravilhoso ver a ação de Deus na vida de pessoas comuns que se reuniam numa casa. Pedro nem imagi-nava o que ainda estava para acontecer naquele ambiente doméstico. O texto de Atos, capítulo dez, continua narran-do a beleza e os resultados espirituais daquele encontro:

“Quando Pedro ainda estava fa-lando, o Espírito Santo desceu so-bre todos os que estavam ouvindo a mensagem. Os judeus seguidores de Jesus que tinham vindo de Jope com Pedro ficaram admirados por Deus ter derramado o dom do Es-pírito Santo sobre os não-judeus. Pois eles ouviam os não-judeus falarem em línguas estranhas e louvarem a grandeza de Deus. En-tão Pedro disse: — Estas pessoas receberam o Espírito Santo como nós também recebemos. Será que alguém vai proibir que sejam ba-

Então, seria correto pensar que Deus está na nossa casa – ao menos deveria... se crêssemos. Tanto é verdade, e só confirma o que estamos dizendo, que é incoerente uma pessoa ser uma coisa na igreja e outra em casa. Cornélio era um homem cuja vida de adoração co-meçava em casa, mas os efeitos se da-vam em sua cidade e igreja. Sua fé era tão intensa em casa que todos os seus familiares seguiam a mesma fé (verso 2), além de parentes e amigos mais ín-timos (verso 24).

Em Cesaréia, Cornélio estava oran-do em sua casa e teve uma visão por volta das três horas da tarde (hora nona – verso 3). No dia seguinte, em outra cidade, chamada Jope, Pedro tam-bém orava no terraço de uma casa que pertencia a um homem chamado Simão, curtidor de couro, por volta do meio dia (hora sexta), quando também teve uma visão (versos 9 e 10). Na se-quência do texto, dois homens envia-dos por Cornélio chegam onde Pedro estava, dizendo:

“Nós fomos mandados pelo coman-dante Cornélio. Ele é um homem

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ampla. A dimensão maior de que nossa casa não pode ser vista apenas sob o aspecto do conforto, deleite e privacidade. Precisamos enxergá-la também sob o aspecto do sagrado; de uma extensão da igreja e do prin-cipal lugar da nossa devoção, adora-ção, comunhão e serviço a Deus.

Jesus reforçou a magnitude deste princípio quando disse:

“Tu, porém, quando orares, en-tra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” Ma-teus 6:6.

tizadas com água? Então mandou que aquelas pessoas fossem bati-zadas em nome de Jesus Cristo. E elas pediram a Pedro que ficasse ali alguns dias.” versos 44 a 48 – versão NTLH.

Não é difícil imaginar o impacto que o derramamento do Espírito Santo pro-moveu naqueles irmãos; naquela co-munidade de amigos que se reuniam numa casa. A permanência de Pedro em Cesaréia, certamente, repercutiu por outras casas e famílias. Segura-mente, seus sucessivos encontros com outros cristãos eram precedidos de uma mesa farta e de um espírito acolhedor, próprio do ambiente familiar.

Só pode ter sido proposital tamanha ação de Deus na casa de Cornélio. Uma lição para todos nós que professamos uma fé em Jesus hoje. Nossas casas de-vem ser fechadas para a maldade, mas abertas para Deus e para as pessoas que estejam buscando experiências novas com Deus e Seu Espírito Santo. A Co-munidade Trina (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito) quer interagir com as pequenas comunidades do mundo todo – das casas simples ou portentosas. Não importa. O mais importante é sa-ber que Deus quer agir ali.

células

Wagner Fernandes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Líder do Ministério com Jovens. É casado com a pra. Vanise e tem 2 filhos

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O modelo de Jesus na formação de líderesCARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

ontinuaremos, neste artigo, a focalizar alguns dos motivos pelos quais existem Células que não se multiplicam, conforme já o fizemos nas edições desta revista do mês de fevereiro e

de março. Recapitulando, apontamos dois motivos fundamentais: primeiro, o líder não faz ao novo participante da Célula um desafio claro para ele seguir a Cristo e se tornar um discípulo pre-parado para cuidar de vidas (fevereiro); e, segundo, o líder falha em levar os membros do seu grupo a uma verdadei-ra experiência de novo nascimento.

Mas, há outro motivo que impede as Células de se multiplicarem: o fato do líder, por falta de entendimento, falhar em desenvolver, na vida dos membros

da sua Célula, as linhas mestras do nosso Trilho de Treinamento: o disci-pulado um a um, o ensino bíblico e o treinamento.

Isso reside no fato de que muitos lí-deres não têm clareza de que este foi o modelo que Cristo desenvolveu para formar os maiores líderes da história da humanidade, seus doze apóstolos: discipulado (Lucas 10:46-48; 18:15-17 e Mateus 18:21-25), ensino bíblico (Mateus 13:10-11; Marcos 4:33-34 e Mateus 24:1-4ss) e treinamento (Ma-teus 10:1-8 e Lucas 10:1-9). Muitos líderes pensam que a formação dos discípulos se dá somente através do ensino bíblico, especialmente quando enviam seus auxiliares ao CTL. Mas isso é um paradigma enganoso que

precisa ser quebrado e o líder deve ter plena ciência de que ele precisa se envolver totalmente nestas três linhas principais do Trilho de Treinamento, pois este não é apenas um monotrilho (tendo somente a linha do ensino bí-blico), mas é constituído também do discipulado e do treinamento.

Assim, logo depois que o novo con-vertido assume o desafio de ser um discípulo de Cristo, participa do En-contro Vida Vitoriosa e é batizado nas águas (tudo isto, já é o início do Trilho de Treinamento), o líder preci-sa, imediatamente, dar continuidade a este processo dentro da etapa da Inte-gração do IDE, que é o nosso modelo (estratégia) de formação de líderes. O líder, ou seus auxiliares, precisam

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O LÍDER, OU SEUS AUXILIARES, PRECISAM ACOMPANHAR BEM DE PERTO O DISCÍPULO

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seu jeito de fazer as coisas e de falar, todas as suas reações, como ele dirige os encontros da Célula, estarão sen-do observadas pelo discípulo, que vai reproduzi-las posteriormente no seu estilo de vida e de liderança.

Todo este processo deverá ser inicia-do com todos os membros da Célula. Mas, conforme o tamanho dela, o di-rigente não terá condições de investir mais intensivamente na vida de todos. Ele precisará ter o discernimento, na dependência do Senhor e de seus lí-deres, para perceber as pessoas mais comprometidas, com mais sede e maior potencial de crescimento, para se doar inteiramente a elas, a fim de que logo comecem a ajudá-lo a cuidar dos outros, já entrando em um estágio mais avançado do trei-namento, que é a fase da assistência. Foi assim também que Jesus fez, pois tendo doze discípulos, investiu princi-palmente em Pedro, João e Tiago (Ma-teus 17:1 e 9).

Na próxima edição desta revista, con-tinuaremos a compartilhar como o lí-der deverá acompanhar e investir no discípulo, nas demais etapas do Trilho de Treinamento, que são Desenvolver e Enviar.

acompanhar bem de perto o discípulo (novo convertido ou membro transfe-rido) no desenvolvimento das práticas e atividades desta etapa, que visam alicerçá-lo muito bem nos fundamen-tos da vida cristã, consolidando sua fé e integrando-o plenamente na vida da Célula e da Comunidade, como mem-bro do corpo de Cristo.

Assim sendo, de acordo com as linhas mestras do nosso Trilho de Treina-mento, o líder ou os seus auxiliares precisam desenvolver as seguintes práticas com o discípulo na Integra-ção, que é a primeira etapa do Trilho:

No discipulado um a um: nesta ati-vidade se dá o discipulado inicial intitulado “cuidando dos filhinhos” (1 João 2:14), quando o líder deverá ajudar o discípulo a desenvolver uma vida de oração e leitura da Palavra de Deus, usando o nosso livreto Conhe-cendo as Escrituras com o objetivo de ler toda a Bíblia em um ano; conhecer melhor suas necessidades e carências, ministrando a Palavra e a sua experi-ência pessoal, para que o caráter de Cristo comece a ser formado nele;

Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento em Liderança, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.

orar e jejuar por suas necessidades e crescimento espiritual; e, incentivá-lo a testemunhar de Cristo para as pesso-as de seu relacionamento, trazendo-as para a Célula.

No ensino bíblico: começar a minis-trar o Formando Discípulos, de manei-ra cuidadosa, sem pressa, parando em cada capítulo o tempo suficiente que for necessário para o discípulo absor-ver completamente os ensinamentos contidos ali. É necessário se gastar mais tempo especialmente no capítu-lo dois do Formando Discípulos, que trata do Arrependimento e Novo Nas-cimento, para que as verdades chaves da regeneração e do novo nascimento sejam muito bem compreendidas, para que elas sejam totalmente apropria-das pela fé. Nesses encontros indivi-duais, as linhas mestras do Trilho de Treinamento acabam se juntando e se sobrepondo, pois ao mesmo tempo em que acontece o ensino bíblico, o disci-pulador estará interagindo com o dis-cípulo, compartilhando experiências, opiniões e sentimentos, desenvolven-do ainda mais seu relacionamento de discipulado com essa pessoa. O dis-cipulador deverá também aproveitar para verificar como ele está desen-volvendo a leitura da Palavra, tirando dúvidas, antecipando dificuldades e dando oportunidade para o discípulo compartilhar as verdades bíblicas que mais o impactaram.

No treinamento: nos encontros da Célula, de discipulado e de ensino bí-blico, ou nos encontros informais para juntos tomarem um café, almoçarem, se visitarem ou desenvolverem juntos quaisquer outras atividades, o discipu-lador precisa tomar consciência que está sendo desenvolvida a primeira etapa do treinamento para o discípu-lo aprender a liderar, que é a fase da observação: todas as atitudes do líder,

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aconteceu

Pr. Antônio Cirilo na Comunidade da Graça Sede

Acampamento MAGs Vila Mariana, Atibaia e Sorocaba

A noite do dia 09 de março foi mais que especial. Foi um tempo específico de louvor, adoração e busca do Espí-rito Santo na Comunidade da Graça Sede. O pastor Antônio Cirilo aben-çoou a todos com sua música e minis-tração da Palavra de Deus.

Jovens e Adolescentes de três de nossas Comunidades reuniam-se para um Acampamento de Páscoa em São Ro-que/SP. Atibaia, Sorocaba e Vila Mariana, através de seus pastores, tomaram a iniciativa e praticaram o princípio da Cooperação Mútua. Foi fantástico! As demais Comunidades podem fazer o mesmo.

Div

ulga

ção

Jovens caracteri-zados dos países do mundo. “toma o Teu lugar Rei da gloria reina” @joaohenriquesanctos

Pr Cirilo na Comunidade da Graca em SP. Benção!

@adhemardecampos

Louvor

@flalobato

FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ

Fotos: C

omuna

Div

ulga

ção

abril 2013 | comuna | 43

44 | comuna | abril 2013

aconteceu

O alicerce da igreja Comunidade da Graça. ral. Tudo firmado na rocha que é Cristo

@portalcomuna

Formatura do Seminário Teológico e Enéias Tognini

@osmarmisael

Louvo a Deus, por essa igreja tão abençoada. Parabéns pelo.

@marcioqm

FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ

Formatura do CTL e SeminárioNo dia 24 de fevereiro, num domingo pela manhã, foi realizada a formatura de 223 alunos do nosso CTL – Cen-tro de Treinamento em Liderança. E, no dia 10 de março, formaram-se 31 alunos do nosso Seminário Teológico. Além de professores ilustres, o evento contou ainda com a presença do pastor Enéas Tognini. Foi uma noite de muita emoção e gratidão a Deus.

A manhã de 31 de março, domingo de Páscoa, foi especialmente marcante na vida de todos os presentes na Comuni-dade da Graça Sede. O pastor Carlos Al-berto homenageou a primeira e segunda geração que o acompanha no ministério. Ele apresentou sua família e nos lembrou de que a credencial principal de um líder deve ser a família. Parabéns a toda Co-munidade da Graça pelos seus 34 anos!

34º Aniversário da Comunidade da Graça

Fotos: C

omuna

Fotos: C

omuna

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