revista fh - ed. 216 - parte 2

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80 FH | ESPECIAL SAÚDE BUSINESS FORUM OUTUBRO 2013 REVISTAFH.COM.BR Governança Clínica Foto: Nadson Carvalho ALTERNATIVA PARA SUSTENTABILIDADE Modelo de governança clínica proposto pela Anahp, já em prática no Sistema de Saúde Mãe de Deus, visa aumentar engajamento com mais transparência nas relações com médicos Cylene Souza | [email protected] C om o desafio permanente de gerir a escassez de recursos, tendo como contraponto a necessidade de investimentos em estrutura e tecnologia, somada à regulamentação do setor, os gestores da saúde precisam repensar o modelo assistencial para garantir a sustentabilidade financeira de suas instituições. Para sair desta “crise diária”, na definição de suas próprias lideranças, a Associação Nacional de Hospi- tais Privados (Anahp) uniu seus 51 hospitais membros para propor um modelo de Governança Clínica. “Este tema passou a ser muito importante depois da adoção da governança corporativa pelos hospitais e surgiu pela primeira vez após uma crise no sistema de saúde na Inglaterra, por visão do primeiro- -ministro Tony Blair, que decidiu reformatar o modelo assistencial”, explica o coordenador do projeto Melhores Práticas da Anahp, Evandro Tinoco Mesquita, que também é diretor médico do hospital Pró-Cardíaco. As ferramentas da governança clínica: gestão de pessoas, educação permanente, auditoria clínica, transparência e accountability, pesquisa operacional, efetividade e eficiência clínica, gerenciamento de risco e comunicação assistencial, estão entre as competências não-técnicas fundamentais para a busca da sustentabilidade nos hospitais, na avaliação de Mesquita. No Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD) estes instrumentos foram adotados há dez anos, como forma de comprometer o corpo clínico não apenas com as metas de qualidade e segurança assistencial, como também com a sustentabilidade financeira da instituição. Na primeira etapa ficou definido que a atenção seria no cliente e em epidemiologia. “O diretor médico tem de ter o discurso de foco no paciente, antes de qualquer ação, mas isso precisa passar do discurso para a cultura”, define o diretor médico do Mãe de Deus, Luiz Felipe Gonçalves. Em seguida, decidiu- -se incluir o médico na governança do corpo clínico, para que houvesse mais transparência e para que o profissional se sentisse reconhecido, e modular as unidades assistenciais em especialidades e institutos, que hoje concentram 95% da produção dos hospitais do SSMD. São 22 especialidades com contratos de gestão, ainda muito focados no aspecto econômico, mas que evoluirão para incluir metas relacionadas a metas de segurança assistencial, ensino e pesquisa e fidelização. O SSMD também instituiu uma matriz de indicadores, que engloba índices gerais, como presença de nota de alta e tempo de internação, assim como dados específicos, em que se definiu um protocolo e um indicador para cada especialidade. “Com essa microgestão, conseguimos medir e caracterizar o produto hospitalar”, diz Gonçalves. Esta caracterização parece ser o primeiro passo para estabelecer as linhas de atuação do hospital e formar redes de parceiros que complementem seus serviços. “Conectar instituições, ter processos bem definidos e pessoas especializadas evita o desperdício. Uma das crises no nosso sistema é a su- butilização. Precisamos vencer a arrogância de achar que somos bons em tudo e parar de competir com o hospital do lado, que tem as mesmas coisas. É preciso focar nas áreas em que se é muito bom e delegar as outras”, conclui Mesquita.

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    Governana Clnica

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    ALTERNATIVA PARASUSTENTABILIDADEModelo de governana clnica proposto pela Anahp, j em prtica no Sistema de Sade Me de Deus, visa aumentar engajamento com mais transparncia nas relaes com mdicos

    Cylene Souza | [email protected]

    Com o desafio permanente de gerir a escassez de recursos, tendo como contraponto a necessidade de investimentos em estrutura e tecnologia, somada regulamentao do setor, os gestores da sade precisam repensar o modelo assistencial para garantir a sustentabilidade financeira de suas instituies. Para sair desta crise diria, na definio de suas prprias lideranas, a Associao Nacional de Hospi-tais Privados (Anahp) uniu seus 51 hospitais membros para propor um modelo de Governana Clnica.Este tema passou a ser muito importante depois da adoo da governana corporativa pelos hospitais e surgiu pela primeira vez aps uma crise no sistema de sade na Inglaterra, por viso do primeiro--ministro Tony Blair, que decidiu reformatar o modelo assistencial, explica o coordenador do projeto Melhores Prticas da Anahp, Evandro Tinoco Mesquita, que tambm diretor mdico do hospital Pr-Cardaco.As ferramentas da governana clnica: gesto de pessoas, educao permanente, auditoria clnica, transparncia e accountability, pesquisa operacional, efetividade e eficincia clnica, gerenciamento de risco e comunicao assistencial, esto entre as competncias no-tcnicas fundamentais para a busca da sustentabilidade nos hospitais, na avaliao de Mesquita.No Sistema de Sade Me de Deus (SSMD) estes instrumentos foram adotados h dez anos, como forma de comprometer o corpo clnico no apenas com as metas de qualidade e segurana assistencial, como tambm com a sustentabilidade financeira da instituio.Na primeira etapa ficou definido que a ateno seria no cliente e em epidemiologia. O diretor mdico tem de ter o discurso de foco no paciente, antes de qualquer ao, mas isso precisa passar do discurso para a cultura, define o diretor mdico do Me de Deus, Luiz Felipe Gonalves. Em seguida, decidiu--se incluir o mdico na governana do corpo clnico, para que houvesse mais transparncia e para que o profissional se sentisse reconhecido, e modular as unidades assistenciais em especialidades e institutos, que hoje concentram 95% da produo dos hospitais do SSMD.So 22 especialidades com contratos de gesto, ainda muito focados no aspecto econmico, mas que evoluiro para incluir metas relacionadas a metas de segurana assistencial, ensino e pesquisa e fidelizao.O SSMD tambm instituiu uma matriz de indicadores, que engloba ndices gerais, como presena de nota de alta e tempo de internao, assim como dados especficos, em que se definiu um protocolo e um indicador para cada especialidade. Com essa microgesto, conseguimos medir e caracterizar o produto hospitalar, diz Gonalves.Esta caracterizao parece ser o primeiro passo para estabelecer as linhas de atuao do hospital e formar redes de parceiros que complementem seus servios. Conectar instituies, ter processos bem definidos e pessoas especializadas evita o desperdcio. Uma das crises no nosso sistema a su-butilizao. Precisamos vencer a arrogncia de achar que somos bons em tudo e parar de competir com o hospital do lado, que tem as mesmas coisas. preciso focar nas reas em que se muito bom e delegar as outras, conclui Mesquita.

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    TINOCOMESQUITACoordenador do projeto Me-lhores Prticas Assistenciais da Anahp e diretor clnico do Hospital Pr-Cardaco

    QUEM

    LUIZ FELIPE GONALVES Diretor de Prticas Mdicas do Hospital Me de Deus, de Porto Alegre (RS)

    QUEM

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    Capital Humano

    PESSOAS:QUESTOCHAVE PARA O CRESCIMENTO

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    Korn/Ferry faz dinmica entre gestores da sade para extrair as competncias necessrias para o crescimento da organizao; debate expe o desafio de integrar pessoas estratgia de negcios

    Verena Souza | [email protected]

    Em pleno amadurecimento da gesto, o setor de sade j planeja com mais clareza suas estratgias e processos rumo melhor produtividade, rentabilidade e qualidade assistencial. No entanto, aliar a estratgia de negcios aos profissionais da instituio o maior desafio dos gestores na opinio do scio-diretor snior da Korn/Ferry,Rodrigo Arajo, que conduziu a mesa redonda sobre capital humano no Sade Business Forum 2013. Esse desafio passa por um vetor: as capacidades organizacionais. Eu posso ter o melhor time ou a melhor estratgia de negcios, mas a questo chave saber quais so os atributos da organizao para alcanar os objetivos traados e definir quais as competncias de cada um para execut-los, diz Arajo, que props aos participantes uma dinmica para que escolhessem, dentre algumas op-es, apenas uma capacidade organizacional, a mais importante para um crescimento sustentvel.Os representantes de hospitais, clnicas e operadoras foram divididos em trs grupos, cujas respostas entre eles foram diferentes, o que gerou uma rica reflexo sobre os importantes atributos para unir pessoas estratgia. Para a diretora do Hospital Sino-Brasileiro, Ko Chia Lin,falta viso nas pessoas para estarem preparadas para a inovao e as mudanas. A resistncia impera, justifica Ko para a escolha de seu grupo pelo atributo Criando e Sustentando Valor, cuja descrio era: considera todas as partes interessadas (stakeholders) interna e externas ao tomar decises e utilizar recursos. J para o presidente do Mater Dei, Henrique Salvador, a maior dificuldade est na execuo das ideias, que sempre so muitas. Existe um gap entre as ideias, a estratgia e as pessoas. Uma distncia hoje entre o ideal e o operacional, diz. A escolha do grupo de Salvador foi Execuo e Tomada de Deci-ses: tomada de decises de negcios difceis, oportunas, de alta qualidade e a implantao delas. De acordo com ele, estabelecer uma comunicao mais pessoal e menos institucionalizada pode ajudar nessa barreira. Segundo Arajo, para delinear os atributos organizacionais de maneira certeira necessrio passar por duas dimenses: a maturidade e a agilidade, aspectos de que o setor de sade carece. A agilidade assegura a rapidez no aprendizado e a efetividade em situaes desconhecidas e a maturidade est relacionada com experincia. Essas so caractersticas voltadas sustentabilida-de. Muitas mudanas esto por vir e elas precisam atuar. E um grande desafio, pois o setor nunca viveu uma grande ruptura, enfatiza Arajo.

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    RODRIGO ARAJO Scio-diretor snior da Korn/ Ferry responsvel pela Es-pecializao em Cincias da Vida e Sade

    RODRIGO ARAJO

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    Antes da TI, a Estratgia na Sade

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    Apesar de reconhecerem a importncia da tecnologia da informao (TI), as instituies de sade ainda carecem de viso estratgica. Embora 73% delas digam que a TI essencial, somente 24% a entendem como estratgica e 28% como componente para aumentar a competitividade. Enquanto isso, 24% veem a tecnologia apenas como custo extra, e outros 24% tm dvidas se devem investir ou no.Esses nmeros so muito inferiores se comparados s mil maiores empresas do Pas, disse o consultor da Folks e-Sade e ex-presidente da Sbis (Sociedade Brasileira de Informtica em Sade), Claudio Giulliano da Costa. Ele um dos autores do estudo Antes da TI, a Estratgia na Sade, elaborado em parceria com a IT Mdia. H uma questo de maturidade da viso sobre TI na sade que precisa ser discutida, pois esse desconhecimento gera um clima nem sempre favorvel para os departamentos de TI trabalharem.Para a pesquisa, foram ouvidas 167 instituies do Pas, a maioria do estado de So Paulo (40,7%) ou da regio Sudeste (59,3%), que proporcionalmente compreendem as mais desenvolvidas. Estamos falando portanto da realidade do eixo Rio-So Paulo, que embora mais desenvolvidas ainda tm muito a fazer, ponderou Costa.Da amostra, 56% possuem aproximadamente 200 leitos (a mdia nacional est abaixo de 150 lei-tos) e so acreditadas (64,8%). Entre as operadoras, a maioria formada por Unimeds (59%), e 41% possuem mais de 150 mil vidas. Em termos de faturamento, h equilbrio: 39,5% faturam acima de R$ 100 milhes ao ano, enquanto 38,9% so pequenas (R$ 10 milhes ao ano). Em termos de oramento de TI, 64,7% investem at R$ 2 milhes ao ano. A boa notcia: 87% pretendem investir em TI, disse Costa.Apesar disso, explica Sergio Lozinsky, consultor especializado em tecnologia da informao e tambm autor do estudo, metade das empresas ouvidas cumpriram, em 2012, a estratgia progra-mada para a rea de TI, nmero baixo perto das 500 maiores empresas, que chegou a 75%. Alm disso, 41% ficaram aqum do pretendido. Quando a estratgia global no ocorre como combinado, para o departamento de TI um desastre, pois ele vive do longo prazo. Projetos de curto prazo so emergncias.Lozinsky pondera ainda que as reas de TI das empresas de sade ainda participam muito pouco das decises estratgicas globais, e geralmente s participam do processo depois, como meros executores. Ao no participar no contribui e algumas decises podem ser inconsistentes com a capacidade da TI de execuo dos projetos.

    Estudo Antes da TI, a Estratgia na Sade revela imaturidade dos departamentos de TI do setor. Mesmo assim, metade das empresas cumpriram o programado para 2012

    Marcelo Vieira | [email protected]

    A CURTOSPASSOS

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    Costa, da Folks e-Sade: a boa notcia que 87% pretendem investir em TI

    "ALGUMAS BASES FUNDAMENTAIS COMO:INFRAESTRUTURA, GOVERNANA E ESTRATGIAPRECISAM SER PENSADAS ANTES DE ALCANAR OHOSPITAL DIGITAL

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    Antes da TI, a Estratgia na Sade

    LIDERANAO CIO da rea de Sade o pior remunerado entre todos os segmentos analisados pelo es-tudo. Para Lozinsky, a baixa remunerao im-pede a atrao de profissionais categorizados e de qualidade. Se o gestor da rea for abaixo do mercado, a equipe dele provavelmente tambm ser, ponderou. Apesar disso, 80% dos profissionais de TI em sade se autoclas-sificaram como experts.Outro problema deste perfil: uma equipe mui-to tcnica e pouco experiente tende a ser al-tamente dependente do fornecedor. Nestes casos os profissionais de TI passam a ser me-ros intermedirios entre aqueles que decidem pelos negcios e os vendedores de solues, o que exige a escolha de fornecedores muito bons, ponderou o especialista.Apesar da baixa qualificao e experincia, apenas 74% das instituies de sade possuem planos formais de treinamento, baixando ain-da mais a capacidade de execuo.

    MERCADOO estudo tambm identificou os principais fornecedores de sistemas de gesto (ERP) hospitalares no Pas: a MV lidera com 27%, seguida pela Philips com 24,6% e Totvs com 16%. No entanto, considerados como catego-ria em separado, os sistemas desenvolvidos internamente estariam em terceiro lugar, com 20,6%.Esto entrando outros players no mercado nacional. Haver com certeza alguns movi-mentos de fuso e aquisio para aumentar a base de clientes e agregar novas tecnologias. um mercado muito ativo e competitivo, diz Claudio Giulliano da Costa.Os sistemas ainda tm muito a evoluir, se-gundo o estudo. A maior parte (77%) so horizontais e monolticos, ou seja, inte-gram todos os processos em um nico mdulo (faturamento, pronturio mdico, backoffice, RH etc). Isso gera dificuldades de implantao de novos mdulos e na

    atualizao para novas verses. Ainda falta interoperabilidade, e os especialistas que participaram do SBF 2013 veem nas estruturas modulares uma soluo in-felizmente ainda ignorada nas estratgias dos fornecedores.Ao menos uma notcia positiva: o caminho rumo ao hospital digital est sendo trilha-do. Cerca de 65% dos respondentes usam algum tipo de iniciativa em pronturio eletrnico, um nmero animador, disse Costa. Prescrio eletrnica (58%) e PACS (56%) tambm alcanaram boas mdias, mas o compartilhamento de informaes clnicas dos pacientes praticado por ape-nas 15% dos pesquisados.Algumas bases fundamentais precisam ser pensadas infraestrutura, governana e estratgia antes de alcanar o hospital digital, ponderou Costa. Mas h obstcu-los: 48% dizem que no tem dinheiro, e 43% dos profissionais resistem adoo.

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    Lozinsky: as reas de TI das empresas de sade ainda participam muito pouco das decises estratgicas globais

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    Gesto de Sade PopulacionalFo

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    Verena Souza | [email protected]

    Asap avana em parcerias para colocar a Gesto da Sade Populacional no centro de ateno do RH das empresas

    INCENTIVO RESPONSABILIDADEMostrar a sade do empregado como uma responsabilidade para as empresas resume a misso da Aliana para a Sade Populacional (Asap) junto ao mercado corporativo. Fundada h cerca de um ano por profissionais de empresas como Amil, AxisMed, Satil, SulAmrica, Vivo, en-tre outras, a entidade sem fins lucrativos cresce em nmero de parceiros e associados. Hoje com 26, e persegue estratgia de promover encontros e discusses, publicar estudos e desenvolver aes que ajudem s empresas a serem atuantes na ges-to da sade populacional (GSP). Mais sade e menos doenas, menos mdicos e custos, diz o presidente da entidade e co-fundador da Amil Assistncia Mdica Internacional, Paulo Marcos Senra, durante almoo com executivos no Sade Business Forum 2013. Para o executivo, a falta de polticas de promoo e preveno sade aliada ao envelhecimento da populao alimenta os problemas financeiros do setor.O fundador e presidente do Biocor Instituto, Mario Vrandecic, apoia a iniciativa da Asap e discorre sobre a importncia de disponibilizar a instrumentao necessria para a transfor-mao das condutas empresariais em relao

    ao cuidado de seus funcionrios. No h como ningum mudar ningum. Mas mostrar os as-pectos da situao atual, tendncias, faz com que a escolha pela transformao seja cons-ciente, afirma.O bate papo entre executivos de hospitais priva-dos, pblicos, universitrios, rumou para a con-cordncia de que programas que incentivem e bonifiquem os funcionrios que cuidam de sua sade so um caminho para um Pas mais saud-vel, e com menos desperdcio no sistema. As operadoras no podem criar punies para quem no cuidar da prpria sade, mas as em-presas podem. Por exemplo, o desconto na folha de pagamento do plano de sade pode ser maior para o funcionrio que fumar do que o no fu-mante, pontua Senra.Um programa de incentivo de pontos, nos moldes dos cartes fidelidade de companhias areas, foi uma sugesto levantada pelo superintendente Corporativo do Hospital Samaritano de So Paulo, Luiz De Luca. A rea de Recursos Humanos das empresas pontuaria os colaboradores e, em troca, eles poderiam receber vantagens como entradas para cinemas, entretenimento etc. E a Asap pode-

    ria participar dessa espcie de convnio, afirmou. Nos primeiros cinco anos de atuao, o governo no est nos planos da Asap, que prefere concen-trar os esforos em angariar parcerias com corpo-raes. A Associao Brasileira de Recursos Hu-manos (ABRH) um dos principais parceiros da entidade. Tem empresas que contratam um plano de sade por meio do departamento de compras, olhando apenas preo. Sem se preocupar com a sade do colaborador, conta Senra, enfatizando que o Brasil ainda est muito distante de fazer uma gesto da sade populacional, prtica forte nos EUA, por exemplo.Os recentes avanos da Asap foi contar com apoio da indstria de sade como Roche, Sanofi, John-son & Johnson e Bristol, alm da Universidade de So Paulo (USP) e instituies acreditadoras como ISQua e CBA. A partir de movimentos como esse, os profis-sionais vislumbram a formao de um ciclo de incentivos qualidade que abarca todos os elos do setor, mas para isso, as empresas devem tomar seu lugar de direito, ou seja, se ver como pea central no cuidado de sua po-pulao contratada.

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    O encontro em nmeros

    Mapa: Hotel Transamrica

    93PATROCINADORES

    DURANTE O FORUM OS CONVIDADOS UTILIZARAM O APLICATIVO MOBI PARA DIFERENTES ATIVIDADES, VEJA OS RESULTADOS: MAIS DE 320 RESPOSTAS AS ENQUETES MAIS DE 200 VISUALIZAES DE VDEOS MAIS DE 300 VISUALIZAES DE NOTCIAS MAIS DE 680 REUNIES ONE TO ONE MAIS DE 2.500 ACESSOS AO MOBI MAIS DE 320 RESPOSTAS AS ENQUETES MAIS DE 200 VISUALIZAES DE VDEOS MAIS DE 300 VISUALIZAES DE NOTCIAS MAIS DE 680 REUNIES ONE TO ONE

    117CONVIDADOS

    35KgDE COSTELA

    411 400ALMOOS/DIA

    GARRAFAS/VINHO

    57ESPUMANTES

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    TOTAL DE PESSOAS COM STAFF E BANDAS:405 ADULTOS + 28 CRIANAS

    113ACOMPANHANTES

    19AT 12 ANOS

    CRIANAS4AT 18 ANOS 9

    AT 6 ANOSCRIANAS

    ADOLESCENTES

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    FH | na bagagem

    outubro 2013 revistafh.com.br

    Evento: 21st IUHPE World Con-

    fErEnCE on HEaltH PromotIon

    Data: 25 a 29 de agosto

    Local: Pattaya, na tailndia

    O COngrEssOo encontro tratou sobre investir em sade na direo da promoo, como um caminho necessrio para a sociedade superar a dependncia tecnolgica e conquistar autonomia para controlar a sade de comuni-dades e indivduos, assim como enfrentar os determinantes sociais.

    TrabaLhOapresentei Curitiba como possvel sede para a realizao do prximo Congresso mundial de Promoo da Sade em 2016.

    O quE fiCOua promoo da sade est sendo en-tendida como um imperativo tico em que promover sade promover a vida. compartilhar possibilida-des para que todos possam viver seus potenciais de forma plena. perceber a interdependncia entre indivduos, organizaes e grupos populacionais. reconhecer que a cooperao, solidariedade e trans-parncia, como prticas sociais cor-rentes entre sujeitos, precisam ser, urgentemente, resgatadas.

    Vai viajar e participar de algum evento na rea da Sade? Envie sua sugesto para [email protected]

    Marco akerman, da unio internacional de Promoo e Educao na sade

    O professor da Faculdade de Medicina do ABC e vice-presidente regional para a Amrica Latina da Unio Internacional de Promoo e Educao na Sade (IUHPE), Marco Akerman, participou do 21 Congresso de Promoo Sade, na cidade de Pattaya, Tailndia. Veja como foi.

    Foto: Arquivo Pessoal

    Foto: Arquivo Pessoal

    CuLTurative pouca oportunida-de de explorar este belo pas, mas me deliciei com a visita a um belo tem-plo da Verdade, budista, esculpido em madeira, lembrando a cultura e as esculturas do Cambodja Laos, China, ndia, Vietn e da prpria tailndia.

    gasTrOnOMiarestaurante blue elephant, em bangkok. a culinria rica e saborosa e os preos so convidativos.

    LugarEsPraia chamada Puket. as praias so belssimas e o povo hospitaleiro.

    Foto: Shutterstock

    Foto: ShutterstockFoto: Site do restaurante

    Vale a pena conhecer tambm os mercados flutuantes.

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    FH | LIVROS

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    DOENAS RARASDE A A ZNeste livro, especialistas descrevem os sintomas mais comuns, principais caractersticas e os desafios de diagnstico de 74 doenas, alm de indicar fontes confiveis de pesquisa. A publicao visa disponibilizar informaes comunidade mdica e sensibilizar os tomadores de decises e formuladores de polticas pblicas sobre o tema. Com objetivo de longo prazo, eles esperam que os brasileiros passem a ter acesso ao diagnstico e ao seu tratamento.

    Autores diversos: So 63 espe-cialistas e a coordenao de Charles Marques Loureno Editora: Independente Nmero de pginas: 206Preo: Distribuio gratui-ta. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail [email protected]

    CUIDADOSINTENSIVOS DE ENFERMAGEMO livro objetiva auxiliar o enfermeiro na avaliao e interveno eficaz no paciente grave. Os autores fornecem planejamento de conduta para cada diagnstico prioritrio, incluindo sua definio e caractersticas, resultados esperados, intervenes e justificativas. Houve adaptao de contedo para o Pas, incluindo o Cdigo de tica, a legislao da Enfermagem e a Sistematizao da Assistncia de Enfermagem.

    Autores: Linda D. Urden, Kathleen M. Stacy e Mary E. LoughEditora: Elsevier Nmero de pginas: 672Preo: R$ 199

    Analice Bonatto | [email protected]

    O advogado e mestre em administrao de empresas Eduardo Kalil acaba de lanar o livro Como implantar ouvidoria e atuar nessa rea. Nele, discute a necessidade da criao de um departamento para tal atividade e o relacionamento com os clientes. O autor conversou com a FH sobre os principais pontos do livro.

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    Qual o principal objetivo da ouvidoria? E em que ponto est o desenvolvimento do Brasil em relao a outros pases? Eduardo Kalil: O papel da ouvidoria contribuir para o aumento da satisfao dos clientes visando sua reteno e fidelizao, aumentando o resultado da empresa e garantindo a sustentabilidade da organizao. No Brasil, a abertura do mercado e a promulgao do cdigo de defesa do consumidor na dcada de 90 fizeram com que as empresas atuassem cada vez mais com foco no cliente para garantir sua satisfao e fidelizao e a ouvidoria vem a contribuir com esse processo. Ento, a questo para mim no nem o grau de desenvolvimento das ouvidorias, mas sim o respeito aos clientes na relao de consumo que varia muito de pas para pas.

    De que forma as operadoras de sade, ao oferecerem um servio de ouvidoria, podem melhorar a qualidade dos servios oferecidos e garantir a sua sustentabilidade?Kalil: As ouvidorias poderiam

    verificar, por exemplo, o tempo para autorizao de procedimento, evitando que o paciente adie uma cirurgia, negativas indevidas, evitando que o paciente recorra ANS, ao Procon ou Justia. A ouvidoria, identificando esses casos, poder agir preventivamente e sugerir melhorias nos processos internos e, dessa forma, evitar queixas, melhorando a satisfao do cliente e sua imagem perante o pblico externo. Isso tambm diminui a sua exposio a riscos, j que demandas em rgos externos podem causar penalidade para a empresa.

    Com a ouvidoria, possvel que as operadoras identifiquem internamente os servios que funcionam mal. Dessa forma, como podem transformar esses dados em ideias que determinem um meio estratgico de apoio gesto das organizaes?Kalil: A ouvidoria dever ter uma metodologia de reclamao que permita identificar a lacuna da insatisfao, ou seja, o gap entre o que a operadora deveria ter feito e no fez ou fez de forma indevida como, por exemplo, autorizar uma cirurgia e no autorizar a internao quando necessria. Deve identificar tambm a causa desse gap, que pode ser uma falha no sistema, de pessoas, ou at mesmo ausncia de normativo interno. Depois, o prejuzo sofrido pelo cliente e, ao final, o servio ou procedimento associado reclamao. Com essa metodologia, apresentada no livro, a ouvidoria ter condies de saber exatamente onde agir para evitar reclamaes futuras.

    Como implantar ouvidoria e atuar nessa rea

    Autor: Eduardo Kalil

    Editora: Trevisan Editora

    Nmero de pginas: 136

    Preo: R$ 29,90

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    FH | SHOWROOM

    OUTUBRO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    DESTAQUESDO MS

    ACESSO VENOSO SEGURO O Introcan Safety 3, terceira gerao de cateteres da B. Braun, foi desenvolvido para minimizar o risco de flebites (inflamao da parede de uma veia) e outras complicaes por meio da sua pla-taforma integrada de estabilizao. Alm disso, sua tecnologia de dupla confirmao de refluxo sanguneo possibilita maior xito logo na primeira puno venosa, com confirmao visual que mostra a agulha e cateter no acesso venoso.www.bbraun.com.br

    IRRADIAO LOCALIZADAO INTRABEAM, sistema de radioterapia da Carl Zeiss, foi desenvolvido para ter alta eficcia na irradiao localizada. Porttil, realiza a radio-terapia no momento da cirurgia. Ele pode ser utilizado em diferentes tratamentos, como os das metstases epidurais da coluna vertebral e tambm de cnceres de mama, gastrointestinal, do endomtrio, da pele e bucal. Para o caso de tumores de mama, quando o rgo preserva-do, permite a radioterapia em dose nica ou como irradiao parcial.www.zeiss.com.br

    APROVEITAMENTO DO ESPAOOs armrios deslizantes Huffix, da Bace Healthcare, foram desenvolvidos para proporcio-nar maior aproveitamento do espao para o armazenamento de materiais tanto na rea de hotelaria hospitalar quanto no departamento de nutrio, farmcia e almoxarifado. Alm disso, merece destaque a possibilidade do sistema ser ampliado e remanejado de acordo com as necessidades da instituio.www.bace.com.br

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    FH | em cena

    outubro 2013 revistafh.com.br

    Foto: Nadson Carvalho

    As fitinhas do Senhor do Bonfim, lembrana tpica da Bahia, foram distribudas a todos os que coloriram o Sade Business Forum 2013, a fim de que a alegria seja mais do que um pedido, mas uma realizao!

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    01_Capa03_Indice_V204_Editorial_V214_Pensadores15_Pensadores16_Pensadores18_Pensadores20_IT Debate21_IT Debate22_IT Debate24_IT Debate26_IT Debate28_IT Debate29_anu_IT Debate_21630_Ponto de vista32_Ponto de vista34_Hospital35_Hospital36_Hospital38_Abre Forum39_Abre Forum40_Gianetti41_Gianetti42_Gianetti44_Paulo Vicente45_Paulo Vicente46_Paulo Vicente48_Marina49_Marina50_Marina52_Cortella53_Cortella54_Cortella56_Planejamento57_Planejamento_V259_SBS60_SBS61_SBS62_SBS63_SBS64_SBS65_SBS66_SBS72_Governanca Corporativa73_Governanca Corporativa76_Acreditacao77_Acreditacao_V280_Governanca_Clinica81_Governanca_Clinica82_Capital_Humano_V283_Capital_Humano_V284_Antes da TI85_Antes da TI86_Antes da TI88_Almoco_V290_Momentos91_Momentos92_Momentos94_Momentos96_Momentos98_Momentos100_Momentos102_Momentos104_Mapa105_Mapa108_bagagem110_Livros112_Vitrine122_Em cena