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Unijui – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuí – RS, Campus Santa Rosa DeTec – Departamento de Tecnologia SAMBA Servidor de Domínio Acadêmicos: Eleonor Vinícius Dudel Mayer Fabricio Deitos Fries Giovani Baú Professor: Gerson Battisti Disciplina: Redes de Computadores II Santa Rosa, Dezembro de 2004

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Unijui – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Ijuí – RS, Campus Santa Rosa

DeTec – Departamento de Tecnologia

SAMBA

Servidor de Domínio

Acadêmicos:

Eleonor Vinícius Dudel Mayer

Fabricio Deitos Fries

Giovani Baú

Professor: Gerson Battisti

Disciplina: Redes de Computadores II

Santa Rosa, Dezembro de 2004

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 2. CONCEITOS GERAIS ............................................................................................. 6 2.1. NOME DE MÁQUINA ................................................................................ 6 2.2. GRUPO DE TRABALHO ............................................................................ 6 2.3. DOMÍNIO DE REDE ................................................................................... 6 2.4. COMPARTILHAMENTO ........................................................................... 7 2.5. MAPEAMENTO .......................................................................................... 7 2.6. BROWSEABLE ........................................................................................... 7 2.7. WORKGROUPS E NT DOMAINS ............................................................. 8 2.8. BROWING ................................................................................................... 8 2.9. CIFS .............................................................................................................. 8 3. PROTOCOLOS ENVOLVIDOS ............................................................................. 9 3.1. NETBIOS ...................................................................................................... 9 3.2. NETBEUI ..................................................................................................... 9 3.3. NBT .............................................................................................................. 9 3.4. NBNS .......................................................................................................... 10 4. O PROTOCOLO SMB ........................................................................................... 11

4.1. NETBIOS NAMES ....................................................................................... 13 4.2. VARIANTES DO PROTOCOLO SMB ....................................................... 13 4.3. SEGURANÇA ............................................................................................... 14 4.4. BROWSING THE NETWORK .................................................................... 15 4.5. CIFS? …………………………………......................................................... 16 4.6. UM EXEMPLO DE COMUNICAÇÃO VIA SMB ...................................... 16

5. DAEMONS E COMANDOS DO SAMBA ............................................................ 18 5.1. smbd ............................................................................................................ 19 5.2. nmbd ........................................................................................................... 19 5.3. smbsh .......................................................................................................... 19 5.4. smbclient ..................................................................................................... 20 5.5. smbstatus ..................................................................................................... 20

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5.6. smbtar .......................................................................................................... 21 5.7. nmblookup .................................................................................................. 21 5.8. smbpasswd .................................................................................................. 21 5.9. testparm ....................................................................................................... 22 5.10. testprns ...................................................................................................... 22 5.11. rpcclient .................................................................................................... 22 5.12. tcpdump .................................................................................................... 23 6. SMB.CONF .............................................................................................................. 24 6.1. FORMATO ................................................................................................. 24 6.2. SEÇÕES ...................................................................................................... 25 6.3. ALTERAÇÕES EM TEMPO DE EXECUÇÃO ........................................ 25 6.4. PARÂMETROS .......................................................................................... 26 6.5. VARIÁVEIS DE SUBSTITUIÇÃO ........................................................... 26 7. NÍVEIS DE AUTENTICAÇÃO ............................................................................. 29 7.1. SHARE ....................................................................................................... 29 7.2. USER .......................................................................................................... 29 7.3. DOMAIN .................................................................................................... 29 7.4. SERVER ..................................................................................................... 30 8. DOMÍNIO ................................................................................................................ 31 8.1. LOCAL MASTER BROWSER .................................................................. 31 8.1.1. Eleições ........................................................................................ 31 8.1.2. Conceito ....................................................................................... 32 8.2. DOMAIN MASTER BROWSER .............................................................. 33 9. SERVIDOR PDC (PRIMARY DOMAIN CONTROLER) ................................. 34 9.1. SENHAS CRIPTOGRAFADAS ................................................................ 34 9.2. ADMINISTRAÇÃO DE USUÁRIOS ........................................................ 36 9.2.1. Adicionando e Removendo Usuários ........................................ 36 9.2.2. Desabilitando e Habilitando Contas ......................................... 36 9.2.3. Alterando Senhas ....................................................................... 36 9.2.4. Acesso Sem Senha ...................................................................... 37 9.3. PARÂMETROS DE SMB.CONF .............................................................. 37 9.4. CONTAS DE MAQUINA DE DOMÍNIO ................................................. 38 9.4.1. Manualmente .............................................................................. 38 9.4.2. Automaticamente ....................................................................... 39 9.5. CONTA DE ADMINISTRADOR DE DOMÍNIO ..................................... 39 9.6. SCRIPTS DE LOGON ............................................................................... 40 9.7. PERFIL DE USUÁRIO .............................................................................. 41 10. RELATÓRIO ......................................................................................................... 42 10.1. MOTIVAÇÃO .......................................................................................... 42 10.2. DEFINIÇÃO ............................................................................................. 43

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10.3. SISTEMA OPERACIONAL .................................................................... 44 10.4. CONFIGURAÇÃO DO SMB.CONF ....................................................... 45 10.5. PASTA NA UNIDADE MAPEADA ....................................................... 49 10.6. COMPARTILHAMENTO ESPECÍFICO PARA GROUPO ................... 50 11. CONECTANDO-SE AO DOMÍNIO ................................................................... 53 12. SWAT ..................................................................................................................... 57 13. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 60 13.1. CONSIDERAÇÃO AO SAMBA 3 .......................................................... 60 13.2. OPINIÃO .................................................................................................. 61 14. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 62 14.1. LIVROS .................................................................................................... 62 14.2. WEB PAGES ............................................................................................ 62

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1. INTRODUÇÃO

O Samba é um servidor e um conjunto de ferramentas que permite que

máquinas Linux e Windows se comuniquem entre si, compartilhando serviços através

do protocolo SMB (Server Message Block)/CIFS (Comom Internet File System),

equivalentes à implementação NetBEUI no Windows.

O Samba é uma das soluções em ambiente Unix capaz interligar redes

heterogêneas.

Com o Samba é possível construir domínios completos, fazer controle de

acesso no nível de usuário, compartilhamento, montar um servidor WINS, servidor de

domínio, impressão, entre outros.

É, atualmente, um servidor fundamental para a migração de pequenos grupos

de trabalho a grandes domínios com clientes mistos. Nenhum servidor de rede NetBEUI

conhecido proporciona tanta flexibilidade de acesso a clientes como o Samba para

compartilhamento de arquivos/impressão em rede.

As funções de segurança que foram adicionadas ao Samba garantem um

controle mais rigoroso que a própria implementação usada no Windows NT, incluindo o

serviço de diretórios, perfis móveis e uma coisa que, inclusive, apresenta problemas no

Windows: compatibilidade total entre as diferentes implementações de versões do

Windows.

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2. CONCEITOS GERAIS

2.1. NOME DE MÁQUINA

Nome de Máquina ou Nome NetBios é o que identifica uma máquina numa

rede, deve necessariamente ser único e possibilita que outras máquina possam acessar

os recursos disponibilizados ou mesmo mandar mensagens para uma máquina

específica.

É composto por 16 caracteres: 15 identificam a máquina e 1 identifica o tipo

de serviço que ela disponibiliza.

2.2. GRUPO DE TRABALHO

Caracteriza um grupo específico de usuários. Podemos ter num ambiente de

rede nenhum, um ou mais grupos de trabalho que terão acessos exclusivos aos recursos

a eles disponibilizados na rede e que são independentes de outros grupos de trabalho.

2.3. DOMÍNIO DA REDE

Semelhante ao conceito de Grupo de Trabalho, diferencia-se apenas pelo

controle que é centralizado numa máquina PDC onde atuam diretivas de acesso e

grupos.

O PDC contém as contas de acesso que serão utilizados pelo usuário para

acessar os recursos existentes em outras máquinas, scripts de logon, sincronismo,

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manutenção entre outras tarefas que podem ser definidas pelo administrador nesta

máquina centralizadora de todos os serviços que o domínio oferece.

2.4. COMPARTILHAMENTO

É um recurso, de uma máquina da rede, que está sendo disponibilizado para

acesso via rede e que poderá ser mapeado por outra máquina. O compartilhamento pode

ser feito para pastas, arquivos e/ou impressora.

Para se restringir e segurar os compartilhamentos que serão feitos existem

diversas políticas que podem ser adotas: acesso protegido por senha, controle de acesso

de leitura/gravação, monitoração de acessos, diretórios ocultos, autenticação via PDC

(domínio), entre outras.

2.5. MAPEAMENTO

Para que se possa mapear algum recurso da rede se faz necessário,

primeiramente, que o recurso desejado esteja sendo compartilhado por qualquer outra

máquina da rede. Uma vez que isso esteja aconteçendo, mapear significa 'pegar' este

recurso compartilhado por alguma máquina da rede para ser acessada pela máquina

local.

Os programas responsáveis por isso no Samba são: smbmount e smbclient.

2.6. BROWSEABLE

A função de navegação na rede é feita utilizando compartilhamento IPC$. O

acesso é público para leitura e utiliza o usuário "guest" para disponibilização de

arquivos ou diretórios. Poderá não funcionar caso a máquina não consiga resolver

nomes NetBIOS para endereços IP.

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O nmbd fica ativo o tempo todo, disponibilizando os recursos da máquina na

rede, participando de eleições NetBIOS, fazendo logon das máquinas no domínio, etc.

2.7. WORKGROUPS E NT DOMAINS

Workgroups ou Grupos de Trabalho foram desenvolvidos para separa os

usuários em grupos lógicos. Dessa forma, o administrador de rede não precisaria

gerenciar o acesso de usuário de modo individual. O sistema de Domínio do Windows

NT provê uma forma de controlar a autenticação de usuários e é neste sentido que os

novos desenvolvimentos do Samba estão seguindo para implementar as mesmas

funcionalidades do Domínio NT.

2.8. BROWSING

Também conhecido como Ambiente de Rede ou Network Neighborhood, o

sistema de browsing (navegação ou visualização do ambiente de rede) é utilizado para

manter uma lista de serviços e recursos disponibilizados pelo Samba, conhecido como

Browse List ou Network Neighborhooh. O daemon nmbd controla o gerenciamento da

lista de recursos compartilhados.

2.9. CIFS

CIFS é a contração de Common Internet File System, e é o nome atual do

protocolo SMB. Em 1997 a Microsoft submeteu as especificações do CIFS ao IETF

(The Internet Engineering Task Force - http://www.ietf.org/) na esperança de que o

protocolo de compartilhamento SMB pudesse tornar-se um padrão na Internet.

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3. PROTOCOLOS ENVOLVIDOS

3.1. NetBIOS

NetBIOS é o acrônimo de Network Basic Input Output System). Ele foi

desenvolvido inicialmente para uma rede local (LAN) e um número máximo de nós.

Essa interface, ao ser carregada na memória do ambiente DOS, permitia que aplicações

conversassem com o hardware da rede.

3.2. NetBEUI

O NetBIOS Extended User Interface (NetBEUI) foi criado para que as

mensagens NetBIOS pudessem ser enviadas por uma rede Token Ring ou Ethernet.

Assim como o NetBIOS, NetNEUI foi projetado para um ambiente de rede local e não

incluía nenhuma informação para roteamento. NetBEUI ainda é utilizado para

compartilhamento de arquivo em redes locais, mas o Samba não usa NetBEUI.

3.3. NBT

NetBIOS over TCP/IP nasceu com a publicação da RFC1001 e RFC1002 em

1987, quando foi descrito um mecanismo para emular redes locais NetBIOS sobre redes

TCP/IP roteado, o que tornou o Samba possível de ser construído.

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3.4. NBNS

Em uma rede local, um computador pode enviar uma mensagem de

broadcast para encontrar o endereço de outro computador. Mas essa forma de se

anunciar na rede não funciona onde um roteador estiver envolvido, porque os

computadores mais distantes e do outro lado do roteador não poderão escutar as

mensagens de broadcast. Para isso que as RFC1001 e RFC 1002 surgirão, para tratar do

problema de roteamento com o que ficou conhecido por NetBIOS Name Service

(NBNS). O NBNS atua como uma lista ordenada de endereços. Os clientes NetBIOS

enviam seus nomes e endereços para encontrarem outros endereços, estão será feita uma

busca pelo nome na lista do NBNS. No Samba, tanto o broadcast quanto a resolução de

nomes NBNS são controlados pelo daemon nmbd.

A Microsoft deu o nome de WINS (Windows Internet Name Server) a esta

implementação NBNS e portanto, o NBNS é mais conhecido como Resolução WINS.

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4. PROTOCOLO SMB

Este capítulo é uma tradução parcial do artigo disponibilizado por Richard

Sharpe em Outubro de 2002 no seguinte endereço:

http://samba.anu.edu.au/cifs/docs/what-is-smb.html, acessado em Outubro de 2004.

SMB, que significa Server Message Block, é um protocolo para

compartilhamento de arquivos, impressoras, portas seriais, e communication

abstractions como os named pipes e mail slots entre computadores.

SMB é um protocolo cliente-servidor do tipo request-response (pedido-

resposta). O diagrama (Figura 1) ilustra a forma que o SMB trabalha.

Figura 1 – A forma que o SMB trabalha.

A única exceção para o request-response natural do SMB (que é, quando o

cliente faz uma requisição e o servidor envia de volta uma resposta) é quando o cliente

requisita OPPORTUNISTIC LOCKS (OPLOCKS - comando para bloquear um arquivo

evitando que dois computadores modifiquem o mesmo arquivo ao mesmo tempo

gerando inconsistências) e o servidor subsequentemente tenha parado (BREAK) uma

OPLOCK já concedida porque outro cliente requisitou um arquivo aberto com um modo

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que é incompatível com o OPLOCK concedido. Neste caso, o servidor manda uma

mensagem não solicitada para o cliente sinalizando o OPLOCK BREAK.

O servidor faz com que os arquivos de sistema e outros recursos

(impressoras, MAILSLOTS, NAMED PIPES, APIs) estejam disponível para os cliente

da rede. Os computadores cliente devem ter seu próprio disco rígido, mas eles podem

também querer acessar os arquivos de sistema e impressoras do servidor.

Os clientes conectam ao servidor usando TCP/IP (atualmente NetBIOS sobre

TCP/IP conforme especificações em RFC1001 e RFC1002), NetBEUI ou IPX/SPX.

Uma vez que se tenha estabelecido uma conexão, clientes podem então mandar

comandos (SMBs) para o servidor que permite a eles acessar os compartilhamentos,

abrir arquivos, lê e escrever arquivos, e geralmente fazer ALL THE SORT de coisas que

você queira com um arquivo de sistema. No entanto, no caso do SMB, essas coisas são

feitas sob a rede.

Conforme mensionado, SMB pode rodar sobre muitos protocolos. A

seguinte figura (Figura 2) mostra isso.

Figura 2 – Camadas OSI e TCP/IP X SMB.

O SMB pode ser usado sobre TCP/IP, NetBEUI e IPX/SPX. Se TCP/IP ou

NetBEUI estão em uso, a API do NetBIOS é então usada.

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SMB foi também implementado sobre o protocolo DECnet. A Digital (agora

Compaq) fez isso para os seus produtos PATHWORKS.

NetBIOS sobre TCP/IP é conhecido por vários nomes. A Microsoft refere-se

a ele como NBT em alguns lugares e em outros como NetBT (especificamente nas

documentações e registros do Windows NT). Outros preferem RFCNB. Já o NetBEUI é

algumas vezes referenciado como NBF (NetBIOS Frame Format) pela Microsoft.

4.1. NetBIOS NAMES

Se SMB é usado sobre TCP/IP, DECnet ou NetBIOS, então nomes NetBIOS

devem ser usados inúmeras vezes. Nomes NetBIOS tem até 15 caracteres, e são

usualmente o nome de computadores que estão rodando NetBIOS. A Microsoft, e

algumas outras implementações, insistem que nomes NetBIOS são, em muitos casos,

especialmente quando apresentado para servidores, como o CALLED NAME.

Quando o nome NetBIOS é enviado pelo cabo, eles são preenchidos com

espaços até o 15º caracteres e um 16º caracter é adicionado que especifica o tipo do

nome NetBIOS. A Microsoft chama este 16º caracter de NetBIOS Suffixes.

Há duas classes de nomes NetBIOS, nomes únicos e nomes globais. No

entanto, a Microsoft definiu também três outras classes totalizando cinco: Internet

Group, Domain e Multihomed.

4.2. VARIANTES DO PROTOCOLO SMB

SMB Protocol

Variant Protocol Name Comments

PC NETWORK

PROGRAM 1.0 Core Protocol The original version of SMB as defined in IBM's PC

Network Program. Some versions were called

PCLAN1.0

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MICROSOFT

NETWORKS 1.03 Core Plus Protocol Included Lock&Read and Write&Unlock SMBs with

different versions of raw read and raw write SMBs

MICROSOFT

NETWORKS 3.0 DOS LAN Manager 1.0 The same as LANMAN1.0, but OS/2 errors must be

translated to DOS errors.

LANMAN1.0 LAN Manager 1.0 The full LANMAN1.0 protocol.

DOS LM1.2X002 LAN Manager 2.0 The same as LM1.2X002, but errors must be translated

to DOS errors.

LM1.2X002 LAN Manager 2.0 The full LANMAN2.0 protocol.

DOS

LANMAN2.1 LAN Manager 2.1 The same as LANMAN2.1, but errors must be

translated to DOS errors.

LANMAN2.1 LAN Manager 2.1 The full LANMAN2.1 protocol.

Windows for

Workgroups 3.1a LAN Manager 2.1? Windows for Workgroups 1.0?

NT LM 0.12 NT LAN Manager 1.0? Contains special SMBs for NT

Samba NT LAN Manager 1.0? Samba's version of NT LM 0.12?

CIFS 1.0 NT LAN Manager 1.0 Really NT LM 0.12 plus a bit?

4.3. SEGURANÇA

O modelo do SMB define dois níveis de segurança:

• Share – a proteção é aplicada no nível de compartilhamento no

servidor. Cada compartilhamento pode ter uma senha, e um cliente precisa

somente da senha para acessar todos os arquivos daquele compartilhamento.

Este foi o primeiro modelo de segurança que o SMB teve e é o único modelo de

segurança disponível nos protocolos Core e CorePlus. O aplicativo vserver.exe

dos Windows for Workgroups implementa o compartilhamento como nível de

segurança por padrão, assim como o Windows 95.

• User – a proteção é aplicada para arquivos individuais em cada

compartilhamento e é baseada nos seus direitos de acesso. Cada usuário (cliente)

deve logar no servidor e ser autenticado pelo mesmo. Quando ele é autenticado,

o cliente ganha uma UID que ele deve apresentar em todos os subseqüentes

acessos no servidor. Este modelo está disponível desde a LAN Manager 1.0.

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4.4. BROWSING THE NETWORK

Existem vários servidores OUT IN THE INTERNET não é muito bom se os

usuários não podem achá-los. É claro que, clientes podem simplesmente ser

configurados para sobre os servidores e seu meio, mas isso não ajuda quando novos

servidores são introduzidos ou velhos servidores são removidos.

Para resolver este problema, BROWSING foi introduzido. Cada servidor

envia informações broadcast sobre suas presença. Os clientes ouvem estas informações

e montam as listas browse.

No meio NetBEUI, isto é satisfatório, mas no meio TCP/IP, surgem

problemas. Estes problemas existem porque o broadcast do TCP/IP não costuma ser

enviado para fora da subrede da qual ele originou (embora alguns roteadores possam

seletivamente transportar broadcast para outras subredes).

A Microsoft apareceu com BROWSE SERVERS e o Windows Internet

Name Service (WINS) para ajudar a contornar estes problemas.

4.5. CIFS?

A Microsoft e um grupo de outras empresas (Digital Equipament, Data

General, SCO, Network Appliance Corp, etc) estão comprometidos com o

desenvolvimento de uma versão pública do protocolo SMB. Ele é esperado como CIFS

1.0 e será essencialmente o NT LM 0.12 com algumas modificações para um uso mais

fácil na Internet.

4.6. EXEMPLO DE COMUNICAÇÃO SMB

Os elementos do protocolo request-response que o cliente e o servidor

trocam são chamados de SMBs. Eles têm um formato específico que é muito similar

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entra o pedido e a resposta. Cada um consiste de um cabeçalho de tamanho fixo,

seguido por uma VARIABLE SIZED PARAMETER e uma parte de dados.

Depois de conectar no nível do NetBIOS, também via NBF, NetBT e outros

citados, o cliente está pronto para requisitar serviços do servidor. No entanto, o cliente e

o servidor devem primeiro identificar qual variante do protocolo cada um deles entende.

O cliente envia um negprot SMB para o servidor, listando os dialetos de

protocolo que ele entende. O servidor responde com o índice do dialeto que ele quer

usar, ou 0xFFFF se nenhum dos dialetos do cliente é suportado pelo servidor (Figura 3).

Figura 3 – Comunicação negprot SMB.

Dialetos mais recentes que os protocolos Core e CorePlus fornecem

informações na resposta do negprot para indicar suas capacidades (tamanha maior de

buffer, nome de arquivos canônicos, etc).

Uma vez que o protocolo de comunicação foi definido, o cliente pode fazer o

logon no servidor, se requerido. Eles fazem isso com um sesssetupX SMB (Figura 4). A

resposta diz se o cliente forneceu ou não o par de username e password validos e se,

então, pode oferecer informações adicionais. Um dos mais importantes aspectos da

resposta é o UID do usuário logado. Este UID deve ser submetido com todas as

subseqüentes conexões via SMBs no servidor.

Figura 4 – Logon sesssetupX SMB.

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Uma vez que o cliente tenha se conectado (e em velhos protocolos – Core e

CorePlus – não pode logar), este cliente pode executar a conexão com a (TREE) árvore.

O cliente envia um tcon ou tconX SMB especificando o nome da rede do

compartilhamento que quer se conectar, e se todos estão KOSHER, o servidor responde

com um TID que o cliente usa em futuras SMBs relacionada com aquele

compartilhamento. Veja Figura 5.

Conectado na arvore, o cliente pode agora abrir um arquivo com um open

SMBs, seguido da leitura com read SMBs, escrita com write SMBs, e fechamento com

close SMBs.

Figura 5 – Conexão tconX SMB.

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5. DAEMONS E COMANDOS DO SAMBA

5.1. smbd

O smbd é o programa que fornece todos os serviços de compartilhamento de

arquivos e impressão do Samba para clientes em ambiente Windows, utilizando TCP/IP

e gerando um daemon (processo) para cada cliente conectado (sessão). O servidor, por

meio de seu arquivo de configuração (smb.conf), fornece espaço em disco para

armazenamento de arquivos e serviços de impressão para seus clientes utilizando o

protocolo SMB. É, portanto, controlado a partir do arquivo de configuração padrão –

smb.conf, e pode ser ativado ou modificado por opções em linha de comandos. O

Samba pode ser executado como um processo residente ou iniciado por meio do inetd

durante o boot do sistema. É recomendado que o Samba seja iniciado como um

processo residente para melhor desempenho do servidor.

O arquivo de configuração smb.conf é automaticamente recarregado a cada

minuto, caso o arquivo de configuração seja alterado, a maioria das opções serão

efetivadas imediatamente. É possível forçar o Samba a recarregar imediatamente o

arquivo de configuração enviando um SIGHUP para o daemon smbd, sem, entretanto

afetar qualquer cliente que já esteja conectado ao servidor. Para abandonar a

configuração anterior, o cliente precisará desconectar e conectar novamente, ou o

servidor terá de ser reiniciado, forçando assim que todos os clientes estabeleçam uma

nova conexão.

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5.2. nmbd

O programa nmbd é um daemon para serviços de nomes NetBIOS, browsing

e registro do Samba. Efetua replicações para publicar NetBIOS sobre TCP/IP (NBT)

requisições de serviço de nome dos clientes SMB e opcionalmente para requisições

WINS. Ambos são versões para procura de nome para endereço requerido por clientes

SMB. A versão broadcast utiliza somente broadcast UDP/IP na sub-rede local, enquanto

WINS utiliza TCP/IP, que pode ser roteado. Se estiver rodando com um servidor WINS,

nmbd manterá um nome corrente wins.dat no diretório do samba <samba

home>/var/locks.

Um programa nmbd ativo também pode responder a requisições do

protocolo de browsing utilizado pela opção ambiente de rede do Windows (Windows

Network Neighborhood). Browing é uma combinação de protocolos de publicação,

serviço de anuncio/propagação e diretório ativo. Esse protocolo fornece um diretório

dinâmico dos servidores e os discos e impressoras que os servidores estão

disponibilizando. Assim como o WINS, na sub-rede local. Agora, com o conceito de

local master browser, é feito por conexões TCP/IP ao servidor. Se nmbd estiver atuando

como um local master browser, armazenará o browsing database em um arquivo

browse.dat no diretório <samba home>/var/locks.

5.3. smbsh

O programa smbsh permite utilizar um recurso compartilhado (serviço) de

uma máquina Windows remota a partir do próprio servidor Samba como se fosse um

diretório local na máquina Unix/Linux. Fornece uma árvore de diretório extra

geralmente no diretório /smb. Os servidores e os subdiretórios destes ‘servidores’ serão

seus recursos (disco, por exemplo) e impressoras individualmente compartilhados. Os

comandos executados pelo smbsh tratam o sistema de arquivos como se este fosse um

recurso local para Unix/Linux. Isso significa que não há necessidade de montar os

sistemas de arquivos Windows da mesma forma que se montaria sistemas de arquivos

NFS. Entretanto, é preciso configurar o Samba com a opção –winth-smbwrapper para

habilitar a geração e o uso do programa smbsh.

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5.4. smbclient

O smbclient é um programa cliente SMB/CIFS para Unix e pode ser

utilizado para realizar quase todos os trabalhos oferecidos pelo Samba. A intenção

inicial era apenas utilizá-lo como uma ferramenta de testes, mas acabou tornando-se um

programa completo para ser acessado via linha de comando por clientes Unix, de forma

interativa muito semelhante ao acesso FTP. Algumas de suas opções são ainda

utilizadas apenas para testes e aperfeiçoamentos, e é uma ferramenta simples para

certificar-se de que o Samba está sendo executado no servidor. É interessante encarar o

smbclient como um conjunto de programas que:

a) interage com programas de transferência de arquivos semelhante ao

FTP;

b) interage com programas de impressão;

c) interage com o programa tar;

d) interage com o programa de mensagem (winpopup) em linha de

comando;

e) interage com o programa tar em linha de comandos (smbtar);

f) lista os serviços ou recursos disponíveis no servidor;

g) interage com programa de depuração em linha de comando;

h) disponibiliza opções gerais por meio de linhas de comandos;

Ao executar o comando smbclient //<nome do servidor>/<recurso

compartilhado>, será fornecido um prompt para que seja digitado o nome do usuário e

senha. Caso o acesso seja aceito e bem-sucedido, será realizada uma conexão ao recurso

compartilhado e novamente será fornecido um prompt muito semelhante ao de um

acesso por FTP. A partir daí é possível então, utilizar diversos comandos, também

semelhantes aos comando de uma acesso por FTP.

5.5. smbstatus

O programa smbstatus lista as conexões atuais ao servidor Samba. Há três

seções distintas: a primeira seção lista os diversos compartilhamentos que estão em uso

por determinados usuários. A segunda seção lista os arquivos bloqueados que o Samba

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mantém atualmente em seus recursos compartilhados. E a terceira seção lista a

quantidade de memória utilizada por cada um dos recursos compartilhados.

5.6. smbtar

O programa smbtar é um shell script que com o smbclient fornece opções

mais compreensíveis no momento de realizar operações com o tar. Do ponto de vista

funcional é equivalente ao programa tar do Unix.

5.7. nmblookup

O nmblookup é um programa cliente que se utiliza do servidor de nomes

NetBIOS sobre UDP/IP para resolver nomes de máquinas NBT para endereços IP. O

comando funciona por broadcasting na sub-rede local até que uma máquina com o nome

solicitado responda.

É útil para procurar tanto nomes NetBIOS normais quanto os diferentes

master browsers que os serviços de nomes do Windows utilizam para fornecer serviços

de diretórios.

5.8. smbpasswd

O programa smbpasswd possui dois conjuntos distintos de funções. Quando

executado pelos usuários, mudará suas senhas criptografadas. Quando executado pelo

root, atualizará o arquivo de senhas criptografadas. Quando executado por usuário

simples sem opção alguma, conectará ao computador de domínio primário e mudará sua

senha do Windows.

O programa falhará se o smbd não estiver em execução, se as opções de

configuração hosts allow ou hosts deny não permitirem conexões do host local

(localhost= 127.0.0.1), ou a opção encrypted passwords-= no estiver definida.

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5.9. testparm

O programa testparm verifica a existência de erros óbvios e de consistência

no arquivo de configuração do Samba smb.conf.

Se o arquivo de configuração não for especificado, o arquivo padrão em

<samba home>/lib/smb.conf será verificado. Se for especificado um hostname e um

endereço IP, uma verificação extra será feita para ceritificar-se de que a máquina

especificada tem permisão para conectar-se no Samba. Se um hostname for

especificado, um endereço IP também deverá estar presente.

5.10. testprns

O programa testprns verifica o nome de uma impressora especificada frente

às características do arquivo de impressão do sistema (printcap).

Se numa execução de linha de comando não for especificado o nome da

impressora que deseja-se testar, o Samba tentará usar algum localizado no arquivo

smb.conf. Se neste não houver alguma espeficicação, o Samba tentará o arquivo

/etc/printcap. Se falhar o programa mostrará uma mensagem de erro.

5.11. rcpclient

Este é um novo cliente que utiliza as interfaces RCP (remote procedure call)

de um servidor SMB. Assim como o smbclient, rcpclient foi implementado inicialmente

como um programa de testes para os desenvolvedores do Samba para auxiliar o

desenvolvimento do suporte a PDC. Esse programa oferece formas interessantes de se

obter um conjunto de informações de máquinas Windows NT, mas deve ficar claro que

é apenas uma ferramenta de testes e pode não fornecer todas as informações esperadas.

As opções de linha de comando são as mesmas do smbclient da versão 2.0 do Samba.

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23

5.12. tcpdump

O utilitário é uma ferramenta administrativa do sistema que gera uma saída

de todos os cabeçalhos de pacotes que puderem ser observados na interface de rede e

que esteja compatível com determinada expressão. A versão incluída na distribuição do

Samba está aprimorada para entender o protocolo SMB. A expressão é uma expressão

lógica com ‘and’, ‘or’ e ‘not’. Por exemplo, um host pode selecionar todos os pacotes

que estão saindo ou chegando de ou para este host. A expressão normalmente é uma

combinação de> nome de host, rede, número de porta de serviço, nome da origem e

nome do destino.

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24

6. SMB.CONF

Ele é o arquivo de configuração do Samba e contém, portanto, as

informações que serão utilizadas pelo conjunto de programas do Samba. O arquivo

smb.conf, que por default se encontra em /etc/SAMBA/smb.conf, armazena toda a

configuração relacionada com nomes, grupo de trabalho, tipo de servidor, log,

compartilhamento de arquivos e impressão, entre outras.

6.1. FORMATO

O arquivo é formado por seções e parâmetros (opções). Uma seção começa

com o nome da seção entre colchetes e abrange todo o bloco até o início da próxima

seção. AS seções contêm parâmetros no formato ‘opção= valor’. O arquivo é um

arquivo texto (ASCII) e é regido por suas linhas, isto é, cada linha representará um

comentário, uma seção ou um parâmetro. Façamos algumas considerações:

a) Nomes de seção e parâmetro podem ser maiúsculos ou

minúsculos;

b) Somente o primeiro sinal de igual no parâmetro é significativo e

espaços em branco antes ou depois do primeiro sinal de igual são descartados;

c) Qualquer linha q começar com um ponto-e-vírgula ou o caractere #

é ignorada, como se fossem linhas que contêm apenas espaços, portanto, são

úteis para comentários;

d) Uma linha finalizada por \ terá continuidade na linha seguinte;

e) Os valores após os sinais de igual são os parâmetros e podem ser

tanto uma string (não há necessidade de aspas) ou um valor booleano, que pode

ser fornecido como yes ou no, 1 ou 0 ou true e false;

f) Maiúsculo ou minúsculo não é significante para valores booleanos,

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25

mas é preservado em valores do tipo string;

g) Alguns itens como criação de arquivos ou diretório são numéricos.

6.2. SEÇÕES

O arquivo é ‘dividido’ em seções que são definidas por “[<nome da seção>

]” que tem por objetivo organizar os parâmetros de configuração. Dessa forma as

configurações só terão efeito em alguns compartilhamentos do servidor, exceto os da

seção [global] que não especificam compartilhamentos, mas suas diretivas podem ser

válidas para todos os compartilhamentos do arquivo de configuração.

Alguns nomes são reservador para configurações específicas do Samba. São

eles:

a) [global]: definem configurações que afetam o servidor Samba como

um todo, fazendo efeito em todos os compartilhamentos existentes na máquina;

b) [homes]: especifica opções de acesso a diretórios homes de usuários.

O diretório home é disponibilizado somente para seu dono após se autenticar no

sistema;

c) [printers]: define opções gerais para controle das impressoras do

sistema. Este compartilhamento mapeia os nomes de todas as impressoras encontradas

no /etc/printcap;

d) [profile]: define um perfil quando o servidor Samba é utilizado como

PDC de domínio;

Qualquer outra seção que seja criada, que não seja as acima citadas, são

tratadas como compartilhamento.

6.3. ALTERAÇÕES EM TEMPO DE EXECUÇÃO

O arquivo smb.conf pode ser alterado a qualquer tempo mesmo se os daemos

smbd e nmbd já estiverem execução. O Samba verefica o arquivo de configuração a

cada sessenta (60) segundos para realizar as alterações caso seja necessário. Também é

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26

possível forcá-lo a recarregar as alterações enviando um sinal de SIGHUP para os

processos smbd e nmbd ou até mesmo reinicializando os daemos.

6.4. PARÂMETROS

Os parâmetros são definidos como: <nome>= <valor>. Os valores válidos

para <valor> são: 0 ou 1; yes ou no; true ou false. Logo, master browser= 0, master

browser= no ou master browser= false, significam a mesma coisa, “não ser o navegador

principal de domínio” e, fica a gosto do administrador o padrão a ser seguido para fazer

as configurações.

As linhas que são iniciadas por # ou por ; são tratadas como comentário e

quebras de linhas podem ser especificadas com uma \ no final da linha que deseja-se

‘quebrar’.

6.5. VARIÁVEIS DE SUBSTITUIÇÃO

Existem variáveis especiais que podem ser usadas no arquivo de

configuração do samba e são substituídas por parâmetros especiais no momento da

conexão do usuário. Um exemplo de utilização de variáveis de substituição seria mudar

a localização do diretório home do usuário:

[homes]

comment = Diretório home do usuário

path = /home/usuarios/%u

Cada uma das variáveis são descritas em detalhes abaixo:

%S -> nome do serviço atual, se existir. Seu uso é interessante,

principalmente no uso de diretórios homes;

%P -> diretório raíz do serviço atual, se existir;

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27

%u -> nome de usuário do serviço atual, se aplicável. Esta variável é

bastante útil para programação de scripts e também para criar arquivos de log

personalizados, etc;

%g -> grupo primário do usuário %u;

%U -> nome de usuário da seção (o nome de usuário solicitado pelo cliente,

não é uma regra que ele será sempre o mesmo que ele recebeu);

%G -> nome do grupo primário de %U;

%H -> diretório home do usuário, de acordo com %u;

%v -> versão do Samba;

%h -> nome DNS da máquina que está executando o Samba;

%m -> nome NetBIOS da máquina do cliente. Isto é muito útil para log de

conexões personalizados e outras coisas úteis;

%L -> nome NetBIOS do servidor. Como o servidor pode usar mais de um

nome no samba (aliases), você poderá saber com qual nome o seu servidor está sendo

acessado e possivelmente torna-lo o nome primário de sua máquina;

%M -> nome DNS da máquina cliente;

%N -> nome do seu servidor de diretórios home NIS. Este parâmetro é

obtido de uma entrada no seu arquivo auto.map. Se não tiver compilado o SAMBA com

a opção --with-automount então este valor será o mesmo de %L;

%p -> caminho do diretório home do serviço, obtido de uma entrada

mapeada no arquivo auto.map do NIS. A entrada NIS do arquivo auto.map é dividida na

forma "%N:%p";

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%R -> nível de protocolo selecionado após a negociação. O valor retornado

pode ser CORE, COREPLUS, LANMAN1, LANMAN2 ou NT1;

%d -> identificação de processo do processo atual do servidor;

%a -> arquitetura da máquina remota. Somente algumas são reconhecidas e

a resposta pode não ser totalmente confiável. O samba atualmente reconhece Samba,

Windows for Workgroups, Windows 95, Windows NT e Windows 2000. Qualquer

outra coisa será mostrado como "UNKNOWN" (desconhecido);

%I -> endereço IP da máquina do cliente;

%T -> data e hora atual;

%$(var_ambiente) -> retorna o valor da variável de ambiente especificada.

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7. NÍVEIS DE AUTENTICAÇÃO

7.1. SHARE

Este nível de acesso é usado principalmente quando apenas a senha é

enviada por compartilhamento acessado para o servidor. Porém, como todos os

sistemas, a partir do Windows 95, enviam também o nome do usuário ao acessar um

compartilhamento (segunda checagem deste nível), que é equivalente ao uso do nível de

autenticação por usuário (user).

7.2. USER

O usuário precisa ter uma conta de usuário no Linux para acessar seus

compartilhamentos. A mesma conta de usuário/senha deverá ser usada no Window para

acessar seus recursos ao realizar um mapeamento de nomes de usuário.

7.3. DOMAIN

O acesso só será permitido quando a máquina for adicionada ao domínio

com o smb-passwd. A conta de usuário será validada em um servidor PDC (controlador

de domínio) e o acesso aos recursos das máquinas fazem parte do domínio será feito a

partir do PDC.

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7.4. SERVER

A máquina Samba tentará autenticar o usuário em outro servidor (NT ou

Samba). Útil quando configuramos um servidor de perfis de usuário ou logon separado

do PDC.

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31

8. DOMÍNIO

Um domínio de rede consiste em uma máquina central chamada de PDC que

mantém o controle de todas as contas de usuários/grupos e permissões para acesso à

rede NetBEUI. O acesso desta forma é centralizado, com a vantagem de que você pode

usar o nível de acesso por usuário nas máquinas, definindo quais usuários ou grupos

terão acesso a leitura/gravação.

Pode-se usar perfil móvel, copiando todas as personalizações do seu desktop

para qualquer máquina na rede em que você faça logon. Para o administrador, ele

poderá definir políticas com o Poledit (e outros), que serão salvas junto com o perfil do

usuário, valendo para qualquer máquina em que ele se autentique na rede.

8.1. LOCAL MASTER BROWSER

8.1.1. Eleições

Quando uma nova máquina entra na rede NetBIOS ela solicita quem é o

Local Master Browser. Caso nenhuma responda, ela força uma eleição na rede através

de uma requisição Broadcasting especial. Vence a eleição quem tiver o maior número

chamado OS Level (Nível de Sistema Operacional).

De meia em meia hora uma nova eleição é feita, forçando mais tráfego

broadcasting na rede. Durante este novo processo de eleição, a lista de computadores é

atualizada. As novas máquinas são adicionadas e as desligadas saem da lista após trinta

e seis minutos.

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32

O OS Level é um número que é característico de cada Sistema Operacional,

ficando entre 0 e 255. Os nível de acessos dos Sistemas Operacionais são os seguintes:

Sistema Operacional Default OS Level

Windows for Workgroups 1

Windows 95 1

Windows 98 2

Windows 98 SE 2

Windows 2000 Server (stand alone) 16

Windows 2000 Professional 16

Windows NT 4.0 Wks 17

Windows NT 3.51 Wks 16

Windows NT 3.51 Server 32

Windows NT 4.0 Server 33

Windows 2000 Server (Domain Controler) 32

Samba 32

O valor padrão do OS Level do Samba é 32. Entretanto ele é bastante

flexível permitindo que ele seja configurável no parâmetro OS Level do arquivo

smb.conf. Com isso podemos fazer com que o Samba vença sempre as eleições da rede

sobre qualquer outro Sistema Operacional.

Em relação a servidores NT, eles pedem eleições de rede sempre que

‘perdem’ uma. Isso gera um tráfego broadcasting extremo e sugere-se não deixar um

servidor NT configurado para ser o Local Browser ou Domain Master Browser

competindo com o Samba.

8.1.2. Conceito

É a máquina que ganhou a eleição no segmento local da rede. Logo que é

declarada como Local Master Browser, ela (máquina) recebe via broadcasting a lista de

recursos compartilhados por cada máquina para montar a lista principal que será

retornada para as outras máquinas do grupo de trabalho ou outras sub-redes que

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33

solicitem os recursos compartilhados por aqueles grupos.

As eleições são feitas a cada trinta e seis minutos ou quando a máquina que é

a Local Master Browser é desligada.

8.2. DOMAIN MASTER BROWSER

Uma vez que o Local Master Browser é eleito no segmento de rede, uma

consulta é feita ao servidor WINS para saber quem é o Domain Master Browser da rede

para enviar a lista de compartilhamentos. A máquina escolhida como Local Master

Browser envia pacotes para a porta UDP 138 do Domain Master e este responde

pedindo a lista de todos os nomes de máquinas que o Local Master conhece e também o

registra como Local Master para aquele segmento de rede.

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9. CONFIGURANDO UM SERVIDOR PDC

9.1. SENHAS CRIPTOCRAFADAS

O uso de senhas criptografadas é necessário quando deseja-se configurar o

Samba para ser um servidor PDC ou um cliente de domínio. Em versões mais recentes

do Windows (OSR/2 e NT 4 Service Pack 3) o suporte a senhas criptografadas vem

habilitado como padrão para login e utilização de serviços da rede.

Quando usamos senhas criptografadas, elas são armazenadas no arquivo

/etc/SAMBA/smbpasswd em vez do /etc/passwd, o que permite que possamos controlar

as permissões de usuários separadamente das do sistema e diferenciar os logins do

domínio dos logins do sistema.

O utilitário smbpasswd é o programa utilizado para gerenciar este arquivo e

senhas e também o status de contas de usuários/máquinas do domínio. Para ativar o uso

de senhas criptografadas no Samba siga as seguintes instruções:

a) No arquivo smb.conf altere as seguintes linhas na seção global:

[global]

encrypt passwords= true;

smb passwd file= /etc/SAMBA/smbpasswd

A linha encrypt passwords= true habilita a criptografia para as senhas e, smb

passwd file= /etc/SAMBA/smbpasswd indica o arquivo que conterá as senhas

criptografadas.

b) Execute o comando:

ksmbpasswd </etc/passwd>/etc/SAMBA/smbpasswd

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Ele pega toda a base de dados de usuários do /etc/smbpass e gera uma

arquivo /etc/SAMBA/smbpasswd com todas as contas destes usuários. As contas serão

desativadas (por segurança) quando este novo arquivo é criado. Ele terá o seguinte

formato:

vinicius:1002:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:[U ]:LCT-00000000:Vinícius

Mayer,,,fabrício:1040:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:[U ]:LCT-00000000:Fabrício

Fries,,,giovani:1013:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX:[U]:LCT-

00000000:Giovani,,,

Os campos são separado por “:” e cada campo indica:

1º- nome de usuário;

2º- UID do usuário no sistema Unix cuja conta será mapeada;

3º- senha Lan Manager codificada em hex 32 utilizando criptografia DES

(utilizada pelo Win9x/ME);

4º- senha hash criada no formato do NT codificada em hex 32. Ela é

criada pegando a senha do usuário, convertendo-a para maiúsculas, adicionados 5 bytes

de caracteres nulos e aplicando-se o algoritmo md4;

5º- opções da conta criada no smbpasswd:

i) U – usuário normal;

ii) D – conta desativada com a opção –d;

iii) W – conta de máquina criada com a opção –m;

iv) N – não possui senha;

Os caracteres “XXX” no campo da senha indicam que a conta foi recém-

criada e, portanto, está desativada. Para ativar:

smbpasswd –U <usuário desejado>

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36

9.2. ADMINISTRAÇÃO DE USUÁRIOS

9.2.1. Adicionando e Removendo Usuários

Primeiramente é necessário adicionar o usuário no sistema com o adduser e

na seqüência, adiciona-lo no Samba com o smbpasswd:

1º- useradd –g <nome do grupo-domínio> -c “<comentário>” –s

/bin/false –d /dev/null vinicius

O comando adicionará o usuário “vinicius” no grupo cujo nome foi dado,

não define nem uma shell, diretório home nem senha para este usuário. Assim, o

sistema ficará mais seguro o que não interferirá no funcionamento do Samba, pois

somente é necessário este usuário para fazer o mapeamento dos UID/GID de usuário

com as permissões do sistema Unix.

2º- smbpasswd –a vinicius

Cria o usuário “vinicius” no Samba. Será solicitada a senha.

Utilize o comando smbpasswd –x vinicius para remover “vinicius” do

arquivo smbpasswd e userdel vinicius para remover “vinicius” de /etc/passwd.

9.2.2. Desabilitando e Habilitando Contas

Caso surja a situação em que se faça necessário desativar temporariamente

uma conta de usuário, utilize o comando smbpasswd –d vinicius e, ao querer habilita-lo

novamente, smbpasswd –e vinicius.

9.2.3. Alterando Senhas de Usuários

O utilitário smbpasswd pode ser usado tanto para alterar a senha de usuários

locais do Samba como de uma conta em um servidor remoto, seja ele Samba, NT ou

Win2k. Para usuário local:

smbpasswd –U vinicius

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37

Para root pede-se apenas a nova senha e sua confirmação. Para usuários

‘normais’, a senha antiga, a nova e a confirmação da nova senha.

Em servidores remotos smbpasswd –r <servidor> -U <usuário>, notando

que apenas foi adicionada a opção “-r <servidor>”. Sempre será solicitada a senha

antiga, a nova e a confirmação para a nova senha, inclusive para root.

9.2.4. Acesso sem Senha

Para que um usuário para fazer acesso sem senha a um servidor Samba, será

necessário que a opção null passwords da seção [global] no arquivo smb.conf esteja

ajustada para “yes”, que não é o padrão. Assim sendo, execute smbpasswd –u vinicius.

9.3. PARÂMETROS EM SMB.CONF

;Dentro da Seção [global]

;Identificação da Máquina e Domínio

netbios name= <nome da máquina>

;nome que será usado pelas outras máquinas cliente quando forem

configurar o ;PDC

workgroup= <domínio>

;todas as máquina que pertencerem a este domínio terão o nível de acesso

;definido pelo PDC, lembrando que este parâmetro também é usado para especificar o

;nome do grupo de trabalho, quando a configuração ‘grupo de trabalho’

;Nível de Acesso e Função do Servidor

security= user

;necessário para controle de acesso por domínio, já que é utilizado o

controle ;de acesso local usando usuário e grupos locais

domain master= yes

;especifica que esta máquina está sendo configurada para ser o PDC da

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rede

prefered master= yes

;força vantagens para este servidor durante as eleições do PDC da rede

local master= yes

;definindo a máquina como controlar principal do grupo de trabalho local a

;que ela pertence

9.4. CONTAS DE MÁQUINAS DE DOMÍNIO

Uma conta de máquina de domínio garante que nenhum outro computador

possa usar o mesmo nome de uma máquina confiável e assim, utilizar os

compartilhamentos a que ela tem permissão. Os clientes Windows NT, Windows XP e

Windows 2000 precisam de uma conta de máquina para ter acesso ao domínio e seus

recursos. A criação de uma conta de maquina é bastante semelhante à criação de conta

de um usuário normal no domínio.

Quando a conta para a máquina é criada, ela entra e altera sua senha no

próximo logon, usando um ‘segredo’ entre ela e o PDC. Este segredo que identifica a

máquina como dona daquele nome NetBIOS, ou seja, até o primeiro logon no NT, outra

máquina com o mesmo nome NetBIOS poderá ser a dona doNetBIOS naquele domínio,

caso faça logon no domínio. A única forma de se evitar isto é logar imediatamente após

a criação da conta de maquina no domínio NT.

9.4.1. Conta de Máquina Manualmente

Para ser criar uma conta de máquina num domínio são necessários os

seguintes passos:

a) Criar uma conta de maquina no arquivo /etc/passwd com:

useradd –g <nome do grupo> -c <comentário> -s /bin/false –d

/dev/null <nome da máquina>$

O símbolo $ identifica a conta como sendo de uma máquina e não de usuário

do domíno.

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b) Criar conta de máquina no arquivo <samba home>/smbpasswd:

smbpasswd –m –a <nome da máquina>

Aqui não é necessário incluir o símbolo $ após o nome da máquina pois, o

smbpasswd identifica automaticamente, de acordo com o registro em /etc/passwdl, se a

conta é de máquina ou não.

É indicado que se desative a conta de máquina no /etc/passwd usando o

comando passwd –l <nome da conta> para que ela nunca possa ser usada para login, o

que deixa a configuração do servidor Samba um pouco mais restrita.

9.4.2. Conta de Máquina Automaticamente

Este método faz com que as máquinas clientes tenham suas contas criadas

automaticamente, assim que seja feita a entrada no domínio usando a conta do

administrador do domínio, no Samba.

Para que se faça a configuração automática, coloque a seguinte linha no

arquivo smb.conf na seção [global]:

add user script= useradd –g <nome do grupo> -c <comentário> -s

/bin/false –d /dev/null %m

Desta forma, a conta de máquina será automaticamente criada quando o

administrador fizer sua configuração no domínio.

9.5. CONTA DE ADMINISTRADOR DE DOMÍNIO

A conta de administrador de domínio é a conta que tem permissões para

realizar operações de manutenção e administração de máquinas que compõem o

domínio de rede. Com ela é possível adicionar e remover máquinas que compõem o

domínio, entre outras tarefas. Para especificar que contas de usuários do arquivo

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<samba home>/smbpasswd terão poderes administrativos, utilize a opção domain admin

group ou admin users na seção [global] do arquivo smb.conf.

O parâmetro admin user permite que todas as operações realizadas pelo

usuário sejam feitas com poderes de usuário root. Isto é necessário porque o arquivo

smbpasswd normalmente tem permissões de leitura/gravação somente para root.

O domain admin group permite que usuários específicos ou usuários do

grupo especificado sejam parte do grupo de administradores do domínio para adicionar

máquinas, etc.

9.6. SCRIPTS DE LOGON

Um recurso interessantíssimo do Samba é a possibilidade de execução de

comandos nas máquinas cliente quando fazem o logon no domínio. A programação de

scripts de logon é feita usando a linguagem em lote do DOS, com possibilidade de usar

variáveis de ambiente, copia de arquivos entre servidores, etc.

Para habilitar o recurso de scripts de logon na máquina cliente, os seguinte

parâmetros são necessários na seção [global] do arquivo smb.conf:

[global]

Domain logons= yes

Logon script= <nome do arquivo que contem a ‘programação’ a ser

executada no logon do cliente no servidor samba>

[netlogon]

Path= <diretório onde se encontram os scripts de logon>

Os scripts de logon podem ser escritos tanto em .bat quando em .cmd.

Porém, se for necessário uma programação que atenda a todas as versões do Windows

devemos fazê-la em arquivos .bat necessariamente, pois o .cmd não é suportado poelo

Win95 e inferiores a este tipo de execução.

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9.7. PREFIL DE USUÁRIO

Os profiles permitem que os cliente utilizem o mesmo perfil em qualquer

máquina que eles utilizem para efetuar a autenticação na rede. Após feita a autenticação

os arquivos que contém os dados de personalização dos usuários – user.dat, NTuser.dat

- são copiados para a máquina local. Durante este processo também são copiados os

papeis de parede, ícones da área de trabalho, cachê do IE, e demais configurações

pessoais permitidas.

Os perfis só funcionam quando o servidor de profiles estiver com a seguinte

configuração de parâmetros: security=user e encrypt passwords=yes ou security=server

e password server=<endereço_IP>.

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10. RELATÓRIO

10.1. MOTIVAÇÃO

Ao encararmos o desafio de administrar uma rede em uma organização

quaisquer, nos deparamos na maioria das vezes com computadores de várias ‘gerações’,

várias configurações e diferentes disponibilidades de recursos. Isso se deve ao fato de

que esta rede foi e continuará (talvez) sendo criada de forma gradual, passo a passo.

Disto nos surge vários computadores, com várias configurações e vários sistemas

operacionais como conseqüência.

O problema de integração entre, principalmente, versões diferentes do

Windows é um problema tão grande que basta dizermos que nem mesmo a Microsoft

dispõem de uma ferramenta capaz de fazer esta ‘integração’ de forma amigável, ou

podemos ariscar, de forma confiável, para imagina o tamanho do problema.

Então, surgiu das mãos de Andrew Tridgell – Australian National

University, em Canberra, Áustria – o Samba, que foi já ‘teoricamente apresentado’

anteriormente, que é um conjunto de programas que funciona de forma integrada para

possibilitar o acesso de clientes Windows a recursos remotos em um servidor

Unix/Linux, para armazenamento de arquivos e serviços de impressão por meio do

protocolo SMB, que também já foi apresentado anteriormente.

Ele foi programado para o ambiente Unix, mas já pode ser executado em

outras plataformas, como Netware, VMS e OS/2. É, portanto um servidor Windows

SMB (CIFS atualmente) para Unix ou Linux, ou seja, uma implementação do protocolo

CIFS (da Microsoft), mas de código aberto.

A maior vantagem de se instalar um Unix/Linux com Samba como servidor

de arquivos e impressão para clientes Windows é o custo: nenhum, ou muito baixo se

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comparado com implementação do mesmo porte com ferramentas pagas. Não menos

importantes, estão relacionadas também a administração em geral, centralização,

redução da complexidade do ambiente do trabalho em rede e a tão desejável integração

entre servidores Unix/Linux e clientes Windows ou até mesmo a migração gradativa de

servidores Windows NT para plataformas Unix/Linux.

Além de fornecer os serviços de compartilhamento de arquivos e

impressoras, os arquivos remotos podem ser acessados e manipulados como se

estivessem armazenados na máquina local. O Samba consiste de dois daemons, diversos

programas auxiliares e um arquivo de configuração (smb.conf). Os daemons são

acessados pelos clientes utilizando os protocolos TCP/UDP.

10.2. DEFINIÇÃO DO TRABALHO

O Samba é um pacote que fornece ao administrador da rede diversas formas

de implementação, de configuração e manutenção dos serviços que ele (o Samba)

dispõe para a rede. Ele é uma excelente ferramenta quando temos uma rede onde os

clientes são heterogêneos, ou seja, existem diferente versões de Windows operando

como cliente. É possível construir domínios completos, fazer controle de cesso no nível

de usuário, compartilhamento, contar um servidor WINS, servidor de domínio,

impressão, e demais serviços de rede que são de interesse ou necessidade da rede e/ou

da organização.

Nosso grupo discutiu, frente a todas as possibilidades de implementação do

Samba, qual seria a mais interessante, a mais indicada, uma vez que nossa intenção era

de que os teríamos usuários conectando (autenticando) ao servidor de computadores

diferentes, em pontos diferentes da rede. O que caracteriza este tipo de autenticação no

servidor Samba é a forma como este trabalha com o perfil de cada usuário autenticado,

chamado de Perfil Ambulante.

Quando configuramos um domínio com perfil ambulante, permitimos aos

clientes deste servidor Samba que conectem de qualquer ponto da rede – e de qualquer

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máquina - e tenham sempre carregadas, do servidor, as ‘características’ do seu ambiente

de trabalho.

10.3. SISTEMA OPERACIONAL

Para a realização deste trabalho utilizamos o Sistema Operacional Suse 9.0.

Instalamos todos os pacotes referentes a Rede/Servidor, todos os pacotes de Webserver

Simples e ainda o pacote inetd. Com a instalação destes pacotes pode-ser trabalhar

tranquilamente na implementação do Samba como Domínio de Rede.

Exceção para o caso dos pacotes do Samba que não foram instalados junto

com o Sistema Operacional pois é uma versão obsoleta, e optou-se por baixar da página

do Samba (www.samba.org) os pacotes da versão que tínhamos no inicio do segundo

semestre deste ano, a versão 3.0.8.1. Agora, no final deste mesmo semestre já está

disponível, também na página do Samba, a versão 3.0.9.1.

Encontramos e fizemos o download dos seguintes pacotes:

a) libsmbclient3-3.0.8-1.i586.rpm

b) libsmbclient3-devel-3.0.8-1.i586.rpm

c) samba3-3.0.8-1.i586.rpm

d) samba3-client-3.0.8-1.i586.rpm

e) samba3-doc-3.0.8-1.i586.rpm

f) samba3-pdb-3.0.8-1.i586.rpm

g) samba3-vscan-0.3.5-1.i586.rpm

h) samba3-winbind-3.0.8-1.i586.rpm

Deste, instalamos apenas os pacotes samba3-3.0.8-1.i586.rpm, samba3-

client-3.0.8-1.i586.rpm e samba3-doc-3.0.8-1.i586.rpm. Segue abaixo as instruções para

instalação destes pacotes.

Entre no diretório onde se encontram estes pacotes e digite:

rpm –ivh samba3-3.0.8-1.i586.rpm samba3-client-3.0.8-1.i586.rpm

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45

Em seguida instale a documentação do Samba que é de extrema importância

para identificação dos parâmetros disponíveis e necessários para configuração do

Domínio:

rpm –ivh samba3-doc-3.0.8-1.i586.rpm

O Samba será instalado na pasta /etc/samba e, dentro desta pasta encontram-

se arquivos como smb.conf, smbpasswd e smbusers, que são fundamentais para a

configuração do Samba.

10.4. CONFIGURAÇÃO DO SMB.CONF

Apresentamos, então, a configuração do nosso arquivo smb.conf e

comentários em cada linha que se segue.

[global] netbios name= SMB # Define o nome NetBIOS pelo qual o servidor vai ficar sendo conhecido na rede. workgroup= SAMBA # Define de que grupo de trabalho o servidor será membro e para o qual os serviços serão disponibilizados. Também é utilizado como nome de domínio ou servidor Samba quando a segurança é feita no domínio ou se o Samba estiver operando como Controlador de Domínio Primário (PDC). os level= 65 # Define a candidatura do servidor na eleição de um servidor de lista de recursos principal (master browser da rede). Utilizado com as opções domain master ou local master para determinar se o Samba se tornará um master browser na rede local. time server= yes # Determina se o servidor Samba vai ser ou não servidor de Horário. Este horário é fornecido aos clientes pelo serviço do nmbd. encrypt passwords = yes # Define se será utilizado ou não senhas criptografadas no estilo Windows NT, caso seja usado desta maneira é necessário a utilização do smbpasswd. passwd program= /usr/bin/passwd %U # Define o programa (comando) a ser utilizado para alterar senha de usuários. Será executado como root e provê suporte para a variável %u (usuário). O nome do usuário sempre é verificado antes da execução do programa para alteração de senha. passwd chat= *Old*Password* %o\n *New*Password* %n\n *Retype*Password* %n\n *Done* # Comando a ser utilizado para alterar senhas no servidor. Provê suporte para as variáveis %o (senha antiga) e %n (nova senha) e permite o uso dos caracteres de controle \r, \n, \t e \s na seqüência do comando.

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map to guest = never # Informa ao smbd o que fazer com as requisições de acesso dos usuários que não coincidirem com um usuário Unix válido utilizando três valores diferentes: #1. Never: requisições de acesso inválido são sempre rejeitadas (padrão); #2. Bad User: requisições de acesso inválido são sempre rejeitadas, a menos que o nome do usuário não exista. Caso contrário ele é tratado com um acesso de visitante (guest) e mapeado para o mesmo valor definido em guest account; #3. Bad Password: mesmo comportamento de Bad User, mas mapeia o valor definido em guest account quando a senha for inválida; # É útil somente em modos de segurança diferentes de share. username map= /etc/samba/smbusers # Especifica-se um arquivo que contém um mapeamento dos nomes dos clientes para o servidor. Define um arquivo no Unix para Windows que conterá pares de nomes. Utilizado para mapear diferentes ortografias de nomes de contas de usuários e os nomes de usuários do Windows que possuem mais de oito caracteres. Outro uso é mapear múltiplos usuários para um único nome de usuário, facilitando em alguns casos o compartilhamento de recursos. unix password sync= yes # Tenta mudar a senha do usuário Unix toda vez que muda a senha do usuário no Samba. Utilizado para facilitar o sincronismo entre a base de dados de senhas do Unix e da Microsoft. log level= 1 # Sinônimo de "debug level", ele define o nível de registro de log e os níveis de acesso utilizados. Os níveis acima de 3 acarretam em perda de performace. log file= /var/log/samba/%m.log # Define o nome e a localização dos arquivos de log e permite o uso de todas as "variáveis" %. max log size= 5000 # Define o tamanho máximo (Kbytes) do arquivo de registro de log. Após este tamanho ele renomeia o arquivo de log com a extensão .old substituindo qualquer arquivo com o mesmo nome e cria um novo arquivo de log. logon home= \\smb\%U\Arquivos # Caminho da pasta de Arquivos do usuário Samba. Os arquivos que forem gravados na unidade que é mapeada para o usuário (L:) são salvos dentro da pasta definida neste parâmetro. logon path= \\smb\%U\Perfil # Caminho da pasta de Profiles do usuário Samba. logon drive= L: # Mapeamento da unidade do Samba para o usuário no Windows. Essa opção só é útil se o Samba for definido como um PDC. printing= CUPS # Define o estilo de impressão. printcap name= CUPS # Define o caminho do arquivo de especificações de impressora utilizado pelo compartilhamento de recursos [printers]. socket options= SO_KEEPALIVE TCP_NODELAY SO_RCVBUF=8192 SO_SNDBUF=8192 # Define opções de sockets específicos para comunicação com clientes. # Param 1 - pesquiza a cada 4 horas a rede pra ver se os clientes TCP ainda estao no ar; # Param 2 - envia pacotes especificos para diminuir atraso; # Param 3 e 4 - relação com os buffers de recebimento e envio de dados;

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wins support= yes # Ativa o servico WINS. Caso acionada, WINS Server não deve ser definido. veto files= /home/%U/Perfil/* # Especifica a lista de arquivos que os clientes não estão autorizados a visualizar quando listarem o conteúdo do diretório. hide dot files= yes # Esconde arquivos q começam com “.”. Ele trabalha estes arquivos como se tivessem o atributo hidden do DOS/Windows definido. security= domain # Define a política de acesso, autenticação e segurança mediante senhas ao servidor Samba. Há quatro opções possíveis: # share: os serviços terão senha para cada recurso compartilhado e disponível para todos; # user: usuários terão contas Unix e respectivas senhas; # server: usuários terão contas, senhas e uma máquina distinta para autenticá-lo para o Samba; # domain: a autenticação sempre será feira em um domínio NT; server string= Servidor Samba # Nome/descrição do servidor Samba. Interpreta as variáveis %v (número da versão do Samba), %h (nome do host) e %L (nome NetBIOS do servidor Samba). add user script= /usr/sbin/useradd -c "Maquina de Dominio" -s /bin/false -d /dev/null %m$ # O servidor Samba requer que usuários Unix tenha sido criados para todos os usuários que vierem a acessar recursos no servidor. Essa opção permite que o smbd crie usuários Unix requeridos sob demanda assim que um usuário acessar o servidor Samba. # Quando o usuário Windows tentar acessar o servidor Samba, no momento do login o smbd entratá em contato com o servidor de senhas e tentará autenticar o usuário com a senha fornecida. Se a autenticação for bem-sucedida o smbd tentará encontrar um usuário Unix no arquivo de senhas (do Unix) para mapeá-lo para um usuário Windows. # Se a pesquisa falhar e a opção add user script estiver definida, o smbd executará o script especificado como root, assumindo qualquer argumento em %u para ser usado na criação do nome do usuário. # Neste caso estamos utilizando este parâmetro para registrar automaticamente as máquinas que serão usadas para autenticação de usuários no domínio Samba. Para fazer isso basta substituir a variável %u (usuário) para a variável %m$ que identifica uma conta de máquina. domain master= yes # O servidor Samba será proprietário da lista de recursos disponíveis (compartilhamento) da rede. domain logons= yes # Permitir acesso ao domínio NT para clientes Win95 e Win98. local master= yes # Especifica se o servidor Samba deve tentar tornar-se o servidor de Listas de Recursos local principal na rede durante a inicializacão. preferred master= yes # Escolhe o servidor Samba para se tornar o servidor de Lista de Recursos principal. Força uma eleição na rede quando o servidor Samba for inicializado. admin users= root administrador # Usuários que terão privilégios/permissões de root para administrar os recursos compartilhados pelo Samba. printer admin= root administrador # Lista de usuários que podem administrar remotamente a impressora.

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dns proxy= no # Pesquisa o nome de hosts no DNS se não forem encontrados utilizando a resolução WINS. É lido apenas se o parâmetro wins server estiver setado como yes. hosts allow= 192.168.6.0/255.255.255.0 # IPs com permissão de conexão ao servidor Samba. Se não for definido, qualquer máquina poderá acessar os recursos a memos que esteja inserida na opção hosts deny. # Compartilhamentos [homes] comment= Diretorios Home valid users= %S browseable= no read only= No create mask= 0600 directory mask= 0700 guest ok= no printable= no inherit acls= yes [printers] comment= All Printers path= /var/tmp printable= yes create mask= 0600 browseable= no guest ok= no [print$] comment= Printer Drivers path= /var/lib/samba/drivers write list= @ntadmin root force group= ntadmin create mask= 0664 directory mask= 0775 browseable= no guest ok= no printable= no [pdf] comment= PDF Creator path= /var/tmp printable= yes print command= /usr/bin/smbprngenpdf -J '%J' -c %c -s %s -u '%u' -z %z create mask= 0600 [groups] comment= All Groups path= /home/groups read only= no inherit acls= yes [users] comment= All Users path= /home read only= no inherit acls= yes veto files= /aquota.user/groups/shares/

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[profiles] comment= Network Prifiles Service path= /%H/Perfil read only= no create mask= 0600 directory mask= 0700

10.5. PASTA NA UNIDADE MAPEADA

Quando estamos setando a unidade a ser mapeada para o usuário quando

este se conecta ao servidor Samba, três parâmetros são essenciais:

logon home= \\smb\%U\Arquivos

logon path= \\smb\%U\Perfil

logon drive= L:

O parâmetro logon home indica onde os arquivos que o usuário está

gravando dentro da sua unidade mapeada do servidor Samba serão salvos. Por padrão o

Samba define que isso será feito em \\smb\%U. Porém, neste local estão gravadas todas

as outras informações com relação a aquele usuário, e, do ponto de vista administrativo,

seria difícil de conseguir se fazer um bom gerenciamento de conteúdo tendo estes

arquivos todos gravados na mesma pasta. Assim, decidimos que, até por uma questão de

‘estética’ de conta de usuários, seria interessante que se criasse dentro desta pasta de

usuários uma nova pasta chamada ‘Arquivos’ onde, então, os arquivos que o usuário

está gravando na sua unidade mapeada serão gravados.

Portanto, dois passos são necessários para que isso funcione perfeitamente:

1. Criar dentro da pasta /etc/skel a pasta que se deseja ter quando um

usuário for criado no Unix. Neste caso criamos a pasta ‘Arquivos’:

/etc/skel # mkdir Arquivos

Já podemos criar um usuário do Unix que contem no seu ‘home’ a pasta

Arquivos.

1. Adicionar ao parâmetro logon home o caminho da pasta criada:

logon home= \\smb\%U\Arquivos

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Agora, quando o usuário salvar algum arquivo dentro da unidade mapeada,

será feito dentro desta pasta ‘Arquivos’. É interessante que isso é transparente para o

usuário, não tendo que ele, usuário, fazer nenhuma configuração na sua conta. Veja a

imagem a baixo para visualizar o mapeamento feita para esta ‘pasta’:

Tela 1 – Unidade mapeada para cliente de domínio.

10.6. COMPARTILHAMENTO ESPECÍFICO PARA GRUPO DE

USUÁRIOS

Pode-se definir um compartilhamento a ser acessado apenas por usuários

Unix que pertençam a um grupo definido no sistema. Cria-se o grupo e define-se a pasta

compartilhada como sendo deste grupo com chgrp <nome do grupo>

<compartilhamento>. Execute também o comando chmod 770 em cima desta pasta,

para dar acesso ao grupo definido com o comando anterior.

Feito isso, inclua no arquivo smb.conf o seguinte parâmetro:

logon script= logon_%G.bat

E crie um novo compartilhamento [netlogon]:

[netlogon]

Path= /etc/samba/netlogon

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O primeiro parâmetro, logon script, define o script que vai ser executado

toda vez que um usuário participante de um grupo específico estiver autenticando sua

conta no domínio Samba. Quando o usuário for de um grupo para o qual foi definido

um script, este identifica a que grupo ele pertence, procura na pasta que foi definida no

compartilhamento [netlogon] se existe um script para este grupo e, se existir executa-o.

Como nosso objetivo é apenas mapear um compartilhamento como sendo

mais uma unidade disponível para este usuário, apenas a seguinte linha é necessária para

que isso aconteça:

net use M: \\smb\groups

Uma vez que esta configuração é apenas para teste, definimos o

compartilhamento já existente groups como sendo a unidade compartilhada por todos os

participantes deste grupo para o qual foi definido o script. Poderíamos ter definido

qualquer outra pasta do Unix ou recurso disponível na rede, bastando apenas criar o

compartilhamento no arquivo smb.conf e mudar o caminho definido no arquivo do

script.

O nome do arquivo com o script salvo no /etc/samba/netlogon deve ser o

mesmo definido em logon script, sustituindo-se apenas o %G pelo grupo desejado,

exemplo: logon_depto_vendas.bat.

Veja como se apresenta o compartilhamento ‘adicional’ para o membro do

grupo logado no domínio:

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Tela 2 – Unidades mapeadas para cliente participante de grupo no domínio.

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11. CONECTANDO-SE AO DOMÍNIO

Agora que o Servidor Samba está configurado, temos que fazer o ingresso

neste Domínio com os computadores que desejarmos e/ou foram permitidos. Testamos

com dois sistemas Windows distintos, Windows XP Professional e Windows 2000

Server, ambos seguem a mesma seqüência para ingresso neste Domínio Samba.

Abaixo os passos necessários para ingresso no domínio:

1. Entre como administrador na máquina local;

2. Clique com o botão direito em cima do ícone “Meu Computador” e

em seguida em “Propriedades”;

3. ‘Orelha’ “Nome do Computador” e abaixo no botão “Alterar”, onde

diz o seguinte: “Para renomear este computador ou ingressar em um

domínio, clique em ‘Alterar’. Aparecer a seguinte tela (Tela 3):

Tela 3 – Ingressando no Domínio.

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4. No escopo de “Membro de” selecione ‘Domínio’ e digite o que foi

definido no parâmetro workgroup do arquivo smb.conf. No nosso

caso: SAMBA;

5. Clique em “ok” e espere a seguinte tela:

Tela 4 – Autenticação para Ingresso no Domínio Samba.

6. Para “nome” digite o usuário que esta definido como admin users no

arquivo smb.conf. Na nossa configuração pode ser tanto root quanto

administrador. Digitamos root e para “senha”, a senha que foi

definida para o usuário escolhido no smbpasswd. Clique em ok e

espere até que apareça a seguinte tela (não se preocupe com a

demora, o processo de ingresso em domínio samba costuma levar um

tempo significativo):

Tela 5 – Ingresso no Domínio Samba com sucesso.

7. Ao aparecer a tela de boas-vindas ao domínio, clique em “ok” para

prosseguir. A tela seguinte é esta:

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Tela 6 – Aviso de reinicialização do sistema.

8. Clique novamente em “ok” e verifique as alterações feitas. Observe

que; “As alterações só terão efeito depois que você reiniciar o

computador”:

Tela 7 – Confirmação de Ingresso no Domínio.

9. Clique em “ok” novamente e:

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Tela 8 – Reiniciar o computador.

10. Clique em “sim” se desejar reiniciar o computador e autenticar

imediatamente algum usuário no Domínio Samba ou em “não” caso

contrário, não deseja autenticar nenhum usuário imediatamente no

Domínio Samba;

Feito isto, seu computador esta pronto para autenticar e usufruir das

inúmeras vantagens de estar logando em um Domínio com Perfil Ambulante.

Uma observação importantíssima, se o Windows XP Professional Edition

não ‘pegar’ o domínio com as configuração de registro ‘padrão’, são necessárias as

seguintes alterações no registro, para que o micro posso logar no domínio. O seguinte

conteúdo deve ser copiado para o arquivo WinXP-Dom.reg:

REGEDIT4

HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\netlog

on\parameters

"RequireSignOrSeal"=dword:00000000

Execute o comando regedit WinXP-Dom.reg no cliente XP e reinicie a

máquina. Após reiniciar a máquina já é possível fazer o ingresso deste cliente XP no

domínio.

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12. SWAT

A ferramenta SWAT baseia-se em uma página web onde você é capaz de

controlar/administrar os processos do Samba e até mesmo editar o smb.conf.

Deve ser instalado o pacote inetd e o pacote apache para poder fazer uso do

SWAT, já que este acessa via browser. Depois de instalado o apache, inicie o serviço

httpd, encontrado na pasta /etc/rc.d/init.d/ com o comando ./httpd start.

Instale o pacote samba-swat com o comando abaixo:

# rpm -ivh samba-swat-x.x.xa-1xx.i386.rpm

OBS.: Caso não encontre o SWAT em seu CD, você pode fazer o download

dele através do site www.rpmfind.net.

Agora para que o SWAT apareça em seu browser, é necessário que você

edite o arquivo /etc/inetd.conf e descomente ou insira a seguinte linha:

swat stream tcp nowait.400 root /usr/sbin/swat swat

É preciso que inicie o daemon do SWAT (xinetd ou inetd):

# /etc/rc.d/init.d/xinetd start ou

# /etc/rc.d/init.d/inetd start

Pronto! Agora abra o browser e digite:

http://localhost:901

Se tudo deu certo irá aparecer uma tela pedindo a senha de root e o sistema

está OK.

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OBS.: A porta 901 é onde opera o SWAT, portanto é indispensável digitá-la

após localhost ou o seu domínio ou o IP de seu servidor Linux. Apenas indique no

ntsysv (ou similar) para que o SWAT sempre inicie quando seu computador inicializar o

Linux.

Veja abaixo a interface do SWAT:

No menu “home”.

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No menu “Globals”.

E no Menu “View”.

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13. CONCLUSÃO

13.1. CONSIDERAÇÕES AO SAMBA 3

Há consideração feitas com relação ao Samba Versão 3 na página do Guia

Foca GNU/Linux (http://focalinux.cipsga.org.br/) com relação as principais novidades

desta nova versão lançada no final de 2003 e que descrevemos abaixo algumas delas:

a) Relação de Confiança entre Domínios NT4: este recurso permite que

os usuários do domínio Samba sejam gerenciados pela ferramenta User Manager,

presente em servidores Windows NT. Isto pode ser feito em estações de trabalho

Windows 9x/Me, através da ferramenta Nexus.exe, ou com a ajuda do pacote

SRVTOOLS.exe, para Windows NT4/200x/XP, ambas presentes no website da

microsoft (http://www.microsoft.com);

b) Introdução do recurso de múltiplos serviços de autenticação: esta nova

funcionalidade permite que a autenticação do Samba seja baseada em outros

serviços/servidores, como LDAP, por exemplo. Nesse caso é possível aproveitar

inclusive os recursos de replicação e distribuir a autenticação entre diversos servidores

LDAP, aumentando a escalabilidade de sua base de usuários;

c) Suporte completo a Unicode: esta medida simplifica enormemente o

suporte a idiomas distintos, que era um problema crítico nas versões 2.2.x do Samba;

d) Implementação do Group Mapping entre grupos Unix e Windows NT:

é possível vincular os grupos do domínio a grupos locais do sistema, facilitando o

gerenciamento de permissões e outros recursos;

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13.2. OPINIÃO

Nosso grupo, então, fica muito satisfeito com o trabalho realizado e muito

interessado em aprender os recursos ainda disponíveis nesta ferramenta que não foram

exploradas e explanadas neste trabalho.

Aproveitamos para ressaltar que a maior vantagem em manter uma

instalação do Samba como Servidor é o custo, praticamente nenhum e, claro, a extrema

simplicidade, clareza, de administração do servidor em geral, mas que não deixa de ser

robusto, a sua estabilidade e confiabilidade, integração perfeita entre as diversas versões

do Windows e possibilidade de migração gradativa de servidores Windows NT para

plataformas Unix/Linux, tornando o Samba a ferramenta perfeita para administradores

de redes que desejam ter um ambiente de trabalho em rede menos complexo, sem ter

que abrir mão da heterogeneidade da mesma.

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14. REFERÊNCIAS

14.1. LIVROS

[1] Boas, Tiago V.; Mendonça, Nelson; Guia Rápido do Administrador de Redes:

Samba; Brasport; Rio de Janeiro – RJ; 2004;

[2] Jr., Décio; Guia de Consulta Rápida: Samba; Novatec; São Paulo – SP; 2000;

14.2. WEB PAGES

[3]

http://www.pcforum.com.br/cgi/yabb/YaBB.cgi?board=ServidoresemLinux;action=prin

t;board=Servid...

Acesso: 18/10/2004;

[4] http://computing-dictionary.thefreedictionary.com/Server%20Message%20Block

Acesso: 27/10/2004;

[5] http://br-linux.org/tutoriais/000209.html

Acesso: 18/10/2004;

[6] http://www.baboo.com.br/adsolutenm/anmviewer.asp?a=4153&print=yes

Acesso: 27/10/2004;

[7] http://www.linuxit.com.br/modules.php?name=News&file=print&sid=38

Acesso: 18/10/2004;

Page 63: samba

63

[8] http://www.linuxdicas.com.br/sections-printpage-170.html

Acesso: 18/10/2004;

[9] http://samba.anu.edu.au/cifs/docs/what-is-smb.html

Acesso: 27/10/2004;

[10]

http://www.vivaolinux.com.br/artigos/impressora.php?codigo=270&PHPSESSID=5326

b19d3d8b3245...

Acesso: 27/10/2004;

[11] http://wwwsr.unijui.tche.br/~battisti/disciplinas/redesii/2004.02/ijui/samba.pdf

Acesso: 08/12/2004;

[12] http://wwwsr.unijui.tche.br/~battisti/disciplinas/redesii/Linux/Avancado/index.htm

Acesso: 20/10/2004;

[13] http://www.samba.org;

Acessos deste: 14/09/2004;

[14] http://www.oreilly.com/catalog/samba/chapter/book/

Acessos deste: 14/09/2004;

[15] http://us1.SAMBA.org/SAMBA/docs/

Acessos deste: 14/09/2004;