sgs global 31 - a revista corporativa da sgs portugal

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SGS GLOBAL AS PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES SEGURANÇA EDIFÍCIOS E INDÚSTRIA OPERATIONAL INTEGRITY NA SGS ENERGIA ISO 50001 TESTEMUNHOS REVISTA DO GRUPO SGS PORTUGAL | Nº31 NOVEMBRO 2012

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A Revista Corporativa da SGS Portugal

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Page 1: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

SGS Global

aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

SeGurança edifícioS e indúStriaoperational inteGrity na SGSenerGia iSo 50001 teStemunhoS

reviSta do Grupo SGS portuGal | nº31 novembro 2012

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P. 2xxx n° X • XXXXXXXX 2008 P. 2revista do gruPo sgs Portugal n° 31• outubro 2012

04 aS peSSoaS naS orGanizaçõeS

06 a adaptação da escola às mudanças da sociedade

Colégio da Nossa senhora do rosário10 Marketing Pessoal – o que todos

deveríamos saber Paulo Morais12 trabalho, um projeto a dois – o

crescimento dos profissionais e das empresas

aNerH14 Chefe de equipa – um gestor de

Pessoas aPg16 segurança – o binómio da

competitividade e da dignidade humana aCt18 o imperativo da Formação e da

aprendizagem ao longo da vida Cristina Parente20 sistemas de gestão de recursos

Humanos segundo a Norma Portuguesa 4427

22 a gestão de Pessoas no grupo sgs renato Filipe

26 SeGurança em edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

28 Plano de segurança interno sgs apoia Mar shopping32 sgs realiza Plano especial de

emergência Município de Ponta delgada e saaga34 HaZoP e Qra em instalações industriais36 o papel da aNPC no regime Jurídico da

segurança Contra incêndios em edifícios38 serviços sgs na segurança42 operational integrity – a Qualidade e a

gestão do risco na sgs

44 quem prefere a SGS

46 sistemas de gestão da energia ISo 5001

Funfrap e Cofely50 Norma em destaque – eNplus AnPEb52 1º certificado eNplus em Portugal Pinewells54 Certificações sgs

58 aS noSSaS peSSoaS

rui gonçalves

60 notíciaS e eventoS

índice

em deStaquepeSSoaS naS orGanizaçõeS

pÁG.

04

SeGurança em portuGal

pÁG.

26

GeStão de recurSoS humanoS

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quem prefere a SGS

pÁG.

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aS noSSaS peSSoaS

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notíciaS & eventoS

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rui GonçalveS

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P. 3n° X • XXXXXXXX 2008xxx

editorial a SuStentabilidade de uma Sociedade

o que mais me incomoda, na atual situação, é a reduzida focalização no desenvolvimento da sociedade e na preparação das gerações mais novas para os desafios com que o nosso país se vai deparar no futuro.

Pessoalmente, acredito firmemente na viabilidade económica de Portugal e que saberemos ultrapassar este dificílimo momento. Mas não chega. temos que encontrar formas de evitar a intervenção de mais uma troika daqui a 30 anos. E o caminho é investir na educação e na formação das pessoas tornando-as mais competitivas, com atitude e com competências adequadas às necessidades das organizações da nação.

Portugal tem um sistema de ensino de elevado valor acrescentado, o que pode ser comprovado pela crescente procura de pessoas especializadas para trabalhar nos diversos cantos do mundo. então porque é que temos tantas queixas das organizações portuguesas em relação às características dos trabalhadores, quando estes são tão apreciados lá fora?

resumo esta questão a dois problemas fundamentais: atitude e liderança.

uma atitude proativa, criativa, positiva, rigorosa e organizativa pode e deve ser moldada desde tenra idade, ao longo de todo o percurso educacional dos jovens nas escolas. da mesma forma, que bom seria incutir às nossas crianças valores fundamentais como ética, responsabilidade, cidadania e respeito entre outros.

incluir, no plano curricular do ensino básico e secundário, uma disciplina com estas componentes, de carácter nuclear e ao mesmo nível da matemática e do português seria um dos melhores legados que poderíamos deixar às gerações vindouras. um projeto que envolvesse preparação de professores, envolvimento de educadores e, porque não, organizações locais – públicas, privadas ou do terceiro setor. Que sustentável seria esta medida…

É à gestão das pessoas que dedicamos este número da sgs global, com a partilha da visão de proeminentes personalidades e profissionais neste domínio.

espero que seja uma temática para uma leitura motivante dos nossos leitores.

Propriedade do grupo sgs Portugal Polo tecnológico de Lisboa, Lote 6, Pisos 0 e 1, 1600-546 [email protected], tel: 707 200 747, Fax: 707 200 329.

direÇÃo: Paulo gomes

redaÇÃo e desigN: Comunicação & imagem do grupo sgs Portugal

FotograFia: Comunicação & imagem do grupo sgs Portugal; sgs image bank; iStockphoto; Stock.XCHnG; Colégio da nossa Senhora do rosário; Paulo Morais; aPg – associação Portuguesa de gestão das Pessoas; aCt – autoridade para as Condições do trabalho; Plasoeste; Finaccount; aMClassic; grove advanced Chemicals; inter ikea Centre group Portugal; Município de Ponta delgada; saaga – sociedade açoreana de

armazenagem de gás, sa; Funfrap – Fundição Portuguesa, SA; Cofely GDF Suez; AnPEb – Associação nacional de Pellets Energéticas de biomassa; Pinewells, SA; EAD – empresa de arquivo e documentação; iCC Portugal; escola superior de Ciências empresariais do instituto Politécnico de viana do Castelo; aCiCo – associação Nacional de armazenistas, Comerciantes e importadores de Cereais e oleaginosas; Sn – Servicios normativos; bES – banco espírito santo; saint-gobain; Carris; isvouga; Município de vila do Conde; universidade Católica do Porto; ISSn 1647-7375

iMPressÃo: lusoimpress - artes gráficas, s.a. Vila nova de Gaia - 11.2012

tirageM: 8.000 Exemplares

DIStrIbuIÇÃo GrAtuItA

ficha tÉcnica

paulo GomeS

diretor do departamento de Comunicação e imagem do grupo sgs Portugal

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

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o Colégio da Nossa senhora do rosário no Porto, não é estranho aos lugares cimei-ros dos rankings das escolas com melhores resultados nos examos de ensino secundário. este ano repetiu a proeza e teve a média mais elevada de todo o país. João trigo, diretor do Colégio, analisa estes resultados e reflete sobre a organização e missão da escola. Fala da necessidade de adaptação e de criatividade para responder às necessida-des colocadas pela sociedade.

o que SiGnifica Ser conSiderada a melhor eScola (noS rankinGS nacionaiS de mÉdiaS do enSino SecundÁrio)?

João trigo: É algo que prezamos porque revela que os nossos alunos têm obtido bons resultados académicos.

Mas eu partilho das questões que muitas pessoas colocam a essa análise, que é muito limitada aos resultados académicos, que compara coisas que não são à partida compa-ráveis. Para nós é uma imagem redutora da escola porque consideramos fundamental a formação integral e não apenas a componente académica dos nossos alunos.

Face ao projeto educativo que temos, aquilo que os rankings não revelam diretamente é o mais importante. dou-lhe o exemplo do que chamamos de ‘educação para a justiça’. Colocamos os nossos alunos em contacto com a realidade do mundo, sensibilizando-os para as assimetrias e para a injustiça social. Focamos muito a nossa ação no voluntariado e outras atividades. isto tem um potencial formativo enorme, desenvolvendo um conjun-to muito alargado de competências importantes para a vida profissional e pessoal. É algo a que os alunos aderem com naturalidade. É uma área em que nós temos um grande sucesso, mas que não é possível ver nos rankings.

a nossa primeira preocupação enquanto escola é de formação global e integral. olhamos para o aluno como Pessoa, para questões como os valores, saber relacionar-se com os outros, saber estar em sociedade, a espiritualidade, a dimensão física, artística, cultural, ou seja, múltiplas dimensões do que é uma Pessoa. Para a escola do nosso tempo e na nossa comunidade, é muito claro que esta formação global é o que as famílias nos pedem em paralelo com a vertente da instrução formal.

Não somos uma escola excessivamente focada no resultado académico, embora obvia-mente saibamos que é uma vertente importante no percurso escolar.

e conSeGuem fazê-lo com aS famíliaS e não em Sua SubStituição?

está claro em todas as nossas perspetivas educativas essa parceria com a família. aliás, para nós não faz sentido outra forma. a escola não pode trabalhar de costas voltadas para as famí-lias. É entre estas duas instituições que os jovens dividem a maior parte do seu tempo.

É claro que agora se discute muito o papel dos meios de comunicação, da tecnologia, etc., porque também têm um poder muito forte junto dos mais jovens. de qualquer for-ma, a Família e a escola são as instituições de referência onde cresce a pessoa.

Não nos interessa tanto o debate teórico sobre se as famílias hoje não são tão boas como há décadas atrás e se a escola deve ou não substituir-se à Família nas tarefas que lhe são específicas. É um facto que as famílias hoje são mais ocupadas e estão menos disponíveis para educarem os seus filhos. Portanto, uma escola responsável e que queira assumir o seu papel de forma plena na sociedade tem de perceber isso e dar as respostas que outras instituições não dão.

No Colégio há mais de 25 anos, primeiro como professor, depois como administrador e há mais de 10 anos como diretor, João trigo parece ter per-cebido o que a comunidade espera do Colégio que dirige: soluções diferen-ciadas e criativas, capazes de integrar e de promover a individualidade dos seus 1515 alunos, ao mesmo tempo que os preparam de forma global para a vida, desde os três anos até ao 12º ano.

a adaptação da eScolaàS mudançaS da Sociedade

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quando a eScola diz que não É educadora, hÁ uma falta de adaptação à Sociedade.

sem dúvida. todos nós somos educado-res, a modelagem e a imitação são gran-des ferramentas de ensino e de aprendi-zagem. as crianças tornam-se naquilo que veem nos outros. se elas passam a maior parte do tempo na escola, como é que a escola não é educadora?

É bom que a escola perceba que não é um mero transmissor/promotor de conhe-cimento. o próprio ambiente que se vive na escola educa. É uma referência para os mais jovens que absorvem tudo isso. grande parte da nossa missão centra-se nesta vertente não académica. Porque o resultado académico é o requisito mais básico para qualquer escola, não deveria ser isso a diferenciar as escolas.

Com isto não estou a desvalorizar as posições nos rankings, porque há escolas que têm o mesmo contexto e recursos tão bons como os nossos e não obtêm os mesmos resultados. É preciso colocar as coisas nos seus devidos lugares. também há um exagero dos detratores dos rankings quando os desvalorizam totalmente. É inegável que, nessa vertente, estamos a fazer um bom trabalho, sendo certo também que temos melhores condições, a diferentes níveis, para o fazer do que muitas das escolas que fazem parte do nosso sistema educativo.

pode indicar alGumaS caracteríSticaS do colÉGio do roSÁrio que o façam uma daS melhoreS eScolaS do paíS?

Há uma série de componentes que são chave para o sucesso. desde logo as pessoas. Qualquer empresa/organização, também a organização escola, depende muito das pessoas que nela trabalham. Para nós é muito importante ter profissio-

nais competentes, aos mais diferentes níveis. depois, há que cuidar das pessoas e das relações entre pessoas, ou seja da forma como as pessoas se sentem na es-cola, da forma como se entregam ao seu trabalho, individual e enquanto equipas, o que se designa por clima organizacional. É preciso criar um sistema relacional que seja acolhedor e estimulante, que crie o sentimento de comunidade, neste caso comunidade educativa, que permita e estimule uma boa relação professor-aluno, entre professores e entre alunos.

outro elemento fundamental é o projeto, no caso das escolas o projeto educativo. ou seja, as ambições e desafios que a comunidade se propõe a si própria, a for-ma particular de concretizar a sua missão educativa. as pessoas e o projeto cruzam com a questão da liderança. Não apenas liderança de topo, mas liderança a todos os níveis. É importante haver pessoas que ‘puxam as coisas para a frente’, que ins-piram os outros e os levam a prosseguir num determinado rumo.

Neste aspeto do projeto, penso que as escolas particulares têm uma vantagem em poderem ter o seu próprio projeto educativo. Por exemplo, nós somos uma escola católica inspirada por um sistema de valores muito específico. as escolas públicas, nesse aspeto, tendem a ser mais iguais. o seu ideário é a lei de bases do Sistema Educativo. A Lei tem por objetivo uniformizar e padronizar. as escolas mais dependentes da referência normativa, como as públicas, têm menos capacidade de dar resposta à missão que é educar, porque em educação as questões da criatividade e da inovação são muito importantes. a escola dos nossos dias, em geral, é igual ao que era há um século atrás... está assente num para-digma já ultrapassado, pois organiza-se hoje da mesma forma, tem as mesmas metodologias e as mesmas respostas,

enquanto que os mais jovens estão permanentemente a ‘cavalgar’ a mudança e a novidade. as organizações escolares precisam de refletir as questões da cria-tividade e da inovação para se tornarem mais apelativas para os seus alunos, para poderem verdadeiramente chegar a eles e para poderem concretizar a sua missão educativa e formativa.

a missão da escola é muito exigente porque tem ‘uma clientela’ muito difícil de satisfazer, como são crianças e jovens em crescimento, numa sociedade em mudan-ça acelerada e contínua.

Finalmente, as condições materiais, também elas são fundamentais para uma boa escola. sem recursos, instalações, equipamentos e materiais adequados não é possível concretizar projetos e criar as melhores condições de aprendizagem e crescimento para os alunos.

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

a PriNCiPal CoMPetêNCia Que se Pede HoJe a uM ProFissioNal NÃo É a CaPaCidade de se adaPtar à MudaNÇa? eNtÃo, CoMo Pode a esCola CoNtiNuar a EDuCAr PArA A EStAbILIDADE? NÃo FaZ seNtido! É Nestas ‘PeQueNas’ Questões Que se Joga o Futuro.

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a reSponSabilidade doS mauS reSultadoS eScolareS É partilhada por diverSaS parteS?

a origem dos maus resultados começa por estar na própria sociedade. Quando todo o sistema social de uma criança ou jovem está em falência, desde a família até à incapacidade condições de vida con-dignas para todos, por muito que a escola e os professores se esforcem, dificilmen-te serão bem-sucedidos.

esta não é evidentemente a nossa reali-dade, e isso explica em parte os nossos bons resultados, mas é a realidade com que lidam permanentemente algumas escolas do nosso sistema educativo.

voltando-noS para outro aSpeto, o colÉGio do roSÁrio tem alGum eSpaço de reflexão para oS jovenS penSarem no Seu futuro profiSSio-nal?

um ponto central no nosso projeto é que as pessoas sejam bem-sucedidas acima de tudo em termos pessoais e não apenas em termos profissionais.

uma característica nossa é que tentamos ter uma relação muito próxima com os alunos, tentamos conhecê-los não só na sua dimensão mais académica e de apren-dizagem, mas também como pessoas, nos seus problemas e anseios.

temos um serviço de orientação vocacio-nal e os próprios diretores de turma têm um papel muito importante de acompa-nhamento dos alunos. o diretor de turma tem um espaço semanal para estar com os seus alunos – a reunião de turma – algo que já não acontece na escola Pública...

a voSSa autonomia permite-voS fazer iSSo. acha que com maiS auto-nomia, aS eScolaS públicaS conSe-Guiriam ter projetoS educativoS maiS eficazeS na Sua comunidade?

Claro que sim. a escola Pública rege-se por dogmas que tornam possível a sua organização atual, assente numa lógica de gestão ainda fortemente centralizada. a perspetiva é que a escola tem de ser basi-camente igual no Porto, em lisboa ou em Faro, apesar das comunidades poderem ter necessidades diferentes. Há até a ideia que a padronização acaba por ser justa porque estabelece as mesmas oportunida-des para todos.

Mas a escola tem o grande desafio de se adaptar à realidade em que está inserida e a autonomia é, para isto, fundamental. só que a autonomia coloca a questão de haver pessoas com capacidade de lideran-

ça para a exercer. É preciso arriscar, tomar decisões, avaliar, questionar opções… de gerir verdadeiramente. a autonomia não é só uma questão legislativa, é a capacidade das comu-nidades educativas e dos gestores assumirem a condução do seu próprio percurso. Não basta reivindicar autono-mia, é preciso ter vontade e estar-se preparado para a exercer, ser-se capaz de assumir responsabi-lidades. a autonomia é importante inclusivamen-te ao nível económico, da gestão das instalações e da equipa. uma escola pública não é capaz de escolher a sua equipa, é algo determinado pelo sistema que coloca os professores. Muitas vezes, as instalações são da responsa-bilidade da autarquia.

falando de GeStão, Sa-bemoS que o colÉGio tem um SiStema de GeStão da qualidade.

sim, nós utilizamos o Modelo eFQM. Fazemos Ciclos de Qualida-de, refletimos sobre a nossa realidade, os nossos pontos fortes e sobre as nossas oportunidades de melhoria. É um modelo interessante para a organização escolar por estar muito assente em processos de autoavaliação e por estimular a melhoria contínua.

o enSino eStÁ atento aoS novoS de-SafioS da economia e adequa-Se àS neceSSidadeS de induStrialização do paíS?

as opções políticas mais recentes, após o 25 de abril, focaram-se na educação generalista até ao 12º ano de escolarida-de, em detrimento da preparação para a vida ativa. Houve um desinvestimento nos cursos técnicos, comerciais e industriais, para se dar prioridade ao ensino unificado, mais vocacionado para prosseguimento dos estudos.

Pelo lado positivo, começamos a ter indi-cadores de acesso ao ensino superior ao nível dos países mais desenvolvidos. Con-tudo, esse desinvestimento nas escolas comerciais e industriais criou um vazio de quadros médios de elevada qualidade. o sistema entretanto tentou recuperar com os cursos tecnológicos e profissionais, mas ainda sem grande efeito... o debate está ainda em curso. seguramente que

nem todas as pessoas têm características e projetos de vida que contem-plem estudar durante quase 20 anos das suas vidas. depois há as próprias necessida-des económicas e do mercado, de respostas diferenciadas por parte do sistema educativo para formar pessoas que tenham uma forte dimensão do saber-fazer e sejam quadros técnicos de qualidade.

o colÉGio do roSÁrio prepara oS alunoS para a vida ativa, não apenaS ao nível acadÉmico, maS tambÉm com conceitoS de produtividade, empenho e exiGência?

tenho a opinião de que a escola acaba por ‘produzir um modelo de pessoa’ e não pode fugir às suas responsabilidades a este nível. os padrões de exigência, os hábitos de trabalho, a fasquia estabelecida pela escola em relação aos seus alunos

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vão pautar a sua atitude ao longo da vida. os projetos que referi de

voluntariado são muito importantes porque colocam os nossos alunos em contacto com a realidade e permitem-lhes de-senvolver competên-cias como liderança,

enfrentar dificuldades, dar respostas a problemas concretos. isto é um forte

contributo para a preparação deles para a sua vida ativa.

como vê a eScola do futuro?

a escola vai ter que ser mais plural, mais criativa, dar respostas mais diferenciadas para chegar a todas as dimen-sões do que é ser pessoa e a todas as pessoas. recente-mente temos andado a refle-tir sobre novos paradigmas que se colocam à escola, com base nos avanços da ciência e da sociedade e uma das áreas que é muito interessante

é a das neurociências, nomeadamente as teorias em torno das ‘inteligências

múltiplas’. Nesta perspetiva, deixa de se valorizar, ao nível

do conhecimento e da inteligência, única ou predominantemente o raciocínio lógico-dedutivo e a inteli-gência manifestada no conhecimen-

to matemático e linguístico. Hoje sabemos que as pessoas manifestam as suas potencialidades e a sua inteligência de formas diferentes: na capacidade de se relacionarem, no autoconhecimento, no desporto, na arte, etc. uma escola atenta a estas aquisições da ciência das últimas décadas vai ser mais integradora, mais capaz de dar resposta às necessidades de todos os elementos da sua comunidade. Hoje sabemos por que razão muitos dos reconhecidos ‘génios’ tiveram percursos escolares medíocres: porque a escola não lhes deu espaço para eles se afirmarem e se distinguirem na área em que eram excelentes.

os fenómenos, que ainda persistem nos sistema educativo, do insucesso, da indisciplina e do abandono escolar revelam que a escola não está adaptada às necessidades da sociedade. estamos num mundo de mudança rápida e a escola muda a uma velocidade lenta, o que faz com que continue a usar maioritariamente

ferramentas, metodologias e formas de organização com mais de100 anos!

Por exemplo, o ideal de turma do 1.ºciclo do ensino básico, acompanhada pelo mes-mo professor, ao longo dos quatro anos. Neste momento, nós estamos a ensaiar soluções diferentes. temos três turmas deste grau em cada ano de escolaridade e tentamos que, ao longo do seu percurso, os grupos não sejam estáveis e trabalhem uns com os outros, quer alunos quer pro-fessores. a necessidade da turma é artifi-cial, tem mais a ver com as necessidades do sistema do que com as dos alunos. as necessidades dos alunos são diferentes. É bom que contactem com perspetivas diferentes ‘do que é ser professor’, com colegas diferentes, com mais desafios e menos estabilidade.

a principal competência que se pede hoje a um profissional não é a capacidade de se adaptar à mudança? então, como pode a escola continuar a educar para a estabili-dade? Não faz sentido! É nestas ‘peque-nas’ questões que se joga o futuro.

a nossa responsabilidade é encontrar as melhores soluções para os nossos alunos e para as nossas famílias. ao nível da or-ganização do tempo e dos blocos letivos, apesar do Ministério determinar blocos de 45 e 90 minutos, há mais de dez anos que nós decidimos organizar-nos em blocos de 70 minutos, porque chegámos à conclusão que funcionava melhor para os nossos alunos. Finalmente, a partir deste ano letivo, o Ministério determinou que isso passasse a ser uma decisão da escola. Nós já o fazíamos, porque faz mais sentido!

volto a enfatizar que o tempo escolar é a fase em que a pessoa mais muda e está mais aberta à mudança. uma organização que lida com esta realidade tem de estar especialmente disponível para a mudança e ser criativa. tem de ser uma organização mais flexível, mais permeável à mudança e à criatividade para acompanhar o ritmo de evolução da própria sociedade.

www.colegiodorosario.pt

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a Nossa PriMeira PreoCuPaÇÃo eNQuaNto esCola É de FormAÇÃo GLobAL E IntEGrAL. oLHAmoS PArA o ALuno Como PESSoA, PArA quEStõES Como oS VALorES, SAbEr rELACIonAr-SE Com oS outroS, SAbEr EStAr Em SoCIEDADE, A esPiritualidade, a diMeNsÃo FísiCa, artístiCa, Cultural, ou seJa, MúltiPlas diMeNsões do Que É uMa Pessoa.

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“Quando ia a uma empresa, já tinha algo mais do que um currículo para apresentar. Já tinha um artigo, por exemplo, que demonstrava mais clara-mente a minha visão. Começaram a chegar alguns convites para dar aulas e workshops, contacto gera contacto… Foi uma estratégia simples que teve bons resultados. Mas foram cerca de dois anos de trabalho em que investi muito neste projeto para começar a ter retorno.”

É com base nesta sua história e na constante observação que faz do merca-do, que Paulo Morais aborda o Marketing Pessoal.

o marketinG peSSoal para quem procura empreGo

de acordo com o empreendedor e docen-te Paulo Morais, “acima de tudo, o Marketing Pessoal permite-nos conhe-cermo-nos como ninguém. devemos perceber quais são os nossos pontos fortes e fracos. Numa entrevista tenho de destacar os meus melhores atributos. No momento da minha ‘venda pessoal’ tenho que saber agarrar e cativar o meu ‘cliente’. se tivermos uma atitude passiva, em que abdicamos de toda a orientação da entrevista para o entrevistador, não conseguimos diferenciar-nos”.

ao mesmo tempo, reconhece que a grande maioria das nossas PMe não tem recrutadores com formação específica, o que levanta um problema comum: o recrutador não quer contratar pessoas que considera serem melhores que ele por sentir o seu próprio posto de trabalho ameaçado.

Por tudo isto, a preparação é a chave para uma boa entrevista. No seu tom informal e assertivo, Paulo Morais defende que uma entrevista “é como qualquer venda. temos de conhecer bem o cliente para direcionarmos a nossa comunicação aos atributos do nosso produto que são

mais importantes para ele. temos de nos apresentar em função da empresa e do interlocutor que nos vai entrevistar.”

redeS SociaiS: nova Área de recrut-amento?

a discussão sobre os formatos de currícu-los e a sua eficácia é longa, mas para Pau-lo Morais, “não vale a pena continuarmos a banalizar as ferramentas. Por exemplo, agora um currículo em vídeo é que é! Não! É para as empresas certas!

Já o currículo europeu, não analiso nenhum que não tenha um site pessoal,

No seu primeiro emprego, Paulo Morais aprendeu que um diploma não faz um profissional. Quando acabou o curso superior em marketing, em 2007, en-controu um mercado altamente competitivo e pensou “Como é que eu me vou diferenciar?”. Pesquisou e apercebeu-se de algo que ainda ninguém domi-nava: a vertente digital do ma-rketing. Criou o grupo Marketing Portugal, onde começou a par-tilhar algumas das suas ideias e a convidar outras pessoas para participarem também.

marketinG peSSoalo que todoS deveríamoS Saber

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ou linkedin, porque não me interessa ver só o currículo todo direitinho, mas sim o ‘habitat natural’ de comportamento do candidato”.

as redes sociais são uma ferramenta fantástica para as pessoas se mostrarem, mas é preciso gerir bem a informação. Nas redes sociais é possível traçar perfis mais completos, que de outra forma seria impossível. Por isso, o especialista em Marketing Pessoal realça que “é fun-damental a coerência entre a presença on-line e a vivência offline, para a nossa credibilidade enquanto profissionais e enquanto pessoas. Por outro lado, muitos candidatos até já nem são chamados para a entrevista, porque já se conseguiu filtrar informação adicional através das redes sociais”.

Porque qualquer pessoa consegue chegar a dezenas de profissionais nas redes sociais, a perceção de Paulo Morais é que “o papel dos recursos Humanos tem de se reinventar. agora preciso dos recur-sos Humanos para acrescentar valor ao recrutamento: análise de perfil, dinâmi-cas de grupo, obter outras informações relevantes.

Mas acho que muitos profissionais de recursos Humanos ainda estão presos ao processo tradicional, sem uma boa pesquisa na web. até porque esta tarefa é exigente. o segredo está na integração das diversas plataformas: por exemplo, no linkedin temos uma faceta mais profis-sional, enquanto que no Facebook temos outra mais social e descontraída”.

o marketinG peSSoal dentro daS orGanizaçõeS

o Marketing Pessoal ajuda não só quem procura emprego, mas também o percur-so profissional já dentro das organizações. Para tal, “é fundamental perceber o tipo de organização em que estamos inseri-dos. Cada um tem de criar o seu espaço, identificar as oportunidades certas para propor ideias. Mas sempre com a noção que pode haver/há superiores que não estão dispostos a isso.

se virmos que não estamos bem, então não podemos parar e devemos criar pro-jetos paralelos. sempre com a prioridade de sermos o melhor naquele com o qual já estamos comprometidos, mas arranjar alternativas que nos preencham mais”, aconselha Paulo Morais.

e mesmo quando uma empresa permite aos seus profissionais criar e inovar, é fundamental garantir os resultados. Paulo Morais insiste, sempre, neste ponto. “Qualitativamente as ideias podem ser muito atrativas, mas tem de haver um claro compromisso com os resultados quantitativos. Para investir, as empresas têm de ter retorno. É também preciso humildade e perceber o que tem resultado para a empresa, ao longo do tempo”.

Há empresas (ainda poucas) que já incen-tivam os seus trabalhadores a fazerem o seu Plano de Marketing Pessoal. Mas se as empresas não o fizerem, cada um deve fazer uma autoanálise e identificar as competências que lhe faltam e aquelas em que é mais forte. a partir daí, pode trabalhar, estudar, ir a conferências, etc. “Confrontar as pessoas com situações fora da sua área de conforto eleva os pro-fissionais“, defende Paulo Morais.

o empreendedoriSmo, deSde a eScola

Cada vez mais instituições de ensino superior se estão a aperceber que é necessário preparar os seus alunos para as novas realidades. No entanto faltam recursos, na opinião de Paulo Morais. “É impossível para um docente que se dedica exclusivamente ao ensino, que não conhece a realidade das empresas, manter-se a par das novas tendências. Mas há, da parte de alguns docentes, a abertura para convidar pessoas externas à universidade para introduzir uma verten-te mais prática no ensino. Mesmo sem verbas isto é possível, tem é de se criar valor para todas as partes envolvidas. se a universidade não pode pagar em dinheiro, pode sempre ajudar a divulgar projetos desse convidado, por exemplo.

Por último, acho que é preciso dar conti-nuidade a um trabalho deste género. tem de se dar seguimento e orientação contí-nua aos alunos, pois uma única sessão de duas horas não é suficiente”.

outra vertente que, segundo Paulo Mo-rais, já se trabalha no ensino é o empreen-dedorismo, através dos jogos didáticos e interativos: “Cria a tua empresa (a brincar). apresenta-te à turma”. o objetivo é conse-guir bons comunicadores, que no futuro consigam ‘vender’ as suas propostas de valor.

aCiMa de tudo, o MarketiNg Pessoal PerMite-Nos ConHECErmo-noS Como nInGuém. DEVEmoS PErCEbEr quAIS sÃo os Nossos PoNtos Fortes e FraCos. NuMa eNtrevista tEnHo DE DEStACAr oS mEuS mELHorES AtrIbutoS.

paulo moraiS

Managing Partner na Follow reference, docente no iPaM - the Marketing school e Community Manager do Marketing Portugal

promoção peSSoal

www.marketingportugal.pt

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

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Desde 2006 que a AnErH - Associação nacional das Empresas de recur-sos Humanos representa empresas, que não tinham interlocutores associa-tivos para as áreas de consultadoria, formação profissional, outsourcing e trabalho temporário. sendo esta uma área muito sensível no domínio social, a aNerH procura transmitir e defender toda a atividade com base na trans-parência, na organização, na solidariedade e na legalidade.

Com rodrigo Ferreira à frente da direção, a aNerH conta com alguém mui-to experiente, que acompanhou as grandes alterações do mercado de traba-lho português. “Historicamente houve sempre um grande divórcio entre os currículos escolares e as necessidades das empresas. Hoje o ensino muito dificilmente se adaptará genericamente às necessidades das empresas”.

Para o dirigente, as escolas são platafor-mas de conhecimento. “um curso oferece ferramentas, metodologia de raciocínio, princípios e conhecimentos gerais de diferentes áreas, que permitem depois aprofundar em função das atividades que se irá desenvolver, que podem ou não ter origem na sua formação inicial. a necessidade de ‘fazer’ obriga a envolver conhecimentos a que a universidade não dá acesso”.

a orientação do enSino para a prÁtica profiSSional

o empresário de recursos Humanos continua com a sua análise, destacan-

do a falha no ensino tecnológico. “Por exemplo, não temos uma escola profis-sional que forme soldadores. temos sim entidades que, sobre uma plataforma de conhecimentos, dão cursos de soldadura, já de caráter profissional e orientados para o ‘fazer’. Não como formação escolar organizada.

Continuamos alheados do ensino tecno-lógico por razões históricas. após o 25 de abril, fecharam as escolas técnico--profissionais porque era entendido politicamente que as atividades de caráter manual eram segregadoras das atividades intelectuais. os liceus eram para a classe burguesa, enquanto que as escolas técni-

cas eram para a classe operária. Portanto tínhamos que acabar com isso (ironia). agora há um esforço no sentido de as recuperar.

No ensino superior já há uma maior orien-tação para as atividades profissionais, mas sempre sob uma forma de generali-dades que depois permite aos licenciados integrarem-se com alguma facilidade.

Por exemplo em marketing. o marketing farmacêutico não tem nada a ver com o marketing da grande distribuição. Há, de facto, uma plataforma de conhecimentos, mas depois há a necessidade de uma adequação profissional”.

trabalho, um projeto a doiSo creScimento doS profiSSionaiS e daS empreSaS

rodrigo Ferreira tem uma carreira dedicada aos recursos Humanos desde 1968, ano em que fundou uma das primei-ras empresas de psicologia e formação em Portugal. a sgs global foi saber a opinião do atual presidente da direção da aNerH - associação Nacional de empresas de recursos Humanos sobre a adequação da oferta e da procura no merca-do de trabalho e do papel da formação profissional ao longo da vida.

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o papel da formação profiSSional e da GeStão

o país tem investido milhares de milhões de dinheiro comunitário em formação. Mas na opinião do presidente da aNerH, “continua sem qualificações devido a uma orientação errónea. É quase para colmatar o desemprego. depois da formação não há prática, porque não há emprego. Como o conhecimento não é sedimentado, desaparece rapidamente.“

rodrigo Ferreira optava por formar/capaci-tar quem já está a trabalhar, por considerar que há imensas oportunidades de melho-rar o exercício da profissão, rentabilizando muito mais a atividade das empresas. “uma pessoa que faz a mesma coisa, da mesma forma há 30 anos, não melhorou, não evoluiu.

Na maior parte das empresas, os colabo-radores têm formação de base superior à do próprio empresário. estes nunca ganharam massa crítica, capacitação nem conhecimento para se desenvolverem. desenvolver não é só formar trabalha-dores. desenvolver é ver melhorias nos produtos/serviços. Mas além da capaci-dade de planeamento e da convicção da melhoria e da inovação, um projeto de formação relevante implica investimento. e a maioria das nossas empresas vive com dificuldades extremas económico--financeiras.

É claro que há muitas outras empresas que sabem os benefícios de investir na exigência, na formação, na qualidade. te-mos um conjunto de empresas exportado-ras que estão a sustentar o país.“

Na opinião do dirigente, os portugueses funcionam bem se tiverem uma gestão exigente e profissionalizada. “os graves problemas nacionais não são dos trabalha-dores, são da gestão. um gestor exigente cria profissionais exigentes, organiza carreiras, promove, dá formação, exige e paga bem.

isto leva-me a outra questão: só se conse-gue desenvolvimento através das pessoas e de áreas de investimento que sejam sustentáveis. É necessário criar empresas capazes de remunerar adequadamente. Porque não se pode exigir muito a alguém que está a pensar como vai conseguir pagar uma consulta médica ou alimentar bem os filhos”.

a atitude doS jovenS e aS aptidõeS

Para rodrigo Ferreira, hoje há dois tipos de jovens: os excecionais e os desinte-ressados. “os excecionais são muito bem preparados, com conhecimentos notáveis, com uma capacidade muito superior à do meu tempo. os desinteressados são fruto de conceitos como os direitos adquiridos e a subsidiodependência. Quando tiram um curso superior, têm logo direito a ser chefes. vêm ambos (os excecionais e os

desinteressados) da mesma escola, da mesma turma, pelo que a família tem uma grande importância, assim como os gru-pos. a comunicação social é facilitadora… a própria escola acaba por ser sectária, porque orienta os alunos segundo as moti-vações pessoais e não as da sociedade”.

Quanto ao recrutamento, o empresário considera que, além da tal plataforma bá-sica de conhecimentos, são fundamentais as aptidões dos candidatos. “as aptidões são as tendências que uma pessoa na-turalmente tem para fazer determinadas coisas, a capacidade de integração em grupo, a motivação para aprender, a luta interior pela melhoria contínua e pela con-quista. estes fatores são essenciais para a competitividade”.

Por outro lado, o gestor tem de estar preparado para dar formação a um recém--formado. a empresa deve ter um projeto para cada profissional. “o maior investi-mento que uma empresa pode fazer é na formação das suas pessoas. Mesmo que a empresa feche, com a formação ade-quada, estão preparadas para ir para outra empresa e para arranjar novo emprego. se os seus conhecimentos estão desadequa-dos, a economia também está debilitada. o crescimento do emprego tem de ser sempre acompanhado com uma formação de exigência”, conclui rodrigo Ferreira.

uM Curso oFereCe FerraMeNtas, Metodologia de raCioCíNio, PriNCíPios e CoNHeCiMeNtos gerais de diFereNtes áreas, Que PerMiteM dePois aProFuNdar eM FuNÇÃo das atividades Que se irá deseNvolver, Que PodeM ou NÃo ter origeM Na sua ForMaÇÃo iNiCial.

www.anerh.pt

rodriGo ferreiraPresidente da direção da aNerH - associação Nacional de empresas de recursos Humanos

recruta-mento

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

Page 14: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

o importante papel dos rH passa pela im-plementação e formação sobre tudo o que está relacionado com a cultura da empre-sa, com políticas internas, com processos e procedimentos para gerir as pessoas e em ajudar as chefias sempre que necessá-rio a atrair, desenvolver, recompensar, reconhecer e reter as pessoas. Margarida barreto debate-se para que os rH tenham o mesmo ‘estatuto’ das restantes áreas da gestão. Mas para isso, “os rH devem sa-ber tanto sobre o negócio como os outros departamentos, têm de falar a ‘linguagem’ dos seus colegas, têm de dar contributos que sejam percecionados e valorizados pela gestão da empresa”.

oS GeStoreS de peSSoaS

a presidente da aPg acha que a gestão de Pessoas em Portugal deveria ter prá-

ticas mais participativas e mais associa-tivas, do que atualmente. “vejo a gestão de Pessoas em Portugal ainda com padrões do que se fazia há 40 ou 50 anos atrás. em que havia o capataz, o chefe, e não o líder. Havia quem mandasse nas pessoas e não quem tentasse construir o futuro, atingir resultados, desenvolver as pessoas e resolver os problemas. Mas em Portugal, como em muitos outros sítios, temos más práticas e também muito boas práticas”.

a formação dos gestores de Pessoas tor-na-se, assim, vital para a implementação das práticas apropriadas a cada situação. “ter aptidão, ‘jeito’, para gerir pessoas ajuda”, reconhece a gestora, “mas não é suficiente. É preciso conhecer técnicas, inspirar, saber comunicar, ter uma visão. além dos conhecimentos intrínsecos ao negócio, os gestores de Pessoas também

a aPg – associação Portuguesa de gestão das Pessoas tem quase 50 anos de história na representação dos profissionais que gerem pessoas nas organi-zações. as suas denominações e orientações ao longo do tem-po são reflexo da evolução dos conceitos nesta área da gestão: Pessoal, recursos Humanos, Pessoas. É de pessoas que Margarida barreto, presidente da Direção Nacional da aPg, quer falar. as gestoras e as geridas, que são muitas vezes as mesmas; entre o rigor técnico e a sensibilidade humana.

uma das primeiras grandes ideias com que se fica ao falar com Margarida barreto, presidente da Direção nacional da APG – Associação Portuguesa de gestão das Pessoas e também gestora de recursos Humanos numa multinacional farmacêutica, é a distinção entre gestores de Pessoas e gestores de recursos Humanos. Para a responsável, “os principais atores de uma boa gestão de Pessoas, são os chefes das equipas e não a área de recursos Humanos (rH) da empresa. isso porque os rH, na minha opinião, são consultores e agentes de mudança. Quem gere realmente as pessoas são os chefes, nas suas equipas naturais”.

chefe de equipaum GeStor de peSSoaS

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necessitam de formação específica neste âmbito, de trabalhar a componente com-portamental”.

todos os gestores de Pessoas têm também outras responsabilidades, outros objetivos concretos, sejam eles comerciais, de produção, etc. Por isso, a clarificação em geral dos objetivos, assim como a ligação entre os objetivos globais da organização e os individuais de cada trabalhador, são importantíssimas para a gestão das Pessoas nas organizações. “um chefe, para ser líder, deve estar ‘ao serviço’ dos seus colaboradores, deve ser um comunicador que sabe conversar, ouvir, pedir feedback. embora nunca se possam esquecer da razão porque ali estão: produzir e cumprir objetivos. deve ser uma relação de proximidade, mas su-ficientemente firme para conseguir dizer a verdade (que às vezes custa). a preocu-pação maior de um chefe deve ser que a sua equipa tenha sucesso e, desta forma, assegura o seu próprio sucesso”, defende margarida barreto.

assim, como as pessoas trabalham, com mais ou menos motivação, produtivida-de, inovação, depende muito de como se relacionam com a respetiva chefia e, naturalmente, também com os pares. a competitividade das organizações interli-ga-se, afinal, com a gestão das Pessoas. “em condições iguais, as organizações que gerem bem as suas pessoas são mais competitivas. Porque são as pessoas que criam, que inovam, quando estão moti-vadas e envolvidas com os objetivos da

organização. são as pessoas que trazem valor acrescentado e que conseguem dar a volta a situações críticas”, argumenta a nossa entrevistada.

da precariedade e da educação

Há um assunto que preocupa imenso a presidente da aPg, que é o envelheci-mento ativo. brevemente (já atualmente) vai deixar de ser possível ter reformas antecipadas e viver ainda muitos anos de pensões. Há já muitos jovens desempre-gados e muitas pessoas mais velhas ainda ‘a 100%’. Para responder a este desafio, margarida barreto crê que se irá recorrer a novas formas da organização do trabalho para ‘encaixar’ as pessoas mais velhas: part-times, teletrabalho, ser mentor dos mais novos. estas novas formas da orga-nização do trabalho serão facilitadas pela tecnologia.

“e o trabalho será muito mais aprestação de serviços do que contrato de trabalho. Neste momento, a nossa sociedade ainda funciona com base numa segurança que já não existe. Quando se fala de trabalho precário, é porque pensamos de acordo com paradigmas tradicionais, que estão a mudar. todo o trabalho será ‘precário’ e nós teremos de nos adaptar porque as mudanças são constantes e imprevi-síveis,“ afirma margarida barreto, cons-ciente da polémica. e continua dizendo que “fundamental para estas mudanças são as competências pessoais. línguas estrangeiras, informática, outras compe-tências consoante as áreas de trabalho

que fazem a diferença entre a emprega-bilidade e o desemprego. os candidatos têm de perceber o que o mercado precisa e fazer a sua formação nesse sentido. Já não podem tirar um curso só por gosto e depois exigir um emprego nessa área. É essencial saber quais os cursos necessá-rios no futuro, superiores ou profissionais. a escola desempenha, aqui, um papel importante de orientação. esta ideia de toda a gente tirar cursos superiores é um erro enorme”.

Para terminar, margarida barreto não quis deixar de dizer que “neste país, com pessoas maravilhosas de imenso potencial e imensas características boas, só precisamos de líderes para potenciá--las. os portugueses são das pessoas mais competentes que existem. têm a atitude certa, compromisso, capacidade de entrega. Nós, quando bem enqua-drados, conseguimos atingir resultados espetaculares. acho é que, por vezes, nos falta esse enquadramento. sendo esse enquadramento a forma como a gestão das Pessoas é encarada, considerando a capacidade de orientar, envolver, coorde-nar e construir o futuro em conjunto com as pessoas, e não as vendo apenas como ferramentas”.

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Presidente da direção Nacional da aPg – associação Portuguesa de gestão das Pessoas

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

Page 16: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

SGS Global: o nível de SeGurança e Saúde no trabalho (SSt) eStÁ diretamente relacionada com oS tÉcnicoS?

luis lopes: Parcialmente, pois há outros fatores em jogo. Podemos ter os melho-res técnicos do mundo, mas se eles não conseguirem convencer os gestores, essa empresa nunca terá estes princípios inseridos na sua mentalidade e na dos seus trabalhadores. se os empregadores definem horários e outros critérios aos trabalhadores, porque é que não definem obrigações e critérios de sst? Por sua vez, os técnicos podem ser ótimos e a gestão envolvida, mas se os trabalhadores não estiverem eles próprios sensibilizados para o cumprimento, ao virar-se as costas eles deixam logo de cumprir. o principal equipamento de pro-teção individual vem de origem, é a nossa inteligência (risos). se usarmos este, usamos os outros todos.

Não é por acaso que o tema central para 2012 e 2013 da campanha europeia de sst é “Juntos na Prevenção de riscos Profissionais”. É nas empresas que se pas-sa a verdadeira batalha da sst, em todos os seus níveis, desde a administração à portaria.

ando nisto há muitos anos e nunca vi um acidente que não poderia ter sido evitado. Houve sempre uma regra que não foi cumprida, uma falha humana ou técnica que poderia ser perfeitamente evitável.

focando a GeStão, que arGumentoS devem oS GeStoreS ouvir?

Para um gestor ou empresário, é legítimo que o dinheiro conte muito. e a sst não é um custo é um investimento com retorno quantificável. a associação internacio-nal da segurança social apresentou um estudo que provou inequivocamente que, em média, por cada unidade investida em prevenção de riscos e sst há um retorno

médio de 2,2 para a empresa. isto é um bom negócio!

Mas não basta transmitir este número. Precisamos, também de ter técnicos que saibam explicar no local de trabalho o que é que cada medida concreta/investimento pode trazer à empresa.

a leGiSlação portuGueSa É demaSiado riGoroSa relativamente a outroS paíSeS?

isso é absolutamente mentira. a nossa legislação decorre, na sua quase tota-lidade, da transposição de diretivas e regulamentos comunitários. ou seja, a nossa legislação é semelhante a todos os outros países da ue. Convém que se diga que é considerada, em termos mundiais, a melhor. a mais protetora do indivíduo o que, no limite, protege as empresas. Não é igual aos países asiáticos ou outros, obviamente.

as condições em que o tra-balho é desempenhado são fundamentais à sociedade por diversas razões. Não apenas pela lógica direta da segurança e saúde dos trabalhadores, mas também pela competitividade das empresas e pela própria dignidade da pessoa humana.

a aCt - autoridade para as Condições do trabalho age em duas grandes áreas operacionais: a promoção da segurança e saúde no trabalho e a área inspetiva. luis lopes, responsável pela primeira, revelou em entrevista à sgs global as facetas mais técnicas da sua atuação, mas também as mais humanistas.

SeGurançao binómio da competitividade e da diGnidade humana

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como É que aS empreSaS europeiaS podem Ser competitivaS com eSteS cuStoS, quando hÁ paíSeS com le-GiSlação maiS permiSSiva?

É preciso desenvolver esforços a nível internacional e institucional para que os trabalhadores noutros países tenham a mesma proteção. É claro que isto não é só uma questão de direitos humanos. É também uma questão económica.

depois é preciso passar a mensagem que os mais competitivos são também os mais seguros. ao cruzar estudos de 2004/2005 publicados pela organização Mundial do Comércio e pela organização internacional do trabalho, verifica-se que os países mais competitivos eram do norte da europa e eua. e que estes eram também os mais seguros. Mas eles são seguros porque são ricos ou são ricos porque são seguros? Não sei, mas o que prova é que não há incompatibilidade entre estas duas coisas.

são necessárias outras medidas, como a consciencialização e educação das opiniões públicas sobre as condições de trabalho noutros países – vejam a impor-tância do caso Nike, que teve de mudar os seus padrões. É preciso valorizar esta vertente da responsabilidade social das nossas empresas.

Há também um percurso interno: não nos basta dizer que os concorrentes são

maus, temos de mostrar que somos capazes de fazer melhor que eles e que temos as condições para produzir com mais qualidade.

com a criSe económica, hÁ um ali-Geiramento da SSt?

É obvio, era inevitável e expectável. Compete-nos combater isto. a tal men-sagem de retorno e de competitividade é importante para que os empregadores percebam que o desinvestimento na pre-venção pode trazer grandes prejuízos.

Numa pequena empresa, os custos dire-tos e indiretos de um acidente de trabalho sobem em flecha num contexto de crise, porque as suas consequências são muito mais gravosas. se já está com ‘a corda na garganta’, no limite de prazos e tiver um acidente de trabalho que até danifique máquinas, isto pode significar perder um cliente. se num outro contexto poderia ser ‘chato’, neste contexto pode ser ruinoso e fatal. depois, além dos custos diretos para a empresa, há custos que recaem sobre a sociedade: segurança social, reparações, reabilitações, pensões, invalidez…

eStamoS melhor do que hÁ 10 anoS?

em termos de sst, posso dizer com toda a certeza que o país que temos hoje não é o mesmo de há 20 anos. é um país onde se trabalha de uma forma muito mais

segura, com mais consciência.

Há uma década e meia, tínhamos mais de 300 acidentes mortais/ano. Há menos de uma década, já eram menos de 200. Há três anos, antes da crise ‘bater em força’, chegamos aos 116. Estávamos no bom caminho. Portanto, estamos muito melhor.

Mas com a crise, o número daqueles acidentes começou a subir um bocadinho. verifica-se uma inversão da tendência, por enquanto ainda pequena, mas mesmo as-sim preocupante. ainda por cima, porque ocorre num período de menor atividade económica.

temos o direito de estar satisfeitos, apesar de tudo, com o trabalho que foi feito até agora. Não temos, nem hoje nem nunca, o direito de estarmos verdadeira-mente satisfeitos, conformados.

o trabalho é, até ver e até prova em con-trário, o mais nobre dos modos de vida. o trabalho não é nem pode ser um modo de morte. o meu pai dizia que o trabalho dignifica. Mas o que realmente dignifica é a retribuição que se recebe pelo trabalho e as condições em que ele é desempenha-do. o trabalho por si só cansa. (risos)

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nÃo é Por ACASo quE o tEmA CEntrAL PArA 2012 E 2013 DA CaMPaNHa euroPeia de sst É “JuNtos Na PreveNÇÃo de risCos ProFissioNais”. É Nas eMPresas Que se Passa a VErDADEIrA bAtALHA DA SSt, Em toDoS oS SEuS níVEIS, DESDE A adMiNistraÇÃo à Portaria.

luiS lopeS

Coordenador executivo para a Promoção da segurança e saúde no trabalho, da aCt - autoridade para as Condições do trabalho

Saúde eSeGurança

www.act.gov.pt

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

Page 18: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

a partir do início do século XXI, existem contornos muito distintos da formação anterior-mente ministrada aos profissio-nais. 1996 foi o Ano Europeu da aprendizagem ao longo da vida, em 1999 inicia-se o Processo de bolonha em Portugal e, paralela-mente, agravaram-se as crises do mercado de trabalho. Com tudo isto, e o envelhecimento progressivo da população, a universidade perde alunos e começa a reorientaram-se para a formação contínua e a apostar mais na articulação com as empresas.

Com o foco generalizado sobre a aprendizagem ao longo da vida, a forma-ção contínua passou a ser uma responsabilidade partilhada por diversos atores. empresas, trabalhadores e estado? Qual o papel de cada um? Que importância deve ter a formação em contexto empresarial e individual? recolhemos a opinião de Cristina Parente, que investiga sobre emprego, formação e competências desde os anos 90.

SGS Global: com a abertura da univerSidade ao mundo empreSarial, oS curSoS tornam-Se maiS adequadoS ao mercado de trabalho?

Cristina Parente: durante muito tempo, a universidade viveu ‘fechada no seu casulo’. A partir da década de 90, há um investimento nos observatórios do em-prego, produzindo-se informação sobre a inserção profissional dos licenciados. Com base em diagnósticos autónomos, a uni-versidade começa a organizar a sua oferta e inicia formação que vai concorrer com as empresas de consultoria e formação profissional - aparecem os gabinetes de Formação e educação Contínua, orienta-dos para um segmento distinto de alunos, mais qualificados, mais velhos, mais ex-perientes. Começa a haver mais abertura às empresas, ainda que em alguns casos, as universidades continuem arredadas do

mundo do trabalho.

a análise sistemática das carências de mão-de-obra nas empresas é dificultada por dois fatores: o levantamento destas necessidades é um procedimento muito caro; as necessidades das empresas são cada vez mais difíceis de identificar, dada a volatilidade do mercado. se falarmos num diagnóstico empírico, vemos cada vez mais congressos, seminários ou cursos de curta duração que chamam as empresas ao meio académico. Mas é uma análise muito limitada. daí termos ‘perfis universitários de banda larga’ para dar resposta às exigências de polivalência do mercado de trabalho.

Na minha perspetiva, é o estado que tem a obrigação de identificar as necessidades de formação e estabelecer prioridades estratégicas para o desenvolvimento eco-nómico do país. a partir daí, seria possível ter oferta formativa no sentido da aprendi-zagem ao longo da vida mais adaptada ao

que as empresas precisam.

embora eu não aplique este raciocínio às ofertas educativas ao nível do 1º ciclo que devem manter o perfil de banda larga, pois educação e economia têm objetivos, ritmos e dinâmicas distintas.

e Sobre quem deve recair eSta reSponSabilidade de formação contínua de ‘banda eSpecífica’?

No fornecimento de mão-de-obra neces-sária ao mercado de trabalho, a formação profissional contínua desempenha um papel muito importante.

à medida que o mercado de trabalho tende a liberalizar-se, há menos apetência

o imperativo da formaçãoe da aprendizaGem ao lonGo da vida

Page 19: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

das empresas para a formação, pois não se preveem relações laborais duradou-ras. Paralelamente, a sociedade exige às empresas que assumam um papel de ator social. a responsabilidade social está na agenda do dia. ora isto é paradoxal… É frequente coexistirem no mesmo grupo empresarial Políticas de rH precárias com fantásticas Políticas externas de respon-sabilidade social. valoriza-se a imagem externa junto dos stakeholders e degra-dam-se as relações de emprego.

esta situação não favorece o enriqueci-mento dos rH com origem nas empresas. Coloca o ónus da formação sobre o traba-lhador. o problema é que as famílias estão muito descapitalizadas neste momento. temos um efeito ‘bola de neve’: empresas em dificuldades, famílias em dificuldades e nenhuma com capacidade para quebrar o ciclo vicioso.

de facto, cada um tem de ser empre-endedor da sua própria carreira, mas as empresas também tiram os seus lucros deste investimento pessoal. Há interesses partilhados, logo o investimento também deve ser partilhado.

em minha opinião, a sociedade portu-guesa tem respondido muito bem a este desafio educacional: vejam-se as taxas de licenciados, mestrandos e doutorandos. No próprio programa Novas oportunida-des, vemos que as pessoas perceberam que não têm outra alternativa senão o aumento de competências e validação das qualificações. Mal tem respondido ao ensino profissional: a dignificação das profissões manuais é uma via de resolu-ção do preconceito. e a crise do emprego também vai ser favorável a estas opções educativas, creio!

qual o papel da formação na GeS-tão de recurSoS humanoS?

a formação tem de ser integrada numa gestão mais ampla de rH, senão não terá efeitos e será apenas um custo e não investimento com retorno. e, com certeza, a própria competitividade das empresas, depende da sua estratégia a este nível.

temos de pensar a formação de uma for-ma sistémica. se a formação estiver aliada à avaliação de desempenho individual, grupal e dos próprios resultados da em-presa, temos uma gestão mais estratégica

dos rH.

tudo isto implica, também, dar à função Pessoal a mesma importância da fun-ção Financeira, Produtiva ou Marketing e Comercial. tal é indispensável não só para a sobrevivência das empresas, mas também para dignificar o trabalho e para que ele não de torne psicologicamente opressor.

maS hÁ empreSaS que refreiam a formação com receio que Seja uSada como plataforma para Sair da empreSa…

Com uma mão-de-obra quase ‘descar-tável’, as empresas são reféns das suas próprias políticas. No entanto, a crise de emprego é tão grande que o perigo das pessoas abandonarem uma empresa é residual relativamente, por exemplo, ao que acontecia nos anos 90, a época dos head hunters.

Para que a formação não seja um investi-mento perdido, tem de ser acompanhada de outros elementos como o reconhe-cimento pessoal, contextos de trabalho favoráveis à aplicação dos novos conheci-mentos, líderes (e não chefes) que moti-vem e envolvam as pessoas e equipas.

concorda com o modelo tradicional do diretor de recurSoS humanoS ou anteS com uma GeStão de peSSoaS efetuada pelaS chefiaS?

a gestão de Pessoas partilhada entre os líderes de equipa e a direção rH seria uma situação ideal, apesar da maioria das empresas portuguesas não ter dimensão para tal. Por isso caberá à gestão de topo, coordenar e até trabalhar com consultores externos especializados nas áreas técnica e estratégicas, sendo que aplicação deve contar com os líderes de equipa e ser uma responsabilidade partilhada

o deSempreGo afliGe todaS aS faixaS etÁriaS da população, maS no caSo doS maiS velhoS, que outraS conSideraçõeS Se colocam àS empreSaS?

os saberes dos trabalhadores mais velhos são muito mais válidos do que aquilo que as empresas consideram. Podem ser

excelentes formadores, por exemplo. Não aproveitar este capital de experiência acu-mulado, significa custos ocultos de que as empresas não têm consciência. aquelas pessoas conhecem como ninguém a empresa onde estão, os seus processos, as suas lógicas informais. É um desperdí-cio enorme de recursos. e se há uns anos assistíamos a esta desvalorização no con-texto operário, agora aplica-se a qualquer quadro, com relevo para os mais velhos.

vendo isto numa perspetiva trabalhador--consumidor, até se coloca a questão da sustentabilidade das empresas, do próprio mercado…

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criStina parentesocióloga, Professora auxiliar agregada do departamento de sociologia e inves-tigadora do instituto de sociologia da universidade do Porto

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

Page 20: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

as Pessoas assumem primordial importância no sucesso das organizações, quer estas estejam mais ou menos conscientes desta realidade. são o único recurso capaz de ser criativo, de apresentar soluções, de revolucionar ou estagnar a evolução de uma organização.

as organizações que apresentam o seu testemunho nestas páginas aperceberam-se que o seu fator mais distintivo e competitivo está nas suas Pessoas. Por esta razão, consideram fundamental que exista uma definição clara da metodologia a aplicar na sua gestão.

a Norma Portuguesa 4427, que estabelece os requisitos para sistemas de gestão de recursos Humanos (sgrH), responde a esta necessidade. o sgrH deve ser concebido e desenvolvido como um todo integrado na organização, isto é, na sua missão, visão, valores e princípios estratégicos estabelecidos pela gestão de topo.

uma boa gestão de todo este processo irá garantir que o propósito de atrair, manter e desenvolver pessoas será cumprido e que o grau de satisfação e de motivação de todos os que mantêm laços laborais com a organização será o desejado.

SiStemade GeStão

SiStemaS de GeStão de recurSoS humanoSSeGundo a norma portuGueSa 4427

Page 21: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

Para a Am Classic, que completa precisamente em 2012 os seus 50 anos de existência, a certificação da empresa (armando Ferreira da silva & Filhos, lda.), ao nível dos recursos Humanos reflete a importância que atribui aos trabalhadores, pois as pessoas são o maior património que a empresa tem.

É, aliás, o que reflete a nossa Política do sistema integrado de gestão (sig), certificado pela sgs em quatros vertentes: qualidade (ISo 9001), Ambiente (ISo 14001), Segurança (oHSAS 18001) e rH (nP 4427) quando refere como um dos seus pilares a satisfação dos Colaboradores:

• Com Motivação por Prémios;• Com Motivação por Condições de trabalho;• Com Motivação por Prevenção dos acidentes de trabalho e doenças Profissionais;• Com Motivação por Comunicação – “direta, Honesta, com simplicidade”.

a chave é comunicação, comunicação, comunicação…

a grove advanced Chemicals é uma empresa especializada em tratamento de águas residuais, águas de processo e águas de consumo humano. a nossa atividade concentra-se na oferta de soluções inovadoras ambientalmente corretas e adaptadas às necessidades dos nossos clientes. esta postura no mercado do tratamento de águas é já reconhecida como importante fator de diferenciação.

a nossa missão, valores e estratégia empresarial refletem o reconhecimento dos recursos Humanos como motor de crescimento e sustentabilidade da nossa atividade. assim, a certificação da gestão de Pessoas de acordo com a nP 4427, obtida em maio de 2012, veio formalizar as práticas de recursos Humanos e uma ferramenta de melhoria da monitorização do desempenho e satisfação do nosso crescente número de colaboradores.

Futuro escreve-se com Pessoas

Hoje assistimos a algo maravilhoso, uma mudança de paradigma que encerra uma dualidade para a qual precisamos de nos preparar, a mudança constante, global e rápida. exige-se criatividade como ignição da inovação geradora de valor, sabendo que é necessário um ambiente favorável e processos que a substanciem.

Nós encontrámos no sistema de gestão de recursos Humanos sustentado na NP 4427, a ferramen-ta ideal para criar esse ambiente, acrescentando valor e sendo flexível ao que realmente se pratica na nossa organização. o referencial permitiu a reflexão mais pormenorizada das nossas práticas, levando a orientações mais estratégicas e dinâmicas das atitudes e comportamentos a adotar na procura da excelência e de sermos agentes de mudança positiva.

Consideramos, enquanto equipa e como empresa, que esta certificação é um elemento diferencia-dor e fundamental na ambição de sermos agentes de mudança interna e externa rumo ao sucesso partilhado.

mafalda carloS responsável pela área rH

a Plasoeste desde sempre valorizou os seus recursos Humanos, através de uma forte política orien-tada para a formação contínua dos colaboradores, o seu envolvimento na vida ativa da empresa e a criação de boas condições de trabalho.

aquando da implementação do sistema de gestão de recursos Humanos (sgrH) de acordo com a NP 4427, os nossos objetivos foram melhorar a organização administrativa referente à gestão de recursos Humanos, melhorar a integração de novos colaboradores na empresa, melhorar o nível de satisfação interna e dignificar o relacionamento laboral entre a administração e os colaboradores.

além destes objetivos, foi ainda conseguida uma melhoria progressiva das competências dos cola-boradores. a implementação do sgrH foi facilitada pelo bom ambiente de trabalho devido ao bom relacionamento entre todos e, também, devido a um forte envolvimento da gestão de topo.

Silvia farracho direção administrativa

iSabel veiGagestora de rH

filipa ribeiro dep. sig

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a GeStão de peSSoaSno Grupo SGS

SGS Global: qual a política de Seleção e recrutamento da SGS?

Renato Filipe: a sgs procura sempre as pessoas que demonstrem maior com-petência para as funções pretendidas. apostamos muito nos jovens licenciados fazendo-os crescer na organização em ter-mos de conhecimentos e de competên-cias. talvez por este motivo, uma grande percentagem das pessoas da sgs não conhecem outra organização. Não fazendo deste facto uma política rígida de recru-tamento, a gestão reconhece o sucesso nesta aposta. alguns elementos da atual direção e coordenação entraram muito jovens na sgs e hoje são determinantes no nosso sucesso. Porque conhecem a vida da empresa como as palmas das próprias mãos e, quando é assim, torna-se muito mais simples gerir as dificuldades inerentes à atividade. Mas também temos casos de pessoas que têm enorme su-cesso na carreira na sgs, obviamente, já tinham tido outras experiências profissio-nais anteriores.

qual É a fórmula para a lonGevidade da carreira na SGS de tantaS peSSoaS?

acreditamos piamente na máxima que “as organizações são feitas de pessoas”, são o nosso principal capital. desde o primeiro dia que a sgs acompanha de perto a carreira das pessoas fornecendo- -lhes os recursos, o ambiente e a liber-dade para se tornarem empreendedores focalizados na sua própria progressão através do sucesso da sgs, na busca das melhores soluções para o mercado e na satisfação dos nossos clientes. este am-biente e as conquistas alcançadas trazem a motivação às pessoas para preferirem fazer carreira na sgs.

maS como É feito eSSe acompanhamento de perto?

Não há sucesso sem atualização do conhecimento. levamos muito a sério a formação contínua das nossas pessoas. logo no momento da integração das

pessoas há princípios básicos, de indis-pensável assimilação, transmitidos através de ações formativas: o vasto portefólio de serviços da sgs, o funcionamento orgâ-nico da empresa e, com grande ênfase e relevância, o código de ética da sgs.

depois, ao longo da carreira da pessoa, são feitas análises quanto às necessida-des de formação tanto ao nível das soft skills como às competências técnicas para a função.

Por outro lado, as pessoas são envolvidas nos variados projetos de cada área de negócio e, por isso, sentem-se integradas nos objetivos da empresa.

tudo isto são ingredientes para ‘vestirmos a camisola’ da sgs.

porquê tanto foco no códiGo de Ética na SGS?

a ética é um fator crítico na sgs. Costu-mamos dizer que o nosso core business é a confiança. o que nós vendemos é con-fiança. a confiança que os nossos clientes

a sgs em Portugal segue as mesmas linhas estratégicas definidas pelo grupo para todo o mundo. ao nível da gestão de Pessoas, as prioridades são mui-to claras: integridade, segurança e motivação.

a sgs Portugal destaca-se das suas congéneres pela elevada taxa de retenção e de antiguidade dos seus colaboradores. renato Filipe, diretor de recursos Humanos do grupo sgs Portugal, explica porquê.

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depositam em nós quando apresentamos um relatório de ensaios ou de inspeção, um certificado de conformidade dos pro-dutos, um certificado da conformidade de um sistema de gestão ou um certificado de formação. Por trás de cada um destes documentos, que ostenta a marca sgs, está um trabalho sério e competente exe-cutado por pessoas com padrões éticos elevadíssimos que garantem a integridade e a sustentabilidade dos nossos negó-cios. o programa de conformidade do grupo sgs, com base no nosso Código de integridade, existe para assegurar que os mais altos padrões de integridade são aplicados a todas as nossas atividades em todo o mundo, de acordo com as melho-res práticas internacionais.

sem especial atenção à ética, a sgs não teria esta longevidade: completa este ano 134 anos, dos quais 90 anos de presença em Portugal.

e como É Gerida a Ética na SGS?

o nosso Programa anual de Formação em integridade atua como uma recicla-gem periódica dos princípios do Código. É mantido um registo da participação para assegurar que todos os colabora-dores completaram a formação em cada ano. também são realizadas sessões de integridade específicas de treino para supervisores e gestores.

a formação é complementada por um pro-grama de e-learning interativo, que integra os princípios gerais contidos no Código nos diferentes negócios da sgs. dispo-nível na internet em Português, inglês, Francês, Chinês, Coreano e espanhol, é uma formação permanente, dirigida em particular aos nossos novos colaboradores como parte do seu acolhimento, como atrás referi.

a SGS preSta alGunS ServiçoS que, pela Sua natureza, acarretam riScoS àS peSSoaS. como É que a SGS Gere o riSco no trabalho daS SuaS peSSoaS?

gerimos com enorme atenção na preven-ção. de facto, a sgs presta serviços em locais e em condições de grande risco para as pessoas, como navios e portos, grandes plataformas industriais, áreas de construção, entre outros. Com 70.000 colaboradores em todo o mundo e mais de 200 em Portugal, os indicadores dos incidentes e acidentes falam por si. em-bora seja de lamentar qualquer incidente ocorrido, os indicadores refletem a política extremamente exigente da sgs ao nível da segurança e saúde no trabalho, com-preendendo uma atenta análise de riscos e desenvolvimento de planos de seguran-ça para cada função.

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renato filipe

diretor de recursos Humanos, grupo sgs Portugal

24 horaS SGS

Nos dias 11 e 12 de maio, o Palace Hotel Monte real acolheu o já habitual encontro anual de quadros da sgs Portugal. este encontro anual teve um sabor especial pois foi marcado pela comemoração dos 90 anos da sgs. além desta edição ser comemorativa, teve ainda como mote a Criatividade em ação. a sgs contou com um convidado especial – Miguel gonçalves da spark agency - cuja imaginação tem vindo a transformar ideias em projetos ‘fora-do-cubo’.

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aS peSSoaSnaS orGanizaçõeS

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Sendo a SGS uma multinacional com preSença em tantoS paíSeS, hÁ oportunidade de carreira para portuGueSeS noutroS paíSeS?

sim, sem dúvida. Para além das pessoas que começaram carreira na sgs em Por-tugal e que posteriormente progrediram para outras afiliadas, é curioso que vamos encontrando muitos portugueses que se candidataram diretamente a outras afilia-das estrangeiras e vamos encontrando muitos nomes portugueses. lembro-me, de repente, de ter encontrado recente-mente colegas portugueses nas sgs em

França, reino unido, Holanda, alemanha, Canadá e suíça. No website da sgs estão publicadas todas as oportunidades de trabalho em todo o mundo.

Mas outro dado curioso é o facto de cole-gas da sgs Portugal serem requisitados para prestar serviços pontuais em outros países, devido às suas competências e especialização. Há muito intercâmbio de expertises no mundo sgs. Por isso costu-mamos dizer que a sgs faz tudo o que o cliente procura. se não temos cá especia-listas, com certeza que os teremos em qualquer outro país.

aS peSSoaS São então um doS pila-reS da SuStentabilidade da SGS?

Mais do que isso. são a coluna vertebral da sgs e por isso investimos tanto nelas. em todo o mundo são investidos milhões em formação, saúde e segurança, e no bem-estar geral das pessoas. temos a certeza que esta foi a fórmula do cresci-mento sustentado da sgs que garante um futuro promissor para esta grande empresa.

cada dia na SGS É um novo e empol-Gante deSafio

na SGS creSce-Se de forma SuStentada

a SGS É um deSafio conStante

rui martinS

Coordenador sgs açores

SuSana GonçalveS

Coordenadora de Contabilidade - Finance

luíSa rodriGueS

administrativa sgs Madeira

o programa sHiNe acolhe e integra todos os novos trabalhadores ou transferidos na sgs. Foi desenvolvido com um âmbito global a todas as afiliadas sgs no mundo, com os objetivos de envolver as pessoas no seu novo papel, assegurar que estas têm pronto acesso à informação, recursos, formação e apoio de que necessitam. só desta forma poderão contribuir para o sucesso da empresa rápida e efetivamente.

através da rede de apoio e materiais elaborados para o efeito, o sHiNe encoraja os novos trabalhadores a explorar a organização, a fazer perguntas e a imergir-se totalmente no seu novo papel, responsabilidades e objetivos. Para tal, o sHiNe considera que são cruciais o chefe direto, o ‘conselheiro par’ e os colegas, que orientam mais diretamente o novo trabalhador durante este período de adaptação.

Shine

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um dos objetivos da sgs é ser reconhe-cida como um empregador de referência, que atrai, desenvolve e reconhece o talento, que retém as melhores pessoas e incentiva a inovação e o crescimento dos seus clientes. Mas isto só é possível com uma cultura de envolvimento dos trabalha-dores com os objetivos da empresa.

o novo programa CatalYst da sgs foca exatamente esta questão do envolvimen-to. operacionaliza-se em três fases:

• inquérito interno para medir o de-sempenho e estabelecer indicadores no que respeita ao envolvimento dos trabalhadores;

• Apresentação dos resultados do inquérito por cada chefe à sua equipa em workshops práticos, facilitadores de diálogo para que, juntos, possam planear melhorias;

• Implementação das medidas identifi-cadas.

o CatalYst permitirá à sgs refletir inter-namente sobre o que está a fazer bem en-quanto organização e desenvolver ações focalizadas que assegurem a superação dos seus objetivos.

a SGS É uma forma de eStar

Ser SGS É fazer melhor todoS oS diaS

a SGS proporciona oportunidade de creScimento

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

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plano de SeGurança interno do mar ShoppinG

plano eSpecial de emerGência de ponta delGada

hazop e qra

SeGurança contra incêndioS - anpc

ServiçoS SGS na SeGurança

operational inteGrity na SGS

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da responsabilidade da inter ikea Centre group Portu-gal (iiCg Portugal), o Mar Shopping inaugurou a 16 de outubro de 2008 e é o maior Centro Comercial no norte de Portugal, e um dos maiores da iiCg Portugal na euro-pa. Composto por 210 lojas distribuídas por 103.500 m2 de área bruta locável e com 5.300 lugares de estacio-namento, representou um investimento superior a 170 milhões de euros.

o Mar shopping assume o compromisso de proteger e zelar pela seguran-ça dos seus clientes, colaboradores, lojistas e edifício. esta responsabilida-de advém de uma sólida e enraizada cultura de segurança, cumprindo todos os requisitos impostos pela legislação em vigor e, em muitos casos, indo ainda mais além. “o conforto, segurança e facilidade de acesso são com-ponentes importantes na forma como vivemos a nossa visão de bem-estar num espaço comercial desta dimensão”, avança Paulo Carpinteiro, safety & security Manager do Mar shopping.

a segurança foi considerada uma prioridade desde a fase de projeto e execução, resul-tando na construção de um edifício inteligente e seguro, onde foram instalados os mais avançados e eficazes sistemas e equipamentos de segurança ativa e passiva. a grande maioria destes sistemas e equipamentos operam de forma integrada e automática, obedecendo a uma matriz de programação que controla o seu funcionamento em caso de necessidade.

os serviços de vigilância, Manutenção e limpeza são assegurados por empresas contra-tadas e especializadas no setor, garantindo elevados padrões de segurança, funcionalida-de e excelência na qualidade de serviço.

A fim de cumprir com a regulamentação introduzida através do Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 de novembro (regime Jurídico – segurança Contra incêndio em edifícios [rJ-sCie]) e Portaria nº 1532/2008 de 29 de dezembro (regulamento Geral – Segurança Contra incêndio em edifícios [rg-sCie]), foi estabelecida uma parceria com a sgs que, segun-do Paulo Carpinteiro, “deu o apoio necessário na reformulação do Plano de segurança interno (Psi) e na sua implementação, nomeadamente no que respeita às Medidas de autoproteção. desta união de sinergias resultou um plano criado à medida e ajustado à nossa realidade”.

plano de SeGurança internoSGS apoia mar ShoppinG

além da aposta nas infraestruturas e vertente tecnológica, o Mar shopping selecionou e formou uma equipa de operacionais devidamente habilitados e aptos a atuar preventivamente, assim como a responder a qualquer situação de emergência. Continuamente, o Mar sho-pping investe na manutenção e upgrade dos seus sistemas e equipamentos e na procura das melhores soluções existentes no mercado.

Desde 2009 o mAr Shopping imple-mentou um programa de auditorias, com o objetivo de auxiliar os lojistas a manterem um bom nível de segurança. Nestas auditorias, realizadas em Pda e software específico, verificam-se de forma pedagógica aspetos de segurança contra incêndio, higiene e segurança no trabalho e testam-se os sistemas e equipamentos.

além das auditorias e das inspeções peri-ódicas das entidades externas competen-tes, todo o empreendimento (incluindo as

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lojas) é inspecionado anualmente pela sua companhia de seguros. “É com orgulho que todos os anos recebemos classificações cada vez mais elevadas, reflexo do inves-timento contínuo e crescente na área da segurança”, finaliza Paulo Carpinteiro.

a sala de segurança é o ‘cérebro‘ do edi-fício, a partir da qual são geridos todos os recursos tecnológicos e humanos. Neste local existe um operador 24 horas por dia, todos os dias do ano.

o sistema de gestão técnica centralizada monitoriza os sistemas de segurança e de controlo dos restantes sistemas e/ou equipamentos. todos os acessos a partir do exterior, de pessoas ou viaturas, as ligações do parque de estacionamento aos pisos comerciais e as zonas do mall, são cobertas por um sistema de videovi-gilância com mais de 160 câmaras, que permitem a visualização on real time e a gravação de imagem.

Para emissão da mensagem de alerta geral (Código 1000) e mensagem de evacuação, existe um sistema de som que cobre todas as zonas públicas, incluindo o interior das lojas e zonas técnicas (foto à esquerda).

A sala de comunicações e os qGbt’s estão equipados com sistemas fixos de extinção automática de incêndio por meio de gases extintores inertes (foto à direita).

o sistema automático de deteção de incêndio cobre todas as áreas comuns. as lojas superiores a 300 m2 (incluindo ikea e Jumbo) e a restauração têm sistemas próprios conectados à Central de incêndio do edifício, localizada na sala de seguran-ça e com acompanhamento permanente, o que permite uma intervenção imediata em situações de alarme/incidente. os sistemas da restauração também detetam gás.

em todas as lojas, zonas comuns e téc-nicas do Centro Comercial está instalado um sistema automático de extinção de incêndio, composto por uma rede de Sprinklers, cujo funcionamento é mecâ-nico e automático, não necessitando de intervenção humana, acionamento elétrico ou de outro tipo. Como meios de primeira intervenção local e manual, encontram-se estrategicamente colocados carretéis, nor-malmente junto às saídas de evacuação, para que todas as zonas sejam abrangidas pelo alcance da mangueira de 25 m, uma polegada e agulheta de três posições (jato, nevoeiro e fecho).

o grupo supressor de incêndio, que garante o abastecimento de água para a rede de incêndios, localiza-se nas instalações técnicas no piso -2 e tem uma reserva de 632 m3.

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

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o Grupo de bombagem é composto por uma eletrobomba principal (400 m3/hora a 80 m.c.a.), uma motobomba de reserva (400 m3/hora a 80 m.c.a.), e uma eletro-bomba auxiliar ‘Jockey’ (6 m3 a 90 m.c.a.). apesar deste ser suficiente para as neces-sidades de pressão e caudal de todos os sistemas, o Mar shopping encontra-se equipado com outro Grupo de bombagem só para a rede de incêndios armada (carretéis de calibre reduzido e tomadas de água para bombeiros).

o sistema de extinção de incêndio nas hottes das cozinhas tem sensores de calor de acoplamento mecânicos e térmicos. uma vez ativado, o sistema descarrega o agente extintor sobre os dispositivos em chamas, para dentro da câmara de estabilização por detrás dos filtros de gordura e das condutas de extração. se o fogo se propagar para dentro do sistema de extração, isso é também rapidamente suprimido.

todos os vidros e caixilharia das áreas vidradas entre os parqueamentos e zonas de lojas e mall do Mar shopping são resistentes a fogo (60 minutos).

Como proteção adicional, estão instaladas cortinas de água que descarregam água em quantidade suficiente sobre a zona vidrada para que, em caso de incêndio, esta mantenha as suas características e, consequentemente, aumenta a sua capacidade corta-fogo para um total de 90 minutos

a compartimentação corta-fogo tem por finalidade restringir, dentro de determina-dos tempos, os focos de incêndio a áreas restritas e de risco diminuto. o Mar shopping integra compartimentação corta--fogo em vários setores do mall, parques de estacionamento e áreas técnicas.

estão ainda instalados registos corta- -fogo em todas as condutas de ventila-ção e climatização, na passagem de um compartimento para outro. as courettes, além de compartimentação, estão seladas entre pisos de forma a que o fogo não se propague para os pisos adjacentes.

o edifício é dotado de sistemas de desen-fumagem (evacuação natural na cobertura e ventilação mecânica), que em caso de incêndio permite uma extração dos fu-mos, limitando a elevação da temperatura do ar, criando condições para uma evacu-ação segura e em simultâneo permite o ataque ao foco de incêndio. de forma a impedir a propagação de fumos, em caso de incêndio, e aumentar a eficácia do sistema, foram colocadas estrategicamen-te cortinas corta-fumo à prova de fogo entre os parques cobertos. as escadas de emergência são equipadas com sistemas

Todo o edifício MAR Shopping está protegido com 390 extintores portáteis (Pó químico ABC e CO2).

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de pressurização de modo a que os fumos não entrem na caixa de escadas, manten-do o caminho de evacuação ‘limpo‘.

Nos pisos de estacionamento existe um sistema de deteção de monóxido de carbono, de modo a controlar permanen-temente a concentração deste gás letal. o sistema de deteção é do tipo análise ele-troquímica do ar ambiente, com controlo por microprocessador com elevada sele-tividade perante outros gases, de modo a obter resultados altamente fiáveis.

o Mar shopping implementou o seu Programa de desfibrilhação automática Externa (DAE) em julho de 2011, o que dotou o Centro de equipamentos para resposta imediata no local em situações de paragem cardíaca. Para a certificação deste processo, 16 Vigilantes e Auxiliares de operações receberam formação espe-cífica em suporte básico de vida e dae.

os equipamentos estão devidamen-te assinalados como “espaço Cardio Protegido”, e com a respetiva sinalética foto luminescente. a estes equipamentos acrescem ainda outros dois, da loja ikea e do Hipermercado Jumbo, que também implementaram um Programa de dae.

o espaço Mar Júnior é muito particular no contexto do Centro, pois as crianças têm comportamentos diferentes dos adultos, em casos de emergência. os mo-nitores treinam os procedimentos em tom de brincadeira com o “jogo das cordas“. o registo neste serviço de babysitting é efetuado num software especialmente criado pela equipa portuguesa da iiCg Portugal, pois está interligado com a ges-tão da emergência: por exemplo, soado o alarme, emite automaticamente uma lista ilustrada com fotos de todas as crianças e respetivos tutores. estes recebem um sms a alertar que as crianças seguiram para o ponto de encontro no exterior do edifício.

De forma a garantir o funcionamento de todos os sistemas de segurança em caso de falha de energia da rede pública, entrará em funcionamento, de modo au-tomático, um conjunto de quatro geradores acionados por motores diesel que asseguram a alimentação de todos os circuitos do edifício.

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SGS realiza plano eSpecial de emerGênciamunicípio de ponta delGada e SaaGa

a saaga – sociedade açoreana de armazenagem de gás, sa, tem um parque de armazenagem de gPl (gás liquefeito de Petróleo) em santa Clara, freguesia urbana de Ponta delgada, onde se realiza o armazenamento de carga de gás butano, referenciado como ‘substância perigosa’.

Para garantir uma resposta eficaz de proteção das populações face a uma emergência decorrente de acidente grave ou catástrofe com origem na saaga com efeitos no seu exterior, o Município delegou à sgs a elaboração de um Plano especial de emergência de Proteção Civil (Pee saaga).

o plano foi feito no cumprimento do DLr n.º 30/2010/A, de 15 de outubro que define o regime jurídico de avaliação de impacte ambiental e do licenciamento am-biental. este diploma transpõe uma série de diretivas europeias para a legislação regional, nomeadamente a PCiP (diretiva de Prevenção e Controlo integrados da

Poluição) e a de controlo dos perigos as-sociados a acidentes graves que envolvam substâncias perigosas (seveso).

objetivoS e medidaS do plano de emerGência

o Pee saaga reúne as informações e estabelece os procedimentos que per-mitem organizar e empregar os recursos humanos e materiais disponíveis, em situação de emergência originada nas instalações da saaga, e são consonantes com os princípios estabelecidos no Plano Municipal de emergência de Proteção Ci-vil do Concelho de Ponta delgada. este foi

apesar da obrigatoriedade legal, são ainda muito os municípios que carecem de Planos Munici-pais de emergência. Quando fa-lamos de instalações de grau de risco elevado, sob a legislação conhecida como seveso, estes planos assumem maior urgên-cia. Neste âmbito, o município de Ponta delgada para cumprir da melhor forma com estes planos: além do seu Plano Muni-cipal de emergência, atualiza os seus recursos de Proteção Civil com Planos especiais como o elaborado pela sgs para as instalações da saaga.

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criado em harmonia com a Lei de bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de julho), nomeadamente com o art. 50, que assume como objetivo principal minimizar a perda de vidas e bens, limitar os efeitos territoriais das situações de acidente e catástrofe e restabelecer com a pronti-dão possível as condições mínimas de normalidade.

o Pee saaga será acionado numa das seguintes situações de emergência:

• disparo de válvulas de segurança de esferas no parque de gPl;

• Fuga em qualquer órgão da rede de gás do parque ou em carros cisterna;

• Qualquer foco de incêndio e/ou explosão no recinto do parque, ou na vizinhança, em risco de transmissão a qualquer parte;

• ativação dos alarmes sonoro e visual por deteção de fugas de gás através dos detetores catalíticos ou dos feixes de raios infravermelhos;

• sismo;

• Ameaça de bomba;

• Qualquer outra situação anormal que coloque em risco a segurança do parque.

em qualquer uma destas situações a saaga, após a validação da ocorrência de acordo com os seus procedimentos inter-nos, procede ao acionamento do alarme geral e consequentemente efetua o alerta para chamada dos socorros exteriores. Como medida imediata a saaga tem um conjunto de procedimentos que preparam e garantem a saída rápida e segura dos ocupantes das instalações.

obviamente que as diferentes ações a desenvolver no decurso de uma situação de emergência dependem do tipo de ocorrência e da sua magnitude. em casos de maior gravidade pode ser aconselhável a evacuação de pessoas e bens.

No sentido de mitigar os riscos que foram caracterizados no Pee saaga, a sgs sugere uma intervenção ao nível da prevenção primária, com a distribuição de folhetos informativos à população do Con-celho, bem como ações de formação e sensibilização pelas instituições repartidas por cada uma das suas freguesias, desig-nadamente, escolas, hospitais, estabeleci-

mentos públicos e centros comunitários.

outra finalidade do Pee saaga é criar um Plano de emergência por cada freguesia, bem como a constituição de unidades locais de Proteção Civil e o seu regula-mento, no sentido de otimizar a resposta eficaz de meios e recursos numa situação de acidente grave ou catástrofe.

a importância da comunicação e doS SimulacroS

Para que as ações de resposta a emer-gências tenham a eficácia esperada torna-se imprescindível a preparação que a antecede. a comunicação e a perma-nente manutenção dos contactos com as entidades envolvidas - públicas e privadas - são das melhores práticas que se podem desenvolver.

tudo corre melhor quando as pessoas se conhecem, sabem das suas responsabi-lidades no processo, dos recursos e das formas de atuação uns dos outros. em caso de emergência, a coordenação no terreno será efetuada por meio do Posto de Comando operacional (PCo), neste caso localizado no Quartel da associação Humanitária dos bombeiros Voluntários de Ponta delgada.

outro elemento fundamental na prepa-ração é a realização de exercícios/simula-cros. estes incluem simulações em sala de operações do tipo CPX (exercícios tipo Posto de Comando), com o objetivo específico de testar e aperfeiçoar o estado de prontidão e a capacidade de resposta e de mobilização de meios das diversas entidades envolvidas nas operações de emergência. desenvolvem-se, também, missões no terreno com meios humanos e equipamento, que permitem avaliar as disponibilidades operacionais e as capacidades de execução dos diversos intervenientes.

o Pee saaga foi executado no decurso do ano de 2011, sendo que a sua aprova-ção aconteceu a 23 de fevereiro de 2012. devido à sua relativamente recente apro-vação, está-se a trabalhar na preparação de exercícios condizentes, com objetivos de ensaiar e testar os Meios de alerta e verificar a eficiência da coordenação entre os órgãos da Proteção Civil Municipal de Ponta delgada e os próprios meios de emergência da saaga.

após cada exercício é elaborado um relatório. Neste relatório analisam-se e avaliam-se os principais acontecimentos ocorridos durante o desenvolvimento das ações e registam-se as medidas correti-vas a introduzir no Plano de emergência externo, no sentido de melhorar a sua eficiência ou a eficácia dos meios de intervenção.

Quanto à colaboração do Município de Ponta delgada com a sgs, o feedback recebido é positivo e de mais-valia para a Câmara que pode recorrer aos seus ser-viços nas áreas do ambiente, segurança, gestão do risco e formação.

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vice-Presidente da Câmara Municipal de Ponta delgada, responsável pelo serviço Municipal de Proteção Civil

http://cm-pontadelgada.azoresdigital.pt

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

Page 34: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

hazop e qraem inStalaçõeS induStriaiS

Nas últimas décadas houve uma evolução dos estudos de segurança sobre o funcionamento das instalações (processos) industriais e das metodologias destinados a identificar e a avaliar os riscos associados. o método analítico utilizado depende, principalmente, do âmbito da investigação e da etapa do estudo de segurança do processo, ligada à fase em que está a decorrer a conceção/construção da instalação.

atualmente, os peritos sgs utilizam técnicas qualitativas e quantitativas na elaboração das análises de risco. estas integram diversas etapas/proces-sos parciais, sendo possível executar cada um deles por aplicação de uma metodologia qualitativa ou quantitativa.

A SGS bélgica está intimamente ligada ao desenvolvimento e implementação dos métodos de análises de risco na perspe-tiva de obrigação legal, pela participação nas comissões que orientam os estudos de preparação da legislação. adicional-mente, dispõe de professores assistentes na universidade de lovaina, no Mestrado em engenharia de segurança.

mÉtodoS qualitativoS e Semi- -quantitativoS

Para a maioria das pessoas, os estudos de segurança ou de análise de risco signifi-cam, normalmente, uma análise de falhas como HaZoP, sWiFt, etc. o objetivo da aplicação destas metodologias é iden-tificar os acontecimentos indesejáveis

no processo e suas consequências. isto faz-se dividindo os processos e investigan-do se cada um pode funcionar de forma diferente da proposta original. todas as ações ou recomendações são baseadas nas consequências esperadas da melhoria do funcionamento do processo. a análise integra, também, os aspetos de manu-tenção, bem como o arranque e paragem da operação nas condições normais do processo.

as análises de falhas são efetuadas por uma equipa em sessões de trabalho coor-denadas por um responsável/moderador. É importante que a equipa seja constituída por profissionais com adequada experiên-cia e conhecimento técnico da metodolo-gia e funcionamento do processo, para se poderem identificar todas as falhas.

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as análises de avaria geram perspetivas sobre potenciais acidentes que suportam o estudo de segurança do processo. o objetivo da análise de risco é identificar as medidas de segurança a tomar. os cená-rios de acidente devem, posteriormente, ser identificados com base na análise de falhas.

a sgs dispõe das melhores de equipas de estudos HaZoP (HaZard and operability studies) e Qra (Quantitative risk analy-sis), desenvolvendo trabalho em diversos setores de atividade industrial: turbinas eólicas, terminais, empresas petroquími-cas, centrais elétricas, ativida-des offshore, entre outros.

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antes de se definirem os riscos asso-ciados a estes cenários de acidente, é necessário determinar as probabilidades de ocorrência e as consequências do acontecimento indesejável. Na realidade, são estas duas variáveis que definem o risco. as árvores de falhas e de aconteci-mentos podem ser aqui utilizadas como exemplo.

as probabilidades e consequências podem ser determinadas numa base qua-litativa, embora, na medida do possível, essas variáveis também sejam determina-das semi-quantitativamente. os métodos qualitativos suportam-se em descritivos, como “provavelmente”, “raramente”, “ca-tastrófico”, “limitado”, etc.

a sgs dispõe do conhecimento e compe-tências necessárias para aplicar modelos no cálculo dos efeitos de libertações de substâncias perigosas, incêndios ou explosões. os modelos de danos também podem determinar o impacto nas pessoas ou infraestruturas, permitindo a determi-nação quantitativa das consequências.

os nossos peritos apoiam as empresas a determinar a probabilidade de ocorrência de eventos indesejados: a probabilidade de uma determinada situação indesejada é determinada com base na frequência de uma atividade e no risco de uma não conformidade.

Posteriormente pode ser efetuada uma avaliação do risco que é o ponto de partida para identificar as medidas que têm de

ser tomadas e os requisitos adicionais relativos, por exemplo, à fiabilidade. isto implica saber o impacto que uma determi-nada medida irá ter no risco em questão. de outro modo, como e em que medida uma determinada ação de segurança re-duz a probabilidade ou as consequências do acidente e quais são os parâmetros de importância subjacentes para o funciona-mento adequado da medida. as medidas são, então, adicionadas à arvore de falhas e/ou acontecimentos para permitir uma avaliação e análise corretas.

o estabelecimento dos critérios de risco é normalmente um processo difícil. É necessário ter em conta que os critérios de avaliação estabelecidos nas diversas entidades/departamentos, ou quando são utilizadas diversas técnicas, não sejam contraditórios. este processo deve ser um processo exaustivo, com estudo e motiva-ção suficientes tanto numa perspetiva de negócio como social.

anÁliSe de riSco quantitativa completa

Para além das técnicas semi-quantitativas e qualitativas poderá ser efetuada uma análise de risco quantitativa completa. durante a aplicação da Qra (Quantitative risk analysis), o risco é quantificado de forma real, tanto para as probabilidades, como para as consequências. esta técnica requer um trabalho intensivo e é efetuada por um analista especializado. em função

da sua complexidade, não se efetua uma Qra para todos os cenários de acidente e instalações, mas sim em acidentes graves onde são esperadas consequências graves.

esta técnica é sobretudo utilizada num contexto regulador, com a avaliação do risco centrada na compatibilidade com a envolvente. as Qra são, por isso, requeridas pelas autoridades às empresas no âmbito dos processos de licenciamen-to. os resultados são utilizados pelas autoridades como base para a tomada de decisões durante o processo de licencia-mento e para a política de planeamento da utilização dos solos, por exemplo.

a técnica também é utilizada pelas próprias empresas para, por exemplo, oti-mizar a disposição dos edifícios de forma a reduzir o risco do ‘efeito de dominó’ e os riscos para os funcionários.

ambas as técnicas, qualitativas e quantita-tivas, podem ser utilizadas a partir da fase de conceção. durante o processo de con-ceção, a análise do risco é revista no caso de haver alterações importantes ou serem disponibilizadas informações adicionais. a atualização é efetuada durante a operação e inclui as alterações no processo, nas ins-talações e/ou nas medidas contempladas.

É iMPortaNte Que a eQuiPa seJa CoNstituída Por ProFISSIonAIS Com ADEquADA EXPErIênCIA E ConHECImEnto tÉCNiCo da Metodologia e FuNCioNaMeNto do ProCesso, Para se PodereM ideNtiFiCar todas as FalHas.

bob GorrenS e equipa

responsável do departamento de segurança industrial e de Produtos environmental services

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

Page 36: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

o papel da anpcno reGime jurídico da SeGurança contra incêndioS em edifícioS

a aNPC ocupa-se da segurança de pessoas, bens e ambiente em caso de emergência/catástrofe. Normalmente associamos a aNPC à fase de res-posta mas, como indica Henrique vicêncio, diretor da unidade de Previsão de riscos e alerta da aNPC, “cada vez mais se deverá investir na área da prevenção, para se mitigarem danos e porque sai mais barato. É uma opção mais racional de atuação”.

Quando entrou em vigor em janeiro de 2009, o regime Jurí-dico da segurança Contra incên-dios em edifícios representou um salto qualitativo na seguran-ça da população e do património nacional, sendo a aNPC - autori-dade Nacional de Proteção Civil a entidade responsável pela sua implementação. o regulamento abrange um universo considerá-vel dos edifícios existentes, não deixando nenhum setor indife-rente às suas obrigações legais e cívicas de segurança.

No âmbito da segurança dos edifícios, a aNPC é a autoridade responsável pela implementação do regime Jurídico da segurança Contra incêndios em edifícios (rJsCie), definido pelo decreto-lei n.º 220/2008, de 12 de novembro. Com raras exceções, como os estabelecimentos in-dustriais de risco elevado, abrangidas pelo DL 254/2007, conhecidas por indústrias seveso, e os edifícios de forças armadas e paióis, o rJsCie é aplicável à maior parte dos edifícios e diferentes utilizações. Na opinião de Henrique vicêncio, este novo regulamento foi muito positivo por diver-sas razões, nomeadamente:

• Compilou toda a legislação anterior-mente dispersa;

• responsabilizou mais o cidadão e o projetista (mediante termo de respon-sabilidade destas partes, a vistoria inicial e o parecer da aNPC não são obrigatórios). No entanto, nos casos de maior risco, a aNPC continua a ser consultada;

• implementou restrições à atividade dos técnicos para que haja transpa-rência e controlo da qualidade dos projetos;

• estabelece formação específica e exigente para elaboração de projetos nas categorias mais altas de risco;

• todos os técnicos credenciados têm de frequentar ações de formação, com conteúdos definidos pela aNPC (informação disponível em http://www.prociv.pt/segurancaContrain-cendios);

• obriga ao registo na aNPC de todas as entidades no âmbito da comercia-lização, instalação, manutenção de produtos e equipamentos de sCie e à formação dos seus técnicos respon-sáveis ao longo dos anos (informação disponível em http://www.prociv.pt/segurancaContraincendios).

apesar de todas estas vantagens, o rJsCie necessita de algumas correções por ser considerado demasiado exigen-

Page 37: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

te nalgumas situações, onde os custos envolvidos não se justificam em termos da segurança alcançada. o diretor da unidade de Previsão de riscos e alerta da aNPC preside à Comissão de acompa-nhamento da implementação do rJsCie constituída por diversas entidades, nome-adamente, ordem dos arquitetos, ordem dos engenheiros, ordem dos engenheiros técnicos, Proteção Civil dos açores e da Madeira, associação Nacional de Municí-pios, laboratório Nacional de engenharia Civil, instituto da Construção e do imobiliá-rio e aPsei (associação Portuguesa de segurança). “Já foi feito um levantamento das correções a fazer no DL 220/2008 e Portaria nº1532/2008, mas continuamos a acompanhar a implementação do rJsCie porque é ainda muito recente”.

aS reSponSabilidadeS no rjScie

Apesar de ter menos de 40 técnicos em todos os distritos do Continente dedica-dos ao rJsCie, a aNPC elabora parece-res, verifica medidas de autoproteção, realiza inspeções regulares e inspeções extraordinárias, é responsável pelo registo de entidades que comercializam, instalam e procedem à manutenção de equipa-mentos de SCIE, que são já mais de 600 empresas e de técnicos que são mais de mil. Para demonstrar o nível de solicitação da aNPC, Henrique vicêncio aponta que “na estatística dos diplomas legais mais visionados em Portugal, o DL 220/2008 do rJsCie está em primeiro lugar.

a nossa equipa verifica a concordância dos Planos de segurança com a legisla-ção, dando pareceres sobre essa matéria. a pedido dos requerentes (obrigação legal) realiza inspeções regulares em que verifica os projetos e as medidas de autoproteção. temos também a questão dos técnicos responsáveis para a elabora-ção de projetos da 3ª e a 4ª categoria de risco: foram celebrados protocolos com as ordens pois era necessário haver uma for-mação específica para habilitar os técnicos para a elaboração de projetos para estas

categorias de risco. Já são cerca de 800 os técnicos registados na aNPC.

outra atividade crescente são os proces-sos inspetivos por iniciativa da própria aNPC. além dos casos em que temos denúncia, desde há dois anos que temos um plano de inspeções. Por exemplo, em determinada semana todos os técnicos fazem inspeções a uma utilização tipo, como lares. até agora, a maior parte das inspeções têm sido realizadas com pré--aviso às entidades, pois pretendemos ter uma atuação positiva e pedagógica”.

coordenar com oS planoS muni-ciaiS de emerGência

Há ainda muitos municípios que não têm plano de emergência de proteção civil. se-gundo o responsável da aNPC “em mais de 300 municípios, teremos até 80 planos aprovados. apesar de obrigatório por lei, há um longo caminho a percorrer e as atuais condições económicas não ajudam esta situação.

Há, igualmente, concelhos muito dinâmi-cos, com bons serviços de proteção civil, que fazem exercícios, dão informação e sensibilizam o público.

Nós pretendemos fomentar, no futuro, a coordenação entre Planos de segurança internos e os Planos Municipais. É algo de muito positivo a diversos níveis. um bom conhecimento entre os responsáveis de segurança das empresas e as autori-dades locais cria mais-valias na altura da emergência. toda a gente já se conhece e sabe quais são as áreas de maior risco das infraestruturas.

Por outro lado, os recursos privados po-dem apoiar na resposta à catástrofe: alo-jamento temporário em grandes espaços, assegurar a cadeia de frio de mercadorias perecíveis, etc.”.

É importante dizer que o impacto do rJsCie também se sente em termos económicos. Herique vicêncio lembra que “o universo que se relaciona com esta a segurança contra incêndios é enorme,

são muitos stakeholders, institucionais, privados, individuais e coletivos. o rJsCie veio incrementar muito a atividade das entidades de formação, empresas de comercialização, instalação e manutenção de equipamentos, e na criação de novos profissionais, por exemplo. É um setor que cria muita riqueza, direta e indireta-mente”.

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henrique vicêncio

diretor da unidade de Previsão de riscos e alerta da aNPC - autoridade Nacional de Proteção Civil

www.prociv.pt

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

Page 38: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

emerGência

• análise/ revisão de projetos de segu-rança integrados ou parciais

• Formação integrada nos projetos desenvolvidos

• Planos de segurança internos, no âmbito do DL 220/2008 (PSI);

• simulacros/exercícios de treino e simulação e table top´s;

• auditorias a sistemas Contra incên-dios (sCi)

• Planos municipais de emergência

• Planos de emergência externos

• Projetos de sCi (no âmbito do licen-ciamento de instalações)

• Projetos de sinalização de segurança

• Projetos de sistemas (ri, sadi, saei)

Saúde e SeGurança

• Manuais de segurança e saúde no trabalho (sst)

• organização de serviços externos de sst, conforme reconhecimento da aCt

• auditorias de sst

• identificação de Perigos, avaliação e Controlo de riscos (iPaCr)

• auditorias iPaCr

• estudos de ergonomia

• estudos de iluminância

SeGurança de inStalaçõeS induStriaiS

• diretiva AtEX (manual AtEX, Fichas AtEX)

• Auditorias de Conformidade AtEX

• Verificação do SGSPAG (DL 254/2007 - diretiva seveso)

• estudos de riscos (HaZoP, PHa, FMea, FMeCa, greteNer, doW)

a segurança é uma questão transversal a todas as ativida-des humanas, apesar de haver setores em que esta dimensão assume maior relevância, dada a natureza dos riscos envolvi-dos. além de ser uma matéria altamente legislada, envolve questões morais diretamente relacionadas com a proteção da vida humana. É, assim, essen-cial para as organizações obte-rem um apoio técnico fidedigno e capaz de responder eficiente e atempadamente às solicitações de todas as partes interessadas. a sgs detém os recursos, as acreditações e os reconheci-mentos necessários – nacionais e internacionais – para oferecer soluções integradas, sustentá-veis e que permitem às organi-zações se dediquem por inteiro ao seu core business.

• diagnósticos/auditorias de conformi-dade legal

• alertas de legislação e atualização

mensal de legislação

certificação & verificação

certificação

• oHSAS 18001 - Saúde e Segurança ocupacional

• ISo 22301 - Continuidade do negócio

verificação & auditoria

• relatório de segurança e auditoria ao sistema de gestão da segurança para a Prevenção de acidentes graves (sgsPag - seveso)

ServiçoS SGSna SeGurança

Saúde e SeGurança ocupacional

Page 39: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

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formação SeGurança

formação

• obrigações legais do empregador

• segurança e saúde do trabalho (sst)

• Implementação oHSAS 18001

• avaliação da Conformidade legal

• organização da emergência/Planos de emergência internos

• segurança de Máquinas e equipa-mentos

• regulamento de segurança Contra incêndios em edifícios

• Certificado de segurança

• averiguação de acidentes de trabalho

• trabalhador designado para sst

• VCA básico e Supervisor

• Qualificação de operadores de equi-pamentos (DL50/2005)

• organização e gestão da emergência

• segurança de trabalhos em espaços Confinados

• Diretiva AtEX

• renovação de CaP de técnico su-perior e de técnico de segurança e saúde do trabalho

formação avançada de auditoreS

• oHSAS 18001 - Auditor Interno

• oHSAS 18001 - Auditor Conversion (irCa)

• oHSAS 18001 - Lead Auditor (IrCA)

formação póS-Graduada

• Pós-graduação em gestão da segu-rança e saúde no trabalho

• técnico superior de segurança e Hi-giene do trabalho - regime b-learning (reconhecido pela aCt)

• Mestrado em ambiente, saúde e segurança (com universidade dos açores)

formação póS-Graduada em SSt

• 14 edições da Pós-graduação em gestão da segurança e saúde no trabalho (CaP sHst e auditor oHsas 18001)

• 19 edições do curso de tSHSt (CaP sHst)

• Cerca de 600 formandos abrangidos

númeroS da formação em SSt da SGS academy® (atÉ Setembro de 2012)

• 452 cursos

• 5.011 formandos

• 13.753 horas de formação

a formação na área da segurança, disponibilizada pela sgs academy®, decorre dire-tamente das atividades do grupo sgs neste âmbito. os nossos técnicos, inspetores e auditores são os nossos formadores. são profissionais qualificados, experientes e capazes de criar relações de confiança onde existe uma constante permuta de conhe-cimentos. segundo susana iglésias, diretora da sgs academy®, “a segurança trata-se de uma área com bastante expressão na nossa oferta formativa. somos detentores de vários cursos homologados e/ou reconhecidos pela aCt (ou no caso dos cursos decorrerem nas regiões autónomas, pelas respetivas direções regionais do trabalho) para a obtenção e/ou renovação do CaP de técnico superior de segurança e saúde do trabalho. temos também o reconhecimento internacional irCa (registo internacional auditores Certificados) para os cursos de qualificação de Auditores de 3ª parte oHSAS 18001. Pretendemos, de uma forma geral, promovendo formação nesta área, sensibilizar e preparar todos aqueles que participam nos nossos cursos para o enquadramento legal existente no domínio da segurança e para as responsabilidades inerentes à estrutu-ração dos sistemas de prevenção, para o desenvolvimento de processos de avaliação de riscos profissionais e para a coordenação técnica das atividades de sst”.

deSafiamoS oS coordenadoreS doS curSoS de SeGurança da SGS academy® a partilhar a Sua viSão relativamente a cinco queStõeS Sobre SeGurança

veja aS reSpoStaSnaS pÁGinaS SeGuinteS

SuSana iGlÉSiaS

diretora da sgs academy®

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

Page 40: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

luíS SantoS

rita meSquita

roGÉrio marqueS

joSÉ araújo

joão melo

a segurança constitui uma poderosa ferra-menta da produtividade; trabalhar em am-biente seguro e com recursos humanos que conhecem e aplicam os princípios e regras relativas à prevenção de acidentes e riscos profissionais, eleva o desempe-nho organizacional e, consequentemente, a produtividade. a segurança, enquanto conjunto técnico de regras visando a

prevenção de acidentes, ensina a trabalhar como poucas áreas do saber proporcio-nam. Partindo de uma visão organizacio-nal, a segurança enquadra o colaborador no gesto profissional correto, na execução das tarefas de forma apropriada, e na sua interação com os espaços laborais, os equipamentos e demais colegas. sem prejuízo de outras apostas, a formação

tendo em conta o atual contexto económi-co e financeiro, as organizações vêem--se na contingência de introduzir novas tecnologias, novas formas de organização, novas mentalidades de gestão, as quais implicam novos desafios em matéria de segurança e saúde dos trabalhadores.

ainda que orientadas para a Qualidade, as organizações começam a colocar ao mesmo nível o desempenho dos seus sistemas de gestão de segurança e

saúde no trabalho e a sua capacidade de disponibilizar produtos e serviços. Por ou-tro lado, os consumidores encontram-se cada vez mais sensibilizados para valores de ordem social e ética relacionados com os processos produtivos. desta forma as organizações têm vindo a tomar medidas destinadas a melhorar o seu desempenho na área da sst, como fator distintivo e competitivo na comercialização dos seus produtos e serviços.

obviamente que sim, pese embora o mui-to trabalho que há a fazer em termos de avaliação de compatibilidade de localização das instalações de alto risco. Conhecemos casos em que a malha urbana avançou para as proximidades das instalações industriais, ficando paredes meias com unidades processuais, tanques e esferas de armazenamento de produtos perigosos, pipelines, etc. a estas situações não é alheia a pressão urbanística e a desregula-

ção a nível do ordenamento do território, se formos a analisar caso a caso, todos estão licenciados, portanto algo não está bem. Perante este cenário, cabe às unida-des industriais empreender medidas para prevenir eventos iniciadores de acidentes que, a ocorrerem, poderiam ter impactos catastróficos na comunidade envolvente e, em caso de ocorrência, estar preparados para fazer face às situações com prontidão e eficácia mitigando as consequências

atualmente, com o elevado número de alterações a que as empresas são sujei-tas, tanto nos meios de produção, como na evolução tecnológica, a globalização, a rutura de fronteiras comerciais e a cons-tante busca por uma maior competitivi-dade num mercado altamente disputado, é fundamental que a empresa e os seus colaboradores demonstrem flexibilidade

de adaptação e rapidez na mudança.

Cada vez mais são fatores diferenciado-res, os quadros profissionais qualificados, comprometidos com a estratégia da empresa e satisfeitos com as condições em que o trabalho é realizado. assim, nestes tempos em que as questões de segurança e saúde do trabalho tendem a ser negligenciadas, revela-se fundamental

a área da sst mais vulnerável nesta questão é, em nossa opinião, a área da saúde ocupacional, que de todo, ao nível nacional, não tem acompanhado a mesma evolução positiva da segurança. Mantém-se a falta de Médicos de trabalho no mercado, a acumulação excessiva de trabalhadores assistidos por cada médico, a existência de empresas prestadoras de serviços externos que subcontratam clínicas locais para fazerem exames de aptidão a trabalhadores deslocados, sem

que estas tenham ao seu serviços médi-cos de trabalho. Por isso, a monitorização da saúde dos trabalhadores não tem como pressuposto o conhecimento, por parte dos médicos, das componentes materiais do trabalho - e respetivos riscos a que os trabalhadores estão expostos. serão pro-vavelmente as organizações certificadas que, impelidas a cumprirem integralmente as suas obrigações legais e assim fazerem uma maior vigilância sobre a forma como estes serviços são prestados – enquanto

como Se faz da SeGurança um inveStimento efetivo e não um cuSto?

aS empreSaS portuGueSaS eStão atentaS a políticaS preventivaS no âmbito da Saúde doS trabalhadoreS?

a SeGurança traduz-Se tambÉm em qualidade?

oS portuGueSeS podem eStar tranquiloS com a SeGurança daS indúStriaS de maior riSco?

qual a importância de formar aS peSSoaS em SeGurança?

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em segurança perfila-se assim como um dos investimentos com maior retorno nas organizações. dos decisores aos execu-tores, da especificidade técnica à gestão, toda a organização fica mais apta, mais robusta e mais eficiente. Na presente fase, num momento em que as empresas procuram ser ainda mais competitivas e aumentar a sua produtividade, uma maior

aposta na segurança pode ser a solução certa. Com recursos humanos mais prepa-rados e uma menor sinistralidade laboral é possível fazer mais com o mesmo. Para que a segurança seja vista como uma das soluções para esse aumento da produtivi-dade, para que a aposta na segurança e na correspondente formação não seja vista como um mero custo, as organizações de-

vem incluir entre os métodos que utilizam para avaliar o seu desempenho os vários indicadores de segurança disponíveis, habituando-se a definir objetivos e metas, a medir, a comparar e a avaliar. a organiza-

ção segura faz mais e faz melhor.

Face a este novo paradigma, a formação é o instrumento mais precioso na prepara-ção do trabalhador para o desempenho das funções que lhe são atribuídas, para o aumento de conhecimentos, para desenvolver aptidões e modificar atitudes e comportamentos. o contributo dos técnicos de segurança na conceção e desenvolvimento das atividades edu-cativas e formativas é imprescindível para o aumento de conhecimentos, para

desenvolver aptidões e modificar atitudes e comportamentos, de forma a assegurar uma adequada prevenção dos riscos pro-fissionais e, assim, aumentar a competi-tividade e alavancar o desenvolvimento económico das empresas. a integração dos conteúdos de sst nos programas de formação das empresas torna-se funda-mental para a implementação de uma verdadeira “Cultura de segurança”, de for-ma a que todos os trabalhadores, técnicos

e gestores adotem atitudes coerente e promotoras da sst em todos os locais de trabalho, contribuindo desta forma para o bom desempenho das mesmas.

para os seres humanos e para o ambiente. também aqui a formação de toda a equipa que desempenha funções do sistema de gestão, desde as tarefas de gestão às de execução passando pela verificação, tem um papel determinante no sucesso de um programa de prevenção e atuação. Na generalidade estas metodologias estão implementadas e são avaliadas anualmente por entidades independentes qualificadas pela agência Portuguesa do

ambiente. em particular posso garantir que as entidades que são verificadas pela sgs iCs estão na linha da frente na imple-mentação das medidas previstas, numa dinâmica efetiva de melhoria contínua, de-mostrada ano após ano. os esforços que têm sido feitos pelas autoridades também têm vindo a contribuir para a minimização dos riscos. refiro-me à elaboração dos Pee – Planos de emergência externos por parte das Câmaras Municipais à formação

dos meios humanos para intervenção em caso de acidente, nomeadamente através da realização de exercícios de simulação s procedimentos.

para as empresas terem uma força de tra-balho saudável, motivada e preparada para a extrema competitividade. empresas que investem na prevenção e na qualidade total da organização possuem ferramen-tas mais sólidas para se manterem no mercado global. usando as palavras de vicente Falconi, “um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sem-

pre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. Para os cursos de técnico superior de Higiene e segurança do trabalho da sgs foi constituída uma bolsa de formadores tecnicamente especializados em cada temática abordada, mas também com conhecimentos sólidos do terreno e das

dificuldades que as empresas sentem nestes dias. assim, procuramos formar profissionais tecnicamente qualificados mas com uma visão prática das organi-zações e com o objetivo de acrescentar valor nas organizações em que colaborem enquanto técnicos.

seus prestadores de serviços - a contribu-írem decisivamente para a normalização do mercado. do mesmo modo, técnicos de sHt competentes, técnica e cientifi-camente bem preparados, perfeitamente conscientes das suas atribuições e das interações que legalmente e funcional-mente terão de existir com os médicos de trabalho, criarão um clima de maior exigência e consequentemente de maior rigor na execução destes serviços, cujos beneficiários serão em primeira instância

os trabalhadores e as organizações. se o atual contexto de retração do mer-cado tem criado algumas dificuldades neste percurso que vinha sendo trilhado, este é provavelmente o cenário em que as políticas de prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais tomam uma maior relevância pela neces-sidade imperiosa de eliminar desperdí-cios e paragens acidentais associadas a estes eventos, no sentido de potenciar a rentabilidade do trabalho, mantendo-se os

princípios éticos e morais que se prendem com a reservação da saúde e segurança do ser humano. assim, esta é provavel-mente a conjuntura em que mais impor-tante será assegurar as competências adequadas e os melhores métodos para gerir a segurança e a saúde dos trabalha-dores. e há empresas que já perceberam isso…

como Se faz da SeGurança um inveStimento efetivo e não um cuSto?

aS empreSaS portuGueSaS eStão atentaS a políticaS preventivaS no âmbito da Saúde doS trabalhadoreS?

a SeGurança traduz-Se tambÉm em qualidade?

oS portuGueSeS podem eStar tranquiloS com a SeGurança daS indúStriaS de maior riSco?

qual a importância de formar aS peSSoaS em SeGurança?

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Page 42: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

a função operational integrity (oi) foi criada na sgs como a mais alta au-toridade corporativa em todas as questões de Qssa. as equipas globais e locais apoiam os gestores e supervisores na implementação de uma cultura de segurança responsável, em toda a nossa organização.

o protagonismo da oi na sgs vem de uma série de constatações que a companhia foi fazendo ao longo da sua história. a gestão da Qssa, objetivamente, salva vidas. Por isso, consideramos que é nossa obrigação para com todos os nossos trabalhadores e comu-nidades em que operamos, os nossos valores morais e sentido de integridade enquanto organização assim o exigem. Numa vertente mais operacional, a criação da função oi veio apoiar-nos a eliminar/mitigar os riscos operacionais, a cumprir os requisitos legais e a responder às expectativas dos nossos clientes.

os objetivos de negócio não são alheios à gestão da Qssa. de facto, na sgs sabemos que trabalhar de forma segura é uma vantagem diferenciadora na conquista e fidelização de clientes. sabemos, também, que as organizações que geram a sua saúde e seguran-ça têm melhores resultados. assim, o plano estratégico do grupo sgs, conhecido como the 2014 Plan e que estabelece os objetivos de crescimento do Grupo no período 2010-2014, também estabelece as metas a alcançar pela função oI (ver caixa). Segundo Chris kirk, Ceo do grupo sgs, “uma gestão mais eficiente da Qssa irá ajudar-nos a cumprir os nossos objetivos de 2014. Foi para nos apoiar nessa tarefa que fundimos todas as funções independentes de Qssa na ‘cúpula’ operational integrity”.

dinamização da operational inteGrity na SGS

a performance em Qssa é uma medida da eficiência operacional e uma métrica-chave do sucesso do negócio. daí que a implementação no terreno e a gestão oi, na sgs, é da responsabilidade de cada gestor e supervisor operacional.

a equipa de profissionais oi, em parceria com os gestores, identifica oportunidades de melhoria e apresentam soluções. Em 2012 e até 2013, as equipas globais e regionais oi, com o apoio dos gestores regionais e de cada afiliada, estão a lançar uma série de projetos globais a toda a companhia, que irão afetar todos os trabalhadores da sgs, sem exceção:

• sistema de gestão oi – um único sistema integrado de gestão;

• CrYstal - ferramenta global de report de incidentes;

• regras sgs para a vida – implementação de um conjunto de regras simples e claras, não negociáveis, cujo objetivo é reduzir as fatalidades;

operational inteGritya qualidade e a GeStão do riSco na SGS

Na sgs acreditamos que todos os nossos trabalhadores, inde-pendentemente da área de ne-gócio e da sua localização, têm o mesmo direito a trabalhar num ambiente seguro. também as exigências dos nossos clientes e a legislação dos países onde atuamos estão a caminhar no mesmo sentido: implementar medidas que concretizem os nossos valores éticos e morais e assegurando os mais exigentes requisitos de Qualidade, saúde, segurança e ambiente (Qssa).

Page 43: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

• Higiene industrial – contratação de profissionais e compra de equipamen-tos em todas as regiões; implemen-tação de uma ferramenta global de gestão integrada;

• segurança técnica – criação de mate-riais simples e práticos para sensibi-lização e formação (take 5, take 10, take 15);

• Comunicação – criação de um portal (interno) agregador de todos os materiais multimédia e para impres-são, aplicações móveis e ferramentas on-line;

• verificação e governance – atualmen-te estão a decorrer auditorias prévias e a ser desenvolvidas normas globais, com implementação prevista para 2013.

inteGração com o plano de continuidade do neGócio

a sgs presta serviços que, efetivamente, contribuem para o desenvolvimento do negócio dos seus clientes. isto significa que a companhia detém dados, colabora em operações e assegura atividades que permitem aos seus clientes focarem-se no seu core business sem se preocupa-rem com as responsabilidades delegadas na sgs.

o Plano de Continuidade do Negócio é um instrumento transversal a todas afiliadas e operações do ‘universo’ sgs, que as-segura a continuidade das operações e a minimização dos impactos no negócio dos nossos clientes. Consoante as especifi-

cidades de cada área de negócio/país, é elaborado um Plano que, apesar de definir procedimentos e dar recomendações gerais para atuação em caso de emergên-cia/crise e de minimização do impacto no negócio, caracteriza os riscos aplicáveis, define as missões dos vários intervenien-tes e aponta as formas de coordenação, direção e controlo em caso de incidente/acidente.

É algo de grande abrangência sendo capaz de dar uma pronta e adequada respos-ta a situações de verdadeira catástrofe (terramotos, inundações, incêndios, atos criminosos), bem como a situações de menor gravidade, mas talvez com maior frequência e igualmente com a possibi-lidade de afetação no negócio (avarias elétricas e falhas de comunicações).

ao nível nacional, a sgs Portugal tem ainda a preocupação de integrar toda a vertente de operational integrity com os Planos de emergência e de Continuidade do Negócio, por considerar que todas estas atividades aqui descritas estão a montante destes dois planos.

a última reunião da equipa de gestão de Crises decorreu em setembro passado, dia marcado também pelo lançamento oficial do CrYstal em Portugal.

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Reunião da Equipa de Gestão de Crise - Setembro 2012

aS valênciaS operational inteGrity na SGS

Qualidade – implementar sistemas organizacionais, procedimentos e processos que criem os mais elevados padrões de qualidade do serviço.

saúde – a proteção da saúde e bem--estar de todos os trabalhadores é a maior prioridade da gestão da sgs.

seguraNÇa – todos os trabalhadores sgs têm igual direito a um ambiente de trabalho seguro.

AmbIEntE – a legislação e normas am-bientais são cumpridas e é prestado todo o cuidado para respeitar o ambiente natural.

CoNtiNuidade do NegóCio – im-plementar um sistema de garantia da prestação dos serviços ao cliente em caso de acidente/incidente.

objetivoS operational inteGrity atÉ final de 2014

eliminação de fatalidades e redução significativa de lesões

gestão proativa dos riscos operacionais na organização (fogos, derrame de substâncias perigosas, grandes perdas patrimoniais, etc.)

todos os trabalhadores da sgs terão um ambiente de trabalho seguro

os gestores executivos são os responsáveis operacionais pela Qssa, servindo os profissionais oi como apoio facilitador e especializado

Cumprimento por todas as afiliadas das regras Qssa legais e internas da sgs

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SeGurançaem edifícioS e inStalaçõeS induStriaiS

Page 44: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal
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SiStemaS de GeStão da enerGia - iSo 50001

certificação enpluS pelletS de madeira

certificaçõeS SGS

quem prefere a SGSServiçoS e teStemunhoS

Page 46: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

a gestão da energia, com objetivos de eficiência e de redução de con-sumos, é transversal a qualquer ati-vidade. Mas assume maior impacto em instalações industriais consumi-doras intensivas de energia, como a Funfrap - Fundição Portuguesa, s.a. integrada numa estratégia mais alargada, a Certificação ISo 50001 vem contribuir para um aumento do desempenho e dos seus resultados operacionais.

a Funfrap – Fundição Portuguesa, s.a. é uma fundição de ferro fundido vocacio-nada para a produção de componentes para a indústria automóvel. localizada em Cacia - aveiro, iniciou a sua laboração em 28 de janeiro de 1985, empregando atualmente cerca de 350 colaboradores. Com um capital social de 13,7 milhões de euros, tem como acionistas a teksid SpA (holding do grupo Fiat) com 83,6% do capital e os restantes 16,4% repartidos por alguns investidores nacionais (bancos e companhias de seguros). o volume de negócios atingiu em 2011 cerca de 52 milhões de euros.

sabendo o processo e tecnologia utiliza-dos, o consumo de energia é intensivo e foi sempre crucial e fundamental na

SiStemaS de GeStão da enerGiaa norma iSo 50001

funfrap - fundição portuGueSa S.a.conSumoS intenSivoS de enerGia

cofelyGerir pelo exemploo setor energético nacional está consciente que a eficiência energé-tica será, brevemente, não apenas uma boa prática, mas um objetivo essencial ao modelo de negócio. Prova disso é o sistema integrado de gestão da CoFelY, certificado pela sgs, em segurança no tra-balho, ambiente e energia. Para a empresa que já era certificada em Qualidade, mais do que as vanta-gens internas inerentes, conta o exemplo e a experiência que quer passar aos seus clientes.

Presente em Portugal desde 1983, a CoFelY presta serviços de operação e manutenção de instalações técnicas nos setores industrial e terciário. os seus clientes incluem data centers, grandes edifícios de escritórios e instalações fabris. a empresa fornece aos clientes um conjunto integrado de serviços técnicos (hard services) com as restantes especia-lidades (soft services: limpeza, segurança, construção, moving, entre outros) num único contrato com um único interlocutor. oferece ainda soluções técnicas integra-das de eficiência energética orientadas à melhoria da performance das instalações, permitindo controlar os custos operacio-nais e reduzir a fatura energética.

a flexibilidade das soluções da CoFelY permite endereçar as necessidades

A norma ISo 50001, que esta-belece os requisitos de Certifi-cação para sistemas de gestão da energia, atribui objetividade e sistematização às boas práticas já implementadas por algumas organizações. vem elevar os objetivos de eficiência e menor consumo energético, reconhe-cendo o seu grande impacto nos resultados do negócio.

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ISo

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gestão da empresa. assim, para sónia almeida, responsável de ambiente da Funfrap, “a certificação de um sistema de gestão da energia surge como resposta à vontade de desenvolver uma política e estratégia clara na área da energia, capaz de nos permitir obter melhor desempenho e eficiência energética. a certificação pela norma ISo 50001, pioneira em Portugal, surge, em primeiro lugar, como uma es-tratégia do grupo Fiat, mas também como uma vontade da empresa e consequência natural da necessidade de implementação do sistema”.

detentora já de outras certificações (iso tS 16949 – qualidade no setor automó-vel, ISo 14001 – Ambiente, e oHSAS 18001 – Segurança e Saúde no trabalho), o referencial ISo 50001, relativo ao Sistema

de gestão da energia e abrangendo toda a empresa, foi integrado no sistema de gestão em vigor.

apesar do especial envolvimento neste processo da responsável de ambiente e dos responsáveis técnicos da área de energia e Fluidos (total de cinco pessoas) desde a publicação da ISo 50001, Sónia almeida indica que toda a equipa Funfrap foi parte ativa. talvez por isso, “felizmente encontramos poucos obstáculos, pois a vontade e empenho de todos para a concretização do objetivo de certificar a empresa pela ISo 50001 foi determinante. do ponto de vista prático, talvez a falta de conhecimento dos consumos de alguns dos utilizadores de energia, tenha sido a grande dificuldade encontrada”.

específicas de cada cliente e da cada instalação, potenciando simultaneamente a redução dos custos globais de operação e manutenção, e a melhoria do conforto para os utentes.

a CoFelY é a empresa do grupo gdF sueZ para os serviços de energia e no ano de 2011 teve uma faturação da cerca de 19.5 milhões de euros em Portugal, onde conta com 270 colaboradores. Em Portugal, a gdF sueZ é o segundo maior produtor de energia elétrica, dos quais 20% através de energias renováveis, e operador da única rede urbana de frio e calor, com um volume de negócios global de 534 milhões de euros e 605 postos de trabalho no ano de 2011.

a CoFelY foi uma das empresas pionei-ras em Portugal na certificação ISo 50001 (sistema de gestão da energia) e a pri-

meira do setor. simultaneamente obteve as certificações ISo 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) e oHSAS 18001 (Sis-temas de gestão de segurança e saúde no trabalho). Já em 1999 tinha sido uma das primeiras empresas do setor a obter a certificação ISo 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade).

Pedro antão alves, diretor Comercial & Marketing da CoFelY explica que “a certificação integrada é um objetivo estratégico da empresa que permite simultaneamente melhorar a estrutura organizacional interna e disponibilizar aos clientes um nível de serviço consistente. No longo prazo, este fator de diferencia-ção é fundamental para melhorar a relação entre a qualidade do serviço prestado e o custo total para o cliente”.

www.cofely-gdfsuez.pt/

47

quem prefere a SGSServiçoS e teStemunhoS

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ao nível dos benefícios da certificação do seu sistema de gestão da energia pela sgs, a Funfrap espera que o seu aumento do desempenho energético se traduza numa maior competitividade, pois esta política e estratégia permitem reduzir os custos de produção/operacionais.

“o facto de termos um sistema certifica-do, obriga à implementação de uma estra-tégia de atuação que passa pela redução contínua dos consumos energéticos e das emissões de dióxido de carbono, assim como pela definição de um orçamento próprio para projetos de redução de ener-gia e aumento da eficiência. outro ponto

Por ser uma empresa que presta serviços de energia aos seus clientes, a atividade base de operação e manutenção é orienta-da para a adoção de soluções racionais de consumo de energia, tipicamente elétrica ou térmica. assim, “o principal objetivo a atingir com a certificação ISo 50001 é a sistematização do conhecimento e das competências relacionadas com a utiliza-ção eficiente dos recursos energéticos, através de processos que possam ser transferidos com sucesso para os clientes da empresa, e assim diminuir os seus custos globais de operação”, continua o responsável.

Nesta fase do processo, a certificação ISo 50001 integra a sede da empresa em lisboa e a delegação no Porto, com uma

área global da ordem dos 1000 metros quadrados. Foi constituída uma equipa multidisciplinar integrando colaboradores da direção de operações, da direção de Ética, Qualidade, ambiente e segurança, e da direção-geral, que acompanhou o processo de levantamento e auditoria das instalações.

esta equipa de cinco pessoas teve uma alocação de seis meses para a preparação do processo de certificação. tal foi possí-vel, segundo Pedro alves, “porque a equi-pa capitalizou os amplos conhecimentos e experiência na gestão de diversos tipos de instalações de clientes da CoFelY, para implementar um sistema de melhoria con-tínua de performance energética. a título de exemplo, foram criados processos para

funfrap - fundição portuGueSa S.a.

cofely

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o FaCto de terMos uM sisteMa CertiFiCado obrIGA A ImPLEmEntAÇÃo DE uMa estratÉgia de atuaÇÃo Que Passa Pela reduÇÃo CoNtíNua dos CoNsuMos eNergÉtiCos e das eMissões DE DIóXIDo DE CArbono ...

o PrInCIPAL obJEtIVo A atiNgir CoM a CertiFiCaÇÃo ISo 50001 é A SIStEmAtIzAÇÃo do CoNHeCiMeNto e das CoMPetêNCias relaCioNadas CoM a utiliZaÇÃo eFiCieNte dos reCursos eNergÉtiCos...

pedro antão alveS

diretor Comercial & Marketing da CoFelY

fundamental, e que muitas vezes não é implementado sem um sistema certifi-cado, é a verificação da aplicabilidade e cumprimento periódico dessa estratégia, através da realização de auditorias exter-nas”, conclui a responsável de ambiente da Funfrap.

Sónia almeida e equipa

responsável de ambiente da Funfrap – Fundição Portuguesa, s.a.

a recolha e análise de dados periódicos, a realizar por esta mesma equipa, com o objetivo de melhorar continuamente o consumo de energia”.

a CoFelY espera com esta certificação não só contribuir para a redução dos consumos próprios de energia, como contribuir fortemente para a sensibilização dos seus clientes para a importância da utilização eficiente das diversas fontes de energia.

ISo

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quem prefere a SGSServiçoS e teStemunhoS

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Por toda a europa, com o aparecimento e crescente utilização dos pellets como alternativa a combustíveis fósseis, desenvolveram-se vários sistemas de certificação e selos de qualidade para pellets de madeira. esta pluralida-de de sistemas de certificação trouxe consigo requisitos de qualidade pouco uniformes que acabaram por dificultar as transações comerciais de pellets de madeira pela europa, criando, simultaneamente, uma certa indecisão nos produtores de equipamentos quanto ao referencial a reconhecer como preferencial para os pellets utilizados.

o sistema de certificação eNplus vem, neste sentido, harmonizar os requisitos para pellets de madeira para toda a europeu, sendo um referencial reconhecido e aceite pela maioria dos estados Membros.

o representante do sistema de certificação de pellets Enplus, em Portugal, é a AnPEb - Associação nacional de Pellets Energéticos de biomassa. Segundo, João Ferreira, secretário-geral da AnPEb, “a Associação foi criada em 2010 com a principal finalidade de promover e ajudar a desenvolver o setor dos pellets de madeira nacional. Conta como seus associados com a maioria dos produtores de pellets nacionais que representam, entre si, um volume de produção de cerca de 650 mil toneladas anuais, movimentando aproximadamente 85 milhões de euros por ano”.

o SiStema de certificação enpluS

Com o objetivo de estabelecer um referencial harmonizado para a qualidade dos pellets de madeira, reconhecido e aceite a nível europeu, o sistema de certificação eNplus consegue, ao mesmo tempo, aumentar a confiança dos consumidores numa marca que ateste inequivocamente a qualidade do produto, fortalecendo, também, o mercado dos pellets de madeira na europa e facilitando a circulação de produtos com qualidade testa-da e reconhecida.

isto porque, “a certificação eNplus, visa não só a qualidade do produto, mas também o estabelecimento de requisitos para os procedimentos aplicados aos pellets de madeira em toda a sua cadeia de valor. assim, são abrangidas pela certificação eNplus, empresas produtoras de pellets de madeira para produção de calor e empresas distribuidoras desse produto até ao cliente final”, esclarece João Ferreira.

as empresas com certificação eNplus terão a qualidade do seu produto reconhecida a nível europeu e até em mercados extra comunitários como o da américa do Norte. a certificação da qualidade eNplus permite uma expansão do produto a novos mercados, elevando assim as oportunidades de negócio e a competitividade da empresa num contexto internacional. Com a recomendação da marca eNplus por parte dos produtores de equipamentos, o consumidor procura cada vez mais produto com qualidade certifica-

norma em deStaque - enpluScertificação enpluS - pelletS de madeira

está a aumentar a procura de alternativas aos combustíveis fósseis, de uma forma generalizada. No caso dos pellets de madeira, esta evolução está a passar pela garantia da qualidade do produto colocado no merca-do, em consonância com requisitos harmonizados internacionalmente e reconhecidos por toda a indústria - certificação eNplus. Como organismo reconhecido para esta certificação de pellets, a SGS convidou a AnPEb para explicar em que consiste o sistema e quais as suas vantagem para todas as partes.

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da, o que, em conjunto com o aumento do preço dos combustíveis fósseis, se espera contribuir significativamente para o desenvolvimento do setor dos pellets de madeira em particular e da bioenergia em geral.

Mas quem valoriza esta certificação? o consumidor final está atento, ou são só as empresas do setor? o secretário-geral da AnPEb é da opinião que “todas as empresas ligadas ao setor dos pellets de madeira, assim como os consumidores, demonstram uma atenção significativa para com a certificação eNplus.

os consumidores procuram cada vez mais pellets de madeira com qualidade certi-ficada, de forma a evitarem problemas nos seus equipamentos e a assegurarem um funcionamento fiável e constante dos mesmos. Problemas de funcionamento em equipamentos de queima, causados por pellets de madeira de qualidade duvi-dosa têm vindo a afastar os consumidores de produto não certificado, aumentando a procura por pellets de madeira de qualida-de superior e testada como os certificados eNplus. a implementação do sistema que leva à certificação eNplus permite que os produtores de equipamentos de queima testem e otimizem os seus produtos para determinadas propriedades dos pellets, melhorando o seu funcionamento e indo de encontro às necessidades dos clientes. desta forma, os produtores de pellets de madeira veem na certificação eNplus uma oportunidade de divulgar a qualidade do seu produto e até a abertura de portas para a exportação, aumentando assim as oportunidades de negócio e a competitivi-dade da própria empresa”.

como decorre o proceSSo de certificação

as empresas que tencionem ser certifi-cadas segundo o sistema eNplus devem contactar a AnPEb. De seguida deverão contactar um organismo de certificação/inspeção, como a sgs, que será respon-

sável pela auditoria às suas instalações e processo de produção. Nesta inspeção são recolhidas amostras para serem anali-sadas em conformidade com os requisitos constantes no guia de certificação eNplus, por um organismo de teste reconhecido pelo ePC (european Pellet Council).

verificada a conformidade do produto, organização e unidade produtiva com os requisitos eNplus é emitido um certificado com validade de três anos. o organis-mo de certificação informa a AnPEb da decisão positiva e será então emitida uma marca em conjunto com o número de identificação individual da empresa em questão, que deverá constar em todos os sacos, faturas e guias de entrega de modo a garantir a rastreabilidade do produto. as auditorias são anuais no caso dos produ-tores de pellets e com intervalos de pelo menos três anos no caso dos distribuido-res de pellets de madeira.

Para o futuro, um dos principais objetivos da AnPEb é incluir representantes das várias áreas do setor nacional dos pellets, alargando a sua atividade a produtores e distribuidores de equipamentos para a combustão de pellets, distribuidores de pellets e empresas ligadas a equipamen-tos para a produção dos mesmos. “Com isto esperamos reunir uma pluralidade de conhecimento e desenvolver a partilha de experiências de modo a representar da melhor forma os atores do setor e, ao mesmo tempo promover a bioenergia”, refere João Ferreira.

joão ferreira

Secretário-Geral da AnPEb - associação Nacional de Pellets Energéticos de biomassa

www.anpeb.pt

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SiStema de certificação para pelletS de madeira enpluS

A AnPEb - Associação nacio-nal de Pellets energéticos de biomassa realizou, no dia 29 de maio, um Workshop de divulga-ção do sistema de Certificação para Pellets de Madeira eNplus. Nesta sessão foram apresen-tadas e discutidas as principais questões ligadas ao sistema de certificação para Pellets de madeira eNplus, assim como a sustentabilidade da indústria de produção e problemas comuns associados à utilização deste produto. a sgs iCs participou neste Workshop, através da interven-ção de leonor Centeno, gestora de Produto, que apresentou „ o processo de certificação”.adaptado de: Centro da biomassa para a Energia.

matoSinhoS | 29 maio

51

Page 52: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

a Pinewells, s.a. é uma moderna unidade de produção de pellets de madeira, sediada na zona industrial de arganil, equipada com a mais avançada tecnologia e 36 colabora-dores. inserida na fileira da bioener-gia, produz um biocombustível que, pela sua natureza orgânica, não cau-sa impacto ambiental, já que utiliza essencialmente produtos oriundos da limpeza florestal e desperdícios da indústria de madeiras. a em-presa considera que, desta forma, promove a redução das emissões de Co2 e apoia a gestão florestal.

1º certificado enpluS em portuGalSGS certifica pelletS de madeira da pinewellS

o mercado de pellets de madeira está em crescimen-to, como fonte de energia alternativa e de baixo impacto ambiental. a Pinewells, s.a. está na linha da frente em Por-tugal, dedicando 90% da sua produção ao mercado externo e fazendo um importante trabalho na Fileira, ao nível da limpeza florestal e de valoriza-ção económica de desperdí-cios da indústria de madeiras. a certificação eNplus do seu produto vem reforçar uma es-tratégia de sustentabilidade, qualidade e responsabilidade perante o consumidor final.

Page 53: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

Atualmente 90 % da produção da Pi-newells é exportada, o que atesta o seu produto final de grande qualidade e que respeita as especificações internacionais em vigor. Foi a primeira empresa em Portugal a obter a certificação eNplus para pellets de madeira, projeto que levou adiante com a sgs.

João matias baetas, diretor-geral da Pinewells, considera que “o processo de certificação dá claramente o suporte ne-cessário à nossa visão estratégica, a qual assenta em dois pilares fundamentais:

• reconhecimento pelo mercado do nosso produto e marca;

• liderança do mercado, pela exce-lência do produto, no setor da Fileira Florestal, no qual nos inserimos.

a certificação de pellets eNplus também vem validar a preferência do consumidor e a qualidade percetível que este já tinha do Pellet Pinewells. ainda por outro lado, no mercado internacional, a certificação eNplus é a condição necessária para a entrada nos mercados, sendo fundamen-tal para permitir uma concorrência franca e aberta com as marcas estrangeiras”.

o processo de certificação de Pellets de madeira Premium, 6 mm, classe Enplus--a1 na Pinewells, foi muito expedito, absorvendo uma pessoa a tempo inteiro durante três meses. Como exemplos de melhorias implementadas decorrentes da certificação, o diretor-geral da Pinewells aponta “a introdução de um controlo mais restrito, na receção de matérias-primas, a implementação de um sistema de rastrea-bilidade dos lotes e de métodos e práticas de autocontrolo ao longo do processo, com o objetivo de atuar sobre os proces-sos com rapidez e de forma mais eficaz”.

Quanto ao trabalho em conjunto com a sgs, o responsável reconhece a “cola-boração aberta e franca, com um grande espírito de entreajuda e com elevado profissionalismo. destaco que este foi um projeto pioneiro em Portugal para ambas as empresas e que o sucesso do mesmo foi um desígnio para todos os profissio-nais envolvidos”.

É grande a importância desta certificação para aumentar o negócio e a satisfação dos clientes da Pinewells, cujos objetivos de curto prazo incluem aumentar a sua quota de mercado nacional e internacio-nal, e a rentabilidade das vendas. João baetas aponta que a Pinewells pretende “crescer a sua produção de Pellet Certifi-

cado dos atuais 20 % para 40 %, até ao final de 2014, o que permitirá a expansão em novos mercados, como sejam a itália e a França”.

o responsável espera, ainda, que “o im-pacto no mercado português da entrada de produto com a certificação de pellets de madeira eNplus passe pela moraliza-ção da oferta, eliminando/diferenciando do circuito comercial o produto que não está de acordo com as normas internacio-nais, protegendo desta forma o consumi-dor final”.

www.anpeb.pt

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quem prefere a SGSServiçoS e teStemunhoS

joão matiaS baetaS

diretor-geral da Pinewells, s.a.

www.pinewells.com

Page 54: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

iSo 9001 - qualidade

3s solvaY sHared serviCes, lda.

aeg teleCoMuNiCaÇões, s.a.

aeMarCo serve, serv.,unip., lda.

aguas do douro e Paiva

ALEntubo - Fabricação de tubos, S.A.

alutaiPas - Com.Mat.Construção, lda.

AmPLIrEFLEX - Eng., Amb. Constr., Lda.

aNiColor - alumínios, lda.

ar teleCoM - aces. e redes tel., s.a.

argoN Comp. elect. electrónicos, lda.

Artur DA SILVA rIbEIro , lda.

atlaNtiCare - serviços de saúde, s.a.

avk - soluções audiovisuais, s.a.

bAStoS VIEGAS, S.A.

bEtonIt - eng. e Construções, lda.

bGr - Gestão de resíduos, Lda.

bmCAr tLCI - Automóveis, S.A.

buLLonI - Soc. Comp. Fixação, Lda.

Carldora - Cofragens, and. esc., s.a.

CarvalHo & Mota, lda.

CASA FéLIX, Lda.

CEntro HoSPIt. LISboA CEnt. , e.P.e

CEntro HoSPIt. LISboA nort., E.P.E.

CHroNoPost Portugal, s.a.

Citri - C.i.trat. resíduos industriais, s.a.

CortiMóveis Com. Fab. Moveis, lda.

CrivarQue - tr. geo-arqueológicos,lda.

CruZ & areal, s.a.

CSm IbErIA, S.A.

Curva eM u, lda.

dolPHiNs driveN - act. Mar.tur., lda.

e. s. Hotelaria e turisMo estoril

etiPriNt – ind.Com.etiquetasunip., lda.

EXPoméDICA soc. exp. i. Mat. Médico, lda.

FAbuLoSo CLIquE, lda.

FaMeg - Mont. electricas gerais, s.a.

FaNgueiro & rodrigues, lda.

FaPaJal - Fábrica de papel do tojal, s.a.

Faria & saNtos - artiN - tint. ver.,lda.

FrigoFaMa - Com. ind. Prod. alim.,lda.

gardeNgate, s.a.

geMadouro - Prod. de ovos, s.a.

geoMetrias oCultas - eng., lda.

grove advaNCed CHeMiCals Pt, s.a.

guiatel serv. telecomunicações, s.a.

HaÇor M - Man. edifício-Hospital da ilha

terceira, a.C.e.

HidroMariNHa - Com. Peças ind., lda.

IbEr AGrEE III, S.A.

ivePeÇas - Comércio Peças auto, lda.

JaF - lubrificantes e acessórios, lda.

JoÃo gouveia MoNiZ & FilHos, lda.

JosÉ Maria Ferreira & FilHos, lda.

Jose Maria PiNHeiro torres, lda.

LAbInA - Fundição Injectada, Lda.

liZMove - Com. Máq. de Movim., lda.

lusoiMPress - artes gráficas, s.a.

lusosPaCe - Projectos engenharia, lda.

MaCro-Frio - C. int. Prod. aliment., s.a.

mAnuEL bErnArDo LEAL CorrEIA

MaNuleNa - Fab. de Ceras e velas, lda.

Meigal - alimentação, s.a.

MeNdes & vasCoNCelos - g. act.,lda.

mEtALIzAÇÃo SobrALEnSE, Lda.

Misturas MileNares, lda.

mItSubISHI ELECtrIC EuroPE b. V.- Pt

muLtILAbEL, Lda.

MuNiCíPio de vila do CoNde

NeWCar Pro - Centros auto, lda.

NovaQui - equip. e Mobiliário Conf., s.a.

oMNi HaNdliNg - serv. aeronaves, lda.

ParQues e JardiNs Proj. e Constr.,lda.

Paulo J.g. loureNÇo, soc. unip., lda.

Paulo loureNÇo - i. C. sist. Com.,lda.

Paulo Madeira - est., alum. aut., lda.

Pele arte FuNeraria, lda.

Petróleos de Portugal - Petrogal, s.a.

Pluvia - soc. industrial Confeções, lda.

Politile - indústria Cerâmica, lda.

PositivorisCo - sis. Cont. incêndio,lda.

Qualitividade Consultoria, lda.

certificaçõeS SGSde abril de 2012 a outubro de 2012

Page 55: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

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QuestioN oF suCCess - inform., lda.

rESIFLuXo, Lda.

risatel - soc. Com.de Fios têxteis, lda.

rodiriMa - soc. armação de Ferro, lda.

saMsiC Portugal - Facility serv., s.a.

sta. Casa MiseriCordia e HosPital

de s. JoÃo da vila da lousÃ

segMa - serv. eng. gestão e Man., lda.

siMPleNeWs, lda.

soaNdaiMes - soc. de andaimes, lda.

SoC. têXtIL moStEIro Do AVE, lda.

sotratel - emp. trab. temporário, lda.

sPaMediC, soc. Prestadora de assistên-cia Médica, lda. - ClíNiCa uCardio

stYle roYale, lda.

sYsadvaNCe - sist. de engenharia, s.a.

tAbAquEIrA - emp. ind. tabacos, s.a.

tÁXIS Do tELHADo, Lda.

teCNiN traiNiNg, s.a.

teNsai - indústria, s.a.

tNoleN - est. serv. Prot. ambiental, lda.

triede - Cons. e Proj. de eng. Civil, s.a.

varela & Cia, lda.

veCtor estratÉgiCo - est. Cons., s.a.

vetliMa - soc. d. Prod. agro Pec., s.a.

vidraria Mortágua - vidros esp.,s.a.

voiCeiNteraCtioN - t. Proc. Fala, s.a.

iSo 14001 - ambiente

AbrunHoEStE - Cons. ref. Frutas, s.a.

aguas do douro e Paiva

atlaNtiC islaNds eleCtriCitY Ma-deira , s.a.

aveiPort - soc. op. Port. de aveiro, lda.

bEntA & bEntA - Com.Car.,Pa. velhos des. Met, unipessoal, lda.

bGr - Gestão de resíduos, Lda.

CHroNoPost Portugal, s.a.

CoNstruÇões reFoieNse, lda.

eda - electricidade dos açores, s.a.

EuroCAboS - Cond. Eléct. tec. Avança-da, s.a.

gasPar Correia - inst. téc. esp., s.a.

gdF sueZ eNergia e serviços Pt., s.a.

grove advaNCed CHeMiCals Pt, s.a.

HaÇor M - Man. edifício do Hospital da ilha terceira, a.C.e.

np 4457 - inveStiGação deSenvolvi-mento e inovação

HosPital PartiCular algarve, s.a.

iCM - indústrias de Carnes do Minho, s.a.

JosÉ Maria Ferreira & FilHos , lda.

Jular Madeiras, s.a.

karMaNN -gHia Portugal ind. Conf. Capas, lda.

Matadouro CeNtral de eNtre dou-ro e MiNHo, lda.

MistoliN - Produtos de limpeza, lda.

NovaQui - equip. Mobiliário Conf., s.a.

ParQues e JardiNs Proj. e Constr.,lda.

PeNgest - Plan., eng. e gestão, s.a.

rESIFLuXo, Lda.

SAInt GobAIn AbrASIVoS, Lda.

siMPleNeWs, lda.

t & t MultielÉCtriCa, lda.

varela & Cia, lda.

verificação emaS

aveiPort - soc. oper. Port. aveiro, lda.

karMaNN-gHia Pt. ind. Conf. Capas,lda.

ohSaS 18001 / np 4397 SeGurança

aguas do douro e Paiva

atlaNtiC islaNds eleCtriCitY Ma-deira, s.a.

Citri - Cen. int. trat. residuos ind., s.a.

CoNstruÇões reFoieNse, lda.

EuroCAboS - Cond. Eléct. tec. Avança-da, s.a.

gdF sueZ eNergia e serv. Pt. , s.a.

HaÇor M - Man. edifício do Hospital da ilha terceira, a.C.e.

Jular Madeiras, s.a.

55

JuNCor - acess. ind. e agrícolas, s.a.

MistoliN - Produtos de limpeza, lda.

ParQues e JardiNs Proj. e Const., lda.

PeNgest - Plan., eng. e gestão, s.a.

t & t MultielÉCtriCa, lda.

teNsai - indústria, s.a.

JuNCor - acess. ind.e agrícolas, s.a.

sePreM - serv. Precisão do Minho, lda.

bLuEWorKSbIotEmPo - Cons. biotec., lda.

bLuE CAPE - Consultores de Computação

técnica e Científica, lda.

Castros & MarQues, lda.

Clever aCtioN, lda.

CPCit4all - Comp. Port. Comp., inov. tecn., lda.

LAborIAL, s.a.

Marigold iNdustrial Portugal - luvas industriais unipessoal, lda.

QuestioN oF suCCess - inform., lda.

teCNiNet.CoM - tecn. informação, lda.

voiCeiNteraCtioN-tec. Proc. Fala, s.a.

Sa8000 - reSponSabilidade Social

FaNgueiro & rodrigues, lda.

np 4469 - reSponSabilidade Social

Com. CArrIS DE FErro DE LISboA, s.a.

iSo 22000 - SeGurança alimentar

adega CooPerativa de CaNtaNHede, C.r.l.

aNtoNio Costa CastaNHeira

avitoste, lda.

Meigal - alimentação, s.a.

Paulo MaCHado & irMÃo - alim. Cong., lda.

XArÃo - Comp. Portuguesa de licores, lda.

quem prefere a SGSServiçoS e teStemunhoS

Page 56: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

certificaçõeS SGSde abril de 2012 a outubro de 2012

haccp - SeGurança alimentar

obrA SoCIAL PAuLo VI

ifS - produto alimentar

aveleda, s.a.

brc - produto alimentar

CSm IbErIA, S.A.

iSo/tS - 16949

LAbInA - Fundição Injectada, Lda.

PlastiMago - trans. de Plásticos, lda.

centro zaraGoza

arraNCa ráPido, unipessoal, lda.

auto louro - Com. e rep. auto., lda.

auto reP. MoriNCHeira, lda.

MeNdes goMes & CoMPaNHia, lda.

MuNdauto ii serviÇos - auto., lda.

pefc - cadeia de reSponSabilidade

MoveCHo, s.a.

np 4413 - manutenção de extintoreS

eQuiFogo - unipessoal, lda.

Helder FiliPe FerraZ da silva

PositivorisCo - sis. Contra incêndio unip., lda.

en pluS - pelletS

PiNeWells, s.a.

produto induStrial

ALEntubo - Fabricação de tubos, S.A.

Carldora - Cofrag., andaimes e esco-ram., s.a.

GEbErIt - tecnologia sanitária, s.a.

Misturas MileNares, lda.

PreMotal - Pré-esforçado Mota, lda.

SECIL PrEbEtÃo - Préfabricados de betão, S.A.

sival 2 - Plásticos especiais, lda.

sYsadvaNCe - sistemas de eng., s.a.

vidraria Mortágua - vidros e espe-lhos, s.a.

vidraria sousa & sousa, lda.

iSo 13485 - diSpoSitivoS

mÉdicoS

bAStoS VIEGAS, S.A.

HidroFer, Fab. algodão Hidrofilo, lda.

sYsadvaNCe - sistemas de eng., s.a.

np 4427 - recurSoS humanoS

grove advaNCed CHeMiCals (Portugal), s.a.

iSo 50001 - GeStão da enerGia

FuNFraP - Fundição Portuguesa, s.a.

gdF sueZ eNergia e serv. Pt, s.a.

Petróleos de Portugal - Petrogal, s.a.

iSo 27001 - SeGurança da informação

CoNstruliNk - tec . de informação, s.a.

iNtegritY, s.a.

PortugalMail CoMuNiCaÇões, s.a.

en 15038 - Serviço de tradução

L10n StuDIo - Com. téCnICAS, Lda.

Page 57: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

a SGS academy®

a divisão de Formação da sgs em Portugal, designada por sgs academy®, foi constituída em novembro de 2003, tendo como base a prestação de serviços de formação profissional em diferentes áreas de atuação, onde a sgs é especialista, e cujas acreditações, homologações e reconhecimentos nacionais e internacionais falam por si.

a sgs academy® apresenta um conjunto de ações de formação a realizar nas moda-lidades intra e interempresas, procurando ajustar os conteúdos e formas de aplica-ção de acordo com as necessidades reais das organizações e formandos.

oS formadoreS

a bolsa de formadores especializados de elevadas e reconhecidas competências técnicas e pedagógicas, distribuídos por todo o território nacional, confere à sgs academy® uma posição privilegiada para corresponder às suas necessidades de formação.

os formadores são, essencialmente, consultores seniores e auditores que pro-curam partilhar a sua experiência com os formandos, contribuindo para o enriqueci-mento pessoal e profissional de cada um.

Cada vez mais, a sgs academy® conta com profissionais das mais diversas áreas, onde a segurança no serviço e o know--how sgs são a base de toda a área de formação.

formação - acreditação, homoloGação e reconhecimento

Cursos de Segurança (CAP)

Formação Acreditada

Formação de Formadores (CAP)

Formação de Auditores

Formação de Peritos Qualificados

formação perSonalizada ( one-to-one)

e-learninG e b-learninG

póS-GraduaçõeS

formação para auditoreS

formação intra

formação inter

outdoorS / indoorS açõeS de team buildinG

SeminÁrioS tÉcnicoS / workShopS

Page 58: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

aS noSSaS peSSoaSrui GonçalveS, tÉcnico de hiGiene e SeGurança alimentar

vindo de uma empresa de comércio internacional de cereais, rui gonçalves sentiu que estava a conquistar “qual-quer coisa de extraordinário” quando foi recrutado em 1993 para inspetor alimentar da sgs Portugal, atividade complementar ao laboratório agroalimentar que realiza-va análises a produtos alimentares. “eu entrei para fazer parte de uma equipa de apenas duas pessoas. o plano mensal de trabalhos passava por colheitas para o laboratório e auditorias que na altura de chamavam exames de higiene”.

apesar da legislação estar muito dispersa e o setor ainda não estar muito sensibiliza-do para estas questões, a sgs trabalhava com operadores que já sistematizavam as suas preocupações de qualidade e higiene alimentar, “principalmente restauração e restauração coletiva (nesta última, pelo menos 220 refeitórios). também apoiáva-mos redes de retalho e cooperativas de

produtos alimentares e eu realizava todo o serviço no território nacional desde a ser-tã até tavira. Havia também projetos com pastelarias, alta hotelaria de quatro e cinco estrelas de cadeias internacionais. Fazía-mos, ainda, muita assistência à descarga de produtos alimentares importados, nomeadamente de pescado. sempre que necessário, e quando a agenda permitia, inspecionávamos mercadorias ao abrigo de contratos governamentais”, lembra rui gonçalves.

creScer profiSSionalmente com o mercado

Foi exatamente em 1993 que foi emitida a Diretiva 93/43/CEE relativa à higiene dos géneros alimentícios. esta diretiva determinou a implementação do sistema HaCCP (segurança alimentar) em todos os estados Membros da ue, baseando-

-se no Codex Alimentarius, com o objetivo último de proteger o consumidor.

o técnico de Higiene e segurança alimentar da sgs Portugal admite que foi “crescendo com o conhecimento da segurança alimentar porque iniciei a minha carreira na sgs mesmo na altura em que se dá o grande arranque nesta área. em determinado momento, começamos a trabalhar com as cadeias internacionais de fast-food e com a grande distribuição (hipermercados), atividade com a qual me mantive muito ligado ao longo dos anos. de facto, a sgs acompanhou o advento da grande distribuição em Portugal, desde 1997, estando estreitamente relacionada com os crescentes níveis de qualidade e segurança alimentar apresentados nas lojas em todo o país”.

Será apenas em 2006 que Portugal cum-prirá o desígnio europeu em pleno com

embora preste serviços ao setor alimentar desde a sua fundação em 1878 – supervisão de cargas e descargas de cereais nos por-tos – pode-se considerar que a questão da segurança alimentar é ainda muito recente na história da sgs. só a partir dos anos 90 é que a indústria realmente se consciencializou e a legisla-ção tomou um corpo coerente de requisitos, boas práticas e proteção do consumidor. rui gonçalves, técnico de Higiene e segurança alimentar da sgs Portugal, acompanhou toda esta evolução.

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o Decreto-Lei 113/2006 que transpõe os regulamentos europeus 852 e 853 de 2004, que estabelecem as regras gerais destinadas aos operadores das empresas do setor alimentar no que se refere à higiene dos géneros alimentícios e as re-gras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal, respetivamente.

Na opinião de rui gonçalves, “houve organizações com a preocupação de se adaptarem gradualmente ao cumprimento do HACCP. mas foi mesmo em 2006, ano em que se iniciou a obrigatoriedade e até foi criada a asae, que a maior parte das organizações do setor alimentar começa-ram a implementar medidas para cumprir efetivamente os requisitos HaCCP. Quan-do os inspetores da asae começaram a trabalhar no terreno, todos os dias se ouviam notícias de estabelecimentos a serem fechados por falta de condições.

Desde 1993 que a segurança alimentar deu um salto qualitativo enorme em Por-tugal. Posso dizer que, de um modo geral, podemos sentir uma grande segurança a fazer compras ou a ir a restaurantes, mes-mo nas unidades mais pequenas, salvo raras exceções. Para isso muito contribuiu o aumento da fiscalização e a dissemina-ção da informação junto do consumidor, que agora está muito mais conhecedor e exigente quanto aos seus direitos”.

em pessoas e profissionais como rui gonçalves, a sgs vê que acrescenta valor ao seu cliente por identificar problemas e apresentar soluções. Por vezes não existem as condições financeiras ou estru-turais adequadas, mas dentro do possível, pretende dar as melhores soluções para minimizar quaisquer constrangimentos ao nível da segurança alimentar.

o serviço de segurança alimentar da sgs é igualmente muito importante em organizações com grande rotatividade de pessoal. Pois os auditores sgs acabam por transmitir periodicamente os conheci-mentos e as boas práticas aplicáveis em cada unidade.

“acho que a marca sgs é muito forte no mercado, não só pela dimensão da orga-nização, mas também pelo alto nível de trabalho efetuado no terreno todos os dias e que a torna numa referência. Hoje em dia, tenho clientes que já não me chamam rui gonçalves. Para eles eu sou o ‘rui da sgs’ (risos). as pessoas reconhecem o nosso trabalho e estabelecem-se laços de confiança.

o que me faz gostar de estar na sgs é o espírito de ‘vestir a camisola’. logo desde o início que a minha carreira foi muito gratificante, senti um grande apoio por parte da direção (deolinda Ferreira, que fundou o laboratório alimentar e ainda hoje é auditora de Certificação da sgs) e pelas minhas colegas no laboratório. No terceiro de dia de trabalho, fiquei extremamente admirado quando um senhor estrangeiro me trata pelo nome e me dá as boas-vin-das – era o administrador da sgs Portugal. Fui muito bem acolhido.

eu tenho a certeza que a experiência que adquiri nestes 19 anos, na minha profissão, era impossível de obter noutra empresa. tenho a convicção desta grande mais-valia por fazer parte da sgs”, reco-nhece rui gonçalves.

aCHo Que a MarCa sgs É Muito Forte No MerCado, NÃo só PELA DImEnSÃo DA orGAnIzAÇÃo, mAS tAmbém PELo ALto níVEL DE trAbALHo EFEtuADo no tErrEno toDoS oS DIAS E quE A torNa NuMa reFerêNCia. HoJe eM dia, teNHo ClieNtes Que Já NÃo Me CHaMaM rui goNÇalves. Para eles eu sou o ‘rui da sgs’.

rui GonçalveS

técnico de Higiene e segurança alimentar da sgs Portugal

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SGS mobile reporter: inovação e valor para o cliente

“Em 2004 tínhamos uma grande necessidade de inovar e conquistar mercado. os relatórios eram elabora-dos em papel e posteriormente em folha de cálculo. Foi então que eu apresentei o Mobile reporter na sgs, após uma pesquisa que fiz no merca-do. esta aplicação veio revolucionar o nosso trabalho e relacionamento com o cliente, pois permitia fazer os relató-rios no local, em Pda, assim como anexar fotos das não conformidades e disponibilizá-los imediatamente numa plataforma web, onde o cliente através de um user id e uma password, acede aos mesmos a qualquer momento.

esta é uma ferramenta que ainda hoje é atualizada e permite à sgs apresen-tar os resultados das auditorias de forma rápida e em formato acessível aos clientes. além disso, funciona como uma verdadeira ferramenta de gestão das organizações nossas clien-tes porque permite anexar a cada não conformidade identificada, o respetivo plano de ação corretiva e fazer o respe-tivo controlo”.

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notíciaS & eventoSem portuGal...

enerGizar a eficiência

a eficiência energética traduz-se em resultados imediatos! este foi o mote dos dois eventos, em formato de pequeno- -almoço, subordinados ao tema energizar a eficiência, promovidos pela sgs. Nos últimos anos, as organizações têm assistido à escalada dos custos relacio-nados com a energia. este fator, aliado à necessidade premente de competitividade das organizações, torna a temática da eficiência energética uma necessidade e uma ferramenta de gestão incontornável. Com a realização destes eventos, a sgs revela a grande pertinência da aposta no setor da energia, por permitir a redução de custos num período economicamente tão conturbado.

ead alarGa certificação em qualidade e ambiente aoS açoreS e inauGura novaS inStalaçõeS

a empresa de arquivo e documentação (ead) inaugurou novas instalações em Ponta delgada, na presença do secretário regional da Ciência, tecnologia e equi-pamentos. Na cerimónia de inauguração José Contente defendeu que todas as en-tidades, quer sejam públicas ou privadas, conforme a lei, têm o direito e o dever de preservar, defender e valorizar o patrimó-nio arquivístico.segundo comunicação da empresa, a expansão da delegação em Ponta delgada concretiza um inves-timento de 276 mil euros: aquisição de estanteria, sistemas de segurança vários, CCtv, de combate a incêndio, sistemas de deteção de intrusão e a certificação no Sistema de Gestão ISo 9001 e ISo 14001 que prossegue a estratégia de excelência da execução e prestação dos serviços da ead.

prÉmioS kaizen lean

porto | 19 abril

o kaizen institute Portugal realizou, no Porto, a Cerimónia de entrega de Prémios Kaizen Lean 2011 com a presença de Masaaki imai, guru do lean Management e fundador do kaizen institute. a sessão iniciou-se com a apresentação das iniciativas de Melhoria Contínua dos quatro premiados: sonae MC, amorim, iNeM e Câmara Municipal do Porto. Na sua intervenção, Masaaki imai realçou os princípios e as técnicas fundamentais para mudar a cultura da empresa rumo à excelência operacional e à melhoria de resultados. Na cerimónia foi, ainda, anunciada a segunda edição do Prémio kaizen lean em 2012. nesta segunda edição, o Kaizen institute Portugal contará, mais uma vez, com um parceiro especialista em cada uma das categorias: o grupo sgs – société générale de surveillance, a aPQ – associação Portuguesa de Qualidade, a aPgei – associação Portuguesa de gestão e engenharia industrial e a sPQs – sociedade Portuguesa para a Qualidade na saúde.

SuStentabilidade e inovação no Setor Social

braGa | 26 abril

No âmbito do apoio e serviços que tem prestado às instituições Particulares de solidariedade social e terceiro setor, a sgs patrocinou o seminário “sustentabili-dade e inovação no setor social”, organiza-do pela Célula 2000.

este evento teve como intuito proporcio-nar um debate aberto para a problemática da sustentabilidade e inovação do setor.

porto | 9 maio e liSboa | 29 maio

ponta delGada | 30 maio

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iv fórum da qualidade eSce-ipvc

este ano o iv Fórum da Qualidade da es-cola superior de Ciências empresariais do instituto Politécnico de viana do Castelo em valença, teve como tema central “a Qualidade Como vantagem Competitiva para as empresas“.

Num total de cinco painéis onde foram abordados variados temas ligados à área da gestão da qualidade, a sgs marcou presença com a intervenção de Catarina soares, Coordenadora de Formação da sgs academy, sobre “o Fator Humano na Qualidade”.

Grove certifica SiStema inteGrado de GeStão

a sgs certificou o sistema de gestão da Qualidade, ambiente e recursos Humanos da grove advanced Chemicals Portugal.

a grove encontra-se, assim, Certificada pelas normas da qualidade ISo 9001, do Ambiente ISo 14001 e de recursos Humanos NP 4427.

Na cerimónia de entrega dos Certificados, tomás azevedo, Presidente do Conselho de administração da grove, juntou toda a sua equipa para assinalar a distinção recebida.

SGS madeira orGaniza 1ª prova GaStronómica com qualidade e SeGurança

a sgs apresentou a 1ª Prova gastronómi-ca com Qualidade e segurança, no Hotel escola Hoteleira do Funchal.

Estiveram presentes cerca de 30 expo-sitores madeirenses que expuseram as suas especialidades, demonstrando que a Qualidade e a segurança alimentar devem ter um papel preponderante no setor.

Paralelamente, a sgs levou a cabo uma sessão para esclarecer dúvidas relativas ao cumprimento da legislação, das exigên-cias dos clientes e dos princípios HaCCP.

Para além de dar a conhecer as obriga-ções legais em matéria de segurança ali-mentar, este evento promoveu o convívio entre todos os parceiros, com Qualidade e segurança alimentar garantidas.

SeminÁrio acico 2012

a aCiCo - associação Nacional de arma-zenistas, Comerciantes e importadores de Cereais e oleaginosas contou, mais uma vez, com o apoio da sgs na realização do seu seminário, este ano subordinado ao tema ‘o mercado de matérias-primas alimentares na campanha 2012/2013. os mercados de futuros e a cobertura de risco em bolsa”.

encontroS anecra

a aNeCra realizou um conjunto de sessões de esclarecimento, encontros regionais e encontros temáticos, com o objetivo de debater algumas das principais questões que emergem no setor auto-móvel.

incentivando os empresários para que fa-çam da reparação automóvel um negócio de sucesso, a aNeCra promoveu encon-tros com associados, que registaram um grande sucesso participativo.

o programa oficina+ foi promovido pela sgs que apoiou todos estes encontros.

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operaçõeS de comÉrcio internacio-nal em deStaque

a iCC Portugal promoveu o seminário “Comércio internacional”, dirigido a todos aqueles que executam operações de comércio internacional.

devido ao sucesso desta edição em lisboa, foi replicada a mesma sessão no Porto, no dia 18 de outubro.

ana oliveira, gestora de Projetos da di-visão Consumer testing services da sgs Portugal, apresentou em ambas as ses-sões a temática do Controlo de Qualidade na origem/Certificado de inspeção.

controlo da tÉrmita da madeira Seca

a sgs nos açores, em parceria com a Pestkil, apresentou o seminário “soluções integradas para o Controlo da térmita da Madeira seca”, a espécie que constitui atu-almente a praga urbana mais preocupante nos açores devido aos graves danos sobre o património existente.

os impactos económicos e patrimoniais têm suscitado uma preocupação consi-derável, quer do governo regional, bem como dos cidadãos e da comunidade científica. a publicação de legislação regional, os projetos e estudos que têm sido desenvolvidas, são elucidativos da importância que esta praga tem hoje nos açores.

uma das medidas levadas a cabo pelo governo regional dos açores foi a criação de uma equipa de peritos, devidamente qualificados, com o objetivo de avaliarem e certificarem imóveis, bem como pro-ceder à monitorização dos mesmos após operações de desinfestação.

liSboa | 22 e 30 maio e porto | 18 outubro

valença | 15 junho

ponta delGada | 12 junho

ponta delGada | 26 junho

batalha | 28 junho

aveiro, viSeu, porto, leiria, braGa

vila do conde | 19 junho

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normaS internacionaiS para empreSaS exportadoraS

o nErbE/AEbAL (núcleo Empresarial da região de beja), a ACoS (Associação de agricultores do sul) em parceria com a sN – servícios Normativos apresentaram um evento direcionado especialmente às em-presas exportadoras do setor alimentar.

Natacha simões, técnica da sgs, apre-sentou as certificações mais solicitadas a nível internacional para a certificação de indústrias alimentares, nomeadamen-te ISo 22000, FSSC 22000, brC, IFS, globalgaP, entre outras Certificações do Produto. desta forma, foi evidenciada a mais-valia da certificação nos processos de internacionalização das empresas portuguesas.

beS e SGS promovem crÉdito à certi-ficação aGrícola na aGroGlobal

o bES participou na Agroglobal 2012, Feira do Milho e das grandes Culturas, com um stand para promover a linha de Crédito à Certificação agrícola, estabelecida em parceria com a sgs, inserida nas soluções bES Agricultura.

Porque a certificação dos produtos agrí-colas é crucial para o sucesso comercial, nacional e internacional, o bES e a sgs, o organismo certificador líder a nível mun-dial, criaram uma linha de Crédito que permite às empresas agrícolas certificar os seus produtos em condições especiais.

rede GlaSSdrive (Saint-Gobain) com maiS certificadoS

decorreu a cerimónia de entrega oficial de mais 21 certificados das sucursais da rede glassdrive, na alfândega do Porto.

Paulo gomes, diretor de Comunicação e imagem do grupo sgs Portugal, salientou que esta certificação traduz a concretiza-ção de objetivos como a maior eficiência e maior satisfação dos clientes, em cada uma das unidades certificadas.

SGS deSportiva

Com o apoio da empresa, alguns cola-boradores da sgs fizeram questão de participar nas Minimaratonas do Porto e de lisboa.

as provas que decorreram sob as mar-gens do rio douro entre o Porto e vila Nova de gaia superaram as expectativas de participação, registando mais de 11.000 inscritos de 22 nacionalidades. Por sua vez, em lisboa, a sgs também marcou presença na conhecida Mini-Maratona edP.

Colaboradores, familiares e amigos puderam assim aproveitar este momento para conviver, confraternizar e simultane-amente promover o seu bem-estar físico e mental.

carriS aSSinala 140 anoS e certifi-cação em reSponSabilidade Social

a Carris obteve a Certificação em res-ponsabilidade Social pela norma nP 4469-1, sendo a primeira empresa em Portugal no setor dos transportes a fazê-lo.

a cerimónia de entrega do certificado inseriu-se no âmbito das comemorações dos 140 anos da CArrIS, com a presença do secretário de estado das obras Públi-cas, transportes e Comunicações.

iSvouGa acolhe conferência SSt

teve lugar no auditório do isvouga, a iª Conferência de segurança e Higiene no trabalho. esta iniciativa, de organização conjunta do isvouga com o Cenatex, contou com a participação de vários pro-fissionais da área de segurança e saúde no trabalho e estudantes.

o 2.º painel contou com a participação de Joana Castro Martins, auditora da sgs iCs, com uma intervenção sobre a norma de certificação oHSAS 18001.

vila do conde com GeStão daS ÁreaS verdeS certificada

a Câmara Municipal de vila do Conde obteve recentemente o Certificado da Qualidade com base na mais reconhecida norma internacional da Qualidade iso 9001, no âmbito da manutenção dos espa-ços verdes e jardins públicos.

segundo antónio Caetano, vereador com este pelouro na Câmara Municipal de vila do Conde, “esta certificação é a assunção por parte do executivo Municipal de uma estratégia que visa fomentar uma cultura de melhoria contínua e de promoção da excelência em toda a organização”.

porto| 15 Setembro

porto| 16 Setembro e liSboa | 30 Setembro

liSboa | 18 Setembro

Santa maria da feira | 18 Setembro

vila do conde | 26 Setembro

beja | 4 julho

cartaxo | 5, 6 Setembro

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plano de formação 2013

Já está disponível o Plano de Formação da sgs academy® para 2013. o lançamento decorreu em dois webinars, no dia 6 de novembro.

susana iglésias, diretora da sgs acade-my®, apresentou as principais novidades para 2013 que incluem Cursos de Forma-ção, Percursos Formativos, Pós--gradua-ções, Formação para auditores, seminá-rios técnicos/Workshops, entre outros.

esta foi uma oportunidade para os parti-cipantes começarem a planear o próximo ano atempadamente e com informação importante para o desenvolvimento de negócios e carreiras.

ciclo de formação avançada qualifica GeStoreS comerciaiS e de vendaS

a área comercial ‘foge’ às competências centrais do grupo sgs, mas ao verificar o quanto a crise afeta as vendas das organizações, a sgs reuniu especialis-tas reconhecidos e criou uma solução de formação que efetivamente permite aumentar as vendas: Ciclo de Formação avançada em gestão Comercial e vendas.

este ciclo é composto por oito cursos, que podem ser frequentados individual-mente, mas apenas a frequência do ciclo de formação completo (oito cursos - 64 horas) confere o certificado “Qualificação de gestor Comercial e de vendas”.

a nova edição está prevista para o 1º semestre de 2013.

póS-Graduação/eSpecialização em GeStão de SiStemaS empreSariaiS

a gestão empresarial requer técnicos conhecedores das metodologias e ferra-mentas utilizados no âmbito da Qualida-de, ambiente e segurança e saúde do trabalho. ao mesmo tempo, exige-se que cumpram princípios de Ética empresarial e responsabilidade social que os novos modelos económicos enfatizam.

Com o objetivo de elevar/complementar o nível de conhecimentos nestas áreas, de profissionais ativos e de recém-formados, a sgs academy® apresenta esta nova Pós-graduação focada nos sistemas de gestão.

o formando pode escolher a qualificação que pretende obter, cruzando as variadas possibilidades (Qualidade, ambiente, segurança, responsabilidade social, re-cursos Humanos e Manutenção).

lean Six SiGma Green belt

a sgs academy® disponibiliza em 2013 três cursos com foco nas ferramentas lean six sigma mais utilizadas e que proporcionam resultados a curto prazo: Fast improvement kaizen specialist, shop Floor kaizen (gemba kaizen, sMed e kanban pull system) e lean six sigma leadership training.

a frequência com aproveitamento nestes três cursos confere a qualificação de Green belt.

workShop “como operacionalizar um SiStema de GeStão de idi”

No contexto atual, a gestão de inovação é a abordagem mais adequada para manter e reforçar os fatores de competitividade de uma organização. de acordo com um recente inquérito realizado a nível mundial, a principal prioridade das organizações para os próximos três anos é o crescimen-to do volume de negócios e a principal ferramenta de gestão que irão utilizar é a inovação aberta.

após três edições de sucesso em lisboa e no Porto em 2012, serão agendadas novas edições para 2013, no âmbito da parceria sgs academy® - digitalflow. esteja atento!

póS-Graduação/eSpecialização em SuStentabilidade e inovação

Mais um projeto conjunto da sgs acade-my® e da digitalflow. temas como Quali-dade, Marketing industrial e de serviços, gestão de Clientes e de Fornecedores, inovação e desenvolvimento, Capital Humano e responsabilidade social, são alvo de análise e desenvolvimento na Pós-graduação; sempre com uma forte componente prática, através de análise de estudos de caso, de coaching individuali-zado e visitas de estudo.

os formandos têm ainda possibilidade de frequentar cursos livres, nomeadamente o de auditor interno a sistemas de gestão de idi, que dá acesso à respetiva qualifi-cação. a próxima edição está já agendada para dia 10 de maio de 2013.

formação avançada SiStemaS de GeStão da enerGia iSo 50001

grande parte da eficiência energética nas organizações pode ser conseguida obtida através da alteração dos processos de gestão da energia. A norma ISo 50001 proporciona um método para a integração da eficiência energética nos sistemas de gestão já existentes nas organizações (Qualidade, ambiente, segurança, etc.).

a Pós-graduação em sistemas de gestão de energia da sgs academy® tem um cur-rículo adaptado à realidade atual, marcada pelo agravamento constante do custo da energia e da necessidade premente da melhoria das condições de competitivida-de das empresas e do país.

a próxima edição está agendada para março de 2013 em Lisboa e no Porto.

adicionalmente, a sgs academy® con-tinua a formar auditores de Certificação com reconhecimento internacional (irCa) nesta área. ainda este ano poderá integrar uma turma em lisboa para o curso a decorrer entre 26 e 30 de novembro. Qualifique-se connosco!

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açoreS: 5ª edição do meStrado em ambiente, Saúde e SeGurança

quando em 2003 a SGS desenvolveu em parceria com a academia açoriana este mestrado, estava longe de imaginar que, volvidos nove anos, já tivessem sido formados mais de 150 alunos naquele que é um dos mestrados mais procurados e frequentados na universidade dos açores.

Para tal contribui a tripla qualificação: Mes-tre em ambiente, saúde e segurança, técnico superior de segurança e Higiene do trabalho e auditor interno de seguran-ça ocupacional oHSAS 18001.

SGS academy® participa no Social lab 2012

entre 11 e 13 de julho, na universidade Católica – Porto (Campus da Foz), decor-reu o Social Lab, que reuniu cerca de 200 pessoas que trabalham no terceiro setor. teve como objetivos incentivar a colabo-ração entre as organizações da economia social e promover o encontro entre os vários projetos de intervenção social em que a universidade Católica tem estado envolvida.

Com um formato realmente inovador, per-mitiu que a grande maioria dos participan-tes apresentasse o seu trabalho, partilhan-do conhecimentos e boas práticas, como foi o caso da sgs que apresentou o seu projeto de formação-ação realizado em parceria com a CNis.

aquiSiçõeS reforçam eStratÉGia de creScimento

o plano estratégico do grupo sgs, co-nhecido como the 2014 Plan, estabelece os objetivos de crescimento do grupo no período 2010-2014. A estratégia é mista, combinando o crescimento orgânico como crescimento por aquisições. aqui ficam as últimas de relevo:

• sentinel services (Proprietary) ltd, áfrica do sul - industrial

• australian radiation services Pty. ltd, Melbourne, austrália - ambiente

• sgs acquires the ludwig group, Canadá – Petróleos e Petroquímicos

• laboratório gladstone, austrália – Ma-teriais de Construção

• laboratórios sercovam group, França – Controlo da Qualidade de Produtos

• Exprimo nV, bélgica – Ciências biológicas

• gravena - Pesquisa, Consultoria e trei-namento Agrícola, brasil - Agricultura

SGS aSSeGura qualidade da conStrução do dique marítimo do mundo

A SGS bélgica/Intron e o seu parceiro SbE vão assegurar a qualidade da constru-ção das comportas e pontes de um novo dique marítimo no Porto de antuérpia, a maior infraestrutura em construção na Flandres e o maior dique do mundo.

em colaboração com uma equipa técnica do Governo Flamengo, a SGS e SbE vão desenvolver um sistema customizado de controlo da qualidade que incluirá manual de procedimentos e protocolos de inspe-ção de materiais e construções incluindo componentes importados.

no mundo...

notíciaS & eventoS

bÉlGica

Global

the

plan 2014

Page 65: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

diSpoSitivoS mÉdicoS: SGS patrocina conferência anual do Setor

a sgs foi um dos patrocinadores da con-ferência anual da regulatory affairs Pro-fessionals society (raPs), que se realizou em Seattle, entre 26 e 30 de outubro.

o know-how e experiência da sgs esti-veram em destaque em dois eventos pa-ralelos sobre a regulamentação europeia aplicável, que esgotaram com a presença de diversos exportadores americanos.

centro de formação ndt de ShanGai brilha em exame do bindt

Pelo sexto ano consecutivo, o Centro de Formação de ensaios Não destrutivos em shangai da sgs China passou sem qualquer não conformidade, na auditoria do british Institute of non-Destructive testing’s (bInDt). Em 2008, a SGS China foi a primeira entidade na história do bInt a conseguir tal feito.

o bInDt é uma entidade acreditadora, cujo reconhecimento permite à sgs rea-lizar formações e exames de acordo com os requisitos bInDt na China e em todo o mundo.

SGS anuncia expanSão dae labo-ratórioS mineraiS

a sgs vai integrar todas as suas opera-ções de análise geoquímica de don Mills (toronto), nos novos laboratórios em lake-field e vancouver, potenciando o Centro de Competências estabelecido para apoiar melhor o setor mineiro mundial.

certificação pioneira da SGS refor-ça competênciaS na aeronÁutica

ao ser reconhecida com o Nadcap Merit status o laboratório sgs de ensaios de Materiais de dortmund, torna-se o único laboratório independente na alemanha com esta certificação, possibilitando à sgs a realização oficial de ensaios críticos a componentes da indústria aeroespacial.

ServiçoS automotive na feira internacional de fornecedoreS volkSwaGen

A SGS foi um dos 700 expositores da feira internacional de fornecedores volkswa-gen, que contou com empresas prove-nientes de 26 países. Durante a feira, a sgs demonstrou como os seus serviços apoiam o setor automóvel em toda a ca-deia de valor, a fornecer veículos seguros, a melhorar a qualidade e a eficiência.

laboratórioS da SGS São orGaniS-moS notificadoS Sob a nova diretiva brinquedoS

os laboratórios da sgs em França, reino unido, alemanha e Holanda foram reco-nhecidos como organismos Notificados para atuar sob a nova Diretiva 2009/48/CE, relativa à segurança dos brinquedos.

Com este estatuto, a sgs emitir certifica-dos de exame Ce de tipo e realizar exame Ce de tipo.

nova central de frio reforça SeGu-rança alimentar

Foi inaugurada a nova central de frio da sgs em Mumbai, uma infraestrutura única na índia que vem responder à crescente exigência de segurança dos produtos frescos.

a Central está capacitada para prestar serviços como amadurecimento, seleção, medição e armazenagem segura em di-ferentes zonas de temperatura, a par dos serviços tradicionais de inspeção e ensaio.

SGS em parceria com atlaS para enSaioS a móduloS fotovoltaicoS

o programa atlas 25+ é complementar aos testes ieC a módulos fotovoltaicos porque testa a exposição ambiental de longa duração, suportando decisões dos fabricantes relacionadas com garantias.

a parceria da sgs com a atlas permite aos fabricantes integrar todos os testes exigidos pelo atlas25+ e pela certificação oficial obrigatória, pois a sgs é também organismo Notificado nesta área.

SGS verifica aSfalto rodoviÁrio

a MacMahon contratou a sgs para o seu projeto de recuperação de asfalto em Perth, o segundo deste género em toda a austrália. a sgs prestou serviços muito complexos, que incluíram testes ao pavi-mento e ao subsolo, ensaios a materiais de construção e investigação geotécnica.

a seleção da sgs foi baseada nas compe-tências apresentadas pela sgs e no longo historial de trabalho conjunto que as duas companhias já têm.

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iSo 50001: GeStão da enerGia

A recente norma ISo 50001 permite às organizações caminhar no sentido de uma melhor gestão energética, redução das emissões de gases com efeito de estufa e de outros impactes ambientais associados, bem como da redução dos custos de energia.

a sgs realizou dois seminários gratui-tos on-line, nos passados dias 13 abril e 28 de setembro, onde se procedeu à análise das questões energéticas mais pertinentes e ao estudo da norma, dando a conhecer os requisitos essenciais de um sistema de gestão de energia e as vantagens para as organizações.

rohS2 - deSafioS e SoluçõeS

a nova diretiva roHs (conhecida como roHs2) tornou-se legislação da ue em julho de 2011 e entrará em vigor nos Esta-dos Membros após 18 meses.

Como a roHs2 introduziu novos desafios aos produtores, importadores e distribui-dores de produtos elétricos e eletrónicos no espaço europeu, a sgs tem prestado esclarecimentos aos seus clientes e par-ceiros. Foi o caso do Webinar, no dia 19 de abril, que apresentou soluções no âmbito desta nova diretiva.

ohSaS 18001: GeStão da Saúde ocupa-

cional

a somar aos custos humanos, os aciden-tes de trabalho e as doenças profissionais impõem custos financeiros para os traba-lhadores, para os empregadores e para a sociedade como um todo.

além da redução de custos, a gestão eficaz da segurança e saúde no trabalho melhora a eficiência dos negócios e das atividades das organizações. É este o propósito da norma oHSAS 18001 que es-tabelece os requisitos para este sistema de gestão.

a sgs apresentou a estrutura e requisitos da oHSAS 18001 a 7 de maio, num we-binar gratuito, onde também foram abor-dados os benefícios da integração deste sistema de gestão com outros como o da Qualidade e ambiente, por exemplo.

iSo 9001: GeStão da qualidade, Sempre!

a gestão da Qualidade com base na nor-ma ISo 9001 é o atual alicerce da Gestão Moderna. os seus princípios orientam organizações em todo o mundo no sen-tido da melhoria contínua e da crescente competitividade, pois está na base de todos os outros sistemas de gestão. de facto, a facilidade de integração entre os sistemas de gestão responde à necessi-dade de implementar um sistema sério, útil e robusto, que se assuma como pilar de responsabilidade da organização.

Como todos os anos mais empresas aderem a este ‘movimento’, a sgs vai reciclando conhecimentos e acolhendo novos clientes com sessões como a que decorreu on-line no dia 9 de maio.

auditoriaS SociaiS na cadeia de

valor

a 15 de maio a sgs apresentou um We-binar sobre a importância das auditorias sociais a fornecedores.

a crescente globalização, com a expan-são do comércio internacional e a rapidez de comunicação, tem aumentado as preocupações sociais das organizações. trabalho infantil, mão-de-obra escrava, discriminação, condições de trabalho, resposta a emergência, são preocupa-ções que estão na ordem do dia para as grandes empresas, com receio que a falta de ética dos fornecedores, para o cumprimento das regras definidas pelas convenções da oit, possa colocar em causa a marca e os fornecimentos.

apoio para importar e exportar com

SeGurança

a pensar nas dificuldades inerentes aos processos do Comércio internacional, a sgs apresentou, no dia 23 de maio, um conjunto integrado de serviços, que responde à necessidade de segurança na Importação/Exportação de bens de Consumo.

desde a sua fundação, em 1878, que a sgs detetou a necessidade dos traders serem apoiados nas transações internacio-nais. assim, os serviços da sgs criam re-lações de confiança. esta postura é ainda mais importante quando os fornecedores ou clientes são de países longínquos e de culturas diferentes.t

webinareS

Page 67: SGS Global 31 - A Revista Corporativa da SGS Portugal

certificação Green it

No dia 23 de maio, a sgs promoveu um seminário gratuito on-line sobre a Certifi-cação green it.

esta certificação foi desenvolvida e estru-turada com o objetivo de apoiar o setor empresarial a identificar oportunidades de melhoria organizacionais e técnicas necessárias à redução dos impactes ambientais das tecnologias da informa-ção e Comunicação, dado o seu grande consumo de energia associado.

reGulamento jurídico da SeGurança contra incêndioS em edifícioS

o regime Jurídico de segurança Contra incêndios em edifícios entrou em vigo em 2009, mas continua a suscitar muitas dúvidas, apesar de consolidar, num único diploma, a legislação anteriormente dispersa.

Por isso, a sgs continua a realizar ses-sões de esclarecimento, como a de 19 de junho, para apoiar todas as organizações que necessitem de desenvolver Planos de segurança e conhecer as suas obrigações neste âmbito.

eficiência enerGÉtica na indúStria

a sgs assinalou o dia internacional da Energia, dia 20 de junho, com o Webinar “eficiência energética”. o evento virtual deu a conhecer, a todo o tipo de organi-zações, nomeadamente as industriais, como podem utilizar a energia de forma mais inteligente, minorando os custos energéticos e até gerando novos provei-tos financeiros.

certificação en 15838 para centroS de contacto com o cliente

os Centros de Contacto com o Cliente (CCC) desempenham um papel muito importante na interação entre as organi-zações e os seus clientes. infelizmente nem sempre os CCC correspondem às expectativas dos clientes, passando para o exterior uma imagem menos positiva. a norma eN 15838 pretende uniformizar pela excelência a prestação do serviço de CCC, no entanto, carece ainda de alguma explicação ao mercado dos seus requisi-tos e vantagens.

assim, a sgs organizou dois webinars em 2012 (18 de abril e 10 de outubro) onde apresentou a norma e o processo de cer-tificação. estão previstas novas sessões para o ano, esteja atento!

marcação ce noS produtoS de conStrução

a Marcação Ce é obrigatória a determi-nados produtos que queiram circular no espaço económico europeu (eee), distin-guindo-se assim das marcas voluntárias, cujo principal objetivo é a valorização e diferenciação dos produtos no mercado.

No caso concreto do Produtos de Cons-trução, a sgs promoveu, no dia 17 de outubro de 2012, um seminário gratuito on-line dirigido às empresas do setor.

abordada a Marcação Ce dos Produtos de Construção em relação à respetiva legislação nacional e comunitária e as principais diferenças nos sistemas de avaliação da conformidade dos produtos.

iSo 27001: SeGurança da informação

após o foco recente das organizações nas suas responsabilidades ao nível da Qualidade, ambiente, segurança, Pessoas, etc., está a tornar-se evidente que o compromisso com o cliente passa cada vez mais pela forma responsável de gerir dados e informação partilhados sigilosamente entre organizações.

o sistema de gestão da segurança da informação, de acordo com a norma iso 27001, garante a confidencialidade, inte-gridade e acesso adequado à informação. Permitindo ainda demonstrar o compro-misso com a segurança da informação, a satisfação dos clientes bem como melhorar continuamente a imagem das organizações.

tudo isto foi abordado no webinar do dia 28 de setembro.

próximoS webinareSconSulte oS próximoS webinareS no calendÁrio online

webinareS

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