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1612 SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS DE MILHO PARA SUÍNOS Artigo 153 Volume 09 Número 01. p.1680-1692, Janeiro/Fevereiro 2012 Revista Eletrônica Nutritime, Artigo 153 v.9, n° 01 p.1680- 1692 – Janeiro/Fevereiro 2012

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SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS DE MILHO PARA SUÍNOS

Artigo Número 153

1 Zootecnista, Mestre em Nutrição de Monogástricos (UNIMONTES) 2 Zootecnista, Analista Ambiental (IEF), 3 Professor do Departamento de Ciências Agrárias (UNIMONTES) 4 Aluna de Graduação (Zootecnia-UNIMONTES), programa probic/unimontes/fapemig,

Julieta Maria Alencar Chamone1, Marco Túlio Parrela De Melo2, Marcília Medrado Barbosa3, Cláudio Luiz Corrêa Arouca4,

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INTRODUÇÃO O milho seco comum é a

principal fonte de energia empregada na alimentação de suínos, representando cerca de dois terços de suas rações e uma importante fonte de aminoácidos, sendo responsável pela maior parte dos custos com a produção de rações, onerando em aproximadamente 60% o custo das rações dos suínos (Lopes, et. al., 1999b). O milho representa 60 a 75% dos ingredientes que constituem a dieta de suínos e, desta forma, qualquer incremento de qualidade no grão de milho terá um efeito muito significativo na formulação da ração, na resposta animal e, principalmente, na redução dos custos de produção (Nummer Filho, 2001b).

É indiscutível a importância do valor nutricional do grão de milho na alimentação de suínos, principalmente como fonte de energia, em função da elevada taxa de amido que contém, sendo particularmente digestível por causa do seu baixo teor em celulose, de acordo com Santos, et. al., (2000a). No entanto, outras fontes energéticas vêm sendo avaliadas para esta finalidade. Também a proteína contida no grão de milho tem merecido estudos dos nutricionistas, pois representa em torno de 25 % da proteína bruta consumida pelos suínos (Nummer Filho, 2001a).

Uma alternativa usada em muitos países é a confecção da silagem de grãos úmidos de milho (SGUM), a qual no Brasil ainda é pouco conhecida, sendo uma tecnologia em expansão (Santos, et. al., 2000b). De acordo com Jobim et al., (1997), os trabalhos encontrados na literatura demonstram que a SGUM traz resultados satisfatórios, e que pode tornar-se promissora em países como o Brasil, que possui grande potencial para a produção de milho e outros cereais.

A SGUM está sendo cada vez mais utilizada no Brasil, permitindo aos produtores estocar grãos em suas propriedades de uma maneira prática,

econômica e sem alterar os valores nutricionais do milho (Nummer Filho, 2001a). O emprego do milho na forma de silagem de grãos úmidos em rações para suínos tem sido uma alternativa para a produção de grãos na propriedade, reduzindo os problemas e as perdas verificadas na fase pós-colheita, bem como diminuindo o período de ocupação da terra (Lima et. al.,1998). Além disso, a silagem de grãos úmidos, pela fermentação anaeróbica, apresenta melhor digestibilidade, proporcionando melhor desempenho aos animais (Lima, 2001).

Sendo assim, o objetivo deste estudo é abordar os efeitos do uso de grãos de milho ensilados com alta umidade nas rações de suínos, sobre o desempenho de suínos alimentados com SGUM em substituição ao milho seco, comum nas dietas.

REVISÃO DE LITERATURA

Conceitos básicos A SGUM é um processo de ensilagem no qual colhemos e estocamos somente os grãos de milho, sendo este o processo mais utilizado para suínos. A ensilagem com uma porcentagem de espigas ou sabugos, utilizada em alguns países, é caracterizada pela sua maior produção de matéria seca por unidade de superfície, digestibilidade mais baixa, pela maior dificuldade de moagem e mais altas perdas na preservação, quando comparada à ensilagem dos grãos sozinhos (Mordenti; Zaghini, 1977).

A moagem ou eventualmente a simples trituração dos grãos ensilados produz um material que é friável, ligeiramente úmido, de coloração brilhante, odor agradável (quando em bom estado de preservação) e sabor levemente ácido (pH 3,8-4,2), muito palatável aos suínos (Mordenti; Zaghini, 1977).

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A composição química da SGUM pode variar em função do teor de umidade no momento da ensilagem e da proporção de sabugo presente, entre outros fatores, de acordo com Jobim et. al., 1997. A silagem de grão úmido é uma ótima opção para armazenar grãos de milho por longo período, com baixo custo e, principalmente, mantendo-se o valor nutricional (Nummer Filho, 2001b).

Vantagens e desvantagens do uso de silagem de grãos úmidos

Vários trabalhos têm destacado as seguintes vantagens no uso de silagens de grãos úmidos de milho (Jobim et. al., 1997; Nummer Filho, 2001a):

� antecipação da colheita em 3 a 4 semanas, permitindo, assim, liberar a área para plantio da cultura subsequente, otimizando o uso da terra;

� redução significativa das perdas a campo por condições climáticas adversas ataque de pássaros, insetos e ratos, além de diminuir a presença de fungos;

� redução das perdas quantitativas e qualitativas durante o processo de armazenagem;

� baixos investimentos para armazenagem;

� Menor custo de produção em relação ao grão seco. Com a eliminação das etapas de limpeza e secagem, a SGUM foi 5% mais barata em relação aos grãos secos (Costa et. al.,1998);

� não existem taxas e impostos; � não há transporte do produtor para

a cooperativa ou fábrica de rações e vice versa;

� não há descontos de umidade, impurezas e grãos ardidos;

� possui melhor digestibilidade, melhorando o desempenho animal com conseqüente redução nos custos de produção;

� melhora a sanidade dos animais, causando menos diarreias e úlceras gástricas ;

� tem alta concentração de energia para balanceamento com alimentos protéicos;

� seu custo independe do preço de mercado.

Como desvantagens podemos citar:

� dificuldade ou impossibilidade de comercialização de eventuais excedentes de produção;

� impossibilidade de preparo de concentrado antecipadamente, ou seja, a SGUM tem que ser misturada diariamente aos demais ingredientes da dieta.

Tecnologia de ensilagem

A tecnologia de ensilagem dos grãos deve seguir o mesmo princípio daquela utilizada para conservação de forrageiras (fermentação anaeróbica), tomando-se todos os cuidados em relação ao carregamento, compactação, vedação e posterior descarregamento do silo (Jobim et. al., 2001).

Ponto de colheita

A colheita é feita com colheitadeira convencional de milho e deve ser realizada quando a umidade dos grãos estiver entre 30 e 40%, sendo o ponto ideal quando o grão apresentar entre 32 a 35% de umidade, quando os melhores resultados têm sido obtidos (Jobim et. al.,2001). Desta forma, a colheita pode ser realizada três ou quatro semanas mais cedo, permitindo ao produtor antecipar o plantio da cultura subsequente, melhorando, assim, a eficiência de uso da área com melhores respostas econômicas dentro do sistema de produção (Nummer Filho, 2001a).

Para determinarmos o momento correto da colheita no campo, devem-se selecionar algumas espigas de diferentes pontos no meio da lavoura, quebrá-las ao meio e observar nos grãos centrais da espiga

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a formação de uma camada preta na base dos grãos (Figura 1), indicando que a umidade está entre 32 e 35%. Na prática, a espiga apresenta as brácteas (palha) secas e o grão já completou a maturação fisiológica. Normalmente isso ocorre cerca de cinquenta dias após a polinização (Jobim et. al.,2001). No laboratório, a determinação da umidade é feita através de estufas ou determinador universal e serve para indicar o momento de iniciar a colheita (Nummer Filho, 2001a).

Figura 1: Camada preta na base do grão

Fonte: Porkworld, 2001.

Logo após a colheita os grãos devem ser quebrados ou laminados (bovinos e ovinos) com o objetivo de favorecer a compactação. Para uso na alimentação de suínos, recomenda-se moer finamente os grãos (peneira de 8 mm), entretanto, para porcas a granulometria pode ser pouco mais grossa (até 12 mm). Todo o grão colhido, preferencialmente, deve ser moído e compactado no mesmo dia, visando um produto de alta qualidade. Quanto mais úmidos os grãos, maior pode ser a granulometria e, à medida que ocorre redução no conteúdo de umidade, deve-se reduzir o tamanho das partículas, evitando possíveis efeitos negativos na compactação, fermentação e consequentemente no produto final (Nummer Filho, 2001b).

O tempo entre a colheita e a ensilagem deve ser curto, para evitar o aquecimento do material e a possível contaminação por fungos.

Não se recomenda deixar o produto exposto no silo, sem vedação, por mais de 12 horas. Este problema também pode ocorrer com a ração, e por isso se recomenda fornecê-la aos animais no mesmo dia da elaboração (Lima, 2001).

Para a moagem pode-se utilizar todos os tipos de moinhos existentes no mercado ou até ensiladeiras de milho adaptadas para quebrar os grãos, desde que atenda o tamanho das partículas, dependendo da categoria animal. Em moinhos a martelo, recomenda-se a trituração com o uso de peneira 13 mm, quando a umidade for de 35% ou mais, e de 8 mm, quando a umidade for menor que 35% (Lima, 2001).

Em situações práticas, as condições necessárias para a ensilagem nem sempre são atendidas, podendo resultar em um produto de qualidade inferior e, em consequência, acarretar perdas econômicas. Neste sentido, é imprescindível a utilização de aditivos preservadores (acidificantes) durante a ensilagem, o que permite a obtenção de uma adequada fermentação e um produto final de excelente valor nutritivo e características organolépticas e de palatabilidade muito apreciadas pelos suínos. Os aditivos mais efetivos são constituídos da associação de ácidos orgânicos (acético e propiônico) e seus sais que atuam eficientemente sobre micro-organismos indesejáveis. Com o objetivo de facilitar a utilização e a aplicação homogênea são comercializados na forma líquida totalmente biodegradável, não apresentando substâncias agressivas. Segundo Holmes et al., (1973), a digestibilidade da matéria seca, amido, energia e nitrogênio eram claramente maiores nos produtos úmidos tratados com ácido acético, ou ácido propiônico ou a mistura dos dois ácidos do que nos produtos desidratados ou ensilados frescos. Os efeitos benéficos sobre a digestibilidade são atribuídos a dois

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fatores: a) hidrólise das moléculas de amido pelos ácidos os quais produzem uma “pré-digestão” do alimento e facilitam a penetração das enzimas digestivas; b) aumento do tempo no qual o alimento permanece no estômago provavelmente como resultado da redução do pH no conteúdo duodenal.

De acordo com Mordenti; Zaghini, (1977), a silagem sem a adição de agentes preservativos poderia melhorar a digestibilidade aparente de todos os componentes do milho e, em particular, das substâncias nitrogenadas, com aumento de 56% do produto desidratado para 71% na silagem. A melhoria na digestibilidade do nitrogênio, amido e energia também ocorrem com a silagem normal, assim como quando os ácidos acético e propiônico são adicionados (Holmes, et al., 1974).

O uso do inoculante para silagem de grão úmido tem como objetivos:

� evitar perdas durante o processo de fermentação;

� evitar a formação de ácidos indesejáveis como o butírico e o propiônico;

� evitar perdas superficiais; � aumentar a participação do ácido

lático, melhorando a palatabilidade para suínos e outras espécies;

� melhorar a fermentação, reduzindo as diarreias em animais jovens e adultos;

� melhorar o consumo animal, ganho de peso e conversão alimentar;

� evitar a refermentação depois de aberto o silo;

� melhorar o custo-benefício do uso do grão úmido;

� aumentar a estabilidade depois de aberto o silo;

� melhorar a resposta animal.

Com a utilização do inoculante para silagem de grão úmido, tem se observado que a fermentação está concluída entre 5 e 8 dias, com a redução das perdas devido à rápida fermentação. Quando não se usa

inoculante devemos esperar pelo menos 28 dias. E, associado a isto, quando colhemos o milho com 35% de umidade a concentração de UFC de bactérias lácticas é baixa, propiciando a formação de ácidos propiônico e butírico, somado a reações químicas as quais produzem CO2, água e consomem energia (Nummer Filho, 2001b).

Compactação e armazenamento

A compactação pode ser feita com tratores e tem fundamental importância no resultado final da silagem. Uma boa compactação deve proporcionar no mínimo 800 kg/m3 de silagem, sendo que o ideal é ter entre 1.100 e 1.300 por metro cúbico de silo (15 a 20 sacos de milho com 13 % de umidade) de acordo com Nummer Filho, (2001a). A compactação deve ser feita em camadas de 20 cm, e após a compactação o silo é vedado com o objetivo de eliminar o contato do produto com o oxigênio do ar (Lima, 2001).

Qualquer tipo de silo pode ser usado para a estocagem dos grãos úmidos, porém, normalmente, silos tipo trincheira revestidos proporcionam melhores condições de compactação e perdas insignificantes (Jobim et. al., 2001). O tamanho do silo dependerá da quantidade de alimento que o produtor deve fornecer aos animais diariamente.

O tempo de armazenagem da silagem depende da compactação e da vedação do silo. O silo deve permanecer hermeticamente fechado por um período mínimo de 3 a 4 semanas. Um silo bem fechado, da forma adequada, pode armazenar a silagem de grão úmido por vários anos. Entretanto, os produtores de suínos têm utilizado a silagem de grão úmido por um período máximo de 2 anos (Nummer Filho, 2001a).

Fechamento do silo

O fechamento do silo pode ser feito com lona preta comum, porém recomenda-se a utilização de lonas

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mais grossas (usadas para cobrir carga de caminhão). Apesar do custo mais elevado, este tipo garante uma vedação mais perfeita do silo, e pode ser reutilizado por 4 anos consecutivos, viabilizando seu uso. Durante o fechamento do silo é muito importante retirar totalmente o ar que fica sob a lona com a colocação de uma camada de terra, tijolos, telhas, pneus, etc., com o único objetivo de evitar que o vento levante a lona (Nummer Filho, 2001b). A partir do momento em que o oxigênio é eliminado totalmente, inicia-se seguidamente a fermentação por bactérias anaeróbicas que convertem os açúcares presentes em ácido lático, baixando o pH, o qual estabiliza a silagem.

Retirada do material

Depois de aberto o silo, é recomendável uma avaliação do valor nutricional do produto obtido, a fim de se aumentar a precisão no balanceamento das rações. Deve-se retirar uma camada superior de 10 a 20 cm de largura e fornecer diariamente aos animais, evitando-se armazenar os grãos úmidos após retirá-los do silo (Nummer Filho, 2001b). Durante a utilização deve-se tomar todos os cuidados referentes ao descarregamento do silo, posto que a deterioração superficial das silagens de grãos é relativamente rápida (Jobim et al.,1997).

Aspectos de saúde

Um aspecto extremamente interessante emergiu dos trabalhos de investigação de Chambolle et. al., (1973); Fevrier et. al., (1971) e Gaye, (1972), citados por Mordenti; Zaghini, (1977): a presença do milho, preservado com ácido propiônico ou por ensilagem, na dieta de suínos de engorda, produz não somente uma baixa prevalência de diarreia, mas também uma significante redução na frequência de lesões na mucosa gástrica e particularmente de úlceras.

Resultados favoráveis do uso da silagem de milho com alta umidade

(com ou sem inclusão de espigas, sem preservantes) foram obtidos pelo experimento de Mordenti; Zaghini, (1977), os quais mostraram que eventualmente durante a gestação e lactação a administração dos cereais ensilados com alta umidade não causou qualquer problema de saúde ou para as porcas ou para os leitões. Animais de reprodução, em particular, devem receber somente alimentos num perfeito estado de conservação, se a decisão de alimentar com farelo (com SGUM) for o resultado de necessidade ou por razões econômicas.

SILAGEM DE GRÃOS ÚMIDOS DE MILHO NA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS

Alguns trabalhos realizados no Brasil e no exterior têm demonstrado que a SGUM pode substituir com vantagens o grão de milho seco na alimentação de suínos. A silagem de grãos úmidos de milho tem apresentado maior digestibilidade da matéria seca, em relação ao grão de milho seco, especialmente em animais recém-desmamados, os quais apresentam capacidade de acidificação dos alimentos no estômago reduzida. Em todas as fases (inicial, recria, terminação e terminação tardia) os animais alimentados com SGUM têm apresentado melhor conversão alimentar e melhor ganho de peso.

Composição e digestibilidade da silagem de grãos úmidos de milho

Lima et. al., (1998), em ensaios de digestibilidade com leitões na fase de crescimento, observaram resultados da composição média da SGUM dentro do esperado, quando

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comparados com a composição do grão de milho seco apresentada pela EMBRAPA, (1991) (8,68% para a PB e 0,24% para a lisina). Os valores encontrados foram de 7,43 e 0,24 para a silagem A e 8,55 e 0,26 para a silagem B, para PB% e lisina%, respectivamente, quando comparados na base de 87,45% de MS. Quando os valores de energia metabolizável das silagens A e B são convertidos para 87,45% MS (3436 e 3490 kcal EM/kg, respectivamente) nota-se uma ampla superioridade do milho ensilado em comparação ao valor energético de 3293 kcal EM/kg (EMBRAPA, 1991), evidenciando que a fermentação anaeróbica fornece um produto com maior disponibilidade de energia para os animais do que o milho comum.

Em ensaios de digestibilidade com leitões na fase de creche, Oliveira et. al., (2001a), encontraram valores de 80,92, 90,91 e 87,82 para os CDMS, CDEB e CDPB, respectivamente. O alimento avaliado apresentou MSD de 48,70%, ficando abaixo dos valores encontrados por Lima et. al. (1998), uma vez que foi colhido antes de atingir a maturação fisiológica da planta. A PD foi de 3,77%, na matéria natural, e o teor de energia digestível da SGUM foi de 2389 kcal/kg, na matéria natural, evidenciando que a silagem mostrou valor energético semelhante ao do milho seco, sendo promissora para o uso na alimentação de suínos.

Desempenho de suínos alimentados com silagem de grãos úmidos de milho

Lopes et. al., (1999a), trabalhando com SGUM para leitões na fase inicial, observaram que o uso do milho silagem não afetou o consumo diário de ração quando comparado com milho seco moído. Entretanto, aumentou o ganho diário de peso nos períodos de 17 a 35 e de 0 a 35 dias (P<0,05) da fase de creche. A CA dos animais que receberam silagem foi melhor em todos os períodos estudados. E a ocorrência de diarreia foi maior nos

animais que receberam milho seco (P<0,05). Estes resultados (Tabela 1) demonstram vantagens do uso do milho silagem em comparação ao seco na alimentação de leitões, o que provavelmente se deve ao seu menor pH (3,81 x 5,94), resultando em rações mais ácidas, e a sua maior digestibilidade.

Tabela 1 – Valores médios de pH das rações, consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GPD) e conversão alimentar (CA) dos leitões durante a fase de creche1

Variável

Período (dias)

Milho Seco

SGUM CV (%)

pH da ração

0-17

17-35

6,07

5,63

5,23

4,53

---

---

CDR (g)2

0-35 940,43a

971,88a

6,37

GPD (g)

0-35 572,88a

632,45b

4,82

CA2 0-35 1,64a 1,53b 3,31

1- Valores seguidos de mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)

2- Valores de CDR ajustados p/ mesma base de MS do milho seco (88,97%)

Fonte: Adaptado de Lopes et. al.,(1999a)

Oliveira et. al., (2001b), trabalhando com SGUM para leitões na fase de creche, em níveis de substituição crescente do milho seco, relataram que o aumento dos níveis de substituição do milho seco por SGUM reduziu linearmente o CMD no primeiro período experimental (1 a 14 dias), o que não ocorreu no segundo período (14 a 28 dias) e no período total (1 a 28 dias). Houve melhora linear na CA no primeiro período e no período total, à medida que aumentavam as porcentagens de substituição do milho por silagem.

Pode-se concluir que a SGUM pode substituir todo o milho seco

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moído das rações de suínos em fase de creche, sem prejudicar o desempenho dos animais, inclusive melhorando a CA.

Uremovic et. al., (1998), encontraram valores semelhantes para ingestão média diária de matéria seca quando leitões, na fase de crescimento, foram alimentados com dieta controle (milho seco), SGUM, e SGUM mais água (alimento líquido). Maior ganho de peso diário (0,624, 0,689 e 0,668 kg, respectivamente) e melhor utilização do alimento (CA= 3,10, 2,77 e 2,94 kg MS/kg ganho de peso) foram conseguidos com o grupo SGUM. Os leitões do grupo controle, quando comparados com os outros grupos, tiveram uma tendência a ter uma maior porcentagem de carne na carcaça (51,44, 50,78 e 50,20%, respectivamente) e pH ligeiramente mais alto da carne, baixa porcentagem de gordura intramuscular (2,91, 3,20 e 3,31%) e menor espessura de toucinho (20,4, 22,9 e 26,9 mm, P<0,05). A qualidade da carne foi menor nos suínos do grupo que recebeu SGUM com adição de água.

Nas fases de crescimento e terminação, Lopes et. al., (1999b), observaram que o uso do milho na forma de silagem não afetou o ganho diário de peso em nenhuma das fases estudadas (Tabela 2), mas determinou menor consumo diário de ração e melhor CA (P<0,05) nas fases de terminação (3109,87 x 2802,03 g e 3,14 x 2,90) e no período total (2683,28 x 2518,81 g e 2,94 x 2,75), demonstrando que a silagem pode substituir com vantagens o milho seco para suínos nas fases de crescimento e terminação

Trabalhando com animais entre 90 e 110 kg de peso vivo, Kermoal et. al., (1971), citados por Mordenti; Zaghini, (1977), observaram que o fornecimento de produtos ensilados sem aditivos, tornava possível se obter taxas de crescimento e conversão alimentar que eram praticamente as mesmas daquelas com milho seco, enquanto as

carcaças eram menos gordas. Adicionalmente, com resultados semelhantes, Bonomi et. al., (1972), citados por Mordenti; Zaghini, (1977), encontraram que o uso de SGUM com espigas produzia carne mais vermelha e músculos com um maior conteúdo proteico.

Tabela 2 – Dados médios de consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GPD) e conversão alimentar (CA) dos suínos nas fases de crescimento, terminação e período total (crescimento e terminação)1

Variável Fase Milho Seco SGUM CV (%)

CDR (g)2 Cresc.

Term.

P. total

2412,06a

3109,87a

2683,28a

2335,87a

2802,03b

2518,81b

6,51

7,43

6,23

GPD (g) Cresc.

Term.

P. total

861,64a

990,49a

911,49a

880,23a

965,67a

914,03a

5,08

5,13

4,00

CA2 Cresc.

Term.

P. total

2,79a

3,14a

2,94a

2,66a

2,90a

2,75a

6,33

6,29

5,55

1- Valores seguidos de mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)

2- Valores de CDR ajustados p/ mesma base de MS do milho seco (88,97%)

Fonte: Adaptado de Lopes et. al.,(1999b)

A respeito da criação de suínos pesados, em torno de 150 kg de peso ao abate, existem achados suficientes na literatura que nos mostram que a alimentação com o farelo produzido com grãos de milho úmido fornece bons resultados nestes suínos, principalmente para a indústria de processamento de suínos. Os experimentos executados por Caleffi; Nizzola, (1971), Monetti et.al., (1975), e Mordenti; Monetti, (1977), citados por Mordenti; Zaghini, (1977), com SGUM com e sem espigas, mostraram taxas de crescimento e conversão alimentar favoráveis,

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comparados com aqueles obtidos com os mesmos alimentos secos. Tal concordância, entretanto, não tem sido alcançada sempre para características de carcaça. A qualidade da carne parece ser melhorada com a introdução de milho de alta umidade na dieta, onde os músculos obtêm uma coloração forte, e as reações de algumas enzimas indicam uma maior eficiência de suas fibras (Minoccheri; Mordenti, 1975).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando-se os resultados obtidos com os trabalhos utilizando silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de suínos, nas diversas fases da criação, podemos concluir que a utilização desta forma de preservação dos grãos pode contribuir significativamente para a melhoria do desempenho dos suínos, destacando-se também, os resultados econômicos que podem advir do emprego da silagem de grãos de milho como constituinte das rações.

A silagem de grão úmido é, talvez, uma das poucas práticas que consegue reunir baixos custos com elevada qualidade nutricional ao longo do tempo de armazenagem, aliado à alta resposta animal obtida. Esta modalidade de silagem representa uma redução dos custos da alimentação que pode variar entre 15 a 25% na suinocultura (Nummer Filho, 2001a).

A silagem de grãos úmidos apresenta maior valor nutritivo e pode substituir com vantagens o grão de milho seco nas rações de suínos nas fases de creche, crescimento e terminação, desde que os princípios básicos de confecção e uso da silagem sejam rigorosamente atendidos.

Ainda existem algumas dúvidas, entretanto, sobre o fornecimento de grãos de alta

umidade ao rebanho reprodutor, particularmente às porcas. Não há uma contra-indicação definida, contra os grãos ensilados ou preservados com aditivos, mas a possibilidade de crescimento de fungos, os quais nem sempre podem ser prevenidos ou diagnosticados, podem resultar na formação de toxinas e causar sérias desordens de ordem reprodutiva.

A partir destes e de outros questionamentos, necessitamos desenvolver mais pesquisas, em território nacional, sobre SGUM, de modo a buscar informações mais coerentes com a nossa realidade, fornecendo mais subsídios aos produtores e aos próprios pesquisadores sobre os reais benefícios da utilização da SGUM como substituta do milho nas dietas dos suínos, uma vez que a prática vem se difundindo pelas principais regiões produtoras de grãos do país.

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