síntese histórica e evolução dos conhecimentos sobre a...

19
SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros DIAS, JCP., and COURA, JR., org. Clínica e terapêutica da doença de Chagas: uma abordagem prática para o clínico geral [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1997. 486 p. ISBN 85-85676- 31-0. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org >. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported. Síntese histórica e evolução dos conhecimentos sobre a doença de chagas José Rodrigues Coura

Upload: vanque

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros DIAS, JCP., and COURA, JR., org. Clínica e terapêutica da doença de Chagas: uma abordagem prática para o clínico geral [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1997. 486 p. ISBN 85-85676-31-0. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.

All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported.

Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada.

Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported.

Síntese histórica e evolução dos conhecimentos sobre a doença de chagas

José Rodrigues Coura

27 S Í N T E S E H I S T Ó R I C A Ε E V O L U Ç Ã O

D O S C O N H E C I M E N T O S S O B R E

A D O E N Ç A D E C H A G A S

José Rodrigues Coura

A descoberta da doença de Chagas foi uma das mais completas e bem suce­didas da história da biologia, da ecologia e da patologia parasitária humana. Pela primeira vez na história, um mesmo pesquisador descobriu a doença, bem como seu agente etiológico, vetor, reservatórios doméstico e silvestre e animais de laboratório susceptíveis à infecção.

Em 1907 o Dr. Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas (Carlos Chagas), Assistente do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, foi designado pelo então Diretor, Dr. Oswaldo Gonçalves Cruz, para controlar a malária entre os trabalhadores na constru­ção do prolongamento da Estrada de Ferro Central do Brasil, na região do Rio das Velhas, entre Corinto e Pirapora, no Norte do Estado de Minas Gerais.

Instalando em um vagão de trem, ao mesmo tempo, sua residência e laborató­rio e utilizando como ambulatório o alpendre de uma casa abandonada na pequena localidade de Lassance, Carlos Chagas iniciou o trabalho de controle da malária. Como médico e pesquisador não se limitou ao tratamento dos doentes. Nas horas vagas capturava, classificava e estudava os hábitos dos anofelinos e de outros mos­quitos locais, examinava o sangue de animais domésticos e silvestres, procurando esclarecer aspectos nosológicos e ecológicos desconhecidos.

Em 1908, Chagas encontrou no sangue de um pequeno macaco, comum na região - Callitrix penicillata (marmoset) - , um tripanossomo que denominou Trypa­nosoma minasense (Chagas, 1908). Nesse mesmo ano, o engenheiro Cantarino Mota, da Estrada de Ferro, chamou a sua atenção para a presença de grandes hematófagos, chamados de "barbeiros" pelos residentes da região, nas choupanas. Examinando-as, Chagas encontra nas frestas das paredes grande quantidade desses insetos, os quais classifica provisoriamente como Conorrhinus sanguesuga, verificando no conteúdo intestinal deles a presença de numerosos flagelados que identificou como "Chrithidi¬ as", hoje designados epimastigotas (Hoare, 1972). Formulou na ocasião duas hipóte­ses: os flagelados seriam parasitos do próprio inseto ou formas evolutivas de um parasito de vertebrados, talvez o Trypanosoma minasense ou outro parasita do pró­prio homem.

Não tendo condições laboratoriais seguras em Lassance, Chagas mandou exem­plares dos insetos, infectados com os flagelados, para o seu mestre, Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Este os fez alimentar em Callitrix de laboratório, limpos, os quais apresentaram três semanas depois tripanossomos no sangue. Chamado por Oswaldo Cruz, Chagas veio ao Rio de Janeiro e verificou que o tripanossomo dos macacos era completamente diferente do Trypanosoma minasense por ele estudado anteriormente. Apresentava morfologia diversa, formas finas e largas com blefaroplasto grande, infectava

com facilidade animais de laboratório como o macaco, o cão, o coelho e o gato e era cultivado em meio de agar-sangue. Ao novo tripanossomo, Chagas deu o nome de Trypa­nosoma cruzi em homenagem ao seu mestre e diretor, Oswaldo Cruz. Os insetos trazi­dos por Chagas foram então classificados por seu colega do Instituto, com maior experi­ência em Entomologia, Arthur Neiva, como Conorrhinus megistus (Neiva, 1910), hoje Panstrongyius megistus (Burmeister, 1835).

Conhecendo o ciclo do novo tripanossomo quase por completo e convencido de que se tratava de uma infecção de transmissão intradomiciliar de animais domés­ticos e do homem, em face dos hábitos alimentares dos insetos, Chagas voltou a Lassance no início de abril de 1909. Em menos de quinze dias, descobriu um gato com o tripanossomo no sangue e, logo depois, uma criança de nome Berenice, com dois anos de idade, febril, com o mesmo parasito no sangue periférico, em uma casa infestada por "barbeiros" infectados com o parasito. Descreveu as manifestações clíni­cas sumárias da fase aguda e mandou uma nota prévia sobre a descoberta, com data de 15 de abril de 1909, para publicação em revistas médicas na Alemanha e no Brasil (Chagas 1909a, 1909b).

Na sessão da Academia Nacional de Medicina de 22 de abril de 1909, no Rio de Janeiro, o Dr. Oswaldo Cruz, apresentou uma súmula do trabalho de Carlos Chagas, também datada de 15 de abril daquele ano. A convite de Oswaldo Cruz, uma comis­são de cinco ilustres médicos brasileiros presidida pelo Presidente da Academia Naci­onal de Medicina, foi designada para verificar "in loco" a descoberta de Chagas. Depois de uma viagem de 26 horas de trem e após ouvir detalhada exposição de Carlos Chagas, examinar doentes e todo o material existente, a comissão ficou tão impressionada com a descoberta que Miguel Couto, membro da comissão e um dos maiores clínicos brasileiros, propôs o nome de Doença de Chagas para a moléstia.

Ainda em 1909, Chagas tornou público um sumário da sua descoberta, median­te o Bulletin de la Societé de Pathologie Exotique, da França, (Chagas, 1909c) e o seu trabalho completo foi publicado em agosto de 1909, nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (Chagas, 1909d), em português e alemão. Nessa ocasião identificou o agente etiológico da nova entidade mórbida como novo gênero, Schizotrypanum cruzi, pen­sando haver um ciclo esquizogônico em sua evolução. Embora não reconhecido como gênero por não ter sido confirmada a esquizogonia, o Schizotrypanum foi situado como subgênero por Hoare (1972), designando-se o parasito como Trypano­soma (Schizotrypanum) cruzi (Chagas, 1909).

Vianna (1911) complementou a descrição da patologia da doença de Chagas e demonstrou claramente que a única forma de reprodução do T.cruzi nos mamíferos era por divisão binária das formas tissulares em "Leishmania", hoje denominadas "amastigotas" (Hoare, 1972). Chagas (1913) reviu o ciclo do parasita, mas não admitiu de modo evidente que a esquizogonia não fazia parte do ciclo do T.cruzi. Reconhe­ceu, entretanto, que a esquizogonia vista por ele em animais de laboratório e em um caso humano pudesse ter surgido devido à infecção pelo Pneumocystis carinii.

A partir de 1910, Chagas publicou uma série de trabalhos em português, espa­nhol, inglês, francês e alemão, confirmando sua descoberta e ampliando os conheci­mentos sobre a infecção e a doença, os quais foram reeditados em coletânea pela Univer­sidade de Brasília (1981), sob a coordenação de Aluizio Prata. Entre eles destacam-se os escritos iniciais acerca da descoberta e o resumo geral das pesquisas (Chagas, 1911).

A repercussão nacional e internacional da descoberta e da obra de Carlos Chagas foi tão notável que ele foi agraciado com o título e empossado como Membro Titular Extraordinário da Academia Nacional de Medicina, independentemente de vaga, em 16 de outubro de 1910, ocasião em que pronunciou sua magistral conferência "Nova Entida­de Mórbida do Homem" (Chagas, 1910). Em 1912 recebeu o prêmio Schaudin, concedi­do a cada quatro anos ao melhor trabalho mundial sobre Parasitologia e Medicina Tropical, até então somente outorgado a três famosos cientistas europeus: Hartmann, Reichnow e D'Herelle, este último descobridor do bacteriófago. Foi também designado membro ho­norário da Societé de Pathologie Exotique da França, da Royal Society of Tropical Medici­ne da Inglaterra e das Academias de Medicina de Paris, Bruxelas, Roma e Nova York.

Ainda durante o ano de 1912, Chagas descobriu que o tatu (Dasypus novemcinc¬ tus) é um reservatório silvestre do Trypanosoma cruzi. Concomitantemente verificou, no mesmo ecótipo, a presença de ninfas e adultos do Triatoma geniculatus infectados com T.cruzi, concluindo que essa espécie era um dos vetores silvestres da infecção. Com a nova descoberta Chagas completou o estudo de todo o ciclo da doença que leva seu nome. As descrições clínicas, anatomopatológicas e patogênicas de Chagas (19l6a,19l6b) sobre a forma aguda, bem como as de Chagas e Villela (1922) sobre a forma crônica, complementaram os conhecimentos sobre a doença.

Finalmente, Chagas (1924) confirmou como T.cruzi os tripanossomos isolados por Aben-Athar em macacos naturalmente infectados no Estado do Pará, Norte do Brasil, onde não existia a doença humana. Este fato confirmou a hipótese de Chagas de que a doença por ele descoberta era primariamente uma enzootia silvestre que podia adaptar-se ao parasitismo humano e vice-versa (Chagas, 1912).

Em seus estudos iniciais, Chagas pensou que as formas metacíclicas do Trypa­nosoma cruzi se desenvolvessem nas glândulas salivares do vetor e que a transmissão fosse por inoculação. Entretanto, Brumpt (1912a) demonstrou que o desenvolvimen­to do tripanossomo era completado no intestino posterior do inseto e que a transmis­são era efetuada por contaminação da mucosa ocular do vertebrado (Brumpt, 1912b). Dias (1933, 1934), em excelente estudo experimental, reviu criticamente o assunto e demonstrou de modo definitivo o ciclo do T.cruzi e sua transmissão através da elimi­nação do parasito pelo intestino posterior do inseto no padrão Stercoraria de Hoare (1964, 1972).

Dois grandes avanços do conhecimento sobre o diagnóstico da infecção cha­gásica, estabelecidos pouco depois da sua descoberta, foram a aplicação da reação de fixação do complemento por Guerreiro & Machado (1913) e o xenodiagnóstico por Brumpt (1914), permitindo, respectivamente, o diagnóstico sorológico e o isolamento do T.cruzi, importantes principalmente na fase crônica da infecção, quando o encon­tro do parasito no exame direto é quase impossível e a hemocultura é bastante pobre. O trabalho de Magarinos Torres (Torres, 1917) acerca da patologia da forma aguda da doença de Chagas, completando a descrição de Vianna (1911) e os estudos eletrocar­diográficos pioneiros de Evandro Chagas (Chagas, 1930, 1932), filho mais velho de Carlos Chagas, também constituíram avanços do conhecimento sobre a doença antes da morte do seu descobridor, ocorrida em 1934.

Após a morte de Oswaldo Cruz, em 1917, Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, função em que permaneceu até 8 de novembro de 1934, quando faleceu. Em 1919 assumiu cumulativamente o cargo de Diretor do Departa¬

mento Nacional de Saúde Pública, incumbência que tomava grande parte do seu tempo. Estes fatos, associados às campanhas de descrédito sobre a veracidade e a importância da doença de Chagas como problema de saúde pública - movidas na Argentina, em 1914/ 1919, pelo eminente bacteriologista alemão R. Kraus e no Brasil, de 1922 a 1925, por alguns membros da Academia Nacional de Medicina - , embora respondidas por Chagas de forma veemente e cientificamente irrefutável, abalaram o interesse pelo estudo da doença durante um quarto de século.

No início da década de 1930, Salvador Mazza instalou na Argentina um grupo para estudos epidemiológicos e clínicos da patologia regional (MEPRA), publicando numerosos trabalhos com a descrição de vários casos agudos da doença de Chagas (Mazza, 1937), inclusive na região onde Kraus negara a sua existência. Vários aspec­tos epidemiológicos e clínicos da área endêmica da Argentina foram estudados, como a distribuição geográfica da doença e as manifestações da fase aguda, entre as quais a do complexo oftalmo-ganglionar (Romana, 1935) e das "Esquizotripanides" (Mazza, 1941). A nona reunião da Sociedade de Patologia Regional da Argentina foi organiza­da por Mazza, em 1935, na cidade de Jujuy, em homenagem a Carlos Chagas, que havia falecido há um ano. Os representantes do Brasil nesse Congresso, Evandro Chagas, Emmanuel Dias e Magaminos Torres, propuseram para o complexo oftalmo-ganglionar o nome de "Sinal de Romana", de grande valor para o reconhecimento da fase aguda da doença em outros países do continente.

Três acontecimentos básicos estimularam o interesse pelo estudo e pela reno­vação dos conhecimentos sobre a doença de Chagas no Brasil, a partir da metade da década de 1940:

a) a criação do "Centro de Estudos e Profilaxia" da doença de Chagas d o Instituto Oswaldo Cruz, em Bambuí, em plena área endêmica de Minas Gerais, o qual foi entregue à dinâmica direção de Emmanuel Dias;

b) a criação das Faculdades de Medicina de Ribeirão Preto, Goiânia e Uberaba no "triângulo endêmico" da doença, nos Estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, principalmente a influência científica da Escola de Ribeirão Preto;

c) o Congresso Internacional comemorativo do cinqüentenário da descoberta da doença de Chagas, realizado no Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, em 1959, sob a organização de Carlos Chagas Filho, cujos trabalhos foram publicados em cinco volumes, com um total de 1886 páginas.

A partir de 1944, no Centro de Estudos e Profilaxia da doença de Chagas do Instituto Oswaldo Cruz, em Bambuí, Minas Gerais, uma série de trabalhos foi desen­volvida, principalmente por Dias (1945, 1949) e por Laranja et a l . (1951, 1956), acerca da epidemiologia, profilaxia e clínica da doença, com técnicas mais modernas . Pela primeira vez realizou-se experiências de campo com inseticidas residuais (Dias e Pelle¬ grino, 1948) e estudos epidemiológicos e clínicos com grupo controle e interpretação eletrocardiográfica padronizada (Laranja et a l . , 1951,1956).

No Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos, foram criados novos métodos de diagnóstico sorológico (Muniz e Freitas, 1944, 1946 e Muniz, 1947); produziu-se tam¬

bém uma concepção inédita da patogenia da doença de Chagas (Muniz e Azevedo, 1947) com base no conceito de hipersensibilidade e imunidade celular, muito atual na moderna imunologia.

O cultivo do Trypanosoma cruzi em cultura de tecido - realizado, pela primei­ra vez, no Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por Herta Meyer e Oliveira (1944-1948), e estudos posteriores de Meyer et al. (1954, 1958) com microscopia eletrônica do T.cruzi - exerceram enorme influência, possibilitando a atual e futura evolução dos conhecimentos sobre a biologia do parasito.

Na Universidade de São Paulo, novas técnicas de diagnóstico laboratorial da doença de Chagas foram desenvolvidas (Freitas, 1947 e Freitas e Almeida, 1949). Também aí se expôs os primeiros casos de doença de Chagas por transfusão de sangue (Freitas et al., 1952) e comprovou a ação da violeta de genciana como profi¬ lático neste caso (Nussenzweig et al., 1953).

A nova e moderna Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, congregou um notável grupo de pesquisa em doença de Chagas, o qual criou, como modelo epidemiológico e de controle de vetores, em Cassia de Co­queiros (Freitas, 1946 e Freitas et al., 1959a), uma nova linha de estudos ecológicos de reservatórios e vetores, desenvolvendo técnicas sorológicas originais (Almeida et al., 1959 e Freitas et al., 1959b), bem como inéditos estudos clínicos e epidemiológi­cos (Ramos et al., 1949) e de patogenia e patologia da doença de Chagas (Koberle, 1957, 1959).

Em Goiás, os estudos de Rassi et al. (1956,1958), sobre as formas cardíaca crônica e aguda, e de Rezende (1956, 1959) acerca da forma digestiva, fizeram des­pontar um vigoroso grupo. Na Bahia, Andrade (1956, 1958 e 1959) e Prata (1959) abriram campos originais de estudos na patologia e no prognóstico da cardiopatia chagásica crônica.

O Congresso Internacional sobre doença de Chagas - realizado no Rio de Janeiro em 1959, com mais de 500 participantes de vários países do Mundo - abriu uma perspectiva diferente para o desenvolvimento da pesquisa em doença de Chagas nas próximas décadas.

Ainda em 1959 foi obtido um dos maiores avanços para o diagnóstico da doença de Chagas com a aplicação da técnica de imunofluorescência, por Fife Mus¬ chel (1959), na pesquisa de anticorpos contra o Trypanosoma cruzi. No diagnóstico clínico destacou-se o trabalho de Rezende et al. (1959) com a prova de retenção do contraste na avaliação do megaesôfago.

Durante os últimos 30 anos, uma série de trabalhos científicos sobre o Trypa­nosoma cruzi e a imunologia, a patogenia, a epidemiologia, o diagnóstico, o trata­mento e o controle da doença de Chagas foi desenvolvida no Brasil e em outros países do Continente Sul-americano e do Mundo, ampliando os conhecimentos obti­dos sobre a doença nas cinco décadas anteriores, a partir da sua descoberta e do seu agente etiológico, reservatórios e vetores. Paralelamente, várias reuniões científicas foram realizadas, alguns livros publicados e, pelo menos, três bibliografias importantes -duas internacionais e uma brasileira - foram levantadas sobre o assunto.

Nos anos sessenta, diversos trabalhos sobre aspectos imunológicos, morfológi¬ cos, patogênicos e terapêuticos do T. cruzi marcaram a evolução do seu conhecimen­to. No início dessa década, Brener (196l) demonstrou pela primeira vez que era

possível curar parasitologicamente a doença de Chagas experimental, fato que abriu toda uma perspectiva de tratamento para a fase aguda da doença e estimulou trabalhos na área de terapêutica específica. Coura et al. (1961, 1961, 1962) reviram o problema da terapêutica específica em seres humanos e aplicaram, pela primeira vez, o nitrofurazona em casos crônicos da doença de Chagas humana.

Nussenzweig et al. (1962, 1963a, 1963b) encontraram diferenças antigênicas de cepas de T.cruzi isoladas do homem, de morcegos, de triatomíneos, de gambá e de roedor silvestre, classificando-as em pelo menos três tipos imunológicos. Na mesma época, Brener e Chiari (1963), pela análise de sete amostras de T.cruzi de procedên­cias diversas, puderam agrupá-las em três padrões morfológicos, de acordo com a largura das formas predominantes - finas e largas - descritas anteriormente por Cha­gas (1909) como dimorfismo sexual - e muito largas ou "stout forms". Deane et al. (1963) ) , entretanto, não encontraram diferenças patogênicas em relação à morfologia e procedência de cepas do T.cruzi de animais silvestres. Posteriormente Brener (1965) relacionou algumas dessas variações morfológicas com a fase da infecção, fato já observado por Silva (1959). Hoare (1964) efetuou uma importante revisão morfológi¬ ca e taxonômica dos tripanossomos de mamíferos e enquadrou o T.cruzi no grupo Stercoraria, subgênero Schizotripanum.

Considerando a diversidade dos aspectos morfológicos, imunológicos e pato­gênicos com que o T.cruzi se apresenta, segundo o hospedeiro que o alberga e outros fatores até então não determinados, bem como as variações regionais e indivi­duais da doença humana e da infecção natural e experimental, Coura (1965) e Coura et al. (1966) propuseram a designação de "complexo cruzi"para esse conjunto etiopa¬ togênico, em analogia à designação dada por Hoare (1961) à Entamoeba histolytica, protozoário que também apresenta variações morfológicas, imunológicas e patogêni­cas.

Dois trabalhos de revisão foram de muito interesse para o conhecimento dos reservatórios do Trypanosoma cruzi no Brasil (Deane, 1964) e nas Américas (Barreto, 1964). O primeiro pela longa experiência do autor a respeito dos reservatórios do T.cruzi, em especial na região amazônica, e o segundo, porque abriu uma extensa linha de mais de 30 trabalhos com seus colaboradores sobre "Reservatórios e vetores silvestres do Trypanosoma cruzi", que se estendeu até a década de setenta.

Uma completa revisão de todos os aspectos relacionados ao Trypanosoma cruzi e à doença de Chagas, inclusive o seu histórico por Carlos Chagas Filho, foi apresentada em curso, em Belo Horizonte, Minas Gerais, no ano de 1964, abrangendo 31 tópicos abordados por 34 autores, tendo sido editada sob a forma de livro por Cançado (1968) com o título de "Doença de Chagas".

Em relação ao diagnóstico, os maiores avanços da década foram o desenvolvi­mento do método de Strout (1962) para concentração de hemoflagelados no sangue e a modificação da técnica de imunofluorescência por Camargo (1966), empregando formas de cultura do T.cruzi preservadas, inclusive utilizando o exame do sangue colhido em papel de filtro e eluído (Souza e Camargo, 1966), de destacada importância para os estudos epidemiológicos de campo.

Dos pontos de vista clínico e patológico destacaram-se na década de sessenta a classificação do megaesôfago chagásico estabelecido por Rezende et al. (1960); os trabalhos sobre hemibloqueio, por Rosembaum et al. (1967), na Argentina; os estudos

de hemodinâmica, por Amorim et al. (1968); e do valor prognóstico do eletrocardiograma na cardiopatia chagásica, por Porto (1964) e Dias e Kloetzel (1968), no Brasil. Prata (1965) estabeleceu uma relevante área de campo para pesquisas evolutivas da doença, em São Felipe, Bahia, e Puigbó et al. (1969) apresentaram os primeiros resultados de estudos evolutivos de campo realizados na Venezuela.

Coura e Petana (1967), em trabalho de campo, descreveram pela primeira vez a doença em Honduras Britânica (hoje Belize), único país da América onde a moléstia ainda não havia sido descrita. A sistematização do estudo da placentite chagásica por Bittencourt (1963) e da transmissão congênita da doença - aventada por Chagas (1911), Nattan-Larrier (1921) e definitivamente comprovada por Dao (1949), na Vene­zuela - , abriu um importante campo para a análise dessa forma clínica.

As décadas de setenta e oitenta foram marcadas por uma série de avanços dos conhecimentos, em especial nas áreas da imunologia e da imunopatologia da doença de Chagas e da bioquímica, ultra-estrutura e interação do T.cruzi com as células do hospedeiro, sintetizados por Brener (1973, 1980) com excelentes revisões sobre a biologia e a imunologia do parasito. Um completo levantamento sobre a doença de Chagas, desde o parasito até a profilaxia, foi feito por 16 autores brasileiros e publica­da em livro com o título de Trypanosoma cruzi e Doença de Chagas, editado por Brener e Andrade (1979).

No Brasil foram organizadas as "Reuniões Anuais de Caxambu", a partir de 1974, e as "Reuniões Anuais de Araxá", desde 1984, depois transferidas para Uberaba, as quais revêm as pesquisas básica e aplicada sobre a doença de Chagas, cujos resu­mos são publicados a cada ano, respectivamente, nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Foram desenvolvidos também programas especiais de apoio à pesquisa sobre a doença de Chagas, desde 1974, no Brasil, pelo Conselho Nacional de Pesquisa do Brasil (PIDE-CNPq) e, inter­nacionalmente, pelo TDR (Tropical Disease Research Program) da Organização Mundial da Saúde, com área específica de apoio à pesquisa em Tripanossomíases/ Doença de Chagas.

Na história recente da evolução dos conhecimentos sobre a doença de Chagas destacam-se os trabalhos de Cossio et al. (1974) e Szarfman et al. (1977) sobre os anticorpos EVI - que não reagiam especificamente com o T.cruzi, mas com estruturas do tecido conjuntivo, principalmente a laminina - pesquisas expostas posteriormente por Szarfman et al. (1982). Teixeira e Santos-Buch (1975) e Teixeira et al. (1975) mostraram por experimentação, pioneiramente, que mecanismos de hipersensibilida­de retardada através de linfócitos sensibilizados com T.cruzi podiam produzir em coelhos lesões semelhantes às da doença de Chagas crônica humana. De grande relevo - tanto pelo seu potencial para teste específico de diagnóstico como para produção da vacina contra a doença de Chagas - foi a caracterização de glicoproteí¬ nas de superfície do T.cruzi por Snary e Hudson (1979); vários outros aspectos relaci­onados foram examinados recentemente por Nogueira e Coura (1990). Da mesma forma, Brener e Krettli (1990) analisaram criticamente os avanços na imunologia da doen­ça de Chagas, incluindo os mecanismos de defesa do hospedeiro, a imunopatologia e as perspectivas de uma vacina.

Do ponto de vista do diagnóstico sorológico, os testes de hemaglutinação e ELISA - aplicados à infecção chagásica, respectivamente, por Neal e Miles (1970) e

por Voller et al. (1975) - foram de grande importância, em particular nos inquéritos epidemiológicos. A descrição dos chamados "anticorpos líticos" por Krettli e Brener (1982), com implicações principalmente no controle de cura pelo tratamento especí­fico e na avaliação de efeitos da possível eficiência de uma vacina, constitui um marco na imunologia e no diagnóstico da atividade da infecção chagásica. Andrade et al. (1991), entretanto, demonstraram a presença de antígenos do T.cruzi no baço de camundongos "curados" pelo tratamento especifico, mas com sorologia positiva con­vencional, possivelmente pela atividade das células de memória.

A caracterização bioquímica de cepas do T.cruzi de animais e do homem atra­vés de análise de isoenzimas (zimodemas), feita por Miles et al. (1977), e do DNA do cinetoplasto por clivagem com endonuclease de restrição (Esquizodemas), estabeleci­da por Mattei et al. (1977) e por Morel et al. (1980), constituiu uma das maiores ferramentas nos últimos anos, não somente para verificação das variações intra e interespecíficas do T. cruzi, mas, em especial, como perspectivas de estudos epidemi­ológicos e de técnicas de diagnóstico.

Os mecanismos de interação, penetração e escape do T.cruzi nas células do sistema imune do hospedeiro estudados por Dvorak e Schumunis (1972), Dvorak e Hyde (1973), Nogueira e Cohn (1976), Krettli e Eisen (1980), Nogueira et al. (1980), bem como da ação de drogas e morte do parasita intracelular verificado por Do Campo et al. (1981) conformaram marcos de extremo relevo na compreensão da biologia e da patologia da interação parasita-célula do hospedeiro.

Os trabalhos de ultra-estrutura dos componentes muscular, intersticial e nervo­so do coração, esôfago e intestino na Doença de Chagas experimental e humana, desenvolvidos por Tafuri (1974) na década de setenta, e o modelo experimental canino aprofundado por Andrade e Andrade (1980) e por Andrade et al. (1980,1984,1987), inclusive com associação de imunossupressores, trouxeram vários novos conhecimentos sobre a patogenia da doença de Chagas.

A evolução dos conhecimentos sobre os triatomíneos vetores da doença de Chagas, sua biologia e distribuição geográfica foram muito bem sintetizadas nos tra­balhos de Sherlock (1979) e de Lent e Wigodzinsky (1979); uma revisão da sua longa história seria inadequada neste espaço. Vale lembrar, entretanto, como síntese, os trabalhos de Forattini (1980) acerca da biogeografia, origem e distribuição dos triato­míneos no Brasil e de Zeledon (1983) sobre características ecofisiológicas dos vetores da doença de Chagas, destacando-se como de grande profundidade os estudos de Perlowagora-Szumlewicz (1982,1987,1988) a respeito do xenodiagnóstico e inter-rela¬ ção T.cruzi-triatomíneos.

No campo da epidemiologia e da morbidade destacam-se, nas últimas décadas, os trabalhos de Macedo (1973), Lopes et al. (1975), Dias (1982,1987), Maguire et al. (1983), Prata e Macedo (1984), Coura (1975,1983,1988), Coura et al. (1984,1985) e Pereira et al. (1985), que traçam de forma marcante o perfil evolutivo da infecção e da doença de Chagas, anteriormente pouco conhecido.

A descoberta feita por Deane et al. (1984,1986), complementada por Lenzi et al. (1984), de um duplo ciclo do T.cruzi nas glândulas anais do gambá, Didelphis marsupi¬ alis, apresentando no mesmo hospedeiro formas de desenvolvimento do parasito encon­tradas em vertebrados e invertebrados, foi certamente o fato de maior repercussão no conhecimento do ciclo do parasito e na epidemiologia da doença, desde sua descoberta.

Por outro lado, a epidemiologia e os riscos de endemização da doença de Chagas na Amazônia brasileira como uma antropozoonose foram recentemente reavaliados por Coura et al. (1994a,b; 1995a,b).

Do final da década de 80 até 1996 houve vários avanços no campo do diagnós­tico da doença de Chagas por técnicas moleculares, usando-se antígenos recombinan¬ tes para o diagnóstico sorológico, como sumariados por Silveira (1992), e a detecção de parasitas na doença de Chagas crônica pela amplificação do DNA do cinetoplasto do T.cruzi pela reação da polimerase em cadeia (PCR), como descrito por Sturm et al. (1989), Avila et al. (1991), Brito et al. (1993,1995), Wincker et al. (1994) e Junqueira et al. (1996).

Quanto à profilaxia da doença de Chagas humana, o maior impacto atual refere-se sem dúvida às perspectivas do controle dos vetores domiciliados da endemia através de luta racional com inseticidas de longa ação residual e de melhoria habitacional, em para­lelo com as ações de controle da transmissão transfusional, principalmente mediante a seleção prévia de doadores em Bancos de Sangue (Dias, 1987). Hoje, a transmissão da doença de Chagas humana está virtualmente interrompida em extensas regiões do Brasil, do Uruguai, da Argentina e do Chile, o que se comprova por índices de prevalência próximos a zero em repetidos inquéritos sorológicos entre escolares (ver Capitulo 26 deste Livro). Em particular, destaca-se a eliminação (erradicação) do Triatoma infestans em vastas áreas do Continente, mercê de uma política integrada entre Países do Cone Sul, definida em reunião dos Ministros da Saúde com a OPS, em 1990.

Enfim, sabemos muito sobre a doença, mas quase nada sobre a evolução da infec­ção chagásica! Berenice, a criança na qual Chagas detectou e descreveu a doença aguda pela primeira vez, em 1909, estava viva 70 anos depois (Salgado, 1980), tinha o T.cruzi no sangue circulante e não apresentava nenhum sintoma ou sinal da doença!

Referências Bibliográficas

ALMEIDA JO, FREITAS JLP, SIQUEIRA AF., 1959. Capacidade reativa específica do antígeno em reações de complemento para moléstia de Chagas. Anais do Congresso Internacional sobre a Doença de Chagas, Rio de Janeiro, 1: 51-62.

AMORIM DS, GODOY RA, MANÇO JC, TANAKA A & GALLO Jr. L., 1968. Hemodynamics in Chagas' disease. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 21: 1-20

ANDRADE SG, FREITAS LAR, PEYROL S, PIMENTEL AR, SADIGURSKY M., 1991. Experi­mental chemotherapy of Trypanosoma cruzi infection: persistence o f parasite antigens and positive serology in parasitologically cured mice. Bulletin of the World Health Organization, 69: 191-197.

ANDRADE Z.A., 1956. Lesão apical do coração na miocardite crônica chagásica. Hospital (Rio de Janeiro), 50: 803-812.

ANDRADE Z.A., 1958. Anatomia patológica da doença de Chagas. Revista Goiana de Medicina,

4: 103-119.

ANDRADE Z.A., 1959. Fenômeno trombo-embólico na cardiopatia crônica chagásica. Anais do Congresso Internacional sobre a Doença de Chagas, Rio de Janeiro, 1: 73-84.

ANDRADE Z.A. & ANDRADE S.G., 1980. A patologia da doença de Chagas experimental no cão. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 75: 77-95.

ANDRADE SG, ANDRADE Z.A. & SADIGURSKY M., 1980. Combined treatment with nitrofuranic and a corticoid in experimental Chagas' disease in the dog. American Journal Tropical Medicine and Hygiene, 29: 766-773.

ANDRADE Z.A., ANDRADE S.G & SADICURSKY M., 1984. Damage and healing in the conducting tissue of the heart (an experimental study in dogs infected with Trypanosoma cruzi)- Journal of Pathology, 143: 93-101.

ANDRADE Z.A, ANDRADE S.G & SADIGURSKY M., 1987. Enhancement of chronic Trypanosoma cruzi myocarditis in dogs treated with low doses of cyclophosphamide. American

Journal of Pathology, 127: 467-473.

AVJ.LA H, SIGMAN D.S., COHEN L.M., MILLIKAN RC, SIMPSON L., 1991. Polymerase chain reaction amplification of Trypanosoma cruzi kinetoplast minicircle DNA isolate from blood lysates: diagnosis of chronic Chagas' disease. Molecular Biochemical Parasitology, 48: 211-222.

BARRETO MP, 1964. Reservatórios do Trypanosoma cruzi nas Américas. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 16: 527-552.

BITTENCOURT AL., 1963. Placentite chagásica e transmissão congênita da doença de Chagas. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 5: 62-67.

BRENER Z., 1961. Atividade terapêutica do 5-nitro-2-furaldeido-semicarbazona em esquemas de duração prolongada na infecção experimental do camundongo pelo Trypanosoma cruzi. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 3: 43-49.

BRENER Z., 1965. Comparative studies of different strains of Trypanosoma cruzi. Annals of Tropical Medicine and Parasitology, 59: 19-26.

BRENER Z., 1973. Biology of Trypanosoma cruzi. Annual Review of Microbiology, 27: 347-382

BRENER Z., 1980. Immunity to Trypanosoma cruzi. Advanced Parasitology, 18: 247-292

BRENER Ζ & ANDRADE Ζ. (Editores), 1979.Trypanosoma cruzi e Doença de Chagas. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 463p.

BRENER Ζ & CHIARI E., 1963. Variações morfológicas observadas em diferentes amostras de Trypanosoma cruzi. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 5: 220-224.

BRENER Ζ & KRETTLI AU., 1990. Immunology of Chagas' disease. In Wyler DJ. Modern Parasite Biology, WF Freman and Company, New York, p.247-261.

BRITTO C, CARDOSO MA, WINCKER P, MOREL CM., 1993. A simple protocol for the physical clivage of Trypanosoma cruzi kinetoplast DNA present in the blood samples and it use in polymerase chain reaction (PCR) based diagnosis of chronic Chagas' disease. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 88: 171-172.

BRITTO C, CARDOSO MA, RAVEL C, SANTORO A, BORGES PEREIRA J , COURA JR, MOREL CM, WINCKER P., 1995. Trypanosoma cruzi: Parasite detection and strain discrimination in chronic chagasic patients from northeastern Brazil using PCR amplification of kinetoplast DNA and nonradiactive hybridization. Experimental Parasitology, 81: 462-471.

BRUMPT E., 1912a. Le Trypanosoma cruzi, evolué chez Conorhinus megistus, Cimex lectularius, Cimex boueti et Ornithodorus moubata. Cycle évolutif de ce parasite. Bulletin de la Societé de Pathologie Exotique, 5: 360-367.

BRUMPT E., 1912b. Pénetration du Schizotrypanum cruzi a travers la muqueuse oculaire saine. Bulletin de la Societé de Pathologie Exotique, 5: 723-724.

BRUMPT E., 1914. Le xénodiagnostic. Applicacion au diagnostic de quelques infections parasitaires et en particuliar à la trypanosome de Chagas. Bulletin de la Societé de Pathologie Exotique, 7: 706-710.

CAMARGO ME., 1966. Fluorescent antibody test for the diagnosis of American trypanosomiasis. Techinical modification employing preserved culture forms of Trypanosoma cruzi in a slide test. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 8: 227-234.

CANÇADO JR. (Editor)., 1968. Doença de Chagas. Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, 666 p.

CHAGAS C., 1908. Trypanosoma minasense. Nota\ preliminar. Brazil Médico, 22: 471.

CHAGAS C., 1909a. Über eine neue Trypanosomiases des Menschen. Archiv. für Schiffs und

Tropen-Hygiene, 13: 351-353.

CHAGAS C., 1909b. Nova espécie mórbida do homem, produzida por um trypanosoma, Trypanosoma cruzi. Nota prévia. Brazil Médico, 23, N. 16.

CHAGAS C, 1909c. Nouvelle espècie de trypanosomiase humaine. Bulletin de la Societé de Pathologie Exotique, 2: 304-307.

CHAGAS C., 1909d. Nova tripanozomiaze humana. Estudos sobre a morfolojia e o ciclo evolutivo do Schizotrypanum cruzi n.gen.n.sp., ajente etiolojico de nova entidade morbida do homem. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 1: 159-218.

CHAGAS C., 1910. Nova entidade morbida do homem. Conferência. Academia Nacional de Medicina. Rio de Janeiro, 26 de outubro.

CHAGAS C., 1911. Nova entidade morbida do homem. Rezumo geral de estudos etiolojicos e clínicos. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 3: 219-275.

CHAGAS C., 1912. Sobre um trypanosoma do tatu, Tatusia novemcincta, transmitido pelo Triatoma geniculata Latr (1811). Possibilidade de ser o tatu um depositário do Trypanosoma cruzi no mundo exterior. Nota prévia. Brazil Médico, 26: 305-306.

CHAGAS C., 1913. Revisão do cyclo evolutivo do Trypanosoma cruzi. Brazil Médico, Anno

27: Ν. 23, 15 de junho.

CHAGAS C., 19l6a. Processos patojenicos da tripanozomiase americana. Memórias do Institu­to Oswaldo Cruz, 8: 5-35.

CHAGAS C., 1916b. Tripanosomiaze americana. Forma aguda da moléstia. (American Trypanosomiasis. The acute form-reprinted). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 8 : 37-65.

CHAGAS C., 1924. Infection naturelle des singes du Pará. (Chrysotrix sciureus) par Trypanosoma cruzi. Comptes Rendus des Séances de la Societé de Biologie et des Ses Finales, 90: 873-876.

CHAGAS C. & Villela E., 1922. Forma cardíaca da Tripanosomiase americana. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 14: 5-61.

CHAGAS E., 1930. Estudo eletrocardiográfico da Trypanosomiase americana. Thesis. Faculda­de de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 39p.

CHAGAS E., 1932. Novos estudos sobre a forma cardíaca da Trypanosomiase americana. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 26: 329-338. COSSIO PM, DIEZ C, SZARFMAN A, KREUTZER E, CANDIOLO Β & ARANA RM., 1974. Chagasic cardiopathy. Demonstration of a serum gamma glubulin factor which reacts with endotelium and vascular structures. Circulation, 49: 13-21.

COURA JR., 1 9 6 5 . Contribuição ao estudo da doença de Chagas no Estado da Guanabara. Thesis. Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 143p.

COURA JR., 1975. Evolutive pattern in Chagas' disease and life-span of Trypanosoma cruzi in human infection. New Approaches in American Trypanosomiasis. PAHO Scientific Publications,318: 378-383.

COURA JR., 1988. Determinantes epidemiológicos da doença de Chagas no Brasil: a infecção, a doença e sua morbi-mortalidade. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 83 (Suppl.I): 392-402.

COURA JR, ABREU LL, DUBOIS LEG, CORREIA-LIMA FG, ARRUDA JR. Ε. WilLLCOX HPF, ANUNZIATO Ν & PETANA W., 1984. Morbidade da doença de Chagas. II. Estudos seccionais em quatro áreas de campo no Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 79: 101-124.

COURA JR, ABREU LL, PEREIRA J B & WILLCOX HPF., 1985. Morbidade da doença de Chagas. IV- Estudo longitudinal de dez anos em Pains e Iguatama, Minas Gerais, Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 80: 73-80.

COURA JR, ANUNZIATO Ν & WILLCOX HPF., 1983. Morbidade da doença de Chagas. I. Estudo de casos procedentes de vários estados do Brasil, observados no Rio de Janeiro. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 78: 363 -372 .

COURA JR, ARBOLEDA MN, WILLCOX HPF., 1995a. Chagas' disease in the Brazilian Amazon. II. A serological survey. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 37: 103-107.

COURA JR, BARRETT TV, ARBOLEDA MN., 1994a. Ataque de populações humanas por triatomíneos silvestres no Amazonas: uma nova forma de transmissão da infecção chagásica? Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 27: 251-253.

COURA JR, FERREIRA LF, SILVA JR., 1962. Experiências com nitrofurazona na fase crônica da doença de Chagas. O Hospital, 62: 957 -964.

COURA JR, FERREIRA LF, RUBENS J , PEREIRA NC & SILVA JR., 1 9 6 6 . Tripanossoma do "com­plexo cruzi" em reservatório silvestre no Estado da Guanabara. Estudo de sua patogenicidade. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 8: 125-133.

COURA JR, JUNQUEIRA ACV, GIORDANO CM, FUNATSU IRK., 1994b. Chagas' disease in the Brazilian Amazon. I. A short review. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 36: 363-368.

COURA JR & PEREIRA J B . , 1984. A Follow-up evaluation of Chagas' disease in two endemic areas in Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 79 (Suppl. I): 107-112.

COURA RJ & PETANA WB., 1967. American Trypanosomiasis in British Honduras. The prevalence of Chagas' disease in Cayo District. Annals of Tropical Medicine and Parasitoly, 61: 244-250.

COURA JR & SILVA JR., 1961. Aspectos atuais do tratamento da doença de Chagas. Arquivos Brasileiros de Medicina, 51: 283-290.

COURA JR, WILLCOX HPF, ARBOLEDA MN, FERNANDES O, PAIVA DD., 1995b. Chagas' disease in the Brazilian Amazon. III. A cross-sectional study. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 37: 415-420.

DAO L., 1 9 4 9 . Otros casos de enfermedad de Chagas en el Estado Guarico (Venezuela). Formas agudas e crónicas. Observación sobre enfermedad de Chagas congênita. Revista Policlínica, Caracas, 17: 17-32.

DEANE LM., 1964. Animal reservoirs of Trypanosoma cruzi in Brazil. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 16: 27-48.

DEANE MP, BRITO Τ & DEANE LM., 1963. Pathogenicity to mice of some strains of Trypanosoma cruzi isolated from wild animals of Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 5: 225-235.

DEANE MP, LENZI HL & JANSEN AM., 1984. Trypanosoma cruzi: vertebrate and invertebrate cycles in the same mammal host, the opossum Didelphis marsupialis. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 79: 513-515.

DEANE MP, LENZI HL & JANSEN AM., 1986. Double development cycle of Trypanosoma cruzi in the opossum. Parasitology Today, 2: 146-147.

DIAS Ε., 1933. Estudos sobre o Schizotrypanum cruzi. Thesis. Faculdade de Medicina da Uni­versidade Federal do Rio de Janeiro, 115p.

DIAS E., 1934. Estudos sobre o Schizotrypanum cruzi. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 28: 1-110.

DIAS Ε., 1945. Um ensaio de profilaxia da molestia de Chagas. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 116p.

DIAS E., 1949. Considerações sobre a doença de Chagas. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 47: 679-692.

DIAS E. & PELLEGRINO J . , 1948. Alguns ensaios com o gammexane no combate aos transmis­sores da doença de Chagas . Brazil Médico, 62: 185-191.

DIAS JCP., 1982. Doença de Chagas em Bambuí, Minas Gerais, Brasil. Estudo clínico epidemiológico a partir da fase aguda, entre 1940 e 1982. Thesis. Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 376p.

DIAS JCP., 1987. Control of Chagas' disease in Brazil. Parasitology Today, 3: 336-341.

DIAS JCP & KLOETZEL K., 1968. The prognostic value of eletrocardiographic features of chronic Chagas' disease. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 10: 158-162.

DO CAMPO R, MASON RP, MOTLEY C. & MUNIZ R., 1981. Generation of free radicals induced by Nifurtimox in mammalian tissue. Journal of Biology Chemotherapy, 256: 10930-10933.

DVORAK JA New England Journal of Medicine SCHIMUNIS GA., 1972. Trypanosoma cruzi: interaction with mouse peritoneal macrophages. Journal Experimental Parasitology, 32: 289-300.

DVORAK JA & HYDE TP., 1973. Trypanosoma cruzi: interaction with vertebrate cells in vitro. I. Individual reaction at cellular and subcellular level. Journal Experimental Parasitology, 34: 268-283.

FIFE EH & MUSCHEL LH., 1959. Fluorescent antibody technic for serodiagnosis of Trypanosoma cruzi infection. Procedings. Society of Experimental Biology, 101: 540-543.

FORATTINI OP., 1980. Biogeografia, origem e distribuição da domiciliação de triatomíneos no Brasil. Revista de Saúde Pública de São Paulo, 14: 265-299.

FREITAS JLP. ., 1946 . Inquérito preliminar sobre doença de Chagas no município de Cajuru,

Estado de São Paulo. Hospital, 29: 155-165 .

FREITAS JLP., 1947. Contribuição para o estudo da moléstia de Chagas por processos de labora­

tório. Thesis . Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 160p .

FREITAS JLP & ALMEIDA J O . , 1949. Nova técnica de fixação do complemen to para moléstia de

Chagas ( reação quantitativa c o m antígeno gelificado de cultura de Trypanosoma cruzi). Hospi­

tal, 35: 7 8 7 - 8 0 0 .

FREITAS JLP, BIANCALANA A, AMATO NETO V, NUSSENZWEIG V, SONNTAG R & BARRETO

G., 1952. Primeiras verif icações de transmissão acidental da moléstia de Chagas ao h o m e m por

transfusão de sangue. Revista Paulista de Medicina, 40: 36-40.

FREITAS JLP, FERREIRA DA, GARCIA G & HADDAD N., 1959a. Resultados do c o m b a t e intensi­

vo dos tr iatomíneos domiciliares em uma área restrita no estado de São Paulo (Distrito de

Cassia de Coqueiros , município de Cajuru). Anais do Congresso Internacional sobre a Doença

de Chagas, Rio de Janeiro, 2: 543-569.

FREITAS JLP, SIQUEIRA AF & FERREIRA OA., 1959b. Invest igações ep idemiológicas sobre

tr iatomíneos de hábitos domést icos e silvestres c o m auxílio da reação de precipitina. Anais do

Congresso Internacional sobre a Doença de Chagas, Rio de Janei ro , 2: 525-556.

GUERREIRO C & MACHADO Α., 1913. Da reação de B o r d e l e Gengou na moléstia de Chagas

como elemento diagnóstico. Nota prévia. Brazil Médico, 27: 225-226 .

HOARE CA., 1961 . Considerations sur l 'etiologie de l 'amebiase d'après de rapport hôte-parasite.

Bulletin de la Socie té de Pathologie . Exotique, 54: 4 2 9 - 4 4 1 .

HOARE CA., 1964. Morphological and taxonomic studies on mammalian trypanosomes. X revision

o f the systematics. Journal of Protozoology, 2: 200 -207

HOARE CA., 1972. The Trypanosomes of mammals. A zoological monograph. Blackwel l Scientific

Publication Oxoford-Edinburgh, 749p .

JUNQUEIRA ACV, CHIARI E, WINCKER P., 1996. Comparison o f the polymerase chain reaction

with two classical parasitological methods for the diagnosis o f Chagas ' disease in an endemic

region o f north-eastern Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and

Hygiene, 90 : 129-132 .

KÖBERLE F., 1957. Patogenia da moléstia de Chagas. Revista Goiana de Medicina, 3: 155-180 .

KÖBERLE F., 1959 . Moléstia de Chagas - Enfermidade do sistema nervoso. Anais do Congresso

Internacional sobre a Doença de Chagas, Rio de Janeiro, 2: 691 -716 .

KRETTLI AU & EISEN H., 1980 . Escape mecanisms of T rypanosoma cruzi from the host immune

system. Semaine Iserm Seillac, France.

KRETTLI AU & BRENER Z., 1982. Resistance against Trypanosoma cruzi associated to antiliving

trypomastigote antibodies. Journal of Immunology, 128: 2009-2012 .

LARANJA FS, DIAS Ε, DUARTE Ε, PELLEGRINO J . , 1951 . Observações clínicas e epidemiológicas

sobre a moléstia de Chagas no Oes te de Minas. Hospital, 40 : 137-192 .

LARANJA FS, DIAS E, N O B R E G A G, MIRANDA Α., 1 9 5 6 . C h a g a s ' d i s e a s e . A c l in ica l , epidemiologic and pathologic study. Circulation, 14: 1035-1060 .

LENT A WYGODZINSKY P., 1979. Revision of the triatominae (Hemiptera, reduvidae) and their significance as vectors of Chagas' disease. Bulletin American Museum of Natural History, 1 9 6 3 Articles 3 , New York 520p.

LENZI HL, JANSEN AM, DEANE MP., 1984. The recent discovery of what might be a primordial escape mecanism for Trypanosoma cruzi Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 79 (Suppl.I ): 13-18.

LOPES ER, CHAPADEIRO E, ALMEIDA HO & ROCHA Α., 1975. Contribuição ao estudo da anatomia patológica dos corações de chagásicos falecidos subitamente. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 9: 269-282.

MACEDO VO., 1 9 7 3 . Influência da exposição a reinfecção na evolução da doença de Chagas. Estudo longitudinal de cinco anos. Thesis. Faculdade de Medicina da Universidade Federal do

Rio de Janeiro, 125p.

MAGUIRE JH, MOTT KE, HOFF R, GUIMARÃES A, FRANÇA JT, SOUZA JAA, RAMOS NB & SHERLOCK IA., 1982. A three-year follow-up study of infection with Trypanosoma cruzi in Northeast Brazil. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 31: 42-47.

MATTEI DM, GOLDENBERG S, MOREL C, AZEVEDO HP & ROITMAN I., 1977. Biochemical strain characterization of Trypanosoma cruzi by restriction endonuclease cleavage of kinetoplast DNA. FEBS Letters, 74: 264-268.

MAZZA S., 1937. Nota a propósito de 240 casos da forma aguda da enfermedad de Chagas

comprovados en el pais por la MEPRA. Prensa Medica Argentina. 24: 1 3 9 4 - 1 3 9 6 .

MAZZA S., 1941. Esquizotripanides. Manifestaciones eruptivas agudas en la enfermedad de

Chagas. Publicaciones MEPRA, 51: 3-1+2.

MEYER Η & OLIVEIRA MX., 1948. Cultivation of Trypanosoma cruzi in tissue cultures. A four years study. Parasitology, 3 9 : 91-94.

MEYER Η & PORTER KR., 1954. Study of Trypanosoma cruzi with the electron microscope. Parasitology, 44: 16-23.

MEYER H, MUSACHIO MO & MENDONÇA IA., 1958. Electron microscopic study od Trypanosoma cruzi in sections of infected tissue cultures and blood agar forms. Parasitology, 48: 1-8.

MILES MA, TOYÉ PJ, OSWALD SC & GODFREY DG., 1977. The identification by isoenzyme pattern of two distint strain groups of Trypanosoma cruzi circulating idependendy in a rural area of Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 71: 217-225.

MOREL CM, CHIARI E, PLESMAN CAMARGO Ε, MATTEI DM, ROMANHA AJ & SYMPSON L., 1980. Strain and clones of Trypanosoma cruzi can be caracterized by restriction endonuclease fingerprinting of kinetoplast DNA minicircles. Proceedings of National Academy of Science USA., 77: 6810-6814.

MUNIZ J. , 1947. Do valor da reação de precipitina no diagnóstico das formas agudas e subagudas da doença de Chagas. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 45: 537-549.

MUNIZ J & FREITAS G., 1944. Contribuição para o diagnóstico da doença de Chagas pelas reações de imunidade. I. Estudo comparativo das reações de aglutinação e fixação do comple­mento. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 41: 303-333.

MUNIZ J & FREITAS G., 1946. Estudo sobre a imunidade humoral na doença de Chagas. Brazil

Médico, 60: 337-341.

MUNIZ J & AZEVEDO ΑΡ., 1947. Novo conceito da patogenia da doença de Chagas. Hospital,

32: 165-183.

NATTAN-LARRIER L., 1921. Heredité des infections experimentales a Schizotripanum cruzi. Bulletin de la Societé de Pathologie Exotique, 14: 232-238.

NEAL RA & MILES MA., 1970. Indirect hemaglutination test for Chagas' disease with a simples method survey work. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 12: 325-332.

NEIVA Α., 1910. Informações sobre a biologia do Conorhinus megistus Burm. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 2: 206-212.

NOGUEIRA Ν & COHN Z., 1976. Trypanosoma cruzi: mechanism of entry and intracellular fate in mammalian cells. Journal of Experimental Parasitology, 143: 1042-1420.

NOGUEIRA Ν, CHAPLAN S & COHN Z., 1980. Trypanosoma cruzi: factors modifying and fate of blood form trypomastigotes. fournal of Experimental Parasitology, 152: 447-451.

NOGUEIRA Ν & COURA JR., 1990. American Trypanosomiasis (Chagas' disease). In warren KS & Mahmoud AAF, Tropical and Geographical Medicine, 2nd Ed. McGraw-Hill Information Services Company New York, p.281-296.

NUSSENZWEIG V, SONNTAG R, BIANCALANA A, FREITAS JLP, AMATO NETO V & KLOETZEL J . , 1953. Ação de corantes tri-fenil-metânicos sobre o Trypanosoma cruzi "in vitro". Emprego da violeta de genciana na profilaxia da transmissão da moléstia de Chagas por transfusão de sangue. Hospital, 44: 731-744.

NUSSENZWEIG V, DEANE LM & KLOETZEL J . , 1962. Diversidade da constituição antigênica de amostras de Trypanosoma cruzi isoladas do homem e de gambás. Nota preliminar. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 4: 409-410.

NUSSENZWEIG V, DEANE LM & KLOETZEL J . , 1963a. Differences in antigenic constitution of strains of Trypanosoma cruzi. Experimental Parasitology, 14: 221-232.

NUSSENZWEIG V, KLOETZEL J & DEANE LM., 1963b. Acquired immunity in mice infected with strains of immunological types A and Β of Trypanosoma cruzi. Experimental Parasitology, 14: 233-239.

PEREIRA J B , WILLCOX HP & COURA JR., 1985. Morbidade da doença de Chagas. III. Estudo longitudinal de seis anos em Virgem da Lapa, Minas Gerais, Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 80: 63-71.

PERLOWAGORA-SZUMLEWICZ A & MULLER CA., 1982. Studies in search of a suitable experi­mental insect model for xenodiagnosis of host with Chagas' disease. 1. Comparative xenodiagnosis with nine triatominae species of animals with acute infection by Trypanosoma cruzi. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 77: 37-53.

PERLOWAGORA-SZUMLEWICZ A & MULLER CA., 1987. Studies in search of a suitable experi­mental insect model for xenodiagnosis of host with Chagas' disease . 2. Attempt to upgrade the reability and the efficacy of xenodiagnosis in chronic Chagas'disease. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 82: 259-272.

PERLOWAGORA-SZUMLEWICZ A, MULLER CA & MOREIRA CJC, 1988. Studies in search a suitable experimental insect model for xenodiagnosis of host with Chagas' disease. 3. On the interaction of vector species and parasite strain in the reaction of bugs to infection by Trypanosoma cruzi. Revista de Saúde Pública de São Paulo, 22: 390-400.

PORTO CC., 1964. O eletrocardiograma no prognóstico e evolução da doença de Chagas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 17: 313-346.

PRATA Α., 1959. Prognóstico e complicações da doença de Chagas. Revista Goiana de Medici­na, 5: 87-96.

PRATA Α., 1965. Informação Pessoal sobre o projeto São Felipe.

PRATA A & MACEDO V., 1984. Morbidity of Chagas heart disease. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 79 (Suppl. ) :93-96.

PUIGBÓ JJ , RHODE JRN, BARRIOS HG & YEPAS CG., 1969. Cuatro años de estudio longitudinal de una comunidad rural con endemicidad chagásica. Boletin da Oficina Sanitaria Panamericana, 6 6 : 112-120.

RAMOS J , FREITAS JLP & BORGES S., 1949. Moléstia de Chagas. Estudo clínico e epidemiológico. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2: 111-162.

RASSI A, BORGES C, REZENDE JM, CARNEIRO O, SALUM J , RIBEIRO IB & PAULA OH., 1958. Fase aguda da doença de Chagas: aspectos clínicos observados em 18 casos. Revista Goiana de Medicina, 4: 161-190.

RASSI A & CARNEIRO O., 1956. Estudo clínico, eletrocardiográfico e radiológico da cardiopatia chagásica crônica. Revista Goiana de Medicina, 2: 287-296.

REZENDE JM., 1956. Megaesôfago por doença de Chagas. Revista Goiana de Medicina, 2: 297-

314.

REZENDE JM., 1959. Forma digestiva da moléstia de Chagas. Revista Goiana de Medicina, 5:

193-227.

REZENDE JM, OLIVEIRA R & LAUAR ΚΝ., 1959. Valor do tempo de esvaziamento esofageano no diagnóstico da esofagopatia chagásica (prova de retenção). Revista Goiana de Medicina, 5: 97-102.

REZENDE JM, OLIVEIRA R & LAUAR KM., 1960. Aspectos clínicos e radiológicos da aperistalsis do esôfago. Revista Brasileira de Gastroenterologia, 12: 247-262.

ROMANA C , 1935. Acerca de un sintoma inicial de valor para el diagnostico de forma aguda de la enfermedad de Chagas. La conjuntivitis esquizotripanózica unilateral (Hipotesis sobre puerta de entrada conjutival de la enfermedad). Publicaciones MEPRA, 22: 1 6 - 2 8 .

ROSENBAUM MB, ELIZARI MV & LAZZARI JO., 1967. Los hemibloqueos. Editorial Paidos, Buenos Aires.

SALGADO JA., 1980. O centenário de Carlos Chagas e a menina Berenice. Memórias do Insti­tuto Oswaldo Cruz, 75: 193-195.

SCHERLOCK IA. In BRENER Ζ & ANDRADE Z., 1979. Trypanosoma cruzi e Doença de Chagas. Editora Guanabara Koogan, p.42-88.

SILVA LHP., 1959. Observações sobre o ciclo evolutivo do Trypanosoma cruzi. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 1: 99-118.

SILVEIRA JF., 1992. Trypanosoma cruzi recombinant antigens for serodiagnosis. In: Wendel S, Brener Z, Camargo ME, Rassi A. (Editores). Chagas' disease (American Trypanosomiasis): Its impact on transfusion and clinical medicine. Cartgraf Ed. Ltda, (ISBT, Brazil'92), pp.207-218, São Paulo, Brazil.

SNARY D & HUDSON L., 1979. Trypanosoma cruzi cell surface protein: identification of one major glycoprotein. FEBS Letters 100: 166-170.

SOUZA SL & CAMARGO ME., 1966. The use of filter paper blood smears a praticai fluorescent test for American Trypanosomiasis serodiagnosis. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 8: 255-258.

STROUT RG., 1962. A method for concentrating hemoflagellates. Journal of Parasitology, 48:100.

STURM N, DEGRAVE W, MOREL CM, SIMPSON L., 1989. Sensitive detection and schizodeme classification of Trypanosoma cruzi cells by amplification of kinetoplast DNA sequence: use in diagnosis of Chagas' disease. Molecular Biochemmistry Parasitology, 33: 205-214.

SZARFMAN A, COSSIO PM, KOURY EL, RITACCO V, ARANA RM & SCHMUNIS GA., 1977. Tissue reacting Ig in children parasitaemic with Trypanosoma cruzi. Transactions of the Royal Society Tropical Medicine and Hygiene, 71: 455.

SZARFMAN A, TERRANOVA VP, RENARD SI, FOIDART JM, LIMA MF, SHEIMANN I & MARTIN GR., 1982. Antibodies to laminin in Chagas' disease. Journal of Experimental Medicine, 155: 1161-1171.

TAFURIWL., 1974. Alterações ultraestruturais dos componentes muscular, intersticial e nervoso do coração, esôfago e intestino na doença de Chagas experimental e humana. Thesis. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

TEIXEIRA ARL & SANTOS-BUCH CA., 1975. The immunology of experimental Chagas' disease. II. Delayed hypersensivity to Trypanosoma cruzi antigens. Immunology, 28: 401-410.

TEIXEIRA ARL, TEIXEIRA ML & SANTOS-BUCH CA., 1975. The immunology of experimental Chagas' disease. IV. Production of lesions in rabbits similar to those of chronic Chagas' disease in man. American fournal of Pathology, 80: 163-180.

TORRES CM., 1917. Estudo do miocárdio na moléstia de Chagas (forma aguda). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 9: 114-139.

VIANNA G., 1 9 1 1 . Contribuição para o estudo da anatomia patológica da "Moléstia de Carlos Chagas". Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 3: 276-293.

VOLLER A, DRAPER CC, BIDWELL DE & AERTLETT Α., 1975. Microplate enzyme-linked immunoabsorvent assay for Chagas' disease. Lancet, 1: 426-429

WINCKER Ρ, BRITTO C, PEREIRA J B , CARDOSO MA, OELEMANN W, MOREL CM., 1994. Use of a simplified polymerase chain reaction procedures to detect Trypanosoma cruzi, in blood samples from chronic chagasic patients in rural endemic area. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 51: 771-777. ZELEDON R., 1983. Vectores de la enfermedad de Chagas y sus caracteristicas ecofisiológicas. Interciencia, 8: 3 8 4 - 3 9 6 .