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SUICÍDIO

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1 – INTRODUÇÃO2 – BASE FILOSÓFICA3 - CLASSIFICAÇÕES DOS SUICÍDIOS3.1 - Automutilação3.2 - Eutanásia e Ortotanásia3.3 - Ortotanásia3.4 - Homicídio Suicídio3.5 - Ataque suicida3.6 - Suicídio em Massa e Pacto Suicida4 – MOTIVOS5 - DADOS ESTATÍSTICOS 6 - LOCAIS COM MAIORES TAXAS DE SUICÍDIO7 - TAXA DE SUICÍDIO NO BRASIL8 - LEGISLAÇÃOREFERÊNCIAS

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  • SUICDIO

  • 2

    SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................................... 3

    2 BASE FILOSFICA .............................................................................................. 3

    3 - CLASSIFICAES DOS SUICDIOS.................................................................... 4

    3.1 - Automutilao ................................................................................................... 4

    3.2 - Eutansia e Ortotansia ................................................................................... 4

    3.3 - Ortotansia ........................................................................................................ 5

    3.4 - Homicdio Suicdio ............................................................................................ 6

    3.5 - Ataque suicida ................................................................................................... 6

    3.6 - Suicdio em Massa e Pacto Suicida ................................................................. 6

    4 MOTIVOS .............................................................................................................. 7

    5 - DADOS ESTATSTICOS ....................................................................................... 9

    6 - LOCAIS COM MAIORES TAXAS DE SUICDIO ................................................. 12

    7 - TAXA DE SUICDIO NO BRASIL ........................................................................ 12

    8 - LEGISLAO ...................................................................................................... 14

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 17

  • 3

    1 INTRODUO

    O suicdio consiste no ato de tirar a prpria vida intencionalmente, a cada 40

    segundos uma pessoa se suicida em algum lugar do mundo, muitos fatores

    determinam a pessoa preferir retirar a prpria vida do que enfrentar os problemas.

    2 BASE FILOSFICA

    Os grandes pensadores da filosfica se dividem quanto as opinies a respeito

    do suicdio, alguns aceitam em determinadas situaes enquanto outros vetam

    totalmente.

    Sneca, pensador da escola filosfica do estoicismo, a qual ensinava que

    emoes destrutivas resultam de erros de julgamento e que, por sua vez, um sbio

    no sofreria destas emoes, defendia que o suicdio era aprovado quando se

    tratava de uma sada para situaes insuportveis, considerando uma atitude digna

    e corajosa, porm no aprovava pelo simples desejo da morte.

    Ainda nessa escola podemos citar inclusive Zeno, o fundador do estoicismo,

    que cometeu suicdio dizendo uma frase enigmtica antes de se enforcar: Me

    chamaste? Aqui me tens.

    Tem-se tambm a viso contrria pregada por Plato que considerava um ato

    de insubordinao contra a divindade ou ainda Aristteles, o qual via este ato como

    sendo contrrio ao bem social, pois no era uma injustia apenas contra a prpria

    pessoa e sim contra cidade, assim sendo era considerado fraco j que o homem

    deveria ser formado para suporta as contingencia de sua vida e por sua vez

    aguardar a morte e jamais produzi-la.

  • 4

    3 - CLASSIFICAES DOS SUICDIOS

    3.1 - Automutilao

    A automutilao no uma tentativa de suicdio; no entanto, tempos atrs as

    leses autoprovocadas eram erroneamente classificadas como uma tentativa de

    suicdio. Existe uma correlao no-causal entre a automutilao e o suicdio:

    ambos so mais comumente um efeito da depresso

    A automutilao definida como qualquer comportamento intencional

    envolvendo agresso direta ao prprio corpo sem inteno consciente de suicdio.

    Os atos geralmente tm como inteno o alvio de dores emocionais e em grande

    parte dos casos, esto associados ao Transtorno de Personalidade Borderline. As

    formas mais frequentes de automutilao so cortar a prpria pele, bater em si

    mesmo e queimar-se.

    Automutilao refere-se a comportamentos onde demonstrveis feridas so

    auto infligidas. A maioria das pessoas que se automutilam esto bastante

    conscientes de suas feridas e cicatrizes, e tomam atitudes extremas para esconde-

    las dos outros. Eles podem oferecer explicaes alternativas para suas feridas, ou

    tapar suas cicatrizes com roupas. Automutilao, nesses indivduos, no est

    associada ao suicdio ou para-suicdio. A pessoa que se automutila no est,

    usualmente, querendo interromper sua prpria vida, mas sim usando esse

    comportamento como um modo de cooperao para aliviar dor emocional e

    desconforto.

    3.2 - Eutansia e Ortotansia

    Eutansia: a prtica pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurvel de

    maneira controlada e assistida por um especialista.

    Independentemente da forma de eutansia praticada, seja ela legalizada ou

    no (tanto em Portugal como no Brasil esta prtica considerada ilegal), ela

    considerada um assunto controverso, existindo sempre prs e contras teorias

    eventualmente mutveis com o tempo e a evoluo da sociedade, tendo sempre em

    conta o valor de uma vida humana. Sendo eutansia um conceito muito vasto,

  • 5

    distinguem-se aqui os vrios tipos e valores intrinsecamente associados: eutansia,

    distansia, ortotansia, a prpria morte e a dignidade humana.

    Em primeiro lugar, importante ressaltar que a eutansia pode ser dividida

    em dois grupos: a "eutansia ativa" e a "eutansia passiva". Embora existam duas

    "classificaes" possveis, a eutansia em si consiste no ato de facultar a morte sem

    sofrimento a um indivduo cujo estado de doena crnico e, portanto, incurvel,

    normalmente associado a um imenso sofrimento fsico e psquico.

    A "eutansia ativa" conta com o traado de aces que tm por objectivo pr

    trmino vida, na medida em que planeada e negociada entre o doente e o

    profissional que vai levar e a termo o acto.

    A "eutansia passiva" por sua vez, no provoca deliberadamente a morte, no

    entanto, com o passar do tempo, conjuntamente com a interrupo de todos e

    quaisquer cuidados mdicos, farmacolgicos ou outros, o doente acaba por falecer.

    So cessadas todas e quaisquer aes que tenham por fim prolongar a vida. No h

    por isso um acto que provoque a morte (tal como na eutansia ativa), mas tambm

    no h nenhum que a impea (como na distansia).

    relevante distinguir eutansia de "suicdio assistido", na medida em que na

    primeira uma terceira pessoa que executa, e no segundo o prprio doente que

    provoca a sua morte, ainda que para isso disponha da ajuda de terceiros.

    Etimologicamente, distansia o oposto de eutansia. A distansia defende

    que devem ser utilizadas todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser

    humano, ainda que a cura no seja uma possibilidade e o sofrimento se torne

    demasiadamente penoso.

    3.3 - Ortotansia

    quando no se tomam medidas para prolongar artificialmente a vida de uma

    pessoa com uma doena letal, restringindo a fazer um tratamento paliativos para

    aliviar a dor e permitir uma morte digna. No Brasil essa prtica s foi legalizada em

    2010.

    Ortotansia o termo utilizado pelos mdicos para definir a morte natural,

    sem interferncia da cincia, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento,

  • 6

    deixando a evoluo e percurso da doena. Portanto, evitam-se mtodos

    extraordinrios de suporte de vida, como medicamentos e aparelhos, em pacientes

    irrecuperveis e que j foram submetidos a suporte avanado de vida A persistncia

    teraputica em paciente irrecupervel pode estar associada a distansia,

    considerada morte com sofrimento.

    3.4 - Homicdio Suicdio

    Trata-se do ato no qual um indivduo mata uma ou vrias outras pessoas

    imediatamente e comete suicdio para no ser preso.

    Geralmente feito por vingana ou/e passional. Exemplos incluem o caso de

    Francisco Hyalisson Gonzaga que atirou na ex-namorada, Luana Kalyev Almeida e

    em seguida atirou na prpria cabea15 e o de Edwin Valero, campeo mundial de

    boxe venezuelano acusado de enforcar a prpria mulher.

    3.5 - Ataque suicida

    Um ataque suicida quando um atacante comete um ato de violncia contra

    outros (geralmente um grande nmero de pessoas), normalmente para atingir um

    objetivo militar ou poltico, que resulta em sua prpria morte. Os atentados suicidas

    so muitas vezes consideradas como um ato de terrorismo. Os exemplos histricos

    incluem o assassinato do Czar Alexandre II, o Bombardeamento do Hotel Shamo, o

    Atentado suicida do Dizengoff Center,os ataques kamikazes por pilotos areos

    japoneses durante a Segunda Guerra Mundial e os Ataques de 11 de setembro de

    2001. Entre 2000 e 2007 ocorreram 140 ataques suicidas em Israel que mataram

    542 pessoas e feriram milhares.

    3.6 - Suicdio em Massa e Pacto Suicida

    Certos suicdios so realizados sob presso social ou de um grupo. Os

    suicdios coletivos, ou em massa, podem ocorrer apenas entre duas pessoas, como

    um "pacto suicida", ou com um nmero muito maior. Um exemplo ocorreu em janeiro

    de 2012, na China. Trezentos funcionrios da Foxconn, fabricante do Xbox 360,

    ameaaram um suicdio coletivo se as reivindicaes do grupo no forem atendidas.

    O protesto terminou com um acordo entre a empresa e os funcionrios.

  • 7

    4 MOTIVOS

    Talvez, para grande parte de toda a populao, tentar explicar os motivos,

    razes ou circunstancias pelas quais uma pessoa seria capaz de tirar a prpria vida

    se torna uma questo extremamente difcil de lidar. Dentro desse assunto, surge

    vrias perguntas sobre o tema, algumas at mesmo para leigos, perguntas sem

    respostas, mais na cincia e pelos avanados estudos comportamentais dos seres

    humanos, sempre se consegue achar uma explicao lgica e na maioria das vezes

    exatas para tais comportamentos.

    Algumas pessoas, na maioria das vezes, pensar na morte, ou at mesmo

    morrer, se torna a principal sada para a resoluo de seus problemas, ou pelo

    menos de grande parte deles. Elas enxergam o sofrimento, a dor e o desespero que

    esto atravessando como algo que no existe mais soluo alguma, enxergando as

    coisas dessa maneira, procuram uma soluo permanente para seus problemas e

    encontram isso praticando o ato do suicdio.

    Na verdade, talvez a gente se surpreenda ao perceber que a maioria das

    pessoas que pensam, tentam ou cometem suicdio, escolheriam outra forma de

    solucionar os seus problemas, se no se encontrassem em uma angstia to grande

    que as deixam incapazes de qualquer ao. A inteno deles parar a dor

    psicolgica que se encontram. Do por isso sinais de esperana de serem salvas.

    Querem simplesmente fugir das duras realidades da vida e tenses com as quais

    no conseguem lidar, para as quais no vm uma soluo possvel, nem perspectiva

    de melhoria ou mudana no futuro. Se sentem perdidas, sozinhas, e a nica sada

    a morte.

    importante tambm entendermos que nem todas as pessoas que passam

    por problemas iro se suicidar, mais pelos estudos da Psicologia em geral, por meio

    de uma avaliao, possvel decifrar se a pessoa tem tendncia ou no de cometer

    esse ato.

    Existem tambm, alguns sinais de alerta que a maioria das pessoas que se

    suicidam deixam transparecer no dia a dia, e que pode dar pistas do que ela est

    prestes a fazer, e prestando ateno nesses detalhes, pode ser um nico jeito de

  • 8

    conseguir salvar vidas de pessoas que passam por esse terrvel momento. Os sinais

    supra citados podem ser:

    Torna-se uma pessoa depressiva, chora por qualquer motivo;

    Comea a falar muito sobre a morte, e que no consegue achar

    motivos para continuar vivendo, que nada mais importa, que no

    aguenta mais e que vai acabar com tudo;

    Comea a fazer preparativos para morte, como por exemplo se

    desfazer de coisas valiosas, acertar assuntos pendentes, fazer

    despedidas ou dizer adeus como se no fosse mais ser visto;

    Demonstra grande mudana em seu comportamento, nas suas atitudes

    e at mesmo na sua aparncia;

    Passa a ter comportamento de risco, fica agressivo;

    Aumenta o consumo de lcool, ou passa a usar drogas ou algo do tipo;

    Afastamento ou isolamento social, fica mais retrado;

    Insnia persistente, ansiedade ou angustia permanente;

    Falta de apetite, perca drstica de peso;

    No tem mais interesse em se arrumar, por roupas novas;

    Dificuldade de relacionamento, afastamento da famlia ou de quaisquer

    outros grupos de interao;

    Insucesso escolar (por exemplo se antes era um aluno) e

    Automutilao.

    A melhor coisa a fazer quando esses sinais de riscos so identificados

    saber como conversar e principalmente conviver com essa pessoa. Deve ter noo,

    que a pessoa est passando pelo pior momento que algum pode passar, cabe

    ento, se quiser ajudar, em primeiro lugar sem um bom ouvinte, escutar o que a

  • 9

    pessoa tem a dizer, deixar ela desabafar com voc se preciso for, estar disposto a

    ouvir tudo o que ela tem a dizer, sem crticas ou represses alguma, reconhecer o

    sofrimento pelo qual a pessoa est passando e conseguir passar a ela que pode

    contar consigo quando precisar, sem ter medo de nada, conseguir passar a ela o

    verdadeiro sentido da sua vida, que no tem nada que possa comparar ao valor de

    sua vida, se a pessoa no consegue falar, deve tentar puxar assunto com ela, tentar

    compreender os motivos pelos quais est abatido, e tambm nunca deixar a pessoa

    sozinha, pois na primeira oportunidade que tiver, ir com certeza fazer o que lhe der

    na cabea.

    5 - DADOS ESTATSTICOS

    Figura 1 Suicdio no Mundo

    Fonte: OMS - Organizao Mundial de Sade - 2006

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    Figura 2 Suicdio de Homens no Mundo

    Fonte: OMS - Organizao Mundial de Sade - 2006

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    Figura 3 Suicdio de Mulheres no Mundo

    Fonte: OMS - Organizao Mundial de Sade - 2006

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    6 - LOCAIS COM MAIORES TAXAS DE SUICDIO

    Ponte Golden Gate, em So Francisco, Califrnia - mais de 1.500 suicdios,

    o lugar onde mais se cometem suicdios no mundo.

    Aokigahara, floresta no Monte Fuji, no Japo - aproximadamente 80 suicdios

    por ano, o segundo lugar em que mais se comete suicdios no mundo e o primeiro

    no Japo.

    Beachy Head, East Sussex, Inglaterra, Reino Unido - 20 suicdios por ano.

    Ponte Humber, Kingston upon Hull, Inglaterra, Reino Unido - mais de

    duzentos incidentes com pessoas pulando ou caindo da ponte desde 1981, houve

    apenas um sobrevivente.

    Coronado Bridge, San Diego, Califrnia - mais de duzentos suicdios entre

    1972 e 2000.

    difcil determinar o nmero exato de vtimas, haja vista que jurisdies e

    agncias da mdia no divulgam abertamente as estatsticas para no encorajar

    outras pessoas a cometerem o ato.

    7 - TAXA DE SUICDIO NO BRASIL

    No Brasil, a taxa de suicdio seis vezes menor que na Coreia do Sul, trs

    vezes menor que na Frana e metade da dos Estados Unidos e Sua.

    Do total de 40 pases analisados 34 da OCDE, formado em sua maioria por

    naes ricas, e outros seis emergentes o Brasil apresenta a 4 menor taxa de

    suicdio, de 5,4 para cada 100 mil pessoas.

    Perde apenas para Grcia (3,1), Turquia (4,3) e Mxico (4,8). A Coreia do Sul,

    onde o problema mais grave, tem 33,3 suicdios para cada 100 mil habitantes. Os

    dados so de 2011.

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    Figura 4 Suicdios no Brasil

    Fonte: Society at a Glance 2014, da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento

    Econmico (OCDE).

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    O Estado do Rio Grande do Sul o que possui a maior taxa de suicdios de

    todo o pas. Entre 2006 e 2010 a mdia de gachos que tiraram a prpria vida foi de

    10,2 para cada grupo de 100 mil pessoas, nmero mais que duas vezes maior que a

    mdia nacional, que de 4,8 suicdios por 100 mil brasileiros.

    Tabela 1 Estados com mais casos de suicdio por 100 mil habitantes (2006-

    2010)

    Estado Mdia para 100 mil habitantes

    Rio Grande do Sul 10,2

    Roraima 8,3

    Mato Grosso do Sul 8,1

    Santa Catarina 7,8

    Piau 6,5

    Fonte: Edio online da Folha de So Paulo (15 de janeiro de 2014)

    8 - LEGISLAO

    Conforme a definio do JusBrasil, Autocdio. Morte de uma pessoa,

    conscientemente provocada por ela. No constitui infrao penal, embora seja ato

    ilcito, porque a vida bem jurdico indisponvel. A orientao da lei inspirada por

    razes de poltica criminal, a fim de estimular a pessoa que, em momento de

    instabilidade emocional, execute (ou tente) o ato extremo, superando o instinto de

    conservao. Hoje, so poucas as legislaes que mantm a incriminao de

    conduta. Todavia, constitui crime contra a vida, induzir, instigar ou prestar auxlio ao

    suicdio. Vide auxlio ao suicdio. Vide instigao ao suicdio.

    O induzimento ao suicdio um crime previsto no artigo 122 do Cdigo Penal

    Brasileiro e classificado como um crime contra a vida, que consiste no aular,

    provocar, incitar ou estimular algum a suicidar-se ou prestar-lhe auxlio para que o

    faa. Induzimento ao suicdio a criao de propsito inexistente, ou seja, a pessoa

    que se suicida e que no tinha essa inteno ou objetivo inicialmente. Esse crime

  • 15

    consumado com o efetivo suicdio ou resultado leso corporal de natureza grave.

    Segundo posio majoritria, no admitida tentativa, visto que: - Induzimento com

    resultado morte, aplica-se art.122, forma consumada (2-6 anos) - Induzimento com

    resultado leso corporal grave, aplica-se art.122, forma consumada (1-3 anos) -

    Induzimento sem produo de resultados (fato atpico).

    Muitos debates existem no pacto de morte (conhecido tambm como

    ambicdio), que ocorre quando duas ou mais pessoas firmam um pacto onde

    deliberam que iro morrer ao mesmo tempo. Neste caso, existem vrias

    possibilidades. 1) Se cada uma ingerir veneno de per si, aquela que vier a sobreviver

    responde por induzimento, instigao ou auxlio ao suicdio das que morreram; 2)Se

    uma das pessoas ministrar o veneno as demais e sobreviver, responde por

    homicdio das demais (ou tentativa, se no morrerem), isto ocorre porque o tipo

    penal do art. 122 no admite qualquer ato executrio por parte de terceiro; 3) Se

    cada um dos pactuantes ministrar veneno a outra, cada um responde por homicdio

    (se houver morte) ou tentativa (se no houver morte) em relao a pessoa para a

    qual ministrou o veneno e induzimento, instigao ou auxlio ao suicdio daquelas a

    qual no ministrou o veneno; 4) Caso os pactuantes contratem um terceiro para

    ministrar veneno a eles, este contratado responder por homicdio dos que

    morrerem e tentativa dos que sobreviverem, enquanto que os pactuantes

    sobreviventes respondem por induzimento, instigao ou auxlio ao suicdio dos

    outros. OBS: No esquecer que o delito do art 122 do CP (induzimento, instigao

    ou auxlio ao suicdio) tipo penal condicionado a resultado, ou seja, preciso o

    resultado morte ou leses corporais graves para que o agente responda pelo crime.

    Isso significa que se a vtima no sofrer leses ou, sofrendo, elas forem de natureza

    leve, o fato ser atpico.

    Cesare Beccaria cita que, O suicdio um delito que parece no poder ser

    submetido a nenhuma pena propriamente dita; pois essa pena s poderia recair

    sobre um corpo insensvel e sem vida, ou sobre inocentes. Ora, o castigo que se

    aplicasse contra os restos inanimados do culpado no poderia produzir outra

    impresso sobre os espectadores seno a que estes experimentariam ao verem

    fustigar uma esttua. Se a pena aplicada famlia inocente, ela odiosa e tirnica,

    por que j no h liberdade quando as penas no so puramente pessoais e ainda,

    Trata-se de um crime que Deus pune aps a morte do culpado, e somente Deus

  • 16

    pode punir depois da morte. No , porm, um crime perante os homens, porque o

    castigo recai sobre a famlia inocente e no sobre o culpado. Se me objetarem que o

    medo desse castigo pode, contudo, deter a mo do infeliz determinado a morrer,

    responderei que quem renuncia tranquilamente doura de viver e odeia bastante a

    existncia terrena para preferir-lhe uma eternidade talvez infeliz, no se comover

    decerto com a considerao remota e menos forte da vergonha que o crime atrair

    sobre sua famlia. .

  • 17

    REFERNCIAS

    FECHIO, Luiz Gonzaga. Suicdio e tica: Uma apreciao em nossos dias luz da

    Gaudium et Spes. 2008. 149f. Dissertao (Mestrado em Teologia Prtica). Centro

    Universitrio Assuno Pontifcia Faculdade De Teologia Nossa Senhora Da

    Assuno, So Paulo, 2008

    NOGUEIRA, Paulo. Como os filsofos enxergavam o suicdio. Disponvel em:

    Acesso em: 01 junho 2014.

    BIDERMAN, Iara. Taxa de suicdio entre jovens cresce 30% em 25 anos no

    Brasil. Disponvel em:

    Acesso em:

    01 junho 2014.

    TEODORO, Matheus. RS tem a maior taxa de suicdios do pas. Disponvel em:

    Acesso em: 01 junho 2014.

    DIVERSOS. Suicdio. Disponvel em:

    Acesso em: 01 junho 2014.

    DIVERSOS. Lista de lugares de suicdio. Disponvel em:

    Acesso

    em: 01 junho 2014.

    DIVERSOS. Suicdio no Brasil. Disponvel em:

    Acesso em: 01 junho

    2014.

    JUSBRASIL. Sucidio. Disponvel em: <

    http://www.jusbrasil.com.br/topicos/296866/suicidio/> Acesso em: 27 maio 2014.