tdah_001

Upload: fabiano-ferreira

Post on 07-Jul-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/19/2019 TDAH_001

    1/7

    TDAH: Mitos e suas consequências.O Conhecimento acerca do TDAH tem sido cercado de idéias falsas, desprovidas de embasamento científico.A Ciência, na sua busca pelo conhecimento da natureza, faz exigência de alguns critérios e usa de rigor para assegurar que um determinado acontecimento é uma verdade científica.Importante lembrar que, diante de um fato isolado observado, não devemos apressadamente inferir que o fato antecedente gerou o fato posterior até que várias repetições d fenômeno em circunstâncias idênticas tenham se repetido, e que se possa estabelecer um vínculo lógico entre os acontecimentos em jogo. Outra exigência da Ciência é que, sem que possível, o fenômeno possa ser repetido empíricamente.Vamos examinar em seguida algumas falsas crenças que as pessoas têm mantido em relação o TDAH.Mito 1"O TDAH é um distúrbio fantasma, não existe. Na verdade criaram uma boa desculpa parapais e professores justificarem suas dificuldades de educar e de colocar limites a certas crianças mais difíceis que as outras."Resposta: O transtorno tem sido descrito tanto na cultura ocidental quanto na oriental. Os estudos com gêmeos e com crianças adotadas mostram que o papel predominante é do fator hereditário, cabendo ao ambiente uma participação menos expressiva na gên do problema.

    Veja a carta assinada por 80 profissionais experientes sustentando que o TDAH é um transtorno legítimo.

    Mito 2"As crianças com TDAH não são diferentes das demais. Nenhuma criança consegue ficar quita ou prestar atenção por muito tempo seguido."Resposta: É verdade que as capacidades de controle da atividade motora, dos impulsos e da capacidade vão se desenvolvendo no período da infância.A diferença entre uma criança com TDAH e outra talvez não possa ser bem percebida na hora do recreio da escola, quando é de se esperar que todas as crianças estejam correndo, pulando ou gritando. Porém, ao soar a campainha do fim do recreio, quando todos retornam à sala de aula, aí podemos observar que uma determinada criança sistematicamente não consegue parar, e nas aulas é frequentemente incapaz de sustentar a atenção,desviando a sua atenção para outros estímulos com maior facilidade do que as demais.A diferença é quantitativa e não qualitativa. Quer dizer, tudo que uma criança com TDAHmostra no seu comportamento as demais também apresentam, só que naquela que tem TDAH

     isto aparece de uma forma mais intensa, freqeente e trazendo inúmeros prejuízos emtodas as esferas de sua vida, escolar, familar e social.Mito 3"O TDAH é um transtorno muito mais freqüente no sexo masculino."Resposta: Durante muitos anos o componente da hiperatividade foi considerado o fato mais importante nesse transtorno e, como os meninos costumam apresentar mais hiperatividade que as meninas, acreditou-se que esse problema seria bem mais comum no sexo masculino.Em 1980 (DSM-III) a denominação utilizada passou a ser Distúrbio do Déficit de Atençãoessa mudança as dificuldades de atenção destronaram a hiperatividade. O que ficou evidente é que nas meninas o tipo clínico que cursa sem hiperatividade (Tipo Predominantemente Desatento) é mais comum. Por essa razão, por ser menos ruidoso, esse tipo pode passar mais tempo sem ser identificado, ou ser facilmente confundido com outra

    s condições, como depressão, deficiência intelectual leve, problemas psicológicos, etcMito 4"Os sintomas de TDAH geralmente desaparecem espontaneamente no final da adolescência."Resposta: Era exatamente isso que se pensava enquanto o fator hiperatividade era o mais importante no quadro clínico, pois existe uma tendência da hiperatividade declinar com o passar dos anos, ao passo que os sintomas de desatenção tendem a persistir.Na verdade nem sempre a hiperatividade desaparece, ela apenas evolui de acordo com a idade. Por exemplo, uma criança hiperativa pula sem parar, trepa nos armários d

  • 8/19/2019 TDAH_001

    2/7

    a casa, corre de um lado para outro. Quando essa mesma pessoa chega à idade adulta não é de se esperar que ela continue com o mesmo comportamento, mas podemos ver que ela está sempre andando de um lado para outro, faz tudo como se estivesse com muita pressa, não consegue deixar as mãos paradas, assume inúmeras tarefas simultaneamente, sem conseguir finalizar a maioria delas, tem dificuldade de planejamento, seguir metas e de se organizar de uma maneira geral.Mito 5"Se uma criança com TDAH consegue fazer com muita atenção uma atividade do seu interesse (videogame, por exemplo) e não consegue fazer os deveres escolares, a razão paraisso parece ser uma falta de vontade ou motivação."Resposta: Na verdade o termo "déficit de atenção" não descreve fielmente o que ocorre eprovavelmente será substituído no futuro, pois o que ocorre com essas pessoas é uma inconstância ou má-regulação da atenção. Existe um prejuízo na capacidade de a pessoa dira própria atenção, ou seja, uma dificuldade na atenção voluntária.Muitas dizem que tentam se esforçam para ler, estudar, mas não conseguem. É claro quedepois de algum tempo essas pessoas vão de antemão evitar ou desistir antes mesmo de iniciarem essas tarefas tão penosas para elas.

    Na verdade a criança com TDAH costuma, em alguns casos, concentrar-se com maior facilidade em atividades mais dinâmicas, mais motivantes, lúdicas e pouco repetitivas. A isso costuma-se chamar de Hiperfoco.Mito 6"Os medicamentos usados no tratamento do TDAH provocam efeitos colaterais sérios e podem causar dependência."

    Resposta: A maioria dos especialistas com experiência no acompanhamento de pessoas com o transtorno, afirmam que os medicamentos utilizados para o tratamento do TDAH são eficazes e seguros. É evidente que qualquer medicamento pode produzir efeitos adversos, e os medicamentos para o TDAH não fogem a essa regra. Devem ser administrados por profissional com experiência no seu manejo.Mito 7"O uso de medicação para tratar o TDAH pode predispor a criança se tornar um dependente de outras drogas no futuro."Resposta: Estudos já foram realizados acompanhando as crianças que tinham feito usode medicamentos para TDAH, e comparando esse primeiro grupo com outro grupo de crianças que, por qualquer razão, não tinham feito tratamento para TDAH. O resultado é qe a ocorrência de abuso de drogas na juventude revelou-se maior ou idêntico no grupo não tratado para TDAH, o que mostra que o tratamento medicamentoso, na verdade, não

     é capaz de induzir ao abuso de drogas.Mito 8"Apresentar TDAH na infância traz poucas conseqüências para a vida da pessoa e por isso não se justifica um tratamento nessa idade."Resposta: Alguns casos de TDAH menos intensos, quando acompanhados de alto nível intelectual e ambiente familiar bem estruturado (fatores de resiliência ou proteção), podem passar pela vida sem que o transtorno cause grandes prejuízos na sua qualidade de vida.Todavia, na maior parte dos casos, o TDAH compromete seguramente a qualidade devida da pessoa, e sem dúvida, isto significa que ela seria capaz de desenvolver melhor o seu potencial se tivesse em tratamento para TDAH.Prejuízos na auto estima, rendimento escolar e profissional abaixo da real capacidade, conflitos com colegas e cônjuges, maior comorbidade com outras doenças, como de

    pressão, ansiedade, dentre outras, maior tendência maior a ter múltiplos casamentos, gestações indesejadas, abuso de álcool e drogas, são algumas das possíveis conseqüênciasfalta do tratamento do TDAH traz para a vida das pessoas.Sam Goldstein, experiente psicólogo norte-americano, afirma que "o risco de não tratar é certamente maior que o risco do tratamento".Mito 9"TDAH e Hiperatividade são sinônimos. Todas as crianças com TDAH são hiperativas."Resposta: Os sintomas de Hiperatividade só estão presentes no tipo combinado e predominantemente hiperativo. No tipo predominantemente desatento não está presente o sintoma de hiperatividade.

  • 8/19/2019 TDAH_001

    3/7

    Mito 10"Uma vez diagnosticada como TDAH, a criança tem uma boa desculpa para seu rendimento escolar prejudicado."Resposta: Nem sempre o diagnóstico de TDAH responde por todas as questões referentes ao rendimento escolar prejudicado. Transtornos de aprendizagem como dislexia, discalculia, disortografia, má qualidade de ensino, didática equivocada, métodos de ensino obsoletos e falta de recursos pedagógicos podem explicar alguns casos que não necessariamente estão associados ao TDAH.O TDAH é um transtorno da atenção. Uma vez que a atenção e concentração são condições n todo e qualquer processo de aprendizagem, o TDAH interfere no desempenho acadêmico e escolar global.Mito 11"Um tratamento à base apenas de medicamentos pode resolver satisfatoriamente quase todos os casos de TDAH."Resposta: O tratamento do TDAH está baseado em um tripé de ações: Psicoeducação (informe o transtorno), Psicoterapia (nos casos em que há prejuízo psicológico) e Medicação.

    Em todos os casos, a psicoeducação é elemento fundamental e prioritário para o tratameno do TDAH.Fonte: Artigos do Dr. Sergio Bourbon (adaptado)

    Senado Americano institui Dia Nacional da Conscientização sobre o TDAHNo dia 2 de Agosto de 2007, o Senado dos Estados Unidos da América aprovou a resolução que estabelece o dia 19 de Setembro como o Dia Nacional da Conscientização do TDAH

    O Senado Americano, a Associação Americana de Psiquiatria, a Associação Americana de Pscologia, a Academia Americana de Pediatria, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América, o Instituto Nacional de Saúde Mental, dentre outros, reconhecem a necessidade do diagnóstico, da educação e do tratamento do TDAH (ver 6º arágrafo do texto com a resolução).Seguindo o exemplo de outros países que já possuem Legislação específica e projetos de scientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, a ABDA cumpre smissão, acreditando que a educação sobre o TDAH é essencial para garantir à inclusão e adania a todos.

    Perguntas e Respostas: Conhecendo a fundo o TDAH

    Olá pessoal, o artigo abaixo traz informações pertinentes para que possamos compreender melhor o TDAH:

    O que é o TDAH?

    O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiolóo, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo or toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, amado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

    Existe mesmo o TDAH?

    Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OEm alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.

    Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?

    Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação ctífica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluind

  • 8/19/2019 TDAH_001

    4/7

    o aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessaramente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.

    Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?

    Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo máns chegam a afirmar que "o TDAH não existe", é uma "invenção" médica ou da indústria faica, para terem lucros com o tratamento.No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em "experiência pessoal" ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus "resultados" em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.Os segundos são aqueles que pretendem "vender" alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto. Tanto osprimeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquiloe eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma "aparência" de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.

    Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luis Rohde e Paulo Ma

    ttos:Why I Believe that Attention Deficit Disorder is a MythPorque desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistua perigosa

    O TDAH é comum?

    Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

    Quais são os sintomas de TDAH?

    O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:1) Desatenção2) Hiperatividade-impulsividadeO TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou "ligados por um motor" (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho,bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dor

    indo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados "egoístas"Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

    Quais são as causas do TDAH?

    Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtor

  • 8/19/2019 TDAH_001

    5/7

    no não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), omodo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e auas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvias no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibiçãmportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). Existem causas qu foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.

    A) Hereditariedade:Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, maspor uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a artir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes tmbém afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças cTDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e n

    somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para seter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fratos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas deTDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos s são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja,quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genéticadoença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são mu

    ito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando ater 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foicomeçar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genétiue acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e n único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Promente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, gnes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em algunspacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transto

    no bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.

    B) Substâncias ingeridas na gravidez:Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolista têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importnte lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.

  • 8/19/2019 TDAH_001

    6/7

    C) Sofrimento fetal:Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas ssim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.

    D) Exposição a chumbo:Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

    E) Problemas Familiares:Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (altograu de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, fuonamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser  causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.

    F) Outras CausasOutros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:1. corante amarelo2. aspartame

    3. luz artificial4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)5. deficiências vitamínicas na dieta.

    Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.

    Artigo extraido do site http://www.tdah.org.br/, da Associação Brasileira do Défcit de Atenção - ABDA.PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TDAHTDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade01 - O que é TDAH?

    É um transtorno neuropsicológico com base biológica, que afeta 10% da população mundiale caráter hereditário, onde observamos a nível de lobo frontal do cérebro, uma baixa cocentração de dopamina e/ou noradrenalina em regiões sinápticas das conexões neuronais dvias dopaminérgicas e noradrenérgicas, levando a uma tríade sintomatológica clássica delta de atenção sustentada e/ou hiperatividade e impulsividade, levando a uma série dealterações comportamentais e de relacionamento, com graves conseqüências caso não seja ectado e tratado precocemente entre os 6 e os 12 anos, pois o TDAH não tratado vai resultar em problemas na vida de relações das crianças e adultos (com pais, colegas,amigos, chefes, autoridades, etc.) comprometendo muitas vezes também o aprendizado.OBS: alertamos que o TDAH não é simples transtorno como se apresentava inicialmente, mas sim, um grave problema de saúde, dos mais estudados hoje nos países desenvolvidos.

    02 - Quais são as complicações mais freqüentes do TDAH não tratado?O TDAH não tratado serve de substrato para o desenvolvimento de várias comorbidades, que segundo trabalhos do Dr. Bierderman e colaboradores, ocorrem em 51% das crianças e 77% dos adultos com TDAH, dentre elas, podemos citar a ansiedade generalizada, depressão, síndrome de pânico, transtorno do comer compulsivamente, jogar compulsivamente, hiper-sexualidade (40% das meninas americanas vão para a gravidez precoce e 15% para as doenças sexualmente transmissíveis), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno opositor desafiador (TOD), transtorno de conduta (TC) com pequenos furtos e mentiras, podendo evoluir para personalidade ante-social e dependência química, tendo ainda como conseqüência a evasão escolar precoce, delinqüência infan

  • 8/19/2019 TDAH_001

    7/7

    venil, relacionamentos amorosos conturbados, acidentes de trânsito onde são os motoristas os culpados, acidentes em esportes radicais etc."A TDAH não tratado vai resultar em problemas na vida de relações das crianças e adulto"03 - Como diagnosticar o TDAH?O diagnóstico é eminentemente clínico, baseando-se em critérios operacionais clínicos, ros e bem definidos, proveniente de sistemas classificatórios confiáveis, executados por equipe multidisciplinar (médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, psiquiatras, neurologistas etc.)04 - Quais são os tipos de TDAH?Vamos encontrar 04 tipos de TDAH com ou sem comorbidades.a) TDAH do tipo predominante desatento.Sintomas: falta de atenção sustentada, distrabilidade.Obs: Geralmente crianças dóceis, fáceis de se lidar, porém com dificuldade de aprendizaem desde o início de sua vida escolar, pois sua falta de atenção sustentada não deixa qe ela mostre seu potencial.b) TDAH do tipo Hiperativo/Impulsivo.Obs: Geralmente não apresentam dificuldade a nível de aprendizagem nos primeiros anos de vida escolar, podendo aparecer problemas de aprendizagem, com evolução do graude dificuldade geralmente por volta da 5ª série ou mesmo, posteriormente. Desenvolvem um padrão de comportamento disfuncional tumultuando as aulas, são resistentes à frustração, imediatista e com dificuldade de seguir regras e instruções, por isso apresenta altas taxas de impopularidade e de rejeição pelos colegas.c) TDAH do tipo combinado.

    Sintomas: Falta de atenção sustentada, hiperatividade e impulsividade.Obs: Apresenta maior prejuízo no funcionamento global. Quando comparado aos outros 2 tipos é o que apresenta também maior número de comorbidades.d) Tipo inespecífico.Quando não apresentam o número de sintomas suficientes para serem classificados em nenhum dos tipos acima, porém alguns dos sintomas estão presentes e prejudicando seudesempenho escolar, familiar e profissional, o critério passa a ser então mais dimensional do que quantitativo."Um padrão de comportamento disfuncional que tumultua as aulas é um tipo de sintomado TDAH"5 - O TDAH desaparece na adolescência?Não, o paciente não tratado em sua maioria absoluta leva para a adolescência e idade adulta o TDAH, sendo que no início da adolescência o quadro hiperativo desaparece e s

    urge em seu lugar uma energia nervosa e uma inquietação cognitiva, permanecendo a impulsividade, e se não tratado leva o individuo a enfrentar uma série de dificuldades e o agravamento das comorbidades.