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    R E V I S T A

    L A T I N O A M E R I C A N A

    DE PS ICOPATOLOGIA

    F U N D A M E N T A L

    A grande histeria ouhstero-epilepsia1,2

    Jean-Martin Charcot

    (Uma doente trazida numa maca entra na sala de aulas).Sr. Charcot: Esta uma doente que vocs j viram sexta-

    feira passada. Posteriormente a uma queda, ela foi acometida

    de uma contrao do membro inferior direito dando origem auma deformao no p que a faz mancar.Nada mais freqente numa histrica do que vermos uma

    contrao produzir-se aps um traumatismo: trata-se de sabero que se pode fazer em casos como esse. Eu lhes havia ditoque seria necessrio eliminar a contrao histrica assim que avssemos aparecer.

    Mas aqui estamos um pouco fora da regra; ns esperamostrs ou quatro dias e eu lhes disse as razes pelas quaiscometemos essa infrao; que nos doentes do tipo dessamulher, geralmente bastante possvel provocar um ataque queem certas circunstncias uma espcie de recurso teraputico.

    Acontece freqentemente de um ataque provocado dessamaneira resultar numa mudana visvel e que uma contrao

    1. Leons du mardi, 1887-1888, pp. 173-179.2. Traduo de e reviso tcnica do Prof. Dr. Mrio Eduardo Costa Pereira (Laboratrio de

    Psicopatologia Fundamental-UNICAMP)

    Rev. Latinoam. Psicop. Fund., II, 3, 166-172

    ???

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    que parecia ser irredutvel e que duraria indefinidamente desaparea por tal influncia.Vocs me diro: ser que no h alguma coisa de imoral em prticas dessa natureza?Seguramente no, se pudermos atravs desse meio fazer desaparecer um mal local,contra o qual de outra forma seramos impotentes.

    E eu lhes mostrei que h uma correspondncia entre os fenmenos de histerialocal que duram como esse h 5 ou 6 meses e as crises nervosas: muitas vezes no nas pessoas que tm ataques que aparecem as contraes: ao contrrio, nelas ascontraes no existem.

    Em virtude dessa doutrina que foi destacada com muita razo pelo Sr. Pito

    que acreditamos ser preciso saber aproveitar a existncia dos pontos histerognicospara provocar um ataque em determinado momento.

    Pois bem! Esta doente ir nos servir para demonstrar o que estou adiantando.Entretanto eu lhes direi que, mesmo que estejamos quase certos do resultadoanunciado, as coisas do organismo no so to precisas como as coisas da mecnica,e eu no me espantaria se nossa operao falhasse. Algumas vezes dizemos que asexperincias com animais, quando so feitas em pblico, no so to bem-sucedidascomo as que so feitas em laboratrio; o que verdadeiro para esses casos tambmcom mais razo para as experincias clnicas que fazemos aqui. E mesmo que notenhamos o xito que desejamos, no deixar de haver a uma lio para vocs.

    Esta doente tem um ponto histergeno nas costas, um outro sob o seio esquerdoe ainda outro no membro inferior. isso que utilizaremos de forma a conseguirmos

    todas as vantagens possveis .Se o ataque se produzir como acredito, eu os convido a acompanharem por

    vocs mesmos todas as suas fases, o que no fcil, pois precisei de longos anospara consegui-lo.

    Recebi muito desse servio, cujo chefe, que o dirigia muito bem h cerca dequinze ou vinte anos, era o Sr. Delasiauve, e desde os primeiros momentos fuitestemunha desses ataques hstero-epilticos. Eu me conduzia com a maiorcircunspeco em meus diagnsticos, pois me questionava sobre como seria possvelque essas coisas no estivessem nos livros? De que maneira agir se quisssemosdescrever o ataque tal como ele se apresenta naturalmente? Eu apenas via umaabsoluta confuso e a impotncia qual estava reduzido me causava uma certairritao; at que um dia, por uma espcie de intuio, eu pensei: mas sempre a

    mesma coisa; conclu ento que havia a uma doena especfica, a histeria major(superior), comeando por um ataque epileptide que difere to pouco do verdadeiroataque de epilepsia que foi denominada doena hstero-epiltica, apesar de ela noter nada em comum com a epilepsia.

    A fase epileptide se subdivide em perodo tnico seguido do perodo clnico;vem em seguida o silncio e a fase dos grandes movimentos, a qual apresenta doisaspectos principais: as saudaes e o arco de crculo. Nessa fase, ora o arco de

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    crculo que domina, ora as saudaes. Chega-se finalmente a uma terceira fase.Bruscamente vocs vem a doente olhando uma imagem fictcia; uma alucinaoque varia segundo as circunstncias: ora a doente d sinais de espanto, ora sinaisde alegria, se o espetculo que ela acredita ter diante dos olhos for assustador ouagradvel. Vocs j conhecem tudo isso e a mulher adormecida que vocs viramoutro dia pode lhes dar uma idia disso. Quando eu a toquei na regio ovariana,vocs a viram sair de sua cama, se precipitar para esse canto e pronunciar palavrasque indicavam o maior assombro. Mas o que preciso ver o desenrolar dosfenmenos do ataque. Eu os previno para que vocs possam observar o que tem

    para ser visto, e , repito, muito difcil de ver bem essas coisas. O que quero lhesmostrar que no h uma sucesso de ataques que acontecem, mas um ataque quese desenvolve. Vocs vero que eu emprego aqui o mtodo dos tipos. O tipo contmo que h de mais completo na espcie. Depois, assim como isso acontece em todasas doenas nervosas, preciso aprender a cindir seu tipo. O perodo epileptidepode no ocorrer, o ataque comea imediatamente pelos grandes movimentos, assaudaes, o arco de crculo. s vezes so os grandes movimentos que faltam, e acoisa comea pelas alucinaes: o ataque vem em seguida. H umas vinte variedades,mas se, partindo da base, vocs retornarem imediatamente ao tipo que reconstituiraminternamente, ao fim de um certo tempo, diro a vocs mesmos: apesar da imensavariedade aparente dos fenmenos, sempre a mesma coisa.

    Pois bem! Eis a o p cado. Eu no ousaria dizer nesse caso que ele no tenha

    se movimentado nem durante o dia, nem durante a noite, mas muito provvel.No um p cado que possa se resolver durante a noite, um p cado fixo, no simulao. Vocs sabem que a mania de simulao um dos principais obstculosna neuropatologia.

    (O mdico residente toca o ponto histergeno situado sob o seio esquerdo.Imediatamente comea o ataque).

    Sr. Charcot: Eis a o perodo epileptide.Perodo epileptide, arco de crculo, saudaes; como vem, o arco de crculo

    bastante pronunciado. Agora, eis o perodo das atitudes passionais que se confundeat certo ponto com o perodo do arco de crculo, depois em seguida um ataque decontrao que s vezes ocorre em circunstncias semelhantes, de tal maneira quese isso permanecesse assim ns no teramos avanado muito mais.

    O perodo epileptide recomea agora com suas duas fases; a primeira fase a dos movimentos tnicos e, a segunda, a dos movimentos clnicos. Vocs vemcomo isso semelhante epilepsia.

    Ns vamos ver se a doente ovariana.(Exerce-se uma presso sobre a regio ovariana).Faam isso numa epiltica, no acontecer nenhuma modificao, e isso lhes

    mostra de imediato a diferena que existe entre a hstero-epilepsia e a epilepsia. A

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    epilepsia no est de forma alguma sob a dependncia ovariana, enquanto aqui totalmente diferente. Vocs vem que o ataque interrompido sob a influncia dapresso.

    verdade, sim ou no, que a compresso do ovrio produz a parada do ataque?Vocs vero nos livros, que parecem terem sido feitos com conhecimento de causa,que isso no acontece. Isso no se v na Inglaterra, diz algum; isso, diz um outro,tambm no se v na Alemanha. Os que fazem essa afirmao so pessoas que seprecipitam em fazer generalizaes. Mas a partir do momento em que o fato existeem Paris, muito possvel acreditar que acontea tambm em outros lugares. Vamos

    interromper a compresso do ovrio e vocs iro observar o ataque voltar comoainda agora. Eis o perodo epileptide que comea. Freqentemente no estrangeirochama-se isso de epilepsia. Evidentemente os que fazem isso no podem entender-se conosco; ns mesmos dizemos hstero-epilepsia ou histeria major. Eis a agora oarco de crculo: vocs vero que mecanismo, que regularidade; sempre a mesmacoisa.

    Sua contrao persiste. Se assim no tivermos xito para liber-la, adotaremosoutra conduta depois do ataque, e teremos mais chance de sucesso que se a tivssemosabordado de chofre sem ter provocado essa espcie de crise nervosa salutar quepoder se prolongar ainda durante longo tempo, pois o carter dos ataques hstero-epilticos de formar sries infindveis: pode durar todo o dia. Os doentes saemapenas cansados, caracterstica que mostra bem que a hstero-epilepsia no tem nada

    a ver com a epilepsia. Quando os ataques de epilepsia se unem uns aos outros demaneira a formar sries cujos trminos so to prximos que eles se sobrepem,vocs tem o que chamamos de estado de mal. Ora, o estado de mal epiltico umestado de mal dos mais graves, que freqentemente chega a um trmino fatal. Nahstero-epilepsia, ao contrrio, os ataques se sucedem sem intervalos durante umdia, dois dias, trs dias, sem perigo para o doente. O estado de mal hstero-epilticono tem, portanto, o carter grave do estado de mal epiltico.

    Acabamos de pressionar novamente um ponto histergeno e eis que o ataqueepiltico se reproduz. Algumas vezes, no com freqncia, a doente morde a lngua.Agora, eis aqui o famoso arco de crculo, cuja descrio vocs encontram emqualquer lugar.

    (Subitamente a doente grita: Mame, eu tenho medo!).

    Eis as atitudes passionais; depois se deixssemos as coisas caminharem,reencontraramos o ataque epilptiforme.

    Um tipo de resoluo produzida e seguida de uma espcie de contrao. Issoocorre algumas vezes como fenmeno acessrio aos ataques.

    (A doente grita: Ah, mame!).Vocs vem como as histricas gritam. Pode-se dizer que muito barulho por

    nada. A epilepsia, que mais grave, muito mais silenciosa.

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    Eu no sei qual ser o resultado dessa tentativa, mas no estou aborrecido porhaver mostrado um ataque mais ou menos comum, a saber: uma fase epileptidecomposta de duas partes, tnica e clnica, depois uma fase de grandes movimentos,...e logo em seguida a fase das atitudes passionais que so aqui de um s tipo, o tipotriste, fases seguidas de uma espcie de contrao.

    H pouco essa doente estava rgida; em geral h pouca rigidez, as atitudes sointeiramente reais, posturas plsticas.

    H ainda uma quarta fase, mais rara, e que no est presente em nossa doente: o perodo de delrio.

    Aqui, depois da fase das atitudes passionais, o mesmo processo recomea,vocs podem observar sries que se sucedem e o ataque pode durar assimindefinidamente, dois dias, trs dias, seis dias. A compresso do ovrio s podeproduzir o efeito que vocs viram nas doentes ovarianas. Mas nem todas soovarianas. Volto sempre a essa lenda que criaram a meu respeito e sobre a qual jme expliquei. Eu seria a causa das operaes que so feitas na Amrica, ablaesdo ovrio que so praticadas em decorrncia de hstero-epilepsia. Estoucompletamente fora de tudo isso. Eu disse a verdade; que existem doentes quetm um ponto ovariano doloroso e que quando esse ponto doloroso existe, pode-seaproveit-lo, no para fazer cessar (ou desaparecer) completamente o ataque, maspara suspend-lo. E suspender o ataque no absolutamente cur-lo, conseguirum pouco de tranqilidade. Vamos colocar um aparelho de compresso nessa doente

    e momentaneamente ela no ter mais ataques, mas um belo dia ser necessriotirar-lhe o cinto porque ela no pode conserv-lo indefinidamente e ento,provavelmente, o ataque se reproduzir. A compresso do ovrio apenas um meiopreventivo, e tambm um meio de ter paz: no absolutamente um meio de cura. Ese vocs retirarem o ovrio, isso no resulta no favorecimento da cura da histeria.Por outro lado, no se deve pensar que exista apenas o ovrio cuja compresso trazo apaziguamento momentneo dos ataques. Algumas vezes os pontos histergenostm a mesma propriedade; isso depende do caso. Existem pontos espasmognicose pontos inibidores. Assim, essa doente tem uma placa histergena sob o seio. Eupoderia ter comprimido essa parte mais fortemente do que quando se quer provocara crise e o ataque teria parado.

    Ningum jamais teria a idia de retirar um fragmento histergeno para curar

    uma hstero-epiltica. Portanto, eu jamais disse o que atriburam a mim. No souabsolutamente favorvel s prticas americanas e lavo minhas mos a esse respeito.Eu soube que haviam mulheres histricas que eram ovarianas e homens histricosque eram testiculares, mas nem todos os histricos homens so testiculares e nemtodas as histricas so ovarianas. Eis a verdade. Eu nunca disse outra coisa; notenho o hbito de sustentar coisas que no sejam experimentalmente demonstrveis.Vocs sabem que tenho por princpio no levar em conta a teoria e deixar de lado

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    todos os preconceitos; se vocs quiserem ver claro, preciso tomar as coisas comoelas so.

    Parece que a hstero-epilepsia existe apenas na Frana e eu poderia mesmodizer, e j foi dito algumas vezes, existe apenas na Salptrire, como se eu a tivesseforjado pela potncia de minha vontade. Seria realmente uma coisa maravilhosa queeu pudesse assim criar doenas ao sabor de meu capricho e de minha fantasia. Masa bem da verdade, eu estou a apenas como o fotgrafo; eu inscrevo o que vejo e muito fcil para mim mostrar que no apenas na Salptrire que essas coisasacontecem. Primeiramente as encontramos em grande quantidade nos relatos dos

    endemoniados da Idade Mdia. O Sr. Richer mostra-nos em seu livro que no sculoXV era exatamente como hoje.

    Recebemos numerosas correspondncias, vindas principalmente da Amricado Norte, que no entanto no tem relaes com a Salptrire correspondnciasprovocadas pela descrio que eu fiz do ataque hstero-epiltico, e onde nos mostramhstero-epilticos comportando-se exatamente como os nossos.

    Na Inglaterra h um mdico eminente, Sr. Gowers, que no acredita em minhasdescries. Vejamos ento como ele arranja as coisas. Num tratado sobre epilepsia,ele usa essas expresses: Acidentes histricos ps-epilticos; ele toma a primeirafase epileptide, que vocs viram ocorrer em conseqncia da presso ovariana,por um acesso de epilepsia, e ento descreve todos os fenmenos aos quais vocsassistiram, e chama isso de acidentes ps-epilticos. Por que? Porque numa doente

    existem acidentes epileptiformes do comeo que a perturbam. Ela apenas v essesacidentes com nomes diversos. Eu mantenho a unidade da coisa, a fixidez da espcie.Eis a o ataque hstero-epiltico e eu no saio da.

    Vocs sabem (no fui eu que inventei isso, mas os que me precederam noservio que dirijo) distinguir os ataques de crises mistas dos ataques de crisesindependentes. O que isso quer dizer?

    Eis uma doente: periodicamente ela tem crises. Eu digo: ela histrica, masela comicial, para complicar a situao. Vocs compreendem o que isso significa, que ela tem duas doenas essencialmente diferentes, ainda que pertencentes mesmafamlia, como a gota e o reumatismo. Pois bem! As espcies mrbidas tm umafixidez relativa e falando praticamente, a doutrina da fixidez das espcies mrbidasdeve ser considerada como verdadeira. Com efeito, as espcies mrbidas, felizmente,

    no variam tanto quanto se poderia acreditar. No se deve fazer darwinismo semrazo. Na doutrina da evoluo, o principal fator o tempo e somente consideramosa fixidez das espcies mrbidas do ponto de vista da poca em que vivemos.

    Eu afirmo que no caso do mal com crises independentes h, de incio, umataque de histeria maior depois uma crise de epilepsia diversa. Freqentemente, apsum ataque de histeria, as doentes mordem a lngua, endireitam-se na cama e a pessoaem servio que v uma doente nessa situao diz que ela teve um acesso. Quando

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    isso no ocorre, ela diz: ela teve um ataque. H, efetivamente, uma diferena entreessas duas frmulas: algum tem um ataque, ou ento algum tem um acesso.Quando se disser que ela tem um acesso, ser grave. Mas se essa pessoa tem ataques,isso pode acontecer durante trs ou quatro dias, cinco dias, seis dias sem causarperigo. Algum tem acessos: segue-se algumas vezes o que se chama de estado demal; procura-se o mdico, a temperatura se eleva, a vida est em perigo. Vocs vemo quanto a diferena grande e capital. Num caso vocs tm pontos histergenos,vocs podem recorrer, mesmo que seja apenas com um objetivo experimental, eem todo caso, parar o ataque, enquanto se vocs tiverem que lidar com acessos, a

    compresso de pontos histergenos no servem absolutamente para nada.Acrescentarei ainda que, enquanto o brometo de potssio tem pelo menos uma

    ao paliativa nos acessos de epilepsia, no caso dos ataques, ao contrrio, ele absolutamente intil; vocs podem ministr-lo s toneladas sem nada mudar no estadodas doentes. A grande histeria no epilepsia. A unio entre essas duas doenas sed na hereditariedade. Um hstero-epiltico pode engendrar um epiltico, um epilticoum hstero-epiltico, mas preciso dizer tambm que tanto um quanto outro podemengendrar manacos, vesanacos; eu j lhes disse que a rvore neuropatolgica temnumerosos galhos, e cada um desses galhos pode dar frutas diversas.