tratamento da doen

92
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACIH nADE DE CIENCIAS AGRARIAS c!J~sa~~ MEtHC!NA V£"'!"=~!!-!AR!!\ TRATAMENTO DA DOEN<;:A DE LEGG-CALVE-PERTHES EM cIIES ATRAVES DA IRRADIA<;:AO A LASER CURITIBA 2002

Upload: ngonguyet

Post on 16-Dec-2018

234 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: TRATAMENTO DA DOEN

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACIH nADE DE CIENCIAS AGRARIASc!J~sa~~MEtHC!NA V£"'!"=~!!-!AR!!\

TRATAMENTO DA DOEN<;:A DE LEGG-CALVE-PERTHES

EM cIIES ATRAVES DA IRRADIA<;:AO A LASER

CURITIBA

2002

Page 2: TRATAMENTO DA DOEN

DANUZA CHAMECKI RIGLER

TRATAMENTO DA DOENi;A DE LEGG-CALVE-PERTHES

FM CAES ATRAV(O!': DA IRRAOIAc;:Ao A LASER

Monografia apresentada comorequisito parcial is obten~ao do titulode Medico Veterinario pelaUniversidade Tuiuti do Parana, doCurso de Medicina Veterinaria.

Orientador: Prof. Sergio Jose. M.Bronze

r.URITIBA2002

Page 3: TRATAMENTO DA DOEN

TERMO DE APROVA9AO

DANUZA CHAMECKI RIGLER

TRATAMENTO DA DOEN~A DE LEGG-CALVE-PERTHES

EM CAES ATRAVE!' DA IRRAnlA9Ao A LASER

Monografia apresentada como requisito para obten<;ao do titulo de MedicoVeterinario no Curso de Medicina Veterinaria da Universidade Tuiuti do Parana.

Orientador: Prof.: Sergio Jose M. Bronze

Curitiba, 25 de abril de 2002

Page 4: TRATAMENTO DA DOEN

Aos meus pais e irmas pefo apoio e incentivo. A minha equipe de estudo,

pe/a compreens~o, amizade e carinho. A Jully, meu cachorrinho, que sempre esteve

ao meu lado e ao Schummy. que durante 0 meu estagio foi meu companheiro.

Page 5: TRATAMENTO DA DOEN

Agradec;o aos professores da Universidade Tuiuti do Parana, pelos

ensinamentos que me repassaram. Em especial, ao Dr. Sergio Jose MeirelesBronze, meu orientador desta monografia e Dr. Guilherme E. F. Carvalho, meu

orientador profissional.

Page 6: TRATAMENTO DA DOEN

EPiGRAFE

Quer na adversidade, quando 0 dinheiro S9 nos acaba ou a sorte nos vira ascostas de algum Dutro modo e as amigos nos abandon am, 0 CaD, aD regressarmos

ao laf, nos reeebe sempre com a mesma alegria.

Page 7: TRATAMENTO DA DOEN

SUMARIO

LlSTA DE FIGURAS .

LlSTA DE ABREVIATURAS.

RESUMO.

INTROOll~AO

1 DOEN<;A DE LEGG - CALVE - PiRTnE5 (Di-CPj .

2 UM POUCO SOBRE LASER.

2.1 ABSOR~AO Oil. RADIAC;;AO LASER.

2.2 TECNiCAS DE APi..iCA.;AO .

2.3 ALGUMAS INDICA(:OES E DOSES.

3 JUSTiFiCATiVA.

vii

viii

iv

266789

4 OBJETIVOS.

5 REVISAO DA LlTERATURA .

CONCLUSAO.

REFERENCIAS

111124/5

Page 8: TRATAMENTO DA DOEN

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - FOTOGRAFIA DO APARFLHO OF LASFR . 9

Page 9: TRATAMENTO DA DOEN

LlSTA DE A8REVIATURAS

ATP Adenosina Trifosfato

ASGA Arsenato de Gatio

AsGaAI Arseneto de galio aluminio

DLC Doen", de Legg - Calve - Perthes

DNA Acido rlesoxirribonuclp.ico

FDA Falor acelerador de desintegra,.ao

HeNe Helio Ne6nio

jtem' joulec:: por centimetro quadn:ljrlo

mm milimetromw miliwolies

PGE2 Prostaglandina ao quadrado

RNA Ar.ido ribont Jcleico

% Por eento

Page 10: TRATAMENTO DA DOEN

RESUMO

A doen9a de Legg-calve Perthes (DLCP) e 0 nome aplicado a osteonecrose(necrose isquemica) da epifise proximal do femur. Sendo a etiologia prov8vel, 0

tamponamento dos vasas subsinoviais intra-capsulares que irrigam a cabeg8 dofemur; ande somente 25% dos dies afetados S8 recuperam da claudic8c;ao portratamento conservados classico e 67% por tratamento cirurgicos. Este trabalhobusea demonstrar as alterayoes radiograficas e cHnicas observadas em ca8s comDLCP submetidos a irradia9ao com lases de baixa intensidade. Em todos as animaisutilizou-se 0 mesma oroto(:()lo aoHr.~ndo-sp. 3i/cm2 riA irraciiAr.~o sobre 0 trocantemaier e sabre 0 ponte medio d~ trocante maier e a borda s~perior de ace!abulo,serlipi8 no meTilbro aidado COiYI intervaios de 4 dias.Foram feitas radiegrafias seguidas de exame cHnice com 2 e 4 meses apos usointerrupte da irradiac;ao. Apos 2 meses de irradiac;ao encontrou-se 96% dosindividuos com diminuic;ao de radiotransparencia; 50% com radiodensidade normal;84% com diminuic;ao algica; 76% com diminuic;ao da claudicac;ao; 50% com terminoda claudicayao, e 25% com consolidayao das fraturas. Apos 4 meses de irradiac;aoencontrou-se 100% com diminuic;ao de radiotransparemcia; 94% com diminuic;aoalgica; 96% com diminuic;ao da claudicac;ao; 94% com termino da claudicac;ao; 50%com consolidac;ao das fraturas. 0 metodo utilizado mostrou-se eficaz quandocom parada ao tratamento conservador e tambem quando 80 tratamento cirlirgico,demonstrado ser viavel, de facil utilizac;.3o com risco ou quase nulo.

Page 11: TRATAMENTO DA DOEN

INTRoou<;:Ao

A DLCP e comumente encontrada nos caes adolescentes de ra~s pequenas

de ambos as sexos

E uma nl?l.ro~e 8sc:p.rtiGB n~o-inflamatoriada cabeC-<Ie colo femofr:ll. a causa

e desconhecida

Page 12: TRATAMENTO DA DOEN

1 DOEN<;:ADE LEGG - CALVE - PERTHES (DLCP)

T ambem conhecida par diversos Qutros names, como doenS:8 de Legg-

Perthes ou de Calve-Perthes, osteocondrite juvenil, necrose avascular da cabe~a do

lemur (OLMSTEAD,1987).

Nos caes, a DLCP aparece entre 3 e 13 meses de idade, com predile~ao

racial (Ra~as de Pequeno Porte), nao apresenta predile~ao por sexo, os membros

direito e esquerdo tern 0 mesma envolvimento e em ambos os membros a media

esta em 12% de acontecimento (LEE, 1969; OLMSTEAD, 1995).

No hom em, a OLep acamete crianc;:as entre 4 e 8 anos de idade com maior

Irequencia em meninos do que em meninas (GREESPAN,1996).

o exame radiogralico e essencial para 0 diagnostico da DLCP e para a

identilica~ao de seus sinais prognosticos (GREESPAN, 1996).

Sendo a 8tiologia prov8vel, 0 tratamento dos vases subsinoviais intra-

capsulares que irrigam a cabec;:a femoral, proposta para explicar a isquemia.

E mais provc3vel a comprometimento vascular temporario e nac definitivo com

destrui980 vascular permanente, devido a fibrose reparativa e a atividade

osteoblastica que se seguem a lase de necrose da doen~a. (BOJRAB, 1996). Em

crianc;:as, os achados radiogn3ficos da OLep fcram posicionados em quatro grupos

por CATIERALL, segundo a gravidade da lesao. Nao somente como meio auxiliar

ao prognostico, mas tambem como diretriz para a metoda terapeutico a ser

empregado.

Page 13: TRATAMENTO DA DOEN

Em caes LJUNGGEN classificar os achados radiogr;;lico da DLCP em cinco

grupos segundo a gravidade das lesOes para que fassam diferenciados as

altera,oes radiogr;;licas precoces das avan,adas (BOJRAB, 1996).

No homem, a tratamento conservador consiste em minimizar a sinal/ite e suas

seqOelas de dar e rigidez, utiliza·se uma associayao de sustentac;ao, au nao, do

peso, trac;ao, tratamento anti-inflamatorio nao·ester6ide e exercicios suaves para

remodelagem da cabe98 do femur (SAETER, 1970).

No cao, nao foi leita qualquer tentativa para determina9lio do prognostico ou

escolha do metoda de tratamento pela radiologia, pois espera-se que a DLCP

progrida radiologicamente e clinicamente, independente do metodo de tratamento

conservador (BOJRAB, 1996)

o que demonstrou que em ambas as especies a tratamento conservador epouco eficaz, sendo que no caD a doenc;.a S9 apresenta de forma rna is severa, nao

respondendo a terapeutica conservadora.

Somente cerea de 25% dos ca9s afetados S9 recuperam da claudicayao ap6s

varios meses de tratamento conservador constituindo de repouso, exercfcios

limitados boa nutril'ao e medicamentos analgesicos (WARREN, 1972).

Na crian9Cl, a enfoque tern sido direcionado a conten~o da cabe9Cl do femur

dentro do acetabulo. Apesar desta teoria ser aplicavel ao cao, a cirurgia e 0

tratamento de escolha para esta enlermidade (WHITTICH, 1990).

o termo "laser" e urn acr6mio para Light Amplification By Stimulated Emission

01 Radiation (amplilica9lio da luz pel a emissao estimulada da radia9iio). Criado por

Einstein em 1916 e utilizado como fun¢es terapeuticas pela primeira vez par

THEODORE MAINMAN em 1960 (MICHLOVITZ, 1990).

Page 14: TRATAMENTO DA DOEN

As caracteristicas da radia9aO a laser sao: monocrorn.atica (uma 56 cor),

emitindo apenas corrente eletromagnetica em um comprfmento de onda especffico

na collmayao praticamente inexiste qualqller divergencia da radia~o emftida (feixe

de protons - ou de luz - e paralelo); coerencia, temporal e espacial, as depressoes e

picas das andas de !uz emitictas encaixaram-se perfeitamente no tempo e no

espa90.

Laseres de baixa intensidade e uma denominayao generica dada a aplica920

terapeutica de lase res monocromaticos que tenha baixo comprimento de onda

(menor do que 500mw) e que utilizem menos Que 35 jlcm2, geralmente r.onsiderada

baixa para produzir qualquer tipo de aquecimento detectavel no tecido irradiado.

Este tipo de laser apresenta os seguintes efeitos bioqufmicos: estimulam a

libera980 de substancias como a histamina, serotina, etc; modificam as rea¢es

enzimaticas normais; estimulam a produ9ao de ATP intracelular e mitocOndreas

acelerando as mitoses; apresenta tambem at;ao fibrinol itica. as efeitos bioeletricos

sao: normalizayao do potencial da membrana celular e os efeitos bioenergeticos sao:

estimulos dos niveis de trofismo e fisiologismo (COllS, 1984).

Exislam atualmente tres principais tipos de laser: helio neonio (HeNe) com

632,8 nm de comprimentos de onda, considerado superficial com penetrag80 de 5

mm; arseneto de gali (AsGa) com penetrayao aproximada de 15mm, ° alllmfnio

(AsGaAI), tambem considerado profunda com penetra920 aproximada de 15 mm.

Tendo ambos cornprimentos de onda situado entre 630 e 950 nm (PRENTICE citado

por MICHOVITZ, 1990).

Vanos estudos demonstraram efeitos positiv~s na acelerayao da cicatrizagao,

reparo e oclusao de feridas, aumento na forma920 de tecido de granula9aO em

Page 15: TRATAMENTO DA DOEN

trabalhos experimentais em ratos e camundongos. Lest>es musculares (MESTER,

1985: LYONS, 1987), queimadura (ROCHITING, 1939), lesces tendinosss

(ENWEMARK,1990) e feridas cut~neas abertas de varios tipos (HAIMA,1982,

MESTER, 1985, ALBERGUE,1987),

Estudos tambem demonstram rela~o illlportante entre absor~o de cada tipo

de laser (Coillprilllento de onda) pelo tecido biol6gico com os cram6falos existentes

em cada tipo de tecido, 818m de haver dependEmcia da dose aplicada na pradu~o

de altera<;6es regenerativas (AMARAL. 1998),

o laser de Helio neonio (HeN e) talllb8m foi usado experilllentalmente com

sucesso aumentando a vaseularizayao e acelerayao na forma9ao de teeido 6sseo

(TRELLES, 1987 citado por MICHLOVITZ, 1990),

o exame de biopsia de feridas experimentais para determinar a atividade das

prostaglandinas e estabelecer 0 efeito da estimulayao com laser sobre 0 processo

inflamat6rio demonstrou diminuir;l\o de PGE2 (CASTEL, 1985),

o PGE2 age como percLirsor na forma<;ao do tramboxano (GUYTON, 1996),

Os niveis de fibrogenio plasmatico aumentados pela lesao teeidual sao

reduzidos aos valores normais pelo uso do laser na area lesionada,(CAMPANA.

1998),

A irradiay80 de laser de HeNe durante a regenerayao mLlsculo-esqueletica

promove 0 processo de neoforma~o vascular na zona lesion ada. A recente

revasculariz89flo da zona lesion ada nos mLlsculos irradiados com laser podem

explicar a rapida maturar;ao das estruturas miog~nicasna regeneray80 da area

(BIBIKOVA,1994)

Page 16: TRATAMENTO DA DOEN

2 UM POUCO SOBRE LASER

A palavra "LASER" surgiu da Irase em ingles "Light Amplification by

Stimulated Emission of Radiation", au seja, "Amplific8g8o da Luz par Emissao

Estimulada de Radiag8o" Esta luz amplificada possui caracterfsticas diferentes da

luz comum

A luz branca (comum) e composta par ondas de varios comprimentos e a

radia980 LASER e composta de apenas urn comprimento de onda, 0 que Ihe confere

a caracterfstica de monocromaticidade.

A radiagao LASER apresenta-se de forma coerente, ao contrario da luz

comum que e incoerente. Urna Qutra caracteristica e a polariz8C;8o da radiac;ao

LASER, que permite urna dispersao minima, ou seja, urna emissao paralela, ao

contrario do que aconteee com a luz comum. Isto permite focalizar pontcs de

diametro muito pequeno, com uma lata concentraC;8o de energia

2.1 ABSORc;:AO DA RADIAc;:AO LASER

A absoryao da radiaC;8o LASER de baixa pote'lcia e bastante discutida. E um

ponto de suma importancia, pois sem absorC;8o da energia depositada pelo feixe

laser nao ha efeito. 0 estudo do comportamento destas radiac;6es torna-se

dificuldade devido ao fato de se tratar de radiaC;8o eletromagnetica incidindo no

Page 17: TRATAMENTO DA DOEN

corpo humano. Como sabemos, 0 corpa apresenta camadas e regi6es

heterogeneas, e ainda cada individuo possui estruturas peculiares que dificultam

estabetecer padr6es do comportamento da radia~o propagando pelos tecidos.

Primeiramente devemos considerar a conceito de penetrayao da radiac;ao.

Alguns autores dizem que quanto maior a palencia de emissao, maior a penetrac;~o.

Ora, se isto fosse correto um laser cirurgico de C02 que trabalha com alta potencia,

nao faria incisoes de apenas 1 a 2 mm de profundidade.

Penetrada a radiac;ao, deve~se considerar os fen6menos: Reflexao de parte

da radia~o; difusao de parte da radia,ao pelo estrato da pele em que se encontra.

Absor,ao de parte da radia~o; transmissao de parte da radia,ao para outros

estratos.

2.2 TECNICAS DE APLlCIlc;:Ao

Pontual: consiste na irradiac;ao de urn determinada panto sabre a corpo

do paciente. Normalmente sao necessarios varios pontos para que toda area a ser

tratada seja irradiada. Norrnalrnent.e, cada ponto se dist~ncia 1 cm do outro.

Urna vez determinada a dosagern ideal a tempo ja vern pre-definido pelo

aparelho.

Tempo: na tecnica pontual a tempo ja esta definido para cada energia laser.

Varredura: tecnica pouco utilizada ja que na tecnica pontual a energia

laser, uma vez definida, apresenta 0 tempo de aplicac;ao ideal.

Page 18: TRATAMENTO DA DOEN

2.3 ALGUMAS INDICAC;:OESE DOSES

A densidade energetica a ser aplicada varia de acordo com 0 quadro a sar

tratado e com 0 tipo de paciente e regiao a ser irradiada.

Segundo COOLLS em "La Terapia Laser Hoy", podem ser usados como

orientac;ao os seguintes para metros:

Efeilo Analgesico ..

Efeito Anti-inflamatorio ..

Efeito Regenerativo

Efeito Circulat6rio ..

...2 a 4 joules/crr?

.1 8 3 jOllies/cern'

...3 a 6 jouleslcm2

...1 a 3 joules/cm2

Ainda segundo COOLLS, em situa<;6es inflamatorias deve-se seguir 0

seguinte raciocinio

Fase aguda doses baixas

Fase sub-aguda.. .. doses medias

Fase cr6nica.. . doses altas

Segundo TRELLES, doses de ate 8 joules/em' tern caracteristicas

estimulantes e aeima caracterfsticas inibidoras.

As sessOes de tratamento podem ser feitas de diariamente ate semanalmente

de acordo com a necessidade. Como regra geral, urn tratamento que nao apresente

resultado ap6s a oitava a nona sess:3o deve ser interrompido.

Page 19: TRATAMENTO DA DOEN

Assim, cabe ao preflssional raciocinar case a caso, alterando as doses

durante 0 tratamento, modificando 0 numero de sess6es adaptando 0 tratamento ao

paciente em questao.

FIGURA 1 - FOTOGRAFIA 00 APARELHO DE LASER

3 JUSTIFICATIVA

A DLCP Eo objeto de grande importimcia devido a sua morbilidade

relativamente alta, alem do interesse multidiciplinar por ser estudada tanto na

ortopedia humana quanto na ortopedia animal, pois niio hi! diferen~a entre a DLCP

em crian<;as e em dIes (SCHNELLE, 1937 citado por BREESPAN, 1996),

No que diz respeito 8 ortopedia humana, a diminuic;ao do Iongo curso da

dOeny8 tern crucial import~ncia para que S8 possa diminuir 0 numero de efeitos

Page 20: TRATAMENTO DA DOEN

10

indesejaveis criados pela imobiliza980 prolongada, incluindo efeitos fisicos como

hipotrofias, diminui~ao de arco articular total em determinadas articula9ces,

modificayaes posturais e Qutras, ah~m dos problemas psicol6gicos graves em

crian<;asdevido ao uso 6rteses que Ihes modifica totalmente a forma de andar. Outro

fator importante e a diminui9iio de lesces degenerativas, que quando instaladas,

tarnam-S8 doenc;as degenerativas progressivas das articularyOes.

No que diz respeito a ortopedia animal, e de grande importfmcia a obtenQBo

de urn tratamento conservador mais eficaz permitindo urn resultado positiv~ com

niveis aceitaveis, ja que atualmente e de apenas 25% dos cases, evitando assirn, 0

usa do tratamento cirurgico extremamente lesivD, pois a tecnica de usa e a

artroplastia de incisao (Cefalectomia), que induz a doen"" degenerativa articular

(OLMSTEAD,1995)

Esta tecnica apresenta tambem grande risco de les6es nerVDsas e naD leva a

resultados satisfatorios em 37% dos casos (GENDREAU, 1977), 0 que esta de

accrdo com FRY (1969).

As alteraya8s vasculares como tamponamento dos vasos subsinarais intra-

capsulares sao a provc3vel causa para a instalat;ao da doen9a. Nestas circunstancias

a irradiayao por laser de baixa intensidade tern efeito positiv~ no aumento da

vasculariza,ao e acelera~ao na forma,ao de tendo 6sseo (TRELLES, 1987). Alem

da diminuiC;8o da produyao de tromboxano e a ayao fibrinolitica, 0 que leva a um

menor temperamento vascular, produz diminuiyao do fibrogEm;o plasmatico na area

lesada irradiada, tendo tambem 0 efeito de aumento de angiogemese da area

irradiada.

Page 21: TRATAMENTO DA DOEN

II

Pelos estudos anteriores, a utiliz8.y80 da irradiaC;ao por laser de baixa

intensidade podera trazer grandes beneficios no tratamento conservador da DLCP, 0

que justifica 0 estudo.

A utilizagiio do laser de AsGa, ao inves do laser de HeNe, se deu porque 0

AsGa apresenta profundidade de agao tres vezes maior do que 0 HeNe, 0 que

aumenta consideravelmente a viabilidade da tecnica terapeutica.

40BJETIVOS

Estudo das altera""es radiograficas e clinicas em elIes com doenl'" de Legg-

CalV8-Perthes, alravas do usa de irradia980 local com laser de baixa intensidade de

AsGa.

5 REVISAo DA LlTERATURA

Segundo GAMBARDELLA, citado por BOJRAB (1996, pag.933), os autores

Legg, Calve e Perthes em 1910 descrevem a DLCP como uma molestia da

articulac;ao coxofemoral que afetava crianc;as novas e S8 caracteriZ8va

radiograficamente pelo achatamento da cabel'" femoral. Estes autores especulam

que a lesac era uma necrose asseptica e nao inflamatoria, possivelmente causada

par traumatismo. A afe~o logo ternaU-S8 conhecida como molesia de Legg-Calve-

Perthes (DLCP). WALDENSTROM erroneamente imaginou que a enfermidade era

Page 22: TRATAMENTO DA DOEN

12

uma lesac tuberculos8. Qutros sinOnimos comuns a OLep sao: necrose asseptica,

necrose avascular, osteocondrose da cabec;;a femoral, coxa plana DU simplesmente

molestia de Perthes.

SCHNELLE, MOLTZEN e NIELSEN (1937), receberam 0 credito pela

descri~ao dos primeiros casos de DLCP em caes. Schnelle descreveu 12 casos,

todos em Fox Terriers de Pelo de Arame, e com ajuda de radiologistas e

ortopedislas da Medicina Humana, concluiu que nao havia diferenc;a entre a coxa

plana das crian~s e ados caes.

Segundo GREESPAN (1996), a DLCP e 0 nome aplicado a osteonecrose

(necrose isquemica) da epifise proximal do femur. Afeta com maior freqOencia

meninos do que meninas, geralmente entre 4 a 8 anos de idade. Qualquer quadril

pode ser afetado, eo envolvimento e bilateral, que e sucessivo e nao simultaneo, e

observado am carca de 10% dos casos

WHITTICK (1990), cita que a condi~o tem sido documentada em ra~s

pequenas e brincalhonas de c8chorros. Ocorre mais freqClentemente em cachorros

pesando menDS do que 12 Kg e n~o apresenta predilecyao por sexo nos animais,

apesar da prevalencia de 4:1 (menino para menina) ter sido relatada em crian~s. As

rayas mais comumente afetadas sao Fox Terrier, Pinscher, Poodle, Lakeland Terrier,

West Highland White Terrier e Cairn Terrier.

Os sinais clinicos consistem em dor, claudicac;ao e limitar;ao do movimento.

Nao e incomum localiza-se a dor no joelho ipsilateral em vez no quadril envolvido.

Trata-se de um disturbio auto limitado que acaba por cicatrizar; entretanto, devido adeformidade progress iva que produz no formato da cabe~a e colo do f~mur,

Page 23: TRATAMENTO DA DOEN

13

IreqOentemente resulta em osteoartrite precoce da articulac;ao do quadril

(GREENSPAN,1996).

A claudicac;ao num membro pelvico, com 0 surgimento insidioso ao longo de

varias semanas, a a hist6ria usual; contudo, em alguns caes 0 surgimenlo podercfJ

ser subito. Seis a oito semanas poderao ter transcorrido antes que a claudicayao

progrida, desde manqueira intermitente, ata 0 continuo arrastar do membro. A dor e

facilmente promovida na articulac;ao coxofemoral, quando a membro e posta em

abdu9aO, ou se 0 quadril e estendido. Sao achados lisicos comuns na atrolia

muscular branda e grave; 0 surgimento de encurtamento do membro afetado, e a

restric;ao dos movimentos articulares, especial mente durante a abduc;ao do membro

(BOJRAB, 1996).

Segundo WHITTICH (1990), 0 objetivo do tratamento durante a lase aguda ea prevenc;ao da deformidade da cabec;a femoral para manter a congruencia articular.

Isto e especial mente importante durante a revasculariza~o e os estagios de

cicatrizac;ao, quando a cartilagem articular esta particularmente vulneravel a um

colapso. Nas crian98s, 0 objeto e manter a cabec;a femoral do acetabulo. Mesmo

esta leoria sendo aplicavel ao canino, fazer urn diagnostico definitivo da DLCP na

fase aguda e mais dificil. Geralmente 0 paciente apresenta evidencia radiografica do

colapso articular. A cirurgia escolhida nesta fase e a remo~o cirurgica da cabec;a

femoral com ou sem enxerto. Com 0 objet;vo de contenc;ao da cabec;a femoral, 0

quadril deve ser colocado numa tip6ia Ehmer durante 4-6 semanas. Isto permite a

prote9ao articular da cartilagem durante a lase de remodelagem da cabega Iremrai.

Page 24: TRATAMENTO DA DOEN

14

WHITTICK (1990), esclarece que se a remo.,ao da cabeya e colo femoral eexecutada, 0 progn6stico e considerado born. Os pacientes sao geralmente

pequenos e a adapta.,ao a remo,ao da cabeya femoral e geralmente tranquila.

Segundo SLATIER (1993), a terapia conservadora consiste em descanso em

jaula pequena au tipoia sem apoio e uma opc;ao para cachorros com mudanC;8s

radiograficas e clinicas mfnimas.

Infelizmente, a maioria dos cachorros com sinais clinicos assDciados a DLCP

sao severa mente afetados e 0 tratamento cirurgico e solicitado (SLATTER, 1993).

o primeiro sinal associ ado a DLCP e a comec;o de fraqueza nas pernas. Nos

casas de envolvimento bilateral, a rec!amac;ao dos clientes pode ser de fraqueza nos

membros posteriores do animal. 0 exame fisico revelara dar, crepita~c e a redu9ao

da amplitude de movimento no memblO afetado (ALEXANDER, 1ge5).

Varias mudar:yas afetando a metafise femoral pro~imal,epifise; e acetabula

tern sido descritas como: superficie plana ou irregu!ar da articu~a~o da cabeya

femoral, densidade radiografica irregular des regiCles de epffise c metafise femoral,

encurtamento aparente e aumento na profundidade do colo femoral na area da

metafise, aumento de profundidc::de no espayo articular c::parente e mmodelamento

da cabeya femoral (ALEXANDER, 1085; LEE, 1970).

De ocordo corn WH!TIICK (1990), 0 neurose da cabe;:a femorol e melher

tratada pela remoyao da cabe~ e colo femoral. Numa amostra, ocorreu melhora

completa em 24% dos cases cem restri:;ao ao exerdcio (n=62) e 85% foram tratados

com artroplastia (n=39). Um tratamento mais rapido tambem pode ser esperodo com

tratamento cirurgico, mas a tecnica correta e importante para garantir 0 sucesso,

Page 25: TRATAMENTO DA DOEN

15

A revClscularizayflo ocorre atraves da isquemia do plato de crescimento da

melafise, via do suprimento sangOineo da metafise. Como 0 novo suprimento

sangulneo invade a epifise, as trabeculas necrosadas sao recolocadas com 0 novo

05S0 atraves da forma;:ao aliva do 0550 e do osteoclasto. 0 novo e colocado sabre a

trabecula necrosada e as osteoclastos gradual mente remavem 0 osso velho.

Segundo BOJRAB (1996), pode S8 esperar que a DLCP no cao progrida para

osteoartrose grave em praticamente todos as casas. Cerca de 25% dos dies

afetados S8 recuperam da claudica9c3o ap6s varies meses de tratamento

conservador, consistindo em repousD, exercicios limitados boa nutric;ao e

medicamentos analgesicos .

BORJRAB (1996), tambem que em crlan>"s, as tratamentos conservadores e

cirurgico sao planejados com 0 objetivo de fon;ar a cabe~a femoral mais

profundamente no acetabulo, para que seja assegurada a forma normal da cabeya

femoral, apes se ter completado a cicatriza~o. Tal objetivo pode ser concretizado

pel a aplicac;ao de aparelho externo, au pel a osteotomia do 0550 inominado (ossa

iliaco), que promove a rota~o interna do acetabula. Nem a tratamento conservador,

nem a cirurgico, visando a preservayao da articula9ila coxofemoral dos estagios

avan9ados da molestia, foram descritos em caes. Porem ha urn caso relatado de

tratamenta conservador bem sucedido, em que a diagn6stico fai firmado antes da

ocorrencia de qualquer altera~o por remodela~ao na articula~ao coxofemoral. Neste

casa fai aplicado em aparelha Ehmer modificada durante 10 semanas.

GENDREAU (1977), relatou os resultados da cirurgia de um grupo de animais

como: 37,1% excelentes, 25,7% bom, 25,7% regular, 11,4% ruim.

Page 26: TRATAMENTO DA DOEN

16

GENDREAU (1977), afirma que a artroplastia da cabe<;ae do colo femoral

nao retorna a sua func;ao normal ap6s a opera<;a,o.

Ap6s 0 rompimento da irriga<;aosangu;nea da cabe<;a femoral, ou por

qualquer outra razao, a regiao afetada da por~o esponjosa epifisaria safre necrose,

enquanto que a cartilagem superjacente, que recebe seus nutrientes do liquido

sinovial, permanece viave1. 0 organismo tenta recuperar 0 defeito com tecido de

granulac;ao e 90550 trabecular novo, Ofiginarias da resultante resposta fibro6ssea

(EDINGER, 1992),

Segundo EDINGER (1992), infelizmente a quantidade de reparo 6sseo e

freqOentemente insignificante au acorre demasiadamente tarde para impedir 0

colapso da cartila-gem articular n~o sustentada.

A necrose da Cabey8 do femur S8 manifesta par claudicayao ligeira a grave.

Visto que ha poucas possibilidades de resoluc;ao espontanea, a ostectomia da

cabec;a do femur e 0 tratamento aceito.

OLMSTEAD (1995), tambem relata que se 0 paciente e tratado nao

cirurgicamente do DLCP, 0 diagnostlco deve ser feito precocemente, antes que seja

encontrado evidencia radiografica de qualquer mudan~ no contorno normal da

cabe9a femoral ou acetabula. Durante a perloda de tratamento e essencial que a

articulac;.ao afetada esteja descansada. Urn metodo e confinar a paciente a urn

espa<;opequeno ate que a mudan<;ana cabe<;afemoral esteja completamente

resalvida. Durante este peri ado, 56 e permitida que a paciente sai do confinamenta

para urinar au defecar.

o autor citado acirna relata que radiografias mensais devem ser tiradas para

seguir a progressao da doen9a. 1550 geralmente leva de 4-6 meses antes que a

Page 27: TRATAMENTO DA DOEN

17

cabec;a femoral cicatrize 0 suficiente para permitir um peso irrestrito. Usando este

metoda e passive I que 0 paciente tenha a cabeya femoral cicatrizada com a mesma

aparencia radiografica da normal e com 0 mesma modo de andar. Se 0 colapso da

cabec;a femoral Dcorrer durante esta tratamento, a cirurgia e feita. Relatando ainda

que as maio res desvantagens do tratamento nao cirurgico s~o aderencia total ao

longo periodo de confinamento do paciente e a paciente nao S8 tarnar ajustado 80

85tilo de vida de seus proprietarios durante varios meses.

OLMSTEAD (1995) tambem ressalva que nao deve ser colocado uma tipoia

tipo Ehmer durante urn longo periodo de tempo. Isto pode resultar numa severa

atrofia dos museu los do membra afetado e contratura de flex~o par abafamento.

Estudos do autor Wallace demonstram que 0 membra colocado durante 6 semanas

continuas na tip6ia Ehmer iniciam a degenera9ao na eartilagem articular do femur

distal mais cedo. Isto ocorre devido a interferimcia na fisiologia normal e nutriy80 da

cartilagem articular.

OLMSTEAD (1995), afirma que 0 tratamento cirurgico consiste na retirada da

cabeya e colo femoral. Se fiear sem tratamento pode ocorrer osteoartrite progressiva

do quadril infectado, dormimcia e atrofia muscular. Afirmado que a fisioterapia deve

ser feita pela manha e pela noile no quadril afetado. Urn programa de fisioterapia

recomendado consiste em 35 flexoes e extensoes da articula<;ilo do quadril em cada

sesseo. A terapia come9a no segundo dia p6s operatorio e continua ate 0 paciente

sustentar 0 peso do corpo sobre 0 membra afetado, tendo uma boa amplitude de

movimento no quadril. Alguns pacientes requerem fisioterapia durante 4-6 semanas

apes a cirurgia. Pacientes com osteoartrile avam;:ada e atrofia muscular severa

podem mostrar melhora progressiva ate 12 meses apos a cirurgia. Sa 0

Page 28: TRATAMENTO DA DOEN

18

procedimento cirurgico e a fisioterapia s~o feitos corretamente, urn born resultado

funcional pade geralmente ser esperado dentro de 8-12 semanas. Se a paciente

esla afetado em arnbas as cabeyas demarais, a que estiver mais dolorosa deve ser

operada primeiro e 0 segundo quadril pode ser tratado cifurgicamente quando 0

paciente estiver sustentando a corpo ap6s a prime ira cirurgia no quadril oposto.

LEE (1969), afirma que DLCP e uma condiyao relativamente comum afetando

a articula9t1o do quadril da crian98 e do cachorro. Isto foi registrado em vacas e

gatos.

Tambem segundo BASFORD (1995), laser terapia e a radia~ao a laser (Iuz

monocromatica) que tern comprimento de onda capaz de alterar 0 comportamento

celular na ausencia de aquecimento. A cicatrizac;ao de feridas acelerado e 0

crescimento de cabela foram urn dos primeiros efeitos relatados e pesquisadores

recentes acreditam que a radia9ao a laser estimulam 0 processo biol6gica, urn

fen6meno chamada Hbioestimula98o" Apesar disso fai encantrado que intensidade

baixa de radia980 inibiria tao bern quanta a atividade celula hoje, esse termo

bioestimulac;ao foi mudado para baixa intensidade, baixo nlvel e baixa fory8, cam

enfase nas caracteristicas nao termais e de baixa energia. Na pratica, a laser terapia

envolve a entrega de :s;1-4 j1cm2 para tratar lugares cam laser tendo saida de fon;a

entre 10 mW e 90 mW

o uso cllnico e pesquisas em lasers de baixa intensidade ganhou muita

popularidade na Hungria enos paises do bloco leste no meado dos anos 60. Hoje 0

laser e utilizado mundialmente para tratamentos de les6es musculoesqueleticas, dar

e inflama9;3o. Apesar das pesquisas mostranda rotina de usa, menos de 40% dos

fisioterapeutas nas clinicas da Inglaterra e talvez 30% das clinicas dentarias na

Page 29: TRATAMENTO DA DOEN

19

Escandinavia utilizam 0 Jaser. Nos EUA, a utiliza~o e minima e a FDA (Food and

Drug Administration) garantern que nao admitem qualquer indicaC;ao.

Segundo BASFORD (1995), existem 2 grandes para pesquisas de laser

terapia: a laboratorial e a clinica. 0 laboratorio apresenta resultados urn pouco

ambiguos, mas a grande majaria dos trabalhos publicados encontram evid~ncias

claras que a irradiacao a laser altera 0 processo ceJular animal e bacteriano nos naG

termais, com comprimento de onda dependente. as mecanismo desta interac;ao nao

foram estabelecidos. Apesar disto, a grupo de cornponentes respiratorios

mitocondrias exibem 8yaO espectra de freqOlmcia-dependlmcia, e muitos sentem

que 0 grupo respiratorio esta na base de qualquer efeila que a laser terapia pode tef.

o valor da irradiayao do laser de baixa intensidade na clinica e mais passive I. Eles

fornecem raz~o cientifica para a laser terapia e dao a impressao da amplitude de

influencias que a irradiac;ao a laser pode ter no processo celL/lar.

De acordo corn KARU (1987), estudos quantitativas da ac;ao do laser de baixa

intensidade com luz monocromatica sobre varias celulas de E. coli foram feitos para

achar as condic;oes de irradiac;ao (ccrnprimento de onda, dosagem e intensidade)

que contribuem para a estimulac;ao da atividade vital. A ac;ao da luz espectra visivel

sabre a sintese de DNA e RNA ern c"'lulas Hela tem maxima de 404, 620, 680, 760,

e 830 nm. A estimulacyao do crescimento dos E,coli e maxima quando irradiada em

404, 570, 620, 680 e 750 nm. A absorc;ao de quanti dade e crucial para a

reorganiza<;ao do metabolismo celular com transformados fotosinal sendo efetuado

pela eelula padrao, significando mudanc;as no nivel CAMP. Os componentes do

grupo respirat6rio sao discutidos como foto receptores primarios. Com iSso, concluiu-

Page 30: TRATAMENTO DA DOEN

20

S8 que a bioestimula<;llo a laser e de natureza fotobiologica e os efeitos do laser de

baixa intensidade pod em ser relatados como urn fen6meno fotobiologico.

VACCA (1983), encontrou ainda que a irradia<;ljo a laser modifica algumas

rea0es de desidrogenase ligadas ao NADH da mitoc6ndria.

HARU (1995), tambam afirma que a irradia<;ljo a laser HeNe aumenta 0 nivel

de ATP nas calulas cultivadas in vitro.

PIDDUCK (1978), estudou num canil28 poodles toy com DlCP. A analise do

pedigree dos cachorros e de 10 cadelas que serviram de amostra foram consistentes

com a hipotese de que a DlCP a causada pela homozigositote de um gene

autosomatico.

CallS (1984), apresenta os efeitos bioquimicos do laser: estimulam a

liberayao de substencias como histamina, serotonina, bradicina etc; mOdificam as

reary6es enzimatimas norma is; estimulam a produ~o de ATP intracelular e

mitoc6ndrias acelerando as mitoses apresentam ayao fibrinilitica. 0 efeitos

bioele-tricos: normaliz89ao do potencial da membrana celular. Os efeitos

bioenergeticos estlmulo dos niveis de trofismo e fisiologisrno.

as efeitos positiv~s na acelera<;ljo da cicatrizal'lio sao relatados por l VaNS

(1987), para lesces musculares, ENWEMEK (1990, para lesces tendinosas e

MESTER (1985), para feridas abertas culaneas de varios tipos.

AMARAL (1998), relata da importante rela<;ljo entre a absory80 de cada tipo

de laser (comprimento de onda) pelo tecido biologico com os crom6folos existentes

em cada tipo de tecido.

TREllES (1987), pesquisou 0 laser HeNe aumentando a vasculariza<;ljo e a

formac;~o de tecido osseo.

Page 31: TRATAMENTO DA DOEN

21

De acordo com TRELLES, CASTEL (1985), examinou biopsias de feridas

experimentais para determinar a atividade das prostaglandinas e estabelecer 0 efeito

da estimula9E1o com laser sabre 0 processo inflamatorio, demonstrando diminui9~o

do PGE2, 0 que esta em sintonia com 0 citado por CAMPANA (1998), que relata os

niveis de fibrinogimio plasmatico aumentados pela lesao tecidual sao reduzidos aos

valores normais pelo usa do laser na area lesionada, assim como, PALMA (1998),

que demonstra as efeitos positiv~s de HeNe sabre as niveis de fibrinogenio

plasmatieas nos processos inflamat6rios.

BIBIKOVA (1994), relata que a irradia<;ijo a laser durante a irradia~ao do

musculo esqueh~tico em Bura vinds promove 0 processo de neoformayao vascular

na zona lesionada. A recente revasculariza9~o da zona lesionada nos museu los

irradiados com laser pod em explicar a fapida maturayao das estruturas miogenicas

na regenera9~o da area.

GRECO (1989), afirma 0 aumento no RNA e na sintese de proteina pela

mitoc6ndria irradiada com laser HeNe.

DEKEL (1998), demonstra 0 efeito positiv~ da irradia~ao do laser de baixa

densidade nas propriedades mecanicas na cicatriza~o do ossa maturado em rat os.

AKAi (1997), relata tambem 0 efeito positiv~ do laser sobre 0 0550 e a

mudanya da cicatriza~o induzida pela imobilizaryao da articulac;ao.

VACCA (1993), relata a analise eletroforetica in vitro do DNA depurado

sintetizado da mitocondria, mioplastos e da fra<;ao matriz, mostrando um aumento de

50-60% da sintese de DNA na amostras irradiadas. Este dado mostra que 0 laser

HeNe estimula a replica~o do DNA mitocondrial tanto nas organelas intactas e na

Page 32: TRATAMENTO DA DOEN

22

fraC;8o da matriz soluvel a interaC;:8o da luz do laser com as moleculas soluve;s da

matriz.

CAMPANA (1998), relata a usa de drogas anti-inflamaterias e irradia,8o a

laser HeNe como terapia podem ser usados para inibir as efeitos gerados pela

inflamac;:8o.Urn lesac tecidual produz aumento significante nos niveis de fibrinogenio

plasmatico, que sao reduzidos a valores normais com a administraC;80 de anti-

inflamat6rios au irradiac;ao com laser na area lesionada.

CRESPI (1997), estudou a regenera,8o dos tecidos peridontais em cachorros

da ra,a beagle apes a tratamento com laser terapia. 0 tratamento com laser C02 da

cia sse furcation III induziu formaC;8ode novo ligamenta peridontal, cementa e osso.

POLOSUKHIN (1996), tambem demonstrou a regenera,8o do epitelio

bronquial nas mudang8s inflamatorias cronicas sob 0 tratamento com laser. Fa;

demonstrado que 0 tratamento endobraquial pela irradiaC;:8o com laser HeNe induziu

as processos metab61icos e proliferativos no epitelio lesionado, que ap6s completar

a ligagao com as series de forma transacional restaura sua estrutura normal e se

diferencia nas celulas epiteliais mucoso-secretoras e na ciladas da ultraestrutura

normal. A hiperemia, intensica diapedese dos leuc6citos e a formagao de infiitragoes

e granulagoes de leucocitos de desenvolvem na pr6pria lamina da mucosa

bronquial. A atividade metab61ica e proliferativa das endoteliocites e das celulas

conectivas aumentam. As fibras dos delicados tecidos conectivos de formam. Ocorre

a reorganiza9ao simultanea do epitelio e dos tecidos conectivos.

TAKAHASHI (1997), ainda relata a regenera,8o das celulas mioepiteliais nas

glandulas submandibulares de ratos ap6s irradiagao com laser yttrium aluminium

garnet.

Page 33: TRATAMENTO DA DOEN

Ja VACCA (1994), encontrou mudanya significativa no espectra

absor~o/fosdorescencia em todes as casas que aumentaram as atividades de

transiyoes e tradu98o. Para ganhar insight no mecanisme pelo qual a irradiar;.ao

celular com ondas de baixa intensidade do laser HeNe (632.8 nm), e causado uma

estimula<;2D geral das propriedades biosinteticas. separando as componentes dos

sistemas transi.yoes e traduy~o irradiados (2 j1cm2, 12 MW), com rnedidas feitas in

vitro da sintese de proteina e RNA. Tod05 as componentes testados foram

investigados com respeito a influemcia da irradiar;;80 a laser em sua conformac;ao,

com monitoramento par espectroscopia.

ROBINSON (1992). lambem relalou as efeilos do laser HeNe sabre a

regenerayao do nervo peroneal destruido. 0 estudo mostrou que 67% dos nervos

tratados recuperam a amplitude pre lesaD e 0 grupo de controle mostrou 52% de

melhora 15 dias p6s lesac. Existem algumas teorias racionais para justificar a efeito

terapeutico, mas a mecanismo de como a irradiat;:ao a laser influencia a reparo

tecidual nao e bem entendida e merece outras pesquisas.

Page 34: TRATAMENTO DA DOEN

24

CONCLUSAO

As observa90es realizadas durante 0 desenvolvimento deste trabalho,

permitiram chegar as seguintes conclus6es:

A irradia<;iio a laser levou a normaliza~ao da densidade 6ssea em 100% dos

casos

A diminuiyao da dor ocorre em ate 2 meses na grande maioria dos casos.

A utiljza~o da irradiayao a laser mostrou·se mais eficaz que outras formas de

Iralamento na DLCP.

Page 35: TRATAMENTO DA DOEN

25

REFERENCIAS

ALEXANDER, J. W. Orthopedic Surgery of the Dog and Cat. 3 ed. Philadelphia:W. B. Saunders Company, 1985.

AKAI, M., USUBA, M.; MAESHIMA, 1. et al. Laser's effect on bone and cartilagechange induced by jOint immobilization: an experiment with animal model.Lasers Surgery and Medicine. Japao, v.21, p.480-484, 1997.

ALiTALO, I; HEIKKINEN, E., PAATSAMA, S. et al. Venous drainage of thefemoral neck in Legg Perthes disease and in hip dysplasia A clinical andexperimental study in the dog and pig. Acta Veterinaria Scandinavica. Suecia, v.24, n. 3, p. 247-251, 1983.

AMARAL, A. A~ao do Laser de HeNe sobre 0 Processo de Regenera~ao doMusculo EsquehHico no Camundongo. Sao Paulo, 1998. Faculdade deFisioterapia. Disserta980 de Mestrado nao publicada. Universidade Federal de SaoCarlos.

BASFORD, J.R Low Intensity Therapy: Still Not na Esblished Clinical Tool.Lasers in Surgery and Medicine. Minnesota, v. 16, p. 331-342, 1995.

BIBIKOVA, A, BELKIN, V., ORON, U. Enhancement of angiogenesis inregenerating gastrocnemius muscle of the toad (Bufo virids) by low-energylaser irradiation. Anatomy and Embriology. Israel, n. 190, p. 597~02, 1994.

BOJRAB, J. Mecanismosda Molestia na Cirurgia de Pequenos Animais. SaoPaulo: Manole, 1996.

CAMPANA, V., MOYA, M., GAULOTTO, A et a/. Effects of diclofenac sodiumand He: Ne irradiation on plasmatic fibrinogen levels in inflammatoryprocesses. Clin. Laser Med Surg. C6rdoba, n. 16, v. 6, p. 317-320,1998.

CARLUCCI, F., CESCA, L., BREGHL Et al. Pulsed electromagnetic fields in thetreatment of aseptic necrosis of the femoral head in dogs. Anais da Faculdadede Medicina Veterinaria de Pisa. Italia, n. 60, p. 205-215,1987.

CASTEL, M. F. A Clinical Guide to Low Power Laser Therapy. Canada: PhysioTechnology Ltda., 1985.

CATIERALL, A Legg - Calve-Perthes Disease. Edinburg: Churchill Livingstone,1982.

CHICHUK, T. V.; STRASHKEVICH, L A; KLEBANOV, G. L Free radicalmechanisms of low-intensive laser radiation. Vestn Ross Akad Med Nauk.Russia, v. 2, p. 27-32, 1999.

Page 36: TRATAMENTO DA DOEN

26

CaLLS, J. La Terapia Laser, Hoy. Barcelona: Centro Documentacion Laser deMeditec, 1984.

CROVACE, A, BELLO, A., MASTRONARDI, M. et al. Mediocervical osteotomy inthe treatment of Legg-Calve-Perthes disease in dogs. Veterinaria Cremona. Italia,n. 3, v. 3, p. 21-25, 1989.

ETTINGER. S. J. Tratado de Medicina Intern a Veterinaria - molestias do cao edo gato. 3 ed. S~o Paulo: Manole, 1992.

FLO, B. P. Manual de Ortopedia e Tratamento das Fraturas dos PequenosAnimais. S~o Paulo: Manole, 1986.

GENDREAU, C., CAWLEY, A. J. Excision of the femoral head and neck: thelong·term results of 35 Operations. Femoral Head and Neck Excision: Long-TermResults. Mississipi, v. 13, p. 605-<308. Set. 1977.

GIBSON, K. L., LEWIS, D. D.. PECHMAN, R. D. Use of external coaptation fortreatment of avascular necrosis of the femoral head in the dog. Journal of theAmerican Veterinary Medical Association. Louisiana, v. 197, n. 7, p. 868-870, 1990.

GIFFIN, M. Effect of Nd: YAG Laser on Wound Contraction and EpithelialRegeneration in Tabbits. Annals Academy of Medicine. Canada, v. 23, p. 8-12,1994.

GREGO, M.; GUIDA, G.; PERLlNA, E. ET AL. Increase in RNA protein synthesisby mitochondria irradiated with Helium-neon laser. Biochemical and BiophysicalResearch Communications. Italia, v. 163, n. 3, p. 1428-1434, set. 1989.

GREESPAN, A. Radiologia Ortopedica. 2 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1996.

GUYTON, A., HALL, J.. Tratado de Fisiologia Medica. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 9 ed. 1996.

KARUT, T., PYATIBRAT, L.. KALEN DO, G. Irradiation with HeNe laser increasesATP Level in cells cultivated in vitro. Journal of Photochemistry and Photobiology.Russia, n. 27. P. 219-223, set. 1994.

KARUT, T., PYATIBRAT, L.; RYABYKH, P. Nonmonotonic Behavior of the DoseDependence of the Radiation Effect On cells In Vitro exposed to Pulsed LaserRadiation at A= 820nm. Laser in Surgery and Medicine. Russia, v. 21, p. 485-492,1997.

KARUT, T. Photobiological Fundamental of Low-Powr Laser Therapy. IEEEJournal of Quantum eletronics. Russia, v. QE-23, n. 10, p. 1703-1717, 1987.

Page 37: TRATAMENTO DA DOEN

27

LEE, R, FRY, P. D. Some observations on the ocurrance of Legg-Calve-Perthes Disease {Coxaplana} in the dog. and an evaluation of excisionarthroplasty as a method of treatment. Journal Small Animal Pratice. GraBretanha, v. 10, p. 309-317, 1969.

LEWIS, D. D.; BELLAH, J. R; MCGAVIN, M. D. et al. Postoperative examinationof biceps femoris muscle in excision of the femoral head and neck in dogs.Veterinary and Surgery. Australia, v. 17, n. 5, p. 269-277,1988.

LUGER, E.; ROCHKIND, S.; WOLLMAN, Y. Effect of Low-Powewr LaserIrradiation on the Mechanical Properties of Bone Fracture Healing in Rats.Lasers in Surgery and Medicine. Israel, v. 22, p. 97-102, 1998.

MASTRONARDI, M., CAIRA, M.; COPPOLA, A. et al. Legg-Calve-Perthes'disease in the dog. Acta Medica Veterinaria. N. 29. v. Yo, p. 431-450, 1983.

MICHLOVITZ, S. Termal Agents in Reabilitation. Philadelphia: Davis Company,1990.

OLMSTEAD, M L Small Aninal Orthopedics. St. Louis: Mosby, 1995.

PASSARELLA, A. Evidence of changes induced by HeNe laser irradiation in theOptical and biochemical properties of rat liver mitochondria. Bioelectrochemistryand Bioenergetics. Italia, v. 155, n. 10, p. 185-198, 1983.

PETRUZZI, V., MUZZETO, P. Aetiopathological clinical and radiographicconsiderations on aseptic necrosis of the femoral head in dogs. Acta medicaVelerinaria. Italia, v. 28, n. 3, p. 283-295, 1982.

PIDDUCK, H.; WEBBON, P. The genetic control of Perthes' disease in toypoodles-a working hypothesis. Small Animal Pratice. Londres. v. 19, p. 729-733,1978.

POLOSUKHIN, V. V.. Regeneration of 8ronquial Epithelium on ChronicInflammatory Changes Under Laser Treatment. Path. Res. Pract. Russia, v. 192,p. 909-918,1996.

PROSTREDNY, J. M.; TOOMBS, J. P.; VANSICKLE, D. C. Effect of two musclesling techniques in early morbidity after femoral Head and neck excision indog. Veterinary Surgery. Indiana, v. 20, n. 5, p. 298-305. 1991.

ROBINSON, G. K. The effectsof Helion-Neon Laser upon Regeneration of theCrushed Peroneal Nerve. Research Study. Kentucky. v. 15, n. 5, p. 209-214, 1992.

SALTER, R B. Textbook of Desorderes and Injuries of the MusculoskeletalSystem. Baltimore: Williams & Wilkins, 1970.

Page 38: TRATAMENTO DA DOEN

28

_Legg Perthes's Disease. The scientific basis for methods of treatment andtheir indications. Clinical Orthopedics. V. 150. 1980.

SLATTER. D. Textbook of Small Animal Surgery. Philadelphia: W. B. SaundersCompany. v. 2. 1993.

TAKAHASHI. S., DOMONT. T.. YAMAMOTO, T. et al. Regeneration ofmyoepithelial cells in rat submandibular glands after yttrium aluminium laserirradiation. Journal Exp. pathology. Japao. v. 78. p. 91-99. 1997.

VACCA. R. A.; MARRA. E.. QUAGLIARIELLO. E. et al. Activation ofmitochondrial DNA replication by HeNe laser irradiation. Biochemical andBiophysical Research Communications. Italia, v. 195. n. 2, p. 704-709, set. 1993.

_Increase of both transcription and translation activities following separeteirradiation of the in vitro system components with HeNe laser. Biochemical andBiophysical Research Communications. Italia, v. 203, n. 2, p. 991-997, 1994

WARREN, D. V., DINGWALL, S. J. Legg Perthes Disease in the dog: a review.Can. Veterinarian Journal. v. 3, p. 135-160, 1972.

WHITTICK, W Canine Orthopedics. 2 ed. Londres: Lea & Febiger. 1990.

Page 39: TRATAMENTO DA DOEN

tiN IV ER'!!DADE T'_I!'Y!!DO PA!>_"_N..\FACULuAiJi:: DE C:f:;';CiAS AG~ ...~i~"ASCURSO DE MEDICINA VETERI ARIA

TRA RAI ,HO nE C'ONrI.'ISAO nF ('I)I~"()

CURITIBA7002

MV278CONSVlTi\

Page 40: TRATAMENTO DA DOEN

DANUZA CHAMECKI RIGLER

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO

"TCC"

Trabalho de conclusao de curso,apresentada como requisito parcial ;1obtenqao do titulo de MedicoVeterinar'io pela Univcrsidade Tuiuti doParana, do Curso de MedicinaVeterinaria.

Qrientador: Prof. Sergio Jose. M.Bronze

CURITIBA2002

Page 41: TRATAMENTO DA DOEN

APRESENTACAo

Este Trabalho de Conclusao de Curso (TCC), e urn dos requisitos para

obteny20 do titulo de Medico Veterinario do Curso de Medicina Veterinaria da

Universidade Tuiuti do Parana.

E cornposto de urn Relatorio de Atividade de Estagio, realizado junto Vet

Clinic durante 0 periodo de 04 de fevereiro a 02 de abril de 2002 e tarn bern de

urna Monografia visando sobre Tratarnento da Doen,a de Legg- Calve- Perthes

em dies, atraves da irradiaC;8o a Laser, que se encontra logo apes a descri920

das atividades de est agio.

Page 42: TRATAMENTO DA DOEN

Agradec;o aos professores da Universidade Tuiuti do Parana, pelo ensinamentos

que me repassaram.

Em especial, agradec;o 0 Dr. Sergio Jose Meireles Bonze e ao Or.

Guilherme E. F. Carvalho, que me orientaram durante ° estaglo.

Page 43: TRATAMENTO DA DOEN

SIIi\11\_ltlO

LISTA DE FIGURAS ...........................•......................................................... "j

L1STA DE ABREVIATlJRAS .

LISTf\ DE "("ABELA viii

R£SIIMO........................................................................................................ jx

INTROI)U<;:AO .

LOCAl, 1)£ ESTAGIO ..................................................................•...............

1 U~I POUCO SOBRE 0 LASER .......•....................................•••................ 3

1.1 ABSOR,A.O DA RADIA,A.O LASER

1.2 TEeNIC' AS DE AI'LlC A, A.O ....

1.3 ,\LGIIMAS LNDJCA,OES F DOSES ..

PA1'OLOGIAS OBSERVAOAS DIlII NTF 0 EST,\GJO .

J. DISPI,ASIA DO ("01'O\'ELO .................................•................•.•...•............

1.2CASOCI.iNICOCASO-1

2.1)ISTIIRBIOS DA MEDlII,A F:SPINIHL .

2 I FSPINJ-fA RiFIOA

, I I (' ASO rr iNlC'o (' ASO - 2

3. DISFIIN(:AO Ar.III)A DA MIWIILA ESPINI·IAL .

3.1 TRAIJMATJSMO

3 I I (',IRA(,TERiSTIC'AS(,LiNIC'AS

3 I 2 1)1AGNOSTj('1)

3.1.3 TRA TA"'IENTO ..

3 I 4 PRI)GNOSTIC'I)

It

II

12

13

13

13

13

14

IS

Page 44: TRATAMENTO DA DOEN

32CASOCLiNJ('0. CAS03 16

4. DOENCA DO DISCO INTERVERTEBRAL 21

" I HFRNIA OF DISCO

,,2 CARACTFRisTJ('AS CLiNJ("AS

41 DIACiNOSTJ('O

a.j TI~ATAf\.rFNTn

" j PROGNOSTICO

.HCASOCI iNJ('0-CAS04

21

21

21

)<1

26

27

5. OSTEOARTROSE 30

'i I CAIiSA

j 2 SINAIS CI iNICOS

5.3 TRATAMENTO

5.4 TRATAMENTO CONSERV ADOK ..

:) ') TRATAMFNTO C'1R(JR<1I(,O

j.6 CASOCLiNICO-CASOj

10

30

31

31

11

32

6. J)!SPI.ASIA COXOFE~11fRAL ......................•..•.......•.•................................ 34

Ii I SINAIS CI .iNJ('O

(, 2 TRATAlVlFNTO rmt'rRGI(,o

63 CASO C1.iNICO-CASO 6 ..

34

14

63 I C ASO CI i, wo - C ASO 7 ,"

7. DOENCA llE L~:GG·CALVE.PERTIlES 38

7 I SINAIS

7.2 TRATAMENTO .

73 C"SO ('I iNWO-('ASO 8

38

39

Page 45: TRATAMENTO DA DOEN

~.CONC'I Ilc;;io .

Q. llF.FF'R~·Nr'AS IJIIlI IO(;RAFlr~\s .

42

'3

Page 46: TRATAMENTO DA DOEN

Fig. 1

Fig. 1.1

Fig. 2

Fig. 2.1

Fig. 2.3

Fig. 2.4

Fig. 3

Fig. 3.1

Fig. 4

Fig. 5

LISTA DE FIGURAS

Estrutura do Cotovelo - Displasia do Cotovelo

Displasia do Colovelo Caso 1

Fase 1- Pete. Juba - Disfun<;ao Aguda da Medula Espinhal..

Fase II - Pete Juba - Disfun,ao Aguda da Medula Espinhal..

Fase 111-Pete Juba - Disfun9ao Aguda da Medula Espinhal..

Fase IV- Pete Juba - Disfun9ao Aguda da Medula Espinhal..

lIustra,ao do Paeiente Tuea Doen,a do Diseo Intervertebral..

Ilustra9ao do Paeiente Tuea Doen9a do Diseo intervertebral..

lIustra9ao do Paeiente Dobe - Osteoartrase

Ilustra9ao Displasia Coxofemural..

10

10

17

18

19

20

28

29

33

. 37

Fig. 6 Laser - Legg- Calve Perthes Grau 4 -Paeienle Penelope .40

Fig. 7 Laser - Legg-Calve- Perthes- Grau 4- Paeiente Penelope 41

Page 47: TRATAMENTO DA DOEN

DC-

DAD-

DCF-

DLCP -

IV-

Mg/kg -

LlSTA DE ABREVIATURAS

Oisplasia do cotovelo.

Doenc;a articular degenerativa.

Oisplasia coxo - femurai.

Doenya de Legg- Calve - Perthes.

Intra Venosa.

Mingramas por kilograma.

Page 48: TRATAMENTO DA DOEN

J,JSTA DE TABELA$.

• Pa1ologias observadas durante 0 Estagio ... 7

Page 49: TRATAMENTO DA DOEN

o 9st<3.gl0 curricular obrigat6rio fOI realizado na area de Fisioterapia empequenos animais, na cidade do Rio de Janeiro, com a inten.y80 de aprender umpouco sobre esta area, que e restrita para alguns profissionais.

A iniciativa dos proprietarios optarem pela fisioterapia e adescontentamento com varias tentativas de tratamento, sem obten<;ao deresultados

Oentre os casas acompanhadas 0 que mais chamou a atentyaa, devido amelhora do animal, fOI uma protusao de CI5 e C7 decorrida de trauma, onde aanimal no infelo nao se movimentava. Realizada a eletroestimulay8o e 0 laser,ap6s 03 semanas esse animal voltou a andar.

Page 50: TRATAMENTO DA DOEN

INTRODucAo

o estagio curricular obrigatorio consiste em atividades

supervisionadas, na area de Medicina Veterinaria que v;sam complementar a

aprendizagem adquirida pelo 0 aluno durante a curSQ de Medicina Veterinaria.

Este estagio e desenvolvido com a orienta~o de urn profissional habilitado,

proporcionando ao formando a integraryao dos seus conhecimentos te6ricos com a

experiencia pratica desenvolvida durante 0 periodo do estagio.

o estagio curricular obrigat6rio deve ser realizado apes cursadas

todas as disciplinas curriculares, totalizando uma carga horaria minima de 320

horas, 0 estagio curricular obrigatorio e indispensavel para a forma~o integral do

aluno e e uma oportunidade singular para a solidific8C;80 do processo de

ensino/aprendizagem do futuro profissional.

o Estagio foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, na CHnica

Veterinaria Vet Clinic, no periada de 04 de fevereiro a 02 de abril de 2002.

Sob a supervisao do Dr. Guilherme Carvalho, na area de Fisioterapia

em pequenos anima is, forarn elaboradas as seguintes atividades Tratamentos

com laser t.erapia; Eletroestimula98o muscular; Exerdcios fisicos.

Tendo como rnaior estatistica a Oisplasia coxo femural e a doenya de Legg

- Calve Perthes.

A seguir serao descritas algumas patologias acompanhadas.

Page 51: TRATAMENTO DA DOEN

LOCAL DE ESTAGIO

o estagio foi realizado na CHnica Veterinaria Vet Clinic, localizada na Pra98

Santos Dumont nO 6, Bairro da Gavea na cidade do Rio de Janeiro - RJ, no

periodo de 04 de fevereiro a 02 de abril de 2002.

A clinica passui 0 seguinte horario de funcionamento: de Segunda a Sexla-feira,

das 8:00 as 20:00 horas, sabados das 8:00 as 13:00 horas.

Dois veterinarios prestam atendimento a clinica: Dr. Rubem Bittencourt Cardoso

(especialista em ortopedia ) e Ora, Marcia Garses ( especialista em Dermatologia).

Ambos atuam na area cllnica, cirurgica de servit;:os tercerizados.

A clinica e composta de uma recepyao, dois consult6rios, uma sala de cirurgia,

uma sala de RX, uma sala de internamento e urn banheiro.

Dr. Gul1herme, 0 orientador profissional, do estagio realiza atendimento em

fisioterapia em pequenos animais na Vet Clinic nas segundas e quintas-feiras

hon3rio que fio acompanhado, nestes dias enos demais dias da semana com

varios atendimentos em domicilio.

Page 52: TRATAMENTO DA DOEN

1 UM pouce seBRE LASER

A palavra "LASER" slirgiu da frase em ing~s "Light Amplification by

Stimulated Emission of Radiation", all seja, ~Amplifjca~a.oda Luz par Emissao

Estimuladade Radia,ao". Esta Iliz amplificada posslli caracteristicas diferentes da

luz comum.

A luz branca (comum) e composta por ondas de varios comprimentos e a

radia,8o LASER Ii composta de apenas um comprimento de onda. 0 que Ihe

confere a caracteristica de monocromaticidade.

A radia,ao LASER apresenta-se de forma coerente. ao contrario da luz

comum que e incoerente. Uma outra caracteristica e a polariza9;§o da radia~ao

LASER. que permite uma dispersao minima. ou seja. uma emissao paralela. ao

contrario do que acontece com a luz comum. Isto perm~e focalizar pontos de

di,;metromu~opequeno. com uma lata concentra9ao de energie.

1.1 ABSORC;AO DA RADIAC;AO LASER

A absof9ao da radia9ao LASER de baixa pot~ncia e bastante discutida. Eo

um ponto de suma importancia. pOissem absof9ao da energia depositada pelo

feixe iaser nao ha efe~o. 0 estudo do comportamento destas radia90es toma--se

dificuldade devido ao fato de se tratar de radia9ao eletromagnetica incidindo no

corpo humano. Como sabemos, 0 corpo apresenta camadas e regiOes

Page 53: TRATAMENTO DA DOEN

heterogemeas, e ainda cada indivfduo pas sui estruturas peculiares que dificultarn

estabelecer pad roes do compartamento da radia980 propaganda pelos tecidos.

Primeiramente devemos considerar a conceita de penetra9~oda radia<;8o.

Alguns autores dizem que quanto maior a potencia de emissae, maier a

penetrar;aa. Ora, se isla fosse correta urn laser cirUrgico de C02 que trabalha com

alta potencia, nao fa ria incisoes de apenas 1 a 2 mm de profundidade.

Penetrada a radiayao, deve-se considerar os fenOmenos: Reflexao de parte

da radia,ao; d~usao de parte da radia,ao pelo estrato da pele em que se

encantra. Absor98o de parte da radiayao; transmissao de parte da radiar;80 para

Qutros estratos .

.1.2 TECNICAS DE APLlCA<;Ao

Pontual: consiste na irradiar;ao de um determinado ponto sobre 0 corpo

do paciente. Normalmente sao necessarios varios pontes para que toda area a ser

tratada seja irradiada. Normalmente, cada ponto se dist~ncia1 em do outro.

Uma vez determinada a dosagem ideal 0 tempo ja vern pn§-<Jefinido pelo

aparelho.

Tempo: na tecnica pontual 0 tempo ja esta definido para cada energia laser.

Varredura: tecnica poueo utilizada ja que na teenica pontu81 a energia

laser, uma vez definida, apresenta 0 tempo de aplicar;8o ideal.

Page 54: TRATAMENTO DA DOEN

1,3 ALGUMAS INDICA~OES E DOSES

A densidade energetica a sar ap!icada varia de acordo com 0 quadro a ser tratado

e com 0 tipo de paciente e regiao a ser irradiada.

Segundo COOLLS em "La Terapia Laser Hoy", podem ser usados como

orienta980 as seguintes parametros:

Eteito Analgesico ... ...... 2 a 4 joules/cm'

Eteito Anti-inflamatono 1 a 3 joules/cem'

Efeito Regenerativo ..

Eteito Circulatono ..

..........." 3 a 6 joules/em]

. 1 a 3 joules/cm2

Ainda segundo COOLLS, em situar;6es intlamatonas deve-se seguir 0

seguinte raciodnio:

Fase aguda.. .. doses baixas

Fase sub-aguda.. ...................... doses medias

Fase croniea doses altas

Segundo TRELLES, doses de ate 8 joules/em' t~m caracteristicas

estimulanles e aeima caracteristicas inibidoras.

As sess6es de tratamento podem sar feilas de diariamente ate

semanalmente de acordo com a necessidade. Como regra geral, urn tratamento

que n:lo apresente resultado ap6s a oitava a nona sessao deve ser interrompido.

Page 55: TRATAMENTO DA DOEN

Assim, cabe ao profissional raciocinar caso a caso, alterando as doses

durante 0 tratamento, modificando0 numero de sessoes adaptando 0 tratamento

ao paciente em questeo.

FIGURA 1 - FOTOGRAFIA DO APARELHO DE LASER

Page 56: TRATAMENTO DA DOEN

PATOLOGIAS OBSERVADAS DURANTE 0 ESTAGIO

CASOS CLiNICOS MACHO FEMEA

Displasia do Cotovelo 01

Espinha Bifida 01

Traumatismo 01

Hernia de disco 01

Dsteoartrose 02

Displasia Coxofemural 03 03

Doen<;a de Legg- Calve- 01 03

Perthes

09 07

Total de Casas 16

Acompanhados

Fonte. Clrnica Veterinaria Vit Clinica e atendimentos a domidlio.

Page 57: TRATAMENTO DA DOEN

1. - DISPLASIA DO COTOVELO

A displasia do cotovelo (DC) acomete elies machos e femeas de faixa eta ria

entre cinco e oito meses; e considerada urna das causas mais freqOentes da

doen9'l articular degenerativa (DAD) em elies (Huibrecotse.1994). A incongnuencia

articular e um importante fator para 0 aparecimento da DC (Read. 1993 ).

A complexa relay~o entre umero, radio e ulna, torna difieil a interpretacao dos

exames clinicos, vistos que alterayaes do ombro e do cotovelo podem produzir

sinais cHnices semelhantes e radiograficos da articulayao do cotovelo. Atualmente,

preconiza-se a avalia<;8o radiografica bilateral, com ambas as articulac;Oes em

Hexao de aproximadamente 45° e sobredisposi<;§o dos c6ndilos umbrais, nos

casos em que ha suspeita de DC (Mentsteze. 1995 ).

Essa afecc;ao pode ser objeto de tratamenlo conservador, repouSD e drogas

antiinflamatorias ou cirurgicD,mas apesar da pequena diferenc;a entre a evoluyao

clinica e pacientes tratadcs cirurgicamente e a evolw;:ao cHnica de animais

tratados de fonna conservadora, 0 tratamento cirurgico tern maior aceitayao.

Independentemente da oP9ao de tratamento adotada, e consenso que a

progressao da DAD sera observada em todos os casos ( Roy, 1994 ).

Page 58: TRATAMENTO DA DOEN

12- CASO CLiNICO

CASO 1

Nome LeaD

Raya Labradar

Sexa. Macha

Idade 08 anas

Historia·

o animal vinha sendo tratado tres semanas com corrente

eletromagnetica, an de segundo Dr. Guilherme iniciou sinais de melhora na

segunda semana (terce ira sess~o)

o casa do paciente comeyou a ser acompanhado no dia 04/02/02, Quarta

semana de tratamento. 0 tratamento era rea lizado duas vezes par semana,com

durac;ao de cinco a seis minutos, no cotovelo, na regiBo do olecrano diffiito

Dia 18/02/02 a Dr. Guilherme aptau pela mudan,a na tratamenta para

aprofundar mais 0 local, pois 0 animal nao apaiava 0 membro no chao. Iniciou

entao 0 tratamento com laser terapia, duas vezes par semana, durante cinco

minutos na regi80 afetada.

Dia 25/02102 0 proprietario retornou satisfeito com a proQresso do

tratamento, pois observou que seu animal estava apoiando 0 membro direito, mas

com dificuldade, Quando brincava, sentia dor e retirava °membra do chao.

o tratamento continua em anrlamento e sp.ra reatizado ate a animal nao

apresentar mais sinais de dar e possa continuar com todas as suas atividades

normais. Este case fo; acompanhado ate 0 dia 01104/02, Quando vinha

apresentado melhora gradativa.

Page 59: TRATAMENTO DA DOEN

p~ce~\~coron6tdemedWli

10

\\_.. . _. . . . \

Fig.I.1 - Disp1:tsia do Cotovelo ( Foto do animnl cnso 1- Leilo )

Page 60: TRATAMENTO DA DOEN

II

2- DISTURBIOS DA MEDULA ESPINHAL

2.1 - Espinha Bifida

Segundo ETTINGER, (1998), a espinha bifida resulla de uma falha

embriol6gica na fusao das duas metades dos processos espinhosos dorsa is das

vertebras. Embora a espinha bifida possa ocorrer em qualquer local ao longo do

canal espinhal, 0 segmento Iombossacro e a junC;8o sacrococcigea sao os rna is

frequentemente acometidos.

o desenvolvimento dos sinais neuro16gicos e variavel Quando 0$ sinais

clinicos estao presentes, induem a paresia dos membros posteriores,

incontinencia fecal e membrana, perda da sensac;Ao perineal e diminui980 do

tonus do esfincter anal. Nenhuma terapia esta disponivel.

Page 61: TRATAMENTO DA DOEN

12

2.1.1- CAse cLiNIce

Nome Pit-Pit

Raya SRD

Sexo. Macho

Idade : 06 anos

Hist6ria.

o animal vinha sendo tratado com corrente eh~trica - facilita<;:8o

neuromuscular ha urn ana. 0 acompanhamento deste case foi iniciado no dia

15/021102: eram fertas duas sess5es semanais, durante seis minutos, com 0 intuito

de diminuir a dar, notava·se que, quando a dar era intensa, 0 animal encontrava-

S8 prostado.

o tratamento indicado estendeu-se ate a final da vida do animal, pois como

nao existe urn tratamento efetivo, serao realizadas sessoes, semanais.

Page 62: TRATAMENTO DA DOEN

13

1. - DISFUNCAo AGUDA DA MEDULA ESPINHAL

3.1 - Traumatismo

Segundo GREESPAN.(1996),as lesOes traumaticas do canal espinhal sao

comuns, sendo rna is freqOentes as fraluras e luxac;oesda espinha e as protusoes

traumaticas de disco.

Contusao e edema grave da medula espinhal podem ocorrer

secundariamente ao traumatismo, mesma sem separa9ao dos asses do canal

espinhal.

3.1.1 - Caracleristicas Clinicas

Os sinais cHnicos associados ao traumatismo da espinha sao agudos e nao

agressivos. Em geral, as animais estao com dar e Qulras evidencias de

traumatismo (lacera96es, abras6es e fraturas ) podem estar presentes.

Os achados neurologicos depend em da localiza9lio e gravidade das lesOes.

o exame neuro16gico deve determinar a localiz8C;a.Oe extensao da Iesao espinhal,

mas nao deve ser feita a manipulayao excessiva do paciente ate que S8 determine

a estabilidade da coluna vertebral.

3.1.2 - Diagnoslico

o diagnostico de traumatismo e prontamente feito com base na histona e

achados fisicos. E importante determinar a habilidade do animal em perceber a

dor profunda em cada membra. As radiografias podem entao ser utilizadas para

localizar especificamente a les~o, avaUar 0 grau de Iesao medular e auxiliar no

Page 63: TRATAMENTO DA DOEN

,.,

prognostico. A espinha inteira deve ser avaHada radiograficamenle para lesoes

espinhais multiplas que podem nao ter sido detectadas clinicamente. Deve ser

tornado cuidado durante a radiografia para evitar a manipular;~o ou rotac;ao de

areas instaveis da espinha.

3.1.3 - Tratamento

o tratamento primario da les~o espinhal aguda envolve a administra<;:iio

inlravenosa imediata de corticosteroide altarnente soluveis, seguida da

administrayao de dexametasona par tn3s dias. Estudos controlados nao

demonstraram a eficacia do manitol, dimetilsuf6xido, naloxona ou outras

substfmcias quando administradas 45 minutos ap6s 0 traumatismo de medula

espinha1. E tambem crltica a avaliac;~o e tratamento de Qulras lesces

amea~doras a vida.

A cirurgia pode ser necessaria para estabilizar uma col una vertebral instavel

au para descamprimir a medula espinhal comprimida. Ocasionalmente, uma

contusao da medula espinhal nao associada a lesao 6ssea necessita de

descompressao cirurgica. A progressao dos sinais clinicos a despeito da terapia

medica podera indicar a intervencao cirurgica. A eutanasia e geralmente

recomendada em pacientes que possuam perda funcional completa caracterizada

pela perda da sensa<;:iio de dor profunda, tendo em vista 0 prognostico

extremamente mau para a recuperac;ao.

o cuidado intensivo de enfermagem e criticamente importante em casas

tratados de forma conservadora, assim como em pacientes que necessitem de

cirurgia. A colocac;ao de talas para a estabmzac;~o e 0 repouso forc;ado em jaulas

Page 64: TRATAMENTO DA DOEN

15

podem ser de grande ajuda. Sao necessarios cuidados meticulosos para prevenir

as ulceras de decubito e cistites.

3.1.4 - Proanostico

o prognostico para recupera,ao depende do local e gravidade da Iesao. Os

animals com movimenta9~o voluntaria lntaeta apos a leSaD possuem born

prognostico reservado para a recuperay8:o, embora possam ter algum deficit

neurologico pennanente. As lesces da substancia branca que produzem apenas

sinais de neuronio motor superior passu em malhor prognostico do que as les6es

que afetem neur6nios motores inferiores importantes. Nos animals que possuem

perda de sensayao de dor profunda, 0 prognostico para a recupera9ao e muito

mau. Em qualquer paciente, se nenhum sinal de melhora estiver evidente dez dias

ap6s a lesao, 0 prognostico e mau,

Page 65: TRATAMENTO DA DOEN

IG

1.2- CASO CLiNICO

Nome Juba

Raga. Poodle

Sexo: Macho

Idade 11 anos

Historia'

Proprietariu relala que seu anllnal n~() estava mais se movimenlando, par

tel' sido mordida par urn ROiwailler.

No dia 26/02iG2 iniciou..se 0 tratarnento, cum Eslilllula9~o Elebica, usando

uma corrente inlerfef'encial pOI 10 mir1utOS, na regi~oCe e C7.

Foi efeLuada a mobilizayc:lo da legi80 dorsal corn ulTI coiete. Foram

realizadas duas sessoes semanais de dnco minutos, duranie qualro semanas,

onde foram observadas meihoras. 0 animal em referencia apreseniava

incontinencia urinaria (indicado 0 uso de iraldas).

No dia 26/03/02, Toram diminuidas as sessoes (uma por semana), duranie

qualro minutos, bern como ioi retirado 0 colete.

No dia 01;04/02 0 animai retornou a ciinica e ja conseguia se apoiar com os

quatro membros, so mente necessitava ajuda para se ievantar. Foi suspenso 0

uso de fraudas, pois a inconLin~ncia estava controlada.

o tratamento esta em andamento, porem infelizn rente r lao pade ser

acorn pan had a ale a final, mas ate onde oDservado, ficou evidente 0 sucesso do

Iratall1ento.

Page 66: TRATAMENTO DA DOEN

17

Fig. 2 - Fase I - Paciente Juba - Disfun~ao aguda da Medula Espinhal

Page 67: TRATAMENTO DA DOEN

18

Fig. 2.1 - Fase II - Paciente Juba - Disfun9ao aguda da Medula Espinhal

Page 68: TRATAMENTO DA DOEN

19

Fig. 2.3 - Fase III - Paciente Juba - Disfun9ao aguda da Medula Espinhal

Page 69: TRATAMENTO DA DOEN

20

Page 70: TRATAMENTO DA DOEN

~I

4. - DOENCA DO DiSCO iNTERVERTEBRAL

4.1 - Hernia de Disco

Segundo ETTINGER, (1992), a ilerniacao 8guda de urn disco interveliebral

ocorre comumenie em caes e muito ral arllsnte em gatos. Eia e mais comumente

visla em cees de ragas pequenas CurT10 0 Dachshund, Poodle Toy, Pequines,

Beagle, Weish, Corgi, Lhasa Apso, Shih Tzu e Cocker SpanieL i\iestas fa98S, a

degenerayao condraide do disco inierverlebral, inciuindo a mineralizayao do

nucleo, acorre numa idade jovem (antes dos dais Glnos de idade). A extrus~o

aguda subsequenle do nucleo pulposo, por meio de urn anel rompido, resulta em

dar au compreens~o da meduia espinhai e deficits neurol6gicos. A ruptura do

disco e inicia dos sinais ciinicos agudos e ciassificada como disco de Hansen do

tipo 1. Os sinais clinicos causados peia extrus~o de disco em geral S8

desenvolvern aos Ires anos de idade.

4.2 - Caracteristicas Clfnicas

Alguns anima is sao apresentados com dor e sem deficits neurologicos

acompanhantes. Outros sofrem de lesao compressiva grave da medula espinhal

em consequimcia de exlrusao de disco e e apresentado com varios graus de lesao

da medula espinhal. Os sinais clinicos dependem da localiza9t1o da leseo espinhal

e gravidade da lesao medular.

A maiaria das extrusoes de disco ocorrem na espinha toracica caudal ou

iombar, com 65% de todas as les6es de disco ocorrendo entre T11 e L 2. As

extrusoes de disco intervertebral que causam compresseo da meduia espinhal

Page 71: TRATAMENTO DA DOEN

nesta regiao resultam em sinais de neuronio motor superior nos membros

posteriores com membros anteriores normais. A extrusao de disco intervertebral

em uma intumescimcia (C6 a T2 au L4 a S 2) resultando em sinais de neuronio

motor inferior nos membros correspondentes pode ocorrer e tern prognostico mau

para 0 retorno da funyao. A extrusao de disco caudal a vertebra L6 causando

compressao da cauda eQuina esta geralmente assodada a res posta positiva aterapia descompressiva. A doenc;a de disco cervical (C1 a C5) pode resultar em

sinais de neuronio motor superior em todos os quatm membros, embora maior

diametro do canal vertebral nesta regi~o tome incomum a compressao significativa

da medula espinhal secunda ria a extrusao de disco cervical, e a maio ria dos dies

apresenta dar cervical sem nenhum deficit neurol6gico.

A dor e uma caracteristica proeminente em caes com doen9a do disco

intervertebral. A dar e causada pelo material deslocado que irrita as ralzes

nervosas e as meninges. Os d!es com extrusao de disco cervical resistem amovimentac;ao ou manipulat;ao do pescoc;o e ficam de pe com a cabeya e

pescoC;o abaixados. Um membro anterior pode estar levantado se 0 prolapso de

disco cervical caudal resultar em irritayao das ralzes nervosas daquele membra au

espasmo dos musculos cervicais. A doen~ do disco toracolombar mais

caracteristicamente resulta no arqueamento do darso e ten sao dos musculos

abdominais, mimetizando dor abdominal como a que pode ser vista na pancreatite

au no abdome agudo cirurgico.

Alem da dar, a fraqueza au paralisia e comumente abservada na paciente

com extrusao aguda de disco intervertebral toracolombar. Em alguns caes, esta

presente a evidencia de dar au fraqueza por alguns dias au semanas antes que

um traumatismo leve au movimenta<;8o resulte em paralisia. as sinais

neurol6gicos observados sao em geral bilateralmente simetricos.

Page 72: TRATAMENTO DA DOEN

23

4.3 - Diagnostico

A disfun<;80 neurologica causada por doen<;a de disco 13 diagnosticada com

base na identificayao do paciente, anamnese, exame fislco e achados

neurologicos. Os principais diagnosticos diferenciais a serem considerados sao 0

traumatismo e 0 embolismo fibrocartilaginoso, mas os achados clinicos e a

anamnese geralmente tornam aparente a doenc;a de disco. 0 exame neurologico

e a detecyao de uma area especifica de dar espinhal podem ser utilizados para

localizar a lesao em uma regiao particular da medula espinhal. As radiografias

podem ser enUio tiradas para confirmar a lesao. As radiografias devem ser tiradas

mesmo se a intervenc;ao cirurgica nao estiver indicada, pOis elas fornecem uma

base para compara9ao de estudos futuros. 0 posicionamento cuidadoso do

espac;o do disco suspeito no centro do feixe, com 0 animal anestesiado, 13

necessario para 0 perfeito diagnostico.

Nem todos os discos intervertebrais herniados sao aparentes nas

radiografias de ratina. A observac;ao de urn espac;o de disco calcificado confirma a

presen<;a de doenya de disco intervertebral, mas nao indica 0 local de extrusao.

As mudan98s radiograficas consistentes com herniay:io de urn disco intervertebral

incluem espac;o de disco diminuido ou forame intervertebral pequeno au mal

delineado ("cabe,a de cavalo") Diminui<;ao das articula<;6es facetadas e

densidades calcificadas no interior do canal vertebral acima do espac;o do disco

envolvido. A mielografia pode ser necessaria para localizar definitivamente urn

disco intervertebral deslocado em pacientes em que a cirurgla estiver indicada. Se

apenas uma lesao estiver evidente nas radiografias simples e essa lesao estiver

consistente com os sinais neuro16gicos abservados e dor localizada, a mielografia

nao e necessaria. Contudo, e absolutamente essencial que a lesao seja

positivamente identificada antes da interven~o cirurgica.

Page 73: TRATAMENTO DA DOEN

4.4 - Tratamento

o tratamento pode ser clinico ou cirUrgico. 0 repouso estrito e prescrito

para urn padente que apresente urn unico episodio de dar dorsal sem deficits

neurologicos. Sa a dar for grave, podem ser administrados corticosteroides, pois

estes podem diminuir a daf, resultando em maior atividade e maior risco de

pro lap so adicional do material do disco. Em geral, S8 fcrem utilizados

corticosteroides, a animal deve sar mantido hospitalizado par uma semana para

fon;:ar 0 repouso na jaula. Sao recomendadas mais duas semanas de

confinamento na jaula em casa, seguidas par mais tres semanas de

confinamentos em casa e exercfcios na ecleira.

A maioria dos caes jovens em raGas de alto risco para esta doenc;a,

recupera-se de seu primeiro episodio de dar dorsal toracolombar, mas entao terao

episodios repetidos de dar se a cirurgia n:3o for realizada. Esses caes sao

candidatos a fenestrayao profilatica do disco caso a dar se resolva com a repouso

na jaula. A dar persistente e uma indicar;ao para a mielografia, laminectomia

descompressiva e fenestrayao.

Caes com dar aguda causada par doenya de disco cervical sao tratados de

forma canservadora conforme descrito, mas nao sao rotineiramente fenestrados

se responderem bem ao repouso na jaula. Se a dor persistir, a despeito do

repouso na jaula, S8 a dor for um problema recidivante au se deficits

proprioceptivos estiverem presentes, urn mielograma seguido par cirurgia de

sulcamento ventral e fenestrayao estao indicados.

Caes que possuam dor taracolombar aguda, anormalidades proprioceptivas

e fraqueza dos membros posteriores, mas que ainda possam suportar 0 peso e

andar sao tratados com corticoster6ides e repouso restrito no hospital. Os caes

sao monitorados cuidadosamente a e cirurgia descompressiva e realizada se os

sinais neurologicos piorarem. Qualquer cao que nao responda ao tratamento

conservador dentro de cinco a sete dias deve ser considerado candida to acirurgia.

Page 74: TRATAMENTO DA DOEN

25

Caes com deficits proprioceptivos e motores graves que n~a pass am

suportar a peso ou andar par ocaslao do exame inicial necessitam de

corticoterapla e descompressao cirurglca irnediata. Qualquer dernora da

descornpressao piora 0 prognostico nesses casas. Os caes devern ser avaliados

cuidadosamente para a percep<;ao consciente de dor profunda. Se a animal

estiver verdadeirarnente insensivel a dor per mais de 48 horas, a prognostiCQ para

a recuperac;ao, a despeito da terapla, e rnau e a eutanasia e recornendada. Caes

que possuam perda da percepyao de der profunda por urn periodo mals curto tern

prognostico reservade para a recupera<;a.a. Mais de 50% desses caes recuperarn-

S8 e conseguem caminhar, embera possam pennanecer deficits neurologicos

significativos. A cirurgia explorat6ria eo recomendada para a descempressao e

incisao da dura-mater. A eutanasia e recomendada se for detectada mielomalacia

significativa durante a cirurgia.

o tratamento pos-cirurgico de caes com deficits neurologicos secundarios aprotrusao de disco envolve bons cuidados gerais de enfennagem. Os animais sao

mantidos Hmpes e confinades, com exercicios supervisienados, conforme 0

desejado. Doses anWnflamatarias de corticoster6ides sao administradas par via

oral duas vezes ao dia durante dais dias. Os cuidados com a bexiga sao

irnportantes para prevenir a cistite e promover um retorno a funyaa normal. 0

esvaziamento completo da bexiga pel a menes quatro vezes por dia, mediante

compressao manual au cateterizac;ao, e necessaria naqueles pacientes que

perderam a funyao vesical. A rnassagem dos rnembros e a fisioterapia passiva,

incluindo a abduc;ao dos membros, poderao ajudar a prevenir a atrofia

neurog~nica e fibrose muscular no paciente paraplegico. Urna vez que a incisao

de pele tenha cicatrizado, a natayao pode ser instituida para encorajar a utiHza~o

precoce dos membros. A melhera na func;:ao neurologica em geral ocorre uma

semana apas a cirurgia. Se nao houver nenhuma melhora apas 21 dias, 0

prognostico para a recuperac;~o e mau.

Page 75: TRATAMENTO DA DOEN

2('

4.5 - Prognostico

o prognostico para a recuperac;ao e bom quando as arientac;5es descritas

acima sao utilizadas para determinar 0 tratamento.

Page 76: TRATAMENTO DA DOEN

27

4.6 - CASO CUNICO

NOME. Tuca

Ra9a Dachshund

Sexa. Femea

Idade 07 anas

Historia.

Foi realizada Laminectomia, em janeiro, sendo indicado para tratamenta, 0

uso de Corrente Eletrica para FacilltaG80 neurovascular.

o animal vinha sendo tratado ha dais meses. No dia 14/02/02 fai iniciado a

acompanhamento do animal junto com 0 veterinario; corrente eh~trica era utilizada

nos membros pasteriores, duas vezes por semana, durante cinco minutas.

Foi indicado a nataG8o, com intuito de se obter uma melhora mais rapida;

iniciou-se ainda massagem com escovay8o para melhorar a estimulaG80 dos

membros.

o animal apresentou uma pequena reacao motora ao teste de Babinski,

respondendo ao estfmulo. Naa ha previs8a para 0 final do tratamento.

Page 77: TRATAMENTO DA DOEN

28

Fig. 3 -liustra9ao do Paciente Tuca.Doen9a do Disco Intervertebral

Page 78: TRATAMENTO DA DOEN

29

Fig. 3.1 - lIustray~o do Paciente Tuca.Doenya do Disco Intervertebral

Page 79: TRATAMENTO DA DOEN

lU

5. -- OSTEOARTROSE

Segundo GREESPAN, (1996) tambi!m conhecida como Artrose, artrite

degenerativa, osteoartrite, e uma doenca articular que S8 caracteriza par urn

desgaste nas cartilagens que revestem as articulacOes.

5.1 - Causa

Artrose Primaria: Causa desconhecida, com 0 envelhecimento e sobrecarga

mec~nica sobre as articula¢es a cartilagem enfraquece e sefre desgaste.

• Artrose Secunda ria: Causada par traumatismos articulares (fratura), infecc;ao

articular, necrose avascular (infarto 6sseo), doenc;as inflamat6rias, doenc;as

metab6ticas (gata) e hemarr;igicas (hemafilia).

5.2 - Sinais Clinicos

Inicia-se com dar, principal mente aos movimentos, esfon:;o fisico au

perman~ncja de pe (quando acamete membros inferiores). Existern period os de

melhora espontanea, intercalados com periodos de piora.

Com 0 passar dos an os a dar tende a ser mais frequente e mais intensa,

limitando 0 uso do membro e das articulac;oes acometidas.

Articulac;oes rnais afetadas na osteoartrose primaria: quadril, joelho,

tomozelo, coluna lombar, coluna cervical, punho, dedos da mao (polegar

principal mente).

Nos casas avam;ados a paciente apresenta dar persistente mesmo durante

a repouso; tambe-m apresenta rigidez e em alguns casas deformidade articular.

Page 80: TRATAMENTO DA DOEN

31

5.3 - Tratamenta

Infelizmente a cartilagem lesada naa se regenera e a artrose, uma vez

estabelecida, tende a evoluir com desgaste progressivo da cartilagern articular.

5.4 - Tratamenta Conservador

• Usa de antiinfiamatorias: Para reduzir a dar e a processa inflamatorio articular.

Madificac;tla da atividade: E fundamental evitar a sobrecarga mecanica das

articuJacOes acometidas.

Fisioterapia: Para reduzir a dar, manter born grau de mavimento na articula<;ao

e fartalecimento muscular evitando rigidez e deformidade articular.

5.5 - Tratamento CiriJrgico

Deve ser indicado em casas especificos, ostentonias, artroplastias ou

artradese, sao ap<;Oes disponlveis.

Page 81: TRATAMENTO DA DOEN

32

5.6 - CASO CLiNICO

Nome: Dabe

Ra,a: Doberman

Sinais: Oor

Sexa: Macho

Idade: 08 anas

Hist6ria:

Havia indicac;ao de doze sessoes de Corrente Eh~tricaMagmHica. No dia

18102/02 fOI iniciado 0 acompanhamento do animal, que submetido a duas

sessoes per semana, com durayao de sete minutos cada entre a L 7 - C1 e L2 -

L3, nao estava respondendo ao tratamento.

o tratamento esta em andamento e segundo 0 veterinario sera incluida a

laserterapia, para se obter um melhor resultado.

Page 82: TRATAMENTO DA DOEN

33

Fig. 4 -liustra9Ao do Paciente Dobe - Osteoartrose.

Page 83: TRATAMENTO DA DOEN

3·1

6. - D1SPLASIA COXOFEMURAL

Segundo GENDREAN (1977), E um desenvolvimenlo anonmal da articula<;1\o

coxa femural, sendo geralmente bilateral. A causa mais comum e de osteoartrite,

capsulite, sinavite nessa articulayao.

Areta mais as caes de racyas grandes e gigantes, sem predisposicao de sexa.

Ocorre a medida que a desenvolvimento e a maturacao muscular se atrasam com

relayao a taxa de crescimento esqueletico.

6.1 - Sinais Clfnicos

A sintomatologia aparece principalmente entre quatro e sete meses de

idade e se basela na dar, claudicagaa, maior dificuldade de locomoc;ao em

superficies lis as, atrofia muscular, mobilidade excessiva ou reduzida, dependendo

da fase (aguda au cronica, respeclivamenle) e crepilayao ao exame clinico da

articula~o. 0 diagnostico e realizado somente com 0 auxilio de exame

radiografico, mediante posicionamento correto. Esse posicionamento e

conseguido, principalmente, atraves da anestesia geral, ja que estamos frente a

uma patologia muitas vezes dolorosa e de urn cao geralrnente grande. No que se

refere ao equiparnento radio16gico sugere-se aqueles de dimensoes nao multo

reduzidas.

6.2- Tralamenlo Cirurgico

E feilo a remo<;1\o da cabeya e colo femoral (Artroplaslia ).

Page 84: TRATAMENTO DA DOEN

6.2- CASO CLiNICO

Nome: Mandi

Ra,a: Labrador

Sexo: Macho

Idade: 12 anos.

Historia'

o proprielario oplou par Iratamento com Laserterapia, com receio da

anestesia devido a idade do animal. 0 animal vinha sando tratado ha seis meses.

No dia 12/02/02 foi iniciado a acompanhamento do caso.

Era realizado 0 laser duas vezes par semana, na regiao do acetabula

bl1ateral, durante seis minutos.

Foi solicitada ao proprietario restriyao aos exercicios, para que 0 animal n:io

foryasse as membros.

Page 85: TRATAMENTO DA DOEN

631-QA§Q2

Nome: Feroz

Raga: Labrador

Sexo: Macho

Idade: 07 anos

Hist6ria:

Foi realizada em janeiro a ressecyao da cabe<;a do femur, do membro

direito, mas segundo 0 proprietario, 0 animal mancava e sentia intensa dor no

membro.

Foi indicada a Lasefterapia na regiao afetada durante sete minutos. duas vezes

par semana.

o animal parOLI de mancar na quinta sessao, (terce ira semana).

Infelizmente 0 caso nao podendo ser acornpanhado ate 0 final do tratamento nilo

podendo ser afirmado se a melhora observada na terceira semana progredili.

Page 86: TRATAMENTO DA DOEN

37

T••

.•......••. Asa iliaca

Cabe«a femoral-Sordo .......•....•.•.••acetabular .dorsal .•..• " '" Colo femoral

.•.. "'Foramenobturador

Patela

Sulco hoclear

Fig. 5 - lIustrayao de Disptasia Coxofemural.

Page 87: TRATAMENTO DA DOEN

38

7- DOENCA DE LEGG- CALVE- PERTHES

Segundo GATTERALL (1982), E conhecida como diversos outros names,

como doenc;a de Legg - Perthes au de Calve - Perthes, osteocondrite juvenil e

necrose avascular. A doenya de Legg- Calve - Perthes e urna necrose asseptica

nao inflamatoria da cabec;a e colo femurais, que acamete c~es de raC;8s de

pequeno porte. N~o S8 conhece com certeza a callsa de tal necrose.

Em todos os casas, 0 OS50 da cabe<;:a e colo femorais, sefre necrose e

deformayao durante esse period 0, a dar e manifestada, machos e femeas sao

igualmente afetados,

As rac;as Toy e Terries sao as anima is mais susceHveis.

7,1 - Sinais

FreqOentemente, a primeira anormalidade observada e a irritabilidade. 0

animal pode mastigar 0 flaneD e a area coxofemural. Pode haver dar nos quadris,

especialmente quando S8 faz abduyao.

6,3- Tratamento

E cirtirgico, onde S8 faz a excisao da cabec;a e colo femorais.

Page 88: TRATAMENTO DA DOEN

19

6.4- CASO CUNICO

Nome: Penelope

Raya: Yorkshaire

Sexo: Femea

Idade: 03 anos

Historia:

o tratamento com Laserterapia foi iniciado ha dois meses. Come~ou a ser

acompanhado 0 animal no dia 04102102, 0 Laser era feito na regiao do acetabulo,

durante cinco minutos, duas vezes par semana. As sess6es fcram realizadas ate a

dia 01/04/02, quando foram suspensas, devido a melhora, pais 0 animal ja nao

mancava e nao sentia dor. Fai recomendado que S8 as sinais clinicos S8

manifestassem nova mente, 0 tratamento deveria ser retomado.

Page 89: TRATAMENTO DA DOEN

40

Page 90: TRATAMENTO DA DOEN

41

Page 91: TRATAMENTO DA DOEN

7. - CONCLUsAo

A realiza<;ao do estagia fo; bastante proveitosa, Pois S8 pode observar

casas concretos, de melhoras em animais quase sem perspectiva de qualidade de

vida.

As atividades desenvolvidas foram de tal maneira eiLJcidativa e deslumbrantes que

me motivaram a estudar al9m dos conteudos adquiridos durante a 8sta9ia.

Nada substitui a experiimda de urn estagio, en de S8 vivencia na pratica a

teeria adquirida dentro da universidade, alam disso, 0 estagio e um instrumento

"nico de integra,ao Escola/mercado de trabalho e de aperfei,oamento cientifico e

humane.

Durante esle periodo de estagia, conduiu·se que 0 tratamento de fisioterapia,

apesar de mais longo, em noventa par cento dos cases tern a mesma result ado do

tratamento cirurgico .

.A grande vantagem do tratamento de fisioterapia e ere que pode ser

realizado em animais cardiopatas e de idade avan~ada, n~o sendo um tratamento

traumatico nem sendo necessaria a usa de medicamentos.

Page 92: TRATAMENTO DA DOEN

9 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

COLLS, J. La Terapia Laser, Hoy. Barcelona: Centro Documentacion Laser deMedilec, 1984.

EDINGER. S. J. Tratado de Medieina Interna Veterimiria - Molestias do cao edo gato. 3 ed. Sao Paulo: Manole, 1992.

GREESPAN, A. Radiologia Ortopediea. 2 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1996.