tratamento da doen
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACIH nADE DE CIENCIAS AGRARIASc!J~sa~~MEtHC!NA V£"'!"=~!!-!AR!!\
TRATAMENTO DA DOEN<;:A DE LEGG-CALVE-PERTHES
EM cIIES ATRAVES DA IRRADIA<;:AO A LASER
CURITIBA
2002
DANUZA CHAMECKI RIGLER
TRATAMENTO DA DOENi;A DE LEGG-CALVE-PERTHES
FM CAES ATRAV(O!': DA IRRAOIAc;:Ao A LASER
Monografia apresentada comorequisito parcial is obten~ao do titulode Medico Veterinario pelaUniversidade Tuiuti do Parana, doCurso de Medicina Veterinaria.
Orientador: Prof. Sergio Jose. M.Bronze
r.URITIBA2002
TERMO DE APROVA9AO
DANUZA CHAMECKI RIGLER
TRATAMENTO DA DOEN~A DE LEGG-CALVE-PERTHES
EM CAES ATRAVE!' DA IRRAnlA9Ao A LASER
Monografia apresentada como requisito para obten<;ao do titulo de MedicoVeterinario no Curso de Medicina Veterinaria da Universidade Tuiuti do Parana.
Orientador: Prof.: Sergio Jose M. Bronze
Curitiba, 25 de abril de 2002
Aos meus pais e irmas pefo apoio e incentivo. A minha equipe de estudo,
pe/a compreens~o, amizade e carinho. A Jully, meu cachorrinho, que sempre esteve
ao meu lado e ao Schummy. que durante 0 meu estagio foi meu companheiro.
Agradec;o aos professores da Universidade Tuiuti do Parana, pelos
ensinamentos que me repassaram. Em especial, ao Dr. Sergio Jose MeirelesBronze, meu orientador desta monografia e Dr. Guilherme E. F. Carvalho, meu
orientador profissional.
EPiGRAFE
Quer na adversidade, quando 0 dinheiro S9 nos acaba ou a sorte nos vira ascostas de algum Dutro modo e as amigos nos abandon am, 0 CaD, aD regressarmos
ao laf, nos reeebe sempre com a mesma alegria.
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS .
LlSTA DE ABREVIATURAS.
RESUMO.
INTROOll~AO
1 DOEN<;A DE LEGG - CALVE - PiRTnE5 (Di-CPj .
2 UM POUCO SOBRE LASER.
2.1 ABSOR~AO Oil. RADIAC;;AO LASER.
2.2 TECNiCAS DE APi..iCA.;AO .
2.3 ALGUMAS INDICA(:OES E DOSES.
3 JUSTiFiCATiVA.
vii
viii
iv
266789
4 OBJETIVOS.
5 REVISAO DA LlTERATURA .
CONCLUSAO.
REFERENCIAS
111124/5
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FOTOGRAFIA DO APARFLHO OF LASFR . 9
LlSTA DE A8REVIATURAS
ATP Adenosina Trifosfato
ASGA Arsenato de Gatio
AsGaAI Arseneto de galio aluminio
DLC Doen", de Legg - Calve - Perthes
DNA Acido rlesoxirribonuclp.ico
FDA Falor acelerador de desintegra,.ao
HeNe Helio Ne6nio
jtem' joulec:: por centimetro quadn:ljrlo
mm milimetromw miliwolies
PGE2 Prostaglandina ao quadrado
RNA Ar.ido ribont Jcleico
% Por eento
RESUMO
A doen9a de Legg-calve Perthes (DLCP) e 0 nome aplicado a osteonecrose(necrose isquemica) da epifise proximal do femur. Sendo a etiologia prov8vel, 0
tamponamento dos vasas subsinoviais intra-capsulares que irrigam a cabeg8 dofemur; ande somente 25% dos dies afetados S8 recuperam da claudic8c;ao portratamento conservados classico e 67% por tratamento cirurgicos. Este trabalhobusea demonstrar as alterayoes radiograficas e cHnicas observadas em ca8s comDLCP submetidos a irradia9ao com lases de baixa intensidade. Em todos as animaisutilizou-se 0 mesma oroto(:()lo aoHr.~ndo-sp. 3i/cm2 riA irraciiAr.~o sobre 0 trocantemaier e sabre 0 ponte medio d~ trocante maier e a borda s~perior de ace!abulo,serlipi8 no meTilbro aidado COiYI intervaios de 4 dias.Foram feitas radiegrafias seguidas de exame cHnice com 2 e 4 meses apos usointerrupte da irradiac;ao. Apos 2 meses de irradiac;ao encontrou-se 96% dosindividuos com diminuic;ao de radiotransparencia; 50% com radiodensidade normal;84% com diminuic;ao algica; 76% com diminuic;ao da claudicac;ao; 50% com terminoda claudicayao, e 25% com consolidayao das fraturas. Apos 4 meses de irradiac;aoencontrou-se 100% com diminuic;ao de radiotransparemcia; 94% com diminuic;aoalgica; 96% com diminuic;ao da claudicac;ao; 94% com termino da claudicac;ao; 50%com consolidac;ao das fraturas. 0 metodo utilizado mostrou-se eficaz quandocom parada ao tratamento conservador e tambem quando 80 tratamento cirlirgico,demonstrado ser viavel, de facil utilizac;.3o com risco ou quase nulo.
INTRoou<;:Ao
A DLCP e comumente encontrada nos caes adolescentes de ra~s pequenas
de ambos as sexos
E uma nl?l.ro~e 8sc:p.rtiGB n~o-inflamatoriada cabeC-<Ie colo femofr:ll. a causa
e desconhecida
1 DOEN<;:ADE LEGG - CALVE - PERTHES (DLCP)
T ambem conhecida par diversos Qutros names, como doenS:8 de Legg-
Perthes ou de Calve-Perthes, osteocondrite juvenil, necrose avascular da cabe~a do
lemur (OLMSTEAD,1987).
Nos caes, a DLCP aparece entre 3 e 13 meses de idade, com predile~ao
racial (Ra~as de Pequeno Porte), nao apresenta predile~ao por sexo, os membros
direito e esquerdo tern 0 mesma envolvimento e em ambos os membros a media
esta em 12% de acontecimento (LEE, 1969; OLMSTEAD, 1995).
No hom em, a OLep acamete crianc;:as entre 4 e 8 anos de idade com maior
Irequencia em meninos do que em meninas (GREESPAN,1996).
o exame radiogralico e essencial para 0 diagnostico da DLCP e para a
identilica~ao de seus sinais prognosticos (GREESPAN, 1996).
Sendo a 8tiologia prov8vel, 0 tratamento dos vases subsinoviais intra-
capsulares que irrigam a cabec;:a femoral, proposta para explicar a isquemia.
E mais provc3vel a comprometimento vascular temporario e nac definitivo com
destrui980 vascular permanente, devido a fibrose reparativa e a atividade
osteoblastica que se seguem a lase de necrose da doen~a. (BOJRAB, 1996). Em
crianc;:as, os achados radiogn3ficos da OLep fcram posicionados em quatro grupos
por CATIERALL, segundo a gravidade da lesao. Nao somente como meio auxiliar
ao prognostico, mas tambem como diretriz para a metoda terapeutico a ser
empregado.
•
Em caes LJUNGGEN classificar os achados radiogr;;lico da DLCP em cinco
grupos segundo a gravidade das lesOes para que fassam diferenciados as
altera,oes radiogr;;licas precoces das avan,adas (BOJRAB, 1996).
No homem, a tratamento conservador consiste em minimizar a sinal/ite e suas
seqOelas de dar e rigidez, utiliza·se uma associayao de sustentac;ao, au nao, do
peso, trac;ao, tratamento anti-inflamatorio nao·ester6ide e exercicios suaves para
remodelagem da cabe98 do femur (SAETER, 1970).
No cao, nao foi leita qualquer tentativa para determina9lio do prognostico ou
escolha do metoda de tratamento pela radiologia, pois espera-se que a DLCP
progrida radiologicamente e clinicamente, independente do metodo de tratamento
conservador (BOJRAB, 1996)
o que demonstrou que em ambas as especies a tratamento conservador epouco eficaz, sendo que no caD a doenc;.a S9 apresenta de forma rna is severa, nao
respondendo a terapeutica conservadora.
Somente cerea de 25% dos ca9s afetados S9 recuperam da claudicayao ap6s
varios meses de tratamento conservador constituindo de repouso, exercfcios
limitados boa nutril'ao e medicamentos analgesicos (WARREN, 1972).
Na crian9Cl, a enfoque tern sido direcionado a conten~o da cabe9Cl do femur
dentro do acetabulo. Apesar desta teoria ser aplicavel ao cao, a cirurgia e 0
tratamento de escolha para esta enlermidade (WHITTICH, 1990).
o termo "laser" e urn acr6mio para Light Amplification By Stimulated Emission
01 Radiation (amplilica9lio da luz pel a emissao estimulada da radia9iio). Criado por
Einstein em 1916 e utilizado como fun¢es terapeuticas pela primeira vez par
THEODORE MAINMAN em 1960 (MICHLOVITZ, 1990).
As caracteristicas da radia9aO a laser sao: monocrorn.atica (uma 56 cor),
emitindo apenas corrente eletromagnetica em um comprfmento de onda especffico
na collmayao praticamente inexiste qualqller divergencia da radia~o emftida (feixe
de protons - ou de luz - e paralelo); coerencia, temporal e espacial, as depressoes e
picas das andas de !uz emitictas encaixaram-se perfeitamente no tempo e no
espa90.
Laseres de baixa intensidade e uma denominayao generica dada a aplica920
terapeutica de lase res monocromaticos que tenha baixo comprimento de onda
(menor do que 500mw) e que utilizem menos Que 35 jlcm2, geralmente r.onsiderada
baixa para produzir qualquer tipo de aquecimento detectavel no tecido irradiado.
Este tipo de laser apresenta os seguintes efeitos bioqufmicos: estimulam a
libera980 de substancias como a histamina, serotina, etc; modificam as rea¢es
enzimaticas normais; estimulam a produ9ao de ATP intracelular e mitocOndreas
acelerando as mitoses; apresenta tambem at;ao fibrinol itica. as efeitos bioeletricos
sao: normalizayao do potencial da membrana celular e os efeitos bioenergeticos sao:
estimulos dos niveis de trofismo e fisiologismo (COllS, 1984).
Exislam atualmente tres principais tipos de laser: helio neonio (HeNe) com
632,8 nm de comprimentos de onda, considerado superficial com penetrag80 de 5
mm; arseneto de gali (AsGa) com penetrayao aproximada de 15mm, ° alllmfnio
(AsGaAI), tambem considerado profunda com penetra920 aproximada de 15 mm.
Tendo ambos cornprimentos de onda situado entre 630 e 950 nm (PRENTICE citado
por MICHOVITZ, 1990).
Vanos estudos demonstraram efeitos positiv~s na acelerayao da cicatrizagao,
reparo e oclusao de feridas, aumento na forma920 de tecido de granula9aO em
trabalhos experimentais em ratos e camundongos. Lest>es musculares (MESTER,
1985: LYONS, 1987), queimadura (ROCHITING, 1939), lesces tendinosss
(ENWEMARK,1990) e feridas cut~neas abertas de varios tipos (HAIMA,1982,
MESTER, 1985, ALBERGUE,1987),
Estudos tambem demonstram rela~o illlportante entre absor~o de cada tipo
de laser (Coillprilllento de onda) pelo tecido biol6gico com os cram6falos existentes
em cada tipo de tecido, 818m de haver dependEmcia da dose aplicada na pradu~o
de altera<;6es regenerativas (AMARAL. 1998),
o laser de Helio neonio (HeN e) talllb8m foi usado experilllentalmente com
sucesso aumentando a vaseularizayao e acelerayao na forma9ao de teeido 6sseo
(TRELLES, 1987 citado por MICHLOVITZ, 1990),
o exame de biopsia de feridas experimentais para determinar a atividade das
prostaglandinas e estabelecer 0 efeito da estimulayao com laser sobre 0 processo
inflamat6rio demonstrou diminuir;l\o de PGE2 (CASTEL, 1985),
o PGE2 age como percLirsor na forma<;ao do tramboxano (GUYTON, 1996),
Os niveis de fibrogenio plasmatico aumentados pela lesao teeidual sao
reduzidos aos valores normais pelo uso do laser na area lesionada,(CAMPANA.
1998),
A irradiay80 de laser de HeNe durante a regenerayao mLlsculo-esqueletica
promove 0 processo de neoforma~o vascular na zona lesion ada. A recente
revasculariz89flo da zona lesion ada nos mLlsculos irradiados com laser podem
explicar a rapida maturar;ao das estruturas miog~nicasna regeneray80 da area
(BIBIKOVA,1994)
2 UM POUCO SOBRE LASER
A palavra "LASER" surgiu da Irase em ingles "Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation", au seja, "Amplific8g8o da Luz par Emissao
Estimulada de Radiag8o" Esta luz amplificada possui caracterfsticas diferentes da
luz comum
A luz branca (comum) e composta par ondas de varios comprimentos e a
radia980 LASER e composta de apenas urn comprimento de onda, 0 que Ihe confere
a caracterfstica de monocromaticidade.
A radiagao LASER apresenta-se de forma coerente, ao contrario da luz
comum que e incoerente. Urna Qutra caracteristica e a polariz8C;8o da radiac;ao
LASER, que permite urna dispersao minima, ou seja, urna emissao paralela, ao
contrario do que aconteee com a luz comum. Isto permite focalizar pontcs de
diametro muito pequeno, com uma lata concentraC;8o de energia
2.1 ABSORc;:AO DA RADIAc;:AO LASER
A absoryao da radiaC;8o LASER de baixa pote'lcia e bastante discutida. E um
ponto de suma importancia, pois sem absorC;8o da energia depositada pelo feixe
laser nao ha efeito. 0 estudo do comportamento destas radiac;6es torna-se
dificuldade devido ao fato de se tratar de radiaC;8o eletromagnetica incidindo no
corpo humano. Como sabemos, 0 corpa apresenta camadas e regi6es
heterogeneas, e ainda cada individuo possui estruturas peculiares que dificultam
estabetecer padr6es do comportamento da radia~o propagando pelos tecidos.
Primeiramente devemos considerar a conceito de penetrayao da radiac;ao.
Alguns autores dizem que quanto maior a palencia de emissao, maior a penetrac;~o.
Ora, se isto fosse correto um laser cirurgico de C02 que trabalha com alta potencia,
nao faria incisoes de apenas 1 a 2 mm de profundidade.
Penetrada a radiac;ao, deve~se considerar os fen6menos: Reflexao de parte
da radia~o; difusao de parte da radia,ao pelo estrato da pele em que se encontra.
Absor,ao de parte da radia~o; transmissao de parte da radia,ao para outros
estratos.
2.2 TECNICAS DE APLlCIlc;:Ao
Pontual: consiste na irradiac;ao de urn determinada panto sabre a corpo
do paciente. Normalmente sao necessarios varios pontos para que toda area a ser
tratada seja irradiada. Norrnalrnent.e, cada ponto se dist~ncia 1 cm do outro.
Urna vez determinada a dosagern ideal a tempo ja vern pre-definido pelo
aparelho.
Tempo: na tecnica pontual a tempo ja esta definido para cada energia laser.
Varredura: tecnica pouco utilizada ja que na tecnica pontual a energia
laser, uma vez definida, apresenta 0 tempo de aplicac;ao ideal.
2.3 ALGUMAS INDICAC;:OESE DOSES
A densidade energetica a ser aplicada varia de acordo com 0 quadro a sar
tratado e com 0 tipo de paciente e regiao a ser irradiada.
Segundo COOLLS em "La Terapia Laser Hoy", podem ser usados como
orientac;ao os seguintes para metros:
Efeilo Analgesico ..
Efeito Anti-inflamatorio ..
Efeito Regenerativo
Efeito Circulat6rio ..
...2 a 4 joules/crr?
.1 8 3 jOllies/cern'
...3 a 6 jouleslcm2
...1 a 3 joules/cm2
Ainda segundo COOLLS, em situa<;6es inflamatorias deve-se seguir 0
seguinte raciocinio
Fase aguda doses baixas
Fase sub-aguda.. .. doses medias
Fase cr6nica.. . doses altas
Segundo TRELLES, doses de ate 8 joules/em' tern caracteristicas
estimulantes e aeima caracterfsticas inibidoras.
As sessOes de tratamento podem ser feitas de diariamente ate semanalmente
de acordo com a necessidade. Como regra geral, urn tratamento que nao apresente
resultado ap6s a oitava a nona sess:3o deve ser interrompido.
Assim, cabe ao preflssional raciocinar case a caso, alterando as doses
durante 0 tratamento, modificando 0 numero de sess6es adaptando 0 tratamento ao
paciente em questao.
FIGURA 1 - FOTOGRAFIA 00 APARELHO DE LASER
3 JUSTIFICATIVA
A DLCP Eo objeto de grande importimcia devido a sua morbilidade
relativamente alta, alem do interesse multidiciplinar por ser estudada tanto na
ortopedia humana quanto na ortopedia animal, pois niio hi! diferen~a entre a DLCP
em crian<;as e em dIes (SCHNELLE, 1937 citado por BREESPAN, 1996),
No que diz respeito 8 ortopedia humana, a diminuic;ao do Iongo curso da
dOeny8 tern crucial import~ncia para que S8 possa diminuir 0 numero de efeitos
10
indesejaveis criados pela imobiliza980 prolongada, incluindo efeitos fisicos como
hipotrofias, diminui~ao de arco articular total em determinadas articula9ces,
modificayaes posturais e Qutras, ah~m dos problemas psicol6gicos graves em
crian<;asdevido ao uso 6rteses que Ihes modifica totalmente a forma de andar. Outro
fator importante e a diminui9iio de lesces degenerativas, que quando instaladas,
tarnam-S8 doenc;as degenerativas progressivas das articularyOes.
No que diz respeito a ortopedia animal, e de grande importfmcia a obtenQBo
de urn tratamento conservador mais eficaz permitindo urn resultado positiv~ com
niveis aceitaveis, ja que atualmente e de apenas 25% dos cases, evitando assirn, 0
usa do tratamento cirurgico extremamente lesivD, pois a tecnica de usa e a
artroplastia de incisao (Cefalectomia), que induz a doen"" degenerativa articular
(OLMSTEAD,1995)
Esta tecnica apresenta tambem grande risco de les6es nerVDsas e naD leva a
resultados satisfatorios em 37% dos casos (GENDREAU, 1977), 0 que esta de
accrdo com FRY (1969).
As alteraya8s vasculares como tamponamento dos vasos subsinarais intra-
capsulares sao a provc3vel causa para a instalat;ao da doen9a. Nestas circunstancias
a irradiayao por laser de baixa intensidade tern efeito positiv~ no aumento da
vasculariza,ao e acelera~ao na forma,ao de tendo 6sseo (TRELLES, 1987). Alem
da diminuiC;8o da produyao de tromboxano e a ayao fibrinolitica, 0 que leva a um
menor temperamento vascular, produz diminuiyao do fibrogEm;o plasmatico na area
lesada irradiada, tendo tambem 0 efeito de aumento de angiogemese da area
irradiada.
II
Pelos estudos anteriores, a utiliz8.y80 da irradiaC;ao por laser de baixa
intensidade podera trazer grandes beneficios no tratamento conservador da DLCP, 0
que justifica 0 estudo.
A utilizagiio do laser de AsGa, ao inves do laser de HeNe, se deu porque 0
AsGa apresenta profundidade de agao tres vezes maior do que 0 HeNe, 0 que
aumenta consideravelmente a viabilidade da tecnica terapeutica.
40BJETIVOS
Estudo das altera""es radiograficas e clinicas em elIes com doenl'" de Legg-
CalV8-Perthes, alravas do usa de irradia980 local com laser de baixa intensidade de
AsGa.
5 REVISAo DA LlTERATURA
Segundo GAMBARDELLA, citado por BOJRAB (1996, pag.933), os autores
Legg, Calve e Perthes em 1910 descrevem a DLCP como uma molestia da
articulac;ao coxofemoral que afetava crianc;as novas e S8 caracteriZ8va
radiograficamente pelo achatamento da cabel'" femoral. Estes autores especulam
que a lesac era uma necrose asseptica e nao inflamatoria, possivelmente causada
par traumatismo. A afe~o logo ternaU-S8 conhecida como molesia de Legg-Calve-
Perthes (DLCP). WALDENSTROM erroneamente imaginou que a enfermidade era
12
uma lesac tuberculos8. Qutros sinOnimos comuns a OLep sao: necrose asseptica,
necrose avascular, osteocondrose da cabec;;a femoral, coxa plana DU simplesmente
molestia de Perthes.
SCHNELLE, MOLTZEN e NIELSEN (1937), receberam 0 credito pela
descri~ao dos primeiros casos de DLCP em caes. Schnelle descreveu 12 casos,
todos em Fox Terriers de Pelo de Arame, e com ajuda de radiologistas e
ortopedislas da Medicina Humana, concluiu que nao havia diferenc;a entre a coxa
plana das crian~s e ados caes.
Segundo GREESPAN (1996), a DLCP e 0 nome aplicado a osteonecrose
(necrose isquemica) da epifise proximal do femur. Afeta com maior freqOencia
meninos do que meninas, geralmente entre 4 a 8 anos de idade. Qualquer quadril
pode ser afetado, eo envolvimento e bilateral, que e sucessivo e nao simultaneo, e
observado am carca de 10% dos casos
WHITTICK (1990), cita que a condi~o tem sido documentada em ra~s
pequenas e brincalhonas de c8chorros. Ocorre mais freqClentemente em cachorros
pesando menDS do que 12 Kg e n~o apresenta predilecyao por sexo nos animais,
apesar da prevalencia de 4:1 (menino para menina) ter sido relatada em crian~s. As
rayas mais comumente afetadas sao Fox Terrier, Pinscher, Poodle, Lakeland Terrier,
West Highland White Terrier e Cairn Terrier.
Os sinais clinicos consistem em dor, claudicac;ao e limitar;ao do movimento.
Nao e incomum localiza-se a dor no joelho ipsilateral em vez no quadril envolvido.
Trata-se de um disturbio auto limitado que acaba por cicatrizar; entretanto, devido adeformidade progress iva que produz no formato da cabe~a e colo do f~mur,
13
IreqOentemente resulta em osteoartrite precoce da articulac;ao do quadril
(GREENSPAN,1996).
A claudicac;ao num membro pelvico, com 0 surgimento insidioso ao longo de
varias semanas, a a hist6ria usual; contudo, em alguns caes 0 surgimenlo podercfJ
ser subito. Seis a oito semanas poderao ter transcorrido antes que a claudicayao
progrida, desde manqueira intermitente, ata 0 continuo arrastar do membro. A dor e
facilmente promovida na articulac;ao coxofemoral, quando a membro e posta em
abdu9aO, ou se 0 quadril e estendido. Sao achados lisicos comuns na atrolia
muscular branda e grave; 0 surgimento de encurtamento do membro afetado, e a
restric;ao dos movimentos articulares, especial mente durante a abduc;ao do membro
(BOJRAB, 1996).
Segundo WHITTICH (1990), 0 objetivo do tratamento durante a lase aguda ea prevenc;ao da deformidade da cabec;a femoral para manter a congruencia articular.
Isto e especial mente importante durante a revasculariza~o e os estagios de
cicatrizac;ao, quando a cartilagem articular esta particularmente vulneravel a um
colapso. Nas crian98s, 0 objeto e manter a cabec;a femoral do acetabulo. Mesmo
esta leoria sendo aplicavel ao canino, fazer urn diagnostico definitivo da DLCP na
fase aguda e mais dificil. Geralmente 0 paciente apresenta evidencia radiografica do
colapso articular. A cirurgia escolhida nesta fase e a remo~o cirurgica da cabec;a
femoral com ou sem enxerto. Com 0 objet;vo de contenc;ao da cabec;a femoral, 0
quadril deve ser colocado numa tip6ia Ehmer durante 4-6 semanas. Isto permite a
prote9ao articular da cartilagem durante a lase de remodelagem da cabega Iremrai.
14
WHITTICK (1990), esclarece que se a remo.,ao da cabeya e colo femoral eexecutada, 0 progn6stico e considerado born. Os pacientes sao geralmente
pequenos e a adapta.,ao a remo,ao da cabeya femoral e geralmente tranquila.
Segundo SLATIER (1993), a terapia conservadora consiste em descanso em
jaula pequena au tipoia sem apoio e uma opc;ao para cachorros com mudanC;8s
radiograficas e clinicas mfnimas.
Infelizmente, a maioria dos cachorros com sinais clinicos assDciados a DLCP
sao severa mente afetados e 0 tratamento cirurgico e solicitado (SLATTER, 1993).
o primeiro sinal associ ado a DLCP e a comec;o de fraqueza nas pernas. Nos
casas de envolvimento bilateral, a rec!amac;ao dos clientes pode ser de fraqueza nos
membros posteriores do animal. 0 exame fisico revelara dar, crepita~c e a redu9ao
da amplitude de movimento no memblO afetado (ALEXANDER, 1ge5).
Varias mudar:yas afetando a metafise femoral pro~imal,epifise; e acetabula
tern sido descritas como: superficie plana ou irregu!ar da articu~a~o da cabeya
femoral, densidade radiografica irregular des regiCles de epffise c metafise femoral,
encurtamento aparente e aumento na profundidade do colo femoral na area da
metafise, aumento de profundidc::de no espayo articular c::parente e mmodelamento
da cabeya femoral (ALEXANDER, 1085; LEE, 1970).
De ocordo corn WH!TIICK (1990), 0 neurose da cabe;:a femorol e melher
tratada pela remoyao da cabe~ e colo femoral. Numa amostra, ocorreu melhora
completa em 24% dos cases cem restri:;ao ao exerdcio (n=62) e 85% foram tratados
com artroplastia (n=39). Um tratamento mais rapido tambem pode ser esperodo com
tratamento cirurgico, mas a tecnica correta e importante para garantir 0 sucesso,
15
A revClscularizayflo ocorre atraves da isquemia do plato de crescimento da
melafise, via do suprimento sangOineo da metafise. Como 0 novo suprimento
sangulneo invade a epifise, as trabeculas necrosadas sao recolocadas com 0 novo
05S0 atraves da forma;:ao aliva do 0550 e do osteoclasto. 0 novo e colocado sabre a
trabecula necrosada e as osteoclastos gradual mente remavem 0 osso velho.
Segundo BOJRAB (1996), pode S8 esperar que a DLCP no cao progrida para
osteoartrose grave em praticamente todos as casas. Cerca de 25% dos dies
afetados S8 recuperam da claudica9c3o ap6s varies meses de tratamento
conservador, consistindo em repousD, exercicios limitados boa nutric;ao e
medicamentos analgesicos .
BORJRAB (1996), tambem que em crlan>"s, as tratamentos conservadores e
cirurgico sao planejados com 0 objetivo de fon;ar a cabe~a femoral mais
profundamente no acetabulo, para que seja assegurada a forma normal da cabeya
femoral, apes se ter completado a cicatriza~o. Tal objetivo pode ser concretizado
pel a aplicac;ao de aparelho externo, au pel a osteotomia do 0550 inominado (ossa
iliaco), que promove a rota~o interna do acetabula. Nem a tratamento conservador,
nem a cirurgico, visando a preservayao da articula9ila coxofemoral dos estagios
avan9ados da molestia, foram descritos em caes. Porem ha urn caso relatado de
tratamenta conservador bem sucedido, em que a diagn6stico fai firmado antes da
ocorrencia de qualquer altera~o por remodela~ao na articula~ao coxofemoral. Neste
casa fai aplicado em aparelha Ehmer modificada durante 10 semanas.
GENDREAU (1977), relatou os resultados da cirurgia de um grupo de animais
como: 37,1% excelentes, 25,7% bom, 25,7% regular, 11,4% ruim.
16
GENDREAU (1977), afirma que a artroplastia da cabe<;ae do colo femoral
nao retorna a sua func;ao normal ap6s a opera<;a,o.
Ap6s 0 rompimento da irriga<;aosangu;nea da cabe<;a femoral, ou por
qualquer outra razao, a regiao afetada da por~o esponjosa epifisaria safre necrose,
enquanto que a cartilagem superjacente, que recebe seus nutrientes do liquido
sinovial, permanece viave1. 0 organismo tenta recuperar 0 defeito com tecido de
granulac;ao e 90550 trabecular novo, Ofiginarias da resultante resposta fibro6ssea
(EDINGER, 1992),
Segundo EDINGER (1992), infelizmente a quantidade de reparo 6sseo e
freqOentemente insignificante au acorre demasiadamente tarde para impedir 0
colapso da cartila-gem articular n~o sustentada.
A necrose da Cabey8 do femur S8 manifesta par claudicayao ligeira a grave.
Visto que ha poucas possibilidades de resoluc;ao espontanea, a ostectomia da
cabec;a do femur e 0 tratamento aceito.
OLMSTEAD (1995), tambem relata que se 0 paciente e tratado nao
cirurgicamente do DLCP, 0 diagnostlco deve ser feito precocemente, antes que seja
encontrado evidencia radiografica de qualquer mudan~ no contorno normal da
cabe9a femoral ou acetabula. Durante a perloda de tratamento e essencial que a
articulac;.ao afetada esteja descansada. Urn metodo e confinar a paciente a urn
espa<;opequeno ate que a mudan<;ana cabe<;afemoral esteja completamente
resalvida. Durante este peri ado, 56 e permitida que a paciente sai do confinamenta
para urinar au defecar.
o autor citado acirna relata que radiografias mensais devem ser tiradas para
seguir a progressao da doen9a. 1550 geralmente leva de 4-6 meses antes que a
17
cabec;a femoral cicatrize 0 suficiente para permitir um peso irrestrito. Usando este
metoda e passive I que 0 paciente tenha a cabeya femoral cicatrizada com a mesma
aparencia radiografica da normal e com 0 mesma modo de andar. Se 0 colapso da
cabec;a femoral Dcorrer durante esta tratamento, a cirurgia e feita. Relatando ainda
que as maio res desvantagens do tratamento nao cirurgico s~o aderencia total ao
longo periodo de confinamento do paciente e a paciente nao S8 tarnar ajustado 80
85tilo de vida de seus proprietarios durante varios meses.
OLMSTEAD (1995) tambem ressalva que nao deve ser colocado uma tipoia
tipo Ehmer durante urn longo periodo de tempo. Isto pode resultar numa severa
atrofia dos museu los do membra afetado e contratura de flex~o par abafamento.
Estudos do autor Wallace demonstram que 0 membra colocado durante 6 semanas
continuas na tip6ia Ehmer iniciam a degenera9ao na eartilagem articular do femur
distal mais cedo. Isto ocorre devido a interferimcia na fisiologia normal e nutriy80 da
cartilagem articular.
OLMSTEAD (1995), afirma que 0 tratamento cirurgico consiste na retirada da
cabeya e colo femoral. Se fiear sem tratamento pode ocorrer osteoartrite progressiva
do quadril infectado, dormimcia e atrofia muscular. Afirmado que a fisioterapia deve
ser feita pela manha e pela noile no quadril afetado. Urn programa de fisioterapia
recomendado consiste em 35 flexoes e extensoes da articula<;ilo do quadril em cada
sesseo. A terapia come9a no segundo dia p6s operatorio e continua ate 0 paciente
sustentar 0 peso do corpo sobre 0 membra afetado, tendo uma boa amplitude de
movimento no quadril. Alguns pacientes requerem fisioterapia durante 4-6 semanas
apes a cirurgia. Pacientes com osteoartrile avam;:ada e atrofia muscular severa
podem mostrar melhora progressiva ate 12 meses apos a cirurgia. Sa 0
18
procedimento cirurgico e a fisioterapia s~o feitos corretamente, urn born resultado
funcional pade geralmente ser esperado dentro de 8-12 semanas. Se a paciente
esla afetado em arnbas as cabeyas demarais, a que estiver mais dolorosa deve ser
operada primeiro e 0 segundo quadril pode ser tratado cifurgicamente quando 0
paciente estiver sustentando a corpo ap6s a prime ira cirurgia no quadril oposto.
LEE (1969), afirma que DLCP e uma condiyao relativamente comum afetando
a articula9t1o do quadril da crian98 e do cachorro. Isto foi registrado em vacas e
gatos.
Tambem segundo BASFORD (1995), laser terapia e a radia~ao a laser (Iuz
monocromatica) que tern comprimento de onda capaz de alterar 0 comportamento
celular na ausencia de aquecimento. A cicatrizac;ao de feridas acelerado e 0
crescimento de cabela foram urn dos primeiros efeitos relatados e pesquisadores
recentes acreditam que a radia9ao a laser estimulam 0 processo biol6gica, urn
fen6meno chamada Hbioestimula98o" Apesar disso fai encantrado que intensidade
baixa de radia980 inibiria tao bern quanta a atividade celula hoje, esse termo
bioestimulac;ao foi mudado para baixa intensidade, baixo nlvel e baixa fory8, cam
enfase nas caracteristicas nao termais e de baixa energia. Na pratica, a laser terapia
envolve a entrega de :s;1-4 j1cm2 para tratar lugares cam laser tendo saida de fon;a
entre 10 mW e 90 mW
o uso cllnico e pesquisas em lasers de baixa intensidade ganhou muita
popularidade na Hungria enos paises do bloco leste no meado dos anos 60. Hoje 0
laser e utilizado mundialmente para tratamentos de les6es musculoesqueleticas, dar
e inflama9;3o. Apesar das pesquisas mostranda rotina de usa, menos de 40% dos
fisioterapeutas nas clinicas da Inglaterra e talvez 30% das clinicas dentarias na
19
Escandinavia utilizam 0 Jaser. Nos EUA, a utiliza~o e minima e a FDA (Food and
Drug Administration) garantern que nao admitem qualquer indicaC;ao.
Segundo BASFORD (1995), existem 2 grandes para pesquisas de laser
terapia: a laboratorial e a clinica. 0 laboratorio apresenta resultados urn pouco
ambiguos, mas a grande majaria dos trabalhos publicados encontram evid~ncias
claras que a irradiacao a laser altera 0 processo ceJular animal e bacteriano nos naG
termais, com comprimento de onda dependente. as mecanismo desta interac;ao nao
foram estabelecidos. Apesar disto, a grupo de cornponentes respiratorios
mitocondrias exibem 8yaO espectra de freqOlmcia-dependlmcia, e muitos sentem
que 0 grupo respiratorio esta na base de qualquer efeila que a laser terapia pode tef.
o valor da irradiayao do laser de baixa intensidade na clinica e mais passive I. Eles
fornecem raz~o cientifica para a laser terapia e dao a impressao da amplitude de
influencias que a irradiac;ao a laser pode ter no processo celL/lar.
De acordo corn KARU (1987), estudos quantitativas da ac;ao do laser de baixa
intensidade com luz monocromatica sobre varias celulas de E. coli foram feitos para
achar as condic;oes de irradiac;ao (ccrnprimento de onda, dosagem e intensidade)
que contribuem para a estimulac;ao da atividade vital. A ac;ao da luz espectra visivel
sabre a sintese de DNA e RNA ern c"'lulas Hela tem maxima de 404, 620, 680, 760,
e 830 nm. A estimulacyao do crescimento dos E,coli e maxima quando irradiada em
404, 570, 620, 680 e 750 nm. A absorc;ao de quanti dade e crucial para a
reorganiza<;ao do metabolismo celular com transformados fotosinal sendo efetuado
pela eelula padrao, significando mudanc;as no nivel CAMP. Os componentes do
grupo respirat6rio sao discutidos como foto receptores primarios. Com iSso, concluiu-
20
S8 que a bioestimula<;llo a laser e de natureza fotobiologica e os efeitos do laser de
baixa intensidade pod em ser relatados como urn fen6meno fotobiologico.
VACCA (1983), encontrou ainda que a irradia<;ljo a laser modifica algumas
rea0es de desidrogenase ligadas ao NADH da mitoc6ndria.
HARU (1995), tambam afirma que a irradia<;ljo a laser HeNe aumenta 0 nivel
de ATP nas calulas cultivadas in vitro.
PIDDUCK (1978), estudou num canil28 poodles toy com DlCP. A analise do
pedigree dos cachorros e de 10 cadelas que serviram de amostra foram consistentes
com a hipotese de que a DlCP a causada pela homozigositote de um gene
autosomatico.
CallS (1984), apresenta os efeitos bioquimicos do laser: estimulam a
liberayao de substencias como histamina, serotonina, bradicina etc; mOdificam as
reary6es enzimatimas norma is; estimulam a produ~o de ATP intracelular e
mitoc6ndrias acelerando as mitoses apresentam ayao fibrinilitica. 0 efeitos
bioele-tricos: normaliz89ao do potencial da membrana celular. Os efeitos
bioenergeticos estlmulo dos niveis de trofismo e fisiologisrno.
as efeitos positiv~s na acelera<;ljo da cicatrizal'lio sao relatados por l VaNS
(1987), para lesces musculares, ENWEMEK (1990, para lesces tendinosas e
MESTER (1985), para feridas abertas culaneas de varios tipos.
AMARAL (1998), relata da importante rela<;ljo entre a absory80 de cada tipo
de laser (comprimento de onda) pelo tecido biologico com os crom6folos existentes
em cada tipo de tecido.
TREllES (1987), pesquisou 0 laser HeNe aumentando a vasculariza<;ljo e a
formac;~o de tecido osseo.
21
De acordo com TRELLES, CASTEL (1985), examinou biopsias de feridas
experimentais para determinar a atividade das prostaglandinas e estabelecer 0 efeito
da estimula9E1o com laser sabre 0 processo inflamatorio, demonstrando diminui9~o
do PGE2, 0 que esta em sintonia com 0 citado por CAMPANA (1998), que relata os
niveis de fibrinogimio plasmatico aumentados pela lesao tecidual sao reduzidos aos
valores normais pelo usa do laser na area lesionada, assim como, PALMA (1998),
que demonstra as efeitos positiv~s de HeNe sabre as niveis de fibrinogenio
plasmatieas nos processos inflamat6rios.
BIBIKOVA (1994), relata que a irradia<;ijo a laser durante a irradia~ao do
musculo esqueh~tico em Bura vinds promove 0 processo de neoformayao vascular
na zona lesionada. A recente revasculariza9~o da zona lesionada nos museu los
irradiados com laser pod em explicar a fapida maturayao das estruturas miogenicas
na regenera9~o da area.
GRECO (1989), afirma 0 aumento no RNA e na sintese de proteina pela
mitoc6ndria irradiada com laser HeNe.
DEKEL (1998), demonstra 0 efeito positiv~ da irradia~ao do laser de baixa
densidade nas propriedades mecanicas na cicatriza~o do ossa maturado em rat os.
AKAi (1997), relata tambem 0 efeito positiv~ do laser sobre 0 0550 e a
mudanya da cicatriza~o induzida pela imobilizaryao da articulac;ao.
VACCA (1993), relata a analise eletroforetica in vitro do DNA depurado
sintetizado da mitocondria, mioplastos e da fra<;ao matriz, mostrando um aumento de
50-60% da sintese de DNA na amostras irradiadas. Este dado mostra que 0 laser
HeNe estimula a replica~o do DNA mitocondrial tanto nas organelas intactas e na
22
fraC;8o da matriz soluvel a interaC;:8o da luz do laser com as moleculas soluve;s da
matriz.
CAMPANA (1998), relata a usa de drogas anti-inflamaterias e irradia,8o a
laser HeNe como terapia podem ser usados para inibir as efeitos gerados pela
inflamac;:8o.Urn lesac tecidual produz aumento significante nos niveis de fibrinogenio
plasmatico, que sao reduzidos a valores normais com a administraC;80 de anti-
inflamat6rios au irradiac;ao com laser na area lesionada.
CRESPI (1997), estudou a regenera,8o dos tecidos peridontais em cachorros
da ra,a beagle apes a tratamento com laser terapia. 0 tratamento com laser C02 da
cia sse furcation III induziu formaC;8ode novo ligamenta peridontal, cementa e osso.
POLOSUKHIN (1996), tambem demonstrou a regenera,8o do epitelio
bronquial nas mudang8s inflamatorias cronicas sob 0 tratamento com laser. Fa;
demonstrado que 0 tratamento endobraquial pela irradiaC;:8o com laser HeNe induziu
as processos metab61icos e proliferativos no epitelio lesionado, que ap6s completar
a ligagao com as series de forma transacional restaura sua estrutura normal e se
diferencia nas celulas epiteliais mucoso-secretoras e na ciladas da ultraestrutura
normal. A hiperemia, intensica diapedese dos leuc6citos e a formagao de infiitragoes
e granulagoes de leucocitos de desenvolvem na pr6pria lamina da mucosa
bronquial. A atividade metab61ica e proliferativa das endoteliocites e das celulas
conectivas aumentam. As fibras dos delicados tecidos conectivos de formam. Ocorre
a reorganiza9ao simultanea do epitelio e dos tecidos conectivos.
TAKAHASHI (1997), ainda relata a regenera,8o das celulas mioepiteliais nas
glandulas submandibulares de ratos ap6s irradiagao com laser yttrium aluminium
garnet.
Ja VACCA (1994), encontrou mudanya significativa no espectra
absor~o/fosdorescencia em todes as casas que aumentaram as atividades de
transiyoes e tradu98o. Para ganhar insight no mecanisme pelo qual a irradiar;.ao
celular com ondas de baixa intensidade do laser HeNe (632.8 nm), e causado uma
estimula<;2D geral das propriedades biosinteticas. separando as componentes dos
sistemas transi.yoes e traduy~o irradiados (2 j1cm2, 12 MW), com rnedidas feitas in
vitro da sintese de proteina e RNA. Tod05 as componentes testados foram
investigados com respeito a influemcia da irradiar;;80 a laser em sua conformac;ao,
com monitoramento par espectroscopia.
ROBINSON (1992). lambem relalou as efeilos do laser HeNe sabre a
regenerayao do nervo peroneal destruido. 0 estudo mostrou que 67% dos nervos
tratados recuperam a amplitude pre lesaD e 0 grupo de controle mostrou 52% de
melhora 15 dias p6s lesac. Existem algumas teorias racionais para justificar a efeito
terapeutico, mas a mecanismo de como a irradiat;:ao a laser influencia a reparo
tecidual nao e bem entendida e merece outras pesquisas.
24
CONCLUSAO
As observa90es realizadas durante 0 desenvolvimento deste trabalho,
permitiram chegar as seguintes conclus6es:
A irradia<;iio a laser levou a normaliza~ao da densidade 6ssea em 100% dos
casos
A diminuiyao da dor ocorre em ate 2 meses na grande maioria dos casos.
A utiljza~o da irradiayao a laser mostrou·se mais eficaz que outras formas de
Iralamento na DLCP.
25
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TRA RAI ,HO nE C'ONrI.'ISAO nF ('I)I~"()
CURITIBA7002
MV278CONSVlTi\
DANUZA CHAMECKI RIGLER
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO
"TCC"
Trabalho de conclusao de curso,apresentada como requisito parcial ;1obtenqao do titulo de MedicoVeterinar'io pela Univcrsidade Tuiuti doParana, do Curso de MedicinaVeterinaria.
Qrientador: Prof. Sergio Jose. M.Bronze
CURITIBA2002
APRESENTACAo
Este Trabalho de Conclusao de Curso (TCC), e urn dos requisitos para
obteny20 do titulo de Medico Veterinario do Curso de Medicina Veterinaria da
Universidade Tuiuti do Parana.
E cornposto de urn Relatorio de Atividade de Estagio, realizado junto Vet
Clinic durante 0 periodo de 04 de fevereiro a 02 de abril de 2002 e tarn bern de
urna Monografia visando sobre Tratarnento da Doen,a de Legg- Calve- Perthes
em dies, atraves da irradiaC;8o a Laser, que se encontra logo apes a descri920
das atividades de est agio.
Agradec;o aos professores da Universidade Tuiuti do Parana, pelo ensinamentos
que me repassaram.
Em especial, agradec;o 0 Dr. Sergio Jose Meireles Bonze e ao Or.
Guilherme E. F. Carvalho, que me orientaram durante ° estaglo.
SIIi\11\_ltlO
LISTA DE FIGURAS ...........................•......................................................... "j
L1STA DE ABREVIATlJRAS .
LISTf\ DE "("ABELA viii
R£SIIMO........................................................................................................ jx
INTROI)U<;:AO .
LOCAl, 1)£ ESTAGIO ..................................................................•...............
1 U~I POUCO SOBRE 0 LASER .......•....................................•••................ 3
1.1 ABSOR,A.O DA RADIA,A.O LASER
1.2 TEeNIC' AS DE AI'LlC A, A.O ....
1.3 ,\LGIIMAS LNDJCA,OES F DOSES ..
PA1'OLOGIAS OBSERVAOAS DIlII NTF 0 EST,\GJO .
J. DISPI,ASIA DO ("01'O\'ELO .................................•................•.•...•............
1.2CASOCI.iNICOCASO-1
2.1)ISTIIRBIOS DA MEDlII,A F:SPINIHL .
2 I FSPINJ-fA RiFIOA
, I I (' ASO rr iNlC'o (' ASO - 2
3. DISFIIN(:AO Ar.III)A DA MIWIILA ESPINI·IAL .
3.1 TRAIJMATJSMO
3 I I (',IRA(,TERiSTIC'AS(,LiNIC'AS
3 I 2 1)1AGNOSTj('1)
3.1.3 TRA TA"'IENTO ..
3 I 4 PRI)GNOSTIC'I)
It
II
12
13
13
13
13
14
IS
32CASOCLiNJ('0. CAS03 16
4. DOENCA DO DISCO INTERVERTEBRAL 21
" I HFRNIA OF DISCO
,,2 CARACTFRisTJ('AS CLiNJ("AS
41 DIACiNOSTJ('O
a.j TI~ATAf\.rFNTn
" j PROGNOSTICO
.HCASOCI iNJ('0-CAS04
21
21
21
)<1
26
27
5. OSTEOARTROSE 30
'i I CAIiSA
j 2 SINAIS CI iNICOS
5.3 TRATAMENTO
5.4 TRATAMENTO CONSERV ADOK ..
:) ') TRATAMFNTO C'1R(JR<1I(,O
j.6 CASOCLiNICO-CASOj
10
30
31
31
11
32
6. J)!SPI.ASIA COXOFE~11fRAL ......................•..•.......•.•................................ 34
Ii I SINAIS CI .iNJ('O
(, 2 TRATAlVlFNTO rmt'rRGI(,o
63 CASO C1.iNICO-CASO 6 ..
34
14
63 I C ASO CI i, wo - C ASO 7 ,"
7. DOENCA llE L~:GG·CALVE.PERTIlES 38
7 I SINAIS
7.2 TRATAMENTO .
73 C"SO ('I iNWO-('ASO 8
38
39
~.CONC'I Ilc;;io .
Q. llF.FF'R~·Nr'AS IJIIlI IO(;RAFlr~\s .
42
'3
Fig. 1
Fig. 1.1
Fig. 2
Fig. 2.1
Fig. 2.3
Fig. 2.4
Fig. 3
Fig. 3.1
Fig. 4
Fig. 5
LISTA DE FIGURAS
Estrutura do Cotovelo - Displasia do Cotovelo
Displasia do Colovelo Caso 1
Fase 1- Pete. Juba - Disfun<;ao Aguda da Medula Espinhal..
Fase II - Pete Juba - Disfun,ao Aguda da Medula Espinhal..
Fase 111-Pete Juba - Disfun9ao Aguda da Medula Espinhal..
Fase IV- Pete Juba - Disfun9ao Aguda da Medula Espinhal..
lIustra,ao do Paeiente Tuea Doen,a do Diseo Intervertebral..
Ilustra9ao do Paeiente Tuea Doen9a do Diseo intervertebral..
lIustra9ao do Paeiente Dobe - Osteoartrase
Ilustra9ao Displasia Coxofemural..
10
10
17
18
19
20
28
29
33
. 37
Fig. 6 Laser - Legg- Calve Perthes Grau 4 -Paeienle Penelope .40
Fig. 7 Laser - Legg-Calve- Perthes- Grau 4- Paeiente Penelope 41
DC-
DAD-
DCF-
DLCP -
IV-
Mg/kg -
LlSTA DE ABREVIATURAS
Oisplasia do cotovelo.
Doenc;a articular degenerativa.
Oisplasia coxo - femurai.
Doenya de Legg- Calve - Perthes.
Intra Venosa.
Mingramas por kilograma.
J,JSTA DE TABELA$.
• Pa1ologias observadas durante 0 Estagio ... 7
o 9st<3.gl0 curricular obrigat6rio fOI realizado na area de Fisioterapia empequenos animais, na cidade do Rio de Janeiro, com a inten.y80 de aprender umpouco sobre esta area, que e restrita para alguns profissionais.
A iniciativa dos proprietarios optarem pela fisioterapia e adescontentamento com varias tentativas de tratamento, sem obten<;ao deresultados
Oentre os casas acompanhadas 0 que mais chamou a atentyaa, devido amelhora do animal, fOI uma protusao de CI5 e C7 decorrida de trauma, onde aanimal no infelo nao se movimentava. Realizada a eletroestimulay8o e 0 laser,ap6s 03 semanas esse animal voltou a andar.
INTRODucAo
o estagio curricular obrigatorio consiste em atividades
supervisionadas, na area de Medicina Veterinaria que v;sam complementar a
aprendizagem adquirida pelo 0 aluno durante a curSQ de Medicina Veterinaria.
Este estagio e desenvolvido com a orienta~o de urn profissional habilitado,
proporcionando ao formando a integraryao dos seus conhecimentos te6ricos com a
experiencia pratica desenvolvida durante 0 periodo do estagio.
o estagio curricular obrigat6rio deve ser realizado apes cursadas
todas as disciplinas curriculares, totalizando uma carga horaria minima de 320
horas, 0 estagio curricular obrigatorio e indispensavel para a forma~o integral do
aluno e e uma oportunidade singular para a solidific8C;80 do processo de
ensino/aprendizagem do futuro profissional.
o Estagio foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, na CHnica
Veterinaria Vet Clinic, no periada de 04 de fevereiro a 02 de abril de 2002.
Sob a supervisao do Dr. Guilherme Carvalho, na area de Fisioterapia
em pequenos anima is, forarn elaboradas as seguintes atividades Tratamentos
com laser t.erapia; Eletroestimula98o muscular; Exerdcios fisicos.
Tendo como rnaior estatistica a Oisplasia coxo femural e a doenya de Legg
- Calve Perthes.
A seguir serao descritas algumas patologias acompanhadas.
LOCAL DE ESTAGIO
o estagio foi realizado na CHnica Veterinaria Vet Clinic, localizada na Pra98
Santos Dumont nO 6, Bairro da Gavea na cidade do Rio de Janeiro - RJ, no
periodo de 04 de fevereiro a 02 de abril de 2002.
A clinica passui 0 seguinte horario de funcionamento: de Segunda a Sexla-feira,
das 8:00 as 20:00 horas, sabados das 8:00 as 13:00 horas.
Dois veterinarios prestam atendimento a clinica: Dr. Rubem Bittencourt Cardoso
(especialista em ortopedia ) e Ora, Marcia Garses ( especialista em Dermatologia).
Ambos atuam na area cllnica, cirurgica de servit;:os tercerizados.
A clinica e composta de uma recepyao, dois consult6rios, uma sala de cirurgia,
uma sala de RX, uma sala de internamento e urn banheiro.
Dr. Gul1herme, 0 orientador profissional, do estagio realiza atendimento em
fisioterapia em pequenos animais na Vet Clinic nas segundas e quintas-feiras
hon3rio que fio acompanhado, nestes dias enos demais dias da semana com
varios atendimentos em domicilio.
1 UM pouce seBRE LASER
A palavra "LASER" slirgiu da frase em ing~s "Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation", all seja, ~Amplifjca~a.oda Luz par Emissao
Estimuladade Radia,ao". Esta Iliz amplificada posslli caracteristicas diferentes da
luz comum.
A luz branca (comum) e composta por ondas de varios comprimentos e a
radia,8o LASER Ii composta de apenas um comprimento de onda. 0 que Ihe
confere a caracteristica de monocromaticidade.
A radia,ao LASER apresenta-se de forma coerente. ao contrario da luz
comum que e incoerente. Uma outra caracteristica e a polariza9;§o da radia~ao
LASER. que permite uma dispersao minima. ou seja. uma emissao paralela. ao
contrario do que acontece com a luz comum. Isto perm~e focalizar pontos de
di,;metromu~opequeno. com uma lata concentra9ao de energie.
1.1 ABSORC;AO DA RADIAC;AO LASER
A absof9ao da radia9ao LASER de baixa pot~ncia e bastante discutida. Eo
um ponto de suma importancia. pOissem absof9ao da energia depositada pelo
feixe iaser nao ha efe~o. 0 estudo do comportamento destas radia90es toma--se
dificuldade devido ao fato de se tratar de radia9ao eletromagnetica incidindo no
corpo humano. Como sabemos, 0 corpo apresenta camadas e regiOes
heterogemeas, e ainda cada indivfduo pas sui estruturas peculiares que dificultarn
estabelecer pad roes do compartamento da radia980 propaganda pelos tecidos.
Primeiramente devemos considerar a conceita de penetra9~oda radia<;8o.
Alguns autores dizem que quanto maior a potencia de emissae, maier a
penetrar;aa. Ora, se isla fosse correta urn laser cirUrgico de C02 que trabalha com
alta potencia, nao fa ria incisoes de apenas 1 a 2 mm de profundidade.
Penetrada a radiayao, deve-se considerar os fenOmenos: Reflexao de parte
da radia,ao; d~usao de parte da radia,ao pelo estrato da pele em que se
encantra. Absor98o de parte da radiayao; transmissao de parte da radiar;80 para
Qutros estratos .
.1.2 TECNICAS DE APLlCA<;Ao
Pontual: consiste na irradiar;ao de um determinado ponto sobre 0 corpo
do paciente. Normalmente sao necessarios varios pontes para que toda area a ser
tratada seja irradiada. Normalmente, cada ponto se dist~ncia1 em do outro.
Uma vez determinada a dosagem ideal 0 tempo ja vern pn§-<Jefinido pelo
aparelho.
Tempo: na tecnica pontual 0 tempo ja esta definido para cada energia laser.
Varredura: tecnica poueo utilizada ja que na teenica pontu81 a energia
laser, uma vez definida, apresenta 0 tempo de aplicar;8o ideal.
1,3 ALGUMAS INDICA~OES E DOSES
A densidade energetica a sar ap!icada varia de acordo com 0 quadro a ser tratado
e com 0 tipo de paciente e regiao a ser irradiada.
Segundo COOLLS em "La Terapia Laser Hoy", podem ser usados como
orienta980 as seguintes parametros:
Eteito Analgesico ... ...... 2 a 4 joules/cm'
Eteito Anti-inflamatono 1 a 3 joules/cem'
Efeito Regenerativo ..
Eteito Circulatono ..
..........." 3 a 6 joules/em]
. 1 a 3 joules/cm2
Ainda segundo COOLLS, em situar;6es intlamatonas deve-se seguir 0
seguinte raciodnio:
Fase aguda.. .. doses baixas
Fase sub-aguda.. ...................... doses medias
Fase croniea doses altas
Segundo TRELLES, doses de ate 8 joules/em' t~m caracteristicas
estimulanles e aeima caracteristicas inibidoras.
As sess6es de tratamento podem sar feilas de diariamente ate
semanalmente de acordo com a necessidade. Como regra geral, urn tratamento
que n:lo apresente resultado ap6s a oitava a nona sessao deve ser interrompido.
Assim, cabe ao profissional raciocinar caso a caso, alterando as doses
durante 0 tratamento, modificando0 numero de sessoes adaptando 0 tratamento
ao paciente em questeo.
FIGURA 1 - FOTOGRAFIA DO APARELHO DE LASER
PATOLOGIAS OBSERVADAS DURANTE 0 ESTAGIO
CASOS CLiNICOS MACHO FEMEA
Displasia do Cotovelo 01
Espinha Bifida 01
Traumatismo 01
Hernia de disco 01
Dsteoartrose 02
Displasia Coxofemural 03 03
Doen<;a de Legg- Calve- 01 03
Perthes
09 07
Total de Casas 16
Acompanhados
Fonte. Clrnica Veterinaria Vit Clinica e atendimentos a domidlio.
1. - DISPLASIA DO COTOVELO
A displasia do cotovelo (DC) acomete elies machos e femeas de faixa eta ria
entre cinco e oito meses; e considerada urna das causas mais freqOentes da
doen9'l articular degenerativa (DAD) em elies (Huibrecotse.1994). A incongnuencia
articular e um importante fator para 0 aparecimento da DC (Read. 1993 ).
A complexa relay~o entre umero, radio e ulna, torna difieil a interpretacao dos
exames clinicos, vistos que alterayaes do ombro e do cotovelo podem produzir
sinais cHnices semelhantes e radiograficos da articulayao do cotovelo. Atualmente,
preconiza-se a avalia<;8o radiografica bilateral, com ambas as articulac;Oes em
Hexao de aproximadamente 45° e sobredisposi<;§o dos c6ndilos umbrais, nos
casos em que ha suspeita de DC (Mentsteze. 1995 ).
Essa afecc;ao pode ser objeto de tratamenlo conservador, repouSD e drogas
antiinflamatorias ou cirurgicD,mas apesar da pequena diferenc;a entre a evoluyao
clinica e pacientes tratadcs cirurgicamente e a evolw;:ao cHnica de animais
tratados de fonna conservadora, 0 tratamento cirurgico tern maior aceitayao.
Independentemente da oP9ao de tratamento adotada, e consenso que a
progressao da DAD sera observada em todos os casos ( Roy, 1994 ).
12- CASO CLiNICO
CASO 1
Nome LeaD
Raya Labradar
Sexa. Macha
Idade 08 anas
Historia·
o animal vinha sendo tratado tres semanas com corrente
eletromagnetica, an de segundo Dr. Guilherme iniciou sinais de melhora na
segunda semana (terce ira sess~o)
o casa do paciente comeyou a ser acompanhado no dia 04/02/02, Quarta
semana de tratamento. 0 tratamento era rea lizado duas vezes par semana,com
durac;ao de cinco a seis minutos, no cotovelo, na regiBo do olecrano diffiito
Dia 18/02/02 a Dr. Guilherme aptau pela mudan,a na tratamenta para
aprofundar mais 0 local, pois 0 animal nao apaiava 0 membro no chao. Iniciou
entao 0 tratamento com laser terapia, duas vezes par semana, durante cinco
minutos na regi80 afetada.
Dia 25/02102 0 proprietario retornou satisfeito com a proQresso do
tratamento, pois observou que seu animal estava apoiando 0 membro direito, mas
com dificuldade, Quando brincava, sentia dor e retirava °membra do chao.
o tratamento continua em anrlamento e sp.ra reatizado ate a animal nao
apresentar mais sinais de dar e possa continuar com todas as suas atividades
normais. Este case fo; acompanhado ate 0 dia 01104/02, Quando vinha
apresentado melhora gradativa.
p~ce~\~coron6tdemedWli
10
\\_.. . _. . . . \
Fig.I.1 - Disp1:tsia do Cotovelo ( Foto do animnl cnso 1- Leilo )
II
2- DISTURBIOS DA MEDULA ESPINHAL
2.1 - Espinha Bifida
Segundo ETTINGER, (1998), a espinha bifida resulla de uma falha
embriol6gica na fusao das duas metades dos processos espinhosos dorsa is das
vertebras. Embora a espinha bifida possa ocorrer em qualquer local ao longo do
canal espinhal, 0 segmento Iombossacro e a junC;8o sacrococcigea sao os rna is
frequentemente acometidos.
o desenvolvimento dos sinais neuro16gicos e variavel Quando 0$ sinais
clinicos estao presentes, induem a paresia dos membros posteriores,
incontinencia fecal e membrana, perda da sensac;Ao perineal e diminui980 do
tonus do esfincter anal. Nenhuma terapia esta disponivel.
12
2.1.1- CAse cLiNIce
Nome Pit-Pit
Raya SRD
Sexo. Macho
Idade : 06 anos
Hist6ria.
o animal vinha sendo tratado com corrente eh~trica - facilita<;:8o
neuromuscular ha urn ana. 0 acompanhamento deste case foi iniciado no dia
15/021102: eram fertas duas sess5es semanais, durante seis minutos, com 0 intuito
de diminuir a dar, notava·se que, quando a dar era intensa, 0 animal encontrava-
S8 prostado.
o tratamento indicado estendeu-se ate a final da vida do animal, pois como
nao existe urn tratamento efetivo, serao realizadas sessoes, semanais.
13
1. - DISFUNCAo AGUDA DA MEDULA ESPINHAL
3.1 - Traumatismo
Segundo GREESPAN.(1996),as lesOes traumaticas do canal espinhal sao
comuns, sendo rna is freqOentes as fraluras e luxac;oesda espinha e as protusoes
traumaticas de disco.
Contusao e edema grave da medula espinhal podem ocorrer
secundariamente ao traumatismo, mesma sem separa9ao dos asses do canal
espinhal.
3.1.1 - Caracleristicas Clinicas
Os sinais cHnicos associados ao traumatismo da espinha sao agudos e nao
agressivos. Em geral, as animais estao com dar e Qulras evidencias de
traumatismo (lacera96es, abras6es e fraturas ) podem estar presentes.
Os achados neurologicos depend em da localiza9lio e gravidade das lesOes.
o exame neuro16gico deve determinar a localiz8C;a.Oe extensao da Iesao espinhal,
mas nao deve ser feita a manipulayao excessiva do paciente ate que S8 determine
a estabilidade da coluna vertebral.
3.1.2 - Diagnoslico
o diagnostico de traumatismo e prontamente feito com base na histona e
achados fisicos. E importante determinar a habilidade do animal em perceber a
dor profunda em cada membra. As radiografias podem entao ser utilizadas para
localizar especificamente a les~o, avaUar 0 grau de Iesao medular e auxiliar no
,.,
prognostico. A espinha inteira deve ser avaHada radiograficamenle para lesoes
espinhais multiplas que podem nao ter sido detectadas clinicamente. Deve ser
tornado cuidado durante a radiografia para evitar a manipular;~o ou rotac;ao de
areas instaveis da espinha.
3.1.3 - Tratamento
o tratamento primario da les~o espinhal aguda envolve a administra<;:iio
inlravenosa imediata de corticosteroide altarnente soluveis, seguida da
administrayao de dexametasona par tn3s dias. Estudos controlados nao
demonstraram a eficacia do manitol, dimetilsuf6xido, naloxona ou outras
substfmcias quando administradas 45 minutos ap6s 0 traumatismo de medula
espinha1. E tambem crltica a avaliac;~o e tratamento de Qulras lesces
amea~doras a vida.
A cirurgia pode ser necessaria para estabilizar uma col una vertebral instavel
au para descamprimir a medula espinhal comprimida. Ocasionalmente, uma
contusao da medula espinhal nao associada a lesao 6ssea necessita de
descompressao cirurgica. A progressao dos sinais clinicos a despeito da terapia
medica podera indicar a intervencao cirurgica. A eutanasia e geralmente
recomendada em pacientes que possuam perda funcional completa caracterizada
pela perda da sensa<;:iio de dor profunda, tendo em vista 0 prognostico
extremamente mau para a recuperac;ao.
o cuidado intensivo de enfermagem e criticamente importante em casas
tratados de forma conservadora, assim como em pacientes que necessitem de
cirurgia. A colocac;ao de talas para a estabmzac;~o e 0 repouso forc;ado em jaulas
15
podem ser de grande ajuda. Sao necessarios cuidados meticulosos para prevenir
as ulceras de decubito e cistites.
3.1.4 - Proanostico
o prognostico para recupera,ao depende do local e gravidade da Iesao. Os
animals com movimenta9~o voluntaria lntaeta apos a leSaD possuem born
prognostico reservado para a recuperay8:o, embora possam ter algum deficit
neurologico pennanente. As lesces da substancia branca que produzem apenas
sinais de neuronio motor superior passu em malhor prognostico do que as les6es
que afetem neur6nios motores inferiores importantes. Nos animals que possuem
perda de sensayao de dor profunda, 0 prognostico para a recupera9ao e muito
mau. Em qualquer paciente, se nenhum sinal de melhora estiver evidente dez dias
ap6s a lesao, 0 prognostico e mau,
IG
1.2- CASO CLiNICO
Nome Juba
Raga. Poodle
Sexo: Macho
Idade 11 anos
Historia'
Proprietariu relala que seu anllnal n~() estava mais se movimenlando, par
tel' sido mordida par urn ROiwailler.
No dia 26/02iG2 iniciou..se 0 tratarnento, cum Eslilllula9~o Elebica, usando
uma corrente inlerfef'encial pOI 10 mir1utOS, na regi~oCe e C7.
Foi efeLuada a mobilizayc:lo da legi80 dorsal corn ulTI coiete. Foram
realizadas duas sessoes semanais de dnco minutos, duranie qualro semanas,
onde foram observadas meihoras. 0 animal em referencia apreseniava
incontinencia urinaria (indicado 0 uso de iraldas).
No dia 26/03/02, Toram diminuidas as sessoes (uma por semana), duranie
qualro minutos, bern como ioi retirado 0 colete.
No dia 01;04/02 0 animai retornou a ciinica e ja conseguia se apoiar com os
quatro membros, so mente necessitava ajuda para se ievantar. Foi suspenso 0
uso de fraudas, pois a inconLin~ncia estava controlada.
o tratamento esta em andamento, porem infelizn rente r lao pade ser
acorn pan had a ale a final, mas ate onde oDservado, ficou evidente 0 sucesso do
Iratall1ento.
17
Fig. 2 - Fase I - Paciente Juba - Disfun~ao aguda da Medula Espinhal
18
Fig. 2.1 - Fase II - Paciente Juba - Disfun9ao aguda da Medula Espinhal
19
Fig. 2.3 - Fase III - Paciente Juba - Disfun9ao aguda da Medula Espinhal
20
~I
4. - DOENCA DO DiSCO iNTERVERTEBRAL
4.1 - Hernia de Disco
Segundo ETTINGER, (1992), a ilerniacao 8guda de urn disco interveliebral
ocorre comumenie em caes e muito ral arllsnte em gatos. Eia e mais comumente
visla em cees de ragas pequenas CurT10 0 Dachshund, Poodle Toy, Pequines,
Beagle, Weish, Corgi, Lhasa Apso, Shih Tzu e Cocker SpanieL i\iestas fa98S, a
degenerayao condraide do disco inierverlebral, inciuindo a mineralizayao do
nucleo, acorre numa idade jovem (antes dos dais Glnos de idade). A extrus~o
aguda subsequenle do nucleo pulposo, por meio de urn anel rompido, resulta em
dar au compreens~o da meduia espinhai e deficits neurol6gicos. A ruptura do
disco e inicia dos sinais ciinicos agudos e ciassificada como disco de Hansen do
tipo 1. Os sinais clinicos causados peia extrus~o de disco em geral S8
desenvolvern aos Ires anos de idade.
4.2 - Caracteristicas Clfnicas
Alguns anima is sao apresentados com dor e sem deficits neurologicos
acompanhantes. Outros sofrem de lesao compressiva grave da medula espinhal
em consequimcia de exlrusao de disco e e apresentado com varios graus de lesao
da medula espinhal. Os sinais clinicos dependem da localiza9t1o da leseo espinhal
e gravidade da lesao medular.
A maiaria das extrusoes de disco ocorrem na espinha toracica caudal ou
iombar, com 65% de todas as les6es de disco ocorrendo entre T11 e L 2. As
extrusoes de disco intervertebral que causam compresseo da meduia espinhal
nesta regiao resultam em sinais de neuronio motor superior nos membros
posteriores com membros anteriores normais. A extrusao de disco intervertebral
em uma intumescimcia (C6 a T2 au L4 a S 2) resultando em sinais de neuronio
motor inferior nos membros correspondentes pode ocorrer e tern prognostico mau
para 0 retorno da funyao. A extrusao de disco caudal a vertebra L6 causando
compressao da cauda eQuina esta geralmente assodada a res posta positiva aterapia descompressiva. A doenc;a de disco cervical (C1 a C5) pode resultar em
sinais de neuronio motor superior em todos os quatm membros, embora maior
diametro do canal vertebral nesta regi~o tome incomum a compressao significativa
da medula espinhal secunda ria a extrusao de disco cervical, e a maio ria dos dies
apresenta dar cervical sem nenhum deficit neurol6gico.
A dor e uma caracteristica proeminente em caes com doen9a do disco
intervertebral. A dar e causada pelo material deslocado que irrita as ralzes
nervosas e as meninges. Os d!es com extrusao de disco cervical resistem amovimentac;ao ou manipulat;ao do pescoc;o e ficam de pe com a cabeya e
pescoC;o abaixados. Um membro anterior pode estar levantado se 0 prolapso de
disco cervical caudal resultar em irritayao das ralzes nervosas daquele membra au
espasmo dos musculos cervicais. A doen~ do disco toracolombar mais
caracteristicamente resulta no arqueamento do darso e ten sao dos musculos
abdominais, mimetizando dor abdominal como a que pode ser vista na pancreatite
au no abdome agudo cirurgico.
Alem da dar, a fraqueza au paralisia e comumente abservada na paciente
com extrusao aguda de disco intervertebral toracolombar. Em alguns caes, esta
presente a evidencia de dar au fraqueza por alguns dias au semanas antes que
um traumatismo leve au movimenta<;8o resulte em paralisia. as sinais
neurol6gicos observados sao em geral bilateralmente simetricos.
23
4.3 - Diagnostico
A disfun<;80 neurologica causada por doen<;a de disco 13 diagnosticada com
base na identificayao do paciente, anamnese, exame fislco e achados
neurologicos. Os principais diagnosticos diferenciais a serem considerados sao 0
traumatismo e 0 embolismo fibrocartilaginoso, mas os achados clinicos e a
anamnese geralmente tornam aparente a doenc;a de disco. 0 exame neurologico
e a detecyao de uma area especifica de dar espinhal podem ser utilizados para
localizar a lesao em uma regiao particular da medula espinhal. As radiografias
podem ser enUio tiradas para confirmar a lesao. As radiografias devem ser tiradas
mesmo se a intervenc;ao cirurgica nao estiver indicada, pOis elas fornecem uma
base para compara9ao de estudos futuros. 0 posicionamento cuidadoso do
espac;o do disco suspeito no centro do feixe, com 0 animal anestesiado, 13
necessario para 0 perfeito diagnostico.
Nem todos os discos intervertebrais herniados sao aparentes nas
radiografias de ratina. A observac;ao de urn espac;o de disco calcificado confirma a
presen<;a de doenya de disco intervertebral, mas nao indica 0 local de extrusao.
As mudan98s radiograficas consistentes com herniay:io de urn disco intervertebral
incluem espac;o de disco diminuido ou forame intervertebral pequeno au mal
delineado ("cabe,a de cavalo") Diminui<;ao das articula<;6es facetadas e
densidades calcificadas no interior do canal vertebral acima do espac;o do disco
envolvido. A mielografia pode ser necessaria para localizar definitivamente urn
disco intervertebral deslocado em pacientes em que a cirurgla estiver indicada. Se
apenas uma lesao estiver evidente nas radiografias simples e essa lesao estiver
consistente com os sinais neuro16gicos abservados e dor localizada, a mielografia
nao e necessaria. Contudo, e absolutamente essencial que a lesao seja
positivamente identificada antes da interven~o cirurgica.
4.4 - Tratamento
o tratamento pode ser clinico ou cirUrgico. 0 repouso estrito e prescrito
para urn padente que apresente urn unico episodio de dar dorsal sem deficits
neurologicos. Sa a dar for grave, podem ser administrados corticosteroides, pois
estes podem diminuir a daf, resultando em maior atividade e maior risco de
pro lap so adicional do material do disco. Em geral, S8 fcrem utilizados
corticosteroides, a animal deve sar mantido hospitalizado par uma semana para
fon;:ar 0 repouso na jaula. Sao recomendadas mais duas semanas de
confinamento na jaula em casa, seguidas par mais tres semanas de
confinamentos em casa e exercfcios na ecleira.
A maioria dos caes jovens em raGas de alto risco para esta doenc;a,
recupera-se de seu primeiro episodio de dar dorsal toracolombar, mas entao terao
episodios repetidos de dar se a cirurgia n:3o for realizada. Esses caes sao
candidatos a fenestrayao profilatica do disco caso a dar se resolva com a repouso
na jaula. A dar persistente e uma indicar;ao para a mielografia, laminectomia
descompressiva e fenestrayao.
Caes com dar aguda causada par doenya de disco cervical sao tratados de
forma canservadora conforme descrito, mas nao sao rotineiramente fenestrados
se responderem bem ao repouso na jaula. Se a dor persistir, a despeito do
repouso na jaula, S8 a dor for um problema recidivante au se deficits
proprioceptivos estiverem presentes, urn mielograma seguido par cirurgia de
sulcamento ventral e fenestrayao estao indicados.
Caes que possuam dor taracolombar aguda, anormalidades proprioceptivas
e fraqueza dos membros posteriores, mas que ainda possam suportar 0 peso e
andar sao tratados com corticoster6ides e repouso restrito no hospital. Os caes
sao monitorados cuidadosamente a e cirurgia descompressiva e realizada se os
sinais neurologicos piorarem. Qualquer cao que nao responda ao tratamento
conservador dentro de cinco a sete dias deve ser considerado candida to acirurgia.
25
Caes com deficits proprioceptivos e motores graves que n~a pass am
suportar a peso ou andar par ocaslao do exame inicial necessitam de
corticoterapla e descompressao cirurglca irnediata. Qualquer dernora da
descornpressao piora 0 prognostico nesses casas. Os caes devern ser avaliados
cuidadosamente para a percep<;ao consciente de dor profunda. Se a animal
estiver verdadeirarnente insensivel a dor per mais de 48 horas, a prognostiCQ para
a recuperac;ao, a despeito da terapla, e rnau e a eutanasia e recornendada. Caes
que possuam perda da percepyao de der profunda por urn periodo mals curto tern
prognostico reservade para a recupera<;a.a. Mais de 50% desses caes recuperarn-
S8 e conseguem caminhar, embera possam pennanecer deficits neurologicos
significativos. A cirurgia explorat6ria eo recomendada para a descempressao e
incisao da dura-mater. A eutanasia e recomendada se for detectada mielomalacia
significativa durante a cirurgia.
o tratamento pos-cirurgico de caes com deficits neurologicos secundarios aprotrusao de disco envolve bons cuidados gerais de enfennagem. Os animais sao
mantidos Hmpes e confinades, com exercicios supervisienados, conforme 0
desejado. Doses anWnflamatarias de corticoster6ides sao administradas par via
oral duas vezes ao dia durante dais dias. Os cuidados com a bexiga sao
irnportantes para prevenir a cistite e promover um retorno a funyaa normal. 0
esvaziamento completo da bexiga pel a menes quatro vezes por dia, mediante
compressao manual au cateterizac;ao, e necessaria naqueles pacientes que
perderam a funyao vesical. A rnassagem dos rnembros e a fisioterapia passiva,
incluindo a abduc;ao dos membros, poderao ajudar a prevenir a atrofia
neurog~nica e fibrose muscular no paciente paraplegico. Urna vez que a incisao
de pele tenha cicatrizado, a natayao pode ser instituida para encorajar a utiHza~o
precoce dos membros. A melhera na func;:ao neurologica em geral ocorre uma
semana apas a cirurgia. Se nao houver nenhuma melhora apas 21 dias, 0
prognostico para a recuperac;~o e mau.
2('
4.5 - Prognostico
o prognostico para a recuperac;ao e bom quando as arientac;5es descritas
acima sao utilizadas para determinar 0 tratamento.
27
4.6 - CASO CUNICO
NOME. Tuca
Ra9a Dachshund
Sexa. Femea
Idade 07 anas
Historia.
Foi realizada Laminectomia, em janeiro, sendo indicado para tratamenta, 0
uso de Corrente Eletrica para FacilltaG80 neurovascular.
o animal vinha sendo tratado ha dais meses. No dia 14/02/02 fai iniciado a
acompanhamento do animal junto com 0 veterinario; corrente eh~trica era utilizada
nos membros pasteriores, duas vezes por semana, durante cinco minutas.
Foi indicado a nataG8o, com intuito de se obter uma melhora mais rapida;
iniciou-se ainda massagem com escovay8o para melhorar a estimulaG80 dos
membros.
o animal apresentou uma pequena reacao motora ao teste de Babinski,
respondendo ao estfmulo. Naa ha previs8a para 0 final do tratamento.
28
Fig. 3 -liustra9ao do Paciente Tuca.Doen9a do Disco Intervertebral
29
Fig. 3.1 - lIustray~o do Paciente Tuca.Doenya do Disco Intervertebral
lU
5. -- OSTEOARTROSE
Segundo GREESPAN, (1996) tambi!m conhecida como Artrose, artrite
degenerativa, osteoartrite, e uma doenca articular que S8 caracteriza par urn
desgaste nas cartilagens que revestem as articulacOes.
5.1 - Causa
Artrose Primaria: Causa desconhecida, com 0 envelhecimento e sobrecarga
mec~nica sobre as articula¢es a cartilagem enfraquece e sefre desgaste.
• Artrose Secunda ria: Causada par traumatismos articulares (fratura), infecc;ao
articular, necrose avascular (infarto 6sseo), doenc;as inflamat6rias, doenc;as
metab6ticas (gata) e hemarr;igicas (hemafilia).
5.2 - Sinais Clinicos
Inicia-se com dar, principal mente aos movimentos, esfon:;o fisico au
perman~ncja de pe (quando acamete membros inferiores). Existern period os de
melhora espontanea, intercalados com periodos de piora.
Com 0 passar dos an os a dar tende a ser mais frequente e mais intensa,
limitando 0 uso do membro e das articulac;oes acometidas.
Articulac;oes rnais afetadas na osteoartrose primaria: quadril, joelho,
tomozelo, coluna lombar, coluna cervical, punho, dedos da mao (polegar
principal mente).
Nos casas avam;ados a paciente apresenta dar persistente mesmo durante
a repouso; tambe-m apresenta rigidez e em alguns casas deformidade articular.
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5.3 - Tratamenta
Infelizmente a cartilagem lesada naa se regenera e a artrose, uma vez
estabelecida, tende a evoluir com desgaste progressivo da cartilagern articular.
5.4 - Tratamenta Conservador
• Usa de antiinfiamatorias: Para reduzir a dar e a processa inflamatorio articular.
Madificac;tla da atividade: E fundamental evitar a sobrecarga mecanica das
articuJacOes acometidas.
Fisioterapia: Para reduzir a dar, manter born grau de mavimento na articula<;ao
e fartalecimento muscular evitando rigidez e deformidade articular.
5.5 - Tratamento CiriJrgico
Deve ser indicado em casas especificos, ostentonias, artroplastias ou
artradese, sao ap<;Oes disponlveis.
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5.6 - CASO CLiNICO
Nome: Dabe
Ra,a: Doberman
Sinais: Oor
Sexa: Macho
Idade: 08 anas
Hist6ria:
Havia indicac;ao de doze sessoes de Corrente Eh~tricaMagmHica. No dia
18102/02 fOI iniciado 0 acompanhamento do animal, que submetido a duas
sessoes per semana, com durayao de sete minutos cada entre a L 7 - C1 e L2 -
L3, nao estava respondendo ao tratamento.
o tratamento esta em andamento e segundo 0 veterinario sera incluida a
laserterapia, para se obter um melhor resultado.
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Fig. 4 -liustra9Ao do Paciente Dobe - Osteoartrose.
3·1
6. - D1SPLASIA COXOFEMURAL
Segundo GENDREAN (1977), E um desenvolvimenlo anonmal da articula<;1\o
coxa femural, sendo geralmente bilateral. A causa mais comum e de osteoartrite,
capsulite, sinavite nessa articulayao.
Areta mais as caes de racyas grandes e gigantes, sem predisposicao de sexa.
Ocorre a medida que a desenvolvimento e a maturacao muscular se atrasam com
relayao a taxa de crescimento esqueletico.
6.1 - Sinais Clfnicos
A sintomatologia aparece principalmente entre quatro e sete meses de
idade e se basela na dar, claudicagaa, maior dificuldade de locomoc;ao em
superficies lis as, atrofia muscular, mobilidade excessiva ou reduzida, dependendo
da fase (aguda au cronica, respeclivamenle) e crepilayao ao exame clinico da
articula~o. 0 diagnostico e realizado somente com 0 auxilio de exame
radiografico, mediante posicionamento correto. Esse posicionamento e
conseguido, principalmente, atraves da anestesia geral, ja que estamos frente a
uma patologia muitas vezes dolorosa e de urn cao geralrnente grande. No que se
refere ao equiparnento radio16gico sugere-se aqueles de dimensoes nao multo
reduzidas.
6.2- Tralamenlo Cirurgico
E feilo a remo<;1\o da cabeya e colo femoral (Artroplaslia ).
6.2- CASO CLiNICO
Nome: Mandi
Ra,a: Labrador
Sexo: Macho
Idade: 12 anos.
Historia'
o proprielario oplou par Iratamento com Laserterapia, com receio da
anestesia devido a idade do animal. 0 animal vinha sando tratado ha seis meses.
No dia 12/02/02 foi iniciado a acompanhamento do caso.
Era realizado 0 laser duas vezes par semana, na regiao do acetabula
bl1ateral, durante seis minutos.
Foi solicitada ao proprietario restriyao aos exercicios, para que 0 animal n:io
foryasse as membros.
631-QA§Q2
Nome: Feroz
Raga: Labrador
Sexo: Macho
Idade: 07 anos
Hist6ria:
Foi realizada em janeiro a ressecyao da cabe<;a do femur, do membro
direito, mas segundo 0 proprietario, 0 animal mancava e sentia intensa dor no
membro.
Foi indicada a Lasefterapia na regiao afetada durante sete minutos. duas vezes
par semana.
o animal parOLI de mancar na quinta sessao, (terce ira semana).
Infelizmente 0 caso nao podendo ser acornpanhado ate 0 final do tratamento nilo
podendo ser afirmado se a melhora observada na terceira semana progredili.
37
T••
.•......••. Asa iliaca
Cabe«a femoral-Sordo .......•....•.•.••acetabular .dorsal .•..• " '" Colo femoral
.•.. "'Foramenobturador
Patela
Sulco hoclear
Fig. 5 - lIustrayao de Disptasia Coxofemural.
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7- DOENCA DE LEGG- CALVE- PERTHES
Segundo GATTERALL (1982), E conhecida como diversos outros names,
como doenc;a de Legg - Perthes au de Calve - Perthes, osteocondrite juvenil e
necrose avascular. A doenya de Legg- Calve - Perthes e urna necrose asseptica
nao inflamatoria da cabec;a e colo femurais, que acamete c~es de raC;8s de
pequeno porte. N~o S8 conhece com certeza a callsa de tal necrose.
Em todos os casas, 0 OS50 da cabe<;:a e colo femorais, sefre necrose e
deformayao durante esse period 0, a dar e manifestada, machos e femeas sao
igualmente afetados,
As rac;as Toy e Terries sao as anima is mais susceHveis.
7,1 - Sinais
FreqOentemente, a primeira anormalidade observada e a irritabilidade. 0
animal pode mastigar 0 flaneD e a area coxofemural. Pode haver dar nos quadris,
especialmente quando S8 faz abduyao.
6,3- Tratamento
E cirtirgico, onde S8 faz a excisao da cabec;a e colo femorais.
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6.4- CASO CUNICO
Nome: Penelope
Raya: Yorkshaire
Sexo: Femea
Idade: 03 anos
Historia:
o tratamento com Laserterapia foi iniciado ha dois meses. Come~ou a ser
acompanhado 0 animal no dia 04102102, 0 Laser era feito na regiao do acetabulo,
durante cinco minutos, duas vezes par semana. As sess6es fcram realizadas ate a
dia 01/04/02, quando foram suspensas, devido a melhora, pais 0 animal ja nao
mancava e nao sentia dor. Fai recomendado que S8 as sinais clinicos S8
manifestassem nova mente, 0 tratamento deveria ser retomado.
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41
7. - CONCLUsAo
A realiza<;ao do estagia fo; bastante proveitosa, Pois S8 pode observar
casas concretos, de melhoras em animais quase sem perspectiva de qualidade de
vida.
As atividades desenvolvidas foram de tal maneira eiLJcidativa e deslumbrantes que
me motivaram a estudar al9m dos conteudos adquiridos durante a 8sta9ia.
Nada substitui a experiimda de urn estagio, en de S8 vivencia na pratica a
teeria adquirida dentro da universidade, alam disso, 0 estagio e um instrumento
"nico de integra,ao Escola/mercado de trabalho e de aperfei,oamento cientifico e
humane.
Durante esle periodo de estagia, conduiu·se que 0 tratamento de fisioterapia,
apesar de mais longo, em noventa par cento dos cases tern a mesma result ado do
tratamento cirurgico .
.A grande vantagem do tratamento de fisioterapia e ere que pode ser
realizado em animais cardiopatas e de idade avan~ada, n~o sendo um tratamento
traumatico nem sendo necessaria a usa de medicamentos.
9 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
COLLS, J. La Terapia Laser, Hoy. Barcelona: Centro Documentacion Laser deMedilec, 1984.
EDINGER. S. J. Tratado de Medieina Interna Veterimiria - Molestias do cao edo gato. 3 ed. Sao Paulo: Manole, 1992.
GREESPAN, A. Radiologia Ortopediea. 2 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1996.