true blood - escravos do amor - capítulo 37 - ligações perigosas

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Temporada 03 Capítulo 37 Ligações Perigosas By We Love True Blood Why do you suppose we only feel compelled to chase the ones who run away? Immaturity? Sookita entrou no apartamento de Tara tentando esconder o nervosismo que sentia. Havia mentido a amiga que não se sentia bem para voltar à mansão, que gostaria de espairecer após a visita ao cemitério. Não sabia como Tara iria reagir quando soubesse que foi apenas um pretexto para a visita de Eric. Ela caminhou até a janela da sala, não abriu, esperaria Eric aparecer. Uma das colegas de Tara estava estudando num dos quartos e não queria ser interrompida, muito menos ouvir algum barulho. As outras saíram para curtir a noite como Eric tinha imaginado. Não conseguia parar de olhar para a janela, não deveria se sentir dessa maneira só porque iria vê-lo. Tudo estava nebuloso em sua mente, tanto em relação a Eric quanto ao fato de ter apagado durante um mês. Talvez fosse um mecanismo de defesa de seu corpo evitando que enfrentasse a morte de Jason. Ou ela estaria ficando louca de uma vez, seria uma boa explicação, e faria sentido por ter se envolvido com Eric estando recém-casada. “Não quer se sentar?”, Tara perguntou enquanto se sentava no sofá.  A chuva começou a c air mais forte lá fora, e relampejava assustadoramente. Poderia ser que ele nem viesse por causa disso. Ela não queria pensar o quanto estava desapontada se isso realmente acontecesse. “Tenho uma coisa para te contar.”, ela disse se recostando na janela e evitando olhar para Tara. “O que é?”, Tara disse preocupada. “Eu fiz algo errado... eu sei que é errado.”, ela olhava para a rua lá embaixo. “Só vou saber se contar.”

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Temporada 03 Capítulo 37 

Ligações Perigosas

By We Love True Blood 

Why do you suppose we only feel compelled to chase the ones who run

away?

Immaturity?

Sookita entrou no apartamento de Tara tentando esconder o nervosismo quesentia. Havia mentido a amiga que não se sentia bem para voltar à mansão,que gostaria de espairecer após a visita ao cemitério. Não sabia como Tara iriareagir quando soubesse que foi apenas um pretexto para a visita de Eric.

Ela caminhou até a janela da sala, não abriu, esperaria Eric aparecer. Uma dascolegas de Tara estava estudando num dos quartos e não queria ser interrompida, muito menos ouvir algum barulho. As outras saíram para curtir anoite como Eric tinha imaginado.

Não conseguia parar de olhar para a janela, não deveria se sentir dessamaneira só porque iria vê-lo. Tudo estava nebuloso em sua mente, tanto emrelação a Eric quanto ao fato de ter apagado durante um mês. Talvez fosse ummecanismo de defesa de seu corpo evitando que enfrentasse a morte deJason. Ou ela estaria ficando louca de uma vez, seria uma boa explicação, efaria sentido por ter se envolvido com Eric estando recém-casada.

“Não quer se sentar?”, Tara perguntou enquanto se sentava no sofá.

 A chuva começou a cair mais forte lá fora, e relampejava assustadoramente.

Poderia ser que ele nem viesse por causa disso. Ela não queria pensar oquanto estava desapontada se isso realmente acontecesse.

“Tenho uma coisa para te contar.”, ela disse se recostando na janela e evitandoolhar para Tara.

“O que é?”, Tara disse preocupada.

“Eu fiz algo errado... eu sei que é errado.”, ela olhava para a rua lá embaixo.

“Só vou saber se contar.”

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Sookita engoliu em seco, criava coragem para falar sobre a visita de Eric emalguns minutos. Seria melhor contar antes que ele aparecesse de surpresa.

“Eric está vindo me encontrar...”, ela respirou fundo. “Aqui.”

Tara deu um pulo do sofá ficando paralisada no meio da sala. Ela encaravaSookita sem acreditar no que tinha ouvido.

“Aqui? Aqui... como?”, Tara olhava em volta confusa.

“Você tem que entender, eu não consegui dizer não. Eu juro que tentei.”

“Ele foi atrás de você no cemitério?”, Tara a olhou desconfiada.

“Ele me sentiu pela primeira vez depois desse mês que eu fiquei... fora domundo.”, Sookita passou o dedo no vidro da janela seguindo um pingo da

chuva.

“E daí? Não tem que se encontrar com ele aqui na minha casa.”

“É só uma vez, eu não quero mais vê-lo também. Ele não pode se aproximar de mim. Não pense que aquelas seguranças lá fora são para me protegeremde quem fez mal para Jason. É para evitar que eu encontre... Eric.”, ela olhoupara Tara.

“Bill está fazendo isso para te proteger e colocar um pouco de sanidade nessatua cabeça.”, Tara deu um soco na mão. “Eu não te conheço mais.”

“Não era você quem dizia que eu deveria curtir a vida, sair do mundinhofechado.”, Sookita caminhou pela sala abrindo os braços.

“Sim... eu disse. Mas, não pra ficar desse jeito...”, Tara apontou para ela. “Billnão merece isso.”

“O que?”, Sookita gritou. “Desde quanto você defende Bill? Você o odiava maisdo que tudo.”

 A porta de um dos quartos abriu do outro lado do apartamento, uma moça decabelos pretos colocou a cabeça para fora e disse irritada:

“Dá pra calarem a boca aí... porra.”

Tara gritou um pedido de desculpas e a moça fechou a porta num estrondo.

“Não estou defendendo Bill, mas não acho certo o que está fazendo.”, elarespondeu não escondendo a impaciência.

“Não estou fazendo nada demais. Não vou trair Bill.”, Sookita cruzou os braços.

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“Nem é por Bill. É por você. É um jogo perigoso que está fazendo.”, Tarabalançou a cabeça desolada.

“Não tem jogo nenhum. Eu acordei depois de um mês e você me fala isso?”

“Mal acordou e já correu para os braços do outro.”, ela deu de ombros.“Se quiser fique junto o tempo todo. Não farei nada, eu te garanto. Ainda maisdepois de...”, Sookita parou de falar.

“Não, não... não seja o que estou pensando.”

Foi a vez de Tara falar aos gritos. Sookita se encolheu. E a porta do quartoabriu novamente.

“Vou chutar vocês duas daqui, loucas.”, a moça dos cabelos pretos disse

raivosa.

“Já estamos de saída mesmo.”

Tara respondeu puxando o braço de Sookita. A moça voltou a bater a porta doquarto. Estavam indo em direção à saída, Sookita tentando se soltar das mãosda amiga. Quando ouviram uma leve batida na janela. Eric pairava do lado defora com um meio sorriso. Estava chovendo forte e ele completamentemolhado.

Sookita correu para a janela, sentia a mão tremendo de excitação. O olhar deleencontrou o dela rapidamente, foi o suficiente para as pernas bambearem.Mas, foi impedida por Tara que a tentou puxar para longe.

“Está louca, Sook. Não faça isso.”

“Ele está esperando.”

“Dane-se. Vamos embora.”, Tara disse para Sookita e olhou irritada para Ericdo outro lado.

O vampiro não parecia contente com a demora, bateu novamente no vidro.Sookita abriu o trinco de uma vez liberando a entrada para ele. Vento e chuvaentraram junto com ele no apartamento. O movimento foi tão rápido que Eric jáestava no meio da sala tirando a jaqueta preta molhada.

“Não jogue no sofá.”, Tara gritou correndo na direção dele.

“Onde quer que eu coloque?”, ele disse confuso.

“Me dá aqui.”, ela puxou irritada a jaqueta da mão dele e foi até a área deserviço.

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Sookita fechava a janela quando se deu conta que só havia os dois na sala.Mais uma vez não sabia como agir, poderia gritar para ele ir embora porque sesentia arrependida, ou correr para os braços dele ou saltar lá para baixo por pensar essas coisas.

“Quer uma toalha?”, ela disse apontando para ele. “Está molhado... seucabelo.”

E ele estava mais bonito do que nunca para tristeza dela. Nem molhado e como cabelo desgrenhado, Eric perdia a beleza. Estava lá parado no meio da salatentando arrumar o cabelo molhado com as mãos. Homens eram semprepreocupados com o cabelo, nada poderia ficar fora do lugar. Ela lembrou-se deJason, só saia de casa com o cabelo sem nenhum fio desarrumado.

“Não vai adiantar nada. Estou inteiro ensopado.”, ele bateu a bota no tapete e

agua se espalhou para todo lado.

“Justo hoje foi chover.”, ela tentou manter uma conversa que teria com umcliente no bar de Sam.

“Nunca vou me acostumar com o verão.”, ele balançou a cabeça, dessa vez aagua acertou nela.

“De onde você veio é frio...”, ela continuava em pé atrás do sofá, preferia umadistância segura.

“Muito.”, ele disse pousando os olhos azuis nela.

Sookita se mexeu incomodada, o olhar dele era penetrante, o mesmo queexibiu quando foram íntimos em Rosamar.

“O que você tem para me dizer? Não posso demorar... meu...”, ela iria dizer marido, mas parou no mesmo instante.

“Quero saber o que aconteceu com você esse tempo todo.”, ele colocou asmãos na cintura.

Ela focou a visão na cozinha que ficava ao lado da sala. No cemitério tinha sidotão mais fácil conversar com ele, agora era diferente.

“O médico disse que foi choque pela morte de Jason.”, Tara disse antes queSookita respondesse.

“Eu perguntei para Sookita.”, ele olhou de Tara para ela. “Não para você.”

“Pois eu já respondi por ela. Agora pode ir embora. Está tudo bem com ela.”,Tara passou por ele e abriu a porta. “Como você entrou aqui sem ser 

convidado?”

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Sookita voltou-se para ele curiosa, tinha esquecido esse pequeno detalhe. Tara jamais aprovaria a entrada dele.

“É alugado.”, ele abriu um sorriso.

Tara desviou o olhar do dele e focou no chão. Sookita notou que não erasomente ela que sofria os efeitos das ações de Eric. Tara também se sentiaincomodada com o magnetismo dele. Pelo jeito poucas eram imunes a ele, issose existia alguém. Esse pensamento a deixou atordoada. Eric era muito maismanipulador do que ela imaginava, e usava o que tinha de melhor em seufavor.

“Além do que você não deixaria seu patrão tomando chuva lá fora.”, ele piscoupara Tara.

“Não ganho tão bem assim para ter essa compaixão toda.”, ela apontou asaída. “Foi um prazer receber a sua visita.”

“Eric é meu convidado.”, Sookita disse saindo de trás do sofá.

“No meu apartamento.”, ela gritou.

Sookita lançou um olhar raivoso para ela, agora a outra moradora iria dar escândalo pelo barulho. Não demorou dois segundos e a porta do quarto seabriu. A moça dos cabelos pretos parou na cozinha boquiaberta.

“O que o Thor está fazendo aqui?”, ela disse esfregando as mãos excitadas.

“É o meu patrão.”, Tara respondeu com uma careta.

“O seu patrão é o Thor e nunca nos contou?”, ela caminhou até a sala e parouao lado de Eric. “Sou Natália, melhor amiga de Tara e estou desempregada. Sequiser me levar para Asgard também.”

“Meu Deus, se controle.”, Tara foi empurrando a amiga de volta para o quarto.

“Prazer, Eric Colunga.”, ele soltou uma gargalhada.

Natália se soltou de Tara e correu até Eric estendendo a mão. O vampiroapertou a mão dela e a puxou para dar um beijo no rosto. Ela ficou nas pontasdos pés e se apoiou no peito forte dele.

Sookita não conseguiu esconder o incomodo que sentiu com a cena. Ficouimaginando quantas mulheres se jogavam aos pés dele. Inclusive ela quase fezisso. Não tinha coragem de repreender a atitude de Natália, ela entendia aeuforia.

 A moça voltou ofegante, o rosto mais vermelho do que um pimentão. Elaolhava para ele com um olhar perdido.

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“Faça um favor para mim.”, Eric baixou a cabeça para encara-la e não deixouque se afastasse. “Leve sua melhor amiga Tara para o quarto e não deixe sair de lá até eu mandar.”, ele disse baixinho.

Ela concordou com um aceno leve de cabeça. Tara a olhava sem entender o

que tinha acontecido. Natália a puxou em direção ao quarto, não poderia deixar que escapasse. Empurrou Tara para dentro, bateu a porta com força e trancou.

“Eric, seu filho da puta.”, ela esmurrava a porta do quarto.

Ele gargalhou novamente. Sookita deu um tapa no braço dele, ele a olhousurpreso com a atitude.

“O que eu fiz?”, ele abriu os braços.

“Eu sei o que fez.”, ela o repreendeu. “Faça Tara sair, eu me resolvo com ela.”

Sookita caminhou para o quarto, parou em frente à porta e apontou para ele .

“Eric!”

“Está bem.”, ele disse contrariado. “Natália, pode liberar Tara.”

 Assim que a porta abriu, Sookita não deixou que Tara saísse e disse o maisbaixo que conseguiu:

“Agradeço a sua preocupação. Eu não faria nada sem você.”, ela apertou a

mão de Tara. “Confie em mim. Eric pode ajudar em encontrar quem matouJason ou onde está Lafa.”

“Não sei.”, ela olhou preocupada para Sookita.

“Vou conversa com ele no seu quarto. Se quiser pode ficar ouvindo atrás daporta. Só para ter certeza de que nada acontecerá.”, ela falou com um meiosorriso.

“O que eu não faço por você.”, Tara deu um beijo no rosto de Sookita.

Ela saiu do quarto, Tara continuou lá dentro evitando que Natália saíssenovamente. Sookita caminhou até ele sentindo o coração saltando.

“É melhor conversarmos no quarto de Tara.”

Ele concordou com a cabeça. Sookita abriu a porta do quarto que ficava aolado do outro. Arrependeu-se assim que entrou e o sentiu logo atrás dela. Oquarto era minúsculo, havia um guarda-roupa pequeno ao lado da porta, nooutro lado uma estante de livros. No fundo duas camas de solteiro separadaspor um criado-mudo.

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Ela ouviu a porta bater, agora não tinha mais como sair. Quando o ouviupassar a chave e trancar, ela sentiu as pernas fraquejarem. Caminhou até umadas camas e sentou na ponta, puxando o vestido até os joelhos.

“Não... precisa trancar.”, ela disse num fio de voz.

“Não quero que nos interrompa.”, ele falou alto o suficiente para Tara ouvir.

“Agora podemos conversar .”

Sookita não quis deixar dúvidas de que nada mais iria acontecer. Ericcaminhou no quarto, a cabeça quase batendo no teto. Ele se sentou na outracama em frente a ela. O espaço era pequeno, o joelho dele roçava na pernadela. Era o suficiente para deixá-la desconcertada.

“Você vai molhar toda a cama.”, ela franziu o cenho.

Ela se levantou indo até o guarda-roupa de Tara. Mexeu por alguns minutosprocurando por uma toalha. Encontrou uma com desenho de pôneis e jogoupara ele. Sentou-se novamente na ponta da cama, mas evitou que o joelhotocasse no dele.

“Talvez fosse melhor eu tirar a roupa.”, ele disse com um sorriso zombeteiroenquanto enxugava os cabelos e os braços.

“Não.”, ela falou mais alto do que gostaria. “Está ótimo assim. Logo estará

seco.”

Desviou o olhar dos ombros musculosos e que ficavam ainda mais chamativospor causa da regata preta que ele usava. Pelo jeito era uma das peças deroupa favorita dele, ela pensou rindo por dentro.

“Não entendo o que aconteceu com você.”, ele jogou a toalha em cima dacama. Colocou os braços no joelho e apoiou o tronco para frente.

“Foi o que Tara disse. Choque pela morte de Jason.”, ela respondeurapidamente sentando mais para trás na cama.

“Se você acredita em baboseiras de médicos, eu não acredito.”

“E por que isso te interessa tanto?”, ela o encarou em sinal de desafio.

“Eu a vi no enterro de seu irmão parecendo um zumbi.”, ele disse.

“Todos estavam lá, menos eu.”, ela baixou a cabeça pesarosa.

“Nunca se perguntou por que é uma telepata?”, ele tocou no joelho delaforçando que o encarasse.

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“Milhares de vezes. Jamais encontrei uma resposta plausível.”, ela juntou aspernas, afastando o joelho do toque dele. “E você já pensou nisso também?”

“Não.”

“Como não?”, ela perguntou balançando a cabeça sem entender.“Não acho que seja uma telepata.”, ele disse friamente.

“Claro que sou. Nunca ninguém duvidou de minhas habilidades.”, Sookita disseofendida.

“Você pode ter uma boa leitura das reações dos outros. Ou ser uma bruxa.”,ele deu um sorriso de canto.

“Não te entendo, num minuto está preocupado comigo e no outro tirando sarro

da minha cara.”, ela cruzou os braços.

“Estou falando sério. As alucinações que tivemos só pode ser feitiçaria.”

“Está me acusando de novo de bruxaria. Não acredito nisso.”, ela disseincrédula, lembrou-se de quanto ele a acusou na festa de noivado de ser bruxa.

“Eu sou um vampiro. Acreditar em bruxas não seria tão chocante assim.”, eledeu de ombros.

“Não sou uma bruxa e nem joguei um feitiço em você. Se é isso que está

insinuando.”

“Como explica eu não parar de pensar no que fizemos em Rosamar?”, ele seaproximou forçando um dos joelhos entre as pernas dela.

Ela engoliu em seco. Não conseguia acreditar que ele tinha sentido o mesmoque ela. Que o afetou tanto quanto ela. Que o corpo dela só respondia a ele.Ele só poderia estar brincando com os sentimentos dela como sempre fez tãobem.

“Só um feitiço para você se sentir assim.”, ela desviou o olhar amargurada.“Terei que provar mais para ter certeza.”, ele roçou devagar o joelho no meiodas pernas dela.

“Acha que irei me jogar em seus braços com esse papo furado? Já usou essatática antes”, ela lembrou-se novamente do dia do noivado e que quasesucumbiu naquele momento.

“Só não funcionou porque quis se vingar de mim.”, ele continuavamovimentando o joelho fazendo com que ela gemesse.

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“Podemos encerrar aqui. Já entendi qual era a sua preocupação.”, ela agarrouo joelho dele com toda força que tinha e tentou tirá-lo do meio das pernas.

“Não menti sobre a minha preocupação. Quero saber o que aconteceu.”, elepousou a mão sobre a dela retirando do joelho.

“Tem coragem de dizer que não acredita em médicos e me acusa de ser bruxa.Que brilhante conclusão, Eric.”, ela fez menção de se levantar, mas foiimpedida pela aproximação dele.

Ela mal conseguia respirar com o joelho dele se mexendo daquela maneira.Tentava não gemer, tentava se levantar, tentava sair de perto dele, tentavamilhares de fuga na mente, mas não conseguiu colocar nenhuma em prática.Sabia que Tara estava ouvindo do outro lado, não poderia deixar que ele adominasse dessa maneira. Mesmo querendo senti-lo dentro dela novamente.

“Por que resistir?”, ele disse numa voz rouca.

Sookita sabia o que significava quanto ele falava daquela maneira. A sensaçãomaravilhosa que já tinha sentido antes começava a voltar. Ela não teve comoimpedir quando ele parou de usar o joelho e passou a usar os dedos por cimada calcinha. Sem perceber arqueou o corpo para trás para que ele alcançassecom os dedos o ponto de maior prazer.

“Pare, por favor... eu não quero...”, ela disse sussurrando, evitando a todo

custo que gemesse alto. O pouco de sua mente que ainda estava ativa selembrava de Tara lá fora.

“Não quer o que?”, ele agora estava de joelhos em frente a ela.

“Gozar...”, Sookita disse sem controlar um gemido que saiu estrangulado.

Mas, ele não atendeu ao pedido desesperado feito por ela. Afastou a calcinhadela para o lado e os dedos se movimentaram com mais liberdade,percorrendo o clitóris. Ela sentiu uma sensação de arrepio com o toque geladodos dedos dele. Mas, logo seu corpo se acostumou e ansiou por mais. Ele

subia e descia a mão, aumentando cada vez mais a velocidade. Quanto sentiua excitação dela chegando ao limite, os dedos cada vez mais escorregadios.Ele a empurrou para trás fazendo com que deitasse de atravessada na camade solteiro e jogou o corpo por cima do dela.

“Você quer isso tanto quanto eu.”, ele sussurrou.

“Quero.”, Sookita respondeu passando a mão nas presas expostas dele. “Mas,não podemos fazer isso.”

“Por que não?”, ele disse num resmungo. Os olhos faiscando de desejo. Elepassou a língua no pescoço dela.

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“Esqueceu-se da promessa que fez ao meu marido?”

 Ao ouvir isso Eric se pôs de pé rapidamente, não escondendo a tensão quesentia. Sookita sentou-se evitando olhar na direção dele, ajeitou o vestido nolugar e arrumou discretamente a calcinha. Se moveu na cama até encostar-se

ao criado-mudo. Olhou pela janela e lá fora ainda chovia.

Soltou um longo suspiro tentando respirar normalmente, apertou as pernaspara que a sensação de formigamento passa-se de uma vez. O espiou com ocanto dos olhos, ele voltou a sentar na outra cama, dessa vez bem longe dela.Notou que passava os dedos na calça jeans para limpá-los. Um rubor tomouconta do rosto dela, sabia exatamente porque ele fez aquilo.

“Sabe... sabe se encontraram o senador?”, ela disse quebrando o silêncioconstrangedor.

“Não. É tido como desaparecido.”, o olhar dele agora era frio, não havia maisdesejo.

“Estão procurando por ele?”, ela se voltou para ele, se arrependeu quandonotou que a calça dele ainda exibia um volume. Não havia se recuperado doque quase fizeram.

“Juan Carlos escapou. Não sei como conseguiu. Ele sabe o que aconteceu aosenador, mas está escondendo, não sei com qual intenção.”, ele percebeu a

direção do olhar dela. Passou a mão no membro que continuava rijo para quevoltasse ao normal. Focou o pensamento em outros assuntos para que nãocontinuasse dessa maneira.

“Ele não virá atrás de você ou de mim? Sabe tudo sobre nós.”, Sookita tentoudesviar o olhar, mas não conseguia. O movimento que ele fez a deixou maisainda excitada. Mesmo apertando as pernas, a sensação não ia embora.

“Pam foi para a capital atrás de Ágata e tentar chegar até Juan Carlos.”, eledisse enquanto esfregava as mãos nas coxas, tremiam ligeiramente.

“Ágata é a amiga de Tara?”, Sookita respirava com dificuldade, tentava manter o foco na conversa, mas sua mente voltava a todo o momento de minutosatrás.

“Trabalhava para mim. Foi contratada logo após Tara.”, ele se moveudesconfortável na cama ao perceber a expressão de Sookita. “Ela sumiu umpouco antes de você desaparecer. Não tive dúvidas de que era espiã dosenador.”

“Se ela sumiu, como sabem que está na capital.”, ela refreava a vontade de

sentar no colo dele. Por que o impediu que fosse até o fim? O que ela tinha nacabeça? Talvez estivesse ficando louca mesmo ao questionar dessa maneira.

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“Ela ligou para Tara pouco depois de Jason morrer.”, Eric disse evitando olhar para ela. “Só agora conseguimos uma pista de onde mora.”, ele não contouque a demora se deveu a fuga fracassada de Bastian e Jessica. O vampirosaiu da punição alguns dias atrás e Pam o procurou para que achasse oprovável endereço pelo número do telefone de Ágata.

“Por que você não foi atrás dela?”

“Por sua causa.”

“Minha causa?”, ela sentiu o corpo tremer novamente.

“Eu precisava saber se estava bem.”, ele virou a cabeça para encará-la.

“Era só ligar para Bill, ele te falaria tudo. Já que agora são tão amigos.”, eladisse não escondendo a irritação.

“Pare de usá-lo para tentar fugir de mim.”, ele disse raivoso. “Não chega essecasamento de mentira.”

“Eu fugir? Foi você quem fez um acordo para se afastar de mim. Você quem seperde em suas mentiras.”, o rosto dela estava vermelho.

“Fiz isso para te proteger.”

“Proteger do que?”

Ele se levantou de uma vez. Ela levantou também, mas não se sentindo tãosegura.

“Preciso ir.”

“Você não vai embora sem me contar a verdade.”, ela tentou ir até a porta, masfoi impedida por ele.

“Eu nunca digo a verdade, de acordo com você.”, ele segurou no braço dela.

“Eu quero saber se tem relação com meu irmão. Só isso.”, ela manteve a visão

no peito dele. Estavam tão perto novamente, e se ele tentasse possui-la, elanão iria impedir dessa vez.

“Eu não...”, ele parou de falar.

“É tão difícil assim?”

Ela criou coragem e levantou a cabeça para encará-lo. Ficou chocada com ador que via no olhar dele. Ele a soltou e virou-se de costas caminhando até aporta.

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“Eu queria me afastar... porque não quero que saiba o que fiz.”, ele dissedepois de um longo tempo.

O coração de Sookita começou a bater acelerado. Ele não podia ter matadoJason, não podia. Ela repetia mentalmente como se fosse um mantra. Não

depois de tudo que tinha acontecido entre eles. Ele havia prometido e elaacreditado.

“O que você fez?”, ela demorou a perguntar, o medo da resposta que teria aaterrorizava.

“Sei que irá me odiar quando contar”, ele se mantinha de costas para ela.

“Desde quando você se preocupa se é odiado?”, ela abriu os braços irritada.

“Por causa do que estou sentindo... porra!”, ele virou de repente. “Eu não quero

que me odeie.”

“O que eu menos sinto por você é ódio.”, ela disse envergonhada.

Ele cobriu a distância no quarto pequeno com apenas um passo, tomou o rostodela entre as mãos. Forçou que o encarasse, ela não tinha como desviar oolhar. Ficaram assim por longos minutos, ele criava coragem para falar e elapara ouvir.

“Eu não fui te salvar porque sou um herói numa armadura reluzente.”, ele

aumentou a pressão no rosto dela. “Eu fui te salvar porque fiz uma trocavantajosa para mim.”

“Que... troca?”, ela disse num fio de voz.

“Seu irmão.”

“Jason... meu irmão...”, os olhos dela ficaram marejados.

“Sim, eu só fui até você em troca do paradeiro dele.”, ele não conseguiaesconder a dor que sentia na voz. “Mas, eu não o matei, como te prometi.”

“Você... você me deixaria morrer se não fosse por Jason...”

Ela se desvencilhou do toque dele com um safanão. Queria fugir daquelequarto, mas não conseguia, ele impediria a sua saída. Já sentia a dor pelamorte do irmão e agora a dor de saber que Eric não ligava se ela vivesse oumorresse.

“Quando você sumiu esse mês todo, eu não te sentia mais, achei que tinha teperdido para sempre. Eu percebi o erro que quase cometi. Eu não consigomais ficar sem você.”, ele disse passando as mãos que tremiam no cabelo.

“Vá embora.”, ela disse se sentando na cama.

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7/29/2019 True Blood - Escravos do Amor - Capítulo 37 - Ligações Perigosas

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“Não vou enquanto não acreditar em mim.”, ele cruzou os braços.

“Suas palavras são como veneno.”, ela o encarou com ódio.

“Sei que irá me odiar. Mas, só quero que acredite no meu arrependimento.”, ele

se sentou ao lado dela. “Eu estava com raiva do que tinha feito comigo, tantasmentiras, ainda mais sobre Jason. Agi como uma criança birrenta em nãoquerer te salvar.”

“Você não consegue parar de falar besteira.”, ela disse com cinismo. “Imaginoa felicidade que sentiu quando meu irmão morreu.”

“Não se isso fosse te trazer sofrimento.”

“Meu Deus, esse papel de coitadinho não combina com você. Só falta dizer queirá se confessar na igreja pelos seus pecados.”, ela disse exasperada.

“Você insistiu pela verdade, eu contei. Agora terá que lidar com isso.”, ele dissese levantando.

“Não foi você quem me acusou de mentir tantas vezes? É estranho como omundo dá voltas.”

“Eu tive meus motivos.”, ele disse dando de ombros.

“Eu também tive os meus. Para proteger meu irmão de um assassino comovocê.”, ela se levantou e o encarou ficando nas pontas dos pés.

“Agora sou assassino? Meia hora atrás você não pensava isso.”

Ela desferiu um tapa no rosto dele com toda força. A marca dos dedos ficouvisível na pele pálida.

“Antes de eu saber a verdade.”

“Eu não matei Jason. Eu te prometi e cumpri.”, ele agarrou o braço delaevitando que desse mais tapas.

“Nunca ninguém me machucou tanto quanto você. Como queria te odiar.”, elacomeçou a chorar.

“Por isso eu quis me afastar.”, ele a puxou para junto de si. “Mas, nãoconsegui.”

Ela apoiou a cabeça no peito dele, e deixou que as lágrimas corressemlivremente. Eric passava a mão nos cabelos dela, tentando consolá-la.

“Só peço que cumpra o que prometeu para Bill.”, ela disse enxugando as

lágrimas.

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“Sim.”, ele a soltou. “Não chegarei mais perto de você.”

“Adeus.”, ela disse com um leve aceno de cabeça.

Ele não disse nada, apenas concordou com a cabeça. Ficou ainda parado por 

alguns segundos sem saber o que fazer. Sookita quase gritou para que não adeixasse, que tudo iria se resolver. Mas, quando se lembrava das palavrasdele, a dor voltava de uma vez. Mais do que nunca tinha certeza de que só elao amava. Pois se ele sentisse alguma coisa que fosse remotamente real, nãoteria hesitado em salvá-la. Precisou ser obrigado. E ela ainda se entregou paraele.

Eric destrancou a porta e saiu velozmente. Tara estava parada do outro ladochocada. Não tinha coragem de entrar no quarto depois de tudo que tinhaouvido.

“Ele já foi?”, Sookita disse ainda parada no meio do quarto.

“Sim. Saiu pela janela. Esqueceu a jaqueta.”, Tara mostrou a jaqueta preta quesegurava.

“Você ouviu tudo?”

“Infelizmente.”, Tara disse fechando a porta atrás de si.

Sookita desabou em cima da cama, não queria mais sair dali. Não queria ter 

que lidar com a morte de Jason e a desilusão que sofreu com Eric.

“Só não diga... Eu te avisei .”, Sookita disse arrasada.

“Sinto por você... como se fosse comigo.”, Tara sentou ao lado dela e aabraçou.

“Eu o amo tanto. Não consigo deixar. Não consigo...”, ela dizia voltando achorar.

“Eu sei. Se pudesse tirava essa dor de você.”

“Eu mereço por ter sido tão burra.”, ela saiu do abraço de Tara e colocou acabeça entre as mãos. “Preciso ir embora.”

“Vou com você.”, Tara se levantou e a ajudou a se levantar também. Sookitaparecia tão cansada e sem vida.

“Não precisa. Você já fez muito por mim.”, ela se desvencilhou da amiga.

Tara não concordou e insistiu que a acompanharia até em casa. Pegou a jaqueta de Eric na mão e disse:

“Vou levar depois para ele.”

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“Não. Deixe comigo.”

Sookita estendeu a mão e Tara colocou a jaqueta na mão dela. As duas saíramem silêncio do apartamento.

------------------------------Eric parou em frente à porta dos fundos da boate. Ainda chovia e ele estavanovamente molhado. Demorou em reparar que tinha esquecido a jaqueta nacasa de Tara. Soltou alto um palavrão, era a sua jaqueta favorita. Nãoconseguia esconder a tristeza por tê-la deixado para trás.

Por mais que tentasse disfarçar, ele não tinha dúvidas da amargura que sentianão vinha da perda da jaqueta e sim do afastamento de Sookita. Dizer averdade custou mais do que ele gostaria. Jamais deveria ter hesitado em salvá-

la. Mas, a presença de Bill, as provocações, e Sookita pertencendo ao seugrande inimigo, foi o suficiente para ele dar as costas. Repetir de novo osmesmos erros do passado não era uma opção. E infelizmente ele estavarepetindo, a diferença é que não seria imprudente como da outra vez.

Não sentiu vontade de entrar na boate, ainda mais com Pam tão longe dele. Apesar de que não a teria dando risada de seus problemas amorosos,passatempo favorito dela. Ele levantou voo novamente e foi diretamente paraseu duplex. Ao pousar em frente à porta, notou que estava entreaberta, o quenão era um bom sinal. Somente Pam tinha acesso a casa, Eric se esgueirou na

parede ao lado e pegou uma estaca que deixava escondida num vaso deflores.

Entrou pela porta evitando fazer barulho, ele sabia como caminhar sem ser ouvido. Farejou o ambiente e tinha certeza de que era outro vampiro, só nãoreconhecia o cheiro. Ouviu uma movimentação na cozinha. Usando avelocidade que tinha pegou o intruso por trás, passando um braço pelopescoço e o outro apontando a estaca para o coração.

“É assim que trata seus convidados?”, Sophie-Anne disse tentando equilibrar o

copo de Martini na mão.

“Não a convidei para invadir minha casa.”, ele pressionou a estaca na peledela.

“Oh, Eric! Nunca mude, menino.”, ela soltou uma gargalhada. “Eu entrei porqueestá chovendo, não posso estragar meu penteado.”

“Como entrou?”, ele sorriu quando um filete de sangue sujou o vestido brancodela.

“Como Magistrada da Autoridade eu entro onde quiser.”, ela apertou a mãodele o obrigando a soltar a estaca.

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“Achei que não saía da Europa.”, ele disse se afastando, mas mantendo aestaca na mão como prevenção.

“Não saio. Pena que não pode nos visitar lá.”, ela sorriu enquanto tirava agarrafa de TruBlood do micro-ondas e despejava o conteúdo no copo. “Se me

lembro bem é proibido de entrar em mais de 60 países. Entendo porque estánesse fim de mundo.”

“Não sinto falta da Europa.”, ele deu de ombros.

“Nem de seu amado país? Sua querida saiu de lá e está um tempo com osamericanos, seu inimigos, não Eric?”

“Santiago te pediu para dizer isso?”

“Pobre Santiago, fiquei triste quando o retirei do cargo de Magistrado.”, ela

bebericou um gole do sangue e fez uma careta.

“Ele foi demitido?”, Eric perguntou não escondendo a surpresa.

“Jamais, ele é muito prestativo. Foi apenas retirado temporariamente, atémerecer novamente. Uma punição branda.”, ela bebeu mais um gole. “Não tem AB?”

“Só tomo O.”

“Continua exigente.”, ela se sentou no banquinho em frente ao balcão dacozinha. “Pam decorou lindamente esta casa.”

“Ela tem um ótimo gosto.”, ele disse impaciente. “O que quer? Não acredito queveio me ver como cortesia.”

“Foi esperto em comprar o silêncio da cria de Santiago, Bastian Reyes.”

“Não comprei silêncio nenhum.”, ele disse expondo as presas.

“Guarde as presas, Colunga.”, ela bateu com uma das mãos no balcão. “Posso

mandar arrancá-las.”“Tente.”, ele a desafiou.

“Posso fazer isso agora.”, ela colocou o copo no balcão e se levantou. “Mas,não quero me sujar.”

“É prudente em não me atacar.”, ele guardou as presas com um movimento namandíbula.

“Como faz tempo que não vai até a Autoridade, eu vir ter com você antes que a

sua situação piore.”, ela ignorou a provocação anterior.

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“Não estou entendendo.”

“Pelo jeito sua cabeça anda em outro lugar, menino.”, ela sorriu. “Nós estamoscom o DNA do assassino de Jason. A polícia foi tão eficiente, para nossasurpresa e coletou o material necessário na cena do crime.”

“Estão trabalhando junto dos humanos? Eu estou surpreso.”, ele soltou umagargalhada.

“Não, não, imagina. Eles estão trabalhando para nós. Como o suspeito é umvampiro alto, forte e loiro... só nós daríamos conta de pegá-lo.”, ela bebeu oresto do sangue de uma vez e limpou os cantos da boca com um dedo.

“O que está insinuando?”, ele parou de rir, encarou Sophie-Anne seriamente.

“Exatamente isso que entendeu.”

“Não podem me acusar sem provas.”

“Não se preocupe, temos provas sim. Só não deixe Bastian morrer na viagemque está fazendo com Pam, senão sua situação irá piorar.”

“Bastian não está com Pam.”, ele disse caminhando em direção à porta.

“Os dois partiram para a Capital ontem à noite. Vampiros alugando um jatinhochamam a atenção.”

“Pam faz o que quer com o tempo livre. Se Bastian foi ou não, não é problemameu.”

“Claro que é. Ainda mais se ele esconde informações preciosas, e acabar morrendo sem querer na capital violenta desse país.”, os olhos dela brilharam.

“Pam ama Bastian, jamais o machucaria.”, ele escancarou a porta de entrada.

“Você não ama e o machucaria se fosse necessário para desaparecer com oque sabe.”, ela pegou a bolsa em cima do sofá e caminhou em direção à saída.

“Eu só vim dar um aviso, não o deixe morrer.”“Estou sendo rebaixado de cargo na Autoridade como Santiago foi?”, eleperguntou cinicamente.

“Aproveite os últimos dias livres que terá. Ainda mais como se fosse osúltimos.”, ela deu um tapinha de leve no rosto dele.

Sophie-Anne saiu pisando forte, o vestido branco e ricamente desenhadoarrastando pelo chão. Eric bateu a porta com raiva assim que ela saiu. O queBastian sabia que a Autoridade queria tanto?

Eric pegou o celular no bolso e discou o número de Pam.

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