Daniel Atencio

Orientadon P¡of. Dr. Raphael Hypolitoå

DEDALUS 'Acervo ' IGC '::'

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COMISSÃO EXAMINADORA

:

f

TESE DE DOUTORAMENTO

ìr9¡:

nome

Dr. R. Hypó1i toPresidente:

Examinadores: Dr. J . M. C. Neves

Dra M, do C.P.S.Adsumi111

Dr, J. M. V. Coutinho

DS',¡.D;P.Svisero

SÄP PAULO; ,ç l99l,1 .

r.É't\

' UNIVE.RSIDAÞE .DË. SAO' PAUL'OlNSriTurq DEriQEQctÊNctAS

r,.lu

FURCALITA E OUTROS MI,NERAIS URANITTROSSECUNDARIOS DE PERUS, SÃO PAULO. ,.ì

Ao G)l lherne,fllho recënrnascido

SUMARIOpá9 I na

¡Bsrn^cr' """""vi'

RESrrüO. ".. lx

r NTRODUçÃO. .....'.. I

CAPfTULO 1 - GEOLOGTA. 3

Cl ima e vegetação. 5

Geocronologta .... . . .. 5

Radionetrla, ........ 5

Turmalina granlto, 5

Quattzo. ..... '.. 6

Feldspatos. 6

TurnalÍna, 6

Cranada. .,,..... 7

Apatlta e allanita. 7

Pegmatltos. I

Quartzo, . '... . .. IFeldspatos. .. ... 10

Turnallna. """ 10

Granada ' ... '. " 11

Apatlta. ..'.. '.. 11

LepÍdoltta... . .. ..' ' .. ' 11

Berilo. ..,.... .. 12

Mlnerals u¡aníferos. ,.,.. ... 72

Orlgem. .....'. " 13

Aprove itanento econãmÍco. .. .. . 15

Outras rochas .,.. .. . ' 15

xlstos, ..'...'.. 16

Arrflboiitos, ...' 16

Rochas câlcio-slltcátlcas. ..,'. , .. .. 17

Quartzitos. ....' 18

Granlto Pìrltuba. .. . .. . 18

iv

CAPfTT'LO 2 - T.{ETODoLOGI A DE ESTUIX)S .... 19

Testes de dureza, densldade e solubllldade. ,..,. .,.. .. . ' 19

Mlcnoscopla óptlca. ......'.20Dlfratonetnla de ralos X. . .,.. .. .. 20

Estudo de estrutura cnlstalina. .......... 2lDados qu1mlcos..,.., ......22Estudos tér¡n1cos. ......... ' 23

CáIcuIos de conpatlbilldade.. ..... 23

cApfTrrl.o 3 - DESCRIçÃO Dos l.lrNERÂrS t RÂNfFEROS DE PERI S. ..... 24

rosrAlìos. ....... 24

AUT( lfITA - Ca(UOr)r(PO4)2.10HaO tetragonal. ..... - 24

ToRBERNI TA - Cu( UO" )

"

( PO4 ) 2. loHzo tetragonal. .... 27

BASSETITA - Fe(UO ) (PO ) .8H O monoclinico.. '. .... ' '... 2822 4 2 2

I'IETA-AUTUNITA - Ca(tÐr)r(PO4)2.6H2O tetragonal. . ... '... . 29

üETA-TûRBERIüITA - Cu(LrO2)z(PO4)z'81{zO tetragonal. ... .. .. 31

CmnNI KoVITA - (Hso)a(1.Ð2)z(PO4)2.6H2O tetragonal ' ...... 35

Ocorrêncla. . '.. 35

Háblto e propriedades flsicas. ...... ' 36

Proprledades óptlcas. ..... " . 38

Dados qulnicos... ... . . ... '.. 39

Cristalografla. . . . . . '.... -.. 4lNonenclatura e relação com outras espécies. ..... . . . 45

IIETA-I RAN0CIRCITA I - Ba(Uor)r(P0n)z.8H2O tetragonal. .. ...... -. 47

tiETA-TYUllAl,lUNI TA - Ca(UO,)2(VO4)z.3HrO ortorrônblco. . . . . ' ' . . . . . 54

FOSFURANILITA - Ca( UO, ) [ ( UOz ) 3

(OH) 2

(Po n) r1.. lzHzO ortorrômbico. 55

FT RCALITA - Ca (UO ) O (PO ) .7H O ontornômblco. ....... 562 232 42 2

Háblto e proprledades flsicas. .. .. ' ' . 57

Proprledades ópticas. .... ' ' .. 61

Dados quirnicos...... .. . '.. '. ' 63

Crlstalografia e estrutr¡ra crlstalina. ..... - 70

Solução e ref inamento da estrutura. ..'. 73

Valenclas de ) tgação.

Fatores de estrutura. ... . Az

Descrlção da estrutùra. .... ' ' .. 98

Relaçäo co¡n outros fosfatos hldratados de urânlo e cáIclo.106

SILICATOS. .. . .1O9

rrR.ÀNorÂNIo-ALrA - Ca(UOr)r(SIO3OH) 2. 5H2O monocl lnlco. . . . . ., . . . . 1o9

TTRANOFÂNrO-BETA - Ca(tÐ")"(S1O3OH)2.5H2O ¡ronocllnlco ....113HAII{EEfTA - ca(UO ) sl o .5H o ortonrômblco(?). ......'.116

2'2 B 15 2I'|ETA-HÂI UEEI TA - Ca(tl0r)"S1uo16.4H2O ortorrônbico, ......120

Háblto e propnledades fislcas' .. - - - l2O

Pnopnledades óptlcas. ...,..121Dados qufmicos. .... . .......121Crlstalografia. . . . . . .......122Nomenclatura e nelaçã.o com outras esPécles. ..... . '.126

UEEI(SrÎA RICA El'f BÁArO- ( K, Ba) 2 _' ( UO' ) rS1 uO,

". 4H"O ortorrôtnblco. 127

Háblto e propniedades ffsicas. , ,.. - 127

Propriedades óptlcas. .....'.127Dados qulmicos. . .... ...,....127Cristalografla. . . . . . .. ' '...130Relação con outras espécles. ... ...133

CAPITULO 4 - OUTROS I,ÍINERAIS SECT'NDÁRI OS. " ..134

OPALA - SlO-.nH^O de balxo gnau de crlstalinldade' . . . . . . . . . . ' ' ' 13422ÏRIDII,ÍITA - SiO r¡onocllnlco. , .... ..... ' 134

2CRISTOBALITA - SiO- tetragonal... " "...134L

QUARI,ZO - SiOz trigonal.. . .. .....134SAPTONITA - ( Ca, Na) o,

"

(l'lS, Fe )

"

( 51, Al ) 4Ol o (OH)

2' 4H2O nonocl lnlco. 136

ROI)OCROSITA - MnCO3 trigonal. .....136

cApfrlJlo s -ooNcLUSõEs E CONSr DERAçõES FrNArS. . . ..., - 737

AGRADECTHENTOS. ..... ....139

REFERÊIICI AS BI BLIOGR.ÁFI CAS

VI

ABSTRACT

Phurcal ite has been found filllng fractures ln the toltrmal lne-bearlng

granltic pegrnat i te of Perus, ln the north-west part of Säo Paulo clty, Brazll'

It forns aggregates of radiat ing euhedral crystals up to 5 rùn ln length. The

crystals are brlght yellow, transparent and dlsplay vltreous to adamant ine

Iustre, Its streak ls pale yellow. Phurcal lte is brlttle, wlth a concholdãI

fraclure, a¡d non-f luorescent. Vickers har-dness = 86 - 95 (av. 90.5) kgl¡nmz,

calculated. Mohs hardness about 2.4. DEeð".4.22(4), D""1". 4.22O g/cm3.

Opttcally, the mineral ls blaxial (-), with u L-677(2)' F 7.732(2),

g 1.766(21 , 2V*^u^"]uo, 2V*"ut".74o. Pleochrolc scheme ls X = pale yellow,

y = yellon, Z = gotden yellow, X=b, Y=a, Z =c' absonptlonX<Y<2,dlsperston rl > v nedh¡m, posltive elongatlon. The mineral is onthorhomblc,

space sroup Pbca, a 77.475(2), b 16.035(3), c 13.598(3) Ä, v szeZ(Z) Â3,

z = a. The strongest seven lines of the x-ray diffractlon pattern [d ln À

(r)(hkt)l are 8.863(3)(111 and 2oO), 8.014( 100) (020), 7.648(3)(210),

4.0O8(15)(O4O), 3.844(4)(041), 3. 128(3)(024) and 3. 1O0(3) (502). The analytlcal

formula, derived fron microprobe anal ys is, 1s

(ctr."rKo.o")tr.or(wr)".""or.""[(Po4)1'eo(sion)o.oo]Et.no '7'5.7Hzo' The DTA

curve shows an endothermic peaÌ at 150'C, corresponding to loss of HzO, as

conflr¡¡ed by TGA, and nelting at gOO"C. IR spectrum show bands of HrO, PO*

and to^, Phurcal lte is lnsoluble ln water and soluble ln cold 1:1 HCI, HNO"2

and H so-. Gladstone-Dale compatlbllity ls supenior. Phurcal ite ls probably24

fornedatT<150'C.The crystal structure of phurcal ite has been solved by single-crystal

X-ray diffractlon methods and refined to R = 3.8% uslng 2065 observed fI >

3a(I)l reflectlons. The structure conslsts of [ ( uo, )

"o, ( Po4 )

2 ] 4'- layens,

parallel to (010), co¡rnected by Caz* ions and H2O, The coordination polyhedna

are: for U(1) hexagonal bipyramid; for U(2) and U(3) pentagonal bipyranlds;

for Ca(4) and Ca(5) capped trlgonal prlsn and trtangulated dodecahedron,

respectlvely; and for P(6) and P(7) tetratredra. As a consequence of thls work'

the nolecular forrnula of phurcaì ite pneviously reported as

Car(UOr)"(POn)z(OH)4.4HzO nust be changed to Ca"(uor).O z(PO 4) z.7HzO'

vl1

Other secondary uranl un mlnerals assoclated wlth Perus phurcal lte ane

autunlte, torbernlte, meta-autunlte, meta-torbernl te, chernlkovlte'

neta-uranoc l rc l te I, phosphuranyl l te, uranophane-alpha, uranophane-beta,

halweelte, baria.n weekslte and Perhaps also bassetlte' neta-tyuy¿lûunlte and

rneta-hal lree l te, OpaI, trldymlte, crlstobaLlte, secondary quartz, saPonlte and

rhodochrosfte occur assoclated to the r¡ranium nlnerals.Chernlkovite ls a nen nlneral nanne proposed for (H"O)"(UO')2(PO4)a.6HzO

superseding "hydrogen autunlte". The proposal to discard tl¡e name "hydrogen

autunlte" has been nade because (a) the nlneral contafns ""O*

lons; (b) the

degree of hydrat lon ls not that of an autunlte-group ninenal; and (c) the term

"hydrogen autunlte" has been used for other natural and aJ'tlficial conpounds.

vtii

RESUMO

Furcal ita oconre como preenchlmento de fraturas no pegmatlto granltlco de

Perus, noroeste do rnu¡lcipio de são Paulo, BnaslI, constitulndo agre8ados

radiados de cnlstals eudrais de até 5 m¡n de compnlnento. os crlstalsapresenta¡n cor amarelo-vlvo, são transParentes e de brllho vftreo a

adamant ino. A cor do traço é ama.relo-c1aro. A furcal ita é quebradlça e

apnesenta fratura conchoidal. o mlneral r¡ã.o é fluorescente. Dureza de vickers

= 86 - 95 (média 90,5) kglmn2, dureza de Mohs calculada 2,4. D*¿ra a4,22(4r,D""r", 4,22o E/cn3. opticarnente, o mineral é biaxlal (-), com s' 7,67'l(2)'

F 1,732(Ð, 7 1,766(2), ZÍ*.o.ar ao75 , ZV*.^r".74"' A fÓrmula pleocnóica ê

X = anarelo claro, Y = a¡narelo, Z = amarelo ouro, X = b' Y = a' Z = c'

absorção X < Y < Z, disPensão r > v nédla, elongação posltiva' O mlneral é

ortorrônbico, grupo espacial Pbca, a 17,4Lt-(2)' b 16,035(3), c 13,598(3) À,

V 3,7g7(Z) Ã3, Z= B. As sete reflexões mais intensas do padrão de dlfração de

nalos x td em À (I)(hkl)l são 8,863(3)(111 e 200), 8,014(100)(020)'

7,648(3)(210), 4,008(15)(O4o), 3,844(4)(041), 3, 128(3)(024) e 3,100(3)(soz)' A

fórmula analitlca, derlvada de anál ises por microssonda eletrônlca, é

(ctr,nrKo,ou)" z,oz(wz)z,azor,""[ (Poo)r,"o (sion)o,on]E,,no'7'57H"0' A curva

de DTA apresenta um pico endotérmico en 150'C, correspondente a perda de Hzo'

conflrmada por TGA, e fusäo a gOO'C. O espectro IR apresenta bandas de HzO,

PO4 e UOz. Furcallta é lnsohlvel em água e solúveL en HCI , HNO" e HrSOo, todos

em concentração 1:1, a frio. A compat ibl I idade Gladstone-Dale é superlor.

Fr¡rcal ita fonna-se, provavelrnente, aT < 150"C.

A estrutura crtstaÌtna da furcalita foi resolvlda Por métodos de dlfraçåo

de ralos X de cristal úntco e refl nada até R = 3,8% usando 2.065 reflexões

observadas II > 3ø(I)1. A estrutr¡ra consiste de cannadas

[ ( uo2 ) 3o2 ( Po4 ), ì

a"-, Paralelas a (010), conectadas por lons caz* e Hro' os

poliedros de coordenação sã.o : para u(1) blpirânlde hexagonal; para U(2) e

U(3) blplrâmldes pentagonals; Paxa Ca(4) e Ca(S) Prlsna trlgonal

monoencapuzado e dodecaedro trlangulado, respect lvanente; e para P(6) e P(7)

tetraedros. corno conseql¡êncla deste trabalho, a fÓrmula nolecular da

lx

furcallta, prevlamente cltacla cono Car(uor)"(POo)z(OH){'4HaO deve sen

modlflcada para Ca"(UO") sO z(PO 4) z.'lEz0.

Outnos nlnerals secundárlos de i¡rânlo assoclados à fl¡rcallta de Perus Èã'o

autunlta, torbernlta, meta-autunlta, meta-torbernl ta, chernlkovlta,

meta-uranoc l rc lta, fosfuranltlta, ì,¡ranofân1o-atfa, uranofânlo-beta, halweefta,

weeksita nlca ern bárlo, er talvez, ta¡nbé¡n bassetlta, meta-tyuyanunlta e

neLa-halweelta. Opala, trldlnita, cnlstobalita, quartzo secundárlo, saponlta e

nodocroslta ocorre¡n assoclados aos nlnenais de urânio.

Chernlkovlta é un novo no¡ne de ninenã,Ì pPoposto para

(H3O)2(UOz)z(PO4)2.6H2O em subst ltulçã'o a "hldrogênio autunfta". A proposta

para abandonan- o no¡ne "hidrogenio autunita" foi efetuadâ porque (a) o ¡rtneral

contén fons oxônio (H^o+); (b) o grau de hidrataçäo nåo é aguele de nlnenals3

do gnupo da autunlta; e (c) o termo "hldrogênlo aut'ur¡I ta" foi utlllzado para

outros conpostos naturais e a¡'tlflclais.

INTRODUCÃO

Na llteratura tnlneralóglca, exlsten 1númenos mlnerals raros cuJa

descrlçã.o contém dados contpadltónlos ou lncompletoE. En Perus, reglåo

noroeste do Munlcfplo de São Paulo, oconren alguns rnlnerals uranlferos guè Ee

enquadnam nessa categonla. Esta oconrêncla, aPesar de Já ter sldo ¡tot lvo de

al gtünas pesqulsas lmpontantes (pon exemplo,. Knecht 1936 e 194O, Canargo &

Coutlnho 1960 g e þ Hasul 1963, Gabelman 1963, Carnargo 1965, Carnargo &

Svlsero 1966 e 1969, Svlsero 1976, Coelho et al, 7978, Coelho 1980, l'h'dure l ra

et a.l. 1986) carece de estudos adlclonals.O trabalho nals conpleto sobre fosfatos e slllcatos uranfferos de Penus é

o de Carnar-go (1965), que descreveu ninuclosamente autunlta, rneta-autu¡lta'torbernlta, meta-torbernl ta, fosfuranl llta, ura¡ofânlo-alfa e uranofånl o-b€ta'

pouco restando a ser acrescentado. A despelto dos estudos detalhados sobre

"hldrogênlo autunlta" e uma espécle nova, denoroinada "mlnenal X", entretanto'al guns pontos flcaram a ser esclarecldos. Dadas às condlções genétlcas,

segundo Canargo (1965), poderla ser posslvel encontna¡, ao acaso ou a partlrde pesqulsas sistemátlcas, outras espécles uranfferas ern Penus, entre as quals

hatveeita e weekslta. Hallreeita fol posterlornente descrlta por Camargo &

Svisero (1966 e 19gg). Weekslta rlca e¡n bá¡lo é descrlta no presente tnabalho.

Os princlpals obJetivos desta pesgulsa conslst lran na obtençåo de dados

alnda lnexlstentes pan'a os r¡lnerals raros encontrados na ocornencla de Penus e

no escla¡eclmento de pontos contradltórlos na l l teratrra, co¡n ênfase ao

"nlnenal X", agora constatado tratar-se de fu¡callta.Os assuntos abordados nesta tese acha¡n-se distrlbuidos en clnco

capltulos. O prlnelno deles inclui dados blbliográflcos sobre a geologla da

região de Perus, o tr¡r¡nal lna granlto e pegloat ltos assoclados, os rnlnerals

uranlferos, onigem e aproveitannento econôrûlco, bem co¡no informações sobre as

demals rochas observadas.

O Capltulo 2 aborda a netodologla utlllzada para este tPabalho, enquanto

o Capftulo 3 traz os resultados dos estudos sobre os fosfatos e slllcatosuranlferos de Pen¡s. No caso de nlnerals Já b€n estudados, cono aut\¡nlta e

neta-aut̡nlta, para os quals os dados agora obtldos pouco acrescentann ao

conhecirnento nlnenalóglco atual, fol forneclda aPenas una descrlção breve,

enquanto no ca-so de nlnerals problenáticos ou descrltos agul pela prlrnelra vez

em Perus, como, por exenplo, furcallta, chernlkovlta, Heekslta rlca en bárlo e

meta-uranoc l rc I ta I, efetuou-se uma descrlçã.o ¡nals nlnuclosa. Outnos nlnenalssecundárlos, de pneenchl mentoe de fraturas do tr¡rmal lna granlto e pegmatltosassoclados de Penus, s6o descnitog no Capitulo 4.

Flnallza¡do, o Capftulo 5 nepnoduz, de manelra resumlda, as pnlnctpalEconclusões apnesentadas no decorrer do texto, aléh de lntroduzlr DovaÊ

conclusões, nesultantes da lntegraçåo de dados dos dlferentes capltulos.

CAPITULO 1

GEOLOGIA

Desde a prlnelra netade do século, a neglão de Perus é conheclda pelavarledade Dlneralóglca contlda e¡n seu tl:rnallna gnanlto e pegrnat l tosassoclados, bem como pelas felções texturalË e estnuturals destas rochas(Coetho 198O). Fosfatos e slllcatos r¡ra¡lfenos oconrem pnedoml nante¡nente e¡¡

fratr:ras do turnallna granlto e dos pegmatltos, est lmando-se que 5Z dessa.s

fnaturas contên nlnerals uranffenos, nas não unlformemente dlstnlbuldos; suapresença per.slste tanbém no lnterlor dos xlstos encalxantes at,é dlstånclaslndetermlnadas (Gabel man 1963 ) .

Os afloramentos de tÌurmal lna granlto e pegnatltos são hoJe observávels em

ánea lnfenlor a 2 knz, llrûltada a E pela Avenlda Ralnundo Perelra de ì'tagalhåes

e a ll, N e S pela Estrada Dl Sandro (ftgr:ra 1). O pnlmel¡.o rnapa geológlco da

reglão (lhecht 1940) apresenta aflorannentos adlclonals destas rochas, roultosdos quals não mals acesslvels devldo à lntensa urbani zaçåo local.

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OUATERNARIO

[.=l:l ¡¡u"¡6ol' {

tNTRUsÖEs eop¡leozótcasf-¡::'--tl, r:i:.i.i:l Pegmol¡to c aronlto lurmol¡nflaro

|l=l.ln.on'toGRUPO SÃ0 ROQUE (Proterozoico Superior)

M¡corlEto

Anf lbolilo hornféls¡co

sao eaulo' .t I.,// contolo ôellnldo

Conloto lnf.r¡do

-? t

Conloto du"ió-o

-.¡- Aliludo do lolioqöo

/-- couo

---\ Boto - toro

¡ Ocorrônc¡o vis¡todo

,f Erploroeõo otlvo

ll Exploroç60

ñ-ilI trlw

O 100 3OO rn

=

Figura 1, Esboço geo I ógl co-nine lro da reglão de Perus,

São Paulo (nodlflcado de IPT 1984 e Etchebehere et al' 1985)'

Cllna e vegeLação

O cltna da reglÉo é do tlpo mesotérmlco únldo sern 'eatlagen, 'tiplco de

á¡eas aerranas mals elevadas. A temperatura rnédla do mês mals quente é

lnfenlor a 22"C, com pluvlostdade varlando entne 1,100 e 2.OOO rûm A regtåo

encontra-se en terrenoÊ outrora ocupados pon flonestas latlfolladas. As cotas

topognáftcas nals balxas, en tonno de 750 n, correspondem aÕ turrnal lna gnanlto

e aos pegr¡at l tos, ¡nals factlnente altenávels que as rochas encalxarttes (Coelho

1980 ) .

Geocnonologla

Cordant & Bittencourt (1967) apresentarann o resultado de datações, pelo

método K-Ar, de duas aÌostra.s de lepldollta do pegmat lto de Perus, obtendo

ldades de 640 e 650 !2O I{E- Condanl & Kaw¿shlta (1971) deten¡nlnara¡n, pelo

método Rb-Sn, ldade de 565 + 20 ¡4a. para utna amostra de tur¡nal lna granlto(rocha total ) de Penus.

Radloæt,ria

Dados radlonétrlcos da reglåo de Perus foran obtidos pon Argent 1ène

(1953), l,btzco (1960), Gabel ¡oan (1963), Coelho et al. (1978) e Coelho (1980)'

Contagens radlornétnlcas efetuadas na área reve larann "backgnound" elevado na

reglão e exlstêncla de fontes de água com até duas vezes este valon, expllcadapela provávet llxlvlaçäo de pegmatltos contendo matenlal u-anffero (Gabelman

1963 ) .

Tu'ml ina granl to

O tr:¡naltna granlto fol estudado por Hasul (1963), Sua á"9a de

afloranentos é marglnada por dols slncllnals, apanentemente do tipo lsocllnal,com plano axlal E-l'|, nergulhando fortenente para N. APnesenta Snanulaçåo de Ia 5 m¡¡ e é constltuldo essenclalrnente de guaPtzo, plagloclás10 sódlco e

mlcropertlta, tendo corno acessónlos apatlta, allanita, gnanada, rarfsslmas

plaqueta.Ê de ¡nuscovtta e, tral6 lnportante, tr¡rnal lna. Esta, em poncentagens às

vezes supenlor'ès a 10% da nocha, concentra-se en leltos macnoscopl cannente bern

deflnldos, de espessura ml Ilmétrlca a declDétrlca, que fonnece aspecto ba¡rdado

à nocha. As bandas clares têm composlçäo varlável de granlto s' gnanodlorlto'

enquanto as bandas escura.s corresponden a turnal lna grarttto. l'hdure I na et aJ'

(1986), por outro lado, observaraJn a presença de tonalltos e gnalodlorltos, de

gnanulaçã.o ftna a médla, nas zonas narglnals dos granltóldes, e gnanodlonltos

e gnanltos no corpo gpanltólde pnlnclpal.

Quartzo

O quartzo exlbe extlnção ondulante ma16 lntensa no turnal lna gnanlto que

no xlsto peglonal e ocorre en porcentagens que podem ultrapassar 50% da

annostra, FreqÍlentenente, ocorre cono grânutos a¡.redondados lncluldos em

feldspatos. Quartzo lnclulndo feldspatos ta¡nbém é observado'

Fe ldspatos

Os plagloctáslos presentes tên conposlção entre Ano e An* e as rlpas'genlnada.s segr:¡do a lel da alblta, nostra-n, con fneqüencla, arqueamentos e

quebnas. os feldspatos potásslcos são nepnesentados por pentltas e rnlcrocìlnlo

pentltlco, este exlblndo genlnaçäo en grade e ocorrendo ern Peguena pnoPorçåo.

Turnal lna

Hasut (1963) sugerlu a existêncla de duas gerações de turnallna: una

prlroária, fornando pnlsmas ldioDorfos que nrmca uI trapassarn 0,2 ron e narannente

exlbem fratr¡fas tnansversals. Aparecen como lnclusões em quantzo e feldspato e

nã.o são zonados. oconrem e¡n bandas escuras g tamÉn nas claras e não perfazen

nals que 10% do total da turnal lna. A segunda geraçåo se restrlnge às camadas

escuras. Formada às custas de feldspato potásslco (perttta), plaglocláslo e

¡nuscovlta, sendo o plagloctáslo o mals suscept f vel à substitulçåo, crescendo

sobre tu¡mallna pneexlstente ou não, é repnesentada Pon prlsrnas de até 5 rom,

ldlonorfos ou náo, sempne zonados e fraturados transvensal nente, As zonas são

nltldanentê dell¡nltadas e poden ocorren en nrlmer'o de até quatno, rnas nen

sernpne concêntrlcas ou completas em relação ao eixo do Prlsna. Não há, tam¡em,

seqllêncla regular de distnlbutçäo de zonas. Näo é nano haver preenchlmento de

fnatr¡ras por guartzo e feldspatos, Èlultos Prlsnas ldlomorfos apanecen

lntercrescldos con guartzo, Entretanto, Caroargo (1965) observou que, se de

fato houve duas gerações de tu¡mallna, ã genaç6o anterlor deve ter sldo aquela

nepnesentada pon crlstals fnaturados, e a genaçåo mals Joven' por crlsta'lspenfettos, O fraturanento Êempre tndlca, Bê8undo ressaltou Camargo (1965),

processo de novlmentação e aJustanento das rochas, nåo Eofrldo por nlnena.ls

que se deposltam en rllttno lugar,

Gr anada

IÞ acordo con Hasul (1963), a granada encerna, ern geral' lnclusões

arredondada.s de quartzo e sua forna extenna e tatnanho são bem desenvolvldos.

lladurelra et at. (1986) observaram a presença de dols tlpos de Snanada. A

prlnelra oconre nos tonalltos e granodlorltos das zonas marglnais dos

gralltótdes, concentrada princlPalmente Junto aos contatos de xenólltos de

rochas encalxa¡tes. Forna númeno elevado de crlstals euedrals, tnansParentes,

de coloração vernelha-Pardacenta, apresentando fonma.s conblnadas de

lcosltetnaedro e rombododecaedlo e dl¡nensões en tonno de 1 mrn. Suas arestas e

faces são planas e a composlção corresponde a alnandina

(41."","Èp"r,rPl.","hdr,"".or,"r. O segundo tlpo ocorre nos granodionltos e

gnar¡ltos do corpo gnanltólde prlnclpal, em nì1mepo mals reduzldo de crlstalsanedrals, de coloraçäo venmelha-clara, näo transpa¡-entes e de dlrnensões nédlas

entre 1 e 2 nn; sua conPoslção conresponde à de uma espessartlta(Eso Aln And Pln Gro ). Faces e arestas curvas sugere¡n'- -6A,3 2fJ,1 5,3 1,5 {,6cnlstallzaçã.o complexa, con perlodos alternados de pneclpltaçäo e reabsorçáo.

Apat lta e al lanlta

A apatlta fol.ma prlsma-s de até 4 nn, lnclusos ou não en nlnel.als

essenclais da rocha. Confor¡le acrescentou Coelho (1980)' a apatlta, de

colonação esverdeada, aparece lnaltenada na nalorla das vezes. A allanlta' de

dtflctl calacterização, é acastanhada, de nelevo alto e contorno Pollédnlco.

As ba¡¡das do tr¡rmal lna Sranlto formaÍ dobra¡nentos e conrugações. Nt¡ln

nesno afloranento, a contlnuldade das bandas é grande e a espessura mantén

extraordlnárla constâncla, Os dobramentos têm laj-gura dé até al Suns netnos e,

con fregüêncla, estäo tru¡cados por velos e dlgues de pegnatlto' ben como Por

fathas. São abundantes velos pegmatlttcos parclalroente concordantes e

parclalnente dlscorda¡tes con o bandeanento. As bondas desses velos sã.o

escuras, rlcas en crlstals de turnal lna de dlmensões nalores que o habltual no

Sranlto, ExlÊtem ta¡bén manchas pegmatitlcas I lnltadas e de pequena

contlnuldade espaclÞ.I. A turmallna secundárla de Penus resultou, 6egundo Hasul(1963), da açåo de bono sobre mlnerals Já formadoË e o pl.ocesso tenla começado

antes da consol ldaçã.o flnal do nagma.

O rnâ8ln¡ deve ten sldo pouco vlscoso, a Julgar pela quant tdade de

turmallna, pela corrugaçã.o das bandas e pelos pegmat l tos na área. O turnaltnagnanlto de Perus tem onlgern lncerta, tendo Cordanl et al. (1963) nelaclonadoesta nocha, genet lcamente, ao Gnanlto Plrltuba. Sua ocornêncla estácondlclonada a una zona de rnalor fnaqueza das encalxa¡rtes, Embona' onlente-sepneferenc l al mente segundo as estruturas reglonals, apnesenta, en superffcle,contatos ¡louco regulaJ.es con o nuscovlta xlsto, denotando can átenpós-tectônlco (Coelho 1980),

Até o presente rnonento, o trrmallna gra¡lto só fol descrlto na localldadede Perus, pnóxlmo ao Córrego Andando e ao Rlbelrã.o Perus. Seus corpos

apnesentann-se eD varlável estado de alteração, constataJ¡do-se grandes massas

lntensamente a'lteradas, próxlmo a outras pouco alteradas, en nfvelstopognáflcos apnoxl nadamente lgual s.

Pegmti tor

Subord l nadamente ao gnanlto, ocupando o lnterlon deste ou at.ravessando as

nochas encalxantes neglonals, observa.n-se corpos pegnatftlcos de composlçåo

rûl neralogi cannente slnples ou, localmente, complexa.

Confonme Já foi dest.acado por Hasul (1963) e Coelho (1980), na regläoestudada dlstlnguem-se dols tlpos de pegmatltos: slmples, con mlnenaloglarepnesentada por poucos nlnerals, não exlblndo zoneamento, e co¡nplexos, com

nlneralogia varlada e zonearento pouco pnonunclado,

Os pegmat ltos slnpÌes apresentam-se quase senpre nulto altenados,constltulndo-se por quartzo, turmal lna pneta e feldspato caulinlzado, Sua

dlstlnção dos . complexos é 1nìedlata por melo de nedlda.s radlométnlcas,constatando-se contagens balxas para os simples e elevadas pa¡a os conplexos(Coelho f980), Sã.o geralnente alongados e oconren na'S proxlnldades de

lntrusões granft lcas nalores, contando os xlstos.De acondo con Coelho (1980), os pegmat l tos cor0plexos aparecen associados

ao turnallna granlto, l¡oersos nestes, ou cortando as rochas encalxantes

reglonals. As dlnensões destes corpos säo extrernanente varladas, podendo-se

dlstlnguln l ntencnesc l rnentos gráflcos de quartzo e feldspato e pequenos corpos

de pegnatlto6 lannlnados, lndlcatlvoÊ, neste rlltlmo caso, de gnande fluldez do

naterlal. Podem ser ca¡acterlzadas, erû alguns conpos, pelo nenos três zonas

dlstlntas; zona de borda,' de espessuna rnltlmétrlca a centlmétnlca,representada por assoclaçã.o de Ferlclta e granada venmelha¡ zona d,e parede

e/ou lnternedlárla, constltulda poi atflpla garna nlnenalóglca, tendo a malorexpnessåo dentno dos corpos de pegmatlto conplexo; e a zona do nltcleo,repnesentada por crlstals de dlmensões até declnétrlcas de tu¡nallna negna e

nósea, ¡nlcrocllnlo, quartzo e bentlo.A zona lnternedlánla e./ou parede fol assln refenlda por nepresentar una

zona 6en llmltes deflnldos que permltan ldentlflcar ì.¡ma ou outna. O núcleo

ocupa porção restrlta dentro do pegnatlto e nen senpre é obsenvável nos

aflonamentos. Can-acterlza-se pela presença de grandes crlst,als de benllo,vlsualmente multo semelhantes aos de feldspato, dlstlngutndo-senacnoscop l ca¡ente soDente pela seçåo hexagonal tlplca e ausêncla de cllvagem.

Conforme ressaltou Hasui (1963), os pegmatltos apresentan-se sob a forma

de pequenos velos, bolsões e corpos tabula:.es de até al gumas dezenas de

metros de espessura. Estes conpos seguem duas dlreções, sendo a prlnclpalE-W, concordante con a xlstosldade, e N-S, dlscordante. De acordo com Coelho(1980), nos corpos gnanltlcos, os pegmat ltos apnesentam-se em botsões

lrnegulares, lentlcular-es, etc., con dlnensões var ladas e llnltes pouco

deflnldos, que, para efelto de mapeabento, são consldenados Juntamente co¡n os

turnal lna gnanlto.Os pegmatltos co!¡plexos sã.o formados por alblta, mlcnocllnio, turmal ina,

lepidollta, qua¡tzo, apatlta, benllo e gnanada.

Quartzo

O quartzo pode apresentar-se en dlversas colorações: lncolor, enfunaçado

e nóseo. O quartzo enfumaçado é bexn nais raro gue o lncolor, ocornendo

part lcularEente ao lado de nlnenals uranlferos Fecl¡ndárlos, cono halos mals

escuros ero tonno destes ¡nlnerais, que se alteraram provavelmente por efelto de

radiação. Os hâlos são de espessì,¡ra flna, indicando pequena penetnabl l ldade

das radlações enarradas dos mlnerais uranfferos, talvez part fculas aIfa, O

quantzo róseo é nulto raro; sua cor é provavelrnente causada pela presença de

tltå,nlo ou rnanganês ( Camargo 1965).

A porcentagero de quartzo é predonlnante sobre os demals rnlnerals do

pegmatlto, atlnglndo, segundo Camargo (1965), apnoxinadamenle 4O%, Os crtstalssã.o guase senpre unlformes, formando blocos e agregados dentro do conpo da

nocha, ou se assoclando ao feldspato en cresclmento gráflco. Em geral, o

quartzo for.Da venulãs, gue atravessarn o feldspato e a turnallna pelas fnaturase pl anos de cllvagen.

Fe ld.spatos

A alblta ocorne en cnlÊtals de vártos centinetnos no pegnatlto, confonme

nessaltou Camargo (1965). É macroscopl cannente branca leltosa, clnza clara' ou

azulada, sendo, esta últIna, varledade facllmente dlstlngufvel do nlcnoclfnlo,lnvarlavelnente branco, A tonal ldade azul é fonneclda pon lnclusõesmlcroscóplcas de crlsfals aclculan es de apatlta. A alblta azulada está, em

geral, assoclada ao quartzo, à turmal lna e à lepldollta, formando cnesclmentos

mlrmequftlcos con o quartzo, A alblta substltul a turnal lna nas bordas e

fnaturas transvensals. A lepldollta apresenta-se nultas vezes cono lnclusõesdl¡nlnutas nos crlstals de alblta, fonnecendo-lhes coloraçáo amoxeada. A

autunlta locallza-se fneqtlentenente corno lnclusões orlentadas ern fraturas e

planos de cllvagen da alblta, confo¡me obsenvou Can¡argo (1965).

Os agregados de alblta exlben, en geral , textura ofltólde, seDelhante àtextura offtlca de dlabáslos, apresentando contato nútuo entre dlverÊoscrlstals e denotando, segundo Canargo ( 1965), fornaçã.o slmultânea dos

crlstals.O nlcrocllnlo é uracnoscopl camente branco leltoso e está lsento de

lnclusões de apatlta. Encontna-se, com frequênc1a, alterado en serlclta,prlnclpalrDente na ponção central dos crlstals ldlox0orfos. O ¡nlcroclfnloconstltul a fonte prinárla para a forrnação dos depósitos caulinltlcos da

reglão. A poncentagem de nlcroclfnio é mals ou nenos equlvalente à de alblta,en torno de 302 ( Camango 1965).

Turnal ina

A turnallna ocorre erD crlstals que poden atinglr até 1 n de conprlmentopor 10 c¡n de largura, de acordo com CaÌìaFgo (1965). Pode ser slnples ou zonada

e o zoneamento nals conplexo refene-se à sucessão de três cones concêntnicas,preta, vende e rósea, do nì1cleo par.a a perlferla, em amostras até declmétrlcas(Hasul 1963), Obsenva-se, tambén, corn relatlva fneqüêncta, tres cones no nesno

crlstal no sentldo do conprlnento, À tul.nal lna nosa pode adqulrln tonalldadepardacenta. Várlos crlstals de turmal lna såo cr¡rvados e contorcldos, lndlcandoprocesso de novlmentaçåo após a deposlção. Os rnesnos cristals podem alndaestar fraturados no sentldo transvensal, onde estäo preenchldos por quartzo.

10

Granada

Cranada oéorre cono poucos cnlEtalE lsolados, subldlonónflcos, de

coloraçg.o anaj'e I a-al aranJada,, apresentando fonmas rombododecaédn I cas e

dlmensões erì tonno dé tO mn, Suas arestas e faces såo suavemente curvas e

mostram slnals de corrosäo e de defornaçäo, A composlçåo quinlca lndlcaespessartlta (E=pu",.Alrr",rPlrro,uhd",eG.os,o) (l.tadurelna eú al' 1986).

Apat lta

A apatlta, de cor verde azulada, pode fonmar prlsnas de até 3 cn de

espessura. Segundo Canargo (1965),. a apat lta apresenta-se se¡n slnals de

alteraçã.o, nåo ponque seJa nlnenal rnulto reslstente aos agentes lntenpérlcoe

ou hldrotennals, nas, nulto ao contrárlo, dlesolve-se facl l¡nente ern soluções

llgelranente ácldas, desaparecendo completamente em solução. Entretanto, como

a apatlta 6e encontrs. sob a forna de lnclusões, estas nultas vezes se mar¡tê¡t

naturalnente proteglda-s no interlor dos mlnerals hospedelnos. Nessas

condlções, quando obsenvada, a apatlta não apresenta slnals dé alteração. A

apatlta dos pegnatttos aparece sob a forna de lnclusões na alblta' na

turnalina nósea, na turmal lna pneta e no guartzo. Na albita, a aPatlta é

encontrada nos lnterstlclos l ntergranul ares, e em lnclusões orlentadas, talvez

topotáxlcas, ao longo dos planos de genlnação ou de contatos do plaglocláslo( Camargo 1965) .

A següêncla de deposlçåo fol estabeleclda pon Camango (1965), a partir da

deternlnação das seqtlênclas parclals entne aPatlta e os quatno nlnerals aos

quals a apatlta se assocla: alblta, turmal lna nÓsea, tunmal lna preta e

qua;'tzo. Estas seqüencias pan'clals foran obtldas pelo estudo dos contatos

dlnetos entre os dlversos ¡¡lnerais. A seqilêncla geral é: alblta - ãPatlta -turmal l na preta turnal lna rósea - quartzo.

LepldoJ ita

A lepldollta se apresenta desde rnl crocrlstal lna até e¡¡ escamas

centlmétricas, sempr.e contorcldas e dlspostas caotlcanente en agregados de até

1 n (Hasut 1963). Os contoi'nos dos cnlstals são irregulares e os agregados são

aparentenente radlados, segundo Camango (1965). As dlnensões dos cl.lstalsoscllan desde mlcroscóPlcas até al guns centlmetros. As cones são val'lávels:

noxo claro quase lncolor, branco ama¡elado, verde e azul-celeste escuro. A con

mals freqilente, porén, é o roxo. o nlnerat oconre prlnclpalnente en assoclação

com alblta, turmallna rósea e quartzo. A lepldollta parece, de acordo co¡r

Camar-go (1965), denlva¡.-se por alteraçã,o, pnovavelnente hldnotenmal, da

turr¡at lna rósea. 560 freq0entes as placas de lepldollta em torno dos cnlstalÊde t.ur¡nal lna, cuJos núcleos lnalterados se encontna¡ envolvldos por agnegados

de lepldollta.'A turrnal lna conserva¡ entnetanto, por pseudomorfose, sua formaprlnltlva.

Ber I lo

O berllo exlbe nornalxnente háblto prlsrnátlco tfplco e norfologla' slmples,constltulndo-se de um rlnlco prlsna hexagonal comblnado com o plnacólde basal,Os crlstals apnesentan dlnensões centlmétnlcas e cor clnza clan-a, semelhante à

da albtta. Svlsero (1976), entnetanto, neglstl.ou a oconrêncla de berllo sob afor¡na de agregados flbromadlados, constltulndo r¡n novo hábtto deste mlneral,Os esferulltos apresentan zoneamento bem deflnfdo e dlàmetro variando en tonno

de 3 cm. Neste caso, a con é varlável, podendo ser clnza clara, annare la clarae lncolor.

A presença de nuscovl.t,a fol tanbém apontada por Canargo (1965).

Säo abundantes as lnclusões de xlsto nos pegnatltos, as qualsldependendo das dlnensões, estão parclal ou totalrnente turmal lnlzadas. A

turmal lnlzação é o únlco efelto observável sobre esses xenólltos.

l{lnenals u-anfferos

Ta¡rto o pegrnatlto qua¡to o turmal lna granlto de Perus apresentann rolneralsuranlfenos ocupando fraturas, tendo-se constatado sua presença tamÉm nos

xlstos. Observações de campo aponta:'am esses nlnerals r:¡ I cannent e assoclados aessas rochas, não se verlflcando sua ocorrêncla en outras áreas pegrnat ft lcasrelac ionadas ao Granlto Pirltuba.

A prlnelra !¡ençäo a respelto dos nfnenais u¡'anffenos secu¡dárlos deve-se

a l(necht (1936), que fez neferênclas à pnesença de autunlta ("uranlta") e¡r

Perus. Posteriormente, Camar-go & Cout inho (1960a e þ) descrevenarn a ocorrênclade uranofânlo-beta e¡n Perus, en cavidades pollédnlcas, além de nencionaren os

nlnenals autunlta, fosfuranlllta, torbernlta e opala uranlfera. Gabelman

(1963) relatou a presença de autuai ta, meta-tyuyarunl ta e tonbennita. Canar-go

(1965) descreveu en detalhe os nlnerals autunlta, rneta-ãutunlta, "hldnogênlo

autunlta", fosfuranlllta, ',mlnenal X., torbennlta, meta-tonbennl ta,uranofânlo-al fa, uranofânto-beta e opala uranffera. HalHeeita, por aua vez¡fol descnlta por carargo & svlsero (1966 e 1969). A descnlçã.o dos mlnenatsnenclonados e dos demals agona ldenttflcados acha-se no Capftulo 3.

Or lgeø

A nespelto da orlgen dos rnlnerals uranfferos de preenchlnento de fraturaÊde Perus, dola aspectos poden ser dlscutldos. O prlmelro refene-se à fonteprlnárla do urânlo, enquant,o o segundo relaclona-se ao tlpo de soluçã.o apartln da qual se preclpitaram os nlnenals secundárlos.

O r¡rânlo podenla ser pnovenlente de uranlnlta contlda ern lentes, cuJoúnlco registro em Perus fol efetuado por Knecht (1936), As gnandes rnassas

. grani t l ca.s-pegrnat I t lcas lrregularmente lntenpenlzadas e a nlneralogla complexados pegmatltos, se comparada con outros pegnatltos penlférlcos ao GranltoPlrttuba, poderlan sugerlr a exlsténcla de nlneral r¡ranl fero prlmár1ocor¡stltulndo velos hldrotèrnals en subsuperffcle ou nlvels topográflcos ûìalselevados, atualnente erodtdos (Coelho 1980),

A uranlnlta nåo fol neconheclda por Canargo & Coutlnho (1960g e Þ) e porCamargo (1965), segundo os quals os mlnerals secundárlos de urâ¡to esta¡.lamrelaclonados a nlneral acldentalmente uranlfero, cono a apat lta.

Carnan-go (1965) aftr¡nou que, ern Perus, o uränlo se encontna nos ¡¡lneralspegnatltlcos, prlnclpalnente na apattta, que apnesenta teon de urânl o de 56ppn, bastante elevado en rel açã.o à nédla das rochas magnátlcas ácldas e ao

teor dos r¡lnerais pnlmárlos associados. Entretanto, de acordo con Coelho(1980), a apatlta ocorre em todos os tipos de nochas da reglão, e parece poucoprovável ter sldo este ¡rinenal o únlco responsável pela ninenallzaçåouranlfera de Penus por lntenperlsxûo, vlsto que as denals rochas con apat lt,a,na nesna proporçåo e submet lda-s às mesmas condlções clináttcas, nã.o nevelanam,

até o InoEento, nenhuna ocorrêncla sigrrlficativa de mlnerals urar¡iferossecundárlos,

Ainda de acordo con Coelho (1980), näo foi lnvest lgada a extstência de

urånio eri allanlta, granada e zircã.o.A onlgem e a natureza da soluçäo eplgenética ( supérgena ou hlpógena)

foram dlscutldas por Coelho (1980). A atltude das estruturas em gue se aloJa¡n

os nlnenals secr¡ndárlos nepnesenta lgualnente a orlentaçåo pneferenclal da

reglåo, não pernltlndo conclulr sobne o possfvel condlclonarento estputuralpara tal ocorrêncla. Se as nlneralizações se concentrasse¡û ern "trends" de

fraturas pouco frequentes, a expl tcação de uÌìa orlgen hlpógena senla

13

refo¡.çada.

A conflguraç6o anômala da reglÁo de Penus sugere, de acondo com Coelho(f980), a exlÊtencla de uma fonte de urânIo (hoJe totalmemte erodlda) nas

cabecelras do Rlbelr6o Perus, ao longo do qual soluções tenlan Ee dtEsemlnado

Éité serern barradas por falhas e fraturas de orlentaçã.o m.¡!l-pSE, onde sealoJaran. Dessa nanelra, a orlgern dos ¡ìlnenals esta¡.la llgada à açã.o de águasde Euperflcle.

Várlos aspectos que favonecenlaIl a hlpótese de solução supérgena para os

mlnenals uranffenos de Perus foran enuherados por Coelho (1gBO), entre osquals:

- deposlçåo de mlnerals secundárlos co lnc l dentemente com zonas de

fraturas e clsalhamento;

- presença destes ¡ìlnerals nas porções de relevo geomorfo logl camente malsbalxo;

- concentrações dos ¡ninenals t¡nanf feros em delgadas låmlnas dentro de

flssuras;- ausêncla de mlnerals portadores de elenentos que geralrnente acornpanhan

o urê.nl o hldrotermal, tals cono rnollbdênlo, chul0bo e vanádlo.No entanto, segundo Coelho (1980), outros fatores, lgualmehte, nefonça¡ a

hlpótese de urna orlgem hlpógena, entre os quals:

- nlnenals pontadores de urânlo pnlrnárlo, preenchendo fnatr¡ras da nocha e

nåo só nlnerals secundárlos;

- colncidêncla da zona Elneral lzada con a oconpêncla de turmallna granltoe pegrnatitos, portanto dentro de una Iltologla especlflca;

- presença de neta-autunita II, ¡ìlneral fonnado em ternperatura superlor alOOoC, Pode-se constatan, entretanto, gue meta-autunlta II não oconrè ern

Penus, tendo sldo obtlda pon Camargo (1965), por û¡elo de aqueclmento eÌt

Iaboratórlo, o que lnvallda est,e argr:rnent.o de Coelho (1980).

Coelho (1980) admltlu que o urâ¡lo concentrou-se lnlclalnente nas fasesnagmát lcas flnals, aloJando-se e¡n nlnenals constltulntes da rocha, ou mesno

formando minerals u¡anlferos prlmártos. Poster t or!ìente, rnovlmentos tectônlcos,bastante evidentes pelo exarne de ninerais do turnallna granlto, faclllt.aran aremobillzação de paxte deste urânlo, que passou a ocupar microflssuras,fratu'as e falha-s. Por fln, o lntenso intenperlsno atuante na área desloiou,através de soluções superficlals, parte do urånlo contldo na rocha e en

fratu¡as Elneralizadas m¡¡oa fase anterlor.

Äprove t tanento econânlco

O conterldo uranlfero dos pegnatltos e do tr¡rmal lna granlto de penu6 éanômalo, 6e conparado con o de nochas slnllzu.es em várlas pa¡.tes do ¡nundo (co¡n

ra¡.leslmas exceções, nalor que 6 ppm), Com base na blbltografla, consldenaçõesde volune dos corpos, densldade, gnaus de fraturamento, abertura. de fraturas,ponosldade e extensã.o das ¡nl nenal I zações, e os conterldos de U e Th obtldos pormelo de dlvensos métodos, Coelho (1980) calculou uma nesenva geológlcaestlmada de 1.570 e 2.50O toneladas de U"O", nespect lvamente nos Dlnerals darocha ê nos mlnerals de pneenchlmento de fraturas,

Problenas de llberaçäo, entretanto, notadamente nos nlneralÊconstltulntes da rocha, allados a grandes perdas no pnocesso de extnaçã.o e

benef l cl al0ento, devldo ao modo de ocorrêncla e caracterf st i ca.s flslco-qufmlcasdos nlnepals secundárlos, genarlan obstáculos ao apnoveltamento cornerclal do

urânio.Coelho (198O) Justlflcou a contlnuldade dos estudos na ánea anô¡nala de

Penus, face à existencla de lndlcios favonávels de mlnerallzaçã.o, tals cono:

- assoclaçã,o dos ¡nlnerals uranlferos à fase ftnal de nagnat lsno;- concentração das a¡onal las en área bastante clsalhada, relaclonada à

tectônlca das lntnusões ácldas tardt a pós-clnenát lcas;- presença de falhamentos transcorrentes assoclados à área anômala, que,

além de constltufne¡r local de aporte às soluções nlnerallzantes, constltuern,geralnente, condutos preferenclals de llquidos nagmátlcos;

- slnllarldade con outras provlnclas ur.a¡lferas Já en explonaçã.o oupesqulsa, corno Rässing (SIl da Áfrlca); os granito de Helnsdale (Escócia); e

alguns depósltos de Portugal e Espanha (Salananca).

Outnas rochas

Alén do tu-nal lna granlto e dos pegnatltos, sã.o observados na reglã.oxistos con assoclaçåo guartzo-blot,1ta-muscov I ta-s i I I l nant ta, anflbolitos,nochas cálclo-slllcáticas, Graril to Pirltuba e quartzitos, lntegnantes do GrupoSão Roque. Os princlpals aspectos destas nochas fonam resulnldos pon Hasul(1s63).

15

Xlsto.s

Os xlstos, que predomlna¡n na á.nea, caractepl zaln-É¡e, macnoscopl canente,por mácula-s bnancas, que, ao ¡ûlcroscóplo, assemelham-se a mosalcos de grã.os dequartzo con flnas agulhas subpalalelas de stlltnanlta, Achan-se lntempenlzadose' Dos ælhores aflonamento8, o lntempenlsbo afetou apena-s parclalmer¡te ablotlta. l.ocalmente, apresentah pequenas lntercalações co¡D conposlçã.onlneralóglca dlferente, assoclada ou não à va¡- l ação de gnanulaçã.o. os xlstossão tanbéb contados por velos de quartzo, tr¡rnal lna e nuscovlta e por velos dequartzo. Junto do contato com pegmatltos, os xlstos foram modlflcados, devldoao boro provenlente da lntrusã.o, tendo sldo tnansformados e¡n turmallnltos.Trata-se de r.¡na rocha escura, salplcada de pontos brancos, de granulação flna,xlstosa, preserva-rrdo estnuturas anterlores (folIaçåo, ntcnodobras) e

constltuldas pon quartzo e ttrrnallna. Passa gradat l vannente, em pequenadlståncla, para xlsto, notando-se dtmtnulçäo do teor de turmallna, que pode

estan presente até gr"andes dlstânclas. A espessr:ra da faixa de turnallnltorai-anente ultrapassa 2O cn. O contato xl sto=pegmat.l to pode ser localnenteabnupto, e¡û conseqltêncla de condlções desfavorávels a enanações borlfera.s. A

turnal lr¡a do trrrmallnlto ocorne en lndivlduos be¡n desenvolvldos quanto aota¡nanho, nas não quanto à fonna externa. Apresenta tnclusões de quartzo,alongadas paralelamente ao prlsna, e ten cor variável, nun mesDo cristal, enma¡¡chas nåo bem def l nl das.

Os xlstos exlben boa follaçåo, devldo à orlentação pl anar de nlcas. As

máculas de sllllnanlta são achatadas segundo o plaro de xtstosidade.Os contatos do xlsto con granltos tu¡nal inlferos sã.o ra¡.ahente

observados, mas onde o são mostran turmâllnlzaçã.o dos xlstos, cono Já descrltopana os pegmat lt.os, mas nåo tão intensa a ponto de formar turnallnltos. Estescontatos não per.nlten conslderação sobre as estruturas lnternas do granlto.

Anfibolitos

Corpos de a¡flbolltos ocomem na área con dirnensões não superlones a S0

pon 25O m. São constltuldos de hornblenda e plaglocláslo( andes lna- l ab¡adori ta) , que penfazen cerca de go% da nocha. Na parte sul daárea, um desses conpos de anflbollto, con textura nenatoblástlca flna, exlbe,nas proxlnldades do contato con o pegmatlto, textru.a granoblást lca, fatoconstatado ta.mbén por cordanl et al, (1963). Ern seção delgada do anflbolit,o em

cont,ato com o pegnatlto, en espessura de Dilfnetros, Hasul (1S63) pôde

obsenvar empobreclnento en blotita en dlreçåo ao pegmat,I to, A blotlta se

rnostra pnogress I varnente tunmallnlzada no mesrno sentldo.

Rochas cá, l c l o- s l l l cât t cas

As nochas cálclo-slllcá.tlcas (hornfels) da área fonna¡1, ao que parece,

.conpos de dlmensões nã.o superlores às dos corpos anflbolltlcos, sã.o nochas com

ba¡das de esp€ssura mlllnétrlca a.centlnétrlca, de cores clnza clara e clnzaescura. Exlstem tambén delgadas falxas de flogoplta. A granutaçåo é flna e atextura orlentada ou não. Ml neraloglcamente, segundo Condanl et aJ. (1963),conslsten de tnenollta, dlopsldto, nlcroclfnlo, plagtoctásto (ollgoctáslo alabradorlta) e flogoplta; såo acessórlos: tltanlta, guartzo, turnal l na e

nlnerals do grupo do epfdoto; e acldentals: calclta, apatlta, muscovlta,zincåo, escapollta e vesuvlanlta. Longos crlstals aclculares de vesuvlanlta de

colonaçã.o azulada, dlspostos nadialnente, fonann encontrados entre llstras deuma aÌlostra de hornfels (Franco 1958). Aparentemente, as nochascálclo-slllcátlcas não apresentan cont inufdade e¡n superflcle, estandoprovavelmente relaclonada-s a \¡m arqueamento das encalxantes causado pelalntnusåo do corpo gnanltlco. Devldo às dlmensões e ¡robllldade da lntrusão, adlreçåo genal das rochas cálclo-slllcátlcas pode ter sldo nantlda, poné¡ì osseus anqueanentos provavelnente foran dlferentes no centro e na borda dalntnusåo, resultando en dlfenentes mengulhos dos conpos de rochascálcio-slllcátlcas (Coelho 1980). Franco (1958) e Cordani et at. (1S63)

assoclaJ'am a oconrêncla de rochas cálclo-sillcáticas a rnetannorfismo de

contato, causado pela atuaçäo das rochas lntnuslvas granlticas sobrecalcárlos lnpuros lntercalados nas rochas pelltlcas reglonals.

Condani et al, (1963) reglstraran ta¡lbén a ocorêncla de r¡na rocha, que

se refene a lntercalação de cerca de 80 n de conprlnento, nacroscopl camente

ldêntlca ås rochas cálc1o-s11lcátlcas e sltuada en contato con turmallnagranito. Constltul-se essenclalmente de calclta recrlstallzada, com p€quena

guant I dade de flogoplta e nagnetlta. Trata-se de rocha análoga (quanto a cor,nodo de ocorrêncla, textr:ra, etc. ) às nochas cá.lcio-sltlcátlcas, que nåoapresenta, porén, constltuiçåo nlnenalógtca senelhante, ou por estarrelatlvaÐente afastada (1,5 kn) do Granlto Plnltuba, ou por se trat,aroriglnalnente de calcárlo quase puro, nã.o tendo havldo posslbltldade de

fornaçåo de slllcatos, corì slmples recnl stal i zação, Dura¡¡te a presentepesquisa, registrou-se, pnóxino a u¡n anflbotito, u.n velo de poucos centlnetrosde rocha conposta ppatlcamente por calclta, nas com crlstals be¡r

desenvolvldos, nã.o lembnando as rochas cátclo-stllcátlcas da área.

Quar tz I to

Una pequena ocornêncla de quartzlto fol asslnalada pon Hasul (1963),- aÊul da pednelra de Dl Sandro, com alongannento também concondante con axlstos l dade.

Os corpos de anflbollto, de rochas cálclo-slllcáttcas e de quartzlto tênos contatos con os xl6tos nopmalmente encobentos, mas rnostnan um alongamentona dlreçã.o E-I,I, concordante corn a xtstosldade.

Granlto Plr ltùba

O Granlto Plrltuba aflora no rnorro ao norte do Córnego Andando, ben co¡¡oa SE da área estudada. Naquele nonro, constltul una bossa. Atualmente, exlsteuna pedrelra extralndo granlto Plrltuba no centro da áxea estudada.

De acondo com Coelho (1980), as relações de contato säa discuttvels,prlnclpalÞente observando-se os dlques de pegnat I to que cortam as rochasmet abás I ca-s locals, e até nesmo as rochas cálclo-sttlcátlcas en ne laçã.o aoscorpos de turnal lna gnanlto,

18

CAPITULO 2

MilODOLOGIA DE ESTUDOS

Fonan reallzadas vá.r I as vlsltas a aflora¡entos do t.urnal lna gnanlto e dopegmatlto de Perus, o que permltlu, além de descrlções de canpo, coleta de

amostras de mlnerals de pneenchlmento de fnaturas e rochas assocladas. As

amostras receberaa a slgla PS, segulda de um núnero que repnesenta a orde¡n de

coleta. Fonam coletadas 550 aÌostras, a quase totaltdade nas duas rlnl caspedrelras en atlvldade no nomento, uma delas de pnopnledade de Domlngas

Dell'Antonla Tosold & Cta. Ltda., locatlzada à Aventda Ral nr¡ndo perelna de

l,lagal hães, nrl¡neno 15.221, e a outra da Mineraçã,o Botuquar-a Ltda., sltuada aoeste da prlnelra, adJacente a esta ( Figr¡ra 1).

Os naterlals secundárlos foran descnltos quanto a cor, háblto e

suscept l bl l ldade a radlação ultravloleta de ondas curtas (2S4 r¡¡î ) e I ongas(366 nn). Estas lnfornações forann aI-mazenadas em banco de dados DBase 3, o que

pernltlu r¡rn agrupanento prellminar de amostras senelhantes par.a estudosposterlores.

As arnostras obt ldas fora¡n caracterlzadas petnográflca, minenalóglca,qulnica e texturalnente por nelo de várlos nétodos, descrltos a segulr, algunsdos quals apl icados especlflcamente para o ¡nlneral furcatlta.

Testes de dru.eza, densldade e solubllldade

Medidas de dureza fora¡n efetuadas par-a a furcalita de Penus,

utlllzando-se nlc¡odurf¡oetro Vlckers, lnstalado no Agrupamento de Petrograflada Dlvlsã.o de Mlnas e Geo¡ogla Apl lcada do Instltuto de Pesqulsas Tecnológlcasdo Estado de São Paulo - IPT. Fona.n efetuados dols testes de lndentação (peso

de 5 p, tenpo de lndentaçäo de 13 s). A dr¡reza de Mohs fof. calculada com base

na eguação:

log Mohs - (1og vHN ) - I2,5

( Youg & MI I tman 1964 ) .

A deternlnação da densldade fol efetuada com crlstals de furcattta de

Penus, usando-se solução de Clérlcl dlìulda en água destllada, e obtendo-se amédla resul t.ante de quatro determlnações.

A solubllldade da furcallta fol verlflcada em á.gua, e éD áctdoElnorgâ.nlcos (HCl, HNO3 e H"SO.) en concentnação 1:1 a fnto,

l{lcroecopla ópt,lca

Pana o estudo das constar¡tes óptlcas dos mlne¡.als, fol utlttzadonlcnoscóplo polarlzador. Determl nar-an-se lndlces de refraçåo, blnrefrlngêncla,ângulo 2V, pleocrofsrno, dlspersão, orlentação, absonçã,o e elongaçã.o. A

nonfologla dos crlstals fo1, en geral, anal lsada ao nlcroscóplo, devldo àspequenas dlmensões dos crlstals. os lndlces de nefraçã.o fonam ¡¡edldos p€lonétodo de lnersåo, com luz bnanca,

Dlfratoætnla de nalos X

A técnlca de dlfraçåo de ralos X fol apllcada para anáIlses qualttatlvas,apresentando-se útll na classlflcação dos Dlnerals secundárlos, a nalonla dasvezes macroscopl caÌente Eulto senelhar¡tes entre sl e de granul açåo nutto flna.Fona-n obtldos gráflcos, f ll¡nes (en dlversos tlpos de cåmaras ) e tabelas dedlstânclas lnterplana:.es e intensldades, ern diversos aparelhos de várlaslnstltulções (Instltuto de C,eociênclas da IJSP, Instltuto de Ffslca da uSp,

Instltuto de Pesquisas Tecnológlcas do Estado de São paulo, InstltutoAstronôElco e Geoffslco da IJSP, e Instituto de Ffslca e eulnica de São Can losda uSP, entre outnos ) .

A qual ldade dos d l agramas não favoneceu, en geral, a definlçåo de

espécles nos casÒs de minerals de gnupos cono os da autr¡nlta, rneta-autr¡Dlta e

weekslta, sendo a ldentlficaçã.o cornpleÌnentada por dados ópttcos e gufmlcos.

Quando necessárlo, fona¡n obtldos gráflcos mals pnecisos, con uso de

rnonocronador e velocldades nals lentas, ou fllmes em cânara de Gulnler, apartln dos quais fol posslvel efetuar a lndexaçã.o e o cálculo dos parâmetnos

de cela de deternlnados mlnerals. A leitura dos filnes obtldos ern câmara de

Gulnlen fol efetuada con o auxfllo de denslt.Õnetro a lasen LKB UltnoscanXL, lnstalado no Instltuto de Fislca da llnlversldade de Sã.o paulo.

A dlfraçåo de ralos X fol utlllzada, tarobém, para o estudo da estruturact.lstallna da furcallta, descnlto a segulr.

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Eatudo dê ostrutrFa crlstal lna

A partlr da ånállse de dados da lltenatura, fonam detectados alguns.pnoblemas na deternlnåçã.o da estnutura cnlstallna da fu¡caltta, A obtençáo decnlstals de dl¡nensões suflclentes para novo estudo estnutr¡ral posslbtlltou a6oluçåo dos problenas observados, apresentando-se nova fón¡nula qulmlca para onl nenal. .

Seleclonou-se u¡n nonocnlstal pa¡a nedldas de lntensldade no dlfratô¡netroautomátlco cAD-4 ( Enraf Nonlus) do Instltuto de Flslca e eulnlca de såocarlos, ljnlvensldade de sã.o Paulo, usando-se radlaçã.o Mollc¡ e nonocnonador degraflta, os parârûetros da cela unltárla fonan deternlnados pelo procedtmentodos mlnl¡oos quadnados apl lcado ao conJunto de ângulos de zs neflexõeÊlntensas.

As lntensldades de dlfração fona-ro nedtda.s pela técnlca de varredura o -2ø. Duas reflexões fora¡n monltonadas penlodlcamente con a ftnalldade deverican- se ocorrlam mudanças slgnlftcatlvas na intensldade. os dados delntensldade forara corrlgldos pâra Lonentz, polarlzação e absonçã.o (Ën¡afJyonlus structure Deternlnat ton PackaBe). os fatones de espalhamento para osátomos neutnos e os coeflclentes de dlspersåo anômala utlllzados foran,respect lva.Þente, de Cromer & ¡{ann (1968) e Cnomer & Llberna¡ (fgZO). Â poslçäodo pnlnelro át,ono de wânlo fol determlnada pelo nétodo de pattenson e as dosoutros dois, por mapas de Fo.,rler dtferença. Após reflnamento por mintDosquadrados das coondenadas e dos fatores anlsotnóplcos de tenp€ratura dosátor¡os de urânio, a poslçäo dos dernals átonos fol obtlda por napas de Fourlerdlferença. A função mlnlmlzada no reflnamento fol:

Xw( lF^ l-k lF- | )2

onde w = [az{Fo) + o,oo1 to"-t " k é o fatår de esca]a.

As coordenadas das poslções atô¡nlcas orlginalnente deternlnadas forantnar¡slaclonadas, no sentldo de pennltlr conpará- I as com ague I as do artlgo dePlnet & Declercg (1978). Fora¡ obtldos fatores de te¡ìp€ratura anlsotnóplcos e

una seleção de â.ngulos, ben corno de distå¡cias lnteratômlcâsValênclas de l lgaçäo enplrlcas forar0 calculadas usando-se parânetros de

Brown & l{u (1976) para llgações U6*-O2- e de Bnown & Altenrnatt (l9g5) paraI I gações c-a.z* -o2- e p5*-o2-.

construlu-se uma tabela de fatores de estrutr¡ra observados e calculados.A maiorla dos cálculos fot efet,uada en un conputador vAX llnBo. os r¡étodos dePatterson e de For¡rlen dlfenença, asslrn cono o reflnanento da estrutura, fonamtratados con o prograrna SHELX-?6 (Sheldrtck 1926). Distânclas e ångul os deItgação fora¡ calculados com o programa NRC-12 (plppy & Ahmed 1968), As

21

proJeções da estrutura fonan desenhadas con o prograna ORTEp (Johnson 1965),lnconporado ao Enr af - Non lus Structure Det ern ! rrdt ! on packaíe.

os 'oétodo' de Ponar-Koshrts & Asranov (rg7z, e de r,ruet.tert res r¡;

Guggenbergen (1974) fonam utr¡rzados para a detenrnlnaçã,o do poltedro formadoao nedor de um dos áto¡nos de cálclo,

Dados quf dcos

As a-hostras estudadas fonan subnettdas a anárrses de fluorescëncra denalos X por energla dlspenslva (EDS), en apa¡.e I ho acoplado à nlcnossondaeletnônlca do Instltuto de Geoclênclas da trsp. A preparaçäo do natenlalconslstlu na sua flxaçåo, na fon¡na de fragmentos ou pó en lâ-nlna crrcular devldno con flta adeslva de dupla face e posterlor netal lzaçã.o.

os r'esultados obtldos pernl t lnan venlflcar- qual l tat l vanente a presençados ele'ento' gufurlcos cou¡ númeno atômrco supenlor a 10, o prco mars lntensodo potásslo (Kd., 3,372 kev) colnclde aprox I rnadament e con o segur¡do ptco malslntenso do r,rânlo (tlÊ' 3'336 kev), o que l npede estlnar sua proponção relatlvana anostna. O segr¡ndo plco DaiÊ lntenso do potássio (Iß, 3,599 keV), por suavez, confunde-se coE a pico mais lntenso do cálclo (Kd, 3,690 keV). Dessaforma, fol necessárlo, no caso do mlnenal veekslta, obter dados qulxnlcosquant l tat lvos para potá.sslo e sódlo e¡¡ fotônetro de chama (Mtcnonal, nodeloB-262) e para cálclo e bâ'io en espect,rofotô¡netro de absorçã,o atônlca canlZeiss, anbos lnstalados no Laboratórlo de Qulnlca do Instituto de Geoclênclasda tlSP.

No ca-so do rnlneral furcalita, foram efetuadas anállses en cnrstars,utlllzando-se mlcrossonda eletrônica automatlzada acoplada a anal lsadon porenergla disperslva, lnstalada no Instltuto de Mineralogfa da unlversldade deBenna, Sulça. Para correções, fol usado o programa COMIC.Ð, vensã.o de l9gl.

A concentpação de hldrogênlo, postenlorDente recalculada para HrO, foldetereinada para a furcallta de penus, en um anal lsador de elenentosPerkin-ElDer modelo 2408, tnstalado no Instltuto de eulnlca da L,tsp,

Como conplemento, fol tannbén possfvel obten, no Instltuto de Qufnlca datSP, u¡û espectro de absorçã.o de lnfravermelho para a furcallta.

Eetudos térmlcos

Flnalnente, forarn obtidas un¡a c'rva terno-di ferenc i al e outratenrnogravi nét r. l ca para a a.nostra de futcallta de perus em equlpanento Rlgaku,

22

modelo Thermoflex, lnstalado na A,'socraçã.o Brasrletna de crmento port la¡d(ABCP), Såo Paulo.

Cálculos dc conpatlbl I ldqde

U¡na vez caracterlzados qufmlca e nlnenal ogl cannente os mlnenals uranfferossecundá.r1os de Penus, fona¡n efetuados cá.lculos usando-Êe a relaçã.o deGladstone-Dale' As constantes utlllzadas fora¡n ague I as reglstnadas ponl,ta¡darlno (1981), exceto a constante para tO3 = O, 134, fonneclda por Lan sen(1921)' e que apresenta nelhon concordâncla para os fosfatos de uranl la (plret& Dellens 1989). oÊ resultados permltlran verlftcan a conpatiblttdade dosdados obtldos em comparaçã,o aos crltérlos est,abelecldos por I'fandar lno (1929),

23

cAPtTt _0 3

DESCRICÃO DOS MINERAIS URAI,¡IFEROS DE PERUS

FOSFATOS

^UTt llITA - Ca(|.þ ) (PO ) .1OH O tetnaconal2 2 4'2

Os cnlstals de autunlta de Perus apresentan háblto tabuta-¡., confonrne Já.

ressaltou canna:'go (1965), con dlrnensões da ondem de nlllmetros ou nlcra, Eståòassocladôs entne sl, constltulndo rÕsetas, agregados par.alelos ou, alnda,agnegados escaJnosos.

ôs hábltos reglstrados por. Camargo (1965) pala a autunlt,a de perus Eã,o:

a. cnlstals tabulares, corn predonlnâncla do plnacótde basal.. De acordocon a presença de outra.s fonna.6, poden ser classlflcados cono quadrados,octogonals e "clrculares";

b. crlstals em bar.rllete, con predonlnåncla de (Zl1);c. cristals prlsnát lcos;d, cristals pseudo-cìlblcos;

e. cristals en alnofada.A autunita de Penus pode apresentar lnclusões orlentadas ou nã,o de

chernlkovlta, fosfuranl l lta, de provável óxldo de manganês e possfvelbassetlta ( Camargo 1965).

A cor mals fregtlente é o verde-llnåo, enbora alguns crlstals ap¡esentencor vende escura pela presença de lnclusões pnetas (provável óxldo de fenro).

A autu¡lta oconre em fendas e diáclases, cono agnegados en forma de

crostas, podendo, tarìÉD, ser encontrada en planos de cllvagem ou superflclesde fratr¡ra de feldspatos, Dlca, turnal lna e apatlta, forrnando venulas no

lnterlor destes nlnerals. Nos feldspatos e mlcas, de cllvagen fácll, aautunlta pode se lntencalan, cono lnpnegnações, entre os planos de clivagem.Nos crlstals de tur¡nal ina e de apatit,a, a autunlta preenche as fraturas, ern

geral perpendiculares ao elxo de nalor desenvolv l bento.De acondo coro Carnar.go (1965), a autunlt.a está lnvarlavelnente assoclada a

outros nlnenals uranlfenos: rûeta-autunlta, chernlkovlta, fosfuranlllta,furcalita, rra¡ofâ¡lo-beta e opala. A autr¡nita pura é extremaloente rara¡ pois

24

aPenas algu-ns poucos crlstar6 absolutahente rsentos de rncrus6es fonanencontrados por Carnargo (t96S) e¡n penus. Vla de regna,, está total. oups¡clalmente tnansfornada en neta-autunr ta, às vezes 'no r'esmo crrstal, Atnansfornação em meta-ãutunltã. é pseudornópflca, nã.o afetando o aspecto¡norfoló8lco extenno. A drstrnçåo entne uo'a e outna espécte só pode Eer fertaoptloa¡ente ou por dlfnaçåo de ralos X.

Drra¡te a pnesente pesqursa, autunlta fot rdenttfrcada nas ahostrasPS 25, PS 33, PS 43, pS 64, pS lBO e pS 187, senpre assoclada a meta-autunl tae, às vezes, tambén a chennlkovlta. Na F'gura Z, está repnesentado o espectnode EDS da amostna PS l8O, na qual a' autunlta predomlna grä,ndemente sobnemet.a-autunl ta e chernl kovl ta.

25

AutunitoPS I8O

I

3

keV

Figura 2. Espectro de EDS da autunlta de Perus( amostra PS 180).

I

4

TTORBERNI1A - Cu( tÞ, ), ( po ] 2. Lolf.zo tetragonat

cana,.go & cout lnho (19609 e Þ), Hasul (1963) e cabe r man ( 1963)not lflcaran a oconnêncla de tonbernlta en penus, cuJcis dados mlnenalógtcosforam publlcados pon Camargo (1965).

Cana¡go (1965) neatçou a narldade da tonbenntta em perus, até hoJeso¡nente cor¡statada em r,Da pequena oconnêncla. Durante os trabalhos da presentepesqulsa, nã,o se constatou a presença desse nlneral.

os crlstals de torbernrta de perus, en gerar nulto dergados, apnesentan,de acordo con Camargo (1965), háblto tabular segrùtdo (00f) e as dlrnensões são,vla de regra, 2 pon 0,2 rm.

NornalDente, a torbernlta se encontra assoclada a rneta-torbennl ta. Estaassoclaçã.o, que por vezes se verlflca no mesmo cnlstal, como pseudornonfose,fol revelada em d l agnamas de pó ( Canargo (1965).

A torbernlta de Perus apresenta, con fnegilêncla, segu-r¡do Cannargo (1965),lnclusões aclculares flbrornadladas lncolones nåo ldentlflcadas, com indice derefrâção .de aproxlmadanoente 1,620, e que nã.o guardan quaìquer orlentação corn

respelto ao cristal hospedetro, Canargo (1965) ressaltou, entretanto, que estelndlce de refnaçã.o nã.o dlfere daqueles observados pa¡a a neta-to¡bennl ta.

27

BASSETI TA - Fe(tþ ) IPO{)2.gHzO nonocltntco22

Inclusões en autunlta, com indlces de nefraçåo nalg elevados que osdesta, e pleocnofsrno vende-rosa, foran tdentlflcadas por cannargo (196s) eatnlbuldas a posslvel bassetlta. Durante os trabalhos da pnesente tese, nã,o

fol verlflcada a ocorrêncla de bassetlta nas amostnas pnovenlentes de perus,

llET -AUn lfITA - Ca(tþ )2(PO.)2.6HaO tetnagonal

A Deta-autunlta de Perus aparece em fntlma assoclaçã.o con a autunlta,multas vezes no nes¡no crlstal, sob for¡ia de pseudomorfose, 6endo posslveldlstlngulr entre as duas espécles pelas pnopnledadeE ópttcas e pordlfnatonetnla de ralos x, A neta-autunlta pode exlbln lnclusões hlenoglfftcasde chernlkovlta, lndlcando a forDaçã.o de fases dlferentes durante o

cresclmento cnlstallno (Ca-nargo 1965 ) .

Itleta-autunlta fol agora verlflcada nas amostras pS ZS, pS 33, pS 43,PS 64, PS 98, pS 174, pS 180, ps 187, ps 263, pS 2a2, pS 498, pS sol, pS 504 e

PS 505, se¡¡pne em assoctaçã.o corn autunlta e,/ou chennlkovtta, O padråo de EDS

da amostra PS 282, na qual a neta-autunlta predomlna gnandenente sobrechennlkovlta, é apresentado na Flgura 3.

29

Meto - AutunitoPS 282

I

3

keV

Figura 3. Espectro de EDS da neta-autunita de Perus

(a¡nostra PS 282) .

I

4

XETA-TORBERNITA - Cu( tD" ), ( POr ) z. SH,O tetnaSonal

Iþ acordo com Canargo (1965), a beta-tonbennlta ocorre, en penus, enlntlna assoc laçã.o corû torbernlta, fazendo con freqüencla pante do nesmo

cnlstal, co¡r¡o pseudornonfose total ou panclal, ou alnda co¡no lnclusõeslentlculares, acompanhando a ct tvage¡! (OOl).

Meta-torbennlta fol agora ldentlflcada Fror dlfratometrla de nalos X, EDS

e pnoprledades ópt,lcas, constltulndo alguns poucos crlstals placótdes, de corverde escura e al"ê 2 nrn de largura, preenchendo supenffcle de fratura daa¡ostra PS 5O7, constltufda por feldspato, quartzo e turnallna pneta. Nestaanostra, a neta-torbernlta é o rlnlco nlnenal secundá,rlo presente.

.A Deta-torbennlta da anostra PS 507 é unlaxlal posltlva, con .d = 1,626 e

e = 7,627.

O espectro de H)S da annostra PS 507 está nepnesentado na Flgura 4. Devldoà pequena quantldade de natenla¡ dlsponivet, nåo fol possfvel obter dados

qulmlcos guant ltat lvos pana a neta-tonbernlta de Perus.O padrão de dlfnaçåo de ralos X para a amostra PS 5O7 está neglstnado na

Tabela 1. Os parâmetros de cela unltárla calculados para a neta-torbernita de

Perus sã.o: a = 6,935(1) e b = 17,t9(2).

31

U,K Meto - TorbernitoPS 5O7

keV

Figura 4. Espect,ro de EDS da neta-torbernlta de Perus

(amostra PS 507).

Tabela 1. Padnåo de dlfratonetrla de ralos X da neta-tonbernttade Perus (arnostra PS SOZ)

do¡". ( A) dcaJc. (A)

8,614

6, 393

5, 387

4,8924,2553, 657

3, 463

3,2t33, O52

2,917

2, 656

2,5t72,4522, 359

2,271

2,2332, 193

2,7262, 039

1,973

1, 878

1,811

1,758

1,735

7,70t1,652

1, 636

1,607

1,568

1, 5s2

15

10

30

45

30

25

45

100

10

75

<510

l535

<515

50

50

10

5

30

<5

15

8, 594

6,431

5, 397

4, 904

4,297

3,653

3, 468

3,216

3, 052

2,9t72,6442,515

2,45.2

2, 358

2,297

2,2322,7s32,725

2,036

1,968

I ,477

1,826

1,766

1,756

|,7341,719

t,7001, 651

t,6271, 608

1,566

1, 551

70

5

10

80

5

10

70

o201o210o40400o211t2o6t4202201o2101204182208182400.o 10

o27231047420

cont inua

Tabela 1. Padråo de dlfratometrla de ratos X da meta_ to¡-bernl tae perus (ano6tra pS SOZ)

(cont I nuaçåo )

dobs. (À) T/T dcåtc, (À)

1,528

1,37 L

1, 361

1,344

1,322

1,303

1,275

1,236

7,213

7, 779

1,535

1,5'24

1,379

1, 369

1,343

1,324

1, 300

1,27 4

7,234

7,221

1,209

t, 175

to

25

30

5

5

5

5

10

10

3

1

3

4

5

2

2

5

5

4

1

5

1

0

0

3

I0

1

2

2

0

0

2

I11

10

2

2

72

L2

2

4

10

74

6

34

üEnNI K:v¡ 1A - (H3o)a(trl2)2(POr)z.6Hzo tetnasonat

O no¡e ,'hldrogênlo autunlta,' fol proposto para r¡.Ìt produto Elntétlcoestudado pon vá¡lo6 autones, entre os quala Llenau (lg9g), Frondel (1950) eRoss (1955)' U¡na substâncra de oconnêncla natu¡-ar na tnlåo sovrét'ca, conpnoprledades análogas ao produto srntétlco, fot ldentlfrcada pon chennrkov(1958). ca-nargo (196s) descreveu a segunda oconrêncra nundral de ,,hldrogênroautunlta" en penus, enquanto uma tercelra oconrêncla fol reglstrada ponKashlrtseva & Val uyeva (l97g), desta vez novannente na l,nlåo Sovlétlca.

A Conlssåo de Novôs Mlnenals e NoÌûes de Mlnerals da Assoclaçã,oMlneralóglca Intennaclonar ( CNMMN - IMA) nunca se pnonuncrou a respefto donone "hldr-ogênro autunrta" e este norne nã.o consta do Gr.ossary of ltrneralSpecjes (Fleischer 19S7). A seguln, é apresentada a descnlçã.o fonmal completadesse r¡lneral, com o novo nome propost,o, chernlkovlta, em honenagen a A, A,chennlkov, que fot o prlmelro a descnever a espécle. Tanto a descrlçã.o fornaldo mlneral , quanto seu novo none, forann aprovados pela CNI,î,IN _ IMA,reco¡¡endando-se o aba¡dor¡o do norne ',hldrogênlo autunlta,, (Atenclo 1985 e1988). O none chernlkovlta Já úem sendo empregado na I I teratura nlneratóglca( Vochten 199O) .

Ocornêncla

.A chernlkovita de perus oconre corDo inclusões eD autunlta eneta-autunita' que preenchen cavrdades do tu-malrna granlto, rocalmentepegnatltlco. o materlal sovrétlco estudado por Kashrntseva & Valqyeva (1929)oconne en fissr,"a-s de quartzo sienito e ao redor de nadelra fóssrl contrda eÍrconglonerados, assoclada a autuhlta, neta-autunlta e sódio_autunita. Tantochennlkov (1958)' guanto Kashirtseva & valuyeva (1929), nã.o forneceran alndlcação da localtdade exata das ocornenclas sovt.étlcas.

DuranLe esta pesqulsa, chernlkovfta foi ldentlflcada por difnatometrlade ralos X nas annostras pS ZS, pS 43, pS 98, pS 124, pS 1BO, pS 187, pS263' PS 269' Ps 282, Ps 498. ps so4 e ps sOs, nas quars está presente seÌnpreen assoclação co' autunrta e/ou net.a-autunrta. A cbernrkovita predonrna sobneestas soneDte na anostra pS 269, na qual constltul natenlal nulto flno, de cora¡nare la esvendeada, tapetando superflcle de fratura de nocha co. quartzo,feldspato e turrûar rna. Apenas neta-autunrta acompanha, em proponção murtopequena, a chernlkovlta nesta a¡nostra.

35

llÁbl to c proprlodades flatcaa

' carna'go (196s) ds5g¡sveu os pnrnclpars hábrtos da chenntkovlta de penu',a qual ocorre cono lnclusões onlentadas, fornecendo aspecto nttldanente'zonado; en autunlta e meta-autuntta (Flgura Sa), É conr¡rn as lnclusõeEdesenvolverem formas de bastonetes en orlentaçã.o paralela ao hospedelro,exlblndo, no conJu¡to, aspecto hleroglfflco (Flgura Sb). Exlstem tambénpeqirenas placas con contornos lnnegulares ou geonétrlcos, cuJo tamanho n'oexcêde 1O p¡o (Flgura Sc), Inclusões de chernlkovlta såo observadas emcresclnento papalelo ao pl a¡¡o (001) de cllvagern da aut.unl ta (Ftgura Sd).

36

lwlIOO O O,¡¡¡¡

b

¡E o.'

E .--r-]-ÞJl L-L__J

\- //2loo o_3t.t

WFlgura 5. (a) Distribulção zonada de inclusões orlentadas de chennlkovita em

autunita, (b) Inclusões hlerogllflcas de chernlkovita en autunita, (c) Ptaca

idionónfica de chernlkovita e¡n autu¡rlta. (d) Inclusões de chernlkovttaorlentadas paralelanente ao plano (001) de cllvagem da autunlta. ( Camargo

1965 ) .

A chennlkovrta sovréttca de'crtta por chernrkov ( rgsg) fon'a placasmlcá,ceas flnas e tna.nsparentes, alongadas segundo [OO1l, con cllvagen penfelta{OO1} e lnpenfelta {100}. Apresenta cor amarela-pál lda, co¡r brllho vitreo elntensa fluorescêncrã verde-amarerada sob luz ultnavtolet'. o análogo'Êlntétlco deÊcrlto por RoEs (19ss) consrste de placas nlcro'cóprcas decontonno guadrado ou octogonal. A denstdade calculada para a fórmula rdeal é3,264 glcn3 par.a o natenlal slntétlco de Ross (1gSS), 3,2S8 g,zcn3 par-a achennlkovlta sovléttca de chernrkov (19sg), e 3,264 g/crn3 pa,.a a chennlkovltade Perus, estudada por Cana¡go (1965),

hoprlededeÊ óptlcas

A chernlkovltâ é unraxrar. negatrva, o ¡naterrar de penus estudado porcamargo ( 1965) tem cor verde-r rnåo e é lrgerramente pleocró1co. .As placasnalores podem sen a¡onalamente btaxials, coû 2V = S a lO'.

A chernlkovlta presente na annostra ps 262 apresenta-se, ao nrcroscópropetrográflco, cono crlstals placótdes de cor a¡narera-clara, unraxralsnegatlvos. O ¡nlneraì tern aspecto turvo ao ntcroscóplo.

Na Tabela 2, sã.o apresentados os fndlces de nefraçåo reglstrados pana achernlkovlta e seu análogo slntétlco.

Tabeta 2. fndices de nefraçã.o para a chennikovita.

e=Xr¿=Y

1,568(1)

1,579( 1)

1,569

1,583

1,570

1,580

1,s67(2)

1, s82 (2 )

1. Produto slntético (Ross 19ES).

2. unlão Sovlética (Chennlkov 1958).3. Penus, Såo Paulo, Brasl I ( Camargo 1965).4. Perus, São Paulo, Brasit (amostna pS 262)

38

A chernlkovlta de perus

fndlceÊ de refra.çã.o, que sÄo

meta-autunlta ( Ca¡argo 1965),

Iladoa qufnlcoa

pode 6er facllmente reconheclda pelos seuslnferlones aos dos hospedelroË autr¡ntta e

Na Tabela 3, acha¡n-se, a titulo de conparaçã.o, os valores calculados paraa fórnula ldeal ( H3o)

2 ( t oa )

a ( Po{ ) z. 6Hzo e aqueles obtldos para o análogo

slntétlco da chernlkovlta, estudado pon Ross (19SS).

Tabela 3. IÞdos guimtcos para a chernlkovlta (% em peso).

t.þ3

PO25HO

2Total

65, 29

16,20

18, 51

100, o0

65, 08

16, 03

19, 33

100,44

l. Calculado para a fórnula ldeal, (H3O)z(UOz)2(pOr)2,6H2O,

2. Pnoduto slntétlco (Ross lgSS).

Da água de hldratação lotal, 9,29% e!¡ peso são perdldos a llO.C (Itoss1955). Anállses espectrográf i cas da amostna sovtétlca (Chernlkov 19Sg)resultara¡ em u e P cono elementos prlnclpais e tnaços de outnos elenentosconsiderados cono lmpurezas. Dados de espectrognafla de rnfnaver'elho paraautunlta de Perus coD lncrusões de meta-autu¡lta e chennlkovlta lndlcaram apnesença de lons fosfato e u.anl la e de água. Nenhun plco de lnpr,rezas foldetectado ( Carnargo 1965).

Na Flgura 6, acha-se representado o pad¡ão de EDS obtido para a amostnaPS 269 de chernlkovlta de penus. potásslo pode substltuln l so¡norfl camente H3o.Devldo à exlgtlidade de nateriar disponlvel, não foi posslvel obten dadosquantltativos para a anìostpa pS 269,

ChernikovitoPS 269

I

3

keV

Flgura 6. Espectro de EDS da chernlkovlta de Perus( a¡nostra PS 269).

Crlstalogrefle

Os dados de dlfnação de nalos X pâra a chennlkovlta (,Tabela 4) podem serlndexados e¡¡ cela unttárla tetragonal , provavelmente frtencente ao gnupo

espaclal P4/nnn, O conteúdo atô¡rlco da cela é (H3O)z(UOz)z(por)a.6HzO, com Z =1, Os par.ânetros de cela unltárla, neflnados pelo método dos mfnlmos quadnados(Tabela 5), podem, entnetanto, repnesenta¡ urna pseudo-cela. pon analogla conos mlnerals do grupo da neta-autunlta estudados por Ross & Eva¡s (1964), ad I mer¡sã.o c pode ser dupllcada e o gnupo espaclal senla, entåo, p4/ncc. por

outro lado, se as relações da cela da chernlkovlta forem as nesnas dameta-autunl ta- ( I ) (Ross 1963), a vendadelna cela Êerá gerada pela notaçã.o dapseudo-cela de 45o ao redor do elxo c e o grupo espaclal secla p4a22.

Os padrões de dlfração de ralos X da chernlkovlta exlben, devldo a suafácll cl lvagen segundo (OO1), uma reflexão (O01) ¡oulto forte, locallzada entreo plco (O02) da autunlta e o plco (O01) da neta-autunlta. euando os trêsnlnenals ocorrem assoclados, a ldentlflcaçã.o das fases é nulto fáclt ( Carnargo

1965), O plco de gÄ, fregilent,enente ¡nenclonado na I lteratura para a autr:nlta,pode conresponder, na real ldade, a chernlkovlta em nlstura, conforne folcla¡-a¡nente descrlto pon Canargo (1965) no caso de anostras de per.us.

41

Tabela 4. DadoB de dlfraçåo de ra.los X para a cherntkovlta

!2d(Â) I/Io d(Å) r/ro

4

o do¡r. (Å) !/!o d."I",(A) h k I r

,3d(Â) r/r

1,902 20

1,844 30

1,789 30

9,005, 59

4, 36

4, 51

4,343, 78

3, 50

3,272, 96

2,77

2, 58

2,492,40

2,262,22

2,17

2, 08

1,900

7,447

1,786

9,O32 100

5,556 50

4,971 40

4,542 5

4,360 30

3,799 90

3, 511 70

3,270 80

2,964 60

2,765 70

2,57 30

2,448 30

2,397 40

2,2Ê7 20

2,216 30

2, 163 50

2,075 40

8,89 40

5,51 90

4,99 100

4,29 50

3,A2 80

3,54 100

3, 26 100

2,96 60

2,77 40

2,57 40

2,49 50

2,40 60

2,27 60

2,76 70

2,09 70

2,O7 50

1,906 40

1,850 40

1,795 s0

100 9,073 90

60 s,507 40

60 4,929 45

5 4,418 15

50 4,297 65

90 3,776 20

70 3,447 75

80 3,255 100

50 2,951 60

2,806 5

2,595 5

2,543 15

2,469 10

2,342 100

2,227 25

2,270 25

30 2,145 40

2,130 25

30 2,070 15

2,035 5

1,973 10

1,886 10

t,aLz 5

L,AL? 5

1,785 10

8,938 001

5,506 101

4,942 110

4,469 002

4,325 111

3,765 702

3,495 200

3,255 .20t2,951 27I2,747 103

2,753 202

2,561 2t22,552 113

2,471 220

2,3A2 227

2,234 004

2,2LO 310

2,163 222

2,757 2r32,t46 311

z,tza 104

2,066 302

2,036 rL41, S81 372

1,894 327

1,883 204

1,835 303

1,818 214

7,775 313

70

30

30

30

30

20

10

cont lnua

Tabela 4. Dados de dlfraçåo de raloa X pa¡a a cherntkovlta,( cont I nuaçåo )

1

d(Å) I/r2

d(Ä) r/r3

d(Á) r/ro

4

dobs, (Â) r/ro d"u)".(A) r¡ k r r

1,755 20

1,722 20

1,697 30

1,633 30

1, 61-

1,57 30

1,546 10

1,477 10

1,439 lO

1,401 20

1,383 10

1,359 10

1,338 5

1,288 5

7,270 10

1,249 20

7,227 5

1,194 30

7,749 20

1,727 20

1,680 20

7,642 30

1,618 30

1,570 50

1,550 20

t,473 10

1, 401 10

1,381 40

l,335 10

I,277 10

1,245 10

7,227 20

1,207 10

1,792 ZO

7,172 50

1, 109 20

1,753

7,722

1,699

1,630

1, 590

1,543

t,474

7,447

t, 407

1,385

1,360

1, 339

| ,28A7,270

1,24A

1,223

1,193

15 7,747

20 t,73215 1,715

10 1, 681

5 1, 647

10 1, 620

10 1,585

20 1,563

15 1,540

20

20

20

20

7,7 4A

7,7 42

1, 715

1, 666

1,648

I,821

1,586

1, 564

1,540

400

.105

401

115

330

331

472

420

42t106,324,4t3,422116

315

206,404,431, 501

216, 414, 51 1

334, 432, 502

226,424,5,27107, 306,

433, 503

117,316,s13,522335

530

277, 326,

434,442,504,523,531

20

5

10

15

10

10

10

5

10

20

43

cont l Dua

Tabela 4. Dados de dtfração de ralos X pa.na a chennlkovlta.(cont I nuaçåo )

tz34d(Â) I/Io d(Å) r/Io d(À) r/to dob".(Ã) r/ro d"rt.,(À) ,¡ k I r

1,O97 20

1,064 20

7,0.21 10

1,006 10

tpara cela corn grupo espaclaì P4/nnn.

1. Pnoduto slntétlco (Ross 19SS, pDF 8-296).2. unlão Sovléttca (Chernlkov 19SB).

3, Perus, Sã.o Paulo, Brasll ( Canargo 1965).4. Perus, São Paulo, Braslt (amostna pS 269).

Tabela 5. Farânetros de cela unltárla da chernlkovtta.

a (Ä) 7,020(s) 7,030(6) 7,016(3) 6,s8s(1)c (A) 9,043(5) 9,034(8) I,o5s(4) 8,938(2)v (43) 44s,6 446,s 44s,7 436,6ci a 1,288 1,285 t,Z9t t,Z7g

1. Pnoduto sintétlco (Ross l9SS, pDF 8-296).2, tnlã.o Sovlétlca (catculado a partir dos dados de Chennlkov 19Sg).3. Penus, Sã,o Paulo, Bnasl l (catculado a pa:-tlr dos dados

de Carnargo 1965 ) .

4, Perus, Sã,o Paulo, Brasil (a¡nostra pS 269).

44

Cá,lculos de compatlbtlldade usando_se as relações de Gladstone_Daleforaü efetuados para a fór¡oula ldeal , a densldade calculada, os fndlces derefraçã.o nedldos e as constantes neglstra.das por l,tandart no (1gg1), exceto aconst,ante para uO" = O,134, fonneclda por Larsen (1921), e que apresentamelhor concordâ¡cla pa¡a oE fosfa.tos de r¡ranl la (ptret & Detlens 1g8g).

Os nesultados obtldos foraro: þ= O, 126 para o naterlal slntétlco, þ =o' 177 pat'a a chernlkovtta de penus e tanÉm para a Êovrétlca de chernrkov(1958), . t = O, 179 para os tnês natenlals. Cono consequêncla, 1 - (yn/KC) =0'0188 para o naterlal slntétrco, e 0,o1rz para a chennrkovrta de penus e panaa da tlnlão sovlétrca estudada pon chernlkov (19sg), tndrcando, segr¡ndo oscrlténlos estaberecrdos pon r'randar-rno (r9zg), conpattbllldade supenror e¡ûtodos os casos.

Noænclatr¡-a e relação coE outras eapéctes

o none chennrkovlta fot escorhrdo en honenagen ao Dr. A. A. chernrkov, doInstltuto de Mlneralogla, Geoqurnlca e crrstarografra de Erenentos Raros deMoscou, tlnl äo Sovlétlca, que prlnelranente descneveu o nlneral (Chernlkov19s8 ) .

O none "hldrogênlo aut.unlta,, deve ser abandonado pon vár l a,s razões:(1) O ntnenal contém, na real ldade, o lon oxônlo (H"O+),(2) o tenmo "autunrta" é neservado para apl rcaçåo a nlnerals con 10 a 12

noléculas de água, enquanto o g.au de hrdrataçåo da chernrkovlta é o mesmoobsenvado para minerars do grupo da meta-autunlta, o noroe ,,hidrogênro

autunlta" contnaria esse uso.(3) o no¡¡e "hldrogênlo autunita" ten sldo utlrrzado t,amÉn para outros

co¡lpostos natu¡als (Belova 19ZS) e antlflclals (Harnls & Scott 1949, lJelss etal. 1957, Ìtoroz et al. 1923). Estas substânclas rnconpletamente estudadasapnesentaa dlferentes proprredades, rnclulndo-se lndrces de refraçã.o,densldade e dlnensão c de suas celas unltárlas. Tals compostos poden 6en, narealldade, pol fuoorfos da chepnlkovlta (Moroz et al. lg73); al ternat l vanente,poden representar conpostos con drferente grau cle hldnataçäo (confor¡nesugenldo por Chennlkov fgsg) ou fases en que os dols lons H"O* sã.osubstltufdos por unû [þ22*, cono pode ser o caso entre tnögerrta e ,,hrdrogênro

uranosplnlta" (Shchlpanova et al. 197ll .

ljrna anostra do naterlal-ttpo (estudado por chernlkov rgsg) estádeposltada no lft¡seu de litinenalogla A. E. Fersnan da Academla de clencta daunlão Soviétlca, en l.loscou (Chernlkov, corounlcação pessoat ).

45

A cl¡ernlkovlta apreÊent.a. padråo de dtfnaçÁo de t.alos X stmtlar àquelesdos rnlnenals meta-anlolefta IKz(tþ2)z(POr )e.6HaOl , uramphlta'[ (NH{)2(tþ2)z(POr)z.6HzO] e abennathyfta IK"(1..D")"(ÂsOr)z.gHzO] e dös produtosslntétlcos ( NHr )

z ( tþz )

2 ( AsO. ),. 6H"O e K(H"O)(uO")a(A60r)z.6HzO, estudados por

l,lrose (1953) e Ross & Evans (1964). Estes compostos såo, provaveldente,lso-estnuturals con a chernlkovlta, ttn nlneral sem none, cltado cono ,,aná.logo

de fósforo da trögerlta", e ao qua.l atrlbutu-se a fórmula ( tþz ) 3

( pO{ ) 2. 8H2O,

fol reglstpado por Belova et al. (1963). O padräo de dl fnaçã,o de nalos X,

representado na flcha PDF 26-887, é, aparentenente, nesultante de uma mtsturaentne duas fases, u¡a das guals appesenta plcos lndexados, enquanto a outraapresenta plcos gue alnda nã.o o forarn. O roatenlal cuJos plcos fona¡ lndexadosé, posslvelnente, o análogo natural do corûposto slntétlco (uOa)3(pOa)2. BHaO,

cltado por Belova et al, 1963), e o outpo corresponde, provavelnente àchennlkovlta.

46

IIETA-I R.ANOCIRCITA I- Ba( U0" ) z

( PO{ ) z. SH2O tetragonat

Os tenmos meta-uranoclrc l ta I e meta-uranoc l rc l ta II, lntnoduzlclos por

Walenta ( 1963), representann duas .estruturas dlstlntas. A rnet,a*uranoclnclta.I,de fórrnula Ba(UO")r(POn) z.BH'O, é tetragonal, com gnupo espaclal P4Z/n(Walenta 1S63), enquanto a neta-uranoc l nc l ta II apnesenta fórnutaBa(UO")r(POn)z.6HzO e pentence ao slstena nonocllnlco, segundo estudos de

Monoz (1971), Khosranan-SazedJ (1981 e 1982) e Zolensky & Smlth (1983).

Durante esta pesqulsa, verlflcou-se a preÊença de meta-unanoc l rc l ta I em

Perus, antes nåo nìenclonada por nenhum autor. Este nlneral fol ldentlflcadopor dlfratometrla de ralos X, EDS e proprledades óptlcas nas arnost nas PS 62,

PS 385 e PS ¿99, nas quals é o rinlco mlneral secundárlo.

Na amostra PS 62, a neta-uranoc lrc I ta I ocorne na forma de materlal verde

claro nulto f1no, aparentemente preenchendo cavldades de 1 a 5 mn e contqrnos

arredondados, delxadas por cnlstais dlssolvldos, en rocha conposta por

feldspato caul lnlzado, quartzo e tr¡rnal lna preta, Ao rnlcroscóplo petnognáflco,

observa-se de boa a ótlma cllvagem basal, nas con desenvo lvlrnento monfológlco

mals expresslvo, en alguns crlstals, perpendlcular à nesma cllvagen.Apresenta, portanto, tendêncla prlsnátlca, e nåo placólde basal (Flgura 7).

O,l mm

Flgura 7. Hábito prisrnático da meta-uranoc irc i taPerus, observado ao microscóplo petrognáflco

Ide

(anostra PS 62).

É blaxlal negatlva, con a brsset¡Iz aguda aproxrmadamente perpendrcurarà cllvage¡, 21,¡, entre 20 e 30", d = 1,639 a 1,640, F c I - 1,640 a 1,642, Acor ao rolcroscóplo petnognáflco é, tambéur, vende clara,' con pleocrof sn¡o

lnexlstente a multo fraco, Apresenta cones de lntenferéncla levementeanônalas. Na Flgr,ra 8 está. repnesentado o padrão de EDS para a amost,na ps 62,que é prat lcamente lgual aos obtldos para as annostnas descrltas a segulr,

48

Meto - UronocircitoPS 62

keV

Flgura 8, Espectno de EDS da rneta-uraloc l rc l ta I de Perus

(anostra PS 62).

Na amostra PS 385, a ¡neta-unanoctrctta I está presente na forma de

naterlal pulverulento ou fonrnando raros crlstals placóldeB de, no rnáxlno, 1 mn

de languna e cor verde clara, pneenchendo fraturas de nocha con quartzo,feldspato caullnlzado e turmallna, tendo gnanada avernelhada como acessónlo.Ao nlcnoscóplo, a neta-uranoc I nc l ta I é btaxlal negatlva, com ø = 1,615(calculado por detenmlnaçåo de atnasos), F = 7,617 e f = 1,618, d L (OOl), ZV

= O a 3Oo, dlspensåo r > v. Apresenta gernlnaçå.o de contato a ¿S" das faceJpnismátlcas, freqüenternente gerando setores co¡no os representados na Flgura g,

con t (Z) paralelo à llnha de bonda do tablet,e pseudo-tetragonal , e Ê (y)perpendlcular a esta IInha, como acontece com a meta-autunlta.

Flgura 9. Desenho esguemátlco de cristal de

meta-urarìoc irc l ta I de Perus (annostra PS 385).

Na annostna PS 499, observam-se cnlstals placóides de meta-r¡ranoc l rc l ta Ide laJ'gura média de 1 m¡n e con verde clara, pneenchendo plano de fratura de

rocha conposta por quartzo, feldspato e turmal lna. Apresenta o¿ entne 1,610 e1,611, e I = 7,623. É r:niaxlal negativa a biaxial negat iva, com 2V* entre O e

30o, va¡iável por setores (zonas ou placas geminadas).

A neta-uranoc lrc i ta I de Perus apresenta fluorescência intensa de corverde sob nadlaçäo ultravioleta de ondas cr¡rtas (254 nm) e longas (366 nm).

Na Tabela 6, achann-se representados os resultados de difnatometrla de

ralos X obtidos para a amostra PS 499, que säo semelhantes aos das amostnas PS

62 e PS 385. Os parânetros da cela unltárla da meta-unanÕc l rc I ta I sã.o

apresentados na Tabela 7.

50

Tabela 6. PadrÄo de difnatometrta de ralos X da ¡leta-uranoc t nc I ta Ide Perus (amostra PS 499)

d. (Â)oDs. r/t d"r¡.. (Â)

8, 803

6,468

5, 453

4,918

4,7264,3924,287

3,7 t73,4743, 411

3,2342, 990

2, 934

2,7482,703

2,5402, 457

2,430

2,371

2,294

2,247

2, 199

2,7A2

2, 133

2,O52

2,026

8, 806

6,477

5, 460

4,5204,7394, 403

4,2953,727

3, 479

3, 413

3,236

2, 993

2,935

2,9342,7 49

2,7052,5472,4602,436

2, 369

2, 366

2, 300

2,243

2,2402,2072, 183

2,735

2,O52

z,OOg

70

35

70

65

25

15

70

65

90

45

100

5

o

7

II1

o

1

I2

2

2

2

o

0

0

0

I1

0

I0

0

0

0

o

0

1

1

0

1

2

2

2

o

0

0

2

1

2

o

1

4

2

4

o

I2

3

6

2

3

6

4

0

I2

65

15

15

10

10

25

35

5

10

50

45

60

10

10

2

2

I2

2

2

2

1

3

3

1

0

3

2

3

I

1

0

1

1

o

1

7

1

2

7

8

1

6

4

8

continuã

Tabela 6. Padnåo de dlfratornetrla, de raloE X da meta-r¡ranoc l rc I ta Ide Penus (anostra PS 1199 )

( cont t nuaçåo )

doa".(A) T/T d""t". (Ä)

1, S3g

1,886

1,834

1,798

t,762I,7321,705

1,659

1, 615

1,593

1,579

1,548

1,533

1, 460

1,362

1, 361

1,340

7 ,327

1, 937

1,885

1,884

1,833

I,7971, 761

I,73t1,706

1,658

1, 618

1,613

1,597

1, 571

1, 550

1, 531

1,463

1,375

1,354

1,352

7,342

1,339

1,330

1,327

10

20

5

5

30

5

10

10

5

5

30

15

10

10

10

5

5

I3

2

o

4

2

1

4

3

3

2

4

2

4

3

4

0

2

1

0

0

0

1

0

5

6

I3

I10

1

I10

4

6

I10

1

I6

10

3

t211

I13

t2

0

2

2

0

0

2

2

1

I3

o

2

1

0

52

TabeIa 7. Pa¡.Amet ros da. cela rrnltá.rla da ¡reta-uranoclnctta I.

a (Å)

c (À)

I6, 94

17,65

236,9s26(5) 6;

's8( 1)

17,6342(9) 77,67(2)

1. Menzenschwand, Alenanha (llalenta 1963)

2. Stneubeng, Bengen, Vogt land, Alemanha Octdental (pDF,36-40Z)3, Perus, Såo Paulo, Brasl I (a¡ostra pS 499),

l{ETA-TylrYAtlUNITA - Ca( tpz ) a

( VOr ) z. 3HaO ontorrômbtco

Gabe I nan (1963) cltou a ocornêncta de meta-t¡ru¡ramunl ta eD penus.Entnetanto. co'o nåo exrEterû ponneñoreõ sobne a detennrnaçåo do mrnerar(constantes óptlcas, dl agranas de pó ou anállses qufnlcas), é prová,vel que aneta-t¡ru¡ramunl ta, de cor anarelâ, tenha sldo confundlda macnoscopr canente co!ìfosfuranlllta ou ura¡¡ofânlo-beta, ûìlnerals relatlvanente comr¡ns en perus( carnargo 1965). Nenhu' nlneral contendo vanádro for encontrado durante apnesente pesqulaa.

54

FOSFI R I{ILIT - Ca(uO, ) [ (UOz )3 (OH) a

(PO ] 21 2. l2H2Q ontorrômblco

A fosfura¡lllta de Peru.s oconre, segundo Canargo (1965), em lntlnaassoclaçåo co¡¡ autunlta, na 'qual se apresenta sob a fon¡oa de lnclusõesorlentadas ou nã,o, Aparentenent,e, a fosfuranlllta é pnoduto de altenaçåo da

autunlta. A fosfi:ranl I lta, de con amare I o-canár lo, dlstlngue-semacnoscopl caroente da autunlta, verde llmã.o. Os agregados de foÊfuranlllta såo,

em ge¡.al , nulto flnos, sendo seus crlstals sonente ldentlflcados ao

nicnosèóplo. Convén, entretanto, sallentar que, p€la cor, a fosftu.anl I lta pode

ser confundlda com ura¡lofå,nl o-beta ou ura¡¡ofenlo-aìfa, sendo dlstlnguldadestes por dtfnação de ralos X. Inclusões de fosfuranlltta fonan tambén

regtst,nadas em Ì¡eta-autunlta por Ca$argo (1965).

Dwa¡lte os trabalhos desta tese nã.o se locallzou fosfuranl l lta. AI gumas

conslderações a respelto das semelhança-s entre fosfuranlllta e furcallta såo

efetuadas no lten relatlvo à furcallta.

55

FT RCALIT - Caz(tþz )3Oz (POr )2. ZH'O orto¡rô¡nblco

ca¡'â,.go (1965) descreveu e regtstnou dados nonforógrcos, óptrcos e dedlfnaçåo de nalos x de um mrnepar srnlrar à fosfuranllrta, que ocornla coDopreenchlnento de fratura em xlsto encalxante do turnallna gnanlto, localnentepegmatltlco, de Perus. A pequena quantldade ,de materral drsponlvel, noentaato, lnp€dlu a real lzaçåo de anállses gurnrcas quantrtatlvas. lbsno assrn,aquele auton conclulu que se trata\¡à de urna nova espécle e a denomlnou"nlneral x'. Fletschep (1924) e Flelscher et al, (1984) refenlran-se ao"rnlneral X. de Perus cono "unnamed urarprt phosplrate,,,

Lenca-stne e varrlnho (r9?o) regtstraran a ¡iresença de u¡n mrnenalassoclado a saleefta, en superflcres de ft.aturas, flssru.as e planos dexlstosldade de rocha xlstosa, na local ldade de Ntsa, Alto AlenteJo, portugal,ao qual atrlbulra¡n lnformalmente os norDes "nlsafta", "nlslta,', e ',mlnenal N',,verlflcando sernelhança con o "rnlneral x" de perus. A ldentldade entne"nlsalta" e fr¡rcal lta fol deDonstrada por Bralthwalte et '-I.

(19g9).Iþlle¡s & Plnet (1928) descneveraÌn fornalDente us nlneral supostamente

novo' que denomina¡an furcallta, assoclado a henatlta especular, en geodo dequartzo no interlof de rocha granftlca, na localldade de Bergen a¡ den Tnleb,Vogt laìd, Saxônla, Al enanha Ocldental.

Outra.s ocorrênclas de fr¡rcal lta foram descnitas:-eD Stneubepg, próxlno a Bergen an der Tnteb ( pDF 3O-2gS)¡

-con het,enogenlta, na superflcle de bloco de pocha clorit,osa, enShlnkolobwe, Shaba, Zalre (Deltens & Conblaln 19Zg);

-assoclada con neta-autunlta, const.itulndo petfcula flna en diatorntt,o,en Kenn County, Caltfónnla, Estados tlnldos (Crook 1980, penberton 1983,Bralthw¿lte et al. 1989), o tenmo "bowerlta" fol utlllzado para a annostra defurcallta estudada por Crook (1980);

-Junto de fosfuranlllta, preenchendo fraturas de quartzlto, e!¡Rlvenslde County, Cal lfónnla, Estados Unl¿los (Cher¿ 1982);

-no sudoeste da Inglaterra (Bratthwalte et al. 1999), com autu¡¡lta, engranlto da pedrelna de Merrlvale, Da¡.tmoor.

A conparação entre os dados Já pubr rcados para o "rnlnenal x" de perus epara a furcallta sugere a identldade entre estes dols nlnerats. A coleta deDova a¡ostna do "¡nlneral X", agona en sup€rflcle de fratr¡ra do pegnatlt.o,permltlu estudos suplenentares para compnovar este fato. perus é, nareal ldade, a prlrneira ocorrêncla descrita de furcallta e seus cnlstals säo os¡nals ben formados entre todos os da espécle. Novos dados sã.o apnesentados a

56

segulr pal-a, rnelhon deflnlr as pFoprledades do mlnenal, lnclulndo, ao nes¡notempo' u'a fórmula quimrca que nevera nalon concondÀncra co'r novaslntenpnetações estnutural s

A estnutura cnrstallna da fr¡rcarrta for prevramente estudada pon plret &Declencq (1978), sendo a fórÞula obttda Car(tÞ")s(pO.)a(OH)r.4H"O, con .f ndtceresldual flnal R de 72%, pouco favorável EEse estudo, entnetanto, apresentaalgunas lnconreções, que serã,o tratadas a segurn. conslderações sobrevalênclas de I lgaçåo denrvadas de drstânctas de lrgaçåo detenmrnadas pon prret& Declercq (1978) sugenern claramente que:

('l) o(14) e o(17) såo o2- lsolados e nåo constltulntes de gnupos oH-;(fl) O(24) a O(29) sã.o todos pertencentes a grupos H"O;(lll) deverla exlstlr un átono adrcronal de oxrgênlo ltgado a ca(s).Para soluclonar estes pnobrenas, novo estudo de estrutura crrstallna da

furcal lta fol levado a efelto a par-tlr de um crlstal pnovenlente da ocorrênclade Penus, Al guns dos resultados prellmlnares deste estudo foraÍ¡ lncluldos no6tnabalhos de Atenclo et al. (1989 e 1990b), sllva (1ggo), sllva et al. (19go)e Atenclo et aJ. (1991Þ).

Háblto e proprledades ffÊlcas

Apenas uma anostna de nã.o contendo o ¡¡lneral fol coletada (pS 2), napedrelra da Minenação Botuquara Ltda., e .ervru de base para o presenteestudo, Nesta anost,ra, nenhun outro mlneral uranffeno assocla-se dlretamentecoro a furcal lta.

A fr¡rcal lta de Perus forDâ agregados de cristals euednals radiados,tabula¡.es segundo [010] e alongados segundo tOOll ( Figuras 10 e 1l).

57

Flgura 10. Agregado de crlstals radlados de furcallta de Perus(a,nostra PS 2)

Flgura 11. Crlstal de furcallt,a de Perus(amostna PS 2).

5g

Estudos morfológlcos desenvolvldos por Camargo ( 1965) nostra'nam a

pnesença de plnacóldeE {010} e {100}, prlsna nônblco {110} e blplrâmtderômblca {111}, que sã.o nostpados, com algunas rnodlflcaçöes, na Flguna 12.

(o) ( b) o,__jUJm

Figura 12. Hábtto da furcallta de Perus (modificado de Carnargo 1965).

O háblto nals freqflente é A, sendo Þo nals rapo. As faces (O10) e (100) forantrocadas entre sl para concondare¡n con a orlentação proposta por Dellens &

Plret (1978).

60

OÊ crl.tals àgora . colet.ados atlngem até S xnm de comprlmento, o quepermltlu efetua¡ estudoB malË detalhados, lncluslve de estrutura crlÊtallna.Aqueles prlnelnarflente descrltos por Ca¡nargo (1965) e todos os demals cltadosna lltenatura nã.o ultpapassan 1 mn

A furcallta te¡û cor amanela vlva. seus cnlstars sã.o transparentes eapnesenta.n bnllho vltreo, gradando a ada¡¡ant lno nos crlstals rnalores e a.edoso nos agnegados ftnos. A cor do traço é anarela clana. os cnrstars aqulestudados nåo fluonescen sob radl açã.o ultnavloleta de ondas cr:¡tas (2S4 run) oulongas (366 nrn). Ca¡rargo (196s), no entanto, verlflcou fluonescêncta verdepáltda, de fnaca tnter¡srdade, apenas sob radr açã.o urtravroreta de ondascr¡rtas, A furcallta apnesenta boa cl lvageú em {001} e {1O0} e cltvagemperfelta e¡n {010}. É guebradlça e possul fratr¡ra concholdal.

Medldas de dureza forar¡ efetuadas com r0lcnodurlmetno vickers. Dols testesde lndentação (peso de 5 p, tenpo de lndentação de 13 s) forneceraÌ¡ valores de86 e 95 (médla: 9O,5) kglronz. Conn base na equaçã. log Mohs = t(loe VHN ) - ll /2,5 ( Young & lrllllnan 1964), a dureza de llohs calculada é 2,4, IÞllens & plret(1978) est lnara¡n a dr¡reza de Mohs en torno de 3.

A determlnaçäo da densldade for efetuada com crrstais, usando-se soruçã.ode cléricl dllufda eD fuua destllada. A r'édra resultante de quatrodete¡mlnações é 4,22(41 g/cn3, sendo a densldade calculada 4,ZZ g/cms,

hopnledades óptlcaa

os dados óptlcos forann deternlnados sob luz bnar¡ca. A furcallta é blaxlalnegat lva, apresentadlspersåor>v, média; orlentaçã,o X = b, y =aeZ=ciabsonção X < Y < Z; e elongaçäo, posltlva. Outnas proprledades óptlcas såoapnesentadas na Tabela 8 e o esguema óptlco na Flgura 13.

61

Tabela 8. Pnoprledades óptlcas da furcallta

a 1,69O(calc. )

Ê 1,730( 1)

r 7,749(7,Blrref, O, O59

2Y roed. 68 "x2V calc.x

X l¡colo¡.. à¡àrêlofleoc. t clàro

- ôaà¡G I o¿ vlvo

r,670(s) 1,6s0(2)1,720(s) 1,730 (2 )

1,770(s) 1,7s0 (2)

o, 100 0,060

B4o zo'so" 69'

lncolor àùFàrc I o åbàrê I oc¡àro clàroà¡ûàrolo àhårêlôclaro clàroàDà¡e ¡ oG6curo àDar¿lo

1,670 r,880 t,677 (2)

1,725 1,732 1,732(2)t,775 1,775 1, 766 (2 )

o, 105 0,os5 0, o89

BzQ)" 8oo zs o

'B¿,4o g4(3)' 74"

àqùrolo Àllårôloclaro tnco¡o¡ clàroà¡ð¡G¡oclåro anàreto àDàrGloà¡¡à r 6I o ðDare¡o àbÀrcloGÊCU|-O Olllo OUrO

1. Bengen a¡ì der Trteb, Vogtland, Saxônla, Alemanha Octdental(DeIler¡s & Ptret 1978).

2. Nlsa, ¡tlto AlenteJo, Pontugal ( l-encast,ne & Vatnlnho lgZO),3. Shale Hllls, Kern County, Callfórnla, Estados Unldos (Crook 1980);

X e Y tnocados entne sl.4. PedJ.e i r.a de Merlvale, Da¡trooor, sudoeste da Inglaterra

(Bnalthnalte et aJ. 1989).

5. Perus, Såo Paulo, Brasl l ( Canargo 1965),6. Pen:s, São Paulo, Brasll (anostna PS 2).

a2

(3

, lopm ,

Flgura 13, Esquema óptlco da furcal lta (amostra PS 2).

Dado6 qufEicoa

Fora¡r efet,uadas 19 anátlses em dois cristais de furcalita, utillzando-senicrossonda eletrônlca autornat izada conectada a un a¡al isador por energladlsperslva, lnstalada no Instit.uto de Mlnenalogia da Unlversidade de Berna,

Sulça. As condlções operacionals foram: voltagem 15 kV e corrente de anostra 3

nA. Pa¡-a conreções, foi usado o programa COMIC.ED, vensåo de 1981.

Ut I l lzaran-se os seguintes padrões: urânlo netállco para U, r,Iollastonlta para

Ca e Sl, apatita para P, adulárla pa:.a K e plrpotita para S. Pana evltaroxfdaçã.o, o padnä.o de r:¡ânlo rnetálico fol polldo e metalizado lmedlatanentea.ntes da anállse. Os result,ados analltlcos (TabeIa 9) nostram composlçåo

quf rnica bastar¡te homogênea.

Tabe'Ia 9. Anállses pon nlcrossonda eletrônlca da furcallta de perus

( amost.ra PS 2 )

(% em peso )

ponto

1

2

3

4

5

6

7

II

10

11

72

13

14

15

16

17

l819

KO2

0, 19

o,22

o,20

o,23

o,20

o,20

o, 19

0, 18

0, 18

0,24

0, 19

o, 19

0,19

o,20

0, 16

0,23

0, 18

0, 18

o,27

PO26

11, 78

11,41

11,53

10,97

11,63

11, 51

11,40

12,05

11, t071,43

11,44

11,46

11, 69

11,50

11, 47

11,70

11,15

tt,70lL,92

CaO

9, 10 7t,739,34 69,219, 10 69,79

9,65 70,959,46 69,789,36 68,56

9,44 70,258,73 69, 19

9,52 69,99

9, 18 70, 08

9, 16 70,26s, 61 e9,77

9,53 70,42

9,49 70,93

9,65 69,20

I,06 70, 18

9,87 68,81

9,66 69,86

9,71 68, 85

0,39 0, o0

0, 33 0, o0

o,2t o, o0

0,28 0,000, 13 0,00o,22 0, o0

0,25 0,00o,23 O,00

0, 18 0, o0

0, 19 0, o0

o,17 0,00

o,27 0,00

o,27 0, 04

o,27 0,00

0, 18 0,00

o,2a 0, o0

0,25 0, 00

o,22 0,000, 18 0,00

slo soz3tþ3

Nenhun outro elemento gulnlco corn nrlnero atônlco superlor a 10 foldetectado por va¡-redura. A Flgura 14 apnesenta o espectno de fluonescèncla de

nalos X por enengla dlsperslwa (E)S) para a furcallta de Perus.

64

FurcolitoPS2

U,K

keV

Espectno de EDS da furcalita de Perus( arnostra PS 2).

Figura 14.

, tlna porção separada da a¡¡ostra fot uttllzada para detenmlnar, em um

anal lÊador de elenentos Penkln-Elnen modelo z4oB, a concentraçã.o dehldnogênlo' posterlornente necalculada para H"o. Na Tabela lo, a nédla dosresultados das aná.llses qufmlcas paxa a furcallta de perus (com a varlaçã.oentne paj.ênteses ) é conparada com aguelas de outras ocorrênclas.

Tabela 10. Dados qufnlcos para a furca.llta.(% en peso)

23

CaO I,06 8,3 A,7 9,4o ( 8,23- 9,87)K o - o,20 ( o, 16- 0,24)2uo 69.30 70,I 72,O 69,88 (68,56-71,73)3'PrO" 11,46 11,5 9,4 77,A2 (10,97-12,05)AsO 1L26StO_ - o,Z3 ( 0,13-0,39)2H^O 10, 18 (9,3) 8,5(s) 71,622'Total IOO,OO (100,0) 1OO,O 1O2,Bs

1. Fórnula ldeal, Car ( uOz ) 3O2

(PO4 ) a. 7HaO.

2. Bengen an der Trleb, Vogtland, Saxônla, Alemanha Octdeñtal(Dellens & Plret 1978 ) .

3. Pedre lr'a de lbrrlvale, Ihntrooor, sudoeste da Inglaterra(Bratthr¡atte eú al. 1989 ) .

4. Perus, Sã,o Paulo, Brasl l (amostra PS 2, nédia das 19 análises da

Tabe la 9).

A fór¡oula enplrlca da furcallta, calculada com base nos novos resultadosqufnlcos e de estrutura crlstallna (23 átonos de oxlgênlo), é:(c"r,

"rKo, o" ) z", or(w")

", "zor, sz [

(Po. ) 1, so(slon ) o. oo ]t, . e{' 7, 57H2o'

66

I)Èdos te'.nalÊ fora¡n obtldos para a furcallta de penus a part.lr de 39,smg' en apar-e I ho Rlgaku, modelo Thermoflex, tnstalado na Assocla.çã.o Bna.sllelradé Clmento Portland. As condtções .operacloDals fonann: taxa de aqueclmento,10oclntn; senslbllldade DTA, s0 ¡.rv; senslbrrrdade TGA, z0 ng, escaras doreglstnador, DTA: 10 nV, temperatura: 20. nV, TGA: I rnV; lnerte utlllzado,c-AlrO"; cadlnho e ternopar, platlna-ródlo; capacldade do cadl nho: O,OS cm3(aproxlnadalente 40 mg); ve¡ocldade do negtstrador, 2, Sùm,/nln,

A curva ten¡¡o-dr ferenc r al (DTA) revela rntenso plco con náxlmo em 1s0oc,correspondente a perda de água, confl nmada pela curva tenmognavl métnt ca (TGA).una pequena t*egulaprdade na c'rva de DTA a apnoxrnadanente ssOoc podecorresponder a lenta volatrlrdade de óxrdo a pa¡ttr de soo'c sugerlda petacurva de TGA obttda por Bnalthwal Ee et al, (1993). Nenhuna nudança postenlortem I ugar até aproxlmadanente gOOoC, quando a fusão tem lnlclo (Flgura 15).

67

---'--------\(b) //- ta/'-\... i aa,-r/ \11 t

i I '\-\!, \lrlritt,I

o zb 4óoTEMPERATURA (OC)

Figura 15. Dados ternais da furcalita de perus:

(a¡nostna PS 2)

a) curva tenmogravi métrl ca;

b) curva tepno-dlferenct aI.

Obteve-se um, espectno de absonçå.o de lnfravermelho para a furcallta de

Penus ( Flgr¡ra 16), ¡nals detalhado que o fornectdo pon Cama.rgo (1965). Os

segulntes máxlnoa de absonçã,o (em cm-1) foran obseFvados: 3400, 1615, 114O,

1055, 960, 885, 5?5, 540, 385 e 255. A banda multo ]arga centrada en 340O cm-t

é devlda à vlbraçäo de est lramento da ¡nolécula de HrO. A banda em 1615 cn-l é

conseqtlêncla da vlbraçäo de deformaçã.o da nolécula de HzO. Os. plcos observadosentre 960 e 114O cn-1 sã.o, pnovavelmente, aqueles das vlbrações de estlnamentodo tetnaedro POo e a banda em 885 cm-l é devida ao agrupamento UOa.

COMPRIIVENTO DE ONDA (cm-I)

Figura 16. Espectro de absorçã.o lnfravermelha da fupcalltade Perus (amostra PS 2).

Ior<aJ)

IØz(tsù-

69

A fr¡-cal lta é nulto lenta.Dente solúvel ( pnat t camente lnsolúvel) en 6gua,ma.s solúvel en á,cldos lnongânlcos eD concentnaçåo l:1, a frlo, En HCl,dlssolve-se facllmente, con 'efervescêncla; con HNo", também dlssolve-se co¡rfacllldade, e com HzSO{ lentarente, produzlndo pneclpltado de con clnza.

Crlstalografla e estrutE a cristallna

Fora' obtldos dados de difraçåo de ralos x para a fu¡callta de perusutlllzando radlaçåo CuJ(a e monocronador de graflta. Na Tabela ll, osresultados são cornparados colt os de annostnas de outras oconrênclas.

70

Tabela 11. Padnã,o de dlfraçåo de ralos X da funcallta.

t23456?do* lo* d,nr,l,or, dot, lo' do* lo* do* Io* do* lo* do* Io* do* lo* do* lot, d,oo,

¿,439 10 ¿,454

¿,148 10

?,090 15b

r112009?802121tr0222022t3rtt2223032t¿3131241 00400¿304t33f240313004t043?3¿¡tJ0245025t20 433 42t 4325152213435t06006104454t260?5354¿5t4102063335?,? t8106503?f064

0,9118.063 3

s.014 r00 8:¡ll?.648 3 7,6t¿6.9r0 I 6.9066.667 (t 6.6696,380 (f 6,3335.898 (1 5,098

5.4tt5.065 (r 5,0654.969 (t 4,9704.554 2 4,5554,437 (l 4,4444.320 t 4.3f94.254 2 4.2564.¿04 (i 4.2024,008 15 4,0093,946 I 3,9463,844 4 3,0453.781 (t 3,7??3.642 t 3.641

3,40?3,396 ? 3,3993.34? (t 3,3373.248 (f 3, ¿633.193 (1 3, ?133.1?8 3 3,130

3.100 3 s.f003.043

3.000 t 3.003?.9682.9s9

2.940 (1 ¿,9382.891 3 ?,89t

?,8302,?48 (L 7,,?492,611 2 2,61?,2,621 2 2,622

2.59¿ I ?.593¿,584 I ?.5812.5s6 (t 2.55t?,506 (1 ¿,50??,453 t ?,45?

?. {05?,336?,30¿, t7a

2,194 <L ?,.!81¿.r58 1 2, f572. t53 (1 2, f5¿

2. f052.10¿ I ¿.101

¿,096 I 2.0952.092 f ?.093

?,0712.0?6 (t 2,0242.018 (f 2.016

f,990r.981 t 1.983

1.964r,9531,9ã3

1.949 (t 1,950t.921 (1 1,9¿l1.913 (1 l,9ftt,908 (t 1.9061.899 (1 t.900

t.8861.848 (t f,848r.842 (t 1,84?1.034 (1 1,833t.830 (1 1,030r.821 (1 t,0¿1r,0f6 (1 1,816t. ?86 (t t.?861.?60 (1 f, ?ã81.142 l! !,74?1.733 (1 1,7341,722 <t 1,723

rhrr ;fil! ,i[lrd,ilt ,Ítfilr ,[

Íiå9 i[ ',* io s,83 ro i.?e s

5;oô 5 o.r, 30 4.e? r'b l:8Í rB4.54 10 4;55 70 4,t1 25 4,5? ?0 4.53 10

4,?4 30 4,¿8 30 4,¿5 ?0 4,¿¿ 50 4,¿4 35 4'¿5 t0

3,99 20 4,00 80 3,978 35 3,96? 25 3'97 30

3,83 20 3,85 50 3,8¿ 70 3,810 35 3'816 ¿0 ?,91 30

l:lÍ {E ,,,0 oo !:åB3,lB ¡,Egg 1¡

å:ti 3

3.39 30 3,39 50 3,39 70 3:379 45 3,3?8 35 3,36 60

3,3? (5

3'?o ã ¡,to to3.10 40 3,10 60 3,09 80 3,09? 90 3,f04 to ,.0, ,o

¿.9, (5 3,00 10 2,991 23 2.982 20

å:tfu å8 r,r*o Í:BE å8 z,B?3 ?5 ?,Ê!6 +o å:Eå 38

ii!åi ii î'tj iÅ r¿r¡ l¡ åiiii åË a:¿r g

z,6Lr 5 ¿,6? 50 ?,i9 2.603 t5 2,60 10

?,ã?4 10 ¿,i6 ri ¿,58 i0 ,,ttl 18 ,.ut z0 z,it a0

3:11! Í8 ,,* r0 e,45 z0 ¿,440 e0 ¿,446 'i a,t-o 30

¡:f8i i¡ ;:,; 10 a,s¿4 ro ¿'386 15 å'3¡ ¡

ï',!r,t'2 ,,u B ¿,,i ro z,zz3 Ls z,æ? ri z'zs 5

2'176 <5 z,i6 ?o ?,1i6 ro¿,t50 10 ¿,f5 15 -'- ¿,151 ?0 ¿,14 5

?,10 70

?,088 t0 ¿,08 15 ¿,086 30 2,087 r0 !'0! !i'oð4 (5 -'-- ?'oi 5

2,012 5 2,0¿ 50 ?,015 ?0 ¿,0?1 10

1,981 5 1,98 50

s, r15 ?

r. or *o 8:lål ro8?.659 1?6,8s 5 6.914 66,6?2 3

5.901 3

5.068 34,9?2 2

4.53 r0 4.56? 6

4.325 44.24 30 4.258 L7

4.205 24.00 30 4.015 1l

3.946 3

3,03 25 3,85t 93.781 23,64t 2

3,39 50 3,398 t73.335 2

3,10 80 3,129 17

3,09 80 3,101 ¿43,045 ?,

3,005 42.97t 22,961 22,943 3

2.818 70 2,893 24

?, f58

¿, f08e,103

?,098?,093

2,0262.018r,ji281.98621,96351,95651.95421,9497r,92241,9t38f.9074

2,61?2,627

2.608 l02.594

2.57¿ f0 ¿, ¡94

1.949 5 t,94L,i2

1.914 (5

r.885 5 1,88

r.841 r0 f.84 ?0 1,84

10

ó0

6010501050

50

1,8et.8r4 5 1,80t,781 (5 t,78t. ?56 (5 t.76

1,74t. ?33 5f, ?15 3 L,?2

1,841 25

Tabela 11, Padråo de dlfraçåo de ralos X da furcallta( cont I nuaçã.o ) .

L2do* lo* d,or,l,orc do¡s lo¡s

5678do* Io* do* Io* do* Io* do* lo* d,or,

34do* lo* do* lo*

1,703 (1 1.70? t0 ? 0

1.697 (1 1,700 0 01.689 (t 1.689 r0 ?1.672 (t t.6?2 5 61.66f (t 1.660 s 21.656 (t l.ßs5 t 21.648 (1 f.649 6It.619 (i t.å2t û âr,593 (t l.Ê94 3 9r,591 (1 1.592 010

1.559 t 4f.550 (t 1.550 t0 0f.522 (t t.522 t0 21,506 (t 1,506 10 41.446 t

1,695 (5

1,6?1 (5

1,653 5

1,70 40

1.69 ¿01.67 ?0

t.65 201.62 f0

f .59 601.56 t0t,55 401,5e 401.50 t01.45 50i.42 t01.40 101.38 50r.309 50r,¿?5 40

d: espaçamento en Ä, I: lntensldade relatlva, b: banda dlfusa.

1., Bergen an der Trieb, Vogtland, Saxðnla, Alemariha Ocldental.d. eI de Dellens & Plret (1978)t, d eI - deoba, obs. càlc. calc.PDF 30-284.

2. Streuberg, Vogtland, Saxônia, Alemanha Oclalental (PDF 30-285)*.3. Rlverslde County, CaIifórnia, Est,ados Unidos (Chew 1982).

4. Nisa, Alto AlenteJo, Portugal (Lencastre & Vairinho 1970).

Plcos em 10 e 6,85 A såo devldos, provavelmente, a misturas.5. Nlsa, Alto AlenteJo, Pontugal (Bnalthwalte et a-I. 1989)*.6. Pedrelra de Merrlvale, Dartmoor, sudoeste da Inglaterra

(Bralthwalte et aJ. 1989 ) *.

7. Perus, Sã.o Paulo, Brasll (Camargo 1965)*,

8. Perus, Säo Paulo, Brasl l (anostra PS 2).

*alguns erros rnenores na lndexação foram aqul corrlgidos;para a indexação, foram considerados os fatores de estrutura.

SoJução e ref tnamento da estrutura

Para Dedldas de lntensldade, sereclonou-se rùn monocnrstar de dtnensõeao'o3 x o, 10 x 0,45 nn' rlvre de fraturas ou de quarquer outra rnFegularrdadevlslvel ao r'lcnoscóplo de luz potarrzada. o tnabalho for efetuado nodlfratômetno automátlco CAD-4 ( Er¡raf-Nonl us ) do Instltuto de Flslca e eulnlcade Såo Carlos, Unlversldade de Såo paulo, usando-se radtaçã.o l,lol(a emonocnoû¡ador de gnaflta.

Os parânetros de cela unltárla (Tabela 12) fonam deternlnados peloprocedlnento dos nf nl¡nos quadrados apr lcado ao conJunto de ângulos de 2sneflexões lntensas no lntervalo g,45' < e < 20,53'. A cela unitárIa éortornô¡nblca co¡n grupo espacial pbca, e z = a. A relaçã.o dos parâmett'os dacela unltária é 1,086 : 1 : O,B4B pa¡a a arnostra de perus.

73

Tabela 12. Pa¡-âhetros de cela unttárla da fr¡rcal lta

a (Å)

b (A)

c (Á)

v (A3)

77,426(3) 17,366

16,062(3) 1s, 957

13, s92(3) 13, s48t3803 375'4

17,33(4) t7,44(2)15,94(2) 15,87 ( 2 )

13,s6(6) 13,s6(3)til3746 3753

t7,415.(2)16,03s(3)13,ss8(3)3797 (2)

2.

3.

4.

1. Bengen an der Trleb, Vogt laad, SÐ(ônla, AleÞa¡ha Ocldental(Deltens & Plnet 19?8).

5.

Stneubeng, Vogtland, Saxônla, Al enanha ocldental(PDF 30-285), a tnocado corn Þ.

Nlsa, Álto AlenteJo, Pontugal(Bralthr¡¿lte et al, 1989).

Pednelra de Merrlvale, Dartnoon, sudoeste da Inglaterra(Braltbrr¿lte et al. 1989 ) .

Perus, São Paulo, Bra-sl l (a.nostra PS 2).

vo l rune calculado neste trabalho.

Fora-n efetuados cá.lculos usar¡do-se a relaçã.o de Gladstone-Dale pana afi.¡rcal lta de Penus, a partin dos dados qulmlcos, densldade medlda e lndlces de

refraçã.o reglstrados para a amostna Ps 2. As constantes utllizadas fona¡n

aquelãs reglstradas pot. Mandar ino (1981), exceto a const,ante para uO" (=0, 134), fornecida por [.an sen (1321), e que apnesenta melhor concondâncla paraos fosfatos de uranl la (Plnet & Deliens 1989). Estes cálculos nesultaram em Kp

= 0,172 " t = 0,175. Entã.o, | - (K./KC) = O,Ol7, o gue lndtca, de acordo com

}bndarlno ( 1979), compattbltdade superlor,As lntensldades de dlfnaçäo forann Dedldas pela técnlca de varredura ú, -

2e, com e va¡la¡do de O a 25o no lntervaloO<h< 16, O< k< 19e-ZSf S20, con taxa varlável de varredura, dep€ndente da lntensldade, entre2,88oe.nln-1 e lO,OOoe.nln-t. O ârrg,rlo de varredura varlou segundo a equaçåo0,80 + O,35 tan e.

Fona¡¡ nedldas, no modo zlg-za6, un total de 3.298 reflêxões rlnicas.Destas, 2.065 apresentara!ì tntensldade malor que 3ø(I). Duas reflexões (OTã e

74

1200) Donl torada-s perlodlcamente ( 1. gOO Ê) nã.o sofreram mudanças

'lgnlflcatlvas ns lntensrda.de. os dados de rntensrdade fopam cornrgtdos paraLorentz, polarlzaçã,o e absonçã.o (Enraf lllonlus Structure Deternlnat lonPackage), devldo à forma alongada do crlstal e ao alto coeflclente de absorçåoItnear (251,91 cn-l). Após a conreçå.o para absorçã.o, o fndlce de consrstencralntenna Rro. decresceu de 1O,2 para S,BZ .

os fatores de espalhamento utllrzados para os átornos neutros e oscoeflclentes de drepersäo anômala foran, respect rvament,e, de cno¡ûen & Mann(1968) e cronen & Llbernan (1920). A posrção do átomo de urå.nr o u(1) fordeternlnada pelo método de Pattenson e as dos átomos u(2) e u(3), pon mapas deFourlen difenença.

Após reflna¡nento por Dlnlnos quadnados das coordenadas e dos fatoresanlsotróplcos de temperatura dos átomos de urånio, a postção dos demais átonosfot obttda por Dapas de Fourler dtfenença, o refrnanento isot,nóplco de t,odosos trlnta átomos [U(1), U(2) e U(3) anlsotróplcosl convenglu par.a r¡D lndlce R

de 4,2% e Rw de 4,4:/., onde n = f,{ lrol_r lr" l)ÆlFo l.A funçäo mlntnlzada no refrna¡ento for f,\'( lFo l-klF. l)2, onde w = [ø2(Fo)

+ o,oo1 Fo2l-1 . k é o fator de escara. o nefrnannento com todos os fatores det emperat ur.a anlsot,róplcos, exceto O(10) e O(19), que se apnesentararn nãoposltlvos deflnldos. Por esta nazã.o, estes dols átomos fora¡r lncluldos nomodelo con fatores de estrutura lsotróplcos.

Algrurs ciclos adlclonals de reflna¡oento por mfnlmos guadrados utlltzandonatnlz coEpleta (261 paråmetros ) gerara¡r¡ u¡n lndlce R final de 3,gZ e Rw de4, O%

A naiorla dos cáIculos fol efetuada en conputador v Ar< rl/7ao. os métodosde Patterson e de Fourler drferença, assim como o refinamento da estnutura,foram tratados corD o prograna SHELX-26 (Shetdrlck 1976). Distâncias e â.ngulosde l lgaçåo foram calculados con o prognama NRC-12 (pfppy & Ahned 1968). Aspnojeções da estrutura foram desenhadas con o ppograma oRTEp (Joh¡son 196s),lncorporado ao Eru"af-Nonl r¡s Stnucture Deternlnatlon package.

As posições atômicas finals são fornecldas na Tabela 13. As coondenadasnã'o sã,o as orlglnalnente deterninadas, tendo sldo efetuadas translações nosentldÕ de pennltlr conpará- I as con aquelas do artrgo de plret & Declencq(1978).

75

Tabela 13. Coordenada.s

lsotnóplcos equl valentese parå.netnos termals

furcal lta (amostra PS 2),

atônlcasI(B ) dacq

Átono B (À)oq

u( 1)u(2)u(3)ca(4)Ca(5)P(6)P(7)o(8)o(s)o( 10)o(11)o(72)o( 13)o( 14)o(ls)o( 16)o( 17)o(18)o( rs)o(20)o(21)o(22)o(23 )o(24)o(2s )o(26 )o(27)o(28)o(2s )o(30 )

0,3433(1)0,4s1s(1)0, 2374 (0 )o, 14s6(2)0,0898(3)0, 1576 ( 3)0,0316(3)0,3418(8)0,3416(7)0,4394(8)o,4727(Ao,2293(7o, 2328 ( 8o,3443(70, 2063(8o,2110(I0, 34s8 (7o,47 47 (Ao, 4834( I0,0984(70, 0846 (8o,74t7 (7 )0,0605(8)o,4712(910, 0346(9)0.363(1)0,2807(9)0, 3263 (e )0,140(1)0,608(1)

o,2137 (7,o, 2171 ( 1)o,2348( 1)o,04s3(3)o, 1098(3)o,2466(4)0, 1s28 ( 4)o,3978(9)o,7744ß,ô, 1r43(9)o,3182(9)o,3727(9)o,3438(9)o, 302 ( 1)o,2044(8)o, 267( 1)0, 2669 (S )o,247(1)o, 168( 1)o, 2488 (9 )o, 1973(9)o, 1604(9)o, 115( 1)0, 066 ( 1)o,480(1)o, 04s ( 1)o,472(7')0,008(1)o,462( 1)o,427 (t'!

0,6123( 1)0,8688( 1)o, 8661( 1 )o,0313(3)o,2884(3)0,620s(4)0,8877(4)o,o94(1)0, 131( I )0,916( 1)0,818(1)0,40s( I )o,828(1)o,275'(7)o,702(rl0, 031 ( 1)o,947( 1)0, 546( 1)0,704(1)o,3s8( 1)0, 6058( I )0, 141( 1)0, 937 ( 1)0, 13s( 1)0, 647( 1)0,393 ( 1 )0,s64(1)o,775(7)0,218( 1)0, s37 ( 1)

o,sl(2)0,st(3)o,87 (2't1,4(1)2,2(2)7,2(2)0,9(21,s(s1,7(s1,6(s1,4(s1,7(51,7(s1,4(51,1(41,7(57,2(42,1(52,3(61,2(s)1,5(57,2(42, s(63,3(72,7 (63,4(73, O(63,O(64,1(82,8(6

B = 4.¿3 IB (a.a).cq " lJ'-l -l-

os fatores de te¡ûperatura anlsotrópicos acha¡n-se ì.lstados na Tabela 14,enguanto una seleçã,o de dtstâncias lnteratômlcas e ângulos encontran-se naTabela 15. As várla-s notas de rodapé da Tabela 1s deve¡n-se às translaçõesefet,uadas na Tabela 13.

76

Tabela 14, Panâ.metnos de vlbraçåo térmlca da furcatlta( amostra pS 2)

u( 1, 1) v(2,21 u(3,3) u(2,3) u( 1.3) u(1,2)

u( 1)u(2)u(3 )ca(4)ca(5)P(6)P(7 )o(8)o(s)

o, o132(4)o, oo83 ( 4)o, 0093(4)0, ors(2)o, 041(3)o, oo8(2)o,oo3(2)o, o22 (8 )o, o21 (8 )o, o2r (4 )o, or8(7)o , 072(7,0,o37(9)o, 007(60, ozs (8o, o18(80, o16 (7o, o20 (8o,o27 (4o,oo7(7o,o30(9o, oo8 (7o, o25 (8o,04(1)o,05(1)0,06(1)

0, 0147 (5 )o, o169(s)0,o181(4)o,017(3)0,026(3)o,026(3)o,o19(3)0,oo9(8)o,oo8(8)

o,011(8)0, o19( 9)o, o16(8)0,03( 1)o, 002( 7 )0,04(1)o,o16(8)0,04(1)

o, ols(8)o, o13(9)o,o16(8)0,05(1)o,04(1)o,04(1)0,02(1)0,04(1)0,02(1)0,03(1)0,04( 1)

0, 0068 ( 4)o, 0094 ( 4)o,o57(4)o,020(2)o, 016(2)o,010(3)0, ols(3)0, o24( 8 )o, o34 (9 )

0, 026 (9)o,03(1)o, o09 (7)o, o77 (7 )0,015(8)o,011(7)0,014(7)o,019(9)

-0, 0002( 3 )o,o014(4)

-0,0005(4)-0,001(2)-0, 004 (2 )-o,oo2(2)0, o00(2)

-0, 004(6 )-0,o10(8)

0,00s(7) .

-0, 003 ( 7)-0,006(6)-0, 008 (7 )0,000(6)

-0, o04( 7 )-0, 005 (7 )o,o01(8)

-0,0010(3)-0,0007(3)0, 0009 (3 )o, 003 (2 )

-o,o08(3)0,004(3)0, 001 (2)

-o,002(7)-o, 00s (6 )

o, 004(7)o, 001 (7 )0,001(8)o,000(7)

-0,oos(6)o, 005( 7 )o,o02(7)

-0, 007 (8 )

-0,006(6)o, 00s(7 )o,008(6)o, o01 (s )o, 000( I )

-0,006(9)0, 008 (9 )

-0,003(8)-0,007(9)o,00(1)0,013(9)

o( 10o(r1o(72o( 13o( 14o( lso( 16o(17o( 18o( 19o(20o(2Lo(22o(23o(24o(25o( 26o(27o(28)o(2s)o(30)

0,026(9)o,os(r)0,os(2)0,os(1)

0,o22(s) -0,007 ( 7 )0,013(8) -0,010(7)0,023(8) -0,001(7)0,023(9) 0,O03(9)0,04( 1) 0,00( 1)o,01(1) -0,023 (9 )0,05( 1) 0,009(9)o,0s( 1) -0,01( r )0,05(1) -0,012 ( s )0,03( 1) -0,005(9)0,03( 1) -0, oos(9)

-0, oo02 (3)-o,0004(3)-o,0003(3)0,000(2 )o,oo4(2)

-0,002(3)-o,o01(2)0,o00(7)o,004(8 )

-o, 00s (7 )-0, o04( 7 )-0,008(7 )o, 002 (6 )o,009(6)o, o10(6 )

-0, o09 (6 )-o,009(7)

-o, 005 (6)-o,o01(7)0,o02(6)o, o08 (7 )

-0,02(1)0,o08(8)o,02(1)0,016(9)

-0,008(9)-0,02( 1)-0, o02 (8)

Tabela t5. Dlstânclas de llgaçäo (Å) e ângulos (o) seleclonadoè dafurcal lta (amostra pS 2)

u(1)-o(8)A-o(s)A

I'lédl a

u( 1)-o( 14)A-o( ls)-o( 16)A-o( 17)A_o( 18)-o( ls)

Ilédl a

u(2)-o(10)_o( 11)

Médla

u(2)-o( 14)A-o( 17)-o( 18 )A-Ð( ls)-o(21)B

tfédia

u(3 ) -o( 12 )A-o( 13)

Médla

u(3)-o( 14)AÐ( rs)_o( 16)-o( 17)-o(20)A

Méd1a

o( ls)-P(6)-O( 16 )Ao(ls)-P(6)-o(21)o( 1s)-P(6)-O(22)Ao(16)A-P(6)-o(21)o( 15)^-P(6)-O(22)Ao( 21 )A-P( 6 ) -o(22)ì,téd 1a

ca(4)-O(8)c 2,s2(2,-o( 12)A 2,61( 1)-o(22) 2,37(71-0(23) 2,26(21-o(2s)A 2,s3(2)-o(26)B 2,3A(2)-o(27') A 2,41(2)

Médla 2,44

ca(s)-o( 11)D 2,76(r,-o( 13)A 2,65(2)-o(20) 2,43( 1)-o(22) 2,34(1)-o(24)B 2,39(2)-o(2s)A ?, s9(2)-o(28)E 2,40(2)-o(30)D 2,47 (21

llédla 2,50

P(6)-O(ls) 1, ss( 1)-o(16)A 1,5s(1)-o(21) 1, sl( 1)-o(22)A 1, s4(2)

ì,fédta 1, 54

P(7)-O(18)B 1,ss(2)-o( 19)B 1,5s( 1)-o(20)A 1,s4(1)-o(23) 1, s0(2)

Médla 1,53

o( 18)B-P(7)-o( 19)B 104,4(s)o(18)B-P(7)-O(20)A 109,4(8)o(18)B-P(7)-o(23) 111,7(s)o( 19)B-P(7).-O(20)A 110,6(8 )o(le)B-P(7)-o(23) los,o(s)o(20)A-P(7)-O(23) 111,s(s)Ìfédia 109,4

1,81(1)1,8r(1)1,81

2,23(t)2,68( 1)2,57 (7)2,27 ( r'.)2,so(1)2,84(2)2, 51

1,78(1)1,80(1)1,79

2,2A(r)2,27 (7)2,53(1)2,44( 7'2,36(1)2, 38

1,81(2)1,82(1)1, 81

2,31( 1)2,3s( 1)2,35(1)2,24(r)2,44( 7)2,34

ss,9(8)10s,1(8)113,0(8)10s,2(8)t72,7 (8'112,3(8)109,3

cont lnua

Tabela 15 (contlnuaçåo), Dlstênctas de

selec lor¡ados da ftrcal ltaItgaçåo (Â) e

(anostra PS 2)

ângul06 ( " )

o(24)-o(s)-o( 11)A-o( 2s)c-o(30)A

o(25)-o(1r)B-o(22)A-o(23)F-o( 28 )C

o(26)-o(8)A-o(23)E-o(2s)D-o( 29)C

o(27)-o(s)A-o(12't-o(29)E-o(30)G

o(28)-o(8)A-o(13)C-o( 2s )c

o(29)-O(ls)A-o(24 )C-o(26)C-o(27)E

o(30)-o(21)D-o(24)A-o(27rc

2,a5,(2)3,06(2)2,77 (3)2,76,(2'

2,8s(2)2,s2(212,ss(2)3,02(21

2,91(2)2,ss(3)3,06(2)2,73(2)

2,73(2)2,83(?',t2,72(2)2,e8(2)

2,90(z)2,92(2)3,O2(2)

2,92(2'2,77 (3)2,73(2)2,72(2)

2,81(212,76(2)2,AA(2)

o(s)-o(24)-o(2e)c 80, 1(6)o(9)-o(24)-O(30)A 129,8(8)o( 11)A-O(24)-o(29)C 93, s(7)o(11)A-O(24)-o(30)A 111,8(?)

o( 11)B-O(2s)-O(28)C 170,2(7)o(22)A-O(2s)-O(28)C 67,6(s)o(23)F-O(25)-O(28)C 124,3(7)

o(B)A-o(26)-O(2s)D 109,4(?)o(8)A-O(26)-O(23)C 166,4(9)o(23)E-O(26)-O(2s)D s8,8(s)o(2s )E-o( 26 )-O(29 )C 76,2(71

o(s)A-o(27)-o(2s)E 83. r (7)o(s)A-o(27)-o(30)c tt?,4(7)o(12)-O(27)-O(2s)E r6s,2(8)o( 12)-O(27 ) -O(30 )c 99, s(7)

o(8)A-o(28)-O(2s)C 60,S(s)o(13)C-O(28)-o(2s)c 106,e(?)

o(ls)A-o(2s)-o(24)C 143,o(8)o(ls)A-o(2s)-o(26)c 121,3(8)o(15)A-O(29)-O(27)E 9s,6(7)o(24)c-o(2s)-o(26)c s1,8(8)o( 24 )c-o(2s )-o(27 ) E 7s,8(7)o(26)c-o(2s)-o(27)E 11e, 4(8)

o(21)D-O(30 )-o( 24 ) A 104, s(7)o(21)D-O(30)-O(27)c 99.6(?)

A: X, 1/2 - Y, Z - 1/2;B: 1/2 + X, Y, l/2 - Zt

C: 7/2 - X, ! - 1/2, Z;

Dt l/2 + X, l/2 -\, -Z;* 7/2 - X, -Y, L/2 + Zi

F: -X,7/2+Y, l/2 - Z;

G:-X,-Y,-2.

79

Valênclas de 1lgação

Fora¡ calculadas valênclas de ltgaç6o empfrlcas (Tabeia 16), usando_separânetros de Brown & Hu (1926) para llgações Ua._02- e de Brown & Alter¡natt(1985) pa.a l rgações caz*-oz- e p5*-o2-. orlglnalrnente, est.a tabera fol obtrdautlllzando todas as constantes de Brown & Altermatt (lSgS),. mas as sonas devalênclas de l tgação envolvendo urânro parecla' nenos acu¡adas gue aguerasenvolvendo outnas l tgações entre cátlon e oxlgênlo.

Broyn & Shannon (1973) reglstrara¡o desvlo guadrát lco médlo de S% par.a ométodo da valêncla de I tgaçã.o. Entretanto, os valones para todos os áto¡nos deurånlo da furcallta desvlavan-se do ldeal (6 v.u,) nuna extensã.o multo malon(até 10%) guando erann usadas as consta¡tes de Bnor.n¡ & Altenmatt (1985) (R =2,075eB=O,37).

usando as constantes nar6 antrgas para trgações u6*-oz- de Bro'r¡ & ,ou

-(j_976 ) (R" = 2,O59, e N = 4,8), obteve-se nelhor resultado não apenas para

U , nas t arnbén para todos os lons oxlgênlo l lgados "

(f*. Duu"_=e notar. queos valores pa¡a Ro cltados por BroHn & Wu (13Z6) e Bnown & Altennatt (1985)nepnesenta'E a nédla de valores pa¡'a est.uturas estudadas e poden difentrdevtdo a \¡arrações do amblente catrônlco. Bnor,m & Artenmatt (1gg5) reglstrarandesvlo padrão de 0,046 para Ro = 2,075. O valor para Ro = Z,OS9 de Brown & llu(1976) enquadra-se no lntervalo deternlnado por este desvlo padnã.o.

80

Tabela 16. Valêncla-s de I lgaçåo da'furcalltar( a¡rostra pS 2).

U(1) U(2) U(3) Ca(4) ca(S) p(6) gruPoqul ml co

o(8) 7,7ao(s) 1,74o(10)o(11)

o(72)o( 13)

o,22

7,47

1,83

7,74 o, 18

|,70

2,OO *a"'1.74 *r"*7,A7 *rt'1, S5 -."1, 96 *."'1, 86 -.t'

o,72

o, 16

o( 14) o,72o( 1s) o,32o( 16) O,39

o(17) 0,66o( 18) O,44

o( 19) O,25

o(20)

o(21)

o(22)o(23 )

0,6s 0,61

0, 58

0, 58

o,66 0,700,41

0, 49

0,49

0, 56

7,20

1,27

t,271,18

o,29 7,27

1,34

o,36 1,22

1,36

1,98 02-z, ro *."-2, 18 *."-z,oz 02-2,06 POr3-

7,g2 *."-r, 99 *."-1,90 *r"-1,91 *n"-!,a2 *."-

o, 33

o, 46

o(24)o(25 )

o(26)

o(27)o(28 )

o(2s)

o(30)

o,31o,22 0,19

o, 33

o, 30

0, 31

o,26

o,31 H"O

o,41 H"O

0,33 H"O

0,30 H"o

o,31 HrO

o,00 H"o

0,26 HrO

6,30 6,47 6,44 2,O4 2,OO 4,97 4, 96

valênclas de llgaçåo e¡¡ v.u. (unldades de valêncla), calculadas a partirdas constantes de Browtr & Wu (1976) e Browr¡ & Altenmatt (19gS).

Fatores de estrutura

06 fatores de estrutura observados e câlculados sã.o apnesentados naTabela 17.

Tabela 17

Fatones de estrutura observados e calculados da furcatlta( anostra pS 2)

t(I > 3 a(I)1.

As colunas fornecem valones de h, S Four., S lF"or". | .

5 c(F )

k= 0 lÈ O

2 1330 1371 104 6A2 A2A 276 834 674 26I 397 348 32

10 6981 6943 3012 974 7027 4414 670 634 39t6 2372 22e2 4218 1049 1059 4920 2317 2270 50k= 1l= 0? 2706 2711 LO4 1430 1433 206 326 299 30a 6722 6742 26

10 2234 2342 3712 497 508 4074 7A77 rA41 40ta 3292 324A 4520 2222 27A4 61k= 2l= 00 8161 9825 282 7572 1527 734 2406 2479 206 489 435 25

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t2 7LO6 LLO? 4416 641 730 56k= 9 l= 02 1990 1397 394 1129 7082 378 1030 1021 45

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83

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to 747 757 4713 2091 2125 5314 1016 999 47ls 787 786 55k= 12 l= 1o 2303 2230 561 576 606 462 533 573 503 522 515 ?34 963 984 s0s 1633 1855 656 1049 1046 607 720 770 52

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84

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tl 1120 1084 4?13 1335 1316 60k= 72 I= 2o 567 4A4 627 t432 1424 423 rs48 1572 695 2078 2063 597 1210 1176 51

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95

2 239 130 62 I t65 58 e8 6 271 tA7 t26 6 106 209 t1¡?4 279 tS? 184 ll 381 434 tt8 6 152 231 t87 I t7e 33{ ll¡3s 120 ?8 10S t2 104 87 t56 7 337 303 724 S 1¡18 298 t456 461 509 106 13 l2o 279 251 I 151 54 tO7 k= tO t. tz10 r73 391 205 t4 246, 61 169 12 170 299 20? 'O 311 298 t6311 1¡12 553 86 k= 3 l= ll 13 219 216 114 t 434 23S 13012 367 373 143 4 116 24s 1t2 k= I t. 12 4 425 483 lt6t4 207 300 206 S 129 85 116 5 154 84 115 6 r12 391 297k= 8l=10 6 76 326 233. 6 277 441 r32 k= ft le 122 251 s39 90 7 144 28 109 11 148 31{ r43 3 594 638 lO85 95 4{3 ?;64 tt 432 4A5 72 12 303 162 91 4 441 224 tg66 358 183 130 t4 475 404 112 t3 381 t73 127 5 673 {89 1{rI 327 51ll 1O4 k= 4 l= 11 k= 2l= 12 6 334 423 2089 412 625 132 2 767 126 62 3 234 270 163 ? 58S {58 t3910 446 480 8o 3 29O 372 734 5 9s 3?s l5r k= t2 ¡= 1212 206 309 203 7 278 330 9s 6 419 392 98 4 143 54? 12313 265 s61 182 a zfi 1s2 161 7 293 zta 80 k= I I= 13k= 9l=10 t2 22A 467 193 I 179 125 183 7 240 294 62| 229 277 77 t4 200 234 192 t2 259 23? 164 2 27t 49 SO2 338 115 137 k= 5 l= 11 t3 zlt 26z tz6 S AS2 tSS 1445 97 50 123 5 93 44 t26 k= 3 I= 12 6 SBZ 224 ttsI 52s 676 118 6 385 4rs 109 3. 43? 380 106 ? 4oo 531 84t2 296 33 92 7 367 89 106 5 211 1?9 ts6 I 337 65 ?6k= 10 t= 10 k= 6 l= 11 6 zz4 s3 91 I 3SZ 3Sg r334 316 249 188 2 166 83 66 11 373 163 126 10 309 109 14?5 230 254 81 3 430 509 123 12 153 13 130 tl 109 181 1616 276 l9z 182 k= 7 l= 11 13 263 196 105 12 1S9 275 2o58 173 522 244 5 369 295 A7 k= 4 t= tz k= 2I*13s 183 188 112 6 273 425 15.7 3 305 548 15? 1 438 589 8410 443 529 138 7 199 87 95 5 204 236 182 2 259 t47 70?k= 11 l= 10 k= I t= lt 6 416 383 lal 3 377 ?6 tOB7 269 2A6 223 2 487 529 89 7 zAt 32 7A 6 383 368 1192 37 267' A4 3 224 48 76 A M4 20A 226 I ts6 89 8?5 161 109 258 7 340 339 137 12 89 1S6 r?4 g t?2 s9 t139 139 34? 139 I 168 295 113 13 369 277 A3 11 490 518 11610 607 64A 137 72 234 490 218 k= S t= 12 12 158 556 153k= 12 l= 1o k= 9l=11 I 127 373 109 k= 3 l= 134 217 497 249 4 141 198 98 2 448 229 tc,z I 289 476 836 368 rr27 183 5 ts6 400 78 3 388 1G6 r21 2 183 408 918 570 494 136 6 177 201 zto 6 231 291 168 6 366 344 1259 469 336 136 7 223 t7 20? 6 355 245 r31 10 l?6 31 123k= 13 l= 10 11 405 361 1r¡2 tl 4OB 43S tZ3 lt 334 42 tgz5 311 108 235 k= 10 l= 11 k= 6 l= 12 k= 4 l= 13k= 14 l= 10 3 347 263 1?6. 3.4O3 498 lsl 2 4gg A7Z tt}o 383 412 190 4 419 381 165 ? 155 zso 209 3 128 4A t241 465 4sO 82 7 27t 10 99 12 360 446 156 7 398 384 1344 s08 s31 184 A n4 2O4 13S k= ? l= 12 I t23 387 244k= 1 t= lt k= 11 l= 11 1 150 221 58 I 477 428 A23 213 98 14o 4 300 89 205 2 8z 365 t2S k= S l= 134 220 145 AA 5 61 4s7 163 3 75,2 46 252 I 484 631 1115 244 32 79 6 239 ? 89 4 49? 461 125 2 573 1?5 1466 364 276 104 7 158 t74 264 5 436 301 126 5 317 3?1 1487 105 71 2O4 k= 12 l= 11 6 164 163 211 t0 224 160 1868 399 334 97 2 188 283 103 7 7A7 443 212 tt 65 18 192I 298 313 13o 3 639 540 151 S 384 413 t3S k= 6 Ì= t310 140 302 126 4 263 219 7? 70 234 218 tO4 2 202 323 Sa11 114 51 219 6 268 42 70 7t 267 382 t87 7 20g 407 2r272 169 368 132 7 332 505 140 k= I r= t2 I 246 219 18813 438 300 106 k= 13 l= 11 O 621 468 tS3 9 tS4 Z?? t4O14 473 27Ê 712 I 173 324 101 3 S?t 564 131 k= ? t= t3ls 366 125 121 3 51? 5?5 111 I 4oO 366 r41 2 270 tlS 70k= 2 t= 11 4 64 25ô l6t 10 3oz 143 t6S S 136 384 t3t2 2AO 2sa AZ 5 543 438 100 k= 9 l= t2 k= I I= t33 74 151 223 k= O l= 12 I 52? 698 133 Z 4gg Ztg t?q4 343 139 102 2 353 388 ?l 4 471 390 151 3 86 59 1475 408 607 104 3 286 90 132 5 379 344 1?3 ? 39? 434 146

96

a 239 279 S2 r 148 4s8 s2k= 9l=13 2 333 64 88I 86 t86 S7 3 15t 11? r282 393 384 156 4t 339 341 1445 302 186 189 S 273 27 ggk= rO t= 13 6 2t6 126 1012 480 106 109 7 220 7go t7t3 89 38 142 k.2l=15kÈ 11 l- 13 t 647 637 1151 238 r43 103 2 A7 S5 10?2 344 51 ?5 3 288 150 164k= ol=14 4 2A4 443 t62o 165 339 124 5 359 560 1572 313 199 61 6 382 347 S13 116 4A 22A 7 2t3 924 r277 47A 372 119 k= 3 t= tsI 224 162 109 3 383 314 14370 257 54 107 5 245 t2 to/.k= 1l=14 6 S2 767 27A5 r04 448 169 k= 4 l= rS8 150 78 21t 2 23,6 722 9570 327 46 87 3 288 344 195k= 2l=14 k= 5l=15o 3s2 298 124 3 40s 408 1652 120 226 ae 4 546 5?2 1403 278 307 86 5 413 19 139I 504 518 113 k= 6 l= tS10 393 335 13? 2 284 138 189k= 3l=14 3 272 291 to(2 494 632 86 4 488 545 1506 513 533 11? k= 0 t= 167 107 253 161 2 344 136 ?4I 235 98 103k= al l= 14o 238 325 742 213 397 1467 340 446 1518 316 496 167

k= 5l=14I 426 462 73A2 464 zfi ro35 449 396 1206 298 70 7727 339 76 146I 188 32s 211

k= 6I=14o 617 798 1422 105 374 857 507 57A 127I 129 485 113

k= 7l=141 347 258 1?52 394 394 1603 187 108 994 22t 58 2395 487 149 1256 231 258 225

k= 8¡=142 494 544 1554 586 268 1365 325 395 131

k= 9t=141 148 57 11?2 t76 zt0 1773 584 402 r44

k= 1l=15

97

Descr lção da estrutura .

A estnutura da furcallta conslste de carnadas [ (UOz)3o2(po{)r}rr{'-,slmllares èquelas da dumontlüa (Plnet & Pl ret-l''leunl er 1988). Os polledros de

coordenaçã,o const l tuern-Ee de: bipirâmlde hexagonal para U(1), blplrânldespentagonals para U(2) e U(3), e tetraedros para P(6) e P(7), (Ftguna 17).

Flgura 17. Blptrfunides pentagonais e hexagonal ao nedor do

urânio e tetraedros ao redon do fósforo.

i_c

o

98

As camadas Eåo paralelas a (01O) e conectadas pon dols fons cá.Iclo e setemoléculas de água. O polledno de coordenaçã.o para Ca(4), repnesentado naFlgura 18, é o pnlsna trlgonal rnonoencapuzado (sete vértlces).

Figura 18: Prlsma trlgonal monoencapuzado ao redor de Ca(4).

Para a deterù¡lnaçåo do polledro, fonnado ao redon de Ca(S), utt ¡ tzarar¡_EeoÊ r0étodo6 de Ponal-KoÊhlts & Âslanov (l9ZZ) e de Muett.ertles & cuggenberger(1974). o poltedno de otto vérttce' de neferêncra é o dodecaedno, sendo dor6pol ledros alternatrvos o antrprrsma qùadrado e o pnrÊma trrgonal brencapuzado,que podeB ser gerados a partlr do dodêcaedro. En urn dodecaedno, exlstenvértlces fonnados pela lntersecção de quatno (tfpo A) e de clnco arestas (tlpoB).

l\ untão dos véptlces ttpo B dá ontgen a arestas tlpo b. No caso dafurcallta, as aresta' ttpo b são agueras que rnterrrgarn o(zo), o(zz), o(28) eo(24). tn crltérlo lnportante na deflnlção do polledno de olto véntlces é ocÀlculo dos â¡¡guros ô, fonnados entne pares de faces que se rr¡tep.ectaxû aolongo das arestas tlpo b.

tn dodecaedno é car.actenlzado, ta¡nbén, . pela lntensecçã.o de dolst'napezóldes ortogonars. Drstorções da fon¡oa dodecaédrrca r eva¡r à defonnaçã,odestes pla'os tnapezoldals. A não-p l anarr dade dos átonos que fonmarral ostrapezóldes é

'rn panâ.netro rltll para deflntr polledros de olto vértrces, No

caso da furcal tta, os dols trapezótdes ort,ogonals senlan fonmados,respectlva-nente, þr o(z4r-o(zz)-o(30)-o( 13) e o(20 )-o(28)-o( zs)-o( r t ).

A pa¡ttr de-lcada trapezórde, sã.o consrdepados dors trrânguros: o prlmerrofonnado pela base naror do trapezórde e pero pont,o nédro da base nenor,enquanto o segundo contén a base nenor do trapezótde e passa þro ponto nédroda base nalor, O ângulo entre estes trlâ¡¡gulos, g, canacterlza anåo-pl anart dade dos át,omos ,,trapezoldals,,.

Na Tabela 18, os ângulos ô e g calculados para o poltedro ao redon deca(S)' na furcallta, achã.n-se conparados aos do dodecaedro, do prrsma tnrgonarbtencapuzado e do ar¡tlprreroa guadrado, todos rctears. A. partlr dos dadoscontldos nesta tabela, conclul-se que o polledro ao redor do Ca(s), nafurcallta, assenelha-ee- ao dodecaedno rdeal. Na Frgura 19, estã.o representadoso dodecae.dro trtangulado ao redor de Ca(S) e os pol ledros tdeats.

þt tøas sV-."/

Tabeta 18, Ângul o'E ("),en pollednos tdeals de coordenaçãocomparados aos do polledno ao nedo¡ de Ca(S) na furcallta.

ð1

ð2

ô3

ô{97

92

1234

15,3 29,5 0,0 0,027,9 29,5 21,8 0,024,7 29,5 4A,2 52,424,7 29,5 4A,2 5.2,4

o,3 0,0 16, 1 24,55,4 0,O 16,1 24,s

1. Polledno de coordenaçäo ao redor de Ca(S) na furcalltade Pen¡s ( anos t ra PS 2 ) .

Ângul os entre os tnlângulos:ôr: o(24)-o(25)-o(28) e o(24)-o(zB)-o(30)ðr: o(20)-O(24)-O(30) e o(r1)-o(zo)-o(24)ð": O( 13 )-O( 2o)-O(22) e o(11)-o(zo)-O(22)ðo: o(22) -o(25) -o( 28 ) e O(13)-O(22)-o(28)

e I o(24, -o(22 ) -9!99):9!19 ) e o( 30 ) -o( re ) -g!?l)_g!??)

I ^: o(2o)-o(28)-g(?s)-o( 1 1 ) e o(25)-o( tt )-o(zo )-o(zB)

.222. D,odecaedro ldeal.3. Prisna trlgonal blencapuzado ldeal.4. Anttprlsna guadrado ldeal.

101

MMWDODECAEDRO PRISMA TRIGONAL

BI- ENCAPUZADOANTIPRISMAAUADRADO

b

ï_ 20

Flguna 19. Dodecaedro triangulado ao redor do Ca(S)

comparado a poliedros i deal s.

As pnoJeções da estrutura da funcallta pa.ralelanente a (OO1), (lOO)(O10) såo apresentadas, respect I vamente, nas flguras 20, 27 e ZZ,

o Co4

a Cos çs4êCoS

Figura 20. Estrutura da furcalita pl-ojetada paralelamente

a (001). As moléculas de água não são representadas.

oco40æ co4o o27oco 5

o30s25 ozð924 oco4

Co5o 426 oco 5

Flgura 21. Estrutura da furcal lta proJetada paralelanent,e a (100). Para

sinpllflcar a flgura, os tetnaedros de PO.3- e as bipinåmides pentagonals ao

redor do U(2) näo foram mostradas e apenas un conJunto de moléculas de água

fol representado.

Flgura 22. PnoJeção da canada f ( UOz ) 302 ( PO4 ),l n4"- sobre (O1O).

' As poslções atô¡nlcas ftnals (Tabela 13) sã,o prat lcanente lclêntlcasèquelas detepmlnada-s por plnet & Declencq (19?g), exceto pa¡a o átomoadlclonal o(30), nåo encoi¡trado pon eres. Âpesa-r- dos áto¡nos de hrdnogênro nã,otererû stdo localtzados dlnetamente pelos dados de dlfnaçåo de natos X, \tnsensfver arranJo de l lgações de hldnogênlo pöde Ëen derrvado a partrn denecessldades locals de valênclas de I lgaçåo (Donnay & Al l¡rann 1970). Asvarla.ções eÍ¡ dlstânclas de l lgaçåo (Tabela 15) corre I ac l onan_se ben com aanállse de valênctas de I tgação (Tabela 16). A llgaçåo entre ca¡nadas éreforçada pelas llgações de htdrogênlo dos gnupos HzO aos ånlons oxlgênlo dascamadas.

os possfveis ennos suspertados na detenninaçäo da estrutu¡a crrstallna dafurcallta pon prret & Ileclercq (192g) fonan toclos confrrmados por este r¡ovoestudo. Os presentes resultados sugenen, para o ninenal , a fórnulaCa" ( UO, )

"O" (pO ) 2. 7HzO.

Relação com orrtrog fosfatos hldrat,ados de urânl o e cálclo

En adtção à furcallta, foran descrltos na lltenatu.a vá.nlos outrosfosfatos hldratados de urånlo e cálcio, crúas fórmuras acham-se nepresentadasna Tabela 19.

Tabe]a 19. Fosfatos hldratados de urånlo e cálclo.

autunltameta-autunltapseudo-autunf tafosfurani I l taft¡rcal ltacomposto I de Blinkoff(r)nlngrrof tatr lstnanl talermontovl ta

Ca( 1..D, ), ( PO. ) z. 7OH2O

Ca(UO, ), (PO. ),. 6H"O(H"O)

oCa. (uO" )

2 (pO4 )4. SH2O (?)

Ca(1.8" ) [ (Uo, )3 (oH) z(por )z ] 2. lzïzo

Ca" (tÐ" )

"o, ( Po

4) z.zv2oCa"H.(l..br)"(P0{ )a. loHzo (?)Caa_xUx(PO4)2.'nH2O, x < 1

(Ca, U) ( Por ).2H2O(U, Ca)"(PO. )o. 6H2O (?)

(t) cltado por Ross (1956), pDF 1t-202.

106

Atualrnerlte, nenhuro dado estnutunal é dlsponlvel para pseudo-autunl ta,lernontovlta e o composto I de BItnkoff. Tnlstra.mlta é provavelmentelsoestnutural a rabdofâr¡lo-(Ce), raMofânto-(l¡) e bnocklta: o arnanJo genalpode ser descrtto. cono colunas constnulda-s alternadamente pon lons çs2* ¡ouUr*) a POa3t, extendendo-se ao longo do elxo c, cada colr¡na esta¡do l igada aoutra.s guatno colunas vlzlnhas; nlngyofta ten estnutura semelhante (Atkln etal. 1983 ) .

Nåo é esperado, crlstalognáflca e qulnlcamente, que o Caz* (nato lônlcoO,99 Â) substltua UBt (ralo lônlco 0,80 À), ao contrárlo da substltulçã.o Caz+

- U4t (ralo lônlco 0,97 À), que parece oconrer na trlstramlta, na nlngyolt,a e

na lennontovlta. Taint o as anállses pon nlcrossondâ, quanto as somas de

valênclas de llgaçåo nã.o lndlcan a substltulçåo U - Ca na furcallta de Penus,

Autuntta e rneta-autunlta possuen cafladas do tlpo (lJOrPOn )rrn-; entre as

cannadas colocan-se tnoléculas de água e lons cálclo (Beltema 1938).FoËfuranlllta é multo slmllar a furcallta: os parånetros de cela r-rnlt.árla são

os mesnos para os dolE nlnerals e os padrões de dlfnaçåo de ralos X dlfere¡oapenas por extlnções slstenát lcas,

O estudo da estrutura cnlstalina da fosflra.nillta (Shashkln & Sldonenko

1975), gue sugerlu a fónnula gulmlca Ca(tlO")"(PO.)z(OH)z.6HzO, ten pouco

valor, pois o mlneral estudado apresentava 3,OZ Pb e 0,5% Ca, tratando-se, na

realldade, de provável renardlta con cálclo. Alé¡n dlsso, o valon final de R

foi nulto pouco favorávet (15,7%) e nenhun lon oxlgênlo fol locallzado.Recentemente, Plnet & Piret-l.teunler ( 1991), por conslderare¡r 06

nesultados de Shashkin & Sldorenko (1975) pouco convlncentes, efetuaram novo

estudo de estrutr¡ra crlstallna da fosfuranlllta. A fórmula obtlda folCa(lJO")[(t02)3(OH)z(No)rl".12HrO, aparentemente bastante dlferente daguela da

fr:rcal lta, o que sugere, a prlnelra vlsta, nudanças considerávels na estnuturadesses dols ninerals. Entnetanto, se a fórnula da fr¡rcal lta fon nultlpllcadapor dols, obtén-se: Ca. ( LJO" ) uO.

( POr ) r. 14HzO.

se 3 Caz' foren trocados por I tf*, esta fórmula torna-se:Ca(LJOr)(t.l)r)uOa(PO4){.14H2O, que equlvale a CaO.?tþ3. 2P2Os. 14H20, a mesna

fórnula bruta da fosfrranl I lta. Plret & Plnet-l,leunter (1991) obtlvenam un

valor de R = 8,9 % pal'þ- 963 neflexões observadas, o gue nepresenta prögnesso

slgnlflcatlvo sobne o estudo de Shashkln & Sidorenko (1974). Este valor de R

nã.o é, no entanto, suflclentemente pequeno para garart 1r total exat ldåo àfórnula apnêsentada. Pode ter ocorrido lnpreclsåo na dlstrlbulçåo dos lonsoxlgênlo entre OH-, O2- e HrO, de acondo con observações de Plnet &

Plret-l'leunler (199f), que não apresentaran resultados de cálculos de valênciade llgaçäo, devido à pneclsã.o dos resultados nã.o ser favorável.

107

E¡¡ resuno, de nanelni¡ eGquenáttca, para passar de foEfuranlllta parafurcallta, r tf' e trocado por 3 caz*, con nedrgtnrburçã.o (ou r¡Áo ) dos fons H*e pequenas úodlflcações r¡a estFutura crlstallna.

SI LI CATOS

IrRANOFÎIüO-ÁLFA - Ca( UO, ), ( S1O3OH) 2. 5H2O nonocllnlco

De acordo con Camargo (1965), o uranofânlo-alfa ocorre em perus em al guns

pontos muito espaFsos, cono dfnlnutos cristals flbnosos, de cerca de lO pn namalor dinensã.o, estando assoclado a out,ros ¡ninerais secr.¡ndárlos de urânio,como autunita, ura¡ofâJrio-beta e fosfr¡ranl l ita. O uranofå.nl o-alfa ocorretambém assoclado ao quartzo, tapetando agregados colofornes deste nlneral,que, dado o seu aspecto norfológico, é provavelmente de origem secundária,tendo se derlvado por crlstalização da opala.

A cor do ninera] de Penus é aJna¡-e I a-al axanJada a olho nu e vende ollva ao

nlcroscópio. Cama:-go (1965) obteve sonente uma amostra em que foi possfvelefetuar algunas medldas óptlcas. As demalÊ anostras foram ldent ificadas pordlfraçåo de ralos X.

Durante a presente pesquisa, r¡rarÌofânt o-alfa fol ldentlflcado nas

a¡nost,nas PS 185 e PS 280, nas quals têm grande pnedomfnlo sobnê o

Ì¡ra¡ofânlo-beta associado. Nestas annostras, const itul crosta.s pulverulentas de

cor ama¡ela. Apenas na annostra PS 185, foi posslvel nedlr os lndices F =1,667 e I = 7,670 em ripas al ongadas de uranofânlo-alfa. Na Flgura 23, estárepresentado o padrã.o de EDS do uranofânio-alfa, enquanto a Tabela Z0

appesenta os dados de difraçåo de raios X. As constantes da cela unltá¡lacalculada.s par-a estes dados såo: a = 15,82(3), b = 7,O2(2), c = 6,651(Z), F =

s7,5(1)'.

Uronofônio - AlfoPS 28O

I

3

keV

tt45

Flgura 23. Espectro de EDS do urarofânio-alfa de Perus( a¡nostra PS 280).

Tabela 20. Padråo de dlfnatometnla de nalos X do uranofâ'nl o-alfa' de Penus (amostra PS 280)

d (Ä)oÞs.

t/l d-(Ä)caIc,

7, 865

6, 563

5, 394

4,777

4,267

3,9243, 584

3, 485

3, 401

3, 326

3,186

3, 081

2,9762,901

2,681

2, 618

2,5522,5202,420

2,2e2

2,1922,O92

2,0461,966

1, 901

1,880

1,861

1,819

1, 761

1,74s

1,704

100

35

25

50

15

60

20

45

5

<550

5

55

35

20

15

5

5

10

5

15

20

5

10

15

10

10

5

10

10

5

7,A42

6, 595

5, 406

4,751

4,2833,921

3, s82

3, 511

3,3A2

3,297

3, 190

3, 076

2, 985

2, 906

2, 686

2,616

2, 546

2,5.23

2,394

2,?502,198

2, O98

2,O44

1,961

1,903

1,887

1,863

1, 819

1,761

1,?45

1,7t2

2

0

-2

2

-24

-40

3

0

-4-t

0

-¿

2

4

-6-4-6

4

0

0

2

7

-7

-20

4

4

-6-8

0

0

o

0

1

0

0

2

I0

I2

II1

2

o

I1

1

0

1

0

1

1

3

2

0

1

t2

0

1

1

1

1

o

1

0

I2

1

t2

2

2

0

1

2

1

2

3

3

J

r

2

2

3

3

3

o

cont lnua

' Tabela 20. Padr6o de dlfratometrla de nalos X do uranofânlo_alfade penus (annostra pS ZB0)

( cont l nuaçåo )

dobs. (Ä) l/ro d"rl.. (A) h k t

1,656 5 1,657 _2 o 41,596 5 1,600 16 g 21, s85 5 1,574 _3 3 3

unANoFÂNI O-BErA - Ca ( UO, ), ( S1O3OH ) 2. 5H2O monoc I I ntco

A ocorrêncla de uranofânlo-beta en perus for descnlta prlnelnament,e porCamargo & Coutlnho (1960a e Þ) en cavldades pottédrlcas, com 1a Z cm dedlânetno, lenbrando noldes negat lvos de crist,als que terlann se dlssolvldo. omlneral constltula agnegados entnelaçados, crostas e tufos radiados rsolados,lmplantados nas paredes da cavldade. Alén do r¡ranofânlo-beta, podern oconrer,em associação na mesma cavldade, opala e atblta secundár1a, forma¡docompaxtlmentos que fornece¡n estrutura celular à cavldade. Apenas guatropequenas drusas foram coletadas na amostra de rocha obtida. En nenhuna delas,entretanto, encontrou-se, assoclado ao ura¡ofåni o-beta, qualquer vestlglo deuranlnlta ou gualguer outro nineral uranlfero prlmárlo. A col- dos cnlstals dePerus é amaxelo-ovo.

Senia provável, segundo Cannargo & Coutlnho (1960a e Þ), gue ouranofâ.nlo-beta tlvesse se originado pela alteração hldnotermal de nlneralr¡rar¡lfero primário, como, por exemplo, a uranlnlta.

Amostras adlcionals de urarofânio-beta iora¡n obtldas por camargo (lg6s),nas quais se basela a descpição que segue. Os cnlstats sã.o, vlã de regna,muito pequenos, somente distintos com lupa binocular ou mlcroscópio. possuem

hábito acicular e fibrorradiado, com as agulhas apresentando comprlmento gueosclla de 200 a 100 ¡rn e largr:ra de 10 a s0 ¡m. os agregados flbronradiadosforman rosetas de cerca de 1 nn de dlâ.metro e alguns crlstals são mals ounenos lamelares segundo (010), de contorno lrregular, constltuindo agregadossenelhantes a asas de borboleta. Hâ alnda agregados nacroscoplcãmenteconpactos, subJacentes aos agregados fibrorradiados, os agregados compactos serevelam, entretanto, ao lûicposcóplo, cono constituldos por entrelaçamento decrlstals ã'ciculaFes.

såo re lat lvamente comuns en perus, agregados flbrornadiados de cnlstalsen forna de oglva ou ponta de agulha, com faces curvas, posslvelnenteresultantes de crescimento osci latório.

As cores mals freqüentes do uranofânio-beta de penus såo annan ela-clana eanarela-alaranJada ou anaJ'e I a-ovo, podendo ser facilmente confundidomacroscopi camente con ura¡ofânto-alfa ou fosfurani l lta. Entretanto, orranofånlo-beta pode alnda apresentar coloração verde clara, verdeesbranqulçada ou verdê quase incolÕr, princlpalmente nos agregados em asa deborboleta, que ocorre¡n tapeta-ndo fraturas de turnal lna preta.

Este mlneral pode ser dlferenclado do r:ranofânlo-alfa por dlfratometrlade nalos x, devido a algunas ralas caracterlst icas. As duas espécles poden ser

113

tanbén dlferencladas gnaças àÊ suas pnoprledades óptlcas, conforrne nessaltoucamargo (1965). Na seçåo (010), o uranofânlo-beta apnesenta elevado â.ngulo deextlnçã.o, até 45", o que nåo acontece com o uranofâ.nl o-al fa, cuJa ext l nçã.o é

pratlcanente reta nessa seçã.o. Na seçäo (10O), os dols mlnenalÊ exlbemextlnçåo reta, rnas podei¡ Èer dlferenclados pelo fndlce de refraçã.o ao longo dae longaçã.o do cnlstal., podendo-Be efetuar uma boa seleçåo das duas espécles ao

mlcroscóplo, com um llguldo de lndlce Igual a l,680. O unanofâ.nl o-al faapresenta lndlce lnferlor e o uranofânlo-beta, lndlce mals elevado ao longo daelongaçåo,

Os dlagramas de pó dexnonstrara¡n que o r¡ranofånlo-beta de perus seencontra, em geral, raramente assoclado a outros rnlnerals uranlferossecundá.rios, É ben posslvel que lsto lndlque condlções de fonmaçã,o para ouranofâ.nlo-beta I lgelramente dlferentes, e¡n relaçä.o aos demals nineralsuranffenos secr¡ndárlos ( Canargo 1965). Contudo, segundo o nesno autor¡ podem

assoclar-se ao urar¡ofâ.n1o-beta, o uranofânlo-alfa e, ¡na1s raranente, aautunita e a meta-autunita. A associaçã.o con esses dols rlltlnos minerals pode

sen, entretanto, merarnente casual. Associa-se alnda ao uranofânlo-beta de

Perus, con nelatlva fneqt¡êncla, a saponita.Durante os t,rabalhos da presente tese, uranofânlo-beta fol o mlnenal

uranl feno mals cornum, ldent lficado nas anostras pS 10, pS 13, pS 16, pS

18, PS 25, PS 35, pS 39, pS 59, pS 60, pS 68, pS 128, pS 774, pS 266, pS 280,PS 292, PS 33O, PS 384, PS 395, PS 396, PS 398, PS 401, PS 402, PS 404, PS

515, PS 433, PS 440, PS 497 e PS 498. Nestas amostras, o unanofâ.nlo-betaconstit,ui crostas de cor amarela, nas quais os cristais só såo vlslvels ao

mÍcnoscóplo, Os mlnerals assoclados sä.o: saponlta, weekslta, uranofå.nlo-alfa,net,a-autunlta, chernikovlta e autunita. A Flgura 24 apresenta, de nanelraesquernátlca, um aspecto da amostra PS 10, enquanto na Figura ZS estánepnesentado o padl.ã.Õ de EDS do uranofânlo-beta de perus.

O,'l t,tFlgura 24. Desenho esquenát lco de agregado de uranofånio-bet,a

(annost ra PS 10).

174

Uronofônio - Beto

PS 39

I

3

keV

Figura 25. Espectro de EDS do ura¡¡ofânlo-beta de Pêrus(amostra PS 39).

HAI UEEITA - Ca( uO, ) rS1uol B. 5H2O ortornô¡nblco ( ?)

A halweelta, descrlta en penus pon camargo & svlsero (1966 e 1969) ocorneco¡no agregados flbnornadlados zona.dos, de cor amarela-crara, tapetandosuperflcles de fratuna en uma amostra de turmallna granlto.

o r¡lnenal harr.reefta arnda constrtur r¡na espécle probrenátlca, lnexrstrndoestudos de e'tnutr¡ra cntÊtartna. Atualmente sã.o dlsponfvers guatro padnões dedlfnaçáo de ralos X (pDF t?-72t, 1g-119, t7-4BZ e 22_160). Destes, osmaterlals cornespondentes às flchas 72-72r, pnovenlente do reservatórl. deHalùree, Montanhas Coso, Callfórnla, Estados unldos, e 22_16c , pnovenlente dePerus, estudado por camargo & svlseno (1969), sãô bastante senelhantes e fonamlndexados no slstena nonocllnico. Entretanto, nã.o foiam lndexadas as nalascorrespondentes à lntensldade de 1OO%, alén de algumas outras, o que sugeneque nã.o se trata apenas de ur¡ mlnenal ou que houve enro de lndexaçã.o,

O nlneral representado na flcha 13-118, onlglnalmente denomlnado"ranqulllta", fol estudado por Abeledo et ¿1. (1960). Apesan de pnatlcamenteldêntlco aos padrões das flchas rz-7zr e 22-160, este naterrar for rndexado noslstema ortonnônbrco e os resurtados obtrdos foram ¡nelhores gue aqueles para oslstema mnocllnlco. Já a substâncla da frcha tz-462, oniglnal¡nente denomrnada"urslllta" e cuJo padråo nã.o for tndexado, é nurto drferente das outras tnês,devendo tratar-se de espécle dlferente.

Ilu¡ante o pnesente tnabalho, teve-se acesso à anostra estudada porcamargo & svlseno (1966 e 19Bg), ago'-a catalogada co!ìo ps s3o, Nesta amostra,alnda restam alguns dos esferulltos, associados a abrìndante opala de corvende-claJ'a. A påI.tlr destes esferulltos, forah obtldos, pela prlnelra vez,dados gufmicos da halweefta de perus (Figura 26), conflnnando_sequal ltat lwamente a conposlção origlnalnente att.lbufda à hal!¡eeita.

t 16

HoiweeítoPS 53O

Figura 26. Espectro de EDS da halweelta de

(amostna PS 530).

^ a¡¡álrse óptlca do Daterlal confrrmou os lndlces atrrbufdos por canargo

& svlsero (1969)' vertfrcando-se, entnetanto, a presença adrctonal de outromlneral nos esfenulttoa, co¡n pnoprledades se¡nelhantes à hêlweefta (blaxlalnegatlvo, F s T È 1,573, 2v = ls a 3oo), rnas con dlfenente orlentação ópttca(7 paralelo ao elonganento) e con dlspersåo v > r.

Devldo à exlgi¡ldade de matertal drsponfver, nåo foram possfvers estudossuplementar-es. Estas observações, entnetar¡to, sugerem gue os padnões dedlfraçåo de ralos X reglstnados na l ltenatura poden, real¡oente, corresponder amlsturas. A Tabela 21 apresenta dados de dlfratometrla de ralos X par-a aamostra PS 530' tentatrvanente rndexados no slstema ontorrôDblco. osparâmetros de cela unlt.árla correspondentes a esta lndexaçã.o sã.o: a =17,63(4), b = 74,20(4) e c= 18,49(3).

118

Tabela 21. Padnåo de dlfnatonetrla de nalos X da halweeltade perus (amostra pS S30)

dour. (Â) t/ro d""1". (Â)

s, 148

I, O51

6,320

5, 401

5, 069

4, 940

4,567

4,423

3, 648

3, 542

3, 304

3,245

3,011

2,4292,874

2, 399

2,2182, r81

2,067

1, 971

7,927

1, 881

1,848

1, 813

1, 785

7,740

100

35

25

50

15

60

20

45

5

<550

5

55

35

20

15

5

5

l05

15

20

5

10

15

10

I,24A7, 958

6, 585

5, 364

5, 052

4, 960

4,A24

4,473

3, 670

3, 549

3,314

3,zto3, 037

2,877

2,6322,397

2,2092,7462, 063

1,982

1,931

1,887

1,839

1, 810

7,778

1,743

o

2

I1

2

3

0

1

4

0

o

5

1

5

4

Io

7

1

2

t

4

II0

2

o201202203o2o4o42L4042t2o6232554637438194556010304949

IÍETA-I|AI taEEl TA - Ca( t0" )

"st"o,6, 4H2o ortornônblco

Canargo & Svlsero (1966) observa¡-an, na parte central dos e6fer.ultto6 daanostna eE gue fol descrlta a halweefta, a pnesença de um mlnerar com rndrceÊde refnaçã.o mals elevados, devendo connesponden a fase menos hldnatada,supostarnente, segundo os autopes menclonados, neta_halweelta,

O none rneta-halweefta fol proposto por ÌlcBurney & Murdoch (1959), paradeslgnar u¡ nlnenal assoclado a halweelta, que oconre en supenficles defratura de granlto, no resenvatórlo de Hallree, montanhas Coso, CaIlfónnla,EstadoÊ Lrnldos. McBurney & Murdoch (1959) ta$bém obttveran u.ù¡ pnodutoslntétlco a¡álogo, a partrr do aqueclnento de harweetta coretada en depósltoslacustnes adJacentes ao granrto. ltarenta (1960) srntetlzou o mesmo pnoduto a3oo e 4oo'c, nas sugepru gue o terno neta-harweefta fosse nals apropnradanentereservado para r¡na fase fonnada pela des r drat açã.o de halweelta a 100"c, queocorre natuFalmente e fol descrtta por llaberlandt & Schlener (1951) cono"gastunlta 1".

A Conlssão de Novos Mlnerals e Nomes de Mlnerals da Assoclaçã.oMlr¡enalóglca Internaclonal ( CNMMN - IMA) nunca se pronunclou a nespelto donone meta-halweefta e este noDe consta do G)ossary of lllneral specles(Flelscher 1987) como r¡na espécre guestronáver. A segurr, é apresentada adescnlçåo fornal conpleta desse nineral, cuJos dados extstentes sãosuflclentes para tornar. vállda a espécle, após aprovaçã.o pela CNMMN - IMA.

I{áblto e proprledaães flslcas

A meta-haiweelta das montanhas coso ocorre na parte rntenlor deesferulltos de estrutura flbnorradlada., formados de dlntnutos crlstalslanelares e brllho perláceo, cuJa parte exterlon é constltulda por hatweelta,Estes esferulltos apresentan con a¡narela-clan a a annare I a-esverdeada e tapetamsuperflcles de fratura de granlto ( l,fcBurney & Murdoch lg5g).

A densldade calculada para a fórmula ldeal é de 3,g92 g,zcn3 para aannostra de McBÌu.ney & Èlu¡.doch (1959) e 3,gS1 g.zcm3 para a amostna de l{alenta(1s60).

Proprledadee ópt lcas

A neta-halweefta é btaxlal posttlva a negatlva, apnesenta dlspensã,o r >

v; absorçã'o x < Y < z. outnas pnoprledades ópt lcas estã.o Eumarlzada.s naTabela 22.

Tab€la 22. lndlces de refraçã.o para a n¡eta-hal wee f ta.

a 1,611 1,611 1,618(3) t,6ZZ(3)F 7,6.20 1,620 1,632(3) r,644(3)7 1,64s 1,645 1,641(3) 1,65s(3)Blnnef. O, O34 0, O34 O, OZ3 O, OZB

zv* 63(z)"* 63(z)"1 77. 7t"

1, Montarù¡as Coso, Califónnla, Estados Unidos( McBurney & Murdoch l9S9).

2. Produto slntéttco ( ì,lcBurney & Murdoch l9S9).3. Produto slntétlco, obttdo a 3OO"C (Walenta 1960).4. Produto slntétlco, obttdo a 4OO"C (Watenta 1960).t*

2ll* calculado por Flelscher et al. (1384).

A meta-halweefta das Montanha-s coso pode sen facrlmente reconhectda pelosseus lndlces de refração, que sã.o superrores aos da haiv¡eerta assoclada.

lÞdoË qufnicos

A fórmula r¡sualrnente apnesentada para a neta_haiweelta êCa(tlor)rSl"Ors.d¿O, onde n < S, sugerlndo tnatar-se de produto dedesldratação de halweeita. O valor de n, entretanto, deve ser lgual a 4,devldo à ldent ldade entre os padrões de difração de nalos x da meta-halweeltae da weeksita, K2 (UOz )aS16Ors. 4H2O, provavelnente f soestnuturals.

A conposlçäo gulrnrca rdeal pa¡-a a meta-harweefta acha-se representada naTabeIa 23,

727

Tabela 23. CornpoÊlção qulmlca teónlca para a Deta_halweelta(% em peso).

Cs.O 5,29F" 53, 33

sioz 33, 99

H"o 6' 79

Total 1O0, O0

ldealnente Ca(I.þ ) St O .4H O2 2 0 ts 2

Crlat,alogr-efta

Os dados de dtfraçåo de ralos X para a ¡reta_halweelta (Tabela 25) podernser I nde:<ados en cela unltárla ontornônblca, pon conpa:.açã.o con weekslta,gnupo espacial Prna. O conterldo atô¡olco da cela é 16 tCa(uO2)zSlEOt6.4HzOl. Ospar'ånetros de cela unrtárra, reflnados pelo nétodo do nlnrmos quadnados, estã.onepresentados na Tabela 26,

722

Tabela 25. Dados de dlfpaçåo de nalosmeta-hal weefta.

dob". I/Io dcaÌc dobs. I/Io d"")" hk I

040o02o 42o71260o80091oazo04313o44o 10 2

224460o12 0

4521 10 3

383474o74 2

6105822 15 1

1 10 5

166510 2

6230 18 0

6146 11 0

474 3

1 11 6

8,81 50 8,940 9,04 60 A,A476,98 lo0 7,090 7,06 100 7,O905,58 50 5,555 5,s5 90 5,533

4,806 4,7624,54 æ 4,573 4,54 60 4,538

4,470 4,4243,81 20 3,A26 3,83 40 3,789

3,781 3,7533,52 50 3,545 3,54 80 3,545

3,337 3,3313,2A æ 3,295 3,29 40 3,2913, 16 50 3,193 3,t7 80 3, 166

3, 125 3,7223,059 3,043

3,00 30 2,980 2,9A 20 2,9492,90 50 2,910 2,9O 70 2,8982,7A 50 2,796 2,77A

2,6A2 2, 669

2,508 2,5032,38 20 2,403 2,3A 30 2,3812,36 20 2,371 2,3632,268 10 2,277 2,2662,22 S 2,233 2,2722,7A 5 2, 196 2,7A7

2,777 2, 168

2,77 5 2,727 2, 115

2,OA 5 2, 109 2,O9 20 2,70,21, 982 5 1, 987 1 , 9661,963 5 1,971 7,967 20 1,966

1,919 1,9071,901 1, 888

1,892 5 1,895 1,889 30 1,888

cont l nua

Tabela 25. Dados de dlfraçåo de ralos X para ämeta-halweel ta,

( cont I nuaçäo )

7Zdob". I/Io dcal" dobs. I/Io d""i" hkl

1, 868

1,852

1,826

1, 786

7,772 10 7,774

1,763

7,727 10

1,680 5

1,648 5

1,585 5

1,546 10

I,A47 0 19 7

I,442 6 11 2

1,814 315 4

1,783 2 I 7

1,759 2 18 3

1,756 I 3 0

1. Produto slntétlco ( l,lcBurney & l,furdoch 19Sg). McBur.ney &Mu¡doch (1959) também apresentaram padrã.o para mlsturaentre hallreefta e Deta-halweelt,a natural.

2. Produto sintétlco, obtldo a 3OO' C, e ldêntico ao padrão obtldopara materlal slntetlzado a 4OOo C (ltalenta 1960).

724

Talæla 26, Parâ.metrog de cela unltárla da ¡neta-hálweelta

a (À)

Þ (À)

c (Á)

y (Å3 )

14,26(3)

3s,76(8)14, r8(3)7231

14,21(r)3s,39(4)14, 18( 1)

7 t3l

7. Produt,o slntétlco (calculado a partlr dos dados obtldosMcBurney & Murdoch 1959 ) ,

Produto slntéttco, obtldo a 3OO' C (calculado a panttrdados obt.ldos por l{alenta 1960).

por

dos

Cálculos de compatlbllldade usando as relações de Gladstone-Date para afórmula ldeal, paraa densldade calculada, para os lndices de refnaçã.o medldos

e para as constantes reglÊtradas por llandarl no (1981) nesultaraÌì em Kp= 0,160pa¡a a Deta-halweefta de l,bBurney & lturdoch (1959), Kp = O, 15g para o análogoslntétlco de llalenta (1960), . t = 0, 168 para os dols materlals. Cono

consegilência, 1 - ( Kpll(C ) = 0,O48 par.a o composto de McBurney & Murdoch (1959)

e 0,054 para a anostra de l{alenta (1960), lndlcando, segundo os cnltérlosestabelecldos por I'b.ndar lno (1979), boa compatlbllldade e¡n annbos oê casos.

Os ¡esnos cálculos foran efetuados assoclando o valor do lndice de

refração de McBurney & Murdoch (1959) ao valon de densldade de Walenta (1360),

nesultando en 1- ( K"/K" ) = O,061 (conpatiblttdade regular), Quando assocladoso lndlce de refnaçã,o de Walenta (1960) e o valor de densldade de McBurney &

Mr¡rdoch (1959), 1 - (KplKC) = O,040 (conpatlbllldade boa). Neste rlltlno caso,

foi encontrado o melhon nesultado, o que sugere que os valores de lndice de

refnaçäo de l.¡alenta (1960) e o padrão de dlfratometrla de McBurney & Murdoch( 1959) seJam ¡nals conretos,

Os cálculos de Gladstone-Dale fora[ alnda repet ldos utlllzando aconsta¡rte para uO" = 0, 134 forneclda por l-an sen (1321), e que se rnostrou mais

apropriada pana fosfatos de u¡anl la (Ptret & Dellens 1989). No caso da

meta-hal¡reefta ( r¡¡o stilcato), entretanto, os resultados fora¡n de

2.

125

compatlbllldade pobre ps.ra as aÌnostras de llbBurney & Hurdoch (19s9) e l,,alenta(1960) e t',nbém quando se mrsturara¡ os dados dos dors tnabarhos. Assrn sendo,a constante de l,h.ndar t no (f98l) p¿¡¿ F" = O,lig p^""". nals adequada aoscá.lculos de cornpatlbtltdade de slllcatos de uranlla.

Noæncletlu-e ê relação com outras espécles

O none ¡neta-hal Hee f ta, lntroduzldo pon l,fcB,rney & Murdoch (1959), dertvade halweelta, do qual representa una forma menos hldratada.

A neta-hallreeIta apresenta padråo de dlfnação de ralo6 X pnatlcanente1dêntlco àqueles do nlnenal Heekslt,a Kz(tþa)asi601s.4HzO (pDF lZ_7221 e doproduto sintétlco Naz(1..þz)zstBOru.4H"O (pDF 12-461). Estes conpostos sã.o,provavelhente, lsoestruturals com a neta-halweelta. llalenta (1960), aIIás, Jáhavla sugerldo que weeksrta e neta-har,eelta serram rsoestnuturars.

Chernikov et al. (1977) publ tcaram padrões de dlfração de ralos X depnodutos de aqueclnento a 3s0oc de "urslllta,, e ,'cálclo ursltlta,, (dolsslllcatos de uranl ra, cálcro e magnésro rmpenferta'ente canacteri zados ) , quese asseme I hann ao padrão apresentado pela meta-haiweelta. Cabe nessaltar queesta tenp€ratura está dent,no do campo de estabrrrdade da meta-harweeftadetenninado por ualenta (1960).

Novas lnvest lgações da a-Eostra pS S3O, eD que Catûã¡go & Svlsero (1966)sugerlram a presença de neta-halweelta, fonann lnfrut ffenas no sentldo delocal lzar o ¡ol nenal .

126

IIEEKSITA RrcA Ell BlRr o - ,*,4.)r_r(uoa)zst6016.4H"o ortornôrnbtco

o ¡lnenal weekslta, Kz(lroz)(stBors),4Hzo, ontonnômblco, onlglnalmentedenomlnado "gastunrta" pon Honea (19s9), for descnrto pon outenbrrd Ee et aI.(1960). O none weekslta fol mantldo devldo a multas descnlções conflltlvas de"gastuntta' (Habenrandt & schrenen 19s1, t.Iarenta 1960). A weeksrta cle perusapresenta substltulçåo de potásslo por bárlo em ¡naton proponçã.o que avenlflcada nas demars amostnas crtadas r¡a l rteratura. Dadoe prerrmrnares sobreeste nlner-al fora¡n dlvulgados por Atenclo et al. (1990a e l99lg),

Iláblto e propriedades flslcaa

A weekÊlt,a constrtur crostaa pulverulentas de cor amarela que pneenchenìfnaturas do turmallna giranlto, localnente pegrnatltlco, de pe,.u.. Todavla, estafonna de ocornêncla é conr¡n a dlvensos mlnerals uraniferos do local; entretodas as anostnas estudadas gue apresentavan estas caracterl st,l cas, apenassete era¡ portadonas de weeksita (pS 13, pS 33, pS 68, pS 69, pS IZA C_4,PS330 e PS 5Og). Venlflcou-se lntlna associaçã.o entre weekslt,a,unanofânlo-beta, autunlta e saponlta, sendo que somente una das anostras (pS724 C-4'l era constltulda exclusivanent,e pon weekslta.

A weekslta rlca en bárlo de penr¡s não apresenta fruonescèncla sob luzultravloleta de ondas t ongas (366 nm) e ondas cr¡rtas (2S4 nrn).

Þoprledades ópt.lcas

Ao rlcnoscóplo petnográftco, a weeksrta rlca en bárro de penusapresenta-se cono agregados flbrosos nuito finos, de cor amarela, nas qualsapeiias al gumas das pnoprledades ópticas puderam ser avalladas. o rnlneral éaparenteroente blaxlat negatlvo, com B (medldo em quatro anostras ) vanfa¡do de1'603 a 1'605,.2 (nedrdo unicanente eD u¡na a.¡nostra) e 1,609, blrrefnrngêncla0,010 a O,O2O, zvxs 7O a 85", Y Â c g 0 a 20", dlspepsão r' > v, fonte, Estascaractenfsticas ópt lcas colncidem con as das demals annostras de weekslt.adescnl tas na l ltenatr¡ra.

IÞdoe quflicos

As a-Eostna-s contendo weekslta fora' anal rsadas qual ltat rvamente porfluorescência de ralos X de energla dlspersiva (EDS). O nesultado obtldo para

127

a anostra PS 128 C-4 é aprêsentado na Fl$tra ZZ. O plco mals lntenso dopotásslo colnclde com o segundo plco rnals lntenso do uJ-â.nto, o que lnpedeeÊtlrnar sua proporção nelatlva na' anostra. o segundo plco nals tntenso dopotásslo' por sr¡a vez, corncrde con o prco Dars rntenso do cálcro. os ptcosrefenentes ao bárlo ta¡nbén fona¡r obsenvados nas anostras contendo mlÊturasentre weekslta e outros nlnerals.

tza

WeeksitoPS r28C-4

K, Co

I

4

keVFlgura 27, Padnåo de EDS da weekslta rlca em bárlo de Perus

( arnostra PS 128 C-4).

Dados qulmlcos quântltattvos fora¡n obtldos ap€na6 pêra potásslo, Eódlo,cá.lclo e bárlo, devldo à pequena dlsponlblltdade de matenlal puro (a¡ostna FIS

72A C-4), tna alfquota de 2,9 Dg do rûatérlal fol dlssolvlda por H2SO{ e HF,avo I u¡nando -se a Eoluçã.o para 25 nl. Anál lses efetuadas e¡o fotô¡retro de chamafonnecera.D cono resultados 3,ZZ% K2O e O,g1Z NazO. A partlr de 2,6 ng dematerlal' fol real tzada uma Eegunda preparaçåo, con HNo" e IIF, avolunando-se asoluçã,o para 25 nl, o que posslbllltou a anállse de bárlo e cáIclo enespectrofotônetro de absorçã.o atôrolca, verlflcando-se a presença de 4,ggz Baoe 0'60z cå'o. A fórr0ula qufr0lca do nlneral de perus, corn ba.se nos teores ldealEde tD"' sioz e Hzo' é (Ko,

ruÞo, ""Nto,

rrc"o, r")t=r, "r(Ð, )"(s12os)3' 4H2o'

Criatâlotrafla

A weekslta crlstaliza-se no slstema ortorrônblco, gnupo espaclal pnnb.

FoI obtldo uro dlfratograma de ralos x para a amostna ps 12g c-4, utllizando-serad laçã.o Cur(a e flltno de Nl (Tabela Z7), O padråo venlflcado para o mineralde Perus é vlrtualnente idèntlco ao da weekslta (pDF 12-462) e tanbém ao domlneral Eeta-halweelta, Ca(tE")"(Sl2O6)3.nHaO (pDF LZ-7ZZ) e ao do compostoslnt.étlco Nar(UO")r(Sl"Os)3.4HaO ( pDF IZ-461't, todos l soestrutr¡rats. Os

parâtnetros da cela unlt,á¡la calculados para o rnlnenal de perus achan-seconparados aos da rreekslta de Thornas Ra¡ge, Utah, Estados tnldos, naTabe la 27.

130

Tabela 27. PadrÄo de dlfratooetnla de ralos X da weeksltaFlca en bá¡.lo de penus (a¡nostra pS l2g C_4).

do¡r. ( A) I/I o d"rl". (Â)

8,931

7,OA2

5, s69

4, 843

4,563

3,A42

3, 544

3, 298

3, 183

2, 986

2,972

2, 506

2,405

2, 365

2,2A2

2,237

2, 196

2,732

2, 099

1,988

1,970

1, 919

1,897

8, 945

7, O85

5, 554

4, 808

4, 570

4. 472

3, 828

3,7A2

3,5423,3323,2943, 194

3,723

3, O55

2,9A2

2, 905

2,7962, 680

2,5042, 404

2, 366

2,27 4

2,233

2, 195

2,1702,725

2, 105

1, 988

1,968

1, 916

1,900.1,894

15

100

23

10

72

77

65

39

26

16

25

6

I15

14

7

6

6

I6

I6

I

0

0

o

0

2

0

0

0

0

3

0

o

2

4

0

4

I3

4

o

6

5

2

II5

6

o

6

6

4

1

4

o

4

7

6

III0

1

4

10

2

6

72

5

10

8

1

74

1

I15

l06

10

2

18

1

11

74

77

o

2

2

1

o

o

7

2

4

3

4

2

4

o

0

2

3

3

4

2

0

2

1

5

6

2

3

0

4

0

3

6

cont lnua

Tabela 27. Padiåo de dlfratometnla de nalos X da weeksltanlca e¡n

"*t' o:"::;ï,;;ï:'" PS 128 c-4)

dobs, (À) r/ro d"rt". (Ä) h k t

1,867 4 1,867 o 19 1

1,850 6 11 21,828 4 1,826 3 ls 4

1,785 2 A 7

1,773 72 1,774 2 7A 3

1,7s9 I 3 0

Tabela 2. Parâmetnos de cela unitârta da weeksita.

a (,{) 14,26(2) t4,23(z)Þ (A) 3s,88( ro) 3s,z8(s)c (A) t4,zo(z) 14, 1z(3)v (A3) 726r. Tzts

1. Thonas Range, Utah, Estados Unldos(Outenbrldge et al. 1960 ) .

2. Perus, São Pâulo, Brasil (anostra PS 128 C-4),

132

Rélação co¡ outras espéclce

O gnupo da weekslta é constltutdo peloe nlnenals weekslta. emeta-hal r¡ee f ta, ambos lnconpletamente estudados. Dados e6trut\ù-alE parclalssåo dlsponlvels sorente para a Heekslta (Stohl & Snlth 1981), tendo sldoverlflcada a presença de cadelas slllcátlca.g con u)". A poslçåo dos á.tomos depotásslo e das noléculas de água nã.o fol revelada.

Aná.logos slntétlcos de potásslo, potásslo + sódlo, 6ódlo, amônto e oxônloforam crlstallzados en laboratórlo e apresentaram padnões de dlfnaçåo de ralosx essenclalnente tdentlcos (Honea 1959), nã.o tendo sldo, entret,anto, obtldoscrlstals de dlnensões suflcientes para estudos estnuturals.

A lntnodução de bárlo na poslçã.o do potá.sslo Já fol observada em annostrasde weekslta de outras localldades: 1,4% em peso de Bao na a¡nostna de Thomas

Range (Outenbnldge et al, 1960); 1,90 e O, 19% en peso de BaO e¡n duas amostnasdo Afeganlstão (Yerenenko et al. 19ZZ). Na a.nostra pnoveniente de perus,poréD, esta substltulçåo é cons l derave lnente mals extensa,

Recentenente, Adsunllll & Castro (1990) neglstraran¡ a oconrêncla dèweekslta con bá¡lo no pegmatlto l4anões, Rlo Gnande do Nonte, sem, entretanto,apresentaren resultados qulmlcos quant,Itatlvos. A possibllldade de

substltuição de divensos cátions na Heekslta, sem nodificaçöes estruturalsslgnlflcatlvas, lmpllca na eventual. descoberta, no futuro, de novas espécles,

133

CAPITULO 4

OUTROS MINERAIS SECUNDARIOS

OPÂL.A - SlOa.nHzO de balxo gnau de crlstaltnldadefflDIt'üT - SIO ¡nonocl lnlco

2CRI STOBALI TA - SlO^ tetragonal

2

QUABTZ O - S1O" tnlgonal

A opala de Perus se apnesenta genalmente con Mblto botntoldat, tapetandofendas do turmal lna granrto, locarnente pegnatitlco. os mantos de opalauranffera poden ser relat lvamente extensos, atlnglndo até O,S n2, porén deespessura reduzlda que não supera 0,S cm ( Camargo 1965).

Os agregados botrlotdals såo, en genal, zonados, fato gue se tonnabastante evldente sob açã,o fluorescent,e de ultravloleta. Exlste¡û zonas devende lntenso e vende claro, as guals corresponden, posslvelmente, adlfenentes teones de urânlo.

A opa.la uranlfera de Penus se apresenta lncolor, branca leltosa,anare I ada e vende clara, nostnando reações llgeiranente dlferentes quanto àfluorescência e guanto ao cornportannento nadloatrvo. sob açã.o de nadraçãoultravloleta de ondas curtas ou longas, os dlvensos tlpos de opala nostramfluorescêncla vende, mals lntensa nas amostnas de cor amarelada e vende, ernals fnaca nas denals ( Carnargo 1965).

Na realldade, as crostas de perus tldas cono opala sã.o constltuldas nãoapenas pon un naterlal de baixo gnau de cn lst€il i nidade, que apresenta uma

barda difusa nos dlfratogramas de ralos x, nas també¡r por cristoballta,trldlmlta e quartzo, dlstlngulvels por dlfratometria de ralos x. Estesmlnerals poden aparecer assoclados ou não, sem cornespondêncla con a coloraçãoda aroost na,

Carnan'go (1965) Já havia vertflcado os mlnenals cristoballta e quartzonestas crostas. Alnda segundo o nesno autor, é fneqtiente a ocorrêncla depequenos crlstals de quar.tzo bem fonnados nas fendas e cavldades das rochasencalxarìtes, assocladas à opala. Este quartzo serla de orlgern secundárla, quese for¡Dou pon crlstallzaçã,o da opala, ou ¡nesno crtstallzaçåo dlreta desoluções carregadas de sl l lca-

134

' Depols da autunlta, a opala constltut o rnlnenal uranffero mats abundantee¡n Perus' onde é encontrada em fendas e cavrdades dos pegmatttos, granlto.turnallnfferos e mesbo dos xrstos encarxa¡tes. Entnetanto, aparenternente nã.oe6tá' a.ssoclada à autunrta, É prováver gue a opala tenha se orrgrnado desoluções dlferentes daguelas que deram onlgeE à autunlta ( Camargo 1965).

s^Pol{rrA - (ca' Na) o,

"

(Ì'rs, Fe )

"

(sr, Al ).or o

( oH) z.

4H2o monocl I ntco

Nas fendas e fraturas do turnallna granlto, localnente p€g¡natf tlco, dePerus, oco*e' fneqt¡entemente, um r.rnenal de cor nósea, nrcrocrrstal rno,ldentlflcado por dlfnação de ralos X e nlcroscopla óptlca, como sendosaponlta. A saponlta assocla-se normalmente ao uranofâ.nlo-beta. camargo (196s)atrlbulu a for¡naç6o da saponlta a altenaçåo de turmallna, prlnclpalmente nosare da lepldollta, nlnerars dos pegrnat r tos que podenram constltuln a fonte denagnéslo, ferro e manganês,

nOIþCROSITA - MnCO3 trtgonal

Cama'.go (1965) observou, con nelatlva freqilêncla, outno mlneral róseoassoclado à saponlta, porén nelhor cnlstallzado e de dureza rnals elevada,cuJas ca¡-actenfstlcas ópttcas o classlflcara¡n con¡o rodocroÊlta. Durante opresente trabalho, não se ventflcou a ocornêncla de rodocnoslta-

136

CAPITULO 5

coNcLUSõES E coNStDERAcõrs rn¡ls

Neste capltulo senåo recuperadas as prlncrpals concrr¡sões deste trabalho.o nlnenal "hrdrogênro autunlta" fol defrnldo for¡nalmente pela prlmelna

vez e rebatlzado para chernlkovlta, (H3O)z(UOa)z(pO{)a.6HaO. A pnoposta paraabandonar o no¡ne "hrdrogênlo autr¡nlta" for efetuada ponque: (a) o mrnerarcontén, na realldade, o cátlon oxônlo (H"O+); (b) o termo ,,autunlta,, éreservado para apl lcaçäo a minerals con 10 a lZ rnoléculas de água, enguaìto ogpâu de hldrataçåo da chernlkovlta é o nes¡oo obsenvado para nrnerars do gnupoda meta-autunlta; e (c) o terno ,,hldrogênlo autunlta', fol utlllzado par'aoutnos cornpostos naturals e an'tlfrcrars. Tanto a descrrçã.o, guanto seu novonone, fora.n aprovados pela cNMl'lN - IMA, cálcutos de compatlblltdade mostraramcoenência entre os varones da.s proprredades observada.s para o nrneral. Achernlkovita é, provaverroente, lsoestrutural coxn meta-ankorelta, \¡ranphr ta eabernathyf ta.

Fol neglstrada, pela prlnelra vez e¡n pen:s, a pnesença de r¡n fosfatohldratado de uranl la e Mrro, neta-uranoc rpc i ta I, confrrnaJ¡do-se, po,. mefo deestudos de dlfnato¡netnla de raios X, anáI lses gufmicas por EDS e óptlca, Euapresença eE três annostras.

Estudos mineralóglcos rnostraram a identldade entre o ,,¡ntnenal x" de peruse fi'"cal lta. o mlneral furcartta penmanecra rnconpletamente descnrto e seuestudo de estrutura crlstallna não era totalrnente satlsfatórlo. como resultadodeste trabalho, fora¡n deternlnadas, pela p'.inein'- vez, propnledades comodensldade, dureza e sorubtlldade da furcattta. Foram obtldas anát lses qufnicascompletas, antes lnexlstentes para o nlneral. A fónmula analltlca, determlnadaa pa¡tlr de anállses pon nlcFossonda eletrônica, é(ctr,

""Ko, o" ) Er,or(wr).,"ror,

""[ (rc. ) r, "o

(stoo )o, on ]¡r, ee' 7. 57 H"o.

Novo estudo de estrutura cnlstalina da furcalita permrtru, tarnbém, adescoberta de um átomo adlclonal de oxlgênlo. A estrutura crlstallna dessenlneral fol deternlnada por nétodos de dlfraçäo de ralos x de crlstal únlco eneflnada até R = 3,8% usando 2,065 reflexões observadas II > 3ø(I)]. A

estnutr¡ra conslste O: canoadas [{UO")"O"{pO.)"]r", paralelas a (O10),conectadas por lons caz' e Hao. os pol ¿dro; de coordenação são: para u(r)

137

blplnfunlde hexagonal; para U(Z) e U(3) blplnâmldes pentagons.ls; para Ca(4) eCa(5) prlsma tnlgona.l monoencapuzado e dodecaedno tntangutado,nespect lvamente; e para p(6) e p(Z) tetraednos. Como conseqllêncla destetrabalho, a fónmula nolecular da furcal ita, pnevlanente cltada conoCar(UOr)"(PO.)2(OH){,4H2O deve sen nodlflcada para Ca"(tÐr)3O2(pO{)z.ZH,O.

A conparaçã.o entne os dados da furcaltta e da fosfuranlltta, e a anállsedos dados de estrutura cnlstalrna exratente' para a fosfuranr r tta, sugepenìgue, de hanelra esquernátlca, para passar de fosfura¡tllta para furcallta, IU6t é trocado pon 3 caz+, con redlstrlbulçäo (ou náo) dos lons H+ e pequenasmodlflcações ná. estrutura crtstal lna.

O nlneral meta-halweef ta, ttdo anterlornente como de exlstênclaquestlonável e de ocornêncra não conpnovada em perus, teve aqul sua prrmerradescrlçã.o fornal conpleta, lnclulndo densldade calculada, lndexaçã.o do þadrãode dlfrato.etrla de ralos X, cálculo dos parâ.netnos de cela, padr6.o calculadode dlfnatometrla de raros x e compat rbi t rdade Gradstone-Dale, demonstrando,consegflentenente, a val I dade da espécle,

Fol alnda veriflcada a ocorrêncra de weekslta rrca em bá¡ro en perus. Afórnula qulnlca obtlda fol (Ko,ruÞo,"uN"o,""c"o,r")E=r,sa(we)z(stzos)3.4H20,o que slgrlflca ser a a¡nostra de weekslta de pen¡s a mals nlca em bánlo Jánegistrada na lltenatura n.ndral. A posstbllrdade de substltulçåo de diversoscátlons, en qua¡tldades srgntfrcatlvas e sen nudanças substanclars en suaestrutura, lnpllca na eventual descoberta futura de novas espécres Drnenarspertencentes a este grupo, no gual hoJe sã.o conhecldos apena.s Heekslta eneta-ha1lreel ta.

Erû resumo, a assenbléla de nlnerais r¡ranlferos secundárlos depreenchlnento de fnaturas do turmal lna grar¡lto, localmente pegrnat lt lco, dePer's, após este estudo flca sendo: autuntta, topbennlta, neta_autunlta,meta-torbennl ta' cherntkovrta, meta-uranoc rrc r ta I, fosfuranllita, furcarrta,uranofânlo-alfa, uranofânlo-beta, haiweelta e v¡eekslta rlca em bárlo. carecende conflnmação: bassetîta, meta-haiweelta e neta-t¡ruyamunl ta. Opata,tridlnlta, crlstoballta, guartzo secundárlo, saponlta e rodocroslta ocornenê.ssoclados aos mlnerals de urâ.nlo.

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AGRADECIMENTOS

O númeno de pessoas e tnstltulções clentlf lcas às quals se deseJaagradecer pela vallosa co I aboraçã.o pnestada à real lzaçã.o deste tnabalho émulto grar¡de, senla pnatlcanente l¡npossfvel nonear a todas. o autor gostarla,entnetanto, de destacar as pessoas cuJos nones seguen cltados.

ED prlDelro I ugar, cabe agnadecer a Raphae I Hypollto, pela excelenteonlentação e acompanhanento durante todo o desenvolvlmento do trabalho,colaborando coro dlscussões, sugestões e crltlcas, Este agradeclnento deve senestendldo ta:nbén a José t{oacyr vlanna couttnho, José vlcente valarelll, RelnenNeurnann e Antonlo Joagulln Guenra concelção sllva, pelo lmpnesclndfvel apoioofenecldo en etapas de real lzaçã.o dest,a pesgulsa.

Agradeclnentos especlals a Flávlo M.S. Carvalho, Douglas A.p. Bulla eJoåo Batlsta de sousa pelo eurpenho extraordtnánlo na obtenção de Inrlrnenosdlfnatog.a:nas e fllnes de dlfnaçåo de ralos x, ben cono pelo auxllto notnatamento dos dados.

As a¡állses qulmlcas puderarn ser real lzadas devldo à declslva co I aboraçã.ode sandra

^¡dnade, Rlcando silva ca¡-denete, l,b.noe I Balbtno e lta¡l nês Lopes da

sllva. As análises de E)s fora¡¡ obttdas com o auxllio de sa-r¡dro l.tendes slnl eEdua¡'do L.A. t'tacchlone. Agradeclnentos especlais a Johann H,D, schonschen eTJ. Peter-s pelas anát lses de ¡nlcrossonda eletrônlca da fr¡rcallta, Geraldovlcentlnl e Lulza E.s. Narlnatsu pelas determlnações de hrdrogênlo, Geraldovicentlni pelo espectno de absorçã.o lnfnavenmelho, e valdlr Aparecido Zarnplenlpelos espectros de DTA e TGA. o auton agradece alnda a Ângéllca D.M. Morentepela metal izaçã.o das seções para H)S.

Agnadeclmentos aos estagiá:-ios Relner Neumann, Albento carlos Kamlnskl,Edna Hatsumi Mlsht¡na, l.la¡la Lucla I'faenaka, xatla Marla Alves Barata, José Aldodo ca¡mo Junlor, Kartn I'langold, Llltana sayr¡r I osako, Denlse shlmlzu, l,lagdalaMontelno Relou e otto lJ.R, AInelda, pelo auxfllo na execuçã.o de dlversostrabal hos desta pesqulsa.

Itacy Kroehne e Rodrlgo Jua¡ Ì,b.chaca Vascon merecen o apneço do autorpelos culdadosos desenhos.

o autor gostarla de ¡nanlfesta¡ seu apreço a José }ft:acyn vl anna cout lnho eA¡na¡do I'lárc 1o coinbra pelo auxlrlo com a deter'lnaçã"o de proprledades

139

ópt l cas,

A Jálro s. Taddeo, agradecrnentos pela aJuda con as nedições de dr¡reza deVlckers.

O autor deseJa externar sÌ¡a grat ldåo à t nlåo Internaclonal decnlstalografla pela cópla da llsta dos fatones de estnutura da fu¡calltadeter¡nlnados anterlonmente a este tnabalho.

A Ântonlo J.G.c. sllva, Yvo¡ìne p. l,bsca¡-enÌ¡as e José G€raldo catanlno, osagnadeclnentos do autor pelo auxlllo na deternlnaçã.o da estrutura. crlstallnada furcal 1ta.

O autor deseJa lgualnente externar sua gratldão a Karlna R.B, Vanclnl eRoEl carvalho Lemos pela lmpnessão dos orlglnals a laser para esta tese e aDalto I'lact¡ado pela encadernaçåo dos volunes.

A M. Dellens, P. Plret, p. Bayltss, R.S.H. Bralthr*atte, E.H, Nlckel,H.H.G.J. Ulbrlch, G.A.J. Szabó, W. Iwànuch, D.p. Svtseno, A.A. Chernlkov, R.F.l,lart in, T.S. Ercit, J.D. crlce, AleJandro Lopez Castlllo, Sandra Akenl lwata eElena Barcellos, o auton agradece pelo auxttlo com a btbltografla, revlsões donanuscnl to e útels cornentá.rlos.

O autor é grato a seu pal Antonlo Atenclo, sua mã.e, Lutsa GlardulloAtenclo, e a sua lrná, Dalva Atenclo, pelo salutal convlvlo.

A Mlrtan Alves de Ollveira Atenclo, pelo apolo e pennanente estfmulo, oautor neglstna seus melhones agradeclmentos,

o presente trabalho tornou-se posstvel graças à permissã.o da.s enpresasDonl ngas Dell'Antonla & cla. Ltda. e Mi neraçã.o Botuguara Ltda. para execuçã.odos trabalhos de campo en pedre lras de suas proprledades,

O Instltuto de Geoclênclas e o Instttuto de Ffslca e eufnlca de Sãocarlos, ambos da llnlversldade de såo Paulo, permltlram a utlllzação de suaslnstalações e laboratórlos para a real izaçã.o da presente pesqulsa.

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