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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL AMANDA RODRIGUES DE MORAES ADAPTAÇÕES DE SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO PARA EDIFICAÇÕES DESTINADAS A PRÁTICA DE REARQUITETURA Goiânia 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

AMANDA RODRIGUES DE MORAES

ADAPTAÇÕES DE SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO PARA EDIFICAÇÕES

DESTINADAS A PRÁTICA DE REARQUITETURA

Goiânia

2013

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AMANDA RODRIGUES DE MORAES

ADAPTAÇÕES DE SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO PARA EDIFICAÇÕES

DESTINADAS A PRÁTICA DE REARQUITETURA

Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão I na Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás. Orientador: Prof. Dr Marcus André Siqueira Campos

Goiânia

2013

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Dedicatória

Fazer um trabalho como este foi sem dúvida um dos

maiores desafios da graduação e com certeza a ajuda

do meu orientador, o professor Marcus Campos foi

grandiosa e enriquecedora para a minha vida

profissional, assim eu dedico esse trabalho a esse

exemplo de professor.

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AGRADECIMENTOS

Começo agradecendo ao autor do projeto de rearquitetura, o aluno do curso de

Arquitetura e Urbanismo Paulo Perini, que foi de suma importância para esse trabalho

acontecer. Outra pessoa que influenciou o desenvolvimento desse trabalho foi o professor

José Artur D’ Aló Frota se foi um elo entre a Escola de Engenharia Civil e a Faculdade De

Arquitetura além de sua participação na banca de TCC 1, e ao professor Saulo Bruno que

também compôs a banca, ambos deram sugestões para o trabalho final que foram

importantes para o desenvolvimento do mesmo.

Por fim, gostaria de agradecer novamente ao meu orientador, o professor Marcus

Campos que tanto me ajudou e se preocupou com o meu desenvolvimento contribuindo

diretamente para efetivar o meu trabalho.

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RESUMO

A região central de Goiânia apresenta uma elevada quantidade de edificações mais

antigas em estado de deterioração ou completo abandono, isso leva a um deslocamento

desse centro urbano para outras regiões da cidade. Esse cenário enquadra-se

perfeitamente na prática da rearquitetura. Dessa forma, o trabalho tem como ideia a análise

de uma edificação, que se enquadra nesse contexto, e a partir dessa análise realizou-se um

comparativo de melhorias antes e depois da intervenção da reabilitação, esta que será feita

nas instalações de esgoto predial. Para tanto, foi pensado na união de ideias entre a

arquitetura e o projeto de esgoto, aliados a técnicas construtivas, materiais e soluções que

melhor atende o usuário. Assim, foram feitas diretrizes para que sejam desenvolvidos

futuros trabalhos para a população.

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ABSTRACT

The central region of Goiânia has a high number of older buildings in a state of

deterioration or complete abandonment, this leads to a shift of this urban center to other

areas of the city. This scenario fits perfectly in the practice of re-architecting. Thus, the work

is the analysis of a building that fits in this context, from this analysis we performed

comparative enhancements before and after the intervention of rehabilitation, this being

made on the premises of building sewer. Therefore, it was thought the marriage of ideas

between the architecture and project of sewage, combined with construction techniques,

materials and solutions that best meet the user. Thus, guidelines were made so that future

work should be developed for the population.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11

2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 15

3 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 16

3.1 Histórico da cidade de Goiânia e sua concepção urbanística ...................... 16

3.2 A prática da Rearquitetura ........................................................................... 20

3.3 As instalações prediais de esgoto sanitário ................................................. 23

4 METODOLOGIA ................................................................................................. 25

4.1 Método de Abordagem ................................................................................ 25

5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 27

5.1 A escolha da edificação ............................................................................... 27

5.2 Caracterização do Edifício Antigo ................................................................ 27

5.3 Projeto de Sistema Predial de Esgoto – Edificação Antiga .......................... 32

5.4 Caracterização do Edifício Com a Prática da Rearquitetura Implantada ...... 34

5.5 Projeto de Sistema Predial de Esgoto – Edificação Adaptada ..................... 39

5.6 Divergências entre as NBR’s ....................................................................... 42

5.7 Análise de melhorias através da nova NBR ................................................. 45

5.8 Rearquitetura pensada na ótica do projeto de esgoto sanitário ................... 48

6 CONCLUSÕES ................................................................................................... 51

6.1 Considerações Finais ...................................... Erro! Indicador não definido.

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 53

ANEXOS .................................................................................................................... 56

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diâmetros Adotados ......................................................................................... 31

Tabela 2: Diâmetros Adotados ......................................................................................... 37

Tabela 3: Comparativo Declividades................................................................................. 41

Tabela 4 :Comparativo Caixas de Gordura ...................................................................... 41

Tabela 5 : Comparativo UHC e diâmetros nominais ........................................................ 45

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Edifício Rua 02 – Setor Central (Goiânia)........................................................... 10

Figura 2: Residência histórica sendo demolida ................................................................. 13

Figura 3: Comparativo de Normas .................................................................................... 14

Figura 4: Avenida Goiás em 1942 ..................................................................................... 17

Figura 5: Goiânia em 1952 ................................................................................................ 18

Figura 6: Goiânia em 1972 ................................................................................................ 19

Figura 7: Edifício em Porto Alegre restaurado .................................................................. 21

Figura 8: Antes e depois da intervenção da Rearquietura em Vila Nova de Gaia ............ 22

Figura 9: Gráfico de Estatística de Reclamações de Usuários de Edifícios no Brasil ...... 24

Figura 10: Fluxograma de Execução do Trabalho ............................................................ 26

Figura 11: Representação do Edifício Antigo .................................................................... 27

Figura 12: Planta Baixa – Subsolo .................................................................................... 28

Figura 13: Planta Baixa – Térreo ...................................................................................... 28

Figura 14: Planta Baixa – Sobreloja ................................................................................. 29

Figura 15: Planta Baixa – 2º Andar .................................................................................. 29

Figura 16: Planta Baixa – 3º Andar .................................................................................. 30

Figura 17: Planta Baixa – 4º Andar .................................................................................. 30

Figura 18: Planta Baixa – 5º ao 11º Andar (Tipo) ............................................................ 31

Figura 19: Planta Baixa – Cobertura ................................................................................ 31

Figura 20: Laje rebaixada ................................................................................................ 32

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Figura 21: Perspectiva da Edificação após a Intervenção da Rearquitetura .................. 34

Figura 22: Subsolo ........................................................................................................... 35

Figura 23: Térreo ............................................................................................................. 35

Figura 24: Mezanino ......................................................................................................... 36

Figura 25: 2º Andar ........................................................................................................... 36

Figura 26: 3º Andar ........................................................................................................... 37

Figura 27: Pavimento Tipo Par ......................................................................................... 37

Figura 28: Pavimento Tipo Ímpar ..................................................................................... 38

Figura 29: Dimensionamento dos Tubos de Queda ......................................................... 40

Figura 30: Dimensionamento dos Ramais de ventilação ................................................. 41

Figura 31: Caixa de Gordura ............................................................................................ 42

Figura 32: Caixa de Inspeção (PVC) ................................................................................ 44

Figura 33: Tubos e Conexões .......................................................................................... 45

Figura 34: Válvula de Retenção de Esgoto ...................................................................... 46

Figura 35: Antes e Depois da colocação da Luva de Correr ........................................... 46

Figura 36: Caixa de Gordura em PVC............................................................................... 47

Figura 37: Vedações em Drywall ...................................................................................... 50

Figura 38: Tubulações sob a laje ...................................................................................... 50

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1 INTRODUÇÃO

Esse estudo constitui como uma ferramenta de análise de adaptações de sistemas

prediais de esgoto para edificações destinadas a prática da rearquitetura, a ideia é estudar

antigos edifícios da região central da cidade de Goiânia e assim buscar métodos viáveis de

reutilização dos mesmos. É notório que essas intervenções estão se tornando mais

frequentes no Brasil e no mundo, uma vez que os programas a serem atendidos dentro de

um projeto de restauro estão cada vez mais exigentes.

O conceito de rearquitetura ainda é bastante prematuro, termos como “reciclagem”

ou “requalificação” são utilizados por estudiosos da área, D’Aló Frota (2002) ainda amplia

dizendo que a rearquitetura atua como reflexão sobre a construção da cidade moderna

enquanto enfrentamento contemporâneo consciente das suas pré-existências. Mas vale a

pena ressaltar o papel social e econômico que essa prática leva a população. Edificações

que até então estariam fora de centros urbanos agora são inseridos novamente nos

mesmos, isso leva movimentação econômica e geração de novos empregos que

consequentemente gera uma melhoria na qualidade de vida da população.

Dentro dessa análise de reabilitação percebemos que os edifícios de Goiânia não

são tão antigos devido ao fato da cidade ser relativamente nova, muitos são das décadas de

50 e 60 e pertencem ao acevo mundial de arquitetura Decó. Mesmo a cidade tendo pouca

idade, muitas de suas edificações (principalmente as localizadas na região central) se

enquadram na intervenção da rearquitetura, uma vez a sua proposta não é apenas no

âmbito cultural, mas também no social econômico.

A realidade hoje do centro de Goiânia é de certo abandono, a infra estrutura da

região é precária e , por consequência, seus edifícios também, alguns estão completamente

abandonados, caso do edifício da rua 02 – Figura 01, outros estão em estado de

deterioração.

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Figura 01 – Edifício Rua 02 – Setor Central (Goiânia)

Fonte: Goiânia Br (2013).

A prefeitura de Goiânia juntamente com a polícia militar está demolindo edifícios

abandonados com o intuito de acabar com locais que estão sendo utilizados para

prostituição e uso de drogas (O POPULAR, 2013) o que deteriora, intencionalmente ou não,

com o acevo arquitetônico da cidade. Um desses acervos, uma casa histórica localizada na

Rua 20, também no Centro, como mostra a Figura 02, foi demolida em junho de 2013. Um

morador da região em entrevista ao jornal O Popular em junho de 2013 relatou: “o centro da

cidade está morto”, isso define bem o real cenário de antigo centro urbano.

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Figura 02 – Residência histórica sendo demolida

Fonte: O Popular (2013).

Essa realidade que estamos presenciando na cidade exige ações imediatas de

recuperação dessa região. Cada edifício com problemas de abandono ou desgaste deve ser

reabilitado para que volte a população com plenas condições de uso e desempenho. Além

das edificações, toda região do centro deve sofrer requalificação da sua infraestrutura,

ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de

pedestres são itens importantes a serem pensados.

A reabilitação de um edifício exige que sejam analisados todos os seus componentes

desde a sua fundação até os seus acabamentos. Tendo isso como base, percebemos a

grande necessidade que as edificações possuem de melhoramento ou até mesmo

substituição das suas instalações de esgoto, grandes patologias são vistas, como por

exemplo mau cheiro proveniente dos dejetos das tubulações e quebra de materiais.

Mas para se realizar esse processo é necessário entender toda a sequencia de

projeto e construção desses edifícios. Assim, a proposta não é só um projeto de reparação

da rede de esgoto predial, mas sim uma comparação normativa entre o que foi realizado e o

que é restaurado, dessa forma, analisamos todo o processo de melhora da normas

brasileiras.

A ideia principal do trabalho é exatamente essa comparação, tendo como plano de

fundo a requalificação de um edifício, conseguindo, dessa forma, verificar as melhorias

normativas a partir da realização de dois projetos, o original, ou seja, sem a intervenção da

rearquitetura e com o projeto de instalações hidro sanitárias de esgoto realizado a partir de

normas vigentes da época, o outro já é o projeto com a proposta de modificação e com o

projeto de instalações determinado a partir das normas atuais.

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Figura 03 – Comparativo de Normas

Sendo assim, entende-se que essa comparação entre normas obsoletas x atuais é

extremamente importante para a verificação de melhorias de execução dos projetos, além

das mesmas acompanhar o desenvolvimento dos materiais, ou seja, essa comparação seria

algo análogo a uma linha evolutiva, que vemos como possibilidade de geração de diretrizes

para trabalhos futuros. Isso tudo sem esquecer que o projeto de reabilitação de esgoto em

um edifício onde se instalou a prática da rearquitetura compõe parte desse esqueleto de

reconstrução do antigo centro urbano a partir de cada edificação que o integra. Assim, essa

região deve ser encarada como um reflexo da cidade que ela pertence, abrigando diversas

classes sociais, valorizando a identidade da população através da cultura preservando os

seus edifícios históricos.

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2 OBJETIVOS

O objetivo principal dessa pesquisa é apresentar parâmetros para a elaboração do

projeto de Sistemas Prediais de Esgoto para edificações onde a prática da rearquitetura é

aplicável. Além disso, analisou-se o desenvolvimento da norma de instalações prediais de

esgoto. Assim, consegue-se verificar o crescimento normativo através da execução de

projetos.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Histórico da cidade de Goiânia e sua concepção urbanística

As mudanças na região central do Brasil, no início do século XX, são importantes e

são exemplos de como essa expansão foi pensada para atender aos interesses da capital e

do Estado no processo de anexação do sertão (SOARES, 2006). A concepção de Goiânia,

ocorrida nesse contexto de mudanças (sociais, políticas e econômicas) vivenciadas no país

a partir da década de 1930, foi utilizada para caracterizar a ruptura do processo político de

oligarquias levando a população a entender que o país necessitava de modernidade

(GUIMARÃES, 1999).

A construção de Goiânia veio em um cenário brasileiro de urbanização crescente e

intensas movimentações políticas como a Revolução Paulista em 1924 e a Revolta Dezoito

Forte em 1922 (Vieira, 2011). Em 1930, com o Golpe de Estado, ocorreu uma transformação

política no Estado de Goiás onde a prioridade era o seu desenvolvimento. A mudança da

capital (antes na cidade de Goiás) se enquadrava no conceito de “revolução” dos anos 1930

onde, segundo Vieira “seria implantada uma capital moderna em pleno sertão do Brasil

Central” (Vieira, 2011). Com esse ideal se constrói Goiânia, o que simbolizava o rompimento

dos ideais passados dando início a um novo progresso (Mota, 2004).

O conceito de desenvolvimento estava tão consolidado que o interventor contratou

Attílio Corrêa Lima para a realização dos projetos dos principais edifícios da cidade,

representando a modernidade proposta pelas movimentações políticas citadas

anteriormente e objetivando que a nova capital de Goiás virasse um símbolo de crescimento

mostrando que a economia goiana poderia andar com as “próprias pernas” , rompendo,

segundo Rocha “com o um marasmo rural” (ROCHA, 2012).

Sua proposta foi de um plano composto por duas tendências (ARRAIS, 2010), uma de

valorizar a região do centro da cidade e a outra a adaptação das vias na região leste

valorizando a estética da topografia, que era relativamente plana. Sempre valorizando o

paisagismo, a natureza presente nas cidades, Attlílio estabeleceu um sistema articulado de

áreas verdes (MOTA, 2004) além de criar perspectivas elevando e dando referência aos

principais edifícios públicos através da topografia.

A Figura 04 apresenta a distribuição das ruas e a Avenida Goiás em 1942. Percebe-

se já uma cidade bastante diferente.

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Figura 04 - Avenida Goiás em 1942

Fonte: O Popular (2002).

Cabe salientar que o imaginário de cidade planejada se restringiu aos anos 30 e 40,

em 1950 Goiânia já sofria da grande movimentação da urbanização. Muitos migrantes

saíram em busca de melhores condições de vida no interior do país, o que teve um grande

impulso pela construção de Brasília em 1956, de grande importância no desenvolvimento da

capital goiana. A lógica agora não era de ocupação de áreas da cidade por interesses só

políticos, os interesses agora eram muito mais econômicos (MERCATOR, 2007). Com o

crescimento da cidade veio automaticamente o aumento de edificações que se

concentravam, em sua grande maioria, nas regiões central e oeste da cidade.

No contexto nacional a década de 1950 foi marcada pelo grande interesse do Estado

nas indústrias, principalmente multinacionais, com previsões esperançosas para acelerar

o crescimento econômico através da indústria. O Plano de Metas, criado no governo JK,

visava desenvolver a indústria de base, construir estradas e hidrelétricas, ampliar a extração

de petróleo e entre outras iniciativas fazer do Brasil um país desenvolvido e industrializado

(MOSAICO, 2009). Diante disso, o fluxo migratório para as áreas interioranas do país

acelerou fazendo com que a cidade de Goiânia tivesse um grande salto no crescimento

populacional. A Figura 05 mostra Goiânia em 1952 em vasto desenvolvimento.

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Figura 05 – Goiânia em 1952

Fonte: Skyscrapercity (2013)

Devido a este fato muitos dos edifícios construídos na capital seguiram a estética

modernista. Eram poucos os edifícios com essa estática, mas já eram significativos e

atribuíam certo destaque a cidade. “Esses edifícios passam a fazer parte da imagem da

cidade, materializando uma figura de modernidade que será almejada e reproduzida com

restrições pela classe média”. (COELHO &ZÁRATE, 2006).

A década de 1960 já não registrava grandes correntes migratórias , sobretudo aqueles

vindos de outros Estados em direção à nova capital. A partir dos anos 70, a migração

assumiu caráter dentro da região centro oeste e não mais de outros estados, mas Goiânia

continuou atraindo contingentes expressivos de migrantes, assim como estimulou também a

migração para o seu entorno.

No fim dos anos 70 ocorreu a verticalização do Setor Oeste e do Centro da cidade,

assim as residências começam a dar espaços a edifícios sofisticados. Já no início dos anos

80 foi construído um shopping center na região sudeste o que já induziu a pequenos passos

o desenvolvimento do bairro onde ele localizava (Jardim Goiás), que hoje está entre os

bairros nobres da cidade. Com a inauguração desse centro de compras e a implantação da

lei de uso de solo de 1975, de autoria de Jaime Lerner, o que levou a Avenida Anhanguera

se transformar em eixo de serviço criando comércio a sua volta e corredor de fluxo na

direção Leste-Oeste, logo depois veio a transformação da Avenida Goiás em eixo

complementar de integração de transporte no sentido norte-sul. Essa mudança significou a

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substituição do comércio mais sofisticado pelo popular (de rua), a transformação dos

canteiros da avenida em um vasto calçadão. A figura especial de Goiânia, definida por suas

referências urbanísticas iniciais (Arte Decó), sofreu rápida alteração que conforme afirmou a

Revista Mosaico “espelhando-se em São Paulo que, por sua vez, repetia a congestão de

Manhattan” (MOSAICO, 2009). A Figura 06 retrata bem essa verticalização do centro da

cidade.

Figura 06 – Goiânia em 1972

Fonte: Skyscrapercity (2013).

Com o crescimento da cidade de Goiânia, o expansão de suas fronteiras e o

surgimento dos novos “sub-centros” financiados pelo advento do automóvel que possibilitou

o aumento das distâncias percorridas, as necessidades da população se alteraram e ao

mesmo tempo em que a forma de uso, os costumes e apropriação dos equipamentos

urbanos se transformaram, já que a “sociedade é dinâmica, sofre modificações, mutações, é

um órgão vivo” (Mota, 2004). Para acompanhar essas transformações de necessidades, de

hábitos, as regiões devem ir se renovando, se modernizando.

O Setor Bueno conseguiu grandes passos nesse processo, onde a Avenida T-63 esse

torna eixo de comércio e serviços, já com o crescimento no número de salas comerciais a

partir do plano de 1979. Suas ruas estreitas e seus lotes, pensados para a ocupação de

habitações unifamiliares, foram transformados, agora deveriam abrigar uma região de

comércios (Mota, 2004). Casas foram demolidas para dar lugar a edifícios habitacionais. Se

a elite se deslocou em direção às regiões sul, sudoeste e oeste da cidade, o centro urbano

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fez-se o mesmo. Os edifícios foram ganhando tempo e perdendo valor no mercado

sucateando o centro da cidade.

O processo degradação da região central é uma etapa natural dentro da evolução

urbana como afirma Barrientos (2003), citando que “a evolução histórica das cidades

mundiais apresenta certos aspectos semelhantes, onde centros urbanos mais jovens

começam a passar pelas mesmas dificuldades enfrentadas pelas grandes metrópoles

mundiais a alguns anos atrás” (NETO, 2006).

A mobilização social em busca de edificações mais modernas e que atendam as

novas exigências de mercado teve como consequência a grande quantidade de imóveis

vagos e degradados na região do centro da cidade iniciando o processo de decadência

dessa região. As razões da perda de competitividade imobiliária do centro são inúmeras, a

começar pela dificuldade de acesso a estacionamentos de veículos, deficiência de

segurança, deterioração ambiental e paisagística, a grande quantidade de pessoas de baixo

poder aquisitivo que frequentava o setor, por consequência, o deslocamento do comércio e

serviços sofisticados para os locais de moradia de classes altas.

A capital de Goiás chega ao século XXI com aproximadamente 400 bairros,

distribuídos em área de 277,05 km² (MOSAICO, 2009). Mesmo com sua pouca idade,

Goiânia já está saturada de vazios.

Como o edifício estudado nesse trabalho é do tipo comercial, o tipo de intervenção

proposta surge como uma alternativa para acelerar o processo de reabilitação da própria

região, provocando movimentação de pessoas e serviços.

3.2 A prática da Rearquitetura

Cidades do mundo inteiro têm despertado para a nova ideia do desenvolvimento

sustentável, onde as regiões se estreitaram, ou seja, a concentração de investimentos e

esforços para a ocupação dos vazios, a reutilização do que já está instalado, a

requalificação e conceitos atuais nos espaços antigos.

Reciclagem, requalificação, rearquitetura são expressões que apontam para um fim: a

continuação de uma estrutura arquitetônica em desuso funcional e construtivo, mantendo a

essência dessa estrutura e recuperando seu estado ou estimação anterior (CAMPOLINA,

2005).

Em geral, práticas de revitalização são adotadas em lugares onde há certo

funcionamento de serviços, comércio e circulação de pessoas. Como a sociedade é

dinâmica e o mercado segue o seu fluxo, os antigos centros comerciais perderam seu valor

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de centro urbano o que levou a certo abandono de investimentos nesses locais. Isso, sem

dúvida, leva a problemas sociais e de infra estrutura na região transformando esses lugares

em regiões de risco. Não resta dúvida que essas regiões revitalizadas trarão a circulação de

pessoas e serviços novamente ao centro (CARRILHO, 2000).

Há inúmeros edifícios no Brasil onde a prática da rearquitetura é aplicável, um

exemplo recente é na cidade de Porto Alegre onde edificações do seu centro histórico

passaram por restauração que buscava não somente um regate cultural, mas também

econômico e social, exemplo retratado da Figura 07. Outro exemplo de intervenção,

ilustrado na Figura 08, mais simples, ocorreu na região da Vila Nova de Gaia, onde a

retirada de um elemento (a escada) busca a melhoria do desempenho da edificação

levando-o a ser mais acessível.

Figura 07 – Edifício em Porto Alegre restaurado

Fonte: Correio do Povo (2012)

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Figura 08 – Antes e depois da intervenção da Rearquietura em Vila Nova de Gaia

Fonte: Abrantes (2013).

Revitalizar busca a distância de práticas tradicionais e o crescimento econômico,

social e cultural das regiões (BOTELHO, 2005), além de oferecer competitividade ao

mercado, uma vez que propõe novas ideias de intervenção. (BOTELHO, 2005). Essa

prática, de forma alguma, pode ser enrijecida ela vem de práticas estratégicas de

planejamento e gestão de todo o processo de concepção urbanística.

Nesse contexto, o estudo de rearquitetura de um edifício não deve encarar a

intervenção como algo pontual ligado apenas ao imóvel, esse enfoque arquitetônico deve

analisar o entorno e criar uma interação entre ele e o edifício, dentro da sua nova função

(BRANDÃO, 2003).

É importante entender que a revitalização de áreas centrais depende da renovação de

uma nova imagem urbana (CARRILHO, 2007), de má fama e decadência. Se, por um lado,

é vital a construção da confiança da população acerca da tranquilidade do lugar, o que é

dependente de ações integradas, contínuas e constantes, monitoradas pelo poder público.

Pelo outro, essas estratégias também dependem da revitalização, dinâmica e de forte apelo,

constituindo-se em “diferencial” da região, contribuindo ativa e intensamente na construção

da nova imagem e de uma nova experiência, atraindo novos usuários.

O conceito de rearquitetura não é só transformar o “velho” em novo, é trazer

novamente para a sociedade aquela edificação desaparecida, sem valor (cultural, social e

econômico) e modificar, assim, o todo a sua volta. Edificações reabilitadas estruturam toda a

região em que estão contidas e trazem consigo movimentação financeira o que acarreta

circulação de pessoas e um novo olhar sobre determinada região, onde antes era

abandonada.

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3.3 As instalações prediais de esgoto sanitário

Sistemas prediais podem ser definidos como sistemas físicos integrados a um edifício,

que têm por finalidade dar suporte às atividades dos usuários, suprindo-os com os insumos

prediais necessários e propiciando os serviços requeridos (TÉCHNE, 2004). As instalações

de esgoto estão diretamente relacionadas com os sistemas de vedação da edificação. Os

sistemas prediais hidro sanitários são montados por meio de tubos que dão suporte à

passagem das instalações. Hoje, os tipos de tubulação mais utilizados nesse sistema são o

tubo rígido e conexões de PVC, entretanto, nas edificações mais antigas todas as

instalações eram feitas por meio de tubos de ferro galvanizado.

Condições sanitárias sempre foi uma premissa de desempenho de qualquer edificação.

No século passado foram criados os primeiros sistemas de coleta de águas servidas, bem

rudimentares, constituídos de um único tubo de queda que recebia todos os dejetos, sem

nenhum tipo de cuidado com o retorno de odores para o interior das edificações

(GONÇALVES, 1993). Com a aparição dos problemas, os sistemas prediais foram

evoluindo, tanto nos materiais quanto no projeto de execução.

De acordo com a NBR 8160 Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário (ABNT, 1999), a

norma vigente, verifica-se a infinidade de materiais e elementos que compõe as instalações

de forma a melhorar o seu atendimento ao usuário. A mesma ainda prepondera que a rede

de esgoto seja projetada onde se evite a contaminação de água, permita o rápido

escoamento dos despejos e que impeça que os gases provenientes do interior do sistema

atinjam as áreas de utilização. Assim fica claro que os projetos devem ter como

preocupação maior a qualidade da instalação e o desempenho da mesma.

O cenário hoje da cidade de Goiânia e do Brasil é uma grande quantidade de

edificações mais antigas e com problemas na área de instalações, muitas delas ocorridas

pois o projeto não contemplava a norma vigente da época. Segundo dados do SINDUSCON

– SP (2013) 75% das patologias da construção são em decorrência de problemas

relacionados com instalações prediais de água e esgoto. A Figura 09 confirma esse dado

onde a área de hidráulica é a campeã em reclamações de usuários, por essa razão é de

suma importância à análise dessas instalações quando se trata de requalificação de uma

edificação.

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24

Figura 09 – Gráfico de Estatística de Reclamações de Usuários de Edifícios no Brasil

Fonte: Direcional Condomínios (2013).

Tendo em vista esses resultados, entendemos que as instalações prediais engloba

uma grande porção no que se refere a busca de melhorias o que é a proposta da

intervenção rearquitetônica.

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4 METODOLOGIA

4.1 Método de Abordagem

4.1.1. Revisão Bibliográfica

A revisão foi realizada dentro das normas vigentes, das normas antigas (que

já estão obsoletas) de Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário, das técnicas

construtivas, onde se analisou a forma de execução, além de todo histórico

arquitetônico da cidade, casos da prática da rearquitetura principalmente os que

envolviam instalações prediais.

4.1.2. Escolha das edificações

A escolha dos edifícios é de extrema importância, dessa forma requer um

período de análise onde os itens que foram observados para a escolha são: a idade

da edificação, outros itens a serem observados é afuncionalidade da edificação, o

seu estado atual, a existência de documentação e o acesso à edificação.

4.1.3. Confronto de NBR’s

Como se trata de uma edificação em seu estado antigo e reabilitado os

mesmos devem atender as normas atuais vigentes, foi feita uma comparação dessas

normas (as da época de construção e as de hoje em dia) para que se possa partir

para a execução do projeto.

4.1.4 Elaboração do projeto de sistemas prediais de esgoto predial

Nessa etapa é realizada a elaboração do projeto executivo, todos os dados

ditos anteriormente foram reunidos para a elaboração do projeto. Produzimos 2

(dois) projetos, o primeiro com base na norma vigente da época, já o segundo será

realizado conforme as normas atuais.

4.1.5. Propor diretrizes para novos trabalhos

Com o projeto finalizado, foram propostas diretrizes para generalizar as

observações atingidas com esse trabalho.

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A seguir segue um fluxograma de sequencia das atividades realizadas para o

andamento do trabalho.

Figura 10 – Fluxograma de Execução do Trabalho

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27

5 ESTUDO DE CASO

5.1 A escolha da edificação

A escolha da edificação a ser estudada teve como ponto forte a disponibilidade de

material para a análise e desenvolvimento do projeto hidro sanitário de esgoto, dessa forma

a aquisição do projeto de arquitetura do edifício na sua forma original foi de suma

importância para a decisão.

Outro fator relevante é o fato da edificação se enquadrar bem na proposta de

intervenção da rearquitetura, o edifício se encontra hoje abandonado e é localizado na

região central de Goiânia, ou seja, a edificação compõe o cenário urbano da região central

abandonada. Com todas essas informações a escolha do edifício localizado entre a Rua 02

e a Avenida Goiás foi inevitável. Hoje esse edifício pertence ao patrimônio da união e está

em completo desuso.

Como o ano de construção do edifício é de 1967 foi necessária a aquisição da NB – 19

Instalações Prediais de Esgoto Sanitários (1950) que era a norma vigente na época da

construção do edifício. Com essa norma em mãos e o projeto de arquitetura passa-se para a

etapa de execução de projeto.

5.2 Caracterização do Edifício Antigo

O projeto datado de 1967 consiste em um edifício comercial de 11 (onze) pavimentos,

seu pé direito é de 3,00 metros, sendo 01 (um) subsolo. Ele é localizado entre a Rua 02 e a

Avenida Goiás no centro de Goiânia. A Figura 11 representa a sua forma original .

Figura 11 – Representação do Edifício Antigo

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

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As Figuras 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, e 19 representam respectivamente as plantas

baixas dos pavimentos subsolo, térreo, sobreloja, 2º andar, 3º andar, 4º andar, 5º ao 11º

andar (tipo) e cobertura

Figura 12 – Planta Baixa - Subsolo

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

Figura 13 – Planta Baixa – Térreo

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

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Figura 14 – Planta Baixa – Sobreloja

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

Figura 15 – Planta Baixa – 2º Andar

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

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30

Figura 16 – Planta Baixa – 3º Andar

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

Figura 17 – Planta Baixa – 4º Andar

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

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Figura 18 – Planta Baixa – 5º ao 11º Andar (Tipo)

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

Figura 19 – Planta Baixa – Cobertura

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

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Analisando as plantas de arquitetura podemos notar que no projeto há problemas de

requadração dos pilares e que não há shafts1 ou aberturas na laje para a passagem de

tubulação. Outro item a ser observado é de lajes rebaixadas para a ventilação dos

banheiros, conforme representado no corte na Figura 20. Essas lajes eram perfuradas em

cada pavimento para a passagem das prumadas, essas eram embutidas na alvenaria do

ambiente. Hoje essa técnica já está obsoleta devido a diversas patologias que ela pode

causar, como por exemplo infiltração, e também devido a estudo de melhorias de execuções

de projetos.

Figura 20 – Laje rebaixada

Fonte: Consenso – Consultoria de Engenharia Serviços e Obras (2002).

5.3 Projeto de Sistema Predial de Esgoto – Edificação Antiga

Trata-se de um projeto de esgoto sanitário predial projetado segundo a norma NB – 19

– Instalações Prediais de Esgoto Sanitário (ABNT, 1950).

1 Espaço de construção vertical por onde passam as instalações hidráulicas e sanitárias do banheiro (

EQUIPE DE OBRA,

2010).

Alvenaria

Abertura para ventilação

ALVENARIA

REBAIXO DA LAJE

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Os ramais de esgoto devem ser executados com tubos de ferro fundido, aço

galvanizado, cobre, latão, chumbo, cerâmica vidrada, cimento – amianto e concreto onde as

bitolas estão especificadas no projeto. Lembrando que os tubos de aço galvanizado não

podem ser empregados em canalizações que conduzam efluentes de bacias sanitária ou

mictórios; os de chumbo em canalizações que conduzam efluentes de bacias sanitárias; os

de cerâmica vidrada ou concreto, em canalizações aparentes ou embutidas; e os de cimento

– amianto em canalizações sujeitas a choques ou perfurações.

As caixas sifonadas devem ser feitas de cerâmica vidrada, cimento – amianto, ferro

fundido, ferro maleável, chumbo, cobre, bronze ou latão e ser dotadas de bujão para

limpeza e ter:

Fecho hídrico com altura não inferior a 50 mm;

Orifício de saída com diâmetro igual ao do ramal de esgoto correspondente;

Grelha de ferro fundido, cobre, bronze, latão ou material igualmente resistente.

As declividades adotadas no projeto para os ramais de esgoto são as mesmas

recomendadas pela NB – 19 onde:

2% para diâmetros de até 100 mm;

1,20% para diâmetros de 125 mm;

0,70% para diâmetros de 150 mm.

Todos os ramais de esgoto foram calculados segundo a Tabela 1 da NB – 19 (ABNT,

1950), onde os valores estão indicados na Tabela 1, lembrando que a mesma norma exige o

diâmetro mínimo de 100 mm para as canalizações que recebem despejos de bacias

sanitárias.

Tabela 1 – Diâmetros Adotados

As plantas estão nos anexos 1 a 5.

Elemento UHC DN (mm)

01 Bacia Sanitária 6 100

01 Lavatório (de uso geral) 2 40

01 Mictório (com válvula) 4 50

01 Ralo 3 40

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5.4 Caracterização do Edifício Com a Prática da Rearquitetura Implantada

O projeto de rearquitetura compõe o trabalho de conclusão de curso do graduando em

arquitetura e Urbanismo Paulo Augusto Perini no ano de 2013, ou seja é totalmente de sua

autoria. A proposta é a mesclagem do uso habitacional com serviços e comércios (PERINI,

2013), formando o conceito de mixed-use2.

A sua implantação consiste em uma edificação de 11 pavimentos que são compostos

por 01 (um) subsolo, térreo, mezanino, 2º andar, 3º andar e pavimentos tipo par e ímpar. A

Figura 21 representa a perspectiva do novo edifício.

Figura 21 – Perspectiva da Edificação após a Intervenção da Rearquitetura

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

2 Empreendimentos que combinam espaços residenciais, comerciais e de serviços levando a uma maior

comodidade ao morador.

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O edifício contará com espaços para livraria, cafeteria, salão de beleza e academia.

Esses ambientes junto com os escritórios e os flats promovem uma maior sinergia no local

de inserção, uma vez que o seu uso é realizado em diferentes horas do dia (PERINI, 2013).

As Figuras 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, e 29 representam respectivamente as plantas

baixas dos pavimentos subsolo, térreo, mezanino, 2º andar, 3º andar, pavimento tipo par e

pavimento tipo ímpar.

Figura 22 – Subsolo

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

Figura 23 – Térreo

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

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Figura 24 – Mezanino

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

Figura 25 – 2º Andar

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

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Figura 26 – 3º Andar

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

Figura 27 – Pavimento Tipo Par

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

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Figura 28 – Pavimento Tipo Ímpar

Fonte: Paulo Gustavo Perini (2013).

Observando as plantas é notória a diferença entre as plantas antiga x nova. Para a

realização do projeto hidro sanitário de esgoto a presença de paredes em drywall3 facilitando

o acesso à manutenção da tubulação. Isso é uma excelente melhoria, uma vez que para

uma possível manutenção futura não haverá danos na alvenaria além do reparo ser feito

mais rápido sem transtornos ao usuário.

3 Sistema construtivo constituído por uma estrutura metálica revestida com uma ou mais chapas de gesso arcatonado, parafusadas de amos os

lados ( EQUIPE DE OBRA, 2010).

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5.5 Projeto de Sistema Predial de Esgoto – Edificação Adaptada

Trata-se de projeto um Sistema de Esgotos Sanitários. A instalação predial de

esgotos sanitários foi projetada segundo a norma: NBR 8160/99 – Sistemas Prediais de

Esgoto Sanitário – Projeto e execução, a norma vigente atualmente.

Os ramais do esgoto deverão ser executados com tubos e conexões de PVC rígido

para instalações prediais de esgoto sanitário onde as bitolas de cada uma estão

especificadas no projeto. as caixas sifonadas ou desconectores, serão em PVC rígido, com

sifão interno, dotadas de grelha, com diâmetro de entrada de 40 mm e diâmetro de saída de

50 mm. As caixas de inspeção deverão estar com tampa de concreto à vista e serão

construídas em alvenaria de tijolos maciços, com acabamento interno revestido com

argamassa.

Os materiais em PVC utilizados no projeto de sistemas de esgoto predial estão de

acordo com a norma: NBR 5688/10 - Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e

ventilação - Tubos e conexões de PVC, tipo DN – Requisitos.

As declividades adotadas no projeto para os ramais de esgoto e descarga são as

mesmas recomendadas pela NBR 8160 (ABNT, 1999) onde:

2% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou inferior a 75 mm;

1% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou superior a 100 mm.

Todos os ramais de descarga foram calculados segundo a Tabela 5 da NBR 8160

(ABNT, 1999), onde os valores estão indicados na Tabela 2

Tabela 2 – Diâmetros Adotados

Os tubos de queda foram calculados segundo a Tabela 6 da NBR 8160 (ABNT,

1999), onde os cálculos estão representados a seguir:

ΣUHC (banheiro) = 9 x 11 pavimentos = 99

Elemento UHC DN (mm)

01 Bacia Sanitária 6 100

01 Lavatório (de residência) 1 40

01 Pia de cozinha residencial 3 50

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Dessa forma, a partir da Tabela 6 da NBR 8160 (ABNT, 1999), representada na

Figura 27, concluímos que DN (tubo de queda banheiros) = 100 mm.

ΣUHC (cozinha) = 4 x 11 pavimentos = 44

Dessa forma, a partir da Tabela 6 da NBR 8160 (ABNT, 1999), representada na

Figura 29, concluímos que DN (tubo de queda cozinha) = 75 mm.

Figura 29 – Dimensionamento dos Tubos de Queda

Fonte: ABNT NBR 8160 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e

execução (Rio de Janeiro, 1999).

Os ramais de ventilação dos banheiros foram calculados segundo a Tabela 8 da

NBR 8160 (ABNT, 1999), representada na Figura 30, assim concluímos que DN (ramais de

ventilação) = 50 mm.

Legenda

Cozinha

Banheiro

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Figura 30 – Dimensionamento dos Ramais de ventilação

Fonte: ABNT NBR 8160 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e execução (Rio de

Janeiro, 1999).

As colunas de ventilação foram calculadas segunda a Tabela 2 da NBR 8160 (ABNT,

1999).

O comprimento L foi calculado da seguinte maneira:

L = (3,00 x 11)+ 0,3 = 33,30 m

Logo, consultando a Tabela 2 da NBR 8160 (ABNT, 1999) concluímos que DN (coluna

de ventilação) = 75 mm.

O dimensionamento da caixa de gordura foi realizado segundo o item 5.1.5.1 da NBR

8160 (ABNT, 1999).

Como serão atendidas no total 32 cozinhas é prevista caixa de gordura especial.

Esta é prismática de base retangular, com as seguintes características (ABNT, 1999):

Distância mínima entre o septo e a saída de 0,20 m;

Altura molhada de 0,60 m;

Parte suspensa do septo de 0,40 m;

Diâmetro mínimo da tubulação de saída de 100 mm.

O volume da câmara de retenção de gordura também é calculado segundo equação

fornecida pela NBR 8160 (ABNT, 1999):

V = 2N + 20

Onde, N é o número de pessoas servidas pelas cozinhas. Assim o volume da

caixa de gordura resultou em:

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Volume = 276 L

Assim, a caixa de gordura deverá ser construída em alvenaria (moldada in loco)

como indica a Figura 31.

Figura 31 – Caixa de Gordura

.

Fonte: Copasa (2010).

As plantas estão nos anexos 6 e 7.

5.6 Divergências entre as NBR’s

No aspecto geral as normas são parecidas, a diferença a ser considerada como maior

é no campo dos materiais, uma vez que o desenvolvimento da tecnologia nesse campo

cresceu bastante.

A primeira divergência a se notar é no campo das declividades a se adotar, segundo a

NB – 19 (ABNT, 1950) para ramais de descarga fixa-se a declividade mínima de 2% e nos

ramais de esgoto 2% para diâmetros de até 100 mm, 1,20% para diâmetros de 125 mm e

0,70% para diâmetros de 150 mm. Já na NBR 8160 (ABNT, 1999) a recomendação é tanto

para ramais de descarga quanto para os de esgoto, onde as declividades mínimas são de

2% para tubulações com diâmetro nominal ou inferior a 75 mm e de 1% para tubulações de

diâmetro nominal igual ou superior a 100 mm. A Tabela 3 representa o comparativo dessas

diferenças.

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Tabela 3 – Comparativo Declividades

NB - 19 (ABNT, 1950) NBR 8160 (ABNT, 1999)

Ramais de Esgoto

*2% para diâmetros de até 100 mm *1,20% para diâmetros de 125 mm *0,70% para diâmetros de 150 mm

*2% para tubulações com diâmetro nominal ou inferior a 75 mm

*1% para tubulações de diâmetro nominal igual ou superior a 100 mm Ramais

de Descarga

2%

Outra diferença notável é com relação ao dimensionamento da caixa de gordura, a

NB – 19 (ABNT, 1950) recomenda a instalação em edificações onde haja considerável

produção de despejos gordurosos, mas mão faz nenhuma referência a dimensionamento. Já

a NBR 8160 (ABNT, 1999) faz a mesma recomendação, mas exige certas características

como dispositivos de entrada e saída para que o efluente escoa naturalmente, altura entre a

entrada e a saída suficiente para reter a gordura, vedação adequada além de fornecer a

equação para o cálculo do volume. A Tabela 4 representa o comparativo dessas diferenças.

Tabela 4 – Comparativo Caixas de Gordura

NB - 19 (ABNT, 1950) NBR 8160 (ABNT, 1999)

Dimensionamento do volume

Não fornece equação para o cálculo Calculado pela equação V = 2N + 20

Recomendações Instalação em edificações onde haja considerável produção de despejos gordurosos

*Dispositivos de entrada e saída para que o efluente escoa naturalmente; *Altura entre a entrada e a saída suficiente para reter a gordura; *Vedação adequada.

Com relação as caixas de inspeção a grande diferença está nos materiais, hoje

grande parte delas são em PVC como na Figura 32, já a NB – 19 (ABNT, 1950)

recomendava que as mesmas deveriam ser feita em concreto, alvenaria ou cimento

amianto.

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Figura 32 – Caixa de Inspeção (PVC)

Fonte: Tigre (2013).

Outra diferença notável é com relação à distância máxima entre o desconector ao

tubo ventilador. Na verdade, a NB – 19 (ABNT, 1950) ainda considera 30 mm como

diâmetro do ramal de descarga, o que a NBR 8160 (ABNT, 1999) já não considera (o

diâmetro mínimo é de 40 mm).

Dentro do dimensionamento da contribuição dos aparelhos sanitários existem

diferenças a serem consideradas tanto no número de unidades Hunter de contribuição

quanto nos diâmetros. A Tabela 5 indica essas diferenças

Tabela 5 – Comparativo UHC e diâmetros nominais

NB - 19 (ABNT, 1950) NBR 8160 (ABNT, 1999)

Aparelho Número de unidades de descarga

Diâmetro mínimo do ramal de descarga (mm)

Aparelho Número de unidades de descarga

Diâmetro mínimo do ramal de descarga (mm)

Banheira Não indica Não indica Banheira 2 40

Bidê 2 30 Bidê 1 40

Bebedouro 0,5 25 Bebedouro 0,5 40

Lavatório de residência

1 30 Lavatório de residência

1 40

Mictório com válvula de descarga

4 50 Mictório com válvula de descarga

6 75

Pia de cozinha residencial

3 40 Pia de cozinha residencial

3 50

Tanque 2 30 Tanque 3 40

Máquina de Lavar Roupas

Não indica Não indica Máquina de Lavar Roupas

3 50

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Com dito inicialmente o grande passo de uma norma para outra com certeza foi na

questão dos materiais a NBR 8160 (ABNT, 1999) não faz uma exigência a respeito das

tubulações em PVC, mas as indicações de diâmetros, conexões, caixas (de gordura ou

inspeção) são de acordo com o que o mercado oferece em PVC. Isso acontece porque é um

material mais leve, de melhor trababilidade e de mais fácil manutenção.

Hoje no mercado há uma infinidade de produtos que permite ao projetista uma

liberdade no momento da elaboração do projeto. A Figura 33 mostra alguns tipos de

conexões que estão presentes no catálogo de um fabricante.

Figura 33 – Tubos e Conexões

Fonte: Tigre (2013)

5.7 Análise de melhorias através da nova NBR

Através dos projetos realizados e das análises comparativas a respeito das normas

percebe-se um desenvolvimento no método de realização de projetos. Enquanto que em

1967 o projeto não trás tubulações visitáveis, já em 2013 ocorre o contrário. Essa, com

certeza, é uma das grandes melhorias que a NBR 8160 (ABNT, 1999) passou a exigir e vem

de encontro com todos os conceitos de qualidade, limpeza e organização bastante atuais.

Outro grande passo mostrado anteriormente é a questão dos materiais. Hoje é muito

mais simples a montagem de todo o sistema hidráulico predial. Os fabricantes fornecem

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todo tipo de produto, a Figura 34 mostra uma válvula de retenção de esgoto que evita o

refluxo dos dejetos de esgotos. Outro produto que permite essa facilidade de manutenção

são as luvas de correr como indicado na Figura 35. Toda essa variedade de produtos

mostra que a norma veio a ficar mais exigente e que, como consequência, os fabricantes

aderiram a essas recomendações.

Figura 34 – Válvula de Retenção de Esgoto

Fonte: Tigre (2013)

Figura 35 – Antes e Depois da colocação da Luva de Correr

Fonte: Tigre (2013)

Comparando agora o desenvolvimento da norma com relação às declividades dos

ramais de esgoto e descarga, verifica-se que ocorreu uma padronização de declividades,

enquanto que na NB – 19 (ABNT, 1950) há uma distinção entre as declividades dos ramais

de esgoto com os de descarga, na NBR 8160 (ABNT, 1999) as declividades são

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padronizadas equivalendo para os dois tipos de ramais, isso facilita no canteiro de obras, no

momento da execução, quanto mais padronizado são os valores (seja de diâmetro ou

declividade) há uma menor chance de erros.

Observando o item caixa de gordura também podemos verificar melhorias. A NB – 19

(ABNT, 1950) não possui recomendações específicas nesse item e a NBR 8160 (ABNT,

1999) fornece diversas determinações, seja com relação ao volume, as dimensões ou ao

material, o que restringe mais a ocorrência de patologias nessas caixas. Essas

recomendações são bastante importantes, uma vez que fez novamente os fabricantes

pensarem a respeito de produtos que venham a atender essas exigências como indica a

Figura 36 onde já se oferece caixas de gordura feitas em PVC.

Figura 36 – Caixa de Gordura em PVC

Fonte: Tigre (2013)

Por fim, outra análise a ser feita é com relação aos diâmetros exigidos nas normas a

NB – 19 (ABNT, 1950) possui uma grande variedade de diâmetros, o que pode ser um

problema dentro do que já foi levantado sobre padronização em função da tentativa de

eliminar erros. NBR 8160 (ABNT, 1999) já é mais restrita nessa variedade, o que se avalia

como um ponto positivo, pois facilita a fabricação do material, a sua estocagem (vários

diâmetros podem misturar na estocagem e dificultar o acesso ao produto dentro do canteiro

de obra) e a própria execução, uma vez que há menos variedades de tamanhos o que

acarreta a uma menor possibilidade de erro na colocação de uma tubulação de diâmetro

incorreto.

O que vemos a respeito das duas normas em seu aspecto geral é que a NBR 8160

(ABNT, 1999) é bem mais completa nos requisitos (diâmetros e medidas) e também na

representação dos exemplos, é bastante a quantidade de figuras, cortes, detalhes que

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48

completam o texto, ou seja, o enriquece. Outro aspecto muito importante que consta nessa

norma é a parte de procedimentos para a garantia da qualidade que é o grande objetivo de

toda norma. A NB – 19 (ABNT, 1950) já é mais resumida e com bem menos detalhes, além

de não fazer menção a aspectos da qualidade de processos.

É notório o grande desenvolvimento normativo na parte de instalações prediais hidro

sanitárias de esgoto de 1950 a 2013 e analisamos que esse grande passo é devido a maior

exigência no quesito qualidade e desempenho da edificação, ou seja, uma maior

preocupação com o usuário o que eleva a capacidade das normas brasileiras.

5.8 Rearquitetura pensada na ótica do projeto de esgoto sanitário

Para a realização do projeto de rearquitetura o autor pensou em melhorias que

poderiam ser feitas para uma melhor passagem e distribuição das tubulações levando um

maior conforto ao usuário.

O projeto foi pensado onde as passagens de tubulações seriam feitas nas paredes de

divisa com os corredores, assim se caso seja necessário fazer uma manutenção o morador

não sofre maiores transtornos. Essa tubulação embutida na parede não leva a problemas de

visitação pois, como dito anteriormente, a mesma é feita em drywall4 , com montagem

flexível, esse sistema de vedação é adaptável a diversos projetos arquitetônicos, sem a

necessidade de modulação horizontal e vertical. No caso de futura alteração de layout, a

remoção dos painéis é mais fácil e rápida do que o sistema convencional de vedação, a

alvenaria. Por ser oca e estruturada em perfis metálicos, permite que as instalações prediais

sejam embutidas sem quebras e com maior produtividade, visto que as tubulações são

colocadas antes de o painel ser fixado. A Figura 37 mostra esse sistema.

4 Sistema construtivo constituído por uma estrutura metálica revestida com uma ou mais chapas de gesso arcatonado, parafusadas de amos os

lados ( EQUIPE DE OBRA, 2010).

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49

Figura 37 – Vedações em Drywall

Fonte: Gesso Lito (2013).

A passagem horizontal da tubulação é feita por baixo da laje para que não ocorra

interferências na estrutura, assim o projeto de rearquitetura levou em consideração essa

altura do forro de forma a garantir uma altura no ambiente que seja agradável ao usuário.

Essas passagens feitas por baixo da laje facilitam, também, em futuras manutenções sem a

ocorrência de quebras e agilidade de execução. A Figura 38 demonstra como essa

tubulação é montada.

Figura 38 – Tubulações sob a laje

Fonte: Susuki (2013)

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50

Verifica-se a necessidade de se pensar na forma em que as tubulações serão

alocadas e distribuídas na edificação como forma de melhoria de desempenho, assim, para

a arquitetura, é inevitável não pensar nas redes de esgoto, pois as mesmas são ligadas aos

sistemas que serão utilizados pelo projeto de arquitetura, seja nas vedações, acabamentos

ou na estrutura.

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51

6 CONCLUSÕES

Diante de tudo que foi exposto no trabalho, fica claro que as instalações de esgoto são

componentes fundamentais no desempenho de uma edificação, assim em um projeto de

rearquitetura é praticamente inviável não pensar na reabilitação de sua rede de esgoto. De

uma maneira geral, percebe-se grandes dificuldades na execução desse projeto, pensar na

melhor forma de executar a manutenção, escolher os melhores materiais utilizados, realizar

um traçado favorecendo ao máximo o sentido de escoamento e sem dizer na união do

partido arquitetônico com todos esses itens citados.

Outro item de dificuldade na realização do projeto é devido ao fato do edifício ser um

mixuse5, dessa forma os shafts

6 tiveram a sua quantidade reduzida, já que o pavimento não

era só composto por apartamentos, mas também escritórios, o que nos levou a pensar em

uma melhor forma de passagem na horizontal dessa rede para a descida das tubulações e

um melhor lugar de descida, uma vez que nos shafts já não era mais viável. A partir dessas

constatações, teve-se que pensar sistemas construtivos alternativos que atendessem esses

requisitos. A planta de rearquitetura nos permitiu o aproveitamento de prumadas entre

banheiros e cozinhas, uma vez que os mesmos estavam muito próximos, o que pode-se

reduzir os custos com materiais e execução de mão de obra.

É inevitável pensar que o contexto urbano de hoje em dia ainda não favorece esse

tipo de ideia que o trabalho propõe. Reabilitar edificações antigas ainda não é interessante

no mercado imobiliário, que prefere expandir as áreas de construções sempre criando novos

centros urbanos. Essa talvez seja a maior dificuldade que a prática proposta possui,

incorporadoras e construtoras não se sentem a vontade a voltar para essas áreas ditas

abandonadas.

Entende-se que a melhor forma de fazer o mercado olhar para essas regiões é ligar

os edifícios a infra estrutura urbana, ou seja, não reabilitar apenas as edificações, mas

também as ruas, praças e calçadas da localidade. É proporcionar mobilidades aos usuários,

uma rede de transporte coletivo com qualidade, isso traz de volta a população ao centro.

5

Empreendimentos que combinam espaços residenciais, comerciais e de serviços levando a uma maior comodidade ao morador.

6 Espaço de construção vertical por onde passam as instalações hidráulicas e sanitárias do banheiro (

EQUIPE DE OBRA,

2010).

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52

A importância desse trabalho está justamente nessa busca de recuperação de

alguns lugares da cidade, levando a melhorias sociais, culturais e econômicas. Há uma

gama de projetos que podem ser feitos nesse sentido, não apenas em rede de esgotos, mas

também nas instalações elétricas (que também são vistas como item de grande deterioração

em edificações antigas), nos revestimentos, nas esquadrias, na fachada, todos esses itens

podem ser frutos de análise de melhorias.

Há campo para trabalho não só nos edifícios, mas também na infra estrutura da

região, como dito anteriormente, pode ser feito um projeto de melhorias na área de

transportes urbanos, na área de mobilidade (esta que, no geral, encontra-se bastante

danificada), na área de saneamento, sem falar nas intervenções arquitetônica, como por

exemplo paisagismo, que podem ser realizadas.

De acordo com o objetivo do trabalho chega-se a conclusão que a união das

intervenções arquitetônicas com o exercício de projetos de sistemas prediais de esgoto

sanitário por parte da engenharia é extremamente enriquecedora, uma vez que não se

prende somente prática de construção desvinculada a soluções de arquitetura. Pensa-se em

recursos que atendam as necessidades do usuário. Isso faz com que haja um pensamento

mais amplo com relação ao desenvolvimento de projetos aplicado a qualquer tipo de

construção.

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53

7 REFERÊNCIAS

MONTEIRO, R,H. e ROCHA, C. (orgs). Anais do V Seminário Nacional de Pesquisa em Arte

e Cultura Visual. Goiânia – GO: UFG, FAV, 2012.

MOTA, Juliana Costa. Planos diretores de Goiânia, década de 60: a inserção dos arquitetos

Luís Saia e Jorge Wilheim no campo do planejamento urbano. 218f. Dissertação (Mestrado)

Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2004.

FROTA, J, A, D’ALÓ. Re-Arquiteturas o passado no presente: um caminho para

preservação e contemporaneidade. 21 f. Projeto de Pesquisa – Faculdade de Arquitetura,

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.

GUTIÉRREZ, Ramón. Buenos Aires. Historia urbana. Bogotá, Escala, 1992.

MOURA, D. A Revitalização Urbana. 34f. São Paulo, out/2005.

YOLLE Neto, J. e FRANCO L. S. Diretrizes para o estudo de viabilidade da reabilitação de

edifícios antigos na região central de São Paulo visando a produção de HIS. São Paulo,

2006.

GONÇALVES, Alexandre Ribeiro. Goiânia: uma modernidade possível. Brasília: Ministério

da Integração Nacional/Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2002.

PALAS, S. I. J. Redes Prediais – Patologias e reabilitação de redes de abastecimento de

água e de drenagem de águas residuais domésticas. PORTO, 2013.

PERINI, P. G. Corredor – Retorno ao centro. GOIÂNIA, 2013.

ARAÚJO, V. G. O processo de reabilitação de edifícios abandonados em Vitória – ES:

acertos e entraves. BELO HORIZONTE, 2012.

OLIVEIRA, A. M. V. e PEIXOTO, E. R. Estudo de Bairros: entre a arquitetura e a história.

GOIÂNIA, 2009.

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54

REABILITAÇÃO de edifícios: a importância dos sistemas prediais. Disponível

em:< http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/156/artigo167740-2.asp>. Acesso

em: 22 abril. 2013.

RETROFIT - Reabilitação de edifícios antigos é a saída contra a desvalorização dos imóveis

e a escassez de moradias nas cidades. Disponível

em:< http://www.direcionalcondominios.com.br/manutencao-predial/retrofit-reabilitacao-de-

edificios-antigos-e-a-saida-contra-a-desvalorizacao-dos-imoveis-e-a-escassez-de-moradias-

nas-cidades>. Acesso em: 26 abril. 2013.

As mudanças necessárias nas relações entre projeto e instalação dos sistemas prediais e a

construção do edifício – tecnologia de sistemas. Disponível

em:< http://www.sindusconsp.com.br/downloads/eventos/2011/sistemas_prediais170611/07.

pdf >. Acesso em: 22 abril. 2013

RECICLAR PVC Flexível e Rígido. Disponível

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MARTINS, M. S.; HERNANDES, A. T.; AMORIM, S. V. Ferramentas para melhoria do

processo de execução dos sistemas hidráulicos prediais. 2003. In: III Simpósio

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São Carlos.

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2004, São Paulo.

SANGOI, O. Qualidade dos Sistemas Hidráulicos Prediais. 2007, São Paulo.

AGUIAR, J. Guião de Apoio à Reabilitação de Edifícios Habitacionais. 7ª Edição.

Laboratório Nacional de Engenharia Civil e Direcção-Geral de Ordenamento do Território,

2005, Lisboa.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 19: Instalações Prediais de

Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1950.

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55

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: Sistemas Prediais de

Esgoto Sanitário – Projeto e execução. Rio de Janeiro, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5688: Tubos e conexões de

PVC-U para sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação – Requisitos.

Rio de Janeiro, 2010.

Gesso Lito. Disponível em: <http://www.gessostilo.com/geral/index.php?cod=dr>. Acesso em

06/12/2013.

Goiânia Br. Disponível em: <http://www.goianiabr.com.br/>. Acesso em 11/05/2013.

O Popular. Disponível em: <http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/casa-

hist%C3%B3rica-demolida-no-centro-de-goi%C3%A2nia-1.348466>. Acesso em

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Direcional Condomínios. Disponível em: <http://www.direcionalcondominios.com.br/ >.

Acesso em 07/10/2013.

Copasa. Disponível em: < wwww.copasa.com.br >. Acesso em 07/10/2013.

Tigre. Disponível em: < www.tigre.com.br >. Acesso em 07/10/2013.

Suzuki. Disponível em: <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula%2014/aula14.htm >.

Acesso em 06/12/2013.

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56

ANEXOS

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PLANTA BAIXA TÉRREO

A

A B

B

C

C

PLANTA BAIXA - T£RREO

ĆREA : 293.50 m2

ĆREA DO TERRENO

ĆREA EXISTENTE CONSTRUĉDAINDICADA

ĆREA ATUAL CONSTRUĉDA293.50 m2

3388.00 m2

ĆREA DO PAVIMENTO

3388.00 m2

NÁ DE PAVIMENTOS

SUBSOLO/T£RREO/SOBRELOJA/2Á PAV./09 PAV. TIPOS

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

DN

1

00

DN

5

0

D

N

5

0

DN 40

D

N

4

0

DN 40

D

N

4

0

D

N

1

0

0

DN

1

00

D

N

1

0

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

DN

5

0

DN

7

5

D

N

7

5

D

N

7

5

DN 100

DN 75

DN 50

DN

1

00

DN

4

0

ES01

Ï100

OBS: Projeto baseado na NB - 19. RIO DE JANEIRO, 1950.

CV01

Ï100

D

N

7

5

D

N

7

5

D

N

7

5

D

N

7

5

DN

7

5

DN

1

00

Sem Escala

Sem Escala

ANEXO 01

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

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A B

B

A

B

D

D

C

C

PLANTA BAIXA - 3Á PAV.

ĆREA: 230.00 m2

DN

4

0

D

N

5

0

DN

4

0

D

N

5

0

DN 50

DN

4

0

DN 100DN 100

D

N

5

0

D

N

5

0

D

N

4

0

DN 50

DN 50

DN 100

ES01

Ï100

CV01

Ï75

PLANTA BAIXA 3º PAVIMENTO

ĆREA DO TERRENO

ĆREA EXISTENTE CONSTRUĉDAINDICADA

ĆREA ATUAL CONSTRUĉDA293.50 m2

3388.00 m2

ĆREA DO PAVIMENTO

3388.00 m2

NÁ DE PAVIMENTOS

SUBSOLO/T£RREO/SOBRELOJA/2Á PAV./09 PAV. TIPOS

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

OBS: Projeto baseado na NB - 19. RIO DE JANEIRO, 1950.

Sem Escala

ANEXO 02

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ...‡ÕES...ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de pedestres são itens importantes a

A

A B

B

D

D

C

C

PLANTA BAIXA - 4Á PAV.

ĆREA: 230.00 m2

DN 40

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

D

N

4

0

DN 100

DN 100

DN

4

0

DN 100

DN

4

0

DN 50

DN 40

D

N

5

0

DN 50

DN 50

D

N

4

0

DN 50

DN

5

0

DN

5

0

DN 50

DN 50

D

N

5

0

DN

4

0

DN

4

0

ES01

Ï100

CV02

Ï75

CV01

Ï75

PLANTA BAIXA 4º PAVIMENTO

ĆREA DO TERRENO

ĆREA EXISTENTE CONSTRUĉDAINDICADA

ĆREA ATUAL CONSTRUĉDA

293.50 m23388.00 m2

ĆREA DO PAVIMENTO

3388.00 m2

NÁ DE PAVIMENTOS

SUBSOLO/T£RREO/SOBRELOJA/2Á PAV./09 PAV. TIPOS

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

Sem Escala

OBS: Projeto baseado na NB - 19. RIO DE JANEIRO, 1950.

ANEXO 03

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ...‡ÕES...ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de pedestres são itens importantes a

A

A B

B

C

C

PLANTA BAIXA - 5Á PAV.

ĆREA: 230.00 m2

CV01

Ï75

ES01

Ï100

DN 100mm

CV02

Ï75

ES02

Ï100

DN 100DN 100

D

N

4

0

DN

4

0

DN 50

D

N

5

0

DN 50

DN 50

DN 100DN 100

DN 50

D

N

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

DN 50

DN 50

D

N

5

0

PLANTA BAIXA 5º PAVIMENTO (TIPO)

ĆREA DO TERRENO

ĆREA EXISTENTE CONSTRUĉDA

ĆREA ATUAL CONSTRUĉDA

293.50 m2

ĆREA DO PAVIMENTO

3388.00 m2

NÁ DE PAVIMENTOS

SUBSOLO/T£RREO/SOBRELOJA/2Á PAV./09 PAV. TIPOS

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

Sem Escala

OBS: Projeto baseado na NB - 19. RIO DE JANEIRO, 1950.

ANEXO 04

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ...‡ÕES...ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de pedestres são itens importantes a

C

C

A

A B

B

D

D

PLANTA BAIXA - 6Á PAV.

ĆREA: 230.00 m2

ES03

Ï100

CV03

Ï75

D

N

4

0

DN 40

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

DN

5

0

D

N

4

0

DN 40

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

DN

5

0

PLANTA BAIXA 6º PAVIMENTO (TIPO)

ĆREA DO TERRENO

ĆREA EXISTENTE CONSTRUĉDAINDICADA

ĆREA ATUAL CONSTRUĉDA293.50 m2

3388.00 m2

ĆREA DO PAVIMENTO

3388.00 m2

NÁ DE PAVIMENTOS

SUBSOLO/T£RREO/SOBRELOJA/2Á PAV./09 PAV. TIPOS

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

Sem Escala

OBS: Projeto baseado na NB - 19. RIO DE JANEIRO, 1950.

ANEXO 05

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ...‡ÕES...ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de pedestres são itens importantes a

A

A B

B

D

D

C

C

PLANTA BAIXA - 11Á PAV.

ĆREA: 230.00 m2

D

N

4

0

D

N

1

0

0

DN 50 DN 50

D

N

4

0

D

N

1

0

0

DN 50

ES01

Ï100

CV01

Ï75

D

N

1

0

0

PLANTA BAIXA 11º PAVIMENTO

ĆREA DO TERRENO

ĆREA EXISTENTE CONSTRUĉDAINDICADA

ĆREA ATUAL CONSTRUĉDA

293.50 m23388.00 m2

ĆREA DO PAVIMENTO

3388.00 m2

NÁ DE PAVIMENTOS

SUBSOLO/T£RREO/SOBRELOJA/2Á PAV./09 PAV. TIPOS

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

Sem Escala

OBS: Projeto baseado na NB - 19. RIO DE JANEIRO, 1950.

ANEXO 06

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ...‡ÕES...ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de pedestres são itens importantes a

PAV TIPO ĉMPAR

ES01

Ï75

ES02

Ï100

ES03

Ï100

ES04

Ï75

CV01

Ï75

VER DET. 01

ES05

Ï100

CV02

Ï75

ES06

Ï75

ES07

Ï100

CV03

Ï75

VER DET. 01

OBS: Projeto baseado na NBR 8160. RIO DE JANEIRO, 1999.

Sem Escala

PLANTA BAIXA PAVIMENTO TIPO ÍMPAR

ĆREA DO TERRENO

293.50 m2

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

DET.

01

DN

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN 40

DN

4

0

D

N

4

0

DN 40

D

N

4

0

D

N

4

0

DN 50 DN 50

DN

5

0

D

N

5

0

DN 50

DN 50

DN 50

DN 50

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0

D

N

1

0

0

DN

1

00

D

N

1

0

0

DN

1

00

DN

1

00

DN 100

D

N

1

0

0

DN

1

00

D

N

1

0

0

DN 100

DN 100

D

N

1

0

0

ANEXO

07

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ...‡ÕES...ideias como a construção de ciclovias, novas vias de transporte público e calçadões de pedestres são itens importantes a

PAV TIPO ĉMPAR

ES01

Ï75

ES02

Ï100

ES03

Ï100

ES04

Ï75

CV01

Ï75

VER DET. 01

ES05

Ï100

CV02

Ï75

ES06

Ï75

ES07

Ï100

CV03

Ï75

VER DET. 01

OBS: Projeto baseado na NBR 8160. RIO DE JANEIRO, 1999.

Sem Escala

PLANTA BAIXA PAVIMENTO TIPO ÍMPAR

ĆREA DO TERRENO

293.50 m2

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

DET.

01

DN

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN 40

DN

4

0

D

N

4

0

DN 40

D

N

4

0

D

N

4

0

DN 50 DN 50

DN

5

0

D

N

5

0

DN 50

DN 50

DN 50

DN 50

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0

DN

5

0D

N 5

0

D

N

1

0

0

DN

1

00

D

N

1

0

0

DN

1

00

DN

1

00

DN 100

D

N

1

0

0

DN

1

00

D

N

1

0

0

DN 100

DN 100

D

N

1

0

0

PAV TIPO PAR

PLANTA BAIXA PAVIMENTO TIPO PAR

ĆREA DO TERRENO

293.50 m2

DEZEMBRO/2013

PROJETO DE ESGOTO

Sem Escala

OBS: Projeto baseado na NBR 8160. RIO DE JANEIRO, 1999.

Sem Escala

DET.

02

ES01

Ï75

ES02

Ï100

CV01

Ï75

VER DET. 02

DN

5

0

DN

5

0

DN 50

DN 50

DN 50

DN 100

DN 100

D

N

1

0

0

D

N

1

0

0

DN

4

0

D

N

4

0

DN 40

D

N

4

0

ANEXO

07

ANEXO

08

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESKC

RIA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

KCRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CR

IA

DO

P

OR

U

M P

RO

DU

TO

E

DU

CA

CIO

NA

L D

A A

UT

OD

ES

K