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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS VEGETAIS CURSO DE AGRONOMIA ANA VERÔNICA MENEZES DE AGUIAR ENXERTIA DO MARACUJAZEIRO-AMARELO SOBRE QUATRO PORTA- ENXERTOS DE Passiflora spp. MOSSORÓ 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS VEGETAIS

CURSO DE AGRONOMIA

ANA VERÔNICA MENEZES DE AGUIAR

ENXERTIA DO MARACUJAZEIRO-AMARELO SOBRE QUATRO PORTA-

ENXERTOS DE Passiflora spp.

MOSSORÓ

2011

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ANA VERÔNICA MENEZES DE AGUIAR

ENXERTIA DO MARACUJAZEIRO-AMARELO SOBRE QUATRO PORTA-

ENXERTOS DE Passiflora spp.

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Departamento de Ciências Vegetais para a obtenção do título de Engenheira Agrônoma. Orientador: Prof. Dr. Sc. Eudes de Almeida Cardoso Co-orientador: Engº Agrº Roseano Medeiros da Silva

MOSSORÓ

2011

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Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA

A282e Aguiar, Ana Verônica Menezes de. Enxertia do maracujazeiro-amarelo sobre quatro porta-

enxertos de Passiflora spp. / Ana Verônica Menezes de Aguiar. -- Mossoró, 2011.

49f.

Monografia (Graduação em Agronomia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Orientador: Prof° Dr. Sc. Eudes de Almeida Cardoso. Co-orientador: Engº Agrº Roseano Medeiros da Silva.

1. Espécies de maracujá. 2. Propagação 3. Enxertia.

I.Título.

CDD: 634.425 Bibliotecária: Marilene S. de Araújo

CRB/5 1013

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ANA VERÔNICA MENEZES DE AGUIAR

ENXERTIA DO MARACUJAZEIRO-AMARELO SOBRE QUATRO PORTA-

ENXERTOS DE Passiflora spp.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Vegetais para a obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

APROVADA EM:_____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________ Profº. Dr. Sc. Eudes de Almeida Cardoso - UFERSA

Presidente

_____________________________________________________________ Dr. Sc. Jean de Oliveira Souza – Pesq. CNPq/FAPERN

Primeiro Membro

_____________________________________________________________ Eng° Agr° Roseano Medeiros da Silva – Mestrando em Fitotecnia/UFERSA

Segundo Membro

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À Deus por me conduzir e amparar pelos caminhos da vida.

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

À Deus, pela saúde e força para enfrentar cada dia;

À Universidade Federal Rural do Semi-Árido e aos professores pelos ensinamentos transmitidos;

Ao Professor Eudes de Almeida Cardoso, pela orientação e apoio na realização deste trabalho e amizade conquistada;

Ao Dr. Sc. Jean de Oliveira Souza pela contribuição no enriquecimento deste trabalho;

Ao Eng° Agrônomo Roseano Medeiros da Silva pela contribuição para realização e enriquecimento neste trabalho;

À Fundação de Apoio a Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN), pelo auxilio financeiro para a realização deste trabalho e ao Centro Nacional de Pesquisa Mandioca e Fruticultura (CNPMF) da EMBRAPA, Cruz das Almas – Bahia, pelo envio das sementes das espécies utilizadas neste trabalho.

Aos meus pais José Medeiros de Aguiar Júnior e Eliane Menezes de Aguiar e ao meu irmão Breno Medeiros pelo apoio e incentivo;

Aos meus avós Carlos Oliveira Menezes e Edila Lima do Nascimento Menezes, José Medeiros de Aguiar (in memorian) e Maria Salete da Câmara Aguiar pelo carinho;

Ao meu namorado Roseano Medeiros, pelo amor incondicional, amizade, companheirismo, incentivo e paciência;

As minhas amigas e amigos companheiros de estudo, especialmente Hortência Pires, Nadjamara Bandeira, Izabel Neta, Juliana Ribeiro, Mairla Germana, Sara Raquel, e ao pequeno Vinicius Pires por nos ajudar tanto nos estudos. A mestranda Andrea Celina pelos momentos de descontração, durante os estudos.

As amigas que conquistei para toda a vida, especialmente Danielli Lopes e Adrielle Vié.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação pessoal e acadêmica.

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"Fruto dourado que encanta a população Que cura, alimenta, é produto de exportação

Que gera empregos, riqueza e renda É da agricultura uma nobre oferenda”

(Geovane Alves de Andrade).

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RESUMO

O maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) é uma cultura de grande importância econômica para o Brasil, mas a ocorrência de problemas fitossanitários tem contribuído, nos últimos anos, para a redução da vida útil dos novos plantios. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da combinação da enxertia convencional por garfagem fenda-cheia do maracujazeiro-amarelo sobre quatro porta-enxertos de Passiflora spp., visando à formação de mudas resistentes a patógenos de solo. O experimento foi instalado na casa de vegetação do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Foi utilizado o delineamento de blocos inteiramente casualizados, com quatro tratamentos, constituídos pelas enxertias do maracujazeiro amarelo sobre as espécies P. alata, P. giberti, P. suberosa e sobre ele mesmo e cinco repetições de 10 plantas por parcela. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias estimadas foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Os dados referentes à germinação foram transformados em arc.sen√X(%)/100, para fins de análise estatística. Aos 15 dias após a enxertia foi avaliada a taxa de pegamento e o número de brotações formadas por enxertos pegos, sendo considerados pegos aqueles que apresentavam pelo menos uma brotação formada no enxerto. As enxertias das espécies P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre P. giberti e P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre ela mesma apresentaram as melhores taxas de pegamento e a enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre P. alata apresentou a menor média para o número de brotações formadas por enxertos pegos. Nas condições em que foi conduzindo o experimento, verificou-se que a espécie P. giberti N.E. Brown se mostrou promissora como porta-enxerto para o maracujazeiro-amarelo na enxertia convencional por garfagem em fenda cheia.

Palavras-chave: Espécies de maracujá. Propagação. Enxertia.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Análise de variância para a média da porcentagem de pegamento da enxertia (PE) e média do número de brotações formadas por enxertos pegos (NB) na enxertia convencional do maracujazeiro amarelo sobre quatro porta-enxertos. Mossoró - RN, 2010........................ 36

Tabela 2 - Valores médios de porcentagem de pegamento das enxertais (PE) e número de brotações formadas por enxertos pegos (NB) na enxertia convencional do maracujazeiro amarelo sobre quatro porta-enxertos. Mossoró - RN, 2010..................................................... 38

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................... 12

2.1 ORIGEM E TAXONOMIA .......................................................................................... 12

2.2 DESCRIÇÃO MORFOFISIOLÓGICA ........................................................................ 12

2.2.1 Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.................................................................... 13

2.2.2 Passiflora alata Curtis............................................................................................... 14

2.2.3 Passiflora Giberti N.E. Brown................................................................................... 14

2.2.4 Passiflora suberosa L................................................................................................. 15

2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS............................................................................. 16

2.4 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS................................................................................ 17

2.4.1 Temperatura.............................................................................................................. 17

2.4.2 Precipitação................................................................................................................ 17

2.4.3 Luminosidade............................................................................................................. 18

2.4.4 Vento........................................................................................................................... 19

2.4.5 Altitude....................................................................................................................... 19

2.4.6 Umidade relativa....................................................................................................... 19

2.4.7 Solo.............................................................................................................................. 20

2.5 PRODUÇÃO DE MUDAS............................................................................................ 20

2.5.1 Sexuada........................................................................................................................ 20

2.5.2 Assexuada .................................................................................................................. 21

2.5.2.1 Estaquia.................................................................................................................... 22

2.5.2.2 Enxertia..................................................................................................................... 22

2.6 FATORES QUE AFETAM A PROPAGAÇÃO............................................................ 24

2.6.1 Fatores que afetam a propagação sexuada.............................................................. 24

2.6.2 Fatores que afetam a propagação assexuada por enxertia.................................... 26

2.7 FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DE MUDAS........................................... 28

2.7.1 Tipo de Substrato...................................................................................................... 28

2.7.2 Profundidade de semeadura..................................................................................... 29

2.7.3 Fitossanitários............................................................................................................ 29

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2.7.3.1 Pragas e Doenças ..................................................................................................... 29

3 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 32

3.1 LOCAL DO EXPERIMENTO....................................................................................... 32

3.2 ORIGEM E OBTENÇÃO DO MATERIAL PROPAGATIVO..................................... 32

3.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL......................................................................... 33

3.4 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS........................................................................... 34

3.4.1 Porcentagem (%) de pegamento.............................................................................. 34

3.4.2 Número de brotações formadas no enxerto aos 15 dias após a enxertia............. 34

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA............................................................................................. 34

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................... 36

5. CONCLUSÕES.............................................................................................................. 39

REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 40

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1 INTRODUÇÃO

A produção de maracujá vem ganhando grande importância no mundo, o Brasil é o

maior produtor e consumidor mundial da fruta. A produção em 2009 foi de 718.798

toneladas, onde cerca de 73,61% na região Nordeste com uma área colhida de 50.795

hectares, na qual 95% é cultivada com maracujá-amarelo (P. edulis Sims f. flavicarpa

Degener) e 5% é cultivada com maracujá-doce (P. alata Dryander). Os Estados maiores

produtores são Bahia, Ceará, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais (IBGE, 2009).

Apesar de o Brasil ser considerado o maior produtor mundial, não estar entre os

maiores exportadores, pois o seu consumo interno é maior que sua produção. O Equador

ocupa a posição de maior país exportador de maracujá (ITI TROPICALS, 2009).

A partir do ano de 1986 a cultura do maracujá adquiriu expressão econômica, quando

um aumento da área cultivada e da produção dos frutos levou a profissionalização da

atividade. Os frutos possuem sabor bastante forte e elevado teor de acidez, sendo interessantes

para o consumo in natura, como para o processamento industrial (RUGGIERO, 1998).

Segundo Junqueira et al. (1999), citado por Kudo (2004) existem vários fatores

limitantes para aumento da qualidade e produtividade dos pomares, sendo as principais:

cultivo de variedades ou linhagens inadequadas, mudas de baixa qualidade ou contaminada

por doenças, ausência de irrigação em regiões sujeitas a déficit hídrico, falta de um programa

adequado de adubação e correção e acidez potencial do solo, polinização manual, manejo de

pragas e doenças, propagação.

As doenças têm sido limitante para a cultura do maracujazeiro, reduzindo a vida útil

dos pomares e aumentando os custos de produção, devido à necessidade de aplicação de

medidas de controle (EL-MOOR, 2002).

Pires (2007), afirma que devido a esses fatores, torna-se necessário manter os

genótipos resistentes a doenças e de qualidade superior disponíveis para o cultivo através da

propagação assexuada. Por isso, a estaquia é uma técnica eficaz, ao lado da enxertia e da

cultura de tecidos para a manutenção das características agronômicas desejáveis.

A produção e a utilização de mudas de alta qualidade tornam-se uma estratégia para a

melhoria do pomar, tornando mais competitiva a produção e aumentar a exportação

(MINAMI, 1995).

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A propagação em escala comercial é realizada por via sexual, no entanto a propagação

por enxertia poderá ter grande importância para a cultura, na solução de problemas relativos a

pragas e doenças. Algumas espécies de passifloráceas nativas apresentam resistência a

doenças, mas a utilização destas como porta-enxertos oriundas de sementes tem sido

dificultada pela diferença de diâmetro entre o porta-enxerto e o enxerto, além de outras

características morfológicas e fenológicas (CHAVES et al. 2004). Silva et al. (2011),

trabalhando com germinação e crescimento inicial de mudas de cinco espécies de maracujá

visando obtenção de porta-enxerto, observaram que as espécies P. foetida, P. morifolia, P.

giberti e P. alata apresentaram o mesmo comportamento quanto ao diâmetro do caule,

podendo ser utilizadas como porta-enxertos para o maracujazeiro-amarelo.

No que diz respeito ao processo de enxertia para o maracujazeiro, Ruggiero (1991)

afirma que os tipos de enxertia mais usados são: fenda cheia e inglês simples, como

pegamento superior a 90%, em ambos os processos.

Na passicultura, a propagação assexuada já é utilizada na manutenção de materiais de

plantio com boas características agronômicas e vem favorecendo a multiplicação de plantas

produtivas e tolerantes a pragas e doenças (MELETTI, 2000).

Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da combinação da enxertia

convencional por garfagem fenda-cheia do maracujazeiro-amarelo sobre quatro porta-

enxertos de Passiflora spp., visando à formação de mudas resistentes a patógenos de solo.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ORIGEM E TAXONOMIA

O gênero Passiflora é originário da América do Sul, predominantemente no Centro-

oeste do Brasil (LEITÃO FILHO; ARANHA, 1974). O maracujá pertence à ordem

Passiflorales, tribo Passiflorae e família Passifloraceae, esta com 18 gêneros e 620 espécies

(LOPES, 1994).

Segundo Reitz (1980), no Brasil, são encontrados quatro gêneros da família

Passifloraceae: Dilkea (ocorrência no Amazonas e Pará), Mitostemma (presente no Mato

Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul), Passiflora (de ocorrência em todo o País) e

Tetrastylis (Estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

Dentre as principais espécies do gênero Passiflora temos 150 a 200 originárias do

Brasil, que podem ser utilizadas como alimentícias, medicinais e ornamentais, muitas das

quais com finalidade múltipla, no entanto, apenas 70 espécies possuem frutos comestíveis

(CUNHA et al. 2002).

De acordo com Oliveira (1996), o maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f.

flavicarpa) é a espécie mais cultivada no país. As espécies de maracujá são consideradas

perenes em sua grande maioria, existindo espécies anuais em pequeno número, como e o caso

de P. gracilis Jack (VANDERPLANK, 1996).

2.2 DESCRIÇÃO MORFOFISIOLOGICA

Segundo Martin; Nakasone (1970) as principais espécies do gênero são diplóides, com

2n=2x=18 cromossomos.

Para Vanderplank (1996) as raízes são do tipo axial e 73 a 85 % de todas as suas

ramificações estão concentradas entre 15 e 45 cm de profundidade, o caule é cilíndrico ou

angulado, raramente quadrangular, em geral estriado longitudinalmente.

As folhas são alternas, geralmente simples, inteiras ou lobadas, raramente compostas,

os pecíolos podem ou não apresentar glândulas nectaríferas que variam de tamanho, número e

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forma. Esta glândula ocorre na margem da bráctea ou na parte dorsal da folha, sendo uma

característica importante para a classificação taxonômica. As estípulas são variáveis quanto à

forma e bordo e também são úteis para classificar espécie (VANDERPLANK, 1996).

Esta cultura apresenta estruturas denominadas de gavinhas, que são modificações

foliares, utilizada para prender a planta a suportes, e que em algumas espécies, são ausentes.

Bruckner et al. (1995), constataram que as flores reúnem-se em inflorescências e são

hermafroditas, actinomorfas, geralmente isoladas ou aos pares nas axilas foliares. O pólen de

uma planta é incapaz de fertilizar suas próprias flores ou flores de plantas que possuem

constituição genética similar, apresentando auto-incompatibilidade, onde nesta espécie,

predomina a auto-incompatibilidade homomórfica do tipo esporofítica.

A polinização e fertilização, segundo Matsumoto; São José (1991), requerem a

presença de diferentes genótipos e de insetos polinizadores ou a polinização manual. Tanto o

pegamento do fruto quanto o seu tamanho são influenciados pela quantidade de pólen

depositado no estigma (KAMINE; GIROLAMI, 1959).

Vanderplank (1996) define o fruto como uma baga, pericarpo carnoso, indeiscente,

não dividido em lóculos e com muitas sementes. As sementes são compridas lateralmente,

com testa reticulada ou verrugosa, cobertas por arilo saciforme, suculento e colorido, de

origem funicular.

De acordo com Bruckner; Silva (2001), a frutificação ocorre nos ramos do ano, ou

seja, nas brotações emitidas na respectiva estação de crescimento. As flores brotam a partir

dos ramos novos e se abrem por volta do meio-dia, estando aptas a serem polinizadas no

período da tarde. Caso não haja polinização, as flores abertas murcham e caem. Ocorrendo a

polinização e, conseqüentemente a fecundação, a flor se fecha e tem início o desenvolvimento

do fruto (TEIXEIRA, 1994).

2.2.1 Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener.

Essa espécie caracteriza-se com uma trepadeira sublenhosa e de grande vigor

vegetativo, de caule cilíndrico ou ligeiramente anguloso quando jovem, essencialmente

glabra. As folhas são trilobadas, subcoriáceas, serreadas e lustrosas na face superior, com

pecíolo de até 4 cm de comprimento. As flores são axilares e solitárias, hermafroditas brancas

com franja rocha, com ate 7 cm de diâmetro, filamento da corona com 4 ou 5 séries. O fruto é

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uma baga globosa, parcialmente glabra, 5 a 7 cm de diâmetro, de cor amarelo-áurea, de

pericarpo pouco espesso, contendo numerosas sementes ovais, reticuladas pretas e polpa um

tanto ácida e aromática (TEIXIRA et al., 1994). Segundo alguns autores (KLEIN et al, 1984;

SILVA JR. et al. 1988) esta espécie apresenta resistência ao nematóide Meloidogyne

incógnita, bem como nas espécies P. caerulea, P cincinatti e P. macrocarpa. É a espécie

mais cultivada, também é conhecida como maracujá-amarelo ou maracujá-azedo

(RUGGIERO et al., 1996).

2.2.2 Passiflora alata Curtis

Essa espécie apresenta plantas totalmente glabras. Hastes finas, tetrangulares, angular

aladas. Pecíolos com 30 a 40 mm de comprimento, com um canal acima, com duas a quatro

glândulas orbiculares sésseis. Folhas ovais ou ovais-oblongas de 80 a 150 mm de largura,

acuminadas ou subcuneadas na base, inteiras ou levemente denticuladas, peninervadas,

membranosas. Pedúnculos de 15 a 25 mm de comprimento, levemente trigonais. Brácteas

situadas na base das folhes, ovais com cerca de 15 mm de comprimento por 10 mm de

largura, agudas serruladas. Flores com diâmetro de 100 a 120 mm, de coloração externa

branca e interna carmim. Frutos obovóides ou piriformes, amarelos, com 40 a 60 mm de

largura. Seus nomes vulgares no Brasil são: maracujá-doce, maracujá-guaçu e maracujá-

mamão (KILLIP, 1938). Esta espécie apresenta resistência a Fusarium oxysporum f.

passiflorae (YAMASHIRO; LANDGRAF, 1979). Para alguns autores, além de ser resistente

ao F. oxysporum, apresenta tolerância ao F. solani e Phytophtora sp. (MENEZES et al., 1994;

OLIVEIRA et al., 1994; PIO-RIBEIRO; MARIANO, 1997; SANTOS FILHO, 1998;

RONCATTO et al., 2004; FISHER et al., 2003).

2.2.3 Passiflora giberti N.E. Brown

Essa espécie no inicio do desenvolvimento apresenta caule fino, delicado e de cor

esverdeada, crescimento vegetativo rápido. Quando adulto apresenta-se vigoroso, as folhas

são tri-lobadas de verde intenso. O florescimento ocorre de outubro a abril e a antese ocorre

no período da tarde. Os frutos são de formato oval, de coloração amarelo-cenoura quando

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maduros, a casca é fina e envolve numerosas sementes, a polpa tem sabor agradável. Planta

muito produtiva, rústica e de fácil adaptação. É popularmente conhecido como maracujá-de-

veado ou maracujá-do-campo (MENEZES, 1990). Esta espécies apresenta resistência à

bactéria Xanthomonas campestris pv. passiflorae (KURODA,1981; BARBOSA, 1995) e a

morte precoce (MENEZES et al., 1994; OLIVEIRA et al., 1994; FISCHER, 2003; MELETTI;

BRUCKNER, 2001). Para alguns autores, o P. giberti, também apresenta resistência ao F.

oxysporum, e tolerância ao F. solani e Phytophtora sp. (MENEZES et al., 1994; OLIVEIRA

et al., 1994; PIO-RIBEIRO; MARIANO, 1997; SANTOS FILHO, 1998; RONCATTO et al.,

2004; FISHER et al., 2003).

2.2.4 Passiflora suberosa L.

Trepadeira com indumento dos ramos, gavinhas, estípulas, folhas, pedúnculos,

brácteas, pedicelos florais e hipantos e face abaxial das sépalas esparso a densamente

pubescente, tricomas simples e glandulares, patentes ou adpressos. Caule suberoso, estriado.

Folhas com pecíolo de 6 a 41 mm de comprimento, um par de glândulas no terço inferior;

lâminas não variegadas, membranáceas a cartáceas, inteiras ou levemente à profundamente

tri-lobadas com 42 a 126 mm comprimento e de 37 a 140 mm de largura, os lobos formam

ângulos de 51° a 129°, ápice agudo, base obtusa a auriculada, margem inteira, oceolos

ausentes. Inflorescências em mônades ou díades, pedunculadas, com brácteas linearsubuladas.

Flores verdes ou alvacentas; pediceladas; pétalas ausentes; corona bisseriada. Frutos bacóides

melanóides, indeiscentes, vinosos ou nigrescentes, globosos, glabros; sementes obovadas e

testa foveolada. Seus nomes vulgares no Brasil são: Maracujazinho e maracujá-miudinho

(MILWARD-DE-AZEVEDO; BAUMGRATZ, 2004). Purss (1958) verificou que algumas

espécies de Passiflora foram resistentes à fusariose, dentre elas o P. suberosa. No entanto

vários autores relatam que o P. suberosa é susceptível a F. solani e tolerante a Phytophtora

sp. (MENEZES et al., 1994; OLIVEIRA et al., 1994; PIO-RIBEIRO; MARIANO, 1997;

SANTOS FILHO, 1998; RONCATTO et al., 2004; FISHER et al., 2003). Oliveira et al.

(1994), relataram que o P. suberosa, apresenta resistência ao vírus do mosaico do maracujá-

roxo, além de ser uma espécie autocompatível, sendo essa característica importante para

aumentar a produtividade e reduzir custos com mão-de-obra para a polinização manual, bem

como para reduzir o impacto negativo provocado pelas abelhas-africanizadas.

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2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

O Brasil, como maior produtor mundial, juntamente com países como Peru,

Venezuela, África do Sul, Sri Lanka, Austrália, Nova Guiné, Ilhas Fiji, Havaí, Formosa,

Quênia são responsáveis por 80% a 90% da produção mundial (REITER; HEIDEN, 1998).

Dentre os estados brasileiros, o destaque é a Bahia, o principal produtor com 322.755 t

produzidas em 2009, em uma área de 23.227 ha, tendo um rendimento médio de 13,90 t/ha,

seguido por Espírito Santo, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo (IBGE, 2009). Pernambuco,

em 2009, com uma área de 1.501 hectares, teve uma produção de 15.284 t, apresentando um

rendimento médio de 10,18 t/ha, abaixo do rendimento médio nacional. São aproximadamente

36,5 mil ha plantados em todo o país (FNP, 2007).

O maracujá amarelo tem maior representatividade nacional, com algumas variedades

comerciais utilizadas para o plantio, como os híbridos intravarietais, o 'IAC-275' e 'IAC-277'

desenvolvidos pelo Instituto Agronômico-IAC, e três variedades lançadas pela Embrapa

Cerrados, denominadas “BRS Gigante Amarelo”, “BRS Ouro Vermelho” e “BRS Sol do

Cerrado”.

Nos últimos anos a produção nacional não foi suficiente para abastecer o consumo

interno, havendo necessidade de importação de polpa de outros países para abastecer a

indústria de sucos nacional (COSTA; COSTA, 2005; FERRAZ; LOT, 2007; NOGUEIRA et

al. 2007). Neste contexto, percebe-se um espaço para expansão da cultura no País, tanto em

função do déficit na produção quanto nas expectativas de aumento da demanda por frutas, em

função dos hábitos de vida mais saudáveis, que vêm despertando a atenção da população

mundial nos últimos anos. Porém, são necessários maiores investimentos em pesquisa a fim

de dar suporte técnico à atividade.

Nogueira et al. (2007), afirma que a produção, em geral, ocorre em pequenas

propriedades, a maioria no contexto de agricultura familiar, em área cultivada variando de 1 a

5 hectares. As necessidades de tratos culturais fazem com que a atividade seja exigente em

mão-de-obra, notadamente nas fases de plantio, florada (polinização) e colheita. Contudo,

ultimamente tem crescido o número de plantios em grande escala, sob irrigação por pivô

central, visando atender à demanda industrial.

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2.4 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS

2.4.1 Temperatura

Para produzir bem, o maracujazeiro necessita de temperaturas amenas ente 23° a 25°C,

sendo que, temperaturas inferiores a 12°C, por mais de 5 horas consecutivas, provocam a

queda de botões florais e de frutos jovens, alem de reduzir o tamanho destes (BRUCKNER,

1994). São José (1994) citou que comercialmente o maracujazeiro esta sendo cultivado, com

sucesso, em temperaturas entre 18°C e 35°C. Temperaturas baixas retardam o crescimento da

planta, reduzem a absorção de nutrientes e a produção. Além disso, o vingamento dos frutos e

afetado pelas temperaturas muito elevadas ou por temperaturas muito baixas (MANICA,

1991). Utsunomiya (1992) observou que em temperaturas intermediarias de 23°C a 28°C o

crescimento do fruto do maracujazeiro e mais acelerado.

2.4.2 Precipitação

A baixa disponibilidade de água induz a paralisação das atividades vegetativas e

quando a planta se encontra em frutificação, pode ocorrer queda elevada de frutos. O

maracujazeiro mantém um ritmo de desenvolvimento continuo deste modo, necessita de uma

distribuição constante de chuva. A demanda de água varia de 800 a 1750 mm, bem

distribuídos durante o ano. Para o seu bom desenvolvimento a cultura requer cerca de 60 a

120 mm de água mensal, que pode ser fornecida por meio de chuvas e/ou complementada por

meio de irrigação (SÃO JOSÉ et al. 1994). Apesar de a planta resistir relativamente bem às

secas, períodos secos prolongados prejudicam o desenvolvimento vegetativo, podendo

ocasionar, em casos mais intensos, a queda de folhas e a formação de frutos de menor peso e

tamanho. Por outro lado, chuvas intensas no período do florescimento são também

prejudiciais a produção, já que dificultam a polinização, em virtude do grão de pólen romper-

se em contato com a umidade, além de diminuir a atividade dos insetos polinizadores

(GOMES, 1973).

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No Brasil, nas regiões com precipitações de 1.000 a 1.200 mm anuais bem

distribuídos, os plantios são realizados sem o uso da irrigação. Para as regiões produtoras em

que as chuvas ocorrem em períodos definidos, apresentando escassez em alguns meses, a

exemplo do Norte de Minas Gerais e as regiões semi-áridas do Nordeste, o uso da irrigação e

imprescindível para garantir boa produção e qualidade dos frutos (SÃO JOSÉ et al. 1994).

Para obter boas safras são necessárias chuvas bem distribuídas ao longo do ano, pois períodos

secos prolongados prejudicam e atrasam a produção, enquanto chuvas fortes ou prolongadas

prejudicam o vingamento dos frutos e aumentam a incidência de doenças (BAUMGARTNER

et al. 1996).

2.4.3 Luminosidade

A luminosidade é fator importante no desenvolvimento do maracujazeiro, por meio

dela e que a planta realiza a fotossíntese, processo fundamental a sua nutrição e a todas as

suas atividades biológicas. Normalmente, o aumento de horas/luz provoca aumento na

atividade fotossintética, com acréscimo no vigor da planta, tamanho e qualidade do fruto

(BRUCKNER, 1994). A luminosidade inadequada afeta a formação de flores e frutos.

Regiões em que ocorre um comprimento do dia acima de 11 horas de luz apresentam as

melhores condições para o florescimento. Assim, a falta de florescimento das plantas nos

meses de inverno, quando os dias são mais curtos, e devido ao não atendimento a exigência da

cultura no que concerne ao numero de horas de luz (BRUCKNER, 1994).

As regiões semi-áridas brasileiras, com fotoperiodo acima de 11 horas diárias de luz,

associadas a altas temperaturas e elevada luminosidade durante todo o ano, permitem

florescimento e produção continua do maracujazeiro, durante todos os meses do ano, desde

que haja suprimento adequado de água (GOMES, 1973). Gamarra Rojas; Medina (1994)

observaram grande influencia da intensidade de luz no fenômeno fenológico da abertura de

flores do maracujazeiro amarelo. As flores normalmente abrem-se as 12:00h, imediatamente

apos a máxima incidência da radiação fotossinteticamente ativa (PAR) e se fechavam as

15:00h. Porém, quando havia menor luminosidade antecipavam o fechamento para as 14:30h.

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2.4.4 Vento

O vento e outro fator climático que pode limitar a produção do maracujazeiro, através

de danos diretos ou devido a ferimentos que facilitam a entrada de patogenos. Em regiões

com muita incidência de ventos e recomendada a utilização de dois fios de arame na espadeira

e, ainda, a implantação de quebra-vento (BAUMGARTNER et al., 1996).

A suscetibilidade do maracujazeiro a ventos fortes constitui fator importante para essa

cultura devido aos danos diretos que ocasionam as plantas, como também a necessidade de

adaptações dos sistemas de condução. Ventos fortes são responsáveis pelo tombamento de

plantas e ventos frios provocam queda de flores, frutos novos e paralisam o crescimento da

planta (BAUMGARTNER et al., 1996). Levando-se em consideração tal fator, a formação de

quebra-ventos e indispensável ao maracujazeiro em regiões sujeitas a ventos fortes. Ruggiero;

Oliveira (1998), recomendam que podem ser utilizados como quebra-vento o bambu, grevilea,

pinos, hibiscos, eucaliptos e espécies de capim.

2.4.5 Altitude

Regiões com altitude entre 100 a 1.000 m são as mais indicadas e cultivos em locais

de menor altitude tem o tempo de exploração menor do que naqueles de maior altitude em

plantas de maracujá (TEIXEIRA, 1994).

2.4.6 Umidade relativa

Segundo Brasil (1996), a umidade relativa tem influencia muito grande no

desenvolvimento vegetativo e no estado fitossanitário no maracujazeiro. Temperatura elevada,

associada a ventos constantes e baixa umidade relativa, causam dessecação dos tecidos pela

transpiração excessiva impedindo o desenvolvimento do maracujazeiro. Umidade relativa do

ar em torno de 60% e a mais favorável ao cultivo do maracujazeiro. Deste modo, locais com

umidade relativa do ar acima de 60%, quando associadas às chuvas, favorecem o

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aparecimento de doenças da parte aérea do maracujazeiro como verrugose, antracnose e

bacteriose.

2.4.7 Solo

Em relação ao solo, o maracujazeiro adapta-se bem aos diversos tipos de solos, porém

é necessário que o mesmo seja profundo e apresente, principalmente, boa drenagem. Essa

frutífera não suporta encharcamento, mesmo por curto período, pois pode favorecer a

ocorrência de fungos que atacam o sistema radicular da planta, especialmente a podridão do

pé, causada pelo fungo Phytophthora sp.. Em solos muitos argilosos, com drenagem

deficiente ou quando a cultura for irrigada, recomenda-se o plantio em camalhões

(BAUMGARTNER et al. 1996).

2.5 PRODUÇÃO DE MUDAS

2.5.1 Sexuada

Propagação sexuada é o processo onde ocorre a fusão dos gametas masculinos e

femininos para formar uma só célula, denominada zigoto, no interior do ovário, após a

polinização (FACHINELLO et al., 2005).

Segundo São José (1991), a multiplicação em escala comercial no Brasil é feita por

sementes. Muitos autores relatam que o poder germinativo das sementes de maracujá não é

superior a um ano, podendo o período de armazenagem influir diretamente sobre a capacidade

de emergencia e vigor das mesmas, bem como o ambiente de conservação também afetar o

poder germinativo das sementes.

Para Lima; Trindade (2004), na propagação por sementes, as plantas dos pomares

comerciais possuem elevada variabilidade e baixa uniformidade dos pomares.

As sementes utilizadas, geralmente são provenientes de plantios anteriores, contudo

com os novos híbridos disponíveis no mercado essa prática deve ser evitada. Quando as

sementes forem reaproveitadas de plantios anteriores, estas devem ser retiradas de plantas

vigorosas, produtivas, precoces, com flores com estigma/estilete totalmente curvos, resistentes

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a doenças e a pragas, produtoras de frutos grandes, maduros e com alto rendimento de suco

(LIMA, 2009).

Devido à viabilidade de a semente ser muito curta, o plantio deve ser feito após a

coleta dos frutos. Segundo Melleti et al. (2002), a semente recém colhida apresenta um tipo de

dormência temporária, que tem sido superada com o armazenamento, variando de região para

região, em geral possibilitando a obtenção de índices de germinação superiores a 95% , valor

que decresce, 8% ao mês com o prosseguimento do armazenamento. Contudo, dependendo

das condições climáticas a germinação ocorre de duas a quatro semanas após a semeadura

(SÃO JOSÉ, 1991).

A desuniformidade na germinação de sementes de passifloráceas leva a ampliação de

contratação de mão de obra nos viveiros pela necessidade de replantes periódicos,

reclassificação dos lotes e descarte de recipientes sem plântulas (MELETTI et al., 2000).

As mudas propagadas por sementes podem apresentar sintomas de doenças quando

ainda estão no viveiro ou estufa, ou quando implantadas no campo em período chuvoso, tendo

em vista a intensidade dos problemas fitossanitários (JUNQUEIRA et al., 2001).

O plantio das mudas no local definitivo deve ser feito quando as mesmas estiverem

com 15 a 25 cm de atura, podendo chegar a 30 cm, o que pode ocorrer entre 45 a 75 dias após

a semeadura. Nessa ocasião tem inicio a emissão das gavinhas (LIMA et al., 1994).

De acordo com Fonseca (2002), nos cultivos comercias com mudas obtidas por via

sexuada há grande variação na produtividade, forma, tamanho e coloração do fruto.

2.5.2 Assexuada

A propagação assexuada ou vegetativa ocorre por meio da regeneração de tecidos e

emissão de raízes adventícias, resultando em plantas sem raiz pivotante, observou Caproni

(2005).

A propagação vegetativa, pelos processos de estaquia ou enxertia, possibilita a

multiplicação de plantas matrizes selecionadas, mantendo suas características desejáveis,

como alta produtividade e uniformidade na obtenção de frutos com teores elevados de suco e

sólidos solúveis, além da obtenção de plantas mais resistentes à doenças (SALOMÃO et al.

2002).

2.5.2.1 Estaquia

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Segundo Lorenzi et al. (2006), estaquia é o processo de multiplicação de plantas

vegetativamente no qual se utiliza segmentos de caules, raízes, brotos apicais e folhas que

submetidos às condições favoráveis, desenvolvem enraizamento originando novas plantas. As

mudas propagadas por estaquia não originam raiz pivotante (PÁDUA, 1983).

Os métodos de estaquia são aplicados, geralmente, em espécies ou variedades que tem

aptidão pra emitir raízes adventícias, produção de porta-enxerto e perpetuação de novas

variedades oriundas do processo melhoramento genético (FACHINELLO et al. 1995).

De acordo com Paiva; Gomes (2005), diversos fatores podem afetar a capacidade de

enraizamento das estacas, podendo ser citadas a condição fisiológica e a idade da planta-

matriz, a época do ano em que se coleta as estacas, o tipo de estacas, além de condições

favoráveis de temperatura, umidade, luminosidade e substrato.

As estacas para obtenção das mudas de maracujazeiro amarelo devem ser retiradas da

parte intermediária dos ramos, contendo de dois a três entrenós. A parte basal deve ser

seccionada rente ao nó inferior e a terminal um pouco acima do nó superior (CHAPMAN,

1963; FOUQUÉ, 1972; TEIXEIRA et al., 1994). O corte em bisel propicia a formação de um

tecido cicatricial a partir da desdiferenciação das células parenquimáticas, o qual evolue para

calos com diferentes etapas de lignificação das suas células, diminuindo a desidratação na

área injuriada (FACHINELLO et al., 2005).

Mudas de maracujazeiro amarelo obtidas por estaquia têm sido mais precoces e mais

resistentes à antracnose, à bacteriose e cladosporiose, mesmo quando levadas para o campo,

em relação às mudas obtidas por sementes da mesma planta matriz, contudo tem como

desvantagem a possibilidade de transmitir bacteriose e virose, se a matriz ou o pomar em que

foi coletada estiver contaminado (JUNQUEIRA et al., 2001).

2.5.2.2 Enxertia

Lima; Cunha (2004) definem a enxertia como o processo que une duas plantas, uma

contribuindo com o sistema radicular, sendo denominada cavalo ou porta-enxerto, e outra

contribui com a parte aérea e conseqüentemente com a frutificação, denominada cavaleiro ou

enxerto.

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A enxertia ocorre quando um fragmento de uma planta se desenvolva por meio de uma

gema, sobre outra planta, que lhe sirva de suporte, retirando água e nutrientes do solo, para o

desenvolvimento do novo individuo. Isto ocorre devido à junção das partes envolvidas nesta

operação (LIMA, 2009). A base da enxertia é a união dos biontes (hipobionte e epibionte), a

qual ocorre pelo contato e entrelaçamento dos calos, produzidos pelo tecido cambial do porta-

enxerto e do enxerto, como resultado da reação ao corte dos tecidos (JANICK, 1968).

A formação de pomares com população de plantas homogêneas é garantida pela

enxertia, além de possibilitar a união de mais de um genótipo, combinando as características

desejáveis de ambos em uma planta composta (PIO et al. 2008).

O uso de porta-enxertos resistentes a doenças causadas por fungos de solo prolonga a

vida útil da planta, preservando as qualidades do material de plantio (LIMA; CUNHA, 2004).

Vários autores utilizaram espécies de passifloráceas nativas como porta-enxerto para o

maracujazeiro-amarelo, como por exemplo, Chaves et al. (2004) utilizaram estacas

herbáceas enraizadas e Nogueira Filho (2003) usou em enxertia hipocotilenonar.

A enxertia tem como vantagens: obtenção de plantas filhas iguais as planta-mãe,

controle de nematóides, resistência à seca, resistência a Phytophthora, resistência à morte

prematura das plantas, melhoria na qualidade dos frutos e aumento da longevidade da cultura

(MENEZES et al. 1994; RUGGIERO; OLIVEIRA, 1998)

Para PIO et al. (2008), a enxertia é uma das etapas mais críticas da produção de

mudas, pois, a eficiência depende da qualidade dos porta-enxertos e dos garfos ou borbulhas,

da habilidade do enxertador e das condições climáticas. A época de realização e os métodos

de enxertia encontram-se entre os fatores externos que afetam ou que podem afetar o

pegamento dos enxertos.

Corrêa (1978) recomenda a enxertia por garfagem em maracujá-amarelo é viável,

tanto para o tipo fenda cheia quanto para o inglês simples, apresentando taxa de pegamento de

até 90%. Nesse processo de enxertia consegue-se soldar um garfo (ramo destacado) sobre

outra planta (porta-enxeto) de maneira que permita o seu desenvolvimento.

No tipo de garfagem por fenda cheia, corta-se o porta enxerto de maneira bem lisa na

altura em que receberá o enxerto, fazendo em seguida uma fenda perpendicular com

profundidade de 2 a 3 centímetros, onde será introduzido o garfo em forma de cunha. Os

cortes devem ser bem lisos para que as camadas fiquem em contato integral. O enxerto e o

porta-enxerto devem ter, preferencialmente, o mesmo diâmetro.

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Na fenda simples ou inglês simples, o garfo e o porta-enxerto são cortados em bisel

(chanfradura), unindo-se as partes e posteriormente amarrados. Para a soldadura ser bem feita,

os cortes devem ser bem lisos e com ferramentas adequadas (LORENZI et al. 2006).

Lorenzi et al. (2006), enfatizam que após os cortes as superfícies do enxerto e porta-

enxerto devem estar uniformes e limpas para que haja uma boa soldadura das partes. A

amarração das partes não deverá estar frouxa nem muito apertada, mantendo um constante

intenso para que resulte numa união perfeita. Após a amarração os enxertos devem ser

resguardados contra umidade e fungos.

Para as condições brasileiras, a época mais adequada para a realização da garfagem é

no início da brotação da primavera (agosto-setembro), embora se obtenham bons índices de

pegamento quando a enxertia é realizada em outras épocas (RUGGIERO; OLIVEIRA, 1998).

Menezes et al. (1994) observaram que o maior número de mortes dos enxertos ocorreu entre

30 e 60 dias após a enxertia e que, o total pegamento dos enxertos estabiliza-se por volta de

60 dias após a mesma.

A técnica da enxertia hipocotiledonar é recomendada por Kimura (1994),

apresentando excelente rendimento, metodologia simples e redução de tempo para a formação

da muda quando comparada à enxertia em mudas desenvolvidas.

2.6 FATORES QUE AFETAM A PROPAGAÇÃO

2.6.1 Fatores que afetam a propagação sexuada

O percentual de germinação depende de fatores internos e externos. Os fatores

internos são citados o estado de dormência, a qualidade da semente e o potencial de

germinação da espécie. Os fatores externos de maior importância são água, temperatura, gases

e luz (FACHINELLO et al., 1995; HOFFMANN et al., 1998; SAMPAIO et al., 1996).

Segundo Fachinello et al. (2005), a dormência representa uma condição em que o

conteúdo de água nos tecidos é pequeno e o metabolismo das células é praticamente nulo,

permitindo que a semente seja mantida sem germinar por um período relativamente longo.

Para Hartmann et al. (1990), a dormência pode ser classificada em: dormência devida aos

envoltórios da semente, dormência morfológica e dormência interna.

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A qualidade da semente pode ser expressa por dois parâmetros: viabilidade e vigor. A

viabilidade é expressa pelo percentual de germinação, o qual indica o número de plantas

produzidas por um dado número de sementes. O vigor é definido como sendo a soma de todos

os atributos da semente, que favorecem o estabelecimento rápido e uniforme de uma

população no campo. Quando uma semente diminui gradualmente o vigor e

conseqüentemente perde a viabilidade, caracteriza-se como a senescência da mesma

(FACHINELLO et al., 2005).

As sementes da maioria das plantas perenes apresentam dificuldade de germinação,

requerendo utilização de métodos de superação da dormência. Na maioria das vezes, a

diferença de potencia de germinação entre espécies e cultivares é devida à interação, entre os

diversos fatores, que podem afetar a viabilidade da semente. Não somente a germinação é

influenciada pelo fator genético, como também pelo vigor e pela longevidade

(FACHINELLO et al., 2005).

A água é necessária para ativação do metabolismo da semente no momento da

germinação. O teor de água mínimo para germinação depende da espécie, variando entre 40%

e 60%, com base no peso da semente ainda fresca (FACHINELLO et al., 2005).

Segundo Fachinello et al. (2005), a temperatura é o fator mais importante para a

germinação, pois exerce influência nas reações metabólicas, afetando, também, o crescimento

das plântulas. Conforme a espécie, as temperaturas mínimas, ótimas e máximas são bastante

variáveis, sendo que a temperatura ótima, para a maioria das sementes que não se encontram

em repouso, varia de 25° C a 30°C. Temperaturas alternadas dão geralmente mais favoráveis

do que temperaturas constantes

Geralmente, o oxigênio, favorece a germinação, por ativar o processo da respiração.

No entanto, o CO2, em concentrações elevadas, pode impedir ou dificultar o desencadeamento

desse processo (FACHINELLO et al., 2005).

Para Fachinello et al. (2005) o efeito da luz sobre a germinação das semente é viável

de espécie para especie, ainda que sempre favoreça o crescimento das plântulas. A

germinação das sementes de grande maioria das plantas cultivadas é afetada pela luz.

Contudo, sementes de muitas plantas daninhas apresentam exigências variáveis de luz, sendo

algumas favorecidas e outras inibidas pela presença desta. Presença ou ausência de luz só é

efetiva após a embebição da semente e atua na remoção de um bloqueio no metabolismo do

embrião.

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2.6.2 Fatores que afetam a propagação assexuada por enxertia

Segundo Fachinello et al. (2005), vários fatores, isolados ou em conjunto, podem

influenciar na formação da união entre o enxerto e o porta-enxerto, sendo eles

incompatibilidade e fatores ambientais.

A incompatibilidade é um importante fator que afeta a propagação por enxertia, diz-se

que duas plantas são incompatíveis quando, por motivos intrínsecos a elas, não são capazes de

formar uma união perfeita, impossibilitando o desenvolvimento normal da nova planta.

Os principais sintomas de incompatibilidade são: falta de união entre o enxerto e

porta-enxerto, que pode promover a quebra no local da enxertia; diferenças do crescimento ou

no vigor do enxerto e do porta-enxerto, resultando em diferenças entre os diâmetros dos

mesmos; desenvolvimento excessivo abaixo, acima ou no ponto de união; amarelecimento das

folhas, seguido de desfolhamento precoce; crescimento vegetativo reduzido; diferença entre

enxerto e porta-enxerto, com relação ao inicio e ao final do período vegetativo; e morte

prematura da planta (FACHINELLO et al., 2005). O principal sintoma de incompatibilidade

é, sem dúvida, a ruptura no local da enxertia, o que pode ocorrer em seguida à produção da

muda ou alguns anos após (RODRIGUES et al., 2004).

Entre os fatores que afetam a incompatibilidade, podem ser citados os seguintes:

afinidade genética, fatores fisiológicos, fatores bioquímicos, consistência dos tecidos,

afinidade anatômica, porte e vigor, e sensibilidade a doenças (FACHINELLO et al., 2005).

A temperatura tem influência marcante no processo da enxertia, especificamente, na

taxa de divisão celular que afeta a divisão de novas células, responsáveis pela união entre o

enxerto e porta-enxerto, e o processo de desidratação. De modo geral, temperaturas inferiores

a 4°C e superiores a 32°C dificultam o processo de cicatrização (FACHINELLO et al., 2005).

As células novas que formam o calo e a união entre o enxerto e o porta-enxerto

apresentam paredes finas e bastante sensíveis a desidratação. Também, para que ocorra a

multiplicação celular satisfatória, é necessário que as paredes celulares estejam turgidas. Isso

faz com que haja necessidade de se manter um alto teor de umidade no local da enxertia.

O teor de umidade do solo é importante no processo da enxertia. No período da

enxertia, um déficit hídrico provoca redução na divisão celular na região do cambio, tanto do

enxerto quanto do porta-enxerto. Com isso, a casca torna-se muito aderida ao lenho,

dificultando seu desprendimento e a realização da enxertia (FACHINELLO et al., 2005).

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O uso da câmara úmida tem por finalidade impedir a troca de umidade entre o

ambiente interno e o externo, mantendo elevada a umidade relativa do ar. Na enxertia

hipocotiledonar de maracujazeiro-amarelo, o uso da câmara úmida propiciou 100% de

sobrevivência em mudas enxertadas sobre P. giberti (CAVICHIOLI et al., 2009).

Durante a divisão e alongamento celulares há intensa atividade respiratória e elevada

necessidade de oxigênio. Por isso, o oxigênio pode tornar-se um fator limitante no pegamento,

quando são utilizadas ceras ou outros protetores que não permitem as trocas gasosas,

principalmente em plantas com maior atividade respiratória (FACHINELLO et al., 2005).

A intensa luminosidade pode causar dessecação rápida do enxerto. Assim recomenda-

se fazer a enxertia com dias de baixa luminosidade (FACHINELLO et al., 2005).

O vento pode provocar a quebra do enxerto no ponto de união, além de acelerar o

processo de desidratação, após a enxertia. Poderá, também, deslocar o enxerto e prejudicar a

coincidência entre o cambio e ambas as partes. Por isso, a enxertia deve ser evitada em dias

ventosos, principalmente, da enxertia de garfagem (FACHINELLO et al., 2005).

Geralmente, porta-enxertos mais jovens possibilitam maior índice de pegamento,

devido a uma atividade celular mais intensa, que facilita o processo da cicatrização

(FACHINELLO et al., 2005).

Segundo Fachinello et al. (2005), a época mais adequada para a enxertia depende da

biologia da planta e do tipo de enxerto a ser feito. Para os mesmos autores, o grau de

parentesco entre as plantas utilizadas como enxerto e porta-enxerto é um fato importante,

pois, quanto maior for a afinidade botânica, maiores serão as possibilidades de pegamento.

Recomenda-se usar plantas que, no mínimo, pertençam à mesma família.

As plantas utilizadas na enxertia devem estar livres de pragas e doenças, que podem

comprometer o pegamento e o desenvolvimento da nova planta (FACHINELLO et al., 2005).

Por muitas vezes, uma técnica mal utilizada pode causar sérios problemas na

cicatrização do enxerto. Os resultados mais freqüentes do uso inadequado das técnicas de

enxertia são a pequena área de contato entre os câmbios do enxerto e porta-enxerto, cortes

desuniformes, amarração errada ou demorada, danos mecânicos na retirada da gema,

desidratação dos ramos fornecedores de gemas, ferramentas pouco afiadas ou contaminadas,

entre outros (FACHINELLO et al., 2005).

Fachinello et al. (2005), concluíram que quanto mais rápido for feito o processo da

enxertia, melhor será o índice de pegamento, uma vez que as partes envolvidas sofrerão

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menor influência dos fatores externos. Outro fator relacionado com a habilidade do enxertador

é a uniformidade dos cortes, que possibilitam melhor contato entre as partes enxertadas.

Para que ocorra a união, é extremamente necessário que se mantenha o enxerto na

posição normal, principalmente tratando-se da enxertia de garfagem. No caso da enxertia de

gema, recomenda-se manter a polaridade, mas a inversão da mesma não compromete a

formação de uma união satisfatória. Porque na enxertia de garfagem, na qual é usado um

fragmento maior do ramo, com xilema e floema formados, o fluxo de substancias fica

totalmente comprometido, enquanto que na enxertia de gema, o sistema vascular da nova

planta é formado mais tarde, com o desenvolvimento da gema (FACHINELLO et al., 2005).

Muitas plantas frutíferas, principalmente as pertencentes à família das Mirtáceas,

apresenta abundante exsudação de substancias tóxicas ao tecido, por ocasião do corte ou

ferimento. Essas substâncias são, principalmente, compostos fenólicos que sofrem oxidação

ao entrarem em contato com as condições ambientais, o que dificulta a formação do calo e o

processo de cicatrização (FACHINELLO et al., 2005).

2.7 FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DE MUDAS

2.7.1 Tipo de Substrato

O substrato é um fator que exerce grande influência no desenvolvimento de mudas.

Para Minami (1995), o substrato é o componente mais sensível e complexo do sistema de

produção de mudas, uma vez que qualquer variação na sua composição pode alterar o

processo de formação da planta, reduzindo, acentuadamente, a germinação da semente e o

crescimento vegetativo das plantas.

Segundo Jardim (2005), a formação de mudas de qualidade envolve os processos de

germinação de sementes, formação do sistema radicular e parte aérea, que estão diretamente

relacionados com características que definem a eficiência dos substratos, tais como: aeração,

drenagem, retenção de água e disponibilidade balanceada de nutrientes. Sousa (1983) sugere

que os substratos sejam escolhidos em função da sua disponibilidade e de suas características

físicas.

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2.7.2 Profundidade de semeadura

Vários autores recomendam diferentes profundidades de semeadura, como Rizzi et al.

(1998) sugerem que a semeadura seja a 1 cm de profundidade recobrindo-as com o próprio

substrato; a mesma recomendação é dada por Meletti; Maia (1999). A profundidade de

semeadura de 1,5 cm é recomendada por Teixeira et al.. (1994); no entanto Aula; Rojas

(1996) citados por Jardim (2005) avaliando o efeito da profundidade de semeadura sobre a

emergência do maracujá, concluíram que a profundidade de 2 cm foi mais apropriada. São

José (1991) também recomenda a profundidade de 2 cm e de 3 a 4 sementes por recipiente.

2.7.3 Fitossanitários

2.7.3.1 Pragas e Doenças

Diversas espécies de artrópodes que se encontram associadas à cultura do

maracujazeiro, no entanto, somente algumas são consideradas pragas, pelos seus efeitos de

redução da produção, diretamente e indiretamente. O efeito direto ocorre pela destruição dos

tecidos vegetais (folhas, ramos, botões florais, flores e frutos) e pela desvalorização do

produto, e o efeito indireto é a transmissão de doenças. Segundo Fancelli; Lima (2002) a

importância desses insetos-praga pode variar de região para região, espoca do ano (condições

climáticas) e manejo da cultura.

As pragas de maior importância são as lagartas (Diono juno juno, Agraulis vanillae

vanillae), percevejos (Diactor bilineatus, Holhymenia clavigera, Leptoglossus gonagra),

broca - da – haste (Philonis passiflorae, P. obesus), mosca-das-frutas (Anastrepha spp.,

Ceratitis capitata), mosca - do - botão – floral (Protearomyia sp., Neosilba pendula, Diasops

sp.) e ácaro plano (Brevipalpus phoenicis). Dentre as pragas da cultura também podemos citar

as abelhas melíferas.

Dentre as doenças causada por fungos que atacam as mudas, a mais importante é o

Tombamento de mudas ou damping-off. Pode ser causado pelos fungos Pythium

aphanidermatum (Edson) Fitz, P. ultimum Tow, Phytophthora parasítica (Dastur), Fusarium

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sp. e Rhizoctonia sp.. Os patógenos causadores desse tipo de doença normalmente são

cosmopolitas. São muito agressivos e poucos especializados, afetando diversos tipos de

plantas. Matam rapidamente a plântula e se multiplicam às expensas dos nutrientes obtidos.

Esses patogenos são freqüentemente encontrados no solo, inclusive sementeiras, onde podem

viver saprofiticamente (SANTOS FILHO et al., 2004).

As doenças quem ocorrem no sistema radicular de maior importância para a cultura do

maracujá são a murcha ou fusariose e a podridão do colo, atribuídas a fungos dos gêneros

Fusarium e Phytophthora, respectivamente (SANTOS FILHO et al., 2004). A Murcha ou

Fusariose é causada pelos fungos Fusarium oxysporum Schlecht. f. sp. passiflorae Purss

(Purss, 1958) ou Fusarium solani (Mart) App; Wr. (Emechebe; Mukiibi, 1976; Ploetz, 1991;

Lutchmeah; Musaphur, 1993) e caracteriza-se pelos sintomas de murcha e secamento das

folhas, em conseqüência de lesões necróticas que se formam nas raízes e no colo da planta ou

pela obstrução e impermeabilização de vasos do xilema.

A podridão do colo é uma doença causada por fungos do gênero Phytophthora

(YOUNG, 1970; TURNER, 1974). Os sintomas de murcha são resultantes de uma podridão

seca e corticosa observada o colo da planta, ficando com os tecidos tornam-se intumescidos,

com rachaduras e internamente a casca apresenta-se marrons avermelhados com tecidos

firmes e aderidos ao câmbio. A doença ocorre em reboleiras, se disseminando de uma planta à

outra. O patógeno prefere solos argilosos, pesados e encharcados e ricos em matéria orgânica.

A bacteriose do maracujazeiro causada por Xanthomonas campestres pv. passiflorae

ocorre em todas as regiões do país, podendo ser fator limitante à produção. Os sintomas

tornam-se evidentes quando manchas de cor verde-escuro, encharcadas, translúcidas e halo

amarelado tornam-se evidentes. A bactéria pode também atingir feixes vasculares

ocasionando redução na frutificação e levando a morte da planta (CASTRO, 2008)

Diversos nematóides têm sido encontrados em associação ao sistema radicular do

maracujazeiro (SHARMA; LOOF, 1972; MILNE, 1982), embora somente o nematóide das

galhas, Meloidogyne spp., e o nematóide Rotylenchulus reniformis causem danos de

expressão econômica, limitando a produtividade e a longevidade das plantações (SHARMA et

al., 2003).

A virose do endurecimento dos frutos pode ser causada por duas espécies de vírus

(Passionfruit woodiness virus, PWV e Cowpea aphid-borne mosaic virus, CABMV), é a

principal doença de etiologia viral do maracujazeiro no Brasil e atualmente está disseminada

na maioria das regiões produtoras (KITAJIMA; RESENDE, 2001; NASCIMENTO et al.,

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2006). Os danos são maiores quanto mais cedo as plantas são infectadas, reduzindo número,

peso e valor comercial dos frutos. Os sintomas se caracterizam com a malformação,

rugosidade, clareamento das nervuras e mosaico nas folhas.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 LOCAL DO EXPERIMENTO

O presente trabalho foi conduzido no período de fevereiro a junho de 2010 na casa de

vegetação (50% de interceptação luminosa) do Departamento de Ciências Vegetais da

Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, situado em Mossoró-RN de

coordenadas geográficas 5º11’ de latitude sul, 37º20’ de longitude Oeste, com uma

temperatura média anual em torno de 27,4ºC, altitude de 18m e uma precipitação média anual

de 765 mm. Carmo Filho et al. (1987), descreve que segundo a classificação climática de

THORTHWAITE, o clima de Mossoró é do tipo Dd’a’, semi-árido e megatérmico.

Os dados climatológicos do período do experimento foram obtidos a partir do banco

de dados do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET (2010), onde a temperatura média

mensal variou em torno de 30 °C e a umidade relativa, em torno de 75%.

3.2 ORIGEM E OBTENÇÃO DO MATERIAL PROPAGATIVO

As sementes dos acessos Passiflora Giberti N.E. Brown; Passiflora suberosa L. e

Passiflora alata Curtis foram adquiridas do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do Centro

Nacional de Pesquisa Mandioca e Fruticultura (CNPMF) da EMBRAPA, Cruz das Almas -

BA, e as sementes de P. edulis f. flavicarpa foram da cv. redondo amarelo da marca comercial

TOPSEED®.

A semeadura foi realizada no dia 20 de fevereiro de 2010 casa de vegetação do

Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido –

UFERSA, onde foram distribuídas três sementes por recipiente, sendo feitas irrigações

diárias. Posteriormente, quando as mudas atingiram 5 cm de altura, efetuou-se o desbaste,

deixando-se a mais vigorosa. Empregaram-se sacos de polietileno preto com capacidade para

1,0 litro, contendo substrato composto pela mistura de terriço, palha de carnaúba desidratada e

esterco de curral curtido na proporção de 2:1:1 respectivamente.

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Os enxertos (garfos) foram coletados no início da manhã do dia 26 de maio de 2010

em um plantio comercial de maracujazeiro amarelo no município de Governador Dix-Sept

Rosado - RN. Foram retirados vários garfos de ramos de diferentes plantas, estas vigorosas,

com bom habito de crescimento e produtivas. Foram utilizados garfos herbáceos retirados da

parte mediana de ramos, sem gemas brotadas, tendo cerca de 20 cm de comprimento e 0,3 cm

de diâmetro, de plantas adultas de P. edulis f. flavicarpa. Os mesmos foram acondicionados

em papel jornal umedecidos e colocados em caixa de isopor, em seguida levados para o local

da realização das enxertias.

A enxertia de garfagem do tipo fenda cheia foi realizada no dia 26 de maio de 2010

aos 65 dias após a semeadura dos materiais, quando as mudas utilizadas como porta-enxerto

para o maracujazeiro-amarelo apresentavam haste com diâmetro em torno de 3 mm e estavam

emitindo as primeiras gavinhas. Na execução da enxertia, as mudas dos porta-enxertos foram

decapitadas à 10-12 cm, a partir do colo, altura em que foi feita uma fenda longitudinal de 1 a

2 cm, na qual se introduziu um garfo com 2 entrenós e com a base despontada em cunha. A

haste, nessa região, foi envolvida com fita plástica para manter o enxerto e o porta-enxerto em

contato firme, bem como para proteção. Um saco plástico (4 x 20 cm) foi colocado para

proteger a enxertia e preservar a umidade. Aos 15 dias após a enxertia o saco plástico foi

removido.

3.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados (DBC), com quatro

tratamentos formados pelas enxertias do maracujazeiro amarelo sobre as espécies de

Passiflora spp. e sobre ele mesmo.

Foram constituídos os seguintes tratamentos: (T1) - Passiflora edulis Sims f.

flavicarpa Deg. sobre Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.; (T2) - Passiflora edulis Sims

f. flavicarpa Deg. sobre Passiflora giberti N.E. Brown; (T3) - Passiflora edulis Sims f.

flavicarpa Deg. sobre Passiflora suberosa L.; (T4) - Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.

sobre Passiflora alata Curtis.

Cada tratamento foi constituído de cinco repetições de 10 plantas enxertadas por

parcela, totalizando 200 enxertos.

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3.4 CARACTERÍSTICAS AVALIADAS

3.4.1 Porcentagem (%) de pegamento

Aos 15 dias após a enxertia (DAE) foi avaliada a porcentagem (%) de pegamento das

mudas enxertadas, sendo consideradas pegas aquelas que demonstravam brotações no

enxerto.

Para se calcular a taxa de pegamento utilizou-se a média das enxertias pegas por

repetição no tratamento para representar a porcentagem de pegamento das mudas enxertadas

segunda a formula empírica a seguir.

(%) EPTRAT = ((NEPR1/NME R1) + (NEPR2/NME R2) + (NEPRn/NMERn) / NR) x 100

Onde, (%) EPTRAT = Porcentagem de enxertias pegas no tratamento; NEPR1 = Número

de enxertias pegas na repetição; NME R1 = Número de mudas enxertadas por repetição; NR =

Número de repetições.

3.4.2 Número de brotações formadas no enxerto aos 15 dias após a enxertia

Aos 15 dias após a enxertia (DAE) foi avaliado o número de brotações por planta,

sendo consideradas apenas aquelas que se formaram no enxerto. A média do número de

brotações por repetição nos tratamentos representou o número de brotações formadas em cada

um deles.

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias estimadas

foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Os dados

referentes à germinação foram transformados em arc.sen√X(%)/100, para fins de análise

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estatística. As análises estatísticas foram feitas com o auxilio do programa ASSISTAT de

Silva; Azevedo (2002).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a análise de variância, observou-se que a média da porcentagem de

pegamento das enxertias transformadas em arco.seno √X(%)/100 e a média do número de

brotações formadas por enxertos pegos nas enxertias tiveram um efeito altamente significativo

(p<0,01) para os tratamentos formados pela enxertia convencional do maracujazeiro amarelo

sobre os quatro porta-enxertos (Tabela 1).

Tabela 1 – Análise de variância para a média de porcentagem de pegamento da enxertia (PE) e média do número de brotações formadas por enxertos pegos (NB) na enxertia do maracujazeiro amarelo sobre quatro porta-enxertos. Mossoró-RN, 2010.

Fontes de Variação G. L Quadrado Médio PE NB

Tratamentos 3 0,159** 1,153** Repetições 4 0,006n.s 0,001n.s Resíduo 12 - - Total 19 - - C.V (%) - 8,89 2,30

**significativo a 1% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade; *significativo a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott; n.s não significativo.

Segundo o teste de Scott-Knott, as enxertias do maracujá amarelo sobre as espécies,

formaram dois grupos distintos quanto à porcentagem de pegamento, tendo a enxertia da

espécie P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre ela mesma (T1), apresentado a maior taxa de

pegamento (100 %) e a enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre a espécie P. alata (T4), a

menor taxa de pegamento (83, 94 %) (Tabela 2).

A taxa de pegamento da enxertia da espécie P. edulis f. flavicarpa Deg sobre a espécie

P. giberti (T2) com a enxertia da espécie. P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre ela mesma (T1)

não se diferiram entre si estatisticamente, como também foi o caso da enxertia da espécie P.

edulis f. flavicarpa Deg. sobre P. alata (T4) comparada com a enxertia da espécie P. edulis f.

flavicarpa Deg. sobre P. suberosa (T3) (Tabela 2).

Quanto ao número de brotações formadas por enxertos pegos, formaram três grupos

distintos, tendo a enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre ela mesma (T1) apresentado o

maior número de brotações por enxertos pegos (1,83) e a enxertia de P. edulis f. flavicarpa

Deg. sobre P. alata (T4), o menor número de brotações por enxertos pegos (0,66) (Tabela 2).

Esses resultados concordam em partes com os obtidos por Couto Júnior (1976) e por

Corrêa et al. (2010), que observaram melhores taxas de pegamento da enxertia de P. edulis f.

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flavicarpa Deg. sobre ela mesma e a enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre P. alata

sendo inferior, como também não apresentou diferença significativa entre a enxertia de P.

edulis f. flavicarpa Deg sobre P. giberti com a enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre

ela mesma.

Assim como Menezes et al. (1994) concluíram que os porta-enxertos P. alata, P.

giberti, P. edulis, P. caerulea e Passiflora sp. mostraram-se viáveis para o maracujazeiro-

amarelo, embora diferentes níveis de incompatibilidade tenham sido observados. Os melhores

resultados apresentados na enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre ele mesmo já era

esperado, uma vez que sendo enxerto e porta-enxerto da mesma espécie, há uma maior

compatibilidade entre os mesmos em relação às outras combinações.

Cavichioli et al. (2009), também observaram que os porta-enxertos P. edulis e P.

giberti foram superiores à P. alata na enxertia convencional pelo método de garfagem tipo

fenda cheia. Apesar do P. alata ter se mostrado inferior na maioria das variáveis analisadas, é

interessante o uso deste material como porta-enxerto visando à morte prematura de plantas.

Na enxertia de P. edulis f. flavicarpa Deg. sobre P. alata (T4), foi observado o menor

número de brotações por enxertos pegos, isso, pode estar relacionado com a possibilidade do

mesmo ter apresentado a menor taxa de pegamento, já que para a enxertia de P. edulis f.

flavicarpa Deg. sobre ela mesma (T1), houve um maior número de brotações, coincidindo

com a maior taxa de pegamento observada (Tabela 2). A média do número de brotações

formadas por enxertos pegos no (T4), se compara com os dados obtidos por Silva et al.

(2005), quando avaliaram o número de brotos emitidos na enxertia de mesa de Passiflora

edulis Sims f. flavicarpa Deg. sobre Passiflora alata Curtis., aos 20 dias após a enxertia.

Embora as enxertias tenham diferenças significativas quanto às variáveis avaliadas,

verificaram-se percentuais de pegamento elevado, não se descartando, portanto a possível

indicação das espécies P. suberosa e P. alata como porta-enxertos viáveis para o

maracujazeiro-amarelo.

Apesar da taxa de pegamento do P. alata ser inferior as demais espécies neste

trabalho, Yamashiro; Landgraff (1979) indicaram o P. alata como um promissor porta-

enxerto, concluindo que esta espécie, além de ser resistente à “murcha”, confere à copa maior

precocidade e não alteração na qualidade dos frutos, permitindo também o uso de solos mais

úmidos.

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Nas condições em que foi conduzindo este experimento, verificou-se que a espécie P.

giberti N.E. Brown se mostrou promissora como porta-enxerto para o maracujazeiro-amarelo

na enxertia convencional por garfagem em fenda cheia. Esse resultado concorda com Oliveira

et al. (1984), onde identificaram a mesma espécie como porta-enxerto satisfatório para o

processo de enxertia, quando estudaram a sobrevivência de plantas de P. edulis, enxertadas

em P. giberti, em área com histórico de ocorrência de morte precoce, e observaram uma

porcentagem de sobrevivência de mais de 93% das plantas enxertadas e menos de 5% das

plantas de pé-franco. Neste sentido, vários autores constataram que as espécies de

maracujazeiro P. alata e P. giberti mostraram-se viáveis como porta-enxertos para o

maracujazeiro-amarelo (MENEZES et al. 1994, YAMASHIRO; LANDGRAF, 1979,

OLIVEIRA et al. 1986).

Tabela 2 - Valores médios de porcentagem de pegamento das enxertais (PE) e número de brotações formadas por enxertos pegos (NB) na enxertia convencional do maracujazeiro amarelo sobre quatro porta-enxertos. Mossoró-RN, 2010.

Tratamentos1 Variáveis PE (%)2 NB

T1 P. edulis f. flavicarpa / P. edulis f. flavicarpa 100,00 a 1,83 a T2 P. edulis f. flavicarpa / P. giberti 96,42 a 1,29 b T3 P. edulis f. flavicarpa / P. suberosa 89,60 b 1,33 b T4 P. edulis f. flavicarpa / P. alata 83,90 b 0,66 c C.V (%) 8,89 2,30

1Médias com a mesma letra na coluna fazem parte do mesmo agrupamento pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. 2Os dados de porcentagem foram transformados em arc.sen√X%/100.

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5. CONCLUSÕES

Os porta-enxertos das espécies P. edulis Sims f. flavicarpa e P. giberti foram

superiores, quanto à taxa de pegamento.

O maior número de brotações por enxertos pegos foi observado na enxertia de P.

edulis f. flavicarpa sobre ele mesmo.

Nas condições em que foi conduzindo o experimento, verificou-se que a espécie P.

giberti se mostrou promissora como porta-enxerto para o maracujazeiro-amarelo na enxertia

convencional por garfagem em fenda cheia.

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