value ranges, julius caesar and indeterminacy (talk)

66
Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar¹ ¹ Departamento de Filosofia, Estudante de Pós-Graduação Universidade Federal de Pernambuco [email protected] Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar Defesa de Dissertação:

Upload: bruno-bentzen

Post on 07-Aug-2015

32 views

Category:

Science


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy

Bruno Bentzen Aguiar¹

¹ Departamento de Filosofia, Estudante de Pós-Graduação

Universidade Federal de Pernambuco

[email protected]

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Defesa de Dissertação:

Page 2: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 3: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 4: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

O problema Julius Ceasar

• A tese de Frege que a aritmética é redutível à lógica, tem como parte

fundamental a definição do conceito de número em termos puramente lógicos.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 5: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

O problema Julius Ceasar

• A tese de Frege que a aritmética é redutível à lógica, tem como parte

fundamental a definição do conceito de número em termos puramente lógicos.

• Princípio da completa determinação:

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Deve-se determinar para cada objeto se ele cai sob um conceito

ou não; um termo conceitual que não respeita este requerimento

em seu referente, não têm referente. (Ns, p.133)

Page 6: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Assim, definir o conceito de número é para Frege estabelecer que o imperador

romano Julius Caesar não é um número.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 7: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Vamos definir o conceito de número.

• Vamos introduzir um operador ‘o número de …’ (Nx:…x), definindo-o da

seguinte forma:

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

(Princípio de Hume)

Page 8: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Mas e Julius Caesar? Ele é um número ou não?

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 9: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• De acordo com Frege, a utilidade das equações repousa sobre a possibilidade

dos mesmos objetos serem denotados por nomes diferentes.

• Assim, o número de F (‘Nx:Fx’) poderia ser denotado por, digamos, ‘q’:

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 10: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Agora podemos perguntar se pode ser afirmado ou não.

• Mas não possuímos meios de identificar o conceito correspondente de q para

aplicar nosso critério de identidade

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 11: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• E porque não sabemos exatamente o significado desses nomes de números,

não temos como saber se algum deles se refere a Julius Caesar.

• A solução do problema é definir números como extensões de conceitos.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 12: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Mas o que é o problema Julius Caesar?

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 13: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Mas o que é o problema Julius Caesar? Há aqui duas leituras possíveis:

• 1. O problema Julius Caesar pode ser visto como um complexo de problemas

de dimensão ontológica, epistemológica, lógica e semântica, onde a dimensão

semântica é a mais básica. (pp.29-35)

• 2. Alternativamente, o problema também pode ser visto como a questão de

demonstrar, e colocar além de quaisquer dúvidas, o fato de que números são

objetos lógicos. (pp.34-35)

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O problema Julius Ceasar

Page 14: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 15: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Em Grundgesetze, extensões de conceitos são percurso de valores.

• Os percursos de valores são introduzidos através do Axioma V.

A indeterminação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 16: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Em outras palavras, vamos introduzir o operador ‘o percurso de valor de …‘

(ε’...(ε)) da seguinte maneira:

• Nós realmente sabemos o que seus termos singulares resultantes significam?

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

(Axioma V)

A indeterminação

Page 17: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Em outras palavras, vamos introduzir o operador ‘o percurso de valor de …‘

(ε’...(ε)) da seguinte maneira:

• Nós realmente sabemos o que seus termos singulares resultantes significam?

• Não sabemos!

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

(Axioma V)

A indeterminação

Page 18: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Novamente, os mesmos objetos podem ser denotados por nomes diferentes.

• O percurso de valor de f poderia ser denotado por, digamos, q

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

A indeterminação

Page 19: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Agora podemos perguntar se pode ser afirmado ou não.

• Não possuímos meios de identificar a função correspondente de q para aplicar

nosso critério de identidade

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

A indeterminação

Page 20: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 21: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

O argumento da permutação

• Seja Δ uma atribuição de objects a termos de percurso de valores “ “

• Seja h uma permutação não-trivial de todos objetos.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 22: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Seja Δ uma atribuição de objects a termos de percurso de valores “ “

• Seja h uma permutação não-trivial de todos objetos.

• Agora considere uma atribuição similar Δ’ exceto que:

• Para cada objeto a atribuído por Δ a um termo de percurso de valor, Δ’ irá atribuir h(a) como alternativa.

• Logo: Δ’ é diferente de Δ, mas ambos são equiconsistentes com o Axioma V.

O argumento da permutação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 23: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

Atribuição Δ:

Axioma V: Verdadeiro Falso

O argumento da permutação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 24: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

h( ) h( ) h( ) h( )

O argumento da permutação

Atribuição Δ’:

Axioma V: Verdadeiro Falso

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 25: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

O argumento da permutação

Axioma V: Verdadeiro Falso

Atribuição Δ’:

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 26: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

Atribuição Δ:

Axioma V: Verdadeiro Falso

O argumento da permutação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 27: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Portanto, a referência dos termos de percurso de valores é deixada

indeterminada pelo Axioma V

• Como resolver esta indeterminação?

O argumento da permutação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 28: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 29: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

A identificação trans-sortal

• Segundo Frege, a indeterminação pode ser solucionada determinando para

cada função que valores essa função possui para percurso de valores como

argumentos.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 30: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

A identificação trans-sortal

• A determinação das funções primivas se reduz à determinação da função

identidade.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 31: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

A identificação trans-sortal

• A teoria de Grundgesetze contém apenas nomes de percurso de valores ou

nomes de valores de verdade . (pp.58-62)

• Logo, uma indeterminação apenas poderia ocorrer em uma sentença de

identidade entre objetos denotados por esses dois termos.

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 32: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• A solução de Frege consiste em estipular e identificar os valores de verdade

com suas classes unitárias (percurso de valores):

• Assim cada objeto denotável pelos termos da teoria são percurso de valores

A identificação trans-sortal

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 33: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 34: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Mas e os outros objetos tais como a Lua, Julius Caesar?

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O princípio da completa determinação

Page 35: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Mas e os outros objetos tais como a Lua, Julius Caesar?

A identificação trans-sortal deixa em aberto se Julius Caesar é um percurso de valores ou

não (Parsons, 1965; Dummett, 1981b; Wright, 1983; Ricketts, 1997; Heck, 1997, 1999a,

2005; Schirn, 2001).

Júlio César

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

O princípio da completa determinação

Page 36: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Como resultado, não há determinação completa dos percurso de valores:

1. A identificação trans-sortal parece insuficiente, violando o princípio da

completa determinação.

2. O problema Julius Caesar ressurge para os percursos de valores.

O princípio da completa determinação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 37: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Defendemos que não é bem assim.

• Neste trabalho pretendemos mostrar o contrário:

1. A identificação trans-sortal é conciliável com o princípio da completa

determinação.

2. Não há problema Julius Caesar para percurso de valores.

O princípio da completa determinação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 38: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Para tais reconsiderações precisamos olhar as regras semânticas de

Grundgesetze.

O princípio da completa determinação

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 39: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 40: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Qual o tipo de determinação que Frege tem em mente?

As regras semânticas de Grundgesestze

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Aqui, novamente, da mesma forma que as leis da lógica

pressupõe conceitos com fronteiras nítidas e, portanto, também

definições completas de nomes de funções, como o sinal de

adição. No volume I expressamos isso da seguinte forma: cada

nome de função deve ter uma referência. Assim todas as

definições condicionais e qualquer procedimento parcial de

definição, deve ser rejeitado. Cada símbolo deve ser

completamente definido de uma só vez, de modo que, como se

diz, ele adquira uma referência. (Gg II, x65)

Page 41: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• De modo sucinto, as regras semânticas estabelecem que, se o nome de função

F(x) tem referência, então F(Δ) deve ter referência também, para todo nome Δ

que lhe sirva como argumento.

As regras semânticas de Grundgesestze

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 42: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Assim:

As regras semânticas de Grundgesestze

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Pai de (x)

Maria

João

Pedro

Page 43: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Assim:

As regras semânticas de Grundgesestze

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Δ

Γ ...

Page 44: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• As regras semânticas de Grundgesetze podem ser vistas como incorporando o

princípio da completa determinação no sistema (Greimann, 2003).

• As regras semânticas são elaboradas linguisticamente, e, o princípio da

completa determinação, ontologicamente.

• Essa interpretação permite conciliar a identificação trans-sortal com o principío

da completa determinação

As regras semânticas de Grundgesestze

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 45: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Finalmente, essa interpretação nos permite atingir nosso primeiro objetivo:

conciliar a identificação trans-sortal com o principío da completa

determinação.

As regras semânticas de Grundgesestze

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 46: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 47: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• As considerações anteriores são interessantes, mas não nos permitem atingir o

nosso segundo objetivo: concluir que não há problema Julius César para

percurso de valores.

Julius Caesar e os percursos de valores

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 48: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Não há problema Julius César para percurso de valores, pelo menos não

enquanto Julius Caesar está no domínio.

• Propor que Frege tem em mente um domínio restrito a percurso de valores e

valores de verdade apenas (Ruffino, 2002).

Julius Caesar e os percursos de valores

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 49: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Essa interpretação, embora interessante, carece de evidências decisivas: Frege

não é claro sobre o domínio do sistema em nenhuma parte do livro.

• É melhor procurar outra alternativa.

Julius Caesar e os percursos de valores

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 50: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• Em última análise, a querela sobre se há problema Julius Caesar para percurso

de valores parece repousar sob a querela “o que é o problema Julius Caesar”.

• Aqui há duas opções.

Julius Caesar e os percursos de valores

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 51: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• 1. Podemos considerar o problema Julius Caesar como um complexo de

problemas de dimensão ontológica, epistemológica, lógica e semântica, onde a

dimensão semântica é a mais básica:

• Neste caso o problema persiste para os percursos de valores, uma vez que

Frege não estabelece que Julius Caesar não é o referente de um dos

nomes de percurso de valores.

Julius Caesar e os percursos de valores

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 52: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• 2. Podemos considerar o problema Julius Caesar como a questão de

demonstrar, e colocar além de quaisquer dúvidas, o fato de que números são

objetos lógicos:

• Nesse caso, não há mais problema Julius Caesar, uma vez que para Frege

percurso de valores são objetos fundamentalmente lógicos.

Julius Caesar e os percursos de valores

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 53: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O problema Julius Ceasar

• A indeterminação

• O argumento da permutação

• A identificação trans-sortal

• O princípio da completa determinação

• As regras semânticas de Grundgesetze

• Julius Caesar e os percurso de valores

• Considerações finais

Parte reconstrutiva

Parte argumentativa

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 54: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

• O compromisso de Frege com o princípio da completa determinação é

expresso em seu sistema através das regras semânticas de Grundgesetze.

• O problema Julius Caesar é apenas a preocupação em obter a certeza de que

números sejam objetos lógicos.

Considerações finais

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 55: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

Obrigado!

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 56: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

BENACERRAF, P. Frege: The Last Logicist (1981), reimpresso em DEMOPOULOS, W (Ed). Frege’s Philosophy of Mathematics. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press. p.41-67, 1995. ______. What Numbers Could not be. In: Philosophical Review, 74, p.47-73, 1965. BURGE, T. Frege on Extensions of Concepts, From 1884 to 1903. In: Philosophical Review, v. 93, n. 1, p.3-34, 1984. COOK, R.T., EBERT, P.A. Abstraction and Identity. In: Dialectica. v. 59, p. 121-39, jun 2005. DUMMETT, M. Frege: Philosophy of Language. U.K: Duckworth, 1981a. Frege: Philosophy of Mathematics. London: Duckworth, and Cambridge: Harvard University Press, 1991. ______. Frege as a Realist. In: Inquiry. v. 19, p. 455-68, 1976.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 57: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

______. The Interpretation of Frege’s Philosophy. London: Duckworth, and Cambridge MA: Harvard University Press, 1981b. DE QUEIROZ, R., DE OLIVEIRA, A., GABBAY, D. The Functional Interpretation of Logical Deduction. London: Imperial College Press / World Scientific, 2011. EWEN, W. Carl Stumpf und Gottlob Frege. Konigshausen & Neumann: Wurzburg, 2008. FREGE, G. Begriffsschrift, eine der arithmetischen nachgebildete Formelsprache des reinen Denkens. Georg Olms: Verlag, 1971. ______. Begriffsschrift, a formula language, modeled upon that of arithmetic, for pure thought. Trad. de Bauer-Mengelberg. In: HEIJENOORT, J. From Frege to Gödel, Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1967, p.124-125. 1902.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 58: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

______. Die Grundlagen der Arithmetik: Eine logisch mathematische Untersuchung ¨uber den Begriff der Zahl. Stuttgard: Philipp Reclam, 1987. ______. Function and Concept. Trad. de Geach e Black. In: Translations from the Philosophical Writings of Gottlob Frege, GEACH. P; BLACK, B. (Ed.), Oxford: Basil Blackwell, 1960. ______. Frege On Definitions I (Vol.II SS56-67). Trad. de Geach e Black. In: Translations from the Philosophical Writings of Gottlob Frege, GEACH. P; BLACK, B. (Ed.), Oxford: Basil Blackwell, 1960. ______. Grundgesetze der Arithmetik I/II. Georg Olms: Hildesheim, 1998. ______. On Sense and Reference. Trad. de Geach e Black. In: Translations from the Philosophical Writings of Gottlob Frege, GEACH. P; BLACK, B. (Ed.), Oxford: Basil Blackwell, 1960.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 59: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

______. On Concept and Object. Trad. de Geach e Black. In: Translations from the Philosophical Writings of Gottlob Frege, GEACH. P; BLACK, B. (Ed.), Oxford: Basil Blackwell, 1960. ______. Philosophical and Mathematical Correspondence, GABRIEL, G.; HERMES, H.; KAMBARTEL, F.; THIEL, C.; VERAART, A. (eds. da edi.c˜ao alem˜a), abreviada da edição alemã por Brian McGuinness, traduzido por Hans Kaal, Chicago: University of Chicago Press, 1980. ______. Posthumous Writtings. SLUGA, H.; KAMBARTEL, F.; KAULBACH, F. (Ed.), Traduzido por LONG, P.; WHITE, R. Chicago: Chicago Press, 1979. ______. The Basic Laws of Arithmetic. Trad. de FURTH, M. Berkeley: University of California, 1967. ______. The Foundations of Arithmetic. Trad. de AUSTIN, J. L., Oxford: Basil Blackwell, 1974. GEACH P. On Frege’s Way Out. In: Mind, New Series, v.65, n.259, p.408-9, 1956.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 60: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

GREIMANN, D. What is Frege’s Julius Caesar Problem? Dialectica, v.57, n.3, p. 261-278, 2003. HALE, B.; WRIGHT, C. To Bury Caesar..., in Hale and Wirght, 2001, The Reason’s Proper Study, Oxford: Clarendon Press, p.335-96, 2001. HECK, R. Julius Caesar Objection. In: Heck (Ed.). Language, Thought, and Logic: Essays in Honour of Michael Dummett. New York and Oxford: Oxford University Press, p. 273-308, 1997. ______. Grundgesetze der Arithmetic I x10. In: Philosophia Mathematica, v. 7, n.3, p.258-292, 1999a. ______. Frege’s Theorem: An Introduction. In: The Harvard Review of Philosophy, v. 7, p.56-76, 1999b. ______. Julius Caesar and the Basic Law V. In: Dialectica, v. 59, n.2, p.161-78, 2005.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 61: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

______. Grundgesetze der Arithmetic I x10. Philosophia Mathematica, v. 7, n. 3, p. 258-292, out. 1999. ______. Reading Frege’s Grundgesetze. Oxford: Oxford University Press, 2012. HINTIKKA, J. Identity, Variables, and Impredicative Definitions. In: The Journal of Symbolic Logic, v.21, 1956 JECH, T. Set Theory, The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2011 Edition), ZALTA, E.N. (Ed.). Disponível em <http://plato.stanford.edu/archives/ win2011/entries/set-theory/>. Acesso em 21 jul 2013. KANT, I. Critique of Pure Reason. Trad. de Norman Kemp Smith. Hampshire: Macmillan Press, 1929. KNEALE, W. KNEALE, M. The Development of Logic. In: Oxford, 1962. LINSKY, L. SCHUMM. Frege’s way out. In: Analysis, v.32, n.1, p.5-7, 1971.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 62: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

MacBRIDE, F. More problematic than ever: the Julius Caesar Objection. In: MacBRIDE; WRIGHT (Eds.). Identity and Modality, Oxford: Oxford University Press, 2003. MACFARLANE, J. Frege, Kant and the Logic in Logicism. In: The Philosophical Review, v.111, n.1, 25-65. MARTIN JR, E. Referentiality in Frege’s Grundgesetze. In: History and Philosophy of Logic, v.3, n.2, 151-64, 1982. MOORE, A.W.; REIN A. Grundgesetze Section 10. In: HAAPARANTA, L.; HINTIKKA, J. (Ed.). Frege Synthesized. p. 375-84, 1986. ______. Frege’s Permutation Argument. Notre Dame Journal of Formal Logic, v.28, n.1, p. 51-4, jan. 1987. PARSONS, C. Frege’s Theory of Number. In: Black (Ed.). Philosophy in America, London: Allen & Unwin, p. 180-203, 1965.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 63: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

QUINE, W.V.O. Two Dogmas of Empiricism. In: The Philosophical Review, v.60, p.20-43, 1951. Reimpresso em From a Logical Point of View. Harvard University Press, 1953. RESNIK, M., Frege’s Proof of Referentiality. In: Haaparanta, Hintikka (Eds.) Frege Synthesized, Dordrecht Reidel, p. 177-95, 1986. RICKETTS, T., Truth-values and courses-of-value in Frege’s Grundgesetze. In: Tait (Ed.). Early Analytic Philosophy: Frege, Russell, Wittgenstein, Open Court: Peru, p. 177-95, 1997. RUFFINO, M. Wahrheitswerte als Gegenst¨ande und die Unterscheidung zwischen Sinn und Bedeutung. In: Gabriel; Kienzler (Eds.). Frege in Jena. Beitr¨age zur Spurensicherung, W¨ursburg: K¨onigshaussen und Neumann, 1997, p.139-148. ______. Extensions as representative objects in Frege’s logic. Erkenntnis, v. 52, n. 2, p. 232-252, 1965, 2000.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 64: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

______. Logical Objects in Frege’s Grundgesetze, Section 10. In: RECK (Ed.). From Frege to Wittgenstein, Oxford: Oxford University Press. p. 125-48, 2002. RUSSELL, B. Letter to Frege. In: HEIJENOORT, J. From Frege to G¨odel, Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1967, p.124-125. 1902. SCHROEDER-HEISTER, P. A model-theoretic reconstruction of Frege’s Permutation Argument. Notre Dame Journal of Formal Logic, v.28, n.1, p. 69-79, 1987. SCHIRN, M. Introduction: Frege on the Foundations of Arithmetic and Geometry. In: SCHRIN (Ed.). Frege: Importance and Legacy, Berlin: de Gruyter, 1996, pp. 1-42, 1996. ______. Percursos de Valores e Indetermina.c˜ao da Refer^encia. In: Princ/ıpios, Natal, v. 8, n. 9, p. 36-48, jan.-jun. 2001. STERNFELD, R. Frege’s Logical Theory. Carbondale, 1966. STRAWSON, P. F. Truth. In: Proceedings of the Aristotelean Society, v.24, 1950. TARSKI, A. Logic, Semantic, Metamathematics. 2. ed. Indianopolis: Hackett Publihing Co., 1983. van HEIJENOORT, J. (ed.) From Frege to G¨odel: A Sourcebook in Mathematical Logic, Cambridge: Harvard University Press, 1967. VILKKO, R. The Reception of Frege’s Begriffsschrift. In: Historia Mathematica, v.25, n.4, p.412-22, nov. 1998. WITTGENSTEIN, L. Tractatus Logico-Philosophicus. Trad. de C. K. Ogden. London: Routledge e Kegan Paul, 1922. WRIGHT, C. Frege’s Conception of Numbers as Objects. Aberdeen: Aberdeen University Press, 1983. ______. Is Hume’s Principle Analytic? In: Notre Dame Journal of Formal Logic, v. 40, n. 1, p. 6-30, 1999. ZALTA, E. Frege’s Theorem and Foundations for Arithmetic, The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2013 Edition), ZALTA, E.N. (Ed.). Dispon/ıvel em <http://plato.stanford.edu/archives/fall2013/entries/frege-theorem/>. Acesso em 16 jan 2014.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 65: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

STRAWSON, P. F. Truth. In: Proceedings of the Aristotelean Society, v.24, 1950. TARSKI, A. Logic, Semantic, Metamathematics. 2. ed. Indianopolis: Hackett Publihing Co., 1983. van HEIJENOORT, J. (ed.) From Frege to G¨odel: A Sourcebook in Mathematical Logic, Cambridge: Harvard University Press, 1967. VILKKO, R. The Reception of Frege’s Begriffsschrift. In: Historia Mathematica, v.25, n.4, p.412-22, nov. 1998. WITTGENSTEIN, L. Tractatus Logico-Philosophicus. Trad. de C. K. Ogden. London: Routledge e Kegan Paul, 1922. WRIGHT, C. Frege’s Conception of Numbers as Objects. Aberdeen: Aberdeen University Press, 1983.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar

Page 66: Value ranges, Julius caesar and Indeterminacy (Talk)

______. Is Hume’s Principle Analytic? In: Notre Dame Journal of Formal Logic, v. 40, n. 1, p. 6-30, 1999. ZALTA, E. Frege’s Theorem and Foundations for Arithmetic, The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2013 Edition), ZALTA, E.N. (Ed.). Dispon/ıvel em <http://plato.stanford.edu/archives/fall2013/entries/frege-theorem/>. Acesso em 16 jan 2014.

Referências

Value-ranges, Julius Caesar and Indeterminacy Bruno Bentzen Aguiar