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ISSN 0798 1015 HOME Revista ESPACIOS ! ÍNDICES ! A LOS AUTORES ! Vol. 38 (Nº 39) Año 2017. Pág. 31 Análise de cobertura, levantamento florístico e fitossiológico de uma área em recuperação com topsoil na Serra do Espinhaço, Brasil Analysis of coverage, floristic and phytosociological survey an area in recovery with topsoil in the Serra do Espinhaço, Brazil Rodrigo de Oliveira LARA 1; Israel Marinho PEREIRA 2; Evander Alves FERREIRA 3; Gustavo Antônio Mendes PEREIRA 4; Daniel Valadão SILVA 5; Enilson de Barros SILVA 6; Fillipe Vieira de ARAÚJO 7; Paula Alves OLIVEIRA 8 Recibido: 30/03/2017 • Aprobado: 15/04/2017 Conteúdo 1. Introdução 2. Metodologia 3. Resultados e Discussão 4. Conclusões Referências bibliográficas RESUMO: Objetivou-se avaliar o potencial do uso de topsoil em uma área degradada em Diamantina, Brasil, através da análise da cobertura vegetal, índice de similaridade e levantamento florístico e fitossociológico. Observou-se cobertura crescente do solo pelas espécies vegetais. O uso de topsoil incrementa a florística da área assim como a densidade de indivíduos vegetais. Ao longo do tempo espécies agressivas obtiveram um maior IVI. Conclui-se que está ocorrendo dominância de algumas espécies na área, como no caso de Mellinis minutiflora. Palavras chave Espécie Pioneira, Mellinis minutiflora, Restauração, Mineração ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the potential of topsoil in a degraded area in Diamantina, Brazil, through the analysis of the vegetation cover, similarity index and floristic and phytosociological survey. Increased soil cover by plant species was observed. The use of topsoil increases the floristic area as well as the density of plant individuals. Over time aggressive species obtained a higher IVI. It is concluded that dominance of some species in the area is occurring, as in the case of Mellinis minutiflora. Keywords Pioneer species, Mellinis minutiflora, Restoration, Mining 1. Introdução O Brasil contém extensas áreas degradadas, advindas das mais variadas atividades antrópicas. Estas atividades geram um impacto negativo sobre o meio ambiente, que promove uma pressão sobre os ecossistemas, bem como a escassez de recursos naturais para o uso humano. Devido a este fato, tem- se aumentado o interesse por estudos sobre técnicas de recuperação de áreas degradadas do Brasil.

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ISSN 0798 1015

HOME Revista ESPACIOS ! ÍNDICES ! A LOS AUTORES !

Vol. 38 (Nº 39) Año 2017. Pág. 31

Análise de cobertura, levantamentoflorístico e fitossiológico de uma área emrecuperação com topsoil na Serra doEspinhaço, BrasilAnalysis of coverage, floristic and phytosociological survey an area inrecovery with topsoil in the Serra do Espinhaço, BrazilRodrigo de Oliveira LARA 1; Israel Marinho PEREIRA 2; Evander Alves FERREIRA 3; Gustavo Antônio MendesPEREIRA 4; Daniel Valadão SILVA 5; Enilson de Barros SILVA 6; Fillipe Vieira de ARAÚJO 7; Paula AlvesOLIVEIRA 8

Recibido: 30/03/2017 • Aprobado: 15/04/2017

Conteúdo1. Introdução2. Metodologia3. Resultados e Discussão4. ConclusõesReferências bibliográficas

RESUMO:Objetivou-se avaliar o potencial do uso de topsoil em umaárea degradada em Diamantina, Brasil, através da análise dacobertura vegetal, índice de similaridade e levantamentoflorístico e fitossociológico. Observou-se cobertura crescentedo solo pelas espécies vegetais. O uso de topsoil incrementaa florística da área assim como a densidade de indivíduosvegetais. Ao longo do tempo espécies agressivas obtiveramum maior IVI. Conclui-se que está ocorrendo dominância dealgumas espécies na área, como no caso de Mellinisminutiflora. Palavras chave Espécie Pioneira, Mellinis minutiflora,Restauração, Mineração

ABSTRACT:The objective of this study was to evaluate the potential oftopsoil in a degraded area in Diamantina, Brazil, through theanalysis of the vegetation cover, similarity index and floristicand phytosociological survey. Increased soil cover by plantspecies was observed. The use of topsoil increases thefloristic area as well as the density of plant individuals. Overtime aggressive species obtained a higher IVI. It isconcluded that dominance of some species in the area isoccurring, as in the case of Mellinis minutiflora. Keywords Pioneer species, Mellinis minutiflora, Restoration,Mining

1. IntroduçãoO Brasil contém extensas áreas degradadas, advindas das mais variadas atividades antrópicas. Estasatividades geram um impacto negativo sobre o meio ambiente, que promove uma pressão sobre osecossistemas, bem como a escassez de recursos naturais para o uso humano. Devido a este fato, tem-se aumentado o interesse por estudos sobre técnicas de recuperação de áreas degradadas do Brasil.

Dentre os fatores que mais causam impacto ambiental no Brasil, os desmatamentos para implantaçãode agricultura, urbanização e construção de estradas, o super pastejo da vegetação, atividadesindustriais e mineração são considerados os principais fatores de degradação dos solos (Dias y Griffth,1998).Dos vários efeitos da degradação sobre o meio ambiente vale destacar, o empobrecimento do solo, oassoreamento de rios, reservatórios e açudes, o que gera a perda de biodiversidade, diminuição deterras produtivas, necessidade de insumos para manutenção das áreas produtivas e obtenção devariedades resistentes as pragas e doenças, sem contar na perda na qualidade de vida e nosfrequentes desastres ambientais (Jacob et al., 2008).Os impactos antrópicos sobre o meio ambiente vão desde a perda temporária de regeneração dosecossistemas florestais, até a completa remoção dos horizontes férteis do solo e geração de substratodifícil de colonização, como por exemplo, o caso de minerações (Neri et al., 2011).As atividades de mineração envolvem dois tipos de processos para remoção de minerais sendo oprimeiro tipo, a mineração subterrânea que prejudica a terra menos de um décimo do que a mineraçãode superfície e de maneira geral produzem menos resíduos, no entanto, neste tipo de mineração não épossível explorar todo o recurso mineral disponível, além de oferecer riscos de vida aos responsáveispela escavação (Miller, 2007). O segundo tipo de processo minerário é a mineração de superfície, queenvolve o desmatamento de vegetação e movimento de volumosas camadas de solo orgânico até quese alcance o material de interesse (Miller, 2007; Alba, 2010) que pode ser uma rocha ou um minério,por exemplo.A mineração pode ser considerada uma das atividades mais impactantes ao solo, embora, em geralnão afete grandes extensões territoriais (Neri, et al., 2011). A remoção ou perda por erosão dohorizonte superficial ao solo, juntamente com a matéria orgânica, causa sérios problemas físicos,químicos e biológicos ao substrato remanescente. Nestes casos, a restauração dos níveis anteriores dematéria orgânica é muito difícil e demorada, uma vez que, a produção de serrapilheira depende dacapacidade produtiva do solo e precisa sofrer vários processos de transformação, para atuarbeneficamente sobre o solo ou substrato, e ser capaz de sustentar a cobertura vegetal. Nestascondições, estabelece-se um ciclo vicioso em que a falta de matéria orgânica e de nutrientes, limita aprodução de biomassa e, consequentemente, a produção de serrapilheira, que é a principal matériaprima formadora de matéria orgânica do solo (Barbosa, 2008).Para a reestruturação destes ambientes faz-se necessário o restabelecimento de processos ecológicosvitais, como ciclagem de nutrientes (Pereira et al., 2012), chegada de sementes com potencialgerminativo e deposição de uma camada fértil no solo que dê suporte a novas formas de vida alipresentes. Restaurar a função de um ambiente degradado, buscando similaridade com ascaracterísticas anteriores à ação antrópica ou distúrbio ambiental causadores da degradação, é um dosdesafios que as ciências enfrentam na tentativa de mitigar os efeitos da degradação (Young, 2000).A transposição de solo, também chamado de uso do topsoil, visa à estruturação do solo com toda asua micro, meso e macro fauna/flora (Vieira, 2004). Com o uso desta técnica são resgatados, além dobanco de sementes, a biota do solo e a serrapilheira dos fragmentos de vegetação regionais para aárea em restauração, precipitando o desenvolvimento de diversas formas de vida vegetal e animal nolocal (Vieira, 2004). Esta camada de solo contém altas concentrações de matéria orgânica e nutrientes,é uma fonte valiosa de sementes de espécies nativas (Jakovac, 2007).Provavelmente a maior importância do solo rico em material orgânico na recuperação, seja a presençade microrganismos, que são essenciais para o ciclo de nutrientes, conservação e absorção destesnutrientes pelas plantas, uma vez que, nos trópicos, vínculos complexos e altamente dependentesforam estabelecidos entre plantas e estes microrganismos (Silva y Mendonça, 2007).A realização de estudos fitossociológicos permite avaliar a composição das espécies da vegetação decobertura, obtendo-se frequência relativa, densidade relativa, abundância relativa e índice de valor deimportância, sendo importante ferramenta utilizada na inferência sobre a comunidade em questão(Gomes et al., 2010; Barcellos Jr. et al., 2016). Ferreira, et al., (2014) estabeleceram duas causas paraa desuniforme distribuição das plantas no campo: a primeira delas refere-se ao processo de dispersão,em si; e, a segunda, à variabilidade espacial das condições que regulam a germinação, o que podecausar variações nas densidades populacionais, mesmo quando as sementes são uniformementedistribuídas na área. Se as condições ecológicas tendem a favorecer a germinação de umadeterminada semente, devem também favorecer a germinação de outras próximas a ela,

condicionando o aparecimento de reboleiras.No entanto, apesar dos estudos realizados visando a recuperação de áreas, alguns autores têm citadoa dificuldade de se recuperar uma área, que contem espécies exóticas e invasoras. A invasão deespécies exóticas representa um grave problema para o funcionamento dos ecossistemas e ameaça adiversidade vegetal (Martins, 2004).Neste sentido, objetivou-se com o presente estudo avaliar o potencial do uso de topsoil em uma áreadegradada no município de Diamantina - MG, através da análise da cobertura vegetal, índice desimilaridade e levantamento florístico e fitossociológico presente na área.

2. Metodologia

2.1. Localização e caracterização da área de estudoO Parque Estadual do Biribiri (PEB) está localizado na região do Alto Vale do Rio Jequitinhonha, noComplexo da Serra do Espinhaço, na parte sudeste do município de Diamantina.O regime climático da região é tipicamente tropical, Cwb na classificação de Koppen, caracterizado porverões brandos e úmidos (outubro a abril) e invernos mais frescos e secos (junho a agosto). Aprecipitação média anual varia de 1.250 a 1.550 mm e a temperatura média anual situa-se na faixa de18º a 19ºC, sendo predominantemente amenas durante todo o ano, devido às superfícies maiselevadas dessa serra. A umidade relativa do ar é quase sempre elevada, revelando médias anuais de75,6% (Neves et al., 2005).

Para a realização deste estudo selecionou-se dentro do Parque Estadual do Biribiri uma área deempréstimo, denominada cascalheira, situada entre as coordenadas 0649511,86 e 649640,24 m delongitude e 7987114,81 e 7987250,62 m de latitude (UTM) e altitude média de 1412 m. Esta área teveorigem na necessidade da retirada de cascalho para ser usado na construção da rodovia BR- 367. Acamada de solo fértil foi removida em função do avanço da lavra, sem estocagem em leiras,contrariamente à recomendação técnica para posterior reposição. Portanto, a exploração deu-se semplanejamento adequado. Não há registros do tempo exato que a área se encontra em regeneração.

Para a realização deste estudo, selecionou-se no Campus JK, da Universidade Federal dos Vales doJequitinhonha e Mucuri, terrenos destinados à construção, para a retirada do topsoil, sendo estetransplantado para uma área de cascalheira, onde foi instalado o experimento. Essa cascalheira possuicerca de 10 hectares e está situada dentro do Parque Estadual do Biribiri. Todo solo superficial foiremovido, restando apenas um substrato muito compactado com presença de rocha e vários sulcos deerosão.O topsoilfoi coletado em áreas do Campus JK, da UFVJM, com auxílio de uma máquina retro-escavadeira, retirando-se camadas do solo superficial com profundidades entre 0 e 10 cm e emseguida foi transportado para a área da cascalheira, localizada a cerca 2 Km do Campus JK. Em janeirode 2010 o material foi depositado em pilhas e depois espalhado na área com auxílio de um trator deesteira em camadas de cerca de 20 cm de topsoilna área totalmente descoberta de qualquer coberturavegetal.

2.2. Avaliação do uso do topsoil na recuperação da áreaAvaliação da cobertura do solo pelo método da fotografiaA cobertura do solo é um importante fator no processo da erosão, visto que reduz a energia deimpacto das gotas de chuva sobre o solo, a velocidade e o volume de escoamento superficial e,consequentemente, o desprendimento das partículas e a capacidade de transporte de solo (Varella,2002). A cobertura do solo é constituída pelo dossel da cultura e pelos resíduos vegetais, e sofrecontínuas modificações a medida que os resíduos se decompõem e a cultura se desenvolve. Destaforma, a quantificação desse parâmetro torna-se de grande importância para as pesquisas queestudam a infiltração e a erosão dos solos.O presente método consiste em avaliar o percentual de cobertura do solo pela vegetação presente, pormeio de uma fotografia. Esta fotografia é processada no programa Image Pro Plus, onde foi obtido opercentual de solo recoberto por camada vegetal.A área foi dividida em quatro ambientes para maior diferenciação, para levantamento fitossociológicodas espécies regenerantes. Estas áreas foram divididas em função da declividade e altitude de cadaambiente. Para aplicação do método foram plotadas 15 parcelas de 1m x 1 m em cada um dos quatroambientes definidos em função das características de declividade do terreno e quantificação dacobertura do solo,posteriormente, foram tiradas em cada parcela uma foto a 1 metro de altura do solo.

Épocas de avaliaçãoPara avaliar a sazonalidade da cobertura do solo e composição da cobertura vegetal foram realizadastrês avaliações, com base na sazonalidade e na variação climática do ano, de forma que a primeiraavaliação foi realizada em setembro de 2010, a segunda em fevereiro de 2011 e a terceira emsetembro de 2011. Como fator temporal de análise também foi contado os dias que o topsoil haviasido depositado na área até a data da análise da cobertura vegetal, correspondendo a sete meses paraa primeira avaliação, doze meses para a segunda avaliação e dezenove meses para a terceiraavaliação.

Caracterização dos ambientesAmbiente 1: declividade de 2%, altitude de 1422 m, área mais elevada da paisagem.Ambiente 2: declividade de 10%, altitude de 1375 m, área mais baixa da paisagem.Ambiente 3: declividade de 25%, altitudes variando de 1370 a 1415 m, área inclinada.Ambiente 4: declividade de 40%, altitudes variando de 1366 a 1420 m, área inclinada.

Levantamento florístico e fitossociológico da áreaDe acordo com Van Der Berg (2000) os levantamentos estritamente florísticos permitem comparaçõesrelativamente simples e eficientes entre um grande número de áreas. Porém, diferenças esemelhanças entre áreas geograficamente próximas e/ou floristicamente parecidas podem ser melhorabordadas através de dados quantitativos fornecidos por levantamentos fitossociológicos, poisdiferenças quantitativas entre áreas podem ser muito mais marcantes que diferenças florísticas(Causton, 1988). Medidas de abundância e de distribuição das espécies são essenciais, quando seobjetiva conhecer a estrutura da vegetação e construir uma base teórica que subsidie seu manejo,

conservação ou a recuperação de áreas similares (Vilela et al., 1993).Para o levantamento florístico e fitossiológico, foram identificadas as espécies que se encontravam nointerior das 15 parcelas em cada um dos quatro ambientes. Essas espécies foram catalogadas e paracada ambiente, foram calculados os principais parâmetros fitossociológicos, a saber:

Frequência Relativa (FRR). No estudo de vegetação, a frequência indica o número de parcelas em que uma espécieocorre, em relação ao número total de parcelas. Esta variável é sensível aos padrões de distribuiçãodos indivíduos. O termo Frequência Relativa (FR) designa a relação entre a frequência de uma espéciedividida pela soma das frequências de toda as espécies encontradas nas áreas amestradas.

Densidade Relativa (DER).A densidade de uma espécie em uma floresta é o número de indivíduos dessa espécie por unidade deárea. Se o número de indivíduos de tal espécie for dividido pelo número total de indivíduos de toda asespécies dentro da comunidade estudada, se obterá sua Densidade Relativa.

Abundância Relativa (ABR).A abundância relativa é um conceito estatístico utilizado na ecologia para determinar o tamanho dapopulação de uma espécie em um determinado habitát.

Índice de Valor de Importância (IVI) é um dado que expressa numericamente a importância de umadeterminada espécie dentre as árvores de uma comunidade florestal. O IVI de uma espécie em umacomunidade é determinado através da soma de seus valores de densidade, frequência e dominânciaexpressos em porcentagens.

IVI= FRR+DER+ABR

Índice de similaridade florística entre avaliações.Estabeleceu-se a comparação entre as avaliações por meio do índice de similaridade (IS). Paraavaliação da similaridade entre as populações botânicas na área estudada, foi utilizado o IS - Índice deSimilaridade de Sorense (Sorense, 1972), através da fórmula:

Em que: a = número de espécies comuns às duas áreas; b e c = número total de espécies nasduas áreas comparadas.

O Índice de Similaridade varia de 0 a 100, sendo máximo quando toda as espécies são comuns às duasáreas e mínimo quando não existem espécies em comum.

3. Resultados e Discussão

3.1. Análise da cobertura do soloObserva-se na figura 2 para os quatros ambientes estudados, que ocorreu crescente cobertura do solopelas espécies vegetais que ocupam a área, sendo observado na última avaliação porcentual de

cobertura acima de 85% para todos os ambientes, mesmo nos ambientes mais declivosos como o I e oII. Este fato pode estar relacionado aos efeitos benéficos que o topsoil trouxe para a área, comochegada de sementes, composição de camada protetora que inibe carreamento de sementes eauxiliadora na germinação, propiciando assim a ocupação da vegetação da área. Também se esperaque o grupo de espécies regenerantes no topspoil, em sua maioria pioneiras, atue como cicatrizador doambiente e junto com o solo orgânico introduzido, promovam mudanças das condições edáficas emicroclimáticas da área a ser recuperada, criando condições para a chegada e desenvolvimento deoutras espécies (Potthoff et al, 2005).

Figura 2: Porcentagem de cobertura do solo, com o desvio padrão, encontrado nos quatro ambientes em uma área de cascalheira em Diamantina- MG.

3.2. Levantamento florístico e fitossociológicoCom o levantamento florístico e fitossociológico constatou-se uma riqueza de 42 espécies identificadas,sendo elas distribuídas em 14 famílias. Foram levantados 10.389 indivíduos no total nas trêsavaliações, sendo 3.162 indivíduos na primeira avaliação, 6.200 indivíduos na segunda avaliação,1.027 na terceira avaliação. As famílias Asteraceae, Poaceae, Rubiaceae e Malvaceae foram de maiordestaque, apresentando 32%, 22%, 14% e 12% respectivamente, do total de indivíduos avaliados.Destaque para maior número de individuo encontrado no período chuvosa, ou seja, na avaliaçãorealizada em fevereiro de 2011 (Tabela 1).Ferreira et al. (2014), trabalhando em pastagens degradadas do Médio Vale do Rio Doce identificaramno Município de Frei Inocêncio, 23 espécies, distribuídas em dez famílias, sendo a Poaceae a maisrepresentativa, com oito, no total, seguida de Malvaceae e Fabaceae, com cinco e três espécies,respectivamente, os mesmos autores concluíram que as espécies U. decumbens, S. glaziovii e S.carpinifolia foram as plantas daninhas com maior ocorrência em pastagens degradadas, no Médio Valedo Rio Doce – MG, e merecem atenção especial no manejo de recuperação dessas áreas.

Tabela 1: Relação das espécies e respectivas famílias botânicas para o levantamento florístico e fitossociológico feito durante todaas três avaliações na cascalheira em Diamantina, Minas Gerais, pelo Sistema APG. Em que: FV (forma de vida); A (arbórea); AR

(arbustiva); H (herbácia); SAR (subarbustiva); EXO (exótica); NAT (nativa); S (seca); C (chuvosa)

Espécie FV Origem Estação

Amaranthaceae

Alternanthera tenella Colla H NAT C

Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze H EXO S,C

Asteraceae

Ageratum conysoides L. H NAT S,C

Arnica spp L. SAR EXO C

Bidens pilosa L. H EXO C

Conyza bonariensis (L.) Cronquist H EXO C

Chenopodium ambrosioides L. H EXO S

Eclipta Alba L. Hassk.(L.) Hassk H EXO S

Emilia sonchifolia L. H EXO S,C

Gnaphalium spicatum Wild H EXO S

Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. H NAT S

Sonchus oleraceus L. H EXO S

Tagetes minuta L. SAR EXO S,C

Bignoniaceae Handroantus ocraceus (Vahl) S.Grose A NAT S, C

BromeliaceaeBromelia spp L. H EXO C

Ananas comunus(L.) Merr SAR NAT S,C

Commelinaceae Commelina difusa Burn. H EXO S,C

Cyperaceae Cyperus rotundus L. H EXO S,C

Convolvulaceae Ipomoeia spp L. H EXO C

EuphorbiaceaeEuphorbia heterophylla L. H EXO C

Ricinus communis L. AR EXO C

Malvaceae

Sida rhombifolia L. SAR EXO S,C

Sida santaremnensis H. Monteiro SAR NAT C

Sida urens L. SAR NAT C

Gossypium spp L. SAR EXO S,C

Sidastrum micranthum (A. St.-Hil.) SAR EXO C

Malvastrum coramandelianum (L.) Garke SAR EXO S,C

Poaceae

Cynodon dactilon L. H EXO S,C

Brachiaria decumbens. Stapf. H EXO C

Cenchrus echinatus L. H EXO S

Eleusine indica (L.) Gaertn. H EXO S,C

Melinis minutiflora P. Beauv. H EXO S,C

Panicum spp. H EXO C

Paspalum notatum Fluggé H EXO C

Rhynchelytrum repens (Willd.) C.E. Hubb H EXO C

Setaria geniculata (Wild) H EXO C

Polygonaceae Rumex spp L. H NAT C

Portulacaceae Portulaca oleracea L. H EXO S,C

Rubiaceae

Diodia teres Walter H EXO S,C

Spermacoce spp H NAT S,C

Richardia brasiliensis Gomes H EXO S

Solanaceae

Crotalaria spectabilis Roth SAR EXO C

Nicandra physaloides (L.) Pers H EXO C

Solanum ameriacumMill. H EXO S,C

Solanum lycocarpum St. Hil A NAT S,C

Solanum viarumDunal H EXO S,C

Destacou-se na primeira avaliação, realizada no período seco do ano (Set/2010) as espécies Ageratumconysoides, Acanthospermum australe, Diodia teres e Sida rhombifolia, consideradas pioneiras. Asespécies pioneiras caracterizam-se, conforme sintetizado por Hubbell e Foster (1986), por exibir rápidaelongação de um broto monopodial, arquitetura de ramificação simples, baixa densidade de madeira,rápida maturação (florescendo enquanto ainda jovens), vida relativamente curta e produção desementes pequenas em grande quantidade, bastantes disseminadas por aves e morcegos, o quefavorece os processos de recuperação em uma área degradada (Figura 2).No Ambiente I, a espécie Acanthospermum australe apresentou a maior densidade relativa (22,24),frequência relativa (10,6) e abundancia relativa (9,91) e maior índice de valor de importância (IVI)(Figura 3 A).

Figura 3: Parâmetros fitossociológicos para as cinco espécies de maior IVI de quatro ambientes: A - Ambiente 1; B - Ambiente 2; C - Ambiente 3; D - Ambiente 4,

na primeira avaliação realizada em uma cascalheira em Diamantina, MG.

No Ambiente II a espécie que apresentou maior densidade e abundancia relativas foi a Ageratumconysoides com valores de 30,54 e 20,57; respectivamente, bem como maior IVI. Porém a Sidarhombofolia apresentou maior frequência relativa (8,97) (Figura 3 B).Já no Ambiente III, a espécie Ageratum conysoides apresentou um maior valor de frequência relativa(8,57), densidade relativa (59,93) e abundancia relativa (45,83) e maior IVI (Figura 2 C). Ageratumconysoides se caracteriza como uma espécie herbácea, anual, ocupando áreas cultivadas, pastagens eáreas abandonadas (Moreira y Bragança, 2010).Para o Ambiente IV, a espécie Diodia teres mostrou a maior frequência relativa (7,8) e densidaderelativa (13,81), porém o maior valor de abundancia relativa e IVI foi apresentado pela espécie Bidenspilosa (26,96) (Figura 3 D).Importante destacar que os ambientes I e II apresentam-se menor inclinação e os ambientes III e IVsão mais declivosos. Na primeira avaliação não ocorreu modificação importante na composiçãoflorística relacionada a declividade dos ambientes de avaliação (Figura 3).Na segunda avaliação, constatou-se mudança no valor de importância de algumas espécies na área,assim como aparecimento de índices com valores parecidos. Tal fato pode estar relacionado à época doano em que foi feita a analise, já que esta foi feita após a época com alta pluviosidade na região, ouseja, fevereiro de 2011, dessa forma as condições climáticas podem ter auxiliado na germinação denovas espécies na área. As espécies que mais se destacam nos quatro ambientes na segunda avaliaçãoforam: Melinis minutiflora, Bidens pilosa, Ageratum conysoides e Acanhthospermum australe (Figura4).

Figura 4: Parâmetros fitossociológicos para as cinco espécies de maior IVI de quatro ambientes: A - Ambiente 1; B - Ambiente 2; C - Ambiente 3; D - Ambiente 4, na segunda avaliação realizada em uma cascalheira em

Diamantina, MG.

No Ambiente I, a espécie Acanhthospermum australe e Melinis minutiflora, tiveram os maiores valoresde frequência relativa (5,59 e 5,22 respectivamente). Já a espécie Melinis minutiflora apresentou maiordensidade relativa (7,84) e IVI, sua abundancia relativa, ficou em segundo lugar com 5,41, sendosuperada somente para a espécie Diodia teres (7,35). (Figura 4 A).A espécie Melinis minutiflora apresentou maior frequência relativa (4,8) no Ambiente II. Mas a maiordensidade relativa foi apresentada pela espécie Bidens pilosa com 8,07, bem como maior IVIe aAcanhthospermum australe mostrou a maior abundancia relativa com 7,08 (Figura 4 B).No Ambiente III a espécie Acanhthospermum australe apresentou a maior densidade relativa eabundancia relativa, com 7,68 e 6,9 respectivamente, bem como, maior IVI. O maior valor defrequência relativa foi encontrado na espécie Mellinis minutiflora com 4,91. Enquanto no Ambiente IVa espécie Mellinis minutiflora apresentou os maiores valores de densidade relativa e abundanciarelativa (8,5 e 6,59 respectivamente) e IVI (Figura 4 C e D). Mellinis minutiflora é uma gramíneaperene com capacidade de formar amplos e compactos tapetes, pelo fato de ter o hábito prostradocom ramificações ascendentes (Moreira y Bragança, 2010).Em todos os ambientes desta avaliação ocorreu uniformidade quanto a germinação e desenvolvimentodas espécies de maior IVI, isto pode estar relacionado com a época de avaliação, realizada na estaçãochuvosa. Os altos índices de pluviosidade podem ter favorecido a competição e estabelecimento destasespécies nas áreas de forma uniforme (Figura 4).Na terceira avaliação, realizada no período seco do ano (setembro de 2011) as espécies queapresentaram maiores índices de valor de importância foram Sida rhombifolia, Mellinis minutiflora,Urochloa decumbens, Cynodon dactilon (Figura 5).

Figura 5: Parâmetros fitossociológicos para as cinco espécies de maior IVI de quatro ambientes: A - Ambiente 1; B - Ambiente 2; C - Ambiente 3; D - Ambiente 4, na terceira avaliação realizada em uma cascalheira em

Diamantina, MG.

Pode-se chamar atenção para duas espécies encontradas, a Mellinis minutiflora e a Urochloadecumbens que são espécies exóticas com características inibidoras que dificultam o processo desucessão ecológica. Segundo Martins (2011), a gramínea africana Mellinis minutiflora P. Beauv. (capim-gordura) é uma invasora extremamente agressiva, que compete com sucesso com a flora nativa e, emparticular, com a flora do Cerrado sentido amplo (lato sensu). Isto se deve principalmente à grandequantidade de sementes e ao tipo de dispersão. As sementes são muito pequenas (1,5 a 2,5 mm),leves (0,00010 a 0,00013 g) e são providas de aristas, o que facilita a sua disseminação ectozoocóricae anemocórica. Produz grande quantidade de sementes (200-280 kgha-1) e, em um quilograma, sãoencontradas entre 13 a 15 milhões de sementes. As sementes apresentam alto poder de germinação ealta dormência de longa duração (Martins, 2011), dificultando assim o processo de recuperação daárea e da regeneração de outras espécies (Figura 5).No Ambiente I, a Sida rhombifolia apresentou maior índice de densidade relativa (36,43) e abundanciarelativa (17,66), bem como, maior IVI. E a espécie Mellinis minutifolia mostrou o maior índice defrequência relativa (19,71). Notou-se que no Ambiente II a Sida rhombifolia também apresentou osmaiores índices de densidade relativa, abundância relativa e IVI, igualmente o que ocorreu primeiroambiente, com os valores de 33,33 e 18,35 respectivamente. E assim como no primeiro ambiente aespécie Mellinis minutiflora, apresentou o maior valor de frequência relativa (Figura 5 A e B).No Ambiente III a espécie Mellinis minutiflora apresentou os maiores valores em todos índices,densidade relativa (22,47), frequência relativa (14,13), abundancia relativa (13,05) e IVI (Figura 5 C).

Para o Ambiente IV a espécie Cynodon dactylon apresentou os maiores valores em densidade relativa(45,81), abundancia relativa (31,42) e IFV. A maior frequência relativa foi apresentada pela Sidarhombifolia com 18,18 (Figura 5 D). Santana (2009), trabalhando em áreas de pastagens, com solosaltamente degradados, na Região de Gurupi, Tocantins, constatou que as principais plantas invasorasencontradas foram: H. suaveolens, S. obtusifolia, S. cordifolia, S. micranthum, e Waltheria indica L,inferindo que espécies da família Malvaceae podem indicar grau de degradação e compactaçãoelevados.

3.3. Índice de SimilaridadeAo se avaliar o índice de similaridade entre os períodos de avaliação, verificou-se menor similaridadeentre a segunda avaliação (Fev/2011) e a terceira avaliação (Set/2011), correspondente a 59,79%(Tabela 2). Embora tenha uma variação no número de espécies nos períodos de amostragem, asimilaridade florística entre avaliações foi alta para os coeficientes Sorensen, pois de acordo com Felfiliy Venturoli (2000), quando o valor do índice de similaridade é superior a 50% pode-se afirmar queexiste elevada similaridade entre as áreas em questão.

Tabela 2: Resultados dos Índices de Similaridade entre avaliações da cascalheira.

Avaliação 2

(Fev/2011)

Avaliação 3

(Set/2011)

Avaliação 1

(Set/2010)92,55 60,31

Avaliação 2

(Fev/2011)- 59,79

O índice de similaridade entre os ambientes também pode ser considerado elevado, pois seus valoresforam superiores a 50%, sendo que o menor índice similaridade foi observado entre o ambiente I e oambiente 4 na terceira avaliação, valor correspondente a 52,94% (Tabela 3).

Tabela 3: Resultados encontrados dos Índices de Similaridade entre os quatro ambientes durante as três avaliações na cascalheira em Diamantina-MG.

Avaliação 1

(Set/2010)

Avaliação 2

(Fev/2011)

Avaliação 3

(Set/2011)

Amb2 Amb3 Amb4 Amb2 Amb3 Amb4 Amb2 Amb3 Amb4

Amb1 71,42 77,77 72,41 87,32 95,89 80,55 68,57 70,27 52,94

Amb2 - 88,00 88,88 - 88,57 81,15 - 81,25 68,96

Amb3 - - 73,04 - - 84,50 - - 77,41

No entanto, constatou-se decréscimo na similaridade entre áreas ao longo do tempo, supõe-se que ocomponente herbáceo da área está mudando sua composição florística ao longo do tempo.Considerando os ambientes, todas as avaliações podem ser consideradas homogêneas, pois todosapresentaram valores superiores a 50% (Tabela 3).Ferreira et al., (2014) trabalhando com pastagens degradadas na Região do Médio Vale do Rio Doce noEstado de Minas Gerais verificaram que quanto à similaridade entre as áreas, o maior valor foiobservado entre as áreas 5 e 6 dos municípios de Governador Valadares, distritos de Baguarí, e

Engenheiro Caldas (IS de aproximadamente 47%). Entre as demais áreas, em média, os valores desimilaridade não ultrapassaram 28,5%, indicando baixa homogeneidade entre elas, podendo, isso, serexplicado pelo fato de serem locais distintos, quanto à distância geográfica, e com condiçõesespecíficas de solo. Os mesmos autores concluíram também que a menor similaridade, observadaentre as áreas 3 e 7, dos municípios de São Vitor e de Governador Valadares, distrito de Baguarí,relaciona-se ao fato de compartilharem somente uma espécie em comum, resultando em IS deaproximadamente 11%.Destacando-se que no presente trabalho ás áreas cobertas com topsoil constituíram-se em ambientespróximos e o solo usado para cobertura da camada superficial provém de uma mesma área, ou seja,provavelmente apresentam um banco de sementes semelhante.

4. ConclusõesConclui-se que o uso de topsoil é uma alternativa para a recuperação de áreas que contem baixaresiliência, pois através desta técnica há rápida cobertura do solo, evitando assim erosões e perda desementes. O uso de topsoil incrementa a florística da área assim como a densidade de indivíduosvegetais na área degradada, mesmo em locais mais inclinados, através do banco de sementes comotambém da chuva de sementes que chegarão na área.Também se observou que ao longo do tempo, algumas espécies, com características agressivas,obtiveram um maior Índice de Valor de Importância. E através do Índice de Similaridade, observou-sedecréscimo da homogeneidade da área, assim pode-se dizer então que está ocorrendo umadominância de algumas espécies na área, no caso da Mellinis minutiflora.

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1. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Engenheiro florestal. E emailde contato: [email protected]. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Engenheiro florestal e Ph.D. Eemail de contato: [email protected]. Departamento de Agronomia. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Engenheiro agrônomo e Ph.D. E emailde contato: [email protected]. Departamento de Agronomia. Universidade Federal de Viçosa. Engenheiro agrônomo e Ph.D. E email de contato:[email protected]. Departamento de Agronomia. Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Engenheiro agrônomo e Ph.D. E email de contato:[email protected]. Departamento de Agronomia. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Engenheiro agrônomo e Ph.D. E emailde contato: [email protected]. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Engenheiro florestal. E emailde contato: [email protected]. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Engenheira florestal. E emailde contato: [email protected]

Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015Vol. 38 (Nº 39) Año 2017

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