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XBRL LANGUAGE: A CASE STUDY OF TAXONOMY DEFINITION AND SOFTWARE IMPLEMENTATION OF DATA MEDICCAL PROCEDURES TRANSFER FROMCLINICS HOSPITAL OF UFPE FOR SUS

Aldemar de Araújo Santos (Universidade Federal de Pernambuco, PE, Brasil) - [email protected] Lira Gomes (Universidade Federal de Pernambuco, PE, Brasil) - [email protected] Raony Benjamim de Assis Alves (Universidade Federal de Pernambuco, PE, Brasil) [email protected] de Moura Soeiro (Universidade Federal de Pernambuco, PE, Brasil) - [email protected] Caetano da Silva (Banco Central do Brasil, BA, Brasil) - [email protected]

Created to facilitate the exchange of accounting and financial data, language XBRL (eXtensible Business Reporting Language) is still little used in Brazil because the Brazilian jurisdiction that defines the adoption of this language has not been fully implemented. The aim of this article was to show the benefits and impacts of this technology in the area of Health was conducted a case studyof the taxonomy definition and development of a software adopting XBRL standards at the Hospital of the Federal University of Pernambuco (HC / UFPE ). The software generatesinformation from the monthly report of the previous billing authorizations for hospitalization (AIH) of services provided by the HC / UFPE for the Unified Health System (SUS). Before this reportwere done by employees in a rudimentary way with the use of spreadsheets and other technological resources elementary. In this study, are defined and analyzed the requirements for software design, operation and results, which show the importance of the use of XBRL technology by organizations.We described the stages of study and development of software, from the taxonomy and instancesdefined. Finally, it was shown an example of operation of the HC program, whose results were satisfactory, and the application is being perfected and documented to be available to otherhospitals in the Health SUS.

Keywords: XBRL, Taxonomy, Health Data, Financial Information, Health System Attendance, Clinics Hospital, SUS, UFPE.

LINGUAGEM XBRL: UM ESTUDO DE CASO DE DEFINIÇÃO DE TAXONOMIA E IMPLEMENTAÇÃO DE SOFTWARE PARA TRANSFERÊNCIA DE DADOS DE PROCEDIMENTOS MÉDICOS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE PARA O SUS

Criada para facilitar o intercâmbio de dados contábeis e financeiros, a linguagem XBRL (eXtensible Business Reporting Language) ainda é pouco utilizada no Brasil, porque a jurisdição brasileira a adoção desta linguagem. O objetivo deste artigo é mostrar benefícios e impactos desta tecnologia na área da Saúde. Foi realizado um estudo de caso de definição da Taxonomia e odesenvolvimento de um software adotando-se os padrões XBRL no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE). O software gera informações do relatório mensal da prévia do faturamento das autorizações de internação hospitalar (AIH) dos serviços prestados pelo HC/UFPE para o Sistema Único de Saúde (SUS). Antes esse relatório era feito porfuncionários de forma rudimentar com o uso de planilhas e outros recursos tecnológicos elementares. Neste estudo, são definidos e analisados os requisitos para o projeto do software, a operação e os resultados obtidos, que evidenciam a importância do emprego da tecnologia XBRL pelas organizações. Foram descritas as etapas de estudo e desenvolvimento do software, a partir da Taxonomia e Instâncias definidas. Por fim, foi mostrado um exemplo de operacionalização doprograma no HC, cujos resultados foram satisfatórios, e a aplicação está sendo aperfeiçoada e documentada para ser disponibilizado para outros hospitais da rede de Saúde do SUS.

Palavras-chave: XML, XBRL, Taxonomia, Dados de Saúde, Informações Financeiras, Sistema Único de Saúde, Hospital das Clínicas da UFPE, SUS.

10th International Conference on Information Systems and Technology Management – CONTECSI June, 12 to 14, 2013 - São Paulo, Brazil

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1 INTRODUÇÃOOs dados gerados por programas de computadores podem ser armazenados em diversos suportes, desde os mais rudimentares como arquivos de texto, aos mais sofisticados como os Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD). Para preservarem as características dos dados e das informações geradas, é preciso que esses dados sejam convertidos de forma a não perderem suas representações semânticas quando suportes diferentes de tratamento de tais dados mudam. Entretanto, nem sempre é possível automatizar a conversão entre diversos formatos, pois as regras de conversão podem não serem acessíveis, não definidas ou inexistentes.Muitas vezes o significado do dado no documento é conhecido entre as pessoas que compartilham determinado ambiente comum, mas não é esse o caso quando o intercâmbio da informação se faz necessário para além do ambiente da empresa/instituição de origem de tal documento de registro do dado/informação. A necessidade de se extrair a informação desejada pode, nos moldes tradicionais, requerer intervenção humana, sendo este um momento bastante propício para inserção de erros na análise dos dados.Visando contribuir na solução de intercâmbios de dados financeiros e contábeis de instituições diferentes, foi criada a linguagem XBRL (eXtensible Business Reporting Language), que requer definições de taxonomias próprias para cada “família de dados” e suas representações por meio de formatos padronizados para os dados. A linguagem segue um padrão internacional, onde cada país isoladamente ou confederados (exemplo, a comunidade de países europeus) definem regras e taxonomias correspondentes para processos de tratamento e transferências de dados, obedecendo às mesmas semânticas de formatos, que sejam amplamente conhecidas, independente de interesses particulares.Sobre a implementação e utilização da linguagem XBRL, este artigo explora como a adoção deste padrão pode contribuir para o intercâmbio de dados financeiros de forma mais fácil e eficiente entre as instituições públicas da área de Saúde. Especificamente, é mostrado estudo de caso do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para o qual se criou taxonomia específica da área da Saúde, para transferência de dados de procedimentos médicos do HC e para o Banco de dados (DATASUS, www.datasus.gov.br) do Sistema Único de Saúde (SUS).

Este estudo tomou como base a questão de pesquisa: pode-se definir taxonomia XBRL específica e implementar software para registro, transformação e transferências de dados financeiros do Hospital das Clínicas da UFPE (HC/UFPE) para os bancos de dados do SUS?

1.1 ObjetivoO objetivo deste estudo foi definir taxonomia XBRL e implementar software para transferência de dados financeiros de autorizações de internamentos hospitalares (AIH) deprocedimentos médicos realizados no HC/UFPE para o Bancos de Dados do SUS. Objetivos específicos:

a) analisar a literatura internacional do assunto e experiências de países em definições de taxonomias e desenvolvimento da tecnologia XBRL;


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b) definir taxonomia XBRL para a área da Saúde, tomando como base a unidade de prestação de serviços de Saúde do SUS;

c) avaliar ambiente e processos administrativos do setor de Saúde para definição de taxonomia XBRL do ambiente do SUS de tratamento e transferências de dados.

d) comparar e evidenciar resultados de transferências dados de Saúde por meio de software implementado com tecnologia XBRL de unidade HC/UFPE e ambiente de saúde (SUS).

1.2 JustificativaEm um mundo globalizado no qual as informações precisam ser adquiridas com agilidade e eficiência, a automatização de tarefas manuais é cada vez mais valorizada. Entre as propostas para uniformizar o formato de representação de dados, a utilização de linguagens de marcação derivadas de XML (eXtensible Markup Language) se apresenta como uma solução cada vez mais expressiva. Mais especificamente, para a área financeira, alinguagem XBRL (eXtensible Business Reporting Language) está alcançando estágio de adoção em diversas organizações, públicas e privadas, em vários países do mundo(SANTOS, 2009). Tal expansão da linguagem XBRL como padrão mundial de relatofinanceiro sugere que novas aplicações dessa tecnologia devam ser desenvolvidas nos próximos anos (SANTOS, 2010).

Este estudo de caso no HC/UFPE que se apresentou como um nicho para a aplicação dos conceitos da tecnologia XBRL. O HC gerar relatórios de prévia do faturamento mensal de forma manual, por conseguinte, observou-se que seria oportuno criar um software baseado em XBRL que gerasse esse relatório de dados de saúde de forma automática.

1.3 Metodologia Este trabalho é um estudo de caso, no qual foram levantadas as necessidades do hospital e os requisitos do software. Foram realizadas visitas e entrevistas no setor de contas médicas do HC/UFPE. Realizou-se uma pesquisa sobre as características técnicas da linguagem XBRL para se aplicar apenas os conceitos necessários ao contexto. A pesquisa consistiu na leitura de textos e artigos da linguagem e no estudo do texto: “Understanding XBRL: A techinical guide to working with XBRL 2.0 and XLink” [UXBRL2.0]. Nesta fase, se constatou inexistências e limitações de elementos definidos em outras taxonomias, quando então foi necessário se fazer implementações específicas de elementos para o contexto da Saúde.Agregados os recursos necessários, foram definidos os recursos para o desenvolvimento do software, tais como: plataforma, recursos da linguagem, elementos para concessão de licença de uso, por ser um software livre. Realizado o planejamento, o software foi elaborado, testado e apresentado ao setor de contas médicas do HC para os devidos ajustes.

1.4 LimitaçãoA solução apresentada no presente artigo soluciona o problema da criação de relatórios daprévia de faturamento mensal para hospitais da rede pública de saúde que sejam conveniadas ao SUS, exemplo, o HC/UFPE. A função do programa é gerar os relatórios com base em um conjunto específico de arquivos de dados de procedimentos médicos


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realizados por essas instituições de saúde. Qualquer alteração de formatos de arquivos vai requerer modificações em regras da taxonomia definida que deve ser padrão, e alterações correspondentes dos códigos do software para refletir tais mudanças.

2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICAPode-se entender o termo stakeholders como os diversos grupos de interesse, internos ou externos à organização que possam influenciar seu desempenho. Nessas circunstâncias, podem ser identificados interesses para as empresas, tais como: clientes, empregados, governo, fornecedores, credores, acionistas e comunidade (OTT e PIRES, 2009). Uma explicação para esse fenômeno está na Teoria Geral dos Sistemas (TGS), pelo fato das organizações serem sistemas abertos, interagem com a sociedade no ambiente onde atuam (BERTALANFFY, 1968).Por sua vez, os diferentes grupos podem ter interesses conflitantes, podendo de este modo ser prejudiciais às entidades. Destarte, os diversos usuários necessitam de diferentes tipos de informação. (ALBUQUERQUE et al., 2007; OTT e PIRES, 2009).

Em decorrência deste fato e impulsionado pela crescente necessidade de informações mais diversificada e em um fluxo cada vez mais rápido, visando atender as demandas dos diversos usuários, a ideia de utilização de Sistemas de Informação (SI); Sistemas de Informações Gerenciais (SIG); Sistemas de Informação de Apoio à Decisão (SAD); ganha força dentro dos ambientes organizacionais, juntamente com as tecnologias da informação (TI) que auxiliam no tratamento e produção de informações necessárias para os diversos fins.De acordo com O’brien e Marakas (2007, p.53) a tecnologia da informação pode ser vista e utilizada de diversas maneiras, servindo desde tomadas de decisões estratégicas até suporte eficiente nas operações diárias. Tal fato cria para a organização uma vantagem competitiva no mercado no qual está inserida. Contudo, não se pode falar em Tecnologia da Informação sem abordar as etapas da criação de um programa. Tal processo inicia-se com uma análise econômica e finda na manutenção, passando pelas fases de arquitetura e codificação do software. Deste modo nota-se a necessidade da utilização de programas compiladores e domínio de alguma linguagem de programação.

Uma linguagem de programação é um método padronizado para comunicar instruções para um computador, estabelecendo um conjunto de regras sintáticas e semânticas utilizadas para definir um programa de computador. Isto permite que um programador especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas em várias circunstâncias. Dentre as diversas linguagens conhecidas pode-se destacar a Java, Pascal, Phyton, Visual Basic, SQL, MATLAB, etc.Originária da linguagem XML (eXtensible Marking Language), XBRL é apontada como um importante recurso de padronização do intercâmbio de informações financeiras (HOFFMAN, 2000), pois permite que seja possível automatizar a geração de demonstrativos contábeis a partir de diferentes fontes de dados, atendendo assim necessidades de negócios e informações financeiras, de organizações e países diferentes. A Figura 1 mostra um esquema da versatilidade da linguagem XBRL. Possui três


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componentes XBRL básicos: Instância, Taxonomia, Folhas de Estilo (SILVA, et al., 2008). Relação entre Instância e Taxonomia (Figura 1).

Figura 1: Esquema de criação de Instância XBRL. (adaptado de Cruz; Santos; Silva,2010).

Figura 2: Produção de um relatório financeiro utilizando XBRL.

A Taxonomia define o vocabulário da informação financeira (demonstrativo), as relações entre os seus componentes, e como os valores devem ser calculados. Uma Taxonomia é definida por um ou mais esquemas de dados, baseados em XML-Schema, e um conjunto de links estendidos agrupados em linkbases, diretamente referenciados pela Instância ou pelo XML-Schema. A terminologia de XBRL descreve que um conceito consiste na definição de um fato reportado. Conceitos são criados através da definição de elementos de XML-Schema. No esquema de uma Taxonomia, um conceito recebe um Nome e um Tipo que informa qual o tipo de dado reportado no conceito (CRUZ; SANTOS; SILVA, 2010).

A partir da Instância, que contém o conteúdo, é possível produzir relatórios demonstrativos com diferentes formatações (Figura 2), basta aplicar uma Folha de Estilo, que permite formatar a informação contida na Instância de modo a deixar o relatório com a aparência e layout desejado.

É importante notar que uma mesma Folha de Estilo pode ser aplicada indiscriminadamente em diferentes Instâncias de uma mesma Taxonomia. Essa característica de separar a


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estrutura dos dados, do seu conteúdo e da sua aparência permite que futuros relatórios possam ser criados com menos esforço. Por outro lado, a não utilização da linguagem XBRL exigiria que cada fonte de dados tenha a definição de novo demonstrativo. Além de impedir que o processo de análise dos dados de um demonstrativo seja automatizado, pois não há como fazer com que computadores extraiam conteúdos de texto puro sem que sua estrutura seja previamente conhecida. Este tipo de situação dificulta a comunicação e o entendimento entre diferentes empresas/instituições no cenário de muitas organizações de uma economia globalizada.Como mostra a Figura 3, cada fonte de dados tem que produzir a sua versão do relatório em diferentes formados. Essa falta de padronização e a criação de vários formatos de relatórios muitas vezes também é um problema, pois a intervenção humana permite que erros de interpretação sejam criados e/ou propagados.

Figura 3: Processo de criação de relatórios financeiros sem o uso da linguagem XBRL.

3 IMPLEMENTAÇÃO E USO DO SOFTWARE XBRL: ESTUDO DE CASOCom o intuito de demonstrar vantagens de se utilizar a linguagem XBRL no HC/UFPE, foi desenvolvido um programa computacional (software XRBLAIH) sobre práticas de transferência de dados de procedimentos médicos realizados no Hospital, para o Banco de Dados do SUS (DATASUS). Este programa produz benefícios para agilizar os processos administrativos e operacionais entre o HC e o SUS.Foram realizadas entrevistas com funcionários e gestores do setor de contas médicas (Departamento de Contas Médicas, DCM), visando o entendimento dos processos e conhecimento das características das informações financeiras dos relatórios produzidos costumeiramente no HC para o SUS. Durante as entrevistas, percebeu-se que não havia ferramenta de software no DCM para se gerar o Relatório da Prévia do Faturamento dos registros das AIH (Autorização de Internação Hospitalar) de cada mês. Foi então, uma oportunidade para se mostrar na prática a utilização das ferramentas e dos recursos XBRL de transferência de dados do HC para o SUS.


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3.1 Funcionalidades do Programa XBRLAIH do HC/UFPEInicialmente, foram analisados alguns relatórios da prévia de faturamento antigos que foram gerados pela Secretaria de Saúde de Pernambuco, instituição gestora do SUS no estado. Esses relatórios serviram de guia para a criação do relatório que o XBRLAIH , pois as informações dos procedimentos médicos precisariam, posteriormente, ser formatados para serem remetidos para a Secretaria de Saúde de Pernambuco (Recife) e para o SUS (Brasília). (GOMES; ALVES, 2008)Outras duas decisões importantes do projeto foram que o programa XBRLAIH deveria ser um Software Livre e para Multiplataforma, para atendimento de diferentes requisitos de bases computacionais, e licenciado sob normas da GLP (General Public License) versão 2 (GNU, 1991), para permitir que outrem tivesse a oportunidade de contribuir, utilizar e modificar o programa, de acordo com suas necessidades e a tecnologia local. A elaboração para Multiplataforma foi motivada pelo fato de que não seria interessante forçar o usuário a utilizar determinado sistema operacional para hospedar o software XBRLAIH criado para o HC/UFPE.

3.1.1 Desenvolvimento do Programa XBRLAIH na Tecnologia XBRLUtilizando os relatórios financeiros do DCM/HC como modelo, criou-se uma taxonomia XBRL para a área da Saúde. A taxonomia foi gerada utilizando o software XmlSpy©[XMLSPY] da Altova® [ALTOVA]. Conforme a Figura 4, a estrutura da Taxonomiasegue as regras e normas padrões do XBRL. A versão completa da Taxonomia utilizada para a implementação pode ser vista no Anexo 1. Em seguida foi desenvolvida uma Folha de Estilo para gerar os relatórios no formato HTML, produzida sem a ajuda de software de terceiros, para gerar relatórios similares àqueles da prévia de faturamento dos registros de autorização de internação (AIH) de cada mês. As AIH são documentos que contém os procedimentos médicos realizados em pacientes: exames, cirurgias, fármacos, etc.

Figura 4: Trecho de código de definições iniciais da Taxonomia utilizada.

No passo seguinte, utilizou-se um dos arquivos de exportação do software para o Sistema Gerador do Movimento das Unidades Hospitalares [SISAIH], fornecidos pelo DCM/HC,


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para analisar como os dados dos registros de autorização de internação (AIH) poderiam ser extraídos para gerar o relatório com as informações financeiras pretendidas. Os arquivos de exportações possuem layout bem definido e disponível online [LAYOUT_SISAIH].

No entanto, o arquivo de exportação não foi suficiente, pois não possui informação de custo dos procedimentos médicos das AIH à época em que foi gerado cada procedimento. Entretanto, como o SUS libera mensalmente novas competências com valores atualizados dos procedimentos médicos, foi necessário se fazer relações de equivalências de procedimentos versus valores correspondentes.

Figura 5: Exemplo de Instância XBRL criada pelo software XBRLAIH.A competência também possui layout padronizado, que é disponibilizado no site do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS[SIGTAP], Figura 6. Cruzando, então, ambas as bases de dados foi possível determinar os valores da prévia de faturamento para cada uma das categorias de financiamento, ou seja: Atenção Básica, Média e Alta Complexidade, Fundo de Ações Estratégicas e Compensação.

De posse dos dados, o software XBRLAIH cria então uma Instância XBRL [XBRL],conforme mostrado a Figura 5, e aplica a Folha de Estilo que transforma a Instância em um arquivo HTML contendo o relatório. O Anexo 2 mostra exemplos da Instância.Após isso a Folha de Estilo é utilizada para fornecer o formato final ao relatório. A Folhade Estilo é um documento que contém regras de organização visual a ser aplicada a uma Instância XBRL, a aplicação é função do software que manipula a Instância XBRL. Após a aplicação da Folha de Estilo na Instância XBRL, código contido na Figura 5, a exibição do relatório como ilustrado na Figura 6.


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Figura 6: Exibição do relatório de prévia do faturamento (valores omitidos).

Figura 7: Tela de download das competências do sistema SIGTAP.Antes de utilizar o software XBRLAIH é necessário identificar a competência referente ao mês/ano do arquivo de exportação do SISAIH que será utilizado. As competências se encontram no site do SIGTAP e podem ser consultadas gratuitamente. Um exemplo do site do SIGTAP é mostrado na Figura 7 com a competência para download. É necessário utilizar a competência referente ao mês/ano do arquivo de exportação do SISAIH, já que os valores de cada procedimento hospitalar podem ter mudado de um mês para o outro. O programa XBRLAIH tem controles que impedirá a execução se as


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competências não corresponderem ao período do lote do arquivo de exportação, ou seja, se o mês/ano não estiver correto.Levando em conta que o arquivo de exportação foi gerado utilizando o sistema SISAIH, então o programa XBRLAIH estará apto a gerar a prévia do faturamento. A Figura 8 mostra a tela inicial do programa XBRLAIH.

Figura 8: Tela inicial do software XBRLAIH.

Figura 9: Primeira etapa: escolha do arquivo de exportação do software SISAIH.

A Figura 9 mostra a tela na qual o usuário pode selecionar o arquivo de exportação que será utilizado para a geração do relatório. O programa XBRLAIH não possibilita a continuidade do processo se o arquivo de exportação do período correto não for selecionado.A Figura 10 ilustra a etapa de adição da competência consultada no site do SIGTAP. Ela é feita com a seleção do diretório que contém os arquivos de competência. Apesar do conteúdo fornecido pelo sistema SIGTAP ser dividido em arquivos menores, o software se encarrega de pesquisar a data no diretório e acrescentar os parâmetros à base de dados. O XBRLAIH não irá prosseguir enquanto o diretório da competência não for selecionado


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corretamente. A Figura 11 mostra a última tela de configuração, na qual o usuário tem apenas a opção de voltar ou de iniciar o processo que irá gerar o relatório da prévia de faturamento dos procedimentos médicos.

Figura 10: Segunda etapa: escolha do diretório contendo a competência do mês.Além de visualizar o relatório diretamente na tela do programa XBRLAIH (Figura 6), também é possível imprimir ou até abrir este relatório no navegador Web. Para gerar mais relatórios, basta voltar às telas de configuração e reiniciar o processo.

Figura 12: Log de funcionamento do programa XBRLAIH.Em qualquer momento é possível acompanhar o funcionamento do software clicando no botão “Ver log de funcionamento” (Figura 12), que exibe uma descrição detalhada do processo de geração do relatório e de possíveis erros ocorridos. A inclusão dessa funcionalidade foi motivada para tornar o funcionamento do software o mais transparente possível, além de facilitar a identificação e correção de erros e tornar mais fácil para o usuário reportá-los.

5 CONCLUSÃO Como mostrado neste estudo, à padronização do intercâmbio de dados contábeis e financeiros provê vantagens e eficiências com a utilização da tecnologia XBRL. Por meio


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de definição e implementação de uma Taxonomia específica e do software XBRLAIH no Hospital das Clínicas (HC/UFPE), foi possível automatizar o processo de geração do relatório da prévia do faturamento de procedimentos médicos realizados no HC, bastando fornecer os arquivos e a criação deste relatório torna-se automática, o que antes precisaria ser analisado e preparado manualmente, envolvendo mais recursos humanos e/ou softwaremenos eficientes. Este estudo serviu para definição, implementação e teste da Taxonomia XBRL e do programa XBRLAIH baseado nessa tecnologia, orientados para a área de saúde. Antes do desenvolvimento desse trabalho estudos similares foram realizados em cenários de empresas, principalmente na área bancária. No entanto, para tratamento de dados de saúde, pelo que se sabe esta é uma experiência pioneira, que deverá ser replicada doravante em outros hospitais do sistema SUS.Neste estudo constatou-se que é possível criar Taxonomia e Folhas de Estilos de apresentação de dados para tornar relatórios com visualização interessantes, e se pode expandir funcionalidades de programas, exemplo do software XBRLAIH para fazer comparação entre Instâncias de dados diferentes e geração de informações financeiras pré-definidas em Taxonomia, tal como o relatório em prévias do faturamento de procedimentos médicos do HC/UFPE.

Sugestão para futuros estudosAs limitações do programa XBRLAIH não são estáticas. Para trabalhos futuros é possível estabelecer requistos que produza a Taxonomia no próprio software sem a necessidade de recursos de outros programas, ou que o integre a programas de criação de taxonomias, o que permite automatizar a criação das regras taxonômicas internas. Com o aprimoramento da Taxonomia pode-se gerar informações e criar relatórios mais completos, com mais dados e informações mais detalhadas.Finalmente, constata-se que a adoção do programa XBRLAIH no HC/UFPE foi benéfica para os usuários e mostrou de maneira satisfatória à aplicabilidade da linguagem XBRL em ambientes de Saúde. Assim, na próxima fase deste estudo, em andamento, deverá disponibilizar esta ferramenta para outros hospitais do SUS, pois apresenta uma Taxonomia padrão e foi implementado em plataforma de software livre que permite fácil adoção e evolução por terceiros.

REFERÊNCIASALBUQUERQUE, J. H. M.; ANDRADE, C. S.; MONTEIRO, G. B.; RIBEIRO, J. C. Um estudo sob a óptica da Teoria do Agenciamento sobre a accountability e a relação Estado-sociedade. In: 7º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 2007, São Paulo. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos72007/660.pdf>. Acesso em: 03 mai 2012.

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FAUZER, E. ; SILVA, P. C. Uma nova estrutura para o HL7: Taxonomia. In: XIII Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, 2012, Curitiba. XIII Congresso


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Brasileiro de Informática em Saúde. Curitiba: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde - SBIS, 2012.

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GOMES, L. L.; ALVES, R. B. A. XBRLAIH - O criador de instâncias XBRL para o sistema de AIHs do SUS. Disponível em:< https://github.com/x8lucas8x/XBRLAIH > acesso: 15 jan 2013HOFFMAN, C.; STRAND, C. XBRL Essentials. American Institute of Certified Public Accountants, 2000.OTT, E.; PIRES, C. B.. Conceito e objetivos da contabilidade. In: RIBEIRO FILHO, J. F.; LOPES, J.; PEDERNEIRAS, M. (Org.). Estudando teoria da contabilidade. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.

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[LAYOUT_SISAIH] http://www2.datasus.gov.br/SIHD/manuais[SIGTAP] http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/download.jsp

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[UXBRL 2.0] KPMG – LLP, 2003.[XBRL] http://www.xbrl.org/

[XMLSPY]http://www.altova.com/simpledownload2c.html?gclid=CK_p2Z7KqbECFQtU7Aodzg8AQw

ANEXO 1: Código da Taxonomia utilizada na implementação do software XBRLAIH:

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3917

16

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3918

17

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</xs:schema>

ANEXO 2: Código da Instância gerada pelo programa XBRLAIH - exemplo de execução

<xbrli:xbrl xmlns:n1="http://www.hc.com" xmlns:xlink="http://www.w3.org/1999/xlink" xmlns:xl="http://www.xbrl.org/2003/XLink"xmlns:xbrli="http://www.xbrl.org/2003/instance" xmlns:link="http://www.xbrl.org/2003/linkbase" xmlns:ref="http://www.xbrl.org/2004/ref"xmlns:xbrldt="http://xbrl.org/2005/xbrldt" xmlns:iso4217="http://www.xbrl.org/2003/iso4217">

<link:schemaRef xlink:type="simple" xlink:href=""/><xbrli:context id="ctx1">

<xbrli:entity><xbrli:identifier scheme="hc">http://www.hc.com</xbrli:identifier>

</xbrli:entity><xbrli:period>

<xbrli:startDate>2011-09-01</xbrli:startDate><xbrli:endDate>2011-09-30</xbrli:endDate>

</xbrli:period></xbrli:context><xbrli:unit id="BRL">

<xbrli:measure>2011-09-01</xbrli:measure></xbrli:unit><n1:valorMediaCAtencaoBasica unitRef="BRL" decimals="3" contextRef="ctx1">0,000</n1:valorMediaCAtencaoBasica><n1:valorMediaCMediaAltaComplexidade unitRef="BRL" decimals="3" contextRef="ctx1">1.135.080,530</n1:valorMediaCMediaAltaComplexidade><n1:valorMediaCFaec unitRef="BRL" decimals="3" contextRef="ctx1">0,000</n1:valorMediaCFaec><n1:valorMediaCTotal unitRef="BRL" decimals="3" contextRef="ctx1">1.135.080,530</n1:valorMediaCTotal>


3919

18

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</xbrli:xbrl>


3920

xbrl language: a case studyof taxonomy … · um importante recurso depadronização do...

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