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Atlas descritivo do CORPO HUMANO

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At las descr i t ivo do

CORPO HUMANO

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SISTEMAS

Acidentes ósseosCada osso do esqueleto possui um corpo com formato adequado para realizar suas funções. Os ossos apresen-

tam marcas, elevações e forames que estão relacionados às estruturas com as quais mantêm contato.

Vista posterior do esqueleto humano

Com o passar dos anos, os anatomistas têm denominado vários tipos de caracte-rísticas que podem ser encontradas nos ossos. Usando estes nomes, um osso pode ser descrito precisamente.

PROJEÇÕESCom frequência ocorrem projeções na

superfície de um osso no local onde mús-culos, tendões ou ligamentos se inserem ou onde há uma articulação. Os exemplos incluem:

CôndiloProjeção arredondada em uma articu-

lação (tais como a do côndilo femoral, no joelho).

EpicôndiloElevação óssea sobre o côndilo (como

na extremidade inferior do úmero, no cotovelo).

CristaBorda proeminente de um osso (como

a crista ilíaca do osso pélvico).

TubérculoPequena área de dilatação (como o

grande tubérculo, na extremidade supe-rior do úmero).

Linha Dilatação longa e estreita (como a linha do

músculo sóleo, na face posterior da tíbia).

DEPRESSÕESDepressões, forames e sulcos são usu-

almente encontrados onde um vaso san-guíneo ou nervo passa ao redor ou através do osso.

Exemplos:

Fossa Uma depressão rasa em forma de tigela

(como a fossa ilíaca, depressão encontra-da no osso ilíaco).

Forame Um orifício no osso para permitir a pas-

sagem de um vaso ou nervo em particular (como o forame da jugular, no crânio).

IncisuraIndentação que é encontrada nas ex-

tremidades de um osso (como a incisura isquiática maior).

SulcoUm sulco ou depressão alongada que

que marca a trajetória de um vaso sanguí-neo ou de um nervo ao longo do osso.

Os ossos do esqueleto humano raramente são lisos. Marcas

são frequentes nos ossos onde tendões, ligamentos e fáscias

estão inseridos.

Espinha da escápulaUma espessa elevação óssea que continua como o acrômio do ombro

Fossa infraespinhal

Epicôndilo lateral do úmeroQuando o cotovelo está parcialmente flexionado, ele pode ser palpado

Trocanter maior do fêmurProtuberância na parte superior do fêmur

Crista ilíacaUma elevação que forma a borda do osso ilíaco

Forame obturadorUma grande abertura no osso do quadril

Maléolo lateral da fíbulaUma projeção da extremidade inferior da fíbula

Linha do músculo sóleoUma elevação áspera diagonal da tíbia

Côndilo femoral lateral

Túber isquiáticoProtuberância do ísquio

Incisura isquiática maior

Uma grande incisão no ísquio

Processo espinhoso

Tubérculo maior do úmero

Uma dilatação da extremidade superior do úmero

Protuberância occipital externa

Esta projeção é, em geral, facilmente palpada

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Estrutura do AtlasOs tecidos, órgãos e sistemas são mostrados, identificados, descritos e explicados.

IntroduçãoCada órgão ou sistema é introduzido por uma breve explicação

ExplicativoO conteúdo das descrições é expandido através de explicações em texto à margem da ilustração

IlustraçõesA parte central do Atlas é constituida por desenhos avançados, que mostram com detalhes o que está sendo estudado

DescritivoAs estruturas

anatômicas são identificadas e

descritas de modo didático e acessível

Tradução:Prof. Dr. Adílson Monteiro

Mestre em Morfologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Doutor em Morfologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Membro da Sociedade Brasileira de AnatomiaProfessor convidado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Prof. Peter Abrahams

At las descr i t ivo do

CORPO HUMANO

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1a edição

Tradução:Prof. Dr. Adílson Monteiro

Mestre em Morfologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Doutor em Morfologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Membro da Sociedade Brasileira de AnatomiaProfessor convidado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Prof. Peter Abrahams

At las descr i t ivo do

CORPO HUMANO

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E x p E d i E n t E

Presidente e editor Italo Amadio

diretora editorial Katia F. Amadio

editor-assistente Antonio Carlos Vilela

assistente editorial Sandra Maria da Silva

tradução Adílson Monteiro

PreParação Isadora Dutra

revisão Rafael Varela, Thaís Gasparetti, Renata Gonçalves

Projeto gráfico Sergio A. Pereira

diagramação Ana Totaro

Produção gráfica Helio Ramos

dados internacionais de Catalogação na publicação (Cip)(Câmara Brasileira do Livro, Sp, Brasil)

Índice para catálogo sistemático:1. Corpo humano : Atlas : Ciências médicas 611.00222

Título original: Handbook of the Human Body

Copyright © 2006 Bright Star Publishing PLC, London

Copyright da tradução para o português © 2009 Editora Rideel

Esta tradução do Atlas descritivo do corpo humano, publicada pela primeira vez no Brasil,

foi realizada por meio de contrato com a Amber Books Ltd.

© Copyright - Todos os direitos reservados à

Av. Casa Verde, 455 – Casa Verde

CEP 02519-000 – São Paulo – SP

e-mail: [email protected]

www.editorarideel.com.br

Proibida qualquer reprodução, mecânica ou eletrônica,

total ou parcial, sem prévia permissão por escrito do editor.

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0 2 1 0

Atlas descritivo do corpo humano / Amber Books ;[tradução Adílson Monteiro]. -- 1. ed. --São Paulo : Rideel, 2009.

Título original: Handbook of the human body.ISBN 978-85-339-1500-8

1. Corpo humano - Atlas I. Amber Books.

09–12384 CDD–611.00222

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Sumário

Introdução .......................................................................................... 6

Cabeça ........................................................................................ 8

Pescoço ........................................................................................... 40

Tórax......................................................................................... 52

Membros Superiores ...................................................................... 76

Abdome ................................................................................... 98

Sistema Reprodutor ...................................................................... 120

Pelve e Membros Inferiores .................................................. 136

Sistemas ........................................................................................ 162

índice .................................................................................... 174

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Com exceção dos monges, que cultivam ervas e plantas com alguma propriedade medicinal genuína, a inexatidão era a marca registrada da medicina e anatomia durante a Idade Média. A teoria dos “humores” ainda foi amplamente man-

tida como verdadeira, e as crenças religiosas cris-tã e islâmica eram bastante influentes na

teoria médica. Todo tipo de ideia, tais como a do sangue drenando

fluidos nocivos do corpo ou permitindo ao “excesso de

fluido” circular livremen-te pelo corpo, era posta em prática, frequente-mente acompanhada de poções de boti-cários, as quais con-tinham ingredientes tão bizarros e infames como língua de sala-mandra e fígado de verme.

Com o advento do Renascimento na Itá-

lia, no final do sécu-lo XIV, a ciência médica

avançou. A redescoberta de conhecimentos clássicos enco-

rajou os médicos a reaplicar mé-todos científicos em suas pesquisas, deixando para trás a influência da religião e da superstição. Grandes nomes do período, como Leonardo Da Vinci, trouxeram novas ideias. Leonardo acreditava que, para curar doenças, era necessário primeiro aprender sobre o corpo humano e seus processos,

O fascínio pelo nosso corpo, como ele funciona, por que fica doente e o que fazer para curá-lo é imenso. Ao longo da história, incontáveis teorias, na maioria errôneas, foram concebidas de diferentes maneiras por médicos, cirurgiões, curandeiros, feiticeiros, alquimistas, benzedores, astrólogos e charlatões, os quais em suas épocas foram respeitados e bem pagos. Apesar deste catálogo de maus prati-cantes, a história da medicina está pontuada por brilhantes desco-bertas e pensamento verdadei-ramente visionário, que, con-tra todas as probabilidades, nos conduziram à era mo-derna da ciência médica. Hipócrates, o “pai da medici-na”, praticava essa ciência na ilha grega de Cós, no século 15 a.C., e é, sem dúvida, a figura mais famosa e reco-nhecida dentre os primeiros “médicos”. Sua grande realiza-ção foi a de estabelecer um corpo de especialistas, governados por rigoroso código de ética, que empre-gavam métodos científicos em suas pes-quisas. Isso estabeleceu a base da prática médica moderna.

Os quatro “humores”O trabalho de Hipócrates teve uma profunda influência sobre a medicina, e seus ideais foram entusiasticamente difundidos pelos médicos nos séculos que se seguiram. Infelizmente, suas teorias sobre anatomia e doenças eram bastante impre-cisas. Ele acreditava que quatro “humores” (bile negra, bile amarela, fleuma e sangue) gerenciavam a saúde do corpo humano e que qualquer doença era o resultado da falta de equilíbrio entre eles.

IntroduçãoO conhecimento da anatomia humana e da medicina tem-se desenvolvido extraordi-

nariamente nos últimos 100 anos, frequentemente devido a importantes descobertas de alguns pensadores revolucionários.

Neste diagrama do século XVIII, de Anastasius Kircher, o corpo humano representa o universo em microcosmo, o qual é descrito como um or-

ganismo vivo com processos metabólicos.

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introDução

aprendizado que somente poderia ser adquirido por meio da dissecação de cadáveres humanos.A dissecação não era, contudo, uma ideia nova. Cláudio Gale-no, influente médico do século II, já havia dissecado animais e presumia que a anatomia humana seguia o mesmo padrão, ideia que se tornou aceita por mais de 1.500 anos. Entretanto, no século XVI, o anatomista Andreas Vasalius, demonstrou que Galeno estava errado e revelou estruturas anatômicas até então desconhecidas no livro De Humani Corporis Fabrica (A estrutura do corpo humano), de 1543.A obtenção de corpos para dissecação nessa época, porém, não era fácil nem agradável. A Igreja combatia a dissecação humana, de modo que anatomistas por toda Europa recor-riam à prática infame de roubar túmulos e forcas para obter material fresco para suas pesquisas. Outro trabalho pioneiro no registro das descobertas foi conduzido por Leonardo Da Vinci e Vasalius, que procuraram representar acuradamente a estrutura anatômica por meio de detalhados diagramas e ilustrações.

Circulação sanguínea

Ainda assim, tais ideias e métodos eram controversos e fre-quentemente rejeitados. Em 1628, o doutor inglês William Harvey surpreendeu o mundo médico ao publicar An

Anatomical Disquisition on the Movement of the Heart and

Blood (Uma Descrição Anatômica do Movimento do Cora-ção e Sangue). Nesse livro, ele demonstrou que o sangue cir-culava por todo o corpo, e foi ainda mais longe ao propor que o coração bombeava o sangue através das artérias. Ele tam-

Cirurgiões podem, hoje, realizar o que seria considerado um milagre há apenas 100 anos, com uma taxa de sobrevivência que espantaria os mé-dicos antigos.

bém percebeu a função das válvulas do coração no controle do fluxo sanguíneo. Embora suas ideias fossem consideradas estranhas, esse método de pesquisa provou ser o caminho certo. Suas descobertas foram confirmadas pela invenção do microscópio no final do século XVII: pela primeira vez na história, cientistas poderiam observar mais do que o olho nu permitia. No final do século XIX estavam surgindo muitos dos procedimentos e práticas que hoje são comuns. Anes-tésicos rudimentares foram desenvolvidos por James Young Simpson, antissépticos foram criados por Joseph Lister e, em 1896, Wilhelm Rontgen maravilhou o mundo com sua nova invenção que permitia examinar internamente o corpo sem a necessidade de cirurgia: a máquina de raios X tinha nascido.

Outros trabalhos inovadores como os de Louis Pasteur, que estabeleceu a ligação entre os germes e as doenças, e de Karl Ladsteiner, que descobriu os quatro principais grupos sanguíneos, pavimentaram o caminho para cirurgias mais complexas, como as de transplante de órgãos. Os cirurgiões podem realizar hoje o que seria um milagre há apenas 100 anos, com uma taxa de sobrevivência que teria espantado os antigos médicos.

Descoberta da anatomia humanaEntão, quanto realmente sabemos sobre o funcionamento dos sistemas do nosso corpo e como podemos entender melhor o que o médico ou o cirurgião vê e faz? O Atlas Descritivo do Corpo Humano mostrará do que real-mente somos feitos por meio de um exame completo da ana-tomia humana, com ilustrações detalhadas de todas as partes do corpo. O livro tem uma estrutura que vai da cabeça aos dedos do pé, dividindo o corpo humano em cabeça, pescoço, tórax, membros superiores, abdome, sistema reprodutor, pel-ve e membros inferiores e sistemas. Cada seção examina, por sua vez, os ossos, os músculos, os nervos, o tecido mole e os órgãos, além de explicar como eles funcionam e interagem. Este livro é o começo de uma fascinante jornada.

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O crânio

Osso frontalForma a testa e o teto da cavidade orbitária

Incisura supraorbital Orifício ou fenda na parte superior da cavidade do

olho através do qual passam nervos e vasos

Calvária A abóbada do crânio (também chamada abóbada cranial ou tampa do crânio); a parte superior do crânio que cerca o cérebro

ÓrbitaCavidade contendo o globo

ocular e estruturas associadas, como músculos, nervos e vasos;

conhecido também como cavidade do olho

Glabela Articulação entre os ossos nasais e o processo frontal da maxila

Osso temporalUm de dois ossos que

formam parte da parede lateral e parte da base do

crânioNásioPonto da articulação entre os dois ossos nasais e o osso frontal

Asa menor do osso esfenoide

Uma das duas asas laterais que se projetam do corpo

do osso esfenoideOsso nasal Par de ossos que forma a raiz do nariz Osso zigomático

Forma a maçã do rosto e a parede lateral da cavidade

do olhoMargem infraorbitáriaA extremidade inferior da abertura da órbita Forame infraorbitário

Este é o orifício por onde passam vasos sanguíneos e nervosCorpo da mandíbula

A mandíbula é formada por um osso em forma de ferradura

Maxila Um dos dois ossos que formam a

mandíbula superior

Septo nasal Delgada divisão na cavidade nasal que separa as passagens nasais

Forame mentualOrifício através do qual nervos e vasos da raiz dos

dentes passam para o lábio inferior e o queixo

Concha nasal inferior (turbilhão) Aumenta a área de superfície da cavidade nasal

O crânio é o esqueleto da cabeça e da face. Sua função bá-sica é proteger o cérebro e os órgãos sensitivos especiais, tais como olhos e partes do sistema respiratório e digestório. Ele também fornece fixação para muitos músculos do pescoço e da cabeça.

Apesar de ainda ser frequentemente pensado como um único osso, o crânio é formado por 28 ossos articulados. Por conveniência, ele é em geral dividido em duas seções princi-pais: o crânio e a mandíbula. A base para isso está no fato de que, enquanto a maioria dos ossos do crânio são articulados

por juntas relativamente fixas, a mandíbula é facilmente des-conectada.

O crânio é também subdividido em pequenas regiões, in-cluindo:

abóbada craniana (porção superior do crânio)•base do crânio•esqueleto facial•maxilar•cavidade acústica (orelha) •cavidades craniais (interior do crânio, que aloja o cérebro)•

O crânio é a armadura natural da cabeça contra impactos, protegendo de lesões o cérebro e os ór-gãos dos sentidos. Constituído por 28 ossos separados, é o mais complexo elemento do esqueleto.

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Vários dos ossos do crânio são por pares, encontrados cada um num dos lados da linha central da cabeça. Os ossos nasal, zigomático, parietal e temporal conformam-se a tal simetria. Outros, como o osso etmoide e o esfenoide, são ímpares, sendo encontrados em um único lado. Alguns ossos desenvolvem-se em duas metades diferentes e depois se fundem na linha central, nomeadamente o osso frontal e a mandíbula.

Os ossos do crânio constantemente sofrem um processo de remodelação: osso novo se desenvolve sobre a face exter-

na do crânio, enquanto o excesso interno é reabsorvido pela corrente sanguínea. Este dinâmico processo é facilitado pela presença de inúmeras células e por um bom suprimento san-guíneo.

Ocasionalmente, uma deficiência nas células responsá-veis pela reabsorção causa transtornos no metabolismo ós-seo, o que pode resultar em severo espessamento do crânio — osteoporose ou doença de Paget —, podendo ser seguido de surdez ou cegueira.

Lateral do crânioUma visão lateral ou de perfil do crânio claramente revela a complexidade de sua estrutura, composta por

diversos ossos e articulações entre eles.

Osso frontal Forma a testa e o teto da cavidade orbitária.

No recém-nascido, é formado por duas partes que, mais tarde, se unem

Osso lacrimal O menor osso da face, contribui

com parte da órbita

Osso nasal Um de dois ossos estreitos e

retangulares que formam a raiz e o teto do nariz

Osso zigomático Forma a parte proeminente

da maçã do rosto e também constitui parte da órbita

Arco zigomáticoArco horizontal formado

pelo osso temporal e osso zigomático

Maxila Mandíbula superior

Osso esfenoideForma a base do crânio

atrás do olho

Corpo da mandíbulaMandíbula inferior

Forame mentual Passagem para nervos e

vasos sanguíneosParte escamosa do osso temporal

Forma parte da lateral do crânio

Côndilo da mandíbulaArticula com o osso temporal

formando a articulação temporomandibular (ATM)

Processo mastoide do osso temporalProtuberância externa atrás da orelha; ponto para fixação de vários músculos do pescoço

Processo estiloide do osso temporal Forma de estilete onde se ligam músculos e ligamentos

Osso occipital Osso com formato de pires na parte posterior da base do crânio

Osso temporal (meato acústico externo) Canal através da orelha média e interna

Sutura lambdóideaOcorre entre o osso parietal e o osso occipital

PtérioÁrea onde os ossos frontal, parietal, a parte escamosa do temporal e a asa maior do osso esfenoide se articulam

Osso parietalOsso de um par que forma o topo e as laterais do crânio

Sutura coronal Articulação entre o osso frontal e o osso parietal

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Pele A camada externa do escalpo; contém muitos folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas

Díploe Tecido ósseo entrelaçado encontrado entre a lâmina interna e externa de alguns ossos do crânio

Superfície do cérebroCoberta pela pia-máter, a mais interna camada das meninges

Aracnoide-máter Uma camada fina e fibrosa da meninge entre a dura-máter e a pia-máter

Dura-máterMembrana robusta e fibrosa que reveste a face interna do crânio

Veia diploicaLocalizada internamente no osso esponjoso do crânio

Escalpo

Crânio

Músculo temporalMúsculo da lateral da cabeça ligado à mandíbula e que pode ser sentido

quando os dentes estão cerrados uns contra os outros.

Tecido conectivo frouxoHabilita a camada superior do

escalpo a movimentar-se sobre a camada inferior, o pericrânio

PericrânioA mais profunda das camadas do escalpo,

o pericrânio é uma membrana que encobre os ossos do crânio

Tecido conectivo denso Segunda camada; liga a pele

e aponeurose e contém muitos vasos sanguíneos

AponeuroseTecido fibroso que conecta

o músculo occipital na parte posterior da cabeça

ao músculo frontal na parte anterior da cabeça

As cincos camadas do escalpo foram dissecadas para apresentar sua relação com ossos e vasos sanguíneos.

O escalpo cobre a cabeça na extensão que vai do contorno do couro cabeludo da região posterior do crânio até a região anterior na sobrancelha. Trata-se de uma cobertura protetora, espessa e móvel, que recobre todo o crânio e possui cinco camadas distintas, das quais as três primeiras estão firme-mente aderidas. A pele do escalpo é a mais espessa do corpo e a mais cabeluda. Assim como a função de fixar os fios de cabelo e a de proteger o crânio, a pele da fronte do escalpo em particular tem um importante papel na expressão facial.

Isso ocorre porque muitas das fibras do músculo do escal-

po estão fixadas na pele, permitindo o movimento para trás e para frente.

TECIDO CONECTIVO É uma camada densa de tecido firmemente fixada abaixo

da pele e na qual passam artérias e veias. Os vasos arteriais são ramos da artéria carótida interna e carótida externa, que conduzem um fluxo sanguíneo rico em nutrientes e oxigênio para todo o escalpo. Esta camada de tecido conectivo está também fixada firmemente abaixo da camada muscular. O te-cido conectivo liga a pele ao músculo de tal modo que, mes-mo o escalpo sendo rasgado em um acidente na cabeça, estas três camadas permanecem unidas.

O escalpo é formado por cinco camadas de tecido que cobrem os ossos do crânio. A pele é firmemente fixada aos músculos do escalpo por tecido conjuntivo, no qual também correm numerosos vasos sanguíneos.

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O músculo occipital fixa a aponeurose enquanto o mús-culo frontal atua na expressão facial. O músculo temporal é responsável pela elevação da mandíbula.

O músculo occipitofrontal é um músculo largo formado por dois ventres na frente e atrás do escalpo, os quais são ligados por uma fina, porém resistente folha fibrosa (apo-neurose).

O músculo frontal é a seção de músculo sobre a testa, sur-ge da pele acima da sobrancelha e segue para trás, contínuo com a aponeurose. Este músculo age elevando a sobrancelha de modo a enrugar a testa ou puxando o escalpo para a frente como na expressão de carranca (ar sombrio).

O músculo occipital e a porção de músculo que se origina na região superior atrás do pescoço e segue ante-

riormente até a aponeurose. Ele age puxando o escalpo para trás.

O músculo temporal está localizado na lateral do escalpo, sobre a orelha, com suas fibras seguindo do crânio na direção da mandíbula. Ele age na mastigação.

TECIDO CONECTIVO FROUXOA quarta camada, abaixo do músculo e da aponeurose,

é uma camada de tecido conectivo frouxo que permite movi-mentos às camadas superiores. É nesta camada que o escal-po pode ser lesado durante acidentes, como ocorre quando a cabeça segue para a frente contra o para-brisa num acidente de carro.

O pericrânio, a quinta camada do escalpo, é uma membra-na robusta que cobre os ossos do crânio.

Músculos do escalpoOs músculos do escalpo estão abaixo da pele e de uma camada de tecido conectivo. Eles agem movimentando

a pele da testa e a mandíbula na mastigação.

Músculo temporalLocalizado na lateral da cabeça suas fibras

seguem na direção da mandíbula; fecha a mandíbula e a mantém posicionada

enquanto em descanso

Tecido conectivo densoContido abaixo da pela pele onde correm as artérias e veias que suprem o escalpo com sangue

Músculo frontalCobre a testa e a cúpula do crânio da aponeurose até a sobrancelha; eleva a sobrancelha e enruga a testa

Músculo orbicular do olhoMúsculo plano ao redor do olho

Músculo orbicular da boca Músculo esfíncter ao redor da boca

PeleCamada mais externa do escalpo; contém o cabelo

AponeuroseCamada de tecido conectivo

fibroso que une a porção anterior e posterior do músculo

occipitofrontal

Músculo occipitalTem origem no osso occipital e

inserção na aponeurose; puxa o escalpo para trás

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Dentes

Molares Três de cada lado da maxila e da

mandíbula. Na maxila, têm três raízes e na mandíbula, têm duas raízes

Os dentes são regiões especializadas e endurecidas do te-cido da gengiva parcialmente fixadas nos ossos da mandíbu-la e da maxila. Eles quebram alimentos sólidos mordendo e mastigando.

A parte visível de um dente é a coroa. Esta é composta por uma casca rígida de material calcificado denominado dentina (similar ao osso compacto, mas sem vasos sanguíneos), a qual é coberta por uma camada ainda mais rígida de material cal-cificado denominado esmalte.

A parte oculta ou encoberta, a raiz, é encaixada em um al-véolo na mandíbula. Ela também é feita de dentina e coberta

por uma camada densa de cerume, rica em colágeno e liga-mentos periodontais, que ancoram o dente no teto do alvéolo.

CAVIDADE DO DENTEDentro do dente há uma polpa cavitária contendo tecido

conectivo frouxo, vasos sanguíneos e nervos. A polpa está ligada à mandíbula pela raiz. A disposição dos dentes de um adulto é o mesmo na mandíbula e na maxila. Cada lado (qua-drante) tem oito dentes: dois incisivos, um canino, dois pré- -molares e três molares, totalizando 32 dentes. A criança tem 20 dentes de leite com apenas um molar em cada quadrante.

Dentes da maxila

Dentes da mandíbula

Incisivos superioresDois de cada lado, cada qual com a coroa em

formão para cortar e retalhar o alimento

Canino superiorDente afiado e pontiagudo que serve para rasgar o

alimento; há um de cada lado

Pré-molares superioresSão quatro ao todo, dois de cada

lado da maxila. Eles têm cúspides e protuberâncias para moer e triturar

Terceiro molarTambém conhecido como dente do

siso (sabedoria), é o ultimo a irromper, normalmente por volta dos vinte e

poucos anos. É comum o dente do siso não irromper, porque cresce no ângulo

errado (mal posicionado), pressionando o segundo molar e requerendo extração

CaninoOs últimos dentes de leite a serem

substituídos, em torno de 11 a 12 anos

Pré-molares inferioresEstes têm duas cúspides cada

Primeiro molarO primeiro dente permanente a enrupicionar, aproximadamente aos seis anos de idade

Segundo molar

Os dentes são projetados para morder e mastigar a comida e cada um tem uma função em particular.

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Terço posterior da língua

Porção anterior da língua

LínguaA língua é formada por uma série de músculos, cujo complexo movimento é essencial para fala,

mastigação e deglutição. Na superfície superior, possui tecido especializado que contém botões gustativos.

A superfície dorsal da língua é coberta com epitélio espe-cializado sensível ao sabor. Os dois terços anteriores da lín-gua em repouso permanece dentro da arcada dental inferior. O terço posterior possui um declive atrás para formar parte da parede frontal da orofaringe. Esta musculatura e seus mo-vimentos são descritos em detalhes na página seguinte.

FACE DORSALA superfície superior da língua é caracterizada por papilas

filiformes, pequenas protuberâncias que dão aspecto áspero. A papila filiforme tem fios de queratina que, quando alonga-dos, podem dar à superfície uma aparência peluda. Este pelo

pode ficar tingido pela comida, medicamentos e pela nicoti-na. Espalhadas entre elas estão as papilas um pouco maiores, as papilas fungiforme. Ainda maiores são as papilas valadas, cerca de 8 a 12 que formam um V invertido na junção entre os dois terços anteriores e o terço posterior.

Estas papilas formam o maior local de botões gustativos, embora eles ocorram em outras papilas e estejam espalha-dos sobre a superfície da língua, a mucosa da bochecha e da faringe. O terço posterior da superfície dorsal da língua tem uma aparência arredondada em virtude da presença de 40 a 100 nódulos linfáticos, que juntos formam a tonsila lingual.

Fissura medianaMarca a presença do septo da linha central, produzido onde as duas metades da língua se fundem durante o desenvolvimento fetal

Papila filiformeNumerosas sobre o dorso da língua, deixam a

superfície áspera e auxiliam na mastigação

Papila valada De 8 a 12 papilas formam um V; é rica

em botões gustativos e escassa no resto da língua; produz secreção aguada

Papila folhadaEstrutura rudimentar

Músculo palatogrossoLiga a língua ao palato

Músculo palatofaríngeoLiga o palato aos músculos da faringe

Tonsila palatinaMassa de tecido linfático encontrada internamente nas laterais da orofaringe

EpigloteFecha a via aérea na deglutição

Valécula epiglóticaCanal que direciona a comida

engolida sobre a epiglote

Tonsila lingualParte do anel linfático que

protege a garganta

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Músculos faciaisUma das características que distingue o homem dos animais é a nossa habilidade de comu-

nicação, usando uma ampla gama de expressões faciais. O poder por trás desta habilidade é o complexo sistema dos músculos faciais.

Logo abaixo da pele do escalpo e da face há um grupo de músculos muito finos, os quais são conhecidos coletivamente como músculos da expressão facial. Estes músculos desem-penham um papel vital de vários modos, além de sua função fisiológica. Eles alteram a expressão facial, promovendo um meio para a comunicação não verbal ao transmitir um leque de informações emocionais — e também são um dos recursos para o discurso articulado.

Além disso, os músculos faciais formam esfíncteres que abrem e fecham os orifícios da face, os olhos e a boca.

PELE E OSSOA maioria dos músculos faciais está fixada no osso do

crânio e na camada profunda da pele (a derme). Por esses pontos de fixação é possível observar como esses numerosos músculos alteram a expressão facial e também, eventualmente, causam vincos e rugas na pele.

Um número de pequenos músculos denominados “dilata-dores” serve para abrir a boca. Eles se propagam a partir dos cantos da boca e dos lábios, onde têm ligação com o osso. A boca e os lábios podem ser puxados para baixo ou para cima e movimentados de um lado para o outro.

M. platismaLâmina muscular entre o tórax e a

mandíbula; tenciona a pele do pescoço e abaixa o lábio, a boca e a mandíbula

M. occipitofrontal Lâmina muscular originada entre o osso occipital e o osso frontal; enruga a testa e move o escalpo

M. levantador do lábio superiorEleva o lábio superior

M. masseterLiga o osso zigomático à mandíbula

M. risórioPuxa a boca e o lábio para trás, obliquamente, como no sorriso

M. abaixador do ângulo da bocaAbaixa lateralmente o ângulo da boca e o canto do lábio

M. orbicular dos olhosMúsculo circular ao redor da órbita que

fecha o olho firmemente; a parte da pálpebra fecha o olho levemente, como

durante o sono ou quando piscamos

M. nasalDilata as narinas

M. zigomático maiorPuxa a boca e o lábio para cima

obliquamente

M. bucinador Lâmina muscular da bochecha ligada à maxila e à mandíbula;

permite a sucção e o assobio

M. orbicular da boca Músculo circular que abre e fecha a boca

M. mentualSulca o queixo

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Abrindo e fechando a pálpebraMovimentadas tremulamente ou cerradas firmemente para proteção, as pálpebras comunicam uma gama de

sinais não verbais. As pálpebras também são vitais para limpar e lubrificar os olhos.

Nervo e artéria infraorbital

O músculo orbicular do olho é responsável por fechar os olhos (abaixar a pálpebra). Este delgado esfíncter mus-cular margeia a órbita e várias seções dele podem ser movi-mentadas individualmente. Parte do músculo orbicular do olho fica sobre a pálpebra (a parte palpebral). Esta seção do músculo fecha levemente o olho quando estamos dormindo ou quando piscamos. Esta ação também ajuda no fluxo da secreção lacrimal sobre a conjuntiva (a membrana que cobre o olho), mantendo-a limpa, lubrificada e livre de corpos es-tranhos estranho.

ABRINDO AS PÁLPEBRASA maior parte do músculo orbicular do olho consiste em

um arranjo de fibras que cobrem a cavidade orbital. A função desta parte do músculo é fechar firmemente a pálpebra (olho) para proteger contra o vento ou luz.

O segundo músculo orbital é o músculo levantador da pálpebra superior. Como o nome sugere, este é um pequeno músculo que puxa para cima a pálpebra expondo (abrindo) o olho. Ao contrário do músculo orbicular do olho, este mús-culo fica dentro da cavidade orbital.

M. levantador da pálpebra superiorMúsculo responsável pela elevação da pálpebra superior situado no interior da órbita, abaixo do músculo orbicular do olho

Parte palpebral do m. orbicularFecha os olhos (abaixa a pálpebra) levemente quando estamos dormindo ou piscamos e lava a mucosa da membrana dos olhos com as lágrimas, mantendo-a limpa e lubrificada

Ligamento palpebral lateralBanda resistente de tecido conectivo fibroso que conecta a pálpebra superior e inferior, situada externamente ao olho

Artéria nasal

dorsal

Nervo e artéria supratroclear Irriga a pele da testa

Parte orbital do músculo orbicular do olho

Fecha firmemente os olhos, protegendo da luz intensa ou de potenciais danos físicos

Nervo e artéria supraorbitais

Forame supraorbitalOrifício localizado no osso frontal,

através do qual passa a veia supraorbital, a artéria e o nervo

Osso maxilarOsso zigomático

Osso nasal

Osso frontal

Ligamento palpebral medial

Banda de tecido conectivo fibroso que conecta cada pálpebra, ancorando o lado

interno do globo ocular ao nariz

Saco lacrimalConduto que drena e conduz as lágrimas para a cavidade nasal

Tarso superior e inferiorTecido conectivo que forma as pálpebras

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Nervo facialOs músculos faciais e as funções involuntárias, tais como a formação de lágrimas, são iner-

vados pelo nervo facial, que transmite sinais do cérebro e para este.

O nervo facial é dividido em cinco ramos principais: temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical. Estes cinco ramos espalham-se inervando os músculos da expres-são facial.

Os músculos da expressão facial são inervados pelo nervo facial direito e esquerdo, cada um supre a respectiva musculatura no seu lado da face. Cada nervo emerge atra-vés do forame estilomastóideo, próximo da parte inferior da orelha, e alcança os músculos faciais através de ramos que passam pela glândula salivar parótida, localizada sobre a lateral da face.

Nervos são fardos de fibras que transmitem impulsos elé-tricos do cérebro ou da medula espinhal para os músculos ou dos órgãos sensitivos para o cérebro ou medula espinhal. A maioria dos nervos, incluindo os faciais, possuem dois ti-

pos de fibra, que enviam e recebem informações do e para o cérebro.

LESÃO DO NERVO CRANIANOHá doze pares de nervos cranianos que realizam diversas

funções, desde o movimento do globo ocular até a manuten-ção do equilíbrio. Os nervos faciais compõem sete pares e sua principal tarefa é providenciar impulsos motores para os músculos da expressão facial. (Os músculos da mastigação, usados para mastigar a comida, são inervados pelo quinto par de nervo craniano, o nervo trigêmeo.)

Da mesma forma que inervam os músculos (transmitindo impulsos para eles), o nervo facial atua no sistema autônomo estimulando a produção de lágrima e de saliva. Eles também conduzem impulsos dos botões gustativos.

Ramos posterioresAntes do nervo facial entra na glândula

parótida e divide-se, inerva os músculos occipital e auricular posterior

Ramo temporal do nervo facialInerva os músculos frontal, occipitofrontal e orbicular do olho

Ramo zigomático do nervo facialInerva os músculos orbicular do olho, nasal e o levantador do lábio superior

Nervo facialEntra no osso temporal pelo meato acústico interno; segue para a orelha interna e emerge através do forame estilomastóideo

Ramo bucal do nervo facial Inerva os músculos orbicular da boca e o bucinador

Ramo mandibularInerva os músculos do lábio inferior

Glândula parótidaEsta glândula salivar é frequentemente edemaciada na caxumba

Ramo cervical do nervo facialInerva o músculo platisma

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Músculos da mastigação

Os músculos da mastigação são os músculos que movi-mentam a mandíbula, promovem elevação e abaixamento, protração e retração e laterização, o que resulta no abrir e fechar da boca.

Esta ação é utilizada também em atividades como a fala, a respiração através da boca e o bocejo. A ação de fechamen-to também é muito usada nos movimentos necessários para morder e mastigar a comida.

MOVIMENTANDO A MANDíBULA Todos os movimentos da mandíbula ocorrem na articulação

bilateral temporomandibular, localizada na frente da orelha.

Os ossos que formam esta articulação são a cabeça da mandíbula (a seção arredondada no alto do osso da mandíbu-la) e fossa mandibular do osso temporal (cavidade no crânio onde a cabeça da mandíbula está localizada).

A ação de dobradiça permite movimentos para cima e para baixo da mandíbula. Adicionalmente, a cabeça da man-díbula é coberta com um disco cartilaginoso, que permite o deslizamento para a frente e para trás, amortecendo o mo-vimento. Este movimento permite que a mandíbula deslize de um lado para outro da maxila na abertura e promova as forças laterais necessárias para triturar alimentos duros no fechamento e mastigação da boca.

Os músculos que nos ajudam a mastigar o alimento também atuam na fala, na respiração e no bocejo.

M. esterno-hióideoMúsculo do pescoço que age sobre o osso

hióideo, auxilia na deglutição e na fala, é uma das pequenas ‘tiras’ de músculos do pescoço

M. temporal Músculo em forma de leque, fixado no osso frontal à

mandíbula; ele eleva e retrai a mandíbula e a mantém posicionada enquanto dormimos

Arco zigomático Arco horizontal de osso por onde passa o

músculo temporal; origem do músculo masseter

MandíbulaM. masseter

Forte e robusto, este músculo vai do arco zigomático até abaixo da mandíbula; é o principal músculo para o fechamento da mandíbula

M. pterigóideo lateral Atua na mastigação, movimentando a mandíbula de um lado para outro e promovendo protração da mandíbula

M. pterigóideo medialMúsculo antagonista do músculo temporal e do músculo masseter; sinergista do músculo pterigóideo lateral

Uma seção da mandíbula foi removida

para facilitar a visualização

Osso hióideo Corpo em forma de U, suporte para a língua

M. milo-hióideoLâmina muscular que forma o assoalho da boca; auxilia a conduzir o alimento para faringe

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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A. occipitalIrriga o músculo esternocleidomastóideo ao lado do pescoço e também a porção posterior do couro cabeludo

A cabeça e o pescoço são irrigados pelas duas artérias caró-tidas comuns que ascendem de cada lado do pescoço. Elas são cobertas, junto com a jugular interna e o nervo vago, por uma camada protetora de tecido conectivo chamada bainha carótida.

RAMIFICAÇÃO ARTERIALElas têm origens ligeiramente diferentes na base do pes-

coço, com a artéria carótida esquerda comum, originando-se diretamente do arco da aorta enquanto a artéria carótida co-mum direita origina-se do tronco braquiocefálico da aorta.

A artéria carótida comum se bifurca no nível da margem superior da cartilagem tireóidea para formar as artérias caró-tida interna e artéria carótida externa.

A artéria carótida interna entra no crânio e irriga o cérebro e a artéria carótida externa emite ramos que irrigam a face e o escalpo.

Muitos dos ramos da artéria carótida externa têm um cur-so sinuoso. Essa flexibilidade assegura que durante os movi-mentos da boca, laringe e da faringe na deglutição, por exem-plo, não ocorra distensão dos vasos.

Artérias da face e do pescoçoO pulso que sentimos no pescoço é o sangue sendo bombeado para a cabeça pela artéria

carótida comum.

A. temporal superficialIrriga o escalpo na parte frontal da orelha e possui ramos nas partes profundas da face

A. meníngea médiaImportante ramo da artéria maxilar, que irriga a meninge dura-máter, a qual cobre o cérebro

A. maxilarProvê ramos para os músculo da mastigação, para os dentes, o nariz e o palato

A. facialIrriga a face, o palato e os lábios via ramos da artéria labial

A. lingualIrriga a língua e o assoalho da boca

A. tireóidea superiorIrriga a glândula tireóidea e a laringe

A. carótida comumIrriga a cabeça e o pescoço; ascende para a cartilagem tireóidea, onde se divide em artéria carótida interna e artéria carótida externa

Bifurcação da artéria carótidaÉ o ponto onde a artéria carótida comum se divide, é onde se localiza o seio carotídeo, uma estrutura

que auxilia o monitoramento da pressão sanguínea

A. carótida internaIrriga o olho e a parte anterior do cérebro

A. carótida externaRamo da artéria carótida

comum, segue atrás da mandíbula para a glândula

parótida, de onde lança um grande número de ramos para

irrigar a face e o couro cabeludo

A. auricular posteriorIrriga a parte posterior da orelha e parte do couro cabeludo

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V. supratroclear e supraorbitalEstes vasos drenam a testa, desembocando na veia facial ou seio cavernoso através da veia oftálmica

A drenagem do sangue da cabeça para o coração ocor-re por três importantes veias: a veia jugular interna, a veia jugular interna e a veia vertebral (que segue pelo forame do processo transverso das vértebras do pescoço e não pode ser visualizada na ilustração acima).

A drenagem do sangue da cabeça e do pescoço para o co-ração é feita via veias jugular interna que ficam a direita e esquerda do pescoço. Como ocorre com a artéria carótida co-mum, as veias são protegidas pela bainha carótica. Diferente do resto do corpo, as veias desta região geralmente não têm válvulas e o retorno venoso do sangue para o coração ocorre por gravidade e pressão negativa no tórax.

Por exemplo, as veias superficiais são frequentemente visí-veis durante o exercício e bem salientes no pescoço de cantores.

VEIA JUGULAR INTERNAHá pouca variação na posição da veia jugular interna,

motivo pelo qual é frequentemente utilizada para monito-rar a pressão venosa central (pressão sanguínea do átrio di-reito do coração). Uma cânula é inserida na veia e passada para o coração. Na ponta da cânula é acoplado um transdu-tor para aferir a pressão. Assim o volume sanguíneo pode ser monitorado.

Como as veias que drenam a face, há uma série de veias emissárias que comunicam do seio nasal venoso (o qual drena sangue do cérebro) às veias do escalpo e as quais, junto com as veias diploicas (encontradas nos ossos do crâ-nio), que provêm uma potencial rota de infecção do escalpo para o cérebro.

Veias da face e do pescoçoAs veias têm uma distribuição similar às artérias ao redor da face e do pescoço. Muitas veias têm o mesmo

nome das artérias.

V. temporal superficialDrena o escalpo e liga-se com a veia maxilar que

desemboca na veia retromandibular

V. occipitalUma grande veia que drena a região lateral do pescoço

e parte posterior do escalpo para a veia jugular interna

V. auricular posterior

Drena para a jugular externa, no ângulo da mandíbula, com

o ramo da veia retromandibular

V. retromandibularUma grande veia logo atrás

da mandíbula que drena para a veia jugular interna e a veia

jugular externa

V. jugular internaÉ a trajetória final comum para a drenagem da maior

parte do sangue da cabeça e do pescoçoV. facial comumSegue do ângulo médio do olho para o ângulo da mandíbula e drena grande parte da face

V. maxilarDrena o sangue do plexo pterigóideo e liga-se à veia retromandibular

Plexo venoso pterigóideoUm complexo de veias associadas ao músculo pterigóideo usado na mastigação

V. oftálmica superiorDrena o sangue da órbita e do seio cavernoso

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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A orelha pode ser anatomicamente dividida em três par-tes diferentes: a orelha externa, a média e a interna. A orelha externa e a média são importantes para captar o som e trans-mitir as ondas sonoras. A orelha interna é o órgão da audição e também vital na manutenção do nosso equilíbrio.

TRANSMITINDO INFORMAÇÕESA orelha externa consiste do pavilhão auricular visível e

de um canal na cabeça, o meato acústico externo. Este canal termina na membrana do tímpano, que marca a transição en-tre a orelha média e a externa.

A orelha média está conectada com a parte posterior da garganta (parte oral da faringe) pela tuba auditiva. Na orelha média, há três ossos chamados de ossículos.

Estes ossos são ligados entre si de modo que os movimen-tos da membrana do tímpano são transmitidos para o estribo, o qual bate na janela do vestíbulo (abertura entre a orelha média e a interna).

A orelha interna contém o principal órgão da audição, a cóclea, e o sistema vestibular, que controla o equilíbrio.

Informações de ambas as partes da orelha passam por es-pecíficas áreas dentro do cérebro via nervo vestíbulo-coclear.

CócleaOsso em forma de caracol, que

contém receptores para audição

OrelhaAs orelhas são os órgãos sensoriais vitais da audição e do equilíbrio. Cada orelha é dividida

em três partes: externa, média e interna, cada qual sendo projetada para responder ao som ou ao movimento de diferentes maneiras.

BigornaSegundo dos ossículos, articulado entre o martelo e o estribo

MarteloPrimeiro dos ossículos, ligado à superfície interna do tímpano

Pavilhão da orelhaSeu formato auxilia a transferir o som para o meato acústico externo e também auxilia a localizar a fonte do som

Membrana do tímpanoMembrana translúcida que divide a orelha média da orelha externa, vibra em resposta ao som

Meato acústico externoFunil sonoro entre o pavilhão da orelha e a membrana do tímpano

Canal semicircularParte do sistema vestibular que contém receptores do equilíbrio

Tuba auditivaTuba que liga a orelha média à

parte posterior da garganta

Meato acústico interno

Túnel ósseo que contém o nervo vestíbulo-coclear que

conduz impulsos nervosos para o cérebro

EstriboO último osso dos ossículos, articulado com a

bigorna e localizado sobre a janela oval

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O pavilhão da orelha externa capta o som e envia para o meato acústico externo. Este consiste em uma lâmina fina de cartilagem elástica e uma porção inferior chamada de lóbulo, formado principalmente de tecido adiposo com uma coberta firme de pele.

O pavilhão da orelha está ligado à cabeça por uma série de ligamentos e músculos e a orelha externa tem uma complexa inervação sensorial, envolvendo três dos nervos cranianos.

PROTEÇÃO DA ORELHAO meato acústico externo é um tubo que se estende do

lóbulo da orelha à membrana do tímpano e tem cerca de 2,5 cm de comprimento nos adultos. O terço esterno da tuba é de

cartilagem (similar ao do pavilhão da orelha), mas os dois terços internos são ósseos (parte do osso temporal).

Na pele que cobre parte da cartilagem do meato acústi-co há grossos pelos e glândulas de cerúmen (cera da orelha). Normalmente, esta cera seca e cai da orelha, mas ela pode se acumular e interferir na audição. A combinação da cera e dos pelos previne a entrada de pó e objetos estranhos na orelha.

O limite entre a orelha externa e média é a membrana do tímpano. Trata-se de uma membrana translúcida que pode ser visualizada utilizando um otoscópio. A membrana tim-pânica pode, às vezes, ser perfurada por infecção da orelha média ou pela alta pressão das ondas sonoras.

Fossa da escafaParte interna da hélice

Orelha externaO pavilhão da orelha externa é constituído por cartilagem e pele e serve para captar e conduzir o som para

orelha média.

Hélice Curvatura da margem externa da cartilagem

Ramo da antéliceSobre a parte superior da concha

Fossa triangularDepressão da cartilagem

Meato acústico externoTúnel da orelha externa

TragoPequena proeminência bem na

frente da abertura do meato acústico externo; é onde crescem

pelos para proteção da abertura

Incisura intertrágicaChanfradura abaixo do trago,

local onde crescem pelos

LóbuloTecido adiposo da parte inferior do pavilhão da

orelha, frequentemente é o lugar usado para furar a orelha; não contém cartilagem

Parte inferior da concha

AntitragoDilatação de cartilagem

AntéliceMargem interna da orelha

ConchaDilatação de tecido conectivo bem atrás do meato acústico externo; contém glândulas sebáceas

Parte superior da conchaMargem superior da concha

AntéliceMargem superior

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Seio venoso da escleraDrena o humor aquoso; este canal também é chamado de canal de Schlemm

Globo ocularOs olhos são os órgãos especializados da visão, que respondem ao estímulo da luz.

Nossos olhos permitem captar uma série de informações ao nosso redor detectando padrões de luz. Estas informa-ções são enviadas para o nosso cérebro, que as processa para que possamos percebê-las como imagens.

Cada bulbo do olho é envolvido por tecido adiposo dentro da cavidade óssea, a órbita.

A órbita tem uma grande abertura frontal para permitir a entrada de luz e uma pequena abertura posterior para permi-tir a passagem do nervo óptico para o cérebro e a entrada de vasos e nervos na órbita.

CÂMARASO bulbo do olho é dividido em três câmaras internas.

As duas câmaras aquosas do olho são a anterior e a poste-

rior, que estão separadas pela íris. Elas contém um líquido translúcido, o humor aquoso, o qual é secretado na câmara posterior por uma camada de células encobrindo o corpo ciliar.

Este fluido passa para a câmara anterior através da pupila e então vai para dentro da corrente sanguínea via um número de pequenos canais, localizados na base do íris e margem da córnea.

A maior câmara é a vítrea, que fica atrás das câmaras aquosas e é separada delas pela lente e seus ligamentos sus-pensores, os quais conectam a lente ao processo ciliar.

A câmara vítrea contém o corpo vítreo, o qual é translúci-do e tem a consistência de uma gelatina.

Processo ciliarUma série de pontes ligadas ao

ligamento suspensor da lente

Câmara posteriorCâmara atrás da íris que contém humor aquoso

Câmara anteriorCâmara entre a córnea e a lente;

contém humor aquosoZônula

Ligamento suspensor da lente

Corpo vítreoMaior câmara do olho

RetinaContém fotorreceptores

que reagem à luz

Mácula Onde ocorre a máxima acuidade visual

EscleraTúnica externa que protege o olho

Nervo ópticoConduz informações das células (receptor

cone) da retina para o cérebro

Vasos centrais da retinaIrriga e drena o bulbo ocular

Disco ópticoOnde o nervo óptico liga-se à retina, é o ponto cego do olho, assim chamado por não possuir células fotorreceptores

CoroideReveste a esclera internamente para formar o corpo ciliar e a íris

LenteFoca a luz sobre a retina

Músculo ciliar e corpo ciliarSecreta humor aquoso

ÍrisDiafragma pigmentado visível através da córnea

ConjuntivaCamada transparente de tecido conjuntivo que é contínua com a camada mais interna da pálpebra

Cápsula da lenteMembrana que envolve a lente

CórneaCamada transparente que cobre a frente da esclera

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Corpo ciliarLiga a coroide à íris

A túnica externa do bulbo do olho é chamada de esclera e é uma túnica robusta, fibrosa e protetora do olho. Na frente do olho, a esclera é visível como a parte branca do olho. Esta é coberta por uma camada transparente de tecido conjuntivo, a conjuntiva. A córnea é transparente e cobre a parte anterior do olho, permitindo a entrada de luz.

TÚNICA VASCULAR DO OLHOA túnica média, a túnica vascular do olho (úvea), contém

muitos vasos sanguíneos, nervos e células pigmentadas.A túnica vascular do olho está dividida em três prin-

cipais regiões: a coroide, o corpo ciliar e a íris. A coroide

estende-se da região da passagem do nervo óptico no bul-bo ocular até a região anterior do olho, onde forma o corpo ciliar e a íris.

RETINAA túnica mais interna do olho é a retina, uma camada que

contém tecido nervoso fotossensível (sensível à luz). Esta é revestida pelo corpo vítreo. Há dois tipos de fotorreceptores: célula em bastonete, que detecta a intensidade da luz e con-centra-se em toda periferia da retina, e célula do tipo cone que detecta a cor e está mais concentrada na fóvea macular, a parte posterior do bulbo do olho.

Túnicas do olhoO bulbo do olho é coberto por três diferentes túnicas, cada qual com uma função especial.

EscleraTúnica fibrosa mais externa do bulbo do olho

RetinaÉ a mais interna das três túnicas do

bulbo do olho; contém fotorreceptores (varas e cones) que reagem à luz

Fibras meridionais

Fibras circulares

Músculo ciliar

Processo ciliarUma das elevações ligada ao ligamento

suspensor da lente

Músculo dilatador da pupilaAjuda a abrir (midríase) a pupila

em locais escuros

Zônula ciliarUm dos fibrosos ligamentos

suspensores da lente

LenteEstrutura transparente atrás da pupila

Músculo esfíncter da pupila É responsável, por exemplo, pelo fechamento (miose) da pupila no brilho de luz

Margem da írisConstituída por músculo liso

CórneaCamada transparente que cobre a frente da esclera

ConjuntivaMembrana de mucosa que cobre a esclera

Seio venoso da escleraDrena o humor aquoso; este canal também é chamado de canal de Schlemm

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Maxila e lâmina horizontal do osso palatinoDois ossos que formam o palato duro

Cavidade da bocaTambém conhecida simplesmente como boca, ela estende-se dos lábios até a fauce, abertu-

ra que conduz à faringe.

O teto da boca, visto de um âgulo inferior, apresenta duas estruturas distintas: o arco dental e o palato.

O arco dental forma a parte curva da maxila, na frente e dos lados do teto, e o palato é uma lâmina horizontal de teci-do que divide a cavidade da boca da cavidade do nariz.

Os dois terços anteriores do palato são ósseos, chama-do palato duro, formado pelo osso da maxila. O palato duro está coberto por membrana de mucosa, embaixo da qual correm vasos e nervos, que nutrem e fornecem sensa-ção ao palato e às glândulas palatinas, que frequentemen-te formam pregas fibrosas chamadas “pregas palatinas”.

A saliva secretada por estas glândulas lubrifica o alimento facilitando sua deglutição.

PALATO MOLEO terço posterior do palato é composto por glândulas sali-

vares, e músculos e tendão. Boa parte do palato mole é forma-da pelo músculo levantador e músculo tensor do véu palatino. Estes músculos fecham a cavidade nasal durante a deglutição, respectivamente tencionando e elevando o palato mole.

Eles também agem com outros músculos para abrir a tuba au-ditiva (de Eustáquio), que equilibra a pressão sobre o tímpano.

Veias e artériasPassam próximas ao osso; formam uma arcada ao lado

da parte posterior do osso palatino para encontrar outros vasos vindos da região frontal e central

Pregas palatinas transversaisFirmes pregas da mucosa palatina que podem

auxiliar a mastigação do alimento

Dente incisivo superior

Glândulas palatinasProduz saliva que lubrifica o alimento para

melhor deglutição

Dentes molares

Músculo constritor superior da faringe

Localizado posteriormente e ao redor até encontrar seu par do outro lado, formando

o mais superior dos três músculos que circulam a garganta

Músculo bucinadorMúsculo que forma a bochecha;

importante para empurrar o alimento para trás sobre a língua para engolir

LínguaÚvula palatinaUma extensão pendular do palato mole

Músculo palatoglosso e palatofaríngeoO músculo palatoglosso eleva a parte posterior língua; o músculo palatofaríngeo eleva a laringe

Tonsila palatinaTecido linfático que forma a parte lateral do anel linfático

Músculo tensor do véu palatinoTenciona e eleva o palato mole durante a deglutição, fala e respiração

Lábio superiorContém muitos vasos e muitas terminações nervosas que deixam o lábio bem sensível

Esta vista da boca mostra uma dissecção do palato. O corte do lado

direito, próximo ao osso, mostra nervos e artérias; o lado esquerdo mostra a

mucosa intacta na frente e no lado, mas removida no centro e na região posterior,

mostrando as glândulas palatinas.

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Ducto da glândula submandibularConduz saliva da glândula submandibular; abre-se na linha central do lado de baixo da língua

A ilustração acima apresenta o sistema dos músculos esqueléticos do assoalho da boca ou da cavidade da boca. A língua não está representada.

A língua está localizada sobre o músculo milo-hióideo, que forma o assoalho da boca. O músculo hipoglosso ancora a língua no osso hióideo e provê força extra, enquanto o mús-culo genioglosso impede a língua de mover-se de volta para a garganta.

O músculo temporal é o músculo da mastigação. A língula é uma pequena projeção óssea da mandíbula.

O nervo mandibular passa por baixo dela, através do forame da mandíbula e segue para dentro do corpo da mandíbula, iner-vando os dentes e o lábio inferior.

GLÂNDULAS SALIVARESHá um par de glândulas submandibular e de glândulas

sublingual de cada lado do assoalho da boca. Junto com o par de glândulas parótidas, elas formam um conjunto de seis glândulas salivares.

O fluxo salivar percorre o ducto da glândula submandi-bular sobre o músculo mulo-hióideo e emerge na frente da cavidade da boca de cada lado da língua, atrás dos dentes frontais inferiores.

A saliva da glândula sublingual segue pelo ducto da glân-dula submandibular ou através de pequenas aberturas na mu-cosa, na lateral da língua. O nervo lingual promove paladar e sensibilidade nos dois terços anteriores da língua.

Assoalho da boca O assoalho da boca dá suporte aos músculos e glândulas essenciais para sua função.

Nervo lingualÉ receptor de sabor e sensações em geral para a maior parte da língua

Processo coronoideCriado pela tração do músculo temporal que

está inserido na lateral do crânio

Glândula sublingualSituada sobre o músculo milo-hióideo, na parte

anterior da boca; sua saliva é conduzida tanto pelo duto submandibular como por uma série de pequenos

canais, que se abrem dentro da cavidade da boca próximo ao frênulo da língua

Forame da mandíbula

Local de passagem do nervo mandibular, que inerva os

dentes inferiores

Língula da mandíbula

Projeção óssea da aba do forame da mandíbula

Ângulo da mandíbula

Pode ser sentido 2 cm abaixo do lobo da orelha

Músculo milo-hióideoO principal músculo do assoalho

da boca; a língua está ligada e localizada sobre este músculo

Processo condilarComponente da mandíbula que

se articula com a base do crânio

Glândula submandibularEncontrada no limite do músculo milo- -hióideo; a saliva emerge ao lado da linha central debaixo da língua

Osso hióideoConecta a língua via músculo hipoglosso e o assoalho da boca via músculo milo-hióideo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Processo frontal da maxilaProjeção superior da maçã do rosto

Nariz e cavidade nasalNariz comumente implica somente a estrutura externa, mas anatomicamente também in-

clui a cavidade do nariz. Este é o órgão do olfato e, como abertura do trato respiratório, serve para aquecer e filtrar o ar.

O nariz externo é uma estrutura em forma de pirâmide no centro da face, com a ponta do nariz formando o ápice da pi-râmide. A cavidade nasal é um espaço relativamente grande e é a primeira parte do trato respiratório. A cavidade nasal fica acima da cavidade da boca, separada por uma lâmina óssea horizontal chamada palato duro. As duas cavidades se abrem na faringe, um tubo muscular.

ESTRUTURAS EXTERNASA parte superior do nariz externo é formada por osso e a

parte inferior é formada por cartilagem e tecido fibroadiposo. A parte superior do esqueleto do nariz é formada principal-

mente por duas placas ósseas, os ossos nasais. Estes, pela sua extremidade superior, articulam-se com o osso frontal. Arti-culado ao limite externo de cada osso nasal está o processo frontal da maxila, uma projeção óssea da maçã do rosto entre o osso nasal e a parte mais interna da parede da órbita.

A raiz do nariz consiste quase inteiramente dos dois os-sos nasais e conjuga-se com a testa entre as duas órbitas. Por causa da sua localização e relativa fragilidade, os ossos nasais são vulneráveis à fratura.

A metade inferior do nariz externo é formada por placas de cartilagem de cada lado. Estas são unidas umas às outras e à cartilagem do outro lado na extensão da linha média do nariz.

Vista lateral

Vista inferior

Osso frontalPrincipal osso da testa; os ossos nasais encontram-se entre as órbitas

Osso nasalOs ossos nasais juntos formam a raiz do nariz

Cartilagem septalParede que divide o nariz

Cartilagem nasal lateralPlaca de cartilagem de cada lado do nariz

Cartilagem alar menor

Tecido fibroadiposo

Cartilagem alar maiorForma o corpo da narina; a pele sobre a

metade inferior do nariz é firmemente ligada a esta cartilagem

CartilagemEstrutura inferior do nariz constituída por placas de

cartilagem, um denso tecido conjuntivo

NarinaUma das duas aberturas externas do nariz

Tecido fibroadiposo

Cartilagem septalSepara as duas narinas; forradas por mucosa

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Seio frontal Drena para o meato médio pelo ducto nasofrontal

A cavidade nasal é dividida em duas partes por uma placa vertical chamada de septo nasal, formado por uma parte óssea e uma parte cartilaginosa. Cada lado da cavi-dade nasal é aberto na frente pela narina e abre-se na parte posterior para a faringe através de uma abertura posterior denominada de cóana.

TETO DA CAVIDADE NASALO teto da cavidade nasal é arqueado desde a frente até atrás.

A parte central deste teto é formada pela lâmina cribiforme do osso etmoide, uma tira de osso perfurada por uma série de

pequenos forames. Este forma parte do assoalho da cavidade craniana, a qual contém o cérebro. Passando, através da lâmina perfurada cribiforme, da cavidade nasal para o cérebro, está o nervo olfatório, que conduz a sensação do olfato.

Esta estrutura anatômica explica por que lesões na cabeça envolvendo fraturas do teto da cavidade nasal algumas vezes resultam em vazamento do líquido cefalorraquidiano (fluido translúcido ao redor do cérebro) pelo nariz.

Se a lesão na cabeça causar um dano significativo no nervo olfatório pode ocorrer perda da habilidade de perceber odo-res. Esta condição é denominada de anosmia.

O interior da cavidade nasalA cavidade nasal vai das narinas até a faringe e é dividida em duas pelo septo nasal. O teto forma parte do

assoalho da cavidade craniana.

Seio esfenoide Um dos seios paranasais que filtra o ar; sua mucosa é contínua com a da cavidade nasal

Concha nasal superiorReceptores do olfato são aí encontrados

e os cílios olfatórios ficam na mucosa desta região

FaringePassagem do ar e do alimento; é

conectada com as cavidades nasal e oral

Palato moleFecha a cavidade nasal para a

cavidade oral durante a deglutição

CóanaAbertura da cavidade nasal para a faringe

Palato duroOsso que separa a cavidade da boca da cavidade do nariz

Vestíbulo do narizEntrada da narina; pelos filtram o ar que entra

Meato inferior

Concha nasal inferior

Meato médio

Concha nasal média

Meato superior

Lâmina cribiforme do osso etmoide Fornece passagem para o nervo olfatório da cavidade nasal até o cérebro

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O cérebroO cérebro é a parte do sistema nervoso central situada no interior do crânio. Ele controla

as funções do nosso corpo, incluindo o batimento cardíaco, a habilidade de andar e correr e a criação de nossos pensamentos e emoções.

O cérebro compreende três importantes partes: a parte anterior, a média e a posterior. A parte anterior é dividida em duas metades, as quais compõem os hemisférios cerebrais direito e o esquerdo.

HEMISFÉRIOSOs hemisférios cerebrais formam a maior parte da porção

frontal do cérebro. Na sua superfície mais externa, possuem uma série de giros e sulcos que aumentam enormemente a área de superfície. A maior parte da superfície de cada he-misfério fica encoberta na profundidade criada pelos sulcos.

Cada hemisfério é dividido em lobos: frontal, parietal, oc-cipital e temporal, assim nomeados devido à relação com os ossos do crânio. O corpo caloso, uma grande rede de fibras

nervosas profundas na fissura longitudinal do cérebro, co-necta os dois hemisférios.

SUBSTÂNCIA CINZENTA E SUBSTÂNCIA BRANCAOs hemisférios são constituídos de um córtex externo de

matéria cinza e uma massa interna de matéria branca.A substância cinzenta contém corpos de células ner-•vosas que são encontradas no córtex do cérebro, córtex do cerebelo e em grupos de núcleos subcorticais.A substância branca compreende os axônios das célu-•las nervosas, encontradas abaixo do córtex. Elas pro-movem uma rede neural de comunicação no cérebro e podem projetar-se para várias áreas do córtex e da medula espinhal.

Hemisfério cerebral esquerdo Hemisfério cerebral direitoPolo frontalA parte mais anterior do cérebro

Giro frontal superior

Giro pré-centralContém a área motora do córtex que coordena o movimento dos músculos esqueléticos. Assim como os movimentos dos membros, esta parte do córtex controla os movimentos dos dedos e dos lábios

Giro pós-centralContém a área sensória do córtex

SulcosSão depressões no córtex

GirosSão dilatações no córtex

Sulco calcarinoContém a parte visual do córtex

Sulco parieto-occipitalSepara o lobo parietal do

lobo occipital

Sulco centralSepara o lobo frontal do

lobo parietal

Sulco pré-central

Fissura longitudinal do cérebro

Divisão entre os dois hemisférios cerebrais

Córtex primário somatossensorial

Área da fala(Área de Wernicke)

Lobo occipitalParte posterior do cérebro e principal

área para interpretação da visão

Lobo parietalÁrea relacionada com a interpretação

do espaço e orientação

Córtex auditivo primário

Os quatros lobos dos hemisférios cerebrais estão em destaque no hemisfério esquerdo

Lobo temporalÁrea do córtex relacionada com o som e com a linguagem falada

Córtex motor da fala(Área de Broca)

Lobo frontalParte anterior do cérebro relacionada às emoções

Córtex motor primário

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Estruturas internas do cérebroUma secção sagital do encéfalo revela as principais estruturas que coordenam um vasto número de atividades

no nosso corpo. Enquanto áreas particulares monitoram informações sensoriais e motoras, outras controlam a fala e o sono.

Giro pós-central

PENSAMENTO, FALA E MOVIMENTO A área da fala (área de Wernicke), localizada atrás do córtex

auditivo primário, é essencial para entender a fala. O córtex pré--frontal coordena funções cognitivas, incluindo pensamentos abstratos, comportamento social e habilidade para decisões. No interior da substância branca dos hemisférios cerebrais, há uma série de pequenos núcleos de substância cinzenta, conhecidos como núcleos da base. Este grupo de estruturas atua na função motora, incluindo programação de movimentos, planejamento, seleção do programa motor e memória motora.

DIENCÉFALOA parte medial do cérebro compreende a estrutura ao redor

do terceiro ventrículo. Este forma o diencéfalo, o qual inclui o tálamo, hipotálamo, epitálamo, metatálamo e subtálamo em am-bos os lados. O tálamo é a ultima estação entre as informações que chegam via medula espinhal para o córtex cerebral.

O hipotálamo está localizado abaixo do tálamo, no as-soalho do diencéfalo. Ele coordena uma variedade de me-canismos homeostáticos e a hipófise, a qual deriva da sua base. O lobo anterior da hipófise secreta uma substância que influência a glândula tireóidea, a glândula adrenal, as gônadas e produz fatores de crescimento. O lobo poste-rior produz hormônios que aumentam a pressão arterial, diminuem a produção de urina e causam contração do útero. O hipotálamo também atua sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático, no controle da temperatura corporal, apetite e vigilância.

O epitálamo é uma parte relativamente pequena do dor-so do diencéfalo que inclui o corpo pineal, responsável por sintetizar a melatonina e está relacionado com o controle do ciclo circadiano.

O subtálamo fica abaixo do tálamo e próximo ao hipotálamo. Ele contém o núcleo subtalâmico, que coordena movimentos.

Hemisfério cerebral direitoUma das partes que formam o cérebro

Corpo calosoUma banda espessa de fibras nervosas encontrada profundamente na fissura longitudinal do cérebro que conecta os dois hemisférios

Ventrículo lateralUma cavidade que contém líquido cefalorraquidiano

TálamoDireciona informações sensoriais dos órgão sensitivos para a parte correta do cérebroNervo ópticoConduz informações visuais do olho para o cérebro

HipófiseA hipófise não está incluída quando o cérebro é removido do crânio

HipotálamoDiz respeito às emoções e necessidades tais como fome e sede; também ajuda a controlar a temperatura corporal e o balanço eletrolítico do sangue.

MesencéfaloImportante na visão, liga o polo anterior ao polo posterior

PonteParte do bulbo que contém numerosos tratos nervosos

Medula espinhal

BulboContém centros vitais de

coordenação da respiração e da pressão arterial

CerebeloCoordena equilíbrio e movimentos do corpo;

consiste de substância cinzenta por fora, envolvendo substância branca por dentro

Sulco calcarinoOnde se localiza a maior parte

do córtex primário da visão

Sulco parieto-occipitalDivide o lobo occipital do parietal

Corpo pinealParte do epitálamo que

sintetiza melatonina

Sulco central

Giro pré-central

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O cérebro pesa cerca de 1,4 kg e representa 2% do peso total do nosso corpo. Porém, ele recebe de 15% a 20% da pro-dução cardíaca para realizar suas funções. Se o fluxo sanguí-neo para o cérebro for interrompido por apenas 10 segundos nós perdemos a consciência e, a menos que o fluxo sanguíneo seja restabelecido rapidamente, em questão de minutos o cé-rebro sofrerá lesões irreversíveis.

IRRIGAÇÃO DO CÉREBROO cérebro recebe o fluxo sanguíneo via dois pares de ar-

térias. A artéria carótida interna, ramo da artéria carótida co-mum localizada no pescoço, entra no crânio via canal caróti-

co e seus ramos irrigam o córtex cérebro. Os seus principais ramos são a artéria cerebral média e a artéria cerebral ante-rior. A artéria vertebral é um ramo da artéria subclávia, entra no crânio via forame magno e envia ramos para o cerebelo e tronco encefálico.

As artérias vertebrais se unem e formam a artéria basi-lar, que segue sobre a ponte e emite dois ramos principais as artérias cerebrais posteriores, as quais irrigam o lobo occipi-tal e a parte inferior do lobo temporal. As artérias cerebrais posteriores se unem às artérias cerebrais anteriores através das artérias comunicantes para formar o círculo arterioso do cérebro (Círculo de Wills).

Os vasos sanguíneos do cérebroAs artérias irrigam o cérebro com sangue oxigenado.

Cérebro

Vista inferior do cérebro

A. cerebral médiaÉ o principal ramo da artéria carótida interna, irrigando dois terços do hemisfério cerebral e muitas estruturas profundas do cérebro

A. basilarUma artéria calibrosa localizada na superfície inferior da ponte; divide-se para formar as duas artérias cerebrais posteriores

A. vertebralRamo da artéria subclávia, entra no crânio através do forame magno para irrigar o cérebro e se anastomosa (funde) com sua oposta para formar a artéria basilar

Hemisfério direito

Medula espinhal

Hemisfério direito

Aa. cerebelaresRamos das artérias vertebral e basilar

que irrigam o cerebelo

Cerebelo

A. cerebral posteriorIrriga a parte inferior do lobo

temporal e o lobo occipital

Círculo arterioso do cérebro

(Círculo de Willis)Círculo que comunica as

artérias da base do cérebro

A. cerebral anteriorIrriga o lobo frontal e a face medial

do hemisfério cerebral

Bulbo olfatórioÓrgão do olfato

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Seio sagital superiorO maior dos seios venosos; recebe o retorno venoso de muitas veias superficiais e também reabsorve o líquido cefalorraquidiano

As veias do cérebroVeias superficiais e profundas drenam o sangue do cérebro para um complexo sistema de seios. Estes contam com

a gravidade para fazer o sangue retornar ao coração já que, diferentemente de outras veias, não possuem válvulas.

As veias cerebrais podem ser agrupadas em superficiais e profundas. Estas veias não têm válvulas e drenam para o seio venoso do crânio.

Os seios são formados por entre as lâminas da dura-máter, a membrana mais robusta que reveste o encéfalo, e são dife-rentes dos vasos sanguíneos do resto do corpo por não terem fibra muscular na sua parede.

As veias superficiais têm um arranjo variável sobre a su-perfície do cérebro e várias delas são interconectadas. A maio-ria das veias superficiais drenam para o seio sagital superior. Ao contrário, a maioria das veias profundas, associadas a

estruturas do interior do cérebro, drena para dentro do seio reto através da veia magna do cérebro.

FUNÇÃO DOS SEIOSO seio reto converge com o seio sagital superior. O fluxo

sanguíneo ocorre através do seio transverso e do seio sigmoi-de, saindo do crânio pela veia jugular interna antes de retor-nar para o coração. Abaixo do cérebro, nos dois lados do osso esfenoide, localizam-se os seios cavernosos, que drenam o sangue da órbita e regiões profundas da face. Esta drenagem é uma rota de infecção para o crânio.

Seio sagital inferiorLocalizado abaixo da sutura sagital do crânio (uma grande

lâmina da dura-máter que separa os dois hemisférios cerebrais); recebe sangue das veias superficiais

Seio retoDrena o sangue do seio sagital

inferior e da veia profunda do cérebro (grande veia de Galeno)

Seio transversoConecta a confluência dos seios

ao seio sigmoide

Seio sigmoideDrena o sangue do seio transverso

para a veia jugular interna

Seio petroso superiorDrena o sangue do seio cavernoso para o seio transverso

Seio petroso inferiorAssociado à parte petrosa do osso temporal, este seio drena o sangue do seio cavernoso para veia jugular interna

Seio cavernosoDrena o sangue da órbita, partes profundas da face e da hipófise

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Os ventrículos do encéfalo

A figura acima revela os quatro ventrículos, os forames e os aquedutos que os conectam.

No interior do encéfalo há um sistema de cavidades co-nectadas conhecidas como ventrículos. Há quatro ventrícu-los no interior do encéfalo cada um secretando líquido cefa-lorraquidiano, o fluido que envolve e permeia o cérebro e a medula espinhal, protegendo-os de lesões e infecções. Três dos ventrículos — nomeadamente os dois laterais (em par) e o terceiro ventrículo — estão localizados no interior do cé-rebro.

Os ventrículos laterais são os maiores e ficam no interior de cada hemisfério. Cada um possui um corpo e três cornos

— anterior, localizado no lobo frontal; inferior, localizado no lobo temporal, e o posterior, localizado no lobo occipital. O terceiro ventrículo é uma cavidade estreita entre entre o tála-mo e hipotálamo.

QUARTO VENTRíCULOO quarto ventrículo está localizado atrás do tronco ence-

fálico, debaixo do cerebelo. Quando visto de cima, tem for-ma de diamante, mas, em corte sagital, tem forma triangular. Comunica-se com o terceiro ventrículo via um canal estreito denominado aqueduto do mesencéfalo.

O teto do quarto ventrículo é incompleto, permitindo a comunicação com o espaço subaracnóideo.

O cérebro “flutua” em uma camada de fluido protetor denominada líquido cefalorraquidia-no, produzido pelo plexo coroide no interior dos ventrículos encefálicos.

LOBO FRONTAL

CEREBELO

LOBO TEMPORAL

LOBO OCCIPITAL

Córtex cerebral

Corno posteriorParte do ventrículo

lateral que se estende em direção ao polo

occipital (parte posterior da cabeça)

Corno inferiorParte do ventrículo lateral que fica

no lobo temporal

Corpo Principal parte do ventrículo lateral; formado por três

cornos (projeções): anterior, inferior e posterior

Corno anteriorParte frontal do ventrículo lateral; está localizado anteriormente ao forame interventricular

Ventrículo lateralParte do ventrículo cerebral; há um ventrículo lateral em cada hemisfério cerebral

Forame interventricularCanal que une os ventrículos laterais ao terceiro ventrículo (Forame de Monro)

Terceiro ventrículoVentrículo único ligado a dois ventrículos laterais pelo forame interventricular

Aqueduto do mesencéfaloCanal que liga o terceiro ventrículo ao quarto ventrículo; segue pelo diencéfalo

Recesso lateral esquerdo (Forame de Luschka)Abertura no quarto ventrículo que permite a passagem de líquido cefalorraquidiano para o espaço subaracnóideo

Quarto ventrículoCavidade do tronco encéfalico que se estende até

o canal central no meio da medula espinhal

Abertura mediana (Forame de Magendie)

Abertura no quarto ventrículo que permite passagem de líquido cefalorraquidiano para o

espaço subaracnóideo

Medula espinhal

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Circulação do líquido cefalorraquidianoO líquido cefalorraquidiano é produzido pelo plexo coroide, encontrado no interior dos ventrículos encefálicos.

Ventrículo lateral

A circulação do líquido cefalorraquidiano no cérebro e no troco encefálico está esquematizada na figura acima. As setas representam o movimento da circulação do líquido ce-falorraquidiano: em azul, está representada a rota do líqui-do através do sistema ventricular; em amarelo, é a rota do líquido no espaço subaracnóideo.

O plexo coroide é um rico sistema de vasos sanguíneos originados na pia-máter, o mais interno tecido cercando o cérebro. O plexo coroide contém numerosas vilosidades que se projetam no interior dos ventrículos encefálicos, a partir das quais é produzido o líquido cefalorraquidiano. Do plexo coroide ao dois ventrículos laterias, o líquido cefa-lorraquidiano passa para o terceiro ventrículo via o forame intercentricular.

Com o fluido adicional produzido pelo plexo coroide no ter-ceiro ventrículo, o líquido cefalorraquidiano passa então pelo

aqueduto do mesencéfalo para quarto ventrículo. O fluido adi-cional é produzido pelo plexo coroide no quarto ventrículo.

ESPAÇO SUBARACNOIDEDo quarto ventrículo, o líquido cefalorraquidiano final-

mente passa para o espaço subaracnoide, ao redor do encéfa-lo. Isto ocorre pelas aberturas presentes no quarto ventrículo — a mediana (forame de Mangendia) e as duas laterais (fora-mes de Luschka). Uma vez no espaço subaracnoide, o líquido cefalorraquidiano circula no sistema nervoso central.

Como o líquido cefalorraquidiano é produzido incessan-temente, necessita ser drenado continuamente para prevenir qualquer elevação da pressão intracraniana.

Esta drenagem é obtida pela passagem do líquido cefa-lorraquidiano para o seio sagital superior através das granu-lações da aracnoide, que são particularmente evidentes na região superior do seio sagital.

Seio sagital superiorUm espaço que recebe o retorno venoso dos hemisférios cerebrais

Dura-máterA mais externas das três

meninges do cérebroPlexo coroide do

terceiro ventrículoProduz líquido cefalorraquidiano

Granulações da aracnoide

Estruturas através das quais o líquido cefalorraquidiano

passa para o seio venoso

Espaço subaracnóideo

Espaço entre a meninge pia-máter e aracnoide-

-máter através do qual circula o líquido

cefalorraquidiano

Terceiro ventrículo

Cisterna da veia magma

Onde pode ser colhido o líquido cefalorraquidiano

Plexo coroide do quarto ventrículo

Produz o líquido cefalorraquidiano

Cisterna cerebelo-medularUma das inúmeras cisternas (ampliações

no espaço subaracnoide) onde pode ser colhido o líquido cefalorraquidiano

Abertura medianaAbertura no teto do quarto ventrículo

através do qual o líquido cefalorraquidiano passa para o espaço subaracnóideo Canal central da medula da espinha

Contínuo ao quarto ventrículo e estendendo-se pelo canal central da medula espinhal

Abertura lateral do quarto ventrículoCanal através do qual o líquido cefalorraquidiano passa para o espaço subaracnoide

HipófiseRegula a produção de hormônios

Aqueduto do mesencéfalo Conduz líquido cefalorraquidiano para o quarto ventrículo

Forame interventricularAbertura através da qual o líquido cefalorraquidiano passa do ventrículo lateral para o terceiro ventrículo (Forame de Monro); a obstrução desta abertura pode levar à hidrocefalia.

Aracnoide-máterMeninge média do encéfalo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Vista medial do sistema límbico com o encéfalo

Sistema límbicoO sistema límbico é um anel que interconecta estruturas profundas no interior do

encéfalo. Ele faz conexões com outras partes do encéfalo e está associado com o humor e a memória.

O sistema límbico é uma coleção de estruturas profun-das no interior do encéfalo que está relacionado com a percepção das emoções e com a resposta do corpo a estí-mulos emocionais.

O sistema límbico não é uma parte discreta do encéfalo. É um anel de estruturas interconectadas ao redor do tronco encefálico. As conexões entre estas estruturas são complexas, frequentemente, formando voltas ou circuitos e, como muitas estruturas do encéfalo, sua função exata ainda não esta total-mente esclarecida.

ESTRUTURASO sistema límbico é constituído por toda ou parte das se-

guintes estruturas do encéfalo:

Corpo amigdaloide: núcleos de forma arredondada •aparentemente relacionados com as emoções do medo e agressão.Hipocampo: esta estrutura parece estar relacionada •com aprendizagem e memóriaNúcleo talâmico anterior: coleção de células nervosas •que constituem parte do tálamo. Uma das suas funções parece ser o controle dos impulsos instintivos Giro do cíngulo: conecta o sistema límbico ao córtex •cerebral, a parte do encéfalo que armazena os pensa-mentos conscientes.Hipotálamo: regula a temperatura interna do corpo, •incluindo pressão arterial, batimento cardíaco e ní-veis hormonais. O sistema límbico age sobre o nosso corpo enviando mensagens para o hipotálamo.

O sistema límbico promove conexões em círculo da parte superior do diencéfalo.

Elas estão ligadas a outras partes do encéfalo e associam-se às emoções.

Corpo amigdaloideMassa de substância cinzenta

conectada às estruturas do olfato

HipocampoTem uma importante função na conversão de novas informações para memória de longo termo

HipotálamoRegião do diencéfalo relacionada com a coordenação da homeostase

Giro do cínguloConecta o sistema límbico ao córtex cerebral

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Conexões do sistema límbicoO sistema límbico tem conexões com os centros mais avançados do cérebro no córtex encefálico e com o mais primitivo tronco ence-

fálico. Ele não somente permite que as emoções influenciem o corpo, mas também é capaz de regular a resposta emocional.

O sistema límbicoSistema desenvolvido secundariamente, relacionado com as emoções necessárias para a existência dos mamíferos, como o cuidado com os descendentes [não é só materno, pode ser paterno também]

O encéfalo humano pode ser considerado constituído por três partes. Estas partes foram desenvolvendo-se uma depois da outra ao longo do milênio.

TRONCO ENCEFÁLICOA parte mais antiga do encéfalo em evolução é o tronco

encefálico, relacionado com a homeostase. O tronco encefáli-co pode ser visto como suporte para a vida.

SISTEMA LíMBICOCom a evolução dos mamíferos surgiu mais esta região do

encéfalo. O sistema límbico permitiu o desenvolvimento das emoções em resposta às informações sensoriais. Ele também associa-se ao desenvolvimento de novos — em termos evolu-cionários — comportamentos, tais como o instinto materno.

CÓRTEX CEREBRALA última parte a se desenvolver no encéfalo humano exis-

te também em outros mamíferos. É o córtex cerebral, a parte do encéfalo que permite aos humanos pensar e argumentar.

Nesta parte do cérebro, ocorre a percepção do mundo exterior e a tomada consciente de decisões a respeito de nossas ações e comportamento.

A FUNÇÃO DO SISTEMA LíMBICOO sistema límbico fica entre o córtex cerebral e o tronco

encefálico, promovendo conexões entre ambos. Através de suas conexões com o tronco encefálico, o sistema límbico providencia uma maneira pela qual o estado emocional de um indivíduo pode influenciar o estado interno do corpo. Deste modo, pode talvez preparar o corpo para uma ação de autopreservação, como fugir quando está com medo ou pre-parar-se para um encontro sexual.

As extensas conexões entre o sistema límbico e o córtex cerebral permitem ao ser humano fazer uso de seu conheci-mento do mundo exterior para regular suas respostas às emo-ções. O córtex cerebral pode ignorar as ações mais primitivas do sistema límbico quando necessário.

As três regiões do encéfalo foram desenvolvendo-se uma por uma por mais de mil anos. Cada uma é responsável por diferentes funções corporais e intelectuais do nosso corpo.

O desenvolvimento do cérebro

O córtex cerebralCamada mais externa do encéfalo, última

a se desenvolver, ligada ao alto intelecto e onde ocorre a decodificação dos estímulos nervosos e a

camada consciente do sistema nervoso

O tronco encefálicoÉ a primeira parte de encéfalo a se

desenvolver e é responsável pela autopreservação e agressão

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

36

Lobo temporalRegião da audição e aspectos de aprendizagem, emoção, e memória

Hemisférios cerebraisOs hemisférios cerebrais formam a maior parte do encéfalo. Nos seres humanos, eles se de-

senvolveram desproporcionalmente em relação às outras regiões, distinguindo nosso encéfalo dos outros animais.

O hemisfério cerebral direito e o hemisfério cerebral es-querdo estão separados por uma fissura, a fissura longitudi-nal do cérebro. Observando a superfície dos hemisférios da margem superior para a lateral, há um proeminente sulco que segue para baixo, um cm atrás do ponto médio entre o polo anterior e o polo posterior do encéfalo. Este é o sulco central (de Rolando). Mais abaixo sobre a lateral do encéfalo há um segundo grande sulco, o sulco lateral (de Sílvio).

LOBOS DO ENCÉFALOOs hemisférios cerebrais estão divididos em lobos nomea-

dos pela relação de analogia que têm com os ossos do crânio, com exceção do lobo da ínsula. Então:

O lobo frontal fica em frente ao sulco central e sobre o •sulco central e sulco lateral.O lobo parietal fica atrás do sulco central e sobre a parte •posterior do sulco lateral; ela se estende para trás até o sulco parieto-occipital, separando-o do lobo occipital, que fica na parte posterior do cérebro.O lobo temporal está abaixo do sulco lateral, estende-se •para trás, de encontro ao lobo occipital.

Abaixo do sulco lateral localiza-se o lobo da ínsula (de Reil). Este lobo triangular é encoberto pelo crescimento dos lobos vizinhos e não é normalmente visível, a menos que as margens do sulco lateral sejam separadas.

Cada hemisfério cerebral, à direita e à esquerda do encéfalo, divide-se em quatro lobos. Estes são nomeados pela relação de analogia que têm com os ossos do crânio acima deles, com exceção do lobo da ínsula.

Lobos dos hemisférios cerebrais

Sulco lateral (sulco de Sílvio)

Lobo frontalRelacionado com planejamento de ações futuras e controle de movimentos

Sulco central (de Rolando)

Lobo parietalRelacionada com o sistema somático

sensorial e propriocepção

Sulco parieto-occipital

Lobo occipitalRelacionado à interpretação da cena visual

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cAbeçA

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CerebeloO cerebelo, que significa pequeno cérebro, localiza-se abaixo dos lobos occipitais do

córtex cerebral, na parte posterior do cérebro. Ele atua na coordenação dos movimentos subconscientes.

Parte do encéfalo conhecida como cerebelo localiza-se abaixo do lobo occipital, na parte posterior da cabeça. As fun-ções vitais da cerebelo incluem a coordenação dos movimen-tos e a manutenção do equilíbrio e da postura. Ele trabalha de forma inconsciente de modo que o indivíduo não é ciente de seu funcionamento.

ESTRUTURAO cerebelo é composto por dois hemisférios que estão liga-

dos medialmente pelo verme. Os hemisférios estendem-se la-teralmente e posteriormente, formando um órgão volumoso.

A superfície do cerebelo tem uma aparência distinta. Em contraste com os grandes giros dos hemisférios do cérebro, a superfície do cerebelo é constituída de várias camadas finas.

LOBOSEntre as folhas na face do cerebelo, localizam-se profun-

das fissuras que dividem o cerebelo em três lobos:Lobo anterior•Lobo posterior•Lobo floculonodular•

Verme do cerebeloPorção central vermiforme que fica entre os dois hemisférios do cerebelo

PonteParte do tronco encefálico que liga a medula espinhal e o tálamo

Medula oblongaParte superior e terminal da medula espinhal e parte mais baixa do tronco encefálico

Lobo floculonodularPequeno corpo em forma de hélice, localizado na face inferior do cerebelo, logo abaixo do pedúnculo cerebelar médio. É constituído pelo flóculo e nódulo, parte do verme (do cerebelo)

Canal central da medula espinhal

Folhas do cerebeloFinas camadas sobre a face do cerebelo

em arranjo transversal

Lobo posteriorO maior dos três lobos, estende-

-se da fissura prima na superfície superior do cerebelo até a fissura

dorsolateral na sua face inferior

Lobo anterior Lobo relativamente pequeno, separado do lobo

posterior pela profunda fissura prima

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O tronco encefálico é constituído por três partes distintas: o mesencéfalo, a ponte e a medula oblonga. O mesencéfalo com o encéfalo acima; a medula oblonga é uma continuação da medula espinhal, abaixo.

APARÊNCIA DO TRONCO ENCEFÁLICOAs três partes do tronco encefálico podem ser melhor vi-

sualizadas por baixo: A medula oblonga, uma saliência no topo da medula •espinhal. Pirâmides, ou colunas, localizam-se nos dois lados da linha média. Fibras nervosas dentro dessas co-lunas conduzem mensagens do córtex cerebral para o corpo. Áreas elevadas, conhecidas como olivas, situam--se dos dois lados das pirâmides.

A ponte contém um sistema de fibras nervosas que se •origina dos corpos de células nervosas dentro da maté-ria da ponte.O mesencéfalo aparece atrás de duas colunas largas, os •pedúnculos cerebelares, separado na linha média por uma depressão.

NERVOS CRANIAISNo tronco encefálico também estão presentes alguns dos

nervos cranianos que inervam grande parte da cabeça. Esses nervos carregam fibras que são associadas aos núcleos nervo-sos cranianos; coleções de matéria cinzenta localizadas den-tro do tronco encefálico.

Tronco encefálicoO tronco encefálico localiza-se na junção do cérebro com a medula espinhal. Ele atua na

coordenação da respiração, pressão arterial e também nos níveis de consciência.

Face anterior do tronco encefálico

Mesencéfalo

PonteEstende-se da medula até o mesencéfalo

Medula oblongaEstende-se da base da ponte até abaixo da raiz do primeiro nervo espinhal

Pirâmides

Decussação das pirâmides Onde fibras nervosas cruzam

de um lado para o outro

Pedúnculo cerebelar médio

Pedúnculos cerebelares Aparentemente apoiam

os hemisférios cerebrais

Localização

Olivas

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cAbeçA

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Localização

A secção do tronco encefálico revela estruturas internas como a organização da substância cinzenta sobre a substância branca, que difere de acordo com o nível em que a secção é feita.

MEDULA ESPINHALEstruturas observadas através da secção da medula espinhal:

O núcleo olivar inferior:•Uma bolsa de coleção de células nervosas que está bem

abaixo da oliva. Outros núcleos localizados no interior da medula incluem alguns dos nervos cranianos como o nervo hipoglosso e o nervo vago.

O complexo vestibular nuclear:•Área que recebe informações da orelha e está relacionada

com o equilíbrio e coordenação.Formação vestibular:•

Uma complexa rede de neurônios, que pode ser observada no tronco encefálico. Ela tem inúmeras funções vitais como o controle da respiração e da pressão arterial. A formação reti-cular está presente no mesencéfalo como vários núcleos dos nervos cranianos.

MESENCÉFALOA secção através do mesencéfalo apresenta:

O aqueduto do mesencéfalo:•Canal de comunicação entre o terceiro ventrículo e o quar-

to ventrículo. Sobre o aqueduto, localiza-se o chamado teto e, abaixo, estão os pedúnculos cerebrais.

Os pedúnculos cerebrais:•No interior do pedúnculo cerebral localizam-se, de cada

lado, o núcleo rubro e a substância negra. O núcleo rubro re-laciona-se com o controle dos movimentos, enquanto a lesão da substância negra está associada ao Parkinson (doença).

PONTE A ponte (não ilustrada) é dividida em duas partes, a supe-

rior e a inferior:Inferior:• constituída principalmente de fibras nervosas transversais, que partem dos núcleos da ponte para o cerebelo.Superior:• contém uma quantidade de núcleos nervosos cra-niais. A ponte também contém parte da formação reticular.

Estruturas internas do tronco encefálicoO tronco encefálico contém muitos núcleos (corpos de células nervosas dentro do SNC) com uma variedade de

funções vitais. Controla as respostas a estímulos visuais e auditivos que influenciam no movimento da cabeça.

Núcleo do nervo hipoglosso

Núcleo cuneiforme

Complexo do núcleo vestibular

Núcleo dorsal do vago

Formação reticular

Núcleo olivar inferior

Bulbo (B)

Secção transversal do tronco encefálico Mesencéfalo (A)

Teto

Lemnisco espinhal

Núcleo rubro

Núcleos do nervo oculomotor

Substância negra

Substância cinzenta central

Aqueduto do mesencéfalo

A

B

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Anatomia do pescoçoO pescoço é uma das regiões anatomicamente mais complexas do corpo humano. Várias

estruturas vitais, incluindo a medula espinhal e a glândula tireoide, estão localizadas nele, em compartimentos de tecido conectivo e muscular.

O pescoço é definido como a região localizada entre a margem inferior da mandíbula e a parte superior da clavícula. Dentro desta área relativamente pequena há inúmeras estruturas vitais, que estão enclausuradas, entre camadas de tecido conjuntivo.

A camada mais externa do pescoço e a pele. Esta contém ter-minações nervosas sensoriais do segundo, terceiro e quarto ner-vo cervical. Um número natural de linhas de expressão faciais em sentido horizontal pode ser visto sobre a pele do pescoço.

Quando a pele é cortada durante procedimentos cirúrgi-cos, as incisões são realizadas preferencialmente ao longo das linhas de expressão em vez de ser feita de um lado a outro para minimizar as cicatrizes.

VEIA JUGULAR INTERNALogo abaixo da pele, há uma fina camada de tecido sub-

cutâneo adiposo e tecido conjuntivo chamado de fáscia su-perficial.

Mergulhados nesta camada estão vasos sanguíneos como a veia jugular externa e suas tributárias. Estas veias drenam o sangue da face, do escalpo e do pescoço. Associados à veia jugular externa estão os linfonodos superficiais.

Outra estrutura importante que pode ser encontrada nesta camada, na face anterior do pescoço, é o músculo platisma, de espessura delgada, que auxilia a baixar a mandíbula.

Mandíbula

Músculos infra-hióideosGrupo de músculos envolvidos na mastigação, fala e movimentos da laringe

Traqueia Músculo tubular pelo qual o ar passa para chegar aos pulmões

Camada profunda da fáscia cervicalUma camada de tecido conjuntivo envolvendo o pescoço abaixo do tecido subcutâneo

Glândula tireoideUma glândula endócrina ligada à laringe pela fáscia visceral pré-traqueal; ela secreta uma série de hormônios que atuam no crescimento e no metabolismo

EsôfagoParte do trato digestivo que liga

a faringe ao estômago

Medula espinhalConduz informações

para e do cérebro

Processo espinhoso

Espaço retrofaríngeoEspaço localizado entre a faringe

e a fáscia pré-vertebral

FaringeAbertura comum para sistema

respiratório e sistema digestório

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pescoço

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Secção transversal do pescoçoCamadas profundas do pescoço revelam lâminas interconectadas de tecido conjuntivo. Estas lâminas prote-

gem uma grande variedade de estruturas.

Num nível mais profundo do pescoço, o tecido conjuntivo da fáscia cervical profunda é organizado por um conjunto de lâminas de tecido fibroso. Estas fáscias contornam diferentes grupos de músculos, vasos sanguíneos e nervos, permitindo um relativo movimento de um contra o outro com a mínima fricção.

A primeira dessas fáscias contorna o pescoço e ancora-se no processo espinhal das vértebras cervicais.

Ela envolve o músculo esternocleidomastóideo na face ventral e lateral do pescoço e o músculo trapézio atrás, sendo ambos importantes nos movimentos da cabeça e do pescoço.

LARINGE E TRAQUEIAA fina fáscia pré-traqueal prende a glândula tireóidea na larin-

ge e a traqueia na frente do pescoço. Ela esta ancorada na cartila-gem tireoide, permitindo os movimentos durante a deglutição.

A fáscia pré-traqueal é contínua como a bainha carótica, uma lâmina de tecido que promove proteção para o nervo vago, a artéria carótica e a veia jugular interna. Atrás da tra-queia está o esôfago, e atrás da laringe está a faringe, o tubo muscular que liga a boca ao esôfago.

A mais profunda lâmina de tecido conjuntivo é a fáscia pré-vertebral, que envolve o restante dos músculos do pes-coço, a coluna vertebral e a medula espinhal, posicionada no centro do pescoço para a máxima proteção.

Lâmina profunda da fáscia cervical

Lâmina de tecido conjuntivo ligada ao processo espinhoso das

vértebras cervicais que reveste o músculo trapézio e músculo

esternocleidomastóideo

Músculo platismaUm músculo de espessura muito fina na face anterior do pescoço que atua na expressão facial

Glândula tireoideEsta glândula endócrina tem dois lobos laterais e um istmo

Veia jugular internaA via final comum para drenar a maior parte do sangue da cabeça e do pescoço

Nervo vagoO décimo par de nervo craniano, o qual supre, entre outras coisas, o coração, as vísceras e os vasos sanguíneos

Músculos cervicais profundosEstende a cabeça

Pele

O corte transversal do pescoço expõe os músculos essenciais para o movimento e expressão facial. Entre eles há tecidos conjuntivos, vasos e nervos.

Processo espinhoso da vértebra cervical A fáscia é ancorada a este processo

Músculo trapézio Músculo do dorso e do pescoço que

usamos para levantar os ombros

Vértebra cervicalUma das sete vértebras cervicais,

localizada no pescoço

Bainha carótidaProtege a artéria carótida, a veia

jugular interna e o nervo vago

Espaço retrofaríngeo

Artéria carótida comumIrriga a cabeça e o pescoço

Esôfago

Fáscia pré-traqueal

Fáscia superficialTecido conectivo frouxo que contém os

nervos cutâneos

Músculo esternocleidomastoideoMúsculo proeminente sobre a lateral do pescoço que

permite sua flexão e a rotação da cabeça. Traqueia

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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No conjunto de vértebras cervicais, as cinco inferiores são similares, embora a sétima tenha algumas características dis-tintas. A primeira vértebra cervical (atlas) e a segunda vér-tebra cervical (áxis) apresentam especializações relativas à articulação da coluna vertebral com o crânio.

VÉRTEBRA TíPICADa terceira à sexta, as vértebras cervicais apresentam dois

componentes principais: anteriormente, o corpo e, posterior-mente, o arco vertebral. Entre o corpo e o arco está o forame vertebral, que, como parte da coluna vertebral, forma o canal

vertebral. O corpo é pequeno comparado com vértrebas de outras regiões da coluna vertebral e é quase cilíndrico.

O arco vertebral pode ser dividido em dois elementos prin-cipais. O pedículo, pelo qual está ligado ao corpo, contém in-cisura que permite a passagem do nervo espinhal. As lâminas são placas finas de osso direcionadas para trás que se fundem medialmente, formando o processo espinhoso bifurcado.

Associados a cada arco vertebral estão pares de processos transversos, por onde músculos se ligam, permitindo movi-mento e também contendo forames dos processos transversos através do qual vasos passam.

Vértebras cervicaisHá sete vértebras cervicais que, unidas, constituem o esqueleto do pescoço. Estas vértebras

protegem a medula espinhal, suportam o crânio e permitem uma série de movimentos.

Vista frontal Vista lateral

Processo espinhosoProcesso não bifurcado com um tubérculo palpável na ponta

Primeira vértebra cervical (atlas)A atlas articula-se com o crânio

Segunda vértebra cervical (áxis)Fornece um corpo para a atlas

Terceira, quarta, quinta e sexta vértebras cervicais Estas vértebras cervicais são similares na estrutura, no tamanho e na função

Sétima vértebra cervicalPonto em que as vértebras cervicais e torácicas se encontram

Forame do processo transversoAbertura na vértebra por onde passam vasos

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pescoço

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Examinando as vértebras cervicaisA primeira, a segunda e a sétima vértebras cervicais diferem estruturalmente das outras, o que está relaciona-

do às suas funções únicas.

PRIMEIRA VÉRTEBRAA primeira vértebra cervical é a atlas, uma vértebra que se

articula com o crânio. Diferente das outras vértebras, a atlas não tem um corpo, este sendo incorporado na segunda vérte-bra cervical como dente. Ela também não tem processo espi-nhoso. Em vez disso, a atlas assume a forma de um fino anel ósseo com os arcos anterior e posterior, na superfície do qual aparecem sulcos por onde as artérias vertebrais passam antes de entrar no crânio.

SEGUNDA VÉRTEBRA A segunda vértebra cervical, a áxis, pode ser diferencia-

da das outras vértebras cervicais pela presença de um dente.

Este articula-se com a faceta na parte de baixo da superfície do arco anterior da vértebra atlas. A rotação da cabeça ocorre nesta articulação. O corpo da áxis parece com os das outras vértebras cervicais.

SÉTIMA VÉRTEBRA CERVICALEsta vértebra tem o mais longo processo espinhal quan-

do comparado as outras vértebras cervicais, e pode ser pron-tamente palpada, sendo, por isso, denominada de vértebra proeminente. Os processos transversos também são mais lar-gos comparados aos das outras vértebras cervicais e o forame transverso passa a veia vertebral acessória.

PedículoPor sua face passa o nervo espinhal

Sétima vértebra cervicalQuinta vértebra cervical (típica)

Segunda vértebra cervical (áxis)Primeira vértebra cervical (atlas)

Tubérculo posteriorNão há processo espinhoso

Sulco da artéria vertebralA artéria vertebral e o primeiro nervo cervical passam neste sulco

Face articular para o dente da áxis Onde a primeira e a segunda vértebra se articulam

Processo transversoProjeção óssea onde os músculos se ligam

Processo espinhoso bífido

Ponto onde as duas lâminas se fundem

Lâmina Placa óssea fina

que se funde no meio

Face articular superiorArticula-se com a massa lateral da atlas

DenteProjeção óssea do corpo da áxis; age como pseudocorpo da atlas

Forame vertebralPor onde passa a medula espinhal

Processo espinhoso bífidoPonto onde as duas lâminas se fundiram, termina em dois tubérculos

Forame vertebralForma parte do canal vertebral

CorpoMenor que corpos de outras vértebras de outras regiões da coluna vertebral

Forame do processo transverso

Por onde passam vasos sanguíneos

Processo espinhoso O mais comprido dos processos de todas as vértebras cervicais

Tubérculo espinhosoO processo espinhoso termina em

um único tubérculo, proeminente e facilmente palpável

Processo transversoMais largo que em outras vértebras

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Músculos do pescoçoOs músculos localizados na face anterior do pescoço são divididos em dois grupos, supra-

-hióideos e infra-hióideos. Eles fixam-se no osso hióideo e agem levantando-o e abaixando-o, bem como a laringe, durante a deglutição.

Músculo omo-hióideo (ventre inferior)

Ação de abaixar o osso hióideo

Há dois grupos de músculos em disposição longitudinal na face anterior do pescoço da mandíbula até o osso esterno. Estes músculos atuam movimentando a mandíbula, o osso hióideo e a laringe e tem particular importância no ato da deglutição. O osso hióideo divide estes músculos em dois grupos, o supra-hióideo e o infra-hióideo.

OS MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOSÉ um grupo de músculos em pares, localizado entre a man-

díbula e o osso hióideo. O músculo digástrico tem dois ven-tres ligados por um tendão entre eles. O ventre anterior está ligado à mandíbula, próximo à linha média, e o ventre poste-

rior está ligado à base do crânio. O tendão está ligado ao osso hióideo através de uma alça de tecido fibroso.

O músculo estilo-hióideo é um pequeno músculo que sai do processo estiloide, uma projeção óssea da base do crânio, para baixo, ligando-se ao osso hióideo. Originan-do-se de trás na mandíbula os músculos milo-hióideos de cada lado ligam-se na linha central (ou mediamente) para formar o assoalho da boca. Posteriormente, eles se ligam ao osso hióideo.

O músculo gênio-hióideo é um músculo estreito que segue ao longo do assoalho da boca, da linha média da parte de trás da mandíbula para o osso hióideo abaixo.

Osso hióideoSuporte para a língua

Músculos infra-hióideos e supra-hióideos

Músculo milo-hióideoAção de levantar o osso hióideo e o assoalho da boca durante a deglutição

Músculo estilo-hióideo

Age com outros músculos elevando o osso hióideo

Músculo tireóideoContinuação do músculo esternotireóideo; levanta a cartilagem tireoide

Cartilagem tireóideaProeminência na laringe (pomo de adão); projeção entre os músculos esterno-hióideos

Veia jugular internaDrena o sangue da cabeça

Músculos escalenosEleva as duas primeiras costelas na respiração

Clavícula

Músculo esternotireóideo Abaixa a cartilagem tireóidea

Músculo esterno-hióideoAbaixa a laringe

M. trapézioGrande músculo

superficial nas costas

Músculo omo-hióideo (ventre superior)

Ação de abaixar o osso hióideo

Cinto fibroso para tensão digástrica

Ligado ao osso hióideo; une as duas partes do músculo digástrico

Músculo digástrico (ventre posterior)

Músculo digástrico (ventre anterior)

Atua com o ventre posterior deste músculo para levantar e estabilizar o osso hióideo, abrir a boca

e baixar a mandíbula

Mandíbula

Músculo esterno-hióideo (seccionado)

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pescoço

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Ação dos músculos do pescoçoO grupo de músculos supra-hióideos e infra-hióideos tem ação muscular antagônica sobre a laringe e o osso

hióideo, habilitando a deglutição.

Os músculos milo-hióideo, gênio-hióideo e o ventre ante-rior do digástrico agem juntos levantando o osso hióide e a laringe durante a deglutição. Eles também permitem abrir a boca contra resistência. Os músculos estilo-hióideo e o ven-tre posterior do digástrico juntos levantam e puxam o osso hióideo e a laringe para trás.

AÇÃO OPOSTAO grupo de músculos infra-hióideos agem juntos para

puxar o osso hióideo e a laringe de volta às suas posições normais, como ao final da deglutição. Quando contraídos,

os músculos infra-hióideos abaixam e fixam o osso hióideo de forma que os músculos supra-hióideos possam puxar contra ele para abrir a boca.

Os músculos infra-hióideos podem ser testados pedindo ao paciente para abrir a boca contra resistência enquanto o médico segura levemente o osso hióideo. O osso hióideo deve se movimentar para baixo enquanto ele está posiciona-do inferiormente e fixado pelos músculos inferiores.

Se houver fraqueza dos músculos infra-hioides, o osso hióideo sobe devido à falta de ação oposta dos músculos acima.

Esta ilustração dos músculos da cabeça e do pescoço mostra a ligação entre músculos e ossos. A linha azul representa a ação muscular de um em relação ao outro.

Ação dos músculos supra-hióideos e infra-hióideos

Músculo milo-hióideoAção de levantar o osso hióideo e a laringe

Músculo gênio-hióideoAção de levantar a laringe e o osso hióideo

Músculo digástrico (ventre anterior)Trabalha com os músculos gênio-hióide e milo-hióideo

Músculo esterno-hióideoAção de abaixar a laringe e o osso hióideo

EsternoOsso do tórax

Músculo esternotireóideo Ação de abaixar a cartilagem tireóidea,

o osso hióideo e a laringe

EscápulaLâmina do ombro

Músculo omo-hióideo

Ação de abaixar o osso hióideo

Músculo tireóideo Ação de abaixar o osso hióideo e levantar a cartilagem tireóidea

Osso hióideo

Músculo digástrico (ventre posterior)

Age com o músculo tíreo-hióideo

Músculo estilo-hióideo Eleva e puxa o osso hióideo e a laringe

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

46

FaringeA faringe, localizada atrás da cóana, é a passagem tanto do alimento para o sistema digestó-

rio quanto de ar para o sistema respiratório. Ela pode ser dividida em três partes e sua entrada é guardada por tonsilas.

CóanaAbertura da cavidade nasal

para faringe

A faringe, um tubo fibromuscular de aproximadamente 15 centímetros de comprimento atrás da cóana, é uma passagem para alimentos e ar. O músculo construtor da faringe conduz o alimento para o esôfago.

PARTE NASAL DA FARINGEA parte superior da faringe, localiza-se sobre o palato

mole. A estrutura mais proeminente em cada lado é o toro tubário, a parte final da tuba auditiva (de Eustáquio) capaz de equalizar a pressão entre a parte nasal da faringe e a ore-lha média. Sobre a parede posterior encontra-se tecido lin-fático (adenoide).

PARTE ORAL DA FARINGEA parte oral da faringe localiza-se atrás da garganta. O seu

teto é a face inferior do palato mole e seu assoalho é a parte posterior da língua.

As tonsilas palatinas estão localizadas na lateral da parede e estão fixadas, anteriormente, pela prega palatoglosso e, pos-teriormente, pela prega palatofaríngea.

PARTE LARíNGEA DA FARINGEA parte laríngea da faringe vai da borda superior da carti-

lagem epiglote (que fecha o adito da laringe durante a deglu-tição) à borda inferior da cartilagem cricóidea, onde continua até o esôfago.

Esta é uma vista da faringe aberta, observada por trás. A faringe pode ser subdividida em três partes: a nasal, a oral e a laríngea.

Crânio (osso temporal)

Glândula parótidaA maior dos três pares de glândulas salivares

Septo nasalDivide o nariz em duas partes

Mandíbula

Raiz da línguaVista posterior do terço posterior

Adito da laringe

Fossa piriformeFossa na parte laríngea da faringe que conduz o alimento para o esôfago

Proeminência da cartilagem cricóidea

A cartilagem cricóidea é a borda inferior da laringe

EsôfagoPassagem para o estômago

Porção superior do esôfago aberta

EpigloteAjuda a fechar o adito da

laringe durante a deglutição

Úvula palatinaExtensão da linha média do palato mole

Tonsila palatinaTecido linfático que ajuda

a proteger contra infecções

Ostio faríngeo da tuba auditiva (de Eustáquio)

Tonsila faríngeaTecido linfático (adenoide) que se distribui na parte interna da

parede da parte nasal da faringe

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pescoço

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Músculos da faringe Há seis pares de músculos que levantam a faringe. Estes músculos podem ser divididos em dois grupos.

Um dos grupos de músculos da faringe compreende três pares de músculos constritores que seguem cruzando a fa-ringe: a parte superior, a parte média e a parte inferior. Estas constringem a faringe, empurrando o alimento para baixo no esôfago.

O outro grupo compreende três pares de músculos, que seguem para baixo em direção à faringe: os músculos salpin-gofaríngeo, estilofaríngeo e palatofaríngeo. Estes músculos elevam a faringe durante a deglutição e também a laringe para proteger a via aérea.

Os músculos constritores sobrepõem-se uns aos outros de baixo para cima (como três copos plásticos um dentro do

outro). Importantes estruturas entram na faringe nos interva-los entre estes músculos. As fibras musculares do músculo constritor seguem em sentido posterior em uma banda fibrosa longitudinal na linha média, a qual é fixada à base do crânio.

INERVAÇÃO DA FARINGEA maior parte da inervação sensorial para a faringe vem do

nervo glossofaríngeo (nono par de nervos cranianos). Estimu-lação na parte oral da faringe e atrás da garganta dispara os reflexos da deglutição.

Os músculos da faringe são inervados principalmente pelo nervo acessório (décimo primeiro par de nervo craniano).

Mandíbula

Esta ilustração apresenta uma vista parcialmente aberta e posterior dos grupos de músculos da faringe.

Base do crânio

M. estilofaríngeoLevanta a faringe durante a deglutição

M. estilo-hióideoLevanta e retrai o osso hióideo

M. digástrico Eleva o osso hióideo durante a deglutição

Parte superior do músculo constritor da faringeParte mais interna e mais elevada do músculo constritor da faringe

Parte média do m. constritor da faringeImpele a comida para o esôfago

Parte inferior do m. constritor da faringePare mais externa e mais inferior, sobreposta sobre a parte média do músculo constritor

M. cricofaríngeoParte do músculo constritor inferior da faringe; age como um esfíncter para entrada do esôfago

M. longitudinal do esôfago

Tuba auditiva (de Eustáquio)Liga a parte nasal da

faringe à orelha média

M. salpingofaríngeoLevanta a faringe e a laringe

Tonsila palatinaTecido linfático

Úvula palatinaParte do palato mole

Cartilagem tireóideaA principal cartilagem da laringe, forma

a protuberância laríngea (pomo-de- -adão) na face anterior do pescoço

EsôfagoPassagem para o estômago

Rafe faríngeaBanda fibrosa entre as duas metades

da faringe; ligada à base do crânio

M. palatofaríngeoMusculatura longitudinal que age levantando a

faringe e a laringe na deglutição

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Localização

LaringeA laringe está localizada no pescoço, abaixo e à frente da faringe. Ela protege a entra-

da dos pulmões e contém as pregas vocais. Nos homens, parte da laringe é mais visível na proeminência laríngea (pomo-de-adão).

A laringe é formada por cinco cartilagens (uma sendo duas pares e três sendo ímpares), ligadas por membranas, ligamen-tos e músculos. No homem adulto, a laringe está localizada no nível da terceira para a sexta vértebra cervical (ligeiramen-te mais alta que na mulher e na criança), entre a base da lín-gua e a traqueia. A laringe serve como entrada de ar do nariz e da boca para a traqueia.

Como o ar e o alimento têm uma via comum, a função pri-mária da laringe é prevenir que alimento e líquidos entrem na via aérea. Isto é alcançado por três esfíncteres e pela eleva-ção da laringe. A laringe também atua como órgão da fonação (ação de produzir som), permitindo a vocalização.

CARTILAGENS DA LARINGEA proeminência da laringe (pomo-de-adão) é facilmente

visível na maioria dos homens. Sua maior protuberância nos homens em relação às mulheres deve-se à influencia hormo-nal da testosterona.

A cartilagem tireóidea tem duas extensões posteriores, o corno superior e o corno inferior. A cartilagem cricóidea, o único anel completo de cartilagem na via aérea, está parcial-mente sobreposto pela cartilagem tireóidea. Sobre esta há um par de cartilagens móveis em forma de pirâmide; as cartila-gens aritenóideas.

A laringe é um órgão especializado que protege a entrada da via aérea e produz a fonação. Seus esfíncteres intrínsecos fecham a via aérea durante a deglutição.

Vista lateral (corte sagital) Vista frontal

Cartilagem epigloteCobre a via aérea na deglutição

Corpo do osso hióideo

Membrana tireóidea

Corno superior da cartilagem tireóidea

Cartilagem tireóideaAs lâminas direita e esquerda da cartilagem

tireóidea se encontram, na linha média, formando a proeminência laríngea

Pregas vocaisPossibilitam a vocalização

Cartilagem aritenóideaOs processos anteriores fornecem fixação

para as pregas vocaisMembrana cricotireóidea

Cartilagem cricóideaCorpo em anelTraqueia

Liga a laringe aos brônquios

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pescoço

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Durante a deglutição, a epiglote, com o resto da laringe, é levantada. Quando a superfície anterior toca a parte pos-terior da língua, ela se volta para trás fechando a entrada da laringe.

PREGA ARIEPIGLÓTICAA prega ariepiglótica, uma dobra de tecido, a margem

livre superior das membranas que passam entre a epiglote e a cartilagem aritenóidea. Elas contêm um par de múscu-los ariepiglótico transverso e ariepiglótico oblíquo. Estes se originam do processo muscular oposto da cartilagem aritenóidea e se ligam nos dois lados da cartilagem epi-glote. Eles atuam como uma “aba de bolsa”, fechando o

adito da laringe. A parte final inferior de cada uma destas membranas quadrangulares forma a prega vestibular (pre-ga falsa).

GLÂNDULAS MUCOSASA membrana quadrangular está coberta por mucosa e por

uma submucosa rica em glândulas. Elas estão ligadas à pare-de interna da cartilagem tireóidea e cricóidea. Elas mantêm as pregas vocais umedecidas, pois as pregas vocais não tem submucosa e, portanto, dependem das secreções produzidas acima delas. A fossa piriforme funciona como um canal que direciona o líquido derramando-o para trás em direção ao esôfago e para fora da laringe.

A vista posterior da laringe revela os músculos e cartilagens relacionados com a fonação e os movimentos da epiglote.

Músculos da laringeOs músculos da laringe agem fechando sua entrada durante a deglutição e movendo as pregas vocais para

possibilitar a fonação.

Vista posterior

EpigloteCartilagem elástica em forma de folha ligada ao osso hióideo e à cartilagem tireóidea, fecha a laringe durante a deglutição

Osso hióideo Fornece suporte para ligamentos da laringe, da

epiglote e dos músculos da língua e faringe

Membrana tireóidea Conecta o osso hióideo à

cartilagem tireóidea

Músculo ariepiglóticoAproxima as cartilagens aritenóideas

Músculo aritenóideo oblíquoAge com o músculo ariepiglótico para fechar

a entrada da laringe

Músculo aritenóideo transversoFecha a parte posterior da glote

Músculo cricoaritenóideo posteriorAbre a glote pela abdução das pregas vocais

Cartilagem traquealPosteriormente incompleta, a cartilagem traqueal

permite a passagem de alimento para o interior do esôfago, que se localiza atrás da traqueia

Cartilagem cricóideaCartilagem com o corpo em forma de anel (sinete); a única cartilagem completa em forma de anel nas vias aéreas

Cartilagem tireóideaA maior cartilagem da laringe, provê estrutura para fixação de músculos e ligamentos

Cartilagem aritenóideaFornece fixação para as pregas vocais e os músculos intrínsecos da laringe, responsáveis pelo controle da entrada da laringe e movimento das pregas vocais

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Glândula tireoide e paratireoideAs glândulas tireoide e paratireoide estão situadas no pescoço. Juntas, elas produzem im-

portantes hormônios responsáveis por: regulação do crescimento, metabolismo e níveis de cálcio no sangue.

A glândula tireoide é uma glândula endócrina localizada no pescoço, sobre a face anterior da laringe e traqueia. Tem formato similar a uma gravata e produz dois hormônios ioda-dos independentes: tri-iodotironina (T3) e tireoxina T4. Estes hormônios são responsáveis pelo controle do metabolismo através da produção de enzimas metabólicas.

Além disso, a glândula secreta calcitonina, envolvida na regulação dos níveis de cálcio no sangue.

Nas crianças, o crescimento é dependente desta glându-la devido ao seu estímulo ao metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.

LOBO PIRAMIDALA glândula tem dois lobos cônicos ligados por um istmo

(banda de tecido que conecta os lobos), que usualmente se localiza em frente ao segundo e ao terceiro anel de cartilagem traqueal. A glândula é toda circundada por uma fina cápsula de tecido conjuntivo e pela fáscia cervical.

Frequentemente, há um terceiro lobo pequeno, o lobo piramidal, que se estende para cima, próximo ao istmo, e localiza-se sobre a membrana cricotireóidea e ao ligamento cricotire óideo médio.

Artéria e veia tireóidea superiorRamos da artéria carótida externa e tributária da veia jugular interna

Artéria carótida comumIrriga a cabeça e o pescoço

Cartilagem cricóideaAnel cartilaginoso em torno da traqueia

Veia tireoide médiaTributária da veia jugular interna

Lobo direito da glândula tireoideUnido ao lobo esquerdo pelo istmo

Veias tireóideas inferioresDrena a parte inferior dos lobos e istmo

Vista anterior

Osso hióideoSuporte para a língua

Cartilagem tireóideaForma a proeminência laríngea

(pomo-de-adão)

Lobo piramidalCom frequência pequeno

ou mesmo ausente, estende-se para cima a partir do istmo

Lobo esquerdo da glândula tireoide

Produz hormônios que controlam o metabolismo

IstmoEstreitamento da glândula

tireoide que liga lobos direito e esquerdo

Veia jugular interna

Traqueia

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pescoço

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Artéria carótida externaOrigem da artéria tireóidea superior

As glândulas tireoides são bem irrigadas por vasos san-guíneos. O polo superior recebe sangue arterial da artéria tireóidea superior, um ramo da artéria carótida externa. O polo inferior recebe irrigação da artéria tireóidea inferior, ramo do tronco tireocervical. Os lobos das glândulas estão diretamente relacionados com a artéria carótida comum. Os hormônios são distribuídos na corrente sanguínea via uma rede de veias dentro e ao redor das glândulas, a qual drena para a veia jugular interna e a veia braquiocefálica.

RELAÇÃO DOS NERVOSAlém dos vasos sanguíneos, a glândula relaciona-se intima-

mente com os nervos. Posteriormente, a relação mais importante é com o par de nervos laríngeos recorrentes ramo do nervo vago.

Estes acendem ao espaço entre o esôfago e a traqueia, rumo à laringe, onde promovem a inervação motora de todos os músculos da laringe (exceto o músculo cricotireóideo) e iner-vação sensorial para laringe. Portanto, uma tireoide inchada pode comprimir estes nervos, causando rouquidão na voz.

Vista posterior da glândula tireoideA vista posterior da glândula tireoide revela a pequena glândula paratireoide, inserida no interior dos lobos.

Uma rica rede vascular supre essas glândulas.

Vista posterior

Veia jugular internaDrena o sangue do couro cabeludo, pescoço, glândula tireóidea e face

Nervo faríngeo superiorRamo externo

Nervo vagoFornece suprimento para as fibras motoras e sensoriais, especialmente o nervo laríngeo recorrente

Glândula paratireoide superior

Nervo laríngeo recorrente esquerdoIrriga nervos da laringe

Veia braquiocefálica esquerdaDrena o sangue da glândula

Arco da aortaSupre as artérias carótidas comuns

TraqueiaVia aérea

Nervo laríngeo recorrente direitoInerva músculos da laringe

Tronco tireocervicalSupre a artéria tireóidea inferior

Glândula paratireóidea

Artéria tireóidea inferior

Irriga o polo inferior do lobo

Lobo direito da glândula tireoide

Artéria carótida comumIrriga a cabeça e o pescoço

Músculo constritor inferior da faringe

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O esôfago

O esôfago tem cerca de 25 centímetros de comprimento nos adultos e é um tubo muscu-lar para passagem de alimento da boca ao estômago.

CORPO DO ESÔFAGOComo ele é mole e um tanto

flexível, o contorno e a rota do esôfago não são muito constan-tes; há curvaturas ao seu redor e ele é indentado por estrutu-ras mais firmes como o arco da aorta e o brônquio principal es-querdo.

PASSAGEM DO ALIMENTOQuando não há alimento pas-

sando através do esôfago, seu revestimento interno permane-ce em dobras, as quais preen-chem o lúmen ou espaço cen-tral. Quando o bolo alimentar é deglutido e segue para baixo, este revestimento é distendido, bem como as as camadas das paredes do esôfago.

O alimento é carregado para baixo no esôfago por ondas de contração muscular denomina-das de peristaltismo.

ESTRUTURA ESOFÁGICASeccionado, o esôfago tem

quatro camadas:Mucosa: a camada mais •interna e formada de epité-lio estratificado escamoso, resiste à ação abrasiva do alimento.Submucosa: composta de •tecido conectivo frouxo, contém glândulas que se-cretam muco para ajudar na passagem do alimento.Camada muscular: múscu-•lo estriado (sob controle voluntário) na parte supe-rior do esôfago; músculo liso, na parte inferior e uma combinação na região média. Túnica adventícia: uma •cobertura de tecido con-juntivo fibroso.

DiafragmaEstrutura fibromuscular que separa as

cavidades torácica e abdominal

Estômago

EsôfagoInicia-se com a continuação da faringe, no nível da cartilagem cricóidea; passa para baixo através do pescoço, onde se localiza à frente da vértebra cervical e atrás da traqueia

Esta ilustração apresenta a vista frontal do esôfago e das estruturas a ele associadas. O tubo muscular faz a ligação entre a boca e o estômago.

O esôfago é a conexão tubular entre a faringe, no pescoço, e o estômago. Tem a função única de conduzir o alimento, não participando na digestão ou absorção.

Brônquio principal esquerdo

Ramo principal da traqueia, que entra no pulmão pelo hilo do pulmão

AortaParte descendente da aorta

localiza-se atrás e à esquerda do esôfago, e diretamente atrás dele

Cartilagem cricóideaMarca o nível superior da traqueia e do esôfago

Cartilagem tireóideaA glândula tireóidea fica sobre

esta parte da laringe

EpiglotePrevine a entrada de alimento

na laringe e traqueia

TraqueiaLocalizada anteriormente ao esôfago; constituída por cartilagens em forma de anéis incompletos posteriormente para permitir a passagem do alimento

Constrição broncoaórtica (atrás da traqueia)Marca o ponto onde o esôfago sofre indentação pelo arco da aorta e o brônquio principal esquerdo; a partir desta região o esôfago desce por trás do coração

Camada muscular circularExposta por um corte longitudinal em forma de janela na camada muscular

Esfíncter esofágicoNa parte terminal inferior do esôfago; age para prevenir refluxo do fluido estomacal

Parte abdominal do esôfagoNo nível da décima vértebra torácica, o esôfago passa pelo músculo diafragma, através do hiato esofágico, entrando no abdome

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Uma rede de pequenas veias cerca o esôfago e dre-na-- lhe o sangue.

ESÔFAGO SUPERIORAs veias do terço superior

do esôfago drenam para as veias tireóideas inferiores. O sangue do terço médio do esôfago é drenado pelo sis-tema venoso ázigo.

ESÔFAGO PARTE INFERIOR

O sangue do terço inferior do esôfago pode ser drenado pela veia gástrica esquerda — parte do sistema porta, que drena o sangue para o fígado. Isto é clinicamente importante porque aumenta a pressão no sistema portal e pode causar retorno do fluxo para as veias esofági-cas. Como resultado disto as veias na parte inferior do esôfago ficam distendidas (forma veias varicosas) e po-dem ocorrer rupturas.

Em comum com o resto do trato intestinal, o esôfago tem seu próprio suprimento de nervos intrínsecos, o qual permite que ele se contraia e relaxe durante o processo do peris-taltismo sem nenhuma estimulação nervosa externa.

Este suprimento de nervo in-trínseco é derivado de dois nervos plexos principais dentro das suas paredes conhecidos como plexo me-sentérico submucoso (de Meissner) e plexo mientérico (de Auerbach). Estes conectam-se entre si e, juntos, regulam a secreção glandular e os movimentos do esôfago.

CONTROLE EXTERNOO sistema intrínseco pode ser mo-

dificado pelo sistema nervoso autô-nomo, que coordena o meio interno do corpo. Fibras nervosas externas vêm do tronco simpático e do nervo vago (décimo nervo cranial).

Vasos sanguíneos e nervos

Veia braquiocefálica direita

A irrigação do esôfago deriva de ramos da aorta e da artéria subclávia. Como em geral ocorre no corpo, as veias que drenam o esôfago tendem a passar ao lado das artérias.

Veias do esôfago

Veia cava superior Recebe o retorno venoso da cabeça, pescoço, dos membros superiores e dos dois terços superiores do esôfago e conduz para o coração

Veia ázigoLocalizada contra a parede posterior da cavidade torácica, recebe o sangue das veias do esôfago e das veias do tórax e da parede abdominal

Veia cava inferior (seccionada)

Veias esofágicaDrenam para a veia gástrica

esquerda, abaixo do músculo diafragma; é parte do sistema

venoso portal

Músculo diafragma

Veia hemiázigo acessória

Segue a mesma rota que a veia ázigo

Veia braquiocefálica esquerda

Veia tireóidea inferior

Nervos esofágicos

SubmucosaCamada do esôfago que contém glândulas secretoras

Plexo mientérico Fibras nervosas intrínsecas localizadas entre as camadas musculares do esôfago; possui várias conexões com o plexo submucoso

Músculo longitudinal do esôfagoCamada mais externa

Tecido conjuntivo elástico intermuscular

Plexo mesentérico submucoso (de Meissner)

Fibras nervosas intrínsecas localizadas dentro

da submucosa

Músculo circular do esôfago

Camada muscular mais interna

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Primeira vértebra torácicaArticula-se com a sétima vértebra cervical. A primeira costela articula-se apenas com a primeira vértebra torácica. A primeira vértebra torácica (T1) pode ser palpada em muitas pessoas

Vértebras torácicasAs doze vértebras torácicas são ossos da coluna espinhal, aos quais as costelas estão articu-

ladas. As vértebras torácicas localizam-se entre as cervicais e as lombares.

Cada vértebra torácica tem dois componentes, um corpo cilíndrico na frente e um arco vertebral atrás. O corpo e o arco formam o forame vertebral, que é ar-redondado. Quando todas as vértebras se articulam juntas, o espaço estabeleci-do pelos forames conecta-dos forma o canal vertebral. Este aloja a medula espi-nhal, que é protegida por três meninges.

PROCESSOS ÓSSEOS A parte do arco vertebral

que se liga ao corpo de cada lado é chamado de pedí-culo vertebral e o arco se completa por trás por duas lâminas unidas na linha média que formam o pro-cesso espinhoso.

Este processo se projeta de modo descendente, sen-do o oitavo o mais longo e o mais vertical.

Na junção dos pedículos e lâminas, fica o processo transverso, o qual diminui de tamanho de cima para baixo.

INSERÇÃO MUSCULARMúsculos e ligamentos

estão inseridos na coluna vertebral. As vértebras to-rácicas articulam-se entre si nas juntas nas articula-ções intervertebrais. Entre os corpos das vértebras há um disco intervertebral, que age como um amorte-cedor de impactos. Cada vértebra tem quatro super-fícies, as fóveas articulares, as quais formam articula-ções sinoviais móveis com a vértebra adjacente — um par de fóveas articula-se com a vértebra superior e outro par com a vértebra inferior. Todas estas articu-lações são unidas por for-tes ligamentos.

Vista frontal Vista lateral

Vértebras torácicas

típicasDa segunda para a nona vértebra

torácica elas têm as mesmas características

estruturais

Vértebra torácica

atípica O corpo da

primeira vértebra torácica

compartilha características

com as vértebras cervicais

Vértebras torácicas atípicasAs vértebras inferiores são mais largas e se assemelham às vértebras lombares

T10, T11 e T12 (vértebras torácicas)

Estas vértebras têm apenas uma única fóvea costal para articulação com sua

costela numericamente correspondente

Forame intervertebral Os forames intervertebrais são evidentes, na vista lateral, entre os pedículos adjacentes. Estes espaços permitem que o nervo espinhal entre e saia da medula espinhal

Processo espinhosoA oitava vértebra torácica tem o mais largo processo espinhoso

Espaços para os discos intervertebrais

T1T1

T2T2

T3 T3T4 T4

T5 T5

T6 T6

T7 T7

T8 T8

T9 T9

T10T10

T11 T11

T12 T12

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Quinta vértebra lombarArticula-se com o sacro

As vértebras lombares são as maiores e mais fortes da colu-na vertebral. Sua posição inferior é estratégica, pois seu cor-po suporta mais peso. O arranjo da parte lombar da coluna vertebral é desenhado para promover a máxima flexibilidade (permitindo-nos tocar os dedos dos pés) e alguma flexão la-teral (permitindo-nos alcançar as laterais), mas uma pequena rotação (isto ocorre em nível torácico).

ESTRUTURA BÁSICAComo a vértebra cervical e a vértebra torácica, cada vérte-

bra lombar tem o mesmo plano básico, que consiste em um

corpo cilíndrico anterior e um arco vertebral atrás, o qual en-volve um espaço chamado de forame vertebral.

Cada arco vertebral compreende um número de proces-so. Há dois processos transversos projetando-se lateralmente, um processo espinhoso, posicionado centralmente, dois pa-res de fóveas articulares, um abaixo e outro acima.

Os processos transversos e os processos espinhosos são mais curtos e espessos quando comparados com os das outras vértebras e estão bem adaptados para a fixação de grandes músculos e fortes ligamentos.

Vértebras lombaresAs cinco vértebras lombares são as mais fortes e mais inferiores da coluna vertebral.

A parte frontal das vértebras lombares forma uma curvatura convexa quando vista de perfil, conhecida como lordose lombar. Esta aumenta a força e ajuda a absorver os impactos.

As cinco vértebras lombares estão sujeitas a forças de compressão vertical maiores do que o resto da coluna vertebral. Por essa razão, são vértebras largas e fortes.

Vista lateral Vista frontal

L1 L1

L2 L2

L3 L3

L4 L4

L5 L5

Primeira vértebra lombarNo adulto a medula espinhal termina

geralmente entre L1 e L2

Segunda vértebra lombarAbaixo de L1, localiza-se a cauda

equina, conjunto de nervos espinhais

Terceira e quarta vértebras lombares

Punções lombares geralmente são realizadas entre L3 e L4

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Medula espinhalA medula espinhal é via de ligação entre o encéfalo e o corpo. Ela promove a condução de

sinais de saída (eferentes), para o controle das funções corporais, e de entrada (aferentes), para informar ao cérebro o que está ocorrendo no corpo.

Vista posterior

A medula espinhal é uma estrutura ligeiramente cilíndrica e achatada de 42 a 45 centímetros de comprimento e apro-ximadamente 2,5 centímetros de diâmetro em adultos. Ela é uma continuação da medula oblonga, a parte inferior do tronco encefálico no nível do forame magno, maior abertura na base do crânio. Depois, ela segue para baixo ao longo do pescoço por trás do canal vertebral, protegida pelos corpos vertebrais, que, em conjunto, formam a coluna vertebral.

DESENVOLVIMENTOAté o terceiro mês de vida intrauterina a medula espinhal

acompanha o desenvolvimento da coluna vertebral. Mais tar-de, porém, a coluna vertebral supera em crescimento a me-dula espinhal, a qual, no momento do nascimento, termina no nível da terceira vértebra lombar. Este crescimento mais rápido da coluna vertebral continua até a fase adulta, a me-dula espinhal termina no nível do disco entre a primeira e a segunda vértebra lombar.

ANATOMIA DA MEDULA ESPINHALA medula espinhal apresenta uma intumescência (dilata-

ção) na região do pescoço e na região lombar. A porção final afina numa região em forma de cone e é chamada de cone medular.

A partir deste, o filamento terminal, um cordão da pia-má-ter (uma das membranas que envolve o encéfalo e a medula espinhal), segue para baixo até se ligar à parte posterior do cóccix, ancorando a medula espinhal.

A intumescência cervical superior estende-se de T2 a T3 e corresponde à origem dos nervos para os membros superio-res. A intumescência inferior, a lombossacral, estende-se de T9 a T12 e origina nervos para os membros inferires. Na face anterior da medula espinhal, há uma depressão profunda — a fissura mediana anterior — e, na face posterior, uma depres-são estreita superficial — o sulco mediano posterior. Estas duas demarcações dividem a medula espinhal verticalmente em duas metades.

Hemisférios cerebrais esquerdo e direito

CerebeloParte do encéfalo que atua

no controle dos movimentos musculares, coordenação motora

Intumescência cervicalEstende-se do nível da terceira

vértebra cervical para a segunda vértebra torácica e dá origem aos

nervos que inervam os membros superiores

Intumescência lombossacral

Estende-se de T9 a T12 e dá origem aos nervos que inervam

os membros inferiores e pelve

Cone medularParte final da medula espinhal

em forma de cone, no nível de L2

Osso coccígeo (cóccix)Ponto onde se fixa o filamento terminal

Medula espinhalLocalizada no interior da coluna vertebral; consiste de células nervosas e de conjuntos de células nervosas; 31 pares de nervos espinhais originam-se na medula espinhal

Cauda equinaConjunto de nervos espinhais na parte inferior da coluna vertebral

Nervo isquiático (ciático)O maior nervo do membro inferior; segue para baixo na parte posterior da coxa, dividindo-se atrás do joelho e continuando em direção ao calcanhar

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Secção transversal da medula espinhal

A aparência da medula espinhal varia em diversos níveis, de acordo com a quantidade de músculos supridos pelos nervos que ela emite.

Localização dos tratos espinhais. Azul: Via ascendenteVermelho: Via descendenteRoxo: Fibras que passam em ambas as direções

A medula espinhal emite 31 pares de nervos espinhais que transferem impulsos nervosos entre o sistema nervoso central e todas as partes do corpo.

A medula espinhal internamente é formada por um nú-cleo de substância cinzenta, que consiste principalmente de muitos corpos de células nervosas e suas células de supor-te (neuroglia), que estão circundadas por substância branca, composta de fibras nervosas mielinizadas — nervos com ca-mada isolante de mielina lipoproteica.

Na secção transversal, a substância cinzenta tipicamen-te tem corpo em forma de letra H ou de borboleta com dois cornos (colunas) anteriores e dois cornos (colunas) posterio-res, além de uma pequena comissura cinzenta conectando os dois lados. Há um pequeno canal central contendo líquido cefalorraquidiano, o qual, no seu limite superior, preenche os quatro ventrículos encefálicos na região mais baixa do tronco encefálico e do cerebelo.

TRATOS ESPINHAISUm trato espinhal é uma coleção de axônios na qual todos

têm a mesma origem, destino e função. Trato ascendente: conduz informações sensoriais do •corpo para o encéfalo.Trato descendente: conduz informações do encéfalo •para o corpo. Eles então particularmente envolvidos com controle de movimentos.

O trato corticoespinhal (piramidal) tem origem nas células nervosas do córtex cerebral, que estão envolvidas com a ini-ciação voluntária de movimento. O trato segue para baixo na medula espinhal com impulsos nervosos passando pela raiz dos nervos espinhais anteriores e chegando aos músculos esqueléticos.

Fascículo próprio

Trato espinocerebelar posterior

Trato espinocerebelar anterior

Trato espinotalâmico

Trato corticoespinhal anterior

Trato vestibuloespinhal

Trato tectoespinhal

Trato medular reticuloespinhal

Trato rubroespinhal

Trato corticoespinhal

lateral

Trato interfascilular

Colunas dorsais

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Nervos espinhaisHá 31 pares de nervos espinhais, organizados de cada lado da medula espinhal e ao longo

do seu comprimento. Os pares estão agrupados por regiões: oito cervicais, doze torácicos, cin-co lombares, cinco sacrais e um coccígeo.

Cada nervo espinhal tem duas raízes. A raiz ventral ou anterior contém axônios de nervos motores, que conduzem impulsos para o controle de movimentos musculares. A raiz posterior ou dorsal contém axônios de nervos sensitivos, que conduzem informações do corpo para a medula espinhal no seu caminho para o encéfalo.

SEGMENTOSCada raiz é formada por uma série de radículas que saem

da medula espinhal. A porção da medula espinhal que for-nece os filamentos radiculares para uma raiz dorsal é men-cionado como um segmento. Na região cervical e lombar, as radículas estão intimamente agrupadas, tendo os segmentos espinhais cerca de 1 cm de comprimento. Porém, na região torácica, elas estão mais espalhadas, com segmentos medin-do mais de 2 cm.

FORMAÇÃO NERVOSAA raiz dorsal e a ventral juntas formam um único nervo

espinhal no interior do forame intervertebral — pequeno orifício entre as vértebras através do qual passa o nervo espinhal. Antes do ponto de fusão com o ramo ventral, há

uma dilatação de cada raiz dorsal. Esta dilatação é conhe-cida como gânglio dorsal, uma coleção de corpos celulares de nervos sensitivos.

RAMOSLogo após passar através do forame intervertebral, cada

nervo espinhal divide-se em vários ramos:Ramos ventrais: inervam os membros e as partes ante-•rior e lateral do troncoRamos dorsais: inervam a pele e os músculos da parte •de trás do troncoRamos comunicantes: parte do sistema nervoso autônomo•

CAUDA EQUINAComo a medula espinhal é mais curta do que a coluna

vertebral, as raízes nervosas dos nervos inferiores deixam a medula espinhal e seguem para baixo em ângulo oblíquo. As raízes nervosas lombossacrais unidas formam um feixe de nervos que seguem para baixo quase verticalmente. Isto dá origem à denominação de cauda equina pela semelhança destas raízes nervosas inferiores com a cauda de cavalo.

Vista anterior

Substância cinzenta Células nervosas e células de suporte neuroglia

Raiz dorsal do nervo espinhal Conduz impulsos sensitivos para a medula espinhal

Raiz ventral do nervo espinhalConduz impulsos motores da medula espinhal

Ramo dorsal do nervo espinhal Inerva músculos e pele da parte de trás do tronco

Coluna ventral

Fissura mediana anteriorContém a artéria mediana anterior

Ramos comunicantes branco e cinzento

Pertence ao sistema nervoso autônomo e regula movimentos musculares

automáticos

Ramo ventral do nervo espinhal

Inerva os membros e as partes anterior e lateral do tronco

Gânglio dorsal Coleção de corpos celulares sensitivos

Substância brancaFibras nervosas mielinizadas

Filament os radiculares dorsais Fundem-se para formar a raiz

dorsal do nervo espinhal

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Membranas que protegem a medula espinhalOs ossos da coluna vertebral fornecem a principal proteção para a medula espinhal, assim como o crânio para

o encéfalo. Porém, como o encéfalo, a medula espinhal tem a proteção adicional de três membranas, as quais se prolongam, de dentro do crânio, para baixo através do forame magno.

A dura-máter é uma membrana resistente e fibrosa, a mais externa da medula espinhal. O espaço extradural ou epidural separa a dura-máter do canal vertebral e contém tecido adi-poso e plexo venoso.

A membrana média é a aracnoide-máter, que é muito mais fina e mais delicada, possuindo um arranjo de fibras de teci-do conjuntivo semelhante à teia de aranha. Há um potencial espaço subaracnóideo entre a dura-máter e a aracnoide-má-ter, que, normalmente, contém uma fina camada de líquido cefalorraquidiano.

PIA-MÁTERA membrana mais interna é a fina pia-máter, a qual está

aderia à face da medula espinhal. É transparente e rica em

vasos sanguíneos, que conduzem oxigênio e nutrientes para a medula espinhal. Entre a pia-máter e a aracnoide-máter há o espaço subaracnóideo, o qual contém líquido cefalorraqui-diano, que amortece a medula espinhal e também ajuda a remover restos do catabolismo da atividade neural e do me-tabolismo. O líquido cefalorraquidiano é produzido no plexo coroide, no interior dos ventrículos encefálicos, e circula ao redor do encéfalo e da medula espinhal.

Aproximadamente 21 extensões triangulares da pia-máter — os ligamentos denticulados — passam entre a raiz anterior e posterior do nervo espinhal, unindo-se com a aracnoide- -máter e a superfície mais interna da dura-máter. A medula espinhal fica suspensa por esta envoltura dural.

Como o cérebro, a medula espinhal é circundada e protegida por três membranas: pia-máter, aracnoide-máter e a dura-máter.

Substância cinzenta

Substância branca

Espaço subaracnóideo

Contém o líquido cefalorraquidiano, fica entre a pia-máter e a aracnoide-máter

Pia-máterDelicada membrana, a mais

interna das três meninges, aderida à face da medula espinhal

Dura-máterMembrana fibrosa mais externa das três meninges

Aracnoide-máterMembrana intermédia

Raiz ventral do nervo espinhal

Raiz dorsal do nervo espinhal

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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M. serrátil posterior superiorAge puxando as costelas superiores durante a inspiração

Músculos do dorsoOs músculos do dorso mantêm nossa postura vertical e permitem a flexibilidade e a mo-

bilidade da coluna vertebral. Os músculos superficiais do dorso também agem com outros músculos para movimentar os ombros e os membros superiores.

Os músculos profundos do dorso estão relacionados com suporte e movimento da coluna vertebral, enquanto os mús-culos superficiais atuam movendo o braço e o ombro.

MÚSCULOS SUPERFICIAISO músculo trapézio é um largo músculo, em forma trian-

gular, cujo limite superior forma a inclinação visível do pes-coço ao ombro. Ligado ao crânio, ele ajuda a fixar e rodar a cabeça, dando suporte aos ombros. O músculo latíssimo do dorso, o maior e mais forte músculo do dorso, está fixado na coluna vertebral por sobre a parte inferior do músculo trapézio e estende-se até a parte de trás da pelve. O músculo

latíssimo do dorso age promovendo adução e rotação inter-na do braço.

Pequenos músculos também atuam na camada superfi-cial: o músculo levantador da escápula, o músculo romboide maior e o menor, entre a coluna vertebral e a escápula, atuam levantando e protraindo a escápula.

O manguito rotador é um grupo de músculos que se loca-liza entre a escápula e a cabeça do úmero (osso do membro superior), na articulação do ombro. Juntos eles estabilizam a cabeça do úmero na escápula. O músculo serrátil posterior segue das vértebras para as costelas e movimenta o gradil cos-tal durante a respiração.

M. occipitalOsso do crânio que se articula com a primeira vértebra (atlas) da espinha dorsal

M. esplênio da cabeçaAtua para fazer a rotação e estender a cabeça lateralmente e para trás

M. levantador da escápula Age com o músculo trapézio para levantar e movimentar para dentro a escápula

EscápulaOsso do ombro

M. eretor na espinhaControla a flexão do tronco para a frente e mantém a postura ereta

M. serrátil posterior inferiorMovimenta as costelas para baixo durante a expiração

PelveFormada pelos ossos do quadril, sacro e coccígeo Sacro

Parte inferior da coluna vertebral; articula-se com a quinta vértebra

lombar e com o osso coccígeo

M. latíssimo do dorsoTrabalha com outros músculos para mover o

osso úmero e puxar o ombro para trás

M. trapézioDiferentes fibras do trapézio trabalham para

elevar a escápula, puxá-la para baixo e em direção à linha média e de volta

M. infraespinhalLocalizado parcialmente atrás do

músculo deltoide e do trapézio, fixa o úmero na articulação do ombro e faz

parte do manguito rotador

M. deltoideCobre a articulação do ombro; age

promovendo a abdução e rotação do ombro e levanta o braço

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Músculos profundos do dorsoOs músculos profundos do dorso inserem-se na coluna vertebral, na pelve e nas costelas. Eles atuam juntos

permitindo movimentos suaves da coluna vertebral.

Os músculos precisam estar inseridos nos ossos para dar a eles a alavanca que precisam para realizar suas funções. Os pon-tos de conexão com os ossos dos músculos profundos do dorso incluem as vértebras, as costelas, a base do crânio e a pelve.

Os músculos profundos do dorso estão organizados em camadas; os músculos mais profundamente localizados são bastante curtos, seguindo de modo oblíquo a partir de cada vértebra para a outra adjacente. Sobre estes localizam-se músculos mais longos que seguem verticalmente entre várias vértebras e costelas.

Mais superficialmente, os músculos tornam-se mais lon-gos e alguns estão inseridos nos ossos do quadril, no osso

occipital (na parte posterior da base do crânio) e também nas vértebras.

CAMADA PROFUNDA DOS MÚSCULOSHá muitos músculos nas camadas profundas. Apesar de

cada músculo ser denominado individualmente de acordo com a sua posição, na prática eles agem em combinações va-riadas em vez de individualmente.

Juntos, eles formam o grande grupo de músculos profundos do dorso, localizados nos dois lados da coluna vertebral, que agem em conjunto para manter as curvaturas da coluna verte-bral, possibilitando os movimentos dos fluidos da mesma.

M. semiespinhal da cabeça Inserção na base do crânio; auxilia a estabilizar a cabeça

Mm. rotadores cervicaisAgem na parte cervical da coluna vertebral

para estender e fazer a rotação deste segmento da coluna vertebral

EscápulaOsso do ombro; articula-se com o úmero,

formando a articulação do ombro

ÚmeroOsso do membro superior

Mm. rotadores torácicosTrabalham em grupo para rodar e

estender a coluna vertebral

M. levantador da costela

Auxilia a levantar a costela durante a inspiração

M. quadrado lombarAjuda a manter a postura ereta e a

flexionar a coluna vertebral

Sacro Parte da coluna vertebral que se

articula com a quinta vértebra lombar e com o osso coccígeo

PelvePonto de inserção de muitos músculos

Mm. multífidosAjudam a estender e rodar as vértebras, estabilizando os movimentos

M. transverso do abdomeDo abdome para as costas

Mm. intercostais externosJuntos levantam as costelas durante a inspiração

Mm. semiespinhais do tóraxEstendem a coluna vertebral e a cabeça

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Caixa torácicaA caixa torácica protege os órgãos vitais do tórax e também providencia locais para a in-

serção dos músculos do dorso, do peito e dos ombros. Ela também se movimenta durante a respiração.

A caixa torácica é apoiada no dorso por doze vértebras torácicas da coluna vertebral e é formada pelos doze pares de costelas, pelas cartilagens costais e pelo osso esterno, na frente.

AS COSTELAS Cada um dos doze pares de costelas articula-se posterior-

mente à vértebra torácica numericamente correspondente. As costelas curvam-se para baixo e ao redor do peito em direção à superfície frontal do corpo. Os doze pares de costelas po-dem ser divididos em dois grupos de acordo com sua articu-lação anterior.

Costelas verdadeiras (costoesternais): os primeiros sete •pares de costelas estão articulados anteriormente e direta-mente ao esterno por meio de uma cartilagem costal indi-vidual.Costelas falsas: estas não se articulam diretamente ao •esterno por uma cartilagem individual. Do oitavo ao décimo par (costelas costocondrais) articulam-se indi-retamente ao esterno via fusão da cartilagem costal. Do décimo primeiro ao décimo segundo par não há ligação com o osso ou cartilagem e, por isso, essas costelas são conhecidas como flutuantes. Sua parte anterior está in-serida na musculatura da parede lateral do abdome.

A caixa torácica é composta pelo esterno mais doze pares de costelas e suas cartilagens costais.

Vista inferior da primeira e da segunda costela. Estas costelas se diferenciam das

demais costelas, são mais planas, curtas e apresentam ângulo maior.

Colo da costela

Cabeça

Tubérculo

Corpo

Costelas verdadeiras (1-7)Estas costelas estão ligadas diretamente ao esterno via sua própria cartilagem costal

Costelas falsas (8-12)Esta costelas não possuem cartilagem própria ligada ao esterno

Manúbrio do esternoLocal onde a clavícula e a primeira

costela se articulam

Corpo do esternoCruzando a superfície anterior do

esterno, há linhas transversais que mostram os lugares onde, durante

a infância, o corpo do esterno é formado pela fusão de quatro ossos

até então separados

Processo xifoide O mais inferior dos três ossos

do esterno; frequentemente pode ser sentido como a parte rígida

superior ao estômago

Cartilagem costalDa primeira à décima, as costelas estão

ligadas ao esterno pela cartilagem costal e formam a margem costal

1

2

3

4

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6

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O esterno consiste em três partes: o manúbrio, o corpo e o processo xifoide.

O esternoO esterno é um osso longo e plano, localizado verticalmente no centro da parede anterior do tórax.

O esterno tem três partes: O manúbrio: forma a parte superior do esterno, é ás-•pero e seu corpo tem forma triangular com uma pro-eminência, facilmente palpável, no centro da margem superior, a incisura supraesternal. O corpo: o manúbrio e o corpo do esterno estão em pla-•nos ligeiramente diferentes, num ângulo que permite que sua articulação projete-se para a frente, formando

o ângulo esternal (de Louis). O corpo do esterno é mais longo que o manúbrio e forma a grande extensão do osso do tórax.O processo xifoide: este é um pequeno osso agudo, que •se projeta para baixo e levemente para trás da parte in-ferior do corpo do esterno. Em jovens ele pode ser car-tilaginoso, mas, usualmente, torna-se completamente ossificado entre a quarta ou quinta década de vida.

As cartilagens costais

Incisura supraesternalOnde a clavícula articula-se com o manúbrio

do esterno via articulação sinovial

ManúbrioPrimeiro dos três ossos que compõem o esterno

Ângulo esternalO manúbrio e o corpo do esterno articulam-se num ângulo muito pequeno; esta articulação

permite os movimentos da respiração

Processo xifoidePonto de inserção para a musculatura do tórax

Corpo do esternoOs lados do corpo do esterno

apresentam incisuras provocadas pela articulação das cartilagens costais por meio da pequena articulação sinovial

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O suprimento motor do músculo diafragma (que promove o movimento de contração do músculo) vem inteiramente de um nervo de cada lado do músculo chamado de nervo frênico.

Este nervo origina-se da cada lado da medula espinhal no pescoço, no nível da terceira a quinta vértebra cervical.

INERVAÇÃO SENSORIALO nervo frênico também promove a inervação sensorial,

detectando dor e dando informação sobre sua posição à par-te central do músculo diafragma. A periferia do músculo diafragma recebe inervação dos nervos intercostal inferiores e do nervo subcostal.

DiafragmaO diafragma é um músculo laminar que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.

Ele é essencial para a respiração pois suas contrações expandem a cavidade torácica, permi-tindo a entrada de ar.

O músculo diafragma é o principal músculo envolvido na respiração e apresenta vá-rias aberturas para a passagem de importantes estruturas entre o tórax e o abdome. Periferica-mente, ele é constituído de fi-bras musculares que se inserem no centro tendíneo, o qual, di-ferente de muitos tendões, não tem inserção óssea.

MÚSCULOO tecido muscular do diafrag-

ma origina-se nas paredes do tórax em três regiões e funde-se para formar uma lâmina contí-nua, convergindo no centro ten-díneo, que funciona como local de inserção muscular.

Das três regiões de origem do músculo diafragma surgem três outras partes com denomina-ções distintas: a parte esternal, a parte costal e a parte lombar, que se origina dos pilares e dos ligamentos arqueados.

CENTRO TENDíNEOAs fibras musculares do dia-

fragma inserem-se no centro tendíneo, que tem formato de uma folha tripartida. A parte central fica debaixo e é deprimi-da pelo coração. Ela esta ligada aos ligamentos do pericárdio, a membrana em volta do coração. As duas folhas laterais direcio-nam-se para trás e ajudam a for-mar a cúpula direita e esquerda do músculo diafragma.

Esta ilustração mostra o lado de baixo da superfície abdominal do diafragma. O esôfago e principais vasos sanguíneos podem ser vistos passando através dele.

Vista inferior do músculo diafragma

Centro tendíneoLâmina de tecido conjuntivo que forma o centro do músculo diafragma; tem característica de folha tripartida

Veia cava superior

Origem costal do diafragmaAs fibras musculares originam-se das seis costelas inferiores e das cartilagens costais associadas

Origem esternal do diafragma

Consiste em uma pequena parte do músculo que se origina da parte inferior do osso esterno

Esôfago

Aorta

Ligamentos arqueados medial e lateral

Formado pela borda fibrosa da fáscia que cobre o músculo diafragma

Ligamento arqueado medianoPassa sobre a aorta, formado pelo encontro do

pilar direito com o pilar esquerdo

Pilar direito do músculo diafragmaFibras verticais do músculo, originadas na parte anterior do corpo da vértebra lombar, que apresentam uma abertura em forma de gancho para o esôfago

Inervação do músculo diafragma

Coração

Nervo frênico

Músculo diafragma

Nervo intercostal e subcostal

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tórAx Vista superior do diafragma

O aspecto superior do músculo diafragma é convexo e forma o assoalho da cavidade torácica. Ele é perfurado por vasos e estruturas que passam através do músculo para chegar ao abdome.

Esta secção do tórax apresenta a vista superior do músculo diafragma. O dia-fragma separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.

A parte central da superfície do dia-fragma é coberta pelo pericárdio, a mem-brana que envolve o coração.

Em ambos os lados, a face superior do músculo diafragma é coberta pela pleura diafragmática, parte da pleura parietal (a fina membrana que reveste a cavidade to-rácica). Esta é contínua ao redor da borda do músculo diafragma com a pleura cos-tal, que reveste internamente as costelas.

ABERTURASEmbora o músculo diafragma separe a

cavidade torácica da cavidade abdominal, certas estruturas passam através das aber-turas diafragmáticas. As três aberturas mais largas são:

Forame da veia cava inferior. É uma •abertura no centro tendíneo do mús-culo diafragma pela qual passa a veia cava inferior, a principal veia do abdome e dos membros inferiores. Como a abertura é no centro tendí-neo, esta não se fecha quando o dia-fragma contrai durante a respiração (incursão do músculo); na verdade a abertura dilata-se e o fluxo de sangue aumenta. A abertura também contém ramos do nervo frênico direito e va-soso linfáticos.O hiato esofágico. Este permite a •passagem do esôfago através do músculo diafragma para o estômago. A fibras musculares do pilar direito do diafragma agem como um esfínc-ter, fechando o esôfago quando o diafragma contrai durante a respira-ção. A abertura também dá passagem para o nervo vago, artérias e vasos linfáticos. Hiato aórtico. Esta passagem fica an-•tes atrás do músculo diafragma do que dentro dele. Como a aorta não perfura realmente o músculo dia-fragma, o fluxo sanguíneo dentro dele não é afetado pela contração do músculo na respiração. A aorta emerge abaixo do ligamento arque-ado mediano, na frente da coluna vertebral. Pelo hiato aórtico também passa o ducto torácico (maior vaso linfático) e a veia ázigo.

ExpiraçãoQuando o músculo

diafragma relaxa as cúpulas sobem,

diminuindo o volume do tórax, o que resulta na

saída do ar

Pleura diafragmáticaSeccionada para demonstrar o diafragma

Folheto direito do centro tendíneo Parte não muscular (fibrosa) do diafragma

Forame da veia cava Abertura à direita do centro tendíneo para passagem da veia cava inferior

Veia cava inferiorPrincipal veia do abdome e dos membros inferires

VENTRAL

EsôfagoLocalização no hiato esofágico, à

esquerda da linha média dentro do pilar direito do músculo diafragma

Nervo frênico

esquerdoVista na ilustração ao longo da borda

do pericárdio

PericárdioSaco que contém o coração

Local do hiato aórtico Não é estritamente uma passagem

para a aorta e a parte torácica, o ducto torácico e a veia ázigo ficam

à frente da coluna vertebral e atrás do músculo diafragma

POSTERIOR

O diafragma é o principal músculo da respiração. Ele trabalha em conjunto com os músculos intercostais, inspirando e expirando o ar.

Inspiração O diafragma desce

ao se contrair, aumentando o o volume do tórax,

isto resulta em ar entrando nos

pulmões

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

66

Vias respiratórias As vias respiratórias formam uma rede de tubos para que o ar chegue aos pulmões, circule

dentro deles e possa sair dos mesmos. A via respiratória brônquica divide-se repetidamente até chegar a um nível terminal, o alvéolo.

Com a respiração, o ar entra através do nariz e da boca, en-tão passa para baixo através da laringe, chegando na traqueia. O ar é conduzido para baixo pela traqueia até o peito, onde se bifurca em dois tubos me-nores, os brônquios, que con-duzem o ar para o interior dos pulmões.

Os brônquios dividem-se para formar tubos progressi-vamente menores, que alcan-çam todas as áreas do pulmão. Estes tubos terminam nos al-véolos, os quais formam a substância do pulmão. É nes-tes sacos de paredes finas que ocorre a hematose, isto é, a troca de gás com o sangue.

TRAQUEIAA traqueia estende-se

para baixo da cartilagem cri-cóidea, logo abaixo da larin-ge, no pescoço, para entrar no peito. No nível do ângulo do esterno ela termina divi-dindo-se em dois ramos, os brônquios principais direi-to e esquerdo. A traqueia é composta de tecido resisten-te fibroelástico, no qual está inserida uma série de semia-néis de cartilagem hialina. Em adultos, a traqueia tem cerca de 2,5 cm de largura, mais é muito mais estreita em crianças, com aproxima-damente a espessura de um lápis. A parte posterior da traqueia não tem cartilagem, consistindo em uma parede membranácea formada por tecido fibroso e pelo múscu-lo traqueal. Esta parede pos-terior fica em contato com o esôfago, o qual está direta-mente atrás da traqueia.

Vias aéreas

O ar inalado segue para baixo através da laringe para a traqueia. A partir desta é canalizado por duas vias, cada qual suprindo um

pulmão através de um brônquio principal.

Laringe

TraqueiaÉ o tubo que conduz o ar, resistente e flexível, com aproximadamente 12 cm de comprimento; no nível do ângulo do esterno (onde o manúbrio encontra o corpo do esterno), a traqueia divide--se em dois brônquios principais, o brônquio principal direito e o brônquio principal esquerdo

Brônquio principal direitoVerticalizado, mais largo e mais curto que o brônquio principal esquerdo, ele entra no pulmão direito através do hilo do pulmão, onde se ramifica para suprir todas as áreas do pulmão

CarinaOnde a traqueia se divide

em dois brônquios principais

Brônquio principal esquerdoMais longo e em posição mais horizontal do que o brônquio principal direito já que precisa acomodar o coração; entra no hilo do pulmão esquerdo antes de se dividir em pequenos brônquios

Cartilagem traquealBandas em forma da letra U (aberto

posteriormente) de cartilagem hialina, servem para manter a traqueia aberta

todo o tempo para passagem do ar, até mesmo quando o pescoço inclina

Cartilagem cricóideaAcima, está ligada à cartilagem

tireóidea e abaixo, à traqueia

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Bronquíolos e alvéolos Após a entrada dos brônquios principais nos pulmões eles se dividem várias vezes, formando a árvore brôn-

quica que conduz o ar para todas as regiões dos pulmões.

A primeira divisão do brônquio principal origina os brôn-quios lobares, três à direita e dois à esquerda, cada um su-prindo um lobo do pulmão. Cada um destes brônquios se di-vide dando origem a brônquios menores que ventilam cada segmento broncopulmonar independente.

ESTRUTURA BRÔNQUICAOs brônquios têm estrutura similar à da traqueia, sendo bas-

tante elásticos e flexíveis, com cartilagem em suas paredes forra-dos pelo epitélio respiratório. Há também numerosas fibras mus-culares, que permitem mudanças do diâmetro dos brônquios.

BRONQUíOLOSDentro dos seguimentos broncopulmonares os brônquios

continuam dividindo-se, talvez por até 25 vezes, antes de

chegar no alvéolo. Em cada divisão o tubo torna-se cada vez menor, embora a área total seja aumentada. Quando o diâme-tro interno do brônquio tem menos de 1 mm ele é conhecido como bronquíolo.

Os bronquíolos diferem-se dos brônquios por não pos-suirem cartilagem em suas paredes e também não haver secreção de muco. Eles têm, porém, fibras musculares nas suas paredes. As divisões seguintes levam à formação dos bronquíolos terminais, que, por sua vez, se dividem em uma série de bronquíolos respiratórios, a menor e mais es-treita passagem de ar. Os bronquíolos respiratórios rece-bem este nome por que possuem poucos alvéolos abertos diretamente sobre sua parede. A maioria dos alvéolos, po-rém, origina-se nos ductos alveolares, divisões dos bron-quíolos respiratórios.

Bronquíolos e alvéolos

Bronquíolos terminaisParte distal da árvore brônquica

Bronquíolo respiratórioTem diâmetro menor do que um milímetro (0.003); cada bronquíolo dá origem de dois a onze ductos alveolares, cada qual dando origem a cinco a seis alvéolos

Fibras elásticasPermitem a exapansão das paredes dos alvéolos quando se enchem com o ar

Abertura do ducto alveolarOnde o ducto se abre para o alvéolo

AlvéoloDe parede fina, é a estrutura

básica da troca gasosa

Músculo lisoExpansão e contração do lúmen

do bronquíolo e suporte para parede no lugar da cartilagem

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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PulmõesOs pulmões são órgãos da respiração em forma de cone, que ocupam a cavidade

torácica de cada lado do coração, com grandes vasos sanguíneos e outras estruturas do mediastino central.

O pulmão esquerdo e o pulmão direito são órgãos sepa-rados, cada qual encapsulado num saco de membranas; os sacos pleurais direito e esquerdo. Cada pulmão está livre no interior da cavidade torácica, ligado ao mediastino apenas por uma raiz formada pelos brônquios principais e grandes vasos sanguíneos.

O tecido pulmonar é mole, esponjoso e tem grande elas-ticidade. Em crianças, os pulmões têm cor rosada, mas eles usualmente se tornam escuros ao longo da vida por serem expostos à poluição, levada para dentro pelas células de de-fesa da via aérea.

Cada pulmão tem:Um ápice, que se projeta para cima até a base do pesco-•ço, atrás da clavícula

Uma base de superfície côncava, a qual descansa sobre •a face superior do músculo diafragmaUma face mediastinal côncava, onde se encontram vá-•rias estruturas do mediastino

LOBOS E FISSURASOs pulmões divididem-se em seções conhecidas como

lobos, delimitados por fissuras profundas. O pulmão direito tem três lobos enquanto o pulmão esquerdo, que é ligeira-mente menor (devido à posição do coração), tem dois lobos. Cada lobo é independente do outro, recebendo ar via seus próprios brônquios lobares e sangue das artérias lobares.

As fissuras são profundas estendendo-se diretamente através da estrutura do pulmão e sendo limitadas pela pleura pulmonar.

O pulmão direito tem três lobos, enquanto o esquerdo possui somente dois, devido ao fato de acomodar o coração.

Vista anterior dos pulmõesPulmão direito Pulmão esquerdo

LOBO SUPERIOR

LOBO SUPERIOR

LOBO MÉDIO

LOBO INFERIOR LOBO INFERIOR

Fissura horizontal do pulmão direito Localizada na parte da frente do pulmão, atrás da quarta cartilagem costal; estende-se para trás através do tecido pulmonar até encontrar a fissura oblíqua

Fissura oblíqua do pulmão direitoFica entre o lobo médio e o inferior do pulmão direito Incisura

cardíacaCorte no pulmão

esquerdo, onde se acomoda o coração

Fissura oblíqua do pulmão

esquerdoSegue para baixo e para

adiante através do tecido do pulmão a partir de 6 cm posteriormente

abaixo do ápice

Hilo do pulmãoÁrea no centro da face interna do

pulmão, onde as estruturas que formam a raiz entram e saem do pulmão

Traqueia Bifurca-se em dois brônquios

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A pleuraOs pulmões são envoltos por uma fina membrana conhecida como pleura. A pleura envolve externamente o

pulmão e a face interna da cavidade torácica.

A pleura que envolve o pulmão é chamada de pleura vis-ceral, enquanto a pleura que reveste a cavidade torácica é chamada de pleura parietal.

PLEURA VISCERALEsta membrana fina cobre as faces pulmonares, mergu-

lhando nas fissuras entre os lobos do pulmão.

PLEURA PARIETALEsta membrana é contínua com a pleura visceral no hilo

do pulmão. Neste ponto, a membrana reflete para trás e reves-te toda a superfície interna da cavidade torácica.

A pleura parietal é uma membrana contínua dividida em áreas denominadas conforme a superfície que cobre:

Pleura costal — reveste a parede interna das costelas, a •parte de trás do esterno e a lateral dos corpos das vérte-bras da colunaPleura mediastinal — reveste o mediastino, a área cen-•tral da cavidade torácicaPleura diafragmática — reveste a face superior do mús-•culo diafragma, exceto a parte coberta pelo pericárdio.Pleura cervical — reveste o ápice do pulmão que se pro-•jeta sobre a base do pescoço

A pleura fornece uma superfície macia e escorregadia ao pulmão, permitindo que este deslize facilmente na cavidade torácica durante a respiração.

Posição do pulmão e da pleura

TraqueiaBifurca-se nos dois brônquios principais

no ângulo do esterno

Esterno

Pleura parietalFica sobre uma lâmina de tecido conjuntivo

frouxo, que permite que seja removida da parede torácica e do músculo diafragma se

necessário durante cirurgia

Ângulo esternalUnião entre o manúbrio e o corpo do esterno

Pleura visceral Fixada diretamente no tecido pulmonar, não pode ser removida

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ATLAS DESCRITIVO DO CORPO HUMANO

70

Vasos dos pulmõesA principal função dos pulmões é a oxigenação do sangue (hematose) utilizado pelos teci-

dos corporais e a remoção do acúmulo de dióxido de carbono (CO2) do sangue. Isto é feito via circulação pulmonar.

O sangue do corpo retorna para o átrio direito do coração e de lá vai diretamente para os pulmões via artérias pulmo-nares para ser oxigenado. Depois, retorna para o lado es-querdo do coração através das veias pulmonares. O sangue rico em oxigênio é então bombeado para todo o corpo. Cole-tivamente, as artérias, veias e seus ramos são chamados de circulação pulmonar.

VEIAS PULMONARESUma artéria calibrosa conhecida como tronco pulmonar

origina-se no ventrículo direito do coração e conduz san-gue vermelho escuro, rico em gás carbônico do corpo para os pulmões.

O tronco pulmonar bifurca-se em dois ramos menores, a artéria pulmonar direita e a artéria pulmonar esquerda, que seguem horizontalmente para entrar nos pulmões através do hilo do pulmão ao longo do brônquio principal. Dentro dos pulmões elas se ramifi cam apara irrigar o lobo de seu respectivo pulmão; dois à esquerda e três à direita. As ar-térias lobares ramifi cam-se ainda mais, originando artérias segmentares, que irrigam o segmento broncopulmonar (uni-dades estruturais do pulmão). Cada segmento arterial forma uma rede de capilares.

O sangue oxigenado retorna para o átrio esquerdo do cora-ção através de um sistema de veias pulmonares que seguem ao longo das artérias.

Os vasos sanguíneos pulmonares (artéria e veias) expandem-se juntos através do tecido pulmonar. Eles se encontram no leito capilar, onde ocorre a troca gasosa.

Artéria lobarAcompanha a veia lobar e irriga um lobo

Veias pulmonaresEstes quatro principais vasos conduzem o sangue rico em oxigênio e desembocam no átrio esquerdo do coração separadamente

Tronco pulmonarConduz sangue rico em gás

carbômico do ventrículo direito para os pulmões; ramifi ca-se em

em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda

Plexo venoso pulmonarConduz sangue oxigenado dos pulmões

para o átrio esquerdo do coração; as veias tributárias unem-se para formar as quatro veias pulmonares, as quais

drenam o átrio esquerdo

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Veia braquiocefálica Tributária da veia subclávia esquerda

Vasos linfáticos do pulmãoA drenagem linfática dos pulmões origina-se em duas principais redes ou plexos: o plexo superficial (sub-

pleural) e o plexo linfático profundo, os quais se comunicam livremente entre si.

A linfa é um fluido coletado do espaço entre as células e conduzido pelos vasos linfáticos de volta à circulação ve-nosa. No seu caminho, a linfa deve passar por uma série de linfonodos, que agem como filtros para remover matéria em partículas e quaisquer micro-organismos invasores.

PLEXO SUPERFICIALEsta rede fina de vasos linfáticos estende-se sobre toda a

superfície do pulmão, logo abaixo a pleura visceral (cobrindo os pulmões). O plexo superficial drena a linfa do pulmão em direção aos brônquios e à traqueia, onde são encontrados os principais grupos de linfonodos. A linfa do plexo superficial chega primeiro no grupo broncopulmonar de linfonodos, que estão localizados no hilo do pulmão.

PLEXO PROFUNDOOs vasos linfáticos do plexo profundo originam-se no te-

cido conjuntivo ao redor dos bronquíolos e brônquios (os al-

véolos não têm vasos linfáticos). Também há pequenos vasos linfáticos revestindo a via aéria maiores. Estes vasos linfáti-cos retornam ao longo do caminho dos brônquios e dos vasos sanguíneos pulmonares, passando, no interior do pulmão, através dos linfonodos intrapulmonares. Os vasos destes lin-fonodos drenam em direção ao hilo pulmonar para dentro do linfonodo broncopulmonar. O linfonodo broncopulmonar no hilo do pulmão, consequentemente, recebe a linfa de ambos os plexos linfáticos, o superficial e o profundo.

OS LINFONODOSA linfa do linfonodo broncopulmonar é drenada para o

linfonodo traqueobronqueal (carina). Deste ponto, a lin-fa passa através do linfonodo paratraqueal, localizado ao longo da traqueia, para o par de tronco linfático bronquio-mediastinal, que conduz a linfa para o sistema venoso no pescoço.

TraqueiaPassagem a de ar através da qual o ar move-se entre a atmosfera e os pulmões via boca e nariz

Tronco linfático subclávio direito Drena a linfa dos membros superiores e une-se às veias que drenam o pulmão esquerdo

Fissura interlobarSepara os lobos adjacentes do pulmão

Vasos linfáticos profundosDrena a linfa de dentro da substância do pulmão

Linfonodo intrapulmonar Filtra a linfa nos vasos dos plexos linfáticos profundos

Linfonodo traqueobronquial

inferior (carina)Drena a linfa dos linfonodos

do hilo do pulmão

Linfonodos broncopulmonares

Linfonodos no hilo do pulmão

Linfonodo paratraquealDrena a linfa do pulmão via linfonodos

da carina e do hilo do pulmão

Duto torácicoDrena a linfa do lado esquerdo do

tórax e da maior parte do corpo abaixo do diafragma para a origem da veia

braquiocefálica esquerda

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O coraçãoO coração adulto é aproximadamente do tamanho de um punho cerrado, localizando-se den-

tro do mediastino, na cavidade torácica. Ele encontra-se sobre o centro tendíneo do músculo diafragma entre os pulmões.

O coração é envolvido e protegido por um saco membra-náceo de tecido conjuntivo chamado pericárdio. O coração é um órgão oco composto na sua maior parte por tecido mus-cular estriado cardíaco. O peso típico de um coração normal situa-se, aproximadamente, entre 250 e 350 gramas. Mesmo assim, tem uma incrível força e resistência, batendo mais de 70 vezes por minuto para bombear sangue pelo corpo.

FACES DO CORAÇÃOCom formato aproximado de pirâmide, o coração tem uma

base, um ápice e três faces:A base do coração fica na parte posterior e é formada •principalmente pelo átrio esquerdo, câmara que rece-be o sangue rico em oxigênio dos pulmões.

A face inferior ou diafragmática fica no lado oculto e •é formada pelos ventrículos direito e esquerdo, sepa-rados pelo septo interventricular. O ventrículo direito e esquerdo são grandes câmaras que bombam sangue para os pulmões e para o corpo respectivamente. A face anterior ou esternocostal está localizada na •frente do coração logo atrás do esterno e das costelas e é formada principalmente pelo ventrículo direito. A face esquerda ou pulmonar é formada principal-•mente pelo grande ventrículo esquerdo, o qual está posicionado na concavidade (impressão cardíaca) do pulmão esquerdo.

Posição do coração

Veia cava superiorConduz o retorno venoso do corpo para o átrio direito

PericárdioMembrana fibrosa que forma uma camada protetora em volta do coração

Pulmão direitoRetraído para mostrar o coração

Ventrículo direito

Face diafragmática do coração

Ventrículo esquerdo

Ápice do coraçãoO ápice do coração,

com formato piramidal, aponta para baixo e para a esquerda; é formado pelo

ventrículo esquerdo

Pulmão esquerdoRetraído para trás para mostrar o

pulmão

Arco da aortaOrigina-se no ventrículo esquerdo do coração;

leva sangue rico em oxigênio para o corpo

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O pericárdioO coração é envolto e protegido por um saco de paredes triplas de tecido conjuntivo chamado pericárdio. Este

é composto por duas partes, o pericárdio fibroso e o pericárdio seroso.

PERICÁRDIO FIBROSOForma a parte externa do saco que envolve o coração e é

composto por resistente tecido conjuntivo fibroso. Ele tem três funções principais:

Proteção. O pericárdio fibroso é forte o suficiente para •promover proteção contra traumas para uma estrutura tão vital como é o coração.Fixação. Há fixação fibrosa entre esta parte do pericár-•dio e o esterno e o músculo diafragma. Além disso, o pe-ricárdio fibroso funde-se com as longas paredes dos va-sos que passam através dele para o coração. Esta fixação ajuda a ancorar o coração às estruturas ao seu redor. Prevenção da dilatação do coração. Como o pericárdio fi-•broso não é elástico, ele não permite que o coração dilate com o sangue além de um certo limite de segurança.

PERICÁRDIO SEROSOO pericárdio seroso envolve o coração da mesma maneira

que a pleura faz com o pulmão. Esta parte do pericárdio é

uma fina membrana que tem duas partes contínuas uma com a outra, a lâmina visceral e a lâmina parietal.

O pericárdio parietal reveste a face interna do pericárdio fibroso e reflete para as faces do coração na raiz dos grandes vasos para formar o pericárdio visceral.

Entre as duas lâminas de pericárdio seroso localiza-se a cavidade pericárdica preenchida por uma pequena quanti-dade de líquido pericárdico. A presença desta fina camada de fluido, com o aspecto escorregadio das camadas do pe-ricárdio seroso, permite o livre movimento das câmaras do coração dentro do pericárdio quando o coração bate. Se a cavidade pericárdica for preenchida com uma grande quanti-dade anormal de fluido, como pode ocorrer em infecções ou inflamações, o coração fica comprimido no interior do peri-cárdio fibroso e torna-se incapaz de funcionar corretamente. Em casos extremos, isto é conhecido como tamponamento cardíaco e há risco de vida.

Pericárdio sem o coração

Bifurcação do tronco pulmonarOnde o tronco se separa para carregar sangue sem oxigênio para os pulmões

Veia cava superiorChega ao átrio direito

Veias pulmonares direitasDrenam sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo

Veia cava inferiorRecebe sangue das veias ilíacas comuns e o entrega no átrio direito

Pericárdio fibrosoA camada exterior dura do pericárdio

que se funde com o diafragma

Pericárdio serosoPossui duas camadas delicadas:

a visceral, que reveste o músculo cardíaco, e a parietal, que reveste o

lado interno do pericárdio fibroso

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Câmaras do coraçãoO coração é dividido em quatro câmaras: dois átrios com paredes finas, que recebem o san-

gue venoso, e dois grandes ventrículos de paredes espessas, que bombeiam sangue para todo sistema arterial.

O coração divide-se em dois lados, esquerdo e direito, cada um com um átrio e um ventrículo.

OS VENTRíCULOSOs dois ventrículos constituem a maior parte do músculo do

coração, sendo o esquerdo maior e mais forte que o direito. O ven-trículo direito está localizado ventralmente, formando grande par-te da superfície frontal do coração, enquanto o esquerdo fica atrás e abaixo, compreendendo grande parte da superfície inferior. O ápice do coração é formado pela ponta do ventrículo esquerdo.

O ventrículo direito recebe sangue do átrio direito, sendo evitado o refluxo do sangue pela valva atrioventricular di-reita. O sangue é então bombeado pela contração do mús-culo ventricular para cima através da valva pulmonar para o tronco pulmonar e, dele, para os pulmões. O ventrículo esquerdo recebe o sangue do átrio esquerdo através do orifício atrioventricular esquerdo, que suporta a valva atrioventricu-lar esquerda. A força das contrações do ventrículo esquerdo então bombeia o sangue através da valva aórtica para a aorta, a principal artéria do corpo.

Esta ilustração apresenta as estruturas internas do coração quando aberto ao longo do nível de conexão entre a raiz da aorta e o ápice do coração.

Átrio esquerdoRecebe sangue oxigenado das veias pulmonares

Valva da aortaAtravés da qual o sangue é bombeado do ventrículo esquerdo para a aorta

Veia cava superior (VCS)Drena o sangue da cabeça, pescoço e parte superior do corpo para o átrio direito

Veia pulmonarUma das quatro veias que drenam o sangue dos pulmões para o átrio esquerdo

Átrio direito Recebe o sangue rico em gás carbônico da veia cava superior e veia cava inferior

Valva atrioventricular direita Previne o refluxo de sangue do ventrículo direito para o átrio direito

Veia cava inferior (VCI)Drena o sangue da parte inferior do corpo para o átrio direito

Ventrículo direitoRecebe sangue do átrio direito

Ventrículo esquerdoRecebe sangue do átrio esquerdo

Ápice do coraçãoPonta do ventrículo esquerdo

Cordas tendíneas Fixa as abas da valva ao músculo

papilar na parede ventricular

Septo interventricularPartição entre os ventrículos; na maior

parte, é de músculo potente, mas é fino e membranoso na parte superior

Valva atrioventricular

esquerda Previne o refluxo do

sangue do ventrículo esquerdo para o átrio

esquerdo

Cone arteriosoParede lisa na saída do ventrículo

direito para a valva pulmonar na raiz do tronco pulmonar

Artéria pulmonarConduz sangue rico em gás carbônico do ventrículo direito para os pulmões

via o tronco pulmonar

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tórAx Os átrios

Os átrios são as duas câmaras menores e de paredes finas do coração. Eles estão situados sobre os ventrículos, separados pelas valvas atrioventriculares.

Todo o sangue venoso do corpo é direcionado para o átrio direito do coração por duas grandes veias, a veia cava superior e a veia cava infe-rior. O seio coronário, a veia que co-leta o sangue venoso dos tecidos do coração, também drena para o átrio direito.

O seu interior tem a parte poste-rior de parede lisa e a anterior uma parede rugosa. Estas duas áreas estão separadas por uma chanfradura co-nhecida como crista terminal.

A parede anterior rugosa é mais espessa que a posterior, sendo com-posta pelos músculos pectíneos, os quais dão aspecto de pente à parede interior. A fossa oval é uma depressão na parede adjacente ao átrio esquerdo (septo interatrial). Os músculos pec-tíneos expandem-se até a aurícula do átrio direito, uma projeção da câmara atrial. Esta projeção do átrio fica em volta da principal artéria do coração, a aorta, e age aumentando a capaci-dade do átrio direito.

ABERTURAS NO ÁTRIO DIREITOA veia cava superior (VCS), que

recebe sangue da metade superior do corpo, desemboca na parte superior da área lisa do átrio direito. A veia cava inferior (VCI), que recebe sangue da parte inferior do corpo, desembo-ca na parte inferir do átrio direito. A VCS não tem valva para prevenir o refluxo sanguíneo. A VCI tem uma valva rudimentar e pouco funcional. A abertura do seio coronário fica en-tre a abertura da veia cava inferior e a abertura que permite a passagem de sangue para o ventrículo direito (o óstio atrioventricular direito).

O ÁTRIO ESQUERDOO átrio esquerdo é menor que o

átrio direito e forma a principal par-te da base do coração. Tem formato aproximadamente cuboide e possui paredes lisas, exceto no revestimen-to da aurícula esquerda, que é áspera em função da elevações do múscu-lo. As quatro veias pulmonares, que conduzem sangue rico em oxigênio de volta aos pulmões, desembocam na parede posterior do átrio esquer-do. Não há valvas nestes orifícios. No septo interatrial, localiza-se a fossa oval no lado direito.

O átrio direito do coração recebe sangue venoso das veias cava superior e inferior. O sangue é então

bombeado para o ventrículo direito.

Átrio direito do coração

Veia cava superiorDrena o sangue da cabeça, pescoço

e parte superior do corpo de volta para o coração átrio direito e parte

superior do corpo

Vasos pulmonares

Artérias e veias que viajam para e

dos pulmões

Veia cava inferior (VCI)Drena o retorno sanguíneo de abdome, pelve e membros inferiores de volta para o coração

Óstio do seio coronário Curto tronco venoso pelo qual retorna o

sangue das veias cardíacas para o coração

Fossa ovalRemanescente do forame oval fetal:

uma abertura entre os átrios direito e esquerdo que se fecha após

o nascimento

Aurícula direitaDe formato cônico,

é a projeção muscular do átrio direito

Crista terminalUma chanfradura rasa e vertical que separa a

parte áspera e a parte lisa do átrio

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

76

Clavícula (colar ósseo)Parte do colar ósseo peitoral;

articula-se com a escápula na articulação acromioclavicular

Articulação do ombro

A articulação do ombro é do tipo esferoide no ponto de junção entre o úmero e a escápula. Esta articulação pos-sibilita a grande amplitude de movimento do braço.

A articulação do ombro é o ponto de união entre a cavi-dade glenoide da escápula e a cabeça do úmero. É uma arti-culação esferoide sinovial, que permite grande amplitude de movimento para o membro superior.

SUPERFíCIE ARTICULARPermite uma ampla amplitude de movimento, a cabeça do

úmero fornece uma grande superfície articular. A cavidade gle-noide da escápula, aprofundada por um resistente anel de fibro-cartilagem (lábio glenoidal), oferece um encaixe apenas raso. O formato resultante é tão raso que a articulação precisa ser sus-tentada firmemente pelos músculos e ligamentos circundantes.

Uma fina camada de lisa cartilagem articular (hialina) per-mite que os ossos escorreguem uns sobre os outros com mí-nima fricção.

CÁPSULA ARTICULARA articulação do ombro é envolvida por uma cápsula de

tecido fibroso. Esta é revestida por membrana sinovial, que cobre toda a face interna da articulação, exceto a cartilagem das superfícies articulares.

As células desta membrana sinovial secretam o líqui-do sinovial, um fluido viscoso que lubrifica e nutre a articulação.

Vista anterior da articulação do ombro

Processo coracoideLocal de inserção de ligamentos que

estabilizam o ombroAcrômioProjeção óssea da escápula

Cabeço do úmeroArticula-se com a cavidade glenoide

Colo anatômico do úmeroTecido fibroso da cápsula da articulação insere-se ao colo anatômico do úmero

ÚmeroLongo osso do braço, que se articula com o rádio e a ulna, no cotovelo, e com a escápula, na articulação do ombro

Cavidade glenoide da escápula

O soquete da articulação do ombro

Ângulo inferior da escápula

Margem inferior da escápula

Fossa subescapularLocal de inserção para o

músculo subescapular

Escápula (osso do ombro)

Osso triangular chato localizado no torso

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membros superiores

77

Ligamentos da articulação do ombro

Os ligamentos da articulação do ombro, com os músculos circundantes, são cruciais para a estabilidade desta articulação esferoide.

Os ligamentos ao redor de qualquer articulação contri-buem para a sua estabilidade, segurando firmemente os os-sos. Na articulação do ombro, os principais estabilizadores são os músculos ao redor da articulação, mas os ligamentos também contribuem.

ESTABILIZAÇÃO DOS LIGAMENTOSA cápsula fibrosa da articulação tem ligamentos capsula-

res, que ajudam a fortalecer a articulação:Os ligamentos glenoumerais são três bandas fracas e fi-•brosas, as quais reforçam a cápsula anteriormente.

O ligamento coracoumeral é uma banda resistente e larga •que fortalece a parte superior da cápsula. Embora não seja parte de fato da articulação do ombro, o ligamen-to coracoacromial é importante por perpassar a lacuna entre entre o osso acrômio e o processo coracoide da es-cápula. O arco de osso e ligamento é tão forte que mesmo se o úmero for violentamente puxado para cima, ele não quebrará; a clavícula ou o úmero irão ceder antes.O ligamento transverso do úmero segue do tubérculo maior •ao tubérculo menor do úmero, criando um túnel para a pas-sagem do tendão do músculo bíceps braquial e sua bainha.

Vista anterior da articulação do ombro, ilustrando os ligamentos que reforçam a articulação e a posição da bolsa subacromial.

Ligamento coracoacromialFortalece a parte superior da cápsula da articulação

Acrômio (seccionado)Articula-se com a extremidade acromial da clavícula

Bolsa subacromialBolsa que contém líquido sinovial, o qual elimina atritos onde o tendão coracoacromial cobre a articulação

Músculo deltoideLocalizado sobre a articulação do ombro

Tendão do músculo subescapular seccionadoInsere-se no músculo subescapular

ÚmeroOsso longo do braço; articula-se com a cavidade glenoide da escápula na articulação do ombro

Cápsula articularA articulação é envolta por uma cápsula frouxa de tecido fibroso, que se insere na extremidade da cavidade glenoide e ao colo anatômico do úmero

Escápula (osso laminar

do ombro)Osso laminar que se localiza contra a parede posterior do tórax e, com

a clavícula, forma o cíngulo do membro superior

ClavículaColar ósseo; parte

do cinturão peitoral

Processo coracoide

Processo da escápula; local de inserção de músculos

e ligamentosLigamento coracoclavicularFica entre a clavícula e o processo coracoide

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

78

Músculo pronador redondoFraco flexor do cotovelo

Movimentos da articulação do ombroA articulação do ombro é uma articulação esferoide (bola e soquete), que permite 360 graus

de movimento para dar a máxima flexibilidade. Além disso, para possibilitar este movimento, os músculos do cíngulo do membro superior aumentam a estabilidade.

Os movimentos da articulação do ombro são realizados em três eixos: o eixo horizontal através do centro da fossa glenoide; o eixo perpendicular através da cabeça do úmero; e um terceiro eixo vertical através do corpo do úmero. Estes fornecem os eixos de flexão e extensão, adução (movimento em direção ao corpo) e abdução (movimento para longe do corpo) e rotação interna e rotação externa. A combinação des-tes movimentos permite um movimento circular do membro denominado circundução.

MÚSCULOS DO OMBROMuitos dos músculos envolvidos nestes movimentos estão

inseridos no cíngulo do membro superior (clavícula e escápu-la). A escápula tem músculos inseridos na sua face anterior e posterior e no processo coracoide, uma projeção óssea.

Alguns músculos originam-se diretamente do tronco (múscu-lo peitoral maior e músculo latíssimo do dorso). Outros múscu-los influenciam o movimento do úmero, ainda que não tenham inserção diretamente nele (tais como o trapézio). Eles fazem isto movendo a escápula e, portanto, a articulação do ombro.

A inserção de vários músculos flexores importantes pode ser melhor visualizada com a secção e o

rebatimento do músculo deltoide.

Vista anterior dos músculos do ombro

AcrômioPonto de inserção do músculo deltoide

Músculo deltoide (seccionado)Forte flexor do braço. Fibras especializadas deste músculo agem aduzindo, girando, flexionando ou estendendo o braço

Músculo peitoral maior (seccionado) Importante músculo da flexão e adução do braço

Músculo bíceps braquial (cabeça curta)Flexor fraco do braço na articulação do ombro; ajuda na flexão

Nervo mediano (seccionado)Inerva muitos dos músculos do antebraço

Músculo braquiorradialAjuda a flexionar o antebraço, especialmente já parcialmente flexionado

Processo coracoideProjeção óssea da escápula, que serve

para inserção dos flexores

Músculo subescapularEstabiliza a articulação do ombro e faz

a rotação do úmero

Músculo coracobraquialFraco músculo flexor do braço

Músculo redondo maiorPoderoso músculo extensor do braço

Músculo latíssimo do dorsoMúsculo extensor do braço; também

ajuda na adução do braço

Artéria braquial (seccionada)Principal artéria do braço

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membros superiores

79

O manguito rotador e a rotação do braçoOs músculos do manguito rotador incluem subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor.

Estes músculos atuam fortalecendo e aumentando a estabilidade da articulação do ombro. Eles também atuam individualmente movimentando o braço.

O músculo peitoral maior, fibras anteriores do músculo deltoide, músculo redondo maior e o músculo latíssimo do dorso também promovem a rotação medial do úmero.

MANGUITO ROTADORO mais potente rotador medial é o músculo subescapular.

Este músculo ocupa toda a face anterior da escápula e insere--se na cápsula em torno do tubérculo menor do úmero.

O músculo subescapular é um dos quatro músculos cur-tos do chamado manguito rotador, o qual se insere e dá re-forço à cápusla articular. Além disso, eles puxam o úmero para dentro da cavidade glenoide (soquete da articulação),

aumentando o contato dos elementos ósseos. Este é o mais importante fator que contribui para a estabilidade da arti-culação glenoumeral. Os outros músculos do grupo são o supraespinhal, o infraespinhal e o redondo menor. Estes três músculos inserem-se nas três faces do tubérculo maior do úmero. O músculo infraespinhal e o músculo redondo menor são rotadores laterais da articulação do ombro, com as fibras posteriores do músculo deltoide.

A lesão do manguito rotador é desabilitadora, porque se perde a estabilidade do úmero na articulação. Os outros músculos do braço perdem a habilidade para movimentar o úmero correta-mente, podendo resultar na luxação da articulação.

Os músculos do manguito rotador e os músculos circundantes que agem movimentando o ombro e braço são visualizados na vista frontal (esquerda) e na vista dorsal (direita).

Vista posterior dos músculos que movimentam o ombro

Vista anterior dos músculos que movimentam o ombro

Clavícula Colar ósseo

Processo coracoidePonto de fixação para músculos

Músculo deltoide (seccionado)Principal músculo da abdução, também realiza flexão do braço

Músculo subescapularMúsculo do manguito rotador, mantém o úmero na cavidade glenoide

Músculo peitoral maior (seccionado)Atua flexionando o braço e na adução do braço contra resistência

Músculo coracobraquialPromove a flexão e adução o braço

Músculo peitoral menorMove a escápula para a frente e para baixo

Músculo latíssimo do dorsoImportante adutor e extensor do braço; utilizado em movimentos como martelar e nadar

OlécranoO tendão do tríceps insere-se no olécrano

ÚmeroOsso do braço

Músculo tríceps do braço

Extensor do antebraço e estabilizador da articulação do

ombro

Músculo redondo maior

Faz a rotação e extensão medialmente do úmero

Músculo redondo menor

Músculo do manguito rotador; ação de rotação lateral do braço

Músculo infraespinhalMúsculo do manguito rotador;

mantém o úmero na cavidade glenoide

Tubérculo maior do úmero

Ponto de inserção do músculo infraespinhal

Espinha da escápula

Crista óssea na face externa da escápula

Músculo supraespinhalMúsculo do manguito rotador; estabiliza a articulação do ombro

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

80

Artéria axilarContinuação da artéria subclávia, que, após deixar a axila, torna-se

artéria braquial

Os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos que suprem o membro superior passam todos através da axila. As estrutu-ras são envolvidas por tecido conjuntivo adiposo, que ocupa o espaço da axila.

A ARTÉRIA AXILARA artéria axilar e seus ramos irrigam com sangue oxigenado

o membro superior. Ao passar através da axila, esta artéria emite vários ramos, que irrigam as regiões do ombro e peitoral.

A VEIA AXILARA veia axilar segue através da axila no lado medial da

artéria axilar. O padrão de drenagem e das veias é variá-

vel, mas a veia axilar, em geral, recebe sangue das veias tributárias que correspondem como os ramos da artéria axilar.

NERVOS NA AXILAOs nervos que passam pela axila fazem parte de uma com-

plexa rede conhecida como plexo braquial.

VASOS LINFÁTICOSNo interior do tecido adiposo da axila, há uma série de

grupos de linfonodos, que estão conectados a vasos linfáticos. Os linfonodos estão espalhados no tecido adiposo da axila.

AxilaA axila é um espaço aproximadamente piramidal, região onde o membro superior se articula

com o tórax. Ela contém uma série de estruturas importantes, tais como vasos sanguíneos e nervos passando para o membro superior e vindo deste.

Vista anterior do ombro apresentando as estruturas da axila

A axila é um importante local de intersecção para a maioria das estruturas que suprem o membro superior, contendo uma densa rede de vasos sanguíneos, vasos lin-fáticos e nervos.

Veia axilarFormada pela união das veias braquial e basílica: ao deixar no ápice da axila, a veia auxiliar passa a ser chamada de veia subclávia

Nervo medianoUm dos nervos que se ramificam do plexo braquial — uma rede de nervos ao redor da axila, que segue ao longo da artéria axilar

Artéria subescapularO maior ramo da artéria axilar; segue para baixo sobre a borda do músculo subescapular

Artéria torácica lateralSegue ao longo da borda inferior do músculo

peitoral menor e emite ramos que irrigam a parte lateral da mama

LinfonodosA linfa é coletada do membro

superior, da parede torácica e do peito e passa por estes linfonodos

para ser filtrada

Artéria torácica superiorSegue para baixo para irrigar

os músculos nos dois primeiros espaços intercostais e o músculo

serrátil anterior

Artéria toracoacromialDivide-se em quatro ramos para irrigar o

músculo peitoral e a região do ombro

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membros superiores

81

A fáscia claviopeitoral

A fáscia é uma bainha resistente de tecido conjuntivo, que está fixada pela sua borda superior ao processo coracoide da escápula e clavícula.

A forma da axila varia de acordo com a posição do braço. Quando o braço está levantado, a axila forma uma pirâmide de base larga e, quando o braço está abaixado, ela forma um espaço estreito e comprimido.

Vista anterior da axila demonstrando a fáscia claviopeitoralA fáscia claviopeitoral desce para recobrir o mús-culo subclávio e o múscu-lo peitoral menor e então se liga à fáscia da axila, na base da axila.

A parte da fáscia cla-viopeitoral que fica sobre o músculo peitoral menor é conhecida como mem-brana costocoracoide e é perfurada pelo nervo que inerva o músculo peitoral menor.

Abaixo do músculo pei-toral menor, a fáscia torna--se o ligamento suspensor da axila, que se fixa à pele da axila e é responsável pelo levantamento desta pele quando o braço é ele-vado.

A fáscia claviopeitoral é contínua com a fáscia bra-quial, que envolve o braço como uma manga.

A fáscia é perfurada por uma série de veias, artérias e nervos: a veia cefálica, a artéria toracoacromial (ramo da artéria axilar) e o nervo peitoral lateral.

Limites da axila

A fáscia claviopeitoral protege os conteúdos da axila, preenchendo a lacuna entre a clavícula e o músculo peitoral menor.

Artéria toracoacromialPerfura a fáscia e divide-se em seus ramos terminais

Veia cefálicaPerfura a fáscia para unir-se à veia axilar

Ligamento suspensor da axilaMargem inferior da fáscia, que levanta a pele da axila

Fáscia claviopeitoralParte da fáscia que envolve o músculo peitoral menor

Parede lateralParede mais estreita do que as outras da axila, fazendo a axila parecer triangular em vez de quadrada numa secção transversal

BaseFormada pela pele da axila e fica abaixo da fáscia

ÁpiceVasos sanguíneos e nervos que

suprem o membro superior entram na axila através deste espaço

Parede medialNeste ponto a parede do tórax

consiste nas quatro ou cinco costelas superiores, seu músculo

intercostal correspondente e o músculo serrátil anterior

Parede posteriorFormada de músculos ao

longo de sua extensão

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

82

Tuberosidade maiorLocal para inserção muscular

No topo do úmero (extremidade proximal) fica a lisa e hemisférica cabeça que se encaixa na cavidade glenoide da escápula, na articulação do ombro. Atrás da cabeça há uma rasa constrição conhecida como colo anatômico do úmero, que separa a cabeça de duas proeminências ósseas, o tubérculo maior e o tubérculo menor. Estes são locais de inserção muscular e são separados pelo sulco intertubercular.

O CORPONa extremidade superior do corpo, fica o ligeiramente es-

treito colo cirúrgico do úmero, local comum de fraturas. Re-

lativamente liso, o corpo do úmero tem duas características distintas. Em cerca de metade do caminho para baixo na late-ral do corpo há uma dilatação, a tuberosidade deltoide, ponto de inserção para o músculo deltoideo. A segunda caracterís-tica é o sulco radial (ou espiral), que segue posteriormente na parte média do corpo. Este sulco marca a passagem do nervo radial e da artéria profunda do braço.

Proeminências em cada lado da parte inferior do corpo seguem até a extremidade nos epicôndilos medial e lateral. Há duas partes principais na superfície articular: a tróclea do úmero, que se articula com a ulna; e o capítulo do úmero, que se articula com o rádio.

As estruturas do úmeroO úmero, um típico osso longo, encontra-se no membro superior. Ele tem um longo corpo

com extremidades expandidas que se articulam com a escápula, na articulação do ombro, e com o rádio e a ulna, no cotovelo.

Vista anterior do úmeroVista dorsal do úmero

Cabeça do úmeroArticula-se com a cavidade glenoide da escápula na articulação do ombro

Colo anatômicoMarca o local da remanescência da placa de crescimento (disco epifisário), a partir da qual o osso cresce em comprimento durante a fase de crescimento

CorpoParte longa e lisa do osso

Sulco do nervo radialSegue numa inclinação através da parte posterior do corpo a partir da sua metade

Colo cirúrgico do úmero

Secção estreita; local comum de fraturas

Tróclea do úmeroTem formato de polia; articula-se com a ulna

Epicôndilo medialProeminência óssea medial; mais proeminente do que o lateral

Epicôndilo lateralProeminência óssea lateral

Tróclea do úmeroTem formato de polia; articula-se com a ulna Epicôndilo medial

Proeminência óssea que pode ser sentida na curva do cotovelo

Capítulo do rádioCorpo em forma de bola onde o rádio se articula

Tuberosidade deltóidea do úmero

Dilatação óssea; ponto de inserção do músculo deltoide

Sulco intertubercular Passagem para o tendão da cabeça

longa do bíceps do braço

Colo anatômico

Tuberosidade menorPonto de inserção muscular

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membros superiores

83

Cartilagem articularRecobre a epífise do osso na articulação com a ulna e o rádio

Estruturas internas do úmeroA estrutura do úmero é típica de um osso longo. O osso é dividido em diáfises (corpo) e epífises (cabeça) em

cada extremidade.

Os ossos longos têm formato alongado, com comprimento maior do que a largura. Muitos dos ossos dos membros são lon-gos, até mesmo os pequenos ossos dos dedos, e como tais eles têm muitas caracetrísticas em comum com o úmero. O úmero consiste de uma diáfise ou corpo, com uma epífises (cabeça ex-pandida) em cada extremidade. A diáfise é uma estrutura tubu-lar com parede espessa e densa envolvendo a medula óssea, que contém células adiposas. As epífises do úmero são, na extremi-dade superior, a cabeça e, na extremidade inferior, a região do côndilo. Estas extremidades são compostas de uma camada fina de osso compacto cobrindo o osso esponjoso, o qual constitui a maior parte de seu volume.

SUPERFíCIE ÓSSEAA superfície do úmero (e todos os ossos longos) é revestida

por uma espessa membrana, o periósteo. As superfícies articulares são as únicas partes do osso não

cobertas pelo periósteo. Estas superfícies são revestidas por resistente cartilagem articular do tipo hialina, que é lisa e permite que o osso deslize sobre o outro. O osso mais externo compacto recebe seu suprimento de sangue das artérias do periósteo e sofrerá necrose se o periósteo for retirado dele, enquanto as partes internas do osso são supridas pela artéria nutrícia, que perfura o osso compacto.

Cartilagem articularCobre a superfície articular, permitindo movimentos suaves

Epífise A cabeça do úmero; contém osso esponjoso envolto

por uma fina lâmina de osso cortical

Linha epifisáriaMarca a região do disco epifisário, encontrado na fase de crescimento

DiáfiseCompreende a maior parte do comprimento

do osso e é uma construção tubular; tem uma camada externa de osso compacto ao redor da

medula óssea central e vasos

MetáfiseRegião de crescimento do osso entre a

diáfise e a epífise

Epífise Na extremidade inferior do osso; esta

região é conhecida como condilar

Osso porosoOsso interno, esponjoso e em forma de treliça, leve, mas muito resistente

Artéria nutríciaIrriga as células ósseas

VeiaDrena o sangue do osso e da medula

Osso corticalParede óssea rígida externa, constituída de colunas próximas umas das outras (canais Haversianos); vasos sanguíneos seguem através delas

PeriósteoMembrana que recobre a superfície óssea; contém vasos sanguíneos e nervos

Cavidade medularEspaço oco central entre a diáfise, cheio de medula amarela, constituída por tecido adiposo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

84

A ulna e o rádio são dois ossos longos paralelos do antebra-ço, posicionados entre o cotovelo e o punho. A ulna localiza-se no mesmo lado do dedo mínimo (medial), enquanto o rádio localiza-se no mesmo lado do polegar (lateralmente). A articu-lação rádio-ulnar permite que a ulna e o rádio rodem em torno um do outro, no movimento peculiar do antebraço chamado de pronação (rotação do antebraço de modo que a palma da mão fique voltada para baixo) e supinação (rotação do antebra-ço de modo que a palma da mão fique voltada para cima).

A ULNAA ulna é maior que o rádio e é o principal osso estabiliza-

dor do antebraço. Ela tem um longo corpo com duas extremi-dades expandidas.

A extremidade superior tem duas projeções, o olécrano e o processo coronoide, que estão separados pela incisura trocle-ar, que se articula com a tróclea do úmero.

Na margem lateral do processo coronoide, há um pequeno e arredondado recesso, a incisura radial, a qual é o local da articulação da extremidade superior da ulna com a cabeça do seu osso vizinho, o rádio. A cabeça da ulna é separada da ar-ticulação do punho por um disco articular e não tem função nesta articulação.

Ulna e rádioA ulna e o rádio são os ossos longos do antebraço. Eles articulam-se com o úmero e com os

ossos do punho e são singularmente adaptados para realizar rotação da mão e do antebraço.

Vista anterior da ulna Vista posterior da ulna

Incisura troclearArticula-se com o úmero

Ulna

Cabeça da ulnaArticula-se com o rádio e o disco articular

Corpo da ulnaA parte superior do corpo da ulna é espessa e cilíndrica; torna-se quase

triangular numa secção transversal na sua porção inferior

Margem interósseaUma extremidade cortante ao longo das

margens interósseas da ulna com o rádio, é o local de inserção da forte membrana

interóssea

Processo estiloideNo lado interno da cabeça da ulna, uma

cabeça em forma de disco com uma projeção óssea em forma de cone

Face posteriorParcialmente coberta por

músculos do antebraço

Face medial

OlécranoForma a proeminência do

cotovelo; ponto de inserção para o músculo tríceps do braço e o

músculo ancôneo Crista do músculo

supinadorPonto de inserção para o músculo

supinador

Processo coronoideÁrea triangular, articula-se com o

rádio lateralmente

Tuberosidade da ulnaPonto de inserção do músculo braquial

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membros superiores

85

O rádioO rádio é o mais curto dos dois ossos do antebraço e articula-se com o punho. Ele é firmemente fixado à ulna

através de uma resistente membrana de tecido conjuntivo.

Como a ulna, o rádio tem um longo corpo com extremida-des superior e inferior expandidas. Enquanto a ulna é o osso do antebraço, o qual contribui com o cotovelo, o rádio tem papel fundamental na articulação do punho.

CABEÇA DO RÁDIOA cabeça em forma de disco do rádio tem uma concavi-

dade superior, onde se articula com o capitulo do úmero, na articulação do cotovelo. A cartilagem que recobre esta conca-vidade continua para baixo sobre a cabeça, especialmente no lado da ulna, para permitir o deslizamento da articulação da cabeça do rádio com a incisura radial da ulna.

O CORPOO corpo do rádio torna-se progressivamente mais espesso

conforme se aproxima do punho. Ele também tem uma borda aguda para fixação da membrana interóssea. Do lado medial, próximo da ulna, há uma cocavidade (a incisura ulnar), que é local de articulação com a cabeça da ulna.

Estendendo-se do lado oposto fica o processo estiloide do rádio, um cone sem ponta que se projeta um pouco mais abai-xo do que o processo estiloide ulnar. Na parte posterior da extremidade do rádio, facilmente sentido na parte de trás do pulso, fica o tubérculo dorsal.

Vista anterior do rádio Vista posterior do rádio

TuberosidadeLocal de inserção do músculo bíceps do braço

Rádio

Margem interósseaLocal de fixação da membrana interóssea, a qual prende o rádio à ulna

Incisura ulnarLocal de articulação com a cabeça da ulna

Cabeça do rádioArticula-se com o úmero e ulna

Colo da cabeça do rádioEstreitamento abaixo da cabeça do rádio

circundado pelo ligamento anular, que fixa o rádio à ulna e permite o movimento de rotação

Tubérculo do músculo pronador redondo

Ponto de inserção do músculo pronador redondo

Corpo do rádio

Processo estiloidePode ser sentido na base do polegar

Tubérculo dorsal do rádioSulco para o tendão extensor do polegar

Borda posterior

Tuberosidade do rádioLocal de inserção do músculo

bíceps do braço

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

86

Rádio Articula-se com a ulna e úmero

CotoveloO cotovelo é a articulação do tipo sinovial onde o úmero, do braço, e a ulna e o rádio, do

antebraço, se articulam. A estrutura da articulação permite apenas os movimentos de flexão e extensão, mas é extremamente estável.

O cotovelo é uma articulação sino-vial entre a extremidade inferior do úmero e a extremidade superior da ulna e do rádio. Ela é o melhor exem-plo de articulação dobradiça, na qual os únicos movimentos permitidos são a flexão e a extensão. Sua estrutura dá à articulação grande estabilidade e, em adultos, deslocamentos raramente ocorrem.

ESTRUTURAS DO COTOVELONo cotovelo, a tróclea da extremida-

de inferior do úmero articula-se com a incisura troclear da ulna, enquanto seu hemisférico capítulo articula-se com a cabeça do rádio. Todas estas faces opostas da articulação são reves-tidas pela lisa cartilagem articular do tipo hialina, que reduz o atrito durante os movimentos.

Toda a articulação é envolta por uma cápsula articular fibrosa, que vai das faces articulares do úmero à extre-midade proximal da ulna. A cápsula articular é frouxa na parte posterior do cotovelo para permitir os movi-mento de flexão e extensão. Interna-mente a cápsula articular é revestida pela membrana sinovial, que secreta o espesso líquido sinovial na cavidade articular. Este líquido nutre a articu-lação e age como um lubrificante. A cavidade articular é contínua com a da articulação rádio-ulnar abaixo.

Epicôndilo lateral

Olécrano

Capítulo

Úmero

FlexãoFossa coronoide

Rádio

UlnaExtensão

A flexão do cotovelo é realizada pela contração dos fortes músculos anteriores do braço, tais como o músculo braquial e o músculo bíceps braquial. O movimento de flexão é com-pleto quando o antebraço se encontra junto do braço. O mo-vimento de extensão do cotovelo é principalmente realizado pela contração do músculo tríceps do braço, na parte poste-rior do braço. Em extensão completa, com o braço estendido, o olécrano da ulna encaixa-se na fossa do olécrano da extre-midade inferior na parte posterior do úmero. Este encaixe dos dois ossos evita o excesso de extensão de cotovelo e, por isso, acrescenta estabilidade.

A articulação do cotovelo permite dois movimentos angulares: flexão (fecha o ângulo) e extensão (abre o ângulo) representados na figura abaixo.

Estabilidade e movimento do cotovelo

Vista anterior do cotovelo direito

Vista posterior do cotovelo direito

Epicôndilo lateral do úmeroProjeção óssea da borda do úmero

Capítulo do úmeroArticula-se com a cabeça do rádio

Cabeça do rádioCircundada pelo ligamento anular

Rádio O rádio articula-se com a ulna e o úmero

ÚmeroOsso longo do braço

Olécrano Quando o braço está esticado, o olécrano encaixa-se organizadamente na fossa do olécrano do úmero

Epicôndilo medial do úmero

Ponto para inserção do ligamento

colateral ulnar

TrócleaProcesso em forma de polia na extremidade inferior do úmero

Processo coronoide da ulnaPonto de inserção para o ligamento

colateral da ulna e músculo braquialUlna

Osso do antebraço que se articula com o rádio e o úmero

Fossa do olécranoVazio onde o olécrano da

ulna se encaixa

Epicôndilo lateral do

úmeroPonto de origem

do ligamento radial colateral

Cabeça do rádio

Articula-se com o capítulo do rádio

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membros superiores

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Ligamentos do cotoveloO cotovelo é sustentado e fortalecido de cada lado por fortes ligamentos colaterais. Eles são espessamentos

da cápsula articular.

O ligamento colateral radial é um ligamento em forma de le-que que se origina no epicôndilo lateral — uma projeção óssea da extremidade inferior do úmero — e segue para baixo entre-laçado com o ligamento anular, que circula a cabeça do rádio. Ele não é fixo ao rádio e, portanto, não restringe os movimentos do rádio durante a pronação (quando o antebraço é rodado e a palma da mão volta-se para baixo) ou a supinação (quando o antebraço é rodado e a palma da mão volta-se para cima).

O ligamento colateral ulnar segue entre o epicôndilo me-dial do úmero e a extremidade proximal da ulna e possui três partes, que formam um triângulo áspero.

ÂNGULO DE CARREGAMENTOQuando o antebraço está completamente estendido para

frente com a palma da mão voltada para baixo, o eixo do an-tebraço não fica alinhado com o eixo do braço, mas desvia-se ligeiramente para fora, formando um ângulo lateral.

O ângulo então formado no cotovelo é conhecido como “ângulo de carregamento” e é maior nas mulheres do que nos homens (cerca de 10 graus), possivelmente para acomodar o quadril mais largo do corpo feminino. O ângulo de carrega-mento desaparece quando o antebraço é pronado.

Os ligamentos do cotovelo que fortalecem a articulação e mantêm os ossos no lugar são visualizados na vista medial com a articulação flexionada a 90 graus.

Ligamento anularContorna a cabeça do rádio e liga-se ao ligamento radial colateral na lateral do cotovelo

Tendão do músculo bíceps braquialInsere o forte músculo bíceps no rádio; ação na flexão do cotovelo

RádioArticula-se com a ulna através da forte membrana interóssea

Membrana interósseaLigamento forte que conecta o rádio à ulna

UlnaOsso do antebraço

Corda oblíquaCorre entre o rádio e a ulna

Ligamento colateral ulnarOrigem no epicôndilo medial do úmero

Bolsa subcutânea do olécrano

Localizada no tecido conjuntivo entre o olécrano da ulna e a pele no ponto do

cotovelo flexionado

Tendão do músculo tríceps braquial

Inserido ao músculo tríceps braquial, o qual age para a extensão do antebraço

Processo coronoideA parte mais resistente do

ligamento ulnar colateral segue entre o processo coronoide

e epicôndilo medial e fica tencionado quando o cotovelo

é estendido

Epicôndilo medial do úmero

Ponto onde o ligamento colateral ulnar se fixa

ÚmeroOsso longo do braço

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

88

Processo coracoideAcidente ósseo da escápula

Músculos do braçoOs músculos do braço estão divididos em dois compartimentos distintos. Os músculos do

compartimento anterior agem na flexão do braço, enquanto os do compartimento posterior agem na extensão.

Os músculos do compartimento anterior do braço são flexores:

Bíceps do braço. Este músculo origina-se de duas cabe-•ças, que, unidas, formam o corpo do músculo. A parte mais volumosa do corpo, então, afila-se ao seguir para baixo e formar o forte tendão de inserção. Quando o cotovelo está estendido, o bíceps age flexionando o an-tebraço. Porém, quando o cotovelo já esta em semifle-xão, o bíceps é um potente músculo da supinação do antebraço, rodando o antebraço da forma que a mão volta-se para cima.

Braquial. Este se origina na metade inferior da superfí-•cie anterior do úmero e segue para baixo, onde encobre anteriormente a articulação do cotovelo, seu tendão in-serindo-se no processo coronoide e na tuberosidade da ulna. O músculo braquial é o principal músculo flexor do cotovelo, qualquer que seja a posição do antebraço.Coracobraquial. Este músculo origina-se na ponta do •processo coracoide da escápula e segue para baixo e para fora para inserir-se na face medial do úmero. Este músculo ajuda a flexionar o braço, no ombro, e puxá-lo de volta para a linha do corpo (adução).

Os músculos do compartimento flexor do braço estão sobre a face anterior do braço. Eles agem flexionando a articulação do cotovelo.

Tubérculo maior do úmeroParte do úmero (osso do braço)

Músculo bíceps do braçoEste forte músculo forma a proeminência na face anterior do braço

Aponeurose do bíceps do braçoUma fina lâmina de tecido conjuntivo que sai do tendão do músculo bíceps e segue para o lado medial do antebraço; ajuda a proteger as estruturas vulneráveis da fossa cubital (parte anterior do cotovelo), especialmente a artéria braquial

Tendão do músculo bíceps do braçoPode ser sentido abaixo da pele onde passa sobre a fossa cubital (dentro do cotovelo), no seu caminho para o ponto de inserção (móvel) na tuberosidade do rádio

Músculo braquialMúsculo plano e mais massivo que o

bíceps; localizado diretamente abaixo deste, flexiona a cotovelo

Músculo bíceps braquial cabeça curta

Inserção (fixa) no processo coronoide

Músculo coracobraquial Ação de adução e flexão do braço

e também de estabilização da articulação do ombro

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membros superiores

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Cabeça longa do músculo tríceps do braço

Inserção (fixa) no tubérculo infraglenoidal (proeminência óssea da escápula), logo

abaixo da articulação do ombro

Músculos do compartimento posteriorOs músculos posteriores do braço agem promovendo a extensão do cotovelo e alinham o antebraço com o braço.

O compartimento posterior tem apenas um músculo gran-de, o músculo tríceps do braço, que é um forte extensor (esti-ca o braço). Outro músculo deste compartimento é o pequeno e relativamente insignificante músculo ancôneo.

MÚSCULO TRíCEPS DO BRAÇOEle é um músculo grande e volumoso, localizado na face

posterior do úmero, e seu nome está relacionado às suas três cabeças:

Cabeça longa•Cabeça lateral•Cabeça medial•

As três cabeças convergem medialmente na parte superior

do braço num largo e achatado tendão, que passa sobre uma pequena bolsa para inserir-se no olécrano da ulna.

A principal ação do tríceps é a extensão do cotovelo. Além disso, devido à sua posição, a cabeça longa do tríceps ajuda a estabilizar a articulação do ombro.

MÚSCULO ANCÔNEOO pequeno músculo ancôneo está localizado abaixo da arti-

culação do ombro e tem o corpo em forma triangular. Como o músculo tríceps do braço, ele realiza a extensão do cotovelo e também tem função na estabilização da articulação do cotovelo.

A ilustração acima apresenta a vista posterior do ombro e braço. As três cabeças do músculo tríceps do braço podem ser vistas em um único tendão.

Escápula A lâmina do ombro; é o ponto de inserção (fixa) da cabeça longa do músculo tríceps do braço

Cabeça medial do músculo tríceps do braçoInserção (fixa) na face posterior do úmero abaixo do sulco do nervo radial

Tendão do músculo tríceps do braçoLocalizado numa pequena bolsa (preenchida com fluido), que protege o tendão do atrito com o osso abaixo (úmero)

OlécranoProcesso ósseo da ulna onde o tendão do tríceps e o músculo ancôneo têm inserção

Músculo ancôneoInserção (fixa) no epicôndilo lateral do úmero

e inserção (móvel) no olécrano da ulna

Cabeça lateral do músculo tríceps do braço

Inserção (fixa) na face posterior do úmero acima do sulco do nervo radial

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

90

Músculos do antebraçoOs músculos flexores do compartimento anterior do antebraço atuam flexionando a mão,

o punho e os dedos. Eles estão divididos em músculos superficiais e profundos no comparti-mento flexor e extensor.

Este compartimento ou seção está localizado ante-riormente no antebraço e contém os músculos flexores do punho e dos dedos, como também alguns pronado-res do antebraço (viram a palma da mão para baixo). Eles estão subdivididos em camada superficial e pro-funda de acordo com a sua posição.

O grupo superficial contém cinco músculos e todos se inserem no epicôndilo medial do úmero, de onde suas fibras emergem para formar o tendão flexor comum.

Músculo pronador redondo — ação de pronar o •antebraço e flexionar o cotoveloMúsculo flexor radial do carpo — ação de flexão •e abdução (dobrando para fora da linha média do corpo) o punhoMúsculo palmar logo — este fraco músculo é au-•sente em 14% das pessoas; age para flexionar o punho Músculo flexor ulnar do carpo — ação de flexão •e adução do punho; diferente dos outros múscu-los do compartimento flexor, este é inervado pelo nervo ulnarMúsculo flexor superficial dos dedos — é o maior •músculo superficial do antebraço e age para fle-xionar os dedos

Músculos flexores superficiais

Músculos flexores profundos

Os músculos flexores profundos estão localizados

próximos dos ossos do antebraço (a ulna e o rádio). Estes agem para flexionar a

mão, punho e dedos.

A camada profunda do compartimento flexor contém três músculos:

Músculo flexor profundo dos dedos: este múscu-•lo é o único que age flexionando os dedos e então com sua parte mais superficial correspondente para flexionar os dedos. Como o músculo flexor super-ficial dos dedos, este músculo mais profundo pos-sui quatro tendões, que passam através do túnel do carpo dentro de uma bainha sinovial. Estes tendões inserem-se nas bases das quatro falanges distais dos dedos.Músculo flexor longo do polegar: este músculo •flexiona o polegar. Seu longo e chato tendão passa através do túnel do carpo envolto por sua própria bainha sinovial e sua inserção é na base da falange distal do polegar (a qual, diferente dos dedos, tem apenas duas falanges).Músculo pronador quadrado: o mais profundo dos •músculos do compartimento anterior, o pronador quadrado age pronando o antebraço e é o único músculo que insere-se unicamente ao rádio e ulna. Ele também auxilia a membrana interóssea em unir a ulna e o rádio.

Os cincos principais músculos superficiais do antebraço estão apresentados nesta ilustração. Esses músculos originam- -se no úmero (osso do braço).

Músculo pronador redondoAção de pronar o antebraço e flexionar o cotovelo

Músculo palmar logoUm fraco flexor do punho

Músculo flexor radial do carpo

Ação de flexão e adução do punho

Músculo flexor superficial dos

dedosAção de flexionar

os dedos

Músculo flexor ulnar do carpo

Ação de flexão e adução do punho

Músculo supinador(seccionado)

Ação de supinação do antebraço (palma da mão para cima)

Músculo flexor longo do polegarAção flexiona o polegar e o punho

Músculo pronador quadrado

Ação de pronar o antebraço

Músculo flexor

profundo dos dedos

Ação de flexionar a última

articulação dos dedos

Ana Totaro_Atlas do Corpo Humano_20,5 X 27,5_Prova 2.indd 90 27/1/2010 18:19:28

membros superiores

91

Flexores da mãoOs músculos do antebraço estão divididos em dois compartimentos, anterior e posterior. Os músculos flexo-

res do anterior flexionam punho e dedos, enquanto os músculos extensores do posterior agem estendendo-os.

Esta ilustração apresenta a secção transversal do antebraço com a palma da mão voltada para cima.

Os músculos do antebraço estão divididos em dois grupos, de acordo com a sua função. Estes dois grupos estão isolados um do outro pelo rádio e a ulna e por camadas de fáscias (lâminas de tecido conjuntivo), formando os compartimentos anterior flexor e posterior extensor do antebraço.

AÇÃO ANTAGONISTAOs músculos flexores atuam flexionando o punho e os

dedos, enquanto os músculos extensores atuam estendendo as mesmas articulações. Dentro destes dois grupos há tan-to músculos superficiais quanto profundos, que agem juntos para fornecer a grande amplitude de movimentos, caracterís-tica do punho e da mão.

TENDÕES DO ANTEBRAÇOPara que o punho e a mão possam mover-se de modo flexí-

vel, a parte volumosa do músculo em torno da extremidade inferior do membro superior é mantida num mínimo. Isto é alcançado através dos longos tendões dos músculos superio-res do antebraço que atuam no punho e nos dedos. Os mús-culos envolvidos são músculos do antebraço e precisam ser mais longos do que o antebraço para atuarem com a máxima eficácia e, por isso, vários deles originam-se na extremida-de inferior do úmero. O úmero tem duas projeções ósseas, denominadas de epicôndilo medial e epicôndilo lateral. Os músculos flexores estão inseridos no epicôndilo medial e os músculos extensores inserem-se no epicôndilo lateral.

Secção transversal do antebraço

Nível de secção

Flexor superficial do dedos Flexiona os dedos

Músculo palmar longoAção de flexionar o punho

Músculo flexor ulnar do carpoFlexão do punho e dobra-o para longe do polegar

Músculo flexor profundo dos dedosAção de flexionar a última junta dos dedos

UlnaOsso do antebraço

Músculo extensor do dedo indicadorAção de extensão do dedo indicador

Extensor ulnar do carpoEstende e aduz o punho

Músculo extensor dos dedosPrincipal extensor dos dedos

Músculo flexor longo do polegar

Ação de flexionar o polegar

Músculo extensor curto do polegar

Ação de extensão do polegar

RádioOsso do antebraço

Músculo extensor radial curto do carpo Estabiliza a articulação do punho

quando os dedos estão fletidos

Músculo extensor radial longo do carpo

Ação extensão e abdução do punho

Músculo braquiorradialAção de flexionar o cotovelo

Músculo pronador redondo

Realiza a pronação do antebraço e flexiona o cotovelo

Músculo flexor radial do carpo

Flexiona o punho e dobra-o para fora da linha média do corpo

Ana Totaro_Atlas do Corpo Humano_20,5 X 27,5_Prova 2.indd 91 27/1/2010 18:19:29

AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

92

ÚmeroOsso do braço que se articula inferiormente com o rádio e a ulna, no cotovelo

Nervos do membro superiorOs nervos do braço inervam a pele e os músculos do antebraço e da mão. Os quatro nervos

principais do braço são: nervo radial, nervo ulnar, nervo mediano e nervo musculocutâneo.

O membro superior é iner-vado pelos quatro principais nervos do plexo braquial e seus ramos. Estes recebem informa-ção sensorial da mão e braço e também inervam vários mús-culos do membro superior. O nervo radial e o nervo muscu-locutâneo inervam músculos e pele de todas as partes do bra-ço, enquanto o nervo mediano e o nervo ulnar inervam somente estruturas abaixo do cotovelo.

NERVO RADIALO nervo radial é de grande

importância por ser o principal fornecedor de inervação para os músculos extensores, os quais esticam o cotovelo, punho e de-dos. Ele aparece como o maior ramo do plexo braquial, uma rede de nervos da medula espi-nhal, no pescoço.

Próximo do epicôndilo late-ral, o nervo radial divide-se em dois ramos terminais:

Ramo superficial do nervo •radial: suprimento de ner-vo sensorial para a pele so-bre a face posterior da mão, polegar e os dedos anular e indicadorRamo profundo: supri-•mento de nervo motor para todos os músculos extensores do antebraço.

NERVO MUSCULOCUTÂNEOO nervo musculocutâneo

inerva músculos e pele na par-te frontal do membro superior. Abaixo do cotovelo, ele torna--se o nervo cutâneo lateral do antebraço, um nervo sensorial, que fornece sensibilidade cutâ-nea para uma grande área da pele do antebraço.

Esta vista posterior do braço mostra o caminho do nervo radial e seus ramos.

O úmero, o rádio e a ulna são vistos aqui em contorno.

Vista posterior dos nervos do membro superior

UlnaOsso do antebraço que se articula com o úmero e o rádio

Ramo profundo (do nervo radial)Inerva músculos extensores do antebraço

RádioOsso do antebraço que

constitui o maior componente da articulação do punho

Ramo superficial (do nervo radial)

Provê sensação para a pele de alguns dedos, o polegar e a face superior da mão

Nervo radialSegue para baixo e contorna a face

posterior do úmero, dentro do sulco do radial; inerva os músculos e pele da

parte posterior do braço e antebraço

Nervo axilarO nervo axilar inerva o músculo

deltoide e o redondo menor e provê a sensibilidade cutânea da região do ombro

Músculo deltoideAção de abdução do braço (afasta da

linha média do corpo)

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membros superiores

93

Nervo mediano e ulnarO nervo mediano inerva os músculos do antebraço, possibilitando as ações de flexão e pronação.

O nervo ulnar passa abaixo do epicôndilo medial — onde pode ser sentido quando ocorre choque contra o osso — para inervar os pequenos músculos da mão.

O nervo mediano do mem-bro superior origina-se no plexo braquial e segue para baixo centralmente para o co-tovelo. Ele é o principal ner-vo dos músculos anteriores do antebraço, o qual contém músculos de flexão e prona-ção. No punho, o nervo me-diano passa através do túnel do carpo. O nervo mediano termina em ramos que iner-vam alguns dos pequenos músculos da mão, bem como a pele sobre o polegar e al-guns dedos vizinhos.

O NERVO ULNARO nervo ulnar segue infe-

riormente ao longo ao úmero até o cotovelo, onde ela dá a volta por trás do epicôndilo medial, debaixo da pele, onde pode ser facilmente palpado. Ele emite ramos para o coto-velo, dois dos músculos do antebraço e várias áreas de pele antes de entrar na mão. Na mão, o nervo ulnar divide--se em dois ramos, o superfi-cial e o profundo.

LESÃO DO NERVO ME-DIANO

O nervo mediano pode ser lesado por fraturas na extre-midade inferior do úmero ou comprimido por edema dos tendões musculares, no túnel do carpo (síndrome do túnel do carpo). A lesão do nervo mediano pode tornar difícil o movimento de pinça entre o polegar e os dedos, pois o nervo inerva os pequenos músculos da parte tênar da mão (proeminência acima do polegar).

O nervo ulnar é mais vul-nerável a lesões ao passar na parte posterior do epicôndi-lo medial do úmero. Ocorre a parestesia quando o nervo é comprimido contra o osso. Vários danos podem levar à perda de sensibilidade, para-lisia e atrofia dos músculos que ele inerva.

Vista anterior dos nervos do membro superior

O trajeto dos nervos ulnar, mediano e musculocutâneo pode ser visto nesta ilustração de dissecação do braço.

ÚmeroOsso do braço

Nervo musculocutâneoO nervo musculocutâneo inerva os músculos e pele do braço; é protegido por músculos ao longo do seu curso e raramente é lesado

Nervo medianoInerva os músculos flexores na parte anterior do antebraço, bem como os músculos do punho e primeiros dois dedos; também promove a sensibilidade cutânea da face anterior polegar, dedo indicador, dedo anular na palma da mão.

Nervo ulnarInerva o cotovelo e alguns músculos

flexores do antebraço; localizado superficialmente no cotovelo. Choques na região do epicôndilo medial causam

parestesia (formigamento); pode ser palpado logo atrás do epicôndilo

medial do úmero

Ramo do nervo ulnarInerva vários dos músculos intrínsecos

da mão, bem como fornece sensação para a parte medial da mão, na face

anterior e posterior da mão

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

94

Artérias do membro superiorAs artérias do membro superior irrigam tecidos moles e ossos. As principais artérias rami-

ficam-se e formam pequenos vasos que se comunicam em rede (anastomoses), no cotovelo e no punho.

O principal suprimento sanguíneo para o braço é pro-vido pela artéria braquial, con-tinuação da artéria axilar, que segue para baixo medialmente ao braço. Ela emite uma série de pequenos ramos, que irri-gam os músculos ao redor e o úmero. O maior destes ramos é a artéria profunda do braço, que irriga os músculos exten-sores do cotovelo.

A artéria profunda do bra-ço e outras artérias menores, ramos da extremidade inferior da artéria braquial, seguem para baixo ao redor do coto-velo. Elas então formam uma rede de artérias conectadas (anastomose) antes de reen-contrarem as principais arté-rias do antebraço.

ANTEBRAÇO E MÃOA artéria braquial bifurca-se,

abaixo do cotovelo, em artéria radial e ulnar. A artéria radial segue da fossa cubital ao longo do rádio. Na extremidade infe-rior do rádio, ela fica abaixo da pele e tecido conjuntivo, onde a pulsação pode ser sentida. A artéria ulnar segue em direção à base da ulna.

A mão é irrigada pelos ra-mos terminais da artéria ul-nar e artéria radial. A anasto-mose destes ramos, na palma da mão, forma o arco palmar superficial e o profundo, dos quais são emitidas pequenas artérias, que irrigam os dedos.

Artérias do membro superior

Artéria subcláviaOrigina-se no arco da aorta e passa

por trás da clavícula Artéria axilar

Ramo da artéria braquial

Artérias circunflexas anterior e posterior

Seguem ao redor do colo cirúrgico do úmero

ÚmeroOsso do braço

Artéria profunda do braçoAcompanha o nervo radial ao redor do

úmero no sulco do nervo radial

Artéria profunda do braço (ramo anterior)

Artéria profunda do braço (ramo posterior)

Anastomose do cotoveloRede de artérias comunicantes; provê

rotas alternativas para o fluxo sanguíneo do antebraço quando o cotovelo é

flexionado e a artéria do braço está comprimida na fossa cubital.

Artéria radialLocalizada debaixo do músculo braquioradial

Ponto para aferição da

pulsaçãoA pulsação pode ser

sentida na artéria radial no vinco do punho do lado do

polegar

Artérias digitaisRamos do arco palmar; irrigam os dedos

Arco palmar superficialAnastomose entre a artéria ulnar e a artéria radial forma o arco palma

Arco palmar profundoArtérias unem-se numa curva para irrigar a mão

Ponto para aferição da pulsaçãoNa prega do pulso

Artéria ulnarLogo após o seu ponto de origem emite ramos para os músculos do antebraço

Artéria interóssea comumSegue inferiormente entre o rádio e a ulna e nutre estruturas profundas do antebraço

Ponto para aferição de pulsaçãoUsado em conjunção com a parte superior do braço para aferir a pressão sanguínea

Artéria braquialEmite pequenos ramos para irrigar os músculos ao redor e o úmero

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membros superiores

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Veias do membro superiorAs veias do braço estão divididas em superficiais e profundas. As superficiais são visíveis logo abaixo da pele.

A drenagem venosa do membro superior ocorre através de duas séries interconectadas de veias, os sistemas profundo e superficial. As veias profundas acompanham as artérias, enquanto as veias su-perficiais estão localizadas abaixo do tecido subcutâneo. O esquema das veias comumente é semelhan-te ao padrão detalhado abaixo.

VEIAS PROFUNDASNa maioria dos casos, as veias

profundas estão em pares ou são duplas (veias concomitantes), que se localizam de cada lado da artéria que acompanham, frequentemente fazendo anasto-moses e formando uma rede ao redor da artéria. A pulsação do sangue no interior das artérias alternadamente comprime e li-bera as veias ao redor, ajudando o retorno venoso para o coração. A veia radial e a ulnar originam--se do arco venoso palmar da mão e seguem para o antebraço para fundirem-se no cotovelo, formando a veia braquial. Esta, por sua vez, funde-se com a veia basílica para formar a veia axilar.

VEIAS SUPERFICIAISA veia basílica e a veia cefálica

são as duas principais veias super-ficiais do braço e originam-se no arco venoso dorsal da mão. A veia cefálica segue abaixo da pele ao longo do lado radial no antebraço. A veia basílica segue sobre o lado ulnar do antebraço e cruza o coto-velo para se localizar na margem medial do músculo bíceps do bra-ço. No terço médio do braço, ela torna-se profunda.

As veias superficiais do membro superior ficam nos tecidos subcutâneos (logo abaixo da pele).

Veia subclávia Tributária da veia braquiocefálica que

desemboca na veia cava superior

Veia axilarEsta grande veia drena para a

veia subclávia

Veia braquialAs veias radial e as ulnar

fundem-se no cotovelo para formar a veia braquial

Veia cefálica Acima do cotovelo, a veia cefálica

continua ao longo da margem lateral do braço e perfura a fáscia profunda no ombro para desembocar na veia axilar

Veia cefálica acessória

Desemboca na veia cefálica sobre o cotovelo

Ponto de punção

Veia cefálica

Veias digitaisO sangue dos dedos é drenado por estas veias

Anastomose transversa Rede de veias que drena sangue dos dedos e da mão

Anastomoses do antebraçoAs veias da mão e do antebraço formam uma rede de muitas conexões

Veia basílica

Veia intermédia do cotoveloGrande veia que se conecta com a veia basílica; pode ser usada para punções

Ponto de punção

Veia basílicaNa metade superior do membro superior, a veia basílica torna-se profunda, localizada ao lado da artéria braquial, antes de se unire com a veia braquial para formar a veia axilar

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

96

Ossos da mãoOs ossos da mão estão divididos em ossos metacarpos, que suportam a palma da mão,

e falanges (ossos dos dedos). As articulações destes ossos permitem grande mobilidade aos dedos e ao polegar.

O esqueleto da mão é forma-do por oito ossos carpais (ossos do punho), cinco ossos meta-carpais, que suportam a palma da mão, e 14 falanges, os ossos dos dedos.

OS METACARPOSCinco ossos finos que irra-

diam do punho em direção aos dedos, formando o suporte da palma da mão. Eles estão nume-rados de um a cinco, iniciando pelo polegar.

Cada um dos metacarpos tem um corpo e duas extremi-dades ligeiramente arredondas. A extremidade proximal (perto do punho) ou base articula-se com um dos ossos do carpo. A extremidade distal (longe do punho) ou cabeça articula-se com a primeira falange do dedo correspondente. Na posição de punho cerrado, as cabeças dos metacarpos são as juntas.

O POLEGARO primeiro metacarpo, na

base do polegar, é o mais cur-to e espesso dos cinco ossos e é levemente virado para fora. Ele é extremamente móvel, permi-tindo amplitude de movimen-tos do polegar, incluindo a ação de oposição, por meio da qual o polegar pode tocar o topo de cada um dos dedo.

Assim como formam articulações com os ossos do carpo (punho), os cinco metacarpos articulam-se entre si lateralmente nas suas bases.

As falanges

Falanges

Ossos metacarpaisQuarto metacarpo

O terceiro, o quarto e o quinto ossos metacarpais, cada um,

articula-se apenas com um osso do carpo e, por isso, não estão fixados

firmemente no local

Quinto metacarpoArticula-se com o os ossos do dedo

mínimo; é o menor e mais móvel dos metacarpos

Segundo metacarpoArticula-se com o dedo indicador,

ele é o mais longo e menos móvel dos cinco metacarpos

Base do metacarpoArticula-se com o osso do carpo

Primeiro metacarpoO osso do polegar é extremamente

móvel; o movimento de oposição do polegar é importante por permitir

aos humanos usar ferramentas eficazmente

Cabeça do metacarpoArticula-se com a primeira falange

Terceiro metacarpoMais curto e mais móvel que

o segundo metacarpo

Com exceção do polegar, cada um dos dedos é formado por três falanges, que se articulam entre si e com os ossos metacarpais.

Falange médiaEstes ossos articulam-se com as falanges proximal e distal nas articulações interfalangianas

Falange proximalEstes ossos ficam próximos do punho e articulam-se com o metacarpo, na articulação metacarpofalangiana

Falange distalEstes ossos estão nas pontas dos

dedos; cada osso é achatado onde fica a unha na extremidade

O polegarO polegar não tem falange média; ele

consiste apenas de ossos distal e proximal

1

234

5

5

4

32

1

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membros superiores

97

O nervo mediano entra na palma da mão, passando abaixo do retináculo dos flexores (banda de tecido conjuntivo res-tritiva) dentro do túnel carpal. Na banda, o nervo mediano inerva as seguintes estruturas:

Os três músculos da eminência tênar — o abdutor cur-•to, o oponente e o flexor curto do polegar. Caso o ner-vo mediano esteja lesado, ocorrerá perda da inervação

destes músculos e a correspondente perda das funções do polegar. Isto inclui inabilidade para realizar a im-portante ação de oponência do polegarO primeiro e o segundo músculo lombrical•A pele da palma da mão e da face palmar do primeiro •ao terceiro dedo e metade do quarto dedo, bem como a face dorsal da ponta destes dedos.

Nervos da mãoAs estruturas da mão recebem nervos dos ramos terminais dos três principais nervos do

membro superior: mediano, ulnar e radial.

A mão recebe inervação de três nervos principais: mediano, ulnar e radial (não apresentado). Os ramos desses nervos inervam todos os músculos e a pele da mão.

Nervo ulnarPassa por cima do retináculo dos flexores para inervar a pele no lado do dedo mínimo e a maioria dos pequenos músculos intrínsecos da mão

Ramo recorrente do nervo medianoInerva três músculos do polegar

Nervo digital palmar comum – ramo do nervo ulnarRamo do nervo ulnar, que pode se ligar a um ramo do nervo mediano

Bainha fibrosaTecido conjuntivo ao redor do tendão do músculo flexor

Ramos digitais do nervo mediano

Ramos do nervo mediano que inervam três dedos laterais e a

metade do quarto

Nervo palmar digitalRamo do nervo mediano que inerva os dedos

Nervo medianoSegue abaixo do retináculo dos

músculos flexores; é vulnerável à lesão se há edema dos tendões e

suas bainhas em baixo do retináculo dos flexores — o que é conhecido como síndrome do túnel do carpo

Retináculo dos flexoresBanda de forte tecido conjuntivo, está localizada

anteriormente de um lado a outro do punho, mantendo os tendões no seu devido local

Ramo palmar do nervo medianoInerva a pele da palma da mão

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

98

O abdomeO abdome é a parte do tronco que fica entre o tórax (acima) e a pelve (abaixo). Os conteúdos

da cavidade do abdome são sustentados por uma estrutura óssea e pela parede abdominal.

Os órgãos da parte superior da cavidade abdominal — fí-gado, vesícula biliar, estômago e baço — estão localizados abaixo do músculo diafragma e são protegidos pelas costelas inferiores.

As vértebras e os seus músculos associados formam a pa-rede posterior da cavidade abdominal, enquanto os ossos da pelve formam o assoalho. O abdome é relativamente despro-tegido por ossos. Isto permite, porém, grande mobilidade para o tronco e possibilita a distensão do abdome quando necessário, como durante a gravidez.

CONTEÚDO ABDOMINALTrato gastrointestinal•

Fígado•

Pâncreas•

Baço•

Rins•

A cavidade abdominal contém estas vísceras e também vasos sanguíneos e linfáticos e nervos, que os inervam, junta-mente com uma quantidade variável de tecido adiposo.

Pulmão direito

Músculo diafragma

Vesícula biliarSecreta a bile, envolta em gordura de digestão

FígadoTem importante papel na digestão e em outras funções

Colo ascendente

CecoInício do intestino grosso

Pulmão esquerdo

BaçoAtua no sistema imunológico e

ajuda a filtrar o sangue

Estômago

Colo transverso

Intestino delgado(jejuno e íleo)

Colo descendenteLeva ao reto e ao ânus

Bexiga urinária

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AbDome

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Planos e regiões do abdomePara descrever a posição dos órgãos ou o local de dor abdominal os médicos consideram útil dividir

o abdome em regiões demarcadas por planos imaginários verticais e horizontais. Estas áreas auxiliam a fazer o diagnástico clínico.

O abdome pode ser dividido em nove regiões para des-crições precisas. Estas regiões são delimitadas por dois pla-nos horizontais (subcostal e transtubercular) e dois verticais (linha média da clavícula).

As nove regiões são:Hipocôndrio direito•Epigástrica•Hipocôndrio esquerdo•Flanco direito (lombar)•Periumbilical•Flanco esquerdo (lombar)•Inguinal direita (fossa ilíaca)•Púbica (hipogástrica) •Inguinal esquerda (fossa ilíaca)•

QUATRO QUADRANTESNa clínica geral, é usualmente suficiente dividir o abdome

em apenas quatro quadrantes delimitados por um plano hori-zontal (transtubercular) e um plano vertical (mediano).

Os quatro quadrantes são conhecidos simplesmente como quadrante superior direito, superior esquerdo, inferior direi-to e inferior esquerdo.

IMPORTÂNCIA CLíNICAÉ importante saber qual dos conteúdos do abdome fica em

cada região. Se uma anormalidade é localizada, ou se o pa-ciente tem dor abdominal, estas regiões podem ser usadas para indicar o local de dor no paciente.

Linha média da clavícula direita

Hipocôndrio direito

Flanco direito

Região inguinal direita (fossa ilíaca)

Linha média da clavícula esquerda

Hipocôndrio esquerdo

Plano subcostal

Flanco esquerdo

Plano transtubercular

Região inguinal esquerda

Região epigástrica

Região periumbilical

Região púbica (hipogástrica)

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

100

Parede abdominalA cavidade abdominal está localizada entre o músculo diafragma e a pelve. As paredes do

abdome anterior e lateral consistem de diferentes camadas de músculos, circundando a ca-vidade e dando-lhe suporte.

A parede posterior do abdome é formada pelas costelas inferiores, a coluna vertebral e músculos que a acompanham, enquanto a parede anterolateral consiste inteiramente de um tendão membranoso (aponeurose) e músculo.

Abaixo da pele e da camada subcutânea de tecido adiposo estão as camadas de músculos da parede do abdome. Estes músculos ficam em três grandes camadas: oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome, que dão suporte para o abdome em todas as direções. Além disso, há uma ampla banda de músculo, o reto do abdome, que segue verticalmente da frente das costelas para baixo até a parte frontal da pelve.

MÚSCULO OBLíQUO EXTERNOO músculo oblíquo externo forma a camada mais su-

perficial dos músculos do abdome. Ele é formado por uma vasta e fina camada de fibras que seguem para baixo e para dentro.

Os músculos originam-se na face inferior das costelas infe-riores. As fibras em leque formam a ampla camadade robusto tecido conjuntivo conhecida como aponeurose do músculo oblíquo externo. Na sua parte inferior, as fibras inserem-se no topo dos ossos púbicos.

O músculo oblíquo externo é parte da parede anterior do abdome, sendo o mais longo e superficial da parede

plana anterolateral dos músculos do abdome.

Músculo peitoral

Músculo serrátil anteriorSobrepõe-se ao músculo oblíquo externo

Músculo oblíquo externo

Linha semilunarLinha que marca o limite lateral do músculo reto

Aponeurose do músculo oblíquo externoExtensão fibrosa da camada muscular

Bainha do músculo reto Tecido fibroso que cobre o músculo

reto do abdome

Linha albaEsta linha tênue é uma banda

fibrosa, não vascularizada, que fica entre os dois músculos

retos do abdome

Processo xifoideParte inferior do osso esterno

Tecido subcutâneoCamada de tecido adiposo abaixo da pele

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AbDome

101

Músculos profundos da parede abdominalAbaixo do grande músculo oblíquo externo do abdome há mais duas camadas de músculos, o músculo oblí-

quo interno e o músculo transverso do abdome. Além destes, correndo verticalmente para baixo em direção ao centro da parede abdominal, fica o músculo reto do abdome.

O músculo oblíquo interno do abdome é uma camada lar-ga e fina de tecido muscular, que fica abaixo do músculo oblí-quo externo. As suas fibras seguem para cima e para dentro aproximadamente a aproximadamente 90 graus do músculo oblíquo externo.

As fibras do músculo oblíquo interno do abdome têm in-serção fixa na fáscia lombar (uma lâmina de tecido conjunti-vo em ambos os lados da coluna vertebral), na crista ilíaca da pelve e no ligamento inguinal (região da virilha).

Como o músculo oblíquo externo do abdome, o músculo oblíquo interno tem inserção móvel na extensa e resistente aponeurose que recobre o músculo reto do abdome (bainha do músculo reto do abdome).

MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOMEEsta é a camada muscular mais interna das três cama-

das que dão suporte ao conteúdo do abdome. Suas fibras correm horizontalmente para se inserirem na aponeurose atrás do músculo reto do abdome em quase todo seu com-primento.

RETO DO ABDOMEDuas faixas de músculos que seguem verticalmente na pa-

rede anterior do abdome. A parte superior de cada músculo e mais larga e menos volumosa que a parte inferior. Localizada entre os músculos, está uma fina faixa tendínia de tecido con-juntivo resistente, a linha alba.

Interseção tendínea

Músculo serrátil anteriorMúsculo de oito partes que puxa a escápula (lâmina do ombro) para a frente ao redor do tórax

Músculo reto do abdome Confere a aparência de “tanquinho” ao abdome das pessoas “em forma”

Músculo oblíquo interno do abdome

Limite externo do músculo externo oblíquo

Aponeurose do músculo oblíquo interno do abdomeForma as paredes da bainha do reto

Umbigo

Linha semilunarEsta é a borda lateral do músculo reto do abdome

Músculo peitoral maiorUm dos mais fortes dos músculos

do torso, o qual puxa o braço cruzadamente em torno do corpo

Linha alba

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

102

EstômagoO estômago é a parte expandida do trato digestório, que recebe o bolo alimentar do esôfago.

O alimento é armazenado no estômago antes de ser propelido ao intestino delgado para con-tinuar a digestão.

O estômago é uma bolsa muscular estendível revestida por membrana de mucosa. Ele é fixo em dois pontos: em cima, na abertura para o esôfago e, abaixo, no início do intestino delgado. Entre estes pontos ele é móvel e pode alterar sua posição.

REVESTIMENTO DO ESTÔMAGOQuando o estômago está vazio, suas paredes internas for-

mam várias dobras (rugas) de uma abertura à outra. As pare-des do estômago são similares às outras partes do intestino, mas com algumas modificações.

O epitélio gástrico: esta é a camada de células que forra •o estômago; ela contém muitas glândulas que secretam proteção mucosa e outras que produzem enzimas e áci-do, os quais iniciam o processo da digestão.

A camada muscular: esta possui uma camada muscular •oblíqua mais interna e também a camada circular e lon-gitudinal de fibras. Este arranjo ajuda o estômago a mo-vimentar completamente o alimento antes que este seja propelido para o intestino delgado.

REGIÕES DO ESTÔMAGOO estômago tem quatro partes e duas curvaturas:

Cárdia•Fundo•Corpo•Piloro (área de saída) •Curvatura maior•Curvatura menor•

O estômago fica na região epigástrica do abdome, abaixo do diafragma. Ele fica à direita

do baço e parcialmente abaixo do fígado.

Localização das estruturas do estômago

Músculo diafragma

Fígado

Curvatura menor do estômagoMargem mais curta e côncava do estômago

PiloroParte final do estômago; tem uma válvula muscular, o esfíncter piloro, que regula o fluxo de conteúdo do estômago para o intestino delgado

Antro pilóricoÁrea de saída do estômago; como um funil, o antro pilórico conduz o fluxo estomacal para o estreito canal piloro; no final do canal fica o piloro

CorpoLarga seção no meio do

estômago; continua abaixo com o fundo e acima com o

antro pilórico

Curvatura maior do estômago

A borda convexa externa do estômago é quatro vezes mais

longa do que a borda interna

Fundo do estômagoTopo do estômago em forma de domo que fica sobre a abertura

do esôfago; frequentemente contém gás

CárdiaParte superior do estômago, localizada perto

do coração; circunda a abertura do esôfago

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AbDome

103

Irrigação do estômagoO estômago tem um vasto suprimento sanguíneo, que se origina nos vários ramos do tronco celíaco.

As várias artérias que suprem o estômago são as seguintes:artéria gástrica esquerda – um ramo do tronco celíaco•artéria gástrica direita – usualmente origina-se da arté-•ria hepática (um ramo do tronco celíaco)artéria gastro-omental direita – origina-se do ramo gas-•troduodenal da artéria hepática artéria gastro-omental esquerda – ramo da artéria es-•plênicaartérias gástrica curtas – ramos da artéria esplênica. •

VEIAS E LINFONODOSAs veias gástricas acompanham as várias artérias gástricas.

O sangue do estômago é drenado para o sistema venoso porta, passando através do fígado antes de retornar para o coração.

A linfa coletada das paredes do estômago é drenada atra-vés dos vasos linfáticos para vários linfonodos, que permane-cem em grupos ao longo da curvatura maior e da menor. Ela é então transportada para os linfonodos celíacos.

O estômago é irrigado por artérias do tronco celíaco, sendo este um ramo da porção abdominal da aorta.

Artéria gástrica esquerda Irriga a curvatura menor do estômago

Veia gástrica esquerdaDrena para veia porta

Veia porta

Artérias gástricas curtas Irrigam o fundo do estômago

Veias gástricas curtas Drenam para a veia esplênica

Artéria gastro- -omental esquerda

Irriga a área do estômago ao longo da curvatura maior

Veia gastro-omental esquerdaDrena para a veia esplênica

Veia gastro-omental direitaDrena para a veia mesentérica superior, a qual

se une à veia esplênica para formar a veia porta

Artéria gastro-omental direitaIrriga a parte inferior da curvatura maior do estômago

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

104

Intestino delgadoO intestino delgado estende-se do estômago à junção com o intestino grosso. É constituí do

por três partes e é o principal local do corpo onde o alimento é digerido e absorvido.

O duodeno é a primeira parte do intestino delgado. Ele tem o corpo em forma da letra C e pode ser dividido em quatro partes.

O intestino delgado é o principal local da digestão e absor-ção do alimento. Ele mede em torno de sete metros de com-primento nos adultos e estende-se do estômago até a junção com o intestino grosso. O intestino delgado divide-se em três partes: o duodeno, o jejuno e o íleo.

O DUODENOO duodeno é a primeira parte do intestino delgado e tam-

bém é a mais curta com cerca de 25 cm de comprimento. Ele recebe o conteúdo do estômago através de cada onda peris-

táltica de contração das paredes do estômago. No interior do duodeno, este conteúdo é misturado com secreções das pare-des do duodeno e também do pâncreas e da vesícula biliar. O duodeno não pode mover-se, sendo fixado atrás do peritô-nio, a grande lâmina de tecido conjuntivo que reveste a cavi-dade abdominal.

IRRIGAÇÃO SANGUíNEAO duodeno recebe sangue arterial de vários ramos da aorta.

Estes, por sua vez, dividem-se em pequenos ramos que forne-ce a cada parte do duodeno um rico suprimento de sangue. A drenagem venosa acompanha o padrão das artérias e con-duz o retorno venoso para o sistema hepático venoso porta.

Parte superior do duodeno (ampola)Tem cerca de 5 cm de comprimento; encoberto pelo fígado e pela vesícula biliar

Parte descendente do duodenoTem cerca de 7,5 cm de comprimento; recebe secreções pancreáticas e biliares

Duto colédoco

Parte horizontal do duodenoParte mais comprida do duodeno com cerca de 10 cm

Artéria e veia mesentéricas superiores

Uma irriga e a outra drena o intestino delgado

Parte ascendente do duodeno

Parte mais curta do duodeno com 2,5cm

Jejuno (parte inicial)

Colo descendente

PiloroParte final do estômago

Cauda do pâncreas

Rim esquerdo

Glândula suprarrenal

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AbDome

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O jejuno e o íleo abrangem a maior parte do intestino del-gado. Eles são rodeados e sustentados por uma lâmina do pe-ritônio, o mesentério, que permite que se movimentem den-tro da cavidade abdominal. O mesentério tem cerca de 15 cm de comprimento.

IRRIGAÇÃO O jejuno e o íleo recebem suprimento de sangue arterial

de cerca de 18 ramos da artéria mesentérica superior. Es-tes ramos anastomosam-se (unem-se), formando de alças, chamadas de alças arteriais. As artérias retas passam pe-las alças para irrigar todas as partes do intestino delgado.

O retorno venoso do jejuno e do íleo segue pela veia me-sentérica superior. Esta veia fica ao lado do mesentério superior e drena para veia porta.

FUNÇÃO DA LINFAGordura do conteúdo do intestino delgado é absorvida por

vasos linfáticos especializados, conhecidos como lácteos e encontrados na mucosa. O leitoso fluido linfático produzi-do nesta absorção entra nos plexos linfáticos (rede de vasos linfáticos), dentro da parede do intestino. O fluido é então conduzido para nódulos especializados denominados de lin-fonodos mesentéricos.

O jejuno e o íleoO jejuno e o íleo, juntos, constituem a maior parte do intestino delgado. Ao contrário do duodeno, estas partes

podem mover-se dentro do abdome.

As flexuras do jejuno e do íleo ocupam um grande espaço na região central da

cavidade abdominal. Elas não são fixas e podem se mover dentro da cavidade.

Colo transverso

Mesocolo transversoDobra do peritônio que fixa o colo transverso na parede do abdome

Flexura hepática direita

Colo ascendentePrimeira parte do intestino grosso

Ceco“Bolsa” na junção dos intestinos delgado e grosso

Bexiga urinária

Flexuras jejuno-ileais (intestino delgado)

Colo sigmoideParte do colo com forma de S

Flexura esquerda (esplênica)

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O coloO colo forma a parte principal do intestino grosso. Apesar de ser um tubo contínuo, possui

quatro partes: o colo ascendente, o colo transverso, o colo descendente e o colo sigmoide.

O colo recebe o conteúdo liquefeito do intestino delgado e reabsorve a água para formar resíduo semissólido, que é então expelido através do reto e do canal anal como fezes. Há duas dobras ou flexuras no colo conhecidas como flexura cólica direita e flexura cólica esquerda.

COLO ASCENDENTEO colo ascendente segue da válvula ileocecal para cima até

a flexura cólica direita, onde continua como colo transverso. Ele tem cerca de 12 centímetros de comprimento e localiza--se na parede posterior do abdome, sendo coberto na parte anterior e nas laterais pelo peritônio, a lâmina de tecido con-juntivo que envolve os órgão abdominais.

COLO TRANSVERSOO colo transverso começa na flexura cólica direita, abaixo

do lobo direito do fígado e segue cruzando o abdome em di-reção à flexura cólica esquerda, próximo do baço. Com apro-ximadamente 45 centímetros de comprimento, o colo trans-verso é a parte mais longa e móvel do intestino grosso, sendo suspenso dentro de uma dobra do peritônio (ou mesentério).

O COLO DESCENDENTEO colo descendente segue da flexura cólica esquerda para bai-

xo rumo à borda da pelve, onde se torna o colo sigmoide. Como a flexura esquerda é mais alta que a direita, o colo descendente é consequentemente mais longo do que o colo ascendente.

O colo é um tubo contínuo de cerca de um metro e meio de comprimento. Ele consiste em quatro partes, as quais se sucedem formando um arco ao redor da cavidade abdominal.

Colo transverso

Flexura direita (hepática)Situada abaixo do fígado

Colo ascendente

Apêndices omentaisPequenas placas repletas de gordura encontradas na superfície externa do colo por toda sua extensão

Válvula ileocecal

Ceco

Apêndice vermiforme

Reto

Prega semilunar

Camada mucosa do

colo

Colo

Colo sigmoide

Sáculos do colo Pequenas bolsas em forma

de fole na parede do colo

Tênia livreUma das três tiras longitudinais

de músculo que percorre as paredes do colo

Colo descendente

Flexura esquerda (esplênica)Abaixo do baço

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AbDome

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Irrigação e drenagem do coloComo o resto do intestino, cada parte do colo é prontamente irrigada com o sangue de uma rede arterial.

A drenagem venosa do colo passa através do sistema porta para ser tratado pelo fígado antes de reentrar na circulação geral.

IRRIGAÇÃOO suprimento arterial do colo vem dos ramos mesentéricos

superior e inferior da aorta, a grande artéria central do abdo-minal. O colo ascendente e os dois primeiros terços do colo transverso são irrigados pela artéria mesentérica superior, enquanto o último terço do colo transverso, o colo descen-dente e o colo sigmoide são irrigados pela artéria mesentérica inferior. Como em outras partes do trato gastrointestinal, há

anastomoses ou conexões entre os ramos da artéria mesenté-rica superior e mesentérica inferior.

PADRÃO ARTERIALA artéria mesentérica superior emite a artéria ileocólica, a

cólica direita e a cólica média, que têm anastomose entre si e com a cólica esquerda e ramos sigmóideos da artéria mesen-térica inferior.

Desta maneira, forma-se uma arcada arterial ao redor da parede do colo, irrigando todas as partes.

As artérias do colo ascendente e de grande parte do colo transverso são ramos da artéria mesentérica superior. A artéria mesentérica inferior irriga o colo descendente e a parte esquerda do colo transverso.

Sistema arterial do colo

Artéria mesentérica superior

Artéria cólica média

Artéria cólica direita

Ramo da artéria ileocólica

Colo ascendente

Artéria ileocólica

Colo transverso

Aorta

Artéria cólica esquerda

Artéria mesentérica inferior

Colo descendente

Artérias sigmóideas

Colo sigmoide

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Reto e canal analO reto e o canal anal formam, juntos, a última parte do trato gastrointestinal. Eles recebem

matéria não aproveitada na forma de fezes, que conduzem para fora do corpo.

O reto é continuação do colo sigmoide, que se localiza no nível da terceira vértebra sacral. O termo reto significa direto mas, de fato, o reto segue a curva do osso sacro e coccígeo, que constituem a parte posterior da pelve. A parte inferior do reto junta-se ao canal anal com uma mudança de 80 a 90 graus em sua direção. Esta flexura anorretal impede a passa-gem das fezes no canal anal antes do necessário. O músculo longitudinal do reto está em duas bandas largas, que seguem para baixo nas faces anterior e posterior. Há três pregas hori-zontais na parede do reto conhecidas como pregas transver-sais superior, média e inferior. Abaixo da prega inferior o reto torna-se amplo, na região denominada de ampola.

O CANAL ANALO canal anal segue da flexura anorretal para baixo até

o ânus. Exceto durante a defecação, o canal permanece vazio e fechado. O revestimento do canal anal altera-se ao longo do seu comprimento. A parte superior tem peque-nas dilatações longitudinais chamadas de coluna anal, a qual se inicia na flexura anorretal e termina embaixo na linha pectinea.

Na parte inferior da coluna anal ficam o seio anal e a valva anal. O seio anal produz muco lubrificante para facilitar a passagem das fezes. A valva anal ajuda a prevenir que o muco saia do canal anal sem necessidade.

Secção coronal através do reto e do canal anal

Reto

Músculo longitudinal do retoConsiste em duas bandas largas

AmpolaParte mais larga do reto abaixo das pregas

Colunas anais

Flexura anorretalImpede as fezes de passarem pelo canal anal involuntariamente

Canal analPermanece fechado pelas paredes até a defecação

Linha pectíneaSobre o canal anal possui suprimento

sanguíneo diferente, drenagem linfática e suprimento nervoso de baixo

Válvula anal

Seio analProduz muco lubrificante

Prega transversa inferior

Prega transversa média

Prega transversa superior

Colo sigmoideParte final do colo

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AbDome

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Veias do ânus e do retoO reto e o canal anal têm uma rica irrigação sanguínea. Uma rede de veias drena o sangue nesta área.

Abaixo do revestimento do canal anal, localizam-se pe-quenas veias, o plexo venoso retal. Este tem duas partes:

O plexo venoso retal interno: localizado bem abaixo da •mucosa analO plexo venoso retal externo: localizado sobre a camada •muscular externamente.

Estes plexos recebem sangue dos tecidos e o conduzem para veias mais largas que drenam a área. Estas veias largas são a retal superior, média e inferior, que drenam as partes correspondentes do reto.

O plexo venoso interno do canal anal drena o sangue para duas direções de cada lado da região da linha pectínea. Acima deste nível, o sangue é drenado principalmente para a veia retal superior, enquanto, abaixo, drena para a veia retal inferior.

IRRIGAÇÃO O reto é irrigado por três fontes. A parte superior é irrigada

pela artéria retal superior, a parte inferior é irrigada pela ar-téria retal média, enquanto a junção anorretal é irrigada pela artéria retal inferior.

Dentro do canal anal a artéria retal superior trafega para baixo para irrigar acima da linha pectínea.

As duas artérias retais inferiores, ramos da artéria puden-da, irrigam o canal anal, abaixo da linha pectínea e também a musculatura e pele ao redor do ânus.

Um dos pontos de interesse na drenagem venosa do reto é que, como a parte inferior do esôfago, esta é uma área do sistema venoso portal, onde há conexão entre o sangue do sistema porta (veia retal superior), o qual passa pelo fígado antes de voltar ao coração, e o sangue do sistema venoso (veia retal inferior), o qual vai diretamente de volta.

Drenagem venosa do reto e do ânus

Veia ilíaca comum

Veia retal média

Veia retal inferior

Esfíncter externo

Plexo venoso anal externoLinha pectínea

Plexo venoso anal interno

Veia retal superior

Veia mesentérica inferior

Veia cava inferior

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Fígado e sistema biliarO fígado é o maior órgão abdominal, pesando aproximadamente 1,5 quilo no ser humano

adulto. Ele tem grande importância na digestão e também produz bile, que é armazenada na vesícula biliar e conduzida para o duodeno.

O fígado está localizado abaixo do músculo diafragma, no lado di-reito da cavidade abdominal, am-plamente protegido pelas costelas. O tecido do fígado é mole e flexível, tendo cor marrom avermelhado. Ele tem um rico suprimento sanguí-neo tanto da veia porta quanto da artéria hepática e, portanto, sangra abundantemente quando cortado ou lesado.

LOBOS DO FíGADOEmbora ele tenha quatro lobos,

funcionalmente ele é dividido em duas partes, a direita e a esquerda, cada uma sendo irrigada separada-mente. Os dois lobos menores, o qua-drado e o caudado, podem ser visto apenas na face visceral do fígado.

PERITÔNIO A maior parte do fígado é cober-

ta pelo peritônio, uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve as paredes e estruturas do abdome. Pregas de peritônio formam os vá-rios ligamentos do fígado.

ANATOMIA DO FíGADOO fígado é composto por inú-

meros pequenos grupos de células chamadas lóbulos, os quais pos-suem forma hexagonal. Eles têm estrutura distinta, com hepatóci-tos (células do fígado) organiza-dos ao redor da veia central, que é tributária da veia hepática.

O fluxo sanguíneo passa do he-patócito para a veia central através de pequenos vasos conhecidos como sinusoides.

Os vasos sinusoides no interior de cada lóbulo contêm minúsculas células especializadas conhecidas como células de Kupffer. Elas removem resíduos do sangue antes que retorne ao coração.

Anatomia microscópica do fígado

Ligamento coronárioFormado no alto do fígado, onde o peritônio passa em direção à face inferior do músculo diafragma

Lobo direito

Vesícula biliar

Ligamento redondo do fígado

Tubo de tecido fibroso na borda inferior do ligamento falciforme

Fígado

Lobo esquerdo

Músculo diafragma

Ligamento falciformeFormado a partir do peritônio na parte frontal do

fígado, ele serve para ligar o fígado à parte de cima e da frente da curva do diafragma

Células de Kupffer

Tríade portalConsiste em um ducto biliar, veia e arteríola portal

SinusoidesRecebem o sangue da tríade portal

Veia centralFica no centro do lóbulo

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AbDome

111

Face visceral do fígadoA parte inferior do fígado é denominada de face visceral pelo fato de estar oposta aos órgãos ou vísceras ab-

dominais. As impressões dos órgãos adjacentes, os vasos a ele relacionados e a posição da veia cava inferior e da vesícula biliar podem ser observados.

O fígado fica próximo de muitos órgãos no abdome. De-vido a seu parênquima ser macio e flexível, essas estruturas circundantes podem deixar impressões em sua superfície. As maiores e mais óbvias são vistas na superfícies do lobo direi-to e do esquerdo.

PORTA DO FíGADOA porta do fígado é uma área similar ao hilo do pulmão

pela entrada e saída de grandes vasos juntos numa manga de tecido conjuntivo, neste caso, o peritônio. As estrutu-ras que passam através da porta do fígado incluem a veia porta, a artéria hepática própria, dutos da bile, vasos lin-fáticos e nervos.

IRRIGAÇÃO SANGUíNEAO fígado recebe irrigação de duas fontes:

A artéria hepática. •Responsável por 30 por cento do suprimento de sangue do

fígado. Ela é um ramo da artéria hepática comum e conduz sangue rico em nutrientes e oxigênio. Na entrada do fígado, esta se divide nos ramos direito e esquerdo. O ramo direito irriga o lobo direito e o ramo esquerdo irriga os lobos quadra-do, caudado e esquerdo.

A veia porta.•Responsável por 70 por cento do suprimento de sangue do

fígado. Esta grande veia drena o sangue do trato gastrointesti-nal, do estômago ao reto. O sangue portal é rico em nutrientes absorvidos no intestino após a digestão.

Como a artéria hepática, ela se bifurca em ramo esquerdo e direito com distribuição similar. O sangue venoso do fígado retorna para o coração via a veia hepática.

A face visceral do fígado é margeada por outros órgãos abdominais. Ela também é o local da porta do fígado, onde a maioria dos vasos entram e saem do fígado.

Lobo esquerdo

Impressão gástrica

Impressão do esôfago

Lobo quadrado

Porta do fígadoLocal onde os maiores vasos entram e saem do fígado

Vesícula biliar

Impressão do duodeno Formada pela primeira parte do duodeno

Impressão cólicaFormada pela flexura hepática do colo

Impressão renalFormada pelo rim direito

Lobo direitoVeia cava inferior

Lobo caudado

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Pâncreas e baçoO pâncreas é uma glândula grande que produz enzimas e hormônios. Localiza-se na parte

superior do abdome, atrás do estômago, com sua cabeça envolvida pelo duodeno e a sua cau-da tocando o baço.

O pâncreas secreta enzimas para o duodeno, a primeira parte do intestino delgado, o duodeno, para ajudar na diges-tão dos alimentos. Ele também produz os hormônios insulina e glucagom, que regulam o uso da glicose pelas células.

Localizado posteriormente na parede do abdome, o pân-creas tem quatro partes:

A cabeça: fica dentro da curva em forma de C do duode-•no. Ela está fixada ao lado interno do duodeno; uma pe-quena projeção em forma de gancho, chamada de pro-cesso uncinado, projeta-se em direção à linha medial.O pescoço: é mais estreito do que a cabeça devido à •grande veia hepática porta atrás; fica sobre os vasos me-sentéricos superiores.

O corpo: em secção transversal é tringular e fica em fren-•te à aorta; ele passa para cima e para a esquerda para fundir-se com a cauda.A cauda: que vai se tornando mais fina até chegar no baço.•

IRRIGAÇÃO SANGUíNEAO pâncreas tem um rico suprimento vascular. A cabeça

do pâncreas é irrigada por duas arcadas arteriais, as quais são formadas pelas artérias pancreaticoduodenal superior e inferior. O corpo e cauda do pâncreas são irrigados por ramos da artéria esplênica.

O retorno venoso do pâncreas segue para o fígado através do sistema porta, as veias organizadas tal como um espelho da rede de artérias.

O pâncreas é uma glândula comprida de cor pálida. Cruzando grandes vasos abdominais, está localizado atrás do estômago, entre o duodeno e o baço.

Localização do pâncreas

Veia cava superior

Veia porta hepáticaDrena o sangue do trato gastrointestinal para o fígado

DuodenoPrimeira parte do intestino delgado

Corpo do pâncreas

Pescoço do pâncreas

Ducto pancreáticoDesemboca junto com o duto biliar

Cabeça do pâncreas

Artéria e veia mesentéricas

superiores

Pâncreas

Jejuno

Processo uncinado do pâncreas

Ducto pancreático

Cauda do pâncreas

Artéria esplênica

Flexura duodenojejunal

Aorta

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AbDome

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O baçoO baço é o maior dos órgãos linfáticos. Tem cor púrpura escura e localiza-se abaixo das costelas inferiores, no

quadrante superior esquerdo do abdome.

As dimensões do baço podem variar muito, mas ele usualmente tem tamanho semelhante ao de uma bola de tênis. Em pessoas idosas, o baço naturalmente se atrofia e reduz o seu tamanho.

O hilo do baço contém os seus vasos sanguíneos e alguns vasos linfáticos. Ele também contém linfonodos e a cauda do pâncreas, todos envoltos pelo ligamento lie-norrenal, uma prega de peritônio.

FACES DO BAÇOO baço apresenta indentações

dos órgãos que estão a sua volta. A face que fica contra o múscu-lo diafragma é delicadamente curvada, enquanto a face vis-ceral é irregular, pois apresenta impressões do estômago, do rim esquerdo e da flexura esplênica do colo.

REVESTIMENTO DO BAÇOO baço é revestido e protegido

por uma delgada cápsula, forma-da por tecido conjuntivo fibro-elástico irregular. Esta cápsula contém no seu tecido fibras mus-culares que permite que o baço se contraia periodicamente. Es-tas contrações expelem o sangue filtrado pelo baço de volta para a circulação. Fora da cápsula o baço é completamente envolto pelo peritônio, uma fina camada de tecido conjuntivo que reveste a cavidade abdominal e recobre os órgãos dentro dela.

O baço é um órgão abdominal côncavo, que filtra o sangue, removendo células vermelhas danificadas. Ele também produz células linfáticas e anticorpos para lutar contra infecções.

Ligamento gastroesplênicoContém os ramos gástrico curto e gastro-omental

esquerdo dos vasos esplênicos

Impressão renalFormada pelo rim

Ligamento lienorrenalContém a cauda do pâncreas e os vasos esplênicos

Artéria esplênica

Veia esplênica

Impressão cólicaFormada pelo colo

HiloAbertura contendo vasos sanguíneos

Impressão gástricaFormada pelo estômago

Baço

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O trato urinário

O par de rins filtra o sangue, re-tirando as impurezas químicas e o excesso de fluido, que eles expelem como urina. A urina segue para bai-xo através dos estreitos ureteres à be-xiga urinária, a qual a armazena tem-porariamente até que seja eliminada pela uretra para o meio externo.

RINSOs rins têm o corpo em formato

de feijão e estão localizados na cavi-dade do abdome, contra sua parede posterior, atrás dos intestinos.

URETERDo hilo, ou como caules de cada

um dos dois rins, emergem o ureter direito e o esquerdo. Estes são tubos estreitos que recebem a urina produ-zida continuamente pelos rins.

BEXIGA URINÁRIARecebe e armazena temporaria-

mente a urina. A bexiga urinária é uma estrutura em forma de balão que fica sobre a sínfise púbica.

URETRAQuando a bexiga urinária se con-

trai e expulsa a urina, esta segue pela uretra, um tubo muscular de paredes finas que conduz a urina para o meio externo.

POSIÇÃO DOS RINSOs rins estão posicionados contra

a parede posterior do abdome, seus polos superiores ficam abaixo da dé-cima primeira e da décima segunda costelas. Devido a esta posição poste-rior, a cirurgia nos rins é comumente realizada pelas costas. O rim direito fica aproximadamente 2,5 centíme-tros mais abaixo do que o esquerdo. Ambos os rins se movimentam para cima e para baixo durante a respira-ção e com as trocas de postura.

Acima: O trato urinário estende-se para baixo por todo o comprimento do abdome

e da pelve. Os rins ficam atrás das costelas inferiores e a bexiga urinária está situada

sobre o assoalho pélvico.

O trato urinário consiste de dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. Esses órgãos são res-ponsáveis pela produção e eliminação da urina do corpo.

Rim direitoSitua-se mais baixo que o esquerdo devido à presença do fígado logo acima

Ureteres Conduzem ativamente a urina para baixo,

até a bexiga, através de contrações de suas paredes

Rim esquerdo

BexigaPode se expandir

para acomodar grande quantidade de

urina, se necessário (normalmente, até um

litro); expele a urina através da uretra

Vista posterior dos rinsRins

Os rins têm corpo em forma de feijão e são protegidos pelas

costelas inferiores

UreteresTubos compridos que se estendem

dos rins para baixo até a parte inferior da pelve e drena urina para

dentro da bexiga urinária

Bexiga Localiza-se sobre o assoalho

pélvico, mas eleva-se no abdome quando está cheia

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AbDome

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As glândulas adrenaisAs glândulas adrenais (suprarrenais) estão situadas sobre o polo superior dos rins, mas não fazem parte do

trato urinário. Cada uma consiste de duas partes separadas: a medula e o córtex que a envolve.

Localizadas no polo superior dos rins estão as glândulas adrenais. Embora es-tejam fisicamente próximas dos rins, elas não fazem parte do sistema urinário: são glândulas endócrinas que produzem hormônios vitais para o funcionamento saudável do corpo.

TECIDOS VIZINHOSAs amarelada glândulas adrenais

ficam acima dos rins e abaixo do mús-culo diafragma. Elas são circundadas por de uma espessa camada de tecido adiposo e revestidas pela fáscia renal, sendo separadas dos rins por tecido fibroso. Tal separação permite que um rim seja removido cirurgicamente sem danificar estas delicadas e importantes glândulas.

DIFERENÇAS ENTRE AS GLÂNDULAS

Em virtude da posição das suas estru-turas circundantes, as delicadas glândulas adrenais diferem em aparência:

A glândula adrenal direita:Tem o corpo em forma de pirâmide e

fica sobre o polo superior do rim direi-to. Ela fica em contato com o músculo diafragma, o fígado e a veia cava infe-rior, a principal veia do abdome.

A glândula adrenal esquerda:Tem o corpo em forma de meia-lua e

fica posicionado ao longo da superfície superior do rim esquerdo do polo infe-rior ao hilo. Ela fica em contato com o baço, pâncreas, estômago e o músculo diafragma.

IRRIGAÇÃO SANGUíNEAComo ocorre com outras glândulas

endócrinas, que secretam hormônios diretamente para corrente sanguínea, as glândulas adrenais têm suprimento sanguíneo bastante rico. Elas recebem sangue arterial de três fontes — as arté-rias adrenais superior, média e inferior —, as quais são ramos da artéria frênica inferior, aorta e artéria renal respectiva-mente.

Próximo das glândulas adrenais, este ramo de artérias divide-se repetidamen-te em numerosas pequenas artérias que entram nas glândulas sobre toda sua su-perfície.

Uma única veia deixa a glândula adrenal de cada lado para drenar o san-gue para a veia cava inferior à direita e para a veia renal à esquerda.

Embora as glândulas adrenais estejam situadas nos polos superiores dos rins, elas não têm qualquer relação com o trato urinário. Na

verdade, são glândulas endócrinas que secretam hormônios para dentro da circulação sanguínea.

Glândulas adrenais

Rins

Veia cava inferior

Aorta

Ureteres

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

116

RinsOs rins são órgãos sólidos situados na parede posterior do abdome. Eles agem como unida-

des de filtragem do sangue e de manutenção do equilíbrio e da composição dos fluidos dentro do corpo.

O par de rins fica no interior da cavidade abdominal contra a parede posterior do abdome. Cada rim tem aproximadamente 10 centímetros de comprimento, cor marrom avermelhado e for-ma característica de feijão. Na superfície da cobertura interna ou medial fica o hilo do rim, de onde chegam e partem os vasos sanguíneos. O hilo também é o local de saída do ureter direito e esquerdo, através dos quais a uri-na deixa o rim e é conduzida até a bexiga urinária.

REGIÕES DO RIMO rim tem três regiões, cada

qual com sua função na produção e coleta da urina:

O córtex renalA camada mais externa é bem

pálida e tem aparência granular.

A medula renalComposta de um tecido ver-

melho escuro esta envolta pelo córtex e tem forma de pirâmide.

A pelve renalÁrea central do rim em forma

de funil que coleta a urina e a di-reciona para o ureter que sai do hilo renal.

Camadas externasCada rim é revestido por uma

resistente cápsula fibrosa. Exter-namente, os rins possuem uma camada protetora de gordura con-tida na fáscia renal — tecido con-juntivo denso que ancora os rins e glândulas adrenais às estruturas circundantes.

Os rins são responsáveis pela excreção dos resíduos do sangue. Cada um possui três regiões: córtex, medula e pelve renal.

Rim seccionado transversalmente

Rim direitoPosicionado ligeiramente mais abaixo do que o esquerdo, devido à presença do fígado no lado direito do abdome

Medula renalÁrea central do rim; contém as pirâmides renais

Pelve renalConecta-se com o ureter no hilo

Cápsula fibrosaRevestimento fibroso externo

Pirâmides renaisConstituem a medula e contêm dutos que coletam urina

Córtex renalCamada mais externa, que

contém os néfrons

HiloOnde vasos sanguíneos

entram e saem do rim e onde o ureter começa

Cálice maiorA urina entra na pelve renal via cálice maior,

dentro do qual se projetam as papilas renais

UreterConduz a urina para

a bexiga urinária

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AbDome

117

Irrigação dos rinsA função dos rins é filtrar o sangue, para a qual recebem uma rica irrigação sanguínea. Como em outras partes

do corpo, o padrão da drenagem do sangue venoso é semelhante ao padrão de irrigação pelas artérias.

O sangue arterial é condu-zido para os rins pela artéria renal direita e esquerda, que são ramos diretos da princi-pal artéria do corpo, a aorta.

A artéria renal direita é mais longa do que a esquerda já que a aorta fica ligeiramen-te à esquerda da linha média do corpo. Uma em cada três pessoas possui uma artéria re-nal adicional acessória.

ARTÉRIAS RENAISA artéria renal entra no

rim pelo hilo renal e divide- -se em 3 ou 5 artérias segmen-tares, que se subdividem em artérias lobares. Não há anas-tomoses entre os ramos vizi-nhos segmentares.

As artérias interlobares passam entre as pirâmides renais e seus ramos formam as artérias arqueadas, que se-guem ao longo da junção entre o córtex renal e a medula re-nal. Inúmeras artérias interlo-bulares passam para o córtex renal, irrigando os glomérulos dos néfrons, onde ocorre a fil-tração e retirada dos excessos e resíduos não aproveitados da corrente sanguínea.

DRENAGEM VENOSAO sangue passa pelas veias

interlobular, arqueada e in-terlobar antes de ser coletado pela veia renal e retornar para a veia cava inferior, a princi-pal veia coletora do abdome.

A cada dia, os rins processam aproximadamente 1.700 litros de sangue. As artérias renais que irrigam o rim são ramos da aorta, o principal vaso do corpo.

Veia arqueada

Artéria arqueada

Artéria interlobular

Veia interlobular

Ureter

Artéria interlobar

Veia interlobar

Veia renalLeva o sangue filtrado do rim

para a veia cava inferior

Artéria renalConduz sangue da aorta para o rim

Artéria segmentar

Pirâmide renal

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

118

Bexiga urinária e ureterOs ureteres conduzem a urina produzida pelos rins por toda sua extensão até a bexiga uri-

nária. A urina, então, é armazenada na bexiga urinária até ser eliminada para o meio externo do corpo via uretra.

A urina é produzida continuamente pelos rins e condu-zida para baixo diretamente para a bexiga urinária por dois tubos musculares, os ureteres.

A BEXIGA URINÁRIAA urina é armazenada na bexiga urinária até ser eliminada

para o meio externo ao corpo via uretra. Quando a bexiga está vazia, possui o corpo em forma piramidal e suas paredes ficam espessas e com rugas, que somem quando a mesma é preenchida. A posição da bexiga varia:

Nos adultos, a bexiga vazia fica na parte inferior dentro •da pelve, ascendendo no abdome enquando fica cheia.

Nas crianças, a bexiga é mais alta, ficando dentro do •abdome mesmo quando vazia.As paredes contêm muitas fibras musculares, coletiva-•mente conhecidas como músculo detrusor da bexiga, que permite a contração da bexiga para expelir a uri-na.

TRíGONO DA BEXIGAO trígono é uma área triangular da parede da bexiga, na base

de sua estrutura. A parede contém fibras musculares que atuam prevenido o refluxo da urina em direção ao ureter quando a bexi-ga se contrai. A musculatura esfíncter ao redor do óstio da uretra mantém a abertura fechada até que a urina tenha sido expelida.

Secção coronal da bexiga urinária e da uretra femininas

Ureter

Músculo detrusor O músculo da parede da bexiga urinária contém fibras que correm para várias direções e permitem que a bexiga se contraia para expelir a urina

Trígono da bexiga Uma área triangular lisa entre os dois óstios dos ureteres e o óstio da uretra

Músculo esfíncter interno da uretraControla a saída da urina da bexiga urinária

Óstio externo da uretraNas mulheres, situa-se logo sobre a

entrada da vagina

Uretra

Colo da bexiga

Óstios dos ureteres

Rugas ou pregasRugas no revestimento que permitem a expansão da bexiga quando está cheia

Mucosa da bexigaUm revestimento especialmente adaptado com uma camada superficial de epitélio de transição; é capaz de suportar as variações

de volume da urina

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AbDome

119

Os ureteresOs ureteres são tubos musculares que impelem a urina para a bexiga. Cada ureter contrai

seus músculos para promover o fluxo da urina.

Vista posterior dos ureteres e da bexiga urinária

Os ureteres são tubos musculares estreitos com paredes fi-nas, que conduzem a urina dos rins para a bexiga. Cada ureter tem cerca de 25 a 30 centímetros de comprimento e aproxi-madamente três milímetros de largura. Eles originam-se nos rins e descem pela parede posterior do abdome, cruzando a crista ilíaca do osso do quadril, e entram na bexiga urinária perfurando sua parede posterior.

PARTES DO URETERCada ureter consiste de três partes anatomicamente distintas:

Pelve renalEsta é a primeira parte do ureter, que fica no interior do

hilo do rim. Ela tem corpo em forma de funil e recebe a uri-na dos cálices maiores, estreitando-se para formar o estreito

tubo do ureter. A junção desta parte do ureter com a próxima é uma das partes mais estreitas de toda a estrutura.

Ureter abdominalO ureter segue para baixo através do abdome e ligeira-

mente em direção à linha média até alcançar a borda pélvica e entrar na pelve. Durante seu curso pelo abdome o ureter corre atrás do peritônio, membrana que reveste a cavidade abdominal.

Parte pélvicaO ureter entra na pelve bem em frente da divisão da arté-

ria ilíaca comum. Ele desce pela parede posterior da pelve antes de dobrar para entrar pela parede posterior da bexiga urinária.

A urina é ativamente propelida ao longo dos ureteres para a bexiga urinária por contração da musculatura das paredes. Esta ação é conhecida como peristaltismo.

Glândulas adrenaisSituada sobre cada rim

Rim esquerdo

Colo descendente

Ureteres

Bexiga urináriaReto

Rim direito

Pelve renalPrimeira parte do ureter, origina-se no hilo do rim

Secção transversal do ureter

Endotélio do ureterRevestimento interno de múltiplas camadas

no ureter; é contínuo com o revestimento da pelve renal e da bexiga urinária

Lúmen

SubmucosaCamada de tecido conjuntivo que dá

sustentação

Túnica adventícia

Cobertura protetora externa do ureter;

composta de uma fina membrana serosa Camada

muscular circular externa

Camada muscular longitudinal

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

120

Sistema reprodutor masculinoO sistema reprodutor masculino inclui o pênis, o escroto e os testículos (contidos no escro-

to). As estruturas internas do sistema reprodutor estão contidas na pelve.

As estruturas que constituem o trato reprodutor masculi-no são responsáveis pela produção do esperma e do líquido seminal e pela sua condução para fora do corpo. Diferente de outros órgãos, não se tornam totalmente desenvolvidos e funcionais antes da puberdade.

PARTES CONSTITUINTESO sistema reprodutor masculino consiste em uma série de

órgãos interrelacionados:

TestículoO par de testículos fica suspenso no interior do escroto.

O esperma é conduzido para fora dos testículos através de tubos, o primeiro dos quais é o epidídimo.

EpidídimoNa ejaculação, o esperma deixa o epidídimo para entrar

no duto deferente.

Duto deferente Um tubo muscular ao longo do qual o esperma é conduzi-

do a caminho da próstata.

Glândula seminalAo deixar o duto deferente, o esperma mistura-se com flui-

do vindo da glândula seminal num duto ejaculatório unido.

PróstataO duto ejaculatório abre-se na uretra prostática.

Pênis Ao deixar a glândula prostática, a uretra torna-se o núcleo

do pênis.

Ducto ejaculatórioLocal de junção do duto deferente com o duto da vesícula seminal

Ducto deferente Tubo que conduz o esperma do epidídimo para a próstata

PênisConduz a urina ou o fluido seminal, cada um por vez, para o meio externo ao corpo

Uretra

EscrotoContem os testículos, mantendo-os numa temperatura inferior à do resto do corpo

TestículoLocal que produz espermatozoide

(células sexuais masculinas) e testosterona (hormônio masculino)

EpidídimoEm par, estrutura em forma de vírgula localizada junto dos testículos, pelas quais o esperma é armazenado para

amadurecer. Estrutura localizada contra o polo superior do testículo armazena e

amadurece o espermatozoide

PróstataCircunda a uretra na base da bexiga: provê fluiado rico em

enzimas, o qual ajuda a ativar o espermatozoide

Reto

Bexiga urinária

Vesícula seminalPequena glândula, localizada contra a parede

posterior da bexiga, que secreta um fluido espesso, o qual se mistura ao esperma

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sistemA reproDutor

121121

PróstataA próstata forma uma parte vital do sistema reprodutor masculino, fornecendo um rico fluido enzimático e

produzindo mais de um terço do volume total do líquido seminal.

Secção transversal da próstata

Uretra prostáticaCom aproximadamente 3 cm de

comprimento, a próstata está locali-zada logo abaixo da bexiga urinária e contém em seu interior a primeira parte da uretra. Sua base é fixada à base da bexiga, ficando a sua arre-dondada face anterior logo atrás da sínfise púbica.

CÁPSULAA próstata é coberta por uma

cápsula resistente de denso tecido conjuntivo fibroso. Do lado de fora desta cápsula há mais uma camada de tecido conjuntivo fibroso conhe-cida como fáscia prostática.

ESTRUTURA INTERNAA uretra, o trato de escoamento

da bexiga, segue verticalmente atra-vés do centro da próstata, onde é conhecida como parte prostática da uretra. O ducto ejaculatório abre-se na uretra prostática, em uma peque-na região dilatada, o colículo semi-nal.

A próstata possui dois lobos não tão distintos como em outros órgãos do corpo.

Lobo anteriorLocalizado anteriormente à uretra,

formado principalmente por tecido fibromuscular.

Lobo posterior Localizado posteriormente à uretra

e debaixo do ducto ejaculatório. Lobo lateral Estes dois lobos estão localiza-

dos em cada lado da uretra, formam a parte principal da glândula.

Lobo médioLocalizado entre a uretra e o duc-

to ejaculatório.

Fáscia prostática

Seios prostáticos

Glândulas

Lobo anterior (fibromuscular)

Colículo seminal

Plexo venoso prostático

A próstata está localizada na base da bexiga, circundando a uretra. Ela é um órgão firme e liso, aproximadamente do tamanho de uma noz.

Localização da próstata

Bexiga urinária

Fáscia prostática (cápsula)

Óstios do ducto ejaculatório

Glândula bulbouretral

Corpo esponjoso

Corpo cavernoso

Uretra esponjosa

Seio prostático

Próstata

Óstio interno da uretra

Trígono da bexiga

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

122

Testículo, epidídimo e escrotoOs testículos, que estão suspensos no interior do escroto, são os órgãos responsáveis pela

produção do esperma. O escroto também contém os dois epidídimos — longos tubos espira-lados, os quais se conectam ao ducto deferente.

Os testículos são firmes, móveis e estruturas de corpo oval com aproximadamente 4 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de espessura no adulto. Os testículos são encon-trados no interior do escroto, uma bolsa exterior da parede abdominal anterior, e são fixados abaixo do funículo esper-mático, pelo qual ficam pendurados.

CONTROLE DA TEMPERATURAO esperma normal só pode ser produzido se a tempera-

tura do testículo estiver aproximadamente três graus abaixo da temperatura interna do corpo. Fibras musculares dentro do funículo espermático e das paredes do escroto ajudam a regular a temperatura escrotal, levantando os testículos em

direção ao corpo quando está frio e relaxando-os quando a temperatura ambiente está mais alta.

EPIDíDIMOCada epidídimo é uma estrutura firme em forma de vírgu-

la, ligada ao polo superior dos testículos, seguindo para baixo da sua superfície posterior. O epidídimo recebe o esperma produzido nos testículos e é formado por um enovelado de túbulos, os quais, se estendidos, chegariam a medir aproxi-madamente 6 metros de comprimento.

Da cauda do epidídimo emerge o duto deferente. Este tubo carrega o esperma de volta para cima através do funículo es-permático e para dentro da cavidade pélvica na próxima eta-pa de seu percurso.

Os dois testículos são os órgãos sexuais masculinos que produzem o esperma. Os dois

conjuntos de testículos e epidídimos estão situados lado a lado no interior do saco escrotal.

Funículo espermático

Ducto deferente

Cabeça do epidídimoLigada aos testículos pelo ducto deferente

Ductos eferentesConduzem esperma dos testículos para o epidídimo

Rede testicularRede de túbulos localizada posteriormente aos testículos

Corpo do epidídimoArmazena o esperma até amadurecer

Cauda do epidídimo

Túnica albugíneaCada testículo é envolto por esta

resistente túnica de proteção

Lóbulo Contém de um a quatro

novelos de túbulos seminíferos, locais onde são produzidos os

espermatozoides; no tecido conjuntivo ao redor dos túbulos, estão as células de Leydig, que

produzem os hormônios masculinos

Testículos

Pele do escrotoA pele do escroto é fina, enrugada e pigmentada

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sistemA reproDutor

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Irrigação dos testículosO suprimento de sangue arterial dos testículos provém da aorta abdominal e desce até o escroto. A drenagem

venosa segue o caminho reverso.

Durante a vida embrionária, os testículos desenvolvem-se no interior do abdome; apenas após o nascimento eles des-cem para sua posição final, dentro do escroto. Desta maneira, o suprimento sanguíneo dos testículos origina-se no abdome diretamente da aorta e segue para baixo até o escroto, para chegar nos testículos.

ARTÉRIA TESTICULARO par de artérias testiculares são longas e estreitas, surgin-

do da parte abdominal da aorta. Elas seguem para baixo sobre a parede posterior do abdome, cruzando os ureteres até o anel inguinal profundo, e entram no canal inguinal. Como parte

do funículo espermático, elas deixam o canal inguinal e en-tram no escroto, onde irrigam os testículos, também fazendo interconexões com a artéria do ducto deferente.

VEIAS TESTICULARESA veia testicular origina-se no epidídimo e no testículo de

cada lado. Seu curso difere daquele das artérias testiculares dentro do funículo espermático, onde, em vez de uma única veia, há uma rede de veias, conhecida como plexo venoso pampiniforme. Mais adiante no abdome, a veia testicular di-reita drena para dentro da veia cava inferior, enquanto a es-querda normalmente drena para a veia renal esquerda.

Aorta Principal vaso sanguíneo do abdome

Veia cava inferior

Artéria e veia testicular

Plexo pampiniformeAge como um mecanismo de troca de calor, resfriando o sangue arterial antes de este chegar aos testículos

TestículosUsualmente, o esquerdo fica ligeiramente mais para baixo

do que o direito

Canal inguinal

Artéria e veia testicular

Vasos renais

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

124

PênisO pênis é o órgão masculino de cópula, e, quando ereto, pode lançar esperma dentro da

vagina durante a relação sexual. Para ser capaz disto, o pênis é composto, principalmente, de tecido erétil.

O pênis é na sua maior parte composto por três colunas de tecido esponjoso eré-til: as duas colunas de corpo cavernoso e uma coluna de corpo esponjoso. Estas são capazes de aumentar o seu comprimento e largura com o sangue, causando a ereção.

ESTRUTURAS DO PÊNISHá apenas uma pequena quantidade de

tecido muscular associado ao pênis, loca-lizada na sua raiz. O corpo e a glande não possuem músculos.

Os principais componentes do pênis são:RaizEsta primeira parte do pênis é fixa na

sua posição e é constituída da base expan-dida das três colunas de tecido erétil co-berta por fibras musculares.

CorpoEste fica pendurado quando em condi-

ção flácida e é feito de tecido erétil, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos e linfáti-cos.

GlandeÉ a ponta do pênis, formada a partir de

uma expansão do corpo cavernoso e con-tém o óstio externo da uretra.

PeleContinuação da pele do escroto, é fina,

escura e sem pelos. Está fixada levemente na fáscia e fica enrugada quando o pênis está flácido.

Na ponta do pênis, há uma extensão da pele como uma dupla camada que recobre a glande; esta é conhecida como prepúcio do pênis.

O corpo do pênis consiste em três colunas de tecido erétil. Estas ficam cheias de sangue durante a estimulação sexual, resultando na ereção.

O pênis é anatomicamente dividido em três partes: raiz, corpo e glande.

Secção transversal do corpo do pênis

Bexiga urinária

Próstata

Uretra prostática

Raiz do pênis

Corpo

GlandeA cabeça do pênis; normalmente coberta pelo prepúcio, um prolongamento da pele do pênis, o qual é removido durante a circuncisão

Óstio externo da uretra

Coroa da glande

Corpo esponjosoTecido erétil do pênis que

envolve a uretra e estende-se para formar a glande

Corpos cavernososCorpos cilíndricos de tecido

erétil que se enchem de sangue durante a ereção

Uretra Segue pelo

comprimento do pênis dentro do corpo

esponjoso

Glândula bulbouretral

Conhecida também como glândula de Cowper;

adiciona conteúdo rico em açúcar ao sêmen

Veia dorsal profunda

Nervo dorsal

Pele

Fáscia profunda

Uretra

Corpo esponjoso

Artéria profunda do

corpo cavernoso

Corpos cavernosos

Artéria dorsal

Veia dorsal superficial

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sistemA reproDutor

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Músculos associados ao pênisVários músculos estão associados ao pênis. Suas fibras estão confinadas à raiz e às estruturas ao redor do pê-

nis. Não há músculos no corpo ou na glande.

Estes músculos são coletivamente conhecidos como músculos superfi-ciais do períneo, pelo fato de estarem localizados no períneo, ao redor do ânus e da parte externa da genitália.

Os três principais músculos desta área são:

Músculo transverso superficial do períneo

Um par de músculos delgados loca-lizados superficialmente abaixo da pele e a frente do ânus. Seguem da tuberosi-dade isquiática do osso pélvico de cada lado através da linha média do corpo.

Músculo bulboesponjosoEste músculo age comprimindo a

base do corpo esponjoso e, consequen-temente, a uretra esponjosa para auxi-liar a expelir o seu conteúdo. Ele tem origem no centro tendíneo do períneo, que une os dois lados e passa ao redor da raiz do pênis.

Músculo isquiocavernosoEste músculo origina-se na tuberosi-

dade isquiática do osso pélvico, circun-dando a base do corpo cavernoso de cada lado. A contração deste músculo ajuda a manter a ereção.

Os músculos ao redor do pênis são conhecidos como músculos superficiais do períneo. Eles estão ao redor da base do pênis e ajudam a manter a ereção.

O suprimento sanguíneo do pênis origina-se da artéria pudenda interna. As artérias profundas irrigam o corpo cavernoso durante a ereção.

O suprimento arterial do pênis tem duas funções; como em qualquer órgão ele tem que providenciar um aporte de sangue oxigenado para os tecidos do pê-nis. E também um adicional suprimento, ingurgitamento para o tecido erétil do pênis.

ARTÉRIASTodas as artérias que irrigam o pênis

são ramos da artéria pudenda interna. As artérias dorsais ficam de cada lado da linha média da veia dorsal profunda e irrigam a pele e o tecido conjuntivo do pênis.

As artérias profundas seguem dentro do corpo cavernoso para irrigar o tecido, permitindo grande aporte sanguíneo para o tecido durante a ereção.

DRENAGEM VENOSAA veia profunda do pênis recebe san-

gue dos espaços no corpo cavernoso (cavernas), enquanto o sangue do tecido conjuntivo e da pele é drenado pela veia superficial dorsal do pênis. O sangue ve-noso é drenado em última instância pela veia pudenda no interior da pelve.

Irrigação do pênis

Músculo bulboesponjosoComprime a base do corpo esponjoso que ele circunda

Músculo transverso superficial do períneoPar de músculos na frente do ânus; fundem-se na linha média

Esfíncter externo do ânus

Ânus

Osso coccígeo

Músculo isquiocavernoso

A contração deste músculo ajuda na manutenção da ereção

peniana pela compressão da raiz do corpo cavernoso.

Veia dorsal profunda do pênis

Artéria dorsal profunda do pênis

Corpo cavernoso

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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O trato reprodutor feminino é composto de órgãos genitais internos — ovários, tuba uterina, útero e vagina — e genitália externa (a vulva).

GENITÁLIA INTERNAOs ovários, em forma de amêndoas, ficam de cada lado do úte-

ro, suspensos por ligamentos. Sobre os ovários fica o par de tubas uterinas, cada uma delas fornecendo local para a fertilização do ovócito, que então segue para baixo no tubo até o útero. O útero localiza-se dentro da cavidade pélvica e eleva-se para a região inferior da cavidade do abdome com a progressão da gravidez.

A vagina, que liga o colo do útero com à vulva, pode ser grande-mente distendida, tal como ocorre durante o parto quando ela forma grande parte do canal de nascimento.

GENITÁLIA EXTERNAA genitália externa feminina ou vulva é onde o trato re-

produtor abre-se para o exterior. O óstio da vagina esta atrás do óstio da uretra em uma área conhecida como vestíbulo da vagina. Esta área é coberta por duas lâminas de pele de cada lado, o lábio menor e o lábio maior, e na frente delas fica a elevação do clitóris.

Sistema reprodutor femininoA função do trato reprodutor feminino é dupla. Os ovários produzem óvulos para fertiliza-

ção, e o útero nutre e protege o feto pelos nove meses de sua gestação.

FímbriasProjeções em forma de dedos ao final do tubo uterino, que se curva em torno do ovário

OvárioLocal da produção do óvulo; produz o hormônio feminino estrógeno

Ligamento próprio do ovário

Ligamento largoDupla camada de membrana serosa; contém vasos sanguíneos

Útero

VaginaUm tubo com paredes delgadas que vai

do colo do útero à abertura da vulva

Colo do úteroParte inferior muscular espessa do útero que liga a vagina com a cavidade uterina

Ovário (corte coronal)

Desenvolve o folículo do óvulo durante o ciclo menstrual; normalmente um óvulo é

produzido a cada ciclo

Tuba uterina (de Falópio)Estende-se do ovário até o útero; recebe o óvulo liberado do ovário

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sistemA reproDutor

127

Irrigação interna da genitália femininaO trato reprodutor feminino recebe um rico aporte sanguíneo por meio de uma rede interconectada de arté-

rias. A drenagem venosa é feita por uma rede de veias.

As quatro principais artérias do genital feminino são:

Artéria ováricaEste ramo da parte abdominal da aorta segue para o ová-

rio. Ramos desta artéria, de cada lado, passam pelo ligamento mesovário, uma prega de peritônio onde o ovário está locali-zado, para irrigar o ovário e a tuba uterina. A artéria ovárica se anastomosa no mesovário com a arteira uterina

Artéria uterinaEste é um ramo calibroso da artéria ilíaca interna. Esta ar-

téria irriga o colo do útero e é ali fixada pelos ligamentos do

colo do útero. A artéria uterina se anastomosa com a artéria ovárica e um de seus ramos conecta-se com as artérias abaixo para suprir o colo do útero e a vagina.

Artéria pudenda internaContribui para irrigar o terço inferior da vagina e ânus.

VEIASUm plexo ou uma rede de pequenas veias fica no interior das

paredes do útero e da vagina. O sangue recebido nestes vasos é drenado para a veia ilíaca interna através da veia uterina.

Nesta ilustração foi removida a camada dos órgãos pélvicos femininos para revelar a vascularização subjacente.

Artéria uterinaRamo da artéria ilíaca interna que se anastomosa com a artéria do ovário e irriga o corpo do útero

Veia uterinaRecebe sangue de pequenas veias das paredes do útero e da vagina, drenando para a veia ilíaca interna

Artéria vaginalIrriga as paredes da vagina

Artéria pudenda internaRamo da artéria ilíaca interna; irriga o

terço inferior da vagina

Veia ováricaAtravés da qual ocorre a drenagem venosa do ovário; ascende ao longo da parede posterior do abdome para drenar para a tributária da veia cava inferior ou na veia renal esquerda

Artéria ováricaRamo da parte abdominal, da aorta segue para baixo para a pelve e chega no ovário através do ligamento suspensor do ovário

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

128

ÚteroO útero é a parte do sistema reprodutor feminino que abriga e protege o feto durante a ges-

tação. Ele localiza-se no interior da cavidade pélvica e é um órgão muscular oco.

Durante a fase reprodutiva, o útero da mulher não grávida mede aproximadamente 7,5 centímetros de comprimento e 5 centímetros nos seus pontos mais largos. Porém, ele pode expandir-se enormemente para acomodar o feto na gravidez.

ESTRUTURAO útero compõe-se de duas partes:

O corpoFormando a parte superior do útero, ele é razoavelmente

móvel já que precisa expandir-se durante a gravidez. O espa-ço triangular central ou cavidade do corpo recebe as abertu-ras das duas tubas uterinas.

O colo do úteroA parte inferior do útero é um espesso canal muscular,

o qual está ancorado às estruturas pélvicas ao seu redor para estabilidade.

PAREDES UTERINASA principal parte do útero, o corpo, tem uma espessa pare-

de composta por três camadas:

PerimétrioUma fina camada exterior, a qual é contínua com o peri-

tônio pélvico

MiométrioForma a maior parte da parede do úteroEndométrioUm delicado revestimento, o qual é especializado na im-

plantação do embrião quando ocorre a fertilização.

Tuba uterina (de Falópio)Estende-se até o ovário, o qual elas envolvem; nas suas extremidades finais há prolongamentos chamados de fimbrias

Corpo do úteroA parte superior conecta-se às duas tubas uterinas; a parte inferior conecta- -se com a vagina e com o colo do útero

Colo do úteroProjeta-se ligeiramente para dentro da vagina, onde o canal do colo do útero se abre para o óstio exterior

FórniceEspaço formado em volta do colo do útero na ligação com a vagina. Reentrância rasa formada pelo colo do útero empurrando a vagina

Óstio do úteroVagina

PerimétrioContínuo com o peritônio pélvico, esta

é a camada escorregadia de tecido conjuntivo revestindo a cavidade pélvica

MiométrioUma espessa camada de músculo que

contém a maioria dos vasos e nervos que suprem o útero

EndométrioRevestimento que se torna espesso

durante o ciclo menstrual, em preparo para a implantação do embrião

Fundo do úteroParte do corpo do útero que está

localizado acima do nível da tuba uterina

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sistemA reproDutor

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O útero na gestaçãoNa gestação o útero cresce para abrigar o feto em desenvolvimento. De um pequeno órgão pélvico, ele aumen-

ta em tamanho, ocupando bastante espaço da cavidade abdominal.

A pressão provocada pelo aumento do útero sobre os ór-gãos do abdome empurra-os para cima contra o músculo dia-fragma, invadindo a cavidade torácica e fazendo com que as costelas alarguem-se para compensar. Órgãos como o estôma-go e a bexiga urinária são comprimidos a tal ponto no final da gravidez que sua capacidade é bastante reduzida, tornando- -se cheios em pouco tempo.

Após a gravidez, o útero diminui rapidamente, embora permaneça ligeiramente mais largo do que um que nunca te-nha passado pelo processo de gravidez.

ALTURA DO FUNDO DO ÚTERODurante a gravidez o útero aumentado pode ser acomodado

no interior da pelve pelas primeiras doze semanas, período

em que a parte superior do útero, o fundo, somente pode ser apalpada na região inferior do abdome. Após vinte semanas, o fundo do útero atinge a região do umbigo e, ao final da gra-videz, ele pode chegar até o processo xifoide, a parte inferior do osso esterno.

PESO DO ÚTERONo estágio final da gravidez, o útero terá aumentado

em peso das 45 gramas pré-gravidez para em torno de 900 gramas.

O miométrio (camada muscular) cresce a medida em que suas fibras aumentam de tamanho individualmente (hipertrofia). Além disso, as fibras aumentam em número (hiperplasia).

Durante a gravidez o útero se expande para abrigar o feto. O conteúdo da cavidade abdominal fica comprimido entre o útero e o diafragma.

Parede abdominal distendida

UmbigoO útero atinge este nível na vigésima semana de gravidez

Bexiga urinária Tem sua capacidade de armazenamento reduzida devido à compressão causada pelo alargamento do útero; por isso, a mulher grávida tende a urinar com mais frequência

Músculo levantador do ânusÉ o “diafragma pélvico”; mantém os órgãos pélvicos em seu lugar

Osso coccígeo“Cauda” rudimentar de osso

Reto (seccionado)

Osso sacroElemento triangular curvado da parte

inferior da coluna vertebral

Útero na gravidezAumenta grandemente seu tamanho,

ocupando quase toda a cavidade do abdome e comprimindo outros órgãos

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

130

Vagina e colo do úteroA vagina é um tubo muscular de paredes finas que se estende do colo do útero até a geni-

tália externa. A vagina fica fechada quando em repouso, mas tem estrutura para ser estendida durante a relação sexual ou o parto.

A vagina tem aproximadamente 8 cm de comprimento e está posicionada entre a bexiga urinária e o reto. Ela forma a principal parte do canal de parto e recebe o pênis durante a relação sexual.

ESTRUTURA DA VAGINAA parede anterior e a parede posterior da vagina normal-

mente permanecem em contato uma com a outra, fechando o lúmen (espaço central), mas a vagina pode se expandir gran-demente, tal como ocorre no parto.

O colo, porção inferior do útero, projeta-se para baixo e para dentro do lúmen da vagina na sua porção superior. Onde a vagina faz um arco para encontrar o colo, formam- -se reen trâncias conhecidas como fórnices da vagina. Estes

se dividem em anterior, posterior, direito e esquerdo, embora formem um anel completo.

A fina parede da vagina tem três camadas:

AdventíciaA camada mais externa, composta de tecido conjuntivo fi-

broelástico, que permite distenção quando necessário

MuscularCamada central da parede vaginal

MucosaA camada mais interna da vagina; possui muitas rugas (do-

bras profundas) e uma camada estratificada escamosa (como pele) epitelial (forro celular), que ajuda a resistir ao atrito du-rante o coito.

Secção coronal da vagina

Fórnice lateral da vagina

Túnica adventícia

MúsculoCamada muscular que se distende consideravelmente durante o parto

MucosaForrada com uma camada de epitélio, a mucosa vaginal não tem glândulas; a lubrificação vem de secreções das glândulas cervicais acima Carúnculas himenais

Resquício do hímen — a lâmina de mucosa cobrindo a entrada da vagina;

separa a vagina do vestíbulo

Lúmen vaginal (espaço central)

O epitélio que reveste a vagina apresenta uma série de dobras,

chamadas de rugas

Artéria vaginalIrriga a vagina com nutrientes e oxigênio

Óstio do úteroEntrada para a cavidade do útero

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sistemA reproDutor

131

O colo do útero ou cérvix está fixado na sua posição pe-los ligamentos cervicais, ancorando a relativa mobilidade do corpo do útero acima.

ESTRUTURA CERVICALO colo tem um canal estreito de aproximadamente 2,5 cen-

tímetros de comprimento na mulher adulta. As paredes do colo são duras, contendo muito tecido fibroso e também mús-culos, ao contrário do corpo do útero, que é formado princi-palmente de músculo liso.

O canal do colo do útero é a continuação da cavidade uterina que segue para baixo e abre na extremidade infe-rior, no óstio externo, para a vagina. O canal é mais largo na sua parte central, comprimindo-se ligeiramente no óstio

interno, na extremidade superior, e no óstio externo, na ex-tremidade inferior.

REVESTIMENTO DO COLO DO ÚTEROO epitélio ou forro do colo é de dois tipos:

Endocervical Este é o revestimento interno do canal do colo do útero. O

epitélio é uma simples, camada única de células colunares, que fica sobre uma superfície repleta de dobras, as quais con-têm glândulas.

Ectocervical Este cobre a porção do colo que se projeta para baixo para

a vagina; é composto de tecido epitelial escamoso com várias camadas.

O colo do úteroO colo do útero é sua parte inferior e estreita, que se projeta para o interior da parte superior da vagina.

O colo do útero, ou cérvix, localiza-se na parte inferior do útero. Ele contém menos músculo

do que o útero e é revestido por dois tipos diferentes de células epiteliais.

Canal do úteroEste canal contém pregas de mucosa

conhecidas como pregas palmadas

Óstio interno do úteroAbertura para a cavidade uterina

Tecido fibroso

Zona transitóriaA área onde as células do endocérvix e do ectocérvix encontram-se; área propensa à alterações pré-cancerígenas e, por isso, é raspada no teste cervical

Óstio externo Abertura para vagina

Fórnice lateral (vagina)

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Ovários e tubas uterinasOs ovários são os locais de produção dos ovócitos (ou óvulos) que, quando fertilizados

pelo esperma, produzem embriões. As tubas uterinas (de Falópio) conduzem os ovócitos dos ovários para o útero.

O par de ovários está situado na parte inferior do abdome e cada um fica em um dos lados do do útero. Sua posição pode variar, especialmente após o parto, quando os seus ligamen-tos são distendidos. Cada ovário consiste de:

Túnica albugíneaUma camada fibrosa de proteção

MedulaRegião central que contém vasos e nervos

CórtexEm seu interior, os ovócitos desenvolvem-se

Camada superficialLisa antes da puberdade, torna-se irregular durante os

anos de vida reprodutiva

SUPRIMENTO SANGUíNEOA irrigação do ovário é feita pela artéria ovárica que é um

ramo da parte abdominal da aorta. Depois de irrigar também a tuba uterina, faz anastomose com a artéria uterina. O sangue dos ovários entra numa rede de pequenas veias, o plexo pampinifor-me, no interior do ligamento largo, a partir do qual ele entra nas veias ováricas esquerda e direita. Estas ascendem para o abdome, drenando para veia cava inferior e a veia renal respectivamente.

Secção transversal do ovário

Folículo Graafian maduroDurante a ovulação apenas um folículo fica amadurecido para ser liberado

Corpo lúteoApós a ovulação, a célula folicular deixada para trás forma o corpo lúteo, que eventualmente se degenera

Folículo vazio Permanece vazio depois que o óvulo é liberado

MedulaRegião central, localizada no interior do córtex; contém vasos e nervos

FaceTorna-se irregular à medida que os ovócitos são liberados durante cada ovulação ao longo da vida da mulher

Ligamento próprio do

ovário

CórtexPrincipal parte do

ovário; contém vasos e nervos, além de uma

série de ovócitos em desenvolvimento

Corpo lúteo em degeneração (corpus albicans)

Folículo primárioVários se desenvolvem a cada ciclo menstrual;

apenas um amadurece por ciclo

Epitélio germinativoContinuação do peritônio pélvico,

que reveste e lubrifica a parede e o conteúdo da cavidade pélvica

Ovócito

Folículo em processo de amadurecimento

Túnica albugíneaResistente camada externa, recoberta por

uma única camada de células colunares, que formam o epitélio germinativo

Artéria e veia do ovário

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sistemA reproDutor

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As tubas uterinasAs tubas uterinas (de Falópio) coletam os ovócitos liberados do ovário e os transporta para

o útero. Elas também fornecem local para fertilização do ovócito pelo espermatozoide.

Cada tuba uterina tem aproximadamente 10 centíme-tros de comprimento e estende-se para fora da parte su-perior do corpo do útero em direção à parede lateral da cavidade pélvica.

As tubas seguem para dentro do limite superior do liga-mento largo e abrem-se na cavidade peritonial, na região do ovário.

ESTRUTURAAs tubas são anatomicamente divididas em quatro partes,

de fora para dentro:

InfundíbuloExtremidade das tubas, em forma de funil, que se abre na

cavidade peritonial

AmpolaParte mais dilatada da tuba uterina e local mais usual para

a fertilização do ovócito

IstmoParte mais estreita da tuba uterina com pardes espessas

Parte uterinaParte mais curta da tuba uterina.

IRRIGAÇÃO E DRENAGEMAs tubas uterinas têm um rico suprimento sanguíneo pro-

veniente das artérias uterinas e ovarianas; estas se sobrepõem para formar a arcada arterial. O sangue venoso é drenado das tubas uterinas numa rede de vasos com padrão que espelha o do suprimento arterial.

As tubas uterinas localizam-se de cada lado do corpo do útero. A extremidade de cada tuba fica próxima ao ovário, abrindo-se para o interior da cavidade abdominal.

Principais partes da tuba uterina

Istmo Parte estreita e de paredes finas, próxima ao corpo do útero

Fundo do útero

Cavidade uterina Parte uterina da tuba Passa através da parede muscular do

útero para se abrir no óstio uterino

Artérias e veias ováricas

Ovário

InfundíbuloTem projeções em forma de dedos, as fímbrias, que ficam penduradas sobre o ovário, prontas para apanhar o ovócito na ovulação

AmpolaSegmento longo e largo, o local

para a fertilização do ovócito

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

134

Mama femininaA mama feminina é uma estrutura que se altera durante a vida da mulher. A mudança mais

óbvia ocorre durante a gestação, quando a mama se prepara para sua função como fonte de leite para o bebê.

Tanto homens quanto mulheres possuem tecido mamário, mas a mama é normalmente uma estrutura bem desenvolvida na mulher. As duas mamas femininas são aproximadamente hemisféricas e compostas de tecidos adiposo e glandular, que ficam sobre a camada de músculo da parede anterior do tó-rax, dos dois lados do esterno.

ESTRUTURA DA MAMAA base da mama tem um contorno aproximadamente cir-

cular e estende-se para baixo a partir do nível da segunda costela até acima da sexta costela. Além disso, pode haver uma extensão do tecido da mama em direção à axila, conhe-cida como “cauda axilar”.

O tamanho das mamas varia grandemente entre as mulhe-res, principalmente devido à quantidade de tecido adiposo acumulado, já que existe geralmente a mesma quantidade de tecido glandular.

As glândulas mamárias consistem de 15 a 20 lóbulos — grupos de tecido que produz o leite. O leite é conduzido de cada lóbulo para a superfície da mama por um tubo conheci-do como ducto lactífero, que tem sua abertura na papila ma-mária.

A papila mamária é uma estrutura protuberante circunda-da pela área pigmentada circular, chamada aréola. A pele da papila mamária é muito fina e delicada e não possui folículos pilosos ou glândulas sudoríparas.

Músculo peitoral maiorLocalizado abaixo da mama, flexiona e aduz o braço (em direção ao corpo)

Ductos lactíferosConduz leite dos lóbulos para a papila mamária

Lobos da mamaAgrupamento de tecido secretor; cada mama consiste de 15 a 20 lóbulos

AmpolaParte dilatada dos ductos

lactíferos; localiza-se antes dos ductos terminarem na

papila mamária

AréolaÁrea pigmentada da pele

que circunda a papila mamária e contém fibras

musculares lisas

Papila mamáriaDilatação da face da

mama; onde os ductos lactíferos se abrem

Tecido adiposoDurante a puberdade, gordura é depositada no tecido da mama, causando o aumento da mama

A mama feminina é composta de tecidos adiposo e fibroso glandular. As glândulas mamárias secretoras de leite consistem de 15 a 20 lóbulos; o leite é conduzido, via ducto lactífero, para as aberturas da papila mamária.

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sistemA reproDutor

135

Pequenos vasos linfáticos originam-se em espaços teciduais e convergem para formar grandes vasos, que conduzem a linfa (geralmente) limpa dos tecidos para o sistema venoso. A linfa drenada da papila, auréola e glândula mamária para uma rede de pequenos vasos linfáticos, o “plexo linfático subareolar”. Deste plexo a linfa pode ser conduzida em várias direções.

DRENAGEMCerca de 75% da linfa do plexo subareolar é drenado para

os linfonodos da axila, na maior parte dos quadrantes laterais

da mama. A linfa passa através de uma série de linfonodos, na região da axila, sendo drenada para o tronco subclavicular e finalmente para o ducto linfático direito, que retorna a linfa para as veias acima do coração.

Grande parte da linfa que permanece, principalmente dos quadrantes mediais da mama, é conduzida para os linfono-dos conhecidos como paraesternais, que se localizam ante-riormente próximos da linha média do tórax. Uma pequena porcentagem de vasos linfáticos da mama segue uma outra rota, indo para os linfonodos intercostais.

Drenagem linfática da mamaO fluido linfático que escapa dos vasos sanguíneos para o espaço entre as células retorna para a circulação

sanguínea através do sistema linfático. A linfa passa através de uma série de linfonodos, que agem como filtros, removendo bactérias, células e outras partículas.

A maior parte da linfa no tecido da mama é drenada por linfonodos da axila, antes de ser drenada nos linfonodos subclaviculares e, então, para as veias.

Artéria e veia axilarVasos do braço

Linfonodos apicais linfáticosSituados abaixo da clavícula; a linfa da axila é drenada para estes linfonodos

Linfonodos axilaresA linfa das mamas é drenada e filtrada nestes linfonodos, na axila, antes de ser conduzida para os linfonodos claviculares

Linfonodos interpeitoraisSituados no músculo peitoral; filtram a linfa da mama

Plexo subareolarRede de vasos linfáticos interconectados,

os quais recebem linfa da papila mamária, aréola e lóbulos da mama

Linfonodos paraesternais

A maior parte da linfa da região medial e interna da

mama é drenada nestes linfonodos

Ducto linfático direitoRetorna a linfa para as veias

acima do coração

Veia subcláviaDrena o sangue do braço

para a veia braquiocefálica

Tronco linfático subclávio direito

Drena a linfa do braço e da mama (via linfonodos da axila)

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

136

Ossos da pelveA pelve é formada pelos ossos do quadril, sacro e coccígeo. Os ossos da pelve proveem

locais para a inserção de músculos importantes e também ajudam a proteger órgãos vitais.

Os ossos da pelve formam um anel que liga a coluna ver-tebral aos membros inferiores e protege o conteúdo pélvico, in-cluído os órgãos reprodutores e a bexiga urinária.

Os ossos da pelve, no qual estão inseridos vários múscu-los fortes, permitem que o peso do corpo seja transferido para os membros inferiores com grande estabilidade.

ESTRUTURAS DA PELVEA pelve consiste de dois

ossos do quadril, do osso sa-cro e das vértebras coccígeas. Os ossos do quadril articu-lam-se anteriormente à sínfi-se púbica e, posteriormente, estes dois ossos juntam-se ao sacro. Estendendo-se para baixo a partir do sacro, na parte posterior da pelve, fi-cam as vértebras coccígeas.

PELVE VERDADEIRA E PELVE FALSA

Pode-se dizer que a pelve está dividida em duas partes por um plano imaginário que passa pelo promontório e pela sínfise púbica:

Acima do promontório •surge a falsa pelve, que sustenta o conteúdo ab-dominal inferior.Abaixo deste plano lo-•caliza-se a verdadeira pelve; no sexo feminino, ela forma o canal restri-to para o parto, por onde passa o bebê durante o nascimento.

Vista anterior da pelve feminina adulta

A pelve masculina difere da feminina sendo mais pesada e com ossos mais espessos. O arco púbico é mais estreito e a sínfese púbica é mais profunda em homens.

Diferenças entre o sexo masculino e o sexo feminino

Pelve adulta masculina vista anterior

Osso esquerdo do quadril

Osso coccígeo

Arco púbicoO ângulo abaixo da união dos ossos púbicos

na frente da pelve; é menor no sexo masculino do que no feminino

Sínfise púbicaÉ mais alta no sexo masculino do que no sexo feminino

Osso direito do quadril

Promontório (base do sacro)

Articulação sacroilíacaArticulação larga e plana entre o sacro e a asa do ílio

Osso direito do quadril

Osso coccígeoVestígio dos ossos da cauda e parte mais baixa do osso das costas; ajuda a formar a parede posterior do anel pélvico

Túber isquiáticoGrande projeção do osso ísquio, que suporta o peso do corpo quando a pessoa está sentada Arco púbico (ângulo infrapúbico)

Ângulo abaixo dos ossos púbicos na região anterior da pelve; é maior em mulheres do que em homens

Sínfise púbica

Área onde os dois ossos púbicos

se articulam

Promontório (base do sacro)

Sacro

Osso esquerdo do

quadril

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pelve e membros inferiores

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O osso do quadrilOs dois ossos do quadril articulam-se na frente, na sínfise púbica, e unem-se atrás com o osso sacro. Cada um

deles é formado por três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis.

Os dois ossos do quadril constituem a maior parte da pel-ve, articulando-se entre si anteriormente e, posteriormente, articulando-se com o osso sacro.

ESTRUTURAO osso do quadril é largo e forte, devido à sua função de

transmitir força entre os membros inferiores e a coluna ver-tebral. Como a maioria dos ossos, ele tem áreas dilatadas ou ásperas pela inserção de músculos e ligamentos. O osso do quadril é formado pela fusão de três ossos: o ílio, o ísquio e o

púbis. Nas crianças, estes três ossos estão articulados somen-te por cartilagem. Na puberdade, eles se fundem para formar um único osso, o osso do quadril, sendo um de cada lado.

CARACTERíSTICASA margem superior do osso do quadril é formada pela cris-

ta ilíaca. O túber isquiático, uma projeção do osso ísquio, for-ma a parte mais inferior do osso do quadril.

O forame obturado localiza-se abaixo e levemente à frente do acetábulo, que recebe a cabeça do fêmur (osso da coxa).

Ílio Forma a parte superior de cada osso do quadril

ÍsquioForma a parte posterior e inferior de cada osso do quadril

Espinha isquiática

Túber isquiáticoGrande projeção do osso ísquio; suporta o peso do corpo quando a pessoa está sentada

Forame obturadoGrande abertura inferior do osso do

quadril quase completamente coberta por tecido conjuntivo fibroso

Osso púbisOsso que forma a parte

anterior e inferior de cada osso do quadril

AcetábuloDepressão em forma de uma taça, que

recebe a cabeça do fêmur e forma a articulação do quadril

Espinha ilíaca anterossuperior

Projeção óssea do ílio; promove inserção fixa para o músculo sartório,

localizado na região anterior da coxa, e para o ligamento inguinal, na virilha

Crista ilíaca Margem convexa superior do osso ílio

que segue para trás a partir da espinha ilíaca ântero-superior

Vista lateral do osso direito do quadril

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

138

Músculos do assoalho pélvicoOs músculos do assoalho pélvico têm papel vital no suporte dos órgãos pélvicos e abdomi-

nais. Eles também ajudam a regular o processo de defecar e urinar.

Vista superior dos músculos do diafragma pélvico feminino

Os músculos do assoalho pélvico têm papel importante no suporte dos órgãos pélvicos e abdominais. Na gravidez, estes músculos ajudam a suportar o o peso crescente do útero e, no nascimento, eles suportam a cabeça do bebê enquanto o colo do útero dilata.

MÚSCULOSOs músculos do assoalho pélvico estão inseridos no anel

ósseo, que constitui o esqueleto pélvico, e inclinam-se para baixo formando um funil áspero.

O músculo levantador do ânus é o maior músculo do asso-alho da pelve. Ele é uma ampla e fina lâmina muscular feita de três partes:

Músculo pubococcígeoA parte principal do músculo levantador do ânus

Músculo puborretalUne-se ao seu correspondente no outro lado, formando

uma faixa em U em torno do reto

Músculo iliococcígeo As fibras posteriores do músculo levantador do ânus.Um segundo músculo, o coccígeo localiza-se atrás do mús-

culo levantador do ânus.

PAREDE PÉLVICAA cavidade pélvica é descrita como tendo uma parede

anterior, duas laterais e uma posterior. A parede anterior é formada pelos ossos púbicos e sua conexão, a sínfise púbi-ca. A parede posterior é formada pelo sacro, cóccix e partes vizinhas do osso ilíaco. As duas paredes laterais são forma-das pelo músculo obturador interno, que fica sobre o osso do quadril.

Os músculos do assoalho pélvico são conhecidos como diafragma pélvico. O músculo levantador do ânus é o mais importante e é denominado por sua função de levantar o ânus.

Sínfise púbica

Ligamento inguinal

Vagina (seccionada)

Reto (seccionado)

Músculo obturador interno

Músculo coccígeoOrigina-se na espinha isquiática do osso pélvico e desce até o final do osso sacro

Osso ílio

Base do osso sacro Região coccígea

Músculo piriformeRecobre os ossos sacro e coccígeo

Músculo iliococcígeo

As fibras deste músculo são, frequentemente, pouco desenvolvidas

PubococcígeoSurge da parte posterior do osso púbico e passa

por trás do coccígeo

PuborretalFibras mais internas do

pubococcígeo

Uretra (seccionada)

Veia dorsal profunda do clitóris

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pelve e membros inferiores

139139

Aberturas do assoalho pélvicoO assoalho pélvico é semelhante ao músculo diafragma no tórax pelo fato de formar uma lâmina quase con-

tínua, que possui, porém, aberturas que permitem a passagem de estruturas importantes através dele. Há duas aberturas importantes na região do assoalho pélvico.

Os músculos do assoalho pélvico têm a função vital de suporte. Sem eles, os órgãos do abdome e da pelve afundariam através do anel de ossos pélvicos.

Visto de baixo, nota-se que o assoalho pélvico assume a forma de um funil. Os múscu-los do assoalho pélvico estão organizados de tal forma que existem duas principais aber-turas.

Hiato do ânusEsta abertura ou hiato per-

mite que o reto e o canal anal passem através dos músculos do assoalho pélvico para al-cançar o ânus inferiormente.

Hiato urogenitalLocalizado à frente do hiato

do ânus, há uma abertura no assoalho pélvico para a uretra, que conduz a urina da bexiga para o meio externo ao corpo. No sexo feminino, a vagina também passa pelo assoalho pélvico por esta abertura, bem atrás da uretra.

FUNÇÕESAs funções do assoalho pél-

vico incluem:Suportar órgãos internos •do abdomeAjuda a resistir à pressão •dentro do abdome, tal como a que ocorre du-rante a tosse e o espirro, a qual, de outro modo, causaria o esvaziamento da bexigaAuxilia no controle da •urina e das fezes Ajuda a fixar o tronco du-•rante fortes movimentos dos membros superiores, tais como levantamento de pesos.

Vista inferior do assoalho pélvico masculino

Uretra (seccionada)

Músculo obturador interno

Reto (seccionado)

Cóccix

Sacro

Músculo puborretalSuas fibras tem o formato da letra U e formam o limite posterior do hiato anorretal

Músculo pubococcígeo

Músculo glúteo

máximo

Músculo iliococcígeo

Veias dorsais

profundas do pênis

Sínfise púbica

Vista superior do diafragma pélvico masculino

Hiato urogenital

Hiato do ânusNormalmente, uma pequena

abertura este deve ser capaz de expandir durante a

evacuação intestinal

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

140

Músculos da região glúteaO músculo glúteo máximo é o maior e mais pesado de todos os músculos glúteos e está

situado na região das nádegas. Este forte e espesso músculo tem um papel importante na ca-pacidade do ser humano ficar em pé.

A região glútea fica atrás da pelve. O corpo é formado por um número de grandes músculos que ajudam a estabilizar e a movimentar a articulação do quadril. Uma camada de tecido adiposo cobre estes músculos.

GLÚTEO MÁXIMOEste é um dos maiores músculos do corpo. Ele cobre os

outros músculos da região glútea, com exceção de um terço do músculo glúteo médio. O glúteo máximo tem inserção fixa no ílio (parte do osso do quadril), atrás do sacro e no cóccix. Suas fibras seguem para baixo e para fora em um ângulo de

45 graus em direção ao fêmur. A maioria de suas fibras tem inserção móvel no trato iliotibial.

AÇÃO MUSCULARA principal função do glúteo máximo é a extensão da

coxa como ocorre quando se levanta de uma posição senta-da. Quando a coxa é estendida – como para ficar em pé –, o glúteo máximo cobre a tuberosidade isquiática. Isto faz com que suporte o peso do corpo quando sentado. Porém, nunca sentamos sobre o músculo glúteo máximo, pois ele se move para cima e para longe da tuberosidade isquiática quando a perna é flexionada.

O músculo glúteo máximo não é muito ativo durante a caminhada normal, mas é ativado em ações vigorosas, tais como correr ou subir escada.

Crista ilíacaBorda proeminente e estreita de osso

Aponeurose glútea (sobre o músculo glúteo médio)

Músculo glúteo máximoSuas fibras ásperas e espessas formam a maior parte da elevação da nádega

Trato iliotibialUma banda larga e forte de tecido fibroso da fáscia profunda

Músculo reto femoral

Músculo tensor da fáscia lata

Músculo sartórioÉ o músculo mais longo do

corpo. Ele cruza o quadril e a articulação do joelho

Espinha ilíaca anterossuperior

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pelve e membros inferiores

141

Músculos profundos da região glúteaOs músculos que se localizam profundamente na região glútea têm função importante na caminhada. Eles

mantêm o nível da pelve enquanto cada pé é levantado do chão.

Abaixo do músculo glúteo máximo existe uma série de ou-tros músculos, os quais agem para estabilizar a articulação do quadril e mover os membros inferiores.

MÚSCULO GLÚTEO MÉDIO E GLÚTEO MíNIMOOs músculos glúteo médio e glúteo mínimo estão loca-

lizados abaixo do glúteo máximo. Ambos tem o corpo em forma de leque com fibras que seguem na mesma direção. O glúteo médio localiza-se diretamente abaixo do glúteo má-ximo, com apenas cerca de um terço do seu corpo não enco-berto pelo outro. Suas fibras originam-se na face externa do ílio (parte da pelve) e inserem-se no trocanter maior, uma protuberância do fêmur.

O glúteo mínimo localiza-se diretamente abaixo do glúteo médio e tem corpo similar, em forma de leque. A inserção (fixa) de suas fibras também ocorrem na face externa do ílio (parte da pelve) e sua inserção (móvel) é no trocanter maior do fêmur.

A FUNÇÃO ESSENCIALO glúteo médio e o glúteo mínimo juntos têm uma função

essencial na ação de caminhar. Estes músculos agem manten-

do o nível da pelve quando um pé é levantado do chão, em vez de deixá-la inclinar para o lado.

Isto permite que o pé que não está sustentando o peso seja removido do chão antes de ir adiante. Outros músculos tam-bém no interior desta região agem principalmente para aju-dar em certos movimentos do membro inferior no quadril. Esses músculos incluem:

O músculo piriformeEste músculo, que é nomeado por seu formato de pera,

localiza-se abaixo do músculo glúteo mínimo. Ele age para fazer rodar lateralmente a coxa, um movimento que resulta no pé girando para fora.

Músculo obturador interno, músculo gêmeo inferior e superior

Estes três músculos em conjunto formam um composto de três cabeças que estão situadas abaixo do músculo piriforme. Estes músculos fazem rodar a coxa lateralmente e estabilizam a articulação do quadril.

Músculo quadrado femoralMúsculo curto e espesso que permite que a coxa rode late-

ralmente e ajuda a estabilizar a articulação do quadril.

Os músculos profundos deste grupo promevem a rotação da

coxa lateralmente e estabilizam a articulação do quadril. Os

principais músculos são o glúteo médio e o glúteo mínimo.

Túber isquiáticoÉ a parte mais forte do osso do quadril

Músculo glúteo máximo (seccionado)

Músculo quadrado da coxaEste músculo retangular estende-se lateralmente a partir da pelve

Trocanter maior

Músculo gêmeo inferior

Músculo obturador interno

Músculo gêmeo superior

Músculo piriforme

Músculo glúteo mínimo O menor e mais profundo

dos músculos glúteos

Músculo glúteo médioEste é um músculo espesso, em grande

parte coberto pelo músculo glúteo máximo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

142

Articulação do quadrilA articulação do quadril é uma forte articulação em forma de ‘bola e soquete’ que conecta o

membro inferior à pelve. De todas as articulações do corpo, a do quadril é a segunda, depois da do ombro, em variedade de movimentos que permite.

Na articulação do quadril, a cabeça do fêmur (osso da coxa) é a bola que se encai-xa ao soquete formado pela “taça” do acetábulo do osso do quadril da pelve.

A superfície articular — a parte do osso que entra em contato com outro — é cober-ta por uma camada protetora de cartilagem do tipo hialina, a qual é muito lisa e escorre-gadia. A articulação do qua-dril é uma articulação do tipo sinovial, isso significa que seus movimentos são lubri-ficados por uma fina camada de líquido sinovial, que fica entre estas faces articulares, no interior da cavidade sino-vial. O fluido é secretado pela membrana sinovial.

LÁBIO DO ACETÁBULOA profundidade do soque-

te formado pelo acetábulo é aumentada pela presença do lábio do acetábulo. Esta estru-tura traz maior estabilidade à articulação, permitindo à quase esférica cabeça femoral permanecer profundamente dentro da articulação. A su-perfície articular coberta de cartilagem não é uma taça contínua, nem mesmo um anel, mas sim uma ferradura. Há uma abertura, a chanfra-dura do acetábulo, no ponto mais inferior, a incisura do acetábulo, a qual tem uma ponte formada pelo anel com-pleto do lábio do acetábulo. O centro aberto da “ferradura” é preenchido por um coxim (ou almofada) de tecido adiposo.

A articulação do quadril é uma forte articulação em forma de ‘bola e soquete’ entre a cabeça do fêmur e o osso

do quadril. Esta articulação é capaz de de realizar uma grande amplitude de movimento.

O suprimento de sangue para o quadril provém de duas fontes principais. Estas são as artérias circunflexa medial e lateral do fêmur, além da artéria da cabeça do fêmur.

Secção transversal da articulação direita do quadril

Irrigação da articulação do quadril

Cápsula articularEnvolve a articulação do quadril; fixa-se no lábio do acetábulo

Lábio do acetábulo Anel de fibrocartilagem, que se fixa na margem do acetábulo

Membrana sinovialEnvolve internamente a cápsula articular e secreta líquido sinovial

Cabeça do fêmurExtremidade proximal do osso da coxa; articula-se com o acetábulo

Ligamento da cabeça do fêmur

Ajuda a segurar a cabeça do fêmur no acetábulo e também fornece

parte do seu suprimento sanguíneo

AcetábuloUma fossa profunda (soquete) do

lado do osso do quadril, na qual se encaixa a cabeça do fêmur

Artéria circunflexa medial do fêmur

Artéria femoral

Artéria circunflexa lateral do fêmur

Ramo cetabular da arterial

femoral

Cabeça do fêmur

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pelve e membros inferiores

143

Ligamentos da articulação do quadrilA articulação do quadril é cercada e protegida por uma espessa cápsula fibrosa. A cápsula é flexível o sufi-

ciente para permitir a amplitude de movimentos da articulação, mas é reforçada por uma série de resistentes ligamentos.

Os ligamentos da articulação do quadril são partes espes-sas da cápsula da articulção, a qual se estende para baixo da borda do acetábulo até a cabeça do fêmur. Estes ligamentos, que geralmente seguem um padrão espiralado do osso do quadril até o fêmur, são nomeados conforme a parte do osso ao qual estão fixados:

Iliofemoral•Pubofemoral•Isquiofemoral.•

ESTABILIDADE E MOVIMENTO A forma característica de ‘bola e soquete’ da articulação

do quadril permite uma grande mobilidade, atrás apenas

da articulação do ombro no quesito movimento. Em com-paração com o ombro, porém, o quadril precisa ser mais estável, já que é uma articulação que suporta bastante peso. Ela é capaz dos seguintes movimentos:

Flexão – dobrar a perna para a frente, erguendo o joelho•

Extensão – levar a perna para trás do corpo•

Abdução – afasta o membro inferior da linha média do •corpo

Adução – aproxima o membro inferior da linha média do •corpo

Rotação – interna e externa: gira a coxa em torno do seu •eixo.

Uma cápsula fibrosa envolve a articulação do quadril. Esta cápsula é reforçada por uma série de ligamentos

em espiral, que descem do osso do quadril até o fêmur.

Vista anterior da articulação do quadril

Vista posterior da articulação do quadril

Ligamento iliofemoralUm ligamento forte em forma da letra Y,

que suporta a parte frontal da articulação do quadril, prevenindo a extensão forçada

Bolsa iliopectíneaPequena bolsa de fluido sinovial facilitadora dos movimentos dos

tendões que cruzam a articulação

Ligamento pubofemoralLigamento triangular localizado na frente da

articulação do quadril; impede a abdução forçada

Ligamento isquiofemoralGrande ligamento em espiral localizado na parte posterior da articulação do quadril; previne a extensão excessiva

Ligamento iliofemoral

Cápsula articularEnvolve a articulação do quadril; fixada

no lábio do acetábulo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

144

O osso fêmurO fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo. Medindo aproximadamente 45 centímetros

de comprimento no homem adulto, o fêmur constitui cerca de um quarto da altura total de uma pessoa.

O fêmur tem um corpo lon-go e espesso com expansões nas suas extremidades. A extremi-dade proximal articula-se com a pelve para formar a articulação do quadril, enquanto a extre-midade distal se articula com a tíbia e a patela para formar a articulação do joelho.

EXTREMIDADE PROXIMALA extremidade proximal do

fêmur inclui:

A cabeça do fêmur É uma projeção quase esféri-

ca, que forma parte da articula-ção ‘bola e soquete’ do quadril

O colo do fêmur Ele é uma área estreita que

conecta a cabeça do fêmur ao corpo do fêmur

Trocanter maior e menorUma projeção óssea permi-

tindo a fixação dos músculos.

CORPOO longo corpo central do fê-

mur é levemente curvado, sendo côncavo na sua face posterior. Na maior parte do seu compri-mento, o fêmur é cilíndrico, o que pode ser observado em uma secção transversal do osso.

EXTREMIDADE DISTAL DOFÊMURA extremidade distal do fêmur

apresenta dois grandes processos ósseos, o côndilo femoral medial e o lateral. estes possuem a super-fície lisa e curvada que se articula com a tíbia e patela para formar a articulação do joelho. O corpo dos côndilos femorais fica deline-ado contornado quando o mem-bro inferior é visto com o joelho flexionado.

O fêmur é o osso da coxa, indo da articulação do quadril até o joelho. Ele é o osso mais longo do corpo e é muito forte.

Vista posterior do fêmur esquerdo

Vista anterior do fêmur esquerdo

O corpo de ossos longos é composto por camadas de osso esponjoso e osso compacto ao redor do canal medular. O periósteo fica ao redor da camada mais externa.

Estrutura interna do osso fêmur

Cabeça do fêmurNa parte central, localiza-se uma pequena depressão, a fóvea da cabeça do fêmur, onde o ligamento da cabeça do fêmur se fixa

Linha ásperaUma borda na face posterior no terço médio do corpo do fêmur

Face poplíteaNa extremidade inferior e posterior do corpo do fêmur, a linha áspera alarga--se formando uma face lisa e triangular, a face poplítea

Epicôndilo lateral

Côndilo lateral Fossa intercondilar

Côndilo medial

Tubérculo adutor

Corpo do fêmurA maior parte do corpo do fêmur é lisa,

com exceção do terço médio da face posterior, onde fica a linha áspera

Trocanter menor

Colo do fêmur Localiza-se sobre o longo eixo do fêmur

Trocanter maior

Geralmente pode ser palpado

embaixo da pele ao lado do quadril

Superfície patelar

Côndilo lateral

Medula óssea Localizada na cavidade medular

PeriósteoMembrana que contém nervos e vasos

sanguíneos e cobre o osso inteiro

Osso esponjosoCircunda a cavidade

central contendo a medula

Osso compacto

Artéria

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pelve e membros inferiores

145

Tíbia e fíbulaA tíbia e a fíbula juntas formam o esqueleto da perna. A tíbia é mais larga e forte do que a

fíbula, pois ela suporta o peso do corpo.

Perdendo apenas para o fêmur em tamanho, a tíbia tem o formato de um típico osso longo, com um corpo alongado e duas extremidades expandidas. A tíbia está posicionada ao lado da fíbula, na parte interna, e articula-se com esta nas suas extremidades superior e inferior.

CÔNDILOS TIBIAISA extremidade proximal da tíbia é expandida para formar

o côndilo tibial lateral e o côndilo tibial medial, articulan-do-se com os côndilos do fêmur na articulação do joelho. A extremidade distal da tíbia é menos pronunciada do que a

superior. Ela articula-se com o osso tálus (osso do tornozelo) e com a extremidade distal da fíbula.

FíBULAA fíbula é um osso longo e fino que não tem a mesma força

da tíbia. Ela localiza-se lateralmente junto à tíbia e articula-se com esta. A fíbula não participa da articulação do joelho, mas é um importante suporte para o tornozelo.

O corpo da fíbula é estreito e possui sulcos associados à sua importante função como local para inserção muscular da perna.

Vista anterior da perna esquerdaVista posterior da perna esquerda

A extremidade proximal da tíbia articula-se com o fêmur e a extremidade distal com o tornozelo e, ao lado, com a fíbula. Mais fina, a fíbula ajuda a formar a articulação do tornozelo.

Côndilo lateralProtuberância arredondada da extremidade da tíbia, que se articula com o côndilo do fêmur

Linha do músculo sóleoCrista elevada que segue obliquamente ao longo da face posterior da tíbia; local da inserção (fixa) do músculo sóleo

Fíbula

Maléolo lateralProtuberância lateral do tornozelo, ajuda a estabilizar a articulação do tornozelo

Maléolo medial Projeção óssea da extremidade

inferior da tíbia

Tíbia

Margem anterior da tíbiaConhecida como canela

Côndilo medial

Cabeça da fíbula

Ponta aguda na extremidade

proximal da fíbula

Tuberosidade da tíbia

Área dilatada e áspera de fronte ao topo da tíbia;

lugar de fixação do ligamento patela

Fíbula

Maléolo lateral

Protuberância lateral do tornozelo,

ajuda a estabilizar a articulação do

tornozelo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

146

Menisco lateralCorpo em forma de meia lua, composto

de fibrocartilagem que fica sobre a superfície articular da tíbia

Articulação do joelhoO joelho é a articulação entre a extremidade distal do fêmur e a extremidade proximal da

tíbia. Na frente do joelho fica a patela, a face convexa que pode ser facilmente sentida abaixo da pele.

O joelho é uma articulação entre a extremidade distal do fêmur (osso da coxa) e a extre-midade proximal da tíbia (osso da perna). A fíbula (menor dos dois ossos da parte inferior da perna) não participa da articu-lação do joelho.

ESTRUTURA O joelho é uma articulação

sinovial — do tipo em que os movimentos são lubrificados pelo líquido sinovial, que é secretado pela membrana si-novial, que reveste a cavidade articular.

Embora exista a tendência a se pensar o joelho como uma única articulação, ele é de fato a mais complexa articulação do corpo, sendo composta por três articulações que compartilham a cavidade articular. As três ar-ticulações são:

A articulação entre a face •patelar e a extremidade distal do fêmur. É classi-ficada como uma articu-lação plana, o que permi-te o deslizamento de um osso sobre o outroUma articulação de cada •lado entre os côndilos femorais (as dilatações arredondadas da extre-midade distal do fêmur) e a parte corresponde da extremidade superior da tíbia. Estas são chamadas articulações dobradiças, já que o movimento per-mitido por elas é seme-lhante ao de uma porta.

ESTABILIDADE DO JOELHOConsiderando que não há um

bom ajuste entre os côndilos fe-morais e a extremidade superior da tíbia, o joelho tem uma esta-bilidade razoável. Ele depende intensamente dos músculos e ligamentos circundantes para sua estabilidade.

Secção sagital do joelho

O joelho é uma articulação sinovial, lubrificada pelo viscoso líquido sinovial.

Ela é uma articulação estável, mas muito complexa e suscetível a lesões.

FêmurOsso da coxa; segue do

quadril ao joelho

Membrana sinovial

Reveste a cavidade da articulação; secreta uma

fina camada de fluido sinovial viscoso para

lubrificar a articulação do joelho

Bolsa Contém líquido sinovial

Quadríceps femoralMúsculo da coxa

Bolsa subcutânea suprapatelarContém líquido sinovial que auxilia a proteger a patela quando se ajoelha

PatelaTampa do joelho

Membrana sinovial

Bolsa subcutânea infrapatelarContém líquido sinovial

Ligamento patelarLigamento entre a patela e a tíbia

TíbiaMaior osso da parte

inferior da perna

Tuberosidade da tíbiaDilatação na face anterior da parte proximal da tibial

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pelve e membros inferiores

147

Cavidade articular do joelho — os meniscosOs meniscos são discos de fibrocartilagem em formato de meia-lua sobre a face articular da tíbia. Eles atuam

como amortecedores de impacto dentro do joelho, prevenindo desvios no movimento do fêmur.

Na vista superior da articulação do joelho seccionado so-bre a superfície superior da tíbia, os dois meniscos podem ser claramente notados.

Nomeados segundo a palavra grega para “Lua crescente”, os meniscos são placas resistentes de fibrocartilagem, que fi-cam sobre a face articular da tíbia, de forma a aprofundar a depressão na qual se encaixam os côndilos femorais.

AMORTECEDORES DE IMPACTOSOs dois meniscos também têm a função de absorver im-

pactos no interior do joelho e promovem a congruência dos côndilos.

ESTRUTURANuma secção transversal, os dois meniscos apresentam for-

ma de cunha, sendo mais largas as margens externas. Central-mente, eles afinam numa margem sem fixação. Anteriormen-te, os dois meniscos são fixados um ao outro pelo ligamento transverso do joelho, enquanto suas margens externans são fixadas na cápsula articular.

FIXAÇÃO DO MENISCO MEDIALA fixação do menisco medial ao ligamento colateral tibial é de

grande importância clínica, já que o menisco pode ser danifica-do quando este ligamento é lesado durante esportes de contato.

Na cavidade articular do joelho há dois meniscos em forma de meia-lua. Estes são placas duras de fibrocartilagem nas quais se encaixam os côndilos femorais (extremidades de cada fêmur).

Vista superior do joelho (platô tibial)

Ligamento cruzado anteriorUm dentre o par de ligamentos que ajudam a estabilizar o joelho

Tecido adiposo infrapatelar

Bolsa

Ligamento colateral fíbularEste é separado da articulação pela bolsa

Menisco lateral

Ligamento transverso do joelho

Ligamento cruzado posterior

Um dentre o par de ligamentos cruzados dentro do o joelho

Ligamento colateral tibial

É ligado ao menisco medial

Membrana sinovialReveste internamente

a cápsula articular

Menisco medial

Ligamento patelarEntre a patela e a tuberosidade da tíbia

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

148

Os músculos da coxaA coxa é composta principalmente por grupos de grandes músculos que agem movimen-

tando a articulação do quadril e do joelho. Os músculos que executam os movimentos da coxa estão entre os mais fortes do corpo.

Os músculos da coxa estão di-vididos em três grupos básicos: o grupo anterior, localizado na frente do fêmur; o grupo poste-rior, localizado atrás do fêmur, e o grupo medial, que segue entre o fêmur e a pelve.

MÚSCULOS ANTERIORESOs músculos do comparti-

mento anterior da coxa flexio-nam a articulação do quadril e estendem a do joelho. Estas são ações associadas com o levantar da perna e estendê-la durante a caminhada.

Os músculos deste grupo incluem:

Músculo iliopsoas Este grande músculo origina-

-se, parcialmente, no interior da pelve e, também, nas vértebras lombares. Suas fibras inserem-se na projeção da parte superior do fêmur, conhecida como trocanter menor. O músculo iliopsoas é o mais potente dos músculos que flexionam a coxa, trazendo o joe-lho para cima e para frente.

Músculo tensor da fáscia lata Tem inserção na forte banda

de tecido conjuntivo que segue para baixo na lateral da coxa até a tíbia, abaixo do joelho

Músculo sartórioO músculo mais longo do cor-

po humano segue como uma tira muscular fina cruzando a coxa a partir da espinha ilíaca anteros-superior (inserção fixa) até a margem medial da tuberosidade da tíbia (inserção móvel). Ele cruza a articulação do quadril e a do joelho antes de inserir-se na face interna do topo da tíbia.

Músculo quadríceps da coxaGrande músculo com quatro

cabeças musculares.

Os músculos iliopsoas, tensor da fáscia lata e reto da coxa, são os principais flexores do

quadril. Eles ajudam a produzir o impulso para a frente, necessário para se andar.

M. iliopsoasTem papel importante na flexão da coxa. Ele flexiona a coxa em direção ao tronco quando a pelve está fixa

M. tensor da fáscia lataNa posição ereta, este músculo ajuda a suportar o fêmur sobre a tíbia

M. adutor longoUm músculo triangular que se localiza na sua maior parte anteriormente no grupo dos adutores da coxa

Trato iliotibial

M. quadríceps femoralGrande músculo da coxa com quatro cabeças musculares

Tendão do m. quadríceps femoral

PatelaTambém conhecido como osso sesamoide, este osso no tendão do músculo quadríceps femoral protege o joelho e ajuda na potência de alavancar, especialmente durante o movimento de flexão do joelho

Tuberosidade da tibialProeminência onde se fixa o tendão patelar

M. vasto medial

M. reto femoralUm músculo que ajuda a estabilizar

a articulação do quadril e ajuda a flexionar a coxa na altura da

articulação do quadril; também flexiona a articulação do joelho

M. sartórioUm músculo flexor longo que

auxilia o iliopsoas, o tensor da fáscia lata e o reto da

coxa, estende o joelho e é o principal flexor da coxa

M. grácilUm músculo do grupo

adutor da coxa

M. pectíneoMúsculo plano que aduz, flexiona e

ajuda na rotação da coxa

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pelve e membros inferiores

149149

Músculos posteriores da coxaOs três grandes músculos na região posterior da coxa são comumente conhecidos como “músculos do jarrete”

ou isquiotibiais. Estes músculos são o bíceps femoral, o semitendíneo e o semimembranáceo.

O grupo dos músculos isquioti-biais podem tanto estender a articu-lação do quadril quanto flexionar o joelho. Porém, não conseguem reali-zar as duas ações completamente ao mesmo tempo.

MÚSCULO BíCEPS FEMORALO músculo bíceps femoral tem

duas cabeças. A longa tem inserção (fixa) no túber isquiático e a curta tem inserção (fixa) na linha áspera do fê-mur. O tendão arredondado do mús-culo bíceps femoral pode ser facil-mente palpado e visto atrás do lado externo do joelho, especialmente se o joelho estiver flexionado contra resis-tência.

MÚSCULO SEMITENDíNEOComo o músculo bíceps femoral, o

músculo semitendíneo tem inserção (fixa) no túber isquiático da pelve. Ele é assim denominado em função de seu longo tendão, que se inicia a dois terços abaixo do seu caminho para baixo. Este tendão insere-se na face interna da tuberosidade da tíbia.

MÚSCULO SEMIMEMBRANÁCEOEste músculo origina-se de uma

membrana que tem inserção (fixa) no túber isquiático da pelve. O músculo segue para baixo na região posterior da coxa profundamente no semiten-díneo. Tem inserção (móvel) na face medial da tuberosidade da tíbia.

Os músculos da região inter-na da coxa são conhecidos como adutores por permitirem a adução da coxa, o que significa mover o membro inferior em direção à linha média do corpo. Estes mús-culos originam-se na parte infe-rior da pelve e têm inserção em vários níveis do fêmur. Os cincos músculos deste grupo incluem: o músculo adutor longo, adutor curto, adutor magno, o grácil e o obturador externo.

É esse grupo de músculos adu-tores que está ativo quando se anda a cavalo; eles podem ficar fatigados durante atividades es-portivas, o que pode até provocar lesão na região da virilha.

Os tendões dos músculos isquiotibiais ficam na parte posterior da coxa e podem ser palpados posteriormente ao joelho. Distensão dos músculos isquiotibiais é um problema comum nos corredores esportistas.

Adutores

O grupo dos músculos do jarrete consiste de três grossos músculos,

situados na parte posterior da coxa. Eles estendem-se da pelve para a

parte posterior da tíbia.

M. glúteo médioAbduz e roda medialmente a coxa

M. glúteo máximoO grande músculo das nádegas

ajuda a subir escadas e levantar da posição sentada

M semitendíneo

Bíceps femoralO tendão arredondado deste músculo

junta-se num tendão comum, o qual se insere na cabeça da fíbula

Trato iliotibial

Tendão do m. femoralM. sartório

Tendão do m. semitendíneoUm longo e grosso tendão que se inicia abaixo de dois terços da coxa

M. semimembranáceoUm largo músculo que estende a coxa e flexiona o joelho

M. grácil

Obturador externoMúsculo localizado profundamente dentro dos músculos adutores

Adutor curtoLocalizado abaixo do músculo adutor longo

Adutor longoAmplo ventre muscular

Fêmur

Adutor magno

Amplo músculo triangular

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

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Os músculos da perna podem ser divididos em três grupos: o grupo an-terior, que está anterior à tíbia; o gru-po lateral, que está sobre a face lateral da tíbia, e o grupo posterior.

MÚSCULOS ANTERIORESMúsculo tibial anteriorEste músculo pode ser sentido

abaixo da pele ao longo da margem anterior da tíbia.

Músculo extensor longo dos dedos Este músculo está localizado abai-

xo do músculo tibial anterior e tem inserção (móvel) nas falanges distais dos quatro dedos mais laterais do pé.

Músculo fibular terceiroEste músculo não está sempre pre-

sente mas, quando está, pode unir-se ao músculo extensor longo do dedos. Insere-se no osso metatarsal, próximo ao dedo mínimo.

Músculo extensor longo do háluxEste músculo fino segue para baixo

em direção ao hálux onde tem inser-ção (móvel).

AÇÃO DOS MÚSCULOS ANTERIORES

Todos estes músculos têm uma ação similar, eles realizam a dorsofle-xão do pé. Isto significa que quando eles se contraem atuam no tornozelo, elevando os dedos do pé e abaixando o calcanhar.

Músculos da perna A perna apresenta três grupos de músculos. Suas funções incluem dar suporte ao tornozelo,

flexionar o pé, estender os dedos do pé e ajudar a elevar o peso do corpo sobre o calcanhar.

Durante a caminhada, os músculos anteriores da perna levantam os dedos do pé. Isto assegura que eles não batam no chão quando o pé esta se movimentando para frente.

M. fibular longo

M. tibial anteriorAuxilia na inversão do pé. O tendão do músculo é facilmente visto na região do tornozelo

M. extensor longo dos dedos

FíbulaOsso lateral da perna

M. fibular terceiroAuxilia na eversão do pé

HáluxPrimeiro dedo do pé

M. extensor longo do hálux

Estende o hálux

M. sóleoMúsculo largo da região

posterior da perna

M. gastrocnêmio cabeça medial

Músculo largo da região posterior da

perna que flexiona o joelho e pés

Tíbia

Tuberosidade da tíbia

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pelve e membros inferiores

151

Músculos posteriores da pernaO grupo posterior dos músculos da perna forma a panturrilha. Juntos, estes músculos são fortes e

pesados, o que lhes possibilita trabalhar juntos para flexionar o pé e sustentar o peso do corpo.

Juntos, os músculos gastrocnêmio, sóleo e plantar ajudam a flexionar o pé e a articulação do tornozelo.

O pequeno músculo plantar é o mais fraco dos três.

Os músculos que ficam no comparti-mento posterior formam o maior grupo muscular da perna. Também conheci-dos como músculos da panturrilha, es-tes podem ser subdivididos em cama-das superficiais e profundas.

MÚSCULOS SUPERFICIAIS DA PANTURRILHA

O grupo superficial dos músculos posteriores da perna formam o volume arredondado da panturrilha, caracterís-tica peculiar aos humanos devido à sua postura ereta. Estes músculos incluem:

Músculo gastrocnênio Este grande e volumoso músculo é

o mais superficial da panturrilha. Ele tem forma distinta com duas cabeças que tem inserção (fixa) nos côndilos medial e lateral do fêmur. As suas fi-bras seguem principalmente de modo vertical, o que permite as rápidas e fortes contrações necessárias para correr e saltar.

Músculo sóleoEste é um músculo grande e forte que

fica abaixo do músculo gastrocnêmio. Seu nome é derivado da sua forma, chata como uma sola de sandália. A contração do músculo sóleo é importante para man-ter o equilíbrio quando em pé.

Músculo plantarEste músculo é, às vezes, ausente e,

quando presente, é pequeno e delgado. Devido à sua relativa pouca importân-cia no membro inferior, ele pode ser utilizado por cirurgiões para substituir tendões danificados da mão.

AÇÃO DOS MÚSCULOS SUPERFICIAIS DA PANTURRILHAA principal ação destes músculos

é a flexão plantar do pé, que ocorre quando os dedos do pé abaixam e o calcanhar levanta. Fortes músculos são necessários para realizar este trabalho porque, durante caminhada, corrida e salto, o calcanhar precisa ser levantado contra o peso de todo o corpo.

O gastrocnênio e o sóleo possuem um único tendão comum, que é conhe-cido como o grande e forte tendão de Aquiles e segue para baixo a partir da parte inferior da panturrilha até o cal-canhar.

O grupo muscular profundo da pantur-rilha é formado por quatro músculos:

Há quatro músculos que, juntos, for-mam o grupo de músculos profundos da panturrilha:

PoplíteoEste é um fino músculo triangular, que

se localiza atrás do joelho, na fossa poplí-tea, e tem a função de destravar o joelho.

Flexor longo dos dedosEste músculo possui tendões longos,

que seguem para baixo em direção aos quatro dedos laterais do pé para permitir que estes se enrolem para baixo ou fle-xionem

Flexor longo do háluxApesar de este músculo seguir para ape-

nas um dos dedos, o maior, é muito forte. Seus longos tendões seguem entre os ossos sesamoides do hálux e age para empurrar ou alavancar para o passo durante a cami-nhada ou a corrida.

Tibial posteriorEste é o músculo mais profundo deste

grupo. Ele é o principal músculo da ação de inversão do pé, pela qual o pé se move para que a sola se volte para dentro.

Músculos profundos da panturrilha

M. gastrocnêmioDuas cabeças musculares usadas para correr e pular

M. plantarEste músculo não está

sempre presente

M. sóleoPode ser sentido profundamente abaixo do

músculo gastrocnêmio quando a pessoa está sobre as pontas do pé

Tendão calcâneo (de Aquiles)É o maior tendão do corpo; localizado na

parte posterior do tornozelo e com inserção no osso calcâneo

M. flexor longo do hálux

Retináculo dos flexores

Tuberosidade do calcanhar

M. poplíteo

M. sóleo (seccionado)

M. tibial posterior

M. flexor longo dos dedos

Ajuda o pé a aderir ao solo

M. flexor longo do

hálux

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

152

Artérias da pernaO membro inferior é irrigado por uma série de artérias que se originam da artéria ilíaca ex-

terna. Essas artérias seguem para baixo até os dedos do pé, ramificando-se para alcançar mús-culos, ossos, articulações e pele.

Uma rede arterial irriga os te-cidos do membro inferior com nutrientes. As principais artérias emitem ramos menores impor-tantes para a irrigação de várias articulações e músculos.

AS ARTÉRIAS Artéria femoral — a principal

artéria da perna. Seu ramo princi-pal é a artéria femoral profunda. Pequenos ramos irrigam os mús-culos próximos antes de a artéria entrar através do hiato do múscu-lo adutor magno na fossa poplítea (atrás do joelho).

Artéria femoral profunda — a principal artéria da coxa. Emite vários ramos, incluindo a artéria circunflexa medial e la-teral da coxa e as quatro artérias perfurantes.

Artéria poplítea — a continu-ação da artéria femoral. Ela passa para baixo atrás do joelho, emi-tindo pequenos ramos para nutrir aquela articulação, antes de divi-dir-se nas artérias tibial anterior e posterior.

Artéria tibial anterior — irriga as estruturas dentro do comparti-mento anterior do membro inferior. Segue para baixo até o pé e torna-se a artéria dorsal do pé.

Artéria tibial posterior — esta artéria fica na parte posterior do membro inferior e, junto com a artéria fibular, irriga as estrutu-ras dos compartimentos da parte posterior e lateral.

As artérias da perna são ramos da artéria femoral, que é a continuação da artéria ilíaca externa quando esta passa por baixo do ligamento inguinal.

A. ilíaca externaApós passar pelo ligamento inguinal passa a ser chamada de artéria femoral

A. profunda da coxaRamo da artéria femoral emitido 4 cm abaixo do ligamento inguinal

Aa. perfurantesIrrigam os músculos isquiotibiais

A. poplíteaContinuação da artéria femoral atrás do joelho

A. fibularRamo da artéria tibial posterior

A. dorsal do péContinuação da artéria tibial anterior

A. tibial anteriorUm dos ramos terminais da artéria

poplítea; passa pela membrana interóssea por uma abertura e segue

anteriormente até o tornozelo

A. tibial posteriorO mais largo dos dois ramos

terminais da artéria poplítea. Os seus ramos terminais irrigam o pé

A. femoralEntra na coxa passando

abaixo do ligamento inguinal e está posicionada entre o

nervo e a veia femoral

Ligamento inguinal

Localizado sobre a dobra da virilha

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pelve e membros inferiores

153

Artérias do péEm padrão similar ao das mãos, as pequenas artérias do pé formam arcos, que se interco-

nectam, emitindo ramos para cada lado dos dedos. Ramos das artérias dão à planta do pé uma rica irrigação sanguínea.

O suprimento arterial do pé é fornecido pelos ramos termi-nais das artérias tibiais anterior e posterior.

O DORSO DO PÉ Ao passar em frente ao tornozelo a artéria tibial anterior

passa a se chamar artéria dorsal do pé. Esta artéria segue no dorso do pé em direção ao espaço entre o primeiro e o segundo dedos do pé, onde emite um ramo profundo, que se une com as artérias da planta do pé. Ramos da artéria dorsal do pé unem-se para formar um arco que se ramifica para os dedos.

O pulso da artéria dorsal do pé pode ser sentido quan-do o examinador palpa o dorso do pé lateralmente ao tendão do músculo extensor longo do hálux. Como a ar-téria se localiza logo abaixo da pele, o pulso pode ser facilmente sentido se o fluxo e os vasos sanguíneos estão saudáveis.

A PLANTA DO PÉA planta do pé tem um rico suprimento sanguíneo, que

é derivado dos ramos da artéria tibial posterior. Quando a artéria entra na planta do pé ela se divide em artéria plantar medial e artéria plantar lateral.

Artéria plantar medialEste é o menor de dois ramos da artéria tibial posterior.

Este irriga os músculos do hálux e emite pequenos ramos para os outros dedos.

Artéria plantar lateralEsta artéria é bem maior do que a artéria plantar medial e

curva-se ao redor e abaixo dos ossos metatarsos para formar o arco plantar profundo, na base do pé.

O ramo profundo da artéria dorsal do pé se anastomosa internamente com o arco profundo da planta do pé, forman-do uma conexão entre a artéria que irriga o dorso do pé e a artéria que irriga a planta do pé.

Os ramos das artérias que irrigam o pé têm padrão similar às artérias que irrigam a mão.

A planta do pé tem um suprimento arterial particularmente abundante.

Vista plantar do pé Vista dorsal do pé

Vista dorsal do pé

A. dorsal do pé

A. digital plantar própria

Aa. plantares metatarsais

A. plantar medial

A. plantar profunda

Arco plantar

Ramos perfurantes

Arco superficial

A. plantar medial

A. plantar lateral

A. tibial posterior

Ramo calcâneo

A. tibial anterior

A. maleolar medial

Ramo perfurante da A.fibular

A. maleolar lateral

A. tarsal lateral

A. arqueada

A. plantar profunda

Ramos perfurantes do arco plantar

profundo

Primeira a. metatarsal dorsal

Aa. digitais dorsais

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

154

Veias do membro inferiorO membro inferior é drenado por uma série de veias, que podem ser divididas em dois

grupos; superficial e profundo. As veias perfurantes conectam os dois grupos.

Localizadas no interior do tecido subcutâneo (logo abaixo da pele), estão as duas principais veias da perna, a veia safe-na magna e a veia safena parva.

VEIA SAFENA MAGNAA veia safena magna é a maior veia do corpo e, algumas

vezes, é usada durante procedimentos cirúrgicos para subs-tituir artérias danificadas ou enfermas em áreas como a do coração.

Ela começa no aspecto medial do arco venoso dorsal do pé e ascende pelo membro inferior em direção à virilha. No seu trajeto, a veia safena magna passa em frente ao maléolo me-dial (tornozelo), entra por trás do côndilo medial do fêmur,

no joelho, e passa através do hiato safeno, na virilha, drenan-do para a veia femoral.

VEIA SAFENA PARVAEsta veia superficial origina-se no aspecto lateral do arco

venoso dorsal do pé, passa atrás do maléolo lateral, e ascende no centro da face posterior da panturrilha. Na altura do joelho, ela desemboca na profunda veia poplítea onde é drenada.

VEIAS TRIBUTÁRIASA veia safena magna e a parva recebem sangue ao longo do

seu caminho de pequenas veias e também se intercomunicam livremente ou fazem anastomoses com cada uma delas.

A veia safena magna é a maior veia do corpo humano. Suas tributárias espalham-se pela coxa e aspecto interior da perna.

Vista anterior das veias superficiais do membro inferior

Vista posterior da perna

V. ilíaca circunflexa superficial

Hiato safeno

V. femoralEmerge da veia poplítea

V. safena acessóriaUma grande veia formada pela união das veias menores da parte posterior da coxa

V. safena magna Esvazia-se na veia femoral

Côndilo medial do joelho

V. safena magnaEmerge do arco dorsal venoso do pé

Maléolo lateralMargem distal da fíbula

Maléolo medialParte de dentro do osso do tornozelo

Arco venoso dorsal

V. poplítea

V. safena magna

V. safena parva

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pelve e membros inferiores

155

Nervos do membro inferiorO principal nervo do membro inferior é o isquiático, o maior nervo do corpo humano.

Seus ramos inervam os músculos do quadril, muitos da coxa e todos da perna e do pé.

O nervo isquiático é constituído por dois nervos, o nervo tibial e o ner-vo fibular comum. Estes são envoltos por uma bainha de tecido conjuntivo para formar um calibroso cordão ner-voso, que segue ao longo da região pos-terior da coxa.

ORIGEM E CURSO O nervo isquiático origina-se de

uma rede de nervos, na base da medula espinhal chamada de plexo lombos-sacral. Desta rede de nervos ele passa através do forame isquiático maior e curva-se para baixo para a região glú-tea, abaixo do músculo glúteo máximo (a meio caminho entre os pontos ósseos no trocanter maior do fêmur e o túber isquiático da pelve). O nervo isquiático deixa a região glútea passando por baixo da cabeça longa do músculo bíceps da coxa e segue para baixo do centro da re-gião posterior da coxa, emitindo ramos dos músculos isquiotibiais. Logo abaixo da região do joelho divide-se em dois nervos, o nervo tibial e o nervo fibular comum.

DIVISÃO ALTAEm poucos casos, o nervo isquiá-

tico divide-se em dois nervos em um nível muito mais alto. Nesta situação, o nervo fibular comum pode passar so-bre ou através do músculo piriforme.

Seguindo da coxa para o pé, o nervo isquiático inerva a maioria dos músculos do membro inferior. No nível do joelho, ele se bifurca em dois nervos, o tibial e o fibular comum.

Forame isquiático maiorO nervo isquiático sai da pelve por este forame

Túber isquiático

Cabeça longa (seccionada) do músculo bíceps femoral

M. semitendíneoUm músculo do grupo isquiotibial

Músculo semimembranosoParte do grupo isquiotibial

N. tibialUm dos dois ramos terminais do nervo isquiático

N. tibialAo passar pelo maléolo medial o nervo tibial divide-se em dois nervos, o plantar medial e o lateral

N. sural

Cabeça longa (seccionada) do músculo bíceps femoral

Inervada pelo nervo fibular comum

N. fibular comum

Cabeça curta do músculo bíceps

femoral

Trocanter maior do fêmur

Nervo isquiáticoContém fibras nervosas que partem da medula espinhal no nível da quarta vértebra

lombar (L4) à terceira vértebra sacral S3

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

156

Músculos extrínsecos do péMuitos dos músculos que movimentam o pé se localizam principalmente na perna, não no pé. Isto permite que

estes tenham mais força do que se estivessem contidos no interior da pequena região do pé.

Os músculos da perna têm longos tendões, que se inserem nos ossos do pé como fios de marionetes. Os retináculos são bandas de tecido fibroso que mantém os tendões no seu devido local. Vista lateral

Vista medial

Para uma ação eficiente sobre os ossos e as articulações do pé, os músculos da perna têm gran-des tendões. Para alcançar os os-sos do pé estes tendões precisam passar pela articulação do tor-nozelo, onde eles são mantidos nos seus respectivos locais por bandas de tecido fibroso, os re-tináculos. Se os retináculos não estivessem presentes, os tendões iriam seguir direto para seus pontos de inserção como cordas de um arco em vez de seguir os contornos da articulação do tor-nozelo.

RETINÁCULOS DO PÉHá quatro retináculos na re-

gião do pé:

Retináculo extensor superiorLocaliza-se sobre a articulação

do tornozelo e mantém posicio-nados os tendões dos músculos extensores.

Retináculo extensor inferiorLocaliza-se sobre a articula-

ção do tornozelo e também man-tém posicionados os músculos extensores.

Retináculo fibularPosicionado lateralmente ao

tornozelo, ele tem duas partes, superior e inferior, e mantém po-sicionado o tendão do músculo fibular longo.

Retináculo flexor Localizado medialmente no

tornozelo, ele mantém posicio-nado os tendões dos músculos flexores do pé, que passam abai-xo do maléolo medial para al-cançar a planta do pé.

Retináculo extensor superiorLocalizado acima da articulação do tornozelo

Retináculo extensor inferiorFica debaixo do retináculo extensor superior; uma banda fibrosa em forma de Y

Tendão do músculo fibular terceiro Retináculo fibular inferior

Fica na lateral da parte inferior do tornozelo

Retináculo fibular

superiorFica na lateral da parte

superior do tornozelo

Maléolo lateral

Músculo fibular superficial

Músculo extensor longo

dos dedos

Tendão calcâneo (de aquiles)Tendão atrás do tornozelo; insere-se no osso do calcanhar

Músculo flexor longo do hálux

Retináculo flexor

Tendão do músculo tibial posterior

Artéria e nervo plantar lateral

Bainha do músculo extensor

longo do hálux

Tendão do músculo tibial anterior

Maléolo medial

Tíbia (osso da canela)

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pelve e membros inferiores

157157

Músculos do dorso do péEmbora eles não sejam particularmente fortes, os músculos que estão localizados sobre o dorso do pé têm um

importante papel no auxílio à extensão dos dedos. Os tendões do músculo extensor curto dos dedos tendem a ser usados quando o pé já está apontando para cima, em dorsiflexão.

A maioria dos músculos no interior do pé, os músculos intrínsecos, estão na planta do pé. Na face dorsal do pé há dois músculos: o extensor curto dos dedos e o extensor curto do hálux.

FACE DORSAL DO PÉ

Músculo extensor curto dos dedosComo seu nome sugere, ele é um

músculo curto que estende os dedos, com exceção do hálux. Ele tem inser-ção fixa na face lateral do osso calcâ-neo e no retináculo inferior extensor. Este músculo se divide em três partes, cada uma com um tendão, que se une ao tendão correspondente do músculo extensor dos dedos para inserir-se no segundo, terceiro e quarto dedos mais laterais do pé.

Músculo extensor curto do háluxEste músculo curto é realmente par-

te do músculo extensor curto dos de-dos. Ele segue para baixo em direção ao hálux, onde tem inserção (móvel).

AÇÃO MUSCULARJuntos estes dois músculos ajudam

o tendão do músculo extensor longo dos dedos a estender os primeiros quatro dedos do pé. Embora não te-nham uma ação particularmente forte, eles são úteis para estender os dedos quando o pé já está em dorsiflexão, posição na qual os extensores longos perdem muito da capacidade de reali-zar esta ação.

RELEVÂNCIA CLíNICAO dorso do pé é um dos locais do

corpo onde se pode acumular exces-so de fluidos (edema), o que pode ser facilmente observado. A posição dos ventres musculares destes dois mús-culos extensores curtos deve ser bem conhecida para que não sejam confun-didos com tais edemas.

Os músculos que estão localizados no dorso do pé ajudam a estender os dedos. Eles auxiliam os longos extensores quando o pé está em dorsiflexão.

M. extensor longo dos dedos

Tendão do m. fibular terceiroLocalizado sobre o músculo extensor curto dos dedos

M. extensor curto dos dedos

Tendão do extensor longo do

hálux

M. extensor curto do hálux

Retináculo extensor inferior

Retináculo extensor superior

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

158

Ossos do péO pé humano tem 26 ossos no total: sete grandes ossos tarsais irregulares, cinco ossos me-

tatarsos seguindo o comprimento do pé e quatorze falanges formando o esqueleto do pé.

Os ossos tarsais do pé são equivalentes aos ossos carpais do punho, mas há sete ossos tarsais e oito ossos carpais no punho. Os ossos tarsais diferem um pouco dos os-sos do punho na sua organização, refletin-do as diferentes funções da mão e do pé.

OSSOS TARSAISOs ossos tarsais consistem de:

TálusArticula-se com a tíbia e a fíbula na ar-

ticulação do tornozelo. Ele suporta todo o peso do corpo transferido pela tíbia. Seu formato é tal que ele pode então distribuir este peso ao longo do pé, do calcanhar aos dedos do pé.

Calcâneo Osso largo do calcanhar.

NavicularUm osso relativamente pequeno, nome-

ado pela aparência de um barco. Ele tem uma projeção, a tuberosidade do osso na-vicular, que, se muito grande, pode causar dor pelo atrito com o sapato.

CuboideTem a forma aproximada de um cubo.

Localizado na margem lateral do pé, ele tem uma incisura na sua face inferior para permitir a passagem de tendão muscular.

Três ossos cuneiformes São nomeados de acordo com a sua

posição, medial, intermédio e lateral. O cuneiforme medial é o maior destes três ossos em forma de cunha.

Ossos tarsais

Vista superior do osso calcâneo

Os ossos tarsais do pé são classificados

morfologicamente como ossos curtos. A função deles

é suportar o peso do corpo e auxiliar na locomoção (caminhada ou corrida).

O osso calcâneo tem várias superfícies articulares. É nestas superfícies que o calcâneo desliza sobre o tálus e o cuboide.

O calcâneo é o maior osso do pé e pode ser facilmente sentido abai-xo da pele como a proeminência do calcanhar. Ele precisa ser grande e forte, pois tem a importância de transmitir o peso do corpo do tálus para o chão. Ele tem várias faces articulares onde se articula com o osso tálus acima e com o cuboide à frente. A sua face mais interna tem uma projeção, a qual faz suporte para a cabeça do tálus.

Na metade superior da face posterior do calcâneo há uma di-latação que indica o local de in-serção do forte tendão calcâneo (de Aquiles).

CalcâneoMaior osso tarsal

TálusOsso em posição mais alta no pé; forma parte da articulação do tornozelo

CuboideTem formato de cubo Lateral

Intermédio

Lateral

Tuberosidade do osso navicular

Ossos cuneiformes

Navicular

Sustentáculo do tálusFace articular posterior

para o tálus

Face articular média para o tálus

Face articular anterior para o tálus

Tuberosidade do calcâneo

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pelve e membros inferiores

159

Ligamentos e arcos do péOs ossos do pé estão organizados de tal maneira que formam arcos como pontes. Esses os-

sos são suportados por uma série de ligamentos resistentes.

Os principais ligamentos de suporte no pé ficam na face plantar.

Os três ligamentos mais proe-minentes são:

O calcaneonavicular plantarAlonga-se para frente do sus-

tentáculo do tálus, uma projeção do calcâneo, para a parte poste-rior do osso navicular. Este liga-mento é importante para ajudar a manter o arco longitudinal do pé.

Ligamento plantar longoSegue para adiante da face in-

ferior do calcâneo para o cuboide e a base dos metatarsos. Ajuda a manter os arcos do pé.

Ligamento calcaneocubóideo (ou ligamento plantar curto)

Localizado abaixo do liga-mento plantar longo, segue da frente da face inferior do calcâ-neo para o cuboide.

OUTROS LIGAMENTOS Muitos outros ligamentos

suportam e mantêm unidos os longos ossos metatarsos e as falanges (ossos dos dedos). Os ossos metatarsais estão ligados aos ossos tarsos e entre si por ligamentos que cruzam o pé em ambas as suas superfícies, dorsal e plantar.

Ligamentos resistentes asseguram que o pé forneça uma base firme mas flexível para suportar o peso do corpo. Os ligamentos também

facilitam a locomoção.

Vista plantar dos ligamentos do pé

Articulações interfalângicas

Cada uma é envolvida por uma cápsula articular fibrosa, reforçada de cada lado

por fortes ligamentos colaterais

Quinto osso metatarso

Osso cuboideOsso lateral do pé

Ligamento calcaneocubóideo plantarAlonga-se para a frente da parte anterior da superfície inferior do calcâneo ao cuboide

Calcâneo Osso do calcanhar

Sustentáculo do tálusProjeção do calcâneo

Ligamento calcaneonavicular

plantarAlonga-se do sustentáculo do

tálus à parte posterior do osso navicular

Ligamento plantar longo

Alonga-se para a frente do lado interno

do calcâneo ao osso cuboide e metatarsos

Primeira falange (osso

do dedo)

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

160

TornozeloO tornozelo é a articulação entre as extremidades inferiores da tíbia e da fíbula e a face su-

perior do grande osso tálus. Ela é um exemplo de articulação dobradiça.

No tornozelo, um profundo encaixe é formado pelas extremidades infe-riores da tíbia e da fíbula, os ossos da perna. Neste encaixe, ajusta-se a su-perfície superior em forma de polia do tálus. Os corpos dos ossos e a presença de fortes ligamentos tornam a articu-lação do tornozelo muito estável. Isto é uma característica importante para esta articulação de suporte de peso.

A ARTICULAÇÃOAs faces articulares do tornozelo —

partes dos ossos que se movem uma de encontro à outra —, são cobertas por uma camada lisa de cartilagem do tipo hialina. Estas cartilagens estão envol-vidas por uma fina membrana sinovial, que secreta um viscoso fluido, o líqui-do sinovial, responsável por lubrificar a articulação.

As superfícies articulares do torno-zelo consistem em:

Face medial do maléolo da fíbu-•la, a extremidade expandida da fíbula. Esta possui uma depres-são que se articula com a lateral da face superior do tálus.Face inferior da extremidade in-•ferior da tíbia, que forma o teto do encaixe, com o qual se articula com o tálus.Face medial do maléolo, a proje-•ção na extremidade da tíbia, que desliza contra a face medial da superfície superior do tálus.Tróclea do tálus. Tem este nome •devido ao seu corpo tem forma de roldana, a parte superior do tálus ajusta-se no tornozelo, articulan-do-se com a extremidade inferior da tíbia e da fíbula.

A articulação do tornozelo é do tipo dobradiça e fica entre a tíbia e a fíbula, acima, e o tálus, abaixo. Suas faces articulares são revestidas por cartilagem do tipo hialina.

Vista anterior do tornozelo esquerdo

FíbulaOsso fino na lateral da perna que não suporta peso

TíbiaEste osso suporta todo peso do corpo e é facilmente palpável na canela

Maléolo lateralProtuberância da extremidade inferior da fíbula

Metatarsos Ossos do pé

Osso navicular

Osso do tornozelo em forma de barco

Maléolo medial Protuberância na extremidade

inferior da tíbia

TálusOsso do tornozelo;

articula-se superiormente

com a tíbia, com a fíbula lateralmente

e com o calcâneo inferiormente, não

possuindo músculos inseridos nele

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pelve e membros inferiores

161

Ligamentos do tornozeloO tornozelo é fixado por fortes ligamentos, que ajudam a estabilizar esta importante articulação de suporte

de peso.

A articulação do tornozelo necessita ser muito estável para suportar o peso do cor-po. A presença de vários ligamentos fortes ao redor da articulação do tornozelo ajuda a manter esta estabilidade ao mesmo tempo em que ainda permite a liberdade necessá-ria de movimentos. Como a maioria das ar-ticulações, a do tornozelo está enclausura-da numa cápsula fibrosa resistente. Embora esta seja bastante fina na frente e atrás, é reforçada em cada um dos lados pelos for-tes ligamentos medial e lateral.

LIGAMENTO MEDIALTambém conhecido como ligamento del-

toide, o ligamento medial é uma estrutura muito forte, saindo em forma de leque da ponta do maléolo medial da tíbia. Ele usu-almente é descrito em três partes:

Ligamento tibiotalar anterior e poste-rior

Localizados próximos dos ossos, estas partes do ligamento medial ligam à tíbia a região medial do tálus.

Ligamento tibionavicularMais superficial, esta parte do ligamento

segue entre a tíbia e o osso navicular, um dos ossos do pé.

Ligamento tibiocalcâneoÉ um ligamento forte que segue logo

abaixo da pele a partir da tíbia ao susten-táculo do tálus, uma projeção do calcâneo (osso do calcanhar).

Juntas, estas partes do ligamento medial (deltoide) suportam o tornozelo durante os movimento de eversão (quando o pé é vira-do para o lado de fora).

LIGAMENTO LATERALO ligamento lateral é mais fraco do que o

medial e também é constituído de três ban-das distintas:

O ligamento talofibular anterior.•Este segue para adiante, do maléolo •lateral da tíbia de volta para o tálus.Ligamento calcâneo fibular.•Este passa para baixo, da ponta do ma-•léolo lateral para a lateral do tálus.Ligamento talofibular posterior.•É espesso e o mais forte dos três, se-•guindo para trás, do maléolo lateral para a parte posterior do tálus.

Vista lateral do pé direito

Vista medial do pé direito

FíbulaLigamento talofibular posterior

Ligamento calcâneofibular

Calcâneo

Tendões dos músculos fibulares longos

Ligamento talofibular anterior

TálusOsso do tornozelo

Tíbia

Tíbia

Maléolo medial

Ligamento tibiotalar anterior

Ligamento tibionavicular

Ligamento tibiocalcâneo

Sustentáculo do tálus

Calcâneo

Tendão calcâneo (de Aquiles)

Ligamento tibiotalar posterior

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

162

O esqueleto O esqueleto é feito de ossos e cartilagem e responde por um quinto do peso do corpo. São mais

de 200 ossos que formam uma estrutura viva, projetada para suportar e proteger o corpo.

Vista anterior do esqueleto humano

O esqueleto humano fornece uma estrutura estável porém flexível para os outros tecidos do corpo. A cartila-gem é mais flexível do que o osso e é encontrada nos locais onde os movi-mentos ocorrem.

FUNÇÕES DOS OSSOSOs ossos do esqueleto têm uma

série de funções vitais:

SuporteOs ossos suportam o corpo quan-

do ereto e mantém os órgãos moles internos em seus lugares.

Proteção O cérebro e a medula espinhal são

protegidos pelo crânio e a coluna vertebral, enquanto as costelas pro-tegem os pulmões e o coração.

MovimentoPor todo o corpo, músculos inse-

rem-se nos ossos para possibilitar a alavancagem necessária ao movi-mento.

Armazenamento de mineraisOs íons de cálcio e fósforo são

armazenados nos ossos para serem utilizados quando necessário.

Hematopoiese (formação das cé-lulas sanguíneas).

A cavidade da medula de alguns ossos, como o esterno, é local de pro-dução de células sanguíneas.

O osso, é na verdade, tecido vivo – o esqueleto tem seu próprio suprimento de vasos sanguíneos e nervos. Até cinco por cento do osso é reciclado toda semana por suas células.

O esqueleto axialO crânio, a coluna vertebral e as costelas. Estes ossos protegem os órgãos internos e fornecem pontos para inserção de músculos

Vértebras cervicais

Cíngulo superior

Cartilagens costaisContribuem para a elasticidade da parede torácica

RádioA cabeça do rádio articula-se com o úmero

CarpoOs ossos do punho articulam-se com os ossos metacarpo, ulna e rádio

Fêmur

Esqueleto apendicularÉ constituído pelos ossos dos membros, junto com o cíngulo superior (escápula e clavícula) e o cíngulo inferior (osso do quadril), que ligam os membros ao esqueleto axial

Ossos metatarsos

FíbulaArticula-se com a tíbia

Tíbia (osso da canela)

Patela Protege o joelho

Sínfise púbica

Sacro

Ossos do quadril

ÚmeroOsso do braço, o maior do

membro superior, articula-se com a escápula, no ombro

Costela

EsternoHá cartilagem onde as costelas

encontram o esterno

CrânioProtege o cérebro e o topo da

coluna vertebral

Clavícula

Escápula

Ulna

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sistemAs

163

Acidentes ósseosCada osso do esqueleto possui um corpo com formato adequado para realizar suas funções. Os ossos apresen-

tam marcas, elevações e forames que estão relacionados às estruturas com as quais mantêm contato.

Vista posterior do esqueleto humano

Com o passar dos anos, os anatomistas têm denominado vários tipos de caracte-rísticas que podem ser encontradas nos ossos. Usando estes nomes, um osso pode ser descrito precisamente.

PROJEÇÕESCom frequência ocorrem projeções na

superfície de um osso no local onde mús-culos, tendões ou ligamentos se inserem ou onde há uma articulação. Os exemplos incluem:

CôndiloProjeção arredondada em uma articu-

lação (tais como a do côndilo femoral, no joelho).

EpicôndiloElevação óssea sobre o côndilo (como

na extremidade inferior do úmero, no cotovelo).

CristaBorda proeminente de um osso (como

a crista ilíaca do osso pélvico).

TubérculoPequena área de dilatação (como o

grande tubérculo, na extremidade supe-rior do úmero).

Linha Dilatação longa e estreita (como a linha do

músculo sóleo, na face posterior da tíbia).

DEPRESSÕESDepressões, forames e sulcos são usu-

almente encontrados onde um vaso san-guíneo ou nervo passa ao redor ou através do osso.

Exemplos:

Fossa Uma depressão rasa em forma de tigela

(como a fossa ilíaca, depressão encontra-da no osso ilíaco).

Forame Um orifício no osso para permitir a pas-

sagem de um vaso ou nervo em particular (como o forame da jugular, no crânio).

IncisuraIndentação que é encontrada nas ex-

tremidades de um osso (como a incisura isquiática maior).

SulcoUm sulco ou depressão alongada que

que marca a trajetória de um vaso sanguí-neo ou de um nervo ao longo do osso.

Os ossos do esqueleto humano raramente são lisos. Marcas

são frequentes nos ossos onde tendões, ligamentos e fáscias

estão inseridos.

Espinha da escápulaUma espessa elevação óssea que continua como o acrômio do ombro

Fossa infraespinhal

Epicôndilo lateral do úmeroQuando o cotovelo está parcialmente flexionado, ele pode ser palpado

Trocanter maior do fêmurProtuberância na parte superior do fêmur

Crista ilíacaUma elevação que forma a borda do osso ilíaco

Forame obturadorUma grande abertura no osso do quadril

Maléolo lateral da fíbulaUma projeção da extremidade inferior da fíbula

Linha do músculo sóleoUma elevação áspera diagonal da tíbia

Côndilo femoral lateral

Túber isquiáticoProtuberância do ísquio

Incisura isquiática maior

Uma grande incisão no ísquio

Processo espinhoso

Tubérculo maior do úmero

Uma dilatação da extremidade superior do úmero

Protuberância occipital externa

Esta projeção é, em geral, facilmente palpada

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

164

Panorama da circulação sanguíneaHá duas redes de vasos sanguíneos no corpo. A circulação pulmonar transporta sangue

entre o coração e os pulmões; a circulação sistêmica irriga todas as partes do corpo, exceto os pulmões.

O sistema circulatório pode ser dividido em duas partes:

Circulação sistêmicaVasos que conduzem o sangue

para e de todos os tecidos do corpo.

Circulação pulmonarVasos que conduzem o sangue

para os pulmões para realizar a tro-ca de gás carbônico pelo oxigênio.

CIRCULAÇÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A circulação arterial sistêmica conduz o sangue do coração para nutrir os tecidos. Primeiro, o sangue oxigenado é bombeado dos pulmões para a aorta via coração. Ramos da aorta passam para os membros su-periores, cabeça, tronco e os mem-bros inferiores por vez. Estes gran-des ramos emitem pequenos vasos, que se ramificam repetidamente. As minúsculas artérias (arteríolas) en-viam sangue para os capilares.

CIRCULAÇÃO PULMONARA cada batida do coração sangue

é bombeado do ventrículo direito para o interior dos pulmões através da artéria pulmonar (esta conduz sangue rico em CO2). Após muitas ramificações arteriais, o sangue se-gue através dos capilares dos alvéo-los (sacos de ar), nos pulmões, para ser reoxigenado. O sangue final-mente entra numa das quatro veias pulmonares. Esta passa para o átrio esquerdo, de onde o sangue é bom-beado pelo coração para a circula-ção sistêmica.

Os vasos do sistema arterial conduzem sangue do coração para os tecidos. O sangue carrega oxigênio e nutrientes essenciais para todo o corpo.

Principais artérias do corpo

A. subcláviaIrriga o pescoço e os braços

CoraçãoLocal central de bombeamento no corpo, o qual leva sangue através dos vasos

AortaO sangue oxigenado do coração é inicialmente bombeado para a aorta (a principal artéria do corpo). As artérias ramificam-se progressivamente em pequenas arteríolas e alimentam de sangue os capilares (vasos microscópicos que seguem através dos tecidos)

Aa. digitaisIrrigam os dedos

A. ulnar

Artéria tibial

A. femoralPrincipal artéria da perna

A. ilíaca externaFornece a maior parte

do sangue dos membros inferiores e da região pélvica

A. radial

A. renalIrriga os rins

Ramos da a. pulmonar

As únicas artérias do corpo que transportam sangue desoxigenado

A. carótida comum

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SISTEMAS

165

O sistema venosoO sistema venoso conduz sangue dos tecidos de volta para o coração. Este sangue é então bombeado através

da circulação pulmonar para ser reoxigenado antes de entrar na circulação sistêmica novamente.

As veias têm origem em mi-núsculas vênulas, que recebem o sangue dos capilares. As veias convergem umas sobre as outras, formando veias progressivamente maiores até formar as duas princi-pais veias que coletam o sangue do corpo, a veia cava superior e a veia cava inferior. Estas drenam sangue para o coração. Aproximadamente 65% do volume sanguíneo total está contido no sistema venoso.

DIFERENÇASO sistema venoso é similar em

muitos aspectos ao sistema arte-rial. Porém, apresenta algumas di-ferenças importantes:

Paredes dos vasosAs artérias tendem a ter paredes

mais espessas do que as veias para suportar a grande pressão exercida pelo sangue arterial.

ProfundidadeA maioria das artérias se locali-

za profundamente no corpo, prote-gidas de lesões, mas muitas veias estão localizadas superfi cialmente, logo abaixo da pele.

Sistema porta O sangue que deixa o intestino

pelas veias do estômago e intesti-no não segue diretamente de volta para o coração. Primeiro, é con-duzido para o fígado pelo sistema venoso porta, que conduz o sangue através dos tecidos do fígado antes que ele possa retornar para a circu-lação sistêmica

VariaçõesEnquanto o padrão do sistema

arterial tende a ser o mesmo de pes-soa para pessoa, há grande variação no esquema do sistema venoso.

O sistema venoso conduz sangue dos tecidos do corpo de volta para o coração. O sangue é reoxigenado e então retorna para o coração pelas veias pulmonares.

Principais veias do corpo humano

V. facial

V. jugular externa

V. cava superiorUma das duas principais veias; conduz sangue rico em gás carbônico de outras veias para o átrio direito do coração

V. braquial

V. ilíaca comum

Veia ilíaca externa

Vv. digitais

V. femoral

V. safena magnaUma das duas veias superfi ciais da perna; drena o sangue do membro inferior

Arco venoso dorsal

V. poplítea

V. cava inferior

V. renal

V. cefálica

Ramos das veias

pulmonaresEstas são as únicas veias no corpo que

transportam sangue oxigenado

V. subclávia

V. jugular interna

V. temporal superfi cial

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

166

Sistema nervoso periféricoO sistema nervoso periférico inclui todo o tecido nervoso do corpo, com exceção do encéfa-

lo e da medula espinhal. Os seus principais componentes anatômicos são os nervos espinhais e os nervos cranianos.

O sistema nervoso do cor-po humano é dividido em duas partes: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso peri-férico (SNP). Os principais com-ponentes do sistema nervoso pe-riférico são:

Receptores sensoriaisTerminações nervosas especia-

lizadas que recebem informações sobre a temperatura, tato, dor, mo-vimento muscular e gustação.

Nervos periféricosConjunto de fibras nervosas

que conduz informações do SNC para o SNP e vice-versa.

Terminação nervosa motoraTerminação nervosa especia-

lizada que causa no músculo onde se encontra a contração em resposta a um sinal do SNC.

ORGANIZAÇÃO DOS NER-VOS PERIFÉRICOS

Os nervos periféricos são de dois tipos:

Nervos cranianos Emergem do encéfalo e estão

relacionados à recepção de in-formações e ao controle da cabe-ça e pescoço. São doze pares de nervos cranianos.

Nervos espinhaisEstes se originam da medu-

la espinhal, cada um contendo centenas de fibras nervosas para inervar o resto do corpo. Muitos dos 31 pares de nervos espinhais entram em uma das complexas redes tais como o plexo braquial, que inerva o membro superior, antes de fazerem parte de um largo nervo periférico.

Os nervos periféricos da conexão entre o sistema nervoso central

(encéfalo e medula espinhal) e o resto do corpo.

As terminações nervosas sensitivas são tanto terminações livres como encapsuladas. Um exemplo: o corpúsculo de Pacini é uma terminação nervosa encapsulada.

Os principais nervos do sistema nervoso periférico

Medula espinhalOnde os pares de nervos espinhais se originam

Par de nervos intercostaisRamos dos nervos espinhais torácicos

Nervo femoralPrincipal nervo periférico da região anterior da coxa

Nervo medianoNervo periférico que inerva a palma da mão e os músculos que movimentam o punho, o polegar e os dedos; um dos nervos do plexo braquial

Nervo fibular comum Inerva alguns músculos

que movem o pé

Nervo ulnarInerva a pele sobre o

dedo mínimo e pequenos músculos da mão; um dos

nervos do plexo braquial

Nervo isquiáticoPrincipal nervo periférico

da região posterior do membro inferior

Plexo braquialRede de nervos

periféricos, cujas raízes se originam no pescoço

Nervo facialDoze pares de nervos cranianos

inervam a cabeça e o pescoço

Encéfalo

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sistemAs

167

Grande parte do conjunto final de nervos periféricos é constituído por três camadas protetoras de tecido conjunti-vo, sem a qual as frágeis fibras nervosas ficariam vulneráveis à lesões.

EndoneuroÉ uma camada delicada de

tecido conjuntivo ao redor da menor unidade do nervo peri-férico, o axônio (fibra nervosa). Esta camada pode também en-volver uma camada de mielina do axônio.

PerineuroÉ a camada de tecido con-

juntivo que envolve e protege um conjunto de fibras nervo-sas chamado fascículos.

EpineuroOs conjuntos de fascículos

são envoltos por um tecido con-juntivo mais rígido, o epineuro, formando o nervo periférico. O epineuro também envolve vasos sanguíneos, que ajudam na nutrição da fibra nervosa e de seus envoltórios de tecido conjuntivo.

FUNÇÃO DO NERVOA maioria dos nervos perifé-

ricos conduz informações para e do sistema nervoso central (sensibilidade e motricidade respectivamente) e, por isso, são conhecidos como nervos “mistos”. Nervos com função puramente sensitiva ou moto-ra são muito raros no corpo.

Estrutura do nervo periféricoCada nervo periférico consiste de fibras nervosas separadas, algumas com camada isolante de mielina, no

interior do tecido conjuntivo.

As fibras nervosas periféricas agrupadas são denominadas de fascículos. Estes conduzem tanto informações sensoriais (aferentes) quanto motoras (eferentes).

Epineuro

Perineuro

Fascículo (conjunto de fibras nervosas)

EndoneuroAo redor do axônio (fora das

células de Schwann se mielinizado)

Núcleo das células de Schwann

Fibra nervosa mielinizada periférica

Bainha de mielinaFeita de camadas de membrana de células de Schwann

Axônio

Fascículo (seccionado)

Vasos sanguíneos

para irrigação do nervo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

168

Sistema nervoso autônomoO sistema nervoso autônomo inerva aquelas partes do corpo que não são comandadas cons-

cientemente. Ele pode ser subdividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso pa-rassimpático.

O sistema nervoso autônomo pode ser dividido em duas partes: o sistema nervoso parassimpático e o sistema nervoso simpático. Ambos os sistemas geralmente inervam os mes-mos órgãos, mas com efeitos opostos. Em cada sistema, dois neurônios (células nervosas) fazem a trajetória do sistema nervoso central para o órgão, o qual é inervado.

“LUTA OU FUGA”Os efeitos da estimulação do sistema nervoso simpáti-

co sobre o corpo estão frequentemente relacionados com respostas do tipo “luta ou fuga”. Em situações de perigo ou de agitação, o sistema nervoso simpático torna-se mais ativo, causando o aumento do ritmo cardíaco e o desvio

do fluxo sanguíneo para os músculos, tornando a pele pá-lida e suada.

ESTRUTURASOs corpos celulares dos neurônios do sistema simpático

localizam-se no interior da medula espinhal. Fibras nervo-sas destes corpos celulares deixam a medula espinhal na raiz ventral e seguem através do ramo comunicante branco para chegar ao tronco simpático paravertebral.

Algumas das fibras que entram na cadeia simpática conec-tam-se ali com a segunda célula do seu trajeto. As fibras então saem através do ramo cinzento comunicante para juntarem- -se ao ramo ventral do nervo espinhal.

O sistema nervoso simpático prepara o corpo para a ação. As fibras nervosas deixam o SNC via uma cadeia ganglionar próxima à coluna vertebral.

Anatomia de um tronco simpático

Medula espinhal

Corpo vertebral

Disco intervertebral

Tronco simpático

Nervos esplâncnicos torácicosPassam para a frente e para baixo a partir da cadeia de gânglios simpáticos perto da medula espinhal

Ramo comunicante brancoAtravés do qual fibras do sistema

simpático passam em direção ao tronco simpático paravertebral

Ramo comunicante cinzento

Através do qual fibras do sistema simpático passam para

o nervo espinhal

Músculo intercostal externo

Nervo intercostal(ramo ventral do nervo espinhal)

Gânglio simpático paravertebral

O gânglio é formado por grupos de corpos de células nervosas; cadeias ganglionares seguem para baixo de

cada lado da coluna vertebral

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sistemAs

169

Sistema nervoso parassimpáticoO sistema nervoso parassimpático é a parte do sistema nervoso autônomo mais ativa durante os períodos de

descanso.

Órgãos controlados pelo sistema nervoso parassimpático

O sistema nervoso parassimpático é mais ativo quando o corpo está descansando. Fibras

originam-se do SNC a partir do cérebro e da região sacral da medula espinhal.

A estrutura do sistema ner-voso parassimpático é mais simples que a do sistema nervo-so simpático.

CORPOS CELULARESOs corpos celulares do pri-

meiro dos dois neurônios da via nervosa do sistema nervoso pa-rassimpático estão localizados em apenas dois locais:

No tronco encefálico Fibras de corpos nervosos

parassimpáticos da substância cinzenta do tronco encefálico deixam o crânio como parte de uma série de nervos cranianos. Juntas, estas fibras nervosas for-mam o que é conhecido como a porção cranial do sistema ner-voso parassimpático.

Região sacral da medula espinhal

O fluxo sacral inicia a partir de corpos de células parassim-páticas que ficam dentro de par-te da coluna vertebral. As fibras partem através da raiz ventral. Devido à localização de origem das fibras parassimpáticas, o sistema parrassimpático é às ve-zes conhecido como porção cra-niossacral do sistema nervoso autônomo; o sistema simpático é conhecido como porção tora-colombar.

DISTRIBUIÇÃO O fluxo cranial fornece iner-

vação parassimpática para a cabeça e o fluxo sacral provê inervação para a pelve. A área intermediária (a maioria dos ór-gãos internos torácicos e abdo-minais) é inervada por parte do fluxo cranial, o qual é conduzi-do dentro do nervo vago (déci-mo nervo craniano).

Olho

Glândulas salivares

Coração

Pulmões

Pâncreas

Vesícula biliar

Intestinos

Bexiga urinária

Genitais

Origem da parte sacral do sistema parassimpático

Tronco encefálicoOrigem dos nervos cranianos relacionados com o sistema

parassimpático

Medula espinhal

Encéfalo

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

170

O sistema linfático é a parte menos conhecida do sistema circulatório, agindo em conjunto com o sistema cardiovas-cular para transportar um fluido chamado linfa ao redor do corpo. O sistema linfático tem função vital na defesa do cor-po contra doenças.

FLUIDO LINFÁTICOA linfa é um líquido claro, misturado com água, que

contém eletrólitos e proteínas derivados do sangue, que banha os tecidos corpóreos. Linfócitos – células brancas especializadas envolvidas no sistema imunológico do corpo – são encontrados na linfa. Elas atacam e destroem micro-organismos invasores, mantendo o corpo saudável. Isto é conhecido como resposta imune. Apesar dos vasos do sistema linfático transportarem linfa, o fluido não é bombeado ao redor do corpo como o sangue; em vez dis-so, contrações dos músculos em torno dos vasos linfáticos movimentam a linfa ao longo do corpo.

COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICOO sistema linfático é constituído por uma série de estrutu-

ras inter-relacionadas:

LinfonodosLocalizados ao longo do trajeto dos vasos linfáticos para

filtrar a linfa.

Vasos linfáticos Pequenos capilares que conduzem para vasos maiores,

que, eventualmente, drenam a linfa para as veias.

Células linfáticas (linfócitos)São células através das quais ocorre a resposta de defesa

do corpo.

Tecidos e órgãos linfáticos Espalhados por todo o corpo, eles agem como reservató-

rios de células linfáticas e têm importante função na imuni-zação (defesa do corpo).

Sistema linfáticoO sistema linfático consiste de uma rede de vasos linfáticos, órgãos e células especia-

lizadas através do corpo. É parte essencial do sistema de defesa do corpo contra micro- -organismos invasores.

A rede de linfonodos e vasos linfáticos segue através do corpo, coletando fluido deixado

pelos vasos sanguíneos. O fluido linfático é filtrado dos restos celulares e infecções nos

linfonodos e então retorna para as veias.

Sistema linfático

Linfonodos faciais

Veia jugular interna

Veias subcláviasA linfa é drenada da parte superior direita do corpo para a veia subclávia direitaDucto torácicoA linfa do resto do corpo é coletada aqui e é drenada para a veia subclávia esquerda

Cisterna do quiloGrandes vasos linfáticos convergem para formar esta câmara de armazenamento

Linfonodos abdominais

Linfonodos pélvicosA drenagem linfática da pelve e dos órgãos abdominais acontece via vasos linfáticos, os quais acompanham as artérias e veias que suprem estes órgãos

Linfonodos inguinaisRecebem a linfa de vasos linfáticos profundos e dos linfonodos poplíteos, atrás do joelho

Linfonodos poplíteosLocalizados atrás do joelho; drenam a linfa das pernas e dos pés

Vasos linfáticos da pernaOs vasos linfáticos superficiais tendem a seguir ao longo das veias, enquanto os vasos profundos acompanham as artérias

Vasos linfáticos do antebraço

Linfonodos ilíacosAcompanham o padrão dos vasos

sanguíneos ilíacos

Linfonodos gastroesplênicos

Drenam a linfa do estômago e do baço

Linfonodos axilaresA linfa passa através dos linfonodos

axilares e entram no tronco subclávio

Região cervical de linfonodos

Localiza-se ao redor da veia jugular interna

Linfonodos mandibulares

Linfonodos parotídeos

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sistemAs

171

Os linfonodosOs linfonodos estão localizados ao longo da rota dos vasos linfáticos. Eles filtram a linfa de micro-

-organismos invasores, células infectadas e outras partículas estranhas.

A estrutura interna do linfonodo torna mais lenta a passagem da linfa para que células especializadas, os linfócitos, possam filtrar qualquer micro-organismo.

Os linfonodos são pequenos órgãos arredondados, que es-tão localizados ao longo do curso dos vasos linfáticos e agem filtrando a linfa. Os linfonodos variam em tamanho, mas eles são na sua maioria do tamanho de um grão de feijão, com cerca de 25 milímetros de comprimento, envoltos por uma cápsula fibrosa e usualmente envoltos em tecido conjuntivo.

FUNÇÃO DOS LINFONODOSAssim como fluido, os minúsculos vasos linfáticos nos te-

cidos podem capturar outros itens tais como restos celulares, bactérias e vírus. No interior do linfonodo, o fluido corre mais devagar e entra em contato com as células linfáticas, as quais ingerem qualquer partícula sólida e identificam micro-orga-

nismos estranhos. Para prevenir que estas partículas entrem na circulação sanguínea – e para permitir ao corpo montar uma defesa contra organismos invasores –, a linfa é filtrada através de uma série de linfonodos antes de ser drenada para dentro das veias.

Alguns linfonodos são agrupados em certas regiões e de-nominados de acordo com sua posição, com a região na qual se encontram (por exemplo, os linfonodos axilares ficam na axila), com os vasos sanguíneos que eles circundam (tais como os linfonodos aórticos, em torno da grande artéria cen-tral do corpo, a aorta) ou com o órgão do qual eles coletam linfa (linfonodos pulmonares, nos pulmões).

Estrutura do linfonodo

Vaso linfático aferenteConduz linfa para o linfonodo

Célula BProduz anticorpo contra micro-organismos invasores

Arteríola

Vênula

SeioAge reduzindo a velocidade da passagem da linfa através do linfonodo para que os macrófagos possam atacar os micro- -organismos invasores Veia

Artéria

Vaso linfático eferenteUm vaso conduz a linfa filtrada

do linfonodo

Células TMatam micro-organismos e

células infectadas

TrabéculaColunas de tecido fibroso que dividem os

linfonodos em segmentos

MacrófagoUma grande célula de limpeza

Centro germinalLibera linfócitos para lutar

contra os micro-organismos invasores; estes linfócitos

amadurecem como células B e linfócitos T

CápsulaUma cápsula fibrosa feita de colágeno e

elastina ao redor do linfonodo

Linfócito

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

172

Pele e unhasA pele, o cabelo e as unhas constituem o sistema tegumentar. As funções da pele incluem

a regulação da temperatura e a defesa contra ataques de micróbios.

A pele cobre todo o corpo humano e tem uma área de apro-ximadamente 1,5 a 2 m2. Ela pesa cerca de 4 kg, o que repre-senta 7 por cento do peso corporal.

DUPLA CAMADAA pele é composta de duas camadas – a epiderme e a derme.

EpidermeEsta é a camada mais fina da pele e funciona como uma co-

bertura de proteção para toda a derme, abaixo. Ela é feita de várias camadas de células, as mais internas das quais consiste de células cuboides vivas que se dividem rapidamente, pro-duzindo células para as camadas externas. Ao alcançarem as

camadas exteriores, estas células morrem e tornam-se achata-das antes de começar a descascar por abrasão. A epiderme é avascular e depende da difusão de nutrientes do abundante suprimento de sangue da derme abaixo.

Derme Esta é a camada mais espessa da pele, que está protegida pela

epiderme. Ela é composta de tecido conjuntivo com fibras elásti-cas para permitir que espiches e fibras de colágeno para dar for-ça. A derme contém um rico suprimento vascular como também numerosas terminações nervosas. Localizadas no interior desta camada estão importantes estruturas do sistema tegumentar, in-cluído os folículos pilosos e o óleo das glândulas sebáceas.

A pele costuma ser descrita como o maior órgão do corpo humano. Ela ajuda a regular a temperatura corpórea através da constrição e dilatação dos seus vasos sanguíneos.

Secção da pele

Glândulas sebáceas

Artéria

Veia

Glândula sudoríparaMúsculo

Tela subcutânea

DermeCamada da pele abaixo

da epiderme

Epiderme Camada mais

externa da pele

Cume da pele

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173

sistemAs

As unhasAs unhas humanas são equivalentes às garras ou cascos de outros animais. Elas formam uma proteção rígida,

cobrindo a vulnerável extremidade dos dedos das mãos e dos pés. Também fornecem uma ferramenta para arra-nhar ou raspar quando necessário.

As unhas localizam-se na face dorsal da extremidade dos dedos da mão e do pé, sobre a falange distal de cada dedo.

PARTES QUE CONSTITUEM AS UNHASAs partes da unhas incluem:

Corpo da unha Cada unha é formada por um corpo rígido de queratina

(como a encontrada nos cabelos), que é produzida continua-mente na sua raiz.

Dobras da unha Na suas margens, a unha é sobreposta por dobras de pele,

exceto na extremidade livre da unha.

Margem livreA unha é separada da superfície inferior no seu ponto mais

distante, formando uma margem livre. A extensão da margem livre depende da preferência pessoal.

Raiz ou matrizEstá localizada na base da unha, debaixo da unha em si e

da dobra da unha. Esta parte da unha é mais próxima da pele

e é onde a queratina é produzida por divisão celular. Se a raiz da unha for destruída, a unha não poderá crescer de novo.

LúnulaA parte mais pálida e em forma de meia lua, localizada na

base da unha, onde a matriz é visível através da unha

Cutícula (eponíquio)Cobre a parte proximal da unha e estende-se sobre o corpo

da unha para ajudar a proteger a matriz de infecções e micro--organismos invasores.

CRESCIMENTOO crescimento das unhas dos dedos da mão é mais rápido do

que o das unhas do pé. Uma marca feita sobre a lúnula das unhas da mão levará três meses para alcançar a margem livre, ao passo que a unha do dedo do pé pode levar mais de dois anos. Para uma taxa normal de crescimento e para se produzir unhas normais, rosadas e saudáveis deve haver um bom suprimento arterial na raiz das unhas; a unha é rosada devido à grande quantidade de vasos sanguíneos na derme. As unhas crescem cerca de 1 mm ao dia, mas quando estão lesadas crescem mais rapidamente.

A unhas proveem proteção para a delicada extremidade dos dedos e, em alguns casos, age

como ferramenta. Elas são formadas de uma substância durável conhecida como queratina.

Secção transversal da unha

Corpo da unha

Leito da unha

Falange distal

Raiz da unha

Cutícula (eponíquio)

Lúnula

Dobra lateral

Corpo da unha

Margem livre

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AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

174

Índice

abdome ............................................... 98-119adutores .................................................. 149alvéolo ....................................................... 67amídala ..................................................... 34anastomoses ........................... 94,95,107,109ancôneo ..................................................... 89anosmia ..................................................... 27antebraço ................................................ 84-5

secção .................................................. 91rádio ................................................. 85-7nervo radial ....................................... 92nervo ulnal .................................... 93,97

aorta ...................................... 51-2,65,72,164hiato aórtico ......................................... 65

aponeurose ............................................. 10-1aracnoide-máter ................................... 33,59área de Wernicke ...................................... 29artéria carótida ................................ 18,30,51artéria femoral ................................. 142,152artéria ilíaca ............................................ 152artéria renal ............................................. 117articulação dobradiça ........................ 86,160articulação esferoide ...................... 78,142-3articulação do ombro ............................. 78-9articulação do quadril ......................... 142-3

osso do quadril ............................... 136-7articulação sinovial .......... 54,76,86,142,160atlas ........................................................ 42-3átrio ........................................................... 75aurícula .................................................. 20-1axila ........................................................ 80-1áxis ......................................................... 42-3

Bbaço .................................................... 98,113

bexiga urinária .................. 114,118,121,129

bíceps do braço ........................................ 88

bíceps da coxa ................................ 149,155

boca ............................................. 14,17,24-5

braço ...................................................... 82-3

nervos .............................................. 92-3

vasos sanguíneos ............................. 94-5

ver também antebraço; artérias superiores do braço .......................... 164

ver também aorta; vasos sanguíneos

braquial .................................................... 88

plexo braquial ................................ 80,92

brônquio ........................................... 52,66-7

bronquíolos .............................................. 67

Ccabeça .................................................... 8-39

calcanhar ............................................. 158-9

calcitonina ............................................... 50

canal anal ............................................ 108-9

canal medular .......................................... 83

cânula ....................................................... 19

cartilagem articular ............................ 83,86

cartilagem costal ................................... 62-3

cartilagem hialina ............ 66,76,86,142,160

cauda equina ....................................... 56,58

cavidade nasal ...................................... 26-7

células de Kupffer .................................. 110

circulação sanguínea ....................... 7,164-5

pressão sanguínea .............................. 19

círculo arterioso do cérebro .................... 30

cirurgia ........................................................ 7

clavícula ................................................... 76

cóccix ................................................ 56,136

colo ...................................................... 106-7

colo do útero ............................ 126,128,131

coração .................................................. 72-3

câmara ........................................ 74-5

corpo

fêmur ................................................. 144

pênis .................................................. 124

rádio ................................................. 85-7

úmero ................................................ 82-3

córtex renal ............................................ 116

costela ...................................................... 62

cotovelo ................................................. 86-7

coxa ................................................... 144-61

artéria ........................................... 152-3

músculo ..................................... 148-51

nervos .............................................. 155

veias ................................................ 154

crânio ...................................................... 8,9

D

dedos da mão ............................................ 96

dedos do pé ............................................. 150

deglutição ................................. 41,45,48,49

dente ......................................................... 12

diáfise ....................................................... 83

diafragma .......................................... 52,64-5

diafragma pélvico ................................ 138-9

diencéfalo ................................................. 29

‘dilatador’ .................................................. 14

dissecação ................................................... 7

doença (de Paget) ........................................ 9

dorsoflexores ........................................... 150

ducto deferente ....................................... 120

duodeno ........................................... 104,112

dura-máter ................................................ 59

E

encéfalo .................................................. 28-9

artérias cerebrais ................................. 30

cerebelo ........................................... 37,56

córtex cerebral ..................... 28-9,30 34-5

estruturas internas ............................ 36-7

mesencéfalo ................................. 29,38-9

sistema límbico ................................ 34-5

vasos sanguíneos .............................. 30-1

ventrículos ........................................ 32-3

enzimas .............................................. 50,112

epiderme ................................................. 172

epidídimo ........................................ 120,122

epífise ........................................................ 83

epiglote ...................................... 13,46,49,52

escalpo ................................................... 10-1

escápula ............................................ 60-1,76

esclera ....................................................... 23

escroto .................................................. 122-3

esôfago ......................................... 40,52-3,65

espaço subaracnóideo ......................... 33,59

esqueleto apendicular ............................ 162

esqueleto axial ........................................ 162

esterno .................................................... 62-3

estômago .............................................. 102-3

Fface e pescoço ........................................ 18-9

facial

artéria ................................................... 18

mímica ............................................ 14,16

Ana Totaro_Atlas do Corpo Humano_20,5 X 27,5_Prova 2.indd 174 27/1/2010 18:22:35

175

ÍnDicemúsculos .................................... 14-15,17

nervos .................................................. 16

veias ..................................................... 19

faringe ............................................ 26-7,40-7

faringe parte laríngea ................................ 46

fascia claviopeitoral ................................. 81

fêmur ....................................................... 144

fíbula ............................................. 145,160-1

fígado ................................................... 110-1

flexão da mão ............................................ 91

forame da veia cava .................................. 65

forame estilomastóideo ............................ 16

forame interventricular ......................... 32-3

formação reticular .................................... 39

fotorreceptores .......................................... 23

fundo do útero ..................................... 128-9

Gglândula adrenal ................................ 29,115

glândula pineal ......................................... 29

glândula salivar ........................................ 25

glândulas ................................................. 124

glândulas endócrinas ............................. 115

glândulas mamárias ................................ 134

gravidez ..................................................... 29

glândula tireóidea ..................... 29,40-1,50-2

glândula parótida ................................ 16,46

HHarvey, Wiliam ........................................... 7

hemisférios cerebrais ...................... 28,32,36

hiato anorretal ........................................ 139

hiato esofágico .......................................... 65

hiato urogenital ...................................... 139

hipocampo ................................................ 34

Hipócrates ................................................... 6

hipotálamo ........................................... 29,34

história da medicina ................................ 6-7

hormônios ................................ 50-1,112,115

humores ...................................................... 6

I

íleo .......................................................... 105

intestino delgado ................................. 104-5

intestino grosso .................................... 106-9

J

jejuno ...................................................... 105

joelho ................................................... 146-7

L

lábio do acetábulo .................................. 142

lâmina cribiforme ..................................... 27

laringe ..................................... 41,45,48-9,66

Leonardo Da Vinci ...................................... 7

lesão na cabeça ......................................... 27

ligamento lateral (tornozelo) .................. 161

ligamento medial .................................... 161

ligamento plantar ................................... 159

ligamentos

perna e pé ..................... 143,147,159,161

membros superiores ....................... 77,87

linfa ...................................... 71,105,135,170

linfonodos ............................................... 171

língua ................................................... 13,25

líquido cefalorraquidiano ........... 27,32-3,59

lobo piramidal .......................................... 50

M

mamas .................................................. 134-5

mamilo .................................................... 134

mandíbula, movimento da ....................... 17

mandíbula, osso da ................... 8-9,12,17,25

mandíbula ............................ 8-9,12,17,40,44

manguito rotador ................................ 60,79

manúbrio ................................................ 62-3

mão ......................................................... 96-7

mastigação ........................................... 17,25

meato acústico externo .......................... 20-1

medula espinhal ....................... 40,56-7, 168

proteção ............................................... 59

medula oblonga ...................... 29,37,38-9,56

membrana timpânica ............................. 20-1

membro inferior ver; pé; pernas

membro superior ...................... 76-7,82-7,96

menisco ................................................... 147

mesencéfalo ...................................... 29,38-9

metacarpos ................................................ 96

movimentos da mandíbula ...................... 17

mucosa ............................................... 49,130

músculo bíceps braquial .......................... 89

músculo constritor ................................... 47

músculo coracobraquial ........................... 88

músculo deltoide ...................................... 78

músculo extensor curto dos dedos ........ 157

músculo frontal ........................................ 11

músculo glúteo máximo ........... 104,149,155

músculo glúteo médio e mínimo .... 141,149

músculo iliopsoas ................................... 148

músculo infra-hióideo ........................... 44-5

músculo latíssimo do dorso ..................... 60

músculo levantador do ânus .................. 138

músculo oblíquo externo ....................... 100

músculo oblíquo interno ........................ 101

músculo occipital ................................ 10,11

músculo orbicular da boca ....................... 15

músculo reto do abdome ........................ 101

músculo semimembranáceo ................... 149

músculo semitendíneo ........................... 149

músculo superficial do períneo ............. 125

músculo supra-hioideo ......................... 44-5

músculo temporal ................................ 10,11

músculo tensor da fascia lata ................. 148

músculo transverso do abdome ............. 101

músculo trapézio ...................................... 60

músculos

assoalho pélvico ............................. 138-9 diafragma ............................................. 64 dorso ................................................. 60-1 face e pescoço ............. 14-15, 17,25, 44-5 glúteo .............................................. 140-1 ombro e braço .................78-9, 88-9, 90-1 parede abdominal ........................... 101-1 perna e pé ..................................... 148-51 trato respiratório ............................. 47,49

músculos da coxa ................................ 148-9

músculos da panturrilha ........................ 151

músculos do assoalho pélvico ............ 138-9

músculos do dorso ................................ 60,1

músculos flexores ............................. 88,90-1

músculos isquiotibiais .................... 149,155

N

nariz ....................................................... 26-7

nervo frênico ........................................ 64,65

nervo intrínseco do intestino ................... 53

nervo mediano ..................................... 93,97

nervo musculocutâneo ............................. 92

nervo olfatório .......................................... 27

nervo sacral ............................................. 169

nervo vago ....................................... 18,41,51

nervos

cranial ......................... 16, 38-9, 166, 167 diafragma ............................................. 64 perna .................................................. 155 esôfago ................................................. 53 medial espinha ......................... 58-9, 166 periféricos ....................................... 166-7

nervos cranianos ................. 16,38-9,166,169

nervos espinhais ............................ 58-9, 166

nervos motores ......................................... 58

O

olho ................................................... 15,22-3

órbita ......................................................... 22

orelha ..................................................... 20-1

osso calcâneo ................................... 158,159

osso da coxa ............................................ 144

osso hioide ........................................ 44-5,49

osso tarsal ............................................... 158

Ana Totaro_Atlas do Corpo Humano_20,5 X 27,5_Prova 2.indd 175 27/1/2010 18:22:36

AtlAs Descritivo Do corpo HumAno

176

ossos crânio .................................................. 8-9funções ............................................... 162 pelve ............................................... 136-7perna e pé ........................... 144-7,158-61 ovário .......................................... 126,132

ovócito ............................................ 132, 133

P

palato ................................................... 24,26

pâncreas .................................................. 112

papila ........................................................ 13

parede do abdome ............................... 100-1

parede uterina ......................................... 128

parte nasal da faringe ............................... 46

parte oral da faringe ................................. 46

patela ................................................ 146,148

artéria ................................................. 153

ligamentos e arcos musculares ......... 159

músculos ......................................... 156-7

ossos ................................................... 158

pele .......................................................... 172

face e pescoço ............................ 14,21,40

do escalpo ......................................... 10-1

pelve ............................................... 60, 136-9

pelve renal ........................................... 116-9

pênis ............................................. 120, 124-5

pericárdio .......................................... 65,72-3

pericrânio ............................................... 10-1

peristaltismo ...................................... 52,119

perna .................................................. 144-61

pescoço ................................................ 40-51

pia-máter .............................................. 33-59

piloro ....................................................... 102

pleura ........................................................ 69

pleura parietal .......................................... 69

pleura visceral .......................................... 69

plexo coroide ....................................... 33,59

plexo sacral ............................................. 155

plexo venoso retal .................................. 109

polegar ...................................................... 96

porta hepática ......................................... 111

pregas epiglóticas ..................................... 49

processo xifoide ..................................... 62-3

proeminência laríngea ............... 18,44,47,48

pronação ......................................... 84,87,90

próstata ................................................ 120-1

pulmões ............................................... 67-70

drenagem linfática do pulmão ............ 71

pleura ................................................... 69 vasos ................................................. 70-1

punho ................................................... 85,91

R

reto ....................................................... 108-9

respiração .................................................. 65

retina ......................................................... 23

retináculo do pé ...................................... 156

rim ................................................. 114,116-7

S

sacro ......................................... 60-1,129,136

secção transversal do pescoço ................. 41

segmento (nervos) ..................................... 58

seio ............................................................ 31

síndrome do túnel do carpo ..................... 93

sinusoide ................................................. 110

sistema biliar ....................................... 110-1

sistema circulatório ............................. 164-5

sistema digestório .......... 52,103-5,108-9,113

sistema esquelético-esqueleto ............. 162,3

ver também ossos

sistema límbico ...................................... 34-5

sistema linfático .................................. 170-1

axilar .................................................... 80

mama ................................................. 135

pulmões ............................................... 71

linfócitos ............................................ 170

sistema nervoso ................................... 166-9

sistema nervoso autônomo .................. 168-9

sistema nervoso parassimpático ............ 169

sistema nervoso simpático ..................... 168

sistema venoso ............................ 53,103,165

ver também artérias; veias

sistema reprodutor ............................ 120-35

sistema reprodutor feminino ............ 126-35

sistema reprodutor masculino ............ 120-5

substância branca .......................... 28-9,57-8

substância cinzenta ....................... 28-9,57-8

supinação ............................................... 84-7

T

tálamo .................................................. 29,34

tálus ...................................................... 160-1

tendão calcâneo ............................... 151,156

tendão central do diafragma .................... 64

tendões ................................ 64,91,149,156-7

tíbia ............................................... 145,160-1

artéria tibial anterior ...................... 152-3

côndilo tibial ..................................... 145

tonsilas ............................................ 13,24,46

tórax ..................................................... 52-75

vértebra torácica ............................. 54,62

tornozelo ....................................... 156,160-1

traqueia ........................................ 40-1,52,66

trato digestório ............................. 52-3,102-9

trato respiratório .................................... 66-7

entrada para .................................... 26,48

ver também; pulmão; traqueia; laringe

trato urinário ........................................ 114-9

trígono vesical ........................................ 118

tronco encefálico ............... 34-5,38-9,56,169

tuba auditiva (de Eustáquio) ....... 20,24,46-7

tuba uterina (de Falópio) .............. 126-8,133

tuberosidade da tíbia ....................... 145,148

U

ulna ................................................... 84,86-7

úmero ................................... 60-1,76,79,86-7

estrutura ............................................ 82-3

unha ........................................................ 172

ureter ................................................ 114,119

uretra ......................................... 114,118,121

útero .............................................. 126.128-9

úvea ........................................................... 23

V

vagina ............................................... 126,130

vasos do estômago .................................. 103

vasos do pulmão ..................... 70,74-5 164-5

vasos do útero ......................................... 127

vasos ovarianos ....................................... 127

veia .......................................................... 165

veia jugular ..................... 18-9,31,40-1,51

ver também vasos

veia cava inferior .............................. 65,73-5

veia cava superior ............... 53,72,74,75,165

veia jugular .......................... 18-9,31,40-1,51

veia safena magna ................................... 154

veias .......................................................... 19

ventrículos

coração ................................................. 74

encéfalo ............................................. 32-3

vértebra .......................................... 42-3,54-5

vértebra cervical ............................... 41-3,48

vértebra lombar ......................................... 55

vesícula biliar .................................... 98,104

vesícula seminal ..................................... 120

vulva ....................................................... 126

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