1a aula - scm

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  • 8/19/2019 1a aula - SCM

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    1

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Justificativa

    Com a globalização, a Cadeia de Suprimentos passou a ter uma

    maior abrangência nas organizações. Citações como “um mundo

    sem fronteiras comercias (Chiavenato 2002)” justificam a

    importância do gerenciamento dos suprimentos, produtos e seus

    respectivos escoamentos como fator diferencial entre as

    organizações.

    Ementa

    A disciplina conceitua a Cadeia de Suprimentos e a LogísticaEmpresarial. Define a integração da Logística na Cadeia de Suprimentos

    e as atividades como um diferencial competitivo e estratégico para asorganizações. Para cada atividade Logística primaria e secundária sãoapresentados os métodos operacionais utilizados nas grandesorganizações a fim de aumentar o grau de satisfação do cliente.

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Objetivo Geral

    Ao final do curso, os alunos deverão estar capacitados a entender eoperacionalizar qualquer atividade Logística na Cadeia de Suprimentosdentro de uma grande organização.

    Objetivo Especifico

    No decorrer do curso o aluno necessita entender e aplicar em sala de

    aula os conhecimentos operacionais de Logística Empresarial na Cadeiade Suprimentos, através de exercícios e analise de resultados dascondições teóricas e praticas simulada.

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Bibliografia Básica

     

    SOBRENOME, Nome do

    (s) Autor (es) 

    Título da Publicação Ed. Local Editora data

    1.  DIAS, Marco A . P 

    2.  POZZO, H. 

    3.  BALLOU, R. H 

    4.  CORREA, H. et al 

    5.  MARTINS, P.G 

    6.  PIRES, Silvio I. 

    7. KEEDI S. et al

    Administração de Materiais:

    Uma abordagem Logística. 

    Administração de Recursos

    Materiais e Patrimoniais:

    Uma abordagem. 

    Logística Empresarial:

    Transportes, Administração de

    materiais e distribuição física.

    Just in Time, MRP e OPT:

    Um enfoque estratégico 

    Administração de Materiais e

    Recursos Patrimoniais 

    Gestão da Cadeia de

    Suprimentos: conceitos,

    estratégias, práticas e casos.

    Transportes e seguros no

    comércio exterior

    4a.

    2a

    1a.

    2a.

    1a.

    2a

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    Atlas

    Atlas

    Atlas

    Atlas

    Saraiva

    Atlas

    Aduaneiras

    1993

    2002

    1996

    1996

    2003

    2004

    2000

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Bibliografia Complementar

     

    SOBRENOME, Nome do (s)Autor (es) 

    Título da Publicação Ed. Local Editora data

    1.  BALLOU, R H.

    2. 

    BOWERSOX, D. J.;

    CLOSS, D. J. 

    3. 

    SLACK, N et al 

    4.  GAITHER, N .

    5.  FOLHA DE SÃO PAULO.

    6. 

    LOG&MAN. Logística,

    Movimentação e

    Armazenagem. 

    7.  TECNOLOGISTICA 

    8. 

    EXAME 

    Gerenciamento da Cadeia de

    Suprimentos: Planejamento,

    Organização e logística

    empresarial.

    Logística Empresarial:

    Processo de Integração da

    Cadeia de suprimentos.

    Administração da Produção.

    Administração da Produção e

    Operações.

    Jornal – Folha da Manha

    Revista

    Revista

    Revista 

    4a.

    2a

    8a.

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    SãoPaulo

    São

    Paulo

    São

    Paulo

    Bookman

    Atlas

    Atlas

    Pioneira

    1927

    InstitutoIMAN 1981 -ISSN 0101-

    0158 

    Publicare –

    1995

    Abril – 1966

    - .ISSN

    0102-2881 

    2000

    2001

    2002

    2002

    Diária

    Mensal

    Mensal

    Quinzenal

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Alguns termos

    SC – Supply Chain – Cadeia de Suprimentos

    SCM – Supply Chain Management – Gestão da Cadeia de

    Suprimentos

    Logística

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Recadinhos (lembrete)

    Relatório de Estágio, procure o Núcleo de Estágio com o

    Professor Flavio.

    Atividade Complementar, verifique se vocês tem as horas

    suficientes e necessárias com a secretaria e a Profa. Nathalia.

    Dificuldade da Disciplina e a interligação da disciplina

    A importância da disciplina

    A dedicação forte para a disciplina em função do mercado

    A FKB e as outras faculdades com relação ao conteúdo

    programático

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Administração

    Organize essas palavras:

    Input

    Saída

    Output

    Entrada

    Recursos

    Produto

    Serviços

    Planejamento Controle

    Direcionar

    Organizar

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Materiais

    Pense em um desses eventos:

    Bacalhoada para a sexta feira santa

    Pescaria

    Churrasco de Formatura

    Guerra

    Empresa

    Pense na Gestão do evento:

    Quantidade

    Local para guardar material

    Condições para guardar

    Levar esse material até ao evento

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    ARM

    APR

    Qual é a diferença entre????

    Produtos, Serviços ou ainda Eventos

    Qual é a diferença entre????

    Manufatura e Operações

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Recursos a Disposição da empresa

    Recursos

    Materiais Patrimoniais Capital Humanos Tecnológicos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Recursos Materiais (Bens)São os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações

    do dia a dia, na elaboração de seu produto final. Como tal sãoadquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa (Petronio

    2003).

    Podem ser classificados em:

    Materiais auxiliares

    Materia-prima

    Produtos em processo

    Produtos acabados

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Recursos PatrimoniaisSão instalações, utilizados nas operações da empresa, mas que são

    adquiridos esporadicamente (Petronio 2003).

    Exemplos:

    Prédios

    Equipamentos

    Mobília

    Carros, etc

    ARM – Administração de Recursos Materiais

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    INSUMOS PROCESSO SERVIÇOS

    PRODUTOS

    RETROAÇÃO

    Resumo

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    ARM – Administração de Recursos Materiais

    Resumo da Administração de Materiais

    Clientes Transporte

    Sinal deDemanda

    IdentificarFornecedor

    ComprarMateriais

    TransportarRecebimento eArmazenagem

    MovimentaçãoInterna

    Armazenagem doproduto acabado

    Expedição

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC – Cadeias de Suprimentos (Supply Chain)

    Segundo o dicionário da APICS,[1]

    uma cadeia de suprimentos pode ser definida

    como:

    1. Os processos que envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas desde a

    fonte inicial de matéria prima até o ponto de consumo do produto acabado;

    2. As funções dentro e fora de uma empresa que garantem que a cadeia de valor

    possa fazer providenciar produtos e serviços aos clientes (Cox et al., 1995)

    Para o Supply Chain Council,[2]

    uma SC abrange todos os esforços envolvidos na

    produção e liberação de um produto final, desde o (primeiro) fornecedor do

    fornecedor até o (ultimo) cliente do cliente.

    [1] – American Production Inventory Control Society, com sede no s EUA

    [2] – The Supply Chain Council

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Esse esforço é definido por quatro processo básicos:

    Planejar (plan)

    Abastecer (source)

    Fazer (make)

    Entregar (delivery)

    Segundo Quinn (1997), uma SC pode ser definida como todas atividades

    associadas com o movimento de bens desde o estágio de matéria prima

    até o usuário final.

    Segundo Lee e Billington (1993), uma SC representa uma rede de trabalho(network) para as funções de busca de material, sua transformação em

    produtos intermediários e acabados e a distribuição desses produtos

    acabados aos clientes finais.

    SC – Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Christopher, (1998) define SC como uma rede de organizações que estão

    envolvidas através das ligações a jusante (downstream) e a montante

    (upstream) nos diferentes processos e atividades que produzem valor na

    forma de produtos e serviços liberados ao consumidor final.

    Lambert et al. (1998) define que uma SC não é apenas uma cadeia de negócios

    e relacionamentos “ um a um”, mas uma rede de multiplos negócios e

    relações.

    Mentzer et al. (2001) definem uma SC como o conjunto de tres ou mais

    entidades (organizações ou individuos) diretamente envolvidas nos fluxos a

    montante ou a jusante de produtos e seviços, financeiro e de informação,

    desde a fonte primária até o cliente final.

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Para Tan (2000), infelizmente não existe ainda uma descrição absolutamente

    consensual da SCM e de suas atividades.

    Harland (1996) descreve SCM como a gestão de atividades de negócios e

    relacionamentos (1) internamente e na organização, (2) com os fornecedores

    imediatos, (3) com os fornecedores de primeira e segunda camada e com os

    clientes ao longo da SC e (4) com toda a SC.

    Para Newe Payne (1995), SCM abrange toda a cadeia de valor desde a extração da

    matéria-prima até seu fim de uso como produto.

    Segundo HeikkiHi (2002), SCM é um conjunto de práticas que visam à gestão e

    coordenação de uma SC desde os fornecedores de matéria-prima básica até o

    cliente final, com objetivo de melhorar todo o processo produtivo ao longo da SC

    e não apenas de uma de suas unidades de negócios.

    SC – Supply Chain

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Já Svensson (2002) discute o que ele chama de fundação teórica (theoretical 

    foundation) da SCM, a qual "tem obtido o  status  -“ de filosofia de negócio para

    implementar vários processos sistemáticos de negócios que criam vantagens

    competitivas e lucratividade através da ajuda de outros em canais de marketing“

    Mentzer et al. (2001), não esquecem a importância da tradicional gestão "interna"

    para o sucesso da SCM, já que a definem como sendo a "coordenação sistêmica

    e estratégica das tradicionais funções de negócios dentro de uma particular

    empresa e ao longo da SC, com o propósito de melhorar o desempenho no longo

    prazo das empresas individualmente e da se como um todo".

    Por sua vez, Svensson (2002) afirma que a SCM está na infância e que existe aindauma série de desafios para serem enfrentados tanto pelo ambiente empresarial

    como pelo acadêmico.

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Mentzer et aI. (2001) dividem as definições de SCM em três categorias. Assim, a

    SCM pode ser definida como:

    uma filosofia gerencial;

    um conjunto de atividades para implementar uma filosofia gerencial;

    um conjunto de processos gerenciais.

    SC – Supply Chain

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC é uma rede de companhias autônomas, ou semi-autônomas, que são

    efetivamente responsáveis pela obtenção, produção e liberação de um

    determinado produto e/ou serviço ao cliente final (Pires et al. 2001).

    A figura 2.1, Simboliza que a empresa foco (uma montadora) tem um conjunto

    de fornecedores que atua diretamente com ela (first tier suppliers), outro

    conjunto de fornecedores desses fornecedores (second tier suppliers) e

    assim por diante.

    Da mesma forma a empresa foco possui um conjunto de clientes com os quais

    se relaciona de forma direta (simbolizados pelos distribuidores) e outros

    com quem se relaciona de forma indireta (simbolizados pelo varejista e pelo

    cliente final).

    Os dois sentidos básicos de relacionamentos são também indicados.

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC – Supply Chain

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Montante (upstream): no sentido de seus fornecedores

    Jusante (downstream: no sentido do cliente final

    Característica atribuída a correnteza de um rio, sendo rio abaixo (jusante) e

    rio acima (montante).

    Pode haver fluxo e materiais também no sentido montante (fluxo reverso)

    O fluxo de informações ocorre nos dois sentidos.

    A informação referente a demanda ocorre no sentido montante.

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Lambert et al. (1998) definem a SC tres dimensões estruturais.

    Estrutura horizontal: definida pelo número de niveis da SC

    Estrutura vertical: definida pelo número de empresas em cada nivel da

    SC

    Posição da empresa foco: definida pela posição horizontal da empresa

    foco ao longo da SC

    Nivel = CAMADA

    SC – Supply Chain

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Lambert et al. (1998) também sugerem a classificação dos membros de

    uma SC em primários e de apoio.

    Primários são empresas ou unidades de negócio que executam atividades

    (operacionais ou gerenciais) que agregam valor ao longo da SC de um

    determinado produto ou serviço.

    Apoio são empresas ou unidade de negócios que fornecem recursos,

    conhecimento etc., suportando os membros primários da SC, mas quenão participam diretamente no processo de agregar valor

    SC – Supply Chain

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Slack (1993) apresenta uma classificação das SC´s em 3 níveis:

    Cadeia interna = é composta pelos fluxos de informações e de materiais

    entre departamentos, células ou setores de operações internos à própria

    empresa

    Cadeia imediata = é formada pelos fornecedores e pelos clientes

    imediatos de uma empresa

    Cadeia Total é composta por por todas as cadeias imediatas que

    compõem determinado setor industrial ou de serviço

    SC – Supply Chain

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC – Supply Chain

    Slack não utiliza o termo cadeia e sim rede então: Supply Network

    Redes de suprimentos e Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Segundo Lummus e Albert (1997) relatam que uma SC é uma rede de

    entidades na qual o material flui.

    Essas entidades podem incluir:

    Fornecedores

    Transportadores

    Fabricas

    Centros de distribuição

    Varejistas

    Clientes finais

    SC – Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Redes de Suprimentos e Cadeias de Suprimentos

    Utilizam o termo:

    Supply Network (rede de Suprimento) – Autores britanicos

    Supply Chain (Cadeia de Suprimento) – outros autores

    Mesmo quem utiliza o termo cadeia de suprimentos reconhece que SC não é uma

    cadeia de negócios um a um, mas uma rede de trabalho (network) com multiplos

    negócios e relacionamentos (Lambert, 2003).

    Lamming et al (2000) argumentam que o termo cadeia (chain) é uma expressão

    imperfeita para tratar questões de SCM, uma vez que raramente apresentam um

    comportamento linear.

    Lamming et al. (2000) ainda afirma que supply chain é muito simplista, linear e

    unidirecional em sua representação em relação a supply network, mas SC já foi

    popularizado.

    SC – Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Redes de Suprimentos e Cadeias de Suprimentos

    O termo Supply Network descreve:

    Ligações laterais

    Loops reversos

    Trocas em duas direções

    Posiciona a empresa foco como ponto de referência

    As redes são aplicadas e adaptadas mais as áreas de serviços e a cadeia apropriada

    a área de manufatura.

    Para as redes o cliente normalmente pode ser atendido de forma complementar por

    diversos elos da rede.

    Exemplo de rede: Agencia de turismo – Pacote turístico

    É atendido por uma rede de serviços (empresa de transporte aéreo, empresa

    hoteleira, empresa de seguros, locadora de automóveis) etc.

    SC – Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC – Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Cadeias de Valor e Cadeias de Suprimento

    A expressão cadeia de Valor (value Chain) é frequentemente utilizada no contexto da

    SCM.

    Segundo o celebre da estratégia, Porter (1985), para se compreender os elementos-

    chave para uma vantagem competitiva devem-se analisar as várias atividades

    executadas na cadeia de valor de uma empresa e o modo como elas se

    interagem.

    São classificadas em atividades primária e de apoio.

    Atividades primárias são aquelas envolvidas na criação física do produto, na

    movimentação física do produto, na venda, no serviço de pós-venda, etc.Cada empresa dará importância diferenciada para atividade primária de acordo com

    a estratégia de diferenciação.

    As atividades de apoio dão suporte as atividades primárias.

    SC – Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    O que é exatamente Valor ?

    Segundo Porter (1985), valor refere-se ao que os clientes estão dispostos a

    pagar por aquilo que uma empresa lhes oferece, ou seja, é um conceito

    essencialmente relativo e usualmente ligado à questão da utilidade.

    Resumindo, o valor está contido na operacionalização da cadeia de

    suprimento e pode ser planejado, mensurado, controlado e melhorado

    de acordo com um termo chamado analise da cadeia de valor

    SC – Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SC – Cadeia de Suprimentos

    A definição e a relação do sistema

    • Empresa Globalizada• SCM• Logística

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Não existe um marco histórico para o termo SCM, supply Chain Management.

    Segundo Lambert et al (1998) esse termo foi introduzido nos anos 80 por consultores

    e despertou a atenção dos profissionais, empresas e acadêmicos.

    Segundo Evans & Danks (1998) afirmam que desde a década de 70 já era utilizado o

    termo SCM para representar a integração necessária entre os

    almoxarifados/armazens e o transporte nos processos de distribuição.

    Na década de 70 era o momento de mudança interna na empresa quanto a reduzir

    os custos de estoques e distribuição.

    Outros autores argumentam que a SCM já vem sendo aplicadas a décadas, porémcom nomes diferentes e com diversos níveis de integração.

    Oliver e Webber (1982) discutiram os potencias benefícios da integração das funções

    de compras, manufatura, vendas e distribuição.

    SCM – Suply Chain Management

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    A grande explosão de crescimento e interesse ocorreu realmente em meados dos

    anos 90 e nessa época ainda não se tinha o termo totalmente esclarecido.

    A comunidade acadêmica apenas durante os últimos anos, foi reconhecida

    oficiosamente o termo SCM como um tópico central na gestão de operações, pois

    não se encontrava nenhuma categoria de enquadramento.

    Segundo Lummus e Vortukla são três as principais razões pelo interesse na SCM:

    1- as empresas estão cada vez menos verticalizadas[3]

    , cada vez mais

    especializadas e procurando fornecedores que possam abastecê-las com

    componentes de alta qualidade e a um baixo preço.

    2- o crescimento da competição no contexto doméstico e internacional.

    3- o entendimento de que a maximização do desempenho de um elo da SC está

    distante de garantir seu melhor desempenho.

    [3] processo que muitas vezes também é rotulado de desintegração vertical

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Pesquisas em meados dos anos 90 nos EUA demonstrava incentivos a mudanças

    na gestão da manufatura e operações:

    Grande divisão de informação entre fornecedores e clientes

    Processos de negócios horizontais substituindo as funções dos departamentos

    verticais

    Mudança da produção em massa para a customizada

    Aumento da dependência de materiais comprados e ou processados fora dos

    limites da empresa, com uma simultânea redução do número de fornecedores

    Grande enfase na flexibilidade organizacional e nos processos produtivos

    Necessidade de coordenar processo entre muitos recursos e plantas

    geograficamente descentralizados e distantes

    Maior valorização da mão de obra (empowerment) e necessidade de sistemas de

    suporte à decisão, atualizados por informações em tempo real

    Pressão competitiva para introduzir novos produtos mais rapidamente

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    20

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Segundo Ramdas e Sperkman (2000), após a onda da reengenharia de

    processos e da melhoria continua visando a melhoria de seus processos

    internos, muitas empresas passaram a rever seus relacionamentos com

    seus parceiros na SC.

    A chamada visão expandida além dos limites internos abrangendo desde a

    fonte da matéria prima até o consumidor final.

    Segundo Lambert & Cooper (2000) o avanço no meio industrial está sendo

    maior que dentro do meio acadêmico.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Gestão da cadeia de Suprimentos e Logística

    Normalmente alguns profissionais, estudantes e pessoas no geral vem

    confundindo desde o surgimento a SCM com logística.

    Cooper et al. (1997) relatam que executivos de corporações lideres em

    seus segmentos e que tem implementado o estado da arte em SCM

    entendem que ela abrange um escopo maior de processos e funções

    que a logística.

    O Council of Logistics Management (CLM) [4], em 1998 com intuito de

    esclarecer a comum confusão, modificou sua definição de logísticas

    para indicar que ela é um subconjunto (subset) da SCM e que os dois

    termos são sinonimos.

    [4] Uma tradicional entidade nos EUA (formada por pessoas físicas), com um histórico de 40 anos voltados a

    atividades logísticas e que tem um grupo de filiados trabalhando no sua expansão no Brasil

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    A CLM (Council Logistics Management) estipulou que:

    “Logistica é a parte dos processos da cadeia de suprimento (SC) que

    planeja, implementa e controla o efetivo fluxo e estocagem de bens,

    serviços e informações correlatadas desde o ponto de origem até o

    ponto de consumo, com o objetivo de atender as necessidades dos

    clientes”.

    O Global Supply Chain Forum (GSCF) definiu que:

    “SCM é a integração dos processos de negócios desde o usuário final até

    os fornecedores originais (primários) que providenciam produtosserviços e informações que adicionam valor para os clientes e

    stakeholders.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Logístítca não é somente transporte, talvez seja é a parte mais visível da

    logística.

    Fazendo analogia, a SCM não é somente logística, e sim talvez a logística

    é parte mais visível e entendida dentro da SCM.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Logística e

    Transportes

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Processos não logísticos dentro da SCM:

    1- O envolvimento de fornecedores desde a fase inicial de concepção de um produto

    (early supplier involvement – ESI) tende a ser uma prática cada vez mais usual

    no contexto das relações com os fornecedores na SCM. Mesmo com toda sua

    estruturação de envolver projeto de embalagens, dispositivos de movimentação e

    de estocagem, não significa que ele se transformou em um processo logístico.

    2- A gestão de relacionamentos com clientes (customer relationship management-

    CRM) também tem crescido de importância na SCM, especialmente quando

    tratamos das relações no sentido jusante (dowstream) da cadeia de suprimentos.

    As características dos processos e atividades não é totalmente logístico.

    Resumindo em teoria de conjuntos, o transporte está contido na logística e a logística

    contida na SCM.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Escopo da SCM e da Logística

    A partir de uma empresa Foco (de forma didática uma fabrica montadora) são

    caracterizadas as três etapas da chamada Logística integrada, são elas:

    Logística de abastecimento (inbound)

    Logística interna

    Logística de distribuição (outbound)

    Como a empresa foco é a montadora então a SC abrange quatro elos até a liberação

    do produto ou serviço final.

    Ainda, como o termo supply é traduzido para suprimentos em português e área deSuprimentos nas empresas atuam em itens comprados (abastecimento da

    empresa), então é comum o equivoco de entender a SC como sinônimo de

    logística de abastecimento (inbound).

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Escopo da SCM e da Logística

    O termo suprimento para SC tem que ser entendido como suprimento do cliente final.

    Esse erro pode ser minimizado considerando que a SC são todas empresas

    (elementos) que agregam valor (colaboram) no atendimento do cliente final,

    independente dessas empresas estarem a montante ou a jusante da empresa

    foco.

    Lummus e Vokurka (1999) afirmam que mesmo com muito esforço a SCM fica

    incompleta porque muito consideram apenas o lado do abastecimento ( relação

    com fornecedores) em relação a empresa foco.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Lummus e Vokurka (1999) ainda destacam que SCM não é:

    Gestão de inventários

    Gestão da Logística

    Parceria com fornecedores

    Dirigido apenas ao lado do abastecimento (inbound)

    Gestão da distribuição

    Estratégia de despacho

    Fluxo logístico de materiais

    Gestão de identificação de fonte fornecedora e efetivação de processos de

    compra Sistema (software) computacional

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Lummus e Vokurka (1999) ainda destacam pontos que podem

    gerar equivocos e baixa velocidade em implemtações:

    Falta de procedimentos orientativos (guidelines) para auxiliar na criação de

    alianças com os parceiros na SC;

    Falhas no desenvolvimento de medidas para monitorar as alianças

    Inabilidade para alargar a visão da SC para além do procurement e dos

    processos de distribuição

    Falta de confiança (trust) dentro e fora da empresa

    Residência organizacional ao conceito de SCM

    Falta de maior engajamento da alta direção com o conceito Falta de sistemas integrados de informação e de comércio eletrônico ligando as

    empresas da SC.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Definição da Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM)

    A SCM é claramente multifuncional e abrange interesses de diversas áreas

    tradicionais das empresas industriais.

    Desse ponto de vista podemos considerar que a SCM é contemporânea e pode gerar

    expansão no ambiente empresarial, principalmente em quatro áreas tradicionais.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM – Expansão da Gestão de Produção

    A SCM pode ser vista como uma expansão natural e necessária da gestão da

    produção e de materiais para além dos limites físicos da empresa.

    Na atualidade (em especial para empresas mais competitivas), a exploração está

    posicionada fora dos muros da empresa.

    Exemplo: Melhoria em processo do fornecedor

    Analise de Valor

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM – Expansão da Logística

    O processo de globalização da economia e de expansão da TIC (tecnologia da

    informação e comunicação) trouxe um novo conjunto de desafios e de

    oportunidades a Logística no geral.

    Para atender os novos desafios e conseguir aproveitar as oportunidades muitos

    profissionais de logística passaram a expandir seu campo de atuação em toda

    SC.

    Os profissionais de logística passaram a conhecer melhor toda a SC por saber que

    muitas frentes de expansão se abrem, fazendo que a SCM tenha resultado

    positivo.

    Exemplo: aproveitamento melhor de fretes na SCM

    Gerenciamento de estoque via EDI

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM – Expansão do Marketing

    A SCM pode ser entendida como uma expansão do escopo da area de marketing em

    sua função básica de identificação das necessidades do mercado e de

    desdobramento e passagem (de forma adequada) dessas demandas para a area

    de produção.

    Durante muito tempo esse trabalho foi tratado exclusivamente dentro do escopo dos

    chamados canais de distribuição.

    Nas empresas mais dinâmicas marketing tem que interagir também além da empresa

    foco, ou seja não somente com distribuição mas também com abastecimento.

    Marketing negligenciava os fornecedores e não gerenciavam os negócios

    intercompanhias.

    E considerando: 4P’s por Kottler (2000)

    Produto, Preço, Praça, Promoção

    Exemplo: Trazer informações do fornecedor do concorrente

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM – Expansão de Compras

    A SCM também pode ser entendida como uma expansão natural da area de

    compras, uma vez que cresce significativamente o volume de materiasl comprado

    pelas empresas.

    No processo de concentração de suas atividades centrais, de transferência de custos

    fixos para variáveis e de abastecimento sob uma lógica global (globalsourcing)

    muitas empresas viram-se forçadas a mudar significativamente seus

    procedimentos de compras.

    Desafios advindos de questões como comércio eletrônico, parcerias de negócios,

    novos modelos produtivos, novos sistemas logísticos, forçaram a área e o

    profissional de compras a expandir seus horizontes para muito além dostradicionais processos de cotação, fechamentos de contratos convencionais,

    realização de follow ups, etc..

    Em empresas onde o outsourcing é mais acentuadoo trabalho de compras quase se

    confunde com o de SCM.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM como uma filosofia gerencial

    Como uma filosofia gerencial, a SCM assume uma abordagem sistêmica,

    para visualizar a SC como uma entidade única, ao invés de um conjunto

    de partes fragmentadas, cada uma desempenhando sua própria função

    (Ellram e Cooper, 1990).

    Ellram e Cooper (1993) afirmavam que a SCM é uma filosofia de integração

    para gerenciar o fluxo total de canal de distribuição dos fornecedores ao

    consumidor final.

    LaLonde (1997) também afirmava que a SCM parecia ser o novo modelo

    gerencial para um grande conjunto de empresas que atuava em um

    contexto global.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM como uma filosofia gerencial

    Mentzer et aI. (2001) propõem que a SCM como uma filosofia gerencial

    tenha as seguintes características:

    uma abordagem sistêmica para visualizar a SC em sua totalidade e

    gerenciar o fluxo total de bens dos fornecedores aos clientes finais;

    uma orientação estratégica na canalização dos esforços cooperativos

    buscando uma sincronização e convergência das capacidades

    estratégicas e operacionais intra e inter firmas em um todo unificado;

    um foco no cliente para criar fontes únicas e individualizadas de adi-ção

    de valor ao cliente final.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM como atividades para uma filosofia gerencial

    Nesse sentido, a SCM considera que as empresas devem estabelecer práticas

    gerenciais que permitam a elas agir consistentemente com a filosofia de gestão

    adotada. Assim, vários autores têm-se voltado para as atividades que constituem

    a SCM.

    Mentzer et al (2001) identificam sete atividades básicas para se implementar com

    sucesso uma filosofia de SCM, as quais podem ser sintetizadas em:

    .ações integradas: as empresas devem integrar fornecedores e clientes em suas

    ações;

    compartilhar informações ao longo da SC: especialmente as referentes ao

    planejamento e monitoramento de processos;

    dividir riscos e ganhos: que permitem e viabilizam as relações de longo prazo;

    colaboração: promover a colaboração entre as empresas da SC;

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Cont. SCM como atividades para uma filosofia gerencial

    ter os mesmos objetivos e o mesmo foco no atendimento dos clientes finais:

    serve como política básica de integração ao longo da SC;

    integração de processos: a implementação de uma SCM necessita da integração

    de processos que vão desde o abastecimento (sourcing), passando pela

    manufatura e pela distribuição;

    parcerias para construir e manter relacionamentos de longo prazo: se por um

    lado muitas vezes elas podem estender-se para além do tempo estipulado, elas

    também requerem um número relativamente pequeno de parceiros para facilitar e

    aumentar a cooperação.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM como processos de negócios gerenciais

    Diferentemente da categoria anterior que focaliza as atividades que

    constituem a SCM, outro conjunto de autores tem visto a SCM sob a

    perspectiva dos processos de negócios (business processes).

    Tradicionalmente, o modelo de gestão adotado nas empresas para

    gerenciar os negócios tem como base uma estrutura funcional e

    departamentalizada. Hoje, entretanto, há praticamente um consenso de

    que as atividades empresariais devem ser vistas não em termos de

    funções, departamentos ou produtos, mas em termos de seus processos

    de negócios.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Cont. SCM como processos de negócios gerenciais

    Um processo de negócio pode ser definido como sendo:

    um conjunto estruturado e mensurável de atividades concebidas para

    produzir um resultado específico (output) para um- determinado cliente

    ou mercado (Davenport, 1993);

    uma seqüência de atividades de uma empresa, cuja execução é

    desencadeada por algum evento, gerando um resultado final que pode

    ser observado e mensurado (Vernadat, 1996);

    um conjunto específico de atividades de trabalho ao longo do tempo e

    lugar, com um início e um fim, com inputs e outputs claramente definidose com uma estrutura para ação (Mentzer et aI., 2001).

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Embora as três definições supracitadas de processos de negócios sejam

    convergentes, a definição dos principais processos de negócios de uma

    empresa tende a ser de uma atividade bem mais complexa.

    Uma interessante contribuição nesse sentido foi feita pelo Centro

    Americano de Produtividade e Qualidade (American Productivity  &

    Quality Center - APQC), conforme ilustra a Figura.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    A visão e a adoção do conceito de processo de negócios no ambiente

    empresarial cresceram significativamente nos últimos anos e têm sido

    fortemente impulsionadas pelos avanços na TIC. Os atuais sistemas ERP

    (Enterprise Resource Planning - Planejamento dos Recursos da Empresa) foram

    concebidos, majoritariamente, para operar e habilitar as empresas usuárias a

    trabalhar com o conceito de processos de negócios.

    Lambert et aI. (1998) propõem que, para implementar com sucesso uma SCM,

    todas as empresas de uma SC devem desvincular-se de seus próprios silos

    funcionais e reorganizar todas as funções em uma SC com base em

    processos de negócios chaves. Uma diferença importante entre a abordagem

    funcional tradicional e a abordagem por processo é que o foco de cada processoestá em atingir as necessidades dos clientes e a empresa é organizada ao redor

    desses processos.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

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    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Alguns dos processos de negócios mais sugeridos pela literatura em

    SCM são:

    gestão das relações com clientes

    gestão do serviço ao cliente

    gestão da demanda

    atendimento de ordens

    gestão do fluxo de manufatura

      procurement  [1] 

    e o desenvolvimento e comercialização de produto

    Lambert et aI. (1998) afirma que SCM é a integração dos processos de negócios

    chaves desde o usuário final até os fornecedores originais (primários) que

    providenciam produtos, serviços e informações que adicionam valor para os

    clientes e para outros stakeholders.

    [1] Procurement – Desenvolvimento de fornecedor

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos

    Elaborado: Prof. Esp. Milton A Barbosa

    Eixos de abrangência da SCM1-Processos de negócios: Contempla os processos de negócios chaves que devem

    ser executados efetivamente ao longo da SC. No limite podemos afirmar que

    esse eixo representa o porquê da existência e a finalidade principal da SCM.

    2- Tecnologia, práticas e sistemas: Contempla as TIC, as práticas, as iniciativas e os

    sistemas utilizados para executar a SCM. Em outras palavras, representam os

    meios atuais e inovadores que viabilizam a execução dos processos de

    negócios chaves na SCM.

    3. organização e pessoas: Contempla a estrutura organizacional e a capacitação

    institucional e pessoal capaz de viabilizar uma efetiva SCM.

    Em outras palavras, representa as transformações em termos de estrutura

    organizacional e de capacitação da empresa e de seus colaboradores para que

    o modelo gerencial de SCM possa ser de fato entendido, viabilizado e

    implementado.

    SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos