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Maria V.L. Pereiral , Gilson T. Boaventura2, Jose L. R. Ascheri3 ,
Bianca de F. Correa4 e Patricia C. de Oliveira4
o presenLe Lraba1ho leve pOl' objeLivo avaliar a quaJid<:lde prolelc;) da (arinllCl
do mi1ho QPM (QUALJTY PROTEIN MAIZE) obtid<1 pOl' exlnls;j(J lermopl,islica
IQPM/E) alraves de ensaios biologicos. Foraln utilizados 39 raLos Wis/a,- ma-
chos. recelll desmalllados. pesando em Illedia 66.7 g. mCllllidos em gaiolas
individualizadas recebendo agua e rac;~toad libitum. 0 NPH e 0 PER (oram.
respecliv3lllenLe. 3.88 ::!: 0.30 e 0.88 ± 0.26 para 0 QPM/E (n= 10). resulLados
signilicativarnenle menores (p<O.O 1) do que os enconLl'aclos para 0 grupos
caseina (n= 10). NPR de 5.71 ± 0.50 e PER de 3.28 ± 0.:30. sendo os valores
ITlativos de 61'5 e 27%. 0 gnlpo aproLcico (11= I ~J) llSclclo p<lr<\dc!crlllill,l<:;10 clo
NP1<. (oi subdividido 1\0 lO" dia do expcrilllcnto c novos ,grupos consllmindo
rac;ao caseilia (n=9) e QPM/E In= 10) (oram fortnados. A recuperac;fto d<1des-
nutric;ao ind uZida pela dieta aproteica foi Lalllbem sign ificativamen Le inferior
para 0 grupo QPM/E (PERmo<.lificado de 1.47 ± 0.23) elll rcla<';8o i\ casein<1
(4.:38 ± 0.J5). COlli v,110iTs rel<1tivos (IE' 33.!'1%. C'oncluill-se qllC' a f<1rinh;1de
Inilho QPM/E. como (mica (onte proLeica. nao (oi capaz de prOlllover 0 cresci-
menlo. (oi aceilaveJ para a manulcnc;ao e illsuficienLe par;) <1recuperac;ao da
desnutric;ao. Devido <:lrelalos posiLivos sobre 0 fllba QPM. enconlrados na
lileralura. os resulLados desLe U'abalho levanl a suposiC;;'1Ode que 0 proccsso
de exlrusau deLermina perclas nulricionais que a(elalll a qualidade proteica do
lilitho QPM.
Unitennos: Avaliac;ao biologicC). milho QPM (Quality Protein Maize). extntsao
NlJTRITION EVALUATION OF QPM (QUMlTY PROTEIN MAIZE) SOLUBLE
FLour\ Ol3TAINED BY EXTRUSION
ABSTRACTThis paper aims Lo evaluale Lhe pro-
Lein qualily of QUALITY PROTEIN
MA1ZE nour obLained by lhermoplas-
tic exLrusion (QPMIEJ through biologi-
cal tests. Thirly-nine Wislar rats.
males. newly weaned. with average
weight o( 66.7 g. l<ept in individual
cages and fed with water and ration
ad libituTll were used ill lhis study. The
NPR and PER were 3.88 ± 0.30 and
0.88 ± 0.:20 respectively. cOllccIlling
QPM/E (11= J0). The resulls wCle sig-
Ililkanlly lower (p<O.O I) thall Ihe oth-
ers which were found (or UH' casein
group (n=9): the relalive values wel'e
68% and 27%. The aprotcic group
(n= 19) used for NPR deLerminalion.
was subdivided on the ICI\Lh clay illlo
oLher new group. consuming casein
raLion (n=9) and QPM/E (11=10). The
recovery frOln induced malnuLritioll
-.....1-"
by aproteic ration was signifi-cantly low for QPM/E group(PEI~modified of 1,47 ::'::0.23)
in relation lo casein (3,38 ::'::
0.151. with relative values of33.5%. Based on these resullswe can concllide that QPM/Emaize flour. as an exclusiveproteic supply. was not capableof promoting gl-owlh. It was ac-ceptable for maintenance andinsufficienl for the recovery ofmalnutrition. Due to the posi-tive reports on the QPM maizefound in the literature. the re-sults of this paper assume thatextrusion process determineIlutricional losses which affectQPM maize proleic quality.
I.INTRODUc:;Aoo rnilho (Zea mays L.) e Ulllaplanla herbacea da familia dasgramilleas. ulilizaclo desdc a,lJlliglliel<lclc II<.lalilllclll<l<::ZlOllll-mana e animal. Faz parle clacullura clc grancles grupos
populacionais cla AllIerica La-tina. Africa c Asia. selldo IIInalimenlo basico de largo em-prego dieletico (4). Alem cle fa-tores cuILurais. 0 consunlU domilho e111 paises COlli predo-minio de grupos com baixa ren-da esla relacionado talllbem afatores economicos. prova-velmente deviclo as facilidadesclc p Ia III io. a r 111a zen <1111e 1110 .transporte e proclilliviclade abaixo custo (13). Sabe-se noenlanLO. que alimentos de ori-gClll vcgelal dprcsclll<.ull lilllil<1-<:;oes quanta ao seu valornutricional, pl-incipalmente re-Idcionddo as proteinds.A qllalid<ldc protclca ele UIII ali-IIIel1l0 est;} cOlldiciolldcla. clen-
tre outros fatores. a qualidacle ea quantidade cle aminoaciclosessenciais presenles enl Sl.lUes-trutura. AIninoacidos essenciaissaG aqueles que 0 organismo naoconsegue sinletizar. necessilalldoillgeri-Ios atraves du diela.o milho. apesar de tel' um
percen tual de proleinas rela-livamenle elevaclo. tem lJaixaqualidade proleica. pois asprolaminas que representam 50a 60 % das pmteinas do milho
contelll leores reduzidos delisina e triptofano. enquanto quea fra<;ao glutelina. que se en-contra em menor propor<;:ao.e1etem maior quanticlade destesaminoacidos (13).
Elll 1963. foi descoberto porpesquisadores da Universidadeell' Purdue (EUA). um genen1ulanle C0l11 nlaior quanlicla-de de glulelina e consequcnte-ll1Cllle COlU l1wiores lcores delisina e lriptofano. geranclo umIllilho clenominado de OPACO:2 (13). Apesar cla melhoria dovalor biologico, 0 milho Ol-'A-CO 2 apresentoll uma serie delimitac;oes para sua produ\,<1o,como baixa dellsidade clo grao.mellor proelutividade. altasuscelibilidade a pragas e mai-or lempo de secagem (13).
Entretanto. 0 Centro lnlerna-cional de Melllorarnento deTrigo e Milho (CIMMTY) no Me-
xico, apos varios anos ell' pes-
quisa e um programa de me-lhoramenlo genelico, conse-g u i u rever Ic r 0 pro iJ 1e III '-I.criando um novo Inilho Cjueassociou 0 alto valor biol6gicodo OPACO 2 a todas as carac-teristicas agronc)ll1icas dese-javeis clo milllo comUlll. cleno-
. minando-o de QUALITYPROTEIN MAIZE lQPMJ,
Assinl. fOi proposlo que 0 Illi-lho QPM. par apresenlar umaboa qllalidade lllitricionai. bai-xo custo e facilidade em substi-Illir 0 l11ilho comunl ('01110 pur-te clo habito alimental' da pOpll-
la<;ao. poderia ser lIm excelentealiIllenlo para 0 comlJalc a fomee a c1esnulric;ao c ser amplamcn-te empregaclo na alimenta\,<1o
humana e anirnal.Varios esl11dos foram realizadosem animais experimenlais, bemcomo em hlunanos. para se veri-Ilcar a qualidade do milho QPM.scnclo os resultados semprc pro-missores (4. 12.5, 14).Em 1983. a EM13RAPA. atrdVeSdo Centro Naeiondl de Pesqlli-sa do Milho e Sorgo (CNPMS).em Minas Gerais. inlrocluziu noBrasil :2:3 v,-Iricclades do Il1illlO
QPM provcllicl1leS do CIMMTYpara que (osseIn feilos melho-ranlcntos e escolhiclos os ('111-
livares que mais se adaplLlssclnao Brasil. ~ntre eSles. a VLl-
rieelaclc que mais se desLacoll foia populac,:ao brancd tm. -15 I , parapresentar excelenle saniclaclede espigas. boa proclutividade.aHa resistencid a pragas. enl reoutras qualidacles (15).Com a comprovada superio-ridacle clesle milho, 0 Cenlro deTeenologia Agrninclllslrial clc
Alimcn tos (CTAA) daEMBRAPA. vem lrabalhandopara 0 desenvolvil1lel1LO de pro-dillos dcrivddos do ("IIJM ClllllU
fOrIna de viabilizar seu consu-mo. Urn clos processos tecno-l6gicos mais eSllldaclos e aextrt IS80 te rlllopl<islica. consi-rkrado COl110llill clos Irldis ver-
sateis pl-ucessus na area dc lee-nolugia de alimentos. que con-sisle no cozimcnto do amido a
altas leUlperaluras em curtoCSp,I<;Ode lClllpu (7). I\. lccnica
de exLrusao lermoplaslica e van-lajosa devido ao baixo cuslo deproduc;ao. alta qualidade. bonspad roes microbiol6gicos e lon-ga vida de praleleira dos pro-dulos assim oblidos. Alem dis-so. devido ao cozimenlo previo.os produtos ja vem prontospara 0 consumo. nao necessi-lando tempo de preparo.Face ao exposlo. 0 presenle lra-balho leve por objetivo promo-
vcr a avaliac;ao da qualidadeproleica da farinlw SOlllVcl demilho QPM oblida por ex-trusao lermopJaslica. alravesde cnsaios biol6gieos em ani-mais experilnenlais.
II. MATERIAL E METODOSAnimais: foram utilizados 39ralos Rattus norvergicus. varie-dade albin.o. da linhagem Wistar.
machos. provenienles da coloniado Laboral6rio de Nulric;ao Ex-perimental (LABNEIUFFl, des-mamados aos 21 dias de vida eCOllipeso medio de 66.7:±: 3.62
g. Os anilnais foram Illanlidosindividuetlmenle em gaiolas de
polipropilcno. em <1mbiclllc
com lemperalura e iluminac;aoconlroladas. Agua e rac;ao foramoferladas ad libilum.Rac;6~s: As rac;6es conlrole(caseina). teste (QPM/E) eaproleica. foram planejadascom base na AOAC (3) e confec-cionadas no LABNE. A farinhasoluvel de milho usada para araC;ao QPM/E foi preparada aparliI- de grils de milho obtidos
de sementes do cultivar QPMBR 451 proveniente do CNPMS.EMBRAPA. A maleria prima(milho degerminado e granula-
do) com 13.5% de umidndc. loieol()e~d,1 no ,l!imCllladur d;l
exlrusora (extrusor de duplarosca. contra rolaeional. marcaBRABENDER DSE 45 de confi-guraC;ao unica) a uma l<:L,(3dealimentac;ao de 5.44 kWh. A ve-locidade de rotac;ao dos parafu-sos foi de 150 rpm. As condi-c;6es de otimizaC;ao do processoforam seguidas de acordo cornASCHERI & CARVALHO (1) eCHINNASWI\.MY & HI\.NNI\. (Hl_
o material proveniente daexLrnsora foi triturado em moi-nIlo de martelo (Buhler) e em-
balaclo ate 0 uso. Para (l conlee-c;ao das ra<;oes foram lalllbemu tilizados: caseina (Herzog),amide de milho (Refinac;6es demilIlo Brasil. Udal. 61eo de soja
(Cargill Agricola S/A). fibra(Microcel Blanver Udal. alemdas misturas de vitaminas e mi-nerais preparadas no LABNE.Os ingredienles de cada rac;aoforam pesados.homogeneizados em ba tedci raindustrial (Hobart) com adi<;:ao
de agua. A massa oblida foi pas-sada no moedor para forma<.;ao
dos ··pelels". seca em eslufa devenlilac;ao (Fabber-Pril11ar Ucla)a 60 0 C por aproxi!11adamen-le 48 h. iclentificadas e an1la-zenadas sob refrigeraGao ateseu uso. A composiC;ao cen-tesimal das rac;oes do esludoencontra-se na tabela 1_Q.e_s"eJJho_~'(pcr.JmwtaL Os gru-pos I (caseina. n= 10) e II (QPMIE. n= 10) foram observadospor 28 dias para a determina-
<;ao du NPR c do PEI-{ (7) e 0
grupo III (aproleico. n= 19) foi
ealculo do NPR. P<1r<1(l\/<l1i;1r<l
eapacidacle de recupcra<;:80 ciadcSnll(t-i<./10 illdllzida pcb dic-ta "aproleica. 0 grupo III foi sub-dividido em :2 grupos a parlirdo 10" dia du cxperil11cnto. Osgrupos IlIa (n=9) e Ilib(n= 10) paSS<1r8m ;"1reccbcr asrac;6es caseina e QPM/E.respectivamelne. e [oram ob-servados pOI' mais 18 dias .Com base neste periodo de ob-servac;ao foi calculado 0 PERde 18 dias. e!cnunlill<lclo cle
PER moclificado [PERm).
Tratal1lento estatislico: Foi efe-tuada a media. 0 desvio padrao[X ± sel) eo coclkicnlc eJe vari-3<.;aO(eV) dos n'sultados decada indicador. bem como osvalores percenluais relalivos aogrupo controle (NP[~r. PERr ePERmr). As diferenc;as enu-e osgrupos foram avaliadas pelotesle dc Student (·T). sendoconsideradas significaliv3squando p £ 0.05 (16).
III. RESULTADOSNa tabela 2 observa-se a evolu-C;ao do crescimento dos ani-rnais atraves do peso corpo-ral. Pode-se observar que no
rdia zero (PO) a peso dos ani-mais dos grupos I r Casefn8) TT(QPMIE) e III (Aproteico) nao
diferiram estatisticamente.Porem. com a decorrer do tem-po. observa-se que a ganho depeso do grupo I foi em tornode 10 a 20 g par semana. en-quanta que no grupo II, esteganho foi em media de 1 a 4. g.
A partir do decimo dia (P 10) aevoluc;ao do ganho de peso foiestatisticarnente diferente entreos grupos, sendo a pro-porc;ao de ganho depeso sempre menor nogrupo II quando compa-rado ao grupo I. 0 cae-
ficiente de variac;aorc.v.) demonstrou
(P28) dia verificaram-se valo-
res mais discrepantes entre osgrupos, caracterizando-se en-tao diferenc;as significativas.Observa-se que 0 grupo IlIaapresemou em media 54 g deganho de peso durante os 18dias de recuperac;ao. enquantoque os animais do grupo QPMIE recuperararn apenas 11 g.
res do que a grupo 1.
alimentado com a rac;ao a basede casefna rgrupo controle).sendo as dados intra-grupohomogeneos. exceto para asresultados de PER no grupo II.o NPRr e PERr para 0 grupo IIfoi de 68 e 27 %respectivarnente em relaC;ao aogrupo controle.Os dados de peso corporal dos
gru pos IIIa e IIIbapresentados natabela 3. levararn a
homogeneidade nos re-sultados dos do is gru-pas e em todos as diasde observac;ao.Na mesma tabela. veri-fica-se a perda de pesodos ratos. ap6s 10 diasde consumo de ra<;:aoaproteica (PI0) e a di-ferente recuperac;5.o do peso cor-poral destes animais quandoalimentados com rac;ao Caseina
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au QPMIE nos dias 14(P141.21 (P21) e 28 (P28).Os animais do grupo HI per-derarn. nos 10 dias, em me-dia 14,1 g do peso corporalinicial, sendo esta diferenc;aestatisticarnente significantequando com parada aos de-mais grupos. Estes animaisforam subdivididos nos gru-pas HIa e IIIb e a partir daf.observou-se que a recupera-<;:30do peso corporal foi piorpara a grupo HIb alimenta-do com a rac;o.o QPMIE do
IV DIscussAoOs resultados deste trabalho
nao foram os esperados. vistoque pesquisas conduzidasdesde a descoberta do milho
?f:R ---J'~Opaco 2 relatam que de'.idoaos maio res teores de lisina
Observa-se na tabela 3 que asvalores de NPR e PER do grupo
determina<;:ao doPERm. Estesdad 0 sdemonstrararn queo grupo HIb (QPMIE) aIem de maiorvariabilidade teve
menor que a grupo(Caseina) .
sendo 0 PERrnr de
e triptofano. a qualiciadeproteica deste milho eproxima a da caseina e emelhor do que a do milhocomum (-t. 13. 1--lcl.
Neste expe,imento foramverificados para caselna.valores de :".iPRr5.71 ±050l
os dados san discrepantes. 0NPR observado para a farinhade milho QPMIE (3.88 =0.30)
foi 68 % do valor da proteinapadrao e os resultados de PERforam ainda mais criticos(0.88 = 0.26). sendo ambossignificativamen te menoresque a caseina.o crescimento dos animaisalimentados com a raGao teste.como ilnica fonte proteica. foi27 % do observado para 0grupo que consumiu a pro-teina padrao. Segundo DEANGELIS & AMARAL (10)
estes resultados classificam afarinha de milho QPMIE comoregular. proximo da insufi-ciencia para a promoGao docrescimento e apenas aceitavelpara a manuten<;ao.Ensaios biologicos sobrequalidade proteica do milhoQPM. na forma de fuba. foramrealizados por outros autorese demonstraram resultadosconsiderados como bons.MERTZ et al ( 12) estudaram 3tipos de milho O'paco 2 everificaram PER entre 2.83 e2.90. sendo em media 87% dovalor da caseina. Demons-traram tambem que 0 ganhode peso dos raws alimentadoscom este milho nao foisignificativamente diferente dacaseina. 0 milho comum eoutros cere8js estudados (triti-cale. trigo e sorgo) foramrespectivamente 55%. 60%.
50% e 40% da caseina.Dados compilados pel0 NRCde 1988 (13) indicaram que.em raws. 0 valor biologico domilho QPM era de 77% e 0
al (5) constataram valoressemelhantes de NPR dacaseina e QPM. sendo esteultimo 96% do valor da'proteina padrao Ja BRES-SA-NI (4) apresentou dire-
rentes indicadores e entreeles dados de PER de 2.45 e2.78 para 0 milho Opaco 2.
valores bem proximos acaseina.PAES & BICUDO (14) emrecente comunicaGao. relataramvalores de 84 e 86% da caseinaquando estudaram. respec-tivamente. NPU e RPV do fubado mesmo milho QPM usadoneste trabalho.
contrastantes os resultadosobservados na recuperaGao dadesn u triGao ind uZida peladieta aproteica. Neste ensaio.os animais alimentados como milho QPM/E apresentaramuma recupera<;ao de pesomuito inferior ao grupo caseina(54 g para caseina e 1 1 g paraQPM/E) e na verdade. naochegar3111 a recuperar. nos 18
dias de observac;:ao. os 14 g queperderam quando submetidosa dieta aproteica.Em urn trabalho realizado porDE ANGELIS et al (9) sobre ainduGao de desnucric;:ao e pos-terior recuperaGao. foi relacadoque 0 milho QPM promoveu urnexcelence ganho de peso nosanimais. superando a albuminautilizada como referencia.Outros aucores tambemrelataram resultados positivosem crian<;as desnucridasalimentadas com 0 QPMpromovendo a recupera<;ao do
retenGao nitrogenada (4. 1 1).
Com base nos resultadosverificados neste trabalho. foipossivel constatar que a[arinha de milho QPM obtida
por excrusao. como unica[once proteica nao [oi capazde sustentar born cres-cimento. [oi aceitavel paramanutenc;:ao e nao foi ade-quada para recuperac;:ao dadesnutriGao induzida peladieta aproteica.As observac;:6es relatadasacima levam entao aespeculaGao sobre os motivosque originaram resultadosque nao estao de acordo coma literatura.Foi verificado que nao hatrabalhos de avaliaGao dequalidade proteica de pro-dutos do milho QPM obtidopor extrusao. portanto osdados deste trabalho sanoriginais e levam a suposiGaode que 0 processo de extrusaotermopl3.stica pode cer cau-sado alterac;:6es na proteinaque justifiquem os resultadosencon trados.Apesar de nao haver muitaspublicaG6es a respeito dasmodificaG6es quimicas ine-rentes ao processo de extrusaoe suas consequencias no valornutricional dos produtos.CAMIRE et al (6) enumeraram
algumas reaG6es. Comoexemplo temos a reac;:ao deMaillard. que envolve a lisinae urn a<;ilcar redutor. Estareac;:ao e [avorecida pelascondi<;6es de aHa temperatura.cisallhamenw e baL'{aumidadeadequadas ao processo.
Atravps desta reaGao a lisinatorna-se indisponivel para 0
metabolismo proteico.limitando desta foram aqualidade da proteina.NOGUCHI et al citados porCAMIRE et al (6). verificaram
perda de 40 % da lisina embiscoitos enriquecidos comproteinas. durante a extrusao
em condi<;6es de 170 e 210°Cde temperatura e 13 % deumidade. Ja BJORCK et al.citados pelos mesmos autoresverificaraIIl perda de 12 % dototal da lisina. e em ensaiosconduzidos com ratos. de-monstraraIIl valores inferiores
de digestibilidade verdadeira.valor biologico e retenGaonitrogenada nos animaisalimentados com raGao defarinha extrusada em relaGao anao extrusada.No caso da farinha usada nestetrabalho. perdas de amino-acidos parecem. de fato . teremocorrido. Analises realizadasindicaram que 0 teor de lisinada farinha extrusada eaproximadaIIleme 70% inferiorao do fuba QPM. Alem disso 0
triptofano nao foi detectado nasdeterminantes realizadas noCTAA (2).Sem duvida. a analise deresultados ainda nao pro-cessados. bem como. outrosensaios serao necessariospara que se possa determinar.com seguranc;a que a farinhasoluvel do milho QPM obtidapor extrusao termoplastica.nao tern a mesma qualidadeproteica do fuba QPM e que adiferenc;a pode ser atribuida aperdas dl1rante 0 processa-
esfor<;o conjunto estes ensaiosserao realizados.V.CONCLUsAo
Com base nos resultados dosindicadores biologicos utili-zados neste experimento (NPRPER e PERm) foi concluidoque a farinha de milho QPMobtida por extrusao termo-plastica e urn produto. queconsumido como unica fonteproteica. e insuficiente parapromover 0 crescimento deforma satisfatoria. e aceitavelpara a manu tenc;ao e nao ecapaz de permitir uma recu-perac;ao adequada dos animaisdesnutridos.E possivel sugerir que. entreoutras variaveis. 0 processo deextrusao seja urn fator que afetea qualidade proteica do milhoQPM.Outros estudos SaG necessariospara melhor esclarecer osresultados obtidos neste ensaio.
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