Í n d i c e -...

7
Maio de 2010 A percepção dos sinais de pobreza de um país é crucial para a sustentabilidade das empresas desse país. Esta foi uma das conclusões do estudo “Sustentabilidade Empresarial e Pobreza: Novas estratégias. Novos cami- nhos”, apresentado na conferência “O fenómeno da po- breza na Europa”, organizada pelo Banco Espírito Santo no passado dia 4 de Maio. Saber o que é a “pegada da po- breza”, e definir os seus parâme- tros, pode levar as empresas a adaptarem-se e a responderem, em termos de negócio, a essas necessidades. Francisco Mendes Palma, director da Espírito Santo Research (ESR), defi- niu os termos do estudo e afirmou que a “pegada da pobreza” pode vir a acrescentar um novo portfólio de serviços à empresa. Embora tenha recusado a ideia de que a pobreza pode ser um negócio, reafirmou que a sensibilidade para o fenómeno da pobreza é crucial para uma boa gestão da empresa, podendo esta adap- tar a oferta a alguns segmentos que estão já dentro da companhia. Conhecer a “pegada da pobreza” significa, sucinta- mente, compreender as necessidades dos segmen- tos de mais baixos rendimentos e criar produtos que saibam explorar essas oportu- nidades. Implica, na óptica dos analistas, “saber construir mer- cados”, assim como “inovar ao nível da gestão e das práticas co- merciais”. Por outro lado, implica saber medir o sucesso da estraté- gia, “não apenas pelos resultados imediatos mas, também, pelo po- tencial de resultados futuros”. Por último, o desafio das empresas, refere o estudo da ESR, é perceber os riscos com que se poderão confrontar face às situa- ções de pobreza, como o caso da segurança, acesso a recursos, saúde ou corrupção. (continua na página seguinte) ÍNDICE Notícias ................................. pág. 2 Da filantropia ao Investimento Social .......... pág. 4 Capacitação, Qualidade e Certificação no 3º sector .. pág. 5 Programas, Prémios e Incentivos ......................... pág. 6 Inovação Social .................. pág. 7 Agenda .................................. pág. 7 ENTREVISTA Empresas precisam de estar atentas à “pegada da pobreza” Dr. Emílio Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian “Queremos dotar a sociedade civil de ins- tituições mais aptas” Em entrevista à “Vida Económi- ca – Impulso Positivo”, Emílio Rui Vilar, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, salienta que as organizações não lucra- tivas têm tido uma preocupação crescente em incorporar instru- mentos de gestão mais profis- sionalizados, mas o caminho a percorrer é ainda longo. Entrevista completa «“a “pegada da pobreza” significa (...) compreender as necessidades dos segmentos de mais baixos rendimentos» NEWSLETTERS TEMÁTICAS SUBSCRIÇÃO GRATUITA CONHEÇA AINDA OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃO MAIS ALARGADA DO GRUPO VIDA ECONÓMICA. Clique aqui para Subscrever Número 2

Upload: lamhanh

Post on 04-Feb-2018

216 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010

A percepção dos sinais de pobreza de um país é crucial para a sustentabilidade das empresas desse país. Esta foi uma das conclusões do estudo “Sustentabilidade Empresarial e Pobreza: Novas estratégias. Novos cami-nhos”, apresentado na conferência “O fenómeno da po-breza na Europa”, organizada pelo Banco Espírito Santo no passado dia 4 de Maio.Saber o que é a “pegada da po-breza”, e definir os seus parâme-tros, pode levar as empresas a adaptarem-se e a responderem, em termos de negócio, a essas necessidades. Francisco Mendes Palma, director da Espírito Santo Research (ESR), defi-niu os termos do estudo e afirmou que a “pegada da pobreza” pode vir a acrescentar um novo portfólio de serviços à empresa. Embora tenha recusado a ideia de que a pobreza pode ser um negócio, reafirmou que a sensibilidade para o fenómeno da pobreza é crucial para uma boa gestão da empresa, podendo esta adap-

tar a oferta a alguns segmentos que estão já dentro da companhia.Conhecer a “pegada da pobreza” significa, sucinta-mente, compreender as necessidades dos segmen-tos de mais baixos rendimentos e criar produtos que

saibam explorar essas oportu-nidades. Implica, na óptica dos analistas, “saber construir mer-cados”, assim como “inovar ao nível da gestão e das práticas co-merciais”. Por outro lado, implica saber medir o sucesso da estraté-gia, “não apenas pelos resultados imediatos mas, também, pelo po-

tencial de resultados futuros”. Por último, o desafio das empresas, refere o estudo da ESR, é perceber os riscos com que se poderão confrontar face às situa-ções de pobreza, como o caso da segurança, acesso a recursos, saúde ou corrupção. (continua na página seguinte)

Í N D I C E

Notícias ................................. pág. 2

Da filantropia ao Investimento Social .......... pág. 4

Capacitação, Qualidade e Certificação no 3º sector .. pág. 5

Programas, Prémios e Incentivos ......................... pág. 6

Inovação Social .................. pág. 7

Agenda .................................. pág. 7

ENTREVISTAEmpresas precisam de estar atentas à “pegada da pobreza”

Dr. Emílio Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian

“Queremos dotar a sociedade civil de ins-tituições mais aptas”

Em entrevista à “Vida Económi-ca – Impulso Positivo”, Emílio Rui Vilar, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, salienta que as organizações não lucra-tivas têm tido uma preocupação crescente em incorporar instru-mentos de gestão mais profis-sionalizados, mas o caminho a percorrer é ainda longo.

Entrevista completa

«“a “pegada da pobreza” significa (...) compreender as necessidades dos segmentos de mais baixos rendimentos»

NEWSLETTERS TEMÁTICASSUBSCRIÇÃO GRATUITA

CONHEÇA AINDA OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃOMAIS ALARGADA DO GRUPO VIDA ECONÓMICA.

Clique aqui para Subscrever

Número 2

Page 2: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010Pági

na 2

Pela primeira vez realizado em Portugal, o Edelman Trust Barometer, estudo que co-memora este ano o seu 10º aniversário, e que resultou no nosso país de uma parceria entre o Grupo GCI e a Ipsos Apeme, revelou que os portugueses confiam mais nas ONG do que em qualquer outro tipo de organi-zação. O valor da confiança em relação às ONG atingiu 52%. Em contraposição, o Go-verno alcançou o valor de 27%, o índice de confiança relativo às empresas alcançou 34% e o da comunicação social 32%.

Portugueses confiam mais nas ONG do que nas outras organizações

No passado dia 27 de Abril, a CNIS as-sinou um protocolo com a BP que irá beneficiar as associadas da primeira na aquisição de diversos produtos, nomeadamente no âmbito dos com-bustíveis líquidos, gás (GPL) e lubri-ficantes. A CNIS, assim como todas as instituições filiadas, funcionários e dirigentes terão ainda benefícios ao nível do Cartão Azul, no apoio a

soluções para sistemas solares, na instalação de equipamento de gás e na ajuda a diagnósticos energéti-cos. Este protocolo, um exemplo das sinergias que se podem criar entre as instituições do terceiro sector e as empresas, teve também como objectivo dar um contributo para o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social.

Protocolo de acordo entre a CNIS e a BPNovo prazo para submissão electrónica das contas de gerência das IPSS – 31.5.2010

O prazo limite para submissão das contas de gerência do exercício de 2009 foi prorrogado até ao dia 31 de Maio de 2010, tendo em conta o fac-to de o corrente ano ser o primeiro ano de submissão de contas através desta nova funcionalidade.

Mais info

Se deseja mais informações sobre o processo de submissão elec-trónica consulte o site da Segu-rança Social.

Mais info

Veja vídeos de apresentação do estudo aqui

Protocolo Ministério das Finanças - CNIS

No dia 21 de Abril, em Lisboa, foi celebrado um Protocolo entre o Ministé-rio das Finanças (Secretaria de Estado da Administração Pública) e a CNIS que contempla a possibilidade de reinício de funções de pessoal da função pública em situação de mobilidade especial em IPSS.

Veja o protocolo aqui

FAÇA JÁ A SUA ENCOMENDA! e receba um vale de 10 €

• A obra mais completa!• 150 casos práticos! • A transição do POC para o SNC

SISTEMA de NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

TEORIA e PRÁTICA

PVP 44,00 €

Nas intervenções de campo, o exemplo mais conhecido é o do microcré-dito, o qual, há 10 anos, não era imaginado como fazendo parte do por-tfólio dos negócios do banco. Não se trata de perder ou ganhar crédito, mas ajudar a combater a pobreza e a exclusão, afirmou o gestor. Pedro Espírito Santo da Cunha, director coordenador institucional do BES e que operacionaliza o negócio do microcrédito no banco, disse, na conferên-cia, que o BES tem um programa autónomo. Ou seja, o BES, ao contrá-rio de outras instituições financeiras, criou um produto próprio que foi desenvolvido em conjunto com entidades da economia social, caso das IPSS, ou ainda com edilidades.Francisco Mendes Palma sublinhou que, a nível de estatísticas, o limiar da pobreza não é igual em todos os países, porque nem todos têm o mesmo rendimento. No trabalho da ESR conclui-se que, no conjunto da UE a 27, o total do rendimento recebido pelos 20% dos agregados com rendimentos mais elevados é cinco vezes superior ao rendimento rece-bido pelos 20% da população com rendimentos mais baixos, sendo que, no caso português, a população com rendimentos mais elevados recebe não cinco vezes mais, mas 6,1 vezes mais. Daqui decorre que programas de empresas, como é o caso do apoio do BES ao programa de iliteracia financeira, visem combater a pobreza. Na verdade, pessoas em idade escolar que aprendem algo da área finan-ceira são levadas a ver o mercado e o trabalho numa outra óptica e, no futuro, tenderão a ser mais exigentes.

Empresas precisam de estar atentas à “pegada da pobreza” (cont.)

Page 3: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010Pági

na 3

No dia 7 de Maio arrancou em Arcos de Valdevez a ExpoSocial 2010, com um seminário sobre Inovação Social e Empreende-dorismo. Com organização da Câmara Municipal e da in.cubo, e apoio do Instituto de Empreen-

dedorismo Social (IES), o seminário contou com o Presidente do Município na abertura, com palavras de incentivo ao empreendedorismo local, im-portante para o dinamismo da região. Da parte da manhã Raquel Franco, da Universidade Católica e ligada ao projecto Impulso Positivo, convidou à reflexão sobre a inovação social, sua relevância e práticas. Partindo da análise da uma definição apresentou vários exemplos nacionais e interna-cionais: FixMyStreet, Tyze, Kiva Social Innovation Camp, Bolsa de Valores Sociais. Seguiu-se a apresentação do Hub do Porto, por Miguel Seabra, um espaço de promoção do empreendedorismo que integra uma rede

mundial de Hubs, a que qualquer associado pode aceder, dela benefician-do. Carlos Azevedo, Coordenador Geral da UDIPSS-Porto fechou o painel da manhã com uma reflexão sobre o potencial da inovação social como motor de desenvolvimento das IPSS. Partindo das especificidades do sec-tor solidário em Portugal, defendeu a compatibilidade entre a criação de valor social e a criação de valor económico. Ressaltando como principais desafios ao sector a eficiência, a qualidade, o impacto, a sustentabilidade económica e a imaginação, sugeriu como principais eixos da capacitação do sector a qualificação e a sustentabilidade. Da parte da tarde o enfoque esteve no empreendedorismo social, com Miguel Alves Martins, fundador do IES a iniciar com um enquadramento da temática, seguindo-se a apre-sentação por Maria Gaivão, do caso da Escolinha de Rugby da Galiza e de como esta trabalha a integração social através do desporto. No final assis-tiu-se à apresentação do caso Vitamimos por Ana Quintas, um exemplo de como se pode empreender de forma inovadora na educação e promoção da saúde. De parabéns, Paulo Sousa, da in-cubo, pela iniciativa!

Inovação Social e Empreendedorismo em Arcos de Valdevez

XI Encontro Anual de Fundações, 7 e 8 de Maio

Durante dia e meio foi possível assistir-se no Porto ao XI Encontro Nacio-nal de Fundações organizado pelo Centro Português de Fundações (CPF) e acolhido pela Fundação Engº António de Almeida. Como foi salientado na sessão de abertura por Emílio Rui Vilar, presidente da Fundação Ca-louste Gulbenkian e do CPF, encontramo-nos num contexto de crise eco-nómica e financeira, o que coloca questões sobre os valores sociais e so-bre o conceito e o exercício de cidadania. O desemprego gerado acentua as desigualdades, a pobreza e a exclusão social, tornando especialmente pertinente o debate do papel das fundações na construção de uma sociedade inclusiva. Embora a questão da pobreza não se limite à distribuição de rendimentos, a desigualdade a este nível é cres-cente. Villaverde Cabral salientou a clivagem exis-tente em Portugal entre o meio urbano e o meio rural, sendo notória, no primeiro, a desigualdade de rendimentos, enquanto no segundo ressalta a pobreza de uma forma mais homogénea. Salien-tou também o envelhecimento da população, destacando as maiores taxas de incidência de po-breza na população idosa. Neste contexto, Roque Amaro sugeriu sete prioridades a serem assumi-das por todos na inclusão. São estas: 1ª Conhecer melhor a pobreza e a exclusão social; 2ª Colocar a luta contra a pobreza nas prioridades políti-cas, sugerindo a sua integração na Constituição como o “direito a não ser pobre”; 3ª Definir estratégias integradas e multidimensionais; 4ª Dedicar tempo à pobreza e à exclusão social, tempo que não é o tempo político-eleitoral; 5ª Distinguir inserção, inclusão e inserção, estando o primeiro conceito relacionado com as estratégias de capacitação das pessoas, o segundo centrado nas sociedades, e sendo a integração a conjugação no

espaço e no tempo das outras duas; 6ª Centrar a luta contra a Pobreza nas pessoas, isto é a integração deve ser feita com as pessoas; 7ª e última prioridade, envolver a sociedade como um todo, não só o Estado e alguns organismos e indivíduos, mas todos, através do voluntariado ou do en-volvimento profissional. Este último aspecto – do envolvimento de todos, foi amplamente repetido ao longo do encontro, tendo Villaverde Cabral alertado, contudo, para o facto de Portugal sofrer um défice societal no que diz respeito à mobilização. A sociedade civil – e especificamente as

fundações – pelo princípio da subsidariedade refe-rido por D. Manuel Clemente na sessão de encerra-mento – têm um papel determinante na promoção da participação activa e na inclusão social. Assim, as instituições em geral e as fundações em particular deverão colocar-se no papel de facilitadoras da par-ticipação dos seus públicos-alvo, pois a vontade das pessoas e as suas visões e opiniões sobre os proble-mas são fundamentais para o sucesso das interven-ções que as têm como alvo. Nas intervenções para a inclusão há contudo, como alertou Luiza Cortesão, que atentar às raízes e opções das pessoas em cau-sa, para não se correr o risco de levar a cabo uma

intervenção etnocêntrica. Como sugerido por Emílio Rui Vilar na sessão de abertura, a intervenção das fundações deve caracterizar-se, entre ou-tros, pelo “fomento da criatividade e da inovação social, desenvolvendo uma cultura própria estimulante e desafiante, assumindo o risco de ex-perimentar novas abordagens, identificando, estudando e reflectindo profundamente sobre o que corre menos bem e avaliando e medindo o impacto social dos projectos das fundações.”

Page 4: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010Pági

na 4

Efeito D – o testemunho de um projecto na Bolsa de Valores Sociais

Da filantropia ao investimento social

“Um projecto da APPT21 (Associa-ção Portuguesa de Portadores de Trissomia 21), o efeito D é um dos primeiros projectos de Acção Social cotado na Bolsa de Valores Sociais. Reverte a favor do Centro de De-senvolvimento Infantil DIFERENÇAS, um dos mais criativos e avançados Centros de Desenvolvimento da Eu-ropa, que acompanha, actualmente,

mais de 10 mil crianças em todo o país e proporciona apoio a cerca de 1200 pessoas com Trissomia 21. Para a APPT21, estar cotada na Bolsa é sem dúvida uma forma promisso-ra, com resultados já comprovados (60% das “acções” ou valor do pro-jecto “cotado” foram já captadas), de uma organização sem fins lucrativos alargar a sua base de financiamento.Com a finalidade de tornar auto-sustentável toda a vida financeira do Centro de Desenvolvimento In-fantil DIFERENÇAS, surgiu o efeito D, um projecto que se pretende que seja capaz de dar uma visibilidade sem precedentes a esta causa, bem como de criar uma fonte de valor susceptível de financiar as activi-dades do Centro, tornando-o inde-pendente de subsídios esporádicos.

O plano para alcançar a sustentabi-lidade do projecto e também a sus-tentabilidade das acções do Centro de Desenvolvimento Infantil DIFE-RENÇAS foi encontrado com a Bolsa de Valores Sociais, na medida em que o valor das “acções” captadas per-mitem angariar o financiamento ne-cessário para o arranque do projecto, fazendo face aos seus custos iniciais.O efeito D é uma nova marca de peças de design. É uma marca que, além de nova, é diferente de tudo aquilo que conhecemos. Criada à luz de visões diversas de um con-ceito comum, inspira-se em pessoas diferentes, pessoas com Síndrome de Down. Síndrome de Down – ou Trissomia 21 – é um distúrbio causa-do pela presença de um cromoss-oma 21 extra, total ou parcialmente,

no código genético do ser humano. E, da mesma forma que esta ligeira alteração genética cria pessoas diferentes das outras, também uma pequena alteração no código da pa-lavra defeito encontra uma material-ização nova, positiva e inspiradora. Defeito torna-se efeitoD. Assumindo o design como ferra-menta capaz de reproduzir esta dis-tinção, a efeito D desafiou designers portugueses e estrangeiros a projec-tar objectos que incorporassem no seu código genético uma diferença que os tornasse únicos, originais e atractivos para os consumidores.O valor obtido com a comercializa-ção destas peças será exclusivamente canalizado para as actividades da APPT21, através do seu Centro de De-senvolvimento Infantil “Diferenças”.”

“Hoje não fazemos caridade, fazemos investimentos sociais.”

A boa aplicação dos fundos dis-poníveis para o terceiro sector é fundamental. Para isso, Guilherme Collares Pereira, Director de Sus-tentabilidade da Fundação EDP, ex-plicou à “Vida Económica – Impulso Positivo” a importância da avaliação.

IPNews - Qual é o conceito de res-ponsabilidade social dentro da EDP e da Fundação EDP?Guilherme Collares Pereira: A Fun-dação é bastante jovem – estamos com 6 anos de existência. É uma fundação corporativa, criada no âmbito do Grupo EDP, mas a sua in-tervenção está muito bem definida. Obviamente, está alinhada com as

Políticas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do grupo EDP, mas achou-se por bem dar uma vol-ta na forma como o grupo trabalha-va esta área, muito centrada em dar o cheque para ser aplicado na causa e em troca colocar o logótipo. Saí-mos por completo dessa maneira de actuar: hoje não fazemos caridade, fazemos investi-mentos sociais. Somos confronta-dos diariamente com pedidos de apoio, mas o nos-so orçamento é parco para tudo o que queremos fazer – este ano de 2010 irá rondar os 2 milhões de euros na área das

causas sociais, o ano passado foi de 1 milhão e 200 mil euros. Este salto é também fruto do reconhe-

cimento dos accio-nistas: estamos a demonstrar que o dinheiro deles está a ser bem aplicado e que estamos a fa-zer bem o bem.

IPNews - Como en-caram a questão da avaliação dos apoios que dão?GCP: Ao abrir o programa EDP So-lidária, o primeiro projecto lançado pela Fundação, fo-mos evoluindo a esse nível. Quando as organizações do 3º sector se candi-

datam ao Programa internamente verificamos se o projecto reúne ou

não as condições de acordo com o regulamento. Temos um júri externo à Fundação que escolhe depois as candidaturas. O ano passado, tive-mos 259 candidaturas a representa-rem 14 milhões de euros de pedidos de financiamento e nós, para este projecto, temos 350 mil euros. Não conseguimos acudir a todos os pe-didos. Muitos deles são acção social pura e dura. Mas nós não gostamos muito desse tipo de projectos, a não ser que nos demonstrem que se po-derão tornar sustentáveis, que po-derão ser escaláveis, e que poderão ser replicados noutros sítios. É tam-bém importante que eles quebrem de certa forma o ciclo da pobreza e que tenham uma visão clara de médio e longo prazo, pelo menos a 3 anos. Quando decidimos apoiar uma organização, não trazemos só dinheiro. Trazemos também contac-tos, ajudamos a fazer pontes, para além de contribuições em espécie e horas de trabalho.

“Uma obra imprescindível, que cria valor para as organizações, pois o ambiente é

uma FORÇA, mas pode, também, constituir uma FRAQUEZA para o Negócio. Potenciar

umas e evitar outras, eis o desafio do livro”.

Fernando Leite, Administrador Delegado Lipor

Dr. Guilherme Collares Pereira, Director de Sustentabilidade da Fundação EDP

SAIBA MAIS AQUI

Page 5: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010Pági

na 5

O terceiro sector português é muito diverso e a capacidade das institui-ções é também diferenciada. Em entrevista à “Vida Económica – Impulso Positivo”, Emílio Rui Vilar, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, salienta que as organizações não lucrativas têm tido uma preocupação crescente em incorporar instrumentos de gestão mais profissionalizados, mas o caminho a percorrer é ainda longo.

IPNews: Qual é a sua perspectiva sobre a necessidade de capacitação das organizações do terceiro sector português? Emílio Rui Vilar: O panorama do 3º sector é muito diverso, há situações muito diferenciadas que são resultado do tipo de instituição, do factor dimensão e de razões históricas. O 3º sector em Portugal tem uma expressão muito grande na área das instituições privadas de solidariedade social, que decorre historicamente da acção da Igreja ou dos movimentos sociais do séc. XIX – o movimento operário e o associativismo de inspiração socialis-ta. Há depois um sector fundacional onde há mui-tas instituições, mas em que a maioria tem uma dimensão muito pequena. Decorrem daqui solu-ções organizacionais e capacidade interna muito diversificadas. Mas penso que nos tempos mais recentes tem havido uma preocupação crescente destas organizações em incorporarem instrumentos de gestão mais pro-fissionalizados, embora ainda haja um caminho muito longo a percorrer.

IPNews: Esta área da capacitação foi escolhida como uma área prioritá-ria de intervenção da Fundação…ERV: A Fundação Gulbenkian vê esta questão em duas perspectivas. En-quanto financiadora, a fundação preocupa-se com o modo como os des-tinatários dos seus apoios vão utilizar os financiamentos que são conce-didos. Se estas organizações tiverem mais aptidão, melhores sistemas de

informação, melhores quadros, melhores sistemas de reporte, não só farão melhor utilização dos recursos que lhes são dados como será mais fácil fazer a avaliação dos resultados. Portanto, uma primeira linha de preocu-pação é esta. A segunda é de ordem mais geral, que é de dotar a sociedade civil portuguesa de instituições mais aptas, independentemente de serem ou não beneficiárias dos nossos apoios. E, por isso, temos apoiado não só a vinda de peritos estrangeiros como a primeira instituição portuguesa de-dicada à capacitação, que é a Entrajuda, que apoiamos no arranque.

IPNews: Ultimamente, nomeadamente na área social, a fundação tem apostado em desenvolver uma lógica de projecto-piloto. Qual a razão

para essa lógica?ERV: São duas razões. Em primeiro lugar, porque, normalmente, a dimensão dos problemas não per-mite projectos que os abarquem globalmente. Em segundo lugar, porque entendemos que os projec-tos devem ter a virtualidade do efeito de demons-tração e de poderem ser replicáveis. E, assim, não tendo os meios para atacar o problema na sua glo-balidade, preferimos escolher uma área de terreno em que o projecto possa ganhar visibilidade e que depois possa ser reproduzido por outros.

IPNews: Como gostaria de ver o terceiro sector no futuro, na temática da capacidade?ERV: Penso que o terceiro sector português vai depender de uma evolução cultural na nossa sociedade, que passa muito por as pessoas entenderem que o seu bem-estar individual passa pelo bem público. E entenderem que a realização individual passa também por uma sociedade equilibrada, em que todos tenham efectiva igualdade de oportunidades, e em que a com-petição deixe de ser predatória para ser uma competição para um sucesso que a todos beneficia.

“Queremos dotar a sociedade civil de instituições mais aptas”

Entrajuda, uma instituição de apoio à capacitação

A Entrajuda, presidida por Isabel Jonet, tem como missão “fortalecer o sector não lucrativo, nomeadamente as instituições de solidariedade social, possibilitando o acesso aos meios e recursos necessários que lhe permi-tam exercer uma acção determinante na inclusão social e no combate à pobreza.” Parte integrante da missão é também a mobilização de pessoas

de boa vontade para uma intervenção cívica estruturada no combate à pobreza.

A área central de actuação da Entrajuda consiste no apoio em gestão às instituições, através de consultores solidários, que colaboram em re-gime de voluntariado. A esta junta-se a actividade de formação, a Bolsa de Voluntariado, o Banco de Bens Doados, o Banco de Equipamentos e o programa Saúde Solidária.Em Março passado, eram 2 388 as instituições inscritas na Entrajuda, das quais 1389 são instituições apoiadas no universo dos bancos alimen-tares. Destas, 1107 eram instituições efectivamente beneficiárias do apoio da Entrajuda ou numa modalidade de apoio regular, ou pontual ou candidatas.

“Dr. Emílio Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian”

Conheça a nova livraria online da Vida Económica.

Faça o seu registo até 31.05.2010

e receba um vale desconto no valor de A 5http://livraria.vidaeconomica.pt/

Page 6: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010Pági

na 6

Aenean imperdiet, etiam ultricies nisi vel augue.

“ON.2 – O NOVO NORTE” disponibiliza mais 25 milhões de euros para equipamentos sociais estruturantes na Região

A Comissão Directiva do Programa Operacional Re-gional do Norte (“ON.2 – O Novo Norte”) anunciou, no final de Março, o lançamento para a segunda quinzena de Abril de um novo concurso de apoio à promoção de creches, centros de dia, lares de idosos, lares de infância e jovens e serviços de apoio domiciliário, pre-vendo a aplicação de 25 milhões de Euros do Fun-do Europeu de Desenvol-vimento Regional. O novo concurso enquadra-se no eixo prioritário III do ON.2, relativo à valorização e qualificação ambiental e territorial, no contexto do regulamento específico equipamentos para a coesão local. O objectivo princi-

pal é cobrir equitativamente a região de equipamen-tos públicos sociais, “concebidos de modo integrado e em concertação intermunicipal, visando a melhoria

da qualidade de vida das populações, a inclusão social e o equilíbrio das redes locais de equipa-mentos”.

Fonte: http://www.cr-norte.pt/noticia.php?id=600

O júri dos prémios Novo Norte, uma iniciativa conjunta da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re-gional do Norte (CCDR-N) e do Jornal de Notícias (JN), já analisou as cerca de 200 candidaturas apresentadas por empresas e instituições. Dessa análise saiu a constituição, para cada uma das seis categorias, de uma lista de cinco nomeados que serão agora sujeitos a um processo de audição pelo júri, para apuramento do vencedor. Os prémios Novo Norte visam pre-miar iniciativas de empresas e/ou instituições localizadas na Região Norte em seis áreas: Norte Empreen-dedor, Norte Inclusivo, Norte Civitas, Norte Sustentável, Norte Criativo e Norte Inovador. Os projectos sujeitos a avaliação têm de ter sido desenvolvidos nos últimos cinco anos e apre-sentarem já resultados práticos. O júri é composto por cinco elementos: Braga da Cruz, ex-presidente da CCDR-N; Paulo Ferreira, subdirector do JN; Mário Rui Silva, vogal executivo da Comissão Directi-va do Programa Operacional do Norte; Armando Perei-ra, ex-vice-presidente da CCDR-N; e Hermínia Cabral, da

Fundação Calouste Gulbenkian. Depois de encontrado o vencedor em cada uma das seis áreas, o júri tratará ainda de escolher o projecto que, de entre todos, lhe pareça o mais valioso e relevante, tendo em conta os objectivos do prémio Novo Norte. Este terá posteriormente o apoio técnico da CCDR-N

para se candidatar a um importante galardão europeu: o RegioStars ou European Enterprise Award, conso-ante a actividade do projecto vence-dor se inclua numa área mais social ou mais empreendedora. Os ganhadores de cada uma das áreas e o vencedor dos vencedores serão contemplados com uma obra de arte exclusiva, feita pela Escola de Belas Artes do Porto, escolhida pela CCDR-N e pelo JN para ser parte in-

tegrante desta iniciativa que pretende mostrar o que de melhor se vai fazendo na região Norte nas áreas consi-deradas.

Consulte Aqui a lista das cinco instituições nome-adas para cada uma das categorias. Fonte: http://www.qren.pt

Nomeados do Prémio Novo Norte já são conhecidosA V I S O S

Aviso n.º 4/EDSCAviso de Concurso - Economia Digital e Sociedade do Conheci-mento – AlentejoDe entre as entidades bene-ficiárias contam-se as instituições privadas sem fins lucrativos que promovam ou desenvolvam ac-tividades educativas, sociais, cul-turais, científicas ou tecnológicas.

Mais info

Aviso nº 7/2010 Decorre, entre os dias 19 Abril e 20 de Maio de 2010, o período para apresentação de candida-turas ao Programa Operacional Potencial Humano (POPH) às seguintes Tipologias de Inter-venção: TI 6.7, 8.6.7 e 9.6.7. - Apoio a Consórcios Locais para a promoção da inclusão social de crianças e jovens e TI 6.8, 8.6.8 e 9.6.8 – Apoio ao Acolhimento e Integração de Imigrantes.

Mais info

Prémio Nuno Viegas de Nascimen-to – Fundação Bissaya BarretoNa sua edição de 2010, a área escolhida pelo Júri do Prémio Nuno Viegas Nascimento é a Área Social, sob o tema “A Inova-ção na Promoção Social”, visando premiar a obra de uma pessoa ou instituição que demonstre, pelo impacto da sua acção e conhe-cimento, ter promovido e culti-vado os valores que constituem a matriz da missão da Fundação Bissaya Barreto: O prémio tem o valor pecuniário de 50.000€.

Mais info

Ver aviso

Ética, Deontologia eResponsabilidade Social

• Auditores • Contabilistas • Consultores de Gestão • Fiscalistas• Gestores Financeiros • Revisores Oficiais de Contas• Técnicos Oficiais de Contas

Mais info

Page 7: Í N D I C E - mailings.vidaeconomica.ptmailings.vidaeconomica.pt/files/newsletters/2010-05/impulsopositi... · Protocolo de acordo entre a CNIS e a BP. das contas de gerência das

Maio de 2010Pági

na 7

FICHA TÉCNICACoordenadora: Raquel Campos FrancoColaboradores: Tiago Cabral e Vitor NorinhaPaginação: Tiago DiasNewsletter mensal do projecto Impulso Positivo – Vida EconómicaPropriedade de Imoedições. Lda (Grupo Editorial Vida Económica)

www.impulsopositivo.com

A G E N D A

20 de Maio – “Riscos emergen-tes – A responsabilidade dos Gestores”. Auditório João Morais Leitão, R. Castilho 165, Lisboa. Orga-nização: Oje.

31 de Maio / 4 de Junho – 1st Foundation WeekLocal: Bruxelas, Bélgica. Or-ganização: European Foun-dation Centre. Objectivo: promover a ligação entre as fundações e os decisores político, organizações não lucrativas e outros stake-holders.

veja também os eventos

para Maio em http://www.2010combateapobreza.pt/

O que é a inovação social? Pode esta combater a pobreza e a exclusão social?

Depois da crise global, não podemos voltar ao negócio como dantes. Na Europa a recuperação económica é insignificante, os cortes na despesa pública são certos e a concorrência internacional aumenta. Além disso, as alterações climáticas, a ausência de liderança e a insegu-rança geral perturbam o sono de todos.O terceiro sector usufruiu de alguns anos de sucesso, com financiamento disponí-vel, mas esse tempo acabou. As doações privadas e os apoios públicos têm vindo a diminuir, as autoridades públicas têm vindo a transformar os subsídios em con-tratos, e o foco está cada vez mais na ca-pacidade de prestar serviços do que em ideais.Toda a crise é uma oportunidade de mu-dança. Este é o momento para as forças mais dinâmicas do sector, como as em-presas sociais, de desenvolverem uma nova visão e estratégia para liderarem a saída da crise. A crise financeira e econó-mica trouxe um entendimento geral de que é necessá-ria uma maior participação cívica. Os mercados não têm uma varinha mágica e os governos têm capacidades li-mitadas. […] Estas são boas notícias para o sector que já pedira há muito essa oportunidade. O terceiro sector é o bastião dos direitos e do pluralismo, e uma nova fonte de envolvimento dos cidadãos, de crescimento susten-tável, de emprego e de inovação social, tanto a nível

local como global. Contudo, os seus potenciais só se poderão expressar totalmente com o desenvolvimen-to de novas lideranças no sector. É necessário que haja uma mudança de mentalidade para que o sector passe a ser encarado não apenas como um intermediário na

redistribuição da riqueza produzida pelo sector privado e pelos governos. O sector tem que se tornar um co-produtor de ri-queza, maximizando o seu conhecimento e estabelecendo parcerias que atraves-sem fronteiras. Em 2000, a Euclid Network foi lançada para fazer face a esse desafio, criando uma rede de líderes em toda a Europa e fomentando a partilha de conhecimento além fronteiras e a realização de parce-rias. Por exemplo, os membros espanhóis da Euclid que lideram a Denokinn, a agência Basca para a Inovação, lançaram o primeiro Parque de Inovação Social como um lugar de co-criação além-fron-

teiras. […] A Euclid Network começou um trabalho se-melhante em Portugal, colaborando com Miguel Alves Martins, fundador do Instituto de Empreendedorismo Social, e um grupo de empreendedores sociais jovens e dinâmicos. Temos o objectivo conjunto de estabele-cer um grupo de contacto que poderá ser uma fonte de inovação social no país e uma plataforma de parti-lha de conhecimento.

Liderar a saída da crise: o 3º sector evolui de “custo social” para “fonte de inovação”

Partilho da opinião de Geoff Mulgan, presi-dente da Young Foundation: “A ideia de inova-ção social é muito simples: inovar sistematica-mente nas soluções para os nossos problemas sociais.” Ou seja, inovar para resolver ou dar resposta a problemas como a exclusão social, a fome, a pobreza, o isolamento, o acesso à educação, à justiça ou aos mercados.

Claramente, a inovação social pode combater a pobreza e a exclusão so-cial, mas bom mesmo era que as conseguisse eliminar, como diz Muham-mad Yunus: “Criámos um mundo sem escravatura, um mundo sem pólio, um mundo sem apartheid. A criação de um mundo sem pobreza seria um feito maior do que todos aqueles, e ao mesmo tempo reforçava-os. Seria um mundo no qual todos teríamos orgulho em viver.”

É tudo aquilo que um ou vários sectores de uma de-terminada sociedade conseguem fazer, inovando, para resolver velhos e novos problemas sociais. Trata-se de um novo filão: é o reconhecimento do capital social e do valor económico desse capital. Há mesmo quem afirme, e eu concordo, que a inovação social poderá ser a próxima grande revolução e a única saí-da para uma renovação das nossas sociedades e para

uma nova ordem mundial.Só a inovação social poderá, de facto, combater a Pobreza e a Exclusão Social. Mas é preciso que a inovação social seja levada a sério. Ao longo dos últimos 20 anos muito do que foi promovido em termos de inovação social acabou por não ultrapassar a “lógica” de projecto e não ser incorporado pelas políticas e modelos de actuação existentes.

Ana Roque, partner da Inspire Sérgio Aires, Sociólogo