a ordem agosto 1943

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A;-n CT61 EPISCOPUI,{ HABEMUS, REDAQAO / LA t'{O- A\7\./J | \-/ TION DE LA pSyCHOLOGiE, pAUL S1WEK, S. J. / AOS PAISDE ALUNAS DUM COLEGIO CAT{LICO, P. ANTONIO ' i.rutt-t- / EM ToRNo Do "MovtMENTo Lt.TURGtco". FABto A.t_- + DE DALVA FOSSATI // I EPTSTOLA AO5 CORINTIOS, S CLEMEN- +* "" TE ROMAT-{O // REGTSTO // LTVROS E REVISTAS. 943 ANO XXIIi '"-N. I PRACA i5 DI NOVTMBRO, IOI c. P, 249- RtC

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Revista católica

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Page 1: A Ordem Agosto 1943

A;-n CT61 EPISCOPUI,{ HABEMUS, REDAQAO / LA t'{O-A\7\./J | \-/ TION DE LA pSyCHOLOGiE, pAUL S1WEK, S. J./ AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAT{LICO, P. ANTONIO' i.rutt-t- / EM ToRNo Do "MovtMENTo Lt.TURGtco". FABto A.t_-

+ DE DALVA FOSSATI // I EPTSTOLA AO5 CORINTIOS, S CLEMEN-+*"" TE ROMAT-{O // REGTSTO // LTVROS E REVISTAS.

943

A N O X X I I i' "-N.

I

PRACA i5 DI NOVTMBRO, IOI c. P, 249- RtC

Page 2: A Ordem Agosto 1943

HAITILAO$ NOGUEIBA

M o d l e o

CTTNIOA IMDTCA

c

Alvafit Alvtm 3? Ed.

18o ad. Bel6 132t

Te l . { 3 -161 {

DR. .tORGlE DE LlIrf,A

l [ o d l o o

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Inrpr€nse - Assbt€ntc doDr. Iruls Nr€. Doonca!

do Int€gtlnos . Roto oAnu!

RUA RODRIGO STLVA' 1'

3.O ANDAR

t€l i . {2.8180 - t6-0111

CONST'LTA.S DIARIAI

\;ia

DITS. i'OSf TIIOMAZ NABUCO DE Af,,AUJO

{ TJAI1T'EOI/OMTU. ANACTIMO

A D V O G A D O s

RUA DA ALFANDECIA 4t . 0o AND.

Telefonee 28-6860 - U8-t860

ORDEMREVISTA DE CULTURA

Reg i s t r aa la , no D . I P . sob o n . 10 ,1bT

o

Diretor-Responsevel - Alceu Amoroso Lima

Redator-Chefe - Gustavo Corgio

R.edator-Secret6rio - Fibio Alves Ribeiro

Gerente - Amedeo Ferrario

a

Redag5o e .ddminis t raQeo:

PRAQA 15 DE NOVEN{BRO, 101_2."

Caixa Postal, 249 Tel. 42-80b5

A VENDA NAS SEGUINTES LIVRARIAS

Ao Pinguim - Rua do Ouvidor 121 - RioLivraria Inconfiddncia - Rua da Baia, 1022 - Belo

HorizonteLivraria ,Cultura Brasileira - Rua Sio paulo 5b2

Belo Horizonte

o

ASSINATURA DE 12 NUMEROS Crg 25,00

Numero avulso CrS 2,b0

A G O S T O , 1 9 4 3

Page 3: A Ordem Agosto 1943

FrL

"D Centro Dom Vital 6'a maior afirmagio da in-teligdncia cristd em terras do Frasil".

Cardial Leme, Arcebispo

CENTRO DOM VITAL-

DO RIO DE JANEIRO

F.UNDADOR: JACKSON DE FIGUEIREDO

DIRtrTORIA

Presidente perpdtuo - Alceu Arnoroso Lima

\rice.Presidente -- peril lo Gomes

Secreti l io - \Vagner Antunes Dutra

Tesoureiro - Jos6 Carlos de l\{ello e Souza

CtrNTRO DOM VITAL - praga

Caixa Postal 249

15 de Novernbro n. 101. 2. 'andar

- Rio de Janeiro

A ORDEMREVISTA

Fundador

Diretor-Responsivel

Diretor-Proprietirio

DE CULTURA

- Jackson de Figueiredo

- Alceu Amoroso Lima

- Wagner Antunes Dutra

Episcopum habemust .

T e m o s o n o s s o B i s p o ! E i s o g r i t o d e o l e g r i a q u e t e s s o a e m

toda a Arquicliocese' nita finda a Orfandade' Mais uma' Dez sc

processou, em nossu uida, o mistdrto da Morte e da Ressutrei'

iUo, o passagelm da Orfandade d Paternid'ade' Temos de nouo o

rrosso Bispo . Esta de nouo entre n6s' ac:Jma 'de nos' q testa da

nosse comunidade, o enuiad'o d'o Senhot para pastoreat as- suas

ouelhas. Desltimos o 'luto' para nos teuestfumos 'clos traies de

gala. Os sinos repicam' O incenso sobe nos altares' O canto da

Te-Deum ressla em todos os templos' E o cotagao d'os fieis re-

jubi/a porque o Senhor uisitou suas ouelhas e troure p?la mao

0 nouo Pustor !

Que o nossrt primeiro pensamento seia para Deds' que as-

sint quizc€ssosse o nossc piouaEao' E comegasse uma uida noua-

A EIe nossa gratid'do' A Ele Qs r?ossos mals f eruorosas oroeoesl

em unido com toda a Arquidiocese' com o seu Vigatio Capilulat'

collt oS seus Bispos titulares, sua Hiera:rqrzic, sucs Familias Re-

ligioscts, seus Fidis agrupados ou isolados' todos unidos no mes'

,io p"nro*ento de gt'atid'ao e de ueneragdo'

Que o nosso pensamento se alongae' em seguida' ate a Son-

to S,i, ate o Vigario de Jestis Cfisto' o Santo Padre Pio Xll ' que

em sua altu sabedoriu'designou paro' nosso noDo Arcebispo wm

hontem que pteenche"d'e modo cabal' fodos os tequisitos neces-

sririos pata "carregqr o' sua crtrz"' como 6Ie o d'rsse numa pala'

ura que define u'i ho^"*' com a alma totalmente uoltad& pQra

essa cruz d.e martirio e de redenpdo, onde se encomtrdm todas as

fiossos angrtsfias'transfiguradas e red'imidas pelo (lnico Santo'

pelo Onico Justo, pelo unico Saluador do Mundo'

Que o.,orro i"t ' smento ua ate Santa Ana' po4se na lage

fria onde dorme o' 'ono d'a paz aquele que f oi ati ontEm o nosso

Vigitante e hoie uigia, na eternidade' p'or nos' iunto ao trono do

AGOSTO, 1943

Page 4: A Ordem Agosto 1943

A ORDEI\,IEPISCOPUM HABEMUS

r')terno! A saudade cristd nd.o adorme:,ce nem dilacera. Mas tam-bem, jamais se apaga. Ndo choramos os nosto s mortos atd o de_scspefo. Mas tambem, jamais os olVitdamos. Nc-o atrc"tucarflos cQ-belo|, nem rasgamos a toupa, quando o gladto da morte dos nos-sos queridos atraueisa os nossos coragSes. Mas tambem ndo ces-sam jamais de sangrar os nossos corapdes, pois os no.gsor mortosaiuem canosco, dtariomente, na celebragdo dos Mistefios Euca-risticos. E a cada momento temos presentes os nossos mortos,,mos momentos mais ardentes de no'sa. uida. E i por isso que aalegria do nouo Pastor que chega, ndo i o esqudcimento do ae-Iho'Pastor que partiu. Ao contrar,ro. sd em nossd alegr[a redi-utua, esta EIe realmente uiuo e presente. A orfandade d uw esta-do inhumano. A uo,lta tr paternidad.e represdnta, porim, nd.o oa.pagamento do pai que'partiu, e sim a sue firapdo perene enrnosso memdria. Pois p{rssamos e uiuer mats fortemente ainda dasua uida, na comunhdo dos uioos e dos mortos, com o nosso Ar_cebispo d. testa, praticando, com dnimo redobrado, as tarefas danossa milicia religiosa.

Pois o nosso rtlt imo pensomento, que i tambem o primeirorta ondem das atiuidades praticas imediatas, uai paro o nossonouo Pastor. Recebemo-lo como fi lhos. Recebemo-Io como fi lhosque se prostram alegremente a seus pds para pedir a bengam eprotestar, com o coragdo aberto, a sua ftdeWdo.de mats perfeitae a sua disposigao mais ardente, a seruir com 6Ie, a colocar-seem suas mdos, "sicut ot)es,,, para' em tudo dar gloria a Deus epelejar o bom combate.

D. Jctime de Barros Cernara:, clue o nosso Cardial ja tinhaprof eticamente denominedo ,,o Bispo incomparr,t)el',, d a homemtalho)do pela Prouidincia para receber a heranpa de um Arcebis-pct como oquqle que uoltou aos Tabernctculos Eternos em 17 deLlutubro de 1g42. Hotnem moQo, feruoroso, de u,tda sobrenatu-ral, ndo conhece o cansago, ndo teme o's obstaculbs, ndo seruesttndo a Jesfis cristo. Em Mossoro deirou um rasto ru,mitioso de:;ua passagem, qu.e irradiou muito alim de sua p,roprla Diocese.Em Bel.em, tdo grande ja era e sue aura, d.a santidade e de apos-tolicidade, que pouco poude permanecer entre os paraenscs e

AGOSTO, 1943

Page 5: A Ordem Agosto 1943

I,A NOTION DE I'A PSYCIIOLOGIEq o

La notion de f a psychologiepar FAUL SIWtrK S. J., profess,eur de

I'Univ. Gr,drgorienne ir Rome et des Facul-tds Catholiques A Rio de Janeiro.(Especialmente para ,,A ,Orndem")

1. 'On ddfinit cornmundmept la psychologie ,,sc.ience de&' rtm e" .'cette dd f inition"rire's"f "$uE e_qu' ure trad,u ction li ttdrale cleson e{gmologie. En effet, le ffii*T";.h"logie,,, ainsi que on saitbien, doit son o'rigine d la comiposidion de ideux mo,ts grecs:" psgchA." , Arne, et " l6gost' , science .

Mais i l y a ,cliff6rentes manireres (d'entendre l,dme. Voil ipor-quoi i l y a l ieu de distinguer differentes especes d.e psgcho_Iog ies.

:2. IIn effet, ,pour un gland nombre des philosophes, l,r ime

est un 6tre sabslnnliel: lps faits..psychiques,qne nous d6voile NLt,,.: j .r ' :I ' intros,pection la plus biriaii i" '( i i i i 'eitections, vorit ions, tendan-ces, Affections, sensations, percerption) ne sont que tles prolon_gements ,dynamdques de cet dtle, ses propres actions, ses ,,effe-ls:"; ce sont ces faits psychiques, mobiles i I 'extrdrne et varia_b les

i l ' i n f i n i , qu i cons l i t u .en t l e con te r ru "de no t re co .nsc ienee .lorit6i"riit 'ra conscien..* n* tchniige

prs au gri de r"';f i i ' i lt,tri.,au,contraire, elle ggfiiin*gg_ a'.i-. ' etrange immobilit6, invaria_bilitd: intellection'

"o]il ig,lr.,ten.tlance, affection, sensation, per-ception, tout cela

"*tjEgiebnbrdu m6me mol q,ui ne change pas;

c 'est toujours Ie mof qui pense, c 'est toujo,urs le morlqui veut,_et ai ,nsi de sui te.

L

i ce detfi le, i l est 6ninemment octif ' C'est polquoi moi ne dit pas

"je sais qu'i l eriste en ce moment une douleur"' mais i l dit "je

sens la douleur"; i l ne dit pas "je uofs pens€r"' mais i l dit "je

gI-1- + toPq ce^s--'19tqq' le moi

tacun d'eux Passe; lui ' i l dure'

re sorte h-13-!.qi!. lo P(sse' e au

prdsent, et mr6me au futur, puisque ainsi qu'i l 'd' it "je pe'nse"'

"jerpensais", i l dit aussi bien "je penserai"' Ainsi i l est a la fois

tin et multiPle.,Mais comment une r6alite peut-elle poss6der deur attributs

aussi disparates? Nle tomtre-t-on pas par-l i en con'fl i t avec le

principe de contradiction? r - -:.-r.C e s c o n s i d . 6 r a t i o n s o n t s u 9 9 6 1 6 a u x p h i l o s o p h e s a r ' i s t o t 6 l i -

ciens et scholastiques I ' icl ie (reg'e ensuite paf ,rln granrl 'or'-

Lre de philoso,phes) cle clistinguer' 'dans la vie psychiclue' detrrc

cspe,ces de rinlit ist I 'une tlui cLurnge et posse' I 'autre qui reste;

ia,,prernidre re,rttre-dans la classe des -"accicl

ents" ' la dernitbre

est une "s,bstancei', puisqu'elle" constitue-!s jgy-!i-g}} et ln 5irse

d es actes g' gg,gqliol ( ' sub-stat" ) '

V o i l a l e s i d 6 e s t n a i . t r e s s e s d e l a , . p s y c h o l o g i e s u b . s t a n t i r r l i s -

l e " ' don td i f f 6 r ' en t ssys ten r ' esph i l osoph iquesc leve lo l ; i pe ron td i f -

f irem,ment les .detai,ls'3. Cette psyctrologie tlouve de nos joulrs 'peu de s-vilr 'pa-

, t h i e .On la , cons ldd reassezcon l ] l l l un6n len tco ln lne t l ne "cons t l t t -

ction thioloEiqttr" destin6e i appuyer le dogme cle l ' i imrnortali-

te de l 'Ame humaine ' Voici comment d'aprds ces auteurs' . i l

f au-

,drait enten,dre les choses' Les objets p6ndtrent clans notre vre

,, t iens,ci 'ente par la porte de nos sen's' Ainsi par- exernple' la potn-

1ng s'lmLpose ir notre counarssairce lpar la couleur dont elle est

3el#, ipar l 'odeu'r qu'elle exhale' par- Lrn 6tat t letermin6 de 'du-

ret6, ,de chaleur, "t".

l-"t sens n'atteignent jamais le fond !m:

.I2g3:qlg qui soutiendrait les qualit i i des corrps et constituerait

leur substrcfrrm comm'um' la "subst(tnce" de la porrlune' Toute-

fois comm'e nolls ne pouvons pas coluplende comment toutes ces

qualit6s sensibles puissent sufrsister sans auoun aPpui et rse te-

. ) . ' ' t . t ' , . ' "

Acosro , lg4B ' / ' * ' " '

Page 6: A Ordem Agosto 1943

nir toujours g5-9-13ple sans un principe speciale d,unit,6, forcenous e'st de leur s,upposer un sabslrcfum substantiel, une ,,subs_,:l.nr.r". Jg,|g__!' 9.1igine de Ia thiorie sub,stantiatiste de l,6.me .C'est une fiction. En realitd nl,dme,,s e rnb I e d e s q u at i t i * i y.p.t ", d " rL+*! i :d J";:T'J::T::, ffi :H-

""gei-*-ggc.qg,Lrs; son uni'1,6 n'est qJ*ppu."ote; c,est une ,unit6 du

i:::."!, ou rdu mof dont nous. coll\rrons les quatit6s en ques_

' La psyc'hologie n,aura plus A s,occuper ,de Ia ,,subs,tan,ce,,de I'ALme ni de ses for,ces qu;o., 4pp"lle comrplais€filr'€rrt ,,facul_16s" ou "pui,ssance,s". Elle se ti_itera i etudier des ccles ps;r_chiques tels qu'i ls apparaissent A notre oonscience. On feraains i la psychologie, ,phdnomi,n is fs , , (phainomai ,

"np"r" r i " l ]en abandonnant la psychologie ,,substan,tialiste,, aux ,,th6oro_

g iens " .

La psychologie phdnomeniste por,te aujourd,hui assez uni,'r 'ersellement le nom de ,,theorie

i 'actualitd,,. Ce nom se com_4lrend tout naturellement. Ce qui de la vie ,psy,chique ,,oppa_rait" au r.egard de notre con,scienlce r" p u i s sance s ou f acu lt 6 s,, p sychi que.,

";";;"".:TH:J[:;til::,tratum", rlrais uniquement cles ,,ac,tions ou actes,, psychigues.

_ 4. Ce n,est pas le l ieu ic i lc l ,e ta ler , tous les argumientrs surtresquels se fonde la these ae fa s,rarf q:nt[alite d.e l,Ame. D,ail_

1) . Notons seulement en passants pr6occupat ions, , theologiques, ,ychologie ph6no,mdniste,cro ient .

1ts d'ordre strictement scienli l i1u" ",philosophique' Nous avons rfait allusion i certains de ces angu-onent,s tout a I 'heure. Nous nous b,ornerons A_ prdsent d. certainesremarques d'ordre mithodologique.

La 'phycholo'gie phino'rr.niste combat la psychorogie s,ubs-tantialiste au nome de ra "mdthode". lMais guelre est cette md-tthode idemanderons_nous? On nous rdpondra ,*{glt l,etpirien_ce au sens, for t du mot : seules les choses qu,o" ] .ut

" f " ; ; ; ; ;

r 0 0 A ORDE.MLA NOTION DE I ,A PSYCI IOLOGID

par l 'expdrience peuvent 6tre ad,urises par le psychologue. l\Iais,nou,s insisterons: Cornment savez-vous que I'e:rperien'ce seulepeu,t nous

"T.e_ngf i la connaissance de la vie psychique?- Ce n'est

pas, , , i r .9 ,up 9t t i , I 'erp i r ience qui vous d i t . S inon vous tomher iez'cians le cercle uicieur ou bien vous engageriez dans le processus

in infinitum, car vous ,devriez d'abord justif ier cet'te secondeexperience, au moyen d'une nouvelle exp6rience I Et ainsi i I ' in-

f in i !Ce n 'est don,c pas en ver tu,de I 'exp6r ience que vous chois is-

sez I 'exp6riernce comme votre "mdthode" ir suivre dans les re-

cherches ,psychologiques. Vo,tre m6tode est un sirnple-;rcsfulaf :

vous sapposez qae,toute,r6alit6 psychique doit 6tre de nature ipouvoir 6tre atteinte par nos sens. Xlais corr:ment justi ' f iez-vous

cette postulat? Car enfin le choix des ,postulats n'est indiff6rentir la science. Les aventures de la m6tag6om6trie (,Lobaczewski,

Riemann) son't ' irds instructives sur ce point: i l .,qgffisait de,changer le cinquidme postulat pour arriver ir des g6ona6tries

profondement td i f f6rentes, I 'une de I 'autre. Revenons donc j t

notre quest ion. Sur quoi votre postu lat se base- t j l? L 'h is to i rede la ps5 'chologie nous r6,pond sans h6si tat ion: c 'est de la p/ r r -Iosophie senslsfe ou positiuisfe de Locke et de Hume que la psy-chologie a t i r6 ce pos, tu lat . Ce postu lat est donc un dogme meta-phgstque. C'est un pr.6jug6.

5. Pour met t re 'de I 'ordre dans la quest ion reprenons leschoses d 'en haut .

Ce que nous pouvons saisir de notre vie psychiqus ,par l 'oh-seruation dire,cte (soit exterieure soit m6me int6'rieure) ce sont,toujours de "tfaits" ps}'chiques, des ttph6nomdines", des ttaotes".

Nous ne pouyons pas sais i r a ins i les lpuissances, les facul t6s, eti plus forte raison le fondem,ent dernier des celles-ci (la subs-rtance) . .

'Si donc notre savoir devait se l imiter effe,c,tive,ment i ce'quintomlbe f ormellemenf sous la prise de notre erpdrience, nous de-

vrions nous attacher uniquement d I ' i tude des /aifs ou phino-

rtines psychiques. C'est clair. Chercher qu,elque chose en de-

hors de ces rdalit6s. ce serait vraiment s'aban'donner i la ,f iction.

N{ais si ipar hasard, i l y a outre I 'exp6rien,ce encore d'au'tre

/ D - a , r ,

* r -cOSTO, 194g \+: : ' ' " \ " r ' ' ' " \ ' ) : ' : 'E -

(1) Psychologia, M,etaphysica, Romae, 1939, pag. BgZ_890.

- 9

Page 7: A Ordem Agosto 1943

II1

1 0 37 0 L

moye,ns de 'connaissance, moyens capables ,d',attein,dre la 16ali lt!qui ne serait rpas f orme\ement incluse dans I ' intuit ion de notreerpdrience ---- r6alit6 qui se trouverait derridr,e les aotes ou ph6:nomrdneq' corlme leur soutien et leur fond - alors se l imiter dla seule etude des ph6normdne,s ou actes psychiques c,est mutilerlc savoir, c'esL I'ap,p,auurir.

Or les grands philosophes d,e tous temps ont rtoujours pr6_tendu que I'ex,perience est loin cre ,constituer l 'unique movenrl 'att 'end're infail l iblement la v6ritd; qui notam,rnent le raisonne-ment au s'ens fort rdu mot, raisonnernent bas6 s'r res principesanalytiques, universels, peut nous con,duire a la ddrcouvert,e denotre expdr ienco, de notre conscrence.

cet te af f i rmat ion des phi losophes est-e i le fond6e? c 'est anxphi losc lphes eux-mdmes de rdsoucl re ce problc\me. Le ps l rcholo-p; t re qni , nne fo is , s 'est b loq,6 dans l '6 tude des phenont ines ouacfe.s psl'chiq*es n'a aucun moyen d'apporter q,elque lumidresrr r Ia q 'est ion. L ibre i . lu i de porsuivre ses recherches p. r6f6-r6es. Nla is i l ne lu i est pas ,permis c l ' in terc l i re aux aul res des 'at ta 'cher i l 'e tude dont i l ne peut r rnontrer l ' i l l6g i t imi te. I l faut6 i r :e consdquent I

\ ro ic i a lors cotr l rnenr t on peut entendre les choses . Deursc iences c i i f f i rentes auront ,pour objet la v ie psychique. L 'unes 'at tachera uniquenrent d l '6 tude d,es phdnomenes ou acfes psy_chiqrres tels qu'i ls se r6vdle,nt ir notre erpiricnce. I-,autre, p,re_nant le point c le ddpart dans les r6sul tats c les recher,ches fa i tessur les ph6norndnes ou actes phychique par la prer ' icre sc ience,t: 'rchcrir i ie dicouvrir le dernier principe r6cl d'ou i ls d6coulent,t le c ldternr iner sa nc i lare et son es 'sence. c 'est i cet te dern idrescie' 're de nons dire si I 'arn,e hurnaine est un 6tre vraim,ent subs-Iontiel ou seulenrent un ensernble cle nos phinomdnes psychi_clries;,c,'est i lui, encore de d6montret si I 'Ame hum,aine est si,rn_ple, sp i r i tue l le , immorte l le , etc . Toutes ces quesf i ,ons_l i sonthors de l 'atteinte de la ps-vchologie qui se prorpose d:observers i -u lentent ,des actes p,s5rchiques.

Pour aiteindre leurs frns res,pectives, I 'une de ,ces deux sci_ences de l 'erpdrience soit spont:rnie soit provo,qu6e (eNp6ri_

1 0 -

I ,A NOTION DE LA PSYCHOLOGIE

rpent) ; elle proc6dera par I ' induction. L'aut're,, prenant pogr

point d,e depart les conclusions dtablies par cette psycholggie

(qui nous a'ppellerons provisoirement "rdescriiptive") aura recours

ir toutes les tf'ormes l6gitinaes du' "trisonnement" hu'rnain.

La premiere sera ainsi une sctence natutelle au sens fort

du mot ou "science eracte" au mdme titre que par exemple la

botanique, la zoologie, la min6ralogie; l 'autre constituera une

branche s,p6ciale de la philosophie.

La premidre pourra 6tre appellee psrgchologie tout 'court

pour nous accomoder au langage couran't, ,et l 'on pourra donner

a l 'autre le nom de phitosophie de la psgchologie em nous ins'pi-

rant d,u mo! "philos<rphie de I 'histoire", "philosophie du droit" '' i 'outefois comme cette science s'o'ccupe fle "l 'Ame", sorrrce <les

ph6nomdnes psgchiques, t ien ne nous ernp6che'de I 'appeler aus-

si ,,psychologie". I\,fais pour eviter la confusion de terminologie,

cn ajoutera au nom "rpsychologie" commun a rces deux sciences

quelque mot res'trictif . La psychologie entendue colnlne science

naturelle s'appelera " psgchologie positiue" ou " psgchologie em-

pirique" on enfin " psllchologie erpdrimentc,le". Ainsi sera ne'tte-

ment disign6e la m6thode positiue de recherches dont ell 'e se

sert, qni est rprecisetnent "exp6rience" ("empetria", en grec et

"l 'exp6riment". L'autre psychologie pourra recevoir, i juste ti-

tre, le nom cle "psychologie m6taph,-l 'sique" potrr signifier ainsi

que son objet dc,passe les objets de la nature sensib le (pt tgs is

nature, metd) qui reruplissent le rnonde de notre expdrience. On

iro'ur'ra aussi I 'appeler " psgchologie rstionnelle" conrne on

avait I 'habitude de I 'appeler depuis Chr. \Volff ; car le raisonne-

ment au sens fort du mot, raisonnement 'd6ductif, constitue la

pantie la plus importante de son proc6de mithoditlue.

Quelques uns lui donnent le norne ,rle " psgchologie specula-

l iue". Nom particulidrement impropre, qui ,peut fa'cile,ment 'deve-

nir la source 'des malentendus. rEn effet, le rnot latin "specula-ri", c'est i lpeu prds 'ce que dit le mot grec " theot€in"' . 'O'r la psy-

chologie thiorittque S'op,pose A la psychologie prctttque; par

[.oirs6quent eltre ne coinci'de pas avec la psychologie metaphgsi-que, car la p,sychologie exp6rim,entale est aussi une psychologie

A ORDEI,T

AGOSTO, 1943

Page 8: A Ordem Agosto 1943

1 0 4

th6or6tiq'ue. Toutefois co,mme la terminologie n'est, en soi, nivraie ni fausse (la v6rit6 ne se trouve que dans le jugement parlequel on affirme ou on nie quelque'chose!) le nom "psy,cholo-gie speculative" peut 6tre rparfaitement toldr6. I l veut dire quela psychologie en questiori loin ,de se ,cbntenter de l 'exp6rience,recourt i dirff6rents procddds "ratio,nnels", ,c'est-i l-dire, au rai-sonnement au sens fort du mot.

6. Ainsi - on le voit bien - entre la rpsychologie erpdri-n&ntale et la psychologie mdtaphgsiqae il n'y a, en droit, au-rcune rivalit6, et i plus forte raison, aucune hosti l i te. ,Ces deux

psyohologies peuvent parfaitement coexister, I 'une i c6te de

I'autre. Elles ,peuven't se prdter mutuellement uin concours p,r6-

cieux: ,d'une 'part, la psycholo,gie exp6rimentale trouve son com-pl6ment naturel, sa pl6nitude et son colrronnement, dans la psy-

chologie 'm6taph,ysique, qui prolonge ses recherche,s ,en qudte des

tternidres causes de la vie psl'chique. N{ais de I 'autre, la psyaho-

logie m6taphysique plonge ses racines dans la psychologie expe-

r i rnenta le: ce l le-c i const i tue sa base et son point de d6rpar t .

7. De ce que nous venons de dire tirons encore une con-

clusion pratique d'une g,rande irnportance pour la m'ethodologie.

Ce n'est ;pas la psychologie rn6taphysique qui doit 6tre trait6e Iapremidre, rmais urce-zr€rsrr, rc'est par la psychologie exp6rimentale

qu'i l faut comilrencer I 'etude de la vie psychique. Celle.ci ne doiten aucune rnaniere supposer les thdses de Ja phychologie rn6ta-ph,ysique: ,elle doit rester une science siricte,rnent naturelle (sci-

ence, Naturwissenschaft) . Au contraire, la ipsyrchologie m6ta-pt4ysique doit scru,puleusement tenir ,compte des ,conclusions

auxquelles est parvenue la psychologie eitpdrimentale. Si I 'onn'o'bserve pas cet ordre, on tombe facile,ment dans I'aprioris,me,on. t r isque de ,constru i re des f ic l ions. Plus ieurs ,psycholo,gues, etpas les moindres, n'ont pas su 6viter ,ce danger. En invertantarbitrairement I'ordre naturel ,des choses ils traitent tout d'abord.de I'Ame - probldme par excelle,nce mdrtaphyLsique - et puisdes phenomenes psychiques des rnanifestations de la vie cons-

I ,A NOTI .ON DE LA PSYCI IOLOGIE 105

ciente. citons i t i tre d'exerqple H. Elrbinghaus (2), Hd,ffding

(.3), Tirtchener (4). Bt l 'on ne S'dtonnela ]pas 'de les voir tomh.er

dans ,des erreurrs grossidres. Maitres accomplis dans Ia 'descri-

tion des fcils phychiques et dans l'eurs analyses ils font vrai-

ment piti6 lonsqu'ils s'engagent irnprudenament a discuter 'des

probldmes m6taphVsique, 'qui ne sont pas 'de leur comtpetence'

(2) I1 par le de " . la nature" de I 'Ame d6jD- au premier chapi t re de

son ouvrage Pr6cis tle psychologlie, trail' frang ' Paris' 1910' p' 63-66 '

(3) O'est encore , -dans le pr€mier chapi t re de so'n cours (Esquisse

tl'une psychologie forrd6c sur l'exlr6ricnce, tracl' franQ" Paris' 1909' p'

3-12), et a,vant m6me cle c l iscuter 1e probldme de ]a m6thode 'en psycho-

logie, qu'iI abandonne l'6,rne D, la "rnythologie"'(4) I {ous pouvons c l i re de lu i ce que nous venons c le d l re ' I€ Hi j f f -

d ing. Al 'ec une l6gerete deconcertante i l fa i t table rase de tous les pro-

blEmes d ' importance capi ta le pour le € ienre humain, qui ne se la issent pas

iEs.oudre au moyen de la, seule exp6rience' Voir son Mamrcl de Psycho-

log: ie, Par is, 1932, p. 9 svv '

A ORDEM

AGOSTO. 1943

Page 9: A Ordem Agosto 1943

AOS PAIS DE ALIINAS DUM CGLEGIO CAToLICO 10?

Como, pois, seria errado, ver nuur Ginisio s6mente .um ins_t i t u to ' pa ra adqu i r i r u rna ce r l a po rgdo de conhec imen los , ass i rntamh6rn seria urn engano e n6o menos g.rave, julgar que u,m Gi-ndLsio possa cumprir sua rnissio de edu,car um rnenino, unla1rrenina, sem se imporiar porn seu estado e seu prognesso inte-lectual .

Chegamos aqui a u{ltt ponto que precisa ser esclarecido,porque a experi6ncia prova qu€ a r,es,peito disto h6, as vezes,rnalentendidos da parte dos pais, ,causa de ,muitos aborlecimen-tos ,para eles mesmos, para sdas criangas e os professores.

A base do ensino siecund6Lrio i o programa do gov6r:no quedetermina as ruat6rias assirn co,rnLo a extensSo e o greu de co_nh'ecinentos que se devern atingir at6 o firn do ano letivo e docurso inteiro. Niio temos de discutir; neste lugar, qual seria oprograna mais perfei,to e rrnais conveniente. Fato 6, e ficarfsempre que sem um minirno de conhecimentos nenhum alunoern nenhum Ginf,sio consegu,iria unra promoqio e, ao fim, umdip loma.

'E aqui nos encontrarnos deante durm problema ,cle sumainrportAncia: Tanto como 6 c,erto que cada joven tem urn di-r 'eito sagrado de ser educado, tanto nio resta dtvida de que oestudo secundArio e mais ainda o estu,do superior nio rpoderndispensar de duas condig6es que s io:

1) qlre o aluno tenha vocaq5o (para estu,dar e

2) 'que ten,ha vontade de corres,ponde,r is exig6ncias deseus estudos.

ad) 1) Nio potde haver a minima drivida de,que estudar 6.uma uocaQao no pleno sentido da palavra. Ndo hi s6mente u,rna

vocaq5o para ser pa,dre (flato s6bre o qual todo mundo esti de

ac6rdo), mas tamb6m lpara ser m6dico, professor, f,uncion6rio

etc. E esta vo'cageo, conro j i l diz a ,palavra, Ndo uem de nds nern

dos nossos pais, mas vem de cima. N5o somos nos que decidi-nros o caminho que. temos de ,tri lhar, mas Aquele que leva nassuas mSos os ,dest inos dos povos como de cada um de n6s. Emnossa 6poca, a luta pela vida aumenta necessariamente cada vez

m,ais as exigdncias que se p6em ir formaqio intelectual da moci-

i

Aos pais de afunas dum col6gio cat6f ieoP. AN'T{ONIO TtrIILL

A crise universal em que estanros, invadiu num tal gr6utodas as camadas cla nossa sociedacre e to,do,s o,s planos da nos-sa exist6,ncia, q,r" ndo h6 ,mais ningu6m que n'o se sinta aba_lado pelos choques que, de todos os ladr_rs, ameaQam o equil itrrioda nossa v ida .

N5o i rnais preciso ser fi l6sofo para reconhec,er que a crisen5o d s6rnente um problema porit ico ou econ6mico ou racial oudo eqpago v i ta l ' E 'o homem mesrno que perdeu o dominio s6-bre si pr6prio. A crise atingiu at6 a cel.la vital, a fonte de todaregeneraeio: a familia. Ningudrn sente m,ais do que a,md{e e opar quanto, eln nossa dpoca, tudo se tornou problematico. Nin_gudnt sabe deante de quais problemas se encontrard arnanhilcom sua farn i l ia . E 'n-. is s'o e s tio d e,"u J,:' *o:.ffi

t;:ff ' ;;:';T::" *i'i: ;:rnstaveis a melhor Irhos 6 urna boa "."ffii:*l ffi"":';;1"r:::ffi_i?*il,:,";'",1",11 tJ;

pala estes dois fins que confiarn seus fi lhos a um Coldga *",U_i i co .

C,onvidamos os prezados pais das nossas alunas

:.xlo_rmos o nosso ponto de vista sdbre os prtncip[os,

l idades e os /zmifes durn ,Coldgio cal6lico.

para lhesas possiDi.

Um Gin6sio cat6lico d ao mesmo tempo escola e educandA-rio, quer dizer, l.gar onde ao inesrno teqpo s,e ,ensina e s,e edu_ca. ,On,de se educa.ensinanclo e se rensinse o int,electo e a mern6ria n5o pera ",.n;j:il1T;;".E;;11ff--mar o coragSo e a vontad,e pela instruqdo do intrelepto.

'n,

".tu aditferenga entre um GinAsio e uma Academia ou umia Univer_sidade.

7 1 -AGOSTO, 1943 - t D

Page 10: A Ordem Agosto 1943

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1 0 8

'dade e o caminho 'mais facil parece aquele que passa pelo Gin{-sio, cujo diploma final abre a porta para todas as profiss6es l i-1res. E' isto uma tentagSo para alguns pais que n'aturalmente de-sejam para seus fi lhos e suas ,f i lhas urna vida mais ,facil do queera a sua pr6pria. l\[as ndo se pode,conseguir u,m fim Sem eue-rer os meios. Mas corr}o, se o divino Criador ndo dotou umacrianga das faculdades intelectuais indispensaveis rpara u,m es_tudo secundArio ou at6 superior?

Visto sob este d.ngulo, i is notas das provas e dos boletins fa_lam uma linguagem que ,difere, as vezes, muito do parecer dospais ,que queriarn ver nelas ,o resultaclo de certas casualidades,particularmiente a ,falihilidade dos professor'es. .f,tr6 boletins, quejA no segundo mds do ano letivo ndo deixam a rninima duvida,que agui falta simplesmente a vocagio para o estudo e que nioseria s6 ,perd'er ternpo mas tamb6nr cometer u,ma injurstiga pe-rante Deus de culpar disso o ,estabelecirnen'to ou o p,rofessor oua pr6pria menina. Se e verdade, que com todos os nossos cui-dados ndo podemos acrescentar um c6vado ir nossa estatura(Mt 6,27), tam,b6m a vocageo para o esiudo 6 um problemaeminentemente religioso que, eln todos os casoS, deve Ser exa-minado com humildade, conci€ncia, 'e sinceridade. Um passoerrado neste assunto poderia ter coisequ6ncias funestas at6para a salvagSo eterna duma crianga.

ad 2) Pode acontecer q,ue uma crianQa, apezar de ,su&s6tinras ou pelo menos suficientes ,qualidades de espirito, niomostre ou mostre s6ment,e porlca vontade para o estudo. Umavez resolvida a questSo da vocag6o, to,dos os responsaveis t6m deproceder conr energia, tp,erseveranga e, antes de tudo, com mri-tua conf ianga.

Nio parece inuti l lem,brar, que tamb6m aqui, dar os pas-sos necessirios, cabe em primeiro lugar ,aos pais. As criangassio d,eles. Re,ce,beram-naS do seu divino Criador. Sdo sua,carnee seu sangue. N5o hA ningu6m que entre melhor do que elesnos segredos de seu corag6o. Ndo h6 ningu6m que tenha umaiuflu6ncia mais irnediata e mais direta na vontade das crian-gas. Sio os pais que, por iss,o, carregarrl antes de todos, a es-

1 6 -

AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAToLICO 109

ponsabil idade para o rurno que toma o pensar e o agir dacr ianQa.

rOs prorfessores e educadores n5o seo senAo seus auxil iares,

delegados rpelos pais ,cuja responsa'bil idade com' isto ndo dimi-

nue, ,antes aurnenta. Responsabil idade nio 6 algo que se possa

partir ou declinar. 6, pai f ica pai e a mie fica mie da crianqa

mes,mp que a ti 'Vesse entregue ao,melhor Col6gio do mundo. A

autoridade do Coldgio, por isso, ndo pode ser maior do que a

dos propt' ios pafs. E a eficicia dos es,fo'rqos do Coldgio e de seus,lrrofessores correspon,de pelfeitamente ao apoio que os pais lhes

ddo. Urn pai, por exernplo, uma nti ie, que diminuisse deante tle

seus fi lhos a autoridade do Col6gio ou de urn de seus 'professo-

res, t iraria-lhes o fundamento de seu trabalho e aos seu,s fi lhos

o motivo dos rnais eficazes dos seus esforqos. lConsequ6ncia 16-

gica'do tfato que o Col6gio recetreu sua aptoridade d.os pais como

eles a receherarn de Deus. E corno, no seio da familia, as vit i-

rnas de urn clesacordo entre o pai e a mde seo os pr6prios fi lhos,

assim larnb6m no caso de um dissentirnento a.berto entre os pais

e o Col6gio. A conf i ,anga 6 assim uma'das bases pr inc ipais da

educaqio. Nio s6mente a confianga entre o educador e a cri-

anQa, mas tambim a confianga dos educadores entre si.

Dito isto sdbre os pr,incipios da nossa educaqSo em geral,

r 'esta me dizer uma palavra soble o lugar clue a Religiio ocupa

em nossos t rabalhos.

Urn G inAs io t l ue j a po r scu no l l l c se up resen ta co rno edu -

cand6.rio essencialrnente c,at6lico, nho se.rpode contentar €nl pre:

parar seus aluuos para os exall les coul o intuito de lhes abrir '

prrr diplomas, o cltttt i trho 'para urn futuro pr6spero' Seria ' isto

rpuro rnaterialismo.

I.{em se pode contentar cle corresponder ao programa didir-

t ico e educacioual do Govdrno.

Uma fo rmag io i nLe iec t t l a l e rno rc l ' b r i l han l ' i s s i n ras s6 n io

lhe diriarn 'ainda o direito de se charnar cle GinAsio cat6lico'

Por,q'ue, como diz o divino l\I 'estre: "Fazetn isto tamh6rn os pa-

gdos" (Mt 5,47) ; Refere-se, antes ao nosso trc'balho a palavra

clo,Mestre: "O vosso Pai ce leste sabe que haveis mister em tu 'do

A ORDEM

I"i

AGOSTO, 1943_ 1 7

Page 11: A Ordem Agosto 1943

A OR,DEM

is to. Buscai , ,pois , ern pr i rnei ro lugar o re ino de De,us e sua jus_tr' iga, e todas estas coisas vos serao acres,c,entadas,, (iN{t 6,82)

Nurn ,Coldgio cat6lico, pois, que merece este nome no plenosentido da palavra, se ensina e se estuida, se nanda e se obede_c€, rs11 primeiro lugar, nio rpor motivos de ordem ,naaterial, p,orrespeito humano ou por vaidade pesso,al .

O alvo dos esforgos do p,rofessor i, antes fazer corn quesuas alunas, passando pelo vasto campo dos conhecimento,s hu_rtanos, entendam as verdad,es eternas que ,16 se Tevelam como"'por um espelho, em enigma" (I ,cor l l , l2) como o educador as-,pira descobrir na ahna de seu discipulo, os i,ntri i tos da d vinaprovid6ncia.

Aproximarmo-nos um po.uco mais do profundo mistdrio dasarbedoria e da bon,dade, da rmisericordia e da generosidade di_vinas' isto d o rfirn primArio de todos os nossos esforgos did6ti-cos e educativos, rernbrando-nos da rparavra do divino M,estreque: " Is to 6 a v ida eterna: conheoer ao pai , um s6 Deus ver .s , ladei ro, e a Jesf ,s Cr is to, a quem enviou, , (Joao 1Z,B).Confessando isto franca e corajosarnente, continuamos sa_lientando que o nosso segunclo fim 6 de ,formar aqui cat6licos:r:5o s6 de nome, m,as tar*b6rn rde sgnyicq'o, e nio s6 de f 'rma_

€ao mas tambdm de v ida.C) mundo de lroje nos oferece nurna extensio tdo assusta_ciora o esrpet:ictrro de inurneros interectuais cat6licos ndo pra-trcantes que a fo'rmagro de verdadeiros cat6ricos entre ,a ,nossa

Sente chamada crrlta. 6 para o catolicismo e o cristianismo nolnundo uma questio de vida e de m,orteE o que adian,taria frequentar durante quatro e mais anoserm estabelecimento cat6lico, se a vdda acad6mica e u oiau p-.ar"u.depois fossem uma negagdo ,da educagdo ,anterior?E' por isso que urn Ginisio cat6,lico deve, de rrno,do eficaz,a'dotar e defender na sua atividade os princlpios de uma educa_q5o int,egralmente conforrrr-e com o espirito do Divino Mestreque nos,ensinou eu€ ,,nio aproveita ao home.m Su"Iru.-o *rrrAointeiro ,se se perder a sua alma,,. ({Mt 16,26)

ts por isso que aqui se reza antes e depois d,as aulas,, 6 por

1 3 -

AOS PAIS DE ALU'NAS DUM COI/6GIo CA.T6LICO 11I

isso que aqui se julga a aula de ReligiS.o ser a mais importantede todas, 6 por isso, que, anrtes de tudo, aqui se in,sis,te que asalunas assistam todo Domingo ao Sacrlfi'cio da lMissa e comun_guem mensalmente. Cabe a Santa Missa um lugar primordialtamh6nr, na vida interna do Ool6gio. Como N. S. 6 ,,o caminho,a verda'de ,e ,a vida" ,e que ningu6ln chega ao ipai sendo por Ele(Jolo 74,6),,assim tambdm a nossa vida quotidiana hA de passarpela Santa Missa, continuagSo da vida, da paixdo e ressurreigiodo divi,no ,Nlestre. Otfert6rio, ConsagragSo e Comunhio sdo astr6s estagdes pelas quais tem de passar parti,cularm,en,te a obrada ed,ucaQ5o. Temos de oferecer todo ,dia de novo os nossos es-forgos diddticos e educativos ao Pai celeste pelo seu Filho, pe-dindo que consagre nosso trabalho lpelo seu espirito ,e nos una an6s todos ,consigo, ,e por Ele, entre n6s. porque educaqdo nioh5 sem comunhSo d,e iddias, das inteng6es e at6 da vida, rnasque deve ser garantida pela comunhdo por exceldncia: ,a comu_nhdo do hornem corni Deus.

E' rdo altar, ,Calv6rio dos nossos dias, eue emanam todasas luzes e todas as forgas de fd, de confianqa ,e de amor s,eln a:iq'uais to'dos os esforgos humanos ficam es'tereis. Lembrando-nos di,sto n6s nos sentimos dignos continuadores daqueles gueiniciaram por ,uima Miss,a sua obra n,esta terra dando_lh,e paresempre, nspirados por um santo orgulho, o nome d,e Terra. deSanta Cruz.

I

j

AGosTo, 1943 - 1 0

Page 12: A Ordem Agosto 1943

ErM TORNO DO "MOVI \ IENTO L ITURGICO"

sus,peirta a sua l,egitimidade e ortodoxia' 'E'o que des'ejaria fa-

zer neste artigo, miuito embora ndo tenha rpr'ocuiageo para de-

fender quem quer que seja, 'um& v€z que no Erasil o "moYimen-

tc liturgico" designa ,rnais u'm estado ,dre espirito e um esforgo

comuns, do que mesmo uma organizagS'o colm chefes, orgSos' 'etc'

Falo pois em nom,e pr6prio, mas julgo nio 'defender i 'd6ias pes-

soais. Procurarlse-a antes argurnentar coln a autoridade das

fontes incontestadas ou de te6logos i lustres. Nern se veja nes'te

artigo o fr.uto de preferoncias ern mat6ria ,de or,dens roligiosas

ou de esti los de espiritualitdade. rN'resse 'te,rreno pode-se ter pre-

ferencias, rnas o que me 'nove aqui 6 o desejo de dar testemu-

nho l,eal, n5o no "fermento da ,malicia e da iniqui'dade" mas nos

"Szimos'da sin'ceridade e da ver' ldade'" e seria de eqperar que os

que o lerem' rrenham a faz6-lo I1o [leglno espirito.

Uma das acusaq6es 'feitas ,e que, para certas pessoas a l i-

turgia exerce 'uma agSo m'ecAnica e mirgica dispensando o esfor-

qo pessoal de quem dela part.icipa. Entretanto o que se tern afir-

,mado esti na l inha da mais autdntica ortodoxia e do magiste-

rio eclesiAstico tal s61e ele se manifesta nos concil ios, no ca-

tecismo e nas definig6es papais. "Si cluis dixelit, sacramenta

novae L,egis non ,continere gratiam, quam significant, aut gr-a-

tiam ipsarn non ponentibus o'bicem non coferte, quasi signe

tantu,m externa sint acceptae per fidem gratiae vel iustit iae, et

no,tae quaeclam christianae professionis, quibus apud honrines

dis 'cernentur f ide les ab in f idel ibus: A. S." (Conc' 'Tr id ' , Ca-

.rtones ,de sacram,entis in genere, 'can, 6 - Denzinger-Bannwart-

Umlberg, "Enchiridion symboloru,m, definit ionum et declaratio-

nurn de rebus f ide i et morum", 1937, 849) ' r t r : "Si quis 'd ixer i t '

non d.ari gratiam pe,r huiusmodi sacramenta serr4per et omni,bus,

quan'tu,m et ex ,parte Dei, etiamsi rite ea suscipiant, sed ali-

quando e ' t a l iqu ibus: A. S." (Can. 7.Den2. ,850) Ou: "Si quis

dixerit, per ipsa novae Legis sacramenta ex opere o,perato non

c,onf'erri gratiam, se,d solam fidei divinae pro,missionis ad gra-

tiatm consequ,endam su,ff i,cere: A.S." (,Can. 8 - Denz. 851)

O Catecis,mo ,Romano ensina que os sacramentos operam o

que sign,ificam. "Q'uar€, Lsf ,explicatius, ,quid sacramentum sit,

de,olaretu'r, do'cendu.m erit, rern esse sensibus subiectamr, ([uae'

Em torno do "movimento littngico,FABIO A1LVES RIBIEIjRO

2 1 - AGOSTo, 1943

Page 13: A Ordem Agosto 1943

1 1 4 A ORDEM EM TO1+.NO DO "MO1rIMENTO I'ITURGICO' T T DI

ex Dei in'stitutione, sanctitatis et iustitiae tum significaqdae,tum efficie,n'dae vim ha.bet" (tcatechisrnus ex rDecreto con,ci,liiTridentini ad Paroch,os * P. II, re,. I, 11). E continua noutroIu'gar: "Atque hi quidern ministri, quoniam in saora illa f,un_ctione non suam, sed rC,trristi p,ersonam gerunt, ,ea re firt, ut, siveboni, sive mali sint, modo ,ea ,forma e,t materia utantu,r, quamex 'Christi instituto semper eoclesia catholia,a servavit, ,idque fa_oere prorponant, quod ecclesia in ea adrninistrratione facit. veresacramenta conficiant et conferant: iita ut gratiae fructu,mnulla res impedi're ipgssit nisi qui ea suscipiunt ,se ipso,s tantotrrono fraudare, et Spiritui sancto velint ohsistere,,. (p. IL C,.r , 25 ) .

E os expositores da doutrina cristi dizem: (.ors sacramentosproduzem a graga por s,ua pr6pria virtude, e ndo pela do sujeitoque os re,cebe (. . . ) Nio que as disposigdes do sujeito nio servi_riam de nada. A'lgumas sdo absolutarnente requeridas, como aatrigdo ou o estado de graga, conforme se tratar dos sa,oramen_tos dos morlos ou dos sacramentos dos vivos. As disposiqdestam uma funqdo neoesshria: afastar os obsti,culos e rtornar aahna d6cil i agSo da,graqa. euanto mais fervorosas, tanto maisa alma se santif ica. ,Mas elas ndo produzem a graga; s6 o sacra_rntento ipode faz6-lo; s6 ele pode caus6._1a". (,paul Vrigu6, di,retor

gragas". ( Ih id. , p . 124) .

2? --

N6o se d,iz portanto 'que a litur'gia possue efeitos migicos e

.*u.arnioo, (1). O que se procura evitale oorrigir 6 cel'ta ft 'en-

;;;;t. 'da rnentalido'd" "l"od""'a qpontada por Donrr Vonier: "iPe-

riddicarn6nte o homem se torna mais e m'ais 'concentrado ern si

in,esmo. Quer to'mar nas pr6prias imSos 'o magno negocio da sua

sa,ntiticagSo' Revolta-se 'oontra os instrumentos 'de salvagSo j6'-

estab,elecidos e permanentes que lhe sio apreesn'tados ' As 6po-

cas artisticas assim 'co'mo as tittererias nunca tiv'eram I'rande

ernror aos Sacramentos' O pr6prio mistico inclina-se a conside-

, (1) Os prot€stantes consider 'am o "opus operatum" dos nossos sa-

cramentos como algo cfe rn6g[co' Diel<amp - Iloffmann respondem da"

seguinte maneira a esta acusaglo:

,,Causalitas sacrarmentorum gratias conferens rrragica quidem esset-

si aleitas virtute qua'lam mystica' secundum se acl hunc effectum protlu-

cend.um omnino insuf f ic ient i ' grat ia l r r conf erre cogleretur ' Graeci qui-

dem et Gnost ic i ta l i modo de omnlpotent ia myster iorum' bene' l ic t ionutn

,et formularum cogrrab'ant ' Ipsa autem sacrament i not ione cathol ica '

omnino exclucl i tur , quod ' Ie i tas v l magica r i tuum et verborum omnl 'po-

tent ium ad grat iam dandam cogatur ' Sacramenta ex opere ol lerato n ih i l

z" l iual causant n is i quod ipse I )eus miser icorc l i sua benevolent ia ips is cau-

sar.e conturit et cluod ipse ut causa prin,cipali fJer sacramenta ut instru-

rnenta sua ef f icere ' lecrevi t ' Vi r tus ac mer i tum Dei-hominis Redempto-

r is , quia ea inst i tut t , in fa l l ib i l i cer t i tu ' l ine in e is operantur ' Per termi-

num "opus operatum" in sensu vero cathol ico sunptum val id iss ime ex-

I , r imi tur hominem Deo s impl ic i ter int l ig ;ere necnon Deum esse pr imans'

ac supremam causam gratiae " '

Aal iante af i rmam: "{Jno verbo' cum dic imus sacrament& ex operre

operato grat iam conferre, opus operant is nul tatenus excludimus' Im(}

opus operant is in adul t is est condi t io nec'essar io l l raerequis i ta pro grat ia '

sa 'cra,mental i recip iencla" Ic I unum negamus' opus operant l5 s55g rat io-

nem pr incipalem, cur sacramenta necip ient ibus Brat iam largiantur ' vel

pr incip ium, unde sacramenLa v i r tutem sanct i f icandi desumat '

"Quanti momenti sit pra€paratio activa suscipientis sacramentum'

inde quoque patet, qup'al secundum doctrinam catholicarn rneDsura gratiae

a, gr:aalu huius praepara,tionis quoquc clcpen'tet' Secundum Concilinm Tri-

a lent inum grat iam bapt ismalem accip imus et "secundum mensuram' quana

spir i tus sanctus part i tur s ingul is , prout vul t ( I Cor ' 12 '11) 'et secunduna

propr iam cujusque al isposi t ionem et coopera' t ionem"' (S' 6 ' cp ?) ' " (F '

Diekamp e A. ru. l lo f fmann, o ' P ' , "Theologiae Dogmat icae Manuale""

v o l . I V , 1 9 3 4 , p p . 3 9 e 4 0 ) .

AGOSTO, 1943

Page 14: A Ordem Agosto 1943

1 t 6 A ORDtr\ I

nar a sallt idade adquirida por rneio deles como u,rna sanLidadede qualidade inferio,r que ndo rnereerc ser conrparada com os es-Blendores do contato imediato cor', Deus nas gragas extraordi-nhrias da oragSo. Assim, e para aclmirar ,qu,e atrav6s de todasas orgulhosas evolug6es da raziio hnmana, a Igreja ,cat6lica te-nha podido conservar uma fe tio viva no ,poder dos sacramen-tos". (Dorn Ansc6rio Vonier, O. S. B., Abalde d.e B,uckfast, ,,A

nova e eterna alianga ou o catolicisno cl6.ssico" tradugd.o de DomJoaquirn G. de I_, luna, O. S. 8. , 1943, p. 112) . N,outro pontodo livro Do,na vonier ichama a ^tenqio para os dois ,extremosa evitar ne'sse 'palti,curar: "Ndo 6 preciso exagerar f cooperaqdopessoal da ,,pessoa ,que ,recebe o Sacramento, rpois chegar_se_ia a'consideri-la corno a irnice causa rnerit6ria da rgraga. NJe,n rtiopouco deve o sacraimento ser recebido com tanta frieza e indi-{crenqa que tirem a esse ato de r-eligido o seu valor dum ato det' irrtude". (pp. 229 e 230) .

o res'ltado daquele conceito rnigico e rnecanico da ,l i tur-g ia ser ia, no d izer dos acusaclores, o esqueci rnento das tentaqdes<lo demdnio e 'das cons€qudncias do percrado original, aconse-I t r rando-se a f requ6ncia aos cassinos, pra ias, bai les, etc . Despre_zar-se-i. a rnortif icagio, dirninuindo o. extinguindo o pa,pel dacoop'eracio hurnana na obra da graqa. combater-se-ia o examet je conci6. ,c ia, os le t i ros, o " tesour inho espi r i tua l " e outras pr-6"t icas,pecul iares,das espi r i tua l idades,nrL:od.ernas. pr .efer i r -se- iav6r o Cristo sempre corno vencqclor glorioso a contemplal os.e,pi_s6dios dolorosos da sua vi,da.

Um cat6 l ico n5o pode rnenosprezar as consequdncias do pe_cado or ig inal nem a mo' t i f icagio. Sid paulo escreveu: , ,For urns6 hornem entrou o pe,cado no mundo, e, pelo pe,cado, a rnorte;e assinl passou a morte a todos os homens, iporque todos p,eca_tram", (Aos Rorn., V, 12) ,,Se viverdes segun{al,o a carne, morre_reis; mas, se pelo estrir ito morti ' f icardes os ap,etites da carne, vi-Tereis". (Aos Rom., VIII; 1B) . ,,Mortif icai, por,tanto, o qure h6 deterreno e'rn vossos rmerrlbros; a l ibertinagem, a impureza, a pai_xdo, os desejos,r r&us, a cobiqa, que 6 uma idolat r ia . por ,causadisto 6 que a ira d,e Deus.i"em soibr,e os fi lhos da rebeldia. Tam-

2 4 -

E M T O R N O D O ' ' I , I O V I M E N T O L I T U R G I C O ' '

b,e'm v6s andaveis entregues, otttLora, a esses vicios, quando vi-vieis no meio deles. Agora, por6m, rdespojai-vos de tudo isto:da ira, da indignagdo, da mialicia, da blasfdmia e das ,palavras

torpes de vossa boca". (Aos rCol . I I I , 5-9 - sdbre a mort i f ica-

Eao vdr P. Monier , "La v ie chr6t ienne d 'apres Saint -Paul" , 1938,pp . 78 e segu . )

O que se procura evitar 6 urna concepqio es,treita da vidacr is tS, ,cr i t icada pelos te6logos mais seguros e eminentes. I )orn

Vonier por exemplo: "A vida crist5, a vilda ernr Cristo, exige cer:-

tamente uma grande pureza moral, mas es'ta prueza ndo 6 nern acoisa principal nem o essencial ir profiss5o ,clist6. Ela nio e

mais do que a irradiaq5o de uma santidade mais profunda que

6 o pr6rprio Cristo - vida substancial da nossa al,rna" ("rd. nulle eterna a l ianqa" ob. c i t . p . 30) . E ' ,exata, rnente o que se teur

em S5o lPaulo: "Acaso ignorais que todos n6s, qu.e fomos b 'at i -za,dos em, Cristo.Iesirs, fomos batiza,dos na slla ruorte? Pelo ba-t ismo fomos pois sepul ta ldos com ele na suA morte, ,pala que as-sirn como Cristo ressuscitou da rnorte pela gloria do Prri, r1l

mesrna forma v ivamos uma v ida nova. Pois se fomos t 'co ln-

p lanta,dos" com ele (cornplantat i fact i su l r t ls , sumphutoi ) (2) ,

pela semelhanqa com sua morte, cla rnesma folrna o seianos pellrsemelhanga corn s l la ressurre igSo. Pois sab,emos que fo i c i 'uc i -f rcado em n6s o hornern velho, para que seja destru ic lo o,colpode pecado, e doravante j i n io s i rvarnos ao pecado. Pois c luemrl torreu, est i just i f icado do pecado". (Aos Rom., Vtr , l l -9) . Porti se v6 que a mo,rtif icagio e a ascese crlslds niio consisteln ape-nas em rpre ' t icas rnora is . A sua ra iz 6. a paix5o, rnol te e lessur ' -reigSo de rCristo, de cujos frntos nos tornamos partici lpantes pelohal t ismo. O pr imeiro ato de mort i f icaqSo,do,cr is tSo 6 "ser m,er-'gulhado na morte de Cristo", i sepultar o velho homem lcoln-rCristo, ressus,citando com este para uma vida nova (3). Essa

( 2 ) O P , P re r - t t r aduz " sumphu to i " po r " an imados dum l nesmopr i nc i p i o v i t a , l " (X ' . P ra t , S . J . , " La t heo log ie , de Sa i r l t Pau l " , 1 " vo l '

I 9 3 4 , p . 2 6 6 ) .

o f r u t o d o C a l v a r i o . N e l e J e s f s C r i s t o

ent re tan to rea l , a sua mor te e a sua v ida

717

( 3 ) " O b a t i s m o n o s a p l i c a

nos assoc ia , dum modo mis t i co e

A G O S T O , 1 9 4 3 - 2 5

Page 15: A Ordem Agosto 1943

1t i i A ORDEN{

realidade de ordem mistico-sacra'mental 6 que ir6 irrarl iar naperiferia moral, cru,ci,f ibanpo a carne e as suas paixdes, ,,forni_catio, irn,mu,ndirtia, impu,dicit ia, luxuria, idolorum servitus, ve-';neficia, inim'icit iae,'contentiones, ae'rurationes, irae, rixae, dis-,senssio,nes, sectae, invidiae, horni,cidia, ebrietart,es, conlrl l1€ss&_tiones, et his simil ia" (Aos Gal ., V, lg_22) _ e t,endo parte con_sequentenrente na exaltagio e na gl6ria do ,Cristo.

Dorn \rionier continua rnostrando as tencl.ncias err6neas da

teriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois,mo. ,E, istoo aplacar da c6l,era divina, a rinica l ibertag6o real da tirania d,eSatAnaz". (ob. cit., pp. 47-48) "ipodem os autores do as,cretrsmocristdo esc.ever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca ,dasr,irtudes e dos es,forgos do hom,ern nas vias lda perfeigio, trrlaspara qlre seus ensinamentos estejam ,de acdrdo conl a doutrina

ra causa deste semi-peragianismo larvar, devemos sem dirvida1-'rocurf-la no enfraquecirnento da ,consirleragdo das grandesver'dades cristds, el-,c." (Karl Adam, ,,Cristo nosso irmdo,,. tra-

Assoc iando-nos d sua mor te , neut ra l i za o p r inc ip io t le a t i v ida lde que o pe_cado t inha de ixac lo em n6s e que cons t i tu ia o homem ve lho ; assoc ian ,do_n os i sua v ida , des t roe todos os € ie rmes c le mor te ,e nos conf e re o p r iv i_Icg io duma v ida sem f im: v ida da a lma e v ida , do corpo , v ia la ,da graqa ev i d a . d a g 1 6 r i a , , . ( F , p r a t , S . J . , o b . c i t . , 1 . o v o t . , p . 2 6 b ) .

2 t _

EIM TORNO DO "MOVIMENTO LITURG.ICO"

duqio ,de Tasso da ,Silveira, 1939, P. 57). Vieujean aponta,

corrro ufil ,dos perigos pa'ra a nossa vida ,espir,itual, a tenddncia

a considerA-la "como o r,esultado de nossos esforgos ,e n5o de l€r

ne,la a obra realizada ern n6s pela graQa, pela Igreja, qpelo Cristo,

por Deus", E continua: "rAs consequd'ncias desse erro sdo mul-

tiplas. Citemos antes d,e tudo um voltar-seescrurpuloso sobre si

nlesmo, uma ,meticulosidade vendadeiramente excessiva na puri-

ficagSo da con,ci6ncia, uma esp6cie de ginirs,tica artificial e com-

plicada para a aquisigSo das virtud,es, em resuno, uma falta de

flexibil idade e ,de l iberidade nos nrovimentos ,da alma. E' ,o que

foj denominado, se ndo me engano, o asceticismo. Consequdn-

cia m,ais grave, 6 ,consi'derar nossa vida espiritual como um ffun

em si e ter a atengdo fixada e me,smo lmobil izada sobre nossa

pr6pria perfeiqSo, sobre a expansSo de nossa altna, a ponto ,de

esquecer Deus nisso, quase, e de cair ldesse modo num verda{ei-

ro antropocentrismo. E' enfim idesviar-se num rcetto nat'uralis-

mo, vendo na perfeiqSo a expansiio de um eu puranlente hurna-

no, e n5o de um eu inconporado ao Cristo, assimilado ao Cristoe elevado at6 Deus pelo pr6prio Deus. O que ndo seria mais a

perfeigio cristi i mas u,ma espi'cie de estoicistno ou de budismo".(I{. Vieujean, assistente ,geral da Association ,Catholique rde la

. feunesse Belge, "La l i turg ie est " la d idascal ie d,e I 'Egl ise" B.Par sa doctr ine spi r i tue l le" , in Cours et Conf6rences des Senai-nes L,iturgiques, Torne XIV, Nlons. 1937 - p. 126). T,ratando.se,das dou,trinas err6neas sobre a perfeiq[o da vida cristi Garri-gou-Lagrange refele-se i que faz consistir essa lper,feiqdo naatividade exterior, nos jeiuns e nas praticas ,de rpenitAncia endo na caridalde. confundindo desse rrr:odo os meios e o fim.(P. R6S. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne etcontennplat ion" , 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.)

A prop6sito das crirt icas a certas prit icas ipeculiares is es-piritualidades mqdernas, veja,mos o que 412 s rte6logo doruini-cano na mesma oLrra, ao tratar dos obstir,culos i contemplag5o:l ' 'Em outras almas o obsticulo estf no espirito; elas pletendemtudo analisar psi,cologicamente, tudo regtstrar, af,irm de avaliaros seus ipequenos progressos. Assim elas se olhanr, a si mesrnas'

1 1 9

AGOSTO, 1943

Page 16: A Ordem Agosto 1943

1 1 8 A ORDENI

realidade de ordem mistico-sacramental e que iri irradiar na

periferia moral, cru,cif icanpo a carne e as suas paixSes, "forni-

catio, irnmu'nditia, impu,dicit ia, luxuria, idolorum servitus, ve-

neficia, inim,icit iae,,contentiones, aernttlationes, irrae' rixae, dis-

senssiones, sectae, invidia,e, homi'cidia, ebrietates, comillessa-

tiones, el his simil ia" (Aos Gal ., V, 19-2.2) - e tendo rparte con-

sequenternente na exaltag6o e na g,l6ria do Cristo.

Dom \r,oni;er ,contin'ua mostrando as ;tenddncias ,errdneas da

lnentalidade mdderna: "Tem-se desvirtuado o sentido das gran-

cles frases tecnicas da teologia, afim de que elas signifiquem ex-

ciusivamen'be a conversio moral dos individuos. "Que 6 a Re-

tlenqio, 'dizem os "modernistas", senSo o hontern convertido in-

terriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois'mo. E' isto

o aplacar da c6l'era ,divina, a rini,ca l ibertagSo real da tirania de

Satanaz". (ob. cit., pp. 47-48) "lPodem os autores do as'cretismo

cristiro escrever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca. das

virtudes e dos esforqos do hom'ern nas vias 1da perfeigSo, trnas

para qu,e seus ensinamentos estejam de acdrdo coru a dott 'tr ina

cat6lica 6 necess6rio que eles pressuponham gragas, siocorros,

inqpiraq6es e luzes superiores ).s forqas naturais do homern, pois

seln esses auxil ios diretos de Deus 6 impossivel uma vida ver-

dadeiramente sobrenatural . O autor de ob,ra espiritual que niio

tonla l em consideragio esses dons ,de Deus pode ser um tnola-

l is ta pag5o, rnas ndo cat6 l ico" . (pp. 167-168). E o Padre Adam

cbservn o aparecimento na piedade cristi iprivada, de "atitudes,uas cluais a unidade orgAnica da natu'reza e da graga se torna

excessivamente frouxa, e em que a atividade glessoal rda alma

se sr ih i ra i i in f ludncia sobrenatura l " . E conl inua: "A verdadei-ra causa deste semi-pelagianism,o larr' 'nr, devemos sem duvida

procurfr-la no enfraquecirnento da consideragSo ,das grandes

ve'rdades cristds, et'c." (Karl Adam, "'Cristo nosso irmdo", tra-

Assoc iando-nos h . sua mor te , neut ra l i za o p r in ,c ip io de a t i v idade que o pe-

cado t inha de ixado em n6s e que co t rs t i tu ia o homem ve lho ; assoc ianc lo -

ros d , sua v ia la , des t roe todos os germes de mor te ,q nos c 'on fere o p r iv i -

leg io a luma v i ,da sem f im: v ida da a lma e v id .a do corpo , v ida 'a la g raga e

v i d a d a g l 6 r i a " . ( F . P r a t , S . J . , o b . c i t . , 1 . o v o ] . , p . 2 6 5 ) .

EM TORNO DO 'MOVIMENTO LITTRG'ICO"

duq6o de Tasso da Silveira, 1939, p' 57) ' Vieujean aponta,

corlro urrrl d,os perigos para a nossa vida espiritual, a tenddncia

a considera-la ,,como o r,es,ultado de nossos esforgos ,e ndo de l€r

ne,la a obra r'ealizada ern n6s pela'graga, pela Igr'eja, pelo Cristo'

p,or Deus". E ,cOntinua: ",As ,conse;quencias desse erro sao mul-

iiptur. ,Citemos antes rde tudo um voltar-se ,escrurp'uloso sobre si

,. iu.*o, uma meti,culosidade verdadeiramente,excessiva'na puri-

ficagao da ,con,ci6ncia, nlna espdcie de ginistica artificial e ,corm-

plicada par,a a aquisigio das virtudes, em resumo' uma falta de

flexitri l idade e,de l i 'beridade,nos rnovimentos 'da alma' E''o que

ibi denominado, se n6o me en,gano, o asceticisrno. consequan-

cia m,ais grave, 6 ,considera,r nossa vida ,espiritual rcomo um ffun

e.m si e ter a atenglo fixada e rneslno iLrnobilizada sobre nossa

pr6pria perf,eigSo, so,bre a expansdo de nossa ahrra, a ponto de

esqfuecer Deus nisso, quase, e de 'cair ldesse modo num verda{ei-

ro antro,pocentrismo. E' enrfim idesviar-se nurn rcerto nat'uralis-

mo, vendb na ,perfeig5o a expansio de urn eu puranlente hurna-

no, e n5o de um eu incorporado ao 'Cristo, assimilado ao C,risto

e e levado at6 Deus pelo pr6pr io Deus. 'O que ndo ser ia mais a

perfeigio cristi mas uma esp6'cie de estoicisrno ou de budismo"'(X{. Vieujean, assistente ,geral da Association 'Catholique ide la

.feunesse Belge, "La l iturgie es't "la didnscali,e ,de l ' l lgl ise" B.

Par sa doctrine spirituelle", in Cours et Conf6rences des Semai-

nes L i turg iques, Torne XIV, ,Mons. 1937 - p. 126) . Tratan 'dorse,das doutrinas err6neas sobre a ,perfeig:Io da vida cristd Garri-gou-Lagrange 'refere-se i que faz consistir essa rperfeigSo na

atividade exterior, nos jejuns e nas prit icas ,de penitdncia e

ndo na caridalde, confundindo desse rniodo os meios e o fim.(P. Rdg. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et

conterm,plation", 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.)

A prop6si to das cr i t icas a cer tas prAt icas pecul iares is es-piritualidades modernas, vejamos o que diz o lte6lo,go donrini-€ano na mesma obra, ao tratar dos obstflculos i contemplagSo:"'Em outras almas o obsticulo estdL no espirito; elas pretendem

'tudo analisar psi,cologi,cam,ente, tudo regtstrar, afim de avaliaros seus ipequenos 'progressos. Assirn elas se olhan a si mesmas,

AGOSTO, 1943

1 1 9

Page 17: A Ordem Agosto 1943

720 A ORDEM

eryyez de olhar para Deus. Sem duvida que o conhocim,ento desi 'rnes'mo 6 sempre ,necessSrio, rnesmo nos ,estados mais el,eva-[los, mas esse olhar sobre si lnestno n5o rdeve ser separado doclhar ,para Deus. A rnelhor rnaneira de se eiaminar ndo 6 di-zer ,do fundo do coragio: que ficar6. ,escrrito ,deste dia no ,l ivro

c la v ida?" (Gr i fos do au, tor ; pp. 493-494) (4)S6bre a questi lo do ,Cristo rdololoso ou jdo C,risto glorioso, 6

necessario ,fazer no,tal antes de mais nada que a tenddncia ob-servada entre os que trabalham ipela volta ir l i turgia nada ternde exclusivista, uma vez que a vis5o integral ,do ,HomemlDeusClisto Jesirs inciue os dois aspectos de ,exinaninaqSo e exalta-q5o ("semet ipsutn ex inaniv i t . . . ipropter quod et Deus exal tav i ti l lun, etc . " ; vOr 'Aos Fi l . \ r 12) - - e mui to rnenos de errdnea.Conta l far i ta in que l . re i Hunbert lCl6r issac, rO. P. , te6logo deyalor incontestaclo, "pleferia o Cristo pantocrator dos Bizanti-no 's ao cruc i f ixo nais dolorosamente humnno de nossa idadenredia" . ( rPrefac io a "Le mystdre de l '6g l ise" , 4. ' ed. p. XIX) .

Quais as raz6es , teol6gicas ,dessa prcferdncia? Donr Vonier n6-las dll: "PcNclem os cristiros deste naundo imaginar ,que Jesusaincla sofra. Conservarn a lemJ.rranqa de ,todas as agr',nras dasua ,paix i io e morte. Os sofr imentos de ,Cr is to, pode d izer-se,cstio gravados no seu espiri lo, t i lo l lresentes os t6m na n-lern6-lin. Alirn disto, CrisLo i clesconheci,do, blas,feru,:l|do, perseguido.

C) sen anrcir nio 6 correspondido; os hornens, enr vez de arn6-lo,

sro pro l :nndarncnte ingratos p{r la coru e le. iO cr is t io p iedoso so-f re com esta indi ferenca e ingrat id l io . Ele sc ident i f i ,c ,a nt is l ica-rnente cor1l .Iesus e atribue a Jesirs as suas prdprias ,penas. En-

trelanto, pecaria gravern,ente contra a ,f6 se esquecesse que Cris-

to, na sua prripria pessoa, esti infinitanente acima de todo e

c;ualquer sofr i rnento. E ' Cl is to o re i da g l6r ia . Ele governa o'nrun'do com irresistivel rpoder, com virga f6r'rea, como o ates-tarn as ,Sagradas Letras" . (Dom Asci r io Vonier , C) . S. B. ,

( 4 )

Dieu et

a u t o r ,

2 8 -

V6r ,duas formas de exame

la C ro i x de J6sus " , t omo I ,

d e c o n c i d n c i a e m " L ' A m o u r d e

1 9 2 9 , p p . 3 2 9 e s e g u , . , ' d o m e s m o

EM I 'ORNO DO ' t r i rovr \TENTO LTT0RGTCO" 72r

"Viitdria de Cristo", Tlad' de Dorn Joaquim G' de L'una' O' S'

3 . , t g 3 9 ; P ' 1 7 ) '

Na irnesma obra Dorn Vonier afirma: "fO ascetismo cristdo

.6 essenciahnente otinaista. Em todos os tempos ressoou o cen-

ti,co do ,povo inumeravel que' vestido de branio' com palmas de

vit6rias nas mios, est6 'diante \do rCordeiro"' ( 'p' 167) E e'm "A

n o v a e e t e r n a a l i a n q a ' ' ( o b . c i t . ) : . . M u i t o s i a u t o r e s p i e d o s o s ,an imadosdeboa in tenq io , rnasned ioc res r te6 logos ' r t r 6mexage -

rado a intensidade das aq6es humanas de Nosso Senhor' consi-

rierando-as inTinitas ou quase infinitas' afi 'm de da'r razdo sufi-

c i en teaop ro 'd i ' g i osova lo rdosseusso f r i r nen tos 'Ce r tosesp i ' r i t os

tdm difi 'cul 'dade dm compreender. que haja 'grande m6rito onde

rrSo hFr esforgo. A teologia da R'e'den96o ser6 semlpre parr eles

um livro 'fechado, porque o valor das aq6es redentoras neo vem

em :primeiro tugar do esforqo volunt6rio realizado por Oristo'

nras do estado mesmo da sua Pessoa, da presenga da Divind'a'de

em 'Cristo, da uniio da sua Humaniclade com a Divindade: e e-

n e n t o ' e s j t a v e l q . u e c o n f e r e L l m \ r a l o f i n f i n i . t o . i s a g 6 e s e a o s S o .

f r imentos de Nosso Senhor" ' (p ' 123) ' ' "Ao t ratar 'da forna

modefna de certos autores da vida de cristo que sublinham coll-r

prazer o que eles chaman o seu 'fracasso' sinlo pisar nuln ter-

l 'eno em,que brotam ate as rnais del i '3a 'das f lores da p ie idade'

N5o pocle ser condena'da em geral urna forma tle aruoli ' cheia de

compaixeo para coll1 lNosso Senhor, que tern pol utattlr ' ia cons-

f tante de ned. i taqio os pretendidos f rac lssos do rd iv ino Salvador '

Q t e 6 l o g o n 6 o t e r r r o d i r e i . t o d e o r i t i c a r s e n t i r n e n t o s r e l i g i o s o s an5o ser evidentemente que esses sentitnentos dirninuan a gl6ria

do Filho de Deus. Acontece muita vez que uma esrPecie de alnor

,compassivo paLa coln os sofritr lentos do tl ivino '\ ' Iestre esteja de

perfeita ,conformidacle, no contego' coln a si doutrina; mas com

,a continuagio d.o ternpo, pessoas pouco instruidas ern reliF4ieo

,desvirtuam esse sentirnento e o aplicanr' mal' A sensib'i l idade

,dessas pessoas 6 mais poderosa'do que araz5'o ' 'E is porque 6 ne-

cessario expor es'ta questao com toda a lfranqtreza"' (pp' 136-

r37 ) .Os que trabalham ,pela

, I LGOSTO, 1913

trbeisd"*"..

volta ir l i turgia sdo tambem acusa-

- 2 5

Page 18: A Ordem Agosto 1943

A ORDEWI

ctos de combater a orageo privada, bem corno as prit icas extra-l ittrgicas co''o o rosario, a visita ao santissimo S,acramen,to ea via-sacra. Evidentemente unn aat6lico nio pode comibater es-sas manirfestaq6es da pi,edade ,cristd. Nessa questdo o ltrabalhoda renovag5o litr irgica coincide conl o rpensamento do palpa pioXI, manifestado em audi6ncia concedida a D. Bernard Capellea 12 de dezenbro de 1985: , ,A Igre ja e mui to larga. rE, mesmode uma larrgu'eza por vezes sur,preendente. Aceita modos de orarque sdo rnnito deficientes s i,m,perfeitos, ,porque tem rpiedade dafraqueza dos ,pohres homens. ,,eue seja assim, diz ela, j6 qoen5o podeis iezar de out,ra forma, rezai assim mesmo, contantoc1'e rezeis verdadeirarnente!" I\{as quan,do se quer saber comocompreende ela a oragio, entio 6 outt,ra coisa: d a l irturgia quen6-rlo ensiirar6.. E'rpre,ciso imitar a santa Igreja e nio proibir oque ela condescende ern aceitar em mat6ria de oraqio - n1as, 6preci'so elevai' pouco a pouco os fieis e ensinar-rhes a rezar cornela. A l i turg ia 6 a lgo de grande. E 'o mais importante o, rg io dornagist6r io ord inar io da Igre ja ' , . (D. B. Capel le , O. S. . B. ,Abade Coadjutor de Mont.Cisar, Louvain, ,,A Santa 56 e o rno_virnento l itfrgico", "A, O4flsm'r cle setemb,ro de lg3g _ C,ours etConf6rences des ,semaines Liturgiques, Tolme XIV, Mons, 1g{17,,p' 256 e 273 e segu.) Em car.ta ao cardear Minorertti, arcebispocie Genova, por ocasii io do I ,Cenglesso liturrgico nacional italia_no, o ent'o cardeal pacell i, hoje papa pio XII g,loriosam,entereinante dizia: ,,( . . . ) longe de proscrever fo,rmas de rpiedadequer,privada quer popular, admiti ldas e reoomendadas pela Igre-ja, procura (o programa ,do ,movimento l itt irgi,co) for,t if icar afidelidade tanto do espirito religioso ,quanto da pr6ti,ca, A nobrec' secular tradig5o do culto eolesiistico, {favorecendo no i lero ozelo por 'uma perfei 'ta celeb'rag5o idas fung6es sacras, e nos fi6is,uma assistdncia fervorosa e inteligente". (v16r ,,A orclem,,, n.c i t ' , p . 20o - - ' rexto or ig inal em rcours et confdrences des Se-maines I - , i turg iques, i tomo XIV, ob. c i t . , p . 258) . rO C6digo deDir'eito ,Can6ni,cro pres,creve aos Ordinarios ouidaremr afim de queo respectivo clero pratique a oraga0 privada, a visita ao santissi-rno ,Sacq:amento, o rosario e o exame de conciOncia (c . l}b) .

3 0 _ -

EM TORNO DO "MOVIMENTO LITURGICO"

Ora o C.LC. n5o poderia recornendar ipr'6Lticas nocivas ou mes-

mo indifer,entes. Lo'go a oraqSo privada, as priLticas ex'tra-li-

trirrgi,cas e o exame de concidncia const'ituem um elemento da

p,erfeigSo e,spiritual do ,cl6rigo ou sacer'dote, como tamhem do

fiel . (Vejam-se as jus'tas observaqdes de Fr. Raymundo $.

Cintrra O. P. n*A Ordem" de julho pr6ximo,passado, secgSo de

Corresponrddncia) . Na iPastoral coletiva do episcqpado da pro-

vincia eolesiSstica de B,elo iHlorizonte afirnla-se: "E evidente

que o espirito littirgico ndo sofre nenhu,ma ,colisd.o com as de-

vog6es parrticulares, at6 porque a Igreja, que determina as no'r-

rnas Jit i lrgicas, tarinbem aprova as devog6es". Para a arquidio-

cese do Rio de Janeiro temos no mesmo ,sentido as determina-

g6es do sr. Vigdrio Capituln'r s6hre a l iturgia eras prft icas extra-

l itur.gicas (r'6r "A Ordem" de ju,lho pr6ximo 'passado).

O que se crit ica e procura evitar sio certos desvicis verif i-

cados na piedade cristi. Uns sflo rfru,to da igno'rAncia religiosa.

C) Cardeal Le'rne, de feliz me,m6r'ia, referia-rse a esses em sua pas-

toral de Olinda, quan,cio afirnava quo para muitos fi6is "o santo

6 tudo; Deus quase que a nlrda se toduz". "Vio ir igreja, visitaur

toidos os altares. . . s6 nio visitam o Santissimo Saoramcnto".

Ou: t 'N io perdern "no\ .enas" e t ' tergos" . . . esquecem o sacr i f i -

c io au,gusto da missa". (Ed. Vozes, p. 61) . D. lMar io de iNI i -

I 'anda Vilas-Boas, I l ispo de Garanhuns, em sua prim'eira calta

pastoral, dizia: "Quantos cat6licos que ignolam o divino sen'ti-

do da 'I\[ issa: - renovaqdo incruenta, uras verdadeira, do sa-

cr i , f ic io da cruz, fonte de nossa salvagSo ?! ( . . . ) Mas por que

deixar os fi6is, na Igreja, alheiados ao santo Sacrif icio, rezando

nouenas o'u, entdo, roantando al,gumas dessas coisas bArbaras a

qu'e se convencionou ,chamar htnos sacros, quan'do o que se ope-'Ia no altar 6 a realizaqio ine,favel dos planos da divina econonriarestaurando a adopgdo sob,renatural do homem pelo mrinist6rior-edentor rde Jesus rCr is to!? ( . . . ) Quantas vezes, nossas I igre jas,oos grandes dias, d5o-nos a tragica irqpressSo de um clube defestas, pelo'profano e ridiculo da de,corag5o, rf lores de papel,nenr sernpre a,rlisticas, e fitas e ,lagos e lanternas e todo um

1 2 3

AGOSTO, 1943

@.-;..

- 3 1

Page 19: A Ordem Agosto 1943

r24 A ORDET,I

rnundo ,de quinqui lhar ias fute is e inexpressivaslz ;es , r pp . 58 , 59 e 60 ) .

" (Ed. \ 'o-

rNen-l sempre por6rn esses desvios sdo fruto apenas da igno_,r4ncia religiosa. Manifestarn-se as \rezes em pessoas ,conhece-

d.tras da doutrina ,cristi, mas dominadas pe,lo devocionismo epelo sentimentalisnuo. Mons. Harscouet, em ,,L,es d6votions tra-ditionelles" (confer6ncia na primeira semana litr irgica da ideLouvain) distingue a "devotio" da l iturgia que ,6 a ,,devotio"

oficial da Igreja, e as devog6es extra-l iturgicas, aprovadas, reco-mendadas e enriquecidas ,de indulgdncias pe,la Santa S,e idastlevoq6es anttl i tt irgtcos, ou ,devocionismo. E afirrna: "Exagera-clas, estas ,devogSes, abafarn o culto, transtornam a ordem, igno-lam a Liturgia, ou, se acaso curnprem as suas fung6es, des,co-nhecern a sua virtude, relegarn-na rpara um canto da vida espi-r i tua l , en vez de a colooar no seu rcentro. E 'o ca,so doB f i6 isque pre,f 'elern as Benqdos do Santissirnro is V6speras, do sacer'-dote que se acusa de nio ter dito as or.ag6es da manhd, quarrdode fato j , i rezou Pr i rna. ( . . . ) - L l las, ern segundo lugar , o 'de-vocionisrno teur u,nt outro aspecto: consiste ,Lam,bern na i.nven-q"[o de novas f6rnrnlas; e o exolusivismo rciurnento, a piedacie agavetas e lpor pequenos ernbrulhos. ,Conduz i superst ig io ,da

cJual a lgr,eja ndo 6 responsavel como o ndo e da impiedade. Noi 'no passado, Mons. Deplo ige ,d iz ia rnui to bern a este respei to:

"'\handonadas a si r11esmas, as aspirag6es religiosas dos fi6is, senno se apagatn, satisfazern-se, collto podern, cour ,devog6es lnes-qr-rinhas, em que a imaginagio caprichosa representa urn lpapelpreponderante". Pril 'ado do alirnenlo l it irrgico, o lpo\ro entrega-se lorqosarnenle ao 'c levocionismo. ( . . . ) ,Q sent imen' ta l ismo(. . . ) r.6de-o eslaclear'-se na l iter.atura ,das primeiras colnunh6es,

t lo mds de rnaio e das pequenas devog6es ( . . . ) Os r i tos de que,estas pequenas rdevoq6es se reyestem guardarn vest ig ios da sua

or igern indi ' i ' idual is ta ( . . . ) . A causa da sua f raqueza d ev i rden-

te. p io ao sent i rnento uma par te demasiado grande. O pensa-rnento n5o recehe nenhuma sat is faqSo. iA vontade n io haurenenhurrna energia. Quem levar urn lpouco longe a ani l ise des-tas devoq6es, acabari por confessar que nelas a f6 'para pouclo

EM TOR,NO DO 'MOVIMENTO LITORGICO' ' t25

sefv€. s6,o antes d.e tudo um exercicio de imaginagS.o e de sen-

sibil idade em volta dum objeto,religioso". (Gt. p'elo P. Antdnio

Coelho, "tCu,rso de liturgia romana", vol . I, 1926, pp ' 275-277) '

ciarrigou-Lagrmse, mrostrando como o estudro da teologia pre-

serva a vida interior cle dois glaves defeitos, o subjetiuismo pie-

,d,oso e o pa:rtipularismo, r.efere-se a esse Inesirno sentimentalis-

,rno,, cujro druto 6 ulna vida de piedade rdirnrinuida e superficial .

(5) Dorn Lambert Beaud'u in, O'S.B. , a f i rma: " ( " ' ) a p iedade

cristd isolando-se torna,se facilrnente fantasista e perde-se no

ilreio dos exercicios acessdrios, com preiuizo da devoqdo funda-

rnental. (...) Faz-se, no entanto, grande confusao quando se

acusa ,a pie'da'de litrirgica de inimiga das 'devog6es particulares -

E' ver'dade que, nesse dominio, ela se mostra t'ra'dicional, dis-

creta, e extrejrna{nente reservada. Esse desejo insaciAvel e doen-

tio de descobrir s€m,pre novas prAticas de piedade a inq'uieta e

com razdo, a ela ,que 6 a inimiga rde to'do devocionismo. Longe

por6,rn 'de destruir as devog6es privadas, tradicionais e aut6nti-

cas, traz-lhes um acrdscimo de vigor e virilidade. Estranha a

todos os sentimentalismos, alimentada por uma sd e puna dou-

tri,na, larga e generosa, ao tornarise o alimento principal da

alma eristS, transfonrnardl a piedade privada, impri,mir-lhe-i

novo irnpulso e a intensificara ao ,rnesmo ternpo gue a manter6

em seu ver'dadeiro lugar". ("Vida litrirgica", tradugdo de J,Il larques de O,liveira, 1938, pp. 32-33).

(5) "subjet iv ismus quoa/d pi€tatem saepe vocatur hodie "sent imen-tali"smus", est quaedam affectatio amoris, absque v€ro et profundo a,moreDei et anirnarum. IIic defectus provenit ex hoc quo,al in oratione praeva-

let natural is inc l inat io sensi t r i l i ta t is nostrae, secundum uniuscujusqueint lo lem. Praeva, Iet quaedam emot io sensib i l i tat is , quae quancloque quo-

dam lyrismo exprimitur, seal absque solido veritatis funtlamento. Hodieplu!'es psychologi increduli, ut Bergson in Gallia, putant quod mysticis-mus et iam cathol ieus proveniet ex praevalent ia, a l icujus nobi l is emot io-llis quae ex subconscientia oriretur, quaeque postea in id€is €t iualiciisrlrysticorum exprimeretur. Sed semper remanet tlubium de lferita,te realihorum iudiciorum, quae sub pressione subconscientiae et affectus orta,sunt" . (Reginalc lus Garr igou-Lagrang€, O. P. , "De Deo IJno. Commen-ta r i um i n p r imam pa r t em S , Thomae , , , 193? , pp . 30 -31 ) .

AcosTo, 1948

Page 20: A Ordem Agosto 1943

. AGOSTO, 1943

li8g,g;*,

7.26 A ORDEIM

Dom Vonier, I lor outro lado, afirma: "rMuitas \€zes, as de-

vog6es particulares revelam lamentavel ignorAncia o'u esqueci-

rnento culpavel das princi,pais 'doutrinas da vida sob'renatural .("Vit6ria de Cristo", ob. cit., p. 27) "Prefer,em-se devog6es e

pfiticas religiosas ,cheias dum ,certo humanis,mo ,e individualis-m,o is formas antigas e puras do culto cat6lico. (. . . ) Realmen-te, tem-se a tentagdo, nos tempos atuais, de duvidar da exatidSotlum grande nfme,ro de l ivros'religiosos escritos, segundo as fo,r-{nas primitivas do catolicismo, por termos sido edu,cados numaatrn,osfera saturada de devoq6es particulares. Tornarno-nos as-sim inc4pazes de sim,patizar com os habitos da piedade dos tem-pos passados". ( "A nova e,eterna a l ianga", ob. c i t . , pp. 219 e235). E na ediqSo,francesa do l ivro que acabarnos de citar o tra-durtor, cdnego L. Lain6, idoutor ern teologia e ar,ci,preste de 1116-

guier ,4ponta algu'mas tenddncias desviadas que se infiltrara,rnrra'piedade de muitos cat6li,cos (6). Finalmente D,om B. Capelle,,uum estudo a pr6posito ,d"lO espirito da l iturgia" de Guardiniafi,rrna: "A formula de Guardini:,6 preciso cons,ervar isto e aqui-

(6) "Cremos ut i l designar a lgumas dessas fa lsas tend6ncias:

"1 ' O mora l i smo , i s t o 6 o p r imado ,dado es v i r t udes mora i s , em de -- t r imento das v i rLudes teologais que s5.o as mais c l iv inas, as ma, is sobrena-turar is , as mais cr is tS"s de todas as v i r tudes, as que exigem mais humi lda-de, as c lue destroem de modo mais radical o veneno alo amor-pr6pr io e doegoismo, e que sd,o entretanto verdadeiras fontes de conf ianea e de au-dacia apost6l ica;

O psicologismo, ou o abuso, o excesso da psicologia, da anal ise

tr)s icol6gica, da introspecgS,o, ,do voi tar-se sobre s i mesmo, que mata acon f i anqa ;

O sent imental ismo, ou o abuso do sent imento: e da se,nsib i l ic tade,c. .mbinado com a. ignorancia 6ss Sagradas Escr i turas e alas def in ie6es dosConci l ios; nd.o se ser5, sensivel , por €xemplo, senio aos ,sofr imentos pas-sados de Nosso Senhor; comprazer-se-a em na,o sep,ar6- lo da cruz, comose diz, mas se O separa da gl6r ia e da beat i tude def in i t ivas, que sua Res.surreigS,o ,e AscengS.o Lhe aclquir l i ram para sempre; comprazer-se-a emconsidera-Lo como sempr.e passivel e sofredor em sua pr6pr ia, pessoa, emSi mesmo, e exper imentar-se-6, a necEssidade de consold,-Lo ,em lugar d.e€antar com a Igreja a sua, realeza 'et 'erna: , ,por Nosso Senhor Jest is Cr is-to c lue v ive e re ina com o Pai por toalos os s6culos alos s6culos, ' . ( .La

f r r ouve l l e e t e te r r r e l l e a l l i ance " , 7gBZ , p . 24 , em no ta ) ,

3 4 -

EM TORNO DO "MOVIMENTO LITTIRGICO" L 2 7

lo, a piedade liturgica e a d'evogeo popular, 6 por certo verdadei-

ra, c6mt' con'diQ6o todavia de n6o ald'mitir .emeo a hoa quali-

dade e de observar a hierarquia dos valores". E ,continua: " (o

rnovi.rnento liturgico) neo tem nenhum 'desejo de dest'ruin o que

que rquese janemd im inu i rnenhuma l i be r ' d ' ade lg i t ima 'Que-

**o, restaurar, Mas n6o se restaura'In las linhas Ln,tegras rle

u m m o n u m e n , t o s e m a r r a n c a r a s p l a n t a s e s t r , a n h a s q l u e o r e .

sobriram. A experioncia rde varios s6culos este ai Bara rnos'trar'

que a piedade individual e privada, lpor suas introrniiss6es' pre-

judioou ,os grandes atos do culto". (cours et conf6renc,es des

Semaines Liturgiques, Tome XIV ,ob. cit ' , p' 173) '

Entre as aausaQ6es figura ainda a de firenosrprezo ou corn-

bdte ir escolestica e ao tomis'mo. S'e 'no 'esforQo pela volta a Ii-

turgia alrguem se manifestou idesse mo'do sobre a teologia daque-

l e q u e 6 o D o u t o ' r C o m u m d a L g r e j a , c e r t a m ' e n t e q u e e r r r o u ' P o i s

a renovag5o litirrgica nio se pode isolar ou opor i renovagto

tomista, da qual recebera a base indispensavel capaz de liberta-

la da confusio dos sistemas conternlporeneos. O fat'o 'de se voltar

aos santos 'Padres n6o pode significar esquercimenlto ou oposi-

gio ao tomismo, pois o Anjo das Es'colas e seus autdnticos dis-

cipulos e representantes, 'Caietano, Jo6o de S5o Torrnds, ou hoje

Garrigtou - Lagrange e Maritain, s[o, na 'era mo'derna, os for-

nruldd,ores e continuadores fieis da tradigflo antiga. E o traba-

lho contemporineo no plano da teologia positiva s6 alcanqal'f, a

sua plena significagio quando integrado no 'plano da teologia es-

peoulativa escolAstico - rtomista.

rTermina aqui este longo artigo, 9ue, 6 mais um frabalho de

cdpia ou traduqdo, pois ,quiz ,f le rprop6sito evitar asserg6es purl-

, inente pessoais. E n5o o fago sem lennbrar que ndo se preten-

deu ,de modo algu,m negar ou ser indulgente para corn os erros

que se ho'uvessem verirf i,cado ou que realmente se verif icalanr'

Porisso s6 nos pode,mos alegrar comt a intervengSo 'da autorid:r-

de eclesiistica, advertindo os faltosos e lanqando mio das medi-

das necessarias a represseo dos abu'sos. Justamelnte acalla de

chegarrnos a no,ticia da ultima enciclica de Sua Santidade o

- 3 5

Page 21: A Ordem Agosto 1943

1ll

128 A ORDBM

Papa Pio XII, "Mystici corporis :CtrriSti", de 29 de junho'pr6xi-

nro passado, na qu,al sf,o apontadas diversas conoe'p96es erradas

q.r" a" ,infiltraram ,entle os crist6o,s, co,mo sejam u,m falso misti-

cismo a respei'to do corpo mistico de Cristo, oerto quietismo ou

preguiga espil-itual, d,eprimente "liturgismo" .ne'gador da pie-

,dade individual etc. (veja-se a nota div,ulgada pela carna,ra Ecle-

siistic.a da Arquidio,cese'do Rio de Janeiro - (A 'Craz" de 11 de

j,u'lho pr6xirno passado). ,A n'ova enclclice vir'6 por certo escla-

reoer os p,rob,lernas e pdr fim irs 'dissens6es e inco'm'preens5es'

ll esrtejamos cerrtos de que se alguem errou, saber6 submet€r-se

com a rnaior simplicidade' E gue todos havemos de alegrar-nos

corni a palavra do Pai comum. Pois ness'e esforgo pela re'staura-

gflo da vida crisrt6 a que nos entregamos ndo 'nos lnove nenhum

espirito de competigio orgu-lhosa' trnas unicamente o amor A

Santa Igreja de Deus, na qual llueremos todos viver e morrer'

i la de mi bautismoDIMAS ANTUfiA

1

trl'la de mi bautismo,

circunferencia Y oct6gono'

sePul'cro de Piodra Y fuente

d'e la resurreoci6n:'aqui nos engendra eI Verbo,

aqui la I,glesia concibe '

Conforrne al Paz, 'Peoecillos

naoen del agua.

La corriente los gotrierna,

el srista,l los ilumina

Y un brote dentro ellos, vena viva'

Los vuelve al Padre.

2Nacen los hij'os'

nacen del agua.

Nac.en del bautismo

semejantes al Hijo.' Semejantes al Htijo

los que nacen de esta agua

han muerto, Y viven.

Santo Sepulcro,aqui rruere el hom,brey se levanta 'Cristo.

Fuente de piedra, de vida,

" aqui concibe Ia Iglesia

. , ; A.GOSTO, 19483 6 -- 3 r

Page 22: A Ordem Agosto 1943

.A.,ORDNM

rOomo la Virgen.

Concibe del Espirituy los guo xraoen de esta agua,han muerto, y viven.

3Pila de mii,bautismo,

circunferencia y oct6gono:

sin princirpio es el principioy da novedad de vida.Entre las c.aras de un ochola rpiedra ha encerraldo aI ci'r,oulo:

rnisterio de novedad,rnisterio de Dlos en Cnisto.

Circunferencia y octdgono,desotbr,erne tu dibujo. ..Sin principio es el principioy da novedad de vida.Yejez 'del homb,re, (Iue m,u€re,,de raqui se levanta Cnisto:los que naoen de esta piredra[Iajcen p,orque resu,citan.

4

Pila de mi bautismo,los qnre naoen de esta aguallevan eI Espiritu.

Pila de mi" bamtismo,yo s6 que en tus hijoshay una agua viva.

Realidad de aqlrella piedra,que seguia a los antiguos;piedra y agua nos reoiben,piedra y agua ,comuni,cran.

PN,A DE MI BAUTISMO

L,a Piedra nos va siguiendo'

el agua nos ilurnina:

era agua el agua en la Pila'

ahora es ragua viva'

b

Pila de mi bautismo'

ens6fram'e teologia:

dame la luz en el agua

tn que 'das el agua viva'

Tu grarnitrica es de Piedra'tu dial6otioa es un diAilogo ' ' '

tri'la de m,i bautismo,

ensdfra'm'e a leer.

- rQilsuxrfgrencia y octdgono'

son el alfa Y el omega:

como los ciegos'que leen

Puedes tPalPar estas letras'

lVlas: entre estos 'dos extre'mos

esti la ob a de Dios

en el agua dividida

Y en el ,ali'ento que escrlihe'

De la ens'efranza gue entrego

parte es arista 'de Piedra'lo dem6s es aire, es agua ' ' '

Quizi un niflo la sorPr'enda

Y, de fijo, s6lo un niflo

tiene voz iPara decirla. ,

6Prila de mi hautismo,

ens6fiame teologia.

Toma mis rnanos de ciego

para palrpar estas letrasy torna mi voz de nifro:

AGOSTO, 1943_ 3 e

Page 23: A Ordem Agosto 1943

L 3 t A ORDEM

Que aqu,el niflo ,que fepitelo que la madre le ensefla,decia, con voz 'de nifr.o:

- El Padre envia a su ilnijoy el Hijo nos df, el Eqpiritu.

Piedra viva y agua viva

son las personas enviapas.

Misi6n de los dos Par,dclitos

y voz de'l Padre que envia:

circular es el ,or:igen

y da novedad de vida.

Con la mano gue dri'vide

el agua en forrna de cruz,

las salidas de la mmerte

abre la Sabiduria:y luego la letra psi

qu,eda sorbre el 'haz del agua,

testimonio de la boca

que ino,s ha 'dado el Espiritu.

I

Plla de mi bautisrno,ya empieza la tprocesi6n.

Eres rmatriz, eres fuente,

la mano ,que vierte el agua

hacia las partes del m'undo

de ti desata loi nios:y oantan, las letanias;y salen, todos los santos,y el vivo comunicantes

se origina /de tu senoy a todos nos ,entrelaza.

Si tienes los cuatro rios,

si eres la fuente perdlida,

PILA DE MI BAUTISMO

si das de beber al eielo'

si rrire$as el ParaisoPila de mi b'autismo,

qui6n pude im,Pedir el agua?

Dime tu virtud.

8Y decia la voz del nifro:

- tMi virtud es de un bautismo'

Antes rde enseflar'al rnundo

la Luz descendid a las aguas

y quiso s'er bautizada.

Yo tengo de aquel Jordf,n,el baflo que re'genera'

y, de sut'cielos abiertos'

restlituci6n de la here'ncia.

Contacto de 'oera virgen

guarda rde su ,carne el agua,

y de la unci6n que lo unge

6leo y crisna se iderra'ma.

Si rxi virtud in'corPora'

si nli virtud forma 'el CuerPo,

es porque de su cuenpo

neci,bo yo mi virtud:

que aunque el cielo est6. en mis aguas,

yo soy ,carne de su carne

y tierra - que el ho'm:b,re es tierra'

I

trila de mi ,bautismo, oi'elo

$ tierra?(Ya se fu6 la Procesi6n) .

Espejo de transParencia,

ya se fu,6 la processi6n

d 0 - AGOSTO, 1943- 1 L

Page 24: A Ordem Agosto 1943

1 S 4 A O.RDE}M

y no sd si €res crist+l

o €stis tpuesta como un 1fl4q.

Nb sd si das'a beber

o eres piedra de tropiezo.

Eres clara, eres ohscura,

eres ojo, boca clega.

Pa,ra el que cierra los oJos

y orye, ,tu lepci6n ca.nta -

mas, para el quiere argiiiT

te'envuelves y te repliegas.

Si la Iglesia te rodea

c6mo ,lu,ces, o6mo irradt'as,

cdmo ensefras, cuinta luz. . .

,Si alguno te mira a solas

qud no eres?

Espejo, nudo;

rayo de 7az, asechanza;

cristal circular del oielo

o e l ombl igo. . .

Pila de ntrii bautistno,

c,6mo seguirr tu dialdct'ioa?

Cielo y ,tierra,

qui6n entienlde esta lecci6n?

10- Yo soy urn inisterio vivo.

Es tan hondo este repl'iegue,que nos da vida en el vientre

gue sdlo la rnisma vida gue nos nutre

t ! . :

PII/A DE 1tffI EA'UTISI\IO

nos lo dice. I

Si es tan secr€ta ta uni6n

de la esPosa Y el esposo

que lo que une el arnor

el amor s6lo lo ensefla

cierra los ojos, V oyet

que el que oYe.labla al que oYe'

.. .,pero solamente oYe

el que ya tiene a,l que oYe:

el gue ya tiene la unci6n,

el qu,e, ya tiene Ia vida,

e,l que ya esti en este lazo, (

lazo de amor, la?o-ahra-zo,

,el beso, el nu'do sagrado,

origen para nosostros de la limpieza del cielo'

se,creto oroulto, en el alma,

del es,plendor de la luz. ..

Si ,tienes aquel EsPiritu

,rni dialdctica es un diAlogo.

Qu'6 arte de raciocinio !

Hablan el Padre y "i

tti3o

y tri reci'bes la vida. . .

Qud arte de raciocinio !

HaLblan el Padre Y el Hijo

y el Espiritu te sella.

Te hac,e Cni,sto, te hace hijo.

Oh miSterio de la I'glesia'

nudo, ombligo, lazo, abtaz,o'

, can'al dbl comunicantes ! . . .

No me d.igds: eres la luz

o la vida?

No preguntes: eres esPejo de Paz

o la ruina?

19 43

l s $

Page 25: A Ordem Agosto 1943

.A. ORDEM

Dirne: ojo del cielo y omhligo.

Dime: Cir,culo de transparencia YDim,e: Fuente d,e piedra y de vida.

1 1- Mi dial6ctica es un dird"logo

pero ,un diilogo ,que engendra.

Ninguno,puede seguirla

si l,a Persona que oye

no forma en 6l la pa'labra.

No quieras interrogarme;

briscame dentro de ti,'Si estis en Cristo eres hiio,

oel Padre recibes vida

en ti mi viida es la luz.

Luz que n,ace, Iuz que llega,

novedad d,el: Ecce. venio !

El mist,erio de la Virgen,

e l ; c6mo puede ser esto?

Novedad que se descubre,

evan,gelio.

La sombra asombra, y se asombra

la soinbra d,e ver que lleva

en su som,bra aquel,la 'l,uz

'gu,e s6lo hab,it'a en los cielos.

1 2

La novedad de tu viidaes un rnisterio que cre€e.

Yo doy de b,eber al oielo,

Por mi se lle,ga hasta el mar'

De luz en luz, de fe en'fe

PILA DE MI BAUTISMO

recorreras las mansiones

q,ue unas a oLras se tnira'n,

y unas a otras s€ oPonerr'

y se llaman Y 'oonforman ' ' '

Faces dq Dios Y del homrbro'

las faces del hornbre en 'Cristo '

Esta fu'ente se divid'e,

neparte a siete, aun a ocho,

y tri no sabes qu6 form,an

en ti, en esta vida nueva'

etr s,oplo, la cruz, la sal,

la rnano, el 6leo Y el ag'ua'

y el cnisma, Y la roPa blanca.

13Del agua rec,ibes vida

mas no puedes ver tu rostro.

No sabes qu6 vida tienes.

(Yo soy esPejo del sr'elo,

n o t u e s p e j o . . . )

,Si quieres la vida, crece;

si cteces, tu vida es luz ----

mas n,o sigas Preguntirndome:

rni resPuesta eres tri mismo'

A ml me hastan rni agua'

rni alegria, mi dolor,

a ,mi m,e ,basta mi agua' ' '

Soy fuente Y cant r alleluia !

si veo salir a los rios'

Soy madre Y tengo 'dolor '

Este l lanto, oh este' l lanto!

Raquel que llora a sus hiios" '

19 .13

nudo.

4 4 -AGOSTO,

- 1 6

Page 26: A Ordem Agosto 1943

A ORDETM

Este llanto es sin 'crnsuelo.

A mi me ,basta llo'rar.

t 4 :

Pila de mi bautismo,

madre nuestra'

madre mia.

- Ouatr<i hombres salieron de rni.

Todos dijeron: Renuncio.

Todos'dijeron: Creo.

Todos dijeron: Quriero.A todos les di la vida

Pero uno se vo,lvi6 loco;

otr,o fu6 hallado Perverso;otro rmezcl6 mi agua;

uno s6lo la guarda.

Voz oida em Ram,6,

el l lanto de Raquel:

qu6 hi'cieron de su bautisrno?

Se volvi6 'contra el agua

el looo:

veia negro y rojo,

qu,iso rornrper la Pila.

'Otro se alivi6 en etrla:

la llen6 de excremento,

la torn6 por bacina.

Otr,o vi6 que era fu,ente

y 'quiso irmitar el agua:

ahora en uin rio extrafro

remeda mi oorriente. .'.

4 6 <

PILA DID I\{I BAUTISMO

Uno s6lo guard6 el misterio,

uno s6lo guard6 la vida.

Qued6 pu,ra el agua en la fuecrte,

qued6 pura en 6l . Era ,u'n hilo(alegria de Raqtrel,de la q,ue ve el pl,inrcipio),

era un hilo de agua aquel hijo.

Ahora es un rio.

1 5

El l lanto de Raquel,voz oida en Ramir:

sus hijos no son hijos!

Yoz oid,a en lo alto,grito de la que ve el principio:de ella naoi,eron hijosy no son hijos, sus hijos.Fu6 a dar a ,beber al cie'lo,de ella haoieron rios.mas qui6n guard6 Su autismo?

Unos contra la pila,en locura, en inmundicia;

l,os otros contra el ag,u,a,

en perfidiia.

Los hijos no soh hirjos:- Je suis l.',esclave de mon paprtdme !Rim,haud lo vi6, y lo d,ijo.

D,ec.irlo fud grandeza,

decirl,o ya es un grito.

Raquel llora ese grito,

lRa,quel que no quiere es'clavos,

la visi6n del principio !

. 1 9 4 3

Page 27: A Ordem Agosto 1943

1 4 0

Fero en la voz'de lo alt 'o

no haY llanto solamente:

tamtri6n hay alarido'

Si el Ilanto es sin consuelo

qu'6 serA eI alari'do?

.Llza la voz Y dilo;

alza ti l'a voz, Y dilo '

A mi rne basta mi llanto'

Di lo ,que no tPuede ser llorado'

1 6

Alarid'o, alarido

por los Prudentes Y limrPios:

,*utao Por los que no estan locos'

Alarido rPor los que'callan

y saben bien d6nde Pisa'n'

Llanto p'or los que caen y troprezan

y alarido 4

por los que no troPiezan'

Por los que ven Y caloulan'

Por ,la mano de Oiza'

iPor Ia b'oca de Judas'

Alrarid'o por los que sostienen la pil'a

y pecan contra eI agua - 5slnmsnfs'

La piedra lleva 'el agua'

Todavia estAn junt'os'

son una voz todavia

el llanto, el alarido'

lMi llan'to es sin consuelo'

ra mi'rne basta mi llanto'

pero di tri lo que no puede ser llorado'

A OF.DEM

4 8 :

PILA DE MI BAUTISMO

Voz oida en Rami:

eI llanto seri fu'ego.

Voz oida en lo alto:

no el llanto 'de Raquel'

la ira de,l Cordero.

Pecaron contra el agua,

sa'br6,in lo q,ue es la piedra.

Sabrf,n I'o que es la Piodralevantada, erigida,

cuando la s6la mano que ahora dio divide el agua

enjugue toda lSgrirna Y divida

rdel llanto, ,el alarido;

de,l lamento, la ira.

' 1 7'

Pila de rni b'autismo,

rnadre nuestra,

madre mia.

. ' Fuente de Piedra Y de vida;

fuente 'de Piedra - Y de m'uerte'

lSi quieres l'a vida, 'crece:

tienes otra Palabna.

De rnis Padres Y Padrinos,

Y 'del PArroco Y la Iglesia;

Y ,de la tierra Y 'el cielo'

. , y de rni 6.ngel Y los astros

. caen los dados.

' Y desd,e Adan Y Abraha,rn.

Todos han echado suertes!

Al que vi6 el Padre en el Hijo' el Espiritu lo llama.

aGOSTO, 1943- 4 9

Page 28: A Ordem Agosto 1943

A ORDELM

Te di agua, tienes l6'grimas ' ' '

En tu 'Inano estA tu vida '

Si qurieres la vida, crece'

Yo no ,tengo otra palabra.

1 8

Pila,de 'mi b'autismo,

aquel rio

aquel rio se acetc6 al mar'

trba ciego Por Ia fe

y con la 'car idad que ama

desnudo entr6 'en aquella agua'

Y e,ncontr6 los ,dos abismos --

que s6lo cielos se extienden

cuando el 'agua 'se dilata;

y 'cuando estuvo Per:'dido _-

,(61 queria abrazar la Pila'quer ia rodear e l oct6gono)

oY6 la voz que de'cia:

- Echado t l e de lan te de sus o jos

ser6 te6logo.

1 9'Te arrastrari Ia ova

que se enreda a tw caTteza''Arrojado de su vista, Pobre ancla'

,descencler6s a las raices de los montes

y to'das sus ondas Y sus olas

rodarfln sobre ti.

Rodeando de la 'corrlente,

,cercado Por el abismo,

en el prof,undo conooeris 'el mar innavegabrle

y sabrAs que eres hijo 'del bautismo:

hijo de la seffal,

d,e la unica sefr-al que fu'6 dada,

5 0 -

- 5 1

PILA DE MI BAUTISMO

la de Jonds el Pr'ofeta'-llevanS.s todas suS on'das y sus olas,

todas sus ondas Y sus olas'

nedimido €n esperanza'

todas sus ondas Y'sus olas sobre ti,

rpobre ancla.

Y se oia la voz'del nifro:- El Padr'e Previno el Pez;JonAs quieie deoir: Palorna.

20,Pila de rni bautisrno

por 'qu6 me has traido a este mar

para perderme?

por ,qu6 me has traido a este rnar

si me traga?

Perdi6 sus manos el cie'go,

perdi6 el n fro su P'ala,bra.

En este mar se han ;tlerdido

la lec,ci6n que s'e recita

y aquella lecci6n qtle canta.

T\r cristal es un rel6mPago

y el corazdn desfalle'ce.

Llegaron las aguas.

Han llegado I'as aguas.

Han llegado las a,guas hasta el ahna.

Las aguas eran el alma -

y otra vez \a voz rdel nifro

que recita, reoitaba:

- El Padre de su rePoso

envia de si a I'a Palorna;

AGOSTO, 1943

Page 29: A Ordem Agosto 1943

L + 4

y la rpaloma desciend.ey po,sa su, pie en el ahcla.

21rEn este oc6a,no de,l ,s6r,

en laS ,eortrientes de esta agua,rtodo en mi sdr se des,hace,todo,en rni ser di,ce: p,adre.

Aguella agua que refluyedel engenrd,r.ado al gue engendra;aquella agua q,ue atcstigua,aquella ,agu,a ,que nos bafra _,Como ,una rriva corrientepasa.ba dentro de rniaguella agua que de,cia:.--.,Eres hijo, ven aI padre!

Y otra vez la voz del nifrogue recit'a,. re4itaba :

- Es obra de Ia olemencia,darnos ,este sdr el padre;.recfbir-nos en el Hijo,-imagen de la substancia,y decir a Ia criaturaque murio J naci6 del dgua:fttroy en mi s,eno has nacirdo,hoy en mi seno rdesoans,a.Te he reci,bido en Ia Imagen,reci'be Ia Semejanza.

22 BodasPila de rni ,bautismo,

te has heoho mesa de pied.ra.

Lleg6 el tiempo de las bodas,el. pez lleva el ,canagtillo,et agu,a se trueoa en vino.

PII,A DE MI BAUTISMO

Prepar6 eI'Padr'e el banquete

y el Espiritu a la mesa

noS recli,na.

Lleg6 el tiernpo de las bodas

y cdmo nos has vestirdo !

Qud nitida, la imagen,

qud pura, la semej'anza.

Nobleza de 6leo en el cuerpo

y en la cabeza corona. . .

Lleg6 el tiernpo de las bodas.

La laz que habita en el agua

pasa ,a la tfruica blanoa,y la que es oro en la unci6n

nos da oro. .

Se ha hecho'corona el crisma,

oIo p,uro, todos reyes.

En el cuerpo, luz dorada -

y del 6leo de alegria,

de aquel sello del lEspirittu

rnirad si nos mira el sol!,

hay luz riimrpresa en ,I'a cara.

, Lleg6 el tiempo de las bodas.

Aleluia!

El homtrr,e se encuentra en ,Oristo,

se ve en Cristo, se halla hombre.

Sin vejeces, sin arrugas,' el hombre se ve a si rnisrno

en su ,perfecta hermosura.' Se v'e re,y.

El alma se i,e en el cuerlxl,el car6,cter e r la cara.La desnudez se hace luz,el hombre se vuelve am'aido.

AGOSTO, 1943

Page 30: A Ordem Agosto 1943

\

A ORDEM

En los brijos fle las rbodasel hom.bre descubr,e al hombre:- Bsss, horno. Alle,luia !- Ec,qe, homom. El hornb,re es Dios !

rUngirdo, ilurninado,reluciente de lua;

los vimos, no era urr ingel .

La desnud'ez lo vestia,un'a desnudez de Cristo,de cri'stal y oro puro,

de agu'a viva y unci6n.

tOh misterio de las bodas !qui6n puede im,pedir el agua

Y {u i6n d i r i a Dios: qu6 haces?

Que Io que Dios ha u,nido

el hombr,e no lo separe .

Oidlo, que es la verdad:el hombre es D,ios,

el hombre es Di'os,

es el hijo de Dios.

- El banquete de las ,bodas

ino son las bodas Pero hay b,odasy ya ,comienzan las bodas !

El pez tra'e el canadtillo,

el agua se true'ca en vino:lleg6 el tiem,po de las bodas !Pila de mi bautismo,

te has hecho mesa de piedra.

,Comemos lo que somos.t

5 4 -AGOSTO,

*

14?

23

PILA DIq MI BAUTISMO

Em,briagaos, carisimos.

,Dioses sois

e hijos del Altisimo, todos.

Himno.

Piedra que tienes el agua,

piedra qu€ insoribes el circulo;

Pez-Cristo que nos'promet'es

rios que brotan del alma:

en ti fuimos sumergidos

y la tierra nos rechaza.

Tuya es la rnano de lo alto'

salridu'ria del Padre,

que dividiendo las aguas

nos unes a tu victoria:

,en ti fuimos sumergidos

y la tierra nos rechaza.

Tuya es la Cruz Y Ia Psi,

en ti la muerte Y la vida;

de tu b,o,ca es aquel soplo

que mata y que 'da el EsPiritu:

en ti fuimos sumergidos

y la tierra nos rechaza.

De tus manos Y tus Pieshaoia las partes del mundo

salen esos cuatro rios

en ,que se vierten las aguas:

en ti fuimos sumergido's

y la tierra nos rechaza.

lMas c6mo estanaos ora'ndo

que rrc te pedimos nada?

El gemido s6lo dice:

que el agu'a responda al agua.

1 9 4 3

Page 31: A Ordem Agosto 1943

t 4 E A ORDEM

El gemido s6lo dioe:"danos ,Io que nos has dado.El gernido s6lo dice:gu'e aquella corr,iente viva(vida que nos da tu vida)brote de.nuestras ent,rafras.EI gernrido solo dice. ..pero este gem,ido es hirnno,.es ,agua donde tri vienes;agua ![u,e te glorifica,aglra ,que dice en nosotros(y cdmo ilumina esta agua!):

Tnrgla es Ia ,mano de lo alto,tuya es la Cruz y la psi;por ti se a;brieron los ,oielos,por ti vivirnos del agua;por ti ya somos del cieloy Ia tierra nos rechaza.

24 EIegIoLocura de los aristianos:son del ,cielo sin el cielo5l la tierra los rechaza.rPerdi,eron Ia tierra firme.

Por esta argua que nos bafranos hemos iperdido.lNo tenemos nada.

No tenemos n,arla:ni ,cielo, ni tierra,sola,rnente ,eI agua.

rSolarnente ,el aguay para estarnos en el,laIa luz de su teologia --

PILA ])E MI BAUTISMO

'Conta'cto de cera virgen,mano que divide el agua,aliento que hace una le.tra,el crisrha que sobrenada. ..Y el circulo, y el oct6gono,y el pez oon el aanastillo.Perdinios la tier,ra firrne,no te'nemros'nada.

No tenemos nada,ioiamente e,l agu,a:este m'ar no es navegajble,,este mar que se d i la ta. . .Am,igos, ya nos perdirmos,no tenemos nada.

Solamente el agua,solamente el agua.

Y la paloma,y el ancla.

l

AGOSTO, 1943 - 5 7

Page 32: A Ordem Agosto 1943

Poemas

DALVA F/OSSAIII

Os uersos que se seeuem representom a estri ia de uma poe-Ii l.rt noua. XIuito jouem,aluna do 2" ano da Faculdade Nacional de

Iti losofia, reuela entretanto, nos poemds com que. hoje [nicia a

stta cerreira literaria, rlmd DocaQdo p,oetic'a inequ[uoca. Nossapoesti(t moderna, uaruida ha uinte anos por um uento de liberda-

rie, que hoje come.Ea e cansar e a conuerter-se em nouadtsciplina- ia que a l iteratura e um dialogo perene entre l iberdade e,dis-ciplina - nosso poesia moderna precisa renoudr as fontes de suacspiritualidade, sob pena de mergulhar nas aguas l6bregas dopuro instinto. E por sentirmos, nos uersos desta .iouem poetisa,umo nota de inspiragdo crtstd, ainda uacilqnte, mus inequiuoca eextremamente promissorg, que os acolhemos com ptazer nas pa-ginas de nosso reuista, com a esperanQa de reuelar um ualor nouopara as no.s.sas letras.

B A L A D A

Minha alegria, vestid,a de branco,caminha depressa t6o longe 'de mdirn !'Minha alegria vestida ,de trancotem cores sonantes como um clar,im.,Min'ha alegria,carninha apressada,da'ma de branco, t5o longe de mim,e quando a apanhojA vai t io cansadaque a encontro dorrnindo,sossego nos ,olhos,,dogura na alma,e guem tem coragem

5 6 -

FOEMA,s

rde acordar um querubim?Depois ela acorda

e eu inda dorminrdo,

sonhos nos o,lhos,angUstia na alma,

dama de ,branco caminha de,pressa,sernpre mais longe, mais longe',de rnim.

Nem quero dizer,que nesta ,ciranda,

dama de branco tio longe de mi,m,

n5o nos veremos jarnais

,de ,mios rdadas.Sempre mais longe, mais longe

d e m i m . . .

1 6 1

P A R A O N D E I R ?

Dizei-me, ventos da noite,para onde ir?

. He quanto tempo ,estava para indagar. . .

Agora que mergulhei os meus cabrelos louros

. na escurid5o,

dizei-pe, ventos da noite,

para onde ides,

v6s que sabeis to,das as direg6es?Atraz ide algum dia, de ,alguma luz,

ou ro,darei sempre

, rra hora escura?

E eu, ventos da noite, rgostania,de vos seguir,

, para onde vou?

Para onde ir,para onde ir,

AGOSTO, 1943 - 59

Page 33: A Ordem Agosto 1943

L52 , A ORDEIM

t6 a minha unica,balada,

talvez morra de cantar,talvez nunca me respondarn nada!

B A L A D A I N G E N U A

Quero urna cang6opara Irie ninar.Ai ! par,a rne ninar !

Quem me traz uma cangeotoda feita 'de Iuar,

ou de quatrquer outra luzque tamb,em saiba 'amar?

Quem yai husoar no ,c6u,

pra mim uma oangSo,tdo simples e tio ,linda que pareQa

um anjo pequenino em oragio ?

Quero uma icangao

para me ninar.

Ai ! para me ninar !

Nunca ninguem pensouque eu desejara

um,a,cangeo sritil, uma cangf,o de I'araque me ernbale o sonoque me afaste os sorr-hos. . .

Ai ! quero uma cangSorpara me n,inar!

O meu amor longin{uon6o sei onde esti!Meu cavalheiro andanteonde pelejar6?

. PO,EMA,S

Quem iri buscarminha cangdo de enlevo...Aii! quem ir6 buScar!

Quero uma ,cangSopara me ninar.Ail para me nina,r!

. D O V I D A

aA. vida 6 para ser vivida!

Que rn6o cruel me apertaa alma,

com estes sul,cos doloridosde desgraga!Ndo h6 nenhuma luz,que faga,com {ue ,eu ,possa vera m'inha pr6pria fronteonld,e trace o consolodo si,nal da Cnuz!Ot Deus !Os meus b,ragos covardesneo se levhntam,

no 'des'espero do desAnimo !E' a minha revolta s6que clarria,gu'e jorra pelas ferid,ase que morre coaguladaantes mesmo do leni,tirvo,de um grit'o desesperadoque suba aos c6us em chama!Nh eseurid5o da vida, 6 De,us,,a tua luz me acena. . .Sou vil denr,ais

1 9 4 3

15,3

IId

JAGOSTO, - 6 1

Page 34: A Ordem Agosto 1943

1 6 4 A ORDEM

para molhar a Pena,no meu rpr6plio sangue,

e tragar com ele

a gl6ria de um martirio !

No meu solugo inerme

nem acendo um cirio,

somente a d6r, amarga

das lf,grimas derrarno !

Pergunto, 6 Deus:

a vida d para ser vivida?,Ou eu ndo tenho

o que se chama vida? !

6196o do A96o Cot6lico Brqsileiro

Alceu Amoroso LimoCensor Eclesiost ico:

Pe. Leonel Frqnco S. J.

Nilmerc qvulso Cr$ 1,ZO

Ass ino turo l onuo l . Cr$ 15 ,00

Redog6o e Administrog6o

15 de Novembro, !01 - 2.o ond

Cqiro Postql 249

RIO DE JANEIRO.

6 2 -

Prqgq

a G o s T o , 1 9 4 3 - 6 3

S. Clemente romano, I Eplstolaaos Corintios

(Continuagdo)

Con'cluimos neste nrtmero a publicagdo da I Epistola oos

Corintios, de S. Clemente Romano, em contiru.tagdo'a parte que

salu em junho.

XXXIX. S5-o t6los, insensatos, lo,u'cos e sern' instrugio os

que nos eScdrn,ecem e Zombam de n6s, ,pret,endendo algar-se por

suas i 'd6ias (2) Que po,de, com efeito, um rnortal? Qual a forga

de um saido rda terra? (3) Esti escrito: "D€,ante de me*us olhos

nao havia nenhuma fi,gura, mas eu ouvia uma brisa e uma voz

(,dizendo) : (4) Que ha, pois? Ndo ,haver,Fr. um mortal puro 'dean-

tc do Senhor? Nem serA o homem irrepreensivel em suas obras,

guando n5o confia nos seus servos e notou alguma coisa tor-

tuosa nos seus bnjos? (5) Nlem o c6u 6 puro deante dos seus

olhos, quanto mais os que halitam em casas d,e argi'la, dos quais

tambem n6s somos, e do m'esmo barro. Brincou com eles ir rna-

neira de uma serpente, e da rnanhi ir tarde ndo existemL mais;

pereceram por,que nio podiam ajudar-s,e a si rnesmos. (6) So-

prou s,obre eles e morreram porque n5o tinham sab'edoria. (7)

Chama, pois, ern so'cor,ro, pode se'r que alg,uem escute ou' que ve-jas algum dos santos anjos. Na veldade, a o6lera elimina o in-

sensato, o zelo faz morrer o ,que esti errante. (8) Eu vi estultos

criar'ern raiz, mas logo'foi devorada a sua prosperidade. (9) Se-jarn longe da $alvaq6o os seus fi lhos! Possam ser insultados irs

portas dos pequ,eninos, e ndo haverA quern os l ivre. Tudo q;ue

fora preparado para aqueles, os justos comerSo, mas eles nlo

serdo l ivrados 'dos seus mal,es" (J6, IV, 16-V,5).

Page 35: A Ordem Agosto 1943

I 5 6 A ORDE]M

XL. Como, rpois, tais coisai nos sd'o evi'dentes, e tendo nos

desci,do ,is profundezas do conh€ci,mento divino, devemos fazer

em ordem tudo quanto o senhor nos oirdenou que exercutassemos

a seu terrlpo. (2) Ora,.ele mandou que houvesse as ob'la96es e a

litgrgia, e n6o "o

t.aio e ern desor'dem, mas nos tempos e ho-

nas definirdos. (3) On'de, 'e por quem'realizar, ele tamhern o fi'

xou na sua soberana decisSo, para que santarnent,e feitas segun-

do o se,u T)razer, todas as ,coisas sejam h,em aceitas iI sua von-

tade. (4) Assim, aqu'eles gue fazerm suas oblag6es nosJtempos

d,eterrnrinads5, sfio bem acolhidos e bemaventurados, poir5, Se-

guin'do pre,oeitos do Senhor, e'les n6o erram. (5) Ao sumo po'n-

tific,e, pois, foram 'conf'eridos s'ervigos liturgicos pr6prios; aos

sacerldotes atribui'u-se logar especiral e aos levitas incum'be um

minist6rio particular; o homem leigo estf, ligado irs pres'crigdes

p,eculiares a leigos.

XLI. ,C,ada um de n6s, irmios, no s'eu logar, agrade a Deus'

vivendo numa boa fama, sem transgred,ir a regla, (canon) fi-

xada ao seu oficio (l i turgia), com gravi'dade' (2) N6o 6 em toda

parte, irdnaos, que se oferecem sacrificios, quer o p'erpdtuo, quer

o votivo, quer o sacrificio por ,pecados e 'd'elitos, rnras 56 em 'Ie-

rus,alerm; e ai, ndo em qualquer logar', mas deante'do santuArio,

perto do al,tar, depoi's que a oferenda foi cuidadosam'ente ins-

pec,cionada pelo sumo sacerdote e demais servi'dores (liturgos)

ji citados. (3) Assim, 'os qne fazem alguma coisa contraria ir

sua vontade, t6m porpenalidade a morte. (4) V6'de, irrn5os'

quanto rmaior 6 o conhecimento 'de que fomos julgados dignos'

tanto mais grave 6 peri$o a que 'estam'os sujeitos '

XLII. Os ap6stolos foram mandados a evangelizar-nos

pelo Senhor Jesris'Cristo; J'estrs, o'Cristo, foi enviado por Deus'

(2) 'Assirm, o Cristo vem'de Deus; os apdstolos, do Cristo' As

duas ,coisas, pois, s5o, en boa ordern, 'da vontade de Deus' (3)

Tendo, assim, recebido instrug6es, e convencidos pela r'essurrei-

96o ,de lNoSso Sen,hor Jesris 'Cristo, (os apostoloo), garantidos

lrela palavra de De'us, sairam, na cerleza do Espirito Santo' anun-

ciando a boa no\ra, a aproximag6o 'do reino de .De'us' (4) Pre-

gando, ent6o, por campos e cidades, eles a exglerim'en'tavam no

6 4 -

S. CLEMI}NTE RoMANo, I EPISTOI/A AOIS CORINITIOS I57

Espirito Santo (os que eram) as suas primicias, e os estabele-ciam como bispos e did.conos daqueles que futuramente iriamcr6r. (5) E isto n5o era novo, pois havia muito tremp,o que estava'escrito dos bispos e dihconos. Diz, com efeito, a rEscritura e,mcerto logar: "Estabelecerei os seus bispos em justiga,e seus di6-conos e rm fe " ( I s . LX ,17 ) .

XLIIL Que d d,e adrnirar, se os que de Deus rerceberam oencargo dessa o,bra instituiram os (ministros) mencionados,quan'do, iguahnente, Moises, o bqrn,aventurado "servo fiel emtoda a casa" ('de D,eus) anotou para si, nos l ivros sagrados, to-dos os preceitos que re,cebera? A ele seguiram-se os demais pro-fetas que rtambem deram testam,ento de tudo que ele instituirana le i . (2) ,Ora, quando rompeu a r , iva l idade,em torno do sa-cerd6cio e as tribus entraram em dissens5o s6bre a que seria or-nada corn esse no,me glorioso, ele manrdou aos doze chef.es de tri-Lru que lhe trouxessem yaras es,critas conr o nome de cada tri-bu. 'Ten,do-as r'ercehido, amarrou e marcou cotn os sinetes doschefes ,e 'depositou-as no tabernAculo do testernunho s6bre arnesa de Deus. (3) Feohou, depois, a tenda e marcou tamiberm ofecho c,omo f izera com as varas,4) e d isse- lhes: " I r :mdos, a t r i -L,rt cuja vara germinar, e'sta e a que Deus lpara si ,escolheu afirnrle exercer o sa,cordocio e fazer a sua liturgia. (5). De manhd,

convo,cou todo Israel, os seiscentos mil hdmens, exibiu os sine-

tes aos chefes, abriu o tabeln6culo e tirou de dentro as vaias.Archou-se, ,entdo, a virga de Aar6o 'que ndo s6 brot6ra, mas 'at6

d6ra fruto. (6) Que pensais, meus amados? N5o previa Mois6squerisso ia aco'ntecer? E'certissimo que sabia, mas para que niose levantas'se a se,diqSo em Israel, 'assim agru, visando a glorif i-

cagio do norne do verdad,eiro e rinico Dr€uS, oo qual a gldria pe-

los s6culos rdos s6culos. Amen.

XLI\I. "Tambem os nossos Ap6stolos souberam por nosso Se-

nhor Jesirs ,Cristo que hav'eria disc6rdia pelo nome do episcopa-

do. (2) Por esta ,Lrausa, numa perfeita qrrevis5o, instituir,am os(ministros) menci'onados, e em seguida derterrninaram que, 'de-

lrois de sua morte, outros hom,ens provados recebam em suces-

s.lo o se,u ministenio. (3) Esses, pois, que foram oolo'cad'os pelos

A C I O S T O , 1 9 4 3 - o a

Page 36: A Ordem Agosto 1943

A ORDEM1 5 8

apo,stolos, ou iior outros homens consideraveis com o sonsenti-

,rl.rrto de toda a igFeja, e que serviram irrepreensivelrnente ao

rebanho de Cristo, com humildade e calma e sem vulgarida'de'

testemunhados favorave'lmente por todos em todos os termpos'

osses n6o acharnos justo rejeitar d,o minrist6ri'o (liturgra). @)

N S o s e r 6 , n a v e r d a d e u m p e c a d o l e v e ' s e e x p u l s a m o s d o e p i s a o -

pado os hornens que apresentaram em oblagSo' de m'odo pio e

ilrep,roensivel, os (nossos) d'ons' (5) Bernaventurados os presbi-

teros que, jh tendo percorrid'o o seu caminho' tiveram um fim

perfeito e cheio 'de fruto: n19 tiveram de tomar pre'caug6es para'gu"

tlg.,"nt n5o viesse transferi-los do logar que lhes foi estahe-

Iecido. (6) Ve,mos, com efeito, que d'estituistes alguns que vi-

viam dignamente. do oficio pelo qual tinham adquirid<i uma

gr:ande honra.

XLV. S6de; irmdos, cheios ,de emulaqio e z.elol por tudo

,que concerne i. salvaqSo' (2) In'clinastes-vos sempre s6frre as

sagladas Escrituras, verdadeiras, devidas ao Espirito Sdnto' (3)

Sabeis que nada esti 'escrito nelas 'de injusto ou falsif icado' 'Ora'

nio encontrareis ai justos expulsos por hom'ens santos' (4) Os

justos foram perseguidos, mas p'elos peca'dores; aprisionados'

rrias pelos inpios; apedrejados' mas pelos criminosos; rnortos'

mas ipelos q.t" "o,,""-beranri

um zelo aborninavel e injusto' (5)

S o f r e n d o e s t a s c o i s a s , e ) e s s u p o r t a r a m g l o r i o s a m e n t e ' ( 6 ) Q u e.d-izer, i lrnios? Acaso foi Daniel lanqado ilcova dos le5'es 'por ho-

t r rens tementes a Deus? (7) ou Ananias ' Azar ias 'e Misael foram

fechados na fornalha ardente por pess6as que seguem o culto

grandioso e i i lustre do Altissimo? De maneira .alguma'

Quais

€ram, po,is, os que faziarm isso? O's exec'rados' cheios 'd'e to'da

maldade, chegaram a tal pont'o de raiva que maltrataram ho-

ilrens que servem a Deus corrrlr urrl& intengio santa'e imacula'da:

ignoram que o Altissimo comJcate (pelos seus) e cobre co'rno um

escudo aqueles 'que em 'conci6'ncia pura servem ao seu santo

Nome. A e le a g l6r ia pelos seoulos dos seculos ' A lmen' (8)

Quanto aos que sulpo'tn'om com confianqa' t iveram ern heranga

gl6ria e honra, foram exaltados e inscritos por D'eus em rnern6-

rr.ia,.,pelos s6culos dos s6culos' A'men'

6 6 -

S. CI/EMENTE IIOMANO, I EPISTOLA AOS C'ORiNfiOS 159

XLVI. Cumpr'e-nos, pois' irm'6os, aderirmos a tais exem-

plos, (2) como este es'crito: "Ligai-'vos aos santos, porque os que

a eles se ligam serdo santifi,cados" (Autor ndo identificado).

(3) E em outno lo,gar se 'diz: "Com o homem inocent'e, serds ino-

cente; com o eleito, ser6s ,eleito e com o perverso serAs perver-

tido" (Sal. 17,26-27). (4) Ajuntdmo-nos' portanto, aos inocen-

tes e justos: estes 6 que s6o os eleitos rde Deus' (5) Porque dispu-

tas, colera, discuss6es, cismas e guerra no meio de v6s? (6) N6o

temos, por acaso, um sd Deus ,um s6'Cristo e urn s6 Eispirito da

graqa, (aquele que foi derramado em n6s), 'e uma s6 vocagflo

em Cristo? (7) Porque rasgamos e arrancamos os membros do

Crusto, e nos revoltamos contra o nosso pr6prio corpo' e ain'da

chegamos ir loucura 'de esqu'ecer que somos m'embros uns 'dos

outros? Le,mbrai-vo5 flas rpalavras de Jests, nosso Senhor' (8)

que"disse: "Ai daquele homem! melhor lhe s'eria n6o te{ nasci-

c]o, 'f le que escandalizar um s6 dos meus el'eitos; mais lhe valeria

teluma m6 ao pescoqo e ser pre'cipii'tado no mar, do que p's1vst-

terum s6 dos rneus eleitos" (Math. XXVI,24). (9) O vosso cisma

qreirverteu muita gente, langou muitos na inquietagdo, muitos

na inoerteza, e todos n6s na tristeza ! E vossa atitude 6 obsti-

nada !

XLVIL Retom,ai a Epistola'do tremaventurado Paulo Ap6s'-

tolo. (2) Que vos escreveu'ele logo nos inicios do Evangelhn?

(3) Em ver,clade foi sob o Espirito (pneumiticarnente) que ele'

vos escreveu a epistola s6bre ele mesmo, C6fas e Arpolo, polquc

des,de entSo fizestes partidos' (4) N[as o partidarisrno daquela

dpoca era urm pecado menor, porque vos alistaveis no partido de

ap6stolos autorizados 'e do um ho'mem aprovado por eles. (5)

Ago,ra, ,pordm, uns qu'aisquer vos perve'telam e dirninuiram o

trri lho da vossa afamada fraternidade' (6) E' vergonhoso, lneus

arnados, muito vergonhoso e in'digno da vida em 'Cristo, ouvir

dizer que a antiga e firmiissima rigrej,a dos Corintios se levanta

contra os presbiteros por causa ide uma ou duas pessoas! (7) E

este ru'mor chegou nao s6 a n6s, 'mas ainda A,queles que estdo do

outro lado de n6s, de modo que por vossa insensatez a blasfEmia

poude I'angar-s,e contra o Nome do Senhor, e cniar para v6s um

perigo.

AGOSTO, 1943- 6 7

Page 37: A Ordem Agosto 1943

1 6 S A ORDETVI

XLVIII. Apress6mo-nos, pois, por afastar tudo isso, e

caiamos aos p6s do Senhor e choremos suplicando-lhe 'que, ferito

propicio, se re'concilie conoseo e nos resta,belega na religiosa e

saniapratica da caridade frate'rna. (2) Pois esta 6 a porta, a da

justiga, que est6 aiberta para a vi'da, conforme a Escritura:

"Abri,m,e as portas da justiqa; 'entrando nelas eonfessarei ao

Senhor; (3) esta 6 a porta do Senhor, os jus'tos entrario nela"

(Sal. CXVII, 19-20)' (4) Das numerosas 'p'ortas ab'ertas, a da jus-

tiga 6 aquela que estA em Cri'sto, na qual bemaventurados sio

todos os que entram, que drifigefit sua ca,minhada ",em santidade

e justiqa" (Luc. I,75) e fazam rturdo sem perturtrrag6es' (5) Al-

guem 6 fiel, alguem 6''capaz de explicar um 'conhecime'nto' al-

guem 6 sd,rbio no 'discernirnento das palavras, algue'm 6 samto em

obras? Ele tanto mais deve humilhar-s,e quanto pareoe s'er rnaior,

e procurar o que 6 d'e utilidade* para to'dos e nio sd para si

rnesmo.

XLIX. O que tem caridade em Cristo cumpra os manda-

rnentos )do ,cristo. Qu,em pode ex'pli'car o vin'oul'o da 'earidade de

I),eus? Q,uem 6 aapaz de exprimir a sua grande beleza? A altura

a. ,que conduz a 'caridade 6 inefavel . A cari'dade nos une estreii-

tamente a Deus, ..a caridade cobre urrrla mul,tidao de pecados",

(I Pet., IV-8) a caridade tudo suporta e tudo tolera; na caridade

nio ha nenhuma baixeza e nenhuma sober a; a caridade nio

faz 'divis6es, a caridade nio provo'ca sddig6es, a cani'dade faz

tudo na conc6rdia; na,caridad,e foram os eleitos de Deus co'nsu-

rnados em perfeigSo e sem a caridade nada ha que Possa agra-

dar a D,eus. OMestre nos tomou a Si na carldade;'e por causa

da caridad'e, que teve para 'conos,co, 6 que Jesris tcristo, Nosso

Senhor, dooi,l A vontade de,Deus, entregou por n6s o seu sangue'

sua carne por nossa carne e sua alma pelas nossas alm'as'

L. V6s vddes, diletos, quanto 6 grande e admi'ravel a cari-

dade e que n5o ha palavras que exprimam a sua p'erfeigdo' Quem

6 capazld,e ser nela achad'o, sinSo os que o ,pr'6prio Deus fez dig-

rros? Rorguemos, portanto, e pegamos ir sua rnisericor'dia ser-

nlos achados na caridade, f6ra de faca6es humanas, irrepreen-

siveis. Tordas as gerag6es, desde Ad6o at6 os nossos diaS' pas-

6 8 _ r

s. OLEMENTE noM_tNo; r EpisToLA Aos coRtNI[OS 161

saram; mas aqueles que, segundo a graga de Deus foram torna_)clos perfeitos na caridade, ocupam o logar dos santos, e ficariomanif,estos no dia da visitagdo do reino do Cristo. porque esilrescrito: "Entrai por um momen'to em vossos celeiros, ate quepasse a minha colera e ,o meu furor; e eu me lemibrareri de umdia,propicio e vos farei levantar de vos,sos turnulos" (Is. XXVI-20 Ez. XXXVII-I2). Sornos b,e,maventurados, diletos, si observa-mos os prece'itos de De,us na conc6rdia da rc,arridade, afim de quen'os sejam p,erdoados, por ,causa da caridade, os nossos pecados,Porque,estA escr' ito : "Betrnaventu,rados aqu,eles cujas iniquidades

'foram pendoadas e cujos pecados foram cobertos; f.eliz o hornema quem o Senhor ndo imputard a sua falta e em cuja boca nioha fraude" (Sal . XXXI, 1-2) Esta beatitude foi pro,clam,ada s6-br.e aqu,eles que Deus esc,oiheu por m,eio de Jesus Cristo, nossoSenhor, ao qual seja a glo,ria rpor todos os s6culos dos s6cul).Amen.

LI. Todas as nossas faltas e tudo que f,izemos, devido a al-guma insidia do inrirmi,go, roguemos qu,e nos seja perdonr.lo.Quanto aos que for,am instigadores da sedigio e da divisio, de-vem ter em'vista aquilo que constitui nossa esperanga comum.A,queles que se conduZem no temor e na caridade preferem in_oirdir p,essoalmente nas penas a ver nelas o pr6ximo, e gostammais de arrostar a condenagdo do que de exp6r a harmonia quenos foi tdo justa e magnifi,camente legada. E melhor para umhornem fazer a conf,iss5o de suas faltas do que endurecer o cora-gio, com,o aqueles que se revoltaram cpntra o servo de Deus,Mois6s e 'cuja condenaqSo foi tdo evidente; pois ,,desceram vi-\os no inferno" (Nrim. - XVI-33) e a rmor.te seri o seu pastor.0 Fara6, seu exdrcito e todos os chefes do rEgito, como tambem-seus cairros ,e os que os montavam, n6o f,oram afogados poroutra causa, no mar Vermelho e ai qrereceram, s.,in5o porquehaviam endurecid.o seus insensatos corag6es idepois dos mila-Sres ,e prodigios oper,ados em terra egipcia pelo servo de DeusMois€s.

LIL IrmSos, o Senhor de nada precisa. Nio deseja nadade nirrguem sin5o que se Lhe d€ louvor e conf,iss6,o . Diz na

AGOSTO, 1943 - 6 9

Page 38: A Ordem Agosto 1943

1 6 2 A ORDEM

ver'dad€' o seu eleito Davi: 'lConfessarrei ao Senhor. e isto lhe

ser6 mais agradavel do que o trezerro novo no qual apontam

os chifres e as unLras. Vejam-nO os pobres e se ale'grem!" ('Sal'

LXVIII - 31-33) E acresoenta: "O'fererc'e a Deus um sa'crificio

de louvor, cumpre os votos que fizeste ao, Altissirno. Invoca-me

rro dia da tribulaqSo q,ue eu te livirar,ei e tu me g,lorificarS-s (sal.

XLIX - 14-15) Pois o sacrif icio (que convem) a Deus 6 um es-

pirito contrito". (Sal. LX-19)

LIII. Conheceis, carissimos, e co'nheceis muito bem, a Sa-

grada Escritura d vos aprofundastes na palavra de Deus' N6o

e, pois, sin6o como lem,branga que escr'evemos isso ' Tendo

Mois6s subido para a montanha ai passado quarenta dias e

quarenta noites de jejum e de humilhagSo, Deus lhe diss'e:

"Mois6s, Mois6s, desoe dai depressa porque o teu qrovo, agueles

que retiraste da terra do Egito prevaricaram. Bem depressa se

tlesviaram do caminho que lhes havias rdetermina'do, e fundi-

ram,para s i um idolo" (Deut . IX, 12) . E d isse- lhe o tenhor:

"IJma e duas vezes j iL te falei assim: Eu'observei este povo e

eis que ele 6 de dura cerviz; deixa-me extenmini-lo e apagarei

o seu no'me de sob o c6u e consti'tuiir-te.Oi s6br'e um povo gran-

de e admiravel e muito mais numeroso que este" (Deut' IX-l3-

t4). E disse Mois6s: "De mo'do nenhum, Senhor! Perpi6a a

cste povo o pecad,o ou apaga-rne tambrem do livro dos vivos"

(E,-;od. XXXII-32). O grandeza de caridade, o per'feiglo in-

superavel! o se,rvo se dirige com liberdade ao seu senhor; im-

plora o perddo da multi ldSo ou pede que seja ele pr6p'rio supri-

nr ido com ela.

LIV. Quem 6, pois, dentre v6s generoso, quem compas-

s ivo, quem cheio de car idade? Diga esse: Si eu sou'causa 'da

rcb,eldia, da discdrdia, da divisdo, deixo o pais, retiro-me para

on{e quiizerdes e curnpro as decis6es 'da co;munidade; somente

desejo que o retranho do Cristo viva em paz com os presbiteros

constitui'dos. Quem tiver agido assim consegu,ir6L uma grande

gloria em Cristo e em todo's os lugares se lhe' far{ b6a acolhida:

"Porque do Senhor 6 a terra e tudo que'ela colt6[1" (Sal'

XXXIII-1). Isto fizeram e h5o de fazet os que t6m uma vida

segundo Deus, isenta de remorsos.

7 0 -

S. CT.,TMIINTE ROMANO, I EPISTOI,A AOS CORINT"IOS 163

LV. Mas, para citar ex,enlplos tamb6m entre os pagSos:

em certa ocasiio de peste, muitos rei's e chefes, por indicagdo

de um oraculo, se entregaram ir morte, para salvar pelo seu

sangue os cidad5os; outros ain'da houve que deixaram c pr6-

lrrio pais, querendo com isso evitar que se levantassem reLre-

li6es. Sabernos ainda de muitos de v6s, que se ent'regararn h

prisSo voluntariamente para l ibertar os qutros; muitos se en-

tregaram A. escravidS,o para srustentar outros com o, dinheiro

apurado. Fortif icadas pela graga de Deus, muitas mulheres

lealizaram numerosas agSes viris. Judite, a bemaventuradan

vendo sob sit io a sua'cidade, pediu aos anc,iSes que lhe fosse

p,ermitido dirigir-sg ao acam,pamento dos estrangeiros. Lan-

gou-se no perigo, saind,o (da cidade) por amor de su'a gratria e

do povo sitiado; e o Senhor entregoru Holofernes irs mdos de

uma mulher. Ndo menor foi o iperigo a que Ester, $)e,rfeita na

fe, se expoz para salvaldo extermimio as doze tribus. Pelojejum e pela humilhaqSo ela rogou ao Senhor ,que tudo v6, ao

Deus dos s6culos; e este vendo a humildade de sua alma sa'l-

vou o povo p,elo qual ela afrontara o perigo.

LVI. Intelcedamos, tarnb6m n6s, por aqueles que se a'cha:nl

em falta, para que lhes sejam concedidos a humildade e a mo-

deraq5o e assirn possam ,ceder, nio a n6s, mas a vontalde de

beus. Deste modo ser-lhes-i frutuosa e perfeita a misericor-

'ci iosa miem6nia que deles fazemos diante de Deus e dos santos-

I' lecebarnos a correcqeo, com a qual ninguem se deve irritar"

carissimos. A re,primenda que nos fazemos mutuamente, 6 boa

e muito uti l, rpois ela nos une estreitarnente i vontade de Deus-

r \ss im fa la com efe i to a palavra sag,rada: " 'O' Senhor me'cas-

tigou corn rigor e ndo rne ,entregou a m#te" (Sal. CXYIIJS).

"Pois,o Senhor castiga aquele a 'quert ama, chicoteia to'do o fi-

lho que lhe 6 caro" (Prov. III-12) "O justo rme corrigiri com

rrriseriq6r'clia e me repreenderA, cortrtanfo ![u€ i lt l ,r lc'& o 6leo dos

p,ecadores unja a minha cabega" (Sal . CXL, 5) E diz ainda:' ' Ireliz o homem que Deus cdstiga; n5o recuses, qtois, a corre-

grio do Todo p,oderoso. E.le feriu e suas ipr6prias rn6os ou'tran

ram. Seis vezes ele te arrancar6 das necessidades; na s6tima

AGOSTO, 194 .3 - 7 l

Page 39: A Ordem Agosto 1943

1 6 4 A O R D E M

yez o rnal ndo te toc,ar6; na fome ele te salvarf, da morte e nocombat'e livrar-teri da espada. Guardar-te-d. dos golpes da li,n-gua ,e ndo temeris quando chegarem os rmales. Rif_te-As dosinjustos e d'os irnpios e nio teme.frs as feras selva,gens. por-qu€ as feras selvagens viveirio e,m paz ,contigo. ver6.s entdoque reina a paz em tua casa e que a proqperidade n5o faltardcm tua tenda. veras uma numerosa desoendOncia,e os teus fi-lhos s'emelha,ntes a erva dos campos. D'esc,er6s ao tumulo, comoo trigo m,aduro que se ,colhe em seu tempo ou como, o mionte dotrigo colhido na h,ora qportuna" (J6, V_17,26). V€de. carissi_rrlos, quanta d a prot,egdo que v6la sdbre agueles qne o Mestrecast'iga; pois, senldo tbom pae,'nos ,castiga

"provando n,a santallumiigSo a sua miseric6rdia.

LVII. Portanto, v6s que causastes o inicio da rebeldia,subor'dinailvos aos presbiteros e deixai-vos oorrigir para a p€_nit6,noia, dobrando os joelhos d,e vossos corag6es. Apr.endei asubrneter-vos, d'epoddo a soberba e orgulhosa arrogAncia devossa lingua; mais vale para v6s ser peqiuenos mas ,pertencen-tes ao rebranho do ,Cristo, do que ser exolqidos da sua esperan-qa ap,ezar de um alto prestigio. porque assim fala a ,sa,betlonia'cheia de toda virtude: "Eis qu,e vos enviarei uma palavra d.errreu s6pro e vos ensinarei o meu verbo. Uma vez que eu cha_rn'ei e nio obdd,e,cestes e desenvolvi longamente os meus discun-sos e n5o fizestes atengd,o, mras lpelo contrflr io tornastes nulosos meds cons,elhos e n5o cedestes,is minhas razdes; por istohei de, rpor minha vez, rir-me de vossa perrda, qu,ando chegara vossa ruina e vos atingir inesperada perturbagfro, ,quando seapresentar a 'catastrofe s,emel,hante ao furacdo ou vos sobreviera tri,bulag5o e a qpressdo de todos os lados. pbis chegard um;lempo em q,ue me'invocareis e eu nd.o vos atender.ei; os rnAus.?r'ocurar-me-do e ndo me encontrardo. ,por{ue ddiar.am a sa_be'doria e n5o preferiram o temor do Senhor; neut quizeramatender aos m,eus ,conselhos zom-bando ,de minhas raz6es. porisso comerio os frutos de sua pr6pria conrduta e serro cheiosda prdpria im,pi'edade. Por terem ,fe,ito ds crj;angas injustigasseiSo rnortos e o irnqudrito perderA 65 irqpios. Aquele, por6rh,

S. CLEIIENTE ROMANO, I EPfSTOI,A AGS CORINTIOS 165

{ue me atender, repousar.6, confiante, na esperanga e d$can_garA sem ternor do mal (prov. I_2J,BB).LVIII. tO,b,edegarraoS, poiS, ao seu nome santissimo e glo_ru.ioso, fugindo assim irs ameagas pro,feridas pela sabedoria cnn_tra os desobe'dientes, ipara repousarrmos confiantes no nome san_tissim,o da sua m,ajestade. Aceitando o n.sso cons,elho nao te*reis de que vos arretpender. pois, vive Deus e vive o senhor Je_sris Cristo e o E,spirito ,Santo, a f6 e a esperanQa dos eleitos:'agu'ele que praticar na humildade, com moderag50 continua esem se queixar os preceitos ,e mand'arnentos dados por Deus ser6

i. 'cluido 'e

contado no nfme;ro dos que sao salvos por Jesriscristo, 'pelo que lhe seja darda a gl6ria p,elos seculos dos sdculosArnen.

LIX. ,Si alguns dentre v6s de,so.bedeoerem ao g,ue. Deusdrisse por nosso ,inte,rm6dio, saibam ,que se ligarflo a um, €rro ea *m perigo ndo pequenos; quanto a n6s sererrios a-bsolviriosdeste pe'cado; e proferindo uma pre,ce e suplica insistentes. ro-garemos q,ue:

Que o C,reador do universo oonse,rve intacto o nfmerornarcado dos eleitos no ,mund,o inteiro.Por seu Filho bem arnado Jesfs Cristo,Por quem nos ,gharn2 das trevaS d, luz,Da ign,orAn,cia ao conhecimento da gl6ria do seu no,rnre.Para nos fazer esp,erzr ern.teu norrle, prin,cipio de toda creatura,'I 'u

abristes os olhos cl,e nossos .o.196". pa.a t" """;;";;

_'I 'u, o unico Alrtissimo nas alituras sublimes _

O santo que repousa n,o meio dos santos I' lu que abates 'a insoi6n,c ia dos orgulhosos,Que transtornas os cil,culos dos rpovos,Q'ue exailtas os humildesIr rebaixas os grandes;l'u gue en,r'iqueces e erqpo,breces,I'u que matas, salvas e vivificas,Unico henfeitor dos espiritos

j ,cosro, 1943 _ Ta

I

I

Page 40: A Ordem Agosto 1943

A ORDE]VI1 6 6

Ll Deus de to'da a carne;'fu que mergulhas o olhar nos abismos'

Llscrutador das obras dos hom'ens'

. Socorro daqueles que estSo em Pengo'

Salvador e S'uar'da de to'dos os espiritos !

'l u que multipiicas os povos soibre a telrra

E qu'e escolhes dentre 6les os q'ue te amarn

Por ,Jesus C,risto teu filho bern amado'

Por quem tu nos instruiste, santificaste' honraste'

N6s te rogamos' 6 Senhor So'berano'

Si nosso socorro e nosso defensor'

Salva aqueles dentre n6s que se acham na opressio'

' l 'ern piedade dos humildes,

l ,evunta os que 'ca i ram,

I\lostra-te aos que estdo em necessid'ade'

Cura os 'do'entes,

Reconduze os extravialdos do teu povo'

Sacia aqueles que t6m fome'

Liberta nossbs Prisioneiros,If:rze levantarem-se os que estSo debeis'

Encoraja os Pussi l in imes,

Que todos os Povos reconheqarn

Que tu 6s o 'uni 'co Deus'

QLre Jesirs Clisto i teu Filho,

Qu'e n6s soinos teu rpovo 'e as ovellhas de tuas pastagens

E's tu ( [ue Por tuas obras,

I '{anifestas a perpetua ordem do mundo;'Tu, Senhor, 6 qu'e creaste a terra'

l 'u que te conservas fiel 'ern todas as geraqdes'

Jnsto etn teus julga'rnentos,

Admiravel em tua forqa e rn'agnific6ncia'

Shbio na conservaqlo das coisas c leadas'

IJom nas coisas visiveis,

E f i6 l 'para os que tdm conf ianqa em t i ;

I{ is'ericordioso e coimpassivo,

PerdOa-nos as nossas faltas e injustigas'

7 4 -

S. CLEMENITE ROMANO, I EPiSTOI,A ACIS CORTNTIOS

Nossas qu,e/das e d,efeitos.

Ndo oonsideres todos os pecados de teus servos e setrYas'

Mas purifica-nos rpor tua vendade

E dirige nossos passos

Para que caminhe,mos na santidade do oorageo'

E fagamos o que 6 b'om € agradavel em tua lpresenqa e.na. dos

nossos prln0pes.

Sim, Senhor absoluto, faze brilhar sobrre n6s teu rosto

Para que gozemos dos b,ens ern ptaz,

Para nos pro,teger cona tua 'mdo possante,

Il nos l ivrar ,de fsfl6 ,pocado, pelo teu brago algado.

E salvar+nos d,os que nos odleiam injusta'rnente.

D A a c o n c 6 r d i a e a p a z ,

A n6s e a todos os habitantes da terra,

Como o fizeste com nossos rpais

Quando te invocaram santarnente na f6 e na verdade,

Porque sornos sub,missos

A teu no'me poderoso ,e cheio de virtu,de,

A nossos principes e irqueles que nos ,gove'rnam so'bre a terra

T'u, Senhor absoluto, foste quem lhes deu ,o podei rda realeza,

Por teu magnifico e indizivel poderio,

Afim de que oonhecendo a gl6ria e honrra ,que lhes concedest'e,

l irds lhes sejamos submissos

Il ndo nos oponhamos it Tua vontade.

Concede-lhes, Senhor, a saude, a paz, a con'c6rrdia, a estabil idade,

Pala que exerqa,m sem conflito a autoriidade s'uprema que lhes

I con,fiaste

Po,rque 6s tu, Senhor, ce leste, re i dos s6culos,

Que d is aos f i lhos dos homens

.r\ gl6ria, a honra, o poder sobre as coisas da terra.

Dirige, Senhor, seu conselho

I)e acdrdo conr o bern, segu,ndo o ,qu,e i agradivel ern tua pre-

' lsenga'Afi,m de que exeroendo corn piedade

Na paz e na mansid5o,

O poder que tu lhe deste

AGOSTO, 1943

Page 41: A Ordem Agosto 1943

1 6 8 A O R D E M

l l les te encontrern propic,io.56 tu tens o pocler de fazen issoIl de nos alcanqar maiores b,ens ainda!N6s t,e rendemos homenagem pelo grande sacerdoteE chefe (guia) de nossas almas, Jesus Cris,to,Por quem te seja dada gl6ria e grandeza,Agora,

Ii de geraglo ern geragio,Nos s6curlos dos sdculos. Amen.

LXII. N6s vos preceitu6mos (nesta carta) de modo sufi_ciente, irmios, s6bre o que convdm ir. nossa religiE,o e s6bre o quee mais rit i l para a vi 'da virrtuosa, para aqueles que desejam con-rluzir-se 'de modo justo e piedoso. Tratamos fundam,ente da f6,da ,penitdncia e cla car.idade ge,iruina, da te,nlperanga, da casti_dad'e e da pacidn'cia; Iem,bramos o nosso dever de agradar santa-mente a,o Deus onipotente, na justiga, na verdad,e e na lon,gani_midalde. Concordes e sem ressentimento, em paz e caridade,numa constante rnoderagdo, a exernplo dos ,"itados patriarcasque agradaram pela sua humildade fara com o pae, Deus ecreador e para com os homens. tr tuio isso temos recoridado deboa vontade, visto conhercermos clararnente que escreviamos ah'ornens fi i is e rdristintissimos perfeitamente atentos is maximasdo ensin'arnento de Deus.

LXIII. E' j,usto portanto que, vindo a tais e tantos exem-plos, curvernos a cabega e ocupemos o lugar da obedidn,cia; afimd'e cessar uma disc6rdia vd e atingrr sem manchai o fim que nose proposto na verdade. vds nos causareis com efeito aregria eexultag5o si, obedientes ao que vos escrevemos pelo E,spiritoSanto, eliminar,des o i l ioito sentimento da vossa rivaHaade, con_formes, assim, ao pedido que.nesta tarta fizemos s6,bre a'p,az ea con'c6rd,ia. N6s vos envi,amos homens fi6is e sabi,os,

"o"'d"r_de sua juventude atd a velhice vivem conosco, de maneir:a i.rre_.preensivel, eles serio testemunhas entre v6s e n6s. Isto, f izemospara que sou'besseis que nossa preooupagfro consistiu e consisteem pacificar-vos prontamenrte .

LXry. Quanto ao mais, o Deus que tudo v6 e i se,,'hor,,.dos

s. CLEMENTE RoMA.\ Io, I EPiSToLA AOS C,oRINTIoS 169

cspiritos e domirnarlor cle toda carn€,, (Num. XVI_22), que es_colheu o Senhor .Iesus cr,isto ,e por meio d'Ele ta'rrbem

^a n6s,

para selrmos seu povo particular, d6 a to{a alma que invorcar oscu none santo ,e glorioso, f6, t,emor, paz, pacidncia e longanimi_d-ade, temperanga, pureza e castidader p&rn que ela possa com_provar ao seu nome'pero nosso sumo-sacerdote e patrono Jesris-Cristo, pelo qual seja clada a Deus gloria e ma;estade, honra epdder, agora e sempre por todos os s6culos dos s6culos. Armen.

LXV. Proniamente remetei_nos, em paz e com ,alegrita, osnossos enviados Claudio Efebo, Vale,rio Bitdo e Fortunato,pa'a nos anunciar,em guanto antes a desejada e suspirada paze harrnonia, afim de que quanto antes eu me ale,gre com a vossafirmeza. A graga de Nosso senhor Jesus roristo seja.onvosrco ecom todos os que em toda parte Deus chamou po,r Jesris Cristo.Pelo qual seja a De,us gloria, honra, p,oder e maj,estade, reinoeterno desde a origem dos sdculos atJ os s6culos dos s6culos.Amen .

I

I

AGOSTO, i 943

Page 42: A Ordem Agosto 1943

RegistoO II'OSSO NO\IO AII'CEBISPO

- Fo i des iBna"do PeIa Santa S€

para, sucessort tto Cardeal lreme, de

ie l l z mem6r ia . na Arqu id iocese do

I ' lo d .e Jane i ro , o Exnto ' e Revrno '

Sr . l jom Ja i rne d .e ]Jar ros Camara '

a tua l ocupante da ca tedra de Be-

lem do Par6 , . Tendo nasc ido a 3 de

ju lho c le 1894 no l l s tado de Santa

CaUl r ina , S . Exc ia . l ievma ' o r ' le -

nou-se a I c le Jane i ro de 19 2 0 e ,

e le l to b ispo c1e Mossor6 a 19 d .e ' ' c le -

zernbro c le 1935, sagrou-se a 2 c ie

fevere i ro a t 'e 1936, sendo e le l tado a

arceb ispo de l je lem a L8 de se tem-

b r o d e 1 9 4 1 .

A cornu l l i ca ,q i "o o f i c ia l da C i l r ia

Met ropo l i tana fo i d iv l l lgada a 10 ,

de ju lho p l6x imo P lssa ,do , Por

lV Ions . I ' i os . t t vo Costa I iego , v igar io

cap i tu la r . E ao que se anunc ia , S '

l l x lna . I ie r {ma. assuru- i ra a 15 c le

agos to , fes t i a la Assung lo c le Nossa

Senhora , as a l tas funq6es l la ra as

qua is fo i des ignado pe la Santa , 56 .

O n o s s o d i r e t o r r e c e b e u d e S .

I txc ia . Revma. os segu in te te le -

gramas:

"Agrac lecendo amave is fe l i c i ta -

e 6 e s P r e s i d e n t e A . C . B . € n v i o b e n -

g5,o espec ia l f o rmuio vo tos expan-

s i ro g rande apos to lado para" v i t6 r ia ,

Cr is to Re i . Tambem a lmejo Pro-

gresso C.D. V i ta l rev is ta . "Or -

d e m " ,

"Reconhec ic lo abenSoo t raba lhos

7 8 -

Ins t i tu to ma ior p rogresso cu l tu fa I

c r is t lo Arqu id igcese" .

Testemunhbndo submiss5,o f i l ial

be i jamos respe i tosa ,mente o ane l do

nosso novo Arceb ispo e damos gra-

g x s r D o u s q u e n o s d e u u m P a i e s -

p i r l tua l e Pas tor na Pessoa do

E x m o e R e v m o . S r . D o m J a i m e

de Bar ros Camara .

,.BISPO, EAI E CENTIiO DA

CO NLDADE, CII,ISTA" - D"'O

Dia i io " de Be lo- ' t s Io r lzon te de 4 de

lu i r io p l6x imo passa,c lo t ranscreve-

mos o ar t igo Pub l ica 'c lo sob o t i -

tu lo ac ima, Por ocas l io do iub i leu

ep iscopa l do Sr . Arceb ispo ' Iaque-

la c ic l ,ade, e de au to l ia do P ' Or -

lando IIach.tclo, Assistente dos II '

da A. C. a rqu i 'a l iocesana: - - I ' I )eo

g r a ' r i a s " l G r a q a s : r o P a i l " D e o g r a -

t i i s , ' l O que o \ 'osso coragS.o Poc le

pensar , os lab ios ba lbuc ia r6 a pena '

cscrever a le me lho l . do que es ta Pa-

lavra : De,o gra t las ! Naa la a le ma is

c u r t o s e p o d e d i z e r . N a d a d e m a i s

a legre se Pode ouv i r . Nada de

maior se compreend.er . Naa la , de

m a i s f e c u n d o s e P r a t i c a r " . ( S .

Agost )

"Graqas ao Pa i ! I Ia mes€s, corn

a ahna, angustia,da, vimo-l 'o partir,

o An jo da Arqu id iooese e como o

di6.corro, na, incerteza ato futuro

mas colocand.o toala a confianQa

n'Aquele que 6 a chave cle todos

REGISTO t 77

os acontec imentos , d iz iamos: " ParE

onde ides Pa i , se , rn os f i lhos?" "A-

fastou-se o Pastor das ov€lhas, a

fonte alas aguas vivas, a cuJo tran-

s i to obscure ,ceu-se o so l " .

" Entd.o, tal o venera-ndo Pai clo

E i la ,nge lho que repr im indo os an-

se ios e as aper tu ras do coragao. f i -

cou s6 , no ve lho so la r , aguardando

a vo l ta do f i lho , esquadr inhan i lo a

l inha . a to hor izon te , ouv in t lo os

acentos e o t imbre d .a voz ausente

no mais leve sussur ro , ass im n6s , a

Ig re ja de Be lo l lo r i zon te , na ausen-

c ia ,de seu l t rsposo, d 'Aque le q r , re

por e la se en t l legou no mais abso-

lu to ho locaus to , po is o bom Pastor

n io d6 . , pe las ve lhas , a ,penas uma

p i ] r c e l a d e c n e l o r 2 m u s a l ) r 6 l r ' ! r

v i d a .

" H o j e , e i - 1 o n o n o s s o m e i o ! E i -

Io no c loce e mac io f rouxe l do Se-

min6. r io , res t i tu ido pe lo P : r i , pe lo

T ' l i n . i p a e f a s t o r E t e r n o . a s s u r s

ove lhas I Quase n5"o o reconhecemos

p n o m o q u c e x p o n t a n c a . e f a r v i d o

br6 ta-se-nos dos la -b ios a exc l : }ma-

g i io : "Es ta mudanqa 6 rea l i z : rg i ro do

" Exce lso " l

" P e l o s 2 5 a n o s f e c u n d o s d e L r m

S a n t o E p i , < c o p a d o ; p e l a s a u d e q L l e

\ \e io remogar o Pas to f e que a le l lo is

do Sacerc loc io p leno de que se acha

r e v e j t i d u , i o n o s s o m a i o r P r e s e n -

te nes te . jub i leu ; por todas as gra-

gas e inumeros favores ; Por €s ta ,

centena c le I 'adres ordenados por

e l e e q u e h o j e l h e s e o " c o r o n a e t

gauc l ium " ; por es tes seminar is tas ,

re lJen tos de o l i ve i ra cm to rno do

for te e r i io t ronco, na .o hd Pa lavra

que melhor t raduza ioda a a legr ia

e gra t ideo dos f i lhos , a lo que o lou-

vor ao Pa i , a aQSo de gragas , ac la -

A G O S T O , 1 9 4 3

magSo jub i losa de todos os umidos

na vis5,o facial, "quanalo tudo esti-

ver sujeito ao tr-i lho e o fri lho se

submeter Aque le que tua lo lhe s l lb -

meteu para Deus ser tud .o em to -

d a s a s c o i s a s " .

" Deo gra t ias I " E is o f im de

t r , r r lo . o louvor e z r aq5.o de graqas

jo r ram do ab ismo da Pequenez e

ind i igen,c ia - " e o lhou a hurn i lda-

de a le sua serva ! ' - Pa" ra o ab ismo

da g ' randeza, e r iqueza - t t fez -ne

grandes co isas quem 6 to 'L lo pod e-

roso " . Deus nao po t le n l io c luerer

a S u a 8 l o r i a . E s s e n c i a l m e n t e ' S u a

r ida pro funda, 6 um cant ico ' le lou-

vor . No s i lenc lo ine fave l da e te r -

n idade, an tes da c r iage 'o dos mun-

dos , Deus v iv la e uma Pa lavra , u rn

Verbo, um Cant ico In f in i to de lou-

vor , ressoou, f6 ra da sucessS 'o dos

tempos e a los d ias : "Tu 6s meu F i -

l h o , E u h o i e t e 8 e r l e i " . D e u s b a s -

ta -se a s i nesmo e nes ta contem-

p laq i ro c1e S i €xp fessEl no Verbo

Substar rc ia l que 6 um out ro I t le

n lesmo e d 'E la d is t in to , nes te Ver -

bo impregnado e sa turado -do Arnor

Suhstanc ia l , Deus Possue toda a

p len i tude c la bemaventuranqfu . V i -

ver n5 .o 6 ag i ta r -se num Puro ex te-

r io r ismo. V iver 6 en tender e amar

e l )eus 6 luz e cha,ma, In te l iganc i l l

e Amor . Deus 6 amor e s i t r l lo

c r ia , n io o faz Por necess i 'da t le . E '

para der ramar nas c r ia tu ras um

p o u , c o d a S u a B o n d a d e . E ' P a r a

que e las re f l i tam em s i , um ra io

fug id io da , Be lezz ! SemPi te rna ' L )

a m o r d i \ l i n o 6 f e c u n d o ; 6 c r i a d o r '

N6s amamos a t ra idos Pe la fasc ina-

eeo do ob je to a .mac lo . O meu amor

6 o meu Peso, cantou S ' Agos t inho

Deus ama, criando, fecun'clanclo o

j

o o

Page 43: A Ordem Agosto 1943

L 7 2 A OITDEM

nada, enc l inando-s€ miser icord iosL-

mente pata a ind.ig'encra total e

abso lu ta . Por i s to , Deus neo pode

supor ta r que uma cr ia tu ra par t i c i -

p a n d a l h e d i s p u i e a g l o r i a .

" Louva.r e agradetler e assim ato

essencia,l da criatura. De toda. a

r r ia tu ra , se ja a mater ia b ru ta e

inan imada, se ja a a lo ta rda de sens i -

b i l idade que v5 .o encont ra r no ho-

m e m , " c e n t r o d o U n i v e r s o " , a e x -

press lo t l 'Aque le louvor q i le s6 C

per fe i to quand.o un ido a c la r idade

da v is5 ,o .

" Grandesa do hornem l

" P e l o c o r p o 6 m a t 6 r i a . P e l a a ] -

m a 6 e s p i r i t o .

" N o l o u v o r a n g 6 l i c o , o m u n C o

v i s i v e l n A o e n c o D t r a v o z P o : s o

An jo 6 a to puro e exc lue a Poten-

c ia l id " rde da mat6r ia .

Sa) o homem 6 Pont i f i ce da c r ia -

s l o .

" N e l e e p o r e l e , o s p i n c a r o s

ne\ados , as montanhas, lagos e

r ios , n c r iag5.o em peso qua is t re -

fegos rebanhos, salta,m de aleS'ria

e ba tem pa lmas ao nome do Se-

nhor : " F lumina P laudent manu,

s i m u l - m o n t e s e x u l t a b u n t "|9

" \ {as o homem pe las suas fo r -

qas na t ivas , nada sab 'e da g lo r ia

in t ima de Deus, na , Tr inc laa le de

Pessoas e Un idade de SubstAnc la .

56 aque le que nasceu n5 .o ,da car -

ne nem do sangue ou vontade hu-

mana, mas, que recebeu no in t imo

'da alma a Carial 'aale do Pai alerra-

,mada pe lo Espf r i to , pod€ conf recer

e amar es ta g l6 r ia secre ta .

"E en t6 .o , € is que o Cantor E ter -

no das Per fe iedes do Pa, i , a expres-

s5,o exactissima de Sua PerfeiQS.o

desce dos esplen,alores do Santo, e

8 0 -

na Sua D iv ina f i lan t rop ia como se

expr ime S. Joao, penet ra com o

o leo da d iv indade a Natureza I Iu -

mana e ne la a mater ia resumida e

v iv i f i . cada 6 levada, novamente , nu-

nla entrega totaL e definit iva ao

Pa i , a t6 a fon te onde f reme e bor -

bu lha a l l i da per ,ene da SS. Tr in -

,dade.

r'Em Ad5"o, a nossa entr.ega ao

I 'a i n io fo i bem abso lu ta , tan to que

e le , fo i des fe i ta por um a to de sua

I i b e r d a d e .

"No Cr is to , nes te novo Addo, n6 ,o

da te r ra mas ,do c6u, n6o te r res t re

mas ce les te , a en t rega 6 de f in i t i va ,

in iegra l , to ta l , abso lu ta . No c6u a

sua Pessoa, 6 uma, rel.acao essencial

e subs is tenLe, um e terno "esse ad

P a t l ' e m " .

"Na te r ra . Sua v ida cont inua

alnda ei ser a €xpressS"o tangivel e

sensivel desta entrega eierna, e

,d ' t r l l€ . "Catho l i cnm Sacer ' t lo tem

Pat r is " , das pro fundezas des te co-

rag i -o , oceano sem pra ias e sem

fundo, sobe da te r ra para o Pa i , o

louvor in f in i to , a ag i ,o de graeas

per fe i ta , a voz d .e louvor de todos

os re ,midos , de toa los os f i lhos ado-

t i vos 'do Pa i , un i 'dos ao Seu Chefe

e C e b e q a , L r e l a m e s m i s s i m a c o r r e n -

t e d e \ i c l a A m u n r a s 6 e u n i e a v o z ,

em uma prece sa turada, ta l como

o ru ido e o ro la r ,a le mu i tas 'vagas ,

o fragor triunfa,l das on,das revol-

tas, na eterna tri logia clo Amor

a ,g 'nadec ido : "Per Ipsum, curn fpso

e t i n I P s o " '

, 'E ' no ,cor re r do S . Sacr i f f c io ,

unidos pela carid.a,ale, " co,mo as

cordas e c i ta ra" que en toaremos o

cantico da ae6,o ale gragas por uma,

saude arneacada e hoje revigoracla;

REGISTO

l ror um aposto lado que comeeou

humi tde e psaond ido como umanascente e h .o je , ta l o rna jes toso S.tr-rancisco, avoluma-s,e, alarga_se,ar ras tandb na fo rqa , , no tmpeto in_contido das a,gu,a,s outras cil.udais,

fecundando e aleg'lanalo regioesque sem e le ser iam se faras e incu l_ta"s: "ci imp'eto d,o rio alegra a San-

ta C idade de Deus ' , .

"Ho je , 6 es ta c ida ,de que se a le_gra . E ' a Ig re ja de Deus. E ' es ta ,

r6p l i ca , do Verbo Eterno que ex-pr ime, como d iz O l ie r , por s€u es_

- tado e seus louvores o que o pr i -

me l ro , por seu cara ter e d iv indade.

F j ' a c idade em cu jas ruas se ouve( 'on t inuamente o cant ico c la a le€ l r ia

e ae6es de gragas : f ,Te per 6 rbem

ter rarum Sancta conf i teur Ecc ie -

s i a " .

"A Ig r 'e ja 6 uma Soc iedaa le de

Iouvor . Se o Verbo se incarna 6

Dara que toda a c r iag5o se e leveao Pa i num louror in f in i to e o Seu,corpo mis t i co que v ive da mesmav ida no C ihe fe , con t inua no tempo

o , ' o p u s D e i ' , p o r h e i o d o o f i c i o eda Eucaristia, a- ag{,o de gragas por

exce l6nc ia .

A S. Ig re ja l Corho 6 bom dar

agoes,de 8 ' ragas com e la l E e la que

ag ' tu na te r ra 6 como que o deca l_q u e d e p r o p r i l v i d a T r i n i l a r i a , t o d a

s e e n c o n t r a , s e m n e n h u m a d i m i _ ,

nu igS.o ou mut i lagS,o no B ispo.

"O Pa i gera o F i lho no seu se io

f e c u n d o . ,

"O Pa i env ia -o A, te r ra .

"O F i lho que 6 env iaa lo , por suavez env ia os Ap6sto los . Ass im

como o F i lho es te nos Ap6sto los

como no Pa i , es ta tambem no B is_

I lo . Ass im como Cr is to € oabeea da

1 - G O S T O , 1 9 4 3

7 7 e

Igreja-, o qjspo 6 chefe do seu po_vo, da, sua. Igrejd, .

"Receber o Bispo € receber opr6ptio Cristo e no Cristo, o plique O env iou -

"Nao ha dois episcopaclos comona-o hd duas Igrejas.

"Na v ida ,da Tr indade, o Espf_rito Santo € o lago cle unid,o, o lia_me, b te.mo das proc€sso,es, a ca_r i dade do Pa i e do F i l ho .

"Na Igreja 6 Ele a inda quernreduz tudo e unirdaale e todo omister io da unia laale da Igreja resi_de no Bispo que €ncerra e,rg s l , ha-pleni tude do Espir i to, a fecundida_de da t rgreja.

"Assim, na terra, o Fispo 6 elmagem alo pai . - .

" O P a i 6 a f o n t e .

"O Bispo e como que, a l iz Mer-c ier , o coragS.o d,a Igreja. que pre-side a vascularizaqd-o alo Sangue deCristo.

" O Bispo, de_qde o comego, ternsua plena matur idade. Nasce coma pleni tude c la paternidade Espi-r i tual Como Adeo, 6 cr iado.a d u l t o .

"S6 e l e 6 Pa i como s6 e l e 6mestne : " ainda que tivesseis mi-l ha res de p recep lo res em Cr i s l o ,d iz S. Paulo, n5"o tendes, toalavi .a,mui tos pais. Ora, pela pregagdo

do Evangelho, eu me tornei vossoPai ,em Cr isto" .

"Que concepgS.o robusta, bela eharmoniosa, a dos pr imeiros cr is-t5.os, sobre o Bispo. Bispo n5"o 6apenas o Chefe de urr ia adminis-trageo e a Igreja l]niversal nd.,o 6

a soma das fgrejas part iculares.

"Nd,o. Ele 6 o. centro v is ivel Je

unidade, d 'entro de sua Diocese.

- 8 1

Page 44: A Ordem Agosto 1943

t 74

Com ele, traz tod.a a riqueza da

F6, o p leno poaler de sant i f icaqdo

pois a Igreja, na terra, € o refle-

xo e o le'llerbero d'aquela uniS'o

de vida na SS. Trintlad,e on'de o

Pai gera ,o Fil,ho sem a quebra tla

simpliciclaale, sem rompimento ale

substancia,.

"O Protes'tantismo 6 inalivialua-

l is ta. Ele nos fez peraler a v isao

orginica da Igreia e tiai, em mui-

tos, este ecl i f ic io espir i tual edi f i -

cado 5, margem alesta Mee desco-

Iheci 'da que C a S. Iarejar .

"A reagS.o e heersia, Protestante'que via, na Igreja t6o somente o

€lement,o inv is ivel e indiv idual is-

ta, fez com que mui tos conside-

rassem na Igreia apenas o seu ar'-

cabougo externo.

" Ii 'alai a muitos destes, d a alevo:

g5,o ao Papa, d Igreja, ao BlsPo,

€ eles resumir5o toata a sua at i -

tude numa unica palavra que 6

€" lguma coisa mas nd,o 6 tudo:

submissS,o passiva,.

I ' Jul ,gam-se orde'nado,s para a

fgr€ja, docente quando 6 justa-

rnente o contrar io: 6 a autor ida-'de que deve v isar ao bem comum.

Tudo 6 vosso , d i z S . Pau lo . Tua lo .

A Igreja, , Esposa, de Cr isto, as suas

Tiquezas, a sua Li turgia, os seus

Sa,cramentos, a Sua Ilierarquia.

Tudo 6 vosso, mas v6s sois de

Cristo com,o Cr isto 6 ' de Deus.

" ,Se mui tos v ivessem esta alou-

t r ina, mui tos tambem compreen-.der ia,m,a funeSo c la Hierarquia:

r,rma fungS,o 'ale 'calialade, de am,or,

de ilevotamento e no Bispo, jus-

tarmente com e plenituale do Sa-

cerdocio, ,e com . a p lena part ic i -

Baea,o na realeza de Cristo, sabe-

8 2 -

r iam ver tambem a p len i tua le do

monacato na sua entreg'a total e

Deus e ao pr6ximo.

assim; Exm,o, e Revmo.

Sr. reacendendo a f6 na Igreja,

vendo na, sua, paternialaale a Ima-

gem cla propria paternidatle do

Pai, qire cl'aqui alo Seminario de

onde partem os que ,ri. "*p.,.""eo

do '

Pont i f ical sa,o- lhe " provid i

c,ooperatores lordin is nostr i " , se

elevard,o ao ceu as notas fervidas

do nosso "Ilso gra,tia,s".

" E ' no momen to so lene de um

Sacriffcio em ag5.o ale' graQa:s Por

25 anos de um fecund. 'o episcopa-

do, por uma preciosa saude rest i -

tu ida e que vol ta, para nosso gau-

dio, como aquela mediala do E-

vangelho "bonam et confer tam et

coagulatam", que pedimos A Rai-

nha dos C6os, a estre la luminosa

do Ep i scoDado de V . Exc ia , f aq i r

chegar ate ao Pai , pelo Fi lho, na

unidade do Espir i to, o noss,o "Ma-gni f icat" de ag6es d,e graQas.

"G ragas ao Pa i l 25 anos deBispo: Quanto labor, quantas le-,Br imas, quantos sulcos abertos,

mas que magni f ica e esplenal ida

colhei ta! "Quem semeia nas lagr i -

ma,s, colhe na alegr ia " .

"Gragas ao Pai ! 25 anos deBisp,o I

. "Nas r ibas alo majestoso 56o

Francisco, la ficou, 'em urn'a nes-ga do c6o azul , emolt lurando emtufo ale verduras, refletitla nasaguas, a pequenina, e saualosa

Prop,niA:

"Mas n5,o. "Conf i t lo, ' . . ,Laxabo

rete". Para. o a l to l E ' necessar io,disse V. Excia,, afrontar os lan-qos do alto mar, os seg're.dos e ui-

A ORDEM

vos das aguas profundas e toFmentosas .

"Dos v,erdes mares do Norte,aos desconhecialos ma,res ,clo Sul.E' a aguia que afronta, soberana,a vast ideo dos mares. E ei - la,aquf, suspensa nos alcantis mi-neinos, ensinando-nos a voar. El 'o Seminar io. El ' . .O Diar io, . E ' aAdoragS,o Perpetua. E' q t r iunfode um Cong'resso Elucaristico. El'a ulti,ma e admiravel carta pasto-

ra l sobre A.C, que nos obr iga arepetir as mesmas palavras deSev€ro ao Bispo S. Basi l io : , .Nin-

guem ate hoj,e teve tal lingua-gem " .

"Se me perguntassem qual 6 oca,riater, o traeo f isionomico daalma do meu Pai e Pastor , eu di -ria: 6 a robustez de uma F6 her-dada de seus Pais, f6 inquebran-

tariel, invencivel, que alesconheceobst6culos e t ropegos, a l iada, abondade de l rm coragd,o td,o gran_de como a r,lastid5,o das brancaspraras que ornam o litoral nor_dest ino: " c ledi t i l l i Deus lat i tur l i_nem ,cardis quasi arenarm quaesest in l i t tore mar is, ' .

" E ' a f a c e d o h o m e m . E ' o D .Ca.bdal hurrf,ano ,e bom. E, o con_du to r de homens . E ' o B i spo a -migo e Pai dos Saceralotes quesofre com eles e que oculta umcoragS,o de carne num broquel deb ronze .

"Por tudo isto. p,or tod.a umaviala consagraala ao serviQo daIgreja. Por lhe terdes, 6 pai ,

conservado o precioso dom dasaucle, penhor de que O teremospor largos anos artes que o prin-

cipe e Pastor das nossas almas

AGOSTO, 1943

R'EGISTO L15

lhe coloque na f ronte de batalha-dor int repido a corda imarcessivelda gloria, obrig'ado, ,,Deo sra_tlas " !

..Deo g,ratia6! Graga,s por no_loterdes restituido dupla,mente napessoa d,e D. Jos6, deste Arcebis_po que tem o dom de alominar pelabondart le acolhendo-nos num r isomanso e cheio de luz, Arcebispcque hoje mais do que nunca estiv inculaclo e h istor ia desta Arqui_al iocese e em quem sent imos pal_pi tar um coragS,o de pai .

Por tu,do is to, pelo que o cora_gao diz e os labios recusam tra-c luzi r , recebei , 6 Pai , o nosso , ,Deo

grat ias" que, sabeis, sobe para, v6r lna expontaneidaate e leveza da es_piral de incenso, porique 6 a vozd.a s incer idade, voz dos f i lhos quejubi losos acorrem para junto -

doPai no dia da, a legr ia do seu cora-qao, como uma coroa v iva. enas_t rada em sua hon ra ;

"Vinde e vede-O com o diaale_ma com que o Senho r o cc roouno dia da alegr ia do coragS,o".

II,ENOVT{qAO I{IiITRGICA I,lAQAO CAT6I;ICA - D',,o Diir-rio" tle Belo-Itrorizohte, nfimerode 14 de ju lho pr6ximo passaclo,transcrevemos o seg.uinte a,:rtigot le Frei Boaventura, O. p. , pu-bl icado sob o t i tu lo . .Erros e exa_geros": . ,Mui to se tem fa la.do ul t i_mamente da m6. ,orientagS,o €mm€,ter ia de A.C, e dos exagerosque se infiltraram neste rnovimen_to de recristianlzagd,o do mundo.N5,o 6 lntengio nossa apoiar taisalegag6es nem td,o pouco aliscuti-las. Quem n6o €rra neste mun-do? E' por isso que temos ao nos-

I

- 8 3

Page 45: A Ordem Agosto 1943

1 7 6

so laalo os guaralas virS:ilantes da

Ortoaloxia, o papa e os bispos,

aos qua,is compete desmascarar e

co,ndenar os erros. D€sejar iamos

apenas ch,ainar a atengS'o sobre o

criterio e a, prutlencia com que se

deTe ju lgar os outros.

"Sempre, gostamos ala, Parabola

alo ioio e clo trigo aPreciando de

moclo especial a prualencia aleste

mestre ala sealrla que aos s€rvido-

res cheios ale zelo proibe arrancar

o jo io antes alo te 'mpo da messe'

N6o que aPodasse a Presenqa da

erva, alaninha ou quizesse fa,vore-

oer- Ihe o desenvolv imento; i 'mas

talvez desconf iasse dos propr los

"capinaalores" capazes de confun-

atir, e ale arrancar o trigo,err1 nez

t lo jo io. O que acontece tantas

vezes nos quintais e na.s Planta-

g6es, bem pode a,contecer no cam-

po da ver, t laale. Aqui lo que nos

parece errado nem sempre con-

tdm o erro, ale fato, e nem s€m-

pre est5, errado sob todos os Pon-

tos ale v ista.

/ . - Par?. ju lgar a lgu6m 6 Preciso

inteira,r-se Perf eitamente do seu

pensamento e do sent ido ala at i tu-

c le que toma. Quantos cr i t icos

caem no ridiculo por faltarem a

esta regra dd rnais elementaf Pru-

,d6ncia, atacann uma aloutrina que

ignoram ou a, interPretam num

sent i t lo que n6o o t lo autor? ,o

erro nio existe send,o na imagi-

naqd,o 'tlos criticos ou na inter-

pretagdo tenclenciosa que eles

mesmo ialealizarn. S5.o veirralaalei-

ras calunia,s que se tr&mam e €s-

pa,Iham.

"Na sua recente pastoral Dom

Cabral aluale a, estas faltas oome-

8 4 -

" t ic las om torno da A. C. Formam-

se ju izos precip i taalos, taxam-se

de erros a, corrent€s de Pensamen-

to e atituales que n5,o s5,o sufici.en-

temente examinada.s. Quem n5,o

, ouviu falar recentemente em exa-

geros liturgicos; em atentados

contra os exerc ic ios ale S. Inacio,

a c le logS,o do SS. Sascl 'amento, e

Nossa Sentrora", aos Santos

quanta indignaqS,o n5,o se desper-

tou e quantos protestos n5,o se Ie-

vantaram c,ontra d, Petula,ncia, de

certos le igos, suas Pretens6es in-

justas e suas irreverencias ao cle-

re: A famosa questS,o d.o rosario

na missa provocou tamb6m ce-

Ieumas e escandalos. Chegamos

por6m a, perguntar aos nossos bo-

tdes se todos estes pirloblemas f o-

rra,m exadrinados com b,astante

cuiclado, com a, alevitla prud6ncia-

Sera que os criticos se inteiraram

perfeitamente do Pensamento e ala

atituale atos julSaalos ?

"Para ju lgar uma doutr ina e

u'ma atitude ha tantas circunstan-

c ias que consid erar , tantos .mat i -

zes que,alescobr i r ! Um l i turgista

maniflsta, seu entusiasmo Pela U-turgia, quetr basear sua viila, espi-

ritual na, missa, e na3 orag6es ofi-

ciais tla Igreia.4 isso n5,o 6 Prova

cabal t lo seu exclusiv ismo, do seu

desprezo da medi taqeo ou outro

exercic io espir i tual . Algu6m arr is-

ca urna censura, contra tal ou tal

clevoedo alo Povo nd'o quer dizer

que condena, a detiog6'o em si mes-

ma senio apenas o mo,do c le Pra-

t ica- la. Se um cr is tS.o chega a

tomar consciencia d.o seu 'carater

batismal, da sua, ParticiPaqSo no'

sacerdocio de Cr isto, ?a sua mis-

A ORDEMREGISTO

s5,o cle apostolado, isto nao signi-fica que pretende igualar-se aospaalres. Deixar de rezar o terqona missa e d.esaconselhar at6 ostapratlca pa,ra fiestaurar melhor avida liturgica, n5,o 6 ser inimigodo t e rgo . F i ca r no seu me io mun -dano para exercer urn verdadeiroapostolado, n5,p 6 desOrezar a re_gra ale moral que manda fugir dasocasi6e,s de pecado. euem se d.€i -xa empolSlar pelo a,specto ma,ispositivo ala vida cristS, e se a,pli_ca ao conhecimento mais perfe i to

da v ida da graga, das suas exi-g6ncias e impulsos n5o d,eve serca;talogiado entre os inimigos dacooperagao humana e d.a mort i f i_cag5.6 - quando um simple,b crls_t5o apresenta sua opin ieo e aspi_raqao de bat izado e chega at6 adiscut i r com um sacerdote, juI_gando €stat na verdade, n5o Cevidente que €le ta l ta 6.devida, re_verancia. E eles longe de perderemseu prest ig io e sua posiqd,o antes aconsol idar iam peia sua car idade elarg.ueza de espir i to. Mesmo quan_do, deparamos com alguns exage_ros, devemos examina_los com cer_to cr i ter io. I Ie exageros que nEoprejudicam real?nente, a,ntes ser_vem e verdade por serem apenasmodos mais for tes ale apresente_lae moclos exig idos pelo ambienteo.ue necessita es vezes de afirma_edes categor icas. Numa sala mui_to escura, h6. mister de lampadasmais luminosas. Num ambientede acust ica pessima, 6 pneciso le-vantar a voz - IIa vefialades quepreoisam ser g:ritadas por seremmuito importantes e por terem fi-cado clesconhecitlas ou a,fogaalas

AGOSTO, 1943

777

demais no' meio alas outras. I f i 'I lors exageros que dever5"o ser ad_mit i .dos e s5,o as consequoncias doarnbiente em que se apresenta.m.

, 'Tratando-se de problemas deA. C . serA tamb,6m oportuno le_rar em conta o espirL i to que ani_ma esla orgenizagd-o e o m6todoque ela adota na, formagdo alos

. seus elementos. Os le igos que in-tegram os quadros da, A. C. de_vern ser possuidos pela , ,mist ica

profunda e for te a la,- Cr istandade, ' .Sabemos que esta mist ica 6 inte-

€iraala pelo bem toalo e pela ver-dade integral que se acha na san-ta Igreja,. Neo aalmite exclusivis-mo, nem part idar ismo, neI I I ape-go demasiacio a uma corrente deespiritualidade com excIusS.o alas

outras, nem qualquelr at i tude quepossa restringir os horisontes clav i da c ; t 6 l i ca , . N5 .o que r d i zA r , l ue

vai colocar todas as verdades nom€smo plano, antes h5, de re"s ' re i -

tar a hiera"rquia que existe entreelas conforme a importancia e ovalor de cada uma. A mist ica doCrist ianismo exige que sejam des-tacados os valor€s mais import : rn-tes na formagS.o dos cr is taos masque se guarcle ao mes,mo. tempouma at i tude de benevol€ncia elargueza para n5,o excluir e con-

, denar o que a Igreja nd,o con-dena .

"O m6todo empregado na A C.para formaeao dos seus elemenios6 baseado na, persuasd,o de prele-rencia a,os regula,mentos €xternos.Mais que em qualquer outra or-gznizaga.o relig:iosa guardaremos

na, A. C. a preocupagS,o c le n6o

apaganf o fogo a/ceso e o mealo tle

- E 5

Page 46: A Ordem Agosto 1943

1 7 6 A ORDEM

arrancar o t r igo com o jo io. o

medo alo liboralismo que suscitou

tantos erros e acarrertou tantos

inales ao mundo ndo nos derer6,

i,mpedir de rneivindicar o verdadei-

ro iiberalismo, o da verdad€. E'

nesta atitutle de benevolencia e

Iarg'ueza que ohegaremos a nos

entender, e'vitando de nos taxar

mutuamente de erros e exageros,

e trabalhando unitlos sob a orien-

tagdo t los nossos Pastores",

EDITORA VOZES LTDA.Ma,triz: PETR6POITIS, R,ua Nunes Marcha,alo, 205 - Fone 3214

UMA OBRA,EM DESTAQUE COM A REFORMA DO ENSINOSECUNDARIO :

, A T i , S I ] A T I N ACurso prS, t ico da l ingua lat ina elaborado segundo o m6todo ala es-cola at iva peios professores do Colegio Serdf ico, I i io Negro, para,naOrig inal ia lade e ef ic iOncia - numerosas g:ravuras s,prropr iadas e

eluciclativas"Ars Lai t ina" se comp6e de 4 tomos, que est5,o todos a venda,:

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Petropol is , Estado ( lo RioF i l i . t i s : R io - r . da Qu i t anda , 26 -2 . - S . Pau lo - r . Sen . Fe i j 6 , 168

ou por intermeclio ale qualquer boa livraria.

8 6 . . -

PASTORAI Dn DOII ANTo_NIO DOS SANTOS CA-BILAI]- Arc.ebispo Metltlpoutallo deB,elo Ilorizontn _ lg4} _ 4Zpp.

Por ocasi6.o do seu jubi leu epis_copal o sr . Arcebispo Metropol i ta_no de Bejo I for izonte di r ig iu aoclero e f i6 is da Arquidiocese essaPasto,ral que h6. de ficar como umdos documentos mais for les e maisprofundos emanados do episcopadobrasi le i ro. .A ORDEM,' j6, a t rans:creveu na integ.ra (nf imero ale ju_lho pr6ximo passado) e nesta notaqueremos apenas deixar, o testemu_nho de nossa alegr i4 por essa da_diva que 6 a palavra de tao i lustremembro da I f ierarquia aos f i6 is desua Arquidiocese, com os quais secongratulam todos os f i6 is ,do Bra_si l . No momento em que alg iunsainda hesi tam em se entregar d€_cid idamente e sem reservas ao a_postol : ido da AgE_o Cat6l ica, D sr .ArcebisDo c le Belo I lor izonte af i r_ma aos seus f i6 is que o CongressoProvincia l de Aqd.o Cat6l ica, quevem sendo p l epa rado com o ma io r lzelo ser '6. , o ato culminante t lascomemoraqdes destes v inte e c incoa n o s d e E p i s c o p a , d o , , ( p , 1 Z ) . APastoral , que reaf i rma a def in ig6oda A C como part ic ipaeeo do la i_cato no Apostola,do If ie,r6,rquico( p . 1 3 ) , e s t u d a a s s u a s n o t a s e s _

AGOSTO, 1943

Livrossenclais (pp. 13 e segu) e os pr in_cipais problemas susci tados. Entreestes, o da formag5.o ]jiturgica (pp-29 e segu.) . , ,A formaeeo di l igentee pr.ofunda, rieligiosa e nr,oral, ba_seada s6bre uma piedade s6l ida euma honest idade comprovada,, ,como o exige o Santo padre, nd,opodere prescin,alir da vida littrrg-ica-da fgreja. ' , (p. 29). E af i rma nou-tro lug2,1 ' que a A. C. , .devere em_penhar-se com alma e desassombron o m o v i m e n t o l i t t r g i c o , , ( p . 8 1 )Os que t r aba lham pe la A . C e pe lavol ta d" l i turgia teem sic lo vf t imasda ma vontade e at6 das calr in iasde mui tos. Assim 6 que ler5o corno maior a l i r r io e grat i i l i .o nesta pas_toral o seguinte: , ,NEo vos atemo_rrzem os pretensos ou reais abusosque se atr ibuem ao movimento daAg5.o Cat6l ica e ao movimento l i_t f i r g i co ( . . ) N i_o i ncumbe aosIeiEios, nem aos s imples sacerdotes,pu l s i mesmos , a eo r reqEo e ex t i r _pa95.o de ta is maI_entendidos. Seoos Bispos ju izos serenos que, au_xi l iados pelo Conselho de Vigi ldn_c ra , cons t i t u i do em to i l as as D io_ceses, devera.o ser informaclos paraas med idas aconse lhave i s a p rese r_v a q a o e p u r e z a d a f 6 . ' . . ( p . + f )

}IONS. THIAIMR ,T6TII _Os dcz mandattreintos (f rvo-lunre; - Tradugiro tlo pe. An_tonio d,Almeida Moraes e

Page 47: A Ordem Agosto 1943

a' 1 8 0

A ORDE1M

Prof. Je.r.onirno Guimarf,i:s -

Eld i tora S.C.J. - Taubat6 -' 1 9 4 3 - 3 9 4 p p .

A Fjd i tora, ,S.C.J. e qual deve-rnos o frtil e excelente j**AXl**

lgelQgiSa de Santo Tom6"s de Aqui-#5i^6F*'+'afr'no em fonma ale catecismo Da.ra

. " , r , , . . , . i r . . ' ,

"31p-g *4o9.,fr€iFll" "- panda-nos asorarnais uma tradugS,o rlas obras deMons. Toth. Nestp pf imeiro volu-

ne s5,o estudaalos os mandamentos

da Ig:reja at6 o quarto inclusive. A

exposigd,o da doutrina 6 anrrenizada'por

infmeras narrativas. (As vezes

o a,utor ,procura fazer "literatura"como ao narna,4 certo epis6alio e-

varre:61ico: "P' . "1??, t-inq.a- tarde:

-o _c6u este aztl, sem nuvens; nem

s, mais pequena, brisa, nem uma

a,ve a, sobfevoar na I'astialeo dosr : spagos " . ( p ,86 ) Na ,a l a d i sso es te

las Sagzratlas Escrituras e o estilopseualo-litererio s6 serve para dimi-

ru i r a forea, a beleza e a sobr ieda-,

de da narrat iva evang6l ica) .

Mons. Toth f r isa a importAncia

da obsef ivancia a los mandamentos

em face da vida eterna, a, sua' 'atual idade " , nega,da pelos moder-

nistas e pelos que admitem ou exi-

gem uma como que evolugd,o na

discip l ina doutr inS,r ia e moral da

Igreja. Lembra os cleveres pa.ra

,com Deus, a necessidade ale i r e

fgreja e sant i f icar o d ia do Senhor,

anostra o que 6 a liturgia (6 ver-

daale que nem sempre ponalo em

evict6ncia os seus elementos b'5,si-

cos) etc.

Este l ivro t lesfaz mui tos mal-en-

tendialos e presta,rtS, serviqos as al-

lnas aintla im,ersa-s na ignorancia

dos conceitos €,1-e_.mentAres da reli-

giieo '

E E _

Quanto e t raalueeo, parece-meque em vez do "condutor comu-

nista" da p. 52 ter ia s i r to melhor

usar "chefe". E que o "Sabeis, Se-

n h o r A b a a l e . . . " d a p . 1 0 1 6 t r a -

dug5o l i tera. l . de mais de "Youssavez, Monsieur l 'Abb6. . . " .

En f im , na p . 57 deve se f " t r e -zentost ' , e n5,o " t r .s"

F. A. R.

FN.EI MANSUETO IIOIINEN,

O. f'. ]\{. - Vid.a de S. Cbtrnilo

do Letlis - Stella, "Edito"r -

Rio, 1943.

A ediflcante atividade literS,ria

de Frei Ma,nsueto Kohnen acaba de

nos dar ma"is 6ste, l ivro. Ao s imples

tltulo enunciatlo, nao he quem a-

tente ,com o a,trativo que levou o

Autor a escrevQl-lo. IJm santo da

Ialade lUedia, td.o cheia d6sses lu-

minares da Igreia, um santo que

n5 .o chega rS . a pa t roc i na r um su -

cesso cle livfa,ria, como o poaleririr,

fazer S. Ant6nio, S. Teresinha, S.Vieente ale Pa ulo, um- santo sem

B:rande popuiar idade no Brasi l , umsanto assim que nem era um fra.n-

c i sc l ano , po r que despe f t ou .a von -

tade e,a inte l ig6ncia t le FYei Man-

sueto ?

Nao. o d iz o A. mas, do que l i ,

acredi to que fo i o entusiasmo pela,

poderosa personal i t lade deste ho-

mem transformado t le jogat lor pro-

fissiona.l, de contratador de b,riga,

em santo da Igreiq e funtlaalor de

uma familia religiosa td,o d. feigS"o

clo g6nio Ilenemerente da, Esposa,

de Cr isto.

Quando Rene Bazin me fez eo,

nhecer Carlos tle Foucault, julguei

que 6ste tivesse realiza"do uma

a,ventura abso lu tamente or ig ina l ,

na sua sant i f i caeeo. E o fo i sem

. d tv ida : po tque a Graqa tem in f i -.n i to n tmero de caminhos por onde

conduz l r -nos ; mas, na v i i la c l6s te

S. Camilo, iLgnorante clas letras e

te imoso como quem sabe o que

quer e por que quer , n6s te . d i r ig i -

do de Fe l ipe Ner i que sus ten ta

um ano c le res is t6nc ia ao d i re to r

esp i r i tua l , n6s te pecac lo r td ,o hu-

. mano no pecado, p rovando a f ra -g i l idaa le da na tureza humana,

quanto na sant ia lad .e , para provar

as poss ib i l i c lades de engrandec i_'mentos que a graea 6 capaz de pro_

duz i r no homem, em Cami lo deLell is h5, uma profunda semelhan_ga corr\ o que fez alepois de s6culos

.Ca|los de Foucault.

Cneio que foi a pensonalida,de td.or ica de S. Cami lo que moveu o A. ,porque sa lvando os pr ime i ros ca_p i tu los meio en fadonhos pe la f ra_gmentaria, reca,pitulatd,o hist6rica

dos a .contec imentos da 6poca, com

a insupor tave l re lagao de nomes ede da tas , o i i v ro 6 , sob todos os as_pectos , aprec iave l . para nossa me_d i o c r i d a d e a m b i e n t e , i n c i l p a z , s e mdl iv ida , dd g . ranr les pecados, por6m. .

a inda mais de g- randes ges tos f lesant idade, S . pau lo , S to . Ae.os t i *

nho, Cami lo de Le l l i s e ou tnos as_

s im 6 que devem ser : lemb, rados a'

cada passo.

NE.o tenho dfivida em p€idir aosque amam os grand.es pecados, aosque sO g-os tam dos pequenos e aosq u e d e s g o s t a m , d e q u a i s q u e r , q u e

le iam 6s te l i v ro . E ' u rn l i v r .o ca-paz d.e fazer grande bem aos pri_

meiros e a,lgum aos tlemais .

L IVROS

.R,EVTSTAS

BR,CIIERIA ,_ Re!,Lsta tlon_' tempor.6nea. dt, cultura, - Vol.

XXXV - Iiasc. 6 _ Dez,efin-brxr de lglL - Lisboa.

Domingos Maur ic io , , ,Voz de pe_

dro" - , ,R id io mensagem de Su,a ,Sant idade P io X I I a por tuga l , , _

Fetima 'e a Igreja,' (palavra,s ,alo

Senho,r ,Cardeal patria,rca de Lis_b o a ; - A . I l . o c h a , , , p o p u t a e 5 o ec i6nc ia" - J . da Costa L ima, , ,pa_

ra" beleza maior', - Abil io Mar_

t ins , "Ar rac iona l i smo e poes ia no_'

va" - I lenr ique c le Campos Fer -

re i ra L ima, , ,S . Jos6 , a l fe res a lg

Reg imento de In fan tar ia de Mi ran-

t la " - R iba Lega, . ,A pos ig io da

mulher oper6,ria na iegi,slagS.o re-

cente do abono de fami l ia " - R .

Sar re i ra , " Os ra ios c6smicos " -

Jo5 ,o Mendes, ' ,Monte p21r ras6 ' ! -

S e c 6 e s h a b i t u a i s .

Vo l . XXVI , Fasc . 1 , Jane i ro do

1943: R iba Leqa, , ,C ida ,des in fan t i -

, c idas?" - M5, r io Mar t ins , , ,A pro-

p 6 s i t o d u m l i v r o d ' A l e m - M a n c h a , '

(sobre o l i v ro de A ldous l lux ley ,

"G iey Eminence, A s tudy in Re-

l ig ion an t l Po l i t i cs , , ; embora n5 .o

conheeamos a obra , a c r i t i ca parece

bo:t,) - J. da Costa Li.ma, .,Da ve-tha e da nova ar te" - Jean Ol l i -

v ie r , " O pa leo l f t i co no no t ' te deL isboa, ' - Jo5 ,o Mena les , , ,Abun_

ddnc ia pe los l im i tes ' , - * R . Sa, r , re i -

ra , *A evo lugS.o no campo c ien t i f i -

co" - A . Rocha, , ,Or ien ta ,gd ,o p ro-

f i ss iona l " - Rafa ,e l Cr iado,

mov imento b ib l i co na fg re ja Cat6-

l i ca" - Domingos Maur ic io ,(rlt imo Geru,l ala Comptanhia de Je-

s f i s , V lo t l im i ro Lea lochowsk i , ' -

Seg6es hab i tua is .

1 8 1

AGOSTO, 1943

II. L.

- 8 '

Page 48: A Ordem Agosto 1943

1 8 2 A ORDE,IVI

RE\/ISIIA DO BInASIIJ.- [16

Vf _ S.. f6ss _ n.o bB

Ma,rgo de 1943,

Anibal M. Machado, " 'O piano"

(conto) - Paulo Ronai , "Relendo

um l i v ro de gue r ra . . , " - Ca r l os

Drumonal ate Ant l rade, r 'Poeslas" -

Ai , res t la Mata M. Fi lho, "A gra-

mati,ca e o ensino da lingua"

Ma,rques Rebelo, "Peg'inas de um

dierio" - Jaime C'la,ndoso, "Mariode Alencar, Ate4iense" - Roque

Javier Laurenza,, "Elegia a John

Flanders" - Jo5,o ale Castro Os6-

r io, "Os portugueses do "Cr i t iconl '

de Bal tasar Gracien" - JgeI Si l -

vei ra, " In ist6r ia branca" (conto)

- H6l io '

Vianna, " Cartas de D.

Pedro I na semana da abdicaeao"- Ocl i lon Nestor , " O t rampol im

de Ped ra " (Poes ia ) - Josue Mon -

te lo, "Um alqgre e esquecido l i -

vro de Analr6 Maurois" - Vin ic ius

de Moraes , "Poema de Na ta l ' ' -

Mar io de Andrade, " T( lmulo, td-

mu lo " ( con to ) Secoes hab i t ua i s .

SIIR - Ano XIf - N. 1Ol -

FsveFeiro de 1943 - Iluenos

Airr,.s.

Bduardo Gonzalez Lanuza", !'6clo-

ga noc tu rna " (Poes ia ) - J Lv l z

Borges, "El mi lagro secreto"

Francisco Romero, "A 'munr l i

in-

cunabul is" - J R. lMi lcock, "Latumba de Leand ro " - Juan G .

Ferreyr ia Basso, " Convalescencia

en p,r t imavera! ' - Char les Morgan,

"E I cua r t o vac io " ( conc lus1o ) . Se -

e6es habi tuais.

NOSCITIiOS - tlno VII - Ns.

83 e 84 - Frovel€iro e ]l[a,rT,o

tle 1943 - B,uenos Aires.

N. 83: Juan Tuf in, "Cinemat6-

9 0 -

grafo y literatura" - Ernesto I![a-rio Barreda, "Paisajes y fi8u'ras ale

San Is ia l ro" (poesia) - Rioberto I r .

Glusti, "Poesia tle angustia y Bo-

.ledaat" - Oscar Bietti, "Rafael Al-

berto Arnieta" - Justq G. Dessein

M'er lo, "Poernas" - Roberto Gar-

c ia Mor i l lo , " I (arol Szymanowski"- Cel ia de Diego, "La immortal

ofrenda" - J. A. Gareia Martinez,

"La novela desde el punto de vista

socio l6gico" - C Sa61 Vi l lar , "Lalibertaal, la existenci,a y el ser".

Seqoes habi tuais.

N. 84: R' icardo Seenz Hayes, "La

madre f i ng i a l a " - Em i l i o F rugon i , '

"Genesis y formaci6n ' i le un c lest ino

democrat ico" - Pablo R.ojas Paz,

"Gnand.eza" e int imismo" - Rober-

to F. Giust i , "Sobre el 6xi to y e l .

f racaso" - Oscar Biet t i , " Ref le-

x iones de estos dias" - Poemas de'

Luis Matharan, Xfaria llortensia

Lacau e T{ora,c io Jos6 Leucina -

Car los Rovetta, "El natural isrno de

Gald6s en " I ra I )esheralada"

Nestor R. Ort iz Oaler ig;o, "Apun-

tes sobre algunos mfrsicos negros "- E . S u a r e z C a l i n r a n o , " U n a n o -

v^ l a de l a r r . a i go " - F ra nc i s M .

Scul ly , "LeLras inglesas" - E as

s e q d e s h r b i t u a i s .

II. P.,. O.

Ir[ilIFlN - Iievista de Cultura

rtO Clero - [116 VII - Fasc.

l. II e JII - Jzlnoiro, feverei- /

r! c rna,rlro de 1943 - ListJoa'.

Aiem ,a las secqdes habi tuais,' ' Consul tas " , " Do que se pensa e ' se

bsc reve " e "C r6n i ca " - . Fasc . I :

COnego Avel ino Gonqalves, "Pala-

vra^s previas " , comemouando o sex-

to anivers6.r io da revlsta - "A Po-

siqa,o da Ig:re ja Perante a fmpren-

sa", alocucagdo de Sua Emindncie,

o Sr. Ca,raleal Patniarca - J. Alves

Correia, "A nossa naturalizagao no

Reino de Deug" - Jose Mendeiros,

"A necessid,aale da, IncarnaqS,o e da

Redengao em Luis a le Mol ina"(conclusio) - Na nova secqeo pa-

ra os Assistent€s de A. C., "A nos-

sa atitLr'de perante a Aaeo Cat6li-

ca." , pelo ,sr . Bispo de l le len6po-

le. (Transcrevo: "Se mui tos, desale

a, primeira hora, se inscreveram

nas fileiras cla A95.o Ce,t6lica, tlan-

alo-lhe a generositlade e o f€,rivor

da sua fe, alguns houve que, ale va-

r iat las maneiras, ,host i l izar€,m o

movimento incip iente, e mui tos ou-

tros ficaram-se numa calma ati-

tude ale esp€ctativa, ontle seria f6,-

c i l , por vezes, ,descobr i r l indi feren-ga, ta lvez desconf ianea e porven-

t u ra desa l6m. ( . . . ) De nada , va l e

fechar os olhos e, rliala. }I5, que

v6- la com serenidade e ser iedade.

A Ageo Cat6l ica, em muitos meios,

n5 .o se t o rno u a i nda um m ov imen -

to s imp,At ico. Bem pelo contrar io,

€ sistematicamente contra,riad,a.

Mui tas vezes, he uma apar€ncia de

colaboragSo, que tem muito de co-

mum com as greves dos bragos

caidos. N5,o se host i l iza, mas n5,ose l he t em amor e , po r i s so ndo sefazem sac r i f i c i os po r e l a " . Comono B ras i l , po i s . )

Fasc. I I : " l \ fensa,gem de Nata] , ' ,

a locuglo do Senhor Caraleal patr i -

arca - Antonio a le Castro, , ,Orto-

doxos d i ss i den tes " ( con t i nua nonf imero seguinte) , - Cdnego l \ [ar-tins Gongalves, "A prepa,ragS.o dos

Seminarista"s em ordem d. Aq6o Ca-t6 l i ca " .

Fasc. III: "Mensa.B'em de Natal

1 8 3

alo santo Padre Pio xII -_ Dfifius,"Exegese Biblica,' e F. tr',. ReBa-t iUo S. J. ' ,Matr imonio com pactoale continenci,a periodica", na se-cga,o "Notas ,ale cultura, teol6gic&"- Conego Avel ino Gonealves, . ,Ut

s i n t unum" .

BOITETIN OFIICIAI DE LAACCI6N CAT6LICA ARGEI{-

TINA - Afro XIII - Ns. 252

e 253 - Abril e mtr.io de 1943- B,uenos Aires (Repfblica,

Argentina)

N" 252 Emi l io A. at i Fasquo,

"Prop6sitos esenciales de tra II" A-

samblea de la, Junta Central" -

Jose A. Ciuecarel l i , " Inmutabi l i -

datl y progreso de ]a Ig:1e6ia"

Car los Gr imaual , "Reyes con Cr is-

to" - Documentos, not ic i6r io ,etc,

N '253 : Em i l i o F . Ca r , a l enas , " LaAcci6n Cat6l ica y la Obra ale las

Vocaciones" - Ma,nia El .ena Galan-te Garcia, "Pr incip io y t r 'undamen-

to del Oralen Social bn las Encic l i -

cas Papales" - Oscer Anibal I -

to iz, "EI salar io fami l ia. t " - Luis

P . A r r i gh i , " La v i v i enda ob re ra " .

ITOZIjS DE PETR6POITIS -

Il,cvista cat6lica cle cultura -

volurne 1 (N. S.) - Fa,sciculo

2 - Ma.rco-Abril - Fasciculo

3 - Ma,io-Junho rle 19113 -

Bditora Voze.s Ltal€r,. - Petrt'r-

polis - Est. do Rio.

Fasciculo 2: Mesqui ta Piment€1,

" Centena,r io de Petr6pol is ! ' - Dr .

Ernesto Toi tnaghi , " TrOs gJlor iosos

des t i nos " ( s0b re os t r 6s ex - s6c ioscla Ag5"o Universitaria Cat6lica que

in6;ressaram na Ordem de S5o Ben-

to e foram ordenados sac€rdotes

em t lezembro pr6ximo passado: /

LI\IROS

I

Acosro , 1943 - 9 1

Page 49: A Ordem Agosto 1943

1 8 4 A ORDE} I

Dom Clemente Gouveia Isnar.d,

Dom Basi l io Penialo e Dom Inacio! ' t l

,A"ccioli. " Comegallam com a. sua

ordenagS,o, uma nova, vid.a, etc. "

a f i rma o au tor . Ser ia ma is aa lequa-

do d izer i sso em re lagao a consa-

grag io monast ica dos t r6s ex-au-

c is tas . Ad ian te ]C-se , a p rop6s i to

d e u m d e l e s : " D e e s p i r i r o a l e g r e ,

nada parec ia inc l i car que, com o

cor rer do tempo, se v isse a t ra ido

pe la v ida so l i t6 , r la de monge, que

cu lminou no Moste i ro c le S5.o Ben-

to e cu jo curso r igoroso 6 toa lo e le

feito em l,atim". Aca,so havera in-

compatibil idade €ntre a,legria e

monaquismo, alegrria e vida, reli-

g iosa? A lem c l i sso o monge bene-

d i t i n o n 6 o 6 u m s o l i t A l i o , p o i s v i v e

essenc:ia,lmente em comuniala,ale.

N f , o 6 u m e r e m i t a e s i m u m c e n o -

b i ta . - Pe . AntOn io t le A lme ide ,

Moraes Jun iJ r , "Moc i t lade e hu-

man ismo cr is t5 ,o" - J . Nunes Gu i -

mar ies , "A revo luq i .o monetAr ia "

- M i r r io Por ta l , "Ps ico log ia da

ment i ra " - LLr iz Ot iv io de Ol i -

ve i ra , "A a , r te t ipog : r6 . f i ca no Bras i l

- Mer io P . Monzon i , "Marav i lhas

do a lgodS,o '1 - F re i Fe l i c iano Tr i -

gue i , r '6 , O. F . M. "O Rega l ismo no

Imp6r io do Bra"s i l " - In r re i F i l ipe

A . R i b e i r o T o j a - l , O . F . M , " A 1 -

guns aspec tos da p in tu ra moder :

n a " ' - F r e i B a s i l i o R o w e r , O . F . M .

"A segundLa descober ta do Amazo-

nas" - Secq6es hab l tua is .

Fasc icu lo 3 : N lesqu i ta P imente l ,

"Santo Tom5.s More , humanis ta e

martir" - Euryalo Cannabrava,

" Baliango clo positivismo ". Afirma

ter-se generalizado "a falsa convi-

ce5.o cle clue optar entre o positi-

t v ismo e o tomismo e uma cont in -

9 2 -

g6nc ia , inev i tave l e tc e tc . , , Abso lu -

tamente . O pos i t i v ismo n5,o 6 , a i

,de n6s, a {rnica ma,nei?a de errar

em f i loso f ia . . . F6ra , d isso , mu i ta ,s

observagoes in te ressantes . ) - Ca-

ro l ina Nabuco, "A educagS.o ,o a

mulher " - J . Nunes Gu imarS.es ,

" Po l i t i ca con-erc a l do Bras i l " -

Artur Neiva; "Yitalida"de d,a tra-

d igeo ora l " - Pro f . Car los Oswala l ,

"Deco, r ,aga.o sacra" (Pergunta : "Se

entao, na, 6poca d.as gra,ndes c-ate-

alrais, t ivessem os construtores e

decoradores conhec ido lAmpadas e-

l6tricas cle v6rias cbres, n5,o as te-

r iam usado em pro fus io para o

c u l t o a l i v i n o ? ( . . . ) C e r t a m e n t e t e -

r iam s imbo l iza 'do com a luz e l6 t r i -

ca alguns dos gra,ndes alogmas

( s i c ) " . R e f e r i n d o - s e 6 , d e c o r a g d o

da Mat r iz a le Santa Tor lez inha (Tu-

ne l ) , de au tor ia do ar t i cu l i s ta , c r 'e io ,

d iz : " Os quadros s i tuados a t ra .s

dos altares s5."o ricos d.e cores e

nas ocas i6es cu lminantes das c ,e -

r imon ias l i t r i ) . .g ioas , , . a luz in r i l i -

re ia co locada a t r l s da ,s mo lduras

€ acesa, e en t io os quadros adqu i -

rem uma luminos idad e t4 ,o fo r -

te que parecem v i t ra is . Os espe-

c tado les (s ic ) f i cam t ies lumbra-

dos e eu mesmo ouv i exc lamagdes

c le ac lmi rag i lo en t re o povo dos

f i6 is e f rades somo es ta , : "Parece

o Para iso " . (s ic ) - J . Sampaio

Fernandes, "As v i taminas e a v i -

da ' , - l l e i to r da S i l va Costa , "Ar -

qu i tec ton ica" - G lads tone Cha-

ves de l {e lo , "A l ingua Por tugue-

sa no Bras i l ' t - Na socgeo " Ide ias

e Fatos" , t ranscr igSo da magn i f i -

ca pas tora l de Dom Ant6n io dos

Santos Cabral . E' um 8:rantle ser.

vieo que a estimacla. revista alos

L IVROS

franc iscanos pres ta aos f i6 is b ra_

s i le i ros , aux i l iando desse modo ad i fuseo da pa lavra au tor izada do

sr . Areeb ispo de Be lo I lo r i zon te

, a o s s e u s f i l h o s .

ESTUDIOS- A_flo BB - Ttomo

69 - N. 378 - Junio t94g- Burerros Ailresi (Itreprfibuca

Ar.gentina).

Juan Rosanas, S . J . , ,La d is t in -

c i6n rea l en t re la esenc ia y la

ex is tenc ia , es e l fu r idamento 'de la

f i loso f ia esco las t ica?" (En cer to

ponto l6 -se : "A Miche l , e l famoso

a u t o r d e l l i b r o " L ' o r i g i n e d e I ' e -

p i s c o p a t " . . . " . N a . o 6 M i c h e l , e

s im Mich ie ls . E o nome do l i v ro

6 "Les or ig ines de I 'ep iscopat ' , , e

n d " o " L ' o r i g i n g . . . " ) . - R e d a . g 5 , o ,

" IJna "Summa Ph i losoph ica" a r -

gent ina " - Lu iz Gof os i to F le r .e -

d ia , "A la ca ,p i l la de Cana longa" ,

!oesia - VldaJ tr-erreyra Videla,

"E l pac to o t ra tado de Ca lch in ' ,- Ju l ian A. V i la r i l i , , ,La p laza

de Maio du l .an te l ,a in tendenc ia de

l ' o r c u a t o d . e A l v e a r , 1 8 8 3 - 1 8 8 ? ' ,. . ._ Amanc io Gonza lez paz , , ,E l

Canc ionero Popu lar a le La R io ja "(cont inua) - Jus to Bequ i r i z ta in ,

S . J . , "La centenar ia m,archa de

San fgnac io" - Jgnac io Pu ig , S .

J . , ' T ' a l u n a y e l t i e m p o " - D o -

cumentos , recensOes, e tc .

ESTUIIIOS - Mensua.rio de

Cultura, G€neral - Aflo XI- Ns. l2l-122 - Febr€ro-

l{ar"zo do 1943 - Santiago ale

Ohile.

Monsefior Francisco Vives, ,,Las

ba,ses de una, po l i t i ca c r is t ia ,na 'se-

gun P io X I I " - Doc tor Armando

Roa, "Naturaleza d,e la guerra e

A G O S T O , 1 9 4 3

1 8 5

i dea de Europa ' , - A l f rea lo I -ag€,

" E l sen t ido apoca l iD t . i co de Ia ,h is to r ia ' , , t ranscr i to e t raduz idod" 'A Ordem, ' - A l fonso l lu lnes ,

" t ln cuar to de hora con perez JJao-sales" - Ricard.o rAstaburruagE

Echen ique, , ,Apuntes sobre t res

nove l is tas sudam,er icanos ' , - Lu isSabat in i , "Mex ico y Amer ic ra envis idn de Lawrence, ,

habi tuais.Secg6es

VERBUM - Revista del Cem-tro ale EstudiuLntes de Filoso-fi:r y Iretras cl,o Buerros Aircs- \rs. 2 y 3 (Nueva, 6pocs -

I)icie.mbre de 7g4Z - Buenos

Aires (Itopiblica, A,r.gentina),

Neste nOmero eSpecial , deal ica-do a "Algunos aspectos de la cul-tura humanist ica argent in€. , , sa-em: Alber i to Freixas, , , I1umane, '

- R i c a r d o R . C a i l l e t - B o i s , , , R e -f lex lones al margen de la invest i -gacion y de la enseffanza, de la,I { is tor ia Argent ina en la aetual i -

.a lad" - Emi l io Ravign,ani , , ,His-

tor ic ismo y ant ih istor ic ismo, '

Angel J. Bat t is tess,a, , ,Breve his-tor ia de una Revista de Vangu: i . r -d ia" - Augusto Raul Cortazar,

"Panorama y perspect ivas de nu-€stro t r 'o lk lore" - Francisco Ro-

mero "Tiempo y dest iempo de A-leiandro I{o,rrn " - Poesias inedi-t as de A le j and ro (61n - Tex tose comon ta r l os , no t i o i e f i i o , r c cen -

sdes etc.

UNI\'EII,SIDAD CA1IOITICA

BOLMRIANA - vol. VIII

Ns. 27 y 28 - Agosto a Novi-

enltlrfe 1942 - Medellin (Co-

Iombia.)

Rudolf Allers, "Certeza tie los

Page 50: A Ordem Agosto 1943

1 8 6 A ORDE1VT

valores" - Sergio Elias Ortiz,"LinAuisti@, colombiana. . tramiliaWitoto " - Antonio Osorio Isaza.,"Apuntes ,minimos sobrb la psi_cologia del L ibertador" - Davldub io , O . S . ' ,A . , , , Los m is i one rosespaf io les" - Not ie i6r io, recen_s6es etc.

R,EVISTA JAVER,LAIJA

Porrrtific.ia Univonsidad Oat6fi_

ca, Javeriana _ Tomo XI|fIf_ Nri.m,ero gO _ Novielnbre

lS42 - Bogot6 (Colombia,).

Eduardo Martinez Md.rquez, S.J. , "Los or igenes de la pet iargogiaignaciana" (conclusao) - AngelVal t ierra, S. J. , , ,La personal i_da ,d de H . .G . We l l s y su ob ra l i _t e r a r i a " - M a r i e C . C l a i r , - E l

porvenir de la, quimurgia en Su_ramC,r ica" - Secedes habi tuais.

R,6I/UE DE IJ'UNIIIER,SIT6D'OTTA\ilA Vol. 19 _N . 2 - A v r i l - J u i n 1 g 4 gOt@,wa (Oa,nad,a)

Geonges s imard, o. M. I . , , ,une

doctr ine d 'educat ion nat ionale, ,(cont inu€i) - James F. I (enney,"The Grneat Reaction" _ IlenriM o r i s s e a u , O . M . I . , , , p i e r r e F o n _taine, alit Bienvenu, lieutenant dsMadeleine de VerchCres da,ns ladefense du for t , le 22 octobre1 6 9 2 " - D o n a t P o u l e t , O . M . I . ,"Provia lenLissimus Deus, ' (cont i_nua) ! Paul Gay, C. S. Sp. , ,La.

comedie du XyI I Ie s idcte et lesdeux g.enres s6r ieux issus de lacomedie: la com€die larmoyant,ee t l e d r a m e , ' - F , C . A . J e d , n n e _ret , , ,La cr i t ique l i t t6rai re au Ca_nada tr'ranqais,, - . Cronioa uni-vers i tar ia, , recens6es.

F. A. R,.

9 4 -AGOSTO, 1943 - 9 5

DESDE AQUETE

t oe ,goc ios t o r t a& ' . an rnooo i t npu l so . . .

dlregEo da l lrma. cabta, a uEsocio apenas. por lsso. oat tancos l lm l tavam Beu c r€d l to .Na_o hari4 pleno desenvolvl-

mento. Um dia, [or6m, os tres so-cros resotveram pfotcger a firma eprotegerem-se mutuamente, Insfl-::-r,rl,l^o uT Seguro_ Comercial, naiut Amertca. IJesde entao o cre_

dito lirmou-se, os nCso-clos aumentaram e

*orIucros .mulupllcaram_se.blga este exemplo, o sr_

.,l?*.?-b". e coEer_

Sur, AnqnnrcACompanhia Nacional do

Scgutoe de Vida

DIA

Page 51: A Ordem Agosto 1943

Livraria' Inconfiddncia .S. AR,UA DA ItAiA, 1022 _ CA-IXA POSTAIJ, 595

.BELO.:IIORIZONTE _ MINAS GIDRAIS' l - l rvnos

RECtrBrDos

lega o livro que alesejar a LIVRARIA INCO'NFIDENCIA, S/ATOMAMOS ASSINATUR,AS DE REVISTAS NACIONAIS

E ESTRANGEIRAS

Servigo de Reenibotso para qua,lquer parte do Brastl.

Xenopol - Teor ia c le la h istor ia

CR$

1 2 6 , 0 03 , 0 0

, 4 ,0 ( )1 5 , 0 03 0 , 0 072 ,00L 2 , 0 0

7 0 , 0 02 0 , 0 012 ,001 5 , 0 04 5 , 0 0

6 , 0 03 0 , 0 03 5 , 0 01 5 , 0 0

1 5 0 , 0 02 4 , 5 02 1 , 0 0

1 5 4 ; 0 05 , 0 09 , 0 08 , 0 06 , 0 0

1 0 , 0 0I 2 , 0 03 8 , 0 042 ,0032,0 0

r t 2 , 0 020 ,o07 0 , 0 07 5 ,008 0 , 0 0

1 6 5 , 0 08 0 . 0 0

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i l .

Fundado em 24 de Malo de lggl

PRACA 16 DE NOVEilIBRO, 101-2" and. Tnr., 42-80b6

Fundadorl

DR. ALCEU AMOROSO LIMA

Dirctor:

DR. HERACLTTO FONT,OURA SOBNAL PJNTO

Vl,ce.Diretor:'

D.R. STLVIO E.DMUNDO ELIA

SecretArio:

DR. PIO BENEDITO OTTONI

Tcsourelro I

EARLOS DE CARVAIHO PALMER

a

eonPo DoeEtnE

1rr. Eilvlo lldmurrdo Elle

Dr. Joio Peilro rle Gouv6a ltlelra

Dr. Orlxndo Lesl Carnelro

Dr. Ercrnllilo Lul! Vlrnnr,

O

Donr Martinho Miehler O, S. E.Dom Peulo ctordad O .S. B.I'r€l Eoba.sfiAo Haorclmanrr O. p.Dr. ale€u lmorgro LlmaDr, Alberto C+uefrolro Ramod

Page 52: A Ordem Agosto 1943

INSTrruTo cATol,rqaPraq-a 15 de Novelnilro, 101-2.' and- 'l'el. 41-;'i0t5

ANO I.ETIVO DE 1943

+

MATENIAS PROFESSORES.

ESTUDOS TEOLdGTCOS g}TIINS6FIC.OS

:Doutrina Cat6liea

Filosofla Geral

Histdria da Filosqfia

NST TDC}S HTSTdRICOS

Fiist6ria da lgreja

llisi<iria da Civiliraqio

Inlrodugfro ir Soc,ioiogia

JISTUDC}S I,T1'ERA,RIO$

Literatura

Latim Litfrgico

Linguistica Cw^ral

D. tr{artinho Michler, {}. S. B.

F" Sebastif,o Hassclmnnn, O. P'

Ilr..Jo5o Pedro Goirv0a Vicira

'] fII}CIAIS

D" Farrlo Gordan, 0- S' B.

Dr. [remildo tr,uiz Visntlg

Dr., Alberto Gucrreirq Farno*

L-|r" Alc.cu Amoroso Lirua

Dr. Orlando Leul eartreiro

Dr, Silvio Eritnundo EIie

+

'i'Ali.4.: CrS 1t1,00 por m€s, com tlireito $ frequ€ncia degualcSue'r nfrmero de aulas

Prra s{icios do centro D. Vital e seus filhos frequdnr:iagratuita

INICIO DAS AI-ILAS, DIA 4 DE I'IAIO

imptes"o- - Ru& Sacadura Cabra'l'