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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ – SEDUC/CE
IV COLÓQUIO ABRINDO TRILHAS PARA OS SABERES
A PERSPECTIVA E O DESAFIO DOS EDUCADORES NO PROCESSO DE INCLUSÃO
ESCOLAR
FRANCISCA NEILIANE BEZERRA
IGUATU-CE
OUTUBRO, 2011
A PERSPECTIVA E DESAFIO DOS EDUCADORES NO A PERSPECTIVA E DESAFIO DOS EDUCADORES NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLARPROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR
INTRODUÇÃO
A Inclusão X Educação
Professor X Desafios
Resolução CNE nº 02/2001(BRASIL, 2001) prevê a formação de dois tipos de docentes para a Educação Especial: os capacitados e os especializados;
Problema
Relevância
A PERSPECTIVA E DESAFIO DOS EDUCADORES NO A PERSPECTIVA E DESAFIO DOS EDUCADORES NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLARPROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR
OBJETIVOSObjetivo Geral
Identificar o posicionamento dos educadores sobre o processo de inclusão escolar do aluno com algum tipo de deficiência ou transtorno global do desenvolvimento;
Objetivos Específicos
Identificar as expectativas e experiências dos educadores na execução do projeto político pedagógico escolar na inclusão;
Verificar nos educadores contradições existentes sobre a proposta política de inclusão escolar/educacional do Governo
Compreender sentimentos que acometem os educadores diante do desafio da inclusão educacional;
A PERSPECTIVA E DESAFIO DOS EDUCADORES NO A PERSPECTIVA E DESAFIO DOS EDUCADORES NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLARPROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
“A garantia de acesso e permanência dos alunos especiais nas escolas regulares significa um patamar imprescindível de cidadania para pessoas com deficiências. ” (LDB – Lei Nº 9394/96).
Embora as várias deficiências possam ser identificadas precocemente, a escola com freqüência é o local em que surge pela primeira vez a hipótese de que uma criança tenha essa condição, em razão da demanda advinda de aprendizagens escolares especiais.
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METODOLOGIA
Exploratório descritivo/Abordagem qualitativa
LOCAL: Escolas E.E.F. Maria Sother – Cariús, E.E.F.João Paulino e APAE- Iguatu-CE
População: 28 Educadores/ Amostra: 10
Entrevista semi-estruturada/ Observação
Análise de Categorias/ Bardin
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RESULTADOS
Experiências e Expectativas dos Docentes
______________________________________Anos de docência Quantidade Experiência com inclusão
1 a 5 anos 03 03
5 a 10 anos 02 02
10 a 15 anos 03 01
Maior que 15 anos 02 01
___________________________________________________________________
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RESULTADOS
- Inclusão escolar: Realidade recente
- Tipo de Experiência: Positiva Crescimento profissional
Pessoal/social
“Foi uma experiência muito proveitosa, pois percebi as limitações da pessoa especial como mecanismo de crescimento mútuo.” (E3)
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RESULTADOS Falta de apoio estrutural
Experiência Negativa Financeiro
Recursos Humanos
“Foi difícil, porque os pais não queriam aceitar, o que dificultava o atendimento especializado, a sala era numerosa, porque o menino era tido como normal. Havia muita defasagem na aprendizagem, mas pelo regimento da escola, se o aluno era especial, a gente tinha que aprovar”. (E10)
Ensino Fundamental
Área de Atuação Ensino Médio
Ensino Especializado
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RESULTADOS
A Proposta Política de Inclusão na Visão dos Educadores
Tabela 02: distribuição dos professores em relação ao posicionamento frente às políticas de inclusão escolar na atualidade local.
_____________________________________________Categoria
quantidadeFavoráveis 04Condicionalmente favoráveis 04Desfavoráveis 02_______________________________________________________________________________________________________________________________________
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RESULTADOS- “(...) É na verdade, uma tomada de consciência
em relação a essa necessidade, não somente da pessoa deficiente, mas de toda a sociedade. E como educador a função é despertar, incitar toda a comunidade escolar para esta nova vertente da educação brasileira.” (E3)
- “Essa política que obriga a inclusão é importante, desde que capacite o profissional para atuar com esses tipos de problemas!” (E2)
- “Quando trabalhei com alunos especiais, me senti de mãos atadas, sem poder fazer muito, já que a inclusão escolar não ocorre como deveria ser e a gente não tem uma formação adequada para trabalhar com esses alunos.” (E10)
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- Limitações de Deficiências“Quando se fala em inclusão, é muito bonito, a
política tem filosofia linda, mas não é pra todos, porque algumas deficiências são possíveis de ser trabalhadas, mas existem outras que não dá de jeito nenhum.” (E4)
Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que:
“Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos”. (MEC/SEESP, 2001)
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- Ausência de subsídios essenciais à inclusão;
- Sugestões/Providências Políticas Formação Contínua
Profissionais diversos
Apoio Familiar
“Primeiramente, tem que fazer escolas mais bem equipadas, profissionais diversos e qualificados, como psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, e políticas para esclarecimento no que diz respeito à sociedade e fomentando a família destes jovens.” (E3)
“É necessário que as nossas escolas sejam atraentes e em tempo integral.” (E1)
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A Percepção Docente na Prática de Inclusão Escolar
- Expressão realista, mas sem descrença;“A aprendizagem acontece de forma mais lenta, envolve
mais doação e sacrifício da gente, mas sem dúvida, com esse pacote, ela acontece.” (E6)
Tabela 03: Distribuição das categorias de respostas de professores sobre as áreas de deficiências que representam maior dificuldade no processo de inclusão.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Categorias Quantidade de Citações ____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Deficiência Mental 06
Deficiência Visual 02
Deficiência auditiva 01
Dificuldade de leitura e Linguagem 01
Dificuldade de raciocínio 01
Autismo 03____________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Tabela 04: Distribuição categórica das respostas dos professores com relação ao investimento na formação específica para a inclusão escolar.____________________________________________________________________________________________________________________________________
Categorias Quantidade___________________________________________________________________________________________________________________________________
Cursos de Formação Continuada 03Cursos de Especialização 02Cursos curtos de Atualização 03Participação em congressos/Seminários 01 Nenhuma atualização 03___________________________________________________________________________________________________________________________________
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- Para Sage (1996), essa formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular
- Papel da Direção e Gestão da Escola
“A gestão da escola nunca contribuiu em nada, além de desorientados, não dão suporte algum.” (E10)
“A direção da minha escola tem se preocupado com a melhor maneira de atender as crianças com deficiência, adequando bem o espaço físico da escola e sensibilização e capacitação dos educadores.” (E9)
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CONSIDERAÇÕES FINAISDificuldades apontadas, não são exclusividades
do ensino aos alunos com deficiência;
Política de Inclusão escolar é incoerente com a realidade;
A formação específica para atuar na inclusão;
O professor precisa estar aberto aos processos de mudança subjetiva e profissionalmente;
Professor precisa ser auxiliado neste processo de inclusão escolar;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de inclusão somente será eficiente, quando antes da inclusão dos portadores de deficiências e necessidades especiais, forem incluídos os educadores dentro de uma formação adequada, ambiente de trabalho propício e suporte requerido para tal. Não se pode pensar em inclusão, sem levá-la antes, aos seus atores.
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REFERÊNCIAS BARDIN, Laurance. Análise de Conteúdo. Lisboa, Edições 70. 1997.
BARTALOTTI, C.C. et al. Concepções de profissionais de educação e saúde sobre educação inclusiva: reflexões para uma prática transformadora. O Mundo da Saúde. São Paulo. v.32, n.2, p.124-130, abr./jun.2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica/Secretária de Educação Especial. Brasília. MEC/SEESP, 2001.
______. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília. MEC/SEESP, 2008.
SAGE, D. D. Estratégias administrativas para o ensino inclusivo. Em S.Stainback & W. Stainback (Orgs.), Inclusão: um guia para educadores (M F. Lopes, Trad., pp. 129-141). Porto Alegre: Artes Médicas. 1996.
SILVA, L.M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Rev.Bras. Educ. Rio de Janeiro. v.11, n.33, set./dez. 2006.
TEIXEIRA, F.C.; KUBO, O.M. Características das interações entre alunos com Síndrome de Down e seus colegas de turma no sistema regular de ensino. Rev. Bras. Ed. Esp. Marília. v.14, n.1, p.75-92, jan./abr.2008.
““Aqueles que são diferentes de mim Aqueles que são diferentes de mim
não me prejudicam; não me prejudicam;
muito pelo contrário, eles me enriquecem. muito pelo contrário, eles me enriquecem.
Nossa unidade se fundamenta em algo Nossa unidade se fundamenta em algo
mais elevado que nós mesmosmais elevado que nós mesmos
– no ser humano.” – no ser humano.”
(Antoine de Saint-Exupére) (Antoine de Saint-Exupére)
OBRIGADA!