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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES CURSO DE NUTRIÇÃO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E AS INFLUÊNCIAS NO ESTADO NUTRICIONAL DOS AERONAUTAS ELISA MOTTA PINHEIRO RIO DE JANEIRO 2017

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Page 1: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E AS INFLUÊNCIAS NO ......PINHEIRO, Elisa Motta. Alimentação Saudável e as Influências no Estado Nutricional dos Aeronautas. Rio de Janeiro, 2017, 40p

CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR – LAUREATE

INTERNATIONAL UNIVERSITIES

CURSO DE NUTRIÇÃO

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E AS INFLUÊNCIAS

NO ESTADO NUTRICIONAL DOS AERONAUTAS

ELISA MOTTA PINHEIRO

RIO DE JANEIRO

2017

Page 2: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E AS INFLUÊNCIAS NO ......PINHEIRO, Elisa Motta. Alimentação Saudável e as Influências no Estado Nutricional dos Aeronautas. Rio de Janeiro, 2017, 40p

CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR – LAUREATE

INTERNATIONAL UNIVERSITIES

CURSO DE NUTRIÇÃO

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E AS INFLUÊNCIAS

NO ESTADO NUTRICIONAL DOS AERONAUTAS

ELISA MOTTA PINHEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Nutrição do

Centro Universitário IBMR/Laureate

International Universities, como parte

dos requisitos para obtenção do

Título de Bacharel em Nutrição

Orientadora: Profa.: Etiene de Aguiar

Picanço

RIO DE JANEIRO

2017

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P654a

Pinheiro, Elisa Motta.

Alimentação saudável e as influências no estado nutricional dos aeronautas.

[manuscrito] / Elisa Motta Pinheiro. Rio de Janeiro. –2017.

40 f.

Monografia (graduação) – Centro Universitário Hermínio da Silveira, curso

de Nutrição, Rio de Janeiro, 2017.

Orientadora: Etiene de Aguiar Picanço.

1. Alimentação saudável. 2. Estado nutricional. 3. Flight crew. I. Picanço, Etiene

de Aguiar. (Orient.). II. Centro Universitário Hermínio da Silveira. III. Título.

CDD: 612.3

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ELISA MOTTA PINHEIRO

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E AS INFLUÊNCIAS

NO ESTADO NUTRICIONAL DOS AERONAUTAS

Banca examinadora composta para defesa de Trabalho de

Conclusão de Curso para obtenção do grau de Bacharel

em Nutrição

Aprovada em: _____ de _____________ de 2017

Presidente e Orientador: _____________________________

Membro Avaliador: __________________________________

RIO DE JANEIRO

2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que contribuíram e fizeram parte desta jornada, especialmente a

Deus que colocou pessoas maravilhosas no meu caminho.

À minha família, em especial a mãe que mesmo longe sempre esteve ao meu lado e

incentivou a persistir no meu sonho. A Mana por ensinar a usar a razão em certas

situações, ao Dé que em vários momentos foi um pai, a Márcia por poder contar em

todas as circunstâncias; Tia Bia por todo carinho e auxílio. Ao meu amado pai cujo

espírito vive em meu coração para sempre.

A orientadora Profa. Etiene Picanço, que me acolheu na última hora e foi fundamental

na elaboração deste trabalho. Aos excelentes mestres e professores Raquel Telhado,

Fernanda Neves, Teresa Miglioli, Estela Maris e Joelso Peralta por todo o

ensinamento, compreensão e ajuda.

Aos terapeutas Nahana e Antônio que sabiamente sempre me acalmaram e fizeram

voltar para o foco nos momentos caóticos.

Aos colegas de aviação pelo auxílio e colaboração principalmente a Cristiane Oliveira.

As amigas, pelo companheirismo e carinho dispensado a mim em todos os momentos

Daiane Janner, Carla Krug, Lauren Aita, Josiane Lima e Bianca Sperb. A parceira

Elisa Nicoloso pela ajuda no Trabalho de Conclusão de Curso.

Aos colegas de faculdade Leonardo Reis, Ivonete Liberato e Nina Pancevski por toda

ajuda e exemplo.

Por último mas não menos importante ao grupo de amigas, colegas e futuras

nutricionistas Luciana Oliveira, Flávia Tinoco, Hayanne Travassos e Dayanna

Cardoso pelos momentos compartilhados, obrigada por toda a cumplicidade.

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“Quando Deus tira algo de seu alcance ele não está

punindo mas apenas abrindo as sua mãos para receber

algo melhor.”

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PINHEIRO, Elisa Motta. Alimentação Saudável e as Influências no Estado Nutricional dos Aeronautas. Rio de Janeiro, 2017, 40p. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Nutrição, Centro Universitário IBMR/Laureate International Universities.

RESUMO

Objetivo - Avaliar a alimentação embarcada para os aeronautas das empresas aéreas comerciais brasileiras, analisar os dados antropométricos e traçar uma possível relação entre essas variáveis. Método - foi realizada uma pesquisa contendo dados antropométricos (peso e altura). Foi avaliada a ingestão das refeições servida a bordo a partir de um questionário contendo 21 questões. A amostra foi composta por 46 tripulantes dos gêneros feminino e masculino de todo o Brasil. Resultado: Observou se que 4,34% (n=2) com baixo peso, 60,88% (n = 28) dos voluntários apresentaram se com peso adequado, 28,26% (n = 13) em sobrepeso, 6,52% (n = 3) em obesidade. Verificou se que 90% consomem a refeição embarcada, 10% não consome. Foi constatado um cansaço comum entre todos os tripulantes e o índice de Dispensa Médica (DM) de 58,69% dos aeronautas no último um ano, que provavelmente então associados a uma má alimentação. A tripulação apresentou um ingestão inadequada de nutrientes, excesso no consumo de gorduras total e saturada causando desequilíbrio no consumo energético, podendo comprometer a saúde e influenciar na produtividade do trabalho.

Palavras-chave: alimentação saudável, estado nutricional adulto, flight crew, flight nutricion

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Questionário para pesquisa de satisfação com relação a alimentação

servida pelo catering para os aeronautas……………………………………………….14

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Índice de Massa Corporal..............................………..………………..……17

Tabela 2 - Média dos Dados Antropométricos………….…………………..…………..18

Tabela 3 - Notas das Refeições Avaliadas……………..……………………...…….….20

Tabela 4 - Distribuição dos Nutrientes - Média por Refeição……………………….…23

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cálculo do IMC……………….…….......……….…….………………………18

Figura 2 – Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da

pesquisa aplicada aos voluntários….………………...…………………..…………..….19

Figura 3 – Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da

pesquisa aplicada aos voluntários ….……………………………….....………………..21

Figura 4 – Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da

pesquisa aplicada aos voluntários……………………………………………………..…21

Figura 5 – Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da

pesquisa aplicada aos voluntários……………………………………………………..…22

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LISTA DE SIGLAS

A - Altura

AI - Ingestão Adequada

ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil

CEMAL – Centro de Medicina Aeroespacial

DIESAT - Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos

Ambientes de Trabalho.

DM - Dispensa Médica

DRIs - Dietary Reference Intakes

E - Estatura

EAN - Educação Alimentar e Nutricional

F - Figura

G - Grama

I - Idade

IMC - Índice de Massa Corporal

INST - Instituto Nacional de Saúde no Trabalho

KCAL - Quilocaloria

KG - Quilo

LILACS - Literatura Latino - Americana em Ciências de Saúde

NA - Nenhuma das Alternativas

OACI - Organização Internacional da Aviação Civil

OMS - Organização Mundial da Saúde

P - Peso

PlanSAN - Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

PNAN - Política Nacional de Alimentação e Nutrição

T - Tabela

WHO - World Health Organization

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SUMÁRIO

1. Introdução .............................................................................................................11

2. Objetivos ...............................................................................................................13

2.1. Objetivo geral .............................................................................................13

2.2. Objetivos específicos …..............................................................................13

3. Material e métodos ................................................................................................14

4. Resultados….……………………………………………………………………….……18

5. Discussão..….…….................................................................................................24

6. Conclusão....................................…….……..…………….……………………..……27

7. Referências Bibliográficas ……………………………….….……………………….…28

Anexo 1 - Informações Nutricionais do Café da Manhã…………………….……….…32

Anexo 2 - Informações Nutricionais do Lanche……………………………………..…..33

Anexo 3 - Informações Nutricionais do Almoço/ Jantar..………………………...….…34

Anexo 4 - Informações Nutricionais do Lanche da Tarde/ Ceia……………………… 37

Anexo 5 - Informações Nutricionais do Serviço de Bordo - Tripulantes ………..……39

Anexo 6 - Fotos representativas das refeições oferecidas aos aeronautas durante

o trabalho em vôo………………………………………………………………….……….40

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1. INTRODUÇÃO

Uma boa alimentação é aquela que mantém o organismo em estado de saúde,

ou seja, como ossos e dentes fortes, peso e estatura de acordo com o biotipo do

indivíduo, disposição, resistência às enfermidades, vontade de trabalhar e divertir-se.

Para que isso ocorra, é imprescindível uma dieta com porções adequadas de

proteínas, carboidratos, lipídeos, fibras, vitaminas e minerais variados (MONTEIRO;

COSTA, 2004). Além disso, a quantidade de alimentos é muito importante pois o

excesso pode causar sobrepeso, diabetes e muitas doenças associadas, já a falta ou

exclusão de alguns leva à desnutrição, carência de vitaminas entre outras (FRANCO

et al., 2007).

Como dito anteriormente, a nutrição é um fator essencial na manutenção da

saúde e bem estar do indivíduo. Através de refeições balanceadas, constitui um dos

recursos utilizados pela medicina preventiva, alicerçados a outros para determinar

uma vida saudável e duradoura (DARTORA, 2006).

Para essa conscientização sobre alimentação como fator que contribui para

melhor qualidade de vida, faz-se necessário um incentivo a promoção da saúde por

meio de educação nutricional tornando, portanto uma necessidade atual. A sociedade

não precisa de modismos, e sim da verdadeira conscientização da importância dos

hábitos alimentares corretos, isto é, fornecimento de alimentos necessários, nas

quantidades adequadas, nos momentos certos, e por meio desta disciplina alcançar

os benefícios satisfatórios para a saúde do corpo e, desta forma, contribuir para a

aquisição de uma boa qualidade de vida (AMARAL, 2008).

Conforme Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN, 2011), existe

um conjunto de estratégias com o objetivo de proporcionar a alimentação adequada

e a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) foi incorporada ao Plano Nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional (PlanSAN). O PNAN integra esforços do estado

brasileiro, que por meio de um conjunto de políticas públicas propõe respeitar,

proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e a alimentação.

Uma área em construção na saúde pública é a saúde do trabalhador que

estabelece uma relação entre doenças e fatores de riscos presentes no local das

atividades exercidas. O Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST) e o

Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de

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Trabalho (DIESAT) têm como objetivo averiguar as condições e o ambiente de

trabalho, verificar os possíveis riscos e apurar os prejuízos à saúde (PINHEIRO,

2005).

Os perigos nos processos de trabalho da aviação civil estão presentes no dia

a dia e tais efeitos podem ser refletidos na saúde do tripulante. Sendo assim, é

imprescindível verificar se é fornecida pelas empresas aéreas brasileiras uma

alimentação saudável e suas influências no estado nutricional. A saúde dos

aeronautas é monitorada periodicamente pelo Centro de Medicina Aeroespacial (CE-

MAL), porém, tem sido questionada devido aos vários fatores de risco a que são

submetidos (PAULICH, 1998).

O objetivo deste estudo foi verificar se as refeições embarcadas para tripulantes

nas empresas aéreas são saudáveis e balanceadas.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Verificar se a alimentação embarcada para a tripulação nas empresas de

transporte aéreo brasileiras é saudável e balanceada.

2.2. Objetivos Específicos

Analisar os dados antropométricos dos trabalhadores;

Averiguar a aceitação do cardápio pelos aeronautas;

Levantar informações sobre a qualidade da refeição servida dentro do avião;

Analisar a variabilidade da alimentação ofertada a bordo;

Relacionar a alimentação e suas possíveis influências na saúde dos funcionários.

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3. MATERIAL E MÉTODO

Foi realizada uma pesquisa na qual participaram voluntariamente 46

aeronautas sendo 17 homens e 29 mulheres, com idade entre 29 e 59 anos. Foram

avaliados tripulantes da aviação comercial brasileira advindos das bases Porto Alegre,

São Paulo e Rio de Janeiro, dentre eles 02 comandantes, 06 copilotos, 12 chefes de

cabine e 26 comissários, que em média realizaram 68 horas mensais de voo em turnos

variados. Os dados foram coletados em outubro de 2017, no Rio de Janeiro.

Inicialmente foi aplicado um questionário previamente constituído com 21 itens

constando entre eles informações pessoais, de saúde e referentes a qualidade das

refeições embarcadas, distribuído eletronicamente, como demonstrado no quadro

abaixo:

Quadro 1. Questionário para pesquisa de satisfação com relação a alimentação

servida pelo catering para os aeronautas

1- Idade

2- Peso

3- Altura

4- Função Cmt Cop Chc Cms

5- A qual grupo pertence

Rota Inter Ponte VDC

6- Se alimenta das refeições embarcadas

Sim Não

7- Qual refeição que embarca consome

Café da manhã Sim Não

Lanche Sim Não

Almoço Sim Não

Lanche da Tarde Sim Não

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Jantar Sim Não

Ceia Sim Não

8- Nas refeições almoço e jantar, qual é sua preferência

Carne Sim Não

Frango Sim Não

Peixe Sim Não

Massa Sim Não

Vegetariano Sim Não

9- A quantidade da refeição (almoço e jantar) é suficiente para alimentá-lo

Sim Não

10-Consome sobremesa Sim Não

11- Consome salada Sim Não

12- A quantidade do lanche (café da manhã, lanches e ceia) é suficiente para alimenta lo

Sim Não

13- Qual a nota daria para os alimentos embarcados quanto à qualidade entre 1 a 10 sendo, 1 péssimo e 10 ótimo.

Café da manhã 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Lanche 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Almoço 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Lanche da tarde 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Jantar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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16

Ceia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

14- O que mudaria na alimentação servida

Quantidade Sim Não

Qualidade Sim Não

Inclusão de frutas Sim Não

Inclusão alimentos integrais

Sim Não

15- Com que frequência leva alimentos para o voo

Sempre Ás vezes Nunca

16- Quanto à sua disposição durante o voo sente se:

Disposto Cansado

17- Pratica alguma atividade física

Sim Não

Quantas vezes na semana

1 2 3 4 5 6 7

18- Toma suplemento alimentar

Sim Não

Qual

19- Faz algum acompanhamento com nutricionista

Sim Não

20- Tem alguma doença crônica (diabetes, hipertensão, osteoporose, etc)

Sim Não

Qual

21- Quantas DM deu no último 1 ano

1 2 3 4 5 6

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Para a classificação do estado nutricional, foi realizado o cálculo do Índice de Massa

Corporal (IMC) através da fórmula peso (kg) dividido pela altura (m) ao quadrado

(P/A2) conforme referência da Organização Mundial de Saúde (OMS 2013).

Os dados estão representados nos gráficos como média e erro padrão da

média e em valores percentuais a partir da análise dos IMCs dos voluntários. O

software utilizado foi o Prisma version 6. Posteriormente, o trabalho foi embasado por

meio de pesquisas bibliográficas realizada por meio de sites de órgãos do Governo

Federal, Ministério da Saúde, assim como o uso de base de dados SciELO, PUBMED,

LILACS (Literatura Latino - Americana em Ciências de Saúde), entre outros.

Os tripulantes foram classificados de acordo com o resultado do IMC

encontrado, seguindo a classificação definida pela OMS, válida somente para

pessoas adultas (20-59 anos) conforme tabela a seguir.

Tabela 1. Índice de Massa Corporal

IMC (Kg/m²) Classificação

≤ 18,5 Baixo Peso

> 18,5 e < 25 Peso Adequado

≥ 25 e < 30 Sobrepeso

≥ 30 Obesidade

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/dicas-de-saude/imc-em-adultos.html

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4. RESULTADOS

Com relação aos dados antropométricos o IMC apresentado pelos aeronautas

foi 4,34% (n= 2) com baixo peso, 60,88% (n=28) tendo peso adequado, sobrepeso

28,26% (n=13), e 6,52% (n=3) com obesidade. Portanto a maioria das pessoas estão

com o peso adequado de acordo com a avaliação do estado nutricional encontrado.

Tabela 2. Média dos Dados Antropométricos

Dados Antropométricos Média

Peso (kg) 69,74 kg

Altura (m) 1,71 m

IMC 23,54

Figura 1. Cálculo do IMC

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No que se refere a aceitação do cardápio pelos tripulantes apontou que 90%

dos questionados afirmaram ingerir pelo menos um dos alimentos ofertados, porém

10% negaram qualquer consumo a bordo devido a vários fatores, ao qual será

abordado posteriormente. O café da manhã é a refeição apontada com maior índice

de consumo (20%), enquanto a ceia sendo a opção menos consumida (13%). Quanto

a preferência dos pratos nas principais refeições, o peixe foi o item mais selecionado,

com 32,65% das opiniões. Os colaboradores, ainda assinalaram como ser

insuficiente a quantidade das refeições (57,14%) e dos lanches (66%) conforme

dados obtidos. A salada é consumida por 64% dos trabalhadores, já 48% desses

afirmaram consumir a sobremesa.

B A

C D

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Figura 2. Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da pesquisa

aplicada aos voluntários. (A) Consomem comida embarcada; (B) Quais refeições

consomem; (C) Quantidade da refeição é suficiente; (D) Consomem salada; (E)

Consomem sobremesa; (F) Quantidade do lanche é suficiente.

Quanto a qualidade das refeições, abordada no questionário, foi solicitado que

avaliassem as mesmas em uma escala de 1 - 10, sendo 1 péssimo e 10 ótimo, a

média geral ficou 5,5, ou seja, é considerada como regular. Dentre as respostas

obtidas, 27,47% afirmam que mudariam a qualidade no padrão da alimentação,

19,23% modificariam a quantidade, 26,37% incluiriam frutas e 26,92% gostariam que

embarcasse alimentos integrais.

Tabela 3. Notas das Refeições Avaliadas

Refeição Café da Manhã

Lanche Almoço Lanche da Tarde

Jantar Ceia

Média por refeição

6,0 5,2 5,8 5,2 5,8 5,4

Média Geral 5,5

E F

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21

Figura 3: Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da pesquisa

aplicada aos voluntários. Avaliação quanto à pergunta: o que mudaria nas refeições.

Foi constatado que 80% dos tripulantes levam alimentos para o voo, dentre as

possíveis causas estão a qualidade avaliada como regular, a baixa diversidade dos

alimentos, pouca oferta de frutas e a falta de alimentos saudáveis. Praticamente a

metade, 48% dos tripulantes relatam cansaço durante o voo, mesmo que 84% deles

pratiquem atividade física e 36% tomem algum tipo de suplemento.

A B

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Figura 4. Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da pesquisa

aplicada aos voluntários. (A) Leva alimento para o vôo; (B) Disposição; (C) Praticam

atividade física; (D) Tomam suplementos.

Foi calculado que nos últimos 12 meses anteriores ao questionário 58,69% dos

aeronautas deram pelo menos uma Dispensa Médica (DM), 26% afirmaram

possuírem doenças crônicas como osteoporose, hipertensão, artrose, hipotireoidismo,

pré diabetes, hipercolesterolemia entre outras. Mesmo com esse alto índice de

afastamento do trabalho devido a doenças, apenas 14% fazem acompanhamento

com nutricionista.

Figura 5. Representação gráfica das respostas obtidas pelo questionário da pesquisa

aplicada aos voluntários (A) Acompanhamento com nutricionista; (B) Possuem

doenças crônicas.

Conforme foi analisado o cardápio de um catering brasileiro, ao qual contempla

todas 6 as refeições diárias. Este possui um ciclo de uma semana, ou seja, estes

mesmos pratos ficam repetindo por 7 dias consecutivos para somente após serem

C D

A B

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alterados. Existe um padrão contratado pelas empresas aéreas com relação ao nível

da alimentação ofertada aos funcionários. Também há uma sequência no cardápio e

recomendações a serem seguidas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

- Café da manhã: embarcar ao menos uma opção de pão, no entanto é comum

entrar dois tipos, além de ter uma porção de frutas.

- Lanche: um salgado é obrigatório e pode ter a alternativa de um alimento doce

como por exemplo um bolo.

- Almoço/Jantar: três pratos distintos, sendo duas proteínas e uma massa.

Salada e sobremesa necessariamente precisam ter variações.

- Lanche da tarde e ceia devem ter duas opções salgadas diferenciadas.

Segundo informações nutricionais fornecido pela comissaria foi constatado

excesso de gorduras totais 202,5%, calorias 119,7%, conforme dieta estipulada para

adultos sadios com valores diários de 2000 Kcal. Entretanto carboidratos e fibras

ficaram abaixo dos índices recomendados, somente a ingestão de proteína está

adequado.

Tabela 4. Distribuição dos Nutrientes - Média por Refeição

Café da

Manhã

Lanche Almoço

Lanche da

Tarde

Jantar Ceia Total

Calorias 15% 15% 15% 15% 15% 15% 119,7%

Carboidratos 9% 7% 19,5% 7% 19,5% 7% 69%

Proteínas 17,5% 9% 20,8% 18% 20,8% 18% 104,1%

Gordura Total 27,5% 16% 49,5% 30% 49,5% 30% 202,5%

Fibras 7% 6% 17,8% 12,5% 17,8% 12,5% 73,6%

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24

5. DISCUSSÃO

Os aeronautas ficam limitados a comer ou não a refeição servida pelas

comissarias, contudo existe um agravante que conforme escala ficam muito tempo

voando, e acabam por necessidade comendo uma das opções. Os mesmos são

obrigados a fazer exames periódicos, conforme norma da ANAC, a prevalência de

obesidade vem aumentando tanto na aviação quanto na população mundial conforme

World Health Organization (WHO, 2011).

A segurança e a saúde do aeronauta precisa ser mais estudada diz a Dra Kobe

(2010). A queda do desempenho físico e mental estão associados a uma dieta

desequilibrada, na qual não é fornecido nutrientes adequados para uma possível

compensação na desordem metabólica.

Foi constatado que o pão está em 50% das refeições, café da manhã, lanches

e ceia, os alimentos possuem alto teor calórico e baixo valor nutritivo, é necessário

que haja uma variação dos alimentos ofertados, este é o principio da alimentação

saudável. A inclusão de alimentos in natura é uma opção. É necessária a saúde de

todos.

Ficou evidenciado que ao longo do dia a gordura total atingiu mais de 200% do

valor diário recomendado, este padrão dietético modula os fatores de risco

cardiovascular, diabetes, hipercolesterolemia, entre outras doenças associadas.

Estratégias para melhorar a alimentação como por exemplo carnes magras, alimentos

com baixo teor de gordura saturada, preferências por preparos de carnes assadas,

grelhadas ao invés de fritas.

No cardápio apresentado o somatório das fibras é de 73%, ou seja, está abaixo

do estipulado segundo DRIs. É de suma importância o aumento da ingestão de frutas,

verduras, legumes, oleaginosas e feijões. A fibra tem efeito benéfico à saúde visto a

grande importância no metabolismo de lipídeos e glicose.

É compreensível que tenham um baseamento em dietas com referências em

pessoas saudáveis efetuando cálculos com 2000 kcal, no entanto não é correto

usarem essa média que é baixa, pois são milhares de pessoas com biotipos diferentes

exercendo funções laborais pouco estudada ainda, existe muitas variáveis e é preciso

uma atenção especial, um cuidado com a saúde destes trabalhadores, que possuem

tantas diversidades. É necessário que embarque uma quantidade maior de alimentos,

com qualidade superior e que respeite as recomendações do Ministério da Saúde, a

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nova pirâmide alimentar indica o consumo de 3 porções de frutas, 3 de legumes, 1 de

feijões e oleaginosas, esses alimentos são basicamente artigo de luxo na aviação, e

quando embarca a quantidade é inferior a recomendada, ou ainda não é servida para

todos os tripulantes.

É possível fazer um cardápio mais adequado, balanceado e saboroso.

Segundo relatos as poucas frutas que embarcam normalmente estão deteriorada. Há

vários casos de intoxicação alimentar, porém não é efetivamente computado, pois a

maioria dos casos acontecem com os próprios trabalhadores, e após ingerir a refeição

não é possível comprovar. Estes casos estão associados a falta de um local próprio

para armazenamento dos alimentos, em voos longos existe uma propensão maior,

pois como não existe geladeira dentro das aeronaves, o que rotineiramente acontece

é a comissaria embarca uma quantidade restrita de gelo seco (segundo

regulamentação da ANAC) que não é suficientemente para manter uma temperatura

segura para a não proliferação de microorganismos, além de o gelo seco evaporar

rápido devido ao ar seco do avião.

Entre preparar as refeições, sair do catering, ir para o caminhão das

comissarias que não são adequadamente refrigerados e mesmo assim com o tempo

que permanecem abertos para efetuar o abastecimento dos aviões, a temperatura fica

elevada. Adicionando o tempo da viagem até o destino, é de fato pouco relatado os

casos de intoxicação alimentar que acontecem, porém o número de dispensas com

este motivo é grande.

Conforme Moraes et. al.,( 2001):

Existem evidências que a ingestão de uma dieta desequilibrada está exercendo

influências no estado nutricional dos tripulantes e a possível consequência são os

40% dos comissários com peso fora do padrão. Além do alto índice de DM, baixando

a produtividade e causando prejuízo as empresas aéreas e aos próprios aeronautas.

Todas as companhias deveriam investir numa alimentação mais saudável e rever os

contratos com os caterings.

em geral, a alimentação dos pilotos, seja à bordo ou em terra, não se ajusta à sua necessidade metabólica e é realizada em horários irre-gulares e sob condições inadequadas. A qualidade da refeição não é satisfatória e pode gerar flatulência, carência alimentar e elevação dos lipídeos no sangue. Como a escolha dos alimentos nem sempre se dá de acordo com o seu valor nutritivo, não há como considerar as necessidades próprias de cada organismo.

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Segundo Lipp (2006):

De acordo com dados publicados por Itani (2009), mostra o aumento do IMC e

piora do perfil lipídico aumentando a probabilidade de doenças cardíacas. Segundo a

autora, o trabalho dos tripulantes são comprovadamente desgastante e estressantes

tanto fisiologicamente quanto psicologicamente e a alimentação tem influência direta

nestes quesitos. O texto ressalta que as escalas são complexas com jornadas

extensas e irregulares, causando distúrbios no sono e na alimentação.

Ainda, conforme reforçado no artigo anterior, ao qual o público alvo são os

pilotos, vale também para todos os comissários pois o perfil é semelhante, onde

demostram que as necessidades metabólicas são diferentes devido a escala de

trabalho, com horários irregulares, jornadas extensas ao qual causam distúrbios no

ciclo circadiano, comprometendo o sono, alterando a alimentação e influenciando na

imunidade. Além disso, as refeições embarcadas não são satisfatória quanto à

qualidade.

Apesar de a maioria dos tripulantes, aqui analisados, estarem com o estado

nutricional dentro da faixa de adequado, é necessário um cuidado especial com os

que estão fora deste intervalo para que não sejam agravados. Não podemos

desconsiderar o alto percentual dos funcionários fora do índice de adequação e isso

pode ter influências na saúde e na produtividade do aeronauta, uma vez que foi alta

a taxa de trabalhadores com sobrepeso e vários estão muito próximo da faixa de

obesidade.

Giang em 2005 constata que o maior motivo de aposentadoria dos pilotos são

por invalidez causadas por doenças cardíacas, de acordo com as normas da

Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO). Também, foi comprovado que o

IMC era adequado e com o passar do tempo aumentou, mudando de categoria e

sugere a possível causa que está associada é a alimentação ofertada pelas empresas

aéreas.

os aspectos nutricionais estão relacionados às condições de fadiga do piloto, que se desenvolve devido ao excesso de estresse causado pelo trabalho. O efeito deste na alimentação e a possível modificação do metabolismo de vários nutrientes, além da baixa ingestão, que po-dem trazer vários prejuízos a saúde dele que são suscetíveis a má absorção dos mesmos devido a exaustão adquirida em trabalho.

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6. CONCLUSÃO

Diante dos resultados obtidos pode se observar que o cardápio embarcado

para a tripulação na aviação comercial não segue regras básicas de alimentação

saudável e balanceada conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde,

visto que um dos princípios básicos é a variedade dos alimentos e distribuição correta

dos nutrientes. A dieta consumida pelos aeronautas, mediante esta pesquisa, foi

caracterizada como hipercalórica, hiperlipídica e normoproteica.

O Sindicato dos Aeronautas que faz parte do DIESAT, poderia colaborar em

prol da classe para que houvesse uma melhoria na alimentação e assim todos seriam

beneficiados. Deveriam ministrar palestras com profissionais da área da saúde e

divulgar materiais informativos relacionados ao assunto. O CEMAL por sua vez

deveria fornecer aos tripulantes o resultado dos exames médicos feito periodicamente

e fazer uma análise, além de mante-los informados e alerta-los dos possíveis riscos.

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ANEXOS

Anexo 1. Informação Nutricionais do Café da Manhã

Anexo 1.1. Opção a) Pão de sal com linhaça, queijo minas frescal, queijo muçarela

e manteiga sem sal

Porção 90g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 301 kcal 15%

Carboidratos 24g 8%

Proteínas 12g 16%

Gordura total 17g 31%

Fibras 0,9g 4%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

Anexo 1.2. Opção b) Pão sírio com peito de peru defumado, queijo minas frescal e

manteiga sem sal

Porção 90g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 223 kcal 11%

Carboidratos 17g 6%

Proteínas 8,5g 17%

Gordura total 13g 24%

Fibras 0 0

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017

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Anexo 1.3. Frutas frescas da estação

Porção 70g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 32 kcal 2%

Carboidratos 7,3g 2%

Proteínas 0,5g 1%

Gordura total 0 0

Fibras 0,7g 3%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

Anexo 2. Informação Nutricionais do Lanche

Anexo 2.1. Opção a) Pão de leite, carne louca desfiada e queijo muçarela

Porção 90g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 195 kcal 10%

Carboidratos 20g 7%

Proteínas 11g 15%

Gordura total 7,6g 14%

Fibras 1,6g 8%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

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Anexo 2.2. Opção b) Bolo de banana e nozes

Porção 45g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 171 kcal 9%

Carboidratos 20g 7%

Proteínas 2,5g 3%

Gordura total 8,9g 18%

Fibras 0,9g 4%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

Anexo 3. Informação Nutricionais do Almoço / Jantar

Anexo 3.1. Opção a) Bife à parmegiana, arroz,mollho de tomate com manjericão e

batata

Porção 220g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 510 kcal 26%

Carboidratos 20g 9%

Proteínas 11g 14%

Gordura total 51g 64%

Fibras 2,1g 8%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

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Anexo 3.2. Opção b) Sobrecoxa de frango assada, com salsa, legumes e molho

curry cremoso

Porção 230g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 310 kcal 16%

Carboidratos 20g 7%

Proteínas 16g 21%

Gordura total 19g 34%

Fibras 2g 8%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

Anexo 3.3. Opção c) Massa farfalle com molho putanesca queijo muçarela ralado

Porção 200g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 522 kcal 26%

Carboidratos 75g 20%

Proteínas 15g 20%

Gordura total 4,8g 8%

Fibras 4,1g 18%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

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Anexo 3.4. Salada de tomate cereja, beterraba e alface americana

Porção 35g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 10kcal 0

Carboidratos 0 0

Proteínas 0 0

Gordura total 0 0

Fibras 0,6g 2%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

Sobremesa

Anexo 3.5. Opção a) Quindim

Porção 50g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 230 kcal 12%

Carboidratos 31g 12%

Proteínas 2,3g 3%

Gordura total 2,4g 4,4%

Fibras 0 0

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

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Anexo 3.6. Opção b) Mousse de limão

Porção 40g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 155 kcal 8%

Carboidratos 8,2g 3%

Proteínas 1,4g 2%

Gordura total 13g 24%

Fibras 0 0

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

Anexo 4. Informação Nutricionais do Lanche da Tarde / Ceia

Anexo 4.1. Opção a) Hot dog de pão de leite, salsicha e pure de batata

Porção 130g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 241 kcal 12%

Carboidratos 23g 8%

Proteínas 13g 17%

Gordura total 11g 20%

Fibras 2g 8%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017.

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Anexo 4.2. Opção b) Calzone de frango com catupiry

Porção 120g Quantidade por porção Valor diário

Valor energético 318 kcal 18%

Carboidratos 17g 6%

Proteínas 14g 19%

Gordura total 22g 40%

Fibras 1,2g 5%

Fonte: adaptado de LSG Sky Chefs, 2017

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Anexo 5. Informações Nutricionais Serviço de Bordo - Tripulantes

Fonte: adaptada de LSG Sky Chefs, 2017.

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Anexo 6 – Fotos representativas das refeições oferecidas aos aeronautas durante o

trabalho em vôo.

A - Café da Manhã B - Lanche/ Ceia

C - Almoço/Jantar