tibia vara de blount

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tibia vara de blount

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Tíbia vara de Blount

Dr. Tertuliano Vieira – R3 Ortopedia e traumatologia – Hospital Santa

Teresa – Petrópolis - RJ

DEFINIÇÃO

• Distúrbio de crescimento da parte medial da epífise proximal da tíbia, que ocasiona varismo tibial

• Distúrbio do crescimento da fise medial proximal da tíbia, causada por pressão excessiva na fase de varismo fisiológico.

ANATOMIA

• Alinhamento normal do joelho e de 10-15 graus de varo ao nascimento

• Atinge o neutro por volta de 15-18 meses

• A partir dos 18 meses tende ao valgo, tornando-se mais evidente aos 3-4 anos.

ANATOMIA

ETIOLOGIA/ETIOPATOGENIA

• Etiologia – desconhecida• Lei de Delpech ( compressão inibe e tração

estimula crescimento )• Alterações na cartilagem de repouso medial

sustentam a hipótese de supressão de crescimento medial

• Aumento relativo da fíbula e traves ósseas aumentam a deformidade – efeito tirante

FATORES PREDISPONENTES / EPIDEMIOLOGIA

• Meninos > meninas ( meninas pior prognóstico )

• Negros, hispânicos• Deambulação precoce < 12 meses• Alta estatura• Obesidade– Deambulação precoce resulta num aumento

variável da força de cisalhamento que é aplicada sobre a cartilagem fisária

QUADRO CLÍNICO

• PRINCIPAL: queixa de deformidade pelos pais• Saliência óssea medial na epífise• Ausência de sinais flogísticos e indolor• Pode ter frouxidão lig. medial• Marcha claudicante com leve flexão do joelho• Pés pronados, torção medial, encurtamento

leve, recurvato do joelho

ESTUDO RADIOGRÁFICO• Área de lise óssea na epífise tibial

medial, achatamento, alargamento da epífise, diferentes graus de varismo.

• Ângulo metafisio-diafisário (Levine) - cortical lateral da tíbia x linha perpendicular a uma linha que une os bicos medial e lateral da metáfise: – <11º normal, – entre 11 e 16º dúvida– > 16º Blount

CLASSIFICAÇÃO• BLOUNT– Infantil – entre 1 e 3 anos,

tem 50 a 70% de bilateralidade, progressão mais rápida da deformidade em varo

– Juvenil – entre 4 e 10 anos– Adolescente – após os 9

anos. Mais freqüente unilateral, maior prevalência em meninas negras e obesas, dolorosa.

CLASSIFICAÇÃO

• LANKGENSKIOLD – progressiva - 1 a 6– ESTÁGIO I: até 3 anos. Alterações epifisárias

proximais, leve varismo, protrusão na porção medial da epífise e irregularidades na metáfise, áreas de calcificação do osso metafisário

– ESTÁGIO II: dos 2,5 aos 4 anos. Depressão metafisária, lise óssea mais intensa, maior proeminência do pólo medial da metáfise, epífise mais alargada e em forma de cunha, mais estreita do lado interno. A remissão total é comum ate estágio

CLASSIFICAÇÃO

• LANKGENSKIOLD – ESTÁGIO III: Entre 4 e 6 anos. Degrau metafisário

medial, calcificações isoladas na borda medial, abaulamento epifisário central.

– ESTÁGIO IV: Entre 5 e 10 anos. Diminuição da altura da placa fisária, degrau medial bastante acentuado com expansão no sentido inferior da epífise medial. Barra óssea RNM.

CLASSIFICAÇÃO

• LANKGENSKIOLD – ESTÁGIO V: placa epifisária dupla parcial,

irregularidades na superfície articular medial, depressão encurvada. Inicio de barra óssea ao RX.

– ESTÁGIO VI: Entre 10 e 13 anos. Fechamento epifisário medial parcial, crescimento apenas na face lateral da epífise com varismo progressivo.

CLASSIFICACAO DE LANKGENSKIOLD

TRATAMENTO

• TÉCNICAS– Órteses: discutível– Osteotomia tibial e fibular alta– Epifisiodese– Elevação de hemiplatô– Correção angular e alongamento

TRATAMENTO• ESTAGIOS I – II: conservador

- órtese longa tipo KAFO com braçadeira lateral no joelho 23h/dia até que desapareçam as alterações ósseas na tíbia proximal medial que ocorre em torno de 2 anos

- Tratamento com órtese tem melhor resultado nos casos unilaterais

- O uso de órtese não deve ser iniciado depois dos 3 anos e não deve ter continuidade se ocorrerem alterações do estágio III de Langenskiöld

TRATAMENTO

• ESTÁGIO III:– Osteotomia proximal da tíbia e

fÍbula– Hemiepifisiodese poderá ser

associada

• São procedimentos que visam corrigir deformidades ou facilitar procedimentos posteriores

TRATAMENTO

• ESTÁGIO IV, V , VI:– Avaliar barra óssea: ressecção se presente.

Potencial de crescimento.– Osteotomias e epifisiodese: pequenas correções.– Elevação de hemiplatô– Correções angulares e alongamentos: uso de

fixadores externos

Elevação de hemiplatô

TRATAMENTO

• FIXADORES EXTERNOS:– Correção gradual por meio de fixador externo circular

de Ilizarov permite corrigir o varismo, a rotação e realizar alongamento simultâneo nos casos unilaterais

– A osteotomia proximal da tíbia com correção aguda e fixação nas deformidades graves está associada a um elevado percentual de complicações, entre elas hipercorreção ou hipocorreção, síndrome compartimental, lesão neurológica.

– Técnica utilizada em pacientes esqueleticamente maduros

TRATAMENTO

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