anatomia de superficie e palpatoria do ombro

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Anatomia de superfície e palpatória do ombro http://www.imagingonline.com.br/ Esse capítulo descreve a anatomia de superfície e procedimentos palpatórios simples aplicados ao ombro. 2010 Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Apoio: Instituto de Imagem em Saúde - CIMAS 26/10/2010 Ilustração de Leonardo da Vinci. Fonte: http://emptyeasel.com/2006/12/05/leonardo-da- vinci-artist-inventor-or-scientist/

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  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    http://www.imagingonline.com.br/ Esse captulo descreve a anatomia de superfcie e procedimentos palpatrios simples aplicados ao ombro.

    2010

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Apoio: Instituto de Imagem em Sade - CIMAS

    26/10/2010

    Ilustrao de Leonardo da Vinci. Fonte: http://emptyeasel.com/2006/12/05/leonardo-da-vinci-artist-inventor-or-scientist/

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 2

    1. CINTURA DO MEMBRO SUPERIOR

    Os ossos da cintura do membro superior so: clavcula e escpula. A clavcula um osso

    totalmente subcutneo, j a escpula apresenta algumas projees sseas subcutneas e,

    outras so recobertas pelos msculos: toracoapendiculares anteriores e posteriores e

    msculos escapuloumerais.

    A clavcula sustenta todo o esqueleto apendicular superior. Est conectada ao esqueleto axial

    por meio da articulao esternoclavicular.

    A escpula se articula com a clavcula, formando a articulao acromioclavicular, e recebe a

    cabea do mero (articulao glenoumeral ou escapulo-umeral).

    1.2. ARTICULAO ESTERNOCLAVICULAR

    uma articulao sinovial do tipo selar, sendo a nica articulao que liga o cngulo do membro

    superior ao esqueleto axial diretamente.

    Estratgia para palpao: a clavcula um osso em forma de S. A extremidade que se acomoda no

    osso esterno bastante globosa, formando uma proeminncia acima do manbrio do esterno. Ambas

    as articulaes esternoclaviculares se posicionam spero-lateralmente a incisura jugular do esterno

    (fig.1).

    Fig.1 palpao da articulao esternoclavicular.

    [t1] Comentrio: As fraturas da clavcula (geralmente no tero mdio) so visualizadas facilmente. A articulao do ombro acometido se apresenta em um nvel mais inferior que o do lado no acometido, condio denominada de ombro cado.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 3

    1.3. CLAVCULA

    A clavcula apresenta uma extremidade esternal, articulada com o esterno (incisura clavicular), um

    corpo tortuoso (forma de S), e uma extremidade acromial articulada com a escpula (face articular da

    clavcula) (fig.2).

    Fig. 2 Palpao da clavcula. 1-articulao esternoclavicular, 2- extremidade esternal da clavcula, 3- corpo da clavcula. 1.3.1. Extremidade esternal da clavcula

    Estratgia para palpao: a extremidade esternal da clavcula se localiza lateralmente articulao

    esternoclavicular (fig.2).

    1.3.2. Corpo da clavcula

    O corpo da clavcula dividido em duas regies: uma medial e outra lateral. A regio medial apresenta

    uma convexidade anterior (convexidade ntero-medial), e uma concavidade posterior (concavidade

    pstero-medial).

    A regio lateral o inverso, sua convexidade posterior (convexidade pstero-lateral), e concavidade

    anterior (concavidade ntero-lateral) (fig.2).

    Estratgia para palpao:

    A) convexidade ntero-medial aps localizar a articulao esternoclavicular, deslize o dedo

    lateralmente na face anterior da clavcula, percebendo a curva convexa da clavcula (fig.3).

    .

    Fig.3 palpao da convexidade ntero-medial da clavicular.

    [t2] Comentrio: As fibras claviculares do m. peitoral maior se inserem na convexidade ntero-medial da clavcula. possvel sentir a contrao das fibras durante o movimento resistido de aduo combinado com flexo do brao.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 4

    B) concavidade pstero-medial partindo da articulao esternoclavicular, deslize o dedo lateralmente

    na face posterior da clavcula, percebendo sua concavidade (fig.4).

    Fig. 4- palpao da concavidade pstero-medial da clavcula.

    C) concavidade ntero-lateral aps localizar a convexidade ntero-medial, deslize o dedo lateralmente

    na face anterior da clavcula em direo ao acrmio (ponta do ombro) (fig.5).

    Fig.5 palpao da concavidade ntero-lateral da clavcula.

    [t3] Comentrio: A pulsao da a. subclvia pode ser aferida na concavidade pstero-medial da clavcula. A cabea clavicular do m. esternocleidomastide se insere nessa concavidade.

    [t4] Comentrio: Fibras claviculares do m. deltide se inserem na concavidade ntero-lateral da clavcula. A concavidade um ponto de referncia para a localizao do processo coracide da escpula, localizado inferiormente.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 5

    D) convexidade pstero-lateral partindo da concavidade pstero-medial, deslize o dedo na face

    posterior da clavcula em direo ao acrmio (fig.6).

    Fig. 6- palpao da convexidade pstero-lateral da clavcula.

    1.4. ARTICULAO ACRMIOCLAVICULAR

    uma articulao sinovial do tipo plana, formada pelo encaixe da face articular acromial (extremidade

    acromial da clavcula) e a face articular clavicular (localizada no acrmio da escpula).

    Estratgia para palpao: seguindo a face superior da clavcula em direo ao ombro percebe-se uma

    depresso (degrau), a parte elevada a extremidade acromial da clavcula, a parte aps o degrau o

    acrmio, sendo a articulao acrmioclavicular o local da depresso (degrau) (fig. 7).

    Fig.7 Palpao da articulao acrmioclavicular. 1-extremidade acromial da clavcula, 2- articulao acrmioclavicular, 3 acrmio.

    1 2 3

    [t5] Comentrio: Nesta convexidade esto inseridas as fibras da parte descendente do m. trapzio.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 6

    1.5. ESCPULA

    Para uma visualizao global da escpula, principalmente a sua face posterior, podemos posicionar o

    brao em rotao medial, desta forma, a escpula tende a se afastar do gradil costal e, podemos

    observar o ngulo inferior e a margem medial facilmente (fig. 8).

    Fig.8 Abordagem global da escpula em vista posterior. 1- margem lateral, 2- margem medial, 3- ngulo inferior da escpula. Vista posterior.

    Estratgia para palpao:

    A) acrmio: aps a depresso (articulao acrmioclavicular) que pode ser sentida na face superior da

    clavcula em direo lateral, chega-se ao acrmio, que forma a ponta ssea do ombro (figs.7 e 9).

    Fig.9 Palpao do acrmio da escpula. Vista pstero-lateral.

    1 2

    3

    [t6] Comentrio: Local de insero das fibras acromiais do m. deltide, e fibras descendentes do m. trapzio.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 7

    B) espinha da escpula: partindo do acrmio, deslize o dedo para a regio posterior da escpula

    percebendo a macia projeo ssea que forma a espinha da escpula (fig. 10).

    Fig. 10 Palpao da espinha da escpula (1). 2- fossa supra-espinal, 3- fossa infra-espinal. Vista posterior.

    C) margem medial da escpula: durante a palpao da espinha da escpula, deslize o dedo em direo

    medial at encontrar a margem medial da escpula. Percorra palpando a margem medial da escpula

    no sentido longitudinal, do ngulo inferior at o ngulo superior (figs. 8 e 11).

    Fig.11- A linha tracejada entre os indicadores mostra a margem medial da escpula. 1- ngulo inferior da escpula. Vista posterior.

    1 1

    2

    3

    1

    [t7] Comentrio: Local de insero das fibras espinais do m. deltide, fibras transversas e ascendentes do m. trapzio.

    [t8] Comentrio: Local de insero dos msculos: serrtil anterior, rombides maior e menor, e levantador da escpula.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 8

    D) raiz da espinha da escpula: o encontro da espinha com a margem medial da escpula. Deslize o

    dedo da espinha da escpula at a sua margem medial (fig.12).

    E) ngulo superior: partindo da margem medial da escpula, deslize o dedo sobre essa margem

    superiormente a raiz da espinha da escpula (fig. 12).

    Fig. 12. Palpao do ngulo superior da escpula (3). 1-espinha da escpula, 2- raiz da espinha da escpula.

    F) ngulo inferior: localizando a margem medial da escpula, deslize o dedo no sentido inferior at

    encontrar o ngulo inferior da escpula (figs. 8 e 11).

    G) margem lateral: aps a localizao do ngulo inferior, deslize o dedo em direo articulao do

    ombro, exercendo uma presso maior. Nessa margem esto inseridos os msculos redondo maior e

    redondo menor (fig.8).

    H) fossas supra-espinal e infra-espinal: posicione os dedos sobre a espinha da escpula. Deslize o dedo

    indicador superiormente e anteriormente, identificando a fossa supra-espinal e o m. supra-espinal.

    Deslize o dedo mdio inferiormente, identificando a fossa e o m. infra-espinal (fig. 10).

    1 2

    3

    [t9] Comentrio: A raiz da espinha da escpula est na altura da terceira vrtebra torcica (TIII). Nesse local ocorre a fixao das fibras do m. rombide menor.

    [t10] Comentrio: Est na altura entre a primeira e segunda vrtebras torcicas (TI - TII). O m. levantador da escpula est inserido entre o ngulo superior e a raiz da espinha da escpula.

    [t11] Comentrio: Est na altura da stima vrtebra torcica (TVII).

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 9

    I) processo coracide: localizando a concavidade ntero-lateral da clavcula, deslize o dedo no sentido

    inferior e lateral at encontrar o processo coracide (fig.13).

    Fig. 13 Palpao do processo coracide da escpula (2). 1- concavidade ntero-lateral da clavcula.

    1.6. MSCULO TRAPZIO

    um dos msculos toracoapendiculares posteriores. Movimenta a cabea, pescoo e a cintura do

    membro superior. Divide-se em trs partes: descendente (superior), transversa (mdia), ascendente

    (inferior). inervado pelo nervo acessrio e nervos cervicais (C3 e C4). Observe que suas fibras

    descendentes formam a elevao entre o pescoo e a cintura do membro superior, projetando-se

    lateralmente no pescoo.

    Estratgia para palpao: o m. trapzio de fcil visualizao e palpao. Entretanto, podemos

    evidenciar as fibras descendentes: coloque a palma de uma das mos sobre o acrmio, solicite para o

    paciente elevar o ombro (empurrar sua mo para cima), voc deve fazer uma pequena resistncia parar

    impedir o movimento. As fibras descendentes do trapzio entram em contrao nesse momento, e

    possvel notar a densidade do ventre muscular (figs. 14 e 15).

    1 2

    [t12] Comentrio: Local de insero dos msculos: peitoral menor, coracobraquial e cabea curta do m. bceps braquial.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 10

    Fig. 14 O indicador est posicionado na fossa supra-espinal. 1- parte descendente do m. trapzio. Vista posterior. Fig. 15 Palpao da parte descendente do m. trapzio. Vista pstero-lateral.

    1.7. MSCULO ESTERNOCLEIDOMASTIDEO

    Localizado no pescoo, o m. esternocleidomastideo importante para a diviso do pescoo em

    trgonos (anterior e posterior). Possui duas cabeas (esternal e clavicular), sua insero no processo

    mastide do osso temporal. inervado pelo nervo acessrio e nervos cervicais (C3 e C4).

    Estratgia para palpao: para evidenciar as fibras do m. esternocleidomastideo necessrio um

    posicionamento especial. Este msculo tem a funo de flexionar o pescoo (contrao bilateral) e

    rodar a cabea para o lado oposto (contrao unilateral). Pea para o paciente rodar a cabea para um

    dos lados (ex: lado direito), na regio anterior do pescoo, do lado oposto do exemplo (lado esquerdo),

    torna-se evidente o msculo esternocleidomastideo. Nesse momento possvel palpar a cabea

    esternal, que se desloca para o esterno e, a cabea clavicular inserida na concavidade pstero-medial

    da escpula. Se o posicionamento no for suficiente para evidenciar o ventre muscular e suas cabeas,

    deve-se fazer uma resistncia. Posicione a cabea do paciente voltada para o lado (no caso oposto ao

    msculo que ser avaliado), coloque uma das mos sobre a mandbula do paciente, pea para que ele

    gire a cabea, afim de retorn-la para a posio anatmica (olhando para frente), faa uma pequena

    resistncia para impedir o movimento. Nesse momento o m. esternocleidomastideo est em

    contrao, sendo possvel a visualizao e palpao das suas cabeas (esternal e clavicular) (fig.16).

    1

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  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 11

    Fig. 16 Palpao da cabea clavicular do msculo esternocleidomastideo (1). 2- cabea esternal do m. esternocleidomastideo.

    1.8. OMBRO

    Na superfcie do ombro, formando o contorno arredondado localizamos o m. deltide, que pode ser

    bastante volumoso, dificultando o acesso palpatrio de outras estruturas, ou delgado, facilitando a

    palpao. A articulao do ombro uma articulao sinovial do tipo esferidea, formada pelo encaixe

    da cabea do mero com a cavidade glenoidal da escpula. Nessa regio palparemos: a epfise proximal

    do mero (cabea do mero, tubrculos maior e menor, sulco intertubercular) e o msculo deltide.

    1.8.1. Cabea do mero: est recoberta pela cpsula articular do ombro e ligamentos capsulares, pelos

    tendes do manguito rotador e pelo m. deltide.

    Estratgia para palpao: localize o processo coracide da escpula. Deslize seu dedo lateralmente, at

    sentir uma elevao arredondada (cabea do mero), nesse momento faa uma pina bidigital

    utilizando o indicador e o polegar, envolvendo a cabea do mero tanto anteriormente quanto

    posteriormente e, realize a rotao medial e lateral do brao percebendo o deslocamento da cabea do

    mero (fig. 17).

    1 2

    [t13] Comentrio: Grupo muscular responsvel pelo direcionamento e coaptao da articulao do ombro. Formado pelos msculos: supra-espinal, infra-espinal, redondo menor e subescapular.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 12

    Fig. 17 Palpao da cabea do mero. Vista lateral.

    1.8.2. Tubrculo menor, sulco intertubercular e tubrculo maior: so acidentes sseos da epfise

    proximal do mero. Essas estruturas so mais difceis de realizar a palpao por estarem localizadas

    profundamente ao m. deltide.

    Estratgia para palpao:

    A) tubrculo menor do mero: aps a localizao da cabea do mero, posicione o membro do paciente

    em posio anatmica (polegar dirigido lateralmente), nesse momento possvel sentir uma pequena

    projeo ssea o tubrculo menor (fig. 18).

    B) sulco intertubercular do mero: com a posio de palpao do tubrculo menor, realize o

    movimento de rotao medial, no local que voc sentia uma projeo ssea (o tubrculo menor)

    aparece uma depresso acentuada, o sulco intertubercular (fig. 18).

    C) tubrculo maior do mero: aps a palpao do sulco intertubercular, movimente o membro superior

    do paciente em rotao medial mxima. O tubrculo maior ser palpvel nessa posio (fig. 18).

    [t14] Comentrio: Insero do m. subescapular.

    [t15] Comentrio: Contm a cabea longa do msculo bceps braquial. No assoalho do sulco intertubercular esto inseridos os msculos: latssimo do dorso, redondo maior e peitoral maior.

    [t16] Comentrio: Insero para os msculos: supra-espinal, infra-espinal e redondo menor.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 13

    Fig. 18 Palpao do tubrculo menor do mero. Observe que o brao est em rotao lateral, conforme a rotao medial realizada, a palpao do sulco intertubercular e do tubrculo maior torna-se facilitada. Vista anterior

    1.9. MSCULO DELTIDE

    um msculo multipeniforme e forma o contorno arredondado do ombro. Possui trs partes:

    clavicular (anterior), acromial (mdia), e espinal (posterior). inervado pelo nervo axilar (ramo do

    fascculo posterior do plexo braquial). A localizao e palpao do msculo deltide fcil, entretanto,

    podemos evidenciar cada uma de suas partes.

    Estratgia para palpao:

    A) parte clavicular: posicionar o paciente com uma pequena flexo do ombro. Solicite ao paciente para

    manter essa posio. Aplique uma pequena resistncia na face anterior e distal do brao, as fibras

    claviculares do m. deltide so exigidas nessa posio.

    B) parte acromial: posicionar o paciente com uma pequena abduo do ombro. Solicite ao paciente

    para manter essa posio. Aplique uma pequena resistncia na face lateral e distal do brao. As fibras

    acromiais do m. deltide so exigidas nessa posio.

    C) parte espinal: posicionar o paciente com uma pequena extenso do ombro. Solicite ao paciente para

    manter essa posio. Aplique uma pequena resistncia na face posterior e distal do brao. As fibras

    espinais do m. deltide so exigidas nessa posio.

    [t17] Comentrio: A insero da margem inferior, da parte espinal do m. deltide, no mero um ponto de referncia de superfcie para o n. axilar.

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 14

    1.10 SULCO DELTOPEITORAL

    Este sulco uma depresso formada entre os msculos peitoral maior e o m. deltide. Neste sulco est

    localizada a veia ceflica e a artria deltidea (ramo do tronco toracoacromial).

    1.11. AXILA

    um espao piramidal, localizada abaixo da articulao do ombro. Forma uma passagem para o feixe

    vasculonervoso, que atravessa o canal cervicoaxilar, e se direciona para o membro superior. A axila

    contm os vasos axilares, vasos linfticos, linfonodos e ramos do plexo braquial. Na anatomia de

    superfcie observamos duas pregas que delimitam a axila: as pregas axilares anterior e posterior.

    A prega axilar anterior: formada pela margem lateral do msculo peitoral maior, revestido por sua

    fscia, tela subcutnea e pele.

    A prega axilar posterior: formada pelos msculos redondo maior e latssimo do dorso, revestidos por

    sua fscia, tela subcutnea e pele.

    A. axilar: a continuao da a. subclvia, comea na margem lateral da primeira costela e termina na

    margem inferior do m. redondo maior. A a. axilar pode ser pressionada contra a parede lateral da axila

    (mero sulco intertubercular).

    Estratgia para palpao: localize as pregas anterior e posterior da axila, posicione o brao do paciente

    com uma pequena abduo. No ponto mdio entre as pregas axilares possvel pressionar a a. axilar

    contra o mero, sentindo sua pulsao (fig. 19).

    Fig.19 Palpao da artria axilar, presso contra a parede lateral da axila.

    [t18] Comentrio: A veia ceflica no sulco deltopeitoral torna-se um importante acesso venoso para infuso de medicao no recm-nascido

  • Anatomia de superfcie e palpatria do ombro

    Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Pgina 15

    2.12. REFERNCIAS

    DI DIO, John Alphonse Liberato. Tratado de Anatomia Sistmica Aplicada. So Paulo:

    Atheneu, 2002.

    BACKHOUSE, Kenneth M.; HUTCHINGS, Ralph T. Atlas colorido de Anatomia de Superfcie

    Clnica e Aplicada. So Paulo: Manole,1989.

    DRAKE, Richard L; VOGL, Wayne; MITCHELL, Adam W. M. Gray: anatomia para estudantes.

    Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

    GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J; ORAHILLY, Ronan. Anatomia: estudo regional do corpo

    humano. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

    GOSS, Charles Mayo. Gray Anatomia. 29.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

    MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F. Clinically Oriented Anatomy. 5.ed. Toronto: Lippincott

    Williams & Wilkins, 2006.

    TIXA, Serge. Atlas de anatomia palpatria. 3.ed. volume 1. So Paulo: Manole, 2009.

    AGRADECIMENTOS:

    Agradeo ao Prof. Me. Fbio Redivo Lodi, pelo auxlio prestado na preparao e aquisio das fotos e, aos modelos que participaram do projeto.

    AUTOR

    Prof. Me. Leandro Nobeschi

    Fisioterapeuta Universidade do Grande ABC (UniABC) Tecnlogo em Radiologia Centro Universitrio Anhanguera de Santo Andr (UniA) Mestre em Morfologia Universidade Federal de So Paulo (Unifesp) E-mail: [email protected]