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ANÁLISE DO ACIONAMENTO DO VEÍCULO DE LEVITAÇÃO MAGNÉTICA SUPERCONDUTORA NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA Lívia Corrêa Capistrano de Oliveira ¹ RESUMO O aumento do número de veículos nas ruas e a ausência de obras de infraestrutura viária capazes de acompanhar este aumento, dentre outros fatores, prejudicam a mobilidade urbana, que se apresenta como um dos maiores desafios das metrópoles de todo o mundo. Este artigo estuda o acionamento do protótipo operacional do veículo de levitação magnética para o transporte urbano denominado MagLev-Cobra. Foram avaliados três perfis de rampa de aceleração e frenagem, para diferentes velocidades e acelerações, considerando os aspectos: conforto e consumo de energia. Como conclusão, apresenta-se uma proposta de operação para a linha experimental de 200 m de extensão que se encontra no campus da UFRJ. Palavras-chave: Acionamento. Conversor de Frequência. Veículo de levitação. ABSTRACT The increase in the number of vehicles on the streets and the absence of road infrastructure to accompanying this increase, among other factors, hamper urban mobility, which presents itself as one of the greatest challenges of metropolises around the world. This article studies the drive profile of the magnetically levitated vehicle for urban transportation named MagLev-Cobra. Three braking and acceleration ramps for different speeds and accelerations were assessed from the point of view of passenger comfort and energy consumption. As a conclusion, an operational proposal for the experimental line located on the UFRJ campus is presented. Keywords: Drive. Converter. Levitated vehicle. _______________________________________________ ¹ Graduada em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – RJ. E-mail: [email protected].

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Page 1: ANÁLISE DO ACIONAMENTO DO VEÍCULO DE LEVITAÇÃO …foi de 49.938.038, um aumento de aproximadamente 44% em relação ao ano de 2010, como mostra o gráfico na Figura 1 (a). (a)

ANÁLISE DO ACIONAMENTO DO VEÍCULO DE LEVITAÇÃO MAGNÉTICA

SUPERCONDUTORA NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Lívia Corrêa Capistrano de Oliveira ¹

RESUMO

O aumento do número de veículos nas ruas e a ausência de obras de infraestrutura

viária capazes de acompanhar este aumento, dentre outros fatores, prejudicam a

mobilidade urbana, que se apresenta como um dos maiores desafios das metrópoles de

todo o mundo.

Este artigo estuda o acionamento do protótipo operacional do veículo de levitação

magnética para o transporte urbano denominado MagLev-Cobra. Foram avaliados três

perfis de rampa de aceleração e frenagem, para diferentes velocidades e acelerações,

considerando os aspectos: conforto e consumo de energia. Como conclusão, apresenta-se

uma proposta de operação para a linha experimental de 200 m de extensão que se encontra

no campus da UFRJ.

Palavras-chave: Acionamento. Conversor de Frequência. Veículo de levitação.

ABSTRACT

The increase in the number of vehicles on the streets and the absence of road

infrastructure to accompanying this increase, among other factors, hamper urban mobility,

which presents itself as one of the greatest challenges of metropolises around the world.

This article studies the drive profile of the magnetically levitated vehicle for urban

transportation named MagLev-Cobra. Three braking and acceleration ramps for different

speeds and accelerations were assessed from the point of view of passenger comfort and

energy consumption. As a conclusion, an operational proposal for the experimental line

located on the UFRJ campus is presented.

Keywords: Drive. Converter. Levitated vehicle.

_______________________________________________ ¹ Graduada em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro – RJ. E-mail: [email protected].

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INTRODUÇÃO

O aumento do número de veículos nas ruas e a falta de obras de infraestrutura viária

capazes de acompanhar este aumento, dentre outros fatores, prejudicam a mobilidade

urbana, que se apresenta como um dos maiores desafios das metrópoles de todo o mundo.

Segundo o DENATRAN [1], o número total de carros no Brasil em janeiro de 2016

foi de 49.938.038, um aumento de aproximadamente 44% em relação ao ano de 2010,

como mostra o gráfico na Figura 1 (a).

(a)

Na cidade do Rio de Janeiro, segunda maior metrópole do Brasil, esse aumento foi

de aproximadamente 27,5%, como mostrado na Figura 1 (b).

(b)

Figura 1 - Frota de Veículos: (a) Brasil; (b) Rio de Janeiro.

34.696.707

49.938.038

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

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2010 2016

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Ano

1.527.591

1.947.175

-

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2010 2016

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Ano

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A cidade do Rio de Janeiro, de acordo com a FIRJAN [2], ocupa a primeira posição

no ranking das capitais do Brasil que demandam mais tempo no deslocamento casa-

trabalho-casa e fez o trabalhador perder, em média, 2 horas e 21 minutos por dia, em 2012,

como mostra a Figura 2.

Figura 2 – Ranking das 10 capitais brasileiras que mais demandam tempo no

deslocamento casa-trabalho-casa

Diante de fatos como este, surge a necessidade de mudar os padrões da mobilidade

tradicional e buscar, sobretudo, soluções que priorizem questões ambientais, como a

emissão de gases poluentes ou o ruído ambiental.

A difusão de transportes sobre trilhos, como: metrôs, trens, bondes modernos,

popularmente conhecidos como VLTs, e veículos de levitação magnética (MagLev), surge

como alternativa para contribuir com a melhoria da mobilidade urbana. O MagLev, mais

especificamente, representa um modelo de tecnologia sustentável, possuindo muitas

vantagens sobre o sistema roda-trilho convencional, como: elevada capacidade de

aceleração e desaceleração, elevada capacidade de superar aclives e declives, menor

peso, além de ser mais econômico e de manutenção mais simples e barata [3].

O MagLev-Cobra é o único veículo de levitação magnética brasileiro e está sendo

desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro e, segundo [4], pode ser visto

como um componente importante na solução dos problemas de transporte urbano e do

consumo consciente de energia elétrica por ser inovador e de baixo impacto ambiental.

Portanto, comparado com outros meios de transporte, o MagLev-Cobra apresenta

vantagens relevantes, sendo o seu custo de implantação – cerca de um terço do necessário

141

132

128

125

122 122120 120

105

110

115

120

125

130

135

140

145

Rio deJaneiro - RJ

São Paulo -SP

Salvador -BA

BeloHorizonte -

MG

Recife - PE Curitiba - PR Goiânia -GO

Manaus -AMT

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Cidade

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para se implantar igual distância de um metrô subterrâneo – a principal delas. Além do baixo

custo de implantação e de operação, o veículo não emite gases poluentes e opera com um

sistema de frenagem regenerativa, capaz de devolver energia à rede elétrica.

Assim como em [5], que realizou testes para o ajuste de partida do motor linear do

protótipo em escala reduzida, este trabalho tem como principal objetivo ajustar o

acionamento do protótipo operacional do MagLev-Cobra. Pretende-se avaliar diferentes

perfis de rampa de aceleração e desaceleração do veículo, para variadas velocidades e

acelerações, e identificar qual o melhor perfil baseado nos aspectos: conforto e consumo,

como realizado em [4]. Por se tratar de um transporte de passageiros, a variável “conforto”

possui relevância para o MagLev-Cobra e está diretamente relacionada com a suavidade

das transições de velocidades do veículo durante o trajeto.

1 MAGLEV-COBRA

O MagLev-Cobra tem capacidade de transportar até 5 passageiros por metro

quadrado e futuramente, em percursos mais longos, poderá atingir uma velocidade de até

100 km/h. Atualmente, em sua linha experimental com aproximadamente 200 metros de

extensão, o veículo transporta em torno de 100 passageiros, entre alunos, professores,

funcionário e visitantes da UFRJ, em duas horas semanais de demonstração, circulando a

uma velocidade de 10 km/h ao longo da linha de testes.

Figura 3 – MagLev-Cobra

1 2 3

4

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5

Com 6 metros de comprimento, o protótipo possui quatro módulos de 1,5 metro de

comprimento. Cada um dos módulos está indicado na Figura 3. Os módulos 1 e 4 são

conhecidos como módulos de extremidade e os módulos 2 e 3 como módulos

intermediários. O módulo 1 possui, basicamente, 1 painel de comando e 1 inversor de

frequência, destinado para o controle dos motores de indução lineares, fixados nos módulos

1 e 4. O módulo 4 possui 1 painel de controle e 1 inversor de frequência, que atualmente

aciona o sistema de ar condicionado fixado no módulo 3.

Por se tratar de um veículo de levitação, as rodas foram substituídas por blocos de

aço inoxidável, os criostatos. São eles os responsáveis por fazer o veículo levitar sobre os

trilhos de imãs permanentes de Nd-Fe-B a uma altura próxima de 10 mm, como mostra a

Figura 4.

Figura 4 - Levitação do criostato sobre o trilho de imãs permanentes

No interior dos 24 criostatos (6 por módulo) que compõem o veículo, estão

supercondutores (YBCO) que devem ser refrigerados com nitrogênio líquido a uma

temperatura de -196°C.

1.1 Motor do veículo – MIL

Veículos de levitação utilizam motores lineares para sua propulsão. Estes possuem

grandes vantagens sobre os motores rotativos devido à ausência de rolamentos mecânicos,

acoplamentos e engrenagens, fazendo reduzir o custo com manutenções.

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O motor de indução linear (MIL) pode ser comparado a um motor de indução rotativo

com o seu estator e o seu rotor cortados ao longo do seu eixo. Ou seja, o MIL pode ser

entendido como um motor de indução rotativo planificado, como mostra a Figura 5.

(a) Motor rotativo (b) “Planificação” do motor

(c) Motor linear

Figura 5 - Planificação de um motor de indução linear. Fonte: [6]

Assim como um motor rotativo, o motor linear tem sua alimentação realizada através

de bobinas de fases existentes no primário e seu secundário constituído por ferro laminado

e barras de alumínio curto-circuitadas.

O motor de indução linear utilizado para tracionar o MagLev-Cobra é do tipo primário

curto e secundário longo. Desta forma, o primário encontra-se fixado no veículo e o

secundário do motor fixado ao longo de toda a via, como mostra a Figura 6.

Figura 6 - Primário e secundário do MIL do MagLev-Cobra

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Desenvolvido exclusivamente para o MagLev-Cobra, o EALP – 1000/6 do fabricante

Equacional foi o modelo de MIL escolhido para tracionar o veículo. Este possui um primário

de 1,27m e 6 pólos e um secundário de 1,51m por seção. Os dados de placa e as

características técnicas do MIL utilizado no veículo são apresentados nas Tabelas 1 e 2,

respectivamente.

Tabela 1 - Dados de placa do MIL do MagLev-Cobra. Fonte: [7]

Descrição do Equipamento

Fabricante Equacional

Modelo EALP – 1000/6

Força 900 N

Potência 10 CV

Tensão Primária 420 V tensão de linha – conexão Y

Corrente Primária 53 A

Frequência 25 Hz

N° de Pólos 6

Velocidade 7,8 m/s

Passo Polar 0,1656 m

Classe de Isolação H

Proteção IP 23

Tabela 2 – Características técnicas do MIL do MagLev-Cobra. Fonte: [7]

EALP 1000/6

Material do Enrolamento

Primário

Cobre

Entreferro 10 mm

Fluxo Magnético Longitudinal

Comprimento do Primário 1270 mm

Comprimento do Secundário

(secção)

1510 mm

A velocidade da onda trafegante produzida pelo enrolamento primário de um MIL,

também conhecida como velocidade síncrona, pode ser determinada pela Equação 1.1,

como demonstra [8].

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𝑣𝑠 = 2𝜏

𝑇= 2𝜏𝑓 (1.1)

Conforme observado, a velocidade de um MIL não depende do número de polos

como em um motor rotativo. Em um motor linear, a velocidade depende apenas do passo

polar e da frequência de alimentação. Esta diferença pode ser justificada pelo circuito

magnético linear do MIL, que provoca um deslocamento transversal do campo magnético,

ao invés do campo girante.

O escorregamento de um MIL pode ser definido como a diferença entre as

velocidades síncrona (velocidade da onda eletromagnética) e mecânica do motor em p.u.,

como mostra a Equação 1.2:

𝑠 = 𝑣𝑠−𝑣𝑚

𝑣𝑠 (1.2)

1.2. Frenagem do veículo

A frenagem do MagLev-Cobra pode ser realizada através dos sistemas mecânico e

elétrico. Aciona-se o freio mecânico nas estações, para o embarque e desembarque de

passageiros, e em casos de emergência. A frenagem elétrica, por sua vez, está agregada

à frenagem mecânica a fim de reduzir o desgaste das sapatas de freio e suavizar as

transições de velocidade do veículo. Existem, basicamente, três tipos de frenagem elétrica

aplicados em motores de indução:

I. Frenagem por contra-corrente - obtida por meio da inversão da sequência de

fases que alimentam o motor. Este tipo de frenagem não é aplicável no MagLev-

Cobra pois suas instalações não permitem a inversão da sequência de fases do

motor do veículo;

II. Frenagem CC - obtida por meio da injeção de corrente contínua nos

enrolamentos de fase do motor, promovendo um campo magnético estacionário

no entreferro;

III. Frenagem regenerativa ou Frenagem dinâmica - obtida através da redução da

frequência de alimentação do motor. Embora apresentem o mesmo princípio de

funcionamento, suas características quanto ao seu conversor são distintas. De

modo sucinto, a frenagem regenerativa permite devolver energia para rede

elétrica ou armazená-la em baterias/capacitores. A frenagem dinâmica, por sua

vez, promove a dissipação da energia gerada em banco de resistores.

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As curvas de força por velocidade, apresentadas na Figura 7, permitem uma análise

elucidativa do processo de regeneração de energia durante a frenagem.

Figura 7 - Curva força x velocidade com variação da frequência. (Fonte: [4])

A Figura 77 ilustra um caso em que, quando o motor opera no ponto 1, a velocidade

síncrona 𝑣𝑠 ultrapassa a velocidade desenvolvida pelo motor 𝑣. Neste instante, com base

na Equação 1.2, o escorregamento é positivo e a energia elétrica consumida transforma-se

em movimento.

Ao reduzir a frequência de alimentação 𝑓, mantendo constante a relação entre

tensão e frequência, o motor passa a operar em uma nova curva de torque por velocidade.

O motor, então, tem seu ponto de operação deslocado do ponto 1 para o ponto 2. E,

instantes depois, o motor passa a operar no ponto 3, onde atinge a estabilidade.

Segundo [4], o motor opera no ponto 2 devido a inércia mecânica do motor que não

permite a variação imediata da velocidade. Neste momento, a energia é regenerada pois a

velocidade 𝑣 desenvolvida pelo motor supera a velocidade síncrona 𝑣′𝑠 da nova curva de

operação, tornando o escorregamento da máquina negativo.

Ao iniciar o processo de frenagem do MagLev-Cobra, a frequência de alimentação

do motor se reduz até atingir a frequência nula. Desta forma, o motor tem sua velocidade

reduzida e a energia gerada durante a parada pode ser recuperada.

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10

O freio CC pode ser acionado em caso de falha do inversor, transferindo a energia

de um banco de baterias para os enrolamentos de fase do MIL. A corrente contínua

circulante oferece o efeito de frenagem.

O freio mecânico deve ser acionado em emergências, caso falhe um dos métodos

de frenagem elétrica e, em operação normal, sempre que se atinge uma estação de modo

a permitir o embarque e desembarque seguro de passageiros.

1.3. Acionamento Regenerativo

Para operar com um sistema de frenagem regenerativa, o MagLev-Cobra utiliza um

conversor bidirecional de potência regenerativo, apresentado de forma simplificada na

Figura 88.

Figura 8 – Esquema simplificado do acionamento regenerativo do MagLev-Cobra.

Um transformador trifásico de 380VCA ligado em estrela, a 60 Hz, energiza o quadro

regenerativo. Nele, o circuito de pré-carga – composto por um banco de resistor em série

com uma ponte retificadora de diodos – realiza o carregamento do banco de capacitores

até atingir 70% da carga nominal, quando o banco de resistor e a ponte de diodos são

desconectados. O circuito de pré-carga tem a importante função de controlar a carga no

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banco de capacitores, evitando correntes elevadas. Já o filtro inserido tem a função de

evitar a circulação de correntes de alta frequência, geradas pelos transistores do conversor

regenerativo, na rede elétrica.

Nas seções a seguir, são especificados os inversores de saída (CFW11-88A) e o

conversor regenerativo (CFW11-105-RB), ambos fabricados pela WEG, ressaltando as

suas funções e características mais relevantes para o desenvolvimento deste trabalho.

1.3.1. Inversor de Saída CFW11-88A

Os inversores de saída, mostrados na Figura 8, estão localizados no interior do

MagLev-Cobra (Figura 9) nos módulos 1 e 4 e alimentados com uma tensão de 540 VCC.

Um dos inversores está designado para o controle do MIL, que opera com 420 VCA.

Figura 9 – IHM do CFW11-88A destinado para o acionamento do MIL

O CFW11-88A gera tensões trifásicas alternadas para controlar o motor e torna

possível a propulsão e frenagem do veículo através de diferentes curvas e tempos de

aceleração e desaceleração.

Os dados de placa do CFW11-88A estão apresentados na Tabela 3.

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Tabela 3 - Dados de Placa do inversor CFW11

Rede Saída

Tensão

380-480

VAC/3~

Rede

3~

Corrente (Sobrecarga

normal) 88 A 88 A

60s/3s 96,8 A/132 A

Frequência 50/60 Hz 0-300 Hz

O comando, parametrização e monitoração deste equipamento pode ser feito por

meio de sua IHM ou através de um software disponibilizado pela WEG, o SuperDrive G2.

Através deste software de programação, o inversor de frequência pode ter seus parâmetros

monitorados e alterados através de um computador.

1.3.2. Conversor regenerativo CFW11-105-RB

O CFW11-105-RB é um conversor trifásico CA/CC que tem a capacidade natural de

permitir a devolução da energia à rede no momento da frenagem do motor acionado. Trata-

se de um conversor regenerativo que controla o barramento CC, servindo de fonte de

tensão para os inversores de saída, e devolve a energia armazenada nos capacitores à

rede elétrica. Os dados de placa do CFW11-105-RB estão apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 - Dados de Placa do CFW11-105-RB

CFW11-105-RB

Entrada CA

Tensão de entrada 380 V

Tensão no barramento

CC 537 V

Corrente Nominal 127 A

Corrente Contínua 50 kA

Frequência 60 Hz

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1.4. Linha Experimental

Inaugurada em 01/10/2014 para demonstrar a viabilidade técnica do MagLev-Cobra,

a linha experimental está instalada entre dois blocos do Centros de Tecnologia da UFRJ,

CT-I e CT-II. A Figura 6 fornece a visão aérea do percurso da linha de testes, que possui

aproximadamente 200 metros de comprimento.

Figura 6 – Linha experimental entre os Centros de Tecnologia I e II. Fonte: [9]

Entre as estações há um desnível de aproximadamente 1,35 metros, fornecendo à

via um aclive de aproximadamente 0,8% do CT-I para o CT-II, como ilustra a Figura 7.

Figura 7 - Desnível da linha de testes

Ao longo da via elevada estão fixados o secundário do motor de indução linear e os

trilhos de imãs, mostrados na Figura 8.

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14

Figura 8 - Trilhos de imãs permanentes

2. AVALIAÇÃO DO ACIONAMENTO

Atualmente, o MagLev-Cobra opera na linha experimental a uma velocidade de 10

km/h, mas o intuito é que, no futuro próximo, o veículo circule a uma velocidade maior. Por

isso, cinco diferentes velocidades superiores à atual foram testadas: 12 km/h, 14 km/h, 16

km/h, 18 km/h e 20 km/h.

Os testes contaram ainda com a análise de três perfis de rampa de aceleração e

desaceleração do MIL e variados tempos de aceleração/desaceleração, buscando agregar

o conforto e o menor consumo do veículo em cada viagem.

Com o computador conectado ao inversor de frequência que aciona o MIL, foram

monitoradas, através da função Trend do software SuperDrive G2, a tensão do barramento

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15

CC, a corrente e a frequência do motor. A análise dos dados obtidos tem como base o

conforto e o consumo de energia em cada perfil de rampa.

2.1. Rampa S: consumo e conforto

Por possibilitar maior suavidade nas transições de velocidade, a rampa em “S” deve

ser estudada. Nesta seção, são apresentados a definição e um comparativo entre os três

perfis de rampa S (0%, 50% e 100%) nas perspectivas: consumo e conforto.

Em trabalhos anteriores, como em [4], foram realizados testes em que um motor de

indução linear foi acelerado até uma determinada velocidade constante e, em seguida,

desacelerado até a velocidade nula, conforme mostra a Figura 13.

Figura 13 - Trajetória trapezoidal. Fonte: [4]

Seguindo a mesma metodologia dos testes realizados em [4], o MIL do MagLev-

Cobra foi acelerado até uma velocidade constante e, em seguida, desacelerado até a

velocidade nula. Entretanto, nestes testes foi proposta uma melhora para o desempenho

do motor e suavização na operação do veículo. Três perfis da rampa de

aceleração/desaceleração foram impostos ao motor através da parametrização do inversor

de frequência: Rampa S 0%, Rampa S 50% e Rampa S 100%, conforme ilustrado na Figura

14.

Figura 14 - Rampas de aceleração/desaceleração. Fonte: [13]

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16

O perfil da rampa de aceleração e desaceleração faz parte das inúmeras vantagens

inerentes do acionamento de máquinas elétricas oferecidas pelo inversor de frequência que

controla o MIL do MagLev-Cobra, o CFW11.

O CFW11 possui, basicamente, dois tipos de rampas, a saber:

I. Rampa Linear ou Rampa S 0%:

Rampa mais simples e, segundo [15], indicada para cargas com pouca inércia.

Nos instantes das transições velocidade nula-rampa e rampa-velocidade final, o

sistema acoplado ao motor recebe impulso que produz vibrações nos

equipamentos conectados ao motor.

A Figura 15 mostra as curvas de velocidade, aceleração e jerk, quando uma carga

é acionada por uma rampa do tipo S 0%. O jerk mede a taxa de variação da

aceleração, ou seja, trata-se da derivada da aceleração, e seu uso é bastante

comum na busca pelo conforto nos movimentos.

Figura 15 – Velocidade, aceleração e jerk para uma rampa linear

Na rampa S 0% não há continuidade do jerk no início e final do movimento. Deste

modo, não se pode garantir um movimento suave nas extremidades.

II. Rampa em “S”:

A rampa em “S”, no entanto, permite uma transição de velocidade mais suave

devido ao seu perfil não-linear.

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17

A Figura 16 mostra as curvas de velocidade, aceleração e jerk, quando uma carga

e acionada por uma rampa em “S”. O perfil do jerk neste tipo de rampa permite

que as transições de velocidade ocorram de forma mais suave e,

consequentemente, mais agradável ao usuário. Por isso, utiliza-se este tipo de

rampa para acelerar/desacelerar cargas que necessitem de partidas/paradas

suaves.

Figura 16 – Velocidade, aceleração e jerk para uma rampa em “S”

O ajuste do perfil de rampa de aceleração/desaceleração pode ser feito através do

parâmetro de programação P0104 do inversor de frequência CFW11. Além deste

parâmetro, outros três precisam ser ajustados: velocidade final (parâmetro P0121), tempo

de aceleração (parâmetro P0100) e tempo de desaceleração (parâmetro P0101).

A velocidade configurada deve ser fornecida em rpm e pode ser obtida através da

velocidade em km/h desejada, como mostra a Equação 2.1.

𝑛 =𝑛𝑛𝑜𝑚∗𝑣

𝑣𝑛𝑜𝑚 (2.1)

A velocidade nominal, em rpm e em km/h, pode ser determinada por meio dos dados

nominais do MIL apresentados na seção 2.2, como mostram as Equações 2.2 e 2.3.

𝑛𝑛𝑜𝑚 =120.𝑓

𝑃=

120∗25

6= 500 𝑟𝑝𝑚 (2.2)

𝑣𝑛𝑜𝑚 = 7,8 𝑚𝑠⁄ ≈ 28,08 𝑘𝑚

ℎ⁄ (2.3)

Page 18: ANÁLISE DO ACIONAMENTO DO VEÍCULO DE LEVITAÇÃO …foi de 49.938.038, um aumento de aproximadamente 44% em relação ao ano de 2010, como mostra o gráfico na Figura 1 (a). (a)

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Os tempos médios de aceleração e desaceleração, no entanto, podem ser obtidos

através da equação da aceleração média, como mostra a Equação 2.4:

𝑎𝑚é𝑑𝑖𝑎 = |𝑣− 𝑣0|

∆𝑡 (2.4)

∆𝑡 = 𝑡𝑎𝑐 = 𝑡𝑑𝑒𝑠 = |𝑣 − 𝑣0|

𝑎𝑚é𝑑𝑖𝑎

Para determinar os tempos de aceleração e desaceleração, foram adotadas quatro

diferentes acelerações médias: 0,3 m/s², 0,7 m/s², 1,0 m/s² e 1,2 m/s².

3. RESULTADOS EXPERIMENTAIS: CONSUMO E CONFORTO

O consumo de cada perfil foi verificado no gráfico de Energia (Wh), no ponto

correspondente à referência de velocidade indicada pelo inversor. A Figura 17 ilustra como

foi determinado o ponto de consumo da rampa de aceleração.

Figura 17 - Determinação do ponto de consumo das rampas de aceleração

A análise do consumo dos perfis de rampa S considera apenas a rampa de

aceleração nas viagens CT-I → CT-II, trajeto que mais consome energia devido ao aclive

da via.

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Em todos os casos analisados, o consumo de uma rampa S 0% foi, em média, 12%

maior em relação a rampa de menor consumo e, de modo geral, as rampas S 50% e 100%

possuem gastos similares, como mostra a Figura 18.

Figura 18 - Consumo de Energia até chegar à velocidade nominal das Rampas S

Os testes mostraram também que o consumo cresce quando a velocidade aumenta,

como esperado, pois o acréscimo da velocidade gera um aumento na corrente demandada

pelo motor.

As Tabelas 5, 6, 7, 8 e 9, dispostas por velocidades, apresentam com detalhes o

consumo dos três perfis de rampa de aceleração até o ponto de velocidade constante, para

cada uma das quatro acelerações analisadas. Apresentam também o percentual de

aumento do consumo do maior valor registrado em relação ao menor, para todos os casos.

Tabela 5 – Consumo de Energia (Wh) até chegar à velocidade de 12 km/h da Rampa S.

Aceleração

Média

(m/s²)

Consumo Rampa S (Wh) Aumento (%)

Menor x Maior

Consumo 0 % 50 % 100 %

0,3 38,8 36,9 35,3 9,9

0,7 16,2 15,1 14,5 11,7

1,0 11,0 10,7 9,9 11,1

1,2 9,6 9,1 8,7 10,3

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Tabela 6 - Consumo de Energia (Wh) até chegar à velocidade de 14 km/h da Rampa S.

Aceleração

Média

(m/s²)

Consumo Rampa S (Wh) Aumento (%)

Menor x Maior

Consumo 0 % 50 % 100 %

0,3 55,8 54,1 50,8 9,8

0,7 23,2 20,9 21,2 11,0

1,0 14,8 13,4 13,3 11,3

1,2 13,0 10,8 11,3 20,4

Tabela 7 - Consumo de Energia (Wh) até chegar à velocidade de 16 km/h da Rampa S.

Aceleração

Média

(m/s²)

Consumo Rampa S (Wh) Aumento (%)

Menor x Maior

Consumo 0 % 50 % 100 %

0,3 85,3 74,6 75,8 14,3

0,7 31,0 28,4 28,9 9,2

1,0 23,6 22,4 20,7 14,0

1,2 18,6 18,0 16,6 12,0

Tabela 8 - Consumo de Energia (Wh) até chegar à velocidade de 18 km/h da Rampa S.

Aceleração

Média

(m/s²)

Consumo Rampa S (Wh) Aumento (%)

Menor x Maior

Consumo 0 % 50 % 100 %

0,3 101,8 86,6 89,9 17,6

0,7 42,3 36,6 38,6 15,6

1,0 29,9 26,5 27,9 12,8

1,2 23,1 21,1 21,2 9,5

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Tabela 9 - Consumo de Energia (Wh) até chegar à velocidade de 20 km/h da Rampa S.

Aceleração

Média

(m/s²)

Consumo Rampa S (Wh) Aumento (%)

Menor x Maior

Consumo 0 % 50 % 100 %

0,3 127,0 118,0 123,3 7,6

0,7 57,2 53,0 50,7 12,8

1,0 41,9 38,2 36,8 13,9

1,2 31,9 30,0 31,7 6,3

Do ponto de vista do conforto, percepções apontaram como ideal a rampa S 50%,

que apresentou mais suavidade comparada a rampa S 0% e melhor resposta, para a

condição de frenagem, comparada a rampa S 100%.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos maiores desafios das metrópoles de todo o mundo é, sem dúvidas, a

mobilidade urbana. Mudar os padrões da mobilidade tradicional e buscar, sobretudo,

soluções que priorizem questões ambientais, como a emissão de gases poluentes ou o

ruído ambiental, é essencial.

O MagLev representa um modelo de tecnologia sustentável e, como mostrado neste

artigo, possui muitas vantagens sobre o sistema roda-trilho convencional. Este veículo pode

ser considerado um importante componente na solução dos problemas de transporte

urbano e do consumo consciente de energia elétrica por ser inovador e de baixo impacto

ambiental.

Este trabalho apresentou testes realizados para o ajuste de partida do motor linear

do protótipo operacional do MagLev-Cobra, de modo a ajustar o seu acionamento.

Os testes experimentais realizados possibilitaram a análise do consumo de três

perfis de rampa. Os dados obtidos nos testes mostraram que as rampas de

aceleração/desaceleração em “S” são as mais indicadas, pois apresentaram menor

consumo e mais suavidade nas transições de velocidade. Percepções dos usuários,

presentes no veículo durante a realização dos testes, apontaram como ideal a rampa S

50%, que apresentou mais suavidade comparada à rampa S 0% e melhor resposta, para o

caso da frenagem, comparada a rampa S 100%.

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Ao analisar diferentes valores de acelerações, foi possível verificar a capacidade do

motor em atender às diversas variações de frequência. Para esta análise foram utilizados

dados de tempo e velocidade do veículo obtidos pelo GTA/UFRJ, que utiliza informações

de GPS. Os resultados mostram que em acelerações superiores à 0,7 m/s² o veículo leva

mais tempo para atingir a velocidade constante, o que permite concluir que, a partir de 0,3

m/s², o MagLev-Cobra passa a operar à esquerda do conjugado máximo.

Desta forma, para a operação do veículo na linha experimental de 200 m de

extensão, foi proposto manter a velocidade atual, de 10 km/h, ajustar o tempo de aceleração

de 20s para 10s, de modo a operar com uma aceleração próxima de 0,3 m/s², e alterar a

rampa S de 0% para 50 %.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). Frota de veículos. Disponível em:

http://www.denatran.gov.br/frota.htm - Acessado em: Julho de 2016;

[2] Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). O Custo dos Deslocamentos nas Principais

Áreas Urbanas do Brasil. Sistema FIRJAN, Setembro de 2015;

[3] STEPHAN, R. M. Levitação Magnética: Uma Quebra de Paradigma no Transporte de Massa do

Século XXI. 4º Congresso de Infraestrutura de Transportes (CONINFRA), São Paulo, Brasil, Agosto

de 2010;

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Veículo Maglev-Cobra, Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, Brasil, Agosto de 2013;

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Projeto de Graduação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, Abril de 2006;

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Contribuição à Certificação do Maglev-Cobra, Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de

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787, Jardim Independência, São Paulo, SP, 2009.

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[9] Google Maps, Mapa de Localização, Google. Disponível em:

https://www.google.com.br/maps/place/Ilha+do+Fund%C3%A3o/@-22.8678008,-

43.2303403,634a,20y,41.54t/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x99793da611d341:0xf06a42f0e74863d8

!8m2!3d-22.8575674!4d-43.2303843?hl=pt-BR. Acessado em: Agosto de 2016;

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[10] WEG Equipamentos Elétricos S.A., Interface Homem-Máquina HMI300- Multidrive Manual do

Usuário, Jaraguá do Sul/SC, Junho de 2010;

[11] WEG Equipamentos Elétricos S.A., Controlador Lógico Programável PLC300 Manual do

Usuário, Jaraguá do Sul/SC, Maio de 2015;

[12] WEG Equipamentos Elétricos S.A., Controladores Lógicos Programáveis - CLPs Relé

Programável, Jaraguá do Sul/SC, Dezembro de 2015;

[13] WEG Equipamentos Elétricos S.A., CFW11 Manual de Programação, Jaraguá do Sul/SC;

[14] MASCHERONI, J. M., LICHTBLAU, M., GERARDI, D., Guia de aplicação de inversores de

frequência. 2ª edição. Florianópolis/SC, WEG AUTOMAÇÃO;

[15] WEG Equipamentos Elétricos S.A., CFW11 RB Manual do Conversor Regenerativo, Jaraguá do

Sul/SC., Dezembro de 2014;

[16] STEPHAN, R. M., Acionamento, Comando e Controle de Máquinas Elétricas. 1ed. Rio de

Janeiro, Ciência Moderna, 2013.

[17] THORNTON, R., THOMPSON, M.T., PERREAULT, B. M., FANG, J. Linear Motor Powered

Transportation, Proceedings of the IEEE, v. 97, n. 11, pp. 1754-1757 Novembro de 2009;

[18] MagLev Cobra. Disponível em: http://www.maglevcobra.coppe.ufrj.br/veiculo.html - Acessado

em: março de 2016;

[19] GIERAS, J. F., GIERAS, I. A. Electrical Energy Utilisation. Adam Marszalek, 1998;

[20] FITZGERALD, A. E., JR, C. K., UMANS, S. D. Máquinas Elétricas – com introdução a

eletrônica de potência. Bookman, 2006.