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ANÁLISE DO MERCADO DE CÂMBIO Editado pelo DEPARTAMENTO DE CÂMBIO Jul/Set Brasília Análise do Mercado de Câmbio 1999 Ano 07

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ANÁLISEDO

MERCADO DE CÂMBIO

Editado peloDEPARTAMENTO DE CÂMBIO

Jul/SetBrasíliaAnálise do Mercado de Câmbio 1999 Ano 07

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ANÁLISE DO MERCADO DE CÂMBIO . Brasília: Banco Central do Brasil,1993- Trimestral

1. Câmbio. 2. Câmbio - Legislação. 3. Economia - Brasil. I. BancoCentral do Brasil.

CDU 336.745

Trabalho elaborado pela Consultoria de Acompanhamento do Mercado de Câmbio - CONACEditoração: SECRE/SUREL

As opiniões expressas no trabalho não representam, necessariamente, a posição oficial doBanco Central do Brasil. É permitida a reprodução total ou parcial das matérias, desde quecitada a fonte. Comentários e sugestões podem ser encaminhados ao Departamento deCâmbio por intermédio do correio eletrônico do SISBACEN, do E-MAIL ou do endereço etelefones abaixo.

Banco Central do BrasilDiretoria de Assuntos Internacionais - DIREXDepartamento de Câmbio - DECAMSBS Quadra 3 Bloco BEdifício Sede 3º andar70074-900 Brasília (DF) BRASILTel.: (061) 414-1698/1689/2275Fax: (061) 414-2410E-Mail: [email protected]

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 3

SUMÁRIO

Índice de Tabelas e Gráficos ..................................................................................... 05

APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 09

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13

2. POLÍTICA CAMBIAL ......................................................................................... 17

3. MERCADO DE CÂMBIO ................................................................................. 31

4. SEGMENTO DE TAXAS LIVRES

4.1. Balança Comercial Cambial .................................................................. 454.2. Movimento Financeiro ............................................................................ 57

5. SEGMENTO DE TAXAS FLUTUANTES ...................................................... 69

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 5

Índice de Tabelas e Gráficos

2 - POLÍTICA CAMBIAL

Tabelas

2.1 - Variação Cambial x CDI ............................................................................ 19

2.2 - Compra/Venda Líquida de Divisas pelo Banco Central .......................... 202.3 - Posição de Câmbio do Mercado - Fechamento Mensal ............................... 21

2.4 - Reservas Internacionais ........................................................................... 22

2.5 - Leilões de NBC-E Realizados pelo Banco Central ................................. 24

Gráficos

2.1 - Dólar Futuro BM&F e PTAX800 Venda ..................................................... 18

2.2 - Fluxo Líquido Diário ................................................................................... 20

2.3 - C-Bonds e PTAX800 Venda ...................................................................... 21

2.4 - Posição de Câmbio Líquida do Sistema Bancário .................................. 22

2.5 - Reservas Internacionais - Liquidez .......................................................... 23

2.6 - NBC-E: Taxas x Prazos ............................................................................ 25

2.7 - Taxa Selic e DI Futuro BM&F.................................................................... 26

3 - MERCADO DE CÂMBIO

Tabelas

3.1 - Operações de Câmbio Contratadas ........................................................ 32

3.2 - Fluxo no Mercado Primário ....................................................................... 33

3.3 - Operações Comerciais e Financeiras ..................................................... 35

3.4 - Interbancário - Volume Negociado .................................................................... 36

3.5 - Distribuição por Segmento ............................................................................. 37

3.6 - Contratações Interbancárias por Banco - Segmento Livre .................... 38

3.7 - Concentração de Negócios por Banco .................................................... 39

3.8 - Concentração de Negócios por Praça ..................................................... 40

3.9 - Concentração de Negócios por Empresa ............................................... 41

Gráficos

3.1 - Giro Total ...................................................................................................... 31

3.2 - Movimento Primário - Média Móvel Diária dos

Últimos 12 Meses - Segmento Livre ..................................................................... 32

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio6

3.3 - Interbancário Média Diária dos Últimos 12 Meses ................................... 34

3.4 - Relação Interbancário x Primário -

Média Móvel dos Últimos 12 Meses .......................................................... 36

4 - SEGMENTO DE TAXAS LIVRES

4.1 Balança Comercial Cambial

Tabelas

4.1.1 - Câmbio Contratado - Fluxo............................................................ 46

4.1.2 - Balança Comercial Física ............................................................ 48

4.1.3 - Câmbio Comprado a Liquidar - Exportação ................................... 494.1.4 - Formas de Contratação das Exportações .................................... 50

4.1.5 - Saldos Contábeis Mensais das Linhas de Crédito ....................... 524.1.6 - Prazo Médio Previsto p/ Liquidação dos Contratos de

Exportação.................................................................................... 53

Gráficos

4.1.1 - Contratações de Exportação ............................................................ 45

4.1.2 - Contratações de Importação ............................................................ 47

4.1.3 - Exportações Físicas ......................................................................... 49

4.1.4 - Importações Físicas.......................................................................... 50

4.1.5 - Importações Cambiais x Físicas ...................................................... 51

4.1.6 - Exportações Cambiais x Físicas ..................................................... 52

4.1.7 - Câmbio Comprado a Liquidar - Exportação -

Saldo Contábil ................................................................................... 53

4.1.8 - Formas de Contratação das Exportações ...................................... 544.1.9 - Saldos Contábeis das Linhas de Crédito ........................................ 55

4.2 Movimento Financeiro

Tabelas

4.2.1 - Operações Financeiras .................................................................... 58

4.2.2 - Segmento Livre - Ingressos Financeiros ......................................... 59

4.2.3 - Segmento Livre - Remessas Financeiras ....................................... 62

4.2.4 - Transferências Financeiras - Ingressos Líquidos ........................... 64

Gráficos

4.2.1 - Saldo Financeiro Mensal ................................................................... 57

4.2.2 - Saldo Financeiro Acumulado em 12 meses ................................... 58

4.2.3 - Ingressos de Investimentos Diretos ................................................ 60

4.2.4 - Investimento Direto Líquido - Acumulado em 12 meses ............... 61

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 7

4.2.5 - Resolução nº 1.289 - Anexos I a V - Contratação Líquida............. 634.2.6 - Ingressos de Capital Estrangeiro - Itens Selecionados................. 654.2.7 - Remessas de Serviços .................................................................... 65

5 - SEGMENTO DE TAXAS FLUTUANTES

Tabelas

5.1 - Fluxo Total ................................................................................................. 70

5.2 - Operações entre Instituições ................................................................... 72

5.3 - Operações com Clientes .......................................................................... 74

5.4 - Viagens Internacionais .............................................................................. 755.5 - Transferências Unilaterais - Principais Rubricas.................................... 76

5. 6 - Transferências Unilaterais - Rubricas e Países Selecionados .............. 77

5.7 - Movimento de Câmbio do Segmento Flutuantes -

Fluxo Primário - 1989/99 (anual) .............................................................. 78

Gráficos

5.1 - Volume Total Negociado ............................................................................ 69

5.2 - Operações com Instituições no Exterior ................................................. 71

5.3 - Cartões de Crédito Internacionais - Saldo Líquido ................................. 73

5.4 - Cartões de Crédito Internacionais - Ingressos e Remessas ................. 75

5.5 - Fluxo Primário Líquido Diário ................................................................... 76

Quadro

5.1 - Rendas de Capitais e Serviços Diversos ................................................ 69

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Banco Central do Brasil 9

APRESENTAÇÃO

O boletim Análise do Mercado de Câmbio é uma publicação de periodicidadetrimestral elaborada pelo Departamento de Câmbio do Banco Central do Brasil. Estetrabalho, que nasceu da necessidade interna de análise permanente do fluxo primáriode divisas, passou a ser publicado em 1994, em atenção a demandas de diversossetores da sociedade, e atualmente é divulgado apenas por meio de ambiente eletrônico(www.bcb.gov.br).

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1. INTRODUÇÃO

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 13

1. INTRODUÇÃO

A análise do terceiro trimestre/1999 retrata o mercado de câmbio ainda bastanteintranqüilo, aprendendo a conviver com a ausência de sinalização da taxa de câmbiodada pelo regime de bandas, do que resultou movimento errático de flutuação, demagnitudes às vezes elevadas, embora com clara tendência de desvalorização, eresultado cambial negativo. Os principais assuntos de cada um dos capítulos destaedição são mencionados na seqüência.

POLÍTICA CAMBIAL – evolução da taxa de câmbio, que é analisada vis-à-vis ascotações do dólar futuro na BM&F; o resultado das colocações de títulos indexados àvariação cambial, feitas pelo Banco Central como alternativa de hedge; e a cotação dosC-Bonds no mercado internacional. Além disso, são comentados os principaisnormativos e os números das reservas cambiais, que refletem resultado positivo davolta do País ao mercado europeu de títulos.

MERCADO DE CÂMBIO – traz de volta os diversos rankings, que até o segundotrimestre de 1998 eram publicados neste e em outros capítulos, e registra nova reduçãono volume de negócios do mercado como um todo, que movimentou meio trilhão dedólares – o menor valor desde o primeiro trimestre de 1995 –, com volume médio diárioabaixo de US$ 1 bilhão, e a tendência de queda na alavancagem do interbancário,demonstrada pela média móvel de doze meses.

BALANÇA COMERCIAL CAMBIAL - o terceiro resultado positivo da balança noano, embora afetado pelo custo e seletividade do crédito de exportação e flutuaçãoerrática da taxa de câmbio, que induziu à ocorrência de alto volume de operações apóso embarque das mercadorias; e pela flexibilização das regras do câmbio de importação,que determinou reacomodação no perfil dos pagamentos. Os comentários sobre aslinhas de crédito externo são enriquecidos com números sobre custo, prazo e volumelíquido de saques.

MOVIMENTO FINANCEIRO – o resultado final negativo do trimestre, queregistrou compras compatíveis com números obtidos em momento crítico de 1997,não obstante o expressivo ingresso via Investimentos Diretos, única rubrica aregistrar saldo positivo de vulto (a classificação das três superavitárias mostra asegunda e a terce i ra respondendo por apenas 1,6% e menos de 1%,respectivamente). Outro ponto é a magnitude do acumulado de Amortização deFinanciamentos a Importação e de Juros.

SEGMENTO FLUTUANTE – o novo encolhimento, em conseqüência da unificaçãodas posições de câmbio dos bancos autorizados, com aumento no resultado líquidonegativo, provocado por quedas mais representativas nos ingressos que nas remessas;

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio14

a estabilidade das operações referentes a viagens internacionais e transferênciasunilaterais; os ingressos e remessas a título de Serviços Técnicos Profissionais; e omovimento de Operações com Instituições no Exterior, com informação sobre osprincipais países de destino de recursos transitados via contas de domiciliados noexterior (CC5).

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2. POLÍTICA CAMBIAL

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 17

2. POLÍTICA CAMBIAL

Depois de um período relativamentetranqüilo, após a atribulada mudança doregime de câmbio ocorrida em janeiro, omercado cambial voltou a registrarmomentos de insegurança. A taxa decâmbio apresentou desvalorizaçõessignificativas no terceiro trimestre de 1999,acumulando no decorrer do período perdade 8,64% (1,11% em julho, 7,08% emagosto e 0,33% em setembro). Com isso,a desvalorização nominal do Real frente àmoeda norte-americana já ultrapassa os59% nos nove primeiros meses do ano. Aocontrário do ocorrido no primeiro trimestre,o que mais influenciou o nervosismoobservado nos mercados de câmbio e dejuros no período em análise foram fatoresexternos, que acabaram se sobrepondo àmelhoria das condições econômicasobservada no ambiente interno.

Na primeira quinzena de julho, porexemplo, preocupações em relação apossibilidade de que a Argentina pudesseabandonar seu regime cambial deparidades f ixas e decretasse umamoratória foram motivo mais do quesuficiente para que o mercado financeirodoméstico reagisse rápida e negati-vamente. No dia 13 de julho, a cotação devenda da Ptax800 registrou 1,8392 R$/US$,a maior cotação desde 24 de março, o quenaquele momento significava uma des-valorização acumulada de 3,94% emrelação ao fechamento da taxa no mêsanterior (1,7695 R$/US$).

No dia 12 desse mesmo mês oIbovespa havia perdido 2,05% e nomercado internacional os C-Bonds, títulos

da dívida externa brasileira de maiorliquidez, sofreram perda de 3,17% na pontade venda, caindo de 63,0% para 61,0% dovalor de face (ver gráfico 2.3). Essa quedano preço dos C-Bonds só seria revertidano dia 8 de setembro, quando esses títulosforam cotados a 63,1% do valor de face.O comportamento da taxa de câmbio nodecorrer de todo o terceiro trimestre de1999 pode ser acompanhado no gráfico2.1, que também traz as cotações doscontratos futuros do Dólar na BM&F nomesmo período.

Como pode ser observado, após oforte nervosismo de meados do mês, ataxa de câmbio reflui um pouco, passandoa oscilar ao redor de 1,81 R$/US$ noperíodo de 16 a 31 de julho, patamar aindaalto em relação à taxa verificada no iníciodo mês. No próprio dia 16, o Banco Centralanunciou a emissão de quatro séries deNBC-E para o dia 21. Esse lançamento,no valor nominal total de R$ 12 bilhões(R$ 3 bilhões por série), foi totalmenteabsorvido pela Autoridade Monetária emsua carteira. A avaliação que se fazianaquele momento era a de que a grandedemanda por hedge estaria pressionandoa taxa de câmbio. A ação do Bacen,portanto, serviu para demonstrar aomercado que as necessidades de hedgecambial poderiam ser supridas,contribuindo para aliviar as pressões dealta no mercado à vista.

O Banco Central divulgou, também,por meio do comunicado 6.873, de27.07.99, que passaria a informar suasintervenções no mercado de câmbio.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio18

Apesar de meramente tópica, a medidaobjetivou aumento de transparência eredução de especulações. A divulgação sedaria sempre no mesmo dia em que oBacen atuasse, após o fechamento domercado, sem especificar a natureza daoperação, se compra ou venda de moedaestrangeira, nem os volumes envolvidos.Considerando que o saldo das reservasinternacionais é conhecido diariamente,com um dia de defasagem, os agentes domercado têm condições de obter essasinformações com razoável acuidade, aindaque atrasadas.

Como pode ser observado no gráfico2.1, a relativa reversão de expectativasobtida ao f inal de julho não logrouefetividade. No decorrer de agosto acotação de venda da Ptax800 ascendeu deforma quase contínua até atingir seumáximo no dia 20 daquele mês, 1,9497R$/US$, o que àquela altura representavadesvalorização de quase 9% em relação àtaxa de fechamento do último dia de julho(1,7892 R$/US$). A colocação por parte doBacen de dois lotes de 500 mil NBC-E deprazo decorrido, um no dia 4 e outro no dia6, que juntos representaram valor poucoinferior a R$ 934 milhões, não foi suficientepara acalmar o mercado.

Na falta de melhor explicação – nãohouve no período alterações significativasdos indicadores econômicos internos – abusca de hedge por parte dos agentes eraapontada como fonte principal da intensapressão sofrida pela taxa de câmbio, querno mercado à vista quer no mercado futuro.Sem dúvida, como pode ser melhorobservado com o auxílio do gráfico 2.4, aredução da posição vendida do sistemabancário no decorrer do mês de agosto foioutro fator a pressionar o lado da demanda.

Note-se que mesmo o sistemafinanceiro tendo mantido posição líquidavendida durante todo o trimestre, seusvalores no decorrer de agosto foramsistematicamente inferiores à médiaobservada nos três meses em análise. Asposições comprada, vendida e líquida dosistema financeiro no encerramento decada mês podem ser vistas na tabela 2.3.Não há dúvidas de que, combinados, ofluxo cambial líquido diário (ver gráfico 2.2),em média levemente negativo, observadoem agosto, a redução da posição vendidados bancos e a virtual ausência do BancoCentral do mercado tenderiam mesmo apressionar a taxa de câmbio para cima,mas as magnitudes observadas parecemter sido um pouco exageradas.

2.1 - Dólar Futuro BM&F e Ptax800 Venda

1,76

1,81

1,86

1,91

1,96

2,01

1-Jul-99 16-Jul-99 31-Jul-99 15-Ago-99 30-Ago-99 14-Set-99 29-Set-99

Ptax800AgostoSetembroOutubroNovembroDezembro

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 19

Nesse mesmo dia18 de agosto o Bacenleiloou 1,5 milhão de NBC-E de 392 dias, comliquidação prevista para30.08, lote integralmenteabsorvido pelo mercado àtaxa de 12,87% a.a. maisvariação cambial. Essasiniciativas aparentementenão conseguiram revertera trajetória altista da taxade câmbio, que como jádito alcançou seu valormáximo no período emanálise no dia 20 deagosto, data em que oBanco Central efetuoudois lei lões de papéiscambiais, ofertando inici-almente um lote de 2milhões de NBC-E, doqual vendeu apenas 607mil, e outro lote de 3milhões de NBC-E, quegerou colocação de poucomais de 1,08 milhão.

As cotações sócederam – e cederamsignif icat ivamente –quando o Bacen voltou àcarga no dia 23 ofertando,em dois leilões, a parcelados títulos que havia serecusado a vender no dia20. O primeiro leilão, de

1,85 milhão de NBC-E saiu à taxa de 12%a.a. mais variação cambial, para o prazode 161 dias e a Autoridade Monetáriaaceitou vender 1,21 milhão. No segundoleilão, o Banco Central ofertou mais 700mil títulos, que saíram integralmente à taxade 11,5% a.a. mais variação cambial. Oresultado disso é que a taxa Ptax800 vendaque atingira 1,9497 R$/US$ no dia 20despencou para 1,8706 R$/US$ no dia 23,uma queda de mais de 4%. Essa redução

Vale também a pena o registro de quea única intervenção da Autoridade Monetáriano mercado de câmbio se deu justamenteem agosto, mais especificamente no dia 18,tendo o Banco Central vendido liquidamenteUS$ 150 milhões ao mercado. Essaintervenção, seguindo a nova sistemáticade atuação já comentada, foi divulgada nomesmo dia por meio do Comunicado 6.908,e representa o único lançamento dotrimestre na tabela 2.2.

2.1 - Variação Cambial x CDI

1998 1/ 8,27 7,88 28,58 18,77 18,77 18,77 Jan 0,65 0,63 2,67 2,00 26,87 2,00 Fev 0,60 0,60 2,11 1,50 19,63 3,54 Mar 0,62 0,62 2,18 1,55 20,29 5,14

1º Tri 2/ 1,88 1,86 7,12 5,14 22,22 5,14

Abr 0,61 0,64 1,69 1,08 13,72 6,28

Mai 0,54 0,66 1,63 1,08 13,79 7,43

Jun 0,56 0,63 1,60 1,04 13,19 8,54

2º Tri 2/ 1,71 1,94 5,00 3,23 13,57 8,54

Jul 0,56 0,61 1,69 1,12 14,32 9,76

Ago 1,16 0,63 1,47 0,31 3,74 10,10

Set 0,74 0,69 2,49 1,74 22,97 12,01

3º Tri 2/ 2,48 1,94 5,75 3,19 13,40 12,01

Out 0,64 0,67 2,93 2,27 30,98 14,56

Nov 0,67 0,61 2,58 1,90 25,29 16,73

Dez 0,62 0,62 2,38 1,74 23,07 18,77

4º Tri 2/ 1,95 1,91 8,10 6,03 26,40 18,77

1999 1/ 59,04 65,17 19,88 -24,62 -24,62 -24,62

Jan 64,08 65,17 2,17 -37,73 -99,66 -37,73

Fev 4,11 - 2,35 -1,69 -18,55 -38,79

Mar -16,60 - 3,29 23,85 1.202,68 -24,19

1º Tri 2/ 42,47 - 8,01 -24,19 -66,96 -24,19

Abr -3,56 - 2,29 6,07 102,72 -19,59

Mai 3,81 - 1,96 -1,78 -19,42 -21,02

Jun 2,64 - 1,63 -0,98 -11,18 -21,80

2º Tri 2/ 2,76 - 5,99 3,15 13,21 -21,80

Jul 1,11 - 1,62 0,50 6,18 -21,41

Ago 7,08 - 1,55 -5,17 -47,08 -25,47

Set 0,33 - 1,47 1,13 14,46 -24,62

3º Tri 2/ 8,64 - 4,71 -3,61 -13,68 -24,62 Fonte: Sisbacen.

Notas:

1/ Acumulado no ano;2/ Acumulado no trimestre, com exceção da coluna "CDI/US$ Livre-Anualizado", cujo valor éa média geométrica anualizada do trimestre;3/ Variação da taxa de venda, fechamento;4/ Diferencial bruto de rentabilidade;

(Resolução nº 2.588, de 25.0.99).5/ A partir de 1º.02.99, as posições de câmbio dos mercados livre e flutuante foram unificadas

(%)CDI/

US$ Livre(ao mês)

4/

CDI/US$ Livre

Anualizado4/

CDI/US$ Livre

Acumulado4/

Período

US$Livre

(ao mês)3/

US$Flutuante(ao mês)

3/ 5/

CDI(ao mês)

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio20

foi também prontamente acompanhadapelas cotações do mercado futuro (vergráfico 2.1).

Apesar disso, nos momentosseguintes, do final do mês de agosto atéos primeiros dias de setembro, ocomportamento da taxa de câmbio foiextremamente irregular. Após a expressivaqueda do dia 23.08, a cotação registradana Ptax800 oscilou bastante e voltou aultrapassar o patamar de 1,94 R$/US$,atingindo 1,9436 R$/US$ no dia 30.08.Nesse ínterim, a estratégia do BancoCentral manteve-se firme: no dia 25 ofertouum lote de um milhão de NBC-E de 444dias que foi totalmente absorvido pelomercado, à taxa de 14,27% a.a. maisvariação cambial. Nesse mesmo dia oBacen aumentou sua carteira de títuloscambiais com a emissão de quatro sériesde NBC-E de 5 milhões cada, totalizandoR$ 20 bilhões em valor nominal e deixandoclaro para os agentes de que iria bancar aoferta de hedge caso necessário.

Assim foi feito, tendo o Banco Centralleiloado títulos cambiais nos dias 27.08(1,35 milhão, sendo que 1,03 milhão foirepassado ao mercado), 30.08, 31.08 e01.09 (500 mil em cada dia, totalmente

2.2 - Compra/Venda Líquida de Divisaspelo Banco Central 1/ 2/

Período Livre Flutuante Total

1998 17.137,9 -31.861,9 -14.724,0Jan 3.136,7 -1.684,6 1.452,1Fev 6.257,5 -1.086,6 5.170,9Mar 11.713,6 -1.570,1 10.143,5

1º Tri 21.107,8 -4.341,3 16.766,5Abr 8.120,1 -2.058,8 6.061,3Mai 1.119,0 -3.143,2 -2.024,2Jun 1.681,2 -2.130,9 -449,7

2º Tri 10.920,3 -7.332,9 3.587,4Jul 6.545,5 -1.784,3 4.761,2Ago -9.322,5 -3.176,4 -12.498,9Set -9.870,9 -8.851,4 -18.722,3

3º Tri -12.647,9 -13.812,1 -26.460,0Out 1.001,4 -2.853,5 -1.852,1Nov 266,1 -1.224,1 -958,0Dez -3.509,8 -2.298,0 -5.807,8

4º Tri -2.242,3 -6.375,6 -8.617,9

1999 -9.040,7 -2.632,6 -11.673,3

Jan -6.308,3 -2.030,8 -8.339,1

Fev -770,9 - -770,9

Mar -1.156,2 - -1.156,2

1º Tri -8.235,4 -2.030,8 -10.266,2

Abr -1.062,2 -509,8 -1.572,0

Mai 407,0 -92,0 315,0

Jun -0,1 - -0,1

2º Tri -655,3 -601,8 -1.257,1

Jul - - -

Ago -150,0 - -150,0

Set - - -

3º Tri -150,0 - -150,0

Fonte: Sisbacen.Notas:1/ Com base nas datas de contratação. Sujeito à revisão;2/ Interbancário automático.

US$ milhões

2.2 - Fluxo Líquido Diário

-400

-200

0

200

400

01 J

ul

05 J

ul

07 J

ul

09 J

ul

13 J

ul

15 J

ul

19 J

ul

21 J

ul

23 J

ul

27 J

ul

29 J

ul

02 A

go

04 A

go

06 A

go

10 A

go

12 A

go

16 A

go

18 A

go

20 A

go

24 A

go

26 A

go

30 A

go

01 S

et

03 S

et

08 S

et

10 S

et

14 S

et

16 S

et

20 S

et

22 S

et

24 S

et

28 S

et

30 S

et

US

$ m

ilhõe

s

Fonte: Sisbacen.

Page 21: ANÁLISE DO MERCADO DE CÂMBIO · Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999 Banco Central do Brasil 13 1. INTRODUÇÃO A análise do terceiro trimestre/1999 retrata o mercado

Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 21

absorvidos). O Bacen voltou a ofertarNBC-E nos dias 02.09 (dois lei lõesrealizados, 1 milhão do qual 635 mil aceitose 500 mil, dos quais 279 mil aceitos) e03.09 (dois lotes, um de 500 mil, títulos de

prazo decorrido e outro de 1 milhão,emissão nova, os dois absorvidosintegralmente pelo mercado). No dia 06.09a autoridade monetária aumentou suacarteira em mais 15 milhões de NBC-E,

2.3 - Posi ção de Câmbio do Mercado - Fechamento Mensal 1/

Comprada Vendida Líquida Comprada Vendida Líquida Comprada Vendida Líquida

45,6 1.014,3 -968,7 18,2 393,3 -375,1 63,8 1.407,5 -1.343,8

58,0 1.027,7 -969,6 17,9 429,6 -411,7 75,9 1.457,3 -1.381,4

70,1 965,2 -895,1 15,2 405,8 -390,6 85,3 1.371,0 -1.285,7

59,2 987,9 -928,7 15,1 415,4 -400,3 74,3 1.403,3 -1.329,0

350,4 574,8 -224,4 17,1 312,9 -295,8 367,5 887,7 -520,2

118,4 701,0 -582,6 19,0 256,4 -237,4 137,4 957,4 -820,0

92,4 772,1 -679,7 18,3 337,1 -318,8 110,7 1.109,2 -998,5

299,7 663,0 -363,3 76,6 201,4 -124,8 376,3 864,4 -488,1

126,0 561,7 -435,7 240,3 148,5 91,8 366,3 710,2 -343,9

158,9 633,4 -474,5 243,7 189,8 53,9 402,6 823,2 -420,6

86,4 1.000,0 -913,6 29,1 345,7 -316,7 115,5 1.345,7 -1.230,3

185,5 502,6 -317,1 31,1 147,3 -116,1 216,6 649,9 -433,2

532,0 1.160,7 -628,6 36,0 247,4 -211,4 568,1 1.408,0 -840,0

304,3 2.282,3 -1.977,9 - - - 304,3 2.282,3 -1.977,9

237,5 3.811,3 -3.573,8 - - - 237,5 3.811,3 -3.573,8

304,1 2.339,2 -2.035,2 - - - 304,1 2.339,2 -2.035,2

1.136,0 1.316,1 -180,1 - - - 1.136,0 1.316,1 -180,1

402,3 1.856,2 -1.453,9 - - - 402,3 1.856,2 -1.453,9

473,2 1.896,8 -1.423,6 - - - 473,2 1.896,8 -1.423,6

319,8 1.821,7 -1.502,0 - - - 319,8 1.821,7 -1.502,0

497,8 2.414,4 -1.916,6 - - - 497,8 2.414,4 -1.916,6Fonte: Sisbacen.

Notas:

1/ Dados sujeitos à revisão;

2/ A partir de 1º.02.99, inclui todos os agentes, inclusive aqueles que operam apenas no Flutuante;

3/ A partir de 1º.02.99, as posições de câmbio dos mercados Livre e Flutuante foram unificadas (Resolução nº 2.588, de 25.01.99).

30 Jul

31 Ago

30 Set

31 Mai

30 Jun

30 Abr

99-29Jan

26 Fev

31 Mar

30 Out

30 Nov

31 Dez

US$ milhões

Livre 2/ Flutuante 3/ TotalPeríodo

98-30Jan

27 Fev

31 Mar

30 Abr

30 Set

29 Mai

30 Jun

31 Jul

28 Ago

2.3 - C-Bonds e Ptax800 Venda

58,0

59,0

60,0

61,0

62,0

63,0

64,0

65,0

66,0

1-Jul-99 16-Jul-99 31-Jul-99 15-Ago-99 30-Ago-99 14-Set-99 29-Set-99

1,65

1,70

1,75

1,80

1,85

1,90

1,95

2,00

C-Bonds

Ptax800

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio22

com a emissão de três séries de 5 milhõescada, voltando a ofertar dois lotes de 500mil ao mercado no dia 08.09, um dos quaisnão teve suas ofertas aceitas. O Bacenretornou ao mercado nos dias 09 e 10 desetembro, ofertando respectivamente 500mil (os mesmos que não haviam sidovendidos no dia 06.09) e 2,3 milhões detítulos, integralmente absorvidos. Todaessa movimentação da AutoridadeMonetária acabou contribuindo para que ataxa de venda da Ptax800 caísse para1,8621 R$/US$ no dia 10.09, a menorregistrada em setembro.

A part ir daí, uma interpretaçãoerrônea de que o Banco Central estariaplanejando reduzir a oferta de hedgecambial afetou o humor do mercado, e ataxa de câmbio passou a apresentar nítidatendência de alta. Como pode serobservado na tabela 2.5, o Banco Centralmanteve seu comportamento inalterado,ofertando NBC-E nos dias 15.09 (2,5milhões, 1,7 milhão aceito), 17.09 (1,2milhão aceito integralmente), 22.09 (750 milaceitos integralmente), 23.09 (500 milaceitos integralmente), 24.09 (2,2 milhões,1,4 milhão aceito) e 29.09 (1,5 milhão, 1,1milhão aceito). O gráfico 2.6 mostra acurva de juros das NBC-E absorvidas pelomercado no decorrer do terceiro trimestre

de 1999. Contudo, mesmo a intensa ofertade hedge na segunda quinzena desetembro não conseguiu reverter a

2.4 - Reservas Internacionais

Caixa /1 var.% Liquidez /2 var.%

8,55 -2,27 9,41 -5,69

19,01 122,26 23,75 152,54

25,90 36,26 32,20 35,56

36,47 40,81 38,81 20,52

50,45 38,33 51,84 33,59

59,04 17,03 60,11 15,95

51,36 -13,01 52,17 -13,20

52,48 2,18 53,10 1,78 57,42 9,41 58,78 10,69 67,77 18,03 68,59 16,69 73,85 8,97 74,66 8,84 71,95 -2,57 72,83 -2,45 70,06 -2,63 70,90 -2,65 69,37 -0,99 70,21 -0,97 66,48 -4,16 67,33 -4,10 44,99 -32,33 45,81 -31,96 41,56 -7,61 42,39 -7,48 40,29 -3,06 41,19 -2,82 43,62 8,26 44,56 8,17 35,18 -19,35 36,14 -18,90 34,64 -1,52 35,46 -1,88 32,87 -5,11 33,85 -4,54 43,38 31,96 44,32 30,92 43,36 -0,04 44,31 -0,01 40,42 -6,79 41,35 -6,69 41,35 2,30 42,16 1,96 41,13 -0,53 41,92 -0,56 41,94 1,99 42,56 1,54

Fonte: DEPEC.Notas:1/ disponibilidades imediatas;

US$ bilhões

2/ agrega aos valores do conceito caixa os haveres representativos de títulos de exportação e outros haveres de médio e longo prazos.

Set

JunJul

Ago

Mai

FevMarAbr

Set

MaiJunJul

Ago

Abr

OutNovDez

FevMar

1999 Jan

1998 Jan

1997

Fim dePeríodo

199619951994199319921991

Conceitos

2.4 - Posição de Câmbio Líquida do Sistema Bancário

-3.500

-3.000

-2.500

-2.000

-1.500

-1.000

-500

0

01 J

ul

05 J

ul

07 J

ul

09 J

ul

13 J

ul

15 J

ul

19 J

ul

21 J

ul

23 J

ul

27 J

ul

29 J

ul

02 A

go

04 A

go

06 A

go

10 A

go

12 A

go

16 A

go

18 A

go

20 A

go

24 A

go

26 A

go

30 A

go

01 S

et

03 S

et

08 S

et

10 S

et

14 S

et

16 S

et

20 S

et

22 S

et

24 S

et

28 S

et

30 S

et

US

$ m

ilhõe

s

Média

Fonte: Sisbacen.

Nota: A partir de 01.02.99, as posições de câmbio dos mercados livre e flutuante foram unificadas (Resolução nº 2.588, de 25.01.99).

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 23

tendência de desvalorização da taxa decâmbio, que fechou o mês cotada a 1,9223R$/US$.

Com toda essa volatilidade presenteno comportamento da taxa de câmbio, ocupom cambial bruto ex-post, parâmetroque pode servir de indicador para arentabilidade do capital externo aplicadoem renda fixa, apresentou variaçõesintensas. O custo do CDI, refletindo a açãoda Autoridade Monetária no sentido deredução gradual dos juros básicos, foi de1,62% em julho, 1,55% em agosto e 1,47%em setembro, acumulando 4,71% notr imestre. Tais valores, quandocomparados às variações cambiais decada mês, representam ganhos hipotéticosde 0,50% (6,18% anualizados) em julho ede 1,13% em setembro (14,46%anualizados), e uma perda de 5,17% emagosto (47,08% anualizados). Não édemais lembrar que no novo regime deflutuação cambial o patamar dos jurosinternos teve reduzido o seu antigo papelde regulador do fluxo de capital externo,passando a ser gerido mais em função dasexpectativas em relação ao compor-tamento dos índices de inflação. Mantendoem mente a perda de importância desseindicador, a tabela 2.1 traz sua evoluçãono período 1998-1999.

A propósito, iniciado no segundotrimestre de 1999, o movimento de reduçãonas taxas básicas de juros manteve-se noperíodo em foco, porém em menormagnitude. Em 28 de julho o Comitê dePolítica Monetária (COPOM) decidiu reduzirem 1,5 ponto percentual, dos 21% quevigoravam desde 24 de junho para 19,5%ao ano, a meta da taxa SELIC. O COPOMdecidiu também alterar o viés da taxa, queera de baixa e passou a ser neutro. A opçãopor não especif icar o viés, que é aprerrogativa do Presidente do BancoCentral de alterar os juros no períodocompreendido entre duas reuniõesordinárias do COPOM, se deu em funçãoda avaliação por parte do comitê de que aeconomia estava entrando em ciclo denormalidade.

Na reunião seguinte do COPOM,realizada em 1° de setembro, decidiu-semanter a meta para a taxa SELIC em 19,5%a.a., ante temor de eventuais repasses dasvariações da taxa de câmbio, geradas pelaintensa busca por hedge cambial emagosto, para os preços internos. Decididopela manutenção dos juros básicos, oCOPOM baixou a alíquota do compulsóriosobre depósitos a prazo de 20% para 10%,na tentativa de reduzir a diferença entre astaxas de captação e de empréstimo do

2.5 - Reservas Internacionais - Liquidez

40,0

40,5

41,0

41,5

42,0

42,5

43,0

01/0

7/99

05/0

7/99

07/0

7/99

09/0

7/99

13/0

7/99

15/0

7/99

19/0

7/99

21/0

7/99

23/0

7/99

27/0

7/99

29/0

7/99

02/0

8/99

04/0

8/99

06/0

8/99

10/0

8/99

12/0

8/99

16/0

8/99

18/0

8/99

20/0

8/99

24/0

8/99

26/0

8/99

30/0

8/99

01/0

9/99

03/0

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08/0

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14/0

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16/0

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20/0

9/99

22/0

9/99

24/0

9/99

28/0

9/99

30/0

9/99

US

$ bi

lhõe

s

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio24

sistema financeiro. Estimativas feitas pelomercado apontavam que a medidarepresentaria uma injeção de cerca de R$10 bilhões na Economia. Nova decisão deredução dos juros básicos só se daria em22 de setembro, quando o COPOMpromoveu corte de 0,5 ponto percentual nameta da taxa SELIC, que passou para 19%ao ano, mantendo-se o viés neutro. Ográfico 2.7 mostra o comportamento diário

da taxa SELIC no decorrer do terceirotrimestre, bem como das taxas projetadaspara os contratos de DI futuro na BM&F.

Em relação às principais medidasanunciadas pelo Banco Central no período,cabe destacar que a partir de 12 de julhopassaram a ser aceitas operaçõesinterbancárias a termo, com prazo máximode 360 dias, no Sistema de Informações

2.5 - Leilões de NBC-E realizados pelo Banco Central

Leilão Liquidação Financeira

Data da Emissão

Data do Vencimento

Prazo Original

Prazo Leilão

Volume Ofertado

Valor Nominal

Volume Aceito

Taxa % a.a.

02/07/1999 05/07/1999 02/07/1999 04/08/2000 399 396 2.500.000 2.500.000 13,0007/07/1999 08/07/1999 23/06/1999 23/12/2000 549 534 500.000 500.000 13,3814/07/1999 15/07/1999 02/07/1999 04/08/2000 399 386 1.000.000 1.000.000 14,9920/07/1999 21/07/1999 21/07/1999 01/10/1999 72 72 3.000.000 R$ 1.000,0020/07/1999 21/07/1999 21/07/1999 01/11/1999 103 103 3.000.000 R$ 1.000,0020/07/1999 21/07/1999 21/07/1999 01/12/1999 133 133 3.000.000 R$ 1.000,0020/07/1999 21/07/1999 21/07/1999 01/02/2000 195 195 3.000.000 R$ 1.000,0029/07/1999 30/07/1999 30/07/1999 24/08/2000 391 391 4.000.000 R$ 1.000,0030/07/1999 02/08/1999 27/05/1999 22/05/2000 361 294 500.000 500.000 12,2804/08/1999 05/08/1999 02/07/1999 04/08/2000 399 365 500.000 500.000 12,9306/08/1999 09/08/1999 20/11/1998 20/02/2001 823 561 500.000 500.000 13,7518/08/1999 30/08/1999 30/08/1999 25/09/2000 392 392 1.500.000 R$ 1.000,00 1.500.000 12,8720/08/1999 06/09/1999 06/09/1999 25/10/2000 415 415 2.000.000 R$ 1.000,00 609.650 13,5020/08/1999 23/08/1999 21/07/1999 01/02/2000 195 162 3.000.000 1.083.650 21,5023/08/1999 24/08/1999 21/07/1999 01/02/2000 195 161 1.850.000 1.211.300 12,0023/08/1999 24/08/1999 21/07/1999 01/02/2000 195 161 700.000 700.000 11,5025/08/1999 10/09/1999 10/09/1999 27/11/2000 444 444 1.000.000 R$ 1.000,00 1.000.000 14,2725/08/1999 26/08/1999 26/08/1999 01/02/2000 159 159 5.000.000 R$ 1.000,0025/08/1999 26/08/1999 26/08/1999 17/02/2000 175 175 5.000.000 R$ 1.000,0025/08/1999 26/08/1999 26/08/1999 01/03/2000 188 188 5.000.000 R$ 1.000,0025/08/1999 26/08/1999 26/08/1999 16/03/2000 203 203 5.000.000 R$ 1.000,0027/08/1999 06/09/1999 06/09/1999 25/10/2000 415 415 1.350.000 1.027.700 14,0030/08/1999 31/08/1999 26/08/1999 17/02/2000 175 170 500.000 500.000 12,5031/08/1999 01/09/1999 26/08/1999 17/02/2000 175 169 500.000 500.000 11,2001/09/1999 02/09/1999 26/08/1999 17/02/2000 175 168 500.000 500.000 11,1902/09/1999 03/09/1999 26/08/1999 16/03/2000 203 195 1.000.000 634.800 12,0002/09/1999 03/09/1999 26/08/1999 16/03/2000 203 195 500.000 279.200 12,0003/09/1999 06/09/1999 26/08/1999 16/03/2000 203 192 500.000 500.000 11,9903/09/1999 13/09/1999 13/09/1999 25/01/2001 500 500 1.000.000 R$ 1.000,00 1.000.000 14,6906/09/1999 08/09/1999 08/09/1999 13/04/2000 218 218 5.000.000 R$ 1.000,0006/09/1999 08/09/1999 08/09/1999 11/05/2000 246 246 5.000.000 R$ 1.000,0006/09/1999 08/09/1999 08/09/1999 15/06/2000 281 281 5.000.000 R$ 1.000,0008/09/1999 17/09/1999 17/09/1999 08/03/2001 538 538 500.000 R$ 1.000,00 500.000 14,9408/09/1999 09/09/1999 08/09/1999 13/04/2000 218 217 500.00009/09/1999 10/09/1999 08/09/1999 13/04/2000 218 216 500.000 500.000 12,4810/09/1999 20/09/1999 20/09/1999 15/03/2001 542 542 2.300.000 R$ 1.000,00 2.300.000 14,9315/09/1999 24/09/1999 24/09/1999 19/04/2001 573 573 2.500.000 R$ 1.000,00 1.731.000 14,9917/09/1999 04/10/1999 04/10/1999 17/05/2001 591 591 1.200.000 R$ 1.000,00 1.200.000 14,9222/09/1999 24/09/1999 24/09/1999 19/04/2001 573 573 750.000 750.000 14,7423/09/1999 24/09/1999 23/06/1999 23/06/2001 731 638 500.000 500.000 14,7724/09/1999 08/10/1999 08/10/1999 14/06/2001 615 615 2.200.000 R$ 1.000,00 1.394.700 14,9929/09/1999 13/10/1999 23/06/1999 23/06/2001 731 619 1.500.000 1.111.750 14,99

Fonte: Banco Cental do Brasil.

Nota: Tabela atualizada em 27.03.2000.

Carteira do BacenCarteira do BacenCarteira do Bacen

Carteira do BacenCarteira do Bacen

Carteira do BacenCarteira do Bacen

Carteira do BacenCarteira do Bacen

Ofertas não aceitas

Carteira do BacenCarteira do Bacen

Carteira do Bacen

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 25

do Banco Central (SISBACEN), que haviamsido autorizadas pela Resolução 2.614 de30.06.99 e definidas pela Circular 2.902 demesma data. Conhecidas no EstadosUnidos como Deliverable Forwards, essasoperações são contratos privados quepodiam ocorrer informalmente entre duasinstituições em confiança mútua. Sendouma forma de hedge potencialmente maisbarata, apesar do maior risco, do que osfuturos de dólar na BM&F, por nãoenvolverem depósito de margens nemajustes diários, a expectativa do mercadoera a de que o custo das operações dehedge cambial poderia cair.

Com a edição da Circular 2.913, em21.07.99, o Banco Central permitiu querecursos captados no exterior via emissãopública, com base na Resolução 63, eaplicados em títulos públicos cambiais dadívida interna fossem transferidos paraoutros papéis de igual valor ecaracterísticas. A intenção foi facilitarcasamentos de prazos da operaçãoexterna com o dos títulos adquiridos. Osrecursos captados poderiam ainda sairdos títulos federais para as outras trêsmodalidades de aplicação permitidas:cessão de crédito, depósito junto ao próprioBacen e repasse interno ao tomador final.O objetivo da medida foi o de facilitar a

administração do fluxo de caixa dessesrecursos pelas instituições financeiras,estimulando novas captações.

No dia 29 de julho o Banco Centraldivulgou dois normativos aumentando ograu de liberalização do mercado decâmbio brasi leiro. Com a edição daResolução 2.622 o Conselho MonetárioNacional permit iu o acesso de nãoresidentes, pessoas físicas ou jurídicas,a contratos futuros referenciados emprodutos agropecuários l istados embolsas, vedando contudo a realização deoperações que possam resul tar emganhos predeterminados, sa lvoautorização expressa do Bacen. Já aResolução 2.625 autor izou àsinst i tu ições f inancei ras o l iv redirecionamento de recursos captados noexterior. Essa liberdade só é aplicávelaos recursos oriundos de captaçõespúblicas no exterior (bônus e outrostítulos) e com prazo mínimo de cincoanos, sem qualquer c láusula deantec ipação parc ia l ou to ta l dovencimento executável em igual prazo.

Com a Resolução 2.628, de 6 deagosto, o Conselho Monetário Nacionalresolveu permitir que 30% do capitalestrangeiro ingressado via Anexos I a IV

2.6 - NBC-E: Taxas x Prazos

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

0 100 200 300 400 500 600 700Dias

% a

.a. m

ais

varia

ção

cam

bial

Títulos aceitos

Curva (log)

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio26

da Resolução 1.289, por investidoresinst i tucionais, fossem apl icados emoperações ou at ivos de renda f ixa(Fundos de Investimento Financeiro,Certif icados e Recibos de DepósitosBancários, etc.). A medida impôs comocondições para o retorno ao exterior areaplicação dos recursos em valoresmobiliários de renda variável por nomínimo um dia ou a manutenção dosrecursos em conta corrente pelo prazomínimo de 15 dias. O objetivo da medidafoi o de incentivar a maior permanênciade recursos no País, permitindo que oinvest idor não tenha que efetuarremessas para o exterior, para depoistrazê-las de volta caso queira aplicá-losem renda fixa, reduzindo também o ônusda Contr ibu ição Prov isór ia sobreMovimentação Financeira (CPMF).

A Circular 2.919, de 18 de agosto,alterou o regulamento de câmbio deexportação, ampliando para 360 dias oprazo máximo para a contratação decâmbio prévio ao embarque dasmercadorias. Com isso o Banco Centralaumentou o prazo máximo de fechamentodos Adiantamentos de Contrato de Câmbio(ACC) de 180 para 360 dias. A avaliaçãodo mercado financeiro foi a de que pelomenos num primeiro momento, a medida

não deveria gerar aumentos nofinanciamento às exportações, devido àretração observada nas linhas e maiorseletividade por parte dos banqueirosexternos.

Considerando, ainda, que é bastantecomum o fato de operações de ACCserem casadas com operações deAdiantamento sobre Cambiais Entregues(ACE), modal idade de crédito pós-embarque, as l inhas que porventuralastreassem operações de ACC/ACE comprazo superior a um ano seriamclassificadas como operações de médioprazo, sendo consideradas de maior riscopelo banqueiro fornecedor do crédito. Dequalquer forma, a iniciat iva foi bemrecebida mais pelo seu caráterliberalizante, do que propriamente por suacapacidade de geração de efeitos de curto-prazo.

Em 8 de setembro o Banco Centralvoltou a alterar o prazo máximo deliquidação de contratos de câmbio denatureza financeira. A Circular 2.926autorizou que as operações de câmbio decompra financeira, sujeitas a registro noBanco Central, e as de venda, com ou semregistro no Bacen, poderiam sercontratadas para liquidação futura pelo

2.7 - Taxa SELIC e DI Futuro BM&F (% a.a.)

18,0

20,0

22,0

24,0

26,0

28,0

30,0

32,0

34,0

1-Jul-99 16-Jul-99 31-Jul-99 15-Ago-99 30-Ago-99 14-Set-99 29-Set-99

SELICAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 27

prazo máximo de 60 dias, contra prazomáximo anterior de 30 dias. A ampliaçãode prazo visou dar maior liberdade aomercado, diante do regime de l ivreflutuação vigente.

Em termos de regulamentação,cabe ainda citar a edição da Resolução2.644. de 10 de setembro, em que oConselho Monetário Nacional resolveupermitir a empresas do setor energético(petróleo, gás natural e energia elétrica)a abertura, no País, de contas de depósitoem moeda estrangeira. Segundo algumasavaliações a medida poderia estimular, acurto ou médio prazo, o ingressosignificativo de investimentos externos nosetor por potenciais investidores emprojetos já existentes, cuja decisão deimplementação ainda estava dependendodessa permissão por parte do governobrasileiro.

Em relação ao comportamento dasreservas internacionais, o trimestre emfoco não trouxe grande alterações. Noconceito caixa, o estoque de setembroregistrou volume de US$ 41,94 bilhões, oque representou crescimento de 3,8% noterceiro trimestre do ano. No conceitoliquidez, que agrega, além do conceitocaixa, os haveres de médio e longo prazos,o valor de setembro mostra um saldo deUS$ 42,56 bilhões, que comparado aosaldo de junho (US$ 41,35 bi lhões)representou aumento de 2,9% no período.Os dados mensais das reservasinternacionais podem ser vistos na tabela2.4. O ganho observado no período podeser creditado basicamente a colocaçãolíquida de papéis da República no mercadointernacional.

Como pode ser observado nográfico 2.5, no dia 29 de julho houveaumento de US$ 852 milhões, refletindoemissão de eurobônus de 800 milhões,efetuada em duas parcelas, a primeiraem 8 de julho (700 milhões) e a segundaem 26 de julho (100 milhões). Essepapel, com vencimento em 29 de julhode 2002, e cupom de 9,5%, saiu comspread de aproximadamente 600 pontos-base em relação a títulos do Tesourofrancês de prazo similar. No dia 9 desetembro, o País voltou ao mercadoeuropeu, captando 300 milhões de euros,em títulos de cinco anos (vencimento emsetembro de 2004). O papel teve cupomde 11,125%, tendo sido colocado a98,5% do valor de face, o que equivaleua spread de 695 pontos-base sobretítulos do Tesouro alemão de prazoequivalente. No dia 17 de setembro, ovolume subiu para 400 milhões e no dia27, a emissão foi elevada pela segundavez, alcançando 500 milhões de euros (oequivalente a US$ 522 milhões). Essaemissão impactou a conta de ReservasInternacionais no dia 30 de setembro,que reg is t ra aumento de US$ 422milhões.

O lançamento desses bônusexternos consolidou a moeda européiacomo alternativa ao dólar norte-americanonas captações da República, sendo aconstrução de uma curva de rendimentosem euro estratégia expressa do BancoCentral, visando fornecer ao setor privadobrasileiro referências de custo de captaçãoem diversos prazos no mercado europeu.O primeiro lançamento de títulos de dívidapública brasileiros em euro havia sido feitoem março de 1998.

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3. MERCADO DE CÂMBIO

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 31

3. MERCADO DE CÂMBIO

O mercado de câmbio do Brasilmovimentou meio trilhão de dólares dosEstados Unidos no terceiro trimestre de1999, como pode ser visto na tabela 3.1.Tal volume de negócios representa quedade 4,3% em relação ao observado notrimestre anterior, sendo, inclusive, inferiorao movimento do primeiro trimestre doano, extremamente conturbado peloepisódio da mudança da política cambialbrasi leira. Em termos de volume denegócios, é o menor desde o primeirotrimestre de 1995, que girou US$ 445bilhões. Comparando-se o movimento doterceiro trimestre de 1999 com o de 1998– recorde em termos de negócioscambiais – o recuo impressiona, ao atingir48% no espaço de apenas um ano.

Analisando-se o grupo de rubricasconstantes da tabela 3.1, medianteconfronto com o período de abril a junhode 1999, o que mais chama a atenção é oexpressivo aumento percentual nos

negócios do grupo de rubricas elencadasem Outras, que avançou 59% em relaçãoao trimestre anterior. Tal aumento deveu-se basicamente ao incremento ocorridoem Arbitragens no País. A outra rubricaque apresentou aumento foi a deImportação, com ligeiro incremento de1,3%, enquanto todas as demaisregistraram queda. As contratações deExportação e o turnover do Interbancárioapresentaram pequenos recuos, enquanto,nas restantes, a diminuição nos negóciosexcedeu 10%, notadamente no segmentoflutuante, onde todas – excetuando a jácitada Outras – recuaram mais de 20% emrelação ao trimestre anterior.

Quando a comparação é feita com oterceiro tr imestre de 1998, o recuoobservado nas rubricas é geral e superiora 10%, com exceção de ComprasFlutuante, que destoou das demais aoapresentar aumento de 5,6%. As outrasrubricas do flutuante registraram quedas

3.1 - Giro Total

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

93 J

an Abr Ju

l

Out

94 J

an Abr Ju

l

Out

95 J

an Abr Ju

l

Out

96 J

an Abr Ju

l

Out

97 J

an Abr Ju

l

Out

98 J

an Abr Ju

l

Out

99 J

an Abr Ju

l

US

$ m

ilhõe

s

Flutuante

Livre

Média Móvel dos Últimos 12 Meses

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio32

expressivas, superiores a 70%, com ointerbancário desse segmento chegando arecuar 98,4%. Embora em menorproporção, no Livre as quedas tambémforam elevadas, ficando em patamarsuperior a 30%, exceto Exportações, cujorecuo foi de 12,3%.

A grande d i ferença ent re osvolumes de negócios registrados noterceiro trimestre de 1998 e no de 1999advém do fato de que naquele períodohouve forte pressão sobre o real – que

veio em seqüência à crise russa ocorridapouco antes –, insuflando as saídasfinanceiras em ambos os segmentos,com conseqüências sobre o in ter -bancár io . A lém d isso, as comprasf inancei ras receberam apor te dosrecursos advindos da privatização daTelebrás. Ademais, como se pode ver nográfico 3.1, os meses em que o realsofreu pressão de saídas – outubro de1997 e agosto de 1998 – representam asduas maiores marcas do giro total domercado de câmbio.

3.1 - Operações de Câmbio Contratadas

Total Mercado Livre 492.009 510.413 -3,6 -18.405 867.100 -43,3 -375.092 Subtotal Movimento Primário 57.230 65.600 -12,8 -8.370 93.293 -38,7 -36.063 Exportação 10.165 10.517 -3,3 -352 11.595 -12,3 -1.430 Importação 7.723 7.627 1,3 97 11.298 -31,6 -3.575 Compras Financeiras 19.262 23.885 -19,4 -4.623 28.731 -33,0 -9.469 Vendas Financeiras 20.080 23.571 -14,8 -3.492 41.670 -51,8 -21.590 Turnover do Interbancário 434.779 444.813 -2,3 -10.034 773.808 -43,8 -339.029 Total Mercado Flutuante 7.536 11.404 -33,9 -3.868 94.385 -92,0 -86.849 Compras Flutuante 1.873 3.014 -37,8 -1.141 1.773 5,6 100 Vendas Flutuante 4.156 5.215 -20,3 -1.060 14.985 -72,3 -10.829 Turnover do Interbancário 1.252 3.014 -58,5 -1.762 76.669 -98,4 -75.417 Outras 1/ 256 161 59,0 95 957 -73,3 -702

TOTAL GERAL 499.545 521.817 -4,3 -22.272 961.485 -48,0 -461.940 Fonte: Sisbacen.

Nota: 1/ Inclui o turnover de Arbitragens no País, no Exterior e de Posição Ouro contra Câmbio; Agências de Turismo - Operações

com Bancos Credenciados e Outros Fatos. Exclui Operações Interdepartamentais.

US$ milhões

3º TRI 99

(A)A / B

%2º TRI 99

(B)

A - B A / C%

A - C3º TRI 98(C)

3.2 - Movimento PrimárioMédia Móvel Diária 12 Meses - Segmento Livre

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

94 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

95 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

96 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

97 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

98 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

99 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

US

$ m

ilhõe

s

Remessas

Ingressos

Importações

Exportações

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 33

Já no terceiro trimestre de 1999, háoutra realidade de política cambial. Comefeito, após a troca do regime de bandascambiais pelo de livre flutuação da moedabrasileira, houve queda geral, e até mesmonatural, dos negócios cursados nomercado de câmbio brasileiro. Dessaforma, não é de se estranhar a expressivae generalizada redução nas rubricas doLivre e do Flutuante (com exceção deCompras Flutuante). Além do mais, nosegmento flutuante, a saída do BancoCentral desse mercado, no início de 1999,

após mudança na polí t ica cambial,contribuiu sobremaneira para a diminuiçãonos negócios desse segmento, emespecial no turnover do Interbancário.

No gráfico 3.1 pode-se ver tambéma evolução mensal do giro total dos doissegmentos do mercado de câmbiobrasileiro e a média móvel dos últimos dozemeses. Nele observamos que houve umponto de inflexão em junho de 1999, comnegócios de US$ 158 bilhões e que, apósisto, o movimento total passou a crescer

3.2 - Fluxo no Mercado Primário

Compras Vendas

1998 169.070 151.752 17.318 7.531 39.284 -31.754 -14.435 367.637 4,5% 25,9%

Jan 12.002 9.438 2.564 484 2.259 -1.775 789 24.184 4,0% 23,9% Fev 14.322 8.042 6.281 549 1.670 -1.121 5.160 24.582 3,8% 20,8%

Mar 22.391 10.439 11.952 535 2.156 -1.621 10.331 35.522 2,4% 20,7%

1º Tri 48.716 27.919 20.797 1.568 6.085 -4.517 16.280 84.289 3,2% 21,8%

Abr 18.213 9.732 8.481 555 3.096 -2.542 5.940 31.596 3,0% 31,8%

Mai 12.051 10.342 1.709 489 3.518 -3.029 -1.320 26.400 4,1% 34,0%

Jun 13.374 12.116 1.258 579 2.537 -1.958 -700 28.606 4,3% 20,9%

2º Tri 43.638 32.190 11.448 1.623 9.151 -7.528 3.920 86.602 3,7% 28,4%

Jul 19.294 12.601 6.694 679 2.538 -1.859 4.834 35.112 3,5% 20,1%

Ago 11.179 20.168 -8.989 516 3.309 -2.793 -11.782 35.173 4,6% 16,4%

Set 9.852 20.198 -10.346 578 9.138 -8.560 -18.906 39.766 5,9% 45,2%

3º Tri 40.325 52.967 -12.642 1.773 14.985 -13.212 -25.853 110.051 4,4% 28,3%

Out 15.087 14.105 982 1.359 4.214 -2.854 -1.872 34.765 9,0% 29,9%

Nov 10.012 10.288 -275 573 2.142 -1.569 -1.845 23.014 5,7% 20,8%

Dez 11.290 14.282 -2.992 635 2.708 -2.073 -5.065 28.915 5,6% 19,0%

4º Tri 36.390 38.675 -2.285 2.567 9.063 -6.496 -8.781 86.695 7,1% 23,4%

1999 95.212 101.524 -6.312 7.354 14.367 -7.012 -13.324 218.456 7,7% 14,2%

Jan 7.984 14.479 -6.495 567 2.656 -2.089 -8.584 25.685 7,1% 18,3%

Fev 10.937 13.127 -2.189 678 955 -277 -2.466 25.697 6,2% 7,3%

Mar 12.462 14.917 -2.455 1.223 1.386 -163 -2.617 29.988 9,8% 9,3%

1º Tri 31.383 42.522 -11.139 2.468 4.996 -2.528 -13.667 81.370 7,9% 11,7%

Abr 11.394 10.448 946 945 1.857 -912 34 24.644 8,3% 17,8%

Mai 12.574 9.414 3.160 659 1.574 -915 2.245 24.220 5,2% 16,7%

Jun 10.434 11.337 -902 1.409 1.784 -375 -1.277 24.965 13,5% 15,7%

2º Tri 34.402 31.198 3.204 3.014 5.215 -2.202 1.002 73.828 8,8% 16,7%

Jul 11.381 10.692 689 510 1.199 -689 0 23.782 4,5% 11,2%

Ago 8.395 8.086 309 636 1.209 -574 -265 18.326 7,6% 15,0%

Set 9.651 9.025 625 727 1.747 -1.020 -394 21.150 7,5% 19,4%

3º Tri 29.427 27.803 1.623 1.873 4.156 -2.283 -659 63.258 6,4% 14,9%

Fonte: Sisbacen.

Nota:

1/ Inclui operações com instituições financeiras do exterior.

US$ milhões

2/ A partir de 07.04.99, exportações de jóias, gemas, pedras preciosas e de artefatos de ouro e de pedras preciosas, bem como as operações de câmbio de frete e seguro dessas exportações passaram a cursar no Mercado de Câmbio de Taxas Livres;

Vendas(Financ.)

2/

MovimentoLíquido

(B)

Período

LIVRE FLUTUANTE 1/ MovimentoLíquidoTotal(A+B)

Representatividadedo Flutuante emRelação ao Livre

MovimentoPrimário

Total

Compras(Export.+

Financ.) 2/

Compras(Export.+Financ.)

Vendas(Import.+Financ.)

MovimentoLíquido

(A)

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio34

de forma quase linear, atingindo US$ 177bilhões em setembro. Embora o mercadocambial tenha apresentado tendênciaascendente no decorrer do trimestre, amédia móvel comportou-se de maneirainversa, no mesmo período, pois omovimento do terceiro trimestre de 1999foi bastante inferior ao do ano anterior.

Outra informação que se pode obterno gráfico 3.1 é que o mercado cambialbrasileiro foi praticamente reduzido aoLivre. De fato, o recuo mais agudoobservado no Flutuante em relação aoLivre fez com que a participação relativado Flutuante tenha chegado a atingir 1,4%em agosto de 1999 – em março de 1995,houve a participação recorde de 23,1% –,com média de apenas 1,5% no trimestre.

O fluxo do mercado primário, que seencontra na tabela 3.2, voltou a ficarnegativo no período em análise, desta feitaem 659 milhões, após haver sidosuperavitário em US$ 1 bilhão, no trimestreanterior. A inversão no saldo do movimentoprimário do mercado de câmbio deveu-seà redução no saldo positivo do Livre paraperto da metade do registrado no períodoanterior, haja vista o resultado do Flutuanteter permanecido praticamente estável.

Contudo, ao se comparar o saldo doterceiro trimestre de 1999 com o mesmodo ano anterior, verifica-se uma drásticaredução de US$ 25.853 milhões paraUS$ 659 milhões no saldo negativo domovimento primário total. Essa quedaderivou das fortes diminuições nas vendasde ambos os segmentos, sendo que noLivre caiu perto da metade e no Flutuantepara menos de um terço.

Um dado interessante a serobservado é que a soma dos saldosnegativos registrados do terceiro trimestrede 1998 (US$ 51.842 milhões) ao terceirode 1999 supera em US$ 3.300 milhões oacumulado do movimento primário totalentre o início de 1994 e o primeirosemestre de 1998 (US$ 48.542 milhões).

No tocante à distribuição dos negóciosdo mercado primário entre os segmentosLivre e Flutuante, ainda na tabela 3.2,observa-se a ocorrência de queda, tanto nascompras quanto nas vendas, emdecorrência de uma maior redução ocorridanos negócios no Flutuante, em relação àacontecida no Livre.

Fruto da redução ocorrida nos negócioscambiais em geral, a média diária das

Gráfico 3.3 - Mercado Cambial - InterbancárioMédia Diária Móvel dos Últimos 12 Meses (US$ milhões)

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

94 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

95 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

96 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

97 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

98 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

99 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

US

$ m

ilhõe

s

Livre

Flutuante

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 35

operações primárias, comerciais efinanceiras, ficou em US$ 973 milhões notrimestre em análise (tabela 3.3). É de seressaltar que essa média não se situavaabaixo de US$ 1 bilhão desde o terceirotrimestre de 1996. Em termos mensais, osUS$ 833 milhões de agosto de 1999 é o menorvalor desde março daquele mesmo ano.

Como pode ser visto na tabela 3.3,as médias diárias de todos os grupos derubricas recuaram, do segundo para oterceiro trimestre do ano. Em Exportaçãoe, principalmente, Importação, essadiminuição foi modesta, tanto em valorabsoluto, quanto relativo. Por outro lado,as demais registram queda superior a

20%. Entre elas, em termos proporcionais,destaca-se Compra (Flutuante), comrecuo superior a 40%. Em valoresabsolutos, sobressaem Compra e VendaFinanceiras (Livre), cujos recuos somaramUS$ 173 milhões, ou 73% da diminuiçãototal.

O comportamento histórico dasmédias diárias de negócios do segmentoLivre, expresso em termos de média móvelmensal, câmbio comercial e financeiro,está expresso no gráf ico 3.2. Nelevisualiza-se a relativa estabilidade dasExportações e o recuo das contrataçõesde Remessas e de Ingressos Financeirose de Importações.

3.3 - Operações Comerciais e FinanceirasMédia Diária - Câmbio Contratado

Exportação Importação Compra Venda Compra Venda

1998 191,7 176,5 487,2 433,0 1.288,4 30,2 157,8 188,0 1.476,5

Jan 201,5 185,4 370,0 264,0 1.021,0 23,1 107,6 130,6 1.151,6 Fev 238,0 179,4 557,7 267,4 1.242,5 30,5 92,8 123,2 1.365,7 Mar 202,1 181,0 815,7 293,5 1.492,3 24,3 98,0 122,3 1.614,6

1º Tri 212,5 182,1 586,1 275,6 1.256,3 25,7 99,8 125,5 1.381,8 Abr 226,1 182,8 732,5 329,4 1.470,8 29,2 163,0 192,1 1.663,0 Mai 208,4 169,0 394,1 348,1 1.119,7 24,5 175,9 200,4 1.320,0 Jun 224,4 179,0 412,5 398,0 1.213,8 27,6 120,8 148,4 1.362,2

2º Tri 219,6 176,9 507,7 359,6 1.263,8 27,0 152,5 179,6 1.443,4 Jul 208,2 152,0 630,7 395,9 1.386,7 29,5 110,3 139,9 1.526,6 Ago 168,9 170,1 363,5 790,3 1.492,7 24,6 157,6 182,2 1.674,9 Set 155,3 201,5 313,9 760,4 1.431,0 27,5 435,1 462,7 1.893,6

3º Tri 178,4 173,8 442,0 641,1 1.435,3 27,3 230,5 257,8 1.693,1 Out 151,8 193,2 566,7 478,5 1.390,1 64,7 200,6 265,4 1.655,5 Nov 175,2 171,0 325,4 343,4 1.015,0 28,6 107,1 135,7 1.150,7 Dez 151,0 156,6 362,2 492,6 1.162,4 28,9 123,1 151,9 1.314,3

4º Tri 158,9 173,4 418,7 440,5 1.191,5 40,7 143,9 184,6 1.376,1

1999 164,3 127,2 344,8 415,7 1.052,1 39,3 76,8 116,2 1.168,2

Jan 142,7 132,8 256,5 591,1 1.123,1 28,3 132,8 161,1 1.284,2 Fev 181,5 134,5 426,2 594,8 1.336,9 37,7 53,1 90,7 1.427,6 Mar 170,6 145,9 371,2 502,7 1.190,4 53,2 60,2 113,4 1.303,8

1º Tri 164,7 138,2 349,8 558,8 1.211,6 40,5 81,9 122,4 1.333,9 Abr 171,9 135,4 427,8 414,5 1.149,6 49,8 97,7 147,5 1.297,1 Mai 181,5 118,3 417,3 329,9 1.047,0 31,4 74,9 106,3 1.153,3 Jun 163,8 122,3 333,1 417,5 1.036,7 67,1 85,0 152,1 1.188,8

2º Tri 172,4 125,0 391,6 386,4 1.075,4 49,4 85,5 134,9 1.210,3 Jul 146,8 107,6 370,5 378,4 1.003,3 23,2 54,5 77,7 1.081,0 Ago 161,9 104,5 219,7 263,1 749,2 28,9 55,0 83,9 833,0 Set 160,6 145,6 298,9 284,2 889,3 34,6 83,2 117,8 1.007,1

3º Tri 156,4 118,8 296,3 308,9 880,5 28,8 63,9 92,7 973,2 Fonte: Sisbacen.

US$ milhões

Período PrimárioSubtotal

FlutuanteTotal

Livre

SubtotalComerciais Financeiras

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio36

Na tabela 3.4, que mostra os volumesmensais negociados no interbancário dosdois segmentos que compõem o mercadocambial brasileiro, pode-se observar que astransações nele cursadas continuaram aapresentar recuo, a exemplo do ocorrido noprimário. No Livre, a queda foi de US$ 10bilhões, valor muito próximo ao recuo total,de US$ 11,8 bilhões. Contudo, em termospercentuais, o que se destaca é reduçãodos negócios no Flutuante, que alcança58,5%. Esse recuo se explica pelo atípicomês de abril, quando o Banco Centralrealizou operações de caráter contábil,referentes a ajustes de posições de câmbiodos bancos, que está melhor explicado noCapítulo 5.

Dessa forma, os dados relativos aosnegócios no Flutuante corroboram osobservados no trimestre anterior. Comefeito, após a unificação da posição decâmbio e a saída da autoridade monetáriado interbancário do flutuante, os partici-pantes deste mercado resumiram-se àsSociedades Corretoras, DTVM e deCrédito, Financiamento e Investimento ebancos que atuam exclusivamente nessesegmento do mercado cambial brasileiro,que, no trimestre em análise, foram emnúmero de seis.

O acentuado recuo nos negócioscursados no interbancário do Flutuante, a

3.4 - Interbancário - Volume Negociado

1998 2.737.727,9 278.076,4 3.015.804,3

Jan 158.382,5 19.002,2 177.384,7 Fev 162.829,1 17.778,4 180.607,5 Mar 263.101,8 24.976,4 288.078,2

1º Tri 584.313,4 61.757,0 646.070,4 Abr 252.296,0 20.798,4 273.094,4 Mai 244.003,4 22.099,0 266.102,4 Jun 247.893,3 19.439,8 267.333,1

2º Tri 744.192,7 62.337,2 806.529,9 Jul 255.992,4 19.309,6 275.302,0 Ago 256.664,6 23.579,2 280.243,8 Set 261.150,6 33.780,2 294.930,8

3º Tri 773.807,6 76.669,0 850.476,6 Out 241.604,6 28.372,2 269.976,8 Nov 186.429,4 25.058,4 211.487,8 Dez 207.380,2 23.882,6 231.262,8

4º Tri 635.414,2 77.313,2 712.727,4

1999 1.292.360,9 17.236,2 1.309.597,1

Jan 142.985,8 11.599,4 154.585,2 Fev 95.523,4 405,0 95.928,4 Mar 174.259,2 965,4 175.224,6

1º Tri 412.768,4 12.969,8 425.738,2 Abr 178.244,0 1.549,8 179.793,8 Mai 142.540,4 599,4 143.139,8 Jun 124.029,0 865,2 124.894,2

2º Tri 444.813,4 3.014,4 447.827,8 Jul 133.589,2 440,0 134.029,2 Ago 145.796,6 357,0 146.153,6 Set 155.393,3 455,0 155.848,3

3º Tri 434.779,1 1.252,0 436.031,1 Fonte: Sisbacen.

US$ milhões

Período TotalLivre

(Compra+ Venda)

Flutuante(Compra+ Venda)

3.4 - Relação Interbancário x PrimárioMédia Móvel dos Últimos 12 Meses (US$ milhões)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

94 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

95 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

96 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

97 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

98 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

99 J

an

Mar

Mai Ju

l

Set

US

$ m

ilhõe

s

Livre Flutuante

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 37

partir de fevereiro de 1999, é ilustrado com oestreitamento da área representativa daparticipação desse segmento no gráfico 3.3,que mostra a média diária móvel dos últimosdoze meses no interbancário. Já no Livre,que também apresenta recuo na média denegócios este é menos acentuado.

Exprimindo a média móvel dosúlt imos doze meses das relaçõesinterbancário x primário dos doissegmentos, chama a atenção no gráfico3.4 a abrupta queda desta relação noFlutuante, que caiu de patamares acimade doze em meados de 1996, para poucoacima de dois ao final do trimestre emanálise. Em contraste, o declive observadona do Livre é bem mais suave, caindo de

valores pouco abaixo de dez para poucoacima de sete, em igual lapso de tempo.

O comportamento do flutuante refletea já explicada unificação nas posições dosdois mercados e conseqüente forte quedanos negócios interbancários dessesegmento. Com efeito, desde fevereiro de1999, o volume de negócios cursado nointerbancário tem sido inferior ao domovimento primário, fazendo com que arelação entre interbancário e primárioficasse abaixo de um.

A tabela 3.5 exibe a distribuição dascontratações de câmbio entre ossegmentos Livre e Flutuante. Nela ficaexpressa a contínua queda na participação

3.5 - Distribuição por Segmento

Livre Flutuante Total Livre Flutuante Total Livre Flutuante Total

US$ milhões US$ milhões US$ milhões

1998 87,3 12,7 367.637 90,6 9,4 3.020.655 90,3 9,7 3.388.291

Jan 88,7 11,3 24.184 89,2 10,8 177.565 89,1 10,9 201.749 Fev 91,0 9,0 24.582 90,1 9,9 180.735 90,2 9,8 205.317 Mar 92,4 7,6 35.522 91,2 8,8 288.385 91,4 8,6 323.907

1º Tri 90,9 9,1 84.289 90,4 9,6 646.684 90,4 9,6 730.973 Abr 88,4 11,6 31.596 91,9 8,1 274.609 91,5 8,5 306.205 Mai 84,8 15,2 26.400 91,5 8,5 266.691 90,9 9,1 293.092 Jun 89,1 10,9 28.606 92,5 7,5 268.039 92,2 7,8 296.645

2º Tri 87,6 12,4 86.602 92,0 8,0 809.339 91,5 8,5 895.942 Jul 90,8 9,2 35.112 92,9 7,1 275.441 92,7 7,3 310.553 Ago 89,1 10,9 35.173 91,4 8,6 280.745 91,2 8,8 315.918 Set 75,6 24,4 39.766 88,5 11,5 295.248 86,9 13,1 335.014

3º Tri 84,8 15,2 110.051 90,9 9,1 851.434 90,2 9,8 961.485 Out 84,0 16,0 34.765 89,4 10,6 270.155 88,8 11,2 304.921 Nov 88,2 11,8 23.014 88,1 11,9 211.626 88,1 11,9 234.641 Dez 88,4 11,6 28.915 89,6 10,4 231.415 89,5 10,5 260.331

4º Tri 86,6 13,4 86.695 89,1 10,9 713.197 88,8 11,2 799.892

1999 90,1 9,9 218.456 98,6 1,4 1.310.585 97,4 2,6 1.529.041

Jan 87,5 12,5 25.685 92,4 7,6 154.769 91,7 8,3 180.453 Fev 93,6 6,4 25.697 99,4 0,6 96.109 98,2 1,8 121.806 Mar 91,3 8,7 29.988 99,3 0,7 175.432 98,2 1,8 205.420

1º Tri 90,8 9,2 81.370 96,8 3,2 426.310 95,9 4,1 507.679 Abr 88,6 11,4 24.644 99,1 0,9 179.861 97,8 2,2 204.505 Mai 90,8 9,2 24.220 99,5 0,5 143.188 98,3 1,7 167.408 Jun 87,2 12,8 24.965 99,3 0,7 124.939 97,3 2,7 149.904

2º Tri 88,9 11,1 73.828 99,3 0,7 447.989 97,8 2,2 521.817 Jul 92,8 7,2 23.782 99,6 0,4 134.098 98,6 1,4 157.881 Ago 89,9 10,1 18.326 99,7 0,3 146.211 98,6 1,4 164.537 Set 88,3 11,7 21.150 99,6 0,4 155.977 98,3 1,7 177.127

3º Tri 90,5 9,5 63.258 99,7 0,3 436.287 98,5 1,5 499.545

Fonte: Sisbacen.

US$ milhões

PeríodoPrimário Secundário Primário + Secundário

(%) (%) (%)

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio38

do Flutuante nos negócios cambiais, quepassou de 2,2%, no 2º trimestre de 1999para 1,5%, no seguinte. No primário, opercentual correspondente a essesegmento caiu de 11,1% para 9,5% e nosecundário de 0,7% para 0,3%.

Na tabela 3.6, que volta a serpubl icada – juntamente com outrasinformativas de classif icação deinstituições, bancos e praças, antespresentes neste ou no capítulo de BalançaComercial Cambial – mostra o rankingmensal das contratações interbancáriaspor bancos no segmento Livre. Nela pode-se ver que a participação das dez maioresinstituições nesse tipo de negócio declinou7,8 pontos percentuais ao longo dotrimestre, caindo de 33,5% para 38,9%.

As tabelas 3.7, 3.8 e 3.9 mostram, emtermos trimestrais, os rankings decontratações de câmbio de exportação eimportação de bancos, praças e empresas,respectivamente. No de bancos (tabela 3.7),observamos que, tanto em exportaçãoquanto em importação, a concentração dosnegócios nas dez maiores instituiçõesmostra-se bastante elevado, respondendopor mais de três quartos dos negócios.Ademais, ao longo de 1999, verifica-se quea concentração das contratações cambias

no grupo dos dez mais por trimestreintensificou-se, em ambas as vias docomércio exterior brasileiro

No ranking de Praças (tabela 3.8), aconcentração das dez maiores é aindamais acentuada, alcançando 99% nascontratações de exportação e 95% nasimportação. Apenas São Paulo respondepor mais da metade do mercado, nas duasvias das contratações do comércio exteriorbrasileiro. Assim como na tabela 3.7, ascontratações de exportação tambémapresentaram aumento, embora pequeno,de concentração no grupo dos dez mais.Por outro lado, as importações registraramligeira desconcentração.

Por fim, a tabela 3.9, que mostra aconcentração de negócios por empresas.No caso, vemos que a concentração denegócios cambiais nos dez maioresparticipantes do mercado é bem menordo que nos outros dois tipos de rankings.De fato, nas exportações o pedaço dasdez maiores ronda os 20% do mercadoe, nas importações, de 25 a 30%. Nocaso das importações, a presença daPetrobrás, de longe a maior importadoraindividual do País, explica boa parte dadi ferença ent re compras e vendasexternas brasileiras.

3.6 - Contratações Interbancárias por Bancos - Segmento Livre

BankBoston 11.419 8,5 Banco do Brasil 9.849 6,8 Banco do Brasil 15.278 9,8 Banco do Brasil 10.464 7,8 Chase Manhattan 9.038 6,2 BankBoston 7.805 5,0 BankBoston B. Múltiplo 9.034 6,8 BankBoston 8.030 5,5 Citibank 7.604 4,9 Santander 7.721 5,8 Itaú 7.656 5,3 Itaú 7.351 4,7 Safra 6.769 5,1 Safra 6.488 4,5 BCN 7.233 4,7 Itaú 5.770 4,3 Bozano, Simonsen 6.470 4,4 Safra 5.710 3,7 Citibank 5.164 3,9 Citibank 5.897 4,0 ABN AMRO 5.123 3,3 BCN 4.754 3,6 Unibanco 5.416 3,7 BankBoston B. Múltiplo 4.966 3,2 Unibanco 4.311 3,2 BCN 5.171 3,5 Dresdner 4.263 2,7 Bozano, Simonsen 4.287 3,2 ABN AMRO 4.571 3,1 Santander 3.700 2,4

Subtotal 69.693 52,2 Subtotal 68.587 47,0 Subtotal 69.033 44,4

Demais 2/ 63.896 47,8 Demais 2/ 77.210 53,0 Demais 2/ 86.360 55,6

Total 133.589 100,0 Total 145.797 100,0 Total 155.393 100,0

Fonte: Sisbacen.

Notas:

1/ Compras + Vendas no interbancário;2/ Exclui Banco Central.

US$ milhõesJulho Agosto Setembro

Particip.%

Interban-cário 1/

Interban-cário 1/

Interban-cário 1/

Banco Banco BancoParticip.

%Particip.

%

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 39

3.7 - Concentração de Negócios por Banco

Exportação

Valor

Banco do Brasil 2.286 22,5 1 18,1 1 22,1 1 24,2 1 16,0 1 21,2 1 16,2 1

Bradesco 1.392 13,7 2 13,2 2 10,4 2 12,8 2 13,7 2 14,7 2 14,0 2

Sudameris 794 7,8 3 8,2 3 7,1 4 4,8 7 4,8 7 5,0 7 4,7 7

Itaú 726 7,1 4 7,2 6 4,8 7 8,1 3 8,5 5 7,7 5 6,7 5

Unibanco 620 6,1 5 7,4 5 5,7 6 5,9 6 9,2 3 7,9 4 8,1 3

Citibank 608 6,0 6 7,6 4 9,9 3 7,9 4 8,6 4 5,9 6 6,4 6

BankBoston, N.A. 552 5,4 7 3,4 8 1,9 13 3,0 8 2,2 10 - - - -

Banco Real 449 4,4 8 5,2 7 7,0 5 6,6 5 6,4 6 9,0 3 7,4 4

HSBC 301 3,0 9 2,9 9 2,2 9 2,4 9 2,5 8 3,4 8 2,7 8

Tokyo-Mitsubishi 176 1,7 10 2,0 10 2,1 11 2,4 10 2,3 9 - - 2,1 10

Subtotal 7.904

Outros Bancos 2.261

Total 10.165

Importação

Valor

Banco do Brasil 1.264 16,4 1 16,9 1 20,2 1 20,0 1 19,8 1 23,7 1 24,1 1

Sudameris 1.070 13,8 2 13,4 2 11,4 2 8,6 2 9,2 3 7,0 5 6,8 3

Unibanco 707 9,2 3 9,1 3 7,8 4 8,0 4 6,9 6 8,0 3 7,8 2

Itaú 664 8,6 4 7,4 5 7,4 5 7,5 5 8,2 4 8,0 2 6,8 4

Banco Real 640 8,3 5 8,6 4 9,0 3 8,4 3 9,3 2 7,6 4 6,5 5

Bradesco 535 6,9 6 5,5 7 5,0 7 5,1 7 5,3 7 4,7 7 5,0 6

Citibank 420 5,4 7 6,4 6 5,9 6 7,1 6 7,8 5 5,4 6 4,3 7

BankBoston 274 3,5 8 3,4 8 3,5 8 3,4 8 3,2 8 - - 3,0 8

Santander 257 3,3 9 2,1 13 1,7 13 2,3 11 1,2 14 - - - -

HSBC 203 2,6 10 2,5 10 2,3 11 3,0 9 2,8 9 2,4 10 - -

Subtotal 6.034

Outros Bancos 1.689

Total 7.723 Fonte: Sisbacen.

Notas:

1/ Compras + Vendas no interbancário;

2/ Exclui Banco Central.

1999 1998

77,8 78,1 74,1 74,8

25,9 25,2 31,6

1999 1998

22,2 24,8 26,9 21,9

68,4

100 100 100 100 100 100 100

75,2 73,1

Jul-Set Abr-Jun Jan-Mar

Jul-Set Abr-Jun Jan-Mar Out-Dez Jul-Set Abr-Jun Jan-Mar

Jul-Set Abr-Jun Jan-Mar Out-Dez

100 100 100 100

25,8 24,7 21,9

100 100 100

29,3 27,8 26,4 26,5

Bancos

Bancos

US$ milhões

78,1 75,3 74,2 73,5 73,6 72,2 70,7

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio40

3.8 - Concentração de Negócios por Praça

Exportação

Valor

São Paulo 6.381 58,5 1 55,0 1 58,9 1 56,7 1 55,0 1 61,0 1 50,7 1 52,5 1

Rio de Janeiro 1.022 9,4 2 11,7 2 10,6 2 11,6 2 14,3 2 11,5 2 15,1 2 14,9 2

Campinas 938 8,6 3 7,4 3 7,8 3 8,3 3 8,9 3 7,5 3 6,6 4 7,7 4

Belo Horizonte 751 6,9 4 8,5 4 5,8 4 6,0 4 6,1 4 6,5 4 11,1 3 8,5 3

Porto Alegre 411 3,8 5 3,6 5 3,8 6 4,1 5 3,8 5 2,9 5 4,7 5 2,8 6

Curitiba 356 3,3 6 4,7 6 4,7 5 3,8 6 3,2 6 2,3 6 3,7 6 3,8 5

Blumenau 291 2,7 7 2,4 7 1,6 8 1,9 7 1,3 10 1,1 9 2,1 8 1,6 8

Vitória 192 1,8 8 2,7 8 2,6 7 1,8 8 2,1 7 1,9 7 2,2 7 2,0 7

Salvador 164 1,5 9 2,0 10 1,1 10 0,8 12 1,2 11 1,0 10 1,0 10 1,2 9

Novo Hamburgo 110 1,0 10 1,2 9 1,1 9 1,4 9 1,7 8 1,5 8 1,2 9 1,1 10

Dez Maiores Praças 10.615

Demais Praças 299

Total 10.915

Importação

Valor

São Paulo 5.676 62,2 1 65,6 1 64,9 1 63,8 1 63,9 1 60,1 1 52,9 1 54,9 1

Rio de Janeiro 1.171 12,8 2 9,0 2 10,9 2 15,1 2 11,9 2 15,5 2 19,8 2 18,9 2

Campinas 421 4,6 3 5,8 3 5,6 3 5,3 3 5,4 3 5,7 3 5,5 3 5,1 3

Belo Horizonte 320 3,5 4 3,0 4 2,7 6 2,7 5 2,8 5 2,7 5 3,9 4 3,6 4

Curitiba 249 2,7 5 3,0 5 2,9 5 2,3 6 2,7 6 3,0 4 2,0 7 2,0 7

Porto Alegre 238 2,6 6 3,0 6 3,5 4 2,9 4 2,9 4 2,3 6 3,0 5 2,6 5

Brasília 179 2,0 7 1,5 8 0,4 13 0,1 21 0,2 19 0,6 10 0,9 8 0,8 10

Manaus 155 1,7 8 2,1 7 1,7 7 1,4 7 1,6 7 1,9 7 2,2 6 2,4 6

S. José Campos 126 1,4 9 1,0 10 0,9 9 0,8 9 0,8 9 0,7 8 - - - -

Blumenau 80 0,9 10 1,0 9 1,6 8 1,0 8 1,6 8 0,6 9 0,7 9 1,1 8

Dez Maiores Praças 8.613

Demais Praças 507

Total 9.120Fonte: Sisbacen.

100 100 100 100100 100 100 100

96,3

5,6 5,1 4,8 4,7 6,3 6,9 9,0 3,7

96,3

3,7

100

94,4 94,9 95,2 95,3 93,7 93,1 91,0

97,2

2,8

100

98,4

1,6

100

Jan-Mar

97,3

2,7

100

99,1

0,9

100

98,1

1,9

100

Jan-Mar Out-Dez Jul-Set Abr-Jun

Jan-Mar

Participação (%) - Classificação1999 1998

96,4

3,6

100

97,5

2,5

100

Praças

Out-Dez Jul-Set Abr-Jun

Out-Dez Jul-Set Abr-Jun

US$ milhões

1999 1998

Participação (%) - Classificação

Praças Jan-Mar Out-Dez Jul-Set Abr-Jun

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 41

3.9 - Concentração de Negócios por Empresa

Exportação

Líbero Trading 1 300 - - - - - - - - - - - -

CVRD 2 296 2 293 1 414 1 305 3 302 2 509 - -

CST 3 216 3 262 6 128 9 128 14 124 8 196 1 479

Fiat 4 173 9 135 18 79 6 164 5 195 1 627 2 408

CSN 5 163 57 36 - 0 - 0 49 40 - - 3 388

Embraer 6 152 4 248 7 126 2 236 10 153 - - 6 194

Ceval 7 132 1 417 2 271 33 50 2 384 5 251 8 152

General Motors 8 132 10 126 24 71 3 220 6 193 - - - -

MBR 9 123 69 29 13 91 16 76 20 98 9 189 - -

Albras 10 116 11 118 43 48 13 90 9 160 10 142 7 180

10 maiores exportadores no trimestre (%).

Importação

Petrobras 1 711 1 1.222 1 1.600 1 1.123 1 1.611 1 1.747 1 1.735

Embraer 2 179 2 163 5 144 3 245 3 179 5 126 5 127

Motorola Industrial 3 170 3 115 9 75 12 71 9 79 8 83 - -

Cotia Trading 4 120 8 83 3 167 2 253 2 260 3 153 8 106

NG Industrial 5 108 14 56 119 9 30 38 82 17 - - - -

Mercedez Benz 6 104 10 69 6 109 7 161 6 161 6 126 3 137

General Motors 7 93 5 105 7 107 5 219 5 162 4 135 6 111

Ford 8 92 11 69 8 94 8 127 4 175 2 211 2 143

Coimex Internacional 9 90 13 58 13 48 6 178 8 84 - - 10 97

Ministério da Saúde 10 83 7 93 23 35 10 87 38 33 10 77 - -

10 maiores importadores no trimestre (%).

Fonte: Sisbacen.

22,7% 28,1% 31,8% 25,0% 25,5% 26,6% 25,3%

Jan-MarAbr-Jun Jan-Mar Out-Dez Jul-Set Abr-Jun

Abr-Jun Jan-Mar

Empresa

Classificação - Valor1999 1998

Jul-Set

20,7% 22,1% 19,6%17,7% 20,5% 18,8% 18,1%

Classificação - Valor1999 1998

US$ milhões

EmpresaJan-MarOut-Dez Jul-Set Abr-JunJul-Set

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio42

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4. SEGMENTO DE TAXAS LIVRES

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 45

4.1. BALANÇA COMERCIAL CAMBIAL

O balanço das contratações decâmbio de exportação e importaçãoregistrou, no 3º tri/1999, o terceiro saldocambial posit ivo do ano. O valor deUS$ 2.442 milhões apurado no períodoficou, contudo, 15,5% abaixo do resultadodo trimestre anterior. Para esse recuocontribuíram a redução de 3,4% nascontratações de exportação e ocrescimento de 1,3% nas de importação,o que interrompeu período de trêstrimestres seguidos de queda. Juntos, osbaixos valores de exportação e importaçãodeterminaram novo recuo, o sextoseguido, na corrente de comércio cambial,que registrou apenas US$ 17.888 milhões,valor que é 1,4% menor que o anterior –tabela 4.1.1.

Outra alternativa de verificação quedimensiona o acanhamento da balançacomercial cambial no ano de 1999 são asmédias mensais. Na exportação, a média

mensal, parcial, do ano de 1999 (US$ 3.414milhões) é 14,2% menor que o resultadofinal do ano de 1998, que foi de 3.979milhões. Na importação, notamos quedaainda mais significativa, uma vez que amédia de US$ 2.643 resultante dascontratações acumuladas até setembro/1999, implica recuo de 27,8% frente aosUS$ 3.662 milhões do ano anterior (vertambém os gráficos 4.1.1 e 4.1.2).

A comparação com igual período doano anterior mostra que o saldo do câmbiocomercial do trimestre em análise – US$2.442 milhões – representa 8,2 vezesaquele. Isso porque, de um ano para ooutro, as contratações de importaçãoregistradas nos seus terceiros trimestrescaíram 31,6% e passaram a representar,desde o tr imestre anterior,aproximadamente ¾ partes dascontratações de exportação – querecuaram 12,3% na mesma comparação.

4.1.1 - Contratações de Exportação

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

6.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

US

$ m

ilhõe

s

1996

1997

1998

1999

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio46

4.1.1 - Câmbio Contratado - Fluxo

1998 47.745 192 43.938 176 3.807 91.684 Jan 4.232 202 3.894 185 338 8.126 Fev 4.284 238 3.229 179 1.055 7.513 Mar 4.446 202 3.983 181 463 8.428

1º Tri 12.962 212 11.106 182 1.856 24.068 Abr 4.296 226 3.474 183 822 7.770 Mai 4.169 208 3.381 169 788 7.550 Jun 4.712 224 3.759 179 953 8.470

2º Tri 13.176 220 10.614 177 2.563 23.790 Jul 4.789 208 3.495 152 1.293 8.284 Ago 3.546 169 3.572 170 -26 7.118 Set 3.260 155 4.231 201 -970 7.491

3º Tri 11.595 178 11.298 174 297 22.893 Out 3.187 152 4.057 193 -870 7.244 Nov 3.504 175 3.420 171 85 6.924 Dez 3.321 151 3.444 157 -123 6.766

4º Tri 10.013 159 10.921 173 -909 20.934 1999 30.727 164 23.783 127 6.944 54.510 Jan 2.854 143 2.657 133 198 5.511 Fev 3.266 181 2.421 134 845 5.687 Mar 3.925 171 3.356 146 569 7.281

1º Tri 10.045 165 8.433 138 1.612 18.478 Abr 3.266 172 2.573 135 693 5.839 Mai 3.811 181 2.485 118 1.326 6.296 Jun 3.440 164 2.569 122 871 6.009

2º Tri 10.517 172 7.627 125 2.890 18.144 Jul 3.230 147 2.368 108 862 5.598 Ago 3.563 162 2.298 104 1.264 5.861 Set 3.373 161 3.057 146 315 6.430

3º Tri 10.165 156 7.723 119 2.442 17.888

Fonte: Sisbacen.Nota: Média diária por dias úteis.

US$ milhões

Correntede

Comércio

PeríodoExportação Importação

SaldoMédiaDiária

ValorValor MédiaDiária

A ocorrência de menor volume denegócios nas duas pontas do câmbiorelativo a comércio exterior fez com quea corrente de comércio cambialretrocedesse 22,0%, na comparaçãocom o 3º tri/1998.

A busca de razões para esse fracodesempenho leva-nos novamente à taxade câmbio e à oferta de crédito. Quantoà taxa, não obstante esta tenhadelineado trajetória de desvalorizaçãodurante o período em análise, o que sepode ver claramente no gráfico 2.1 é quese manteve o comportamento erráticodo trimestre anterior, com variações deaté 4,1% de um dia para outro, como aocorrida entre 20 e 23 de agosto, o queacaba de certa forma inibindo um poucoexportadores e importadores nãocomprometidos com negócios mer-cantis firmes. Consulta à Ptax800 mostraque após fechar cotado, para venda, aR$/US$ 1,7575 no primeiro dia de julho,o dólar americano encerrou o período emanálise negociado a R$ 1,9223. Ocomportamento do crédito à exportaçãoe importação é objeto de comentárioadiante.

Reforça a impressão da influência dataxa de câmbio e do crédito como principaisfatores a determinar o comportamento docâmbio de exportação a alta incidência deoperações de exportação contratadas apóso embarque da mercadoria, queresponderam por 24,4%, 28,1% e 31,3%,respectivamente, nos três primeirostrimestres do ano. O valor do período emanálise, que teve como pico 32,8%, em julho,é recorde absoluto. Na média parcial do anode 1999 o percentual de operações apósembarque é de 27,79%, valor este que é 4,45pontos percentuais superior à média do anoanterior.

Uma ilação possível a partir dessesnúmeros é que a combinação do novo

cenário, sem sinalização da taxa decâmbio pela autoridade monetária – quetanto poder gerar expectat iva dedesvalorização e estimular o exportador aretardar a contratação do câmbio omáximo possível, na busca de melhorremuneração, em moeda nacional, quantode valorização e induzir o importador atambém esperar melhor momento para aefetivação do seu negócio – com asdificuldades do crédito, refletida, entreoutros pontos, no custo e na seletividadedos bancos, traz como conseqüêncianatural a redução na antecipação docâmbio. No caso, é fácil enxergar o impactona exportação, face ao alto índice decontratação após o embarque damercadoria.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 47

Especificamente sobre a importação,além da mudança no regime cambial,houve também a f lexibi l ização nasexigências de câmbio prévio, por força daCircular nº 2.876, de 17.03.1999 –retardando a demanda pelo câmbio deimportação a partir de 18 de março – o quedificulta qualquer conclusão sobre ainfluência da flutuação da taxa como indutorda antecipação ou não do contrato decâmbio, no período em análise. Por outrolado, o efeito dessa maior autonomia domercado no fechamento dos câmbios deimportação é bastante claro nas novasexpectativas de prazos de pagamentosinal izadas pelas declarações deimportação registradas em 1999.

No acompanhamento das formas deprazo e pagamento previstos naimportação é fei ta a divisão dasdeclarações de importação em trêsgrandes grupos, a saber: importaçãoacima de 360 dias (com registro noFIRCE), que em nenhum momento deixoude poder ser objeto de câmbio pronto – oque sugere sua postergação para ovencimento; a prazo inferior a 360 dias, queteve exigência de antecipação que podiachegar a até 180 dias (objeto de reduçãopara o máximo de 90, pela Circular nº2.876); e antecipado ou à vista.

O exame da distr ibuição dosnegócios entre essas três alternativas deprazos mostra que o primeiro grupo (acimade 360 dias), que abriu o ano com 35,6%de participação (média de 31,3% noprimeiro trimestre), registrou em setembroapenas 20,6% (média de 20,9% notrimestre em análise). Variação no mesmosentido observou-se no terceiro grupo, que,da média de 33,7% apurada no 1º tri/1999,recuou para apenas 22,5% no período emexame. Os extremos ocorreram emfevereiro, com 34,8%, e em agosto, com26,1%. O espaço perdido pelasimportações com essas características deprazos de pagamento foi ocupadoconsequentemente por aquelas comprevisão de pagamento até 360 dias. Entreo primeiro trimestre (média de 35,1%) e oterceiro (52,6%), migraram para essegrupo volume equivalente a 17,5 pontospercentuais, favorecidos pela distensãoregulamentar.

Em conclusão à análise da tabela4.1.1, notamos que o saldo cambialacumulado nos três primeiros trimestresde 1999, resultante das contratações decâmbio relativas ao comércio exterior,monta a US$ 6.944 milhões, valor este quejá supera o resultado de 1998 (US$ 3.807milhões) em 82,4%.

4.1.2 - Contratações de Importação

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

6.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

US

$ m

ilhõe

s1996

1997

1998

1999

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio48

O gráfico 4.1.1, que traz a evoluçãomensal das contratações de câmbio deexportação, mostra que os números de 1999vinham, até julho, apresentando o piordesempenho desde 1996. Em agosto esetembro, contudo, notou-se certa reaçãofrente ao ano anterior, com o número de agostorepetindo 1998 e setembro registrandocrescimento de 3,5% sobre o seucorrespondente, embora tenhamos terminadoo trimestre com tendência de inflexão.

Na importação a situação é diferente,com setembro regis-trando o segundo maiorvalor do ano – fica atrás apenas de março –,fazendo com que a sua curva seja indicativade crescimento, como se pode ver no gráfico4.1.2. Note-se que, enquanto no trimestreanterior os três meses do período apresen-taram grande regularidade, com os resultados

mensais tangenciando a linhados US$ 2.500 milhões, nesteconstata-se os crescimentosde 29,1% e 33,0% entresetembro e os dois primeirosmeses do trimestre emanálise, respectivamente.

Por outro lado, atabela 4.1.2 mostra que nabalança comercial física,diferentemente do consta-tado no trimestre anterior,houve grande estabilidadenos negócios, com pequenocrescimento nas duaspontas, sendo 1,4% naexportação e 4,3% naimportação, na compara-ção do terceiro com osegundo trimestre/1999.Analisando-se esse com-portamento pela médiadiária de negócios verifica-se contudo situaçãoinversa, com quedas de4,4% na exportação e 2,0%na importação. Do ponto de

vista da corrente de comércio, o períodoregistrou o segundo crescimentoconsecutivo, ao somar US$ 25.312milhões em negócios de exportação eimportação, valor este que é 2,8% superiorao apurado no 2º tri/1999.

A comparação dos números dabalança física apurados no 3º tri/1999 comos de igual período do ano anteriorevidencia mudanças bastante significa-t ivas em quase todos os quesitoscomparáveis. Na exportação, que acusa amenor diferença, a queda de negócios foide 6,8%; na importação a mudança, nomesmo sentido, chega a 16,6%; no saldocomercial e na corrente de comércio,ref let indo variações negativas, demagnitudes diferentes, observa-se que osaldo do trimestre em análise (US$ 150

4.1.2 - Balan ça Comercial Física

1998 51.140 -3,5 205 57.730 -3,5 232 -6.590 108.870 Jan 3.917 -13,6 187 4.647 -12,3 221 -730 8.564 Fev 3.716 -5,1 206 3.943 -15,1 219 -227 7.659 Mar 4.274 15,0 194 5.166 31,0 235 -892 9.440

1º Tri 11.907 -10,5 195 13.756 -15,1 226 -1.849 25.663 Abr 4.576 7,1 241 4.629 -10,4 244 -53 9.205 Mai 4.612 0,8 231 4.734 2,3 237 -122 9.346 Jun 4.886 5,9 233 4.702 -0,7 224 184 9.588

2º Tri 14.074 18,2 235 14.065 2,2 234 9 28.139 Jul 4.970 1,7 216 5.395 14,7 235 -425 10.365 Ago 3.986 -19,8 190 4.153 -23,0 198 -167 8.139 Set 4.538 13,8 216 5.724 37,8 273 -1.186 10.262

3º Tri 13.494 -4,1 208 15.272 8,6 235 -1.778 28.766 Out 4.017 -11,5 191 5.453 -4,7 260 -1.436 9.470 Nov 3.704 -7,8 185 4.726 -13,3 236 -1.022 8.430 Dez 3.944 6,5 179 4.458 -5,7 203 -514 8.402

4º Tri 11.665 -13,6 185 14.637 -4,2 232 -2.972 26.302 1999 35.032 -11,3 187 35.798 -16,9 191 -766 70.830 Jan 2.949 -25,2 147 3.645 -18,2 182 -696 6.594 Fev 3.267 10,8 182 3.164 -13,2 176 103 6.431 Mar 3.829 17,2 166 4.052 28,1 176 -223 7.881

1º Tri 10.045 -13,9 165 10.861 -25,8 178 -816 20.906 Abr 3.707 -3,2 195 3.669 -9,5 193 38 7.376 Mai 4.386 18,3 209 4.078 11,1 194 308 8.464 Jun 4.313 -1,7 205 4.459 9,3 212 -146 8.772

2º Tri 12.406 23,5 203 12.206 12,4 200 200 24.612 Jul 4.117 -4,5 187 4.027 -9,7 183 90 8.144 Ago 4.277 3,9 194 4.461 10,8 203 -184 8.738 Set 4.187 -2,1 199 4.243 -4,9 202 -56 8.430

3º Tri 12.581 1,4 194 12.731 4,3 196 -150 25.312

Fonte: Secex.Obs: Os dados da tabela de 1998 e 1999 foram revistos em 04/02/2000.

US$ milhões

Período

Exportações Importações

SaldoCorrente

deComércio

Var.(%)

MédiaDiária

MédiaDiária

Var.(%)

Valor Valor

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 49

milhões) representa apenas 8,4% do seucorrespondente no ano anterior (US$ 1.778milhões), enquanto a corrente de comérciorecuou 12,0% frente ao 3º tri/1998, queregistrou o maior acumulado trimestral doperíodo coberto pela tabela 4.1.2.

O comportamento da balançacomercial física é também objeto dosgráficos 4.1.3 e 4.1.4, o primeiro cuidandoda exportação e o segundo da importação,ambos permitindo análise comparativacom iguais períodos dos três anosprecedentes. Do seu exame, nota-se queos dois segmentos vêm apresentandocomportamento atípico no correr do ano,não sendo possível estabelecer relaçãosegura com os anos anteriores, embora sepossa perceber que a melhor possibilidadede certa convergência é com o ano de1996, o que, de fato, se comprova quandose compararam os acumulados parciaisdaquele ano, onde as exportações, atésetembro, chegaram a US$ 35.858 milhões(diferença de 2,36%, para maior), e asimportações a US$ 37.464 (diferença de4,7%, também para maior).

Além disso, temos os gráficos 4.1.5(importações) e 4.1.6 (exportações), queapresentam as curvas de importação eexportação, nas balanças física e cambial,

permitindo comparações entre elas. Naexportação, gráfico 4.1.6, percebe-se queos atrasos nas contratações de câmbio,indicados pelo alto índice de câmbio apóso embarque, fez com que, desde abril, osvalores de exportação física superassemos seus correspondentes da balança

4.1.3 - Câmbio Comprado a Liquidar Exportação

PeríodoCom

EmbarqueSem

EmbarqueTotal

1998 Jan 3.311 8.942 12.252 Fev 3.207 9.387 12.593 Mar 3.268 9.206 12.474 Abr 3.266 9.093 12.359 Mai 3.206 9.089 12.295 Jun 3.245 9.059 12.304 Jul 3.160 8.898 12.058

Ago 3.032 8.440 11.472 Set 2.951 7.767 10.718 Out 3.001 7.517 10.518 Nov 3.024 7.317 10.341 Dez 3.022 6.822 9.844

1999 Jan 2.946 6.421 9.366 Fev 2.836 6.624 9.460 Mar 2.759 6.477 9.236 Abr 2.665 6.623 9.287 Mai 2.597 6.798 9.395 Jun 2.510 6.585 9.095 Jul 2.615 6.238 8.853

Ago 2.428 6.147 8.575 Set 2.482 6.398 8.880

Fonte: Sisbacen (COSIF).

Nota:1/ Divergências eventualmente encontradas nos números desta tabela em relação a anteriores devem-se a atrasona entrega de balancetes pelos bancos.2/ Atualizada em fevereiro/2000.

US$ milhões

4.1.3 - Exportações Físicas

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

US

$ m

ilhõe

s

1996

1997

1998

1999

Fonte: Secex.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio50

cambial, fato que, desde 1993, somentefora constatado nos meses de julho adezembro/1994, período em que, além davalorização da taxa de câmbio, durante

dois meses (novembro e dezembro),houve incidência de compulsório sobre asoperações de ACC, encarecendo o créditoe afastando radicalmente o exportador.

Aliás, é importante notar quedurante os nove primeirosmeses de 1999 apenas emmarço o câmbio de exporta-ção superou os embarques,mesmo assim por apenasUS$ 96 milhões, como sepode ver faci lmente nastabelas 4.1.1 e 4.1.2.

Na importação, gráfico4.1.5, o fenômeno que seobserva é a supremacia dabalança física desde outubro/1997, por força, entre outrosdeterminantes, da MP 1569,que transferiu boa parte dospagamentos de importaçãopara o contrato financeiro,fazendo com que o fluxofinanceiro medido pelo câmbiode importação tenda a sersempre inferior ao fluxo demercadorias em iguais meses.Essa situação tende a mudarum pouco com a novaregulamentação da MP 1569(Lei nº 9.817, de 23.08.1999).

4.1.4 - Formas de Contratação das Exportações

Valor (%) Valor (%) Valor (%)1998 47.745 11.676 24,5 27.508 57,6 39.184 82,1Jan 4.232 820 19,4 2.625 62,0 3.445 81,4Fev 4.284 1.131 26,4 2.510 58,6 3.641 85,0Mar 4.446 1.038 23,3 2.782 62,6 3.820 85,9

1º Trim. 12.962 2.989 23,1 7.917 61,1 10.906 84,1Abr 4.296 1.151 26,8 2.518 58,6 3.669 85,4Mai 4.169 875 21,0 2.617 62,8 3.492 83,8Jun 4.712 1.445 30,7 2.517 53,4 3.962 84,1

2º Trim. 13.176 3.471 26,3 7.652 58,1 11.123 84,4Jul 4.789 1.547 32,3 2.535 52,9 4.082 85,2Ago 3.546 924 26,1 1.934 54,5 2.858 80,6Set 3.260 807 24,8 1.781 54,6 2.588 79,4

3º Trim. 11.595 3.278 28,3 6.250 53,9 9.528 82,2Out 3.187 448 14,1 1.926 60,4 2.374 74,5Nov 3.504 692 19,7 1.987 56,7 2.679 76,4Dez 3.321 798 24,0 1.776 53,5 2.574 77,5

4º Trim. 10.013 1.938 19,4 5.689 56,8 7.627 76,21999 30.727 7.671 25,0 15.181 49,4 22.852 74,4Jan 2.854 793 27,8 1.338 46,9 2.131 74,7Fev 3.266 884 27,1 1.681 51,5 2.565 78,5Mar 3.925 1.211 30,9 1.867 47,6 3.078 78,4

1º Tri 10.045 2.888 28,8 4.887 48,6 7.775 77,4Abr 3.266 617 18,9 1.761 53,9 2.378 72,8Mai 3.811 1.023 26,8 1.924 50,5 2.947 77,3Jun 3.440 1.034 30,1 1.564 45,5 2.598 75,5

2º Tri 10.517 2.674 25,4 5.250 49,9 7.924 75,3Jul 3.230 804 24,9 1.460 45,2 2.264 70,1Ago 3.563 774 21,7 1.791 50,3 2.566 72,0Set 3.373 531 15,7 1.794 53,2 2.324 68,9

3º Tri 10.165 2.109 20,7 5.045 49,6 7.154 70,4

Fonte: Sisbacen.

Obs: Os dados da tabela de 1998 e 1999 foram revistos em 04/02/2000.

US$ milhões

Período ACC Pag. Antecip.+ ACCPag. AntecipadoExportação

4.1.4 - Importações Físicas

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

6.000

6.500

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

US

$ m

ilhõe

s

1996

1997

1998

1999

Fonte: Secex.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 51

Esse câmbio f inanceiro empagamento de importações com prazoacima de 360 dias, que deixa de figurar nabalança comercial cambial, pode ser vistona tabela 4.2.3, do capítulo MovimentoFinanceiro, sob a rubrica Amortizações deFinanciamentos a Importação. OsUS$ 16.277 milhões acumulados atésetembro, nessa rubrica – referentes aimportações físicas ocorridas pelo menosdoze meses antes de janeiro/1999 –, maisdo que compensam a diferença deUS$ 12.015 milhões, em favor da balançafísica, resultantes da diferença entre osacumulados de importação das duasbalanças, de janeiro a setembro/1999. Nãoobstante, é importante notar que não seráfácil visualizar os efeitos da flexibilizaçãohavida uma vez que as possibilidades definanciamento, até 360 dias, voltaram aficar facilitadas.

Relat ivamente aos saldos defechamento mensal da conta CâmbioComprado a Liquidar – Exportação, objetoda tabela 4.1.3, que mede o estoquecontábil do câmbio de exportação passívelde financiamento via adiantamentos,constata-se novo recuo frente aostrimestres anteriores, o que tambémguarda coerência com as postergações decontratação informadas pelo alto índice de

câmbio após o embarque. No trimestre emanálise, o saldo médio dessa conta foi deUS$ 8.769 milhões, com recuo de 5,3%frente ao 2º tri/1999 (US$ 9.259 milhões) e23,2% em relação ao 3º tr i /1998(US$ 11.416 milhões).

A distribuição entre o câmbio semembarque (ACC) e com embarque (ACE)mostra que o primeiro ficou, na médiatr imestral, com US$ 2.508 milhões,correspondentes a 28,6%, enquanto osegundo respondeu por US$ 6.261milhões, que representam os 71,4%restantes. Na comparação com períodosanteriores, percebe-se que o subtítulo comembarque ganhou 0,6 ponto percentual,frente ao período imediatamente anterior,e 1,9 ponto percentual sobre o 3º tri/1998,com correspondente redução naparticipação do câmbio sem embarque.Essa redução do câmbio sem embarquetambém está em conformidade com apostergação do câmbio, independente-mente de sua razão. No gráfico 4.1.7, quetraz as curvas dos saldos mensais dessaconta desde 1992, pode-se conferir atendência de baixa iniciada 2º sem/1995,especialmente no câmbio sem embarque.

O exame da tabela 4.1.4, que tem porobjeto a distribuição do fluxo cambial entre

4.1.5 - Importações Cambiais X Físicas

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

93 J

an Abr Ju

l

Out

94 J

an Abr Ju

l

Out

95 J

an Abr Ju

l

Out

96 J

an Abr Ju

l

Out

97 J

an Abr Ju

l

Out

98 J

an Abr Ju

l

Out

99 J

an Abr Ju

l

US

$ m

ilhõe

sCambiais

Físicas

Fonte: Sisbacen e Secex.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio52

as duas principais formas de financiamentodas exportações, informadas no contrato decâmbio, evidencia nova queda – a quintaconsecutiva – nos financiamentos viaadiantamento (ACC + ACE) e pagamentoantecipado que, juntos, responderam por70,4% do crédito via contratação de câmbio.Isso implica perda de 4,9 pontospercentuais na comparação com o período

imediatamente anterior (75,3%) e 7,8pontos percentuais frente ao 3º tri/1998(82,2%).

Em relação ao período anterior, nota-se que a queda ocorreu tanto por força dediminuição no percentual de participaçãodo pagamento antecipado – que passou de25,4% para 20,7% do total contratado –

4.1.5 - Saldos Contábeis Mensais das Linhas de Crédito

Até 360 dias + de 360 dias Total Até 360 dias + de 360 dias Total12.349 60 12.409 5.162 6.372 11.533 23.94212.569 74 12.643 4.853 6.819 11.672 24.31512.932 86 13.018 4.556 7.236 11.792 24.81012.510 108 12.619 4.252 7.491 11.743 24.36112.430 130 12.561 4.032 7.514 11.546 24.10712.255 142 12.397 3.844 7.672 11.516 23.91312.261 162 12.423 3.698 7.846 11.544 23.96711.767 160 11.927 3.558 7.834 11.392 23.31911.041 152 11.194 3.259 7.664 10.922 22.11610.665 153 10.818 3.142 7.330 10.472 21.28910.502 147 10.648 2.907 7.100 10.007 20.6559.908 138 10.046 2.641 6.930 9.572 19.6189.263 141 9.404 2.576 6.793 9.369 18.7729.350 125 9.476 2.342 6.767 9.109 18.5859.633 99 9.733 2.089 6.595 8.684 18.4179.566 89 9.655 1.979 6.264 8.243 17.8989.613 58 9.671 2.068 5.861 7.928 17.5999.308 44 9.352 2.157 5.483 7.641 16.9939.146 25 9.171 2.281 5.090 7.371 16.5429.515 24 9.539 2.340 4.669 7.009 16.5499.411 40 9.450 2.417 4.338 6.755 16.205

Fonte: Sisbacen (COSIF).

Notas:1/ As divergências eventualmente encontradas nos números desta tabela em relação a anteriores devem-se a atraso na entregade balancetes pelos bancos;2/ Atualizada em fevereiro/2000.

JulAgoSet

Jun

1999 Jan

AbrMaiJun

FevMar

US$ milhões

NovDez

JulAgoSetOut

FevMarAbrMai

TotalGeral

Importação Exportação Período

1998 Jan

4.1.6 - Exportações Cambiais X Físicas

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

93 J

an Abr Ju

l

Out

94 J

an Abr Ju

l

Out

95 J

an Abr Ju

l

Out

96 J

an Abr Ju

l

Out

97 J

an Abr Ju

l

Out

98 J

an Abr Ju

l

Out

99 J

an Abr Ju

l

US

$ m

ilhõe

s

Cambiais

Físicas

Fonte: Sisbacen e Secex.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 53

quanto do adiantamento, queperdeu 0,3 ponto percentual, aocair de 49,9% para 49,6%. Nacomparação com o ano de1998, constata-se que adiminuição de quase oito pontospercentuais foi motivadatambém por recuos nos doisinstitutos, sendo 7,6 pontospercentuais no pagamentoantecipado, que tem menorpeso relativo, e 4,3 no adian-tamento. Um panorama docomportamento histórico podeser visto no gráfico 4.1.8.

A anál ise dos valoresabsolutos de financiamentoinformados na tabela 4.1.4mostra que apenas US$ 7.154milhões foram financiados viacontratação de câmbio, comrecuo de 9,7% sobre o períodoanterior (US$ 7.924 milhões). Nocaso do adiantamento, que dáa medida aproximada do mon-tante de l inhas de créditosacadas no período, o total definanciamento no trimestre foi deapenas US$ 5.045 milhões, queficaram US$ 205 milhões abaixo doregistrado no trimestre anterior. Aspecto

posit ivo em relação aoadiantamento é que, tanto ovalor percentual de partic-ipação quanto o absoluto decomprometimento foramcrescentes a contar doprimeiro mês do período,enquanto situação inversa émostrada no pagamentoantecipado.

O saldos dos subtítulosda conta Obrigações emMoedas Estrangeiras informa-tivos do estoque de captaçõesdestinados ao financiamentodo comércio exterior brasi-leiro, objeto da tabela 4.1.5,registram novo recuo naexposição dos banqueirosexternos, o que decorreriatanto da maior seletividade ecusto do crédito – que érepassado ao exportadoracrescido do spread do bancobrasi leiro comprador docâmbio, compondo o custo doadiantamento –, quanto porcerta atitude de expectativa doexportador, em face da

flutuação errática e de alta magnitude dataxa de câmbio.

4.1.6 - Prazo Médio Previsto para Liqui-dação dos Contratos de Exportação 1/

1998 - 96Jan 107Fev 102Mar 101 103Abr 98Mai 101Jun 86 95Jul 91Ago 91Set 87 90Out 99Nov 93Dez 89 941999 - 89Jan 79Fev 87Mar 82 83Abr 100Mai 93Jun 79 91Jul 84Ago 96Set 101 94

Fonte: Sisbacen.Notas: 1/ Fechamentos p/ liquidação com

prazo superior a 390 dias não são computados no cálculo do prazo médio;2/ Média ponderada pelo valor das operações.

Períodomês

Prazo Médio (dias)

ano /Trim. 2/

4.1.7 - Câmbio Comprado a LiquidarExportação - Saldo Contábil

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

92-J

an Abr Ju

l

Out

93-J

an Abr Ju

l

Out

94-J

an Abr Ju

l

Out

95-J

an Abr Ju

l

Out

96-J

an Abr Ju

l

Out

97-J

an Abr Ju

l

Out

1998

Jan Abr Ju

l

Out

1999

Jan Abr Ju

l

US

$ m

ilhõe

s

Com Embarque

Sem Embarque

Total

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio54

No período, o saldo médio do total delinhas para exportação e importação foi deUS$ 16.432 milhões, com queda de 6,1%frente ao trimestre imediatamente anterior(US$ 17.497 milhões) e 29,0 sobre o 3º tri/1998 (US$ 23.134 milhões). Comparandoos valores distribuídos entre importação eexportação no período em análise comaqueles seus correspondentes apuradosno trimestre anterior verifica-se que aperda foi maior na importação – passou damédia de US$ 7.937 milhões no segundotrimestre para US$ 7.045 milhões noterceiro (redução de 11,2%) – que naexportação, que acusou declínio de apenas1,8%, ao passar de US$ 9.559 milhões paraUS$ 9.387 em igual confronto.

O fato dos saldos mensais relativosà exportação terem ficado próximos de US$9.500 milhões desde 1999 indicaria suachegada ao piso de resistência, por contada oferta dos banqueiros externos, ficando,assim, seu comportamento futuro mais nadependência da demanda interna, medidanão só pelo ânimo do setor exportador mastambém pela sua capacidade de crédito.Voltando ao saldos médios da importação,constata-se nova queda nos de longo prazo,que, na média trimestral, responderam porapenas 66,7% do total da importação, frentea 73,9% no período anterior.

Essa reacomodação dos prazos naimportação deve-se, em parte, ao quedispõe a Circular nº 2.876, de 17.03.1999,que desonerou os financiamentos porprazos inferiores a 360 dias (não se devemdesprezar também as dificuldades nacaptação de financiamentos externos delongo prazo, inclusive para importação). Ofinanciamento de longo prazo àimportação, que vinha em ritmo modesto,mas firme, de crescimento desde março/1994, sofreu mudança radical a partir deabril/1997, por força da MP 1569, como sevisualiza facilmente no gráfico 4.1.9.

Outro aspecto interessante, parte emconseqüência da Circular nº 2.876 – que,ao permitir a redução dos prazos mínimosde financiamento de importação semobrigatoriedade de câmbio prévio, reduztambém o tempo de permanência da linhano estoque –, mas contando também como desestímulo provocado pela fortedesvalorização efet iva trazida pelaf lutuação da taxa de câmbio, é aconstatação de que o segmento impor-tação voltou a perder espaço no bolo daslinhas de crédito de banqueiros. Suaparticipação, que foi de 48,8% no 4º tri/1998, caiu para 45,4% no 2º tri/1999, comperda de 3,4 pontos percentuais, e agoravoltou a encolher, ao responder por apenas

4.1.8 - Formas de Contratação das Exportações

0

20

40

60

80

100

90 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

91 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

92 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

93 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

94 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

95 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

96 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

97 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

98 J

anM

arM

ai Jul

Set

Nov

99 J

anM

arM

ai Jul

Set

( %

)

ACC

PagamentoAntecipado

Demais

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 55

42,9%, ficando 2,5 pontos percentuaisabaixo do período imediatamente anterior.A propósito, notamos que o estoque delinhas de importação vinha em ritmodecrescente desde março/1998, quandoesse segmento registrou seu recordehistórico de utilização de crédito externo.

Ainda quanto às linhas de crédito debanqueiros, passamos agora a comentar,de um conjunto de informações captadaspelo Departamento de Câmbio junto a umgrupo de bancos autorizados, viaSisbacen, a parte relativa à exportação.Tais bancos, que respondem por cerca de95% dos negócios, foram selecionadosconforme o peso de sua participação nomercado ao final de 1998, quando teveinício esse serviço de acompanhamento.No 3º tri/1999 foram sacados US$ 5.039bilhões de linhas destinadas à concessãode adiantamentos com prazo médioinformado de 151 dias e taxa média de7,25% a.a., já incluído o spread médio de1,45% a.a., indicativo do custo país nessetipo de captação.

Por fim, a tabela 4.1.6, que cuida doprazo médio previsto para liquidação doscontratos de exportação, mostra que oprazo do 3º tri/1999 foi de 94 dias, comcrescimento de três dias sobre o períodoanterior e quatro sobre o seucorrespondente no ano anterior. Na análisedessa tabela, é importante notar o ritmocrescente nos prazos médios mensais acontar de julho/1999, o que guarda perfeitacoerência com a queda de participação dopagamento antecipado – que tem câmbiopronto e reduz o prazo médio dos contratos– e o aumento do adiantamento, como sepode ver na tabela 4.1.4.

Dado o pouco tempo decorrido, nãofoi possível aferir os efeitos da Circular nº2.919, de 18 de agosto, que dobrou o prazomáximo do ACC, que agora pode chegar a360 dias. No total, o financiamento viacontrato de câmbio pode agora alcançar540 dias, na hipótese de ACC de um anovinculado a contrato de câmbio com 180dias de prazo de liquidação, contado doembarque da mercadoria.

4.1.9 - Saldos Contábeis das Linhas de Crédito

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

92 J

an Abr Ju

l

Out

93 J

an Abr Ju

l

Out

94 J

an Abr Ju

l

Out

95 J

an Abr Ju

l

Out

96 J

an Abr Ju

l

Out

97 J

an Abr Ju

l

Out

98 J

an Abr Ju

l

Out

99 J

an Abr Ju

l

US

$ m

ilhõe

sTotal de Linhas de Crédito

Total de Exportação

Imp. até 360 dias

Imp. mais de 360 dias

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio56

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 57

4.2. MOVIMENTO FINANCEIRO

Em relação às contratações decâmbio financeiro no segmento de taxaslivres, no decorrer do terceiro trimestre de1999 foram registradas compras deUS$ 19,3 bilhões (US$ 8,2 bilhões em julho,US$ 4,8 bilhões em agosto e US$ 6,3bi lhões em setembro) e vendas deUS$ 20,1 bilhões (US$ 8,3 bilhões em julho,US$ 5,8 bilhões em agosto e US$ 6,0bilhões em setembro), gerando resultadolíquido trimestral de pouco mais de US$ 0,8bilhão negativo. Registre-se que o ascompras financeiras foram as menoresdesde o primeiro tr imestre de 1997,quando alcançaram US$ 16,7 bilhões.

Com esse resultado, os primeirosnove meses de 1999 somaram ingressosde US$ 64,5 bilhões e remessas deUS$ 77,8 bilhões, implicando saída líquidade US$ 13,3 bilhões no período. Não édemais lembrar que esse saldo negativoencontra-se em sua maior parteconcentrado no primeiro trimestre do ano

(US$ 12,8 bilhões), período em que ocorreua alteração do regime de câmbio adotadono País. A tabela 4.2.1 registra os valoresmensais e trimestrais citados acima, bemcomo suas respectivas médias diárias.

O gráfico 4.2.1 mostra o compor-tamento mensal, tanto do lado dosingressos quanto do lado das remessasfinanceiras no período de janeiro de 1997 asetembro de 1999. Como pode ser notado,após um começo de ano particularmentedifícil, com as incertezas dos agenteseconômicos se refletindo na intensa saídade capitais do primeiro trimestre, o períodoabril a setembro apresenta menordesequilíbrio nas contratações de câmbiofinanceiro. Com isso, o saldo financeiroacumulado em 12 meses (gráfico 4.2.2),que havia chegado US$ 32,6 bilhõesnegativos em julho, voltou a crescer, porémainda mantendo-se fortemente deficitário,com o valor de setembro indicandoUS$ 14,6 bilhões negativos.

4.2.1- Saldo Financeiro MensalCâmbio Contratado - 1997/99

-20.000

-15.000

-10.000

-5.000

0

5.000

10.000

15.000

20.000

Jan-

97

Fev

-97

Mar

-97

Abr

-97

Mai

-97

Jun-

97

Jul-

97

Ago

-97

Set

-97

Out

-97

Nov

-97

Dez

-97

Jan-

98

Fev

-98

Mar

-98

Abr

-98

Mai

-98

Jun-

98

Jul-

98

Ago

-98

Set

-98

Out

-98

Nov

-98

Dez

-98

Jan-

99

Fev

-99

Mar

-99

Abr

-99

Mai

-99

Jun-

99

Jul-

99

Ago

-99

Set

-99

US

$ m

ilhõe

s

Saldo Ingressos RemessasFonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio58

As cinco principais contasreceptoras de divisas desta-cadas na tabela 4.2.2 sob aclassificação Capitais somaramUS$ 15,4 bilhões, respondendopor 80% das contratações decompra financeira, tendo o itemServiços registrado US$ 1,5bilhão. Mantendo-se como aprincipal via de ingresso derecursos externos pelo quintotrimestre consecutivo, Investi-mentos Diretos somou US$ 8,7bilhões (US$ 4,6 bilhões emjulho, US$ 1,5 bilhão em agostoe US$ 2,5 bilhões em setem-bro). Com isso, o acumulado noperíodo janeiro a setembro jáatinge US$ 21,0 bilhões, 78% dovolume ingressado no anopassado (US$ 26,8 bilhões),que, mantida a média trimestral,deverá ser superado.

Dos US$ 8,7 bilhões deingressos no trimestre, US$ 4,0bilhões (US$ 1,7 bilhão emjulho, US$ 0,8 bilhão em agostoe US$ 1,5 bilhão em setembro)referem-se a inversões em subsidiárias oufiliais de empresas estrangeiras no País,e US$ 4,6 bilhões (US$ 2,9 bilhões em

julho, US$ 0,7 bilhão em agosto e US$ 0,9bi lhão em setembro) referem-se a

4.2.1 - Operações Financeiras - Câmbio Contratado

1 9 9 8 121.324 487,24 107.814 432,99 13.510 Jan 7.770 370,02 5.544 263,99 2.227 Fev 10.038 557,69 4.813 267,39 5.225 Mar 17.946 815,71 6.456 293,48 11.489

1º Tri 35.755 586,14 16.813 275,63 18.941 Abr 13.918 732,51 6.258 329,36 7.660 Mai 7.882 394,11 6.961 348,06 921 Jun 8.662 412,49 8.358 397,98 305

2º Tri 30.462 507,70 21.577 359,61 8.885 Jul 14.506 630,69 9.105 395,89 5.400 Ago 7.633 363,49 16.597 790,32 -8.963 Set 6.591 313,87 15.967 760,36 -9.376

3º Tri 28.731 442,01 41.670 641,07 -12.939 Out 11.900 566,68 10.048 478,48 1.852 Nov 6.508 325,41 6.868 343,41 -360 Dez 7.968 362,19 10.838 492,62 -2.869

4º Tri 26.377 418,68 27.754 440,54 -1.377 1 9 9 9 64.485 344,84 77.757 415,81 -13.272

Jan 5.130 256,48 11.822 591,10 -6.692 Fev 7.671 426,18 10.706 594,76 -3.035 Mar 8.537 371,19 11.562 502,67 -3.024

1º Tri 21.338 349,81 34.089 558,84 -12.751 Abr 8.128 427,81 7.876 414,55 252 Mai 8.762 417,26 6.928 329,93 1.834 Jun 6.994 333,06 8.768 417,51 -1.773

2º Tri 23.885 391,56 23.573 386,44 313 Jul 8.151 370,51 8.324 378,36 -173 Ago 4.833 219,66 5.803 263,79 -971 Set 6.278 298,95 5.968 284,17 310

3º Tri 19.262 296,33 20.095 309,15 -833 Fonte: PCAM175 Segmento Livre (não inclui Banco Central).

US$ milhões

PeríodoValor Valor

MédiaDiária

MédiaDiária

SaldoVendasCompras

4.2.2 - Saldo Financeiro Acumulado em 12 mesesCâmbio Contratado - 1997/99

-40.000

-30.000

-20.000

-10.000

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

Jan-

97

Fev

-97

Mar

-97

Abr

-97

Mai

-97

Jun-

97

Jul-

97

Ago

-97

Set

-97

Out

-97

Nov

-97

Dez

-97

Jan-

98

Fev

-98

Mar

-98

Abr

-98

Mai

-98

Jun-

98

Jul-

98

Ago

-98

Set

-98

Out

-98

Nov

-98

Dez

-98

Jan-

99

Fev

-99

Mar

-99

Abr

-99

Mai

-99

Jun-

99

Jul-

99

Ago

-99

Set

-99

US

$ m

ilhõe

s

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 59

compras ou aumento de participações emempresas nacionais. Essas duasclassificações, que respondem pela quasetotalidade dos ingressos classificados emInvestimentos Diretos, são mostradas nográfico 4.2.3.

A segunda pr incipal fonte decontratação de câmbio de ingresso nodecorrer do período julho a setembro foiEmpréstimos a Residentes, que somouUS$ 2,6 bilhões (US$ 0,8 bilhão em julho,US$ 0,7 bilhão em agosto e US$ 1,1 bilhãoem setembro). Apesar disso, uma rápida

olhada na tabela 4.2.2 irá mostrar que talvalor é re lat ivamente baixo para ohistórico da rubrica nos últimos três anos.De fato, excetuando-se o pr imeirotrimestre de 1999, que somou ingressosde US$ 2,2 bilhões, o valor registrado notrimestre em foco é o menor desde oprimeiro trimestre de 1997, quando foramregistradas contratações de compra deUS$ 1,9 bilhão.

Como pode ser melhor observado nográfico 4.2.6, uma das causas para o baixodesempenho tem sido os reduzidos

4.2.2 - Segmento Livre - Ingressos Financeiros - Câmbio Contratado

1998 5.621 20.905 5.823 26.783 23.741 24.276 14.175 121.324 Jan 460 1.850 663 947 2.442 700 709 7.770 Fev 408 2.090 1.067 1.104 3.525 642 1.201 10.038 Mar 477 2.813 369 1.124 5.520 6.173 1.471 17.946

1º Tri 1.345 6.752 2.099 3.175 11.487 7.514 3.381 35.755 Abr 487 2.338 359 1.731 2.507 3.059 3.438 13.918 Mai 368 1.812 726 1.278 976 993 1.729 7.882 Jun 481 1.524 585 2.839 600 2.025 609 8.662

2º Tri 1.335 5.674 1.670 5.848 4.082 6.077 5.776 30.462 Jul 490 2.640 953 4.780 1.599 3.333 710 14.506 Ago 587 1.165 199 2.859 1.381 833 610 7.633 Set 425 894 399 1.909 1.253 792 919 6.591

3º Tri 1.502 4.699 1.551 9.548 4.232 4.959 2.238 28.731 Out 435 1.172 155 4.050 736 4.648 704 11.900 Nov 468 1.749 196 1.785 688 182 1.441 6.508 Dez 535 858 152 2.377 2.515 896 636 7.968

4º Tri 1.437 3.779 503 8.211 3.939 5.727 2.780 26.377 1999 4.172 10.080 2.010 20.981 8.213 8.759 10.270 64.485 Jan 541 1.078 294 1.087 730 287 1.112 5.130 Fev 367 739 262 4.594 569 343 797 7.671 Mar 595 1.109 221 1.596 936 1.173 2.909 8.537

1º Tri 1.503 2.927 777 7.277 2.234 1.803 4.818 21.338 Abr 327 1.605 245 1.991 1.026 1.372 1.562 8.128 Mai 441 2.008 321 1.194 1.431 2.654 714 8.762 Jun 391 1.151 242 1.865 881 1.624 841 6.994

2º Tri 1.159 4.764 808 5.049 3.338 5.650 3.118 23.885 Jul 368 902 192 4.623 793 381 892 8.151 Ago 605 599 115 1.541 721 425 826 4.833 Set 537 888 118 2.491 1.126 500 617 6.278

3º Tri 1.510 2.389 425 8.655 2.640 1.307 2.335 19.262

Fonte: PCAM175 Segmento Livre (não inclui Banco Central).Notas:

1/ Inclui Transportes, Seguros, Viagens Internacionais, Rendas de Capitais, Gastos Governamentais e Serviços Diversos;2/ Resolução nº 1.289 (anexos I a IV) e Ações;3/ Imóveis, Investimentos em Subsidiárias ou Filiais e Participações em Empresas no País;4/ Resolução n º 63, Resolução nº 2.312 ('63 cambial'), Resolução nº 2.483 ('63 caipira') e outros empréstimos.5/ Inclui Transferências Unilaterais e ingressos de capitais não discriminados nas colunas anteriores.

Serviços1/

TotalPeríodo

US$ milhões

Mercadode

Capitais2/

Depo-sitary

Receipts

Investi-mentosDiretos

3/

Emprés-timos a

Residentes4/

CommercialPapers,Bônus,Notes

Capitais

Outros5/

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio60

ingressos registrados ao abrigo daResolução 63 e suas congêneres. Notrimestre em análise, por exemplo, foramregistrados US$ 373 milhões em ingressosvia 63 tradicional e US$ 490 milhões via 63“caipira”, dos quais US$ 207 na modalidadecurto-prazo e US$ 283 milhões namodalidade longo-prazo.

Mercado de Capitais mostrou ingressotrimestral extremamente reduzi-do, tendosomado US$ 2,4 bilhões (US$ 0,9 bilhão emjulho, 0,6 bilhão em agosto e US$ 0,9 bilhãoem setembro). Esse é o menor valoringressado para aplicação em renda variáveldesde o primeiro trimestre de 1993, quandoforam registrados US$ 1,4 bilhão. Desem-penho semelhante é observado na rubricaDepositary Receipts, que somou ingressosde apenas US$ 425 milhões, o menor volumedesde o terceiro trimestre de 1995 (US$ 373milhões).

O pouco apetite demonstrado pelocapital externo parece refletido no baixodesempenho das bolsas no período. ABovespa registrou perda nominal de 4,5% notrimestre (perdas de 10,19% em julho, e

ganhos de 1,18% em agosto e de 5,13% emsetembro). Considerada a variação do Dólar,essa perda cresce para 12,05% no trimestre(perdas de 11,17% em julho e de 5,51% emagosto, e ganhos de 4,78% em setembro).

Ainda em relação aos ingressos,Commercial Papers, Bonus e Notes refleteo mesmo quadro de letargia apresentadopelas demais rubricas, exceção feita aInvestimentos Diretos, somando apenasUS$ 1,3 bilhão (US$ 0,4 bilhão em julho eagosto e US$ 0,5 bilhão em setembro), omenor valor registrado desde o primeirotrimestre de 1995, com apenas US$ 255milhões. Entre os fatores que certamenteinfluenciaram essa retração podem sercitados a reticência dos mercadosinternacionais em absorver dívida de paísesemergentes1 e a combinação regime decâmbio flutuante/taxas de juros cadentes quese observa no ambiente econômico interno,que tende a reduzir o espaço de ganho paraas captações em moeda estrangeira.

Para encerrar o lado dos ingressosfinanceiros, a conta Outros , que agregaas contratações classif icadas como

1 – Segundo noticiado na imprensa especializada, até meados do mês de julho a América Latinaregistrava 21 casos de defaults de dívida externa em 1999, vinte dos quais do setor privado, umrecorde histórico.

4.2.3 - Ingressos de Investimentos DiretosCâmbio Contratado - 1997/99

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

Jan-

97

Fev

-97

Mar

-97

Abr

-97

Mai

-97

Jun-

97

Jul-

97

Ago

-97

Set

-97

Out

-97

Nov

-97

Dez

-97

Jan-

98

Fev

-98

Mar

-98

Abr

-98

Mai

-98

Jun-

98

Jul-

98

Ago

-98

Set

-98

Out

-98

Nov

-98

Dez

-98

Jan-

99

Fev

-99

Mar

-99

Abr

-99

Mai

-99

Jun-

99

Jul-

99

Ago

-99

Set

-99

US

$ m

ilhõ

es

Subsidiárias e/ou Filiais Participação em Empresas TotalFonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 61

Transferências Unilaterais, além de outrositens da conta capitais não discriminados,somou compras de US$ 2,3 bi lhões(US$ 0,9 bilhão em julho, US$ 0,8 bilhãoem agosto e US$ 0,6 bilhão em setembro),tendo representado 12,1% do totalingressado no terceiro trimestre de 1999.

Em relação às contratações deremessas financeiras (tabela 4.2.3), o itemde maior significância, pelo segundotrimestre consecutivo, foi Amortizações deFinanciamentos a Importação, quealcançaram US$ 5,4 bilhões (US$ 1,7 bilhãoem julho, US$ 1.8 bilhão em agosto eUS$ 1,9 bilhão em setembro). Taisamortizações refletem financiamentos deimportação com prazos superiores a 360dias, com registro no Banco Central, quecresceram bastante a partir de abril de 1998.

Esse aumento foi reflexo de medidatomada pelo Bacen no sentido de obrigara antecipação do câmbio de importaçãonos casos de financiamentos de prazosinferiores a 360 dias, tomada em abril de1997. Um dos efeitos da medida foi o deaumentar bastante os financiamentoscom prazo pouco superior a 360 dias,como forma de escapar da obr iga-toriedade da antecipação do câmbio. Noacumulado janeiro-setembro, as amor-tizações de financiamento de importaçãosomaram US$ 16,3 bilhões, aproxima-

damente um quinto do total das remessascontratadas.

A segunda rubrica mais significativado lado das vendas financeiras foi a contaJuros, que alcançou montante de US$ 2,7bilhões (US$ 0,9 bilhão em julho, US$ 0,7bilhão em agosto e US$ 1,1 bilhão emsetembro). Com isso, o acumulado deJuros nos três primeiros trimestres de1999 soma US$ 10,2 bilhões, ficandopouco abaixo do volume registrado emtodo o ano de 1998 (US$ 11,7 bilhões).Considerando que, sazonalmente, ossegundos e quartos trimestres de cada anotendem a apresentar valores maiores, asremessas para o pagamento de jurosdeverão bater novo recorde em 1999.

Se o quarto trimestre de 1999 somarvalor igual ao do terceiro (normalmente émaior), o ano de 1999 deverá alcançarUS$ 14,4 bilhões de contratações depagamento de juros. A rubrica apresentariauma evolução que não deixa de serimpressionante: US$ 5,2 bilhões em 1994,US$ 6,7 bilhões em 1995, US$ 9,3 bilhõesem 1996, US$ 9,7 bilhões em 1997,US$ 11,7 bilhões em 1998 e US$ 14,4 em1999, o que representaria uma taxa decrescimento de 22,6% ao ano no período.

Ainda no segmento Serviços, Lucrose Dividendos somou US$ 1,2 bi lhão

4.2.4 - Investimento Direto Líquido Acumulado em 12 meses - Câmbio Contratado - 1997/99

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Jan-

97

Fev

-97

Mar

-97

Abr

-97

Mai

-97

Jun-

97

Jul-

97

Ago

-97

Set

-97

Out

-97

Nov

-97

Dez

-97

Jan-

98

Fev

-98

Mar

-98

Abr

-98

Mai

-98

Jun-

98

Jul-

98

Ago

-98

Set

-98

Out

-98

Nov

-98

Dez

-98

Jan-

99

Fev

-99

Mar

-99

Abr

-99

Mai

-99

Jun-

99

Jul-

99

Ago

-99

Set

-99

US

$ m

ilhõe

s

Fonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio62

(US$ 0,3 bilhão em julho, US$ 0,6 bilhãoem agosto e US$ 0,3 bilhão em setembro)e Outros Serviços alcançou US$ 2,0bilhões (US$ 0,6 bilhão em julho e emagosto e US$ 0,7 bilhão em setembro). Istoposto, o segmento Serviços registra, notrimestre em foco, contratações de vendade US$ 5,9 bilhões, quase 30% dasremessas registradas no período. O gráfico4.2.7 traz o comportamento das remessasmensais de juros e lucros e o total deserviços no período 1997 a 1999.

Outra rubrica significativa decontratação de vendas financeiras foram os

pagamentos de Empréstimos a Residentesque atingiram montante de US$ 2,7 bilhõesno terceiro trimestre do ano (US$ 1,2 bilhãoem julho, US$ 763 milhões em agosto eUS$ 721 milhões em setembro), levando oacumulado dos primeiros nove meses asomar US$ 10,3 bilhões, a terceira maiorvia de remessas financeiras no períodojaneiro a setembro de 1999.

Já Commercial Papers, Bonus eNotes somou saídas de US$ 2,5 bilhões,em sua maior parte concentradas no mêsde julho, que alcançou cifra de US$ 2,1bilhões, graças a remessa contratada no

4.2.3 - Segmento Livre - Remessas Financeiras - Câmbio Contratado

1998 11.728 7.188 9.932 22.727 2.116 2.415 16.686 17.805 4.513 12.704 107.814 Jan 786 322 740 1.504 230 15 753 514 309 371 5.544 Fev 607 305 732 1.405 67 43 518 544 257 335 4.813 Mar 799 505 770 1.516 188 732 922 622 198 205 6.456

1º Tri 2.191 1.132 2.242 4.426 484 791 2.194 1.679 764 911 16.813 Abr 827 591 696 1.927 145 132 583 1.022 114 221 6.258 Mai 903 765 755 2.212 151 55 442 1.195 346 138 6.961 Jun 1.153 490 757 1.985 233 30 1.480 1.569 246 414 8.358

2º Tri 2.883 1.846 2.209 6.125 528 217 2.504 3.786 706 774 21.577 Jul 1.038 212 923 1.910 109 147 2.106 1.707 472 481 9.105 Ago 838 610 1.232 3.443 211 43 2.808 1.829 654 4.928 16.597 Set 1.208 1.582 975 2.611 187 193 2.454 2.267 369 4.121 15.967

3º Tri 3.083 2.404 3.131 7.964 507 384 7.368 5.803 1.495 9.531 41.670 Out 1.266 503 729 1.271 236 196 1.908 2.262 701 977 10.048 Nov 915 435 743 1.193 167 54 829 2.075 212 244 6.868 Dez 1.390 868 878 1.748 193 774 1.883 2.201 634 268 10.838

4º Tri 3.571 1.805 2.350 4.212 596 1.024 4.620 6.537 1.548 1.490 27.754 1999 10.159 4.074 6.389 8.562 1.295 1.026 10.348 16.277 11.771 7.855 77.757 Jan 925 628 966 1.692 111 154 1.058 1.620 1.018 3.652 11.822 Fev 835 351 503 577 81 134 1.272 1.451 4.995 507 10.706 Mar 1.424 392 837 804 130 103 2.943 2.191 2.284 454 11.562

1º Tri 3.184 1.370 2.306 3.072 322 391 5.273 5.262 8.296 4.613 34.089 Abr 1.948 303 681 1.004 240 505 678 1.547 362 610 7.876 Mai 939 478 708 1.083 264 10 516 1.891 360 679 6.928 Jun 1.346 748 722 1.148 119 30 1.219 2.131 241 1.064 8.768

2º Tri 4.234 1.529 2.110 3.234 622 545 2.413 5.569 962 2.353 23.573 Jul 854 293 645 828 146 45 1.178 1.703 2.070 562 8.324 Ago 749 554 626 794 105 30 763 1.842 137 204 5.803 Set 1.138 329 702 634 100 15 721 1.900 305 123 5.968

3º Tri 2.742 1.175 1.973 2.256 351 90 2.662 5.445 2.513 889 20.095

Fonte: PCAM175 Segmento Livre (não inclui Banco Central).Notas: 1/ Inclui Dividendos e Bonificações;

2/ Transportes, Seguros, Viagens Internacionais, Gastos Governamentais e Serviços Diversos;3/ Resolução nº 1.289 (anexos I a IV) e Ações;4/ Imóveis, Investimentos em Subsidiárias ou Filiais e Participações em Empresas no País;5/ Resolução nº 63, Resolução nº 2.312 ('63 cambial'), Resolução nº 2.483 ('63 caipira') e outros empréstimos.6/ Inclui Transferências Unilaterais e remessas de capitais não discriminadas nas colunas anteriores.

Total

US$ milhões

CommercialPapers,Bônus,Notes

AmortizaçõesInvesti-mentosDiretos

4/

Outros 6/

Fin. a Im-portação

Capitais

Período

JurosServiços

Emp.a Re-sidentes

5/

Lucros1/

OutrosServiços

2/

Mercadode

Capitais3/

Depo-sitary

Receipts

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 63

dia 29.07, de US$ 1,5 bilhão, realizada porempresa do setor de telecomunicações.No acumulado janeiro-setembro, a rubricaacumulou saídas de US$ 11,8 bilhões, sebem que esse valor encontra-se infladopela antecipação de receitas de recursosde privatização do sistema Telebrás,realizado pelo BNDES2.

Somando US$ 2,3 bilhões no terceirotrimestre de 1999 (US$ 828 milhões emjulho, US$ 794 milhões em agosto eUS$ 634 em setembro), Mercado deCapitais, apesar de se manter como fontesignificativa de contratação de remessasfinanceiras, alcançou valor muito aquémdos observados trimestralmente. O valorregistrado no período é o menor desde osegundo trimestre de 1993 (US$ 1,8bilhão), dando uma boa idéia do grau dedistanciamento que o mercado de rendavariável sofreu por parte do investidorestrangeiro no período julho-setembro.Complementarmente, a tabela 4.2.3registra ainda as remessas financeiras atítulo de Depositary Receipts (US$ 351

milhões no trimestre) e de InvestimentosDiretos (US$ 90 milhões).

Em termos de ingressos financeiroslíquidos, a tabela 4.2.4 mostra as mesmasrubricas destacadas na tabela 4.2.2. Comopode ser observado, Investimentos Diretossomou US$ 8,6 bilhões (US$ 4,6 bilhõesem julho, US$ 1,5 bilhão em agosto eUS$ 2,5 bilhões em setembro), levando oacumulado no período janeiro-setembro asomar ingressos líquidos de US$ 20bilhões, havendo boas possibilidades de seultrapassar o recorde registrado em 1998:US$ 24,4 bilhões de contratações líquidas.O gráfico 4.2.4 mostra o investimentodireto líquido acumulado em 12 meses,tendo setembro registrado saldo deUS$ 27,1 bilhões.

As demais rubricas destacadas ouregistraram ingressos l íquidosextremamente reduzidos – caso deMercado de Capitais (US$ 134 milhões,ver gráf ico 4.2.5) e de Deposi taryReceipts, que somaram US$ 74 milhões

2 – Em 1998, o BNDES antecipou o ingresso de privatização por meio do lançamento de notes. Houveuma contratação de ingresso de US$ 180 milhões em 30.09 e outra de US$ 3.705 milhões em01.10. Em fevereiro de 1999 esses títulos foram “pagos”, com a contratação de remessa financeirade US$ 3.885 no dia 01.02. Registrou-se, ao mesmo tempo, o ingresso de investimentos diretosno valor de US$ 3.805 milhões. Dessa forma, a contratação de câmbio da rubrica está inflada dolado dos ingressos em 1998 e do lado das remessas em 1999.

4.2.5 - Resolução 1.289 - Anexos I a VContratação Líquida - 1997/99

-2.500

-2.000

-1.500

-1.000

-500

0

500

1.000

1.500

2.000

Jan-

97

Fev

-97

Mar

-97

Abr

-97

Mai

-97

Jun-

97

Jul-

97

Ago

-97

Set

-97

Out

-97

Nov

-97

Dez

-97

Jan-

98

Fev

-98

Mar

-98

Abr

-98

Mai

-98

Jun-

98

Jul-

98

Ago

-98

Set

-98

Out

-98

Nov

-98

Dez

-98

Jan-

99

Fev

-99

Mar

-99

Abr

-99

Mai

-99

Jun-

99

Jul-

99

Ago

-99

Set

-99

US

$ m

ilhõe

s

Anexos I a IV Anexo V - Depositary Receipts TotalFonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio64

– ou foram francamente deficitárias,exceção feita a Empréstimos a Resi-dentes, com déficit de apenas US$ 22milhões no período. Por outro lado, osegmento Serviços, registrou remessaslíquidas de US$ 4,4 bilhões no trimestre(US$ 1,4 bilhão em julho, US$ 1,3 bilhãoem agosto e US$ 1,6 bi lhão emsetembro), elevando o déficit acumuladono ano para US$ 16,5 bilhões.

A conta Commercial Papers, Bonuse Notes, também manteve-se negativa no

4.2.4 - Transferências Financeiras - Ingressos Líquidos - Câmbio Contratado

1998 -23.227 -1.822 3.708 24.368 7.055 19.763 -16.334 13.510 Jan -1.387 345 434 932 1.688 391 -176 2.227 Fev -1.236 685 1.000 1.061 3.007 385 322 5.225 Mar -1.597 1.296 181 392 4.598 5.974 645 11.489

1º Tri -4.220 2.327 1.615 2.384 9.294 6.751 791 18.941 Abr -1.627 411 214 1.599 1.924 2.945 2.195 7.660 Mai -2.055 -400 576 1.224 535 647 396 921 Jun -1.920 -462 352 2.810 -880 1.779 -1.375 305

2º Tri -5.602 -451 1.142 5.632 1.578 5.370 1.216 8.885 Jul -1.683 731 844 4.633 -507 2.861 -1.478 5.400 Ago -2.093 -2.279 -12 2.816 -1.427 179 -6.147 -8.963 Set -3.340 -1.716 212 1.716 -1.201 423 -5.470 -9.376

3º Tri -7.116 -3.265 1.044 9.164 -3.136 3.463 -13.095 -12.939 Out -2.064 -98 -81 3.854 -1.172 3.947 -2.534 1.852 Nov -1.625 556 29 1.731 -142 -30 -879 -360 Dez -2.601 -891 -41 1.602 633 261 -1.833 -2.869

4º Tri -6.289 -433 -93 7.187 -681 4.179 -5.247 -1.377 1999 -16.451 1.518 714 19.955 -2.135 -3.012 -13.861 -13.272 Jan -1.978 -613 183 932 -328 -730 -4.159 -6.692 Fev -1.322 162 181 4.460 -703 -4.652 -1.162 -3.035 Mar -2.058 305 91 1.493 -2.008 -1.111 263 -3.024

1º Tri -5.357 -146 455 6.886 -3.038 -6.493 -5.058 -12.751 Abr -2.604 602 6 1.486 348 1.010 -595 252 Mai -1.685 925 57 1.184 915 2.294 -1.856 1.834 Jun -2.425 3 123 1.835 -339 1.383 -2.355 -1.773

2º Tri -6.714 1.530 185 4.504 925 4.687 -4.805 313 Jul -1.424 74 46 4.578 -385 -1.689 -1.373 -173 Ago -1.324 -194 11 1.511 -42 288 -1.220 -971 Set -1.631 254 18 2.476 405 195 -1.406 310

3º Tri -4.379 134 74 8.565 -22 -1.206 -3.999 -833

Fonte: PCAM175 Segmento Livre (não inclui Banco Central).Notas: 1/ Inclui Transportes, Seguros, Viagens Internacionais, Rendas de Capitais, Gastos Governamentais e Serviços Diversos;2/ Resolução nº 1.289 (anexos I a IV) e Ações;

3/ Imóveis, Investimentos em Subsidiárias ou Filiais e Participações em Empresas no País;4/ Resolução nº 63, Resolução nº 2.312 ('63 cambial'), Resolução nº 2.483 ('63 caipira') e outros empréstimos.5/ Inclui Transferências Unilaterais e ingressos líquidos de capitais não discriminados nas colunas anteriores.

CapitaisUS$ milhões

Emprés-timos a

Residentes4/

CommercialPapers,Bônus,Notes

TotalServiços1/

Mercadode

Capitais2/

Depo-sitary

Receipts

Período

Investi-mentosDiretos

3/

Outros 5/

trimestre em análise, somando US$ 1,2bilhão no período, tendo apenas o mês dejulho registrado remessa líquida de US$ 1,7bi lhão, quase toda em função do jámencionado pagamento de US$ 1,5 bilhãorealizado em 29.07. Os demais meses dotrimestre mantiveram-se positivos, se bemque registrando valores de baixa monta:US$ 288 milhões em agosto e US$ 195milhões em setembro.

Finalmente, o item Outros registrousaídas l íquidas de US$ 4,0 bi lhões

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 65

(US$ 1,4 bilhão em julho, US$ 1,2 bilhãoem agosto e US$ 1,4 b i lhão emsetembro), levando o acumulado dejaneiro a setembro a somar déficit deUS$ 13,9 bilhões, devendo ser lembrado

que grande par te desse resul tadonegativo deve-se às amortizações definanciamentos de importação, que nomesmo período somaram remessas deUS$ 16,3 bilhões.

4.2.6 - Ingressos de Capital EstrangeiroCâmbio Contratado - 1997/99

0

500

1000

1500

2000

2500

Jan-

97

Fev

-97

Mar

-97

Abr

-97

Mai

-97

Jun-

97

Jul-

97

Ago

-97

Set

-97

Out

-97

Nov

-97

Dez

-97

Jan-

98

Fev

-98

Mar

-98

Abr

-98

Mai

-98

Jun-

98

Jul-

98

Ago

-98

Set

-98

Out

-98

Nov

-98

Dez

-98

Jan-

99

Fev

-99

Mar

-99

Abr

-99

Mai

-99

Jun-

99

Jul-

99

Ago

-99

Set

-99

US

$ m

ilhõe

s

Resolução 2.312 - '63 Cambial' Resolução 63 Resolução 2.483 - '63 Caipira'Fonte: Sisbacen.

4.2.7 - Remessas de ServiçosCâmbio Contratado - 1997/99

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Jan

97

Fev

97

Mar

97

Abr

97

Mai

97

Jun

97

Jul 9

7

Ago

97

Set

97

Out

97

Nov

97

Dez

97

Jan

98

Fev

98

Mar

98

Abr

98

Mai

98

Jun

98

Jul 9

8

Ago

98

Set

98

Out

98

Nov

98

Dez

98

Jan

99

Fev

99

Mar

99

Abr

99

Mai

99

Jun

99

Jul 9

9

Ago

99

Set

99

US

$ m

ilhõe

s

Lucros e Dividendos. Juros Total Total ServiçosFonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio66

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5. SEGMENTO DE TAXAS

FLUTUANTES

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 69

Prosseguindo com a tendênciainiciada em fevereiro de 1999, o presentetrimestre mostrou menor volume totalnegociado no segmento Flutuante(US$ 7.536 milhões), com queda de 33,9%em relação ao tr imestre anterior(US$ 11.404 milhões). O gráfico 5.1 e a ta-bela 5.1 mostram claramente que essaredução foi condicionada basicamentepela menor negociação no grupo derubricas “Operações entre Instituições”,que corresponde a transações inter-bancárias no País, arbitragens e fluxos dedivisas de inst i tuições f inanceirasbrasileiras com instituições do exterior1.

Os novos níveis de negociação dosegmento Flutuante no decorrer de 1999,bem menores que os verif icados em

1998, decorrem da unif icação dasposições de câmbio desse segmento comas do segmento Livre efet ivada emfevereiro. Desde então, as instituições queoperam nos dois segmentos passaram ater uma posição única de câmbio,conhecida como posição do mercado,registrada no segmento Livre (sua evoluçãopode ser acompanhada no gráfico 2.4 docapítulo 2 – Política Cambial).

Com a unif icação, o mercadointerbancário do Flutuante passou então acontar com apenas seis insti tuiçõesbancárias credenciadas pelo BancoCentral a operar exclusivamente nosegmento, além das sociedadescorretoras, sociedades distribuidoras detítulos e valores mobil iár ios e as

5. SEGMENTO DE TAXAS FLUTUANTES

5.1 - Volume Total Negociado (Turnover) 1,2 - 1998/99

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

98 J

an Fev

Mar

1º T

rim

.

Abr

Mai

Jun

2º T

rim

.

Jul

Ago Set

3º T

rim

.

Out

Nov

Dez

4º T

rim

.

99 J

an Fev

Mar

1º T

rim

.

Abr

Mai

Jun

2º T

rim

.

Jul

Ago Set

3º T

rim

.

US

$ m

ilhõe

s

Operações com Clientes

Operações entre Instituições

Fonte: Sisbacen.Notas:1/ Exclui "Operações Interdepartamentais";2/ A partir de 01.02.99, as posições de câmbio dos mercados livre e flutuante foram unificadas (Resolução nº 2.588, de 25.01.99).

1 – O outro grupo de rubricas do segmento Flutuante – “Operações com Clientes” – abriga transaçõesreferentes a viagens internacionais, transferências unilaterais, entre outras.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio70

sociedades de crédito, financiamento einvestimento. Agências de turismo e meiosde hospedagem de turismo também sãocredenciados pelo Banco Central a operarno Flutuante – sem posição de câmbio,mas com autorização para manutenção del imites operacionais diár ios de até,respectivamente, US$ 200.000,00 eUS$ 100.000,002. Suas operações com osbancos são registradas em “Operaçõescom Clientes”, mais especificamente emAg.Tur.-Op.c/Bancos Credenciados (tabela5.3), não correspondendo a operaçõesinterbancárias.

O movimento de forte redução dovolume negociado no mercado inter-

bancário pode ser acompanhado na tabe-la 5.2, onde se constata a queda de 58,5%nas operações do presente trimestre (US$1.252 milhões) em comparação com oacumulado de abril a junho de 1999 (US$3.014 milhões). Há que se considerar quea queda seria bem menor se fossemexcluídas as operações envolvendo oBanco Central. Com efeito, o início dotrimestre anterior mostrou volumes bemsuperiores à média atual em função denegociação de dólares por parte daautoridade monetária destinadas apromover ajustes contábeis em decor-rência da unificação das posições decâmbio. Somente a partir de junho essesajustes passaram a ser feitos diretamente

5.1 - Fluxo Total

Compra Venda Saldo Compra Venda Saldo Compra Venda Saldo

1 9 9 8 5.185 12.122 -6.936 2.346 27.163 -24.817 7.531 39.284 -31.754 486 281.264 281.750 328.565 Jan 444 739 -296 41 1.520 -1.479 484 2.259 -1.775 48 19.076 19.124 21.868 Fev 487 576 -89 62 1.094 -1.033 549 1.670 -1.121 35 17.871 17.906 20.124 Mar 432 723 -291 103 1.434 -1.331 535 2.156 -1.621 36 25.080 25.115 27.807

1º Trim. 1.363 2.038 -675 205 4.047 -3.842 1.568 6.085 -4.517 118 62.027 62.145 69.798 Abr 410 2.153 -1.743 144 943 -799 555 3.096 -2.542 33 21.330 21.363 25.014 Mai 379 1.736 -1.357 110 1.782 -1.672 489 3.518 -3.029 36 22.652 22.688 26.695 Jun 406 682 -276 173 1.854 -1.682 579 2.537 -1.958 47 20.099 20.146 23.261

2º Trim. 1.196 4.571 -3.375 427 4.580 -4.153 1.623 9.151 -7.528 116 64.081 64.197 74.971 Jul 542 1.044 -502 137 1.494 -1.357 679 2.538 -1.859 50 19.399 19.449 22.665 Ago 397 798 -401 120 2.511 -2.391 516 3.309 -2.793 37 24.043 24.080 27.906 Set 393 962 -569 185 8.176 -7.991 578 9.138 -8.560 63 34.035 34.098 43.814

3º Trim. 1.332 2.804 -1.472 442 12.181 -11.740 1.773 14.985 -13.212 150 77.477 77.626 94.385 Out 428 1.072 -645 932 3.141 -2.210 1.359 4.214 -2.854 46 28.504 28.550 34.123 Nov 403 881 -477 169 1.261 -1.092 573 2.142 -1.569 24 25.173 25.197 27.911 Dez 464 756 -292 171 1.952 -1.781 635 2.708 -2.073 33 24.002 24.035 27.378

4º Trim. 1.295 2.709 -1.414 1.272 6.354 -5.082 2.567 9.063 -6.496 103 77.679 77.782 89.412 1 9 9 9 4.208 4.445 -237 3.146 9.921 -6.775 7.354 14.367 -7.012 415 17.809 18.224 39.945

Jan 425 513 -88 142 2.143 -2.001 567 2.656 -2.089 23 11.760 11.783 15.005 Fev 552 351 201 126 604 -478 678 955 -277 109 476 586 2.219 Mar 619 357 262 604 1.029 -425 1.223 1.386 -163 141 1.031 1.173 3.781

1º Trim. 1.596 1.221 375 872 3.775 -2.904 2.468 4.996 -2.528 274 13.268 13.541 21.005 Abr 398 495 -97 548 1.363 -815 945 1.857 -912 24 1.594 1.617 4.420 Mai 392 429 -38 267 1.144 -877 659 1.574 -915 24 624 648 2.880 Jun 451 655 -204 959 1.129 -170 1.409 1.784 -375 22 888 910 4.103

2º Trim. 1.240 1.579 -339 1.774 3.636 -1.863 3.014 5.215 -2.202 70 3.105 3.175 11.404 Jul 422 529 -107 89 671 -582 510 1.199 -689 26 484 509 2.219 Ago 408 519 -111 227 690 -463 636 1.209 -574 24 391 414 2.259 Set 542 598 -55 185 1.149 -964 727 1.747 -1.020 22 562 584 3.058

3º Trim. 1.372 1.646 -273 501 2.510 -2.009 1.873 4.156 -2.283 71 1.436 1.508 7.536 Fonte: Sisbacen.

Nota:

1 - O total poderá eventualmente divergir do somatório das partes em função de arredondamento;

2 - Representadas, no caso do fluxo primário, por "Op.com Instituições no Exterior" (entre uma instit.no País e outra no exterior), incluindo op.de ouro contra moeda nacional, pronta e futura;

3 - Volume total negociado ("turnover"), exclui "Operações Interdepartamentais" e "Operações Intermercados" das Operações entre Instituições;

4 - Representadas, para o caso do mercado secundário, por "Agências de Turismo - Operações com Bancos/Operadores Credenciados".

TotalOp.entre Institituições

Op.com Clientes

4/

US$ milhões

Mercado Secundário 3/

Período TotalOperações com Clientes

Mercado Primário 1/Operações entre Instituições

2/

Volume Total

Negociado

2 – Referem-se às disponibilidades decorrentes do excesso das compras sobre as vendas de moedaestrangeira. O valor que exceda os limites atribuídos às agências e meios de hospedagem deturismo devem ser obrigatoriamente vendidos a bancos e operadores credenciados (os meios dehospedagem de turismo também podem fazer essa venda a agências de turismo).

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 71

pela instituição financeira envolvida, quedeve efetuar operações simultâneas nosdois mercados, figurando como compra-dora e vendedora em ambas asoperações3.

Muito embora seja bem relevante aqueda no volume interbancário negociadono tr imestre, a maior redução dasnegociações, também em termos deturnover (compras + vendas), deu-se nofluxo primário de “Operações entreInstituições”, que se refere às transaçõesenvolvendo a rubrica Operações comInstituições no Exterior, diretamenterelacionada à movimentação em contas noBrasil de residentes no exterior. Comomostram as tabelas 5.1 e 5.2, houveredução em mais de 70% nos ingressosdo exterior por essa rubrica, chegando aUS$ 501 milhões, ante US$ 1.774 milhõesdo tr imestre anterior. Destaca-se oingresso de apenas US$ 89 milhões emjulho de 1999, o menor desde março de1998.

Interessante notar que mesmoconsiderando-se a expressiva reduçãofrente ao trimestre anterior, o volume deUS$ 501 milhões ingressados de julho asetembro de 1999 é ainda bem repre-sentativo, correspondendo ao maiormontante do período que vai desde o últimotrimestre de 1995 até o terceiro trimestrede 1998. Mais ainda, percebe-se que oaumento no saldo líquido negativo (deUS$ 1.863 milhões para US$ 2.009milhões) não foi tão grande quanto sepoderia supor de uma queda de US$ 1.273milhões nos ingressos. Isso pode serexplicado pela forte queda (de US$ 1.126milhões) também experimentada nasremessas, que alcançou US$ 2.510milhões – redução de 31% frente aotrimestre anterior.

Consultando-se o gráfico 5.2, pode-se verificar mais detalhadamente astransferências mensais para instituições noexterior, classificadas por países de domicíliodas instituições de destino. É clara a redução

3 – Muito embora as posições de câmbio estejam unificadas desde fevereiro de 1999, as operaçõesde contratação de câmbio continuam sendo passíveis de registro no segmento de mercado indicadopela regulamentação – Livre ou Flutuante –, resultando, contabilmente, em diferentes posições decâmbio que, para efeito de posição unificada (de mercado), são consideradas conjuntamente. Àconveniência das instituições, pode ser feito um acerto de forma a levar , contabilmente, a posiçãocambial do Flutuante para o Livre – anteriormente com a participação do Banco Central em umadas pontas e, atualmente, apenas com a participação exclusiva da instituição nas pontas decompra e de venda.

5.2 - OPERAÇÕES COM INSTITUIÇÕES NO EXTERIORRemessas (por países de domicílio das instituições) - 1997/99

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

1997

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago Set

Out

Nov

Dez

1998

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

o

Jun

Jul

Ago Set

Out

Nov

Dez

1999

Jan Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago Set

US

$ m

ilhõe

s

Paraguai Uruguai Bahamas E.U.A. OutrosFonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio72

na participação de Uruguai, Estados Unidose Bahamas, mantendo-se o Paraguaicom volumes relativamente constantes.Destacam-se ainda as remessas emsetembro para instituições domiciliadas emoutros países – onde a maior parte refere-se a transferências para Cayman.

Ainda sobre os fluxos primáriosregistrados no Flutuante, cabe examinar asoperações classificadas em “Operaçõescom Clientes”, mostradas nas tabelas 5.1e 5.3. Esse grupo de rubricas e o grupo“Operações entre Instituições”, comentadoanteriormente, registram a totalidade dasoperações cursadas no segmento.

Em termos trimestrais, não houvealteração significativa no fluxo líquido de“Operações com Clientes”, tendo apre-sentado pequena redução de US$ 66milhões nas remessas líquidas para oexterior (US$ 273 milhões no presentetr imestre, ante US$ 339 milhões dotrimestre anterior). Dentre as operaçõesmais tradicionais desse grupo, podem serdestacadas as referentes a viagensinternacionais e transferências unilaterais.

No entanto, desde 1996, comomostra o quadro 5.1, os fluxos a título deRendas de Capitais e Serviços Diversosvêm apresentando forte crescimento,

Compra Venda1998 475 2.260 453 278.076 0 281.264 2.346 27.163 Jan 34 40 0 19.002 0 19.076 41 1.520 Fev 53 37 3 17.778 0 17.871 62 1.094 Mar 58 34 11 24.976 0 25.080 103 1.434

1ºTrim. 145 110 14 61.757 0 62.027 205 4.047 Abr 54 450 27 20.798 0 21.330 144 943 Mai 33 483 37 22.099 0 22.652 110 1.782 Jun 39 578 42 19.440 0 20.099 173 1.854

2ºTrim. 127 1.511 106 62.337 0 64.081 427 4.580 Jul 32 26 31 19.310 0 19.399 137 1.494 Ago 27 390 47 23.579 0 24.043 120 2.511 Set 42 125 88 33.780 0 34.035 185 8.176

3ºTrim. 101 541 166 76.669 0 77.477 442 12.181 Out 28 33 70 28.372 0 28.504 932 3.141 Nov 26 34 54 25.058 0 25.173 169 1.261 Dez 48 30 42 23.883 0 24.002 171 1.952

4º Trim. 102 97 166 77.313 0 77.679 1.272 6.354 1999 243 96 234 17.236 0 17.809 3.146 9.921 Jan 45 15 100 11.599 0 11.760 142 2.143 Fev 6 30 35 405 0 476 126 604 Mar 27 19 20 965 0 1.031 604 1.029

1ºTrim. 78 65 155 12.970 0 13.268 872 3.775 Abr 20 10 13 1.550 0 1.594 548 1.363 Mai 6 4 14 599 0 624 267 1.144 Jun 8 2 12 865 0 888 959 1.129

2ºTrim. 35 16 40 3.014 0 3.105 1.774 3.636 Jul 22 11 10 440 0 484 89 671 Ago 21 3 10 357 0 391 227 690 Set 86 2 19 455 0 562 185 1.149

3ºTrim. 130 15 40 1.252 0 1.436 501 2.510 Fonte: Sisbacen.Notas:1/ No País e no Exterior. O total poderá eventualmente divergir do somatório das partes em função de arredondamento;

2/ Volume total negociado ("turnover"), exclui "Operações Interdepartamentais" e "Operações Intermercados";3/ Pronta e Futura, incluindo ouro;4/ Boleto e automático, incluindo operações com o Bacen e operações de ouro c/ moeda nacional entre instituições no País;

5/ Compra e venda de moeda estrangeira e ouro contra moeda nacional.

5.2 - Operações entre Instituições 1/US$ milhões

Mercado Secundário 2/ Merc.Primário

PeríodoArbitragens no País 3/

Arbitragens no Exterior

3/

Operações com Instituições no

Exterior 5/

Arbitr.de Pos.Ouro contra Pos.Camb.

(Bacen)

Operações Interbancárias

no País 4/

Outros Fatos

Total Mercado

Secundário

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 73

principalmente em Serviços Diversos –com amplo destaque para ServiçosTécnicos Profissionais (tanto ingressoscomo remessas), compra de Software noexterior (incluindo cópia única) e ingressosclassif icados como Vencimentos eOrdenados. O ímpeto e sustentação docrescimento das transferências de Rendasde Capitais e Serviços Diversos torna-semais evidente quando considerado que,mesmo com a desvalorização do real emjaneiro de 1999, as transferências médiastrimestrais desse ano (US$ 366 milhõesem ingressos e US$ 525 milhões emremessas) vêm se mantendo relativamenteno mesmo patamar de 1998 (US$ 319milhões em ingressos e US$ 555 milhõesem remessas).

Com relação a ViagensInternacionais (tabelas 5.3 e 5.4), osnúmeros registrados no tr imestredemonstraram pouca variação entre seusmeses, rat i f icando a consistenteestabilidade nas transferências ao País,cuja média tr imestral em 1999 épraticamente idêntica à de 1998. Asremessas, por sua vez, demonstraramrecuperação, tendo aumentado paraUS$ 749 milhões, ante US$ 631 milhõesdo trimestre anterior – levando o saldolíquido negativo a subir de US$ 375

milhões, no acumulado de abril a junho,para os US$ 479 milhões deste trimestre.

No entanto, deve ser ressaltadoque esses níveis de transferências aoexterior ainda são bem inferiores aos quevigiam no período anterior à desva-lorização do real. Com efeito, em 1998 asremessas ao exter ior de ViagensInternacionais alcançaram o montante deUS$ 5.369 milhões, correspondendo àmédia trimestral de US$ 1.342 milhões.Em 1999, decorridos nove meses, asremessas alcançam US$ 2.092 milhões,com média trimestral de US$ 697 milhões;pouco mais da metade da registrada noano anterior.

Por meio da tabela 5.4, pode-seobter maior detalhamento das rubricas quecompõem Viagens Internacionais, onde sedestacam Turismo no Exterior e Cartõesde Crédito. A primeira rubrica vemapresentando firme tendência de cres-cimento em suas remessas, consistentecom a maior estabilidade da economiabrasileira. Não houve alteração no padrãode comportamento dos ingressos –usualmente com pequena represen-tat ividade em termos absolutos –,praticamente repetindo os registros dotrimestre anterior.

5.3 - CARTÕES DE CRÉDITO INTERNACIONAISSaldo Líquido - Fluxo Mensal e Média Diária - 1996/99

-350

-300

-250

-200

-150

-100

-50

0

1996

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

1997

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

1998

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

1999

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Sal

do L

íqui

do (

US

$ m

ilhõe

s)

-17,5

-15,0

-12,5

-10,0

-7,5

-5,0

-2,5

0,0

Méd

ia D

iária

(U

S$

milh

ões)

Saldo Líquido Mensal Média Diária Média Diária 12 MesesFonte: Sisbacen.

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio74

No que se refere a Cartões deCrédito, foram registrados ingressos deUS$ 210 milhões, não representandovariação relevante em relação ao trimestreanterior. Em verdade, esse volumemanteve-se bem próximo à médiatrimestral de 1999 (US$ 207,0 milhões),que, por sua vez, foi pouco inferior à médiatrimestral verif icada no ano anterior(US$ 212,5 milhões). Como bem mostra ográfico 5.4, que traz os valores médiosdiários de ingressos em cada mês a partirde 1996, desde 1998 não ocorremalterações significativas nas transferênciasao País via Cartões de Crédito.

A propósito, o salto em janeiro de1998 foi conseqüência direta da edição daCircular nº 2.792, de 12.12.97, que vedou

qualquer tipo de compensação entrepagamentos e recebimentos dos valoresreferentes à utilização de cartões decrédito internacionais. A partir de então, oscontratos de câmbio passaram, obri-gatoriamente, a ser celebrados separa-damente para pagamentos por utilizaçãono exterior de cartões emitidos no País epara recebimentos por utilização no Paísde cartões emitidos no exterior.

Com respeito a remessas parapagamento de despesas de cartões decrédito, a tabela 5.4 mostra claramente onovo nível de transferências para oexter ior, bem infer ior aos v igentesanter iormente (média t r imestral deUS$ 467 milhões em 1999, ante US$ 866mi lhões em 1998). Naturalmente,

5.3 - Operações com Clientes 1/

Merc.Sec.

Compra Venda Compra Venda Compra Venda Compra Venda Compra Venda Compra Venda Compra Venda

1998 152 1 1.106 5.369 1.276 2.221 2.197 566 122 1.164 334 2.801 5.185 12.122 486 Jan 15 0 88 437 104 182 174 19 11 96 52 5 444 739 48 Fev 12 0 80 382 118 131 161 15 23 48 94 1 487 576 35 Mar 10 0 102 364 104 195 189 18 11 38 15 109 432 723 36

1º Trim. 37 0 270 1.182 326 508 524 52 45 182 161 114 1.363 2.038 118 Abr 17 0 93 390 85 161 190 19 13 56 13 1.527 410 2.153 33 Mai 13 0 89 418 80 145 174 21 7 34 17 1.117 379 1.736 36 Jun 10 0 82 485 110 154 174 26 5 15 26 2 406 682 47

2º Trim. 40 0 264 1.293 275 460 538 66 24 105 56 2.647 1.196 4.571 116 Jul 11 0 90 504 132 213 279 263 13 61 17 2 542 1.044 50 Ago 9 0 97 455 101 233 160 20 17 66 13 24 397 798 37 Set 10 0 94 598 97 173 152 32 10 149 30 9 393 962 63

3º Trim. 30 0 281 1.557 330 618 591 316 40 277 59 35 1.332 2.804 150 Out 15 0 95 561 121 174 183 25 1 308 13 4 428 1.072 46 Nov 19 0 100 380 108 166 163 82 6 253 8 0 403 881 24 Dez 11 0 97 395 117 296 198 26 5 39 37 1 464 756 33

4º Trim. 45 0 291 1.336 346 635 543 132 12 600 58 5 1.295 2.709 103 1999 45 1 829 2.092 1.098 1.577 1.901 139 128 546 206 91 4.208 4.445 415 Jan 12 0 89 332 119 110 179 17 14 53 12 1 425 513 23 Fev 13 0 93 206 120 102 273 8 24 35 29 0 552 351 109 Mar 19 0 121 174 111 132 315 15 18 36 34 1 619 357 141

1º Trim. 44 0 304 712 350 344 768 40 56 123 75 1 1.596 1.221 274 Abr 1 0 88 173 81 118 201 15 12 165 15 23 398 495 24 Mai 0 0 83 213 86 134 175 21 6 24 41 38 392 429 24 Jun 0 0 85 245 122 263 198 16 21 130 24 0 451 655 22

2º Trim. 1 0 256 631 289 515 574 53 40 319 80 61 1.240 1.579 70 Jul 0 0 88 252 118 218 199 15 7 27 9 16 422 529 26 Ago 0 0 90 247 101 214 196 15 2 30 20 13 408 519 24 Set 0 0 91 249 240 286 165 16 23 47 23 0 542 598 22

3º Trim. 0 0 270 749 459 718 560 46 32 104 51 29 1.372 1.646 71 Fonte: Sisbacen.

Notas:1/ O total poderá eventualmente divergir do somatório das partes em função de arredondamento;

3/ Exclui a rubrica "Agências de Turismo - Operações com Bancos/Operadores Credenciados", constante na coluna do mercado secundário;

4/ Curto e Longo Prazos;5/ Volume total negociado ("turnover").

2/ A partir de 07.04.99, exportações de jóias, gemas, pedras preciosas e de artefatos de ouro e de pedras preciosas, bem como as operações de câmbio de frete e seguro dessas exportações passaram a cursar no Mercado de Câmbio de Taxas Livres;

Capitais Estrangeiros

4/

US$ milhões

Ag.Tur.-Op. c/ Bancos Credenc.

5/

Exportações e Transportes

2/Período

Viagens Internacionais

3/

Mercado PrimárioRendas de Capitais e

Serv.Diversos

Transferências Unilaterais

Capitais Brasileiros

4/

Total Mercado Primário

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 75

considerando-se o conservadorismo naevolução dos volumes de ingresso, aredução nas remessas ref let iu-se

diretamente no saldo l íquido dastransferências via Cartões de Crédito(gráf ico 5.3), que vem mostrando

5.4 - CARTÕES DE CRÉDITO INTERNACIONAISIngressos e Remessas - valor médio diário 1996/99

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1996

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

1997

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

1998

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

1999

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

US

$ m

ilhõe

s

Ingressos RemessasFonte: Sisbacen.

5.4. Viagens Internacionais 1/ 2/

Compra Venda Compra Venda Compra Venda Compra Venda Compra Venda

1998 160 31 62 1.658 849 3.465 34 215 1.106 5.369 Jan 14 1 5 139 66 282 2 14 88 437 Fev 14 2 4 82 60 285 2 13 80 382 Mar 15 2 6 77 78 266 3 18 102 364

1º Trim. 43 6 15 299 204 833 8 46 270 1.182 Abr 14 2 4 92 72 279 2 18 93 390 Mai 13 1 4 95 70 301 2 21 89 418 Jun 13 2 5 150 62 313 3 21 82 485

2º Trim. 39 5 13 337 204 892 7 59 264 1.293 Jul 14 2 6 167 67 318 3 18 90 504 Ago 14 2 6 132 75 302 3 18 97 455 Set 12 4 4 286 75 285 3 23 94 598

3º Trim. 40 9 16 585 216 905 9 59 281 1.557 Out 12 6 5 222 74 309 3 24 95 561 Nov 12 4 7 84 78 279 3 14 100 380 Dez 14 3 6 133 73 247 4 12 97 395

4ºTrim. 38 12 18 439 225 835 10 51 291 1.336 1999 134 9 52 553 621 1.402 23 129 829 2.092 Jan 15 1 7 77 65 242 3 12 89 332 Fev 23 1 12 20 57 176 1 10 93 206 Mar 20 1 8 32 90 128 4 14 121 174

1º Trim. 58 2 27 129 212 546 8 36 304 712 Abr 13 1 4 52 70 106 2 14 88 173 Mai 12 1 4 63 64 133 2 15 83 213 Jun 13 1 5 75 66 154 3 16 85 245

2º Trim. 37 2 12 190 199 393 7 46 256 631 Jul 13 1 4 76 68 160 3 15 88 252 Ago 14 1 5 78 69 154 3 14 90 247 Set 12 2 4 81 73 149 2 18 91 249

3º Trim. 39 4 13 234 210 463 8 48 270 749 Fonte: Sisbacen.Notas:

1/ O total poderá eventual divergir do somatório das partes em função de arredondamento;

2/ Exclui a rubrica "Agências de Turismo - Op.com Bancos/Operadores Credenciados", pertencente ao mercado secundário;3/ "Gastos em Bens e Serviços" e "Saques". "Outras Receitas e Despesas" de cartões encontra-se em Serviços Diversos;

4/ "Fins Educacionais, Científicos, Culturais ou Eventos Esportivos", "Negócios, Serviços ou Treinamento" e "Tratamento de Saúde".

US$ milhões

TotalPeríodo

Turismo no País

Turismo no Exterior

Cartões de Crédito 3/

Outras Naturezas 4/

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio76

consistente queda em seus resultadosnegativos, principalmente a partir de

fevereiro de 1999 – logo após adesvalorização da moeda nacional. Desde

5.5 - FLUXO PRIMÁRIO LÍQUIDO DIÁRIOOperações com Clientes e Operações com Instituições no Exterior

Julho/1998 a Junho/1999

-1.900-1.700-1.500-1.300-1.100

-900-700-500-300-100100300500700900

1.100

01/0

7/98

14/0

7/98

27/0

7/98

07/0

8/98

20/0

8/98

02/0

9/98

16/0

9/98

29/0

9/98

13/1

0/98

26/1

0/98

09/1

1/98

20/1

1/98

03/1

2/98

16/1

2/98

30/1

2/98

13/0

1/99

26/0

1/99

08/0

2/99

23/0

2/99

08/0

3/99

19/0

3/99

05/0

4/99

16/0

4/99

30/0

4/99

13/0

5/99

26/0

5/99

09/0

6/99

22/0

6/99

05/0

7/99

16/0

7/99

29/0

7/99

11/0

8/99

24/0

8/99

06/0

9/99

20/0

9/99

US

$ m

ilhõe

s

Fonte: Sisbacen.

5.5 - Transferências Unilaterais - Principais Rubricas 1/

Compra Venda Compra Venda Compra Compra Venda Compra Venda Compra Venda

1998 562 8 808 181 288 388 325 152 51 2.197 566 Jan 36 0 70 15 26 30 1 11 4 174 19 Fev 35 0 63 11 23 27 1 13 3 161 15 Mar 44 0 78 14 28 31 1 8 2 189 18

1º Trim. 115 0 211 39 78 89 3 32 9 524 52 Abr 46 0 68 13 29 32 1 15 5 190 19 Mai 43 0 64 13 24 30 1 12 6 174 21 Jun 49 0 60 13 25 28 2 13 11 174 26

2º Trim. 138 1 191 39 79 90 5 41 22 538 66 Jul 98 1 63 15 26 83 245 9 3 279 263 Ago 41 0 56 15 24 24 1 15 4 160 20 Set 36 0 63 25 19 22 3 12 4 152 32

3º Trim. 176 1 182 55 69 128 248 36 11 591 316 Out 45 0 80 20 18 25 2 14 3 183 25 Nov 40 0 66 13 20 25 65 12 3 163 82 Dez 47 6 78 16 24 32 1 17 3 198 26

4ºTrim. 133 6 224 49 62 81 69 44 9 543 132 1999 392 7 740 99 342 280 11 147 23 1.901 139 Jan 38 0 76 12 28 27 1 10 3 179 17 Fev 43 0 90 6 84 45 0 11 2 273 8 Mar 49 0 107 11 95 52 1 13 3 315 15

1º Trim. 130 0 273 29 207 123 2 34 8 768 40 Abr 50 0 83 11 25 29 1 13 3 201 15 Mai 37 3 72 13 22 27 3 17 2 175 21 Jun 39 0 70 11 25 23 2 40 3 198 16

2º Trim. 127 3 226 35 72 79 6 70 8 574 53 Jul 58 1 75 11 22 26 1 18 2 199 15 Ago 46 0 86 12 22 27 1 15 2 196 15 Set 31 1 80 11 19 26 1 10 2 165 16

3º Trim. 135 3 241 35 63 78 2 43 6 560 46

Fonte: Sisbacen.

Notas:

1/ O total poderá eventualmente divergir do somatório das partes em função de arredondamento;2/ Exclusivo para compras não identificadas, até US$ 10.000,00;3/ "Contribuições a Sociedades Associativas", "Heranças e Legados", "Indenizações não Amparadas por Seguro", "Aposentadorias e Pensões, inclusive Judiciais e Contribuições a Entidades de Previdência ", "Prêmios Auferidos no País" e "Vales Postais Internacionais".

US$ milhões

Outras Naturezas 3/

TotalPeríodo

DoaçõesManutenção

de Residentes

Disp.em M.Estr.

2/Patrimônio

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Banco Central do Brasil 77

março, embora tenham ensaiado ummovimento de recuperação até julho, asremessas líquidas em Cartões de Créditovêm apresentando padrões equivalentesaos volumes enviados no final de 1993 ecomeço de 1994, em momento anteriorà implementação do Plano Real.

Ainda sobre “Operações com Clien-tes”, dessa vez buscando acompanhar ofluxo de operações em TransferênciasUnilaterais – agrega as rubricas de maiorrepresentat ividade em termos deingressos l íquidos do grupo –, éinteressante notar, como mostra a tabela5.5, que os níveis de negociaçãoverificados no trimestre anterior forampraticamente mantidos, sejam emremessas ou ingressos.

Nas transferências para o País, asrubricas Manutenção de Residentes,

Doações e Patrimônio continuam man-tendo posição de destaque, onde boa partedos recursos tem origem nos EstadosUnidos e Japão (tabela 5.6). Enquanto estepaís mantém pequena superioridade nastransferências para manutenção deresidentes no Brasil, sobretudo dekas-seguis, aqueles possuem maior prepon-derância em doações e transferências depatrimônio. A propósito, dos US$ 560milhões referentes ao total de ingressos viaTransferências Unilaterais, US$ 364milhões (65%) correspondem exclu-sivamente às operações de Manutençãode Residentes, Doações e Patrimôniooriginadas nos Estados Unidos (US$ 211milhões) e Japão (US$ 153 milhões).

Por fim, complementando os comen-tários sobre o segmento Flutuante, cabeanalisar a evolução em termos diários eanuais dos volumes agregados do fluxo pri-

5.6 - Transferências Unilaterais - Ingressos - Rubricas e Países Selecionados 1/

E.U.A Japão Demais E.U.A Japão Demais E.U.A Japão Demais E.U.A Japão Demais Total

1998 346 43 173 342 379 87 151 89 147 839 511 407 1.757 Jan 19 3 14 29 34 7 13 11 7 61 48 28 137 Fev 20 3 11 26 31 7 10 8 9 56 43 27 125 Mar 24 4 17 31 39 8 14 10 7 68 53 32 153

1º Trim. 63 10 42 85 104 22 37 29 22 185 144 86 415 Abr 30 3 13 28 31 9 15 9 9 73 43 30 146 Mai 29 3 12 26 30 8 14 8 8 69 41 27 137 Jun 30 4 15 26 27 7 13 6 8 69 37 31 136

2º Trim. 89 9 40 80 88 24 42 23 25 211 120 88 419 Jul 80 3 15 28 27 8 11 4 67 118 35 91 244 Ago 24 3 14 25 25 7 12 4 8 61 31 29 121 Set 19 3 14 26 29 8 10 4 7 55 36 29 120

3º Trim. 123 10 43 78 81 23 34 12 82 234 103 148 485 Out 25 6 15 34 41 5 10 8 8 68 55 28 150 Nov 21 4 15 29 31 6 13 7 5 63 41 26 131 Dez 26 4 17 36 34 8 16 10 6 78 48 31 157

4º Trim. 72 14 47 99 106 19 39 24 18 209 144 84 438 1999 219 39 134 324 360 55 128 83 69 672 482 258 1.413 Jan 22 5 12 36 34 6 11 10 7 69 48 25 141 Fev 20 5 18 39 46 5 20 18 7 79 69 30 178 Mar 25 6 18 49 53 6 28 16 7 102 75 31 207

1º Trim. 67 16 48 124 133 17 59 43 21 249 192 85 526 Abr 31 6 14 38 39 7 13 8 8 82 53 28 163 Mai 22 4 11 33 33 6 12 6 9 67 43 26 136 Jun 21 3 15 31 33 6 12 5 6 63 42 27 133

2º Trim. 74 13 40 101 105 19 36 20 23 212 138 82 432 Jul 40 4 14 31 37 7 11 6 10 83 47 30 160 Ago 25 5 16 35 44 6 12 8 7 73 56 30 158 Set 13 2 16 33 41 6 10 6 9 56 50 31 137

3º Trim. 78 11 46 100 122 19 33 20 26 211 153 91 454 Fonte: Sisbacen.Nota: O total poderá eventualmente divergir do somatório das partes em função de arredondamento.

US$ milhões

Total (a)+(b)+(c)Período Doações (a) Man.de Residentes (b) Patrimônio (c)

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Análise do Mercado de Câmbio - 3º Trimestre 1999

Departamento de Câmbio78

mário, trazidos pelo gráfico 5.5 e pelatabela 5.7, respectivamente. No gráfico,pode-se acompanhar o comportamentorelativamente mais estável do fluxo primáriolíquido diário, usualmente deficitário masbasicamente limitando-se a remessaslíquidas diárias não superiores a US$ 100milhões.

Com relação aos valores anuaisexpostos na tabela 5.7, destaca-se o

pequeno saldo deficitário em “Operaçõescom Clientes” até o terceiro trimestre de1999, aparentemente caminhando pararegistrar o menor valor anual desde 1996.A rubrica Operações com Instituições noExterior, a única que registra f luxosprimários no grupo de rubricas “Operaçõesentre Instituições”, demonstra compor-tamento semelhante, também apontandopara as menores remessas líquidas anuaisdesde 1996.

5.7 - Movimento de Câmbio do Segmento Flutuante - Fluxo Primário - 1989 a 1999 2/

Ing. Rem. Saldo Ing. Rem. Saldo Ing. Rem. Saldo

1989 1.282,5 727,0 555,5 68,2 426,6 -358,4 1.350,7 1.153,6 197,2

1990 2.146,0 2.351,2 -205,2 1.532,1 6.019,1 -4.487,0 3.678,1 8.370,3 -4.692,2

1991 2.249,8 1.513,7 736,1 4.272,5 9.999,4 -5.726,9 6.522,3 11.513,1 -4.990,8

1992 3.623,6 1.580,7 2.042,8 2.791,5 8.389,3 -5.597,8 6.415,0 9.970,0 -3.555,0

1993 2.844,0 2.337,0 507,0 8.574,0 14.902,0 -6.328,0 11.418,0 17.239,0 -5.821,0

1994 4.376,5 3.054,2 1.322,3 8.099,6 13.312,9 -5.213,3 12.476,1 16.367,1 -3.891,0

1995 6.816,4 4.692,3 2.124,1 15.659,2 19.706,1 -4.046,9 22.475,6 24.398,4 -1.922,8

1996 4.854,9 6.230,3 -1.375,4 247,1 13.284,9 -13.037,8 5.102,0 19.515,2 -14.413,2

1997 4.928,2 7.609,3 -2.681,1 640,2 21.843,2 -21.203,0 5.568,4 29.452,5 -23.884,1

1998 5.185,1 12.121,5 -6.936,4 2.345,5 27.162,6 -24.817,1 7.530,6 39.284,1 -31.753,5

1999 2/ 4.208,1 4.445,2 -237,1 3.146,2 9.921,4 -6.775,2 7.354,3 14.366,6 -7.012,3 Total 42.515,1 46.662,5 -4.147,4 47.376,1 144.967,5 -97.591,3 89.891,2 191.629,9 -101.738,7

Fonte: Sisbacen.Notas:1/ Não inclui operações de ouro contra moeda nacional, pronta e futura;2/ Até o terceiro trimestre do ano.

US$ millhões

Op. com Clientes Op. com Inst. no Exterior 1/ TotalAno