arte-real-59

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    Nesta EdioCapaCapa Mestre Saint Germain.....................................................CapaEditorialEditorial..........................................................................................2Matria da Capa Matria da Capa Maonaria Mgica.......................................3DestaquesDestaques Os Mistrios do 13.................................................5Informe CulturalInforme Cultural O Mito Jesus......................................................8

    Academia da LeituraAcademia da Leitura - A Importncia da Escrita e da Leitura...10

    TrabalhosTrabalhos

    - A Arquitetura na Alemanha..................................................11

    - O Uso da Palavra Em Loja.....................................................12

    ReflexesReflexes Ser, Ter e Parecer.....................................................13Boas DicasBoas Dicas Site..........................................................................14

    LanamentosLanamentos Livros.................................................................14Editorial"Para sonhar um ano novo que merea este nome, voc, meu caro, tem de merec-lo, tem de"Para sonhar um ano novo que merea este nome, voc, meu caro, tem de merec-lo, tem de

    faz-lo novo, eu sei que no fcil, mas tente, experimente, consciente. dentrofaz-lo novo, eu sei que no fcil, mas tente, experimente, consciente. dentrode voc que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."de voc que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."

    (Carlos Drummond de Andrade)(Carlos Drummond de Andrade)o iniciarmos mais um ano, cabe-nos agradecer tudo

    de bom que nos aconteceu no ano anterior, bemcomo as adversidades que nos serviram de lies e

    nos ajudaram a admitir, um pouco mais de conscincia dopapel que nos cabe como Iniciado Maom, junto sociedade.

    AAAo falarmos em iniciado, aquele que se predisps a

    passar por uma Iniciao, ou seja, o que, por algum motivo,foi intudo a bater no Portal de uma Escola de Iniciao e a

    iniciar uma nova jornada. Sim, iniciar uma nova caminhada,uma nova ao, da a definio do termo: Iniciar + ao.

    inconcebvel tomarmos banho e vestirmos asmesmas roupas sujas. Assim, o processo inicitico. Ao nostornarmos postulante em uma nova senda, teremos que nosdespojar de velhos hbitos, dos vcios, dos vus mayvicos(da deusa Maya), da iluso do mundo material edespertarmos para uma nova vida, a vida espiritual.

    Todo caminho inicitico visa ao Encontro de Eus

    (como j nos reportamos em matria anterior), propiciando oencontro dos Eus (material e Espiritual). Tambm, inconcebvel ouvirmos de alguns Irmos que eles, sempre,foram assim e, assim, iro morrer. Diramos ns, j estomortos, ainda, que vivos. Iniciao transformao. buscarascender escada evolucional, deixando de lado as coisasefmeras do mundo material, em uma eterna busca do seuDeus Interior, sua Centelha Crstica.

    Aqueles que adentraram uma Escola de Iniciao tmpor dever evoluir. O que temos visto, em especial, em nossaOrdem, uma enorme quantidade de Irmos que no temconscincia do que veio fazer em seu seio. Movida porinteresses particulares, busca a Maonaria como ChaveMestra, a fim de abrir-lhe portas nos mais diversossegmentos da sociedade, pouco se importando com seus

    ensinamentos. Essa verdadeira massa de profanos deavental, inconsciente do que vem a ser nossa Ordem, praticaos maiores absurdos morais, no sabendo o enorme carmaque est acumulando com seus atos.

    Nosso papel, como editor, alm de informar, ,principalmente, o de conscientizar. Voc, leitor dessas linhas,que, incansavelmente, vimos reescrevendo ao longo dahistria de nossa Revista, poder, em muito, contribuir paramudar essa realidade. Antes de indicar algum profano paraingressar em nossa Ordem, busque refletir se o mesmopossui, de fato, valores e virtudes condizentes ao processoinicitico, a que ir submeter-se. No estamos referindo-nos,apenas, cerimnia de iniciao, at porque tal processo, ali,apenas, inicia-se, estendendo-se ao longo de toda a vidaterrena.

    O padrinho tem a responsabilidade de bem escolher ocandidato para nossa Ordem. Tal escolha, jamais, poder serfruto de interesses particulares, envolvendo pessoas que, comseu ingresso na Instituio, venham abrir-lhe portas emalguns segmentos da sociedade. lamentvel falarmos isso,mas a dura imagem do cotidiano manico em algumasLojas.

    Se quisermos fazer Maonaria de Verdade, teremosque ser autnticos, comprometidos e realistas. J que estamosiniciando mais um ano, aproveitemos para refletir sobrenossas responsabilidades como Iniciado Maom,perguntando o que poderemos fazer para um mundo melhor.

    O caminho inicitico estreito e sem volta. A cadapasso dado, abre-se um abismo s nossas costas. Voltar seprojetar no precipcio. Ao nos banharmos nas cristalinasguas da Iniciao, jamais, deveremos vestir as roupas sujasdos velhos hbitos. Temos que iniciar uma ao evolucional,buscando sublimar nossas emoes, elevar nossospensamentos e tornar mais altrusticos nossos atos.

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    O misterioso ano de 2012 reserva muitas profecias,crendices e adivinhaes. De um Iniciado, espera-se umapostura superior, acima do bem e do mal, a neutralidade, ouseja, o equilbrio. A Superstio cabe aos profanos, sendo umadas roupas sujas, devidamente descartada no aludido banho.

    J que, neste ano, curiosamente, teremos trs sextas-feiras 13, a fim de fazer luz sobre alguns conceitos errneos,apresentamos uma compilao de uma matria colhida noBlog Filhos de Hiram Os Mistrios do 13 - que aborda,

    com propriedade, o tema. Esta edio, ainda, traz, como

    Matria da Capa, o texto Maonaria Mgica. A colunaInforme Cultural apresenta uma interessante matriachamada O Mito Jesus, abordando trs livros inditos sobrea identidade e genealogia do Mestre Jesus. A colunaTrabalhos apresenta a matria A Arquitetura na Alemanha eO Uso da Palavra em Loja. Na coluna Reflexo, a matriaSer, Ter e Parecer, faz jus ao nome da mesma.

    Desejamos aos nossos leitores um ano de 2012 repletode muitas realizaes, rogando ao Grande Arquiteto doUniverso que nos conceda o suficiente dentro daquilo que

    merecemos! ?Matria da CapaMAONARIA MGICA

    Raymond Franois Aubourg Dejeanatitude mgica da Maonaria, como vontade de

    obedincia e de ritual, foi marcada no sculo XVIII.

    O Maom ocultista alemo Schroeder fundou, em1.766, em Marbourg, um captulo dos Verdadeiros e AntigosMaons Rosa-Cruzes onde se praticava a magia, a teosofia e aalquimia. Seu sistema, chamado Rito de Schroeder ou Rosa-Cruz Retificado, era, ainda, praticado na metade do sculoXIX em Hamburgo. A lenda pretende que Schroeder tinha sidoum dos Mestres da magia de Cagliostro, identificado como oMestre 68 da mais famosa Franco-Maonaria mgica, aindaque essa curiosa honra seja atribuda ao mercador austracoKlmer, de volta do Egito, que teria sido o misterioso Altotas,o mestre de magia de Cagliostro.

    AA

    Jos Blsamo, Conde de Cagliostro (Siclia), umpersonagem extraordinrio, ainda que se mantenha bemmisterioso. Iniciado na Maonaria em 1777, em Londres, cria,em Bruxelas, um rito Manico com operaes mgicas;frequenta as Lojas de todos os ritos na Holanda, Alemanha,Polnia e Rssia. Em Mitau, em 1779, ele faz pela primeira vez,uso de ritos mgicos. Funda, em Lyon (Frana), uma Loja, ASabedoria Triunfante, e, em 1784, tenta o prestgio de mago ede curador. Dirige uma sociedade de gnsticos: a seita deSaint Jakin, que durou at a Revoluo Francesa,

    entregando-se s iluses da magia, mesclando os segredos dosRosa-Cruzes e os mistrios dos Templrios.

    Cagliostro funda, em 1784, em Lyon (Frana), o templochamado Loja Me do Rito Egpcio, dirigindo o Ritual daMaonaria Egpcia, tratando de ressuscitar o misterioso Cultode sis. O objetivo dos trabalhos desta Loja era levar o homem

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    http://www.igormultimarcas.com/http://www.hdsegurancadotrabalho.com.br/
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    decado a reconquistar sua dignidade perdida. Otitulo, que dava Cagliostro aos seus ensinamentosera de Doutrina do Grande Copta. Cagliostrose instalou em Estrasburgo (Frana), cidade onderesidiu de 1780 a 1783, adquirindo uma grandeascendncia sobre o Cardeal de Rohan.

    Quando explodiu o escndalo do colarda Rainha, Cagliostro foi detido em 1785 e

    encarcerado em Paris na Bastilha, acontecendo omesmo com o seu protetor, o Cardeal de Rohan.Foi expulso da Frana e embarcado para aInglaterra. Depois de ter sido adorado como umadivindade, foi tratado como um intrigante,charlato e, finalmente, como aventureiro. Emseguida, Cagliostro iria a Roma, onde aInquisio Romana teve de conden-lo morteem 1791 por heresia e maonismo; mas o Papacomutou a pena por priso perptua, encerrando-o em uma cela sem porta na fortaleza de So Leo,

    no Montefeltro (Itlia), onde morreu enforcadoem 1795.Outro grande e misterioso personagem,

    aparecido no Sculo da Razo, o Conde deSaint Germain, que contribuiu para tornar aindamais misteriosa a Ordem Manica. Usava nomes

    diferentes em vrios paises: Conde Summont, Conde de Solikof, CondeWelldona ou Veldone, Marques de Ballamare ou Belmar, Marqus deMontferrat e de Aymar, Cavalheiro Schoening, Conde Czarogy e PrncipeRackoczi. Nasceu na Itlia, na regio de Piemonte, e seus verdadeirosttulos pareciam ser: Conde de Saint Martin e Marqus de Agli. Pareciapossuir uma grande fortuna.

    A lenda relativa ao Conde de Saint Germain induz a crer que eraum douto fsico e um qumico distinguido; pretendia ter descoberto omeio de fabricar ouro e assegurava que possua o segredo de soldar os

    diamantes sem ficar vestgio da operao. Dizia ter aprendido esta prtica,assim como outros dos seus segredos qumicos, com antigos egpcios. Seuvalete Gleichen dizia dele: ... Falava com uma nfase misteriosa dasprofundidades da natureza sobre o gnero da sua cincia e de seustesouros; porm, no me ensinou mais do que conhecera: a marcha e asingularidade da charlatanaria....

    O Conde de Saint Germain chegou a Paris em 1718. Instalou-se nacapital francesa graas ao patrocnio do Marqus de Mangny, diretor das69 manufaturas reais. Citando, com desenvoltura, os eventos histricos,como se ele tivesse sido testemunha ocular, toma forma um rumor de sua

    imortalidade, que ele cultivava com muito humor.

    Madame Pompadour, favorita do Rei Luis XV, instala-o no castelode Chambord e autoriza-o a permanecer em Versailles, onde consegueque o Rei o empregue, em 1760, para suas misses na Holanda paranegociar, secretamente, a paz com York, embaixador da Inglaterra emHaia. O Rei recebia-o familiarmente, concedendo-lhe audincias privadas.Em 1762, esteve na Rssia em So Petersburgo, na corte de Pedro III.Todos os soberanos europeus recebem-no e do provas de respeito.

    Qualquer que seja o pas onde se encontre, o Conde de Saint

    Germain suscita o mesmo assombro e a mesma admirao. Depois dealguns anos de viagens pela Europa, reside na Itlia e em Berlim,Alemanha. Em 1776, est na corte de Frederico II da Prssia a quemapresena diferentes projetos qumicos. Em 1778, estabeleceu-se em Altona,onde conheceu o Duque de Brunswick. Oito anos depois, adoece de gota;morre em Eckemfoerde de um ataque de paralisia, ao lado de Landgravede Hesse, para quem fazia uma fbrica de cores.

    O Conde de Saint Germain influenciou muito o mdico austracoFranois Antoine Mesmer, que anuncia, em 1780, a descoberta domagnetismo animal; suas ideias conduzem, em 1738, ao

    estabelecimento em Paris de uma Loja Manica, conhecida sob o nomede Sociedade da Harmonia Universal, destinada iniciao de adeptospara praticar e propagar as doutrinas de Mesmer; primeiro sapientecontemporneo, que colocou em relao situao do cosmos com osurgimento das enfermidades, tentando prolongar as investigaes dosmdicos da Antiguidade, que tinham uma concepo do corpo humano. ?

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    mailto:[email protected]://www.muneron.com.br/
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    DestaquesOS M ISTRIOSDO 13*

    ntes de qualquer coisa, preciso falar um pouco

    sobre o significado atribudo ao 13. O nmero ,

    tambm, conhecido como a dzia do diabo, umnmero de azar por excelncia. Interessante notar que muitostabus escondem algo sagrado, um significado muito maisprofundo do que o que acaba se tornando popular. E assimcom o nmero 13.

    AA13, simblica e tradicionalmente, significa morte.

    Tanto que se diz: onde h 13, h morte. O fim do mundocomea no 13 Captulo do Apocalipse Bblico. Por Jesus ser odcimo terceiro junto a seus discpulos e ter morrido(tradicionalmente, numa sexta-feira), boa parte da m fama

    do 13, que persiste nos dias de hoje, pode ser consideradabblica. Mas, de fato, o 13 s se torna um problema onde amorte encarada como tal, onde temos a ideia da morte comoalgo a ser afastado e/ou reprimido. Ento, mais do quenatural o fato de a maioria das pessoas terem uma ideianegativa associada a ele.

    Na ltima Ceia, de Leonardo da Vinci, a face de Jesus o"ponto de fuga" da pintura, o que enfatiza Jesus como ponto focal (ocentro) na obra.

    Utilizando uma histria que nos familiar, eram 13pessoas na ltima Ceia. Simbolicamente, o 13 seria o centro,

    o ponto mais importante do crculo, j que ele que une atodos. Sendo o ponto unificador, o local simbolicamenteocupado por Cristo, por exemplo. A morte do 13 (Cristo)simboliza, portanto, a fora transformadora, que, por meio dosacrifcio de um, possibilita a salvao do todo. Mas a

    interpretao popular dametfora distorceu osignificado original, e onmero 13 virou um nmerode Judas, com conotaesnefastas.

    E isso, como j de seesperar, um temarelativamente comum namitologia. Por exemplo, namitologia germnica, otrapaceiro e dcimo terceiro deus Loki, traiu Baldur, odeus da primavera uma

    divindade de justia e sabedoria, disseminador da boavontade e da paz, que, esperava-se, iria governar o novomundo, aps uma catstrofe mundial levando-o, por fim, morte.

    Mas, voc, talvez, esteja se perguntando donde saiu aideia de que o nmero 13 representa morte. disso que tratao prximo item da nossa lista.

    A histria aqui longa, e vou tentar resumi-la omximo possvel (omitindo muitos detalhes e maioresexplicaes, eu sei), j que o objetivo dessa matria , apenas,provocar a curiosidade.

    Tudo comea nas antigas sociedades matriarcais, ondeo nmero 13 era sagrado, pois representava os 13 meses doano lunar. Sociedades que se baseavam em calendrioslunares (baseados nas fases da lua) os mais antigos

    calendrios criados; viam o tempo como um fenmeno cclico,no-linear. A natureza funciona em ciclos: nascimento,crescimento, morte; estaes: (vero, outono, inverno,primavera), etc. E as sociedades, que os utilizavam,baseavam-se nesses ciclos, que observavam, ao seu redor,para entender a vida, a natureza e a realidade. Portanto,para esses povos, no existia a mesma ideia de fim absolutoou de morte, como entendemos hoje.

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    Assim, voltando aocalendrio lunar, no 13 ms,

    o sol morre, no solstciode inverno. Nessassociedades, isso no eraum problema, j que amorte faz parte de umciclo; dessa forma, o

    jovem Sol renasceria nodia seguinte. Mas, diga

    isso para uma sociedadeque entende o tempo de

    forma linear 13 = Morte. Quandose concebe o tempo de forma linear, em que se inicia a partirde um ponto e termina em outro, a ideia de ciclo, ourenascimento, ou, ainda, morte, como mudana, recomeo,transformao, algo inconcebvel. Num calendrio lunar,todos os meses tm 28 dias (uma mdia dos ciclos lunares) como o ciclo menstrual feminino - por isso possuam umarelao profunda com o feminino. Em Galico, por exemplo,as palavras para menstruao e calendrio so

    praticamente idnticas: miosach e miosachan. Mas, quando anoo de tempo linear seimpe nas culturas patriarcais, quepassam a preferir a constncia do Sol instabilidade da Lua,matar o sol um problema. Assim, as culturas que adotamo calendrio solar, o princpio masculino, passam a considerartudo que se refere aos ciclos lunares e seus calendrios comorelacionados a mau augrio, maldio, enfim, desgraa e azar.13 passa a ser um nmero ligado a coisas ruins.

    Mas esse s incio da m fama do nmero 13. Ahistria nos d muito mais eventos ruins, que ficaram

    marcados pelo nmero 13 e que terminaram por coloc-lo, devez, no imaginrio popular, como um nmero sinistro.Muitos acreditam que esse foi o acontecimento que

    marcou, definitivamente, a Sexta-Feira 13 como dia de azar. Oque aconteceu nesse dia?

    Basicamente, foi o dia em que Jacques de Molay, 23Gro-Mestre da Ordem dos Templrios, trado pela Igreja epelo Rei, juntamente com outros companheiros seus, foicapturado e levado masmorra, por ordem do Rei Filipe, OBelo. O porqu disso? Bem, a ideia, por trs da Ordem dosTemplrios, era proteger e guardar as estradas entreJerusalm e Acre, defender a Terra Santa, cuidar dosperegrinos. uma ordem que, apenas, respondia autoridadeda Igreja Catlica Romana. S que os Templrios comearama ficar ricos demais, misteriosos demais, poderosos demais, e,bem, tanto o Rei como o Papa Clemente V se sentiram umbocado ameaados. Assim, criaram uma srie de acusaes

    falsas (j que ambosmal tinham ideia doque se passava entreos templrios) contraa Ordem, na base datortura, e fizeramalguns de seusmembrosconfessarem umasrie de crimes e

    heresias. Durantesete longos anos,Jacques e seuscompanheirosviveram emcondies precrias,sofrendo torturas,enquanto o Rei Filipe ia acompanhando o processo dasacusaes e confiscando todos os bens da Ordem. Mesmoaps trs julgamentos, Jacques Demolay se recusava adenunciar companheiros e a revelar locais, onde havia

    riquezas da Ordem. Como no existia uma confisso dele,forjaram. Assim, em 18 de maro de 1314, por desmentir suasconfisses forjadas, o Rei Filipe e o Papa Clementecondenaram Jacques e outro cavaleiro, Guy dAuvergne, que,tambm desmentiu as confisses forjadas, a morreremqueimados.

    O mais interessante que, um pouco antes de morrerna estaca, Jacques lanou uma maldio contra seus algozes:Rei Filipe, Papa Clemente e o Chefe da Guarda e ConselheiroReal, Guilherme de Nogaret (que havia capturado os

    templrios e feito acusaes). O que aconteceu? O primeiro amorrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida, Guilherme deNogaret, e, no dia 27 de novembro de 1314, o rei Filipe IV,com seus 46 anos de idade.

    Nekan, adonai !!! Chol-begoal!!! Papa ClementeCavaleiro Guilherme de Nogaret Rei Filipe. Intimo-os acomparecer perante ao tribunal de Deus dentro de um ano parareceberem o justo castigo. Malditos! Malditos! Todos malditos at adcima terceira gerao de vossas raas!!!

    Pois . No s o nmero 13 que tem uma m fama

    prpria. A sexta-feira, historicamente, tambm, est associadaa infortnio e mau augrio. claro que, quando os doisaparecem combinados, considerado um combo mortal.Mas o que h de errado com a sexta-feira??? Bem, a sexta-feira um dia consagrado a Freya, ou, em sua correspondnciaromana, a Vnus. Ambas so deusas que personificam uma

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    feminilidade prazerosa; certamente, um dia como Sexta-Feira 13 era considerado de alegria em tempos antigos.Sexta, um dia consagrado s deusas, e 13, um nmero daDeusa. A m fama da sexta surgiu com monges cristos,que decidiram ser o dia delas de m sorte, no somentepelo que elas representavam, mas pelo fato de Jesus termorrido em uma sexta (esse um dado, colocado emdvida, recentemente, por um pesquisador, mas os mongesdaquela poca, ainda, no sabiam). Basicamente,juntaram a fome com a vontade de comer.

    Alm disso, alguns telogos dizem que Ado e Evacomeram do fruto proibido numa sexta-feira e que oGrande Dilvio, tambm, comeou numa sexta.

    A superstio, que envolve o nmero 13, tanta,que muita gente prefere no ficar em quarto de hotel comesse nmero, ou morar num 13 andar. Em muitos hoteisda China e EUA, por exemplo, o dcimo-terceiro andar noexiste, do 12, vai direto ao 14. Assim como h hotis que

    no tm quartos numerados com 13.

    Para se ter uma ideia, em restaurantes maissupersticiosos de Paris, se, numa mesa, houver 13pessoas, eles tm um 14 convidado contratado, o chamadoquatorzieme, para no correr o risco da maldio, que diz:onde 13 se sentam a mesa, um morrer no perodo de umano.

    Alguns hospitais, tambm, evitam numerar umquarto com o nmero 13, e h cidades em que ruas pulamda 12 direto para a 14.

    Muitos aeroportos no tm o porto 13, como oRonald Reagan National, em Washington e o ChicagosMidway.

    Um fato recente. Parece que mesmo uma grandeempresa, como a Microsoft prefere evitar o 13. O MicrosoftOffice 2007, predecessor do Office 2010, verso 12. O

    Office 2010 verso 14, pulando a 13, que a Microsoftconsiderou, possivelmente, de m sorte.

    No af de acabar com a superstio em torno da Sexta-Feira, no sculo 18, a Marinha Britnica construiu um navio, oH.M.S. Friday (friday = sexta-feira), especialmente, para isso. AMarinha iniciou a construo do navio numa sexta, selecionou atripulao numa sexta, lanou o navio numa sexta e, at mesmo,colocou como capito um homem, chamado James Friday.Ento, na viagem de inaugurao, realizada numa sexta-feira, o

    navio partiu para nunca mais voltar. Desapareceu para sempre.Apesar de ser uma lenda o prprio Museu da Marinha

    Real afirmou que a histria s boato - isso s prova o quoforte , tambm, a associao da Sexta-feira com tragdias.

    Sexta-Feira 13, uma Fobia. Para alguns, muito mais doque uma superstio, uma fobia! O nome, para os que sofremdessa condio, Paraskevidekatriaphobia. J a Triskaidekaphobia afobia relativa, somente, ao nmero 13.

    Segundo o psiclogo norte-americano Donald Dossey,especialista no tratamento de fobias, possivelmente, mais de 21

    milhes de americanos padecem desse mal. Praticamente, 8% dapopulao norte-americana, ento, ainda se encontra presa auma superstio secular.

    O Instituto Stress Management Center and Phobia, emAsheville, Carolina do Norte, EUA, estima que, somente, nosEstados Unidos, de U$800 a U$900 milhes, so perdidos nosnegcios a cada Sexta-Feira 13, por que as pessoas no viajam oufaltam ao trabalho.

    A misso Apollo 13 no d para falar da m fama do 13sem falar na fracassada misso Apollo 13. A misso a stima

    tripulada e a terceira a tentar pousar na Lua - foi lanada no dia11 de Abril de 1970, s 13h13 CST. A soma dos dgitos da data 13 (como em 1+1+4+7+0 = 13). A exploso no tanque de oxignio,que danificou o sistema eltrico da espaonave, ocorreu no dia13 de Abril de 1970 no era sexta-feira. Apesar dos problemas,os trs astronautas a bordo conseguiram retornar com segurana Terra. Essa misso usada como mais um exemplo do azarinerente ao 13, pelos fbicos e supersticiosos.

    Alguns acreditam que quem possui 13 letras no nometem a sorte do diabo. Alguns exemplos famosos (com os

    nomes nas lnguas de origem): Jack the Ripper (Jack , OEstripador), Charles Manson, Jeffrey Dahmer, Theodore Bundye Albert de Salvo. Todos conhecidos pela maldade e sangue frio.

    claro que iremos encontrar nome de outras pessoas toou mais malvolas, com nmeros de letras diferentes de 13. Masisso, obviamente, no impede que a superstio continue.

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    http://www.locatherra.com.br/mailto:[email protected]
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    O 13 um nmero to azarado,que, em 1881, uma organizao, nos EUA,chamada The Thirteen Club, tentoumelhorar a reputao desse nmero. Naprimeira reunio, os membros (todos os13, claro) passaram por baixo de escadaspara entrar em uma sala, coberta de salderramado. O clube durou muitos anos ecresceu para mais de 400 membros,incluindo 5 ex-presidentes norte-americanos: Chester Arthur, GroverCleveland, Benjamin Harrison, William

    McKinley e Theodore Roosevelt. Apesar dos esforos do grupo, a fobia do 13continuou a prosperar, sendo popular at hoje.

    Pois, no d para falar de Sexta-feira 13 sem falarem gato preto. Ento, gato preto tem m fama por contaprpria, mas, numa sexta-feira 13, se um gato pretoaparecer pra voc, ou cruzar seu caminho, pode sertrgico. Ou, pelo menos, o que algumas pessoasacreditam.

    Para se ter uma ideia da dimenso dessa

    superstio associada, em 1939, uma cidadezinha emIndiana, chamada French Lick, EUA, decretou que todosos gatos usassem sininhos no pescoo numa sexta-feira 13de Outubro, para que as pessoas pudessem evit-los.Como a medida, aparentemente, pareceu funcionar(nada de ruim aconteceu, de qualquer maneira), acidade continuou com a prtica por mais trs anos

    O calendrio de 365 dias pode ter de 1 a 3 sextas-feiras 13. Acredita-seque os anos, que possuem trs sextas negras, sejam anos calamitosos.Felizmente, para os temerosos e fbicos, um ano com trs sextas do tipo noacontece com frequncia. 2009 foi o primeiro ano deste sculo a ter trs sextas 13.Antes disso, 1998 e 1987 foram os anos azarados. O ano de 2012, considerado, pormuitos, como apocalptico, chega para alimentar, ainda mais, os supersticiosos deplanto, pois traz trs sextas-feiras 13 (janeiro, abril e julho).

    Nota do Editor - A um Iniciado no cabe a superstio. Quem jtransmutou sua iniciao simblica em Iniciao Real, jamais, poder se prendera uma postura profana, recheada de crendices, simpatias ou algo do gnero. Onmero 13 est ligado a morte, no como final de tudo, mas sim como recomeo,renascimento, Transformao, e isso o que se espera daquele que ousa trilharos estreitos caminhos da Iniciao!*Compilao baseada em matria publicada no bloghttp://filhosdehiran.blogspot.comInforme Cultural

    O M ITO JESUS

    Francisco Feitosaom a chegada da Nova Era, uma ponta do vu, que encobre a viso do mundoprofano, comea a ser levantado nos mais diversos temas. Caemteorias, quebram-se paradigmas e novas revelaes passam a ser

    do conhecimento da humanidade. H dias comemoramos o Natal, quesegundo a Igreja, refere-se ao nascimento do Mestre Jesus. Sabemos queno bem assim. J tivemos oportunidade de dizer que esse dia eraconsagrado celebrao do Natalis Solis Invicti (nascimento do SolInvencvel), ligado ao Mitrasmo, estrategicamente aproveitado peloCristianismo. Bem, sabemos que as maquinaes da Igreja, a fim de atender aseus interesses, no param por a.

    CC

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    http://filhosdehiran.blogspot.com/http://filhosdehiran.blogspot.com/http://www.livrariabock.com.br/clubedolivromailto:[email protected]://filhosdehiran.blogspot.com/
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    Tivemos a oportunidade de conhecer o belo trabalhodo escritor Cludio Rosire, profundo pesquisador dereligies e da genealogia do Mestre Jesus, que, em trs livros,de forma muito clara e com base documental, revela Suaidentidade, genealogia e a estreita relao com diversaspersonalidades do mundo atual.

    Trata-se de uma Obra rara e nica, que conduz ovido leitor por caminhos inimaginveis, redescobrindo oHomem mais importante

    dos ltimos milnios - oMito Jesus.

    Tivemos a honrade receber taisexemplares de seu autor,e aps sua leituraentendemos por bemdivulgar sua Obra aosnossos leitores. Segueabaixo, uma breveentrevista com o escritor

    Cludio Rosire sobresua coletnea O MitoJesus:

    O que te levou aesta linha de pesquisa?

    O livro O Cdigoda Vinci, de Dan Brown, depois adaptado para o cinema, tratadeste assunto, ou seja, a descendncia de Jesus e Maria Madalenapor intermdio da dinastia Merovngia, num contexto de ficobaseado em fatos reais, como ele prprio afirma. Contudo, toda

    lenda, mito ou fico, so, via de regra, baseados em um ncleo deverdade.Ora, qualquer pessoa que conhea um mnimo de histria e

    de genealogias reais sabe muito bem que Sua Majestade, a RainhaElizabeth II, descende, diretamente, da dinastia inglesaPlantageneta. Esta dinastia, por sua vez, descende da Casa Francesade Anjou, que, por sua vez, descende de Carlos Magno, da dinastiaCarolngia, que descende da primeira dinastia francesa, aMerovngia.

    Para tirar a limpo o trabalho de Brown eu me remeti ao

    livro Best Seller O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, dosautores Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh, publicadono Brasil pela Nova Fronteira, que nos remete a mesma teoria deBrown, dando muita nfase s dinastias Merovngia, Anjou ePlantageneta.

    Assim sendo, para validar as teorias tanto de Brown comodo livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada eu precisava

    encontrar a genealogia de Jesus e Madalena, o que eu consegui napgina 351 do livro Best Seller de Laurence Gardner, intitulado ALinhagem do Santo Graal, publicado, inicialmente, na Inglaterra etraduzido para vrios idiomas, inclusive para o portugus no Brasil,pela Madras Editora. Ainda, que queiram questionar aautenticidade da genealogia apresentada por Gardner em seu livro, eque pese o fato de que a publicao por uma editora britnica em sino represente garantia alguma, resta-nos o fato de que a publicaono Brasil fora feita pela Madras Editora, que eu reputo como editora

    sria, honesta e, mais ainda,

    de propriedade de umconhecido maom de altonvel, o Sr. WagnerVeneziani Costa, o queempresta credibilidade asobras lanadas por suaeditora.

    No podendo,portanto, colocar em dvidaa credibilidade do Sr.Veneziani, s me restou

    confiar tanto na editorabritnica quanto no autordo livro, o Sr. LaurenceGardner e, concluir que SuaMajestade, a rainhaElizabeth II, como

    descendente Merovngia, uma descendente de Jesus e Madalena.Isto posto, restou-me apenas buscar as identidades reais e

    factuais destes dois personagens que, h 2.000 anos, vm sendoencobertos pelos Evangelhos sob os nomes Jesus e Maria Madalena.Essa empresa, pelos meus conhecimentos anteriores, no me foi

    difcil, sendo realizada pelo estudo atento de autores consagradoscomo Geoffroi Chaucer, William Shakespeare, Richard Wagner,Heinrich Heine e muitos outros, como demonstrado em meus trslivros.

    Qual o objetivo desse trabalho?Em 2.000 anos, sou a primeira pessoa a identificar Jesus,

    Madalena e seus familiares como personagens factuais, humanos emortais, dentro de um contexto srio, histrico e coerente,entretanto, destitudo de qualquer tipo de religiosidade. Em sendoassim, e por no ser o dono da verdade, gostaria de ser colocado prova, vendo esse trabalho sendo debatido e discutido em alto nvel

    acadmico para que a verdade, seja ela qual for, venha luz nestanova era de entendimento.

    Convido os nossos leitores a adquirirem a Obra OMito Jesus, redescobrindo e repensando esse tema tomanipulado pelo Vaticano at os dias atuais. Tenham umaboa leitura!

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    Academia da LeituraA IMPORTNCIADA ESCRITAEDA LEITURA*

    Escrever fcil, comea com letra maiscula e acaba com um ponto e no meio se colocam ideias.(Pablo Neruda.).

    Vilmar Bernaara compreendermos, adequadamente, a

    importncia da leitura e da escrita em nossas vidas,precisamos compreender que, assim como o nosso

    corpo material precisa de alimento, o espiritual tambm. importante aqui corrigirmos uma falsa ideia, a de que ostermos espiritual ou espiritualidade referem-se,exclusivamente, ao seu sentido religioso. compreensvel queisso ocorra, por que a os que tm f na divindade elaboram e

    abrigam suas ideias e sentimentos em relao ao sagrado.

    PP

    Entretanto, ateus, tambm, tm f, por exemplo, deque o mundo pode ser melhor e as pessoas podem mudar.Possuem seu lado espiritual, s que no sentido no-religiosodo termo, onde elaboram ideias, afetos, esperanas. E,tambm, espiritualidade, no sentido da religao com anatureza, com o Cosmo.

    O que ressaltamos aqui que ns e o mundo nosomos feitos, apenas, de uma parte material, que pode serpercebida pelos cinco sentidos, mas, tambm, das vises, que

    temos desse mundo, de ns e dos outros. Por isso, nuncaestamos pronto, mas, na medida em que recebemosinformaes e estmulos e vivenciamos experincias,construmos ou reconstrumos nossa viso de mundo.

    Ento, ler e escrever muito mais que dominartcnicas literrias, obter as chaves desse mundo interior, denossa verdade, e ter acesso dos outros. Uma forma de nosajudar a perceber, compreender e elaborar nossa prpriasubjetividade, contribuindo para dar sentido ao mundo, a nsprprios e aos outros. Claro que existem outras formas de

    fazer isso, principalmente, nas culturas orais, mas, na culturaletrada, ler e escrever so fundamentais para ser e sentir-seadequadamente inserido no mundo.

    Precisamos disso, pois, ao contrrio do que se possaimaginar, o processo de formao do sujeito , na verdade,uma autoformao. A educao, os livros, a cultura, os meios

    de comunicao exercem influncias sobre ns, mas o quesomos resulta de nossas escolhas. Comunicadores em geral,educadores, e escritores em particular, cumprem o papelsocial de nos ajudar a construir nossa subjetividade, nossa

    compreenso da verdade e utopias, e, embora no escolhampor ns, contribuem para iluminar nossos caminhos.

    Expressar-se na forma escrita no um simples ato decolocar palavras num papel, ou digitar num teclado. A maiorparte da ao de escrever invisvel para os olhos, aconteceno mundo interior de quem escreve e pode refletir esseesforo de buscar o equilbrio entre as emoes, ospensamentos e as prticas.

    Escrever assemelha-se a algum que organiza umacasa desarrumada. Arrasta e empurra ideias de um lado para

    o outro, constri e reconstri pensamentos, sonhos, comoquem movimenta os mveis. E s depois de estar cheio dessasideias, e quando elas comeam a fazer sentido, a pessoa sesente pronta, na verdade, quase que obrigada a escrever,como uma espcie de libertao da mente. E a comea outraetapa importante, a de garimpar as palavras mais certas eapropriadas para transmitir a mensagem. A chance de acertar,

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    logo de primeira, a mesma de um garimpeiro achar umapepita de ouro na primeira tentativa.

    Alguns chegam a comparar o ato de escrever com onascimento de um filho. O perodo da gestao o tempogasto na elaborao das ideias e o parto o ato de coloc-laspara fora. As ideias nascem em ns, nos outros autores e,tambm, esto por a, ao alcance de todos que estiveremdispostos a ser veculo para elas. Algumas ideias so touniversais, que se repetem em vrios escritos, povos e

    culturas diferentes, e, independente do tempo e lugar,permanecem atuais e vlidas para todos.

    Mais que escrever para seu prprio prazer escreve-sepor necessidade e dever. Escrever a funo social do escritor,seja para entreter, seja para ajudar na anlise da conjuntura,mostrar alternativas, denunciar as falsas ideias e injustias.Por isso, um texto no est completo quando divulgado,

    mas quando lido. E, quando isso acontece, nenhum igualao outro, pois, ao passar pelos olhos e pelo mundo interior doleitor, ganha nuances e identidade prpria e particular.

    Um mesmo texto, lido por diferentes leitores, sercompreendido de forma diferente. Um texto, que algumache maravilhoso, pode ser comum para outra pessoa. Sem osleitores, os textos no vo a lugar algum, no transformamcoisa alguma, no amam nem so felizes. No so quemudam as coisas. So as pessoas.

    Como de praxe, disponibilizamos mais um livrovirtual para seu deleite. Clique no ttulo, baixando-ogratuitamente, e boa leitura! A Histria Universal daDestruio dos Livros Das Tbuas Sumrias Guerra doIraque, de autoria de Fernando Bez, traduo de LoSchlafman, editado pela EDIOURO, 2004.

    *Compilao do texto de autoria de Vilmar Berna, publicadono Portal do Meio Ambiente.

    TrabalhosA ARQUITETURA NA ALEMANHAAutor ignorado

    omo todos os brbaros, os antigos germanos

    moravam em choas que eles prprios erguiam, esuas igrejas eram simples casas de madeira. As

    nicas obras de alvenaria conhecidas na Alemanha, assimcomo se deu na Inglaterra, foram construdas pelos romanos.

    CCQuando o anglo-saxo Winfrid, mais conhecido sob o

    nome de So Bonifcio (680?-755), foi para a Alemanha a fimde evangelizar as tribos germnicas, segundo informaMabillon em "Acta SS. Bon. III, p. 2", levantou igrejas com oauxlio de companheiros vindos da Inglaterra, as quais, comtoda certeza, deviam ser de madeira.

    Sabemos, por outro lado, que, aps o casamento doImperador Oto II, em 972, com Teofano de Bizncio,escultores gregos foram para a Alemanha. No tempo doImperador Frederico II (1197-1250), os escultores alemestiveram por mestres os escultores gregos e, tambm, os

    muulmanos da Siclia.

    Durante a Idade Mdia, os monges e os imperadoresintroduziram, na Alemanha, a maneira de construir dosromanos, ou seja, o estilo romnico (1100-1200), o qual , paramelhor dizer, o estilo "catlico", por ser o seu carteressencialmente sacerdotal.

    A construo dos edifcios religiosos deve-se

    principalmente iniciativa do clero. Assim, a construo dagrande catedral de Bamberg efetuou-se de 1185 a 1237, ao

    passo que a de Colnia, a mais clebre das catedrais alems,iniciada em 1248, s veio a terminar em 1810. Estas grandesconstrues, de incio, foram efetuadas por eclesisticosversados na arte.

    Muitos foram os abades que estabeleceram os planosde seus edifcios dirigindo a prpria construo como caputmagister.

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    No sculo XI, o Abade Guilherme de Hirschauadquiriu fama como Magister Operis; com operriosingleses, que, segundo se diz, enviara-lhe o seu amigo, oBispo de Canterbury, edificou igrejas notveis e,frequentemente, considerado como o pai da artearquitetnica no ramo eclesistico.

    Posteriormente, os ajudantes leigos, que osconstrutores eclesisticos empregavam para auxili-los, tendoaprendido a cincia da construo, passaram a substituir os

    religiosos. O estilo ogival, que aparecera no Norte da Frana e(que) foi transportado para a Inglaterra, de l, ganhou aAlemanha e os demais pases nrdicos, ao passo que, nasregies meridionais, o movimento arquitetural no despertouo mesmo entusiasmo. O aperfeioamento do estilo ogival erareservado Alemanha, onde se ambientou completamente,passando a denominar-se estilo gtico.

    Os operrios, que ajudavam na construo demonumentos religiosos formaram, de incio, associaesmonsticas e, em seguida, confrarias. Os grandes

    ajuntamentos de artfices, que exigia a construo de umacatedral, provocaram a constituio dessas confrarias, e, aoredor do sculo XII, com as guildas de construo dascidades, a corporao dos Steinmetzen (talhadores depedra). Segundo Findel, a primeira Confraria de Construtoresda Alemanha foi a de Magdeburgo, em 1211. A de Colniateria sido constituda em 1250, notando-se que a construoda catedral daquela cidade teve incio em 1248.

    Entretanto, o estilo gtico trouxera consigo anecessidade de um ensino tcnico por meio do qual eramtransmitidas as regras e as propores matemticas dessemodo de construir. Essas instrues eram ministradas nasoficinas, ou htte dos talhadores de pedra alemes, e sepropagavam como segredos da arte.

    Ergueram-se essas Lojas em qualquer parte ondefosse erigido um edifcio de alguma importncia. Ao redordas Lojas, existiam moradas, que logo se transformavam em

    colnias ou conventos, quando se prolongavam os trabalhos,s vezes, por grande nmero de anos.

    Cita-se como o verdadeiro fundador das Lojas oAbade Wilhelm von Hirschau, conde palatino Scheuren(1080-1091), que havia sido Mestre da Loja de Samt-Emmerande Regensburgo e (que), para terminar e ampliar os edifciosda abadia de Hirschau, chamara operrios de todos os ofcios.Reunindo-os no convento na qualidade de Irmos leigos, fezdar instruo e educao a eles.

    A vida comum desses operrios era regida porestatutos, e, como princpio fundamental, era-lhes,expressamente, recomendado por Wilhelm que, entre eles,mantivessem uma concrdia toda fraterna, visto que oconcurso da ao e a combinao de todas as foras soindispensveis para a execuo de um grande trabalho, assimcomo constituem a condio de que depende o bom xito detoda empresa de utilidade geral.

    O USODA PALAVRAEM LOJAAssunto que uma unanimidade em todas as OficinasAssunto que uma unanimidade em todas as Oficinas

    Autor ignoradouem fala muito atrapalha a reunio! Mas por que isso acontece? Por dois motivos:

    vaidade e ingenuidade. A vaidade , facilmente, notada quando o locutor colocaos verbos na primeira pessoa; suas manifestaes parecem testemunhos. Ele julga

    que, em todos os assuntos da Loja, os Irmos devem escutar sua opinio e tem a capacidadede ocupar mais tempo do que o ritualizado para o Quarto de Hora de Estudos.

    QQA ingenuidade aparente naqueles que sadam as autoridades, visitantes e, ainda,

    do as concluses sobre a Sesso (funes do Orador). Tambm, sempre, manifestam-sesobre as Instrues (funo das Luzes ou daqueles que o Venervel indicar); aps a leitura

    do Balastre, pedem a palavra, sadam, nominalmente, todos os presentes e questionam oSecretrio sobre qualquer questincula, o que deveriam fazer aps a Sesso.

    Devemos entender que qualquer reunio, ultrapassando duas horas, cansativa eimprodutiva; h Irmos que trabalharam o dia inteiro e desejam, noite, encontrar o grupopara serenar os nimos e harmonizar-se com o Criador.

    Vivemos num tempo onde o perigo uma constante e a abertura da porta de um laraps as 23h um risco para toda a famlia.

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    Observemos que, quando o Irmo falador pede apalavra, toda a Oficina "trava" e, assim, h uma quebra doEgrgora da Sesso. Por outro lado, quando aquele Irmo,que pouco se manifesta, pede a palavra, todos se voltam paraele com ateno e respeito.

    Devemos nos conscientizar de que, se quisermoscontribuir para a formao dos Irmos, deveremos faz-lopelo Exemplo, e no pela palavra! A verborreia umadeficincia, um vcio, que avilta o homem!

    Quando formos visitar uma Loja, estaremos l para

    aprender, e no para ensinar. O silncio torna-se uma precenas Sesses Magnas, compreensivelmente mais longas e,sempre, com a presena de outros visitantes; deixemos que oOrador nos apresente e fiquemos com o Sinal de Ordem, paradizer a toda a Oficina que somos o nominado e estamos dePe O.

    Dar os parabns pelos trabalhos s necessrio paraos que tm necessidade de lustro na vaidade.

    Se o Irmo quiser ocupar mais de trs minutos (tempomais que salutar), pode agendar com o Secretrio suaparticipao no Quarto de Hora de Estudos ou na Ordem doDia.

    No perodo, destinado Palavra a Bem da Ordem emGeral e do Quadro em Particular, devemos priorizar, trazendonotcias dos Irmos ausentes (no vale justificar a falta, poisdeve ser feito por escrito pelo mesmo, acompanhado

    obrigatoriamente do bolo) e louvando os feitos da Ordem.O Livro da Lei nos ensina: Pois o Reino de Deus no

    consiste em palavras, mas na virtude (I Corntios: 4,20).Lembremo-nos de que todos ns, independente do Grau oude Cargos, somos responsveis pela qualidade das SessesManicas.Reflexes

    SER, TERE PARECERComoRicardo Fera

    er o ideal filosfico, legado cultural de outras civilizaes, que

    absorvemos como modelo e referncia. Da Grcia aos dias de hoje, oSer vem sendo questionando. No entanto, todos os personagens da

    histria so pessoas que fizeram algo diferente em sua poca. Ningumentrou para a histria por Ter algo!

    SSO Ter sempre existiu, e bom, como medida de apoio e

    complementao ao Ser. No entanto, quando em desequilbrio, usurpando o

    espao do Ser, causa discrdia e ofusca o raciocnio.Nos ltimos trs sculos, o desequilbrio para o Ter se acentuou!

    Ilusoriamente, o Ser humano foi levado a crer que um poderia substituir ooutro!

    Esse engano, de que o Ter tornaria as pessoas felizes, acentuou oconsumismo e a cobia. Gerando infelicidade, doenas, desequilbrioecolgico, misria.

    Quando pensvamos que o Ter pelo Ter, fosse ofundo do poo docomportamento humano, a surpresa: a substituio pelo Parecer! Aosubstituir o Ter e o Ser pelo Parecer, entramos em profunda iluso e vazioexistencial.

    Hoje, no se d valor a se Ser melhor, superar-se, em ser honesto,trabalhador, inteligente, culto, amoroso, sadio, prspero, honrado. Apenas,bastaparecer algo! Basta que os outros pensem que voc rico, bonito,esperto, bom pai/me, competente, poderoso, e s.

    Assim, compramos o de que no precisamos, trocamos de celular,carro, TV, computador, etc., apenas, paraparecer algo que no somos! Dessa

    forma, tentamos aplacar o vazio interior, quenos corri a cada instante.

    No caos, surge o aperfeioamento, oolhar para dentro, a superao de seus prprioslimites. Isso est transformando as pessoas, aeconomia, o relacionamento, o ambiente. Tudoisso de forma significativa, livre, mais eficazpara todos!

    Divirta-se.

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    http://www.qualizan.com.br/mailto:[email protected]
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    Boas DicasS ITE

    imos, a cada edio, conscientizando nossos leitores da importncia da leitura e estimulando-os a manter tal hbito.

    Descobrimos o site www.livralivro.com.br, um projeto destinado a fomentar a troca de livros entre a populao.Idealizado e mantido por Samur Araujo, mestre em Web Semntica pela PUC-Rio, trata-se de uma iniciativa

    independente e gratuita.

    VVPor nem todos possurem uma biblioteca a seu alcance, e adquirir um livro, muitas vezes, um tanto oneroso, o Livra

    Livro facilitar a aquisio de um novo livro, dado que o nico custo envolvido na troca o custo de postagem nos Correios. OutraBoa Dica que os Correios possue uma modalidade de postagem, a fim de estimular a cultura, para o envio de Livros, Cds e DVDschamada Registrado Mdico, com tarifa nica para todo o Brasil e muito mais barata do que o Sedex e o PAC.LanamentosTudo Uma Questo de Atitude Sonho e Viso um livro

    que vai te ajudar a replanejar sua vida, reconhecer a importncia deuma atitude positiva, e outros aspectos essenciais como perdoar eelogiar. Cada artigo serve como tema para profunda reflexo, levandoo leitor a buscar entender a si mesmo, ingrediente fundamental noprocesso de autotransformao. Recomendo como livro de cabeceira.? Feitosa.

    Indicamos aos nossos diletos leitores, como livro de cabeceira,a excelente obra de nosso Irmo e Amigo, Alfredo Netto,que,magistralmente, uniu seu vasto conhecimento com a arte de bem escrever,traduzindo-se em um livro que, levar o vido leitor a profundas reflexes

    e, consequentemente, a um eterno aprendizado! Feitosa.Os direitos autorais foram cedidos Loja Manica Unio e Solidariedade -GLESP, acordado que o lucro advindo da venda se reverta para obras deFilantropia.?

    O Mito Jesus A Linhagem e a Descendncia do Mestre! - Oautor apresenta, em trs livros, um trabalho srio de 15 anos depesquisas, baseado em documentos, sobre a identidade, a genealogiae a relao do Mestre Jesus com diversas personalidades do mundoatual.

    Um trabalho nico e ousado, j que pouqussimos autoresousaram adentrar nessa linha de pesquisa que, com certeza, vai deencontro a verdade imposta pelo Vaticano!

    Recomendamos sua leitura!

    rte Real uma Revista manica virtual, de publicao mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na

    ABIM Associao Brasileira de Imprensa Manica 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informao,integrao e incentivo cultura manica, sendo distribuda, gratuitamente, via Internet, hoje, para 24.000 e-mails de

    Irmos de todo o Brasil e, tambm, do exterior, alm de uma vasta redistribuio em listas de discusses, sites manicos e listasparticulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a culturamanica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmos repensarem quanto importncia domomento a que chamamos de Quarto de Hora de Estudos. Obrigado por prestigiar esse altrustico trabalho!

    AA

    Editor Responsvel, Diagramao, Editorao Grfica e Distribuio:Francisco Feitosa da Fonseca - MI - 33

    Reviso Ortogrfica:Joo Geraldo de Freitas Camanho - MI - 33

    Colaboradores nesta edio: Raymond Dejean - Ricardo Fera Vilmar Berna.

    Contatos: MSN [email protected]/ E-mail [email protected] / Skype francisco.feitosa.da.fonseca / (35) 3331-1288 / 8806-7175

    Suas crticas, sugestes e consideraes so muito bem-vindas. Temos um encontro marcado na prxima edio!

    http://www.livralivro.com.br/http://www.livralivro.com.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.sejalider.com.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.livralivro.com.br/