atlas ambiental infanto-juvenil de salvador

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Infanto-Juvenil de Salvador Infanto-Juvenil de Salvador

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  • Prefeitura Municipal do SalvadorSecretaria Municipal da Educao e CulturaSecretaria Municipal do Planejamento, Urbanismo e Meio AmbienteSuperintendncia do Meio Ambiente

    Infanto-Juvenilde Salvador

    Infanto-Juvenilde Salvador

  • Foto: Jos Carlos Almeida

  • Infanto-Juvenil de SalvadorInfanto-Juvenil de Salvadorrl d S ll d S l adordoril d S lil d Sil d Sl d S

    Prefeitura Municipal do SalvadorSecretaria Municipal da Educao e CulturaSecretaria Municipal do Planejamento, Urbanismo e Meio AmbienteSuperintendncia do Meio Ambiente

    1 EdioSalvador - BahiaMaro de 2006

  • PREFEITURA MUNICIPAL DO SALVADOR PMSJoo Henrique Prefeito

    SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAO E CULTURA SMECNey Campello Secretrio

    SECRETARIA MUNICIPAL DO PLANEJAMENTO, URBANISMO E MEIO AMBIENTE SEPLAM

    Itamar Jos de Aguiar Batista Secretrio

    SUPERINTENDNCIA DO MEIO AMBIENTE SMAJuliano Sousa Matos Superintendente

    FICHA TCNICA:

    Elaborao:Maria de Ftima Falco Nascimento Biloga, Especialista em Gesto Ambiental

    e Gerente de Educao Ambiental da SMAJamile Trindade Freire Pedagoga, Especialista em Educao Ambiental

    e Chefe do Setor de Fomento Educao Ambiental da SMA

    Projeto Grfico/ Ilustraes/ MapasPaulo Serra

    Editorao Eletrnica:Paulo Reis

    Produo Grfica:Grfica Santa Marta

    Reviso:Lvia Nunes

    Fotos:Jos Carlos Almeida

    J. Freitas / BAHIATURSAMrcio Flix

    Yvan Freitas CunhaDefesa Civil de Salvador/SEHAB

    CONDERSEPLAM

    SMASMCS

    Colaborao:Benedito Venceslau da Silva, Carlos Alberto Quirino e Silva,

    Clarissa Pacheco, George Gurgel, Giselle Morais, Isaas Amrico Vasconcelos, Larissa Fonseca Silva, Mara

    Menezes de Azevedo, Vera Brito, Wesley Faustino

    Estagirios:Idalice Deir Noronha, Ina Mariani de Oliveira, Ins Maria de Sousa,

    Ivan Freitas da Cunha, Marcelo Sodr Grilleto

    Apoio:BAHIATURSA, Defesa Civil de Salvador/SEHAB, CONDER, EMBASA, SMCS

    Crditos:

    Foto: Yvan Freitas Cunha

    Dados Internacionais de Catalogao na publicao (CIP)

    Prefeitura Municipal do SalvadorAtlas Ambiental Infanto-Juvenil de Salvador / Prefeitura Municipal do Salvador,1 edio. Salvador: Secretaria da Educao e Cultura, Secretaria do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, Superintendncia do Meio Ambiente, 2006, 52p.

    Atlas Ambiental Infanto-Juvenil. 2. Educao Ambiental Salvador. I. Ttulo

  • Joo Henrique

    O Atlas Ambiental Infanto-Juvenil de Salvador uma publicao destinada a professores e estudantes do Ensino Fundamental da Rede Pblica Municipal de Salvador e tem como objetivo oferecer mais um instrumento de apoio prtica pedaggica interdisciplinar, especialmente no que se refere ao reconhecimento de aspectos relevantes da questo ambiental de nossa cidade.

    Nesse Atlas, a histria da cidade e de seus recursos ambientais apresentada s crianas, aos jovens e aos seus professores como um sistema integrado, onde o natural, o construdo, o social, o cultural, o histrico e o ecolgico se entrelaam, se mesclam, se dialogam e se fundem.

    A obra est organizada de forma a levar o leitor a dar um passeio pela cidade, partindo da histria de sua construo, passando pela formao de sua populao, seus recursos hdricos, sua cobertura vegetal, seus espaos protegidos, seu saneamento bsico, seu sistema de transporte, seus problemas de poluio, suas reas de risco e as de interesse histrico/cultural.

    Os textos, mapas, grficos, tabelas e fotos trazem informaes sobre a dinmica ambiental de Salvador e podero servir de subsdio ao trabalho do professor e de referncia ao estudante para pesquisas, leituras, consultas e reflexes sobre a realidade da cidade onde vivem.

    O Atlas Ambiental Infanto-Juvenil de Salvador o resultado de uma bem sucedida parceria entre a Secretaria Municipal da Educao e Cultura - SMEC e a Superintendncia do Meio Ambiente - SMA. Esta parceria busca garantir o cumprimento da Lei 9795/99, que institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental e estabelece a implantao da educao ambiental nas escolas como prtica integrada, contnua e permanente, transversal a todas as disciplinas.

    Todo o material aqui apresentado tem como base o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador - PDDU, publicado em 2004.

    As informaes esto contextualizadas na realidade de Salvador e podem servir como ponto de partida para o exerccio reflexivo da questo ambiental local. Assim, esse atlas se torna um aliado fundamental para a prtica da educao ambiental no municpio, na medida em que possibilita um conhecimento mais integrado do meio ambiente de nossa cidade.

  • MENSAGEM COMUNIDADE ESCOLAR

    Aprender na cidade, aprender da cidade, aprender a cidade...Cidade Educadora Moacir Gadotti

    Acreditando nestes princpios que regem a Cidade Educadora, a Secretaria Municipal da Educao e Cultura - SMEC, em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SEPLAN, faz chegar s escolas que compem a Rede Municipal de Ensino o Atlas Ambiental Infanto-Juvenil de Salvador.

    Este Atlas Ambiental integra um novo modelo de gesto do sistema pblico de ensino inaugurado na cidade, reafirmando a importante misso de traar novos rumos para uma educao de qualidade, que prioriza/valoriza a formao integral e cidad de jovens e crianas.

    Educar para a cidadania valorizar o humano nas dimenses socioculturais, polticas, econmicas, ticas, biolgicas, ecolgicas e ambientais. Educar formar o cidado enquanto sujeito da Cidade Educadora, diversa, libertadora, democrtica, multicultural e racial, comunitria e humanstica, para que possa atuar positivamente na construo de um futuro sustentvel.

    Do ponto de vista pedaggico, o Atlas Infanto-Juvenil uma inovao e deve consolidar contedo e mtodo para assegurar a aplicao transversal e integrada dos contedos relativos ao meio ambiente, a serem incorporados no cotidiano das nossas escolas. Assumindo o protagonismo local, o objetivo desse instrumento sensibilizar crianas, jovens e educadores para as questes ambientais globais, a partir de sua realidade imediata e cotidiana, em que os elementos sensveis do nosso meio ambiente so poderosos insumos para uma aprendizagem eficaz e qualitativa.

    Atravs de um esforo coletivo de educadores e ambientalistas, o presente instrumento didtico-pedaggico ser disponibilizado nas salas de leitura e bibliotecas das nossas escolas, espaos pedaggicos de incluso, de convivncia, de democratizao do acesso ao conhecimento, de socializao de idias e contedos. Acreditamos que promover a leitura um compromisso de todos, sendo necessrio estabelec-la como atividade prioritria nos espaos de ensino-aprendizagem, redimensionando as prticas educativas.

    Enquanto instrumento eco-pedaggico, o Atlas Infanto-Juvenil tambm elemento de transformao social, a partir da incorporao dos contedos de Educao Ambiental a serem implementados no cotidiano escolar. Nesse processo, o educador pea fundamental na formao, na orientao de cidados e cidads. Educar formar o cidado enquanto sujeito, possibilitar que alunos e alunas se apropriem da cidade a partir de informaes relativas qualidade de vida, conservao e ao uso sustentvel da biodiversidade, histria natural da metrpole, conhecendo a sua realidade como elemento de referncia e identidade. A escola cidad democrtica, aquela que permite conhecer a cidade, que leva a vida e a realidade para dentro da escola.

    Para tanto, com este enriquecedor instrumento pedaggico que convidamos meninas e meninos, crianas e jovens, educadoras e educadores a percorrerem cantinhos e espaos da cidade de Salvador e fazermos um passeio educativo, ldico e prazeroso, descobrindo e conhecendo o meio ambiente da cidade. Convocamos todos a sonhar o sonho coletivo, para juntos fazermos de nossas escolas espaos de formao cidad, de convivncia solidria, democrtica e participativa.

    Ney Campello Juliano Matos Secretrio Municipal de Educao e Cultura Superintendente do Meio Ambiente

  • 16. Referncias16. Refernciaa

    Sumrio

    1. Introduo .........................................................................................................................09

    2. Vamos dar um passeio pela histria de nossa cidade? ...............................................10

    3. Qual a populao que habita Salvador? .....................................................................12

    4. De onde vem a gua que usamos?.................................................................................14

    4.1 Histrico do abastecimento de gua na nossa cidade. .....................................14

    4.2 Como feito o abastecimento hoje? ...................................................................16

    5. Quais as bacias hidrogrficas de nossa cidade? .........................................................19

    6. Como so tratados os esgotos de Salvador? ...............................................................22

    7. Como anda a balneabilidade de nossas praias?...........................................................24

    8. Lixo urbano: o que fazer? ................................................................................................26

    9. Quais as formas de cobertura vegetal? .........................................................................27

    10. Quais as Unidades de Conservao de Salvador? .....................................................32

    11. E a qualidade do ar, como est? ...................................................................................38

    12. Como os transportes interferem no ambiente? ..........................................................39

    13. Salvador e a poluio sonora. Como est essa questo? .........................................44

    14. E as reas de risco, como identific-las? ....................................................................46

    15. Quais as reas de interesse histrico e cultural da cidade? .....................................47

    16. Referncias Bibliogrficas ............................................................................................50

  • A criao das Regies Administrativas foi um importante passo para promover uma reestruturao da organizao da Prefeitura Municipal do Salvador, com a finalidade de descentralizar a atuao do poder pblico com base nos princpios do planejamento urbano para as 18 unidades fsico-espaciais (reas administrativas) criadas. A descentralizao administrativa ocorre na medida em que cada Administrao Regional articula e operacionaliza as atividades inerentes administrao pblica naquela regio, buscando otimizar os servios prestados diretamente comunidade.

  • Os problemas ambientais no so recentes e hoje, em pleno sculo XXI, o que se v o agravamento desses problemas, gerado pela ao predatria do homem sobre os recursos naturais.

    Em Salvador, as questes ambientais so conseqncia, principalmente, do seu acelerado e desordenado processo de urbanizao, aliado a prticas que comprometem a qualidade dos seus recursos ambientais.

    Diante dessa problemtica, torna-se imprescindvel uma nova forma de educao, que promova a construo de novos valores, princpios e prticas na relao com o meio ambiente. Nesse contexto, a educao ambiental surge como uma nova concepo de experincia escolar, que articula conceitos, princpios e estratgias que objetivam o conhecimento e a discusso sobre os diversos aspectos que compem a realidade ambiental: a ecolgica, histrica, cultural, social, poltica e econmica.

    A educao ambiental vem se destacando como um instrumento fundamental de mobilizao e participao da sociedade em aes que visam a uma tomada de conscincia das causas e conseqncias dos problemas ambientais, bem como das possibilidades de soluo.

    Ela busca estimular uma relao sustentvel entre o homem e o ambiente, entre o cidado e a sua cidade, a fim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das atuais e futuras geraes.

    A prtica da educao ambiental requer o engajamento dos profissionais de todas as reas, com uma nfase especial para os profissionais da educao bsica, numa perspectiva de planejar e executar aes educativas baseadas na interdisciplinaridade e dentro do contexto da realidade local da cidade de Salvador. Nesse sentido, esse Atlas pode se tornar um valioso instrumento para o reconhecimento de alguns aspectos da questo ambiental de nossa cidade, tanto para os professores, como para os alunos da rede municipal de ensino.

    Introduo

    Foto: J.C. Freitas / BAHIATURSA

  • 02 02

    histria de Salvador teve incio com a chegada dos europeus s terras onde hoje se encontra edificada a cidade. Ao de-sembarcarem na Baa de Todos

    os Santos em 1501, os portu-gueses encontraram os donos da terra, os indgenas, vivendo numa rea litornea onde havia uma extensa floresta tropical

    a mata atlntica, com uma impressionante

    quantidade e varie-dade de espcies animais e vegetais, dentre elas uma

    rvore de madeira avermelhada chamada pau-brasil, primeiro produto explorado ao longo do processo de

    devastao do nosso meio ambiente. A fundao da cidade s ocorreu em 29 de maro de

    1549, Dia de So Salvador, tornando-se, ento, capital do

    Brasil.A escolha do local ocorreu, prin-

    cipalmente, pela segurana propor-cionada pelo relevo, em relao a possveis invases, e por abrigar uma prspera vila, chamada Vila do Pereira ou Vila Velha, onde existia uma pequena e organizada produo de acar. Possua tambm a maior extrao de pau-brasil de todo o pas e o porto do Recncavo, responsvel por grande parte do escoamento de matria-prima da Colnia, por ser o mais prximo da Europa. Como se no bastassem todas essas facilidades, possua uma baa privile-giada, com excelentes condies naturais, que proporcionava aos navegadores portugueses a ancoragem segura de suas naus. Desta forma, Salvador tornou-se a segunda maior cidade do im-prio portugus, com o maior porto do Atlntico Sul.

    Em funo do relevo, os limites da cidade de Salvador ficaram bem definidos: a parte alta compreendia a rea entre as portas de So Bento e do Carmo atualmente praa Castro Alves e Largo do Pelourinho e o Vale do Rio das Tripas atual Baixa dos Sapa-teiros. Na parte baixa prxima ao mar, ficavam os armazns, rea conhecida hoje como Comrcio.

    Construda na parte plana do alto da escarpa na Colina da S, Salvador foi a primeira cidade planejada do Brasil, com ruas estreitas e curvas, dispostas perpendicularmente umas s outras, nos moldes das cidades portuguesas.

    No comeo, tinha apenas quatro ruas longitudinais, trs trans-

    versais e duas praas, todas sem pavimentao. No havia trans-portes pblicos e as construes eram cobertas de palha e reboca-das com barro, em reas conhecidas hoje como Pelourinho e Praa Castro Alves.

    Em 1550, a cidade teve um grande progres-so graas ao trabalho escravo dos africanos, cuja participao foi decisiva na atividade por-turia, na cultura da cana-de-acar e na co-mercializao do algodo, do fumo e do gado do Recncavo Baiano.

    Em 1808, com a vinda da famlia real, a ci-dade deu um salto ainda maior e surgiram as primeiras indstrias, a linha frrea, novos bairros, a exemplo do Campo Grande, Baixa dos Sapa-teiros, Sete Portas e Lapinha. Alm disso, o porto foi ampliado e as casas comearam a fazer instalaes sanitrias externas. A partir desse perodo, algumas obras importantes foram realizadas, como a urbanizao da Pennsula de Itapagipe, a susten-tao e conteno da encosta da montanha, a abertura e calamento

    de ladeiras interligando a Cidade Alta Cidade Baixa e a construo do Elevador Lacerda.

    A partir do sculo XX, a expanso urbana passou a se consolidar intensivamente, tam-bm pelas vertentes e fundos dos vales, aumentando o impacto da ocupao hu-mana sobre o ambiente natural.

    Na dcada de 40, comearam a ocorrer as grandes transformaes ur-

    banas em Salvador, em funo do grande fluxo de trabalhadores do campo para a capital, dis-pensados da cultura aucareira no Recncavo e pela reduo na demanda de trabalhadores na cultura de cacau no sul da Bahia. A economia da cidade, na poca, no tinha capacidade de absorver a grande quantidade de mo-de-obra recm-chegada e a sua infra-estrutura no oferecia oportunidade de moradia para essa populao. Isso gerou a necessidade de abrir novos loteamentos em reas prximas aos espaos j ocupados, provocando a densificao dos bairros mais pobres, com a construo de moradias, geralmente irregulares. Assim, foram surgindo os bairros populares, localizados nos vales prximos aos bairros residenciais de classe mdia e alta, ou em reas afastadas do centro. Nesse processo, surgiram tambm as invases como alternativa habitacional da populao de baixa renda.

    Com os processos de interveno no solo, desde o perodo colo-nial, Salvador, pelas caractersticas fsicas j citadas, apresenta ocor-rncias de deslizamentos de terra que datam desde a sua fundao e que aumentam de acordo com a crescente ocupao inadequada de suas encostas.

    Um fato de relevncia que provocou grande expanso na cidade nessa mesma dcada foi a construo do aeroporto, no distrito de Ipitanga, em 1944, que provocou a ampliao do povoado de So Cristvo e a criao de duas rodovias importantes, a Estrada Velha do Aeroporto e a Avenida Amaralina-Itapu, proporcionando o surgi-mento dos loteamentos onde hoje se encontram os bairros de Sete de Abril, Pau da Lima, Vila Canria, Dom Avelar, Castelo Branco, o Complexo Habitacional de Cajazeiras, entre outros. A Av. Amara-lina-Itapu, por sua vez, proporcionou um acesso direto da Barra at

    VAMOS DAR UM PASSEIO PELA HISTRIA DE NOSSA CIDADE?

    A

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  • 02 02

    Itapu, via orla, viabilizando o surgimento de novos loteamentos nessa rea.

    Desse perodo em diante, vrias ave-nidas e vias de vales foram implanta-das, aumentando a acessibilidade e expanso da rea urbana da cidade.

    A utilizao dos vales para a criao da malha viria aumentou o impacto negativo no que se refere impermeabilizao das reas de vrzea de rios e crregos, e posteriormente dos canais, com efeitos desastrosos na acumulao de guas pluviais e na conseqente diminuio da capa-cidade do sistema natural de drenagem, resultando em pontos de alagamento nos perodos de muita chuva.

    Outra conseqncia ambiental do processo de expanso da ci-dade foi a ocupao dos terraos marinhos. Na metade do sculo passado, a Pennsula de Itapagipe j se encontrava quase comple-tamente ocupada, com aumento de reas de mar aterradas, alm

    da construo de palafitas que avanaram sobre a Enseada dos Tainheiros (Alagados)

    e, mais recentemente, tambm sobre a Enseada do Cabrito,

    afetando o manguezal da foz do Rio do Cobre.

    Ocorreu tambm, nesse perodo, o processo de ocupao da plancie costeira, desde a Pituba at Itapu, ampliando-se, para o norte, pelas reas de dunas do litoral, em direo a Lauro de Freitas. Como resultado, ocorreu a retirada de praticamente toda a vegetao de restinga, da qual s restaram vestgios em alguns es-paos que foram preservados da ocupao urbana intensiva, como foi o caso das lagoas e dunas do Abaet.

    Foram devastadas, tambm, extensas reas da floresta tpica de mata atlntica que recobria e estabilizava o solo predominante nos espaos internos da cidade e controlava a temperatura, a umi-dade do ar e a pluviosidade. O crescimento urbano veio acom-panhado de problemas sociais relevantes para a cidade. Assim, surgiram favelas, entre elas a de Alagados, a maior favela sobre palafitas no Brasil.

    Com a rpida expanso, muitos loteamentos e bairros cresce-ram sem planejamento e infra-estrutura adequada, gerando srios problemas de saneamento bsico que, aos poucos, esto sendo solucionados ou amenizados pelo poder pblico.

    VAMOS CONHECER AGORA AGEOGRAFIA DE SALVADOR?

    2 1. rea: 308,15 km (PDDU - 2003)

    2. Clima: Salvador uma cidade de clima quente e mido, tipicamente tropical por estar localizada entre o Trpico de Capricrnio e a Linha do Equador. uma cidade ensolarada, com uma temperatura mdia de 25C, que pouco varia durante o ano, alm de umidade relativa do ar da ordem de 80% e ndices pluviomtricos superiores a 1.900 mm anuais.

    3. Relevo: marcado pela falsia da borda da Baa de Todos os Santos e por vales estreitos, espiges e pequenos tabuleiros no interior, a cidade dividida em Cidade Baixa estreita plancie litornea que se estende ao longo do mar e se alarga na altura da pennsula de Itapagipe e a Cidade Alta uma escarpa de 60 a 80 metros de altura, que conduz parte mais elevada do relevo, acidentado e cortado por vales profundos.

    4. Localizao: regio Nordeste do Brasil, na extremidade sul da pennsula que forma a Baa de Todos os Santos e integra a rea central da Regio Metropolitana.

    4.1 Limites: ao norte com Simes Filho e Lauro de Freitas.Sul e leste: Oceano Atlntico.Oeste: Baa de Todos os Santos e Madre de Deus.

    4.2 Coordenadas: latitude sul: 830 a 1830 e longitude oeste: 3730 a 4630.

    5. Populao: 2.631.831 hab. (IBGE, 2004).

    6. Ilhas de Salvador: dos Frades, de Mar e de Bom Jesus dos Passos.

    Glossrio: Escarpa: inclinao muito ngreme de terrenos. Espiges: monte ou rochedo. Falsia: rocha alta e ngreme beira mar, esculpida pela eroso marinha. Pluviosidade / pluviomtrico: relativo quantidade de chuvas. Tabuleiros: planalto pouco elevado de vegetao rasteira. Terraos marinhos: rea de borda litornea, ao nvel do mar.

    VAMOS DAR UM PASSEIO PELA HISTRIA DE NOSSA CIDADE?

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  • Populao Residente de 10 ou mais anos de idade -TAXA DE ALFABETIZAOCenso Demogrfico 2000

    Populao Residente - SITUAO DOMICLIOCenso Demogrfico 2000

    Populao Populao Residente - SEXOCenso Demogrfico 2000

    02 02

    53% 47%

    MULHERES - 1.292.855HOMENS - 1.150.252TOTAL - 2.443.107 FONTE: IBGE

    93,8%

    6,2%

    ALFABETIZADOSANALFABETOS

    FONTE: IBGE

    FONTE: IBGE

    2.500.000

    2.000.000

    1.500.000

    1.000.000

    500.000

    0URBANA RURAL2.442.102 1.005

    QUAL A POPULAO QUE HABITA SALVADOR?

    s ncleos urbanos dos primeiros cem anos da histria de Salvador foram implantados inicialmente na parte fortificada, estendendo-se gradativamente para fora das portas da cidade, com o seu crescimento orientado pelas condies impostas pelo meio fsico. A populao ocupou as cumeadas prximas Baa de Todos os Santos e, no

    final do sculo XVI, j existiam oito mil habitantes na cidade.

    Essa populao era composta por vrias etnias. s popula-es indgenas aqui existentes, agregaram-se os portugueses, em nmero cada vez maior, e os africanos, forados a vir para a Bahia tambm em nmero crescente. Dos povos africanos trazidos como escravos, destacam-se os de Guin, Angola, Congo, Mina e Benin, que formaram populaes que representavam diferentes lnguas e culturas. Da unio entre os negros africanos e os brancos, surgiram os mulatos. Alm deles, surgiram tambm os mestios de brancos e ndios.

    A partir de 1730, uma considervel expanso populacional transforma Salvador na segunda cidade do imprio portugus, atrs apenas de Lisboa.

    Em 1835, Salvador j possua 65.000 habitantes, sendo que 22.000 eram africanos. Nesse perodo, incorporam-se malha urbana os bairros da cidade baixa Itapagipe, Penha, Bonfim e Calada e consolidam-se os bairros da Barra, Vitria, Graa, Rio Vermelho e Brotas. Em 1850, a populao da cidade atinge 98.000 habitantes.

    No incio deste perodo, grande parte do sistema de transporte j estava instalado. Os bondes serviam ao espao urbano mais densamente ocupado, entre os bairros mais povoados. No final do sculo XIX, Salvador j teria uma populao de 205.813 habitantes.

    Durante as primeiras quatro dcadas do sculo XX, a cidade quase no cresceu. O censo de 1920, registrou 283.422 habitantes. Dos anos 20 at os anos 40, o nmero de migrantes se reduziu e a cidade estagnou. A populao de Salvador comearia a crescer acima de 4% ao ano, nas dcadas de 50, 60 e 70, quando os mi-grantes rurais se deslocaram para c, atrados por uma industrializa-o crescente na Refinaria Landulfo Alves da PETROBRS, no Centro Industrial de Aratu e no Plo Petroqumico de Camaari. Nos anos 50, a superpopulosa favela Alagados, destino da maioria dos

    Omigrantes, foi construda com palafitas sobre a Baa de Itapagipe. Muitas favelas da periferia de Salvador nasceram como resultado do crescimento econmico desse perodo de industrializao. No censo de 1950, a populao alcanou 417.235 habitantes.

    Com o crescimento da populao, nos anos 60 e 70, a cidade se expandiu e foi necessria a implantao do sistema de avenidas de vale, objetivando uma melhoria do sistema virio. Na dcada de 70, implanta-se o comrcio moderno, com a chegada dos shopping centers e das grandes redes de supermercados. Nessa mesma dcada, ocorre um vigoroso crescimento demogrfico.

    Nos anos 80, Salvador atinge 1,5 milho de habitantes, sen-do 1 milho de baixa renda. Nos anos 90, a populao chegou a 2.262.731 habitantes.

    Hoje, quatrocentos e cinqenta e sete anos depois de sua funda-o, com mais de 2,6 milhes de habitantes, Salvador a terceira cidade do pas em populao. Seu povo mestio alegre, criativo, musical e herdeiro de relevantes manifestaes culturais, cuja mis-tura de credos, lendas, cores e raas resultado da miscigena-o, principalmente de ndios, brancos e negros. Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, 85% dos habitantes tm descendncia africana. Essa populao afrodescen-dente enfrenta uma realidade precria em termos socioeconmicos, sofrendo discriminaes no mercado de trabalho, em comparao com a situao enfrentada pelos no-negros, e excluso social que atinge uma parcela significativa dessa populao.

    O crescimento populacional das diversas reas da cidade tem ritmo bastante diferenciado. A Regio Administrativa mais populosa a RA XVI - Subrbio Ferrovirio, sendo Coutos a rea mais popu-losa e densamente povoada do Subrbio. Alm de Coutos, existem outras reas com uma densidade demogrfica muito alta, como o bairro da Liberdade, que possui uma mdia de 261 habitantes por hectare. Contrastando com elas, existem reas que possuem uma densidade baixa, como Ipitanga, que apresenta uma densidade de 9 habitantes por hectare. A RA menos populosa a RA XVII - Ilhas, com 6.738 habitantes, em 2000. No continente, a RA XV - Ipitanga apresenta a menor populao.

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  • Populao Residente de 10 ou mais anos de idade -TAXA DE ALFABETIZAOCenso Demogrfico 2000

    Populao Residente - SITUAO DOMICLIOCenso Demogrfico 2000

    Populao Populao Residente - SEXOCenso Demogrfico 2000

    02 02

    53% 47%

    MULHERES - 1.292.855HOMENS - 1.150.252TOTAL - 2.443.107 FONTE: IBGE

    93,8%

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    ALFABETIZADOSANALFABETOS

    FONTE: IBGE

    FONTE: IBGE

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    2.000.000

    1.500.000

    1.000.000

    500.000

    0URBANA RURAL2.442.102 1.005

    QUAL A POPULAO QUE HABITA SALVADOR?

    PROJEO PARA O CRESCIMENTODEMOGRFICO NAS PRXIMAS DCADAS

    Os estudos realizados pela SEPLAM para subsidiar o Plano Di-retor de Desenvolvimento Urbano de Salvador indicam que o ritmo de crescimento da populao da cidade dever manter-se relati-vamente estvel nos prximos anos, devendo sofrer um declnio nas prximas dcadas, influenciado pela modificao nos padres reprodutivos, aliado a um aumento da expectativa de vida da popu-lao e mudanas no comportamento migratrio.

    A populao de Salvador, no ano 2000, de acordo com os dados do IBGE, foi de 2.443.107 habitantes. Em 2004, a populao de Salvador chegou a 2.631.831.

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  • OCEANO ATLNTICO

    RA-8PITUBA

    COSTA AZUL

    RA-9BOCA DO RIOPATAMARES

    RA-14CAJAZEIRAS

    RA-13PAU DA LIMA

    RA-12TANCREDO

    NEVES

    RA-3SO CAETANO

    RA-2ITAPAGIPE

    RA-7RIO VERMELHO

    RA-5BROTAS

    RA-11CABULA

    RA-4LIBERDADE

    RA-1CENTRO

    1

    2

    3

    5

    6

    4

    7

    13

    15

    16

    17

    1414 9

    10

    8

    1112

    Antiga Companhia do QueimadoFoto: Yvan Freitas Cunha

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    Fonte do Queimado

    02 02

    RA-6BARRA

    Chafariz doTerreirode Jesus

    Fonte de Ondina Fonte Nova II Chafariz da Praada Piedade

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    URUGUAI

    CABULA VI

    CONJ. ACM

    CALABETO

    MATAESCURA

    SUSSUARANA

    CASTELOBRANCO

    VILA CANRIA

    FAZENDA GRANDE

    CAJAZEIRAS

    PAU DA LIMA

    SO MARCOS

    PARALELAPARQUE

    CANABRAVA

    SETEDE ABRIL

    ENGOMADEIRA

    PERNAMBUS

    SABOEIRO

    VILA RUIBARBOSA

    LOBATO

    CAPELINHA

    SO CAETANO

    MARECHALRONDON

    SO BARTOLOMEU

    IGUATEMI

    TANCREDONEVES

    CAB

    STIEP

    BOCA DO RIO

    IMBU

    PARQUE DEPITUAU

    COSTAAZUL

    PITUBA

    ITAIGARADIQUE DOTOROR

    LIBERDADE

    IAPICAIXAD`GUA

    PAUMIDO

    CIDADENOVA

    RESGATE

    FAZENDAGRANDE

    COSME DEFARIAS

    ENG. VELHODE BROTAS

    BROTAS

    ENGENHO VELHODA FEDERAO

    RIO VERMELHO

    AMARALINA

    NORDESTE

    ALTO DESANTA CRUZ

    CAMPOGRANDE

    GARCIA

    BARRIS

    BARBALHO

    GUA DEMENINOS

    COMRCIO

    S NAZAR

    GRAABARRA

    VITRIA

    FEDERAO

    ONDINA

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    alvador, privilegiada com uma farta rede hdrica natural, composta por rios, lagos e minadouros, fornecia, no sculo XV, gua de boa qualidade e em abundncia, servindo de rota para o abas-tecimento dos navios europeus que vinham explorar matrias-primas, principalmente o

    pau-brasil, na costa brasileira.A qualidade e fartura dos recursos hdricos exis-

    tentes na regio foram fatores que influenciaram tam-bm na escolha da rea para a edificao da cidade.

    No comeo, o abastecimento era feito atravs de bicas e minadouros, localizados e indicados geralmente pelos indgenas que viviam nessas terras. A partir desses pontos, foram construdos chafarizes e fontes, muitos deles ainda em uso.

    A primeira fonte com registro histrico foi a Fonte de Nossa Senhora das Graas, localizada no atual bairro da Graa. Outras fontes importantes foram:

    Fonte do Pereira, localizada na Ladeira da Mi-sericrdia, que desapareceu no incio do sc. XX; Fonte dos Padres, construda pelos jesutas, lo-calizada na Ladeira do Taboo; Fonte das Pedreiras, na Rua da Preguia, em Nazar, classificada, na poca, como fonte de gua famosa.

    Os mananciais, quando descobertos pela populao, recebiam nomes homenageando santos, pessoas ilustres, coisas e lugares. Como exemplo, temos a Fonte de Santa Luzia, de So Pedro, do Boi, de Gabriel, do Toror, do Capim, do Cnego Pereira, da Muganga, da gua Brusca, do Dique, da Matana, do Xixi, da Vov, dos Barris, gua de Meninos, do Queimado, entre tantas outras.

    As fontes naturais de gua desempenharam um papel fundamental para o desenvolvimento da ci-dade, pois eram utilizadas para o abastecimento da populao. Existiam, no sculo XVIII, cerca

    de 30 fontes, sendo a maioria de propriedade particular e algumas pblicas. Estas ltimas eram mantidas pelo governo municipal, que impunha regras de

    utilizao para a preserva-o desses mananciais. O

    transporte da gua era feito em barris de madeira e potes de barro, por pessoas denominadas de aguadeiros e botadeiras, que recebiam pagamento pelo ser-vio de transporte de gua dos chafarizes, fontes, cacimbas e cisternas at

    as residncias.Em 1850, esse sistema j no dava

    conta de abastecer os 60 mil habitantes de Salvador. Era necessrio um sistema de canalizao da gua, o que comeou a ocorrer com a criao da Companhia do Queimado, que captava a gua de uma das nascentes do Rio Camarugipe. Alm disso, foi construdo o reservatrio da Cruz do Cosme e do Chafariz do Terreiro de Jesus, tido como o marco do sistema de

    abastecimento pblico de gua de Salvador.No incio do sculo XX, Salvador, com aproximada-

    mente 250 mil habitantes, sofre mais uma crise no abas-tecimento de gua. Desse perodo em diante, foram realizados muitos estudos, discusses, proje-tos e obras, no intuito de avaliar a capacidade dos mananciais e ampliar a captao e distribuio de gua na cidade.

    Atualmente, embora ocorra o abastecimento de gua tratada e canalizada pela EMBASA, para mais de 95% da populao, constata-se

    o consumo das guas das fontes por parte de pessoas de baixa renda, para diver-sos fins, como irrigao de hortas e jar-dins, lavagem de veculos, para matar a sede de animais, higiene pessoal e at consumo domstico, principalmente quando h interrupo no abastecimento pblico.

    Conforme pesquisa realizada recente-mente, (LIMA, 2005), constatou-se que as guas das fontes naturais de Salvador so nor-malmente classificadas como doces e de boa quali-dade fsico-qumica. Entretanto, em alguns locais, h indcios de processos de contaminao por atividades humanas, provavelmente por ocorrn-cia de fossas spticas e negras, latrinas e esgo-

    tos nas proximidades, como o caso das fontes do Guetho, Toror, Queimadinho e Instituto de Biologia.

    Com o aumento da populao e a distribuio de gua potvel atravs do sistema de abastecimento pblico, registrou-se o abandono e a degradao ambiental das fontes, com a ocorrncia de focos poten-ciais de contaminao nas suas proximidades.

    As fontes naturais de Salvador tm uma importncia histrica fun-damental, a ponto de serem, algu-mas delas, patrimnio histrico/cul-tural da nossa cidade. Em funo desta importncia, faz-se necessria uma poltica de manuteno e preservao das fontes ainda existentes, a fim de criar condies para a conservao e uso adequado de suas guas.

    As fontes atualmente identificadas e localizadas so as seguintes:

    01 - FONTE DO QUEIMADO - Lapinha02 - FONTE N.Sr. DAS GRAAS - Graa03 - FONTE DAS PEDREIRAS - Cidade Nova04 - FONTE DO ZOOLGICO - Jardim Zoolgico - Ondina05 - FONTE DO INSTITUTO DE BIOLOGIA - UFBA - Ondina06 - FONTE DE ONDINA - AV. Ocenica - Ondina07 - FONTE NOVA I - Ladeira dos Gals - Brotas08 - FONTE NOVA II - Prxima ao Estdio Otvio Mangabeira - Nazar09 - FONTE DO DIQUE DO TOROR - Dique do Toror10 - FONTE DE SANTO ANTNIO DO CABULA - Cabula11 - FONTE DO DAVI - Brotas12 - FONTE DO GUETHO - Brotas13 - FONTE DE SANTO ANTNIO DO BARBALHO - Barbalho14 - FONTE DE SO PEDRO - Campo Grande15 - FONTE CONJ. BAHIA - Santa Mnica16 - FONTE DE SANTA LUZIA DO PILAR - Interior da Igreja San-ta Luzia do Pilar - Comrcio 17 - FONTE DO CONTORNO - Comrcio

    DE ONDE VEM A GUA QUE USAMOS?

    S

    HISTRICO DO ABASTECIMENTODE GUA NA NOSSA CIDADE

  • OCEANO ATLNTICO

    RA-8PITUBA

    COSTA AZUL

    RA-9BOCA DO RIOPATAMARES

    RA-14CAJAZEIRAS

    RA-13PAU DA LIMA

    RA-12TANCREDO

    NEVES

    RA-3SO CAETANO

    RA-2ITAPAGIPE

    RA-7RIO VERMELHO

    RA-5BROTAS

    RA-11CABULA

    RA-4LIBERDADE

    RA-1CENTRO

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    Antiga Companhia do QueimadoFoto: Yvan Freitas Cunha

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    Fonte do Queimado

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    RA-6BARRA

    Chafariz doTerreirode Jesus

    Fonte de Ondina Fonte Nova II Chafariz da Praada Piedade

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    URUGUAI

    CABULA VI

    CONJ. ACM

    CALABETO

    MATAESCURA

    SUSSUARANA

    CASTELOBRANCO

    VILA CANRIA

    FAZENDA GRANDE

    CAJAZEIRAS

    PAU DA LIMA

    SO MARCOS

    PARALELAPARQUE

    CANABRAVA

    SETEDE ABRIL

    ENGOMADEIRA

    PERNAMBUS

    SABOEIRO

    VILA RUIBARBOSA

    LOBATO

    CAPELINHA

    SO CAETANO

    MARECHALRONDON

    SO BARTOLOMEU

    IGUATEMI

    TANCREDONEVES

    CAB

    STIEP

    BOCA DO RIO

    IMBU

    PARQUE DEPITUAU

    COSTAAZUL

    PITUBA

    ITAIGARADIQUE DOTOROR

    LIBERDADE

    IAPICAIXAD`GUA

    PAUMIDO

    CIDADENOVA

    RESGATE

    FAZENDAGRANDE

    COSME DEFARIAS

    ENG. VELHODE BROTAS

    BROTAS

    ENGENHO VELHODA FEDERAO

    RIO VERMELHO

    AMARALINA

    NORDESTE

    ALTO DESANTA CRUZ

    CAMPOGRANDE

    GARCIA

    BARRIS

    BARBALHO

    GUA DEMENINOS

    COMRCIO

    S NAZAR

    GRAABARRA

    VITRIA

    FEDERAO

    ONDINA

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    DE ONDE VEM A GUA QUE USAMOS?

    LEGENDA - FONTES01 - FONTE DO QUEIMADO02 - FONTE N. Sra. DAS GRAAS03 - FONTE DAS PEDREIRAS04 - FONTE DO ZOOLGICO05 - FONTE DO INSTITUTO DE BIOLOGIA06 - FONTE DE ONDINA07 - FONTE NOVA I08 - FONTE NOVA II09 - FONTE DO DIQUE DO TOROR10 - FONTE DE SANTO ANTNIO DO CABULA11 - FONTE DO DAVI12 - FONTE DO GUETHO13 - FONTE DE SANTO ANTNIO DO BARBALHO14 - FONTE DE SO PEDRO15 - FONTE CONJ. BAHIA16 - FONTE DE SANTA LUZIA DO PILAR17 - FONTE DO CONTORNO

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    Represa de Pituau

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    Etapa de decantao da gua

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    tualmente, Salvador conta com uma populao de quase 3 milhes de habitantes, que consome cerca de 900 milhes de litros de gua diariamente.Para o abastecimento de gua, Salvador dispe de um sistema integrado com as cidades de Simes Filho, Lau-

    ro de Freitas, Madre de Deus, So Francisco do Conde e Candeias, tendo os seguintes mananciais como fontes de alimentao, cada um contribuindo com o seguinte percentual aproximado de vazo disponvel: Rios Paraguau (34,1%), Joanes (29,3%), Jacupe (33,2%), Ipitanga (2,4%) e Cobre (1%), que abastecem as barra-gens de Pedra do Cavalo, Santa Helena, as represas do Joanes I e II, Ipitanga I, II, III e Cobre.

    De acordo com o Livro das guas, da EMBASA, as barragens de Pedra do Cavalo e Santa Helena, com as duas represas do Joanes, tm capacidade de regularizao de vazo da ordem de 36 metros cbicos por segundo, o que corresponde a 3.110.400 metros cbicos por dia.

    BARRAGEM DE PEDRA DO CAVALOLocalizada no rio Paraguau, na parte baixa da sua bacia hi-

    drogrfica, distando aproximadamente 2 Km das sedes dos Mu-nicpios de Cachoeira e So Flix e 140 Km de Salvador. Armazena 5 trilhes de litros de gua, alagando 184 Km2, oferecendo uma vazo total de 21.000 litros por segundo. Ela apresenta mltiplos usos, ou seja, alm do abastecimento de gua, promove gerao de energia e atua no controle das enchentes, beneficiando 1,8 milhes de pessoas, atendendo Salvador e Regio Metropolitana, Feira de Santana, 20 municpios do Recncavo e dezenas de povoados.

    BARRAGEM SANTA HELENALocalizada no limite dos municpios vizinhos de Camaari e

    Dias Dvila, foi construda para aumentar a oferta de gua tratada para Salvador e Regio Metropolitana de Salvador - RMS, alm de garantir a expanso de projetos industriais, com suprimento de gua bruta para a refinaria Landulpho Alves e do Plo Petroqumico de Camaari. Tem 40,3 Km2 de espelho dgua e capacidade total de reserva da ordem de 241 milhes de metros cbicos. Possui 290 metros de comprimento e 27,5 m de altura.

    BARRAGEM DE PITUAUImplantada em 1907, com comprimento de 84 m, armazenando

    um volume de gua de 3.000.000 m3. Atualmente, encontra-se de-sativada para abastecimento pblico. Fica localizada no parque de Pituau e faz parte do percurso da ciclovia.

    REPRESA DO JOANES IConstruda em 1964, a 8 Km da foz do Rio Joanes, localiza-se

    na RMS, especificamente no Municpio de Lauro de Freitas. Pos-sui 108 m de comprimento de onde partem duas adutoras para o Parque da Bolandeira. Juntas, Joanes I e II possuem uma capa-cidade de oferta da ordem de 5.000 l/s.

    REPRESA DO JOANES II a segunda barragem do Joanes e est localizada no Mu-

    nicpio de Camaari. Seu lago cobre uma rea de 19,4 milhes de metros quadrados. Ela representa um melhor aproveitamento do Rio Joanes, alm de receber tambm as guas do Rio Jacupe atravs da Barragem Santa Helena, permitindo o bombeamento de suas guas para a Estao de Tratamento Principal.

    REPRESAS IPITANGA I, II E IIIEm meados da dcada de 30, foi construda a barragem de Ipi-

    tanga I. No incio da dcada 70, foram construdas as barragens de Ipitanga II e III para abastecer o Centro Industrial de Aratu - CIA e a Usina Siderrgica da Bahia - USIBA. As trs barragens de Ipitanga, juntas, produzem 1,0 m3/s.

    REPRESA DO COBRE Construda sobre o Rio do Cobre, est localizada no Subrbio

    Ferrovirio, no Parque So Bartolomeu, no bairro de Piraj. Suas obras foram iniciadas em 1929 e concludas em 1932, reforando o abastecimento de gua de Salvador antes mesmo de sua con-cluso. A rea inundada de 52,5 hectares, com volume acumu-lado de 2.340.000 m3. Atualmente, abastece os bairros de Plata-forma, Ilha Amarela, Santa Terezinha e parte de Periperi.

    ESTAO DE TRATAMENTO DA BOLANDEIRA

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    COMO FEITO O ABASTECIMENTO HOJE?

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    Represa de Pituau

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    Etapa de decantao da gua

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    COMO FEITO O ABASTECIMENTO HOJE?

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    Etapa de filtragem da gua

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    COMO FEITO O ABASTECIMENTO HOJE?

    ETAPAS DE TRATAMENTO DA GUAO cuidado com a gua iniciado nas barragens, mediante a pro-teo dos mananciais, evitando-se lanamentos de origem do-mstica, agrcola ou industrial, que prejudicam a qualidade da gua a ser captada para o abastecimento.Esta gua, ao chegar estao de tratamento, passa basica-mente por 5 etapas:1 etapa: adio gua de substncias qumicas que facilitam a remoo de impurezas;2 etapa: a gua conduzida aos misturadores que promovem a formao de flocos de impurezas. Depois dos misturadores, a gua passa aos decantadores, permanecendo por um perodo de 3 horas, quando os flocos com as impurezas so depositados no fundo dos decantadores;3 etapa: a gua segue para os filtros que retm impurezas res-tantes e mais uma parte das bactrias;4 etapa: a gua j filtrada, apesar de bonita, pode ser perigosa, por conter bactrias que provocam doenas; torna-se necessria a aplicao de um elemento que as destrua o cloro;5 etapa: o flor, na etapa final de tratamento, aplicado na gua, prevenindo a crie dentria e fortalecendo os dentes;Pronto, a gua j pode ser bombeada e distribuda para consumo.

    VOC SABIA... que a quantidade de gua desperdiada no Brasil chega a 46% de toda a gua coletada? E que essa quantidade suficiente para abastecer Frana, Bl-gica, Sua e o norte da Itlia por um ano?

    que do total de gua no mundo, 97% salgada (os oceanos) e apenas 3% gua doce?

    que dos 3% de gua doce existente no mundo, apenas 1% est acessvel na superfcie?

    CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM OS MANANCIAISToda sociedade depende de pelo menos um manancial para seu abastecimento de gua. Portanto, todo manancial deve ser preser-vado, em funo da biodiversidade, da manuteno do clima local e global e para que a gua chegue em boas condies de uso at chegar na estao de tratamento. Devemos, portanto, cuidar da ma-nuteno das reas prximas s margens, evitando plantaes, quei-madas, ocupaes e construes residenciais, lavagem de veculos e animais, dejetos orgnicos e lixos diversos. Dessa forma, poderemos garantir a boa qualidade das guas para as futuras geraes.

    GlossrioFossa sptica: tanque enterrado no solo feito de alvenaria, que recebe os esgotos domsticos onde permanecem durante o tem-po necessrio para que ocorra a decantao da parte slida, iniciando o processo biolgico de purificao da parte lquida.Minadouro: nascente de riacho, ribeiro ou olho dgua dentro de grota (cavidade).Cisterna: reservatrio para a gua, abaixo do nvel da terra, para receber e conservar as guas pluviais; poo, cacimba. Nos edif-cios urbanos, um reservatrio subterrneo da gua potvel, for-necida pela rede pblica para consumo dos moradores, de onde bombeada para a caixa dgua.Cacimba: buraco (cova), escavao semelhante a um poo, aber-ta em terreno mido, pantanoso, em leito seco de rio ou at atingir um lenol de gua subterrneo, para recolher a gua presente no solo que nela se acumula por ressumao; poo, cisterna.Adutora: canal ou encanamento que leva as guas de um manan-cial a um reservatrio.Barragem: construo, geralmente de pedra e concreto, desti-nada a represar guas de um rio. A finalidade principal da bar-ragem armazenar gua para irrigao de plantaes e prover o acionamento de dnamos das usinas hidreltricas, por meio de energia hidrulica.Canal: escavao que escoa a gua de um lugar para outro. Pas-sagem estreita e navegvel, natural ou artificial, que comunica mares, rios, lagos etc.Manancial: nascente de gua, fonte.Represa: construo destinada a acumular gua corrente para diversos fins.

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  • Canal da Centenrio

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    Rio Lucaia

    Rio do Cobre / So Bartolomeu

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    QUAIS AS BACIAS HIDROGRFICAS DE NOSSA CIDADE?

    As bacias hidrogrficas so reas limitadas pelas eleva-es do relevo, tambm conhecidas como divisores topogrficos ou divisores de guas, locais onde escoam, pela ao da gravidade, as guas precipitadas das chu-vas para as reas mais baixas do relevo, atravs de um

    sistema natural ou artificial de drenagem. Essas guas podem es-coar superficialmente ou se infiltrar no solo, formando os sistemas de guas subterrneas. As nascentes so guas que brotam das reas mais altas dos morros, formando as cabeceiras. Na medida em que as guas dos crregos descem, juntam-se a outros cursos dgua, aumentando seu volume, formando, assim, os primeiros rios. Estes, por sua vez, juntam-se aos afluentes no seu percurso, formando rios cada vez maiores at chegar foz, desembocando no oceano.

    Da nascente at a foz, desenvolve-se nas margens dos rios e lagos uma vegetao ribeirinha conhecida como mata ciliar, que tem um importante papel ecolgico, pois serve como proteo es-trutural dos habitats, regulando o fluxo e a vazo das guas, pro-tegendo as margens contra eroso, prevenindo o assoreamento, dando abrigo, sombra e alimento aos peixes e outras espcies, alm de filtrar as substncias que chegam ao rio, conservando a qualidade de suas guas.

    Apesar de sua grande relevncia ecolgica, as matas ciliares vm sofrendo um acelerado processo de degradao, resultante da ocupao desordenada do solo, desmatamentos, lanamento de lixo, efluentes domsticos e industriais no tratados e pelo as-soreamento do leito dos rios.

    A formao geolgica do territrio onde est situada Salvador possibilitou a formao de pequenas bacias hidrogrficas limita-das a oeste pela BR-324, com seus cursos dgua correndo para leste em direo ao Oceano Atlntico.

    H, no Municpio de Salvador, dez bacias hidrogrficas de-nominadas Bacia da Barra, do Lucaia, da Pituba, do Camurugipe, do Pituau, do Jaguaribe, do Ipitanga, da Cidade Baixa, do Subrbio e do Cobre, que apresentam um importante papel histrico, cul-tural, ecolgico e religioso para a populao, sendo caracterizadas pelo tipo de solo, relevo, cobertura vegetal, regime pluviomtrico e fluviomtrico.

    VOC SABIA...

    Que a BACIA DA BARRA est situada no extremo sul da ci-dade, formada por vrias sub-bacias, englobando os bairros da Vitria, Barra, Ondina e Federao, e desgua entre o Farol da Barra e Ondina ?

    Que a BACIA DO LUCAIA tem suas nascentes ao longo da Av. Joana Anglica e que recebe contribuies direcionadas do Cam-po Grande, Garcia, Barris e Nazar, passando pela Av. Vasco da Gama, recebendo tambm contribuies das redes de drenagens do Alto do Gantois, Vale da Murioca, Engenho Velho da Federa-o, Engenho Velho de Brotas, Ogunj, entre outros? Que o prin-cipal rio dessa bacia o Lucaia e que ele desemboca no bairro do Rio Vermelho?

  • VOC SABIA... Que o estado de degradao em que se encontram as nossas bacias hidrogrficas deve-se ao aumento da ocupao urbana, decorrente do crescimento populacional e da expanso dos setores residenciais e de bens e servios da cidade, sem um planejamento adequado? E que as intervenes e ocupaes inadequadas tm apresentado riscos ou ocorrncias indesejadas populao,a exemplo das enchentes, do transporte de lixo e poluentes, aparecimento de doenas de veiculao hdrica, a proliferao de vetores, alm do desconforto trmico, olfativo e visual?

    Pluviomtrico: medidas referentes a chuvas;Fluviomtrico: medidas referentes a rios;ndice pluviomtrico ou pluviosidade: quantidade de chuvas que ocorrem num determinado espao geogrfico durante 1 ano.

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    QUAIS AS BACIAS HIDROGRFICAS DE NOSSA CIDADE?

  • VOC SABIA... Que o estado de degradao em que se encontram as nossas bacias hidrogrficas deve-se ao aumento da ocupao urbana, decorrente do crescimento populacional e da expanso dos setores residenciais e de bens e servios da cidade, sem um planejamento adequado? E que as intervenes e ocupaes inadequadas tm apresentado riscos ou ocorrncias indesejadas populao,a exemplo das enchentes, do transporte de lixo e poluentes, aparecimento de doenas de veiculao hdrica, a proliferao de vetores, alm do desconforto trmico, olfativo e visual?

    Pluviomtrico: medidas referentes a chuvas;Fluviomtrico: medidas referentes a rios;ndice pluviomtrico ou pluviosidade: quantidade de chuvas que ocorrem num determinado espao geogrfico durante 1 ano.

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    QUAIS AS BACIAS HIDROGRFICAS DE NOSSA CIDADE?

    Que a BACIA DA PITUBA est localizada entre a Bacia do Lucaia e o Oceano Atlntico, com rede de drenagem natural comprometida pela urbanizao? E que fazem parte dela os bairros Amaralina e Pituba, onde a rede de drenagem praticamente toda artificial?

    Que a BACIA DO CAMURUGIPE tem suas nascentes prximas aos bairros de Piraj Velho, Bela Vista do Lobato, Marechal Ron-don, Baixa do Dique, Calabeto e Mata Escura? E que seu principal rio, o Camurugipe, passa pelos bairros de IAPI, Caixa Dgua, Pau Mido, Saramandaia e, no final do curso, passa pelo Caminho das rvores, Itaigara, Stiep e Costa Azul?

    Que a BACIA DE PITUAU tem o Rio Pituau como eixo prin-cipal e as nascentes encontram-se prximas ao divisor de drenagem da bacia do Camurugipe? E que a ela pertencem, secundariamente, as bacias dos Rios Saboeiro e das Pedras, nas imediaes dos bair-ros do Cabula VI, Engomadeira, Beiru e Narandiba? E que existe, na parte baixa da bacia, um antigo manancial de abastecimento, Represa de Pituau, e o Parque Metropolitano de Pituau?

    Que a BACIA DO RIO JAGUARIBE considerada a segunda maior bacia de drenagem natural do municpio? E que suas nascentes localizam-se nos bairros de guas Claras e Valria? E que nela en-contram-se os bairros de guas Claras, Cajazeiras, Castelo Bran-co, Sete de Abril, Mussurunga, Piat e Avenida Pinto de Aguiar? E que existe a um srio fator de risco para os mananciais hdricos su-perficiais e subterrneos que o antigo Aterro de Canabrava? Que essa bacia de grande relevncia ecolgica por possuir fragmentos de mata atlntica no entorno do curso superior do Rio Jaguaribe e na sua foz esto os ltimos remanescentes de manguezal no meio urbano, que o manguezal do Passa Vaca?

    Que a BACIA DE IPITANGA encontra-se no limite norte de Salvador e abrange tambm os Municpios de Lauro de Freitas e Simes Filho? E que apresenta cobertura vegetal compatvel com reas de proteo de manancial, baixa ocupao urbana, e que isso influencia positivamente na qualidade de suas guas?

    Que a BACIA DA CIDADE BAIXA formada por pequenas ba-cias que nascem na escarpa da falha geolgica de Salvador, em direo Baa de Todos os Santos, contemplando parte do Comr-cio, ao norte da Av. da Frana, Pennsula de Itapagipe at a Avenida Suburbana perto de Novos Alagados?

    Que a BACIA DO SUBRBIO composta por sub-bacias que nascem nas vertentes acima da Av. Suburbana, e que seu rio princi-pal o Periperi? Que os bairros abrangidos por ela so Plataforma, Praia Grande, Periperi e Paripe? E que ela no possui rede de es-gotamento sanitrio suficiente para a rea? E que isso compromete, significativamente a qualidade de suas guas?

    Que a BACIA DO COBRE relativamente conservada, apre-sentando considerveis reas de cobertura vegetal com pre-dominncia de mata atlntica, que protegem os mananciais de abastecimento da represa do Cobre? Que essa bacia possui reas sagradas como as nascentes e cascatas: Nana, Oxum e Oxumar? E algumas rochas (Pedra do Tempo e Pedra de Omolu) que so sede de rituais e cerimnias de carter individual e coletivo do can-dombl? Alm disso, representa a mais importante reserva de gua potvel do subrbio ferrovirio, abastecendo cerca de 110.000 pes-soas.

    Como se pode perceber, as bacias hidrogrficas urbanas e seus corpos dgua so fundamentais para a infiltrao e recarga do len-ol fretico, estabilizao dos solos, diminuio das cheias, con-forto trmico, suporte vegetao, habitat para espcies da fauna, transformao e reciclagem de elementos e compostos, alm de representarem, para a populao, valores paisagsticos e estticos, possibilitando sua utilizao para a recreao, reconhecimento dos valores culturais e religiosos, e aproveitamento desses espaos para atividades educacionais e estudos cientficos. Como exem-plos, temos o manguezal do Passa Vaca, a foz do Rio das Pedras, na Boca do Rio, as cachoeiras de So Bartolomeu, as lagoas de Pituau, Abaet, Flamengo, do Frade e dos Pssaros no Stiep, Dique do Toror, entre outros.

  • BACIAS DE ESGOTAMENTO SANITRIO DE SALVADOR

    CANDEIAS

    SIMESFILHO

    LAURODEFREITAS

    CAMAARI

    LEGENDAEM OPERAO

    NO CONTEMPLADASPELO PROGRAMABAHIAAZUL

    ESTAO ELEVATRIA

    ESTAO DECONDICIONAMENTOPRVIO COM EMISSRIOSUBMARINO

    BARRA

    CAMPINAS

    PERNAMBUS

    ARMAO

    PITUBA

    CALAFATE

    SABOEIRO

    LOBATO

    PERIPERI

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    BAIXOIPITANGA

    MDIOIPITANGAMDIOIPITANGARIBEIRO

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    PENNSULA

    MDIOCAMURUGIPE

    BAIXOCAMURUGIPE

    LUCAIA

    COMRCIORIO DASTRIPAS

    BAADE

    TODOSOS

    SANTOS

    OCEANO ATLNTICO0 2,5 5

    KmEscala: 1:125.000

    Esgotos Fechados

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    Estao Elevatria

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    Fonte: EMBASA

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    s dejetos gerados pela atividade do homem necessi-tam ser coletados, transportados e tratados, para no gerarem ameaa sade e ao meio ambiente. Em Sal-vador, o sistema de esgotamento sanitrio operado pela EMBASA, atravs do Programa Bahia Azul, que pretende elevar o nvel de cobertura de esgotamento

    sanitrio para 80% das unidades habitacionais de Salvador, at o final de 2006. Os outros 20%, segundo a prpria EMBASA, esto representados por reas da cidade onde no existem problemas significativos de esgotamento sanitrio, em funo da pouca den-sidade populacional. Nessas reas, os problemas de esgotamento sanitrio so resolvidos com solues individuais do tipo fossa sptica e sumidouro.

    O Programa Bahia Azul teve incio em 1995 e, antes dele, ape-nas 25% da populao de Salvador era atendida por rede de esgo-to, que servia principalmente aos bairros nobres da cidade. Nesse perodo, milhes de metros cbicos de esgotos domsticos eram lanados, por ano, nos rios, nas praias e na Baa de Todos os San-tos, como reflexos da expanso demogrfica e territorial, aliados a uma ocupao desordenada do solo. E a conseqncia de tudo isso foi a poluio de rios e cursos de gua, gerando um desequil-brio ambiental profundo em nossas guas.

    Atualmente esto sendo implantadas 21 bacias de esgotamen-to sanitrio em Salvador e ci-dades da regio metropoli tana, beneficiando a grande maioria dos bairros de nossa cidade.

    A espinha dorsal do sistema de esgotamento sanitrio de Sal-vador o inter-ceptor do Rio Camarugipe, que permite o des-vio temporrio das guas poludas desse rio para a Estao Bahia Azul, onde ocorre o condicionamento e lanamento ao mar, atravs do emissrio submarino do Rio Vermelho. O mesmo vem sendo feito no Rio Lucaia, cujas guas esto sendo parcialmente desvia-das para a estao de condicionamento prvio do Rio Vermelho, reduzindo, assim, a poluio na sua foz, no Largo da Mariquita. Tambm esto sendo feitas as ligaes prediais da Bacia Lucaia, buscando-se, com isso, a eliminao dos lanamentos de esgoto neste rio.

    O Programa Bahia Azul tambm opera com o Sistema Condo-minial de Esgotamento Sanitrio, que uma soluo de engenharia para atender reas densamente povoadas e de ocupao espon-tnea. Nesse tipo de sistema, a coleta dos esgotos feita atravs de um ramal de utilizao coletiva, onde cada quadra ou condomnio compreende em mdia 30 domiclios, passando o esgoto de casa em casa at chegar rede coletora, instalada na rua principal.

    COMO FUNCIONA A ESTAO BAHIA AZUL?

    Os esgotos coletados nas diversas bacias de esgotamento sani-trio passam por um processo de condicionamento prvio na Esta-o Bahia Azul e de l so conduzidos ao emissrio submarino e lanados em alto mar. No processo de condicionamento, existe uma fase chamada gradeamento, quando feita a separao dos sli-dos grosseiros, como madeiras, papeles, latas, plsticos e vidros, que posteriormente so encaminhados ao aterro metropolitano. Os

    esgotos seguem, ento, para a Estao Elevatria de Baixo Recalque, que eleva as guas servidas, permitindo seu es-coamento por gravidade. Em seguida, o esgoto passa pe-los desarenadores, que reti-ram a areia, alm de leos e graxas agregados, para evi-tar o assoreamento do fundo do mar, nas proximidades do emissrio submarino. A prxi-ma etapa compreende as pe-neiras rotativas, que removem os slidos em suspenso, reduzindo a formao de bancos de lodos no oceano.

    Salvador uma cidade que produz mais de 500 milhes de litros de esgotos por dia. A implantao de um sistema de esgotamento sanitrio eficiente traz inmeros benefcios populao, como a reduo do ndice de doenas parasitrias de veiculao hdrica e a despoluio das praias e cursos dgua. A contaminao am-biental por fezes de origem humana transmite inmeras doenas de grande impacto na sade da populao, como a diarria aguda, febre tifide, clera, hepatite A, esquistossomose e ascaridase. A preveno dessas doenas depende, fundamentalmente, de melhorias ambientais. E esses resultados j so visveis. Hoje so poucas as praias da capital que ainda se mostram imprprias para o banho, de acordo com monitoramento regular efetuado pelo Centro de Recursos Ambientais - CRA.

    Assim, Salvador ganha destaque nacional, como uma das capi-tais com um dos maiores ndices de residncias servidas por siste-mas condominiais de esgoto, estando a Regio Metropolitana entre as trs regies do pas em melhores condies de saneamento.

    O

    COMO SO TRATADOS OS ESGOTOS DE SALVADOR?

  • BACIAS DE ESGOTAMENTO SANITRIO DE SALVADOR

    CANDEIAS

    SIMESFILHO

    LAURODEFREITAS

    CAMAARI

    LEGENDAEM OPERAO

    NO CONTEMPLADASPELO PROGRAMABAHIAAZUL

    ESTAO ELEVATRIA

    ESTAO DECONDICIONAMENTOPRVIO COM EMISSRIOSUBMARINO

    BARRA

    CAMPINAS

    PERNAMBUS

    ARMAO

    PITUBA

    CALAFATE

    SABOEIRO

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    PERIPERI

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    ITAPUMANGABEIRA

    FLAMENGO

    BAIXOIPITANGA

    MDIOIPITANGAMDIOIPITANGARIBEIRO

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    MDIOJAGUARIBE

    PENNSULA

    MDIOCAMURUGIPE

    BAIXOCAMURUGIPE

    LUCAIA

    COMRCIORIO DASTRIPAS

    BAADE

    TODOSOS

    SANTOS

    OCEANO ATLNTICO0 2,5 5

    KmEscala: 1:125.000

    Esgotos Fechados

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    Estao Elevatria

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    Fonte: EMBASA

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    COMO SO TRATADOS OS ESGOTOS DE SALVADOR?

  • FAROL DA BARRA

    AMARALINA

    PITUBA

    ARMAO

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    OCEANO ATLNTICOm

    scala

    CANDEIAS

    CAMAARI

    LAURODE FREITAS

    SIMESFILHO

    BALNEABILIDADE DAS PRAIAS

    BOGARI

    ROMA

    CANTAGALO

    PORTODA

    BARRA

    VARIVEL

    VARIVEL

    PODE VARIARDE PRPRIA PARAIMPRPRIA

    VARIVEL

    OBSERVAO:A BALNEABILIDADE VARIA PRINCIPALMENTEEM FUNO DA OCORRNCIA DE CHUVAS.

    AS ATUAIS VARIVEIS NAS COLETAS DE AGOSTOA OUTUBRO DE 2005, ORA SE APRESENTAM

    PRPRIAS, ORA IMPRPRIAS. AS DEMAIS TAMBMPODEM VARIAR QUANDO OCORREM MUITAS

    CHUVAS.

    Praia de Piat

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    Praia da RibeiraFo

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    Praia do Rio Vermelho

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    Praia do Corsrio

    LEGENDA

    BAA DE TODOSOS SANTOS

    REA INSULAR

    Ilha dos Frades Ilha de Mar

    VARIVEL

    24

    COMO ANDA A BALNEABILIDADE DE NOSSAS PRAIAS?alvador possui um dos maiores litorais do Brasil, com aproximadamente 50 Km de extenso de belas praias, cortadas por rios e seus esturios, lagoas, coqueirais, du-nas e manguezais, e com uma temperatura que gira em torno de 25C. A cidade quase uma pennsula, cercada,

    na sua maior parte, pelo mar, sendo as praias uma excelente opo de lazer para todas as idades. Para que se possa desfrutar desse lazer de maneira saudvel, faz-se necessrio um conhecimento prvio das condies sanitrias dessas praias.

    Balneabilidade a qualidade das guas destinadas recreao de contato primrio, ou seja, um contato direto e prolongado com a gua atravs de banho, natao, mergulho, surf e outras formas de recreao, em que existe a grande possibilidade de o indivduo ingerir uma boa quantidade de gua.

    No caso das praias, o parmetro indicador bsico para a classifi-cao quanto balneabilidade em termos sanitrios a densidade de coliformes fecais bactrias que aparecem exclusivamente no trato intestinal. Ou seja, medindo a quantidade dessas bactrias na gua, pode-se ter noo da poluio por esgotos domsticos. A anlise feita por meio de coletas semanais de amostras das guas de todas as praias de Salvador, pelo Centro de Recursos Ambientais - CRA.

    Pelos critrios do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambi-ente uma praia considerada PRPRIA quando em 80%, ou mais, de um conjunto de amostras obtidas nas cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver menos de mil coliformes fecais em 100 ml de amostra de gua. Quando este ndice for superior a mil coliformes fecais, a praia ser considerada IMPRPRIA.

    Uma praia tambm pode ser classificada na categoria IMPRPRIA quando ocorrerem circunstncias que desaconselhem a recreao de contato primrio, tais como a presena de leo provocada por derramamento acidental de petrleo, ocorrncia de mar vermelha (florao de algas txicas) ou de doenas de veiculao hdrica, tais como verminoses (enterobiose, ascaridase etc), giardase, ame-base, carbnculo, entre outras.

    As causas mais decisivas para que isso acontea esto relacio-nadas presena de esgotos nas praias, pois quando lanados sem tratamento nos corpos hdricos, contribuem significativamente para a sua degradao ambiental.

    Considerando-se as diversas variveis que interferem na bal-neabilidade das praias e a relao existente com possveis riscos sade dos freqentadores, recomendvel:

    S

    No tomar banho nas guas das praias que forem classifica-das como imprprias;Evitar o contato com os cursos dgua que afluem s praias;Evitar o uso das praias que recebem corpos dgua cuja quali-dade desconhecida, sobretudo aps a ocorrncia de chuvas de maior intensidade;Evitar a ingesto de gua do mar, com redobrada ateno para com as crianas e idosos, que so mais sensveis e menos imunes do que os adultos;No levar animais praia.

  • FAROL DA BARRA

    AMARALINA

    PITUBA

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    OCEANO ATLNTICOm

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    CANDEIAS

    CAMAARI

    LAURODE FREITAS

    SIMESFILHO

    BALNEABILIDADE DAS PRAIAS

    BOGARI

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    VARIVEL

    VARIVEL

    PODE VARIARDE PRPRIA PARAIMPRPRIA

    VARIVEL

    OBSERVAO:A BALNEABILIDADE VARIA PRINCIPALMENTEEM FUNO DA OCORRNCIA DE CHUVAS.

    AS ATUAIS VARIVEIS NAS COLETAS DE AGOSTOA OUTUBRO DE 2005, ORA SE APRESENTAM

    PRPRIAS, ORA IMPRPRIAS. AS DEMAIS TAMBMPODEM VARIAR QUANDO OCORREM MUITAS

    CHUVAS.

    Praia de Piat

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    Praia do Rio Vermelho

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    Praia do Corsrio

    LEGENDA

    BAA DE TODOSOS SANTOS

    REA INSULAR

    Ilha dos Frades Ilha de Mar

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    COMO ANDA A BALNEABILIDADE DE NOSSAS PRAIAS?

  • MatriaOrgnica:

    46,85%

    Papel: 10,86%

    Plstico Mole: 12,03%

    Plstico Duro: 5,07%

    Metal Ferroso: 2,54%Outros: 9,74%

    Madeira: 0,59%Trapo/couro: 3,01%

    Ferroso: 1,12%

    Papelo: 5,32%

    Vidro/loua: 2,87

    Estocagem

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    Esteira de Triagem

    Central de Triagem

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    Coleta Seletiva - PEVs

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    QUEM SABE...

    ...NO SUJA

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    crescimento acelerado das cidades, aliado a uma mu-dana nos padres de consumo da populao, vem provocando um aumento cada vez maior de resduos slidos e uma mudana tambm na sua composio. cada vez maior a quantidade de embalagens presente no lixo, bem como de produtos considerados descar-

    tveis. Hoje, a maior parte dos produtos desde guardanapos de papel, latas de refrigerante e at computadores so inutilizados e jogados fora com enorme rapidez. Vemos em toda a parte do mun-do a propaganda comercial incentivando as pessoas a adquirirem vrios produtos e a substituir os mais antigos pelos mais moder-nos. Desta forma, relgios, brinquedos, sapatos ou eletrodomsti-cos logo ficam fora de moda e so descartados, fazendo crescer montanhas de lixo que se tornam fontes de contaminao para o meio ambiente.

    Comeamos a perceber, ento, que preciso conter a gerao de resduos e dar um tratamento adequado ao lixo que produzimos.

    Uma das formas de se tentar reduzir a quantidade de lixo gerada combatendo o desperdcio. No entanto, sabemos que evitar o des-perdcio em uma sociedade cuja nfase o consumo no fcil.

    Alm da questo da reduo do consumo, necessrio discutir solues para a problemtica do lixo. E as respostas podem estar vinculadas a quatro palavras: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. Repensar o nosso estilo de vida, a nossa sede de consumo, os pa-dres de nossa sociedade. Reduzir o consumo, no comprar por im-pulso e sim por verdadeira necessidade, gerar a menor quantidade possvel de lixo, reordenar os materiais que usamos no dia-a-dia, combater o desperdcio de produtos. Reaproveitar ou reutilizar ob-jetos e produtos, sem que eles sofram quaisquer tipos de alteraes ou processamentos complexos, como por exemplo, escrever nos

    dois lados da folha de papel, usar embala-gens retornveis e reaproveitar embala-gens descartveis para outros fins. E por fim, reciclar quando no mais possvel reduzir nem reutilizar. Reciclar transfor-mar os resduos embalagens e produ-tos em novos materiais. Esse processo pode ocorrer industrialmente (plsticos, vi-dros, metais, papis, papeles e materiais orgnicos) e/ou artesanalmente (papis e materiais orgnicos).

    Assim, estaremos diminuindo as agresses provocadas pelo homem no ambiente e poupando recursos naturais e energia.

    Em Salvador, so grandes os esforos para promover a coleta seletiva e a reciclagem. O poder pblico, aliado a Organizaes No-Governamentais (ONGs), a Associaes de Moradores e a um grande nmero de empresas e instituies interessadas em asse-gurar uma destinao adequada ao lixo urbano, tem criado uma corrente em prol da reciclagem.

    Alm da coleta seletiva promovida pela prefeitura na maioria dos bairros da orla atlntica da Barra ao Stiep, no Centro Administrativo da Bahia e em vrios condomnios residenciais cada vez maior o nmero de empresas e insti-tuies que implantam seus programas de coleta seletiva de lixo, inclusive a prpria prefeitura, que est implantando,

    gradativamente, a coleta seletiva em suas secretarias e rgos. Alm disso, existe o sistema de entrega volun-tria de material separado, atravs dos PEVs - Postos de Entrega Voluntria, es-palhados na cidade.

    OEsse material coletado segue para as centrais de triagem, algu-

    mas nas prprias cooperativas, outras no Parque Scio-Ambiental de Canabrava.

    A destinao final dos resduos slidos o Aterro Metropolitano Centro, que atende as cidades de Salvador, Lauro Freitas e Simes Filho. J o Aterro de Canabrava recebe os materiais infectantes, os resduos da construo civil, as sobras de podas de rvores e do corte de grama e o material oriundo da coleta seletiva.

    PROBLEMAS RELACIONADOS AO LIXO:

    Contaminao do solo, ar e gua; Proliferao de vetores transmissores de doenas; Entupimento de redes de drenagem, tendo como conseqncia as enchentes; Degradao do ambiente; Doenas.

    VOC SABIA QUE.....

    Salvador produz aproximadamente 4.486 t /dia de lixo? Para fins de limpeza urbana, Salvador est dividida administrati-vamente em 17 Ncleos de Limpeza? E que cada ncleo cor-responde a uma regio geogrfica que abrange um determinado conjunto de bairros? Os resduos industriais e alguns domsticos, como tintas, solven-tes, produtos de limpeza, lmpadas fluorescentes, medicamentos, pilhas e outros contm substncias qumicas nocivas sade e ao meio ambiente? O lixo eletrnico computadores, celulares, baterias, televisores e outros aparelhos quando descartado inadequadamente, ex-tremamente prejudicial ao meio ambiente, por possuir metais pesa-dos, como chumbo, cdmio e nquel, que se acumulam no corpo, podendo atingir nveis txicos perigosos sade? O Brasil recicla 87% das latas de alumnio? E 77,3% do papelo? Algumas doenas como febre tifide, clera, amebase, giardase e ascaridase podem ser transmitidas pelas moscas? E que o rato e a pulga transmitem leptospirose, peste bubnica e tifo murino?

    LIXO URBANO: O QUE FAZER?

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    Base Naval de Aratu

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    QUAIS AS FORMAS DE COBERTURA VEGETAL?

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    Mata Atlntica

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    Sagui de tufo preto (Callithrix penicillata)

    CANDEIAS

    SIMES FILHO

    BAA DETODOSOS SANTOS

    OCEANO ATLNTICO

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    REA INSULAR

    ILHA DE MARILHA DOS FRADES

    LEGENDACOBERTURA VEGETAL

    REMANESCENTES DE MATAATLNTICA EM DIFERENTESESTGIOS DE REGENERAO

    RESTINGA

    MANGUEZAL

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    QUAIS AS FORMAS DE COBERTURA VEGETAL?

    cupava, originalmente, uma rea litornea que ia desde o estado do Rio Grande do Norte at o Rio Grande do Sul, formando uma faixa de mata contnua que cobria aproximadamente 1,3 milho de quilmetros quadra-dos, o equivalente a aproximadamente 15% do territrio brasileiro, estendendo-se ao longo das montanhas e

    das encostas voltadas para o mar, bem como da plancie costeira. A sua existncia est diretamente relacionada elevada umidade atmosfrica trazida pelos ventos martimos.

    Sua rea hoje est reduzida a aproximadamente 7% de sua cobertura original. A Constituio Federal de 1988, objetivando a proteo do que resta dessa riqussima mata, nomeou-a de Patrimnio Nacional e, em 1992, este ecossistema foi elevado categoria de Reserva da Biosfera.

    Ali existe uma enorme variedade de espcies, concentrando neste ecossistema uma parte considervel da biodiversidade da flora e da fauna do Brasil e do mundo. Alm disso, uma das suas

    principais caractersti-cas a enorme quan-tidade de espcies endmicas, ou seja, que no podem ser encontradas em ne-nhum outro lugar do planeta.

    Os cientistas esti-mam que a mata atln-tica possui a maior di-versidade de rvores do mundo, chegando a ter 443 espcies de rvore/ha em algumas regies.

    A fauna tambm bastante variada, possuindo uma grande riqueza em invertebrados, principalmente artrpodes, e uma impor-tante fauna de vertebrados. Entre os primatas brasileiros, esto relacionadas por volta de 25 espcies ameaadas de extino, sen-do algumas delas endmicas da floresta atlntica. Alm da fauna terrestre, a mata atlntica tem tambm uma rica fauna de peixes que habita os pequenos riachos do meio da mata.

    Apesar desta grande biodiversidade, a situao de devastao extremamente grave. Das 202 espcies de animais considera-das oficialmente ameaadas de extino no Brasil, 171 so da mata atlntica. Alm disso, sabe-se que muitas espcies ainda so desconhecidas pela cincia e correm o risco de nem serem desco-bertas se a destruio das matas continuar acontecendo.

    A mata atlntica representa tambm abrigo para vrias popula-es tradicionais e garantia de abastecimento de gua para mais de 120 milhes de pessoas. Parte significativa de seus remanescentes est hoje localizada em encostas de grande declividade. Sua pro-teo a maior garantia para a estabilidade fsica dessas reas, evitando assim catstrofes, como os deslizamentos de terra, que j ocorreram e continuam a ocorrer onde a vegetao foi suprimida, com conseqncias econmicas e sociais extremamente graves.

    Associados mata atlntica, existem alguns ecossistemas, como manguezais, restingas, campos de altitude e brejos.

    Na rea de Salvador (espaos internos e nas ilhas), foram devastadas extensas reas de floresta que apresentavam grande diversidade biolgica.

    OA MATA ATLNTICA

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    Mata Atlntica

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    Sagui de tufo preto (Callithrix penicillata)

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    KmEscala: 1:125.000

    REA INSULAR

    ILHA DE MARILHA DOS FRADES

    LEGENDACOBERTURA VEGETAL

    REMANESCENTES DE MATAATLNTICA EM DIFERENTESESTGIOS DE REGENERAO

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    Cajueiro de restinga (Anacardium occidentale)

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    Lagarto (Tropidurus sp.)

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    QUAIS AS FORMAS DE COBERTURA VEGETAL?

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    A explorao madeireira em nossas terras comeou antes da colonizao portuguesa, o que levou extino de vrias espcies.

    Alm disso, a implantao da agricultura e da pecuria provo-caram graves desmatamentos que, aliados ao processo de urbaniza-o, representaram uma sistemtica supresso da mata atlntica em nosso municpio.

    Atualmente, os remanescentes mais significativos desse bioma localizam-se na regio cortada pela Avenida Paralela, nas Unidades de Conservao e em algumas poucas reas espalhadas pela man-cha urbana e permanentemente ameaadas pelas atividades huma-nas, principalmente pela especulao imobiliria. Fora da rea urba-na, destacam-se os remanescentes florestais das ilhas, em especial a Ilha dos Frades.

    RESTINGA

    A restinga uma zona de transio entre o mar e a terra, sen-do um ecossistema variado que apresenta lagunas com vegetao aqutica, campos com predominncia de gramneas e dunas. As condies so extremamente severas e agressivas vida: o solo da restinga arenoso, no retendo gua e nutrientes, e est totalmente exposto ao sol, aos ventos e aos sais marinhos, mas sua vegeta-o possui mecanismos que conseguem driblar essas adversidades, como o exemplo das bromlias e cactos. A fauna composta por pequenos mamferos, rpteis, insetos e diversas aves.

    De maneira geral, a palavra restinga utilizada para todos os tipos

    de depsitos arenosos litorneos, de origens variadas, caracterizadas, em geral, por superfcies baixas e levemente onduladas, com suave de-clive rumo ao mar, vegetao rasteira e alguns pequenos arbustos.

    A manuteno das reas de restinga fundamental para a fixa-o de dunas. Sem elas, a areia frequentemente bloquearia as es-tradas e invadiria as casas. Esta areia poderia ainda assorear rios e lagoas, afetando outros ambientes, principalmente os manguezais. Assim, a vegetao tpica da restinga cria naturalmente obstculos que barram ou redirecionam os ventos.

    A restinga possui baixa diversidade de espcies vegetais. As es-pcies mais frequentes so quaresmeiras, orqudeas, cactos, pitan-gas e bromlias.

    O estrato herbceo, um tipo de vegetao rasteira, ocorre so-mente nas dunas, e o arbustivo (os arbustos) varia entre 1 e 1,5 m de altura com dimetro mximo de 3 cm. As epfitas ocorrem no estrato arbustivo e esto representadas pelas bromlias e orqudeas.

    As dunas funcionam como rea de descanso, alimentao e rota migratria para algumas aves, como falces e maaricos. Alm destas, tambm esto presentes, na avifauna das restingas, urubus, gaivotas, rolinha-da-restinga, anus, bacuraus, beija-flores, sabi-da-praia, ti-sangue, sanhaos, saras, periquitos, entre outros.

    A expanso urbana e a caa indiscriminada tm concorrido bas-tante para o desaparecimento de muitas espcies de mamferos da restinga. Atualmente os mamferos predadores se restringem ao cachorro-do-mato, o coati, o guaxinim e alguns felinos, como o gato-do-mato, este bastante escasso. Alm desses animais, tambm encontramos gambs e alguns roedores. Entre os rpteis, existem serpentes, lagartos e calangos.

    medida que a vegetao se torna mais presente, ocorrem outras espcies, como o caso do crustceo maria-farinha e alguns anfbios, dentre eles muitos sapos e pererecas.

    Algumas das rvores frutferas mais famosas que se encontram nas restingas so o cajueiro e a pitangueira, mas h outras espcies como a mangabeira, o bacupari e a palmeira an.

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    QUAIS AS FORMAS DE COBERTURA VEGETAL?

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    No Municpio de Salvador, as reas de restinga mais significativas esto localiza-das no Parque das Lagoas, nas dunas do Abaet, em algumas reas do Parque de Pituau, numa pequena rea do Parque da Cidade, nas du-nas do Stiep e nas ilhas, em especial na dos Frades.

    MANGUEZAL

    O manguezal considerado um ecossistema costeiro de transio entre os ambientes terrestre e marinho. Caracterstico de regies tropicais e subtropicais, est sujeito ao regime das mars, dominado por espcies vegetais tpicas, associadas a outros compo-nentes vegetais e animais. Originam-se do encontro das guas dos rios com o mar e ocorrem em regies de guas calmas, como baas e enseadas. Possuem solos lamosos e ricos em matria orgnica em decomposio e so pobres em oxignio, que totalmente re-tirado por bactrias. Os nutrientes circulam dissolvidos na gua. O fluxo ou a variao da presena de gua salgada e de gua doce num prazo curto de tempo (horas) o que caracteriza realmente o manguezal.

    Apesar de no serem ricos em espcies, esse ecossistema destaca-se pela grande abundncia das populaes que nele vivem. Por isso pode ser considerado um dos mais produtivos ambientes naturais do Brasil.

    As rvores possuem longas razes que ora esto debaixo dgua, ora esto expostas. Somente trs rvores constituem as florestas de mangue: o mangue vermelho ou bravo, o mangue branco e o mangue siriba ou siriba. Por viverem na zona das mars, apresen-tam uma srie de adaptaes, como razes respiratrias que cres-cem para fora do solo, para retirar oxignio do ar, e razes suporte ou escora, para sustentar as rvores nas mudanas de mar.

    Muitas comunidades de algas crescem sobre as razes areas das rvores do mangue, enquanto bactrias e fungos decompem as folhas que caem, fazendo com que a cadeia alimentar seja base-ada no uso dos detritos resultantes desta decomposio.

    Quanto fauna, destacam-se vrias espcies de caranguejos, enterrados nos fundos lodosos. Tambm esto presentes ostras, mexilhes, berbiges, cracas e sapos. Entre os mamferos, destacam-se o coati, que especialista em alimentar-se de caranguejos; a lon-

    tra, que uma hbil pescadora; e o guaxinim. As aves tpicas so pou-cas. Entretanto, algumas espcies usam as rvores do mangue como pontos de observao, de repou-so e de nidificao, como o caso do gavio do mangue e outras aves de rapina, alm das garas, socs e saracuras. Estas aves se alimentam de peixes, crustceos e moluscos, especialmente na mar baixa, quando ocorre a exposio dos fundos lodosos.

    A riqueza biolgica dos ecossistemas costeiros faz com que es-sas reas sejam os grandes berrios do mar, principalmente pela grande disponibilidade de alimento e refgio, tanto para as esp-cies caractersticas desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as reas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida. Alm disso, colaboram para o en-riquecimento das guas marinhas com sais, nutrientes e matria orgnica.

    A fauna dos manguezais representa significativa fonte de ali-mentos para as populaes humanas. Os recursos pesqueiros so considerados como indispensveis subsistncia das populaes tradicionais da zona costeira. Os mangues produzem mais de 95% do alimento que o homem captura do mar.

    O Brasil tem uma das maiores extenses de manguezais do mundo. No passado, eram foco de mosquitos transmissores de doenas como a febre-amarela e a malria, mas hoje essas doen-as j esto controladas. Embora protegidos por lei, so sistemati-camente alvo de degradao por poluio domstica e qumica das guas, derramamentos de petrleo, aterros, desmatamentos, queimadas, deposio de lixo, pesca predatria, construes de condomnios, de marinas e criao de camares. A carcinicultura criao de camares em cativeiro por utilizar produtos qumicos e antibiticos que posteriormente so liberados na gua, tem pro-vocado a morte de vrias espcies do mangue, principalmente dos crustceos.

    Os mangues so considerados ecossistemas altamente produti-vos. Sua manuteno vital para alimentao, reproduo, criao e abrigo de muitas espcies e tambm para a subsistncia das co-munidades pesqueiras que vivem em seu entorno.

    No Municpio de Salvador, temos o manguezal da Baa de Aratu, o manguezal do Cabrito, o manguezal do Passa Vaca (Jaguaribe) e nas ilhas dos Frades e de Mar. A maioria desses manguezais apresenta estado avanado de degradao, situao causada pela ocupao urbana, por acmulo de lixo, entulhos, aterros, alm de outros fatores de degradao, como ocorre na Baa de Aratu, onde a poluio por efluentes lquidos, despejados pelas empresas situadas no Centro Industrial de Aratu, transformou o ecossistema natural. Atualmente, encontra-se em fase de implantao o Parque Ecolgico do Manguezal do Passa Vaca, com uma proposta de revegetao e de recuperao da rea degradada, objetivando a preservao de um dos ltimos manguezais urbanos de Salvador.

    Glossrio: Biosfera: conjunto de todos os lugares da Terra habitados pelos seres vivos. Biodiversidade: diversidade de seres vivos de uma rea. Brejo: terreno baixo, alagadio e pantanoso. Dunas: montes de areia que se movem pelos ventos. Ecossistema: conjunto de seres vivos e seu relacionamento com o meio. Epfitas: plantas que vivem sobre outras plantas, sem retirar material nutritivo da planta hospedeira. Flora: termo referente aos vegetais. Fauna: termo referente aos animais. Nidificao: formar ninho. Remanescentes: referente ao que restou.

  • Parque Metropolitano de Pituau

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    QUAIS AS UNIDADES DE CONSERVAO DE SALVADOR?

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  • Parque Metropolitano de Pituau

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    QUAIS AS UNIDADES DE CONSERVAO DE SALVADOR?

    o espaos delimitados e protegidos por lei, por apre-sentarem caractersticas naturais relevantes e servirem a objetivos de conservao de partes significativas dos ecossistemas naturais. As Unidades de Conservao - UC, podem ser institudas nas esferas federal, estadual e municipal.

    No Brasil, a Lei 9.985, de 2000, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao SNUC, determina as categorias das UCs e regulamenta os seus tipos de uso.

    Dependendo do objetivo de sua criao, as Unidades de Con-servao podem ser de dois tipos: Unidades de Proteo Integral e Unidades de Uso Sustentvel.

    Unidades de Proteo Integral tm como objetivo bsico preser-var a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus re-cursos naturais. Podem ser dos seguintes tipos:

    Estao Ecolgica Reserva Biolgica Parque Monumento Natural Refgio de Vida SilvestreAs Unidades de Uso Sustentvel tm como objetivo bsico com-

    patibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de par-cela dos seus recursos naturais. Podem ser dos seguintes tipos:

    rea de Proteo Ambiental rea de Relevante Interesse Ecolgico Floresta Nacional Reserva Extrativista Reserva de Fauna Reserva Particular do Patrimnio NaturalEm Salvador, existem 11 parques, 1 reserva ecolgica municipal,

    1 reserva estadual e 4 reas de Proteo Ambiental - APAs.

    PARQUES uma das categorias das UCs e tem como objetivo a proteo dos recursos naturais e culturais de uma rea, preser-vando a fauna, a flora e os stios arqueolgicos, proporcionando

    oportunidade para visitao pblica, pesquisa e educao ambiental.1 Parque Zoobotnico Getlio Vargas localizado no bairro de Ondina, possui uma rea de 18 ha, repre-sentada pelo bioma mata atlntica. O zoolgico de Salvador uma referncia nacional para o estudo e ex-posio de animais da fau-na brasileira e de espcies em extino. Existem mais de 120 espcies de animais habitando o parque, sendo 80% delas naturais do Bra-sil. Do total de animais, 38% correspondem a espcies ameaa-das de extino em seu ambiente natural. No parque, existe uma extensa rea de mata que favorece as pesquisas de manejo e re-produo de espcies, alm de atividades de educao ambiental.

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