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BENEFÍCIOS DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL BENEFITS OF DANCE IN SCHOOL PHYSICAL EDUCATION CLASSES FOR CHILD DEVELOPMENT ANDRESSA MENON 1 FERNANDA DE MOURA 2 PAULA CRISTINA TREVISAN 3 ELLEN DOS SANTOS SOARES 4 Resumo No âmbito escolar, a dança está inserida nos conteúdos curriculares propostos para a área da Educação Física, entretanto, o que se observa na realidade de muitas aulas ainda é a ausência, desvalorização e, até mesmo, preconceito com esse conteúdo. Em vista disso, este estudo teve como objetivo investigar e avaliar as práticas de dança na disciplina de Educação Física escolar e seus benefícios para o desenvolvimento infantil. Fizeram parte da pesquisa 5 professores que trabalham com a Educação Física na Educação Infantil e Anos Iniciais das seguintes Escolas Municipais: Plínio Tourinho, Ulysses Guimarães, Jayme Canet e Escola Municipal do Campo São Luiz, da cidade de Medianeira - PR. Para a obtenção dos dados foi utilizado um questionário com os professores, abordando a prática da dança nas aulas de educação física escolar. Constatou-se que os profissionais demonstram ter consciência da importância, dos benefícios e da contribuição da dança no desenvolvimento infantil, porém, a maioria não a vivencia em suas aulas durante o ano letivo. As explicações para este fato podem estar relacionadas à falta de interesse, espaço ou materiais para a prática da dança, à falta de conhecimento e experiência dos professores com o conteúdo, ou ainda ao preconceito demonstrado por parte de muitos alunos, o que pode fazer com que os professores sintam uma grande dificuldade para pô-la em prática nas aulas. Palavras chave: Desenvolvimento infantil. Dança. Escola. 1 Graduada em Educação Física pela FAESI E-mail [email protected] 2 Graduada em Educação Física pela FAESI E-mail [email protected] 3 Graduada em Educação Física pela FAESI E-mail [email protected] 4 Professora do Curso de Educação Física da Faculdade de Ensino Superior do Iguaçu FAESI/UNIGUAÇU E-mail [email protected]

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Page 1: BENEFÍCIOS DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA …F: Educação Física P.G: Nenhuma PLÍNIO TOURINHO C F 30 8 1 Ano F: Educação Física P.G: Educação Especial SÃO LUIZ

BENEFÍCIOS DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

BENEFITS OF DANCE IN SCHOOL PHYSICAL EDUCATION

CLASSES FOR CHILD DEVELOPMENT

ANDRESSA MENON1 FERNANDA DE MOURA2

PAULA CRISTINA TREVISAN3 ELLEN DOS SANTOS SOARES 4

Resumo No âmbito escolar, a dança está inserida nos conteúdos curriculares propostos para a área da Educação Física, entretanto, o que se observa na realidade de muitas aulas ainda é a ausência, desvalorização e, até mesmo, preconceito com esse conteúdo. Em vista disso, este estudo teve como objetivo investigar e avaliar as práticas de dança na disciplina de Educação Física escolar e seus benefícios para o desenvolvimento infantil. Fizeram parte da pesquisa 5 professores que trabalham com a Educação Física na Educação Infantil e Anos Iniciais das seguintes Escolas Municipais: Plínio Tourinho, Ulysses Guimarães, Jayme Canet e Escola Municipal do Campo São Luiz, da cidade de Medianeira - PR. Para a obtenção dos dados foi utilizado um questionário com os professores, abordando a prática da dança nas aulas de educação física escolar. Constatou-se que os profissionais demonstram ter consciência da importância, dos benefícios e da contribuição da dança no desenvolvimento infantil, porém, a maioria não a vivencia em suas aulas durante o ano letivo. As explicações para este fato podem estar relacionadas à falta de interesse, espaço ou materiais para a prática da dança, à falta de conhecimento e experiência dos professores com o conteúdo, ou ainda ao preconceito demonstrado por parte de muitos alunos, o que pode fazer com que os professores sintam uma grande dificuldade para pô-la em prática nas aulas.

Palavras – chave: Desenvolvimento infantil. Dança. Escola.

1Graduada em Educação Física pela FAESI

E-mail – [email protected]

2 Graduada em Educação Física pela FAESI

E-mail – [email protected]

3 Graduada em Educação Física pela FAESI

E-mail – [email protected]

4 Professora do Curso de Educação Física da Faculdade de Ensino Superior do Iguaçu FAESI/UNIGUAÇU

E-mail – [email protected]

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Abstract In the school context, dance is inserted in the curricular contents proposed for the area of Physical Education, however, what is observed in the reality of many classes is still the absence, devaluation and even prejudice with this content. In view of this, this study aimed to investigate and evaluate the dance practices in the discipline of Physical School Education and its benefits for children's development. The study included 5 teachers who work with Physical Education in Early Childhood Education and Initial Years of the following Municipal Schools: Plínio Tourinho, Ulysses Guimarães, Jayme Canet and Escola Municipal do Campo São Luiz, in the city of Medianeira - PR. To obtain the data, a questionnaire was used with the teachers, approaching the practice of dance in the school physical education classes. It was verified that the professionals demonstrate to be aware of the importance, the benefits and the contribution of the dance in the infantile development, however, the majority does not experience it in its classes during the school year. The explanations for this may be related to the lack of interest, space or materials for the practice of dance, the lack of knowledge and experience of teachers with content, or the prejudice shown by many students, what can do with that teachers find it very difficult to put it into practice in class.

Keywords: Child development. Dance. School.

Introdução

A Dança é definida como a arte de movimentar expressivamente o corpo

seguindo movimentos ritmados em harmonia, demonstrando assim a criatividade e

emoções de quem a pratica. Além disso, é uma forma de obter lazer, diversão, isto

é, manter uma vida social saudável e de melhor qualidade (NANNI, 2003; BELO &

GAIO, 2007; MENDES, 1987).

Os primeiros contatos com a dança, vieram com os povos primitivos a

milhões de anos atrás, pois a utilizavam para rituais sagrados, através de sacrifícios,

demostrando adoração aos deuses da natureza, em comemorações em épocas de

colheita, casamentos, momentos de alegria e tristezas, como forma de

agradecimento e pedidos, invocando a fenômenos naturais, proteção e progresso

(OSSANA, 1988).

Ao longo da sua história, a dança vem sofrendo transformações e sua

influência se torna visível e ganha espaço na sociedade, atualmente, devido seus

benefícios em relação a qualidade de vida e saúde, na prevenção de doenças do

corpo e da alma, além de ser uma prática bastante eficaz para uma velhice feliz e

cheia de disposição (MARBÁ, et. al, 2016; FARENCENA, et. al, 20016; BELO &

GAIO, 2007). E complementa dizendo que “as mudanças expressivas na dança,

seus diversos estilos, formas e possibilidades, estimulam um grande número de

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pessoas a praticá-la, possibilitando que qualquer ser humano usufrua tudo que ela

pode oferecer” (BELO & GAIO 2007, p.130).

No âmbito escolar, a dança está inserida nos conteúdos curriculares

propostos para a área da Educação Física, conforme descrito nos Parâmetros

Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 24):

A Educação Física permite que se vivenciem diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais [...] As danças, esportes, lutas, jogos e ginásticas compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado. Além disso, esse conhecimento contribui para a adoção de uma postura não-preconceituosa e discriminatória diante das manifestações e expressões dos diferentes grupos étnicos e sociais e às pessoas que dele fazem parte.

Entretanto, o que se observa na realidade de muitas aulas de educação

física é a ausência, desvalorização e, até mesmo, preconceito com a dança

enquanto conteúdo. Esse desinteresse, gerado muitas vezes pela falta de preparo

específico dos profissionais para elaborar as aulas que demandam pesquisa e

planejamento, reflete nas possibilidades de estimulação rítmicas e motoras ofertadas

às crianças na escola.

Nesse sentido, Ossana afirma que “é necessário convencer as autoridades

da educação para que se incorpore nos estabelecimentos escolares o ensino da tão

resistida dança (1988, p.169). Em complemento, Scarpato (2001, p. 61) elucida que

“a escola precisa realizar experiências com o corpo dos alunos, que não é um

esqueleto a ser treinado pela repetição de movimentos, mas por atividades

prazerosas”. Além disso, a dança na escola não se resume em belíssimos

movimentos técnicos e habilidades extraordinárias, mas sim uma forma de aprimorar

as capacidades básicas do indivíduo, seu desenvolvimento motor e cognitivo, dentre

outros benefícios.

O objetivo desse estudo foi investigar as práticas de dança na disciplina de

Educação Física escolar e seus benefícios para o desenvolvimento infantil nas

Escolas Municipais de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental I da

cidade de Medianeira - PR. Além disso, especificamente buscou-se identificar como

a dança está sendo explorada na disciplina de Educação Física, nas escolas

municipais da cidade de Medianeira – PR; apresentar os benefícios da dança para o

desenvolvimento infantil, relatados por professores, nas aulas de educação física

escolar; e avaliar e sugerir possíveis contribuições no contexto das escolas em

estudo, a partir do referencial teórico consultado.

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Materiais e Métodos

O estudo caracteriza-se como descritivo de cunho quantitativo e qualitativo.

Foi realizada nas Escolas Municipais da cidade de Medianeira - PR: Plínio Tourinho,

Ulysses Guimarães, Jaime Canet, Escola Municipal do Campo São Luiz e José

Lorenzoni.

Fizeram parte do estudo 5 professores que trabalham com a Educação Física

na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental I, apresentados no

quadro abaixo:

Quadro 1 - Dados de Identificação dos participantes.

ESCOLAS

MUNICIPAIS

PROF.

SEXO

IDADE

TEMPO DE EXPERIÊNCIA

(ANOS)

TEMPO NA

ESCOLA

FORMAÇÃO (F) E PÓS GRADUAÇÃO

(P.G)

JOSÉ

LORENZONI

A

M

43

23

9 Anos

F: Magistério e

Geografia P.G: Gestão

Escolar; Ed. Física Inclusiva e Ed.

Física 1º ao 5º ano

JAYME CANET

B

M

41

2

9 Meses

F: Educação Física

P.G: Nenhuma

PLÍNIO

TOURINHO

C

F

30

8

1 Ano

F: Educação Física

P.G: Educação Especial

SÃO LUIZ

D

F

25

2

1 Ano

F: Pedagogia

P.G: Educação Especial

ULYSSES

GUIMARÃES

E

F

31

4

2 Anos

F: Educação Física P.G: Nenhuma

Fonte: Dados da pesquisa.

Para a obtenção dos dados foi utilizado um questionário, elaborado para fins

deste estudo, a respeito da prática da dança nas aulas de educação física escolar.

As questões foram criadas com o acompanhamento dos professores da Faculdade

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para sua validação, e entregues aos profissionais de educação física das escolas

em estudo com o intuito de avaliar a percepção dos professores sobre a importância

da dança para o desenvolvimento da criança, bem como, o planejamento e

procedimentos adotados nas aulas.

A pesquisa foi realizada nas Escolas Municipais em estudo, na qual foram

entregues um ofício de autorização para a direção das escolas, informando sobre o

tema e qual sua a finalidade, bem como um questionário e um termo de

consentimento livre e esclarecido para os professores de educação física,

explicando os fins da pesquisa e orientando quanto a discrição dos dados coletados.

Sendo assim, todos os profissionais envolvidos assinaram demonstrando estar

cientes em relação a este estudo. Os questionários foram entregues no dia

11/10/2016 e recolhidos dia 17/10/2016 para sua análise.

Para a análise dos dados, as respostas inicialmente foram organizadas em

uma planilha do Excel 2010 e posteriormente foram gerados gráficos e quadros para

interpretação e apresentação dos resultados. Os dados foram apresentados em

frequência absoluta, que representa o número de vezes que um valor da variável foi

citado e, desse modo, representa mais fidedignamente os resultados encontrados.

Resultados e discussão

A dança como cultura corporal e conteúdo curricular obrigatório da Educação

Física escolar está comtemplada nos PCNs (BRASIL,1997), dentro do bloco de

conteúdos de atividades rítmicas e expressivas. No presente estudo, apenas um

professor respondeu que não a utiliza em suas aulas durante o período letivo

escolar, conforme apresentado na Figura 1.

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Figura 1 - Utilização da dança nas aulas.

Fonte: Autoria própria. 2016

Em vista desses dados, embora o conteúdo esteja presente na maior parte

das respostas, questiona-se a sua ausência em um dos casos, uma vez que estes

alunos serão privados dos benefícios adquiridos pela dança. Nesse sentido, Kunz

(2003, p. 95) afirma que a educação física propõe atuar em dois eixos educacionais,

que são o entendimento do conteúdo como uma das instâncias do saber e fazer

humano e a busca ao respeito pela igualdade de gênero. Entretanto, muitos

professores acabam não praticando, por acreditarem não ser relevante para a

aprendizagem das crianças ou por não saberem ministrar esse conteúdo nas suas

aulas.

Em concordância, Gariba e Franzoni (2007) sugerem que a resistência dos

professores de educação física em trabalhar a dança em suas aulas ocorre devido a

não qualificação e despreparo em relação a esse conteúdo na universidade. Outras

possibilidades são a falta de afinidade com a dança, o preconceito, a falta de

material e conhecimento nessa área (SILVA, et al., 2012).

De acordo com os estudos realizados por Evangelista et al. (2010), referente

ao desinteresse de muitos professores com relação ao conteúdo dança nas aulas de

educação física em Porto Velho (RO), 50% apontam que não a realizam por falta de

vontade, 30% pela falta de materiais e espaço e 15% referem-se a não haver

cobranças da direção da escola. Em contrapartida, Lima (2015) em seus estudos

referente a presença da dança na escola em Nova Cruz (RN), observou que 60%

das alunas entrevistadas afirmaram que a dança deveria estar mais presente

durante o período letivo. Nessa perspectiva, pode-se perceber que os alunos estão

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interessados e veem a dança como conteúdo fundamental a ser praticado na escola,

pois que são os mais prejudicados por não praticar essa atividade durante as aulas

de educação física.

Em relação a frequência que este conteúdo deve ser praticado durante o ano

letivo, nota-se que varia entre cada professor, pois não há descrito nos documentos

PCNs, RCNEI ou AMOP uma orientação específica sobre a frequência mínima ou

máxima das aulas. Assim, cabe ao professor, colocar-se no lugar do aluno e pensar

o que será melhor para ele.

Na Figura 2 estão expostos os dados referentes à frequência com que a

dança é utilizada nas aulas. É possível notar a disparidade da distribuição das

respostas. Nesse caso, 2 professores que optaram por outras situações,

especificaram que utilizam a dança 2 vezes por semestre e com as turmas menores

1 vez por mês, ou que a utilizam com mais frequência com as turmas de pré I e II, 1º

e 2º ano.

Figura 2 - Frequência de utilização da dança nas aulas.

Fonte: Autoria própria. 2016

Estudos realizados por Bernardino et. al. (2010), em Romaria (MG) destacam

que 80% dos professores utilizam a dança durante as aulas e 20% somente em

datas comemorativas, mostrando assim o real desinteresse e falta de compromisso

dos profissionais de educação física em relação ao aprendizado dos alunos.

Segundo Verderi (2009, p. 47), “convém esclarecer que a Educação Física é uma

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área do conhecimento que analisa o movimento humano e sua capacidade de

movimentação”. Portanto preocupa-se com o movimento corporal, suas condições

funcionais e como o corpo se relaciona com o meio.

No que se refere ao material utilizado pelos professores para a elaboração

das aulas de dança em sua disciplina (Figura 3), o estudo revela que a maioria dos

profissionais entrevistados responderam que utilizam vídeos da internet (42%) e o

Currículo básico para a escola pública municipal-AMOP (33%). Outro estudo

realizado por Nogueira em 2014 com 4 professores de educação física da cidade de

Itaúba (MT), observou que 75% utilizavam DVD’s e brincadeiras com músicas e

100% durante apresentações e festas.

Figura 3 - Materiais norteadores utilizados para elaborar as aulas.

Fonte: Autoria própria. 2016.

Quando questionados sobre os temas abordados durante as aulas, conforme

descrito na Figura 4, a maior parte dos professores responderam que procuram

abordar atividades que envolvam noção de ritmo (25%), cultura nacional (19%) e

saúde (19%). Apenas 1 acrescentou as cantigas de roda na opção outros.

Figura 4 - Temas abordados durante as aulas.

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Fonte: Autoria própria. 2016.

De acordo com o RCNEI (BRASIL, 1998, p. 30), “a aprendizagem da dança

pelas crianças não pode estar determinada pela marcação e definição de

coreografias pelos adultos. Nanni (2003, p.40) concorda com essa afirmação e

reforça que a melhor forma da criança aprender é através da ludicidade, pois:

Os movimentos básicos e as habilidades motoras fundamentais e especializadas quando desenvolvidas sob o aspecto “lúdico” são mais alegres com participação ativamente vividas onde a criança aprende a liberar seus movimentos e expressar suas emoções pela exploração do movimento, do espaço do tempo rítmico. Pela experiência em Dança a criança terá possibilidades de estruturar e reformular seu autoconceito, combinados com a criatividade estimulada.

Na Figura 5 estão descritos os resultados referentes aos estilos de dança que

os professores costumam trabalhar nas aulas. As danças infantis foram assinaladas

por 63%, seguidas por 25% danças regionais e 12% estilos contemporâneos. Uma

importante observação nesse sentido é falta de diversidade nas aulas dentre a gama

de estilos propostos pelos PCNs que poderiam ser utilizados no conteúdo de dança

para conhecimento e vivência dos alunos.

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Figura 5 - Estilos de dança trabalhados nas aulas.

Fonte: Autoria própria. 2016.

Para Marques (2007), os profissionais de educação física não estão sabendo

administrar a dança em suas aulas, apenas querem que os alunos produzam o que

lhes é passado, sem se importar com o real significado da dança na construção da

autoimagem, da criatividade, e expressão dos sentimentos da criança. E

complementa dizendo que, “na realidade, continua-se esperando que o

aluno/intérprete, com o mesmo intuito de companhias profissionais de dança,

produza moldes coreográficos pré-determinados dos quais a Arte da Dança ainda

parece ser mais valorizada” (MARQUES, 2007, p. 108).

Em estudo realizado por Leite (2013) nas cidades de Anápolis e Goiás, 100%

dos professores de educação física trabalham com as crianças o jazz e a dança

criativa, 75% o balé, expressão corporal e dança escolar, 50% quadrilha e 25% as

danças folclóricas e street dance. Em comparação com os resultados do presente

estudo, o estudo de Leite mostra um fato positivo, pois a diversidade de estilos

trabalhados pelos professores e sua preocupação com o conhecimento e vivência

cultural das crianças é muito maior. Segundo Verderi (2009) as aulas de dança

devem proporcionar aos alunos variações de estímulos musical e corporal, noções

básicas de ritmos e estilos musicais (danças de roda, moderna, clássica, de salão,

folclóricas etc.) que explorem o corpo e suas capacidades, que façam com que o

aluno amplie o seu processo de ensino-aprendizagem. E nos coloca que a dança

deve ser: “descoberta, vivenciada, pensada e sentida” (VERDERI 2009, p. 58).

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De acordo com os PCNs (BRASIL,1997), é dever do professor de educação

Física escolar oportunizar a todos os alunos, de forma igualitária e democrática, sem

qualquer tipo de discriminação ou seleção, uma variedade de atividades de

diferentes competências a serem exercidas, para que possam desenvolver suas

habilidades motoras e intelectuais, valorizando suas particularidades e respeitando

suas diferenças, dando ênfase ao seu aprimoramento e formação como seres

humanos.

Diante desse pressuposto, constatou-se que 80% dos professores acreditam

que há preconceito por parte dos alunos durante as aulas de dança (Figura 6).

Nesse sentido, questiona-se as razões do preconceito entre os próprios alunos com

relação a dança e as possíveis soluções para esse problema. Para Kunz (2003, p.

95 e 100), a busca ao respeito pela igualdade de gênero deve ser objetivo das aulas

de educação física, acabando com a discriminação entre brincadeiras de meninas e

de meninos, de modo que todos possam participar das mesmas atividades. O autor

entende que:

Trata da coeducação como uma prática conjunta de meninos e meninas, que propicia as mesmas vivências de movimento para ambos na Educação Física[...]. Para que a dança possa ser um caminho coeducativo, deve-se desatrelar dos estereótipos tradicionais do movimento em relação ao masculino e feminino e buscar conteúdos e metodologias diferenciadas das convencionais nos programas escolares (KUNZ, 2003, p. 95 e 100).

Figura 6 - Preconceito dos alunos em relação a dança nas aulas.

Fonte: Autoria própria. 2016.

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Quando questionados sobre a existência de dificuldades em trabalhar o

conteúdo dança nas aulas, pode-se observar na Figura 7 que 80% dos professores

responderam que possuem dificuldade e complementam dizendo que isso ocorre

devido à falta de conhecimento e experiência na área, além da falta de espaços

apropriados e a não aceitação dos alunos e desinteresse ao conteúdo.

Figura 7- Percepção sobre a dificuldade em trabalhar o conteúdo dança na escola.

Fonte: Autoria própria. 2016.

Essas afirmações são embasadas por Alves (2016), quando afirma que:

O aluno precisa sentir na pele as relações que atrelam o esporte com o ritmo, a criatividade, a expressão e a dança, do contrário ele se acomoda a uma condição de receptor passivo de informações sobre ritmo, criatividade, dança e expressão que, justamente por não terem a ver com sua história de vida, nada significam para ele naquele momento da formação (p. 84).

A Figura 8 representa as respostas referentes aos benefícios que a dança

produz na saúde da criança. Constatou-se que a maior parte dos profissionais

acreditam que a dança ativa a memória (25%), previne doenças cardiovasculares e

ósseas (20%), evita o sedentarismo (20%) e acelera o metabolismo. Apenas 1

professor descreveu, na opção outros, que no período escolar é difícil atingir os

outros benefícios”.

Figura 8 - Benefícios da dança na escola para a saúde.

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Fonte: Autoria própria. 2016.

De acordo com estudos realizados por Camargo e Finck (2009) referente aos

benefícios que a dança promove a criança, percebe-se que a grande maioria dos

profissionais têm consciência da contribuição que esta produz no desenvolvimento

infantil, porém esse conhecimento é apenas teórico, pois na prática muitas escolas

não utilizam esse conteúdo de fundamental importância para a evolução da criança.

A opinião dos professores sobre a importância da dança no desenvolvimento

infantil é descrita no Quadro 2.

Quadro 2- Opinião dos professores sobre a importância da dança no desenvolvimento da criança.

PROFESSOR

NA SUA OPINIÃO, QUAL A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NO

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA?

A

Torna as crianças mais sociáveis, participativas.

B

Ajuda na socialização entre as crianças, como também no desenvolvimento motor.

C

Grande, pois desenvolve o ritmo, noção espacial, esquema corporal entre outras habilidades. Além de promover a socialização.

D

É importante pois, favorece o desenvolvimento corporal da

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criança, aprendendo as noções de espaço e sequência.

E

Auxilia na percepção corporal, na forma de se expressar, memória, criatividade e a noção de ritmo.

Fonte: Dados da pesquisa.

Nanni (2002) afirma que é durante as atividades de dança que a criança

aprende a se tornar independente, autônomo, criativo e emancipada, pois é nesse

processo que ocorre sua evolução intelectual, social e afetiva. Em pesquisa

realizada por Vieira, et al (2014), 100% dos professores de educação física, mostram

ter consciência da importância da dança para o desenvolvimento das crianças, pois

trabalha cultura do movimento, ritmo, coordenação motora, expressão, o cognitivo, a

autonomia, a afetividade e a socialização. Além disso, aborda-se como um conteúdo

técnico e lúdico, que as crianças sentem prazer em praticar. No presente estudo, 3

professores responderam que a dança auxilia na socialização e está relacionada ao

desenvolvimento motor, ao ritmo, a criatividade e a expressão corporal.

Em suma, a dança permite que a criança expresse suas emoções e

sentimentos, através de gestos e movimentos próprios, que a fazem explorar um

mundo desconhecido, a fantasia, o imaginário. Além disso, “a criança é um ser

dinâmico, com múltiplas habilidades físicas e indagações naturais, que utiliza as

habilidades motoras para expandir seu ser. Assim, o movimento é de vital

importância para o seu desenvolvimento” (NANNI, 2003, p. 21). Ao refletir sobre

essa afirmação, pode-se perceber o quão relevante e fundamental é o ensino de

dança nas aulas de educação física escolar para o desenvolvimento infantil, bem

como para todas as idades, pois desde sua infância até sua velhice o homem utiliza

o movimento para explorar seu próprio ser e o meio que vive, isto é, tudo envolve

movimento.

Conclusão

Em vista dos resultados apresentados, pode-se inferir que para ocorrer um

ensino de qualidade em dança é preciso que os profissionais em educação física

escolar estejam mais comprometidos com o ensino-aprendizagem dos alunos,

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busquem uma melhor especialização e qualificação nos conteúdos exigidos pelos

documentos que regem a educação infantil e ensino fundamental I (Anos Iniciais).

Além disso, é fundamental que a escola se responsabilize em dispor aos professores

materiais e espaços para que estes possam realizar uma aula motivadora,

estimulante e prazerosa para os alunos.

De acordo com o estudo realizado, avalia-se que os professores demonstram

ter consciência da importância, dos benefícios e da contribuição da dança no

desenvolvimento infantil, porém, a maioria não a vivencia em suas aulas durante o

ano letivo. As explicações para este fato podem estar relacionadas à falta de

interesse, espaço ou materiais para a prática da dança, à falta de conhecimento e

experiência dos professores com o conteúdo, ou ainda ao preconceito demonstrado

por parte de muitos alunos, o que pode fazer com que os professores sintam uma

grande dificuldade para pô-la em prática nas aulas.

Entretanto, é importante ressaltar que, o professor por ser o mediador do

conhecimento, deve se propor a apresentar às crianças as mais variadas atividades

rítmicas e estilos, por meio de aulas adaptadas e improvisadas muitas vezes, para

que as mesmas possam conhecer distintas culturas, explorar seus movimentos

corporais individualmente e com o meio que as rodeia, de forma que possam

expressar seus sentimentos e emoções, se tornem autênticas e autoconfiantes

diante dos desafios.

Em relação ao desenvolvimento motor infantil, ressalta-se os benefícios que a

dança pode proporcionar à criança por meio de uma ampla gama de movimentos

corporais, que trabalham a sua coordenação motora, o equilíbrio estático e dinâmico,

a lateralidade, a força, noção de tempo, espaço, ritmo, a memória, além de ser uma

ótima aliada na melhora da condição respiratória e metabólica, fortalecimento

muscular e na prevenção de doenças cardiovasculares e ósseas e do sedentarismo.

Portanto, conclui-se que a dança, quando bem utilizada, é fundamental para que a

criança cresça e se desenvolva de forma integral.

Referências Bibliográficas

ANTÔNIO, Caroline Q. Processos de criação coreográfica: A Dança nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional-Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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